O Lyceu

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E s c o l a S e c u n d á ri a Ja i m e M o n i z | R e v i s t a n º 1 3 | Ja n e i ro / M a r ç o 2 0 0 7 | 1. 5 €


As publicações escolares são uma forma já antiga de comunicação interna das escolas. Nestas publicações, aplicamos a interdisciplinaridade de forma natural, promovendo a fusão dos diversos saberes em artigos de opinião, ciência, letras, entrevistas e passatempos, entre muitos outros. A nossa Escola antes de optar por uma publicação sob a forma de revista, O Lyceu, editou durante diversos anos o jornal Versus. As novas realidades e necessidades associadas a cada época fazem-nos repensar a forma como chegamos aos nossos leitores: alunos, funcionários e professores. Assim, uma publicação digital poderá estar para breve, tal como foi ensaiado na última edição. Na impossibilidade de editar em papel a revista do primeiro período, como alternativa, disponibilizamola à Comunidade Educativa, gravada em CD, à venda na papelaria da escola. Acreditamos que o fundamental é que os bons hábitos de leitura nunca se percam. Uma cultura diversificada, abrangente e fundamentada são premissas valorizadas na vida pessoal e profissional de todos nós. A leitura está na génese da formação do Ser. A nossa revista, no fim do segundo período, deu destaque ao Festival de Teatro Carlos Varela. Boa Páscoa e boa leitura.

A Equipa Editorial


Ficha Técnica

Breves

4

Projecto Sócrates Cómenius Polónia - Lituânia - Letónia

8

Nº 13 - Janeiro / Março 2007

Conselho da Comunidade Educativa: das exigências às vivências

11

Conselho Pedagógico: uma filosofia de intervenção

11

Director: Jorge Moreira

Falando com... Élvio Passos

12

Revista O Lyceu

Dixit

15

Crise de valores

16

Tecnologia em crise

20

A crise na justiça

23

Crise na leitura

24

Escola Secundária Jaime Moniz Largo Jaime Moniz 9064 - 503 Funchal Telef.: 291202280 Fax: 291230544 E.mail: olyceu@gmail.com

Coordenadores: António Freitas - 11º Grupo B Cláudio Dias - 10º Grupo B José Gouveia - 5º Grupo Luís Martins - 1º Grupo Vanda Gouveia - 8º Grupo A Revisão: Vanda Gouveia - 8º Grupo A Fotografia: António Freitas - 11º Grupo B Capa: Joana Gomes - 12º 21 Colaboração: Toda a Comunidade escolar Colaboração especial: André Luís Sousa - 11º 20 Horácio Freitas - 10º Grupo B Hugo Brazão - 12º 21 Isabel Lucas - 5º Grupo Natacha Correia - 12º 21 Todos os artigos de opinião são da responsabilidade dos autores. Agradecimentos: À Direcção, bem como a todos quantos contribuíram para que este projecto se tornasse realidade e em especial a Elizabete Cró e Fátima Marques. Tratamento de Imagem, Arranjo Gráfico e Montagem Electrónica: José Gouveia - 5º Grupo

XV Festival Regional de Teatro Escolar 26 Clubes e Projectos

32

Ciência Aberta

38

Para onde foram os nossos alunos

41

Rostos

42

Bilhete Postal

44

Poesia

45

Artes

46

Música - Made in Portugal Manel Cruz

50

Visitas - Casa das Mudas

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Cantinho da Biblioteca

53

Passatempos / Páginas Choque Mate

54

Impressão e Acabamento: Liberal Tiragem: 1000 Exemplares


Escola Secundária Jaime Moniz, promoveu no dia 5 de Dezembro, para comemorar o Dia Mundial do Voluntariado, um Painel, com o objectivo de realçar “A Importância de Servir o Próximo”. Foram prelectoras: a Dra. Mª. Helena Lima – Fundadora da Associação da Casa do Voluntariado, a Dra. Cristina Gouveia Presidente da Direcção da Delegação Regional da APFADA (Doentes de ALZHEIMER), a Dra. Fátima Silva - Presidente da Direcção Regional da AFARAM (Amigos do Doente Mental), a Dra. Mª. Lídia Barbeito Coordenadora do BDT (Banco de Tempo) e a Dra. Mª. Teresa Tomé Presidente do Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

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Este painel permitiu aprofundar conhecimentos sobre o número excessivo de seres humanos com necessidade de apoio e, portanto, dependentes do próximo. Todas estas associações tentaram motivar os presentes para colaborarem, indicando o endereço das suas instalações e a forma de se inscreverem, caso quisessem fazê-lo. Esta acção teve lugar no Auditório da Escola, entre as 09h45 e as 11h15 e dirigiu-se a professores, funcionários e alunos. Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras de ACC

05

07 Nossa Escola, comemorando o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (decretado pela ONU 03 de Dezembro), convidou para fazer uma prelecção a Dra. Conceição Estudante - Secretária Regional dos Assuntos Sociais. A nossa convidada iniciou a palestra com palavras de profundo significado humano, sobressaindo o respeito e tolerância sem os quais não existirá amanhã. Leu então um excerto de um livro, de onde se salienta a voz do PROFETA - ou seja, a voz da sabedoria, que advém do conhecimento, este feito naturalmente da experiência. Esta acção realizou-se na Sala de Sessões (215), no dia 07 de Dezembro, teve a duração de 2 (duas) horas e dirigiu-se a: Professores, Funcionários e Alunos.

A

Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras de ACC


Breves

4/5

o dia 15 de Janeiro de 2006, pelas 10 horas, realizou-se na sala 215 desta Escola, uma palestra sobre - “Rede Natura 2000” proferida pela Dra Isabel Freitas, técnica do CICNA. Esta acção foi destinada a toda a comunidade escolar. Nesta palestra foi referida a importância da Rede Natura 2000 – Estatuto máximo de Protecção que pertence à União Europeia bem como o objectivo da mesma, manter ou recuperar habitats e espécies garantindo um estatuto de conservação. Em Portugal, a Rede Natura abrange mais de 20% do território nacional. A Madeira incluiu uma grande parte do seu território nesta Rede.

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15

Escola comemorou o Dia Mundial da Liberdade com uma conferência na sala de Sessões (duração duas horas) no dia 23 de Janeiro de 2007. O prelector convidado, Dr. Mário Crespo – Jornalista da SIC-Notícias apresentou o tema “A Afirmação da Liberdade nos Dias de Hoje”. O Jornalista referiu a sua experiência na África do Sul e nos Estados Unidos da América. Estes países foram determinantes na sua formação e aprendizagem, sobretudo no que diz respeito à profissão que abraçou. Depois, expôs aspectos relacionados com a palavra LIBERDADE e de forma humorística efabulou acerca dos vários significados apresentados no dicionário da Porto Editora (dezasseis). O facto não deixa dúvidas sobre o quanto o termo é complexo e indefinível, por isso subjectivo. Falou do Marcelismo e dos efeitos nefastos da censura, mostrou artigos outrora escritos e que apresentavam o risco vermelho, significativo de um período de não liberdade, talvez por isso se tenha admirado com o facto de Salazar e Cunhal se encontrarem entre os dez primeiros, num concurso a decorrer na RTP 1 (ambos coarctadores de liberdade) questionando-se se não haveria no século XX ou XXI personalidades mais marcantes. Leu poemas de vanguarda, elogiou poetas, filósofos, romancistas e destacou John dos Passos, descendente de madeirenses, um dos grandes escritores e pensadores. Esta acção dirigiu-se a alunos, professores, funcionários e comunidade em geral. Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras de ACC

A

23


o dia 31 de Outubro, pelas 09H45, realizou-se no Auditório da nossa Escola, uma conferência intitulada: O DESPESISMO: EXCESSOS E FORMAS DE O COMBATER - comemorando o Dia Mundial da Poupança, destinada a Alunos, Professores e Funcionários. O prelector, Senhor JOSÉ CARLOS OLIVEIRA ROLO - Director Geral do BANIF na RAM, lembrou que o tempo é de contenção e sugeriu várias formas de aplicar capital (Campanha Geração + (100 euros - 80+20) estes 20 euros oferecidos pelo banco; Poupança 25 anos - (025 anos), esta pressupõe uma conta desde o nascimento, muito procurada pelos pais, que assim proporcionam aos filhos algum capital; Conta Poupança-habitação, esta facilitará a aquisição de casa; Crédito para Estudos, só devolvido após o beneficiado se encontrar no mercado de trabalho, este mereceu especial atenção dado o facto de nos encontrarmos numa ilha e termos gastos acrescidos, outras propostas houve, no entanto, ficam as mais pertinentes. A terminar vincou a ideia de que o futuro dos jovens depende das opções que fizerem hoje.

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Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC

05

Escola Secundária Jaime Moniz comemorou o Dia Internacional da Mulher (08 de Março) com uma conferência intitulada: “A MULHER DO SÉCULO XXI”. A prelectora, Dr.ª Zita Maria Seabra Roseiro - Deputada à Assembleia da República, traçou a evolução das mentalidades desde meados do século XX até ao dealbar do XXI – explicou aos jovens presentes o quão difícil era outrora a vida, a diferença educacional entre os sexos: em casa, com continuidade na escola. Referiu as vicissitudes passadas para se conquistar alguma independência e no facto de determinados empregos e cursos estarem entregues a homens, facto que só após o 25 de Abril de 1974 foi alterado. Deu outros exemplos, provocando, pelo absurdo dos factos, tristemente próximos, mas reais, a hilariedade nos ouvintes. Hoje, o nosso país parece estar num caminho mais aberto, tendo as novas gerações outra forma de estar, contudo os grandes lugares de decisão ainda estão entregues aos homens, segundo a nossa convidada, devido à maternidade, entre outros motivos, achando que se devem tomar decisões no sentido de evitar que esta não aconteça. Questionada acerca da comemoração deste dia, explicou a sua origem: a morte, nesta data, de uma mulher nos Estados Unidos que lutava pelos seus direitos. Esta acção realizou-se no Auditório, no dia 5 de Março de 2007 (pelo facto da Dr.ª Zita Roseiro só ter esta disponibilidade), teve a duração de 2 (duas) horas e dirigiu-se a alunos, professores e funcionários.

A

Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC


Breves

o âmbito de uma ampla formação cultural, teve lugar no dia 20 de Janeiro de 2007, no Convento

N

de Santa Clara, um painel subordinado ao tema “Encontrar Deus no inesperado”.

A acção, levada a cabo pelas coordenadoras do Banco de Tempo e orientada pelo Padre José Tolentino Mendonça, é o terceiro encontro de um programa de Abordagem à Leitura da Bíblia.

6 de Fevereiro de 2007, sob a coordenação do Banco de Tempo, decorreu o painel “A pro-

A

blemática à volta do Referendo de 11 de Fevereiro”, tendo como intervenientes Jorge Malheiro de Araújo - Médico - Ilse Berardo – Pastora e Teóloga da Igreja Luterana - Ricardo

Vieira – Advogado e Jurista - e Vanda Martins – professora do 10º grupo B. Este encontro teve como público-alvo os professores, alunos e funcionários da Escola.

“Conversas à solta” foi o tema aglutinador de um encontro no dia 7 de Fevereiro, sob a orientação da Ana Isabel Freitas, professora da Escola de Yoga do Funchal. A acção foi da responsabilidade das coordenadoras do Banco de Tempo.

9 de Fevereiro decorreu o primeiro de uma série de encontros da “Cozinha Saudável”, coorde-

A

nados pelo Banco de Tempo.

O convívio, subordinado ao lema “Comer bem para viver melhor”, para além da tradicional alegria e reflexão, contou com a aprendizagem de alguns pratos sugestivos: caril de Seitan, cuscuz com legumes e maçã com farofa.

retendendo uma intensa e profícua reflexão sobre “Nós e os Outros”, teve lugar no dia 6 de

P

Março, na Sala de Reuniões, um painel cujo tema - “Liderança” - foi orientado pela mestre Fernanda Martins, do grupo de Educação Física.

O encontro foi da responsabilidade das coordenadoras do Banco de Tempo.

6/7


Além disso visitámos a escola de Kolobrzeg que tem apenas pouco mais de cinco centenas de alunos. Podemos dizer que é uma escola de “bonecas”, se compararmos com a nossa em Conceição Freitas Elisabete Cró Miguel Nunes

tamanho. Apenas o Pavilhão e a Piscina são maiores que os nossos e funcionam no edifício do Hotel Millenium. A escola polaca proporcionou-nos uma visita guiada a dois museus:

ntre os dias 20 e 26 de Fevereiro de 2006, professores

E

um etnográfico e um de armas (Polish Arms). Outra visita,

e alunos da Escola Secundária Jaime Moniz estiveram

mais directamente ligada com os objectivos do projecto foi a

na Polónia, para dar seguimento ao plano estabelecido

um instituto de readaptação de jovens toxicodependentes

no Programa Sócrates Comenius1 - Parcerias entre Escolas,

(Monar- Youth Centre), onde ouvimos o director falar sobre o

subordinado ao tema - Modos de Promover a Autonomia e a

funcionamento, as práticas, os métodos pedagógicos e ainda

Iniciativa dos Alunos no Processo de Aprendizagem, no qual a

a filosofia orientadora desse estabelecimento de ensino. Aí

Escola Secundária Jaime Moniz é Parceira, juntamente com

contactámos com jovens, nas suas horas de lazer e alguns

sete escolas dos seguintes países da Europa: Alemanha,

professores experimentaram as actividades desportivas que

Espanha, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Turquia. Este

aqueles estavam a praticar.

ano tem como subtema – “Prevenção da Violência” na

Também nos obsequiaram com uma viagem de barco, no Mar

Escola.

Báltico, ocasião em que começou a nevar. Quando chegámos a terra, encontrámos já tudo “vestido” de branco. Ainda nos surpreenderam com umas horas num clube de equitação (Western City), onde nos divertimos imenso. As recepções foram sempre muito simples, mas adequadas às situações, incluindo algumas guloseimas sempre acompanhadas de chá ou café para nos refazermos do frio exterior, pois, portas adentro, tudo está preparado para o bem-estar. Trouxemos TPC, o qual já está a ser realizado para enviar por correio electrónico e outras actividades realizadas na nossa escola, no âmbito da prevenção da violência, serão apresentadas em vídeo e em fotografia digital, no fim de Maio, na Lituânia.

Nota: Este projecto é financiado pela CE.

O dia vinte pode considerar-se um dia perdido em transportes aéreos e terrestres. Tivemos cinco dias com palestras, reuniões de trabalho e actividades de carácter cultural. Nas sessões de trabalho que se realizaram na sala de congressos do hotel onde todos os professores e alunos ficamos hospedados, foram apresentados os resultados dos inquéritos realizados nas escolas intervenientes sobre o tema desenvolvido este ano lectivo. A escola coordenadora (alemã) mostrou-nos um trabalho em vídeo, onde pudemos constatar como os alunos mais velhos podem contribuir para resolver conflitos de violência entre os mais novos. Tais alunos, com essa intervenção, estão a promover um trabalho integrado numa disciplina que faz parte do seu currículo e que é opção para seguir um curso dentro da área social. Na nossa escola, essa actuação não poderia ter lugar, uma vez que a diferença de idades é muito ténue.


Programa Sócrates Cómenius

8/9

a algumas representações de música e dança pelos alunos e ainda por um professor da referida escola. O final da tarde perpetuou-se na nossa memória pelas iguarias lituanas, preparadas por um grupo de professores, num cenário com Conceição Freitas Elisabete Cró

as margens de um lago e um moinho movido por um abundante riacho.

terceiro encontro de trabalho do Programa

O

No dia 30, visitámos o Departamento Anti-Crime, o Centro de

Sócrates Comenius1 – Parcerias entre Escolas,

Reabilitação para toxicodependentes e a Estação da fronteira

Projecto de desenvolvimento Escolar, teve lugar

Adutiskis em Mielagénai. A tarde foi dedicada ao trabalho do

entre os dias 29 de Maio e 3 de Junho, na Lituânia, em

Projecto.

Svencioneliai, na Escola Svencioniu r. Svencioneliu Pagrindine

Os montes (Kernavés), célebres na História, como obser-

Mokykla. A Escola Jaime Moniz esteve representada, junta-

vatórios de remotos e insistentes invasores, saciaram as nos-

mente com as escolas participantes dos seguintes países:

sas retinas de paisagens verdejantes plenas de corolas

Alemanha, Espanha, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e

amarelas. Este dia (31) foi também preenchido com a visita a

Turquia. O subtema para este ano era a “Prevenção da

Trakai com o seu célebre castelo e paisagem fluvial.

Violência” e que, após o encontro na Polónia, seguia o lema:

Voltámos à cidade de Vilnius, no dia 1 de Junho, para uma reunião na Agência Nacional Sócrates e Leonardo da Vinci, na qual todas as escolas participantes falaram das suas escolas e do envolvimento das mesmas no projecto. Seguiu-se uma tarde livre com visita à Torre da Televisão, à cidade e ao maior Centro Comercial da Lituânia - AKROPOLIS. À noite fomos à Casa da Ópera, onde assistimos ao canto de algumas árias da Ópera Fausto, por vozes de soprano, barítono e tenor, acompanhadas de Orquestra Sinfónica da Lituânia e Orfeão. A manhã do dia 2 de Junho foi toda dedicada ao trabalho de projecto; de tarde divertimo-nos, no rio Neris, a remar ao longo de 12 (doze) quilómetros de kayak. O dia culminou com um “Jantar de Despedida”, no Hotel. O programa ainda incluiu uma visita à cidade de Ignalina no dia 3 de Junho e regressámos no dia seguinte. Podemos concluir que foi um programa muito bem organizado - com trabalho, mas também como momentos de cultura e lazer.

«Não há caminho para a paz; a paz é o caminho». A nossa chegada à Lituânia, no dia 28, ficou marcada com a calorosa

recepção,

no

Aeroporto

de

Vilnius,

pela

Coordenadora do Projecto acompanhada pela sua filha, conhecedora das línguas inglesa e alemã, o que ajudou imenso na escolha de um jantar típico na capital e na integração dos elementos novos no grupo. No primeiro dia (29) visitámos a escola, onde se ouviu uma pequena palestra pela Directora que ofereceu a todo o grupo uma maçã, com o desejo de que os nossos encontros fossem muito proveitosos. Depois assistimos a um espectáculo de boas vindas no auditório da Escola onde estiveram presentes algumas entidades da Lituânia, nomeadamente (Polícia, Departamento de Educação e Câmara Municipal), terminando a parte da manhã com um almoço oferecido pela Directora da Escola. Na tarde do mesmo dia, na Escola de Arte, assistimos


ticos, que deverão ser apresentados no próximo encontro, na Turquia, em Março de 2007. Além desta actividade, as escolas poderiam e deveriam planear e levar a cabo outros trabalhos que achassem oportunos considerando o tema do Elisabete Cró Enaltina Vieira

Projecto. Durante a estadia na Letónia, as referidas professoras tiveram

ealizou-se, na semana de 25 a 30 de Setembro de

R

oportunidade de visitar locais históricos e emblemáticos,

2006, na Escola Ventspils 4. Vidusskola em Ventspils,

destacando-se, em Ventspils, o Centro Olímpico, Centros de

Letónia, mais um encontro de professores do

Apoio a famílias e crianças, o Centro de Multimédia que fun-

Programa Sócrates - Acção Comenius I – Parcerias entre

ciona também como recurso tecnológico da escola partici-

Escolas, Projecto de Desenvolvimento Escolar, que tem

pante, e o impressionante Museu da História. Em Riga, capi-

como tema geral - Modos de Promover a Autonomia e a

tal do país, visitaram o Museu da Medicina, extenso e rico em

Iniciativa dos Alunos no Processo de Aprendizagem.

figuras, imagens, objectos e cenas ilustrativas do evoluir da

O segundo ano de aplicação, tem como sub-tema “Modos de

medicina desde a pré-história até a actualidade. Numa volta

vida saudável”, participaram as professoras desta Escola,

pela cidade velha da capital visitaram ainda a imponente Igreja

Elisabete Cró e Enaltina Vieira, respectivamente coordenado-

de S. Pedro, de cuja torre foi possível admirar toda a cidade,

ra e colaboradora do referido Projecto.

com uma construção marcadamente antiga. Foi ainda propor-

Nesse encontro, sob a coordenação central da representante

cionado ao grupo de professores um agradável passeio de

Alemã, Marlies Volzke, foram apresentados trabalhos já ante-

barco ao longo do porto, em Ventspils, e um passeio até

riormente desenvolvidos nas oito escolas participantes

Uzava, no interior, onde foi oferecido um almoço numa cerve-

(Alemanha, Espanha, Madeira, Polónia, Turquia, Letónia,

jaria histórica, localizada num parque, e ainda uma visita à

Estónia e Lituânia) e foi definido um plano de actividades a

fábrica de cervejas, com uma larga produção para o mercado

promover por todos na primeira fase deste ano que decorre

nacional.

até Março de 2007.

A viagem culminou num jantar de convívio junto ao porto da

Entre os problemas discutidos naquele encontro foi a obesi-

cidade, durante o qual foram proferidos discursos de agrade-

dade infantil e juvenil o considerado mais preocupante e o

cimento e felicitações pela Directora da Escola Letã e pela

primeiro a combater. Nesse sentido, ficou decidido proceder

coordenadora central do Projecto. Para recordar ficaram as

ao levantamento do IMC (Índice de Massa Corporal) e da ten-

inúmeras fotos que bem registam os momentos vividos num

são arterial dos alunos com os respectivos resultados estatís-

país cheio de história e cultura.


Programa Sócrates Cómenius - Conselhos

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um fórum, de facto, participativo, crítico, observador, construtivo, consciente do que a nossa Escola de muito bom já conseguiu, e Mª do Carmo Rocha - 8º Grupo B

lúcido nas propostas que apreciar, para que a aposta em que a Escola tem vindo a investir se constitua como núcleo da qualidade

Conselho da Comunidade Educativa, entidade prevista

que se pretende preservar e manter a todos os níveis. Honrando o

e consagrada na Lei e à qual é atribuída a responsabi-

que está feito, ousando correr os riscos que qualquer mudança

lidade de órgão máximo da Escola, tendo presentes os

envolve, seria extraordinariamente gratificante que este Conselho

O

normativos legais, pode/deve usar as suas competências para propor e estimular uma prática que vá ao encontro das características dessa mesma Escola.

se configurasse como uma instância onde todos os elementos, imbuídos de uma vontade esclarecida e determinada, assumissem os seus papéis, se empenhassem no seu desempenho e colabo-

A Sociologia das Organizações preconiza uma atenção particular às relações hierárquicas, à dinâmica interpessoal e intergrupal, à gestão de todos os recursos, quer humanos, quer materiais, com o objectivo de investir a montante para beneficiar a jusante, ou seja, criar as melhores condições de trabalho para todos os seus elementos, de modo a que os resultados se aproximem da excelência. A Escola supõe organização: uma organização interna, tributária

rassem na tomada de decisões sobre a Escola, no âmbito das suas atribuições. As vivências que se auguram, para as exigências que se formulam, radicam na inabalável convicção de que: o interesse renovado pelas questões que nos concernem e cuja solução pode passar pelas nossas mãos; um ambiente de trabalho colaborativo; a prática

da participação dos elementos que representam a Comunidade

do saber ouvir; a aprendizagem do respeito; a assunção da frontali-

Escolar e uma organização mais ampla, corporizada no Conselho da

dade; a partilha de opiniões, na busca de consensos, são pilares

Comunidade Educativa onde a Escola está inserida. A intervenção

sólidos sobre os quais é saudável apoiarmos a nossa intervenção,

deste órgão será a contextualização das exigências prescritas na

reafirmarmos a nossa identidade e o nosso sentido de pertença e

legislação em vivências protagonizadas pelos conselheiros que o

consolidarmos a nossa autonomia, pautados por valores da ética

integram. Deseja-se o Conselho da Comunidade Educativa como

democrática.

ajustá-los às diferentes situações que temos de resolver, ajuda-nos a tomar decisões éticas. Resolver situações onde estejam implicaAna Paula Trindade

dos seres humanos implica o desenvolvimento de uma consciência ética, que interessa que seja partilhada por todos aqueles que

s atribuições do Conselho Pedagógico são definidas por

A

fazem parte de uma comunidade educativa. A missão da escola

lei e, em sentido lato, podemos afirmar que os seus membros têm a preocupação de reflectir e decidir sobre

obriga a uma centralidade humana, o que, no nosso entender, impli-

todas as questões que norteiam a "arte de bem ensinar" e a vontade

ca que as relações sejam reguladas por uma cultura axiológica única

de sempre aprender, tendo como referencial os protagonistas que

e comum, partilhada e transmitida, que não só ajudará a resolver

compõem a comunidade educativa.

melhor as situações, como permitirá o surgimento de escolas mais

Por esta razão, viver a escola, atendendo ao seu contexto e ao seu conteúdo, é entendê-la enquanto espaço de relação humana. De entre as várias relações que se estabelecem no contexto esco-

coesas e congruentes. Embora definidas as competências do Conselho Pedagógico

lar, a relação pedagógica é aquela que tem maior destaque. No

enquanto órgão decisor, importa desocultar o que se encontra por

entanto, a escola é um espaço de relações por excelência, um

detrás desse conjunto de competências. Na realidade, elas expres-

espaço onde o diálogo deve sobrepor-se às atitudes de manipu-

sam uma opção de valores éticos: personalidade pedagógica, re-

lação. Este diálogo permite encarar o outro com rosto e não apenas entendê-lo como mais um que "habita" a instituição escola.

presentatividade, orientação, educação permanente, acompa-

Seguindo uma matriz filosófica levenisiana, podemos dizer que a

nhamento, avaliação, inovação, integração, articulação, diversifi-

relação pedagógica implica intervir na orientação do devir humano,

cação, apoio, escuta activa, investigação, exterioridade, recomen-

pelo que ela deverá ser regulada por um conjunto de valores éticos.

dação, incentivo, partilha, responsabilidade, acolhimento…

Enquanto profissionais da educação, torna-se importante ir além de uma dimensão moral e deontológica, falando, assim, de uma ética profissional. As nossas atitudes e comportamentos devem ser

É a consciência desses valores que nos ajuda a delinear uma política educativa, confere personalidade pedagógica à nossa esco-

reflectidos, seguindo uma lógica assente na filosofia da moral, ou

la e ajuda a que sejamos uma comunidade de aprendentes, virados

seja, num patamar ético. Pensar sobre os valores permite-nos

para uma ética do futuro.


N

o contexto do programa da disciplina de Filosofia, alunos e professores são convidados a debater temas entre os quais se destaca o "Determinismo e liberdade na acção humana". Esta reflexão é necessariamente profícua na formação dos nossos jovens. Num plano teórico parece colher frutos, na medida em que semeia princípios fundadores

de uma sociedade cada vez mais consciente da sua autodeterminação histórica, cultural e política. Não obstante, no plano prático, parece que estamos a assistir a um desinteresse total no exercício da nossa cidadania. Que consequências para a sociedade? É esta questão que habitualmente fica em aberto, pois nem sempre as respostas são óbvias. Surgiu então a ideia de começar a entrevistar pessoas que se debruçassem sobre os valores na sociedade contemporânea. Turma 10º 40 Cláudio Dias - 10º Grupo B

“O Lyceu”: A liberdade, enquanto valor, é apregoada diariamente como um dos pilares

Nota Biográfica:

da humanidade. Para uns é um dado adquirido, para outros, um feito inalcançável. A sua ausência parece criar feridas entre os mundos Ocidental e Oriental. Não estaremos a

Nome: Élvio Passos

"cavar" um fosso entre estes dois universos históricos e culturais? Fez o curso de Comunicação Social, na Lisboa,

Élvio Passos: Penso que os dois mundos, Ocidental e Oriental, concordam quanto à

Instituto Superior de Ciências Sociais e

importância da liberdade. A diferença residirá na concepção que têm de liberdade. Claro

Políticas. Depois de algum tempo pas-

que do ponto de vista Ocidental, o que se passa em muitas sociedades orientais não

sado essencialmente a frequentar

tem nada a ver com liberdade, muito menos com democracia. Mas a nossa visão do

acções de formação, foi a vez de traba-

mundo é a mais correcta? Penso que é somente a menos má. Na nossa sociedade

lhar numa empresa de organização de

onde está a liberdade das minorias? Não teremos com as minorias atitudes e compor-

eventos chamada Volta e Meia. Após

tamentos semelhantes aos que criticamos ao mundo Oriental? Não há dúvida de que

regressar à Madeira em 1998, passou

existe um fosso crescente. Mas penso que é ‘apenas' entre as maiorias dos dois lados.

algum tempo exclusivamente como

Apesar disso é preocupante, pelos radicalismos existentes em ambos os 'mundos'.

Universidade

Técnica

de

formador. Depois continuou ligado à formação, tendo trabalhado na Escola

“O Lyceu”: A liberdade não será uma utopia? É praticável? Em que contextos e

Profissional Cristóvão Colombo. Nos

sociedades?

últimos três anos em que esteve, fui correspondente do DIÁRIO no conce-

E. P. : Acima de tudo, há que falar em liberdades. Algumas delas são utopia, outras algo

lho de Câmara de Lobos. Agora trabal-

alcançáveis. Se estivermos a falar de liberdade física, é fácil concluir que é uma reali-

ha a tempo interior no DIÁRIO onde,

dade para a maioria de nós. Se pensarmos na liberdade intelectual e espiritual, aí já

nessa condição, estou no quarto ano.

estaremos mais próximos da utopia. A velha frase “não há machado que corte a raiz ao pensamento” já não é bem verdadeira. Pode não cortar a raiz, mas podemos nutrir o pensamento para que ‘cresça’ em determinado sentido. Estou a falar de informação


Falando com ... Élvio Passos

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controlada pelas grandes agência internacionais, que por sua

Mas não nos esqueçamos da falta de liberdade que a maior

vez têm poderosíssimos interesses económicos por trás. Veja-

parte de nós sofre. Somos escravos do dinheiro. Quantos de

se as armas nucleares no Iraque. Muita gente foi ‘livre’ em

nós seríamos mais livres, em toda a acepção da palavra, se não

decidir o seu apoio à campanha norte-americana. Mas essa

tivéssemos de nos preocupar com o dinheiro?

decisão na verdade foi condicionada pela informação errada que lhes fizeram chegar. A um nível mais local, o mesmo acontece.

“O Lyceu”: O jornalismo é uma procura constante de infor-

Quantas pessoas são livres em votar em determinado partido,

mação. Para tal seria necessário uma atitude anti-dogmática,

mas fazem-no porque lhes mentem, fazendo promessas que

pois as notícias devem "conduzir" a opinião pública para o co-

não cumprirão, ou porque lhes escondem informações rele-

nhecimento dos factos, sem conotações ideológicas. Esta é

vantes?

uma aspiração de todo o jornalismo?

“O Lyceu”: "Quem é a liberdade"?

E. P. : Não é uma das aspirações de todo o jornalismo. Basta pensarmos nos meios de comunicação pertencentes a partidos

E. P. : Não consigo dar a resposta pela positiva. Mas talvez con-

políticos e igrejas para percebermos e entendermos que haja

siga uma aproximação se identificar quem penso que não é

conotações ideológicas. Mas desses, dos que assumem as ide-

livre. O intelectualmente preguiçoso; aquele que não procura

ologias que defendem, todos estamos defendidos. O problema

nova informação; quem apenas olha para um lado dos factos e

são os órgãos de comunicação e os jornalistas que, sem o

/ ideias; quem fala mais do que ouve; quem se fica pela primeira

assumirem, defendem ideologias. Umas vezes consciente-

impressão ou pela primeira coisa que lhe é transmitida; quem

mente, outras nem tanto. Depois, há que não esquecer que, na

se fica pelo comodismo materialista e não participa em movi-

maior parte dos casos, por detrás de um órgão de comunicação

mentos cívicos; etc., etc., etc. Esses não são verdadeiramente

social está uma empresa. Uma empresa que tem muitas

livres. Esses não são a liberdade.

despesas, nomeadamente em salários. Isso faz com que dependa do poder económico e político, por causa da publici-

“O Lyceu”: Como jornalista e como cosmopolita português e

dade. Essa dependência pode acabar por condicionar os con-

europeu, como encara a liberdade?

teúdos da comunicação social e, consequentemente, a formação da opinião pública.

E. P. : Como jornalista a liberdade é uma preocupação constante. Não aceito imposições óbvias e objectivas. O problema é

“O Lyceu”: Tendo em consideração que a dignidade humana é

as tentativas de manipulação e condicionamento que, todos os

um Valor Universal, como encarou as notícias da morte de

dias, recebemos dos diferentes quadrantes da sociedade. É um

Saddam, em termos jornalísticos (na TV)?

movimento que considero normal na sociedade portuguesa e mais comum na europeia. Existe mesmo a profissão de

E. P. : Deixem-me defender a minha dama. Penso que apontar

‘lobista’. Aquele que faz lóbi. Aquele que tenta influenciar em

culpas à comunicação social pela forma como fez a cobertura

determinado sentido. Acima de tudo o que é necessário é ter

do julgamento, condenação e morte de Saddam, é um duplo

coragem, valores claramente definidos e agir em conformidade.

erro. Primeiro porque, se é verdade que terá havido exageros,


também o é que houve muito boa informação sobre o assunto.

“O Lyceu”: O que pode esperar um jovem de um adulto na

Terão todos os órgãos de comunicação errado ao mostrar as

defesa de valores, já que se considerou os jovens de hoje,

imagens? Todos mesmo? Talvez as imagens tivessem mesmo

uma geração "rasca"?

de ‘passar’. O segundo erro em centrar a questão na comunicação social é porque se corre o risco de nos desviarmos da

E. P. : Ocorrem-me as palavras de um antigo presidente do

questão central: o valor da vida. Sou contra a pena de morte,

Estados Unidos da América. Kennedy uma vez disse aos ame-

em qualquer circunstância. Mas ao mesmo tempo interrogo-me

ricanos, mais ou menos isto: “não perguntem o que o país

se eu ou alguém que me seja muito querido, for alvo que um

pode fazer por vós, mas o que cada um de vós pode fazer pelo

crime bárbaro, se não mudarei de opinião. É uma garantia que

país”. Eu adaptaria as palavras do presidente e perguntaria: o

não posso dar.

que é que os jovens podem fazer pela defesa de valores, dando o exemplo aos adultos. Um deles seria aquele que pela primeira

“O Lyceu”: Segundo Hegel "ser livre não é nada, tornar-se livre

vez chamou “rasca” a toda uma geração, que, para desgosto

é tudo". O que pensa desta afirmação e de que forma isso pode

meu, até é madeirense. Penso que rasca foi essa afirmação.

contribuir para o trabalho de um jornalista?

Rasca foi o pensamento que esteve na sua origem. Rasca talvez sejam algumas obras dessa pessoa. Os jovens de então,

E. P. : De alguma forma já respondi a isso. Ouso dizer que con-

anos 90, como os de agora, são tão bons ou melhores que os

cordo com a afirmação, na medida em que não se é livre. O

da geração desse nosso conterrâneo que escolheu Lisboa para

mais próximo que conseguimos estar da liberdade é procurá-la

viver.

constantemente e esforçarmo-nos por ultrapassar os obstácu-

Costumo dar um exemplo que demonstra o quanto valem os

los que se nos deparam no dia a dia. No jornalismo, por exem-

jovens de hoje, face às gerações que os antecederam. Tenho

plo, se alguém nos contacta a dar alguma informação, é porque

reparado que, na condução automóvel, os jovens tendem a ter

a pessoa tem algum interesse em que essa informação seja do

comportamentos mais correctos que os mais velhos. Vejam,

domínio público. Cabe ao jornalista tentar perceber se indepen-

por exemplo, quem mais pára nas passadeiras. Vejam quem

dentemente desse interesse (que pode ser altruísta) deve ou

mais dá prioridade a quem à partida não a tem. Vejam quem

não publicar a informação. Nem sempre conseguimos; muitas

mais pára para ajudar outros automobilistas. É só uma demons-

vezes as decisões são tomadas em espaços curtíssimos de

tração de que os jovens podem dar o exemplo aos mais velhos,

tempo. E erramos. Mas o essencial é a atitude.

quando se fala na defesa de valores.


Falando com ... Élvio Passos - Dixit

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O espaço do Nosso / Vosso descontentamento! de qualquer maneira têm de permanecer os 90 minutos da aula a dar exercícios que foram fornecidos pelo professor que não compareceu. Ao menos se fossem professores da mesma disá muito tempo atrás havia um senhor chamado

ciplina, talvez as aulas de substituição valessem a pena!…

Salazar que tinha um marcadorzinho azul. Não era

Agora supomos que uma turma vai a uma visita de estudo,

um marcador mágico mas era o suficiente para que

e que, por consequência, dará feriado aos seus professores.

esse senhor só lesse o que queria ler e o que era bonito.

Será que existirão alunos para substituir essa turma para que,

Chamaram a isso censura e o nome pegou. Ninguém escrevia

assim sendo, o professor dê aulas, estando os seus alunos

nada que não passasse pelo marcadorzinho e se algo não

numa visita de estudo? É um exemplo absurdo, mas, de facto

agradasse à vista do senhor, tumbas, marcador em cima. O

é o oposto das aulas de substituição para os alunos.

tempo passou, o senhor morreu e passado algum tempo tamJosé António - 12º 08

bém o marcador. Vieram outros senhores com cravos vermelhos e a cantar coisas da liberdade. E toda a gente ficou feliz. Inventaram a liberdade de expressão e já ninguém se lembrava do marcadorzinho. Só que há coisas que não se gostam de ler. E voltaram, devagarinho, a usar o marcador azul.

partir do ano lectivo 2006/2007, foram inseridas no

Devagarinho, para que ninguém notasse. Não para riscar, que

âmbito escolar as aulas de substituição cujo princi-

isso era contra a tal liberdade de expressão, mas para meter

pal objectivo é compensar a falta do professor, evi-

mais bonitinho. E voltou-se a ler só o que era bonito. Descontentamento luso, aquela coisa que só costuma existir na mesa do café, quando todos movem mundos e montanhas. O antídoto contra o marcadorzinho azul de Salazar.

tando a existência de um feriado. A meu ver, estas aulas são uma verdadeira perda de tempo, ao contrário dos feriados. Muitas vezes, os professores que são chamados para substituir estas aulas não estão inseridos na área da disciplina

http://descontentamentoluso.blogspot.com/2006/08/o-antidodo-contra-o-marcadorzinho-azul.html

Sofia Caldeira - 11º 20

em questão, ou nem sequer têm a mínima formação numa área equivalente. Noutros casos, em que a substituição é feita por um professor da mesma disciplina, poderão eventualmente surgir várias confusões e dúvidas em relação às diferentes maneiras

á o toque de entrada para as aulas e os alunos

de ensino.

dirigem-se para as salas de aulas. Após 5 ou 10

Concluindo, esta talvez não seja a melhor maneira de com-

minutos esperam pelo professor que dará aulas,

pensar os feriados, pois, neste espaço de tempo, o aluno po-

mas apercebem-se que está perto de dar o toque de feriado,

deria estar em casa, a estudar, ou a conviver com os amigos.

ou seja, toque de substituição, porque ao dar-se o segundo

Assim o aluno acabava por aproveitar melhor este tempo.

toque é a altura de as funcionárias chamarem o professor de substituição. A maior parte das vezes são professores de outras disciplinas que vêm substituir, não estando dentro da matéria, mas

Nance Quintal - 12º 8


que alguém a vá buscar, mas ninguém o faz. É mais fácil ficar por terra e fingir que se procuram as asas. De vez em quando, lá Mafalda Melim - 10º 40

alguém tenta voar e, nesse mesmo momento, cai. Não é permitido ter asas, elas são cortadas. Todo aquele que luta por chegar

ornais, conversas de café, revistas... Em muitos sítios ouvi-

mais alto e mostrar que o céu não desapareceu, mas que o

mos falar de uma crise de valores. Nos tribunais, onde a

Homem empurrou para lá umas quantas nuvens, é forçado a

Justiça deveria ser exercida com a maior honestidade,

descer. Vive-se uma época em que a terra basta, porque é fácil,

assiste-se ao desmoronar de ideais que deveriam guiar e pelos

porque é perto, porque é simples, porque não exige esforço.

quais se deveria lutar. A paixão e o entusiasmo com que se

Escondeu-se o céu de tal maneira, que, embora sabendo que ele

defendiam os valores? Desapareceram. Tudo ficou reduzido a inter-

lá está, não se quer atingi-lo. A preocupação é fingir que buscamos

esses pessoais. Acabou a preocupação pelo que se deve fazer,

maneira de o alcançar, mas verdadeiramente, o que se quer é que

desde que isso nos beneficie, não importa. Os valores transfor-

não nos tirem as pernas e nos impossibilitem de andar na terra. O

maram-se num disfarce que cada um usa da melhor maneira que

medo. Medo de defender valores essenciais, medo de arriscar,

pode.

medo de ao cair não ser possível levantar-se, medo de ser cilindra-

J

do pelos que nos rodeiam, medo de ser verdadeiro, medo de procurar a essência, medo de caminhar para uma meta. Medo de lutar por aquilo em que se acredita.

Liliana Fernandes - 10º 41

oje em dia, qualquer pessoa, pode afirmar que assisti-

H

mos de bancada a uma crise de valores. Já ninguém se comporta correctamente como era costume, outrora,

quando a razão da força se fazia sentir. Impingiram à nossa geração A partir do momento em que se tem que pagar bem para ver concretizado um dos direitos fundamentais do Homem, para quê a

uma tarefa: "salvar o mundo" trazendo de volta as velhas tradições e os bons costumes.

Justiça? Para encobrir um conjunto de esquemas e artimanhas,

É como andar de montanha russa. Estamos na fase de marcha-

que em vez de mediarem e contribuírem para o bom funciona-

-atrás. Apenas recorrendo a uma série de roldanas e a muito suor

mento da sociedade, só a fazem cair? Para quê continuar a acredi-

faremos o veículo voltar a andar para a frente. Quer isto dizer que,

tar em algo que foi completamente deturpado? Para quê invocar

à medida que as velhas tradições desvanecem, teremos que re-

algo que se distancia cada vez mais do seu verdadeiro propósito?

nová-las, porque os valores nunca são os mesmos para diferentes

É lamentável observar o desinteresse geral pelos valores que

gerações. A crise a que assistimos deve-se ao facto de estarem

outrora formaram e uniram um conjunto de cidadãos que procura-

aparecendo novas formas de pensar, que nem sempre são aceites

va o bem comum. A verdadeira Justiça está lá, no céu, à espera

pelos anciãos.


Crise de Valores?

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geração em decurso. É a crise dos valores a entrar em cena. Aqueles de agora, por não conhecerem outros valores que não os que entretanto vigoraram achá-los-ão regulares e transmiti-los-ão. Devido ao subsequente egocentrismo vão ter a dita crise no seu seio até que, confrontados com os de antes, se apercebem que a desordem valorativa em que se encontram não é norma. É, pelo contrário um desvio desta. Sem os de antes, os de agora não serão mais que ignorantes autómatos a serviço da paisagem cujo horizonte é o umbigo. Por outro lado, sem os de agora, os de antes manteriam a sua postura confortavelmente cómoda e impenetrável. Ou melhor dizendo: pseudo-impenetrável. Isto porque com os de agora, os de antes Durante toda a história da política, houve várias pessoas que

serão obrigados a sair da sua redoma para adaptar as suas pérolas

quebraram as regras e tentaram alcançar o poder através da sua

quase perdidas aos toscos bocados de carvão que as abafavam

ardilosa manha. Enriqueceram à custa de promessas que não

silenciosamente.

chegaram a ser cumpridas. Muitos deles foram sujeitos ao

Subitamente os de muito antes, ainda mais cómodos e

ostracismo, pediram exílio e foram esquecidos. Outros, porém,

imutáveis, vêem-se a braços, ou, no caso, a cabeças, com os de

prevaleceram.

muito depois (sempre prontos a receber e transformar).

A moda diz-nos que é "fashion" ser magra - hoje, e amanhã? -

Chega a uma certa altura em que estamos todos muito inco-

diz-¬nos também o que devemos vestir em todas as estações. É

modados e, surpresa das surpresas: a engrenagem foi oleada, refi-

um mundo instável, onde a criatividade de um, dita o destino de

nadamente.

muitos. Todos os dias, somos, literalmente, bombardeados de

Uma utopia?

ideias; esta é uma das muitas razões pelas quais não é fácil, para nós, sabermos pelo que optar, tendo em conta os valores que recebemos quando fomos educados e que sofreram influências da sociedade. A noção do que é bom, do que é justo e do que é belo está constantemente a mudar, assim como as noções opostas.

Cristina Correia - 10º 40

Limitamo-nos à submissão, decidimos sempre pelo que é mais fácil e deixamos a elite de pensadores pensar por nós. Já não somos pessoas, somos fungos. Mudamos de cor conforme a variação cromática das nossas necessidades pessoais

a sala de aula, a crise de valores é aparente: feita a par-

N

tir de vários aspectos, como a postura errada na cadeira (costas descaídas, encostadas à parede entre outros

aspectos), não será esta a educação que os pais lhes deram? Penso que não, são os seus valores a entrarem em acção. O não fazer os trabalhos de casa, o esquecer do livro ou do caderno da Sofia Oliveira - 10º 40

disciplina não serão só aspectos de irresponsabilidade. O aluno não trouxe porque esqueceu ou mesmo em casos estapafúrdios

«Quando decidimos fazer algo, estamos a realizar uma escolha», logo estamos a valorizar uma opção e a desvalorizar outra. Tal escolha é, quase sempre parcial e fundada em crenças pessoais, endógenas, sociológicas e, até, históricas. No entanto, se o juiz em exercício tiver fundações precárias e, consequentemente portar uma deficiência na construção nunca poderá formar um bom juízo de valor.Estaremos, então na presença de uma crise de valores, ou seja, de uma crise de valoração, ou então, no caso, um lapso valorativo que, por sua vez poderá ser (e sê-lo-á certamente) provocador dum ciclo interminável de múltiplos lapsos (valorativos e não só). É após uma sequência de ciclos erróneos, a esta altura já incessantes, que os lapsos valorativos se começam a embeber na e da

em que muitos alunos pensam: pesa muito, depois vejo pelo livro do meu colega" são atitudes, valores esquecidos. Posso referir, o facto de quando um professor entrega uma fotocópia ao aluno e este não diz `obrigado", são raros os que o fazem, pois estes, não são capazes de se lembrar que não é obrigatório o professor entregar fotocópias, afinal, já temos o livro e assim o professor poupanos de nos cansarmos e de se cansar a si próprio ao escrever no quadro. Muitas vezes, estes valores não são só culpa dos pais e dos seus filhos, da educação que lhes deram, mas sim do ensino que tiveram e que fizeram com que os seus valores se modificassem. Hoje, os nossos filhos (que ainda não nasceram) irão viver num mundo em crise de valores que estará relacionado, entre tantos aspectos, com o ensino.


largos passos para o caos, sim porque uma sociedade sem valores, é uma sociedade sem ideias, e é o ideal que comanda (deve Mariana Ferreira - 10º 40

comandar) a sociedade. Assusta-me que as pessoas sejam, cada vez mais, hipócritas, assusta-me que a sociedade seja, mais e

ada vez mais, falar de crise de valores é banal. Todos nós,

mais, egoísta, centrada em si mesma, individualista, assusta-me

ou por necessidade, ou por conveniência, ou por falta de

que o Mundo esteja em colapso de valores!

C

assunto, já falámos na crise de valores. Claro que a

É necessário, urgentemente, uma lufada de novos valores; sim,

grande culpada desta situação é, em qualquer discussão da falta

porque a ideia de que os valores são inalteráveis, tem de mudar,

de valores, a sociedade. Só que, o engraçado disto, é que ninguém

para nosso bem. Tal como os tempos, os valores também

pensa ou reflecte que é parte integrante da sociedade. A

evoluem, transformam-se, inovam-se.

sociedade somos nós, nós fazemos a sociedade, moldamos a sociedade, criamos a sociedade.

Acredito que a criação de novos valores poderá dinamizar a nossa comunidade, e permitir que menos jovens, crianças e até

Mas eu compreendo esta culpabilização da sociedade. É mais

adultos se sintam menos desorientados. Uma sociedade sem va-

fácil criticarmos, negativamente, destrutivamente os outros, do

lores, não tem referências, para oferecer; ora qualquer jovem em

que, olharmos para nós, para o que somos, para o que fazemos,

formação serve-se das ditas referências, dos exemplos para se ori-

para o que não fazemos. Desde sempre foi assim. Apontar o dedo

entar, se desenvolver, para crescer.

é mais fácil do que pôr a mão na consciência. Mas não pensem

Entre pais e filhos é preciso estabelecer-se o diálogo, não o

que a sociedade é só o "saco"onde despejamos as causas para a

banal, o saudável, o construtivo. Porque os pais são sempre os

perda de valores, ela é o bode expiatório para tudo. Infelizmente!

alicerces dos filhos, cabe¬-lhes a eles transmitir-lhes e incutir-lhes os valores que receberam. Mas é necessário que se entendam os valores, não como uma imposição, mas como parte integrante e fundamental à existência de cada um de nós. Lutem pela sobrevivência dos valores!

Micaela de Jesus - 10º 40

J

á todos sabemos que vivemos numa sociedade onde a

crise de valores é uma realidade. As frequentes manifestações de ausência de valores, por parte da comunicação

social, à sociedade, em geral, contribuem decisivamente para o Falta de valores ou crise de valores, hoje em dia, é quase o mesmo. Cada vez mais, a tendência é caminhar para o desleixo em relação aos valores, que dantes eram parte mais que integrante na vida de qualquer pessoa. Podemos estabelecer uma distinção entre o antigamente e a actualidade. Antigamente, se calhar, até é possível falar em sobrevalorização dos valores, pois alguns valores, como o de cumprimentar os pais, ir à missa, respeitar os mais velhos (ou temê-los), e não só, provavelmente hoje são exagerados. Mas há alguns anos atrás era pura e simplesmente impensável não respeitá-los. Actualmente, assiste-se à subvalorização dos valores, como o de respeitar as pessoas, o de ser educado, entre outros, que já não fazem parte do nosso quotidiano. Na minha mais sincera opinião, acho que passámos, em poucos anos do 8 ao 88. Se no passado, tudo era valorizado, chegando mesmo, à mesquinhez nos valores, agora presencia-se o contrário, já ninguém liga a nada, nem a ninguém. Isto particularmente assusta-me, esta sociedade que caminha a

alastrar do fenómeno. Esta realidade leva-nos a questionar: será que os valores deixaram de existir ou foram alterados? Estaremos, apenas, perante uma crise de identidade ou de afirmação pessoal perante o materialismo social? A atitude dos pais, perante os filhos, não deixa de constituir um exemplo que eles, geralmente, tendem a considerar como o mais acertado, no que aos valores pessoais e sociais têm relevo. Veja-se no caso da religião ou na forma como é entendida, em família, a riqueza ou mesmo a pobreza. Problemas familiares ou a falta de atenção dos pais, para com os seus filhos, pode conduzi-los a um deserto de ideias ou de sentimentos socialmente válidos, o que poderá contribuir para a formação de uma sociedade de baixos critérios de valor ou numa selva de misérias, tal como se tende a considerar, hoje, o nosso tempo. Inúmeros factores como a droga, a solidão, a falta de solidariedade, o divórcio, o crime, a violência familiar, ou até o desem-


Crise de Valores?

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prego contribuem decisivamente para uma grave degradação civilizacional, considerada, por alguns, já um retrocesso. Este retrocesso assenta, muitas vezes, na ausência de referências válidas.

10º 40

Vivendo em liberdade o homem poderá, sempre, optar por outros valores. A nossa época revela uma contestação aos antigos valores e modelos sociais. Estes parecem já não existir, já ninguém os que-

rocuro a sociedade de 20 anos atrás. Pesquiso na

P

Internet, nos livros, enciclopédias e até dicionários. A simples (ou não) definição de Sociedade já não inclui os

rerá respeitar. Por outro lado, não se verifica o surgir de novos va-

valores. Já não inclui o respeito, a justiça, a boa educação nem

lores, verdadeiramente capazes de se constituírem como reais

nada do género. Questiono-me porquê, por que razão, o que é, nos

alternativas de valor igual ou superior às existentes.

nossos dias, considerado valor. Questiono-me onde é que foram

Será que vivemos numa época sem valores? Certamente, não!

parar os sonhos, as lutas, a união entre os vizinhos e demais. Hoje em dia uma pessoa pode morrer num apartamento da cidade que ninguém se dá conta, a menos que o cheiro se sinta nos corredores. Ao passo que se isso acontecesse no campo as pessoas estranhavam o facto de não ir à missa ou a falta da presença no café. Na minha opinião isso acontece porque as pessoas, principalmente da cidade, saem de casa de manhã e chegam à noite e também não estão minimamente interessados em conhecer os vizi-nhos. São apenas sujeitos, sim sujeitos, que partilham o mesmo prédio. No entanto, com o objectivo de esclarecer todas as minhas dúvidas, pergunto ao meu grupo de amigos o que consideram valores, o que são valores. Surpreendentemente, ou não, ficaram especados a olhar uns para os outros e sem saberem o que me responder. Claro que isso, eu já previa. Vou-me embora e passo numa rua que tinha uma loja de doces. Na entrada estava um miúdo a fazer um grande berreiro porque queria alguns doces e a mãe não os comprava. Talvez por vergonha

E certo que novos valores demoram tempo até se estabelecerem, solidamente, no meio social. Mas, serão mais acertados e melhores, do que os anteriores, para a nossa sociedade? Por outro lado, não há dúvidas que estaremos perante um conflito interno, da sociedade, entre dois conjuntos de valores, os presentes e passados já que no mesmo meio social convivem velhos e novos. A tendência, de alguns, em resistir à introdução de novos valores provoca, quase sempre, um entrave na sua implementação. Continuará a sociedade a viver nesta crise dos valores ou saberá ultrapassar esta barreira, sem conflitos? Nota-se que a nossa sociedade tende a resumir-se a meras opiniões e a interesses egoístas, quando confrontada sobre os seus próprios valores. A simples opinião não é suficiente para a dinâmica ou a construção de uma nova sociedade mais justa, solidária, e fraterna. A sociedade tem de avançar sem qualquer medo nem hesitações. Terá de estabelecer objectivos e alcançá-los. A resolução desta temática está apenas nas mãos da sociedade. Só ela será capaz de se libertar.

do escândalo, a mulher lá comprou os doces. E é isso que condeno. Toda a gente tem de saber ouvir um "Não", independentemente da faixa etária. Ao termos tudo e mais alguma coisa, obviamente queremos sempre mais, levando a uma crise de valores enorme pois agora quando se quer alguma coisa não usamos a boa educação e o respeito. Aliás, já nem sabemos o que isso é! Sinceramente, tenho medo de os meus sonhos, lutas, tudo o que tenho se perca devido a esta crise que (in)conscientemente afecta tudo e todos.


António Freitas - 11º Grupo B

mudança não é particularmente mais rápido que o de outros temmaior parte das pessoas considera que o ritmo da

pos e as tecnologias mais “revolucionárias” não passam de aper-

mudança tecnológica cresce de forma exponencial. De

feiçoamento de inovações anteriores. A verdade é que a tecnolo-

acordo com esta opinião, a Internet e os computadores

gia é há séculos um factor de atracção e perplexidade... ora

pessoais correspondem apenas às inovações mais visíveis entre

vejamos o seguinte exemplo: uma criança no seu dia de anos

todas as que nos rodeiam, enquanto outras irão surgir ainda mais

recebe um presente embrulhado num papel colorido, trata-se se

rapidamente. Estas pessoas estão convencidas de que o impacto

um brinquedo que tanto ansiava e isso deixa-a encantada. O que

social da evolução tecnológica nunca teve no passado os efeitos

acontece com o resto dos brinquedos? Ficam esquecidos, porque

marcantes e profundos que hoje apresenta ... mas será verdade?

ele se vai dedicar ao novo, o qual, por seu vez será ignorado quan-

A

do chegar outro. A situação anterior ilustra bem como as pessoas reagem às novas tecnologias, ou seja, ficam extasiadas e esquecem as tecnologias anteriores. Quem não conhece situações em que as tecnologias anteriores foram substituídas pelas tecnologias mais recentes que fazem exactamente a mesma coisa? Apenas têm outra apresentação e custam mais dinheiro e por vezes com mais problemas de funcionamento! Nalguns casos funcionam de uma forma mais frágil, por exemplo, tenho uma tecnologia antiga que usa a energia proveniente do braço humano, força manual, para accionar a parte mecânica e uma tecnologia mais recente que faz o mesmo que a anterior mas depende de um mecanismo electrónico que acciona a parte mecânica e de energia eléctrica que faz com que o mecanismo electrónico funcione. Qual dos dois sistemas possivelmente vai ter mais problemas durante o seu funcionamento? A tecnologia antiga, mais simples, ou a tecnologia mais recente, mais complexa? No caso de falta de energia eléctriA Internet não é assim tão extraordinária. Nem o computador

ca a tecnologia mais recente funciona? E a tecnologia mais antiga?

pessoal. Abandonem tudo quanto é tecnologia, vivam no meio de

No caso de falha no sistema electrónico a tecnologia mais recente

uma floresta durante uma semana e descubram se é do vosso

funciona? E a tecnologia mais antiga? A resposta é simples e

computador portátil que sentem mais a falta. As tecnologias mais

óbvia, em ambos os casos anteriores a tecnologia mais recente

antigas são de facto as mais importantes para nós: o carro; o tele-

deixa de funcionar enquanto a mais antiga continua a funcionar!

fone; a electricidade; o betão; os têxteis e a agricultura. O entendimento comum sobre tecnologia moderna está inflacionado e desfocado da realidade. Sobreavaliamos a importância das invenções novas e fascinantes, minimizando ao mesmo tempo as que conhecemos ao longo da nossa vida. A mudança não está a crescer de forma exponencial. Apenas as nossas expectativas, face às tecnologias, crescem de uma forma exponencial. De facto o ritmo da

Então porque razão trocamos a tecnologia antiga pela mais recente se a tecnologia mais recente é mais cara, tem maior probabilidade de falhar e além disso em certas situações, que não existem na tecnologia mais antiga, não funciona? A resposta também é simples... o papel de embrulho colorido do “brinquedo” faz com que se dê mais valor ao que está no seu interior do que realmente vale! Mesmo em situações de crise financeira chegamos ao cúmulo de


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Tecnologia em Crise

pagar para deitar a tecnologia antiga no lixo, pagar para comprar a

É difícil efectuar uma previsão em matéria de tecnologias e

tecnologia nova e pagar para colocar a tecnologia mais recente a

tendência para o seu insucesso é ainda maior. Vejamos os seguin-

funcionar. Numa sociedade de consumo e de prazer, não pen-

tes exemplos:

samos com a cabeça mas com os olhos... não temos em conta o

1 - “Não existem qualquer razão para cada pessoa ter um com-

que a tecnologia faz mas naquilo que acreditamos que ela é capaz

putador em sua casa”. Afirmação feita por Ken Olson, fundador da

de fazer! Muitos vivem na ilusão! Segundo Steven Schnaars, in

Digital Equipment Copr., 1977.

Megamistakes 1989, colocar as questões correctas é mais acerta-

2 - “A televisão não vai ser importante durante a sua ou a minha

do que encontrar respostas elaboradas para questões erradas, no

vida”. Afirmação feita por Rex Lambert, editor da revista Radio

entanto há pessoas que preferem arranjar respostas elaboradas

Times. 1936.

para justificarem a “porcaria” que fazem! Muitos acreditam que o rei realmente não vai nu apesar de não ter nada vestido!

“A loucura da rádio irá dissipar-se com o tempo”. Afirmação feita por Thomas Edison. 1922. 3 - Este “telefone” tem muitas falhas para se considerar ver-

“Mas ele não traz nada vestido” gritou finalmente o povo. O

dadeiramente um meio de comunicação. Para nós, este aparelho

Imperador estremeceu porque sabia que isso era verdade, in O rei

não apresenta qualquer valor substancial. Isto foi uma nota inter-

vai Nu de Hans Christian Andersen, 1837.

na da Western Union. 1876.

Segundo Douglas Adams, a maioria das pessoas tem proble-

4 - O comboio de alta velocidade não é exequível, porque os

mas de miopia tecnológica. Tudo o que existia no mundo quando

passageiros seriam incapazes de respirar e morriam asfixiados.

nascemos é normal e natural. Tudo o que for inventado entre os

Afirmação feita pelo Dr. Dionysus Lardner, professor do University

seus 15 e 35 anos é novo, revolucionário e surpreendente e

College de Londres, 1823.

provavelmente será aí que vamos encontrar a nossa profissão. Tudo o que for inventado depois dos nossos 35 anos é contra a ordem natural das coisas.

Agora

vejamos

outro

tipo

de

previsões

incorrectas,

enquadradas numa categoria mais vasta e influente: as previsões por excesso. Trata-se de prognósticos perigosos, que nos moldam o pensamento e estão na base do mito da mudança exponencial. Mutas da vezes desconhecemos os verdadeiros autores: 1 - “A radiação vai contribuir para o prolongamento da vida”. Afirmação feita por Marie Curie 1904. Ironicamente a autora desta frase morreu devido a uma leucemia causada pela sobreexposição às radiações; 2 - “Até 1920 todas as árvores dos Estados Unidos irão desaparecer, ao serem utilizadas para o aquecimento e preparação dos alimentos”. Afirmação feita em 1890. 3 - “Os navios rápidos. Movidos a electricidade, levarão dois dias a atravessar o Atlântico”. Afirmação feita em 1900. 4 - “A energia atómica vai transformar um continente desértico, derreter os pólos gelados e tornar o mundo num aprazível Jardim do Éden”. Afirmação feita em 1908. 5 - “Dentro de 15 anos, a percentagem da electricidade


despendida com veículos eléctricos será superior à utilizada na iluminação”. Afirmação feita por Thomas Edison em 1910. 6 - “As partes dos animais, por exemplo o peito de frango, irão crescer em separado, tornando desnecessária a criação do animal

- a calculadora não foi criada pelos fabricantes das réguas de cálculo ou das máquinas de sumar; - os jogos de vídeo não surgiram das mãos da Parker Brothers ou da Mattel; - os semicondutores não foram inventados pelos fabricantes

inteiro”. Afirmação feita em 1932. 7 - “As cidades no futuro serão cobertas por cúpulas”. Afirmação

dos tubos de vácuo; - a caneta esferográfica não nasceu da industria das canetas de

feita por Buckminster Fuller em 1965). 8 - “Em 1980 haverá bases lunares e naves espaciais para voos comerciais com destino à Lua e em 1900 existirão soldados robo-

tinta permanente. - os primeiros navegadores da Internet não foram desenvolvidos pela Microsoft;

tizados”. Afirmação feita em 1966. 9 - “Os campos electromagnéticos são tão benéficos que passarão a ser instalados ao redor das salas de aulas para ajudar os

- os automóveis não foram lançados pelos fabricantes de vagões;

estudantes a utilizar melhor a sua memória”. Afirmação feita na

- os frigoríficos não vieram dos produtores de gelo;

década de 1980.

- as lâmpadas não tiveram origem nos fabricantes de castiçais;

Lembro que foi na década de 1980 que surgiu no mercado a pulseira magnética que “resolveria” muitas das enfermidades das pessoas. A ciência demonstrou que não havia qualquer fundamentação científica na utilização da pulseira magnética para a cura das enfermidades das pessoas. Tudo dependia da cabeça de cada um e não da pulseira em questão, ou seja, as pessoas que acredi-

- os telemóveis não foram lançados pelas empresas de telefone fixo; - os principais intervenientes nas listas telefónicas em papel, não são protagonistas dos motores de busca da WEB; - o líder de aspiradores robots é a iRobot e não a Electrolux ou a Hoover.

tavam que a pulseira curava as enfermidades sentiam-se melhor

A empresa líder nos motores de busca na Web não é a

enquanto as pessoas que não acreditavam não sentiam qualquer

Microsoft. Quando Larry Page e Sergey Brine se juntaram em 1998

alteração.

Actualmente chamamos a isto o efeito de placebo

para fundarem a empresa empresa Google Inc., Bill Gates consi-

enquanto noutros tempos chama-se de amuleto! Porque será que

derava-os como jovens que gostavam de brincar na garagem com

as pessoas gostam de ser enganadas, muitas vezes por elas

o computador. Quando o Google passou a ser o motor de buscar

próprias outras vezes pelos outros?

líder na Web, utilizado por 60% dos cibernautas, Bill Gates viu o

Segundo Ray Kurzweil, em The Age of Spiritual Machines 1999,

negócio dos motores de busca a lhe fazer uma ultrapassagem...

uma das dificuldades das previsões do futuro é a de que quando

Enquanto duas pessoas anónimas brincavam na garagem com o

se descobre que estas têm pouco a ver com

realidade, será

computador, tentando catalogar e indexar tudo o que existia na

demasiado tarde para se reaver o dinheiro gasto. Os mitos sobre

Web, começando a construir o que hoje conhecemos como

a tecnologia são:

Google Inc., as pessoas reconhecidas mundialmente no meio não

Mito 1: A mudança é exponencial

se aperceberam da real dimensão das brincadeiras em causa.

Mito 2: A Tecnologia é inevitável

Penso que o exemplo atrás referido demonstra que o futuro não

Mito 3: A chegada de novos produtos de “culto” é mais rápida

depende exclusivamente de quem está no presente.

Mito 4:A maré alta da informação de valor Mito 5: A redução dos custos na alta tecnologia não tem precedentes. Mito 6: A adopção dos produtos é mais rápida Mito 7: O tempo de gestação da inovação está a diminuir Mito 8: A Internet muda tudo Mito 9: A lei de Moore é realmente importante Caso não esteja de acordo com os mitos atrás referidos, ou tem curiosidade em saber em que consiste cada mito, deve ler o livro de Bob Seidensticker “Choque do Fututro” do Centro Atlântico. Perante os factos atrás expostos, em quem devo acreditar no que diz respeito às previsões da tecnologia? Torna-se difícil prever o futuro quando nem sequer sabemos o sítio por onde procurar, no entanto há que ter em conta: - o relógio digital não foi lançado pelos melhores fabricantes de relógios;


Tecnologia em Crise - Crise na Justiça

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O segundo elemento que, quanto a nós, contribui para a crise na justiça é a morosidade dos processos. Neste domínio, não poderemos fustigar de críticas ou culpas, este, aquele ou aqueloutro. É o próprio sistema processual que o permite não condenando económica e/ou disciplinarmente, com severidade, aqueles que, tão desenfreadamente ou por laxismo profissional, contribuem para a morosidade processual. O terceiro elemento prende-se com as precárias condições de trabalho das Pessoas. Desde tribunais com gabinetes sem condições climatéricas a Marcolino Félix Pereira

tribunais que metem água (no exacto sentido do termo) e dão bano aos processos, como foi, recentemente, noticiado na comunicação social, passando por tribunais em que não há salas para

Iremos bordar, de forma sintética, a actual crise na justiça.

separar testemunhas, ou em exíguos gabinetes de magistrados que, num ápice, se transformam em salas de audiência, onde se

ntenderemos o termo justiça como sendo o complexo

E

sistema que compreende a organização judiciária, designadamente o elemento material, instalações, edifícios

e equipamentos; o elemento humano, magistrados, funcionários, advogados e os próprios cidadãos e, por fim, o elemento político, tendo em conta as opções do legislador, bem como as desnecessárias centenas de diplomas legais que são publicados anualmente. Actualmente, antes de recorrer à justiça, um cidadão terá de ponderar, seriamente, se o deve ou não fazer, atendendo aos custos monetários que essa sua pretensão poderá implicar. As tabelas de custas actualmente existentes, são inacessíveis aos

administra a justiça em nome do Povo (art.º 202.º 1 da CRP), há de tudo para todos os gostos. É óbvio que estas situações aliadas aos salários mais baixos da Europa, (sic), além de desmotivadoras para o elemento humano do sistema, o principal, aliás, contribuem, também, de forma indelével, para denegrir a sua imagem. O último elemento que, quanto a nós, contribui, e muito, para a descredibilização da justiça, neste rectângulo de brandos costumes, prende-se com as desnecessárias centenas de diplomas legais que são publicados anualmente. Para mudar o ordenamento jurídico de um país não são necessárias muitas leis mas sim, boas leis.

cidadãos com menores recursos económicos e, por outro lado, o

O cenário legiferante, no nosso país, é aterrador!

apoio judiciário apenas é concedido aos mais indigentes dos indi-

Desde diplomas legais que são meras operações de cosmética

gentes e, mesmo assim, depois de percorrerem um doloroso

(caso da redução das ditas férias judiciais), a diplomas cheios de

calvário para desenterrarem os documentos exigidos.

boas intenções mas que não passam de desafios mal concebidos,

Apenas a título de exemplo, obedecendo ao propósito de brevidade a que nos vinculámos, daremos dois exemplos:

como é o caso do recente Estatuto da Carreira Docente, também aqui há de tudo para todos os gostos.

Para instaurar um processo-crime por difamação, o interessado

Se é certo que o excesso de legislação atrapalha e entope o sis-

terá de desembolsar, logo no início, € 192,00.Para contestar

tema, não o é menos que o excesso de legislação sofrível, do

(requerer a abertura de instrução), no caso de se sentir acusado

ponto de vista da técnica de fazer leis, desarticulada com outros

injustamente, terá de pagar, também aqui, € 192,00, logo no iní-

diplomas legais e em que cerca de 50% dos diplomas principais

cio, é claro.

estão por regulamentar, ainda o entope mais.

Mas, no domínio das acções civis as carteiras também precisam de estar bem recheadas. Por exemplo, para instaurar uma

Assim, talvez compreendamos melhor a verdadeira crise que se vive no sector da justiça!

acção de dívida de € 5.000,00 o interessado terá de desembolsar,

O excesso de legislação é, sem dúvida, um problema de

ab initio, a quantia de € 120,00. Porém, se pretender efectuar per-

natureza política. Só que, lamentavelmente, os políticos, aliás,

itagens ou utilizar outros meios de prova, deslocação ao local,

alguns políticos, optam pela demagogia em detrimento das ver-

exames periciais, etc. então bem se poderá preparar...

dadeiras atribuições para que foram eleitos, pelo Povo Soberano.

Se a estes custos adicionarmos outros custos indirectos, tais como honorários de advogados, eventuais multas, tempo despendido inerente à manutenção do pleito, então facilmente concluiremos que a justiça é cara.

É uma questão de valores que nem todos sabem abraçar!


Ler é, pois, um exercício de imaginação (…), uma nova forma de ver o mundo , um projecto que apela sobremaneira à experiência interior que o indivíduo tem do texto literário, ligando o “conceptual” com o “vivencial”. É conversar com o texto, caminhar entre Micaela Martins - 8º Grupo A

mundos possíveis, entre mundos paralelos, por isso, há que o encarar como fonte de verdades possíveis. É necessário, então, que se entenda que texto e leitor comunicam, dialogam, na sua criação de procuras, de consciências do

Par l’art seulement nous pouvons sortir de nous, savoir ce que voit un autre de cet univers qui n’est pas le même que le nôtre et dont les paysages nous seraient restés aussi inconnus que ceux qu’il peut y avoir dans la lune.

mundo, num encontro de dimensão histórica , em que ler, interpretar e analisar equivale a criar, conversar e agir sobre e com o texto e sobre e com o leitor e as leituras possíveis. Resta-nos, portanto, perceber que a Literatura vai sendo concebida por autores e leitores (uns criam, os outros recriam e, assim, o leitor escreve para que seja possível ), as suas partes vão sendo

PROUST, Marcel — Les Temps Retrouvé. Paris : Gallimard, «Folio». 1991

constituídas em tempos, espaços e de formas diferentes, e, à sombra da sua luminosidade, ficamos nós, à espera de alcançar, através da leitura, um pouco do saber, da luz, que ela detém. Pelos motivos enunciados, não me canso de insistir com as pes-

Era já uma verdade bem conhecida nos tempos do aedo Homero que a Literatura é fonte de verdade e de verosimilhança, que ela serve de modelo, directo ou por antítese, e de espelho da Humanidade, como produto seu e entidade que a supera, ou, de

soas que conheço para que leiam, nem que sejam os jornais, e que leiam de uma forma crítica, naturalmente, questionando o que se diz, não o aceitando como verdade absoluta, porque é próprio do Homem ser crítico.

acordo com Carlos Ceia, que o texto literário é um instrumento de imaginação (…), uma nova forma de ver o mundo que pode constituir em si mesmo um ensinamento novo, pelo exemplo extraordinário das personagens e, então, pela expressão cuidada e original da escrita (…) teremos inaugurado uma nova didáctica. Deste modo, a leitura, literária ou não literária, é concebida como um exercício intelectual, contudo, não devemos esquecernos de que esta é, também, uma actividade de lazer. 1 - Através da arte, podemos sair de nós, saber o que o outro vê deste universo,

Assim sendo, a leitura pode ser vista como uma construção que não é o mesmo do que o nosso e cujas paisagens permaneceriam em nós, assim,

deleitosa do saber, como elemento fundamental não apenas para desconhecidas, como as que podem existir na lua.

a reprodução de conhecimento, dos diversos saberes, mas, tam2 - CEIA, Carlos — O Que É Ser Professor de Literatura? Lisboa: Edições Colibri.

bém, como elemento impulsionador para novos conhecimentos, 2002. ISBN 972-772-321-7. Depósito legal nº 179 021/02, p. 53.

até para a (re)construção do mundo e, deste modo, como elemen3 - LIMA, Isabel Pires: «Literatura e Ensino da Literatura no Fim-do-Século: Na

to essencial na construção do próprio ser. Esteira da Circulação de Sentidos.», in Românica. Revista de Literatura. 4. Lisboa:

Para que o seu poder exerça em nós o efeito desejado é Edições Cosmos. 1995. ISBN 972-8081-89-8, pág. 186.

necessário deixar ver, nela, as representações do mundo, deixar, 4 - Idem nota 2 (CEIA).

através dela, sonhar, criar mundos possíveis, reinventar o mundo 5 - MARTINS, Manuel F. — Matéria Negra. Uma Teoria da Literatura e da Crítica

em que vivemos. Literária. Lisboa: Edições Cosmos. 1995, 2ª edição. ISBN 972-8081-84-7. Depósito

Este paradigma implica olhar a obra literária como obra de legal nº 88861/95, pág. 270.

ficção, criadora de mundos possíveis. 6 - Idem, nota 3 (LIMA). 7 - GUSMÂO, Manuel — Dois Sóis, A Rosa – A Arquitectura do Mundo. Lisboa: Editorial Caminho. ISBN 972-21-0472-1. Depósito Legal nº 36 390/90.


Crise na leitura

Fátima Matos - 8º Grupo B

Busca assídua do conhecimento Envolvimento na diversidade ficcional Negociação das prioridades individuais Enquadramento da Consciência Fortalecimento do Eu Interacção com a multiplicidade do Outro Crescimento intelectual Incorporação de códigos implícitos Orientação estético-linguística Sensibilização. Desenvolvimento da criatividade Apreensão da unidade e diversidade do Mundo. Libertação do Eu Encontro com a Vida Integração cultural Textualização consciente de afectos e sonhos Universalização dos sentimentos Redireccionamento das expectativas Aceitação da Essência Humana.

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o século XIX o Moulin Rouge torna-se uma gigantesca sala de espectáculos verdadeiramente requintada onde se vivia num ambiente arrojado e vanguardista. É neste espaço único que se desenrola também uma história de amor impossível entre um poeta e uma cortesã. Este amor é condenado pela sociedade e considerado uma ofensa à moral. Neste ano de 2007 em que se celebra o Ano Internacional para a Igualdade de Oportunidades, o grupo de teatro da escola Secundária Jaime Moniz, propõe-nos uma adaptação do filme Moulin Rouge com a esperança de quebrar preconceitos e ajudar na formação de cidadãos esclarecidos, tolerantes e cooperantes. A esperança não é um sonho mas uma maneira de tornar o sonho realidade.


XV Festival Regional de Teatro Escolar

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XV Festival Regional de Teatro Escolar

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XV Festival Regional de Teatro Escolar

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Prémios Menção honrosa ao grupo, pelo desejo de “Querer Voar”, Clube de Teatro da Escola Básica e Secundária de Machico. Louvor pela escolha e adaptação do texto de Gabriela Funck ao contexto escolar, ao “O Moniz - Carlos Varela”. Louvor pela contemporaneidade teatral, ao Conservatório Escola Profissional das Artes. Louvor pela abordagem temática de valores: Associação Grupo Cultural Flores de Maio. Melhor actriz secundária (ex aequo): Liliana José do Núcleo de Teatro do Sol. Carolina Camacho do grupo de teatro “O Moniz - Carlos Varela”. Melhor Actor Secundário: David Brás da Escola da APEL. Melhor Texto: Bruno Narciso do Centro de Formação Profissional. Melhor cenário: Grupo “Voo da Fantasia” da Escola Padre Manuel Álvares. Melhor Encenação: Grupo de teatro “O Moniz – Carlos Varela”. Melhor Actor: Pedro Mendes do Centro de Formação Profissional. Melhor Actriz (ex aequo): Mónica Corte do grupo “Voo a Fantasia”, da Escola Padre Manuel Álvares. Marta Garcês da Escola da APEL. Melhor Colectivo Prémio Carlos Varela foi para a oficina de Teatro Corpus da Escola Secundária Francisco Franco.


Vanda Martins - 10º Grupo B

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO PRIMÁRIA «Uma sociedade dominada pelo sucesso, pelo dinheiro e pelo prazer, está permanentemente aberta a soluções sensoriais e de permissividade quando se não atingem os objectivos pretendidos. A droga ‘agarra’ aqueles que socialmente fracassaram e sentem direito de compensar-se pelo desagradável da vida. Transitória, a experiência de bem-estar que a ‘viagem’ proporciona, é compensadora para quem perdeu os ideais, se com eles perdeu o sentido da própria vida». Padre Vítor Feitor Pinto, no discurso proferido em Brasília, aquando das 1ª jornadas contra o uso induzido de drogas em 28.10.93.

stas palavras do Padre Vítor Feitor Pinto, podem servir de desafio a uma reflexão sobre a importância da prevenção primária, já que a aposta é feita na educação, como móbil ou eixo de transformação da sociedade. O que se sugere é que não fiquemos apenas no âmbito de uma retórica de ‘boas intenções’ ou de ‘belas palavras’, mas que se aposte fortemente no desafio-missão de responsabilidade que cumpre a cada um de nós na árdua tarefa de educar. Educar não para a permissividade, mas para uma liberdade em responsabilidade. Educar para o exultar da vida e para o respeito pela integridade da pessoa. Educar para a criação de hábitos e estilos de vida que proporcionem não um falso bem-estar, mas que solicitem a cada um, o desenvolvimento harmonioso da personalidade, sem recurso a falsos modelos de vida feliz. Com efeito, trata-se antes de mais, de um «educar para o sentido da vida», do que propriamente buscar falsas soluções que mas-


Clubes e Projectos caram o problema base essencial a ser reflectido. Donde, também, a razão pela qual a intervenção deve começar pela prevenção

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A ESCOLA COMO O LOCAL PRIVILEGIADO PARA A PREVENÇÃO PRIMÁRIA

primária. Se o que se visa é a educação global, então a tarefa da prevenção

A escola tem um papel determinante, como meio de prevenção

primária deve privilegiar intervenções que permitam a realização e

primário das toxicodependências, não só pela formação para as ati-

a satisfação pessoal, que promovam a auto-estima, a auto-confi-

tudes e os valores que tenta empreender junto dos jovens, mas

ança, e ainda o reforço de mecanismos internos de resistência às

também pelas orientações normativas e pedagógicas que mobiliza,

frustrações. Ultrapassar e vencer as crises exige simultaneamente,

para fazer face a situações de visível complexidade, não permitin-

que no exercício da capacidade crítica e no sentido de responsabi-

do que a respeito de um flagelo desta ordem, se instaure o silên-

lidade pelas suas opções, cada um saiba resistir a toda uma série

cio e sejamos cúmplices de comportamentos e ocorrências des-

de pressões negativas dos próprios pares, estimulando por outro

viantes. Contudo, também se exige, um maior envolvimento dos

lado, o estabelecimento de relações significativas.

encarregados de educação, já que são estes, por excelência, os

Assim o ESPAÇO ANJOS, projecto de prevenção primária das to-

responsáveis últimos no processo do jovem. Todos os serviços,

xicodependências no meio escolar, ao promover actividades que

órgãos, entidades, pessoas, podem ajudar a compreender cada

vão ao encontro de tais objectivos, tem sempre presente, na sua

situação específica tentando o encaminhamento adequado, mas

dinâmica, a finalidade suprema e também os pressupostos teóri-

não se podem substituir à responsabilidade que os encarregados

cos que o fundamentam e inspiram nas suas linhas orientadoras, a

de educação têm para com os seus educandos, pelo que também

saber, o sentido de uma educação voltada para os valores univer-

devem ser informados e devem estar implicados na tentativa de

sais.

busca de alternativas para os problemas. Por esta razão, pensamos

É neste quadro de referência ética que o Espaço Anjos orienta a

que o papel do Director de Turma seja também aqui fundamental,

sua dinâmica, implementando cada um dos objectivos no eixo

neste trabalho de parceria, no que diz respeito à prevenção

diversificado das suas actividades, de modo a tornar o trabalho de

primária das toxicodependências no meio escolar, alertando, infor-

prevenção primária das toxicodependências no meio escolar, ao

mando e buscando novas formas de intervenção para junto dos

qual se propôs, uma tarefa de intervenção eficaz.

encarregados de educação, poder mobilizá-los a uma participação mais activa nos processos dos jovens que têm à sua responsabilidade. Não se pode evitar o confronto com uma problemática como a droga, evocando desconhecimento de causa ou com atitudes de hesitação. De facto, gostaríamos que só por si o trabalho de prevenção primária fosse eficaz, de tal maneira que como espaço educativo a escola, não tivesse de ser confrontada com situações complexas e fosse a mesma livre de consumos.

«Numa reforma constante, a educação, adaptada ao homem da cada momento histórico, tem de proporcionar o sentido crítico essencial às verdadeiras opções e, simultaneamente, deverá oferecer as virtudes sociais da tolerância, da solidariedade e do diálogo que proporcionam uma convivência responsável. É neste sistema educativo que cada pessoa, em processo de crescimento, se sente capaz de fazer opções nas quais o projecto definitivo é o serviço ao bem comum, e o projecto intermediário é a escolha do melhor para si e para os outros. Neste contexto, para o presente e o futuro das pessoas, a droga, como solução de vida, não tem qualquer sentido». Padre Vítor Feitor Pinto

Não somos cúmplices em processos de degenerescência; somos responsáveis por tornar eficaz a tarefa de prevenção primária, educando para a vivência de uma vida mais plena. ESPAÇO ANJOS

“É a construção integral da pessoa humana que esta abordagem global implica, pelo que o processo educativo deverá apontar muito mais para o sentido da vida, do que para a ameaça que os comportamentos desviantes podem comportar.” Padre Vítor Feitor Pinto


A IMPORTÂNCIA DE UMA EDUCAÇÃO GLOBAL PROMOTORA

TORNAR EFICAZ A PREVENÇÃO PRIMÁRIA NO MEIO

DO SENTIDO DA VIDA E DA VIVÊNCIA DE UMA LIBERDADE

ESCOLAR

EM RESPONSABILIDADE Mobilizando meios, recursos e estratégias; ESPAÇO ANJOS, como equipa multidisciplinar, inscreve-

Buscando novas formas de intervenção e orientações pedagó-

-se no âmbito de uma prevenção primária, pelo que, em

gicas;

tal tarefa educativa de intervenção, pretende não só pre-

Envolvendo encarregados de educação;

venir os perigos, avaliar os riscos e evitar consequências negativas,

Ajudando a compreender cada situação específica;

bem como ainda, estimular atitudes saudáveis com base numa

Oferecendo alternativas aos jovens;

educação para os valores. Pretende-se também que a abordagem

Informando e encaminhando;

dos problemas seja feita no âmbito de uma contextualização mais

Educando para uma liberdade em responsabilidade.

vasta e no âmbito de uma análise reflexiva mais profunda. Porque, se o que se trata essencialmente é atender ao processo de educação global, então deve-se evitar de todo incentivar a repetição ou multiplicação de hábitos, estilos ou modelos de vida que predisponham as pessoas a buscar compensação em consumos nocivos. Mas para tal, têm de haver alternativas, que sejam um incentivo à descoberta do próprio sentido da vida e à realização integral do ser humano. O nosso trabalho é essencialmente educativo e, como tal, temos a braços uma tarefa de grande responsabilidade, sobretudo, na preparação destes jovens para enfrentarem os desafios sem recurso a dependências de nenhuma ordem. O educar para a vivência de uma liberdade em responsabilidade exige um caminho de aprendizagem em que jamais as normas e as regras podem ser dispensadas. A escola não pode pactuar com situações de uso e abuso ilícito de drogas, também consideradas ilegais no sistema da comunidade envolvente e, muito menos, ser benevolente relativamente ao tráfico. É importante que todos percebam que a nossa intervenção não se coaduna com qualquer forma de incentivo aos consumos, mas, pelo contrário, é um relu-

OBJECTIVOS

tante NÃO! À DROGA! Mas, do mesmo modo, é importante que se expliquem as razões por que jamais seremos pactuantes com

Reflectir sobre a problemática da toxicodependência

situações de consumo. Não é nossa função, estimular a experi-

Alertar para os riscos de uma ignorância sobre o problema

mentação no campo das sensações destrutivas do ser. É nossa pri-

Mostrar os perigos de um flagelo que pode afectar qualquer um

mordial tarefa, evitar e oferecer alternativas, para que os jovens

dos nossos jovens

face às dificuldades, adversidades e a um mundo repleto de

Criar condições para o desenvolvimento de uma vida saudável

ilusórias promessas de vida feliz, possam responder de modo

sem o recurso às drogas

assertivo, crítico e com sentido de responsabilidade e amor à vida.

Motivar os jovens para actividades que lhes proporcionem pra-

Em síntese, não podemos fechar os olhos aos processos auto-

zer e contribuam para um projecto de vida assente em valores

-destrutivos do ser e tão-pouco estimulá-los. Mas também não se

Privilegiar intervenções que permitam a satisfação pessoal, a

pretende da escola que seja um local de tratamento de casos de

auto-estima e a auto-confiança

abuso de consumo. Pretende-se, outrossim, que a escola previna

Criar hábitos e estilos de vida saudáveis

determinados tipos de comportamento desviante e, no caso des-

Prevenir os perigos, avaliar os riscos e evitar consequências

ses mesmos comportamentos existirem, é desejável que se man-

negativas

tenha ao corrente da situação para poder dar a informação e o

Estimular atitudes saudáveis com base numa educação para os

encaminhamento devido sobre instituições especializadas, que

valores

poderão dar um suporte a uma intervenção mais eficaz.


Clubes e Projectos

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1º Lugar – Ginástica Artística Masculina e 1º Lugar – Ginástica de Trampolim - Escalão - Juvenil Gonçalo Miranda 11º 8

Fernanda Martins - Educação Física 1º Lugar – Ginástica Artística Masculina e 1º Lugar - Ginástica de o presente ano lectivo, a nossa escola apresenta um grupo de

N

Ginástica constituído por:

Trampolim – Escalão Sénior José Roberto Araújo 12º 16

• Dois Conjuntos de Rítmica: Conjunto A de nível 3 e conjunto B de nível 1; • Ginástica Artística Masculina

1º Lugar - Ginástica Artística Feminina – Escalão Juvenil Olga Gama 11º 1

• Ginástica Artística Feminina • Ginástica de Trampolim

Muitos parabéns a todos os alunos que participaram nestas actividades, pois é com muito empenho, dedicação e acima de tudo com

Nos passados dias 3 de Fevereiro e 3 de Março do presente ano,

grande esforço que conseguimos apresentar trabalhos com grande

teve lugar na Escola Bartolomeu o Torneio de Abertura e a Taça

qualidade e beleza. É importante salientar que este tipo de trabalho

Escolar respectivamente.

só é possível quando realmente temos prazer naquilo que construí-

A nossa escola, como vem sendo hábito, conquistou os primeiros

mos.

lugares do pódio nas duas provas.

A todos os ginastas desejo que continuem a praticar sempre com muito prazer e satisfação, esta ou qualquer outra modalidade. O núcleo de Ginástica do Liceu está ao dispor de todos os alunos

1º Lugar – Ginástica Rítmica Conjunto A de Nível 3 Mariana Martins 12ª 5 Luísa Martins 10º 7 Joana Ornelas 12º 67 Raquel Moreira 10º 2 Diana Bezkorovayna 10º 15 Vera Gomes 10º 2 Roksalana Bezkorovayna 10º 7

2º Lugar - Ginástica Rítmica Conjunto B de Nível 1 Ana Abreu 11º 14 Priscila Gonçalves 11º 14 Ana Martins 11º 9 Cristina Nóbrega 11º 6 Olga Gama 11º 1

que demonstrem interesse em participar.


Conceição Campanário - 11º Grupo B “Áreas Protegidas do Parque Natural da Madeira” Clube de ciências «Amigos do Ambiente» promoveu no

O

período compreendido entre os dias 9 e 17 de Outubro uma exposição sobre “Áreas Protegidas do PNM” no

Largo do Museu da nossa escola. Esta exposição era composta por painéis pertencentes ao Centro de Informação e Conservação da Natureza (CICNA) e teve colaboração dos respectivos técnicos.

“Áreas Protegidas do PNM” os dias 12 e 17 de Outubro de 2006, pelas 15 e 17 horas,

N

realizou-se na sala 215 desta Escola, quatro sessões sobre a acção de sensibilização - “Áreas Protegidas do PNM”

proferida pela Dra Isabel Freitas, técnica do CICNA. Esta acção foi destinada aos alunos do 10º ano, dado que este tema faz parte do programa da disciplina de Biologia e Geologia e teve a participação de 12 turmas acompanhadas dos respectivos professores que leccionam esta disciplina.


Clubes e Projectos

Visita à Reserva Natural da Rocha do Navio e Parque Temático de Santana

E

sta visita de estudo foi realizada no dia 22 de Novembro de 2006, com a participação de 25 alunos. Os principais objectivos desta saída foram: observar in loco algumas espécies

características desta Reserva Natural; distinguir espécies exóticas de espécies endémicas; sensibilizar os participantes, para a importância de conhecer as Reservas Naturais existentes na nossa Ilha com objectivo de as preservar. A visita terminou com a ida ao Parque Temático de Santana onde os nossos sócios puderam apreciar alguns costumes e tradições madeirenses para além de desfrutarem de um momento de convívio. Havendo ainda a oportunidade de testarem as suas aptidões no ramo da olaria.

Visita de estudo às Funduras - Machico

E

sta visita de estudo às Funduras realizou-se no dia 14 de Dezembro, tendo contado com a participação de 43 sócios, duas monitoras, uma Técnica e 3 Guardas Florestais da

Direcção Regional de Florestas. O percurso pedestre iniciou-se junto ao miradouro da Portela, onde pudemos observar as freguesias do Porto da Cruz e do Faial, dominadas pela massa rochosa da Penha d’Águia. Seguindo pela estrada florestal da serra das Funduras, só depois entramos na vereda, pelo interior da floresta Laurissilva, ao longo da qual pudemos observar inúmeras espécies características desta floresta bem como um grande variedade de fungos. Após uma longa caminhada chegámos à “Casa das Funduras”, que dá apoio às actividades florestais. O percurso pedestre terminou no núcleo populacional dos Maroços, depois de atravessarmos os tradicionais poios em socalcos, que caracterizam a paisagem agrícola madeirense bem como uma descida íngreme à custa de muito esforço. É nesta serra que se encontra a melhor área de floresta Laurissilva da vertente sul da ilha da Madeira, estando incluída na rede europeia de sítios de importância comunitária - Rede Natura 2000. Esta floresta é essencial para a manutenção das nascentes do Concelho de Machico.

1 - Drª Isabel Freitas 2 - Casa de apoio 3 - Rocha do Navio 4- Parque Temático de Santana 5 - Passeio pelo lago 6 - A nossa sócia põe em prática os seus dons para a olaria 7 - Início do percurso - Funduras - Machico 8 - Vista do Miradouro da Portela 9 - Casa das Funduras

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Miguel - 10º 35

Hipótese de Gaia, também deno-

A

O nome Gaia é uma homenagem a Gaia,

gos anos. As plantas cultivadas nestes ter-

deusa grega que representava a Terra.

renos infectados podem absorver os pro-

Vista com descrédito pela comunidade

dutos que depois são ingeridos pelo

cientifica internacional, a Teoria de Gaia

Homem, quando se alimenta dessas plan-

encontra simpatizantes entre grupos eco-

tas, causando intoxicações graves bem

lógicos místicos e alguns pesquisadores.

como dar origem a crianças com mal for-

minada como Teoria de Gaia, é

mação.

uma tese que sustenta ser o pla-

neta Terra um ser vivo. A hipótese foi apresentada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, Ricardo Vieira- 10º 35

afirmando que a biosfera do planeta é capaz de gerar, manter e regular as suas próprias condições de meio – ambiente.

Jerónimo Fernandes - 10º 35 ara evitar a poluição dos solos não

nidense Lynn Mangulís analisaram pesqui-

P

sas que comparavam a atmosfera de Terra

introdução da agricultura, o homem modi-

Para chegar a essas conclusões, o cientista britânico, juntamente com uma estadu-

devemos destruir o manto florestal, evitar incêndios, inúmeras

obras de urbanização. Também com a

coma de outros planetas, vindo a propor

ficou o equilíbrio ecológico em numerosas

que é a vida de Terra que cria as condições

zonas. Muitos animais no seu ambiente

para sua própria sobrevivência, e não o

natural são eliminados devido à presença

contrário,

de predadores e parasitas.

como as teorias tradicionais

atmosfera do planeta é uma

A

excepção na medida em que é dos raros recursos naturais que é

compartilhado pelo mundo inteiro. Pelo que os efeitos negativos sobre esta são globalmente sentidos. Tendo em conta que os problemas que advêm da atmosfera representam perigo

sugerem.

para os organismos têm-se vindo a desenvolver estudos sobre o efeito de estufa e a

O solo é contagiado através de produtos tóxicos, acumulando-se nos solos, podem permanecer activos durante lon-


Ciência Aberta consequente destruição da camada de

As reacções protegem o corpo de anticor-

ozono, para além de provocar as chuvas

pos, que, no esquema geral de defesa

ácidas, fenómenos estes que contribuem

imunitária orgânica, têm por missão princi-

grandemente para a destruição do plane-

pal a neutralização dos respectivos

ta, ou seja, da biosfera.

antigénicos, que facilitam a inactivação,

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destruição ou expulsão dos germes responsáveis pelas infecções que utilizam as vacinas em causa. Jenner foi quem descobriu a 1º vacina no séc. XVIII, que prevenia a rubéola, o Marisa - 10º 35

sarampo e a papeira, etc. As vacinas podem ser administradas por via oral ou

as vacinas são produtos biológicos

por via parentérica. Para as vacinas vivas

preparados pelo homem com o

(sarampo) basta uma única inoculação

objectivo de conferir aos indivídu-

para se obter protecção permanente.

P

Classificação científica Reino:

Animalia

Filo:

Arthropoda

os susceptíveis protecção específica con-

Classe:

Insecta

tra a doença infecto-contagiosa. Existe

Ordem:

Lepidoptera

hoje grande número de vacinas de que cada uma é específica e visa a protecção

venenosas que provocam inúmeros aciMarisa - 10º 35

contra uma determinada doença transmissível.

dentes no Brasil e que correspondem ao estado larvar do género de traça Lonomia. Na escala familiar, as traças são conheci-

traça (conhecida no Brasil por

das pelos estragos que causam ao ali-

Mariposa) é um insecto da ordem

mentarem-se de roupa feita de lã.

A

Lepidoptera relacionado com as

borboletas, que não deve ser confundido com o lepisma, também chamado de traça, principalmente no Brasil. As traças representam a grande maioria das espécies de lepidópteros e correspondem a 121

José Fábio Camacho - 10º 35

famílias desta ordem (num total de 127). O grupo das traças recebe a designação informal de Heterocera e distingue-se das borboletas pelos seguintes critérios: as antenas das traças são bastante variadas conforme a espécie, e apresentam nor-

omo todos os seres vivos, o

C

Homem necessita de se alimentar. Hoje, a maioria das pessoas come

mal. Uns comem em demasia, outros

malmente forma de plumas; hábitos de vi-

morrem de fome e em muitos casos,

da nocturnos ou crepusculares; metamor-

cometem-se muitos erros alimentares

fose da pupa num casulo mole; coloração

que podem provocar graves doenças.

monótona adaptada ao modo de vida noc-

Para teres um bom crescimento, uma boa

As vacinas consistem essencialmente em

turno; posição de repouso com as asas

saúde precisas de uma boa alimentação,

substâncias

abertas e corpo arredondado e robusto.

deves ter uma alimentação equilibrada.

antigénicos, existentes ou provenientes

Algumas espécies de traça são impor-

Devemos consumir uma grande variedade

de

de

tantes economicamente, quer do ponto

de alimentos, que devem estar distribuí-

doenças, que, após tratamento adequado,

de vista positivo ou negativo. O bicho-da-

dos em quatro ou cinco refeições no mí-

perdem o seu poder patogénico. Conser-

seda é a larva da espécie de traça Bombyx

nimo (café da manhã, almoço, lanche da

vam, no entanto, o poder de desencadear,

mori e representa a única fonte comercial

tarde, jantar e ceia), que devem acontecer

no organismo humano (ou animal) reações

de seda. Por outro lado, há espécies que

em um intervalo médio de três horas.

contra os germes a partir dos quais foram

são consideradas como pragas agrícolas e

Para uma alimentação equilibrada tens

preparadas (poder antigénico).

florestais. As taturanas são lagartas

que ingerir alimentos saudáveis:

biológicas,

microorganismos

denominadas

causadores


1. Pães, cereais, massas e arroz - Estes

nas principais refeições, em forma de sa-

São ainda fontes de vitaminas do

alimentos fornecem carboidratos (são

ladas, refogados ou incorporados a outros

Complexo B, ferro, fósforo, magnésio,

energéticos, pois fornecem energia para o

pratos.

zinco e outros minerais. Devem ser con-

corpo se movimentar) complexos e são

3. Frutas - Como os vegetais, as frutas

sumidas nas refeições principais, como

importantes fontes de energia. Cereais

oferecem uma grande variedade de nutri-

almoço e jantar.

enriquecidos também fornecem ferro.

entes, inclusive, vitamina C, potássio,

Devem

várias

fibras. Devem entrar na alimentação em

refeições, já que são os principais fornece-

grande variedade, e são boas opções

dores de energia do organismo. Por exem-

como

plo: no café da manhã, entram os cereais

sobremesas e sucos.

ou pães. No almoço e jantar, arroz, macar-

4. Leite e derivados - Os lacticínios, como

rão, batata. Dessa forma, esse grupo

leite, queijos, iogurte - são a principal

acaba entrando naturalmente na alimen-

fonte de cálcio, responsável pelo cresci-

tação em proporções adequadas.

mento dos ossos. Também fornecem pro-

2. Vegetais - Uma combinação desses ali-

teínas, necessárias para o crescimento.

mentos fornece fibras e inúmeras vitami-

5. Carnes, Peixe - Este grupo fornece a

nas e minerais, inclusive vitaminas A e C,

maior parte da proteína da alimentação, as

potássio e magnésio. Esses devem entrar

quais são necessárias para o crescimento.

ser

consumidos

em

complementos

de

lanches,


Ciência Aberta - Para onde foram os nossos alunos

40 / 41

Luís Martins - 1º Grupo

s resultados do concurso nacional de acesso ao ensi-

A nossa escola também foi responsável pelo envio de alunos

no superior de 2006 já são públicos. Após o tratamen-

para as seguintes áreas: Psicologia; Gestão; Comunicação, Cultura

to estatístico de todas as variáveis, é altura de analisar

e Organização; Ciências da Cultura; Educação de Infância,

O

os dados referentes a candidatos e colocados.

Engenharia Civil, Engenharia de Telecomunicações e Redes, Engenharia Informática e Matemática; Ensino Básico; Serviço Social, Ciências da Nutrição; Economia; Arquitectura e Educação Física e Desporto, de entre outros.

"321 Alunos da Escola Secundária Jaime Moniz ingressaram no Ensino Superior em 2006"

Analisando as Universidades ou Institutos em que os nossos ex-alunos ficaram colocados, verificamos que foram distribuídos por todo o território nacional, o que obviamente inclui a Madeira, os Açores e Portugal continental de Norte a Sul.

Na primeira fase de exames do último ano lectivo, a mais representativa, 341 alunos apresentaram candidatura e 267 alunos obtiveram colocação, o que corresponde a 78% de alunos colocados. Ainda no que diz respeito a alunos colocados é de sublinhar que 154 alunos foram colocados na sua primeira opção, o que é o mesmo a dizer 58%. Nos últimos anos a nossa escola tem reafirmado a sua vocação

Liceu coloca mais de 70 alunos na área da saúde. 31 alunos em Medicina e 33 alunos em Enfermagem.

em preparar alunos para a área da saúde, e mais uma vez, é a que coloca um maior número de alunos nos cursos desta área. No total

A todos os jovens que passaram pela nossa escola e com suces-

colocamos 33 alunos em enfermagem, 31 alunos em Medicina ou

so atingiram o seu objectivo de ingressar no ensino superior, dei-

Ciclo Básico de Medicina, 5 em Ciências Farmacêuticas, 2 em

xamos os nossos votos de felicidades.

Ortoprotesia, etc.

ALUNOS DA ESJM COLOCADOS POR CURSOS (4 MAIS FREQUENTES, 1.ª E 2.ª FASES)

Enfermagem - (1169)

33 Alunos

Medicina - (0580)

19 Alunos

Direito - (0153)

13 Alunos

Ciclo Básico de Medicina - (1064)

12 Alunos


Estes são os nossos Rostos. Ano após ano, ao ritmo do tempo, eles "abandonam" a nossa companhia. Resta-nos as suas memórias. São estas que permanecem e servem de referência para todos nós. Se as existências são fortuitas, as presenças autênticas não! Estas deixam marcas que alicerçam ou não o "velhinho" Liceu. Cláudio Dias - 10º B grupo

Enfermeira

Fátima

Senhor

Arnaldo

À Enfermeira Fátima ruzamo-nos na estrada. Quem eras e

C

oram Bons Momentos, acredite que me fazem falta! Vir para

F

o que fazias não sabíamos. Agora que

uma escola diferente, sem conhecer ninguém, pode parecer

sabemos dizemos-te:

estúpido, mas na enfermaria sentia-me bem. Grandes

momentos! Mas como tudo na vida, tudo passa. Cada um segue o seu caminho, bem sei, mas porquê tão rápido? Enfim, a idade não era obstáculo. Gostamos de si como se de um familiar se tratasse. Punha-nos à vontade como uma irmã e dava-nos conselhos como uma mãe. Na verdade passámos bons momentos, com risadas e convívio.

Sem dúvida, foste para nós um bom colega e amigo dedicado e atencioso. Estavas sempre bem disposto e pronto a partilhar connosco sem qualquer escrúpulo. Arnaldo guarda-nos no coração, pois quem sabe se, mais tarde, por aí algures ou nos jardins sentados nos encontremos para conversar. O nosso grupo

O brilho dos seus olhos… O Pedrinho, também era nosso! Grande

jamais te esquecerá porque na Catedral da nossa amizade, uma

bebé! Vai ser um garanhão, o seu netinho. Obrigado por tudo.

vela de carinho e amizade por ti arderá.

Aqueles momentos vão fazê-la poeta da vida!

Para tí, Arnaldo, dos colegas. Bar dos alunos da E. S. Jaime Moniz

Um abraço do grupo de amigos da enfermeira

vel e presente para ajudar quem a

inestimável entrega à profissão e o

grandiosi-

procurava. O seu excelente relaciona-

seu afecto pelas diferentes gerações

dade

de

mento com toda a comunidade esco-

que tiveram o privilégio de a conhecer.

A

uma escola

lar e, em particular, com os nossos

O Grupo de Educação Física sente-se

é construída pelas

alunos adolescentes, era o seu ex li-

honrado por lhe ter sido concedido o

pessoas que nela

bris. Frequentemente procurada pelos

privilégio de participar nesta merecida

trabalham.

Esta

seus pacientes, com ou sem dor, fazia

homenagem a uma profissional que

escola teve o privilégio, durante

da palavra amiga uma forma de te-

sempre cooperou, de forma incondi-

muitos anos, de contar com o apoio e

rapia.

cional, com a nossa disciplina.

disponibilidade da enfermeira Fátima

Embora nos pudéssemos alongar no

À enfermeira Fátima Camacho, aqui

Camacho, que em muito colaborou

relato das inúmeras experiências vivi-

fica o nosso profundo reconhecimen-

para o que esta escola é hoje.

das por esta profissional que se dedi-

to.

A "nossa" enfermeira para além da sua

cava aos cuidados do corpo e até da

competência, estava sempre disponí-

mente, o que pretendemos realçar é a

O Grupo de Educação Física


Rostos

Professora

42 / 43

Constata-se, sobretudo, a ausência da sua autenticidade

Natália

Brilham discretamente as suaves encostas das largas ondas

genuína, sempre a evitar sopros de coscuvilhice ou ruídos de insinuações, a crer predominantemente na competência, na bondade, na lisura, na correcção e a acreditar que o impossível é algo de efémero e fantasmagórico que não deve cons-

sob a calma de um céu ensolarado de fins de Junho.

tar do vocabulário de um verdadeiro educador.

Ecoa o marulhar suave das águas

Consta que soube desvanecer dúvidas de forma magistral,

aninhadas nos braços protectores de um porto de abrigo!

que construiu saberes para si e para os seus alunos, paulatina

Aquece-nos uma brisa morna,

e inequivocamente, confirma-se que foi uma colega leal, uma

a sussurrar-nos calma, prudência, força, trabalho,

professora competente e amiga, mas gostaria, sobretudo, de

paciência, persistência, vontade…

acentuar, com muito ênfase, que é indubitavelmente uma grande senhora, digna, merecedora de nosso mais profundo

Imagens, impressões, apenas algumas, de um longo convívio

respeito.

que é, de repente, sincopado pela partida, pela saudade sen-

Felizes os que puderam beneficiar do seu companheirismo,

tida na sua ausência, num quotidiano cada vez mais árido de

da sua amizade, da sua dedicação. Muito grata estou por a ter

humanidades autênticas, daquelas que sempre nos propor-

tido como colega, confidente e amiga mas também como

cionou a Conceição Natália.

educadora/professora de uma das minhas filhas.

Sente-se a falta do seu sorriso, repleto de multiplicidades,

À Conceição Natália, forjadora inata de harmonias, propor-

sempre discretamente dirigido, quer a colegas e a fun-

cionadora natural de paz, um bem-haja e sobretudo a formu-

cionários, quer a alunos e a pais.

lação de um desejo sincero:

Anseia-se pelas suas atitudes sensatas, tradutoras de uma

Permaneça entre nós!

ciência de vida cuja exuberância foi sabiamente introvertida, Maria José Fragoeiro - 8º Grupo B

indiciando, porém, uma enorme capacidade de observação, bem como interiorizações constantes, sabiamente conciliadas com muitos, inúmeros momentos de reflexão.

discrição, pela candura, pela disponibilidade, pela confiança P'rà

reforma?!...

Já?!!...

Como?!!!

que inspira e que merece. Pelo que pude (posso) conviver com esta AMIGA-colega, ainda que num convívio quase esporádico, penso que estes

orquê tanta surpresa?

são alguns dos traços essenciais do seu carácter, a juntar a

Porque

associamos

outros que poderia, numa longa lista, enumerar e documen-

reforma a tempo de

tar, como sejam: a honestidade, a solidariedade, a amizade, …

serviço e, implicitamente,

Traços que nortearam o exercício da sua profissão, com uma

idade…

P

Conceição

competência inquestionavelmente reconhecida; traços que

Natália conserva um ar bem

e

a

continuam a nortear a sua vida e que são decisivos na estima

jovem, um aspecto cuidado,

que lhe dispenso. Agora, que tanto se insiste numa relação

uma

muito

pedagógica assente em conhecimentos e valores, creio que

agradável. Estes são atribu-

se fará justiça se se afirmar que a Natália, pela sua postura,

tos

terá sido uma vanguardista na implementação das actuais pre-

presença que

constatamos,

mesmo se nos limitarmos a

ocupações.

uma apreciação superficial. Contudo, se lidarmos com ela de

Não será por acaso que antigos alunos, actualmente colegas,

perto, encontramos uma perfeita correspondência na juven-

se lhe referem com respeito, consideração e carinho.

tude do seu espírito, traduzida pela abertura e flexibilidade por que se pauta; observamos um cuidado constante no esmero que põe no que faz, espelhado no escrúpulo e no rigor do seu comportamento; constatamos uma presença que pontua pela

Mª Carmo Rocha - 8º grupo B


Diana Bezkorovayna - 10º 15

Ucrânia localiza-se no centro da Europa, com magnificas condições climáticas, com uma população actual de 48 milhões e com um território superior a 600 mil quilómetros quadrados. A Ucrânia possui as fabulosas terras negras (quase 25% das reservas mundiais), grandes reservas de carvão, minério de ferro, níquel, etc. . Com o seu potencial económico e técnico-científico, a Ucrânia é um dos países mais desenvolvidos da Europa. A capital da Ucrânia é Kiev. Cada vez mais turistas visitam a Ucrânia, pois são muitas as atracções desse país; seja pela paisagem maravilhosa dos campos de girassóis ou pelo cruzeiro pelo rio Dripró até a Criméia (Mar Negro) e também pela encantadora pai-sagem dos Montes Cárpatos. É imperdível um passeio pelas estações do metro de Kiev, que são as mais profundas do mundo (uma delas atinge 200 metros de profundidade) e também não se pode deixar de mencionar o brilho das numerosas cúpulas que existem na capital. Considerada a

A

capital mais verde do mundo, Kiev possui uma variedade de parques e canteiros de flores que deixam o ar da cidade com um suave perfume, tudo é lembrado com muito cari-nho pelos turistas, que não imaginavam encontrar tantas atracções num só país. O sistema de educação na Ucrânia é diferente. As crianças começam a frequentar a escola aos 6 ou 7 anos. A escolaridade é dividida em três fases: Escola primária - do 1.º ao 4.º ano - do 5.º ano 8.º ano - do 9.º ao 11.º ano O ano escolar começa no dia 1 de Setembro e acaba no dia 25 de Maio. No fim do 11.º ano os alunos fazem exames. Alguns alunos, quando acabam a Escola podem receber a medalha de ouro ou de prata mas só no caso de terem a nota máxima em todas as disciplinas.


Bilhete Postal - Poesia

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Oportunidade

Se eu fosse um pintor modernista

Murmúrio rastejante do silêncio

Ai se eu fosse …! Dera a mim ter sido um dos grandes.

E penetração dessa tua voz perdida,

Daqueles que ficam na eternidade de si mesma.

A ausência do contentamento crespado

E aí pintaria a minha alma. Faria valer o meu mundo.

Denota o desejo possuído pela ferida.

Os meus ideais; os certos. (Sim … talvez seja individualista).

Grito agudo de insensatez

Eu seria "aquele"!

Pelo vigor deste sentimento errante,

Representaria a humanidade no seu todo.

Suspiro altruísta de quem já não sente

Aquilo que vejo, o mundo que me rodeia corpo e mente,

A lufada de ar por quem está distante.

A natureza. Criticaria a política.

Engasgo das palavras enviesadas

Caricaturaria o individualismo...

Esquecidas e rebocadas pelo tempo;

A expressão dos meus sentimentos.

O soluço das lágrimas perdidas

Exteriorizaria a minha angústia com cores intensas,

A oportunidade levada pelo vento.

As formas distorcidas que vejo. Ziguezaguearia o objecto numa simplicidade de linhas.

Vida profana intensamente promíscua

E chocaria tudo e todos. Surpreenderia.

Vida cruzada de artificial felicidade,

Seria eu na minha plenitude de ser artista de ser quem sou.

Sonho difuso de esperança e melancolia

Seria eu. (Ou talvez outrem.)

Corpo e alma suados de futilidade.

Se eu fosse um pintor modernista, Eu seria expressionista.

Ser repugnante, autoritária ignorância

Joana Alegria - 12º 42

Sentimento banal de total cumplicidade, Devolução da tatuagem cravada no peito Projecção estupefacta de uma breve saudade.

Rejeição do perdão outrora inútil E da independência carnal antigamente fornecida, Maturidade alcançada pelo sopro Assistolia da oportunidade perdida. Lénia Ornelas - 12º08


primeira proposta deste período de

A

Desenho A do 12º ano, incidiu sobre a representação da figura

humana. Mais do que representar fielmente a figura humana, pretendeu levar-se os alunos a interiorizarem a necessidade de tendem representar, analisar toda a harmonia que se esconde por detrás de um corpo e que assenta na relação estrutural de todas as partes. Os trabalhos que aqui se podem ver,

David Neves - 12º 22

estruturar previamente tudo aquilo que pre-

reflectem a pesquisa levada a cabo pelos alunos das turmas 21 e 22 do 12º ano do agrupamento de Artes, no âmbito desta proposta de trabalho. Nos exercícios produzidos é possível detectar diferentes caartísticas contemporâneas, quer naturalistas, quer abstractas, que caracterizam a capacidade da arte se auto-rejuvenescer e reintrepretar. A arte nunca está em crise, ou antes, vive em permanente crise, pelo que nunca morrerá.

Carolina Fernandes - 12º 21

racterísticas das linguagens e correntes

Os nossos alunos acompanham este pressuposto e a crise poderá estar apenas na motivação para criar e trabalhar.

David Neves - 12º 22

Cláudia Relva - 12º 21

Os trabalhos falam por si.

Andreia Pimenta - 12º 21


David Neves - 12º 22

Sofia Marques - 12º 21

Adília Fernandes - 12º 21

Marta Silva - 12º 21

Andreina Silva - 12º 22

Sandra Silva - 12º 22

Artes 46 / 47 David Neves - 12º 22

Andreia Pimenta - 12º 21


Hugo Brazão - 12º 21

Joana Gomes - 12º 21

Natacha Correia - 12º 21

Natacha Correia - 12º 21

Cláudia Relva - 12º 21

Nicole Teixeira - 12º 22

Filipa Pinto - 12º 21


David Neves - 12º 22

David Neves - 12º 22

Sónia Silva - 12º 22

Andreina Silva - 12º 22

Camila - 12º 21

Filipa Pinto - 12º 21

Alexandra Ladeira - 12º 21

Artes 48 / 49


ascido no Porto, no ano da revolução, Manel Cruz, desde muito novo sempre teve apetência para as artes. Frequentou a Escola Secundária Artística Especializada de Soares dos Reis e a sua primeira paixão foi a banda desenhada, a quem durante os seus primeiros 18 anos de vida dedicou muito do seu tempo, chegando até a fazer algumas exposições. A música só apareceu depois desse tempo surgindo como um refúgio a uma certa pressão de várias pessoas em relação ao seu jeito para a arte plástica. O seu percurso musical iniciou-se nos Ornatos Violeta, a primeira banda, em 1991, como vocalista, compositor e letrista onde permaneceu durante cerca de 11 anos. Os Ornatos Violeta, como disse o jornal blitz, são caracterizados pelo seu "Funk, jazz, trovodorismo adolescente e rock de barba rija num composto criativo inspiradíssimo, com letras exelentes e uma frescura rara. Devia ser obrigatório em qualquer estabelecimento de ensino." e têm-se mantido, mesmo depois do seu fim, em 2002, como uma grande referência para muitas bandas portuguesas que têm vindo a aparecer. Manel Cruz nunca teve qualquer tipo de formação musical ou de canto pois nunca achou muito necessário. Mas não foi isso que o impediu de compor e dar voz a tantas e tantas músicas. Os 11 anos enquanto "ornato" ajudaram-no a evoluir em vários sentidos, notando-se isso mesmo na música que fez e continua a fazer. Em 2000, Manel Cruz, foi galardoado pelo Jornal Blitz com o prémio de "Melhor Voz Masculina", ao mesmo tempo que os Ornatos Violeta arrecadavam os outros três prémios para os quais tinham sido nomeados tornando-se nos grandes vencedores da noite. Em 2002, e para grande tristeza de muitos dos fãs de Ornatos Violeta, foi anunciado o seu fim. Desta maneira, Manel Cruz, continuou o seu percurso como músico ingressando em duas bandas em simultâneo: os Pluto e os SuperNada, na mesma semana desenharam-se os esboços do que faria


Música - Made in Portugal e espero continuar a fazer a carreira musical do cantor. Manel Cruz mantém ainda um projecto a solo, "Foge Foge Bandido", com lançamento previsto para ainda este ano, com álbum duplo e ainda um livro, onde este afirma que "Foge Foge Bandido é um projecto de longa data, que foi ficando com o tempo de sobra. São músicas que eu fiz, algumas têm 10 anos e que fui gravando e agora estou a acabar o trabalho. Fui convidando, aparecia gente em minha casa, aquilo no início não era um projecto, eram músicas, aparecia “um gajo” em minha casa que até podia nem ser músico e íamos curtir para o teclado, gravávamos umas coisas. Ou tinha uma música e gravavam um teclado por cima. Muitas eram coisas que já tinha feito, outras eram brincadeiras que fazíamos numa noite e que eu depois desenvolvia, então acaba por ser um projecto experimental, apesar de serem canções na mesma, porque, pá, não consigo separar-me das canções. Canções com arranjos muito mais diferentes dumas músicas para as outras. Ali vale um bocado tudo, não é como nos Pluto que não vale, mas é um projecto experimental, digamos assim, mais caseiro." Manel Cruz, tem vindo a ser um considerável ponto na música portuguesa e no rumo que esta tem vindo a tomar. O seu estilo vocal acentuadamente melódico e variante em tom e o seu inconfundível estilo lírico centrado nele próprio e no amor, são razão para grande parte do sucesso que Cruz tem vindo a conseguir conquistar ao longo dos seus mais de 10 anos de carreira enquanto músico. Hugo Brazão e Natacha Correia - 12º 21 André Luís Sousa - 11º 20

50 / 51


exposição inaugurada em 25 de Fevereiro, continuará

A

patente ao público até 26 de Agosto do corrente ano. Esta mostra apresenta parte dos trabalhos do espólio do Centro

de Estudos do Surrealismo desta instituição, abarcando pintura, desenho, escultura e objectos. Esta é uma boa oportunidade para apreciar 237 obras representativas do Surrealismo português, onde estão incuidos nomes como os de Júlio, Mário Cesáriny - recentemente falecido, Cruzeiro Seixas, António Maria Lisboa, Carlos Eurico da Costa, Risques Pereira, Fernando José Francisco, Isabel Meyrelles, Fernando Alves dos Santos, António Pedro, António Dacosta, Vespeira, Fernando Lemos, Cândido Costa Pinto, entre outros.

e 16 de Março a 23 de Abril do corrente ano, na Galeria das

D

Mudas, poderá apreciar um conjunto de litografias

Não perca!

recentes da pintora Paula Rego.

A artista que vive em Londres desde 1976, vê as suas obras expostas entre nós por intermédio da Galeria 111. As suas incursões pela literatura têm continuidade nesta série de litografias, através da abordagem de obras como a sátira “The Pillowman”, de Martin

McDonagh ou da fábula italiana do Séc. XVI “O Príncipe Porco”.

artista plástica japonesa expõe na Casa das Mudas de 16 a

pelas obras literárias, numa “união” que pensamos não dever ser

A

vista como um trabalho de ilustração, mas antes como uma visão

fotografia - que no campo das artes plásticas muito tem visto va-

plástica e simbólica própria da artista e que traduz as suas reflexões

lorizadas as suas obras, quer em termos financeiros, quer como

e o seu imaginário interior.

objecto estético / plástico. O conjunto das obras constituido por

Junta-se assim a intensidade, tensão e “violência contida” que caracterizam a obra desta artista plástica, á mensagem transmitida

26 de Agosto, 93 fotografias de 120 x 120 cm, numa exposição que é comissariada por Jean-Michel Ribettes.

Esta é uma oportunidade para apreciar trabalhos de uma área

“auto-retratos”, parece ter como objectivo transformar o seu “eu” em algo associado a um povo, que não obrigatoriamente o japonês, talvez mais ao ser humano no geral, encarnando ela assim, a máscara de toda uma humanidade. Esta é uma hipótese de tomar contacto com obras que não são muito comuns entre nós e que, tal como muita da arte contemporânea, esperam a nossa fruição e “contribuição” para as “legitimar” ou, simplesmente, despertar o nosso olhar.


Visitas - Casa das Mudas - Cantinho da Biblioteca

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romover uma cadeia de pessoas interessadas na leitura

P

foi um dos objectivos que esteve subjacente à iniciativa “Corrente de Leitores”, promovida pela Biblioteca da

Jaime Moniz, no início do ano lectivo 2005/2006. A estratégia adoptada consistiu na colocação de livros em lugares “visíveis” da Escola. Os interessados na leitura – alunos, funcionários, professores e encarregados de educação – podiam levá-los e passar de mão em mão a um amigo. A corrente estabeleceu-se e a ideia inicial “O livro não é teu, não é meu, é nosso” desenvolveu-se. Ao leitor era pedido que preenchesse uma tabela, contida em cada uma das obras, e o último a ler deveria fazê-la regressar à sua

casa materna, a Biblioteca da nossa Escola, no fim do ano lectivo. Passado este tempo, é necessário fazer o balanço. Através dos livros devolvidos e analisando cada uma das tabelas, podemos retirar algumas conclusões. O autor mais lido foi Rainer Maria Rilke. Dos 83 livros postos a circular regressaram 27. Destes apenas 10 contiveram registos. No total, passaram por 44 leitores, a maioria professores (23), seguindo-se funcionários (6), psicólogos (5), estudantes (6), dois sociólogos, um médico e dois advogados. A maioria dos leitores pertence ao sexo feminino. As faixas etárias situaram-se entre 50 e os 11 anos. Os livros circularam pela Jaime Moniz, Escola Cruz de Carvalho, Escola de Machico e dos Louros. Foram em peregrinação. A “corrente” cumpriu-se. Alguns “perderam-se” na viagem? Como refere Paulo Coelho, o importante não é a meta, mas o caminho, o caminho é que ensina. O importante é remar a favor da “Corrente”.


Uma pessoa bebe, em média, cerca de 60 mil litros de água durante a vida. O ciclo da água já não é suficiente para purificar naturalmente a água que o homem polui. A maior parte (69,6%) de água doce está nos glaciares e no gelo. Cada português gasta em media 100 litros de água por dia. Para fazer 1 quilo de pão , gastam-se, da plantação de trigo à padaria mil litros de água. O faro do cão é quarenta vezes superior ao do olfacto humano Por cada criança que nasce, também nascem 15 cães. O cão mais pequeno do mundo é o Chihuahua, e é também

As galinhas voam, mas pouco. No máximo con-

dos que vivem mais tempo (entre 15 a 18 anos). Têm o nome

seguem voar 13 segundos.

da região do México de onde surgiram pela primeira vez a meio do séc. XIX.

Uma pulga salta 350 vezes a sua altura. Corresponderia a uma pessoa com 1,75 metros

Qualquer cão é capaz de detectar a presença de uma gota de

saltar, por impulsão própria, uma altura de 612,5

sangue em 5 litros de água.

metros. Impressionante!

O Chocolate mata os cães! O chocolate contém Teobromina,

Uma formiga levanta 50 vezes o seu peso e puxa

que afecta o sistema nervoso e o musculo do coração dos

30 vezes seu peso.

cães. Os primeiros sintomas vão desde vómitos, diarreia e hiperactividade. Com o passar do tempo, arritmia, tremores musculares, coma e eventualmente, a morte. Qual a quantidade de chocolate fatal? Depende do peso do cão e do tipo de chocolate. Sabe-se que o menos perigoso é o chocolate branco e o mais perigoso é o preto, de culinária. NÃO DÊ CHOCOLATE AO SEU CÃO!


Passatempos - Páginas Choque Mate

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4ª FASE (em vigor a partir de 2007) O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem Dois leões fugiram do Jardim Zoológico. Um dos leões foi para as matas e outro foi para o centro da

é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco quase certo de chumbar...

cidade. Depois de uma semana, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado que arranjasse vaga no Jardim Zoológico outra vez. Assim, o leão foi reconduzido à sua jaula. Passados oito meses o leão que fugira para o centro da cidade foi recapturado. E voltou para o Jardim Zoológico gordo, sadio, a

Apetece-me acrescentar... 5ª FASE (em vigor a partir de IV República) Os alunos que saibam escrever o seu nome sem erros, nem precisam matricular-se. Têm acesso directo ao Conselho de Ministros como consultores privados do 1º Ministro, equiparados a Chefe de Gabinete, com direito a subsídio de almoço, carro e telefone.

vender saúde. Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega: - Como é que conseguiste ficar na cidade este tempo todo e ainda voltar com esta saúde? O outro leão então explicou: - Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele. - E porque voltaste então para cá? Tinham acabado os fun-

Descrição de ocorrências nas participações de sinistro do ramo automóvel em 1998,consideradas as mais "caricatas quanto baste"

cionários? - Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca mais acaba. É que eu cometi um erro gravíssimo. Tinha comido o director geral, um director de serviços, um chefe de divisão, um chefe de

1. O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro. (Das duas uma: ou era atleta ou mágico!)

repartição, um chefe de secção, diversos funcionários e ninguém deu pela falta deles! Mas, no dia em que eu comi o que servia o café... Apanharam-me.

2. Para evitar bater de frente no contentor do lixo,atropelei um peão. (O importante é que não acertou no contentor do lixo!!!) 3. O acidente aconteceu quando a porta direita de um carro apareceu de esquina sem fazer sinal.

1ª fase (antes de 1974)

(Autêntico caso de Ficheiros Secretos)

O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor…

4. A culpa do acidente não foi de ninguém, mas não teria acontecido se o outro condutor viesse com atenção.

2ª FASE (até 1992)

(Desde que a culpa não seja de ninguém...)

O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar… 5. Aprendi a conduzir sem direcção assistida. Quando girei o 3ª FASE (actual) O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um "curriculum vitae" extremamente detalhado do aluno e nalguns casos da própria família…

volante no meu carro novo,dei comigo na direcção oposta e fora de mão! (A culpa aqui também não é de ninguém, mas se o tivessem ensinado a conduzir com direcção assistida isso não teria acontecido!!!)


1. Aquele que recebe doutrem educação e instrução; educando. 2. Pessoa que ensina. 3. Estabelecimento onde se ministra o ensino. 4. Obra escrita, impressa e encadernada. 5. Cidade mais antiga da Ilha da Madeira 6. Grupo escolar de alunos com o mesmo horário 7. Onde se professa o ensino superior. 8. Último mês do ano civil. 9. Máquina útil para realizar cálculo. 10. Grande massa de água salgada que rodeia os continentes e ilhas.

1. Pense num número entre 1 e 15. 2. Verifique, nas quatro linhas seguintes, em quais esse número está presente. 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15 2, 3, 6, 7, 10, 11, 14, 15 4, 5, 6, 7, 12, 13, 14, 15 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 3. Some os primeiros números das linhas seleccionadas para obter o número escolhido.

Construa todos os rectângulos com 16 cm de perímetro que se podem obter utilizando quadrados com 1 cm de lado. Qual destes rectângulos ocupa maior área?

para completá-los sozinho ou com a ajuda dos pais. Quem nunca errou, que atire a primeira ... ___________________ Águas passadas não movem ... ______________________ A pressa é inimiga da ... ________________________ Quem corre por gosto ... _________________________ Às vezes os últimos são os ... _________________________ De promessas está o inferno ... ___________________________ Quem muito fala pouco ... ___________________________ Não há fumo sem ... _________________________ Quem vê caras, não vê ... ______________________


Passatempos - Páginas Choque Mate

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Resolva cada um dos sudoku's que apresentamos, um de nível Fácil, outro Médio e para os mais experientes um de nível Difícil. Divirta-se, exercitando a mente. Regra: Complete a grelha de modo a que cada linha, cada coluna e cada bloco incluam os números de 1 a 9, sem repetições.

Se preferir jogar on line poderá fazê-lo num dos seguintes endereços: http://sudoku.mundopt.com/sudoku-media.php http://www.websudoku.com/ http://sudoku.hex.com.br/ http://sudoku.com.au/

Quadrados: Conseguimos obter os rectângulos 1x7, 2x6, 3x5 e 4x4. O que ocupa maior área é o 4x4. Palavras cruzadas: 1. Aluno; 2. Professor; 3. Escola; 4. Livro; 5. Funchal; 6. Turma; 7. Universidade; 8. Dezembro; 9. Calculadora; 10. Oceano. Soluções das palavras cruzadas:


Karmel CRAWFORD, SAFFI SULLIVAN, GERALDINE O Poder dos Aniversários, Prestígio Editorial www.somostodosum.ig.com.br

2007

é um ano universal 9! Este ano cria as condições para um balanço geral da sua vida e para a resolução de questões pendentes. É um ano de preparação para um novo ciclo em 2008. Será um ano lento na primeira metade mas que se expandirá muito na segunda metade do ano. Se for solteiro estará aberto a novos envolvimentos no campo efectivo, mas sem compromisso. Se for casado poderá estar um pouco mais introspectivo e analítico.

ANO PESSOAL 2 Flexibilidade, diplomacia e sensibilidade! um ano que exige muita calma e

É

diplomacia para tratar dos assuntos

profissionais e pessoais. O ano 2 oferece-lhe a possibilidade de aprender a fazer acordos e desenvolver a sua aptidão para a comunicação. É um ano para o auto-aperfeiçoamento; se desenvolver a sua capacidade de actuar como mediador, aumentará as suas oportunidades de relacionamen-

Como calcular o seu ano pessoal anual?

P

ara calcular o seu número pessoal, some o seu mês pessoal com o dia do seu aniversário e o ano 2007. Por exemplo, se nasceu no dia 15 de Novembro de 1995 e quer saber como será o ano de 2007, substitua o ano do seu nascimento por 2007.

tos e parcerias duradouras.

ANO PESSOAL 1 Recomeço, mudanças e novidades! tempo de novos começos! O

ANO PESSOAL 3

ano pessoal 1 inicia um novo

Comunicação, criatividade e diversão!

É

ciclo com a possibilidade de

encontrar numerosas oportunidades, começar novos projectos e seguir novos caminhos. Mudanças de casa ou

Exemplo: 15 + 11 + 2007 = 1+5+1+1+2+0+0+7= 17 = 1 + 7 = 8 => Ano Pessoal 8.

alterações dentro do lar estão favorecidas.

um ano agradável, positivo e

É

sociável. Este ano tem como foco a comunicação e pede-lhe

para desenvolver os seus contactos

Os casados vão avaliar a relação e

pessoais e profissionais e dinamizar os

procurar uma parceria mais harmo-

seus projectos. É um período de expan-

niosa. Os solteiros terão novidades no

são em que pode se apaixonar, ter um

campo afectivo na segunda metade do

filho, viajar e arranjar um hobby. O ano

ano.

número 3 ensina-o a desfrutar das

Em todos os campos da sua vida seja

coisas boas da vida. Evite a tendência

independente, positivo e ambicioso.

para o ciúme e para a indecisão.


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Numeralogia

ANO PESSOAL 4

ANO PESSOAL 6

ANO PESSOAL 8

Organização, trabalho e disciplina!

Harmonia, conforto e beleza!

Sucesso, trabalho e responsabilidade!

este ano poderá realizar muitas

N

coisas e terá oportunidades para isso. O número 4 é bom

para os negócios mas exige trabalho

um ano para organizar a sua

É

vida; o lar, a família e os relacionamentos estarão em foco.

Vai melhorar o seu casamento ou colo-

ste é um ano de colheita das

E

sementes plantadas nos últimos anos.

Pode

procurar

novas

fontes de renda e maior independên-

duro. É um bom ano para criar uma

car um fim numa relação conflituante.

empresa, reformar uma propriedade,

Vai tornar a sua casa mais confortável e

cia. É um ano de resultados rápidos e

comprar ou vender uma coisa. No

luxuosa e se interessar mais pelo

de sorte nos negócios mas também de

entanto, tome cuidado e não se preci-

mundo de modo geral, sem se

trabalho árduo e de responsabilidades

pite nas decisões em relação ao seu

restringir ao seu próprio meio.

adicionais.

património.

Este ano facilita as definições pessoais

Se está namorando, sentirá necessi-

O desafio é construir uma base sólida e

mas o grande tema é, sem dúvida, a

dade de reformular profundamente a

conquistar algo que o deixe muito

necessidade de ser feliz no campo

sua relação. As relações estáveis

orgulhoso.

afectivo.

estarão um tanto acomodadas, sendo

As parcerias estáveis como uma

necessário estimular a comunicação

sociedade ou o casamento estão

com o outro.

favorecidas.

Procure ter consideração pelos outros e desfrutar o que a vida tem a oferecer.

ANO PESSOAL 7 Crescimento, aperfeiçoamento e sabedoria

ANO PESSOAL 5 Mudanças, flexibilidade e liberdade!

Fins, mudanças e desapegos! um ano favorável à reflexão, aos

É

estudos e ao crescimento interi-

ste é um ano de mudanças, o

E

que muitas vezes indica que a

ANO PESSOAL 9

or. Novas oportunidades podem

surgir através do seu trabalho, como,

ste é o ano do fim do ciclo, é um

E

período

de

limpeza

e

de

preparação para um novo ciclo.

sua situação pessoal ou profis-

por exemplo, um curso que pode me-

sional, está numa fase de renovação e

lhorar a sua posição profissional. Ler

anterior está se acabando. Vai colher o

transformação. Terá uma maior abertu-

pode influenciá-lo profundamente.

que plantou, avaliar a sua posição,

ra a novos interesses e maior dis-

O número 7 indica um momento de

descartar tudo o que não é essencial e

posição para incrementar a sua vida

plantar a semente e isso exigirá esco-

caminhar para o novo tempo levando o

social. O seu desejo de renovação

lhas, o que o deixará um pouco dividi-

que tem de melhor.

colocá-lo-á frente a escolhas na área

do.

A primeira parte do ano será lenta mas

afectiva.

Se é solteiro não estará disponível ou

a segunda terá muitas actividades.

Os solteiros vão sentir necessidade de

sentirá que esta área caminha lenta-

Se for solteiro estará aberto a novos

novos relacionamentos e os casados

mente. Os relacionamentos já exis-

envolvimentos no campo efectivo, mas

sentirão a necessidade de procurar

tentes estão favorecidos.

sem compromisso. Se for casado

uma comunicação e uma aproximação

Evite criticar pois, num ano 7, os mal-

poderá estar um pouco mais introspec-

com o outro.

entendidos têm grandes probabili-

tivo e analítico.

dades de ocorrer.

O novo ciclo ainda não nasceu, mas o


Sorteio de 10 Livros das E d i ç õ e s A S A Lista de prémios a sorteio 1.º ATLAS DO MUNDO COM CD ROM [24.90€] 2.º O GRANDE LIVRO DO PLANETA TERRA [19.50€] 3.º A LINHA DA BELEZA [17.00€] 4.º O FILHO DE ESTER [17.00€] 5.º MIND GYM [16.00€] 6.º O INQUISIDOR [16.00€] 7.º O GRANDE LIVRO DO ESPAÇO [15.50€] 8.º ASTÉRIX E OS VIKINGS [12.00€] 9.º GUARDADO NO CORAÇÃO ( T JOTA) [5.50€] 10.º VASCO GRANJA UMA VIDA MIL IMAGENS [3.00€]

Nome : ____________________________________ Morada: ___________________________________ Telemóvel / Telefone : _______________________ Aluno ___

Professor ___

N.º de processo:

Funcionário ___

____ _____ _ __ (N.º que consta no cartão da escola)

Preencha o cupão com os seus dados e deposite-o na urna junto ao Conselho Directivo. O sorteio realizarse-á brevemente - data anunciada no placard.


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