O Jardim Indígena da Escola Secundária Jaime Moniz Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente Disciplina: Sistemas de Informação Aplicada Ano: 12º Turma: 35 Professores: Fátima Vale e Rafael Fonseca Ano Letivo 2011/12
Toda a informação contida neste livro é referente até ao dia 23 de Março de 2012. Os canteiros 6 e 7 são tratados em separado
55
Webgrafia
Indice Página
http://institutoarqueiro.com.br/novosite/modules/arqueiro/mmedica.php? med=tax#1456 http://madeira.quercus.pt/scid/subquercus/defaultarticleViewOne.asp? categorySiteID=313&articleSiteID=398
Alunos inscritos na disciplina de Sistemas de Informação Aplicada A Escola Secundária Jaime Moniz
4 6
http://www3.uma.pt/biopolis/planta.php?id=411 http://pt.wikipedia.org
Localização das instalações escolares e do Jar-
http://madeira-gentes-lugares.blogspot.pt/2007/05/laurissilva-floresta-da-
dim Indígena
7
madeira.html http://clubambientefoc.no.sapo.pt/plantas.htm
O Jardim Indígena
http://www.ama-lingua.com/index.php?mod=biol1_1 http://bio-geologia.blogspot.pt/2009/04/flora-endemica-da-madeira-o-estudo-
Canteiro 1
9
Canteiro 2
15
Canteiro 3
21
Canteiro 4
31
Canteiro 5
36
Canteiro 6
44
Canteiro 7
47
Necessidades do jardim
53
Webgrafia
54
dos.html http://www3.uma.pt/biopolis/lista.php?search=e
Anexo: Localização das espécies endémicas utilizando o Google Earth
54
Alunos inscritos na disicplina de
O Jardim Indígena
Sistemas de Informação Aplicada
Necessidades do Jardim
Número
Nome
1
Ângela Telo
2
Arlindo Silva
3
Daniel Silva
4
Daniela Rodrigues
5
Eleutério Dias
6
Emanuel Gomes
7
Emanuel Abreu
8
Helena Figueira
Colocar as varandas mais altas nos diversos canteiros;
9
Sónia Gonçalves
Colocar um ecoponto na entrada;
10
Isabel Barros
Melhorar o pavimento ao longo do percurso.
11
Diogo Pestana
12
Luís Pereira
13
Luís Abreu
14
Paulo Gouveia
16
Sandra Fernandes
4
Nos 7 canteiros que compõem o Jardim foram encontradas as seguintes necessidades:
Retirar as espécies invasoras (já identificadas);
Plantar espécies endémicas no lugar das invasoras;
Retirar o material de construção;
Retirar o lixo espalhado pelos canteiros;
Retirar as placas de identificação das espécies endémicas que estão estragadas;
Colocar novas placas de identificação das espécies endémicas;
Utilizar as placas de identificação que se encontram no jardim em bom estado e sem utilização;
Com a satisfação destas necessidades o Jardim melhorava o aspeto ambiental e toda a comunidade escolar poderia usufruir e conhecer algumas das espécies endémicas existentes na ilha madeira.
53
O Jardim Indígena Canteiro 7
Alunos inscritos na disciplina de Sistemas de Informação Aplicada
Nome comum: Jasmineiro branco Nome científico: Jasminum azoricum Família: Oleaceae Nº de exemplares:1 Descrição: arbusto perene, ereto ou trepador e glabro com caules longos. Apresenta folhas opostas, subcoriáceas, trifoliadas; folíolos ovados a ovado-anceolados com flores brancas aromáticas, com cerca de 2 centímetros de diâmetro com inflorescências terminais de 3 a 20 centímetros de comprimento. Distribuição e habitat: habita atualmente apenas duas escarpas rochosas da costa Sul da ilha. Estatuto de conservação e ameaças: extremamente rara Origem: endémica ilha da Madeira Observações: Esta planta apresenta a sua floração de Maio a Outubro. Ao longo dos tempo esta espécie devido ao seu elevado valor ornamental foi cultivada em jardins.
52
5
O Jardim Indígena
A Escola Secundária Jaime Moniz
Canteiro 7 Em 1837 o Liceu do Funchal começou a funcionar
Nome comum: Gingeira Brava, Azereiro,
no antigo Colégio dos Jesuítas, com cerca de 50 alunos e
Gingeira-brava
aulas decorriam no pátio.
Nome científico: Prunus Lusitanica
Após várias mudanças de instalações em 1942, ainda com muitas obras a decorrer, lecionaram-se as primeiras aulas no novo e atual edifício. No ano letivo 1941-42 as
Família: Rosaceae Nº de exemplares:1 Descrição: Arbusto ou pequena árvore pere-
aulas funcionaram com 259 alunos (70 raparigas e 189
ne, crescendo entre 3 a 15m. A casca da
rapazes).
árvore é castanho escura. As folhas são
Jaime Constantino de Freitas Moniz foi um dos prin-
alternadas, ovais, entre 7-12cm de compri-
cipais pensadores da educação em Portugal, após o seu fale-
mento e 3-5cm de largura, com o ápice acu-
cimento (por proposta da Academia Real das Ciências de
minado, pecíolo avermelhado, margens dentadas, coriáceas e de cor verde escura e bri-
Lisboa), em 1919 foi dado o nome de Liceu de Jaime Moniz
lhante na página superior, ligeiramente mais
ao “Liceu do Funchal”, sendo atualmente é conhecido por
clara na inferior.
Escola Secundária Jaime Moniz. No atual ano letivo existem 2379 alunos, 260 professores e 92 funcionários.
Distribuição e habitat: Encontra-se nas ilhas de São Miguel, Terceira, São Jorge, Pico, Faial e Madeira. Ocorre essencialmente acima dos 500 m, de preferência em ribeiras estreitas e profundas, solo húmidos com boa drena-
Ao nível da oferta formativa, existem os Cursos Cien-
gem e mais raramente dispersas em povoamentos densos de floresta nativa de
tifico-Humanísticos e Cursos Tecnológicos. Para além destes,
encostas.
existem Cursos de Educação e Formação. Por fim, no regime
Estatuto de conservação e ameaças: Espécie rara na natureza.
noturno, também são realizados Cursos de Educação e Formação de Adultos.
Origem: Endémica da Macaronésia Observações: É uma espécie de cerejeira nativa do Sudoeste de França,
6
Espanha, Portugal, Marrocos e Macaronésia - Açores, Madeira e Canárias . 51
O Jardim Indígena Canteiro 7
Localização das Instalações Escolares e do Jardim Indígena
Nome vulgar: Figueira do inferno Nome científico: Euphorbia
piscatória
Aiton Família: Euforbiaceas Nº de exemplares: 2 Descrição: Apresenta-se
como
um
arbusto suculento com até 1,75 metros de altura, com caules bastante ramificados e folhas dispostas no ápice dos ramos. As folhas apresentam-se linear-lanceoladas ou linear-oblongas, de 2,5 a 7 centímetros, glaucas, sésseis, caducas no Verão. As flores são pequenas de cor amarelo-esverdeada e reunidas numa inflorescência umbelada simples ou composta. Os frutos lisos, avermelhados. Distribuição e Habitat: Endémica da Macaronésia, característica da Laurissilva da Madeira, crescendo em lugares húmidos e ravinas abrigadas, principalmente entre os 400m e os 1100m. Esta espécie pode ser observada em alguns locais da Tabúa, do Paúl do Mar e de Santana. Estatuto de conservação e ameaças: espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Origem: Endémica do Arquipélago da Madeira Observações: Época de floração de fevereiro a julho. 50
7
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 7
Nome vulgar : Dragoeiro Nome científico: Dracaena draco Família: Ruscaceae Nº de exemplares: 4 Descrição:
Árvore peculiar da
Madeira, Canárias e Cabo Verde, cresce muito lentamente, mas pode atingir até 15m de altura. É uma espécie vulnerável. Os caules, a princípio simples, tornam-se ramosos no cimo, com os ramos partindo sempre da mesma altura. As suas folhas são longadas e as bagas globosas, amareloalaranjadas. A sua baga globosa pode ter entre 14 - 17mm. Distribuição e habitat: Encontra-se extinta na natureza na ilha do Porto San-
Total da área do Jardim Indígena da Escola: aproximadamente 679 m² .
to e na ilha da Madeira sobrevive apenas um exemplar considerado selvagens numa escarpa sobranceira à vila da Ribeira Brava. Um segundo exemplar perto deste primeiro foi derrubado pelos fortes temporais que assolaram a ilha em Fevereiro de 2010, tendo os seus troncos sido recolhidos pelo Jardim
Total da área verde da Escola: aproximadamente 3.171 m²
Botânico da Madeira para uma tentativa de propagação vegetativa. Estatuto de conservação e ameaças: Enfrenta riscos de extinção, devido à destruição do seu habitat. Origem: Macaronésia Observações: Na Madeira esta espécie é muito cultivada como ornamental
8
em jardins e pode sobreviver durante centenas de anos produzindo árvores de grande porte.
49
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 7 Canteiro 1 Nome vulgar: Maçaroco Nome científico: Echium candicans Família: Boraginaceae Nº de exemplares: 3 Descrição: Apresenta-se como um arbusto de até 2m de altura, ramificado e densamente híspido de caules branco-acinzentados. Folhas lanceoladas a ovado-lanceoladas acuminadas, até 23cm de comprimento, sésseis ou subsésseis de cor verde acinzentadas. As flores apresentam uma corola afunilada de até 1cm de cor azul escura ou arroxeada, reunidas numa inflorescência paniculada, densa, alongada e geralmente de 15 a 35cm. A sua disseminação é feita por sementes. Distribuição e habitat: Encontra-se nas escarpas rochosas da zona monta-
Área do canteiro:
Aproximadamente 43 m²
nhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os
Número de espécies:
6
800 e os 1700m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exem-
Número de indivíduos:
6
plo, no Ribeiro Frio e em Santana. É cultivada em pequena escala nas quinta a cima dos 500 m. Estatuto de conservação e ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Origem: Endémica da Madeira Observações: . Época de floração de abril a agosto. 48
9
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena Canteiro 7
Canteiro 1
Nome comum: Ameixieira-de-espinho ou Fustete Nome Cientifico: Berberis maderensis Família: Berberidaceae Número de exemplares: 1 Descrição: É um arbusto que pode atingir até 3 m de altura, perenifólio, ramoso, com espinhos tripartidos nos caules, as folhas são em fascículos, subespatuladas ou subovadas, tendo estas entre 2,5 a 5 cm, inteiras ou serrado-espinhosas. Distribuição e habitat: É uma espécie endémica da ilha da Madeira e nasce em grandes altitudes na floresta de Laurissilva do til e nas escarpas rochosas que correspondem ao urzal de altitude na região central da ilha. Estatuto de conservação e ameaças: Bastante rara.
Área dos canteiros:
Aproximadamente 59 m²
Número de espécies:
5
Número de indivíduos:
11
Origem: É uma espécie endémica da ilha da Madeira. Observações: Esta planta floresce de Maio a Junho. Ao longos dos tempos a sua madeira foi usada em embutidos. Pode ser uma das esperanças para a cura do cancro maligno de pele ou melanoma. Esta conclusão emanou de um estudo que está a ser desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade de Coimbra, em colaboração com unidades de Espanha (Centro de Investigação do Cancro em Salamanca) e dos EUA (Universidade de Minnesota). 10
47
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 6
Canteiro 1
Nome vulgar: Maçaroco Nome científico: Echium candicans
Nome vulgar: Érica
Família: Boraginaceae
platycodon
Nome científico: Erica scoparia subsp. Família: Ericaceae
Nº de exemplares: 3
Número de exemplares: 1
Descrição: Apresenta-se como um arbusto de até 2m de altu-
Descrição: Arbusto ou pequena árvore que
ra, ramificado e densamente híspido de caules branco-acinzentados. Folhas
atinge os 4 m de altura, com muitos ramos,
lanceoladas a ovado-lanceoladas acuminadas, até 23cm de comprimento,
folhas pequenas e lineares e flores rosadas
sésseis ou subsésseis de cor verde acinzentadas. As flores apresentam uma
em cachos laterais.
corola afunilada de até 1cm de cor azul escura ou arroxeada, reunidas numa inflorescência paniculada, densa, alongada e geralmente de 15 a 35cm. A sua
Distribuição e habitat: Subespécie endémica da ilha da Madeira, muito comum nas comunidades de substituição das
disseminação é feita por sementes.
florestas da Laurissilva Pode ser encontrada desde o litoral até grandes altitudes Distribuição e habitat: Encontra-se nas escarpas rochosas da zona monta-
(1400 m). Pode ainda, com menos frequência, habitar os picos mais altos do
nhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os
Porto Santo.
800 e os 1700m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana. É cultivada em pequena escala nas quinta
Estatuto de conservação e ameaças: Espécie muito abundante. Origem: Subespécie endémica da ilha da Madeira, Açores e Canárias.
a cima dos 500 m. Estatuto de conservação e ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Observações: Desempenha um papel fundamental na fixação de nevoeiros, provocando a sua condensação e posterior infiltração e armazenamento da água no lençol freático. A sua época de floração é de Abril a Junho.
Origem: Endémica da Madeira Observações: . Época de floração de abril a agosto. 46
11
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 1
Canteiro 6 Nome vulgar : Dragoeiro
Nome vulgar: Vinhático
Nome científico: Dracaena draco
Nome científico: Persea indica Família: Lauraceae
Família: Ruscaceae
Número de exemplares: 1
Nº de exemplares: 4
Descrição: Pode atingir 25 m de altura, de copa redonda, folhas verde pálido com pecíolos avermelhados, que se tornam também avermelhadas à medida que envelhecem, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas
Descrição: Árvore peculiar da Madeira, Canárias e Cabo Verde, cresce muito lentamente, mas pode atingir até 15m de altura. É uma espécie vulnerável. Os caules, a princípio simples, tornam-se ramosos no cimo, com os ramos partindo sempre da mesma altura. As suas
quando maduras.
folhas são longadas e as bagas globosas, amarelo-alaranjadas. A sua baga
Distribuição e habitat: Encontra-se em vales profundos e húmidos, abrigados no interior da Laurissilva entre os 400 e os 1300 m. Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira e na Calheta.
globosa pode ter entre 14 - 17mm. Distribuição e Habitat: Encontra-se extinta na natureza na ilha do Porto Santo e na ilha da Madeira sobrevive apenas um exemplar considerado selvagens numa escarpa sobranceira à vila da Ribeira Brava. Um segundo exemplar perto deste primeiro foi derrubado pelos fortes temporais que assolaram
Estatuto de conservação e ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatu-
a ilha em Fevereiro de 2010, tendo os seus troncos sido recolhidos pelo Jar-
tos atribuídos à floresta Laurissilva.
dim Botânico da Madeira para uma tentativa de propagação vegetativa.
Origem: Espécie endémica da Macaronésia.
Estatuto de conservação e ameaças: Enfrenta riscos de extinção, devido à
Observações: Em tempos, a sua madeira foi muito exportada para a Inglaterra onde ficou conhecida como mogno da Madeira. A época de floração é de Junho a Novembro.
12
destruição do seu habitat. Origem: Macaronésia 45
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena Canteiro 1
Canteiro 6
Nome vulgar: Pau-branco Nome científico: Picconia excelsa (Aiton) Família: Oleaceae Número de exemplares: 1 Descrição: Chega a atingir 15 m de altura, possui casca pálida e posição das folhas, caracteristicamente, oposta e alternada aos pares. Os frutos muito parecidos com as azeitonas ficam quase negros quando maduros, no mês de setembro Distribuição e habitat: Ocorre na Laurissilva na região central e a Norte da Madeira, muitas vezes em ravinas e escarpas. Exemplares de pau-branco podem ser observados na Serra de Água e no Ribeiro Bonito, em Santana. Estatuto de conservação e ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo
Área dos canteiros:
Aproximadamente 50 m²
dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Número de espécies:
2
Origem: Espécie endémica da Macaronésia.
Número de indivíduos:
7
Observações: A sua madeira é extremamente rija e foi em tempos utilizada na construção de fusos dos lagares, dos eixos das rodas das típicas carroças da Ponta do Pargo e nas corsas dos peculiares carros de cestos do Monte.
44
13
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena Canteiro 5
Canteiro 1 Nome vulgar: Massaroco
Nome comum: Teixo
Nome científico: Echium candicans
Nome Cientifico: Taxus baccata
L. fil.
Família: Taxaceae
Família: Boraginaceae Número de exemplares: 1 Descrição: Na ilha da Madeira e Canárias
Número de exemplares: 1
surge como indígena e rara, apresentando-
Descrição: Arbusto que pode atingir
se como uma árvore dióica com até 15 m
2m de altura, ramificado, com folhas
de altura, perenifólia, com copa piramidal
verde acinzentado e inflorescências
ampla, sendo as folhas lineares, planas, de
densas e alongadas com tamanhos que
1 a 3 cm de comprimento. As sementes
podem ir dos 15 aos 35cm, com flores
estão rodeadas por um arilo carnudo, com
azul escuro.
cerca de 1 cm de comprimento, vermelho quando maduro. Distribuição e Habitat: Encontra-se Distribuição e habitat: Para além da Madeira e Canárias, nasce de forma
nas escarpas rochosas da zona monta-
espontânea nas terras altas de Portugal, podendo também ser cultivada e usada
nhosa central da Madeira e na Lauris-
como ornamental.
silva em altitudes que variam entre os
Estatuto de conservação e ameaças: Planta indiferente ao tipo de solo. Origem: Espécie indígena dos arquipélagos da Madeira e Canárias e surge também na Europa continental, Ásia ocidental e Norte de África. Observações: Este arilo pode ser comido pois não é tóxico, mas o caroço pode matar. Pensa-se que era a matéria prima para os arcos de Robin dos Bosques,
800 e os 1700m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana. A sua disseminação é feita por sementes. Estatuto de conservação e ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Origem: Espécie endémica da Madeira.
por ser a madeira utilizada nos arcos de guerra ingleses desse período. A sua
Observações: Esta espécie é cultivada em pequena escala nas quinta a cima
época de floração é de Março a Abril.
dos 500m. Época de floração de abril a agosto. 14
43
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 5 Canteiro 2 Nome Vulgar: Buxo-da-rocha Nome científico: Chamaemeles coriácea (Lindl.) Família: Rosaceae Número de exemplares: 1 Descrição: Apresenta-se como um arbusto ramoso com até 4 metros de altura. As folhas são espatuladas a obovadas tendo 1 - 4,5 cm de comprimento. As flores do Buxo-da-rocha são pequenas, com 5 pétalas de 2 - 2,5 mm de cor brancas, maculadas de rosa a vermelho, reunidas em inflorescências axilares. Este género de Chamaemeles é representado apenas por esta única espécie. Distribuição e habitat: Madeira (nos declives da zona costeira e nas rochas até aos 400 m; ocorre na costa sul desde a Fajã da Ovelha até Santa Cruz, assim como em Santana), Porto Santo (Pico Júlia), Deserta Grande e Ilhéu Chão. Trata-se de uma espécie endémica da ilha da Madeira, característica do Zambujal.
Área do canteiro:
Aproximadamente 29 m²
Número de espécies:
3
Número de indivíduos:
4
Estatuto de conservação e ameaças: Trata-se de uma espécie endémica da ilha da Madeira, característica do Zambujal. Origem: Endémica do Arquipélago da Madeira. Observações: Apresenta floração entre outubro e junho. 42
15
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 2
Canteiro 5
Nomes comum: Loureiro ou Lou-
Nome vulgar: Dragoeiro
ro
Nome científico: Dracaena draco
Nome científico: Laurusazorica
Família: Dracaenaceae
(Seub.) Família: Lauraceae
Número de exemplares: 1
Nº de exemplares : 2
Descrição: Planta que se desenvolve muito devagar, demora cerca de 10 anos a atingir 2 a
Descrição: Árvore de 2 a 4,0 m de
3m. Pode atingir os 15m de altura, com caule
altura, de folhas perenes aromáti-
castanho-acinzentado e ramos separados que
cas, ovais, coriáceas de cor verde-
originam uma coroa multi-dividida. As folhas
escura. As flores são pequenas, amareladas e reunidas junto às axilas das
são compridas e os frutos são bagas que se tornam alaranjadas quando madu-
folhas. Os frutos são pequenos, tipo bagas e quando maduros ficam quase
ras.
negros. Distribuição e habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Dragoeiros com Distribuição e habitat: Muito comuns em toda a ilha, podem ser observados
algumas centenas de anos, e no seu estado natural, podem ser observados no
na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente.
Núcleo de Dragoeiros das Neves, em São Gonçalo e na Ribeira Brava.
Estatuto de conservação e ameaças: Muito abundante e característica da
Estatuto de conservação e ameaças: O dragoeiro é uma espécie vulnerável,
floresta da Laurissilva do Barbusano e do Til.
ou seja, embora não se encontre em perigo iminente, enfrenta sérios riscos de
Origem: Trata-se de uma espécie endémica da ilha da Madeira e do arquipé-
extinção, no seu habitat natural.
lago das Canárias.
Origem: Macaronésia
Observações: Nos troncos desta árvore é comum encontrar as cecídias,
Observações: A seiva avermelhada do dragoeiro, denominada sangue de
resultantes da ação de um fungo específico (Laurobasidium Laurii), também
drago, foi em tempos utilizada em tinturaria e na medicina caseira para o
conhecido como Madrelouro. A sua época de floração é de Novembro a
alívio de dores. Época de floração de agosto a outubro.
Abril. 16
41
O Jardim Indígena Canteiro 4 Nome comum: Esparto-de-folhacientífico:
Canteiro 2
Ao longo do tempo as folhas deste loureiro foram, e são-no ainda,
miúda Nome
O Jardim Indígena
utilizadas na culinária da Madeira e os ramos para espetos na tradicional
Asparagus
"espetadas". A partir das bagas do loureiro é costume produzido o "azeite de
umbellatus ssp. lowei
louro", usado na medicina popular como remédio para reumatismo e afeções da
Familia: Asparagaceae
pele pois o seu óleo essencial é bactericida. A madeira deste loureiro apesar não ser de grande qualidade, utilizou
Número de exemplares: 1
-se em embutidos, marcenaria e na construção de utensílios agrícolas e de coziDescrição: hastes fotossintéticas,
nha, como por exemplo as colheres-de-paus.
eretas, espalhando-se ao subir, ramificando-se. Folhas pequenas. Distribuição e habitat: é encontrado em falésias e rochas em habitats arbustivos, Juniperus e zonas florestais mais secas da Laurisilva. Estatuto de conservação de ameaças: não ameaçada Origem: endémica das Ilhas Canárias e Madeira Observações: Na Madeira, além de habitats naturais, também é cultivada em jardins
40
17
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 2
Canteiro 5 Nome vulgar: Barbusano
Nome comum: Vinhático
Nome científico: Apollonias barbu-
Nome científico: Persea Indica
jana (Cav. Bornm)
Família: Lauraceae
Família: Lauraceae
Nº de exemplares: 1
Número de exemplares: 1
Descrição: Pode atingir 25 m de altura, de copa
Descrição: Apresenta-se como uma
redonda, folhas verde pálido com pecíolos aver-
árvore de grande porte que pode
melhados, que se tornam também avermelhadas
atingir 25m de altura. Esta árvore
à medida que envelhecem, os frutos são bagas
tem copa densa arredondada, folhas
verdes que se tornam pretas quando maduras.
verde-escuras, brilhantes, de 5 - 15cm de comprimento e por vezes de mar-
Distribuição e habitat: Encontra-se em vales profundos e húmidos, abrigados no interior da Laurissilva entre os 400 e os 1300 m. Exempla-
gens revolutas. As flores do são pequenas de cor branco-esverdeada e são dispostas em mílorescências terminais. Os frutos apresentam-se de forma ovóide e de cor negra quando madura.
res desta espécie podem ser observados na
Distribuição e habitat: Espécie endémica da ilha da Madeira, das Canárias e
Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira e na
que aparece também nos Açores. É característica da floresta de Laurissilva
Calheta.
do Barbusano. Também ocorre nas ilhas Desertas.
Estatuto de conservação e ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos esta-
Estatuto de conservação e ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos esta-
tutos atribuídos à floresta Laurissilva.
tutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Origem: Espécie endémica da Macaronésia.
Origem: Macaronésia
Observações: Em tempos, a sua madeira foi muito exportada para a Inglater-
Observações: A floração desta planta ocorre entre outubro e maio. Ao longo
ra onde ficou conhecida como mogno da Madeira. A época de floração é de
dos tempos a madeira de Barbusano por ser muito pesada e dura, foi sempre
Junho a Novembro.
difícil de trabalhar, no entanto foi utilizada na construção naval (havendo antigamente árvores de grande porte e abundantes a sul da Madeira) e tam18
bém no fabrico de utensílios agrícolas39 e fusos de lagar.
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 5
Canteiro 2
Nome vulgar: Marmulano Nome científico: Sideroxylon marmulano
Nome comum: Til
Família: Sapotaceae
Nome científico: Ocotea foetens (Aiton)
Número de exemplares: 1
Familia: Lauraceae
Descrição: Apresenta-se como uma árvore
Nº de exemplares: 1
ou pequeno arbusto com até 10m de altura com folhas persistentes coriáceas com de 4 a
Descrição: Natural da Madeira e
15 cm de forma obovada a elíptica. As flores
das Canárias, com flores muito
são rosadas e com pétalas de até 0,7 cm,
pequenas e discretas. A madeira é
dispostas em glomérulos axilares, sendo o
escura e dura, libertando um odor
fruto um drupáceo de até 1,8 cm e de cor
característico quando recentemente
vermelha a purpúreo anegrado na fase da maturação.
cortada. Os ramos são delgados, angulosos, com tegumento liso,
Distribuição e habitat: aparece na ilha de Porto Santo e nas ilhas Desertas,
por vezes avermelhado nas zonas
ocorre ainda nas ilhas Canárias e Cabo Verde. Trata-se de uma espécie que
de crescimento recente. As folhas,
na ilha da Madeira é característica do matagal da floresta do Marmulano, nas
com 9–12 cm de comprimento e 3-5 de largura, são oblongo-lanceoladas a
rochas próximas do litoral, pois são locais expostos à radiação solar, ex. abai-
quase elípticas, acuminadas e ligeiramente recortadas na base. Nas plantas
xo da levada dos Tornos.
adultas, as folhas são de textura coriácea, lustrosas em ambas as faces, de cor
Estatuto de conservação e ameaças: espécie rara, pois ao longo do tempo as suas folhas foram apanhadas para alimentar o gado.
verde escura mais intensa na face superior, tendo na face inferior pequenas vesículas nas axilas das nervuras. As flores são esbranquiçadas, com laivos de verde e amarelo pálido, libertando um leve odor adocicado. O fruto é uma baga dura e carnosa com cerca de 3 cm de comprimento, recoberta na sua
Origem: Macaronésia
metade anterior por uma cúpula, dando-lhe um aspeto semelhante a uma Observações: Apresenta floração de dezembro a janeiro. Antigamente, as
bolota. O fruto é verde escuro, escurecendo progressivamente com o amadu-
cascas eram maceradas em álcool, sendo esta mistura utilizada em massagens
recimento.
para debelar as dores musculares.
38
19
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 2
Distribuição e habitat: Espécie endémica da Macaronésia e importante componente da Laurissilva, encontrando-se em profundos vales e encostas abrigadas no interior da Ilha. Ocorre em altitudes compreendidas entre os 600 e os 1500 m. O til pode ser observado na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira, na Serra de Água e em Santana.
Canteiro 5 Nome vulgar: Urze-das-vassouras Nome científico: Erica platycodon Família: Ericaceae Número de exemplares: 1 Descrição: Apresenta-se como um arbusto,
Estatuto de conservação e ameaças: Existem poucos exemplares de grande
ou pequena árvore com até 4m de altura,
porte, que são verdadeiros monumentos naturais, possivelmente mais velhos
muito ramoso, de caules com até 20cm ou
que o povoamento da Ilha.
mais de diâmetro e rebentos glabrescentes. As folhas desta planta são lineares, de 1 a 1,2 cm, verticiladas, sendo as flores de coro-
Origem: Laurissilva da Macaronésia
la largamente campanulada, com 2 a 3 mm, rosada, em cachos laterais. Distribuição e habitat: muito comum nas comunidades de substituição das florestas da Laurissilva. Estatuto de conservação e ameaças: Trata-se de uma subespécie endémica da ilha da Madeira, Origem: Espécie endémica da ilha da Madeira, Açores e Canárias. Observações: Esta planta apresenta floração entre Abril e Junho. Ao longo dos tempos e devido à sua madeira extremamente dura, teve diversas utilizações agrícolas mas também em embutidos. É utilizada no fabrico de vassouras e nas vedações e como lenha. 20
37
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 5
Canteiro 3
Área do canteiro:
Aproximadamente 110 m²
Área do canteiro:
Aproximadamente 60 m²
Número de espécies:
7
Número de espécies:
8
Número de indivíduos:
7
Número de indivíduos:
10
36
21
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 3
Canteiro 4
Nome Comum: Cedro-da-madeira
Nome comum: Faia-da-terra, faia-das-ilhas ou samouco
Nome Científico: Juniperus Cedrus
Nome científico: Myrica faya (Aiton)
Família: Cupressaceae
Família: Myricaceae
Nº de exemplares: 1
Número de exemplares: 1
Características: Árvore de folhagem per-
Descrição: Arbusto ou pequena árvore verde até 8 m. Ramos jovens com
sistente, que pode chegar aos 20m de altu-
glândulas peltadas, pequenas e acastanhadas. Folhas curtamente pecioladas,
ra. Apresenta um tronco acastanhado e
oblanceoladas, agudas a obtusas, coriáceas… Flores amarelo-verde com 4
ramos pendentes. As folhas são pequenas e
estames. Frutos globosos, vermelho tornando-se pretos, lustrosos.
em forma de agulha, com duas riscas brancas na página superior. Os frutos são gál-
Distribuição e Habitat: Dominou as florestas costeiras dos Açores e Madei-
bulos mais ou menos globosos de cós
ra. Ocorre na Laurissilva subindo até 500m e ocasionalmente acima dos
acastanhada
700m; na ilha do Pico sobe a 1000m
ou
avermelhada
quando
maduros.
Estatuto de conservação e ameaças:
Distribuição e habitat: Rara.
Origem: Indígena da ilha da Madeira, Canárias e arquipélago dos Açores e
Estatuto de conservação e ameaças: Aquando da descoberta da ilha da Madeira era muitíssimo mais abundante do que hoje em dia dado que restam escassos indivíduos na natureza.
Sudoeste de Portugal Continental. Observações: O período de floração vai de Março a Abril, por vezes prolongando-se pelos meses de Maio e Junho em áreas de maior altitude. Foi utili-
Origem: Espécie endémica dos arquipélagos das Canárias (onde ocorre nas
zada em marcenaria, especialmente em trabalhos de torneiro e para o fabrico
ilhas de La Palma e de Tenerife) e da Madeira (ilha da Madeira).
de pequenos utensílios domésticos e para lenha. Os caules eram usados como estacas.
Observações: Um alvará do rei D. João II em 1493 faz referência ao cedroda-Madeira, restringindo o seu corte. A sua raridade atual impede qualquer tipo de exploração. A sua época de floração é de janeiro a março. 22
35
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 4 Nome
comum:
Alegra-
Canteiro 3 Nome comum: Ameixieira-de-espinho
campo
ou Fustete
Nome científico: Semele
Nome Cientifico: Berberis maderensis
androgyna
Família: Berberidaceae
Família: Ruscaceae Número de exemplares: 1
Número de exemplares: 2
Descrição: É um arbusto que pode Descrição:
Apresenta-se
como arbusto perene, bastante ramoso e de caules trepadores. Tem flores pequenas, amarelo-esverdeadas. Os seus frutos são globosos de cor vermelha. Distribuição e habitat: É uma espécie endémica da ilha da Madeira e das Canárias, abundante na floresta de Laurissilva do barbusano. Ocorre também na ilha de Porto Santo e na Deserta Grande. Estatuto de conservação e ameaças: Espécie quase ameaçada. Origem: Endémica da Madeira e Canárias. Observações: Ao longo dos tempos foi utilizada como planta ornamental, cultivada em jardins. Os ramos são usados na decoração dos presépios tradicionais madeirenses. A sua floração ocorre normalmente entre abril e junho.
atingir até 3 m de altura, perenifólio, ramoso, com espinhos tripartidos nos caules, as folhas são em fascículos, subespatuladas ou subovadas, tendo estas entre 2,5 a 5 cm, inteiras ou serrado-espinhosas. Distribuição e habitat: É uma espécie endémica da ilha da Madeira e nasce em grandes altitudes na floresta de Laurissilva do til e nas escarpas rochosas que correspondem ao urzal de altitude na região central da ilha. Estatuto de conservação e ameaças: Bastante rara. Origem: É uma espécie endémica da ilha da Madeira. Observações: Esta planta floresce de Maio a Junho. Ao longos dos tempos a sua madeira foi usada em embutidos. Pode ser uma das esperanças para a cura do cancro maligno de pele ou melanoma. Esta conclusão emanou de um estudo que está a ser desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade de Coimbra, em colaboração com unidades de Espanha (Centro de Investigação do Cancro em Salamanca) e dos EUA (Universidade de Minnesota).
34
23
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 3
Canteiro 4
Nome Comum: Barbusano
Nome comum: Massaroco
Nome Científico: Apollonias
Nome científico: Echium ner-
barbujana
vosum
(Cav.)
Bornm.
Família: Boraginaceae
subsp. barbujana Família: Lauraceae
Número de exemplares: 6
Nº de exemplares: 1
Discrição: Apresenta-se como
Características: Atinge 25m
um arbusto perene de até 2 m
de altura e possui copa densa e
de altura, ramificado, densa-
redonda, com folhas
verde
mente escabro e de caules branco-acinzentados. As folhas apresentam-se
escuro, com margens revolutas.
lanceoladas, de 4,5 a 12,5 cm de comprimento, cinzento-esbranquiçadas,
Os frutos são bagas verdes que
subsésseis. As flores apresentam-se azuis claras, raramente esbranquiçadas.
se tornam pretas quando maduDistribuição e habitat: É relativamente comum e cresce naturalmente nas
ras.
ilhas da Madeira, Porto Santo e Desertas, em áreas sob influência do clima Distribuição e habitat: Ocorre
mediterrânico entre os 0 e os 300 m de altitude.
na Laurissilva, acima dos 1000 m. Pode ser observado em Santana, no Porto da Cruz e na Tabúa, no Sítio do Barbusano.
Estatuto de conservação e ameaças: espécie não ameaçada ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Estatuto de conservação e ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Origem: Endémica do arquipélago da Madeira.
Origem: Subespécie endémica da Macaronésia.
Observações: a sua madeira foi utilizada para a criação de embutidos. Possui
Observações: as suas folhas são de um modo geral, providas de galhas que são originadas por um inseto específico. 24
grande valor ornamental, geralmente em jardins e bermas de estrada. Apresenta floração entre Janeiro e Agosto.
33
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena Canteiro 4
Nome comum: Piorno da Madeira
Canteiro 3
Nome Comum: Figueira do Inferno Nome Científico: Euphorbia mellifera
Nome científico: Genista Tenera
(Aiton)
Família: Família Fabaceae
Família: Euphorbiaceae
Número de exemplares: 1
Nº de exemplares:1
Descrição: Apresenta-se como um arbusto perene com altura até 2,5 m com folhas
Características: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir os 8m de altura,
sésseis. Os frutos são vagens.
com inflorescências mais ricas em floDistribuição e habitat: É uma espécie
res (vermelhas) que em frutos.
comum nas escarpas rochosas e expostas e nas ravinas em comunidades de substituição desde o nível do mar até os 1700 m de
Distribuição e habitat: É uma das espécies características da Laurissilva da Madeira, cresce em lugares húmidos
altitude.
e ravinas abrigadas, principalmente Estatuto de conservação e ameaças:
entre os 400 e os 1100 m, pode ser
Espécie muito abundante e não ameaçada.
observada em alguns locais da Tabúa,
Origem: é uma planta do género Genista, espécie endémica da ilha da Madeira.
do Paúl do Mar e de Santana. Estatuto de conservação e Ameaça: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Observações: A floração é entre março e julho. Ao longo dos tempos a madeira deste arbusto de cor variada, branca, amarelada a avermelhada, foi utilizada em embutidos. As flores desta planta apresentam corola amarela de 1 a 1,5 cm, dispostas em inflorescências racemosas terminais.
32
Origem: Endémica da Macaronésia. Observações: A sua época de floração de fevereiro a julho.
25
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 3
Canteiro 4
Nome Comum: Loureiro Nome Científico: Laurus novo canariensis Família: Lauraceae Nº de exemplares: 2 Características: Pode atingir 20m de altura, perenifólia e de copa densa, folhas verde escuras, de forma elíptica, coriáceas e aromáticas. Os frutos são de forma ovoide verdes que se tornam negros quando maduros. As suas flores são branco-amarelas, dispostas em cimeiras axilares. Os frutos tem forma ovoide e
Área do canteiro:
Aproximadamente 51 m²
são negros quando maduros.
Número de espécies:
4
Número de indivíduos:
10
Distribuição e habitat: Árvore dominante da Laurissilva, com grande diversidade de habitats, ocorrendo desde os 200 m até acima dos 1200 m. Pode ser observada na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente. Estatuto de conservação e Ameaça: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Origem: Endémica da Macaronésia 26
31
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 3
Canteiro 3
Nome vulgar: Pau-branco Nome científico: Picconia excelsa (Aiton)
Observações: Há pouco tempo era considerada, juntamente com populações de
Família: Oleaceae
loureiros açorianos uma espécie Laurus Azoica. No entanto, devido às muitas diferenças morfológicas e fisiológicas, em 2004 constatou-se a presença não de
Número de exemplares: 1 Descrição: Chega a atingir 15 m de altura, possui casca pálida e posição das folhas, caracteristicamente, oposta e alternada aos pares. Os frutos muito parecidos com as azeitonas ficam quase negros quando maduros, no mês de setembro
duas espécies distintas, tendo as populações da Madeira e Canárias ficado inseridas na nova espécie L. Novo Canariensis e as populações açorianas mantiveram o nome L. Azórica. O seu fruto serve de alimento ao endémico Pombo Trocaz que habita a Laurissilva. As populações locais do norte da Madeira utilizam-no no fabrico do azeite de louro que dizem possuir propriedades farmacêuticas . Por vezes, nos troncos dos loureiros adultos, desenvolve-se um fungo exclusivo de forma característica, conhecido por madre-de-louro. A sua época de floração é de fevereiro a
Distribuição e habitat: Ocorre na
abril.
Laurissilva na região central e a Norte da Madeira, muitas vezes em ravinas e escarpas. Exemplares de pau-branco podem ser observados na Serra de Água e no Ribeiro Bonito, em Santana. Estatuto de conservação e ameaças: Pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Origem: Endémica da Macaronésia. Observações: A sua madeira é extremamente rija e foi em tempos utilizada na construção de fusos dos lagares, dos eixos das rodas das típicas carroças da Ponta do Pargo e nas corsas dos peculiares carros de cestos do Monte. 30
27
O Jardim Indígena
O Jardim Indígena
Canteiro 3 Nome comum: Perado ou azevinho
Canteiro 3 Nome Comum: Til
Nome científico: Ilex Perado Aiton
Nome
Família: Aquifoliaceae
científico:
Ocotea
foetens
(Aiton) Baill. Família: Lauraceae
Número de exemplares: 1 Descrição: Atinge cerca 5 m de altura, perenifólia, de tronco liso, cinzento-claro, apresenta folhas coreáceas, obovadas a oblongas, glabras, com até 10 centímetros de comprimento, as dos rebentos e das plantas jovens elípticas e espinhosas.
Nº de exemplares: 2 Características: Pode atingir 30m de altura e diâmetros de tronco de tamanhos impressionantes, possui copa densa copa com folhas brilhantes e frutos que se assemelham a pequenas bolotas.
Distribuição e habitat: Endémica da Macaronésia, vive na Laurissilva entre os 300m e os 880m de altitude, preferencialmente na zona central e na encosta Norte da Madeira. Pode ser observado na Serra de Água e na Penha de Águia, no Porto da Cruz.
Distribuição e habitat: E um importante
componente
da
Laurissilva,
encontra-se em profundos vales e encostas abrigadas no interior da Ilha.
Estatuto de conservação de ameaças: espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Ocorre em altitudes compreendidas entre os 600m e os 1500m. O Til pode ser observado na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira, na Serra de Água e em Santana.
Origem: Endémico das ilhas Canárias e Madeira Estatuto de conservação e ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo Observações: Resistente à poluição urbana é usada como planta ornamental.
dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Produz madeira branca, pesada, de boa qualidade para ser trabalhada em marcenaria, e se tingida de negro, substitui o ébano. É muito procurada no Natal, a tal ponto que corre atualmente o risco de extinção, sendo totalmente proibi-
Origem: Espécie endémica da Macaronésia Observações: A sua madeira quando adulta é de excecional qualidade.
da a sua colheita. A sua época de floração é de abril a junho e frutifica de outubro a dezembro.
28
29