Diário nas Escolas - Jaime Moniz

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Escola Secundária Jaime Moniz 2011 Quarta-feira, 7 de Dezembro de SUPLEMENTO COMERCIAL.

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Capas


Ser um aluno da Jaime Moniz é… Ser aluno da Jaime Moniz é representar uma escola com 175 anos, partilhá-la com mais de 1000 alunos e mesmo assim conhecer o diretor. É andar pelos corredores, falar com os professores e os funcionários tratarem-nos pelo primeiro nome. Ser aluno da Jaime Moniz é um grande orgulho, é fazer parte de uma comunidade educativa de alta categoria, é pertencer a um local onde se conhecem centenas de pessoas... Mas principalmente ser aluno da Jaime Moniz é uma grande HONRA! Érika Bernardino | 12º 7 Ser um aluno da Jaime Moniz é um motivo de orgulho. Um orgulho porquê? Todos os anos as matrículas, aqui na escola, em poucos dias, acabam por se esgotar devido à grande popularidade da escola. Para além do Liceu ser uma das melhores escolas da RAM, é também a mais popular. Juntando estes dois factores obtemos assim uma grande escola. A nível académico, estamos muito bem preparados pois, ao nosso lado, temos professores de grande qualidade e exigência que nos acompanham ao longo do calendário exigente de testes e de exames que efetuamos. Assim, desta forma, garantimos uma boa nota na pauta final do trimestre. Porém, actualmente, no secundário também começamos a nossa vida social e que melhor lugar senão o Liceu para a começar. Como se costuma dizer “Todos os caminhos vão dar a Roma” eu diria: “Todos os caminhos vão dar ao Liceu”. Por mim até consideraria, esta minha expressão, como uma “Verdade Universal” em termos matemáticos. Este facto é demonstrado pela simples razão de que se formos para o portão de entrada da escola, vemos alunos da APEL, da Francisco Franco e até de Câmara de Lobos, que aparecem por cá apenas para “socializar”. Ou seja, dizer que pertences a este “clube restrito” de alunos só te trará benefícios se tens dificuldades em encontrar amigos. O que eu pretendo dizer com isto é que aqui, na Jaime Moniz, temos tudo o que é necessário para termos sucesso na vida, tanto a nível académico como a nível social, até pode ser que aqui encontres aquele/a “mais que tudo” que te fará feliz. Tiago Catanho | 12º08

Capa

O dia da Bençã

diferentes perspetivas de vida. Aprendi que a vida é efémera. Que estamos sujeitos a perder as pessoas que mais amamos num piscar de olhos. E que, por outro lado, existem muitas pessoas que nos desiludem, mentem e, no fundo, são poucas as que conseguem ser leais. Aprendi também que sabendo sofrer, sofremos menos e que temos de aproveitar todos os dias como se fosse o último pois em algum momento, eventualmente, esse dia chegará. Algumas lições foram mais fáceis de aprender do que outras. A pessoa que mais contribuiu para esta minha aprendizagem foi também responsável pela minha motivação de ser aluna da Jaime Moniz. Chamava-se Martim e era o meu melhor amigo. Ele foi a pessoa mais carismática, determinada e correta que alguma vez conheci. O Martim ambicionava ser médico e adorava viver. Eu e ele passávamos os dias O dia de bênção de capas representa o final de uma etapa na vida de cada aluno. Esta etapa engloba todos os momentos desde o ensino básico até ao ensino secundário. Para mim, este evento vai fazer-me refletir sobre tudo o que já passei, as metas que alcancei e o que evoluí como pessoa. Sempre tive em mente que a sensação de estarmos no final de algo, faz-nos recordar o início, e eu sinto isso exatamente. Relembro a minha entrada para o ensino básico, ou até mesmo na Escola Jaime Moniz, e penso que muito mudou. Perdi amigos, ganhei amigos. Conheci imensas pessoas, com diferentes maneiras de pensar e

destaques futuro o a r a p s a iv t a xpect As minhas e No passado, se me questionassem acerca das minhas expectativas para o futuro O futuro é algo incerto e imprevisível. Por mais que elaboremos planos, o nosso destino está em constante mudança e, por vezes, damos por nós num labirinto, sem saber que decisão tomar. Talvez devido a essa imprevisibilidade, cada vez que penso onde estarei daqui a cinco ou dez anos, o meu coração acelera o seu passo, porque sinto a insegurança provocada por factores como a instabilidade económica do país.

respondia, sem hesitação “quero continuar a estudar numa Universidade no meu país”. Contudo, os tempos mudaram e a minha situação também. Agora, frequentemente, penso em abandonar a ilha onde nasci, cresci e da qual nunca saí. Quando penso em estudar noutro país imagino um amanhã mais calmo e sólido, sonho com uma vida melhor, com maior segurança e perspectivas mais vastas.


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as

o das

adversidades, e que estão agora a um passo de seguir viagem. É um momento marcante para cada um de nós pois vemos que é mais uma etapa conseguida. Ser finalista é ter orgulho, é receber a bênção apenas aquela vez na vida, é ser feliz e, acima de tudo, é sentir-se realizado. Jéssica Gomes e Patrícia Gonçalves | 12º11

juntos. Ele aconselhava-me, ouvia-me e fez de mim quem sou hoje. No dia 30 de Novembro de 2009, dia da sua bênção de capas, o Martim faleceu. Nesse dia uma parte de mim morreu com ele. No dia do seu funeral todos prestaram a sua homenagem ao Martim, excepto eu. A minha homenagem será este ano, na minha bênção de capas. Pretendo atingir a meta que infelizmente o Martim não conseguiu. Tal como já tinha referido, o final faz-nos pensar no início e apesar de o Martim não estar fisicamente comigo nesse dia, estará presente na minha memória e marcado em cada pormenor da pessoa que sou hoje… Jessica Atouguia e Bianca Marques 12º 11 O dia da Bênção das Capas é um dia especial, pois representa o finalizar de um O dia da Bênção das Capas é um dia longo percurso num momento importante especial para todos nós, finalistas do da vida de estudante, o fim do secundário. ensino secundário. Não é só uma tradição, Significa também uma maior mas representa anos de esforço e de responsabilidade, pois obriga a uma dedicação para chegarmos até aqui. É um reflexão do que será o início de uma nova tempo decisivo na nossa vida, pois etapa, a universidade ou a inserção numa teremos que enfrentar grandes profissão. responsabilidades e tomar as decisões Laura Freitas Nº15 | 12º 08 mais acertadas para garantir o futuro. Como em qualquer circunstância da vida, A bênção das capas representa para nós o esforço valerá sempre a pena, se uma homenagem ao esforço e dedicação fizermos o que gostamos. de todos os alunos que conseguiram Sónia Figueira | 12º 34 completar três anos, apesar das naturais Muitos profissionais, extremamente qualificados, têm dificuldades em encontrar um trabalho que valorize as suas qualidades em território português, por isso deixam a sua pátria chorando saudade, partindo à procura de um futuro mais sorridente. Quanto ao meu futuro apenas tenho a certeza do quanto incerto é. Talvez numa universidade de um país que me permita imaginar um amanhã mais colorido ou porventura em Portugal, a nação que me deu existência. Rosa Pestana | 12º 11 Atualmente, somos bombardeados com notícias menos agradáveis. Fala-se tanto de crise, de desemprego, de falência de empresas e de dívidas dos países, e são estas dificuldades que têm penetrado profundamente no dia-a-dia das pessoas, nas suas atitudes, estados de espírito e nas suas perspetivas. Basta vermos as notícias ou

Para mim, o dia da bênção das capas representa a celebração dos três anos passados no secundário, em que todos os alunos tiveram a hipótese de começar a construir o seu futuro, bem como a oportunidade de realizar novas amizades. É também uma despedida dos nossos tempos de liceu e o abraçar de um novo futuro, pois o fim de uma etapa é sempre o início de outra. Sofia Micaela Reynolds Pereira | 12º 08

abrirmos o jornal, para nos depararmos com casos de suicídio e violência resultantes do desespero da actual situação que todos estamos a passar. Com este cenário negro que nós encaramos dia após dia, surge a questão se o futuro continuará a ser assim ou se ainda será pior. O que me deparo é que muitos jovens já pensam no futuro com algum desânimo e incerteza. Todos os dias refletimos sobre as grandes dificuldades que nos esperam, porém, na minha perspetiva, acho que pensar no futuro como uma época de dificuldade, e deixar-se levar pelo desânimo, só piora a situação. Considero que não devemos fugir nem ignorar a realidade, que infelizmente é essa, assustadora, contudo, reconheço que devemos enfrentá-la com toda a força e fazer por mudá-la. Assim, mesmo perante as características da atualidade, as minhas perspetivas para o futuro são positivas, porque sei que se cada um quiser e se for responsável nas suas

O dia trinta de Novembro tal como é tradição, obrigou a que a Jaime Moniz se vestisse mais uma vez de festa para celebrar o ritual da Bênção das Capas. O negro dos fatos esbateu-se entre as cores dos nossos rostos felizes e os flashes das máquinas fotográficas. O Largo de Jaime Moniz encheu-se de finalistas, familiares e amigos para comemorar o fim de um longo trajecto escolar. Este dia marca o fim do secundário e ao mesmo tempo, o momento em que nos preparamos para iniciar uma nova etapa da nossa vida, quer optando por ingressar no mundo do trabalho, quer prosseguindo estudos, em ambos os casos com a certeza de que o futuro nos irá reservar gratas surpresas. Atravessámos a cidade em cortejo, perante o olhar curioso de inúmeros turistas e de pessoas queridas que nos envolviam em sorrisos, para que as nossas capas fossem abençoadas na Sé Catedral do Funchal. O dia terminou com um jantar comemorativo no Hotel Casino Madeira, seguido do baile realizado no Madeira Magic. Estes proporcionaram momentos de descontração e convívio servindo para fortalecer os laços de amizade e companheirismo criados ao longo do nosso percurso escolar, sobretudo nos últimos anos. Cada momento que passamos juntos nunca irá ser esquecido por nenhum de nós pois, por mais anos que passem, esta recordação acompanhar-nos-á ao longo da vida. Este dia muito especial será sempre relembrado por todos com carinho e entusiasmo, é a prova de que cada gota de suor e cada lágrima valeram a pena, porque no final fomos recompensados. Filipa Rosa 12º09

funções com o mundo que o rodeia, todos juntos iremos conseguir tornar o mundo num lugar mais bonito de se viver. Para tal, nada melhor que enfrentar as dificuldades com projetos e, concluindo, a minha perspetiva resume-se na seguinte frase, de um escritor anónimo: “Se você quer vencer, não fique olhando a escada. Comece a subir, degrau por degrau, até chegar ao topo”. Rita Pequeneza | 12º 11 Enquanto estudantes, especulamos muito sobre o nosso futuro, sobre as nossas expetativas de vida e de como atingi-las. Cada um de nós tem objetivos diferentes, mas no fundo trabalhamos para a mesma coisa: alcançar o que queremos. Para isto é necessário muito trabalho e dedicação, para além de uma regra fundamental: nunca desistir apesar dos obstáculos. Luísa Andrade, Madalena Pinto, Cláudia Brazão | 12º 11


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Quando o ensino

secundário

chega ao fim Quando o ensino secundário chega ao fim, a dúvida em relação ao futuro é constante. O passo seguinte revela-se uma incerteza entre aqueles que agora terminam o seu liceu e, recentemente, atingem a maioridade. Para muitos, esta fase representa apenas a transição do liceu para a universidade, pelo que se traduz no seguir a sua profissão, perseguir um sonho e tornar-se autónomo vivendo longe dos pais. Contrariamente a esta situação, existem muitos jovens para os quais esta fase se torna inquietante e frustrante, pois manifestam medo de não conseguir tomar a decisão correta e, mais tarde, se arrependerem dessa mesma escolha. Não obstante toda a informação cedida aos alunos, é e sempre será um risco escolher um curso e uma área que pode determinar o nosso futuro e estilo de vida. Paralelamente a esta situação de incerteza e escolha profissional, existe ainda o risco de se preencher alguns anos da vida a estudar e a formar-se para futuramente não encontrar emprego numa determinada área, tendo em conta as dificuldades económicas atuais. Contudo, quando o secundário chega ao fim, o sonho deve ser perseguido independentemente dos obstáculos que se possam atravessar. A realização pessoal é incontestavelmente um factor importante para se ser feliz. Ana Sousa | 12º 11 Chega a segunda semana de junho. O tempo pára. Terminam os toques da campainha e, na escola, só circulam os professores, correndo atarefados de uma

reunião para outra. O calor dificulta o trabalho. Os alunos, alguns já em férias, outros a começar o período stressante dos exames, raramente passam pela escola. Ora, fora um ano longo e complicado, agora, professores só para o ano! Para os não finalistas, isto significa voltar à mesma “casa”, encontrar os mesmos colegas e cumprimentar os professores do ano anterior nos corredores ainda vazios ou já cheios de novas caras curiosas acabadas de vir do ensino básico. Para os finalistas, o significado é bem diferente, o secundário termina. Que excitação! Que felicidade! Outra etapa da vida começa. Muitos optam por não continuar os estudos, enquanto outros optam pela vida da faculdade. Que ansiedade de começar. Viver sozinho, aprender a cozinhar, ser aluno da faculdade e não do secundário. É outro estatuto, é claro! Contudo, será tudo tão cor de rosa? Neste caminho esquecemos os alunos que não tiveram boa sorte nos exames, aqueles que não têm posses para pagar a faculdade, aqueles que não têm média para o que desejavam, aqueles que têm de terminar o secundário para trabalhar, pois a vida não está fácil. Neste caminho, tão desejado, há barreiras a saltar, há portas a abrir e montanhas a derrubar. Ao longo da vida surgirão pessoas e obstáculos com o intuito de nos dificultar o caminho que tão bem escolhemos. É nesses obstáculos que percebemos, quando o ensino secundário chega ao fim, que tudo chega ao fim. Serão as últimas risotas na sala de aula, as últimas partidas nos balneários, as últimas brincadeiras nos corredores e as últimas discussões sem sentido nos trabalhos de grupo. A vida

muda, outra etapa começa e tudo isto porque o ensino secundário chega ao fim... Carolina Cardoso | 12º 8 Quando o ensino secundário chega ao fim, um misto de nostalgia e de ansiedade invade poderosamente os espíritos estudantis. As crianças de outrora são agora jovens capazes de raciocinar autonomamente. Uma sensação de efemeridade aperta o coração dos mais sensíveis. Porém há aqueles, os mais sonhadores, que não conseguem, nem querem, deixar de pensar nas novas experiências que aí se avizinham, quer na universidade, quer no trabalho, ou simplesmente a desfrutar da sua existência. É fechado, assim, mais um capítulo da nossa história. O caminho é para a frente e não de retorno. É o início de uma vida cheia de responsabilidades e de escolhas, as quais influenciarão substancialmente o progresso dos nossos dias. Os alicerces estão construídos. Resta agora decidir se queremos chegar ao topo ou ficar apenas pelo que já nos é conhecido. A cautela nunca será demais, já a queda poderá ser devastadora. Andreia Patrícia Fernandes Lopes | 12º8 Existe um período da nossa vida em que todos pensamos “O que quero ser quando for grande?”. Inicialmente possuímos todos os sonhos, queremos ser médicos, engenheiros, professores, polícias, bombeiros… pois, normalmente, enquanto crianças temos sempre alguém que admiramos, alguém de quem queremos seguir as pisadas. Agora, já numa realidade distinta, chega o

momento em que o ensino secundário chega ao fim, onde algumas escolhas para o futuro já foram feitas, desde o momento da escolha do curso em que queremos entrar, até ao empenho e esforço que empregamos na nossa vida diária como estudantes, de modo a atingir as tão desejadas notas para ingressar na universidade. E é então que chega o derradeiro passo, onde na maioria das vezes temos de retirar um pequeno instante para reflectir não sobre aquilo que tínhamos desejado ser enquanto crianças, mas sim sobre aquilo que irá garantir uma vida futura estável, o que nem sempre corresponde às nossas expetativas. E é nesse pequeno instante, que entra a circunstância da verdade, em que jovens de 17 e 18 anos escolhem especificamente o futuro da sua vida profissional, quer seja pelo ingresso na universidade, quer seja pelo ingresso no próprio mundo do trabalho, pois os momentos que atravessamos economicamente não possibilitam famílias com menos posses financeiras, contribuir para o enriquecimento educacional dos seus filhos. Assim, quando o secundário chega ao fim, pensamos no futuro, talvez não da maneira que mais quereríamos, mas da maneira que a realidade o expõe e, por isso, nos adaptamos, pois apesar de todas as pequenas batalhas encontradas no percurso escolar, conseguimos ver o iniciar de uma vida diferente, onde possivelmente a nossa geração tenha uma palavra a dizer sobre a verdade das coisas, com uma mente mais aberta e com mais soluções, para ultrapassar problemas que a sociedade hoje enfrenta. Letícia Vasconcelos | 12º11


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