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Editorial

Expediente Madeleine é uma publicação de Cecom Comunicação Inscrição Municipal: 19.052-0

Xô, estresse!

Diretora Comercial Cecília Lima cecilia@revistamadeleine.com.br

E mais uma folha foi rasgada do calendário. Lá se vai outubro..... Outubro que finda um período de rixas políticas... Que trouxe alegria para pouco mais da metade da nação brasileira, tristeza ou decepção para outra quase metade. Mas, a verdade é que foram meses de estresse. Estresse entre candidatos, partidários e população, que entrou nessa briga. Agora que novembro chegou, e ainda que o estresse não tenha ido embora de vez com o fim da campanha eleitoral, que tal saber um pouco mais sobre esse mal que acomete milhares de pessoas e pode causar doenças devastadoras? Até porque, se o seu propósito é envelhecer bem e com saúde, o estresse precisa estar fora de sua vida. Afinal, vivemos cada dia com a oportunidade de ser novo e único. Nesta edição, conversamos com a médica Vera Capovilla, que nos conta a importância de passar dos 50 mais dispostos e saudáveis. Como o assunto é “xô, estresse”, uma excelente proposta é subir a serra na Rodovia dos Tamoios. Madeleine está atenta ao movimento dessa estrada que atrai milhares de carros todos os finais de semana rumo às belezas do litoral norte paulista. E se você deseja fugir dos congestionamentos dos finais de semana, ao longo da rodovia, hotéis, pousadas, chácaras e restaurantes abrem as portas para seu refúgio. A partir desta edição, suba a serra com a gente e conheça um pouco do que existe de muito bom e interessante escondido por essas margens. E já que vivemos num mundo onde as culturas se misturam e os gostos musicais estão cada vez mais diversificados em gerações e tribos diferentes, convidamos você para conhecer um pouquinho da vida movida pela fé, da cantora gospel Aline Barros, maior vencedora de Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa. Venha com a gente nesta leitura única, escrita do jeitinho carinhoso Madeleine de ser. Uma excelente leitura!

Para anunciar contato@revistamadeleine.com.br Agende um horário e conheça o nosso projeto. (12) 97404-0947

Cecília Lima

Diagramação e Arte Richard Lippi Jornalista Responsável / Textos Cecília Lima MTB: 42758/SP Colaboradoras Thereza Felipelli Beatriz Rego Ester Jacopetti Millena Hermes Patrícia Coelho Felipe Riela Revisão Doca Ramos Mello Fotógrafo Márcio Zaffani Site Danielli Zaffani Impressão Resolução Gráfica Tiragem: 5 mil exemplares Capa Ronaldo Rufino Distribuição Rodovias dos Tamoios, Anchieta/Imigrantes, Campos do Jordão, Ubatuba, salões e salas de espera em São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela.


Ronaldo Rufino5

Estresse Mal do século e uma bomba ao coração Lares disfuncionais enquanto os adultos brigam, os pequenos sofrem... Na busca pela perda de peso vale a ajuda de aplicativos?Quando acompanhada por profissionais.... Vale sim! -

Aline Barros,

a voz e a fé que conduzem o sucesso

Envelhecer!

É possível redescobrir possibilidades e viver a sua própria vida com a máxima qualidade

Inspiração e designer Assunto do mês: cozinhas Tire os pés do chão! (Se você for capaz...) Arteiras do Bem: o ponto a ponto do bem-estar comum Subindo a serra Tranquilidade às margens da represa Turbinando os sucos Crônica Drauzio Varella Ebola


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@cartasmail

Queremos a sua participação. Quer sugerir, palpitar? Mande seu @email para contato@revistamadeleine.com.br

Acho que essa atriz, Marina Ruy Barbosa, está fazendo tanto sucesso na novela que poderia até ser protagonista. @rosângeladias Adoro subir o Morro Santo Antônio. Indico como atividade física e também como descontração para todo mundo. Vale mesmo a pena, a vista recompensa tudo. Adorei a matéria. @michelesousa Parabéns equipe Madeleine. Sucesso. A revista é maravilhosa!!!! @soraiasantanna Ótima essa matéria da Associação Desenvolver, em Ilhabela. É uma luta muito válida desses pais que fazem de tudo para garantir o bem estar e a qualidade de vida aos filhos. @deniseoliveira A revista Madeleine é tudo de bom. Parabéns e todo sucesso do mundo! @michelehiraoka Madeleine, cada edição mais linda! @rosalima

Madeleine nas redes facebook/madeleine instagram.com/ma_madeleine www.revistamadeleine.com.br


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Estresse

Mal do século e uma bomba ao coração Atualmente, o estresse é considerado o mal do século. Consequência das adversidades enfrentadas a cada dia, ele pode ser a origem de diversas doenças. fotos: Stock.Xchng

Por Thereza Felipelli Colaborou Patrícia Coelho Mas afinal, o que é o estresse? Descrito pela primeira vez em 1936, pelo pesquisador canadense, Hans Selye, como a “síndrome geral de adaptação”, atualmente diversas definições e interpretações são relacionadas ao estresse, que pode ser diagnosticado entre agudo e crônico. “O estresse agudo ocorre quando a pessoa recebe uma notícia ruim, sofre um assalto, perde um ente querido, sofre um susto, por exemplo. Já o estresse crônico é aquele que enfrentamos no dia a dia, quando nos defrontamos com situações adversas como o trânsito, o nervosismo, a ansiedade, a preocupação, a má relação conjugal, etc”, explica a cardiologista Letícia Marcondes. De qualquer forma, segundo a cardiologista, todos esses tipos podem afetar o coração, pois a medida que uma pessoa é submetida à situação estressante, há a liberação de alguns hormônios (como a adrenalina, a noradrenalina, o cortisol e o glucagon) fundamentais para a sua sobrevivência. Uma vez liberados em excesso, eles podem causar um aumento momentâneo ou persistente da pressão arterial, da glicemia (açúcar do sangue) e dos triglicérides, o que pode ser prejudicial ao coração. “Nesse caso, o estresse agudo pode provocar reações de espasmo das artérias coronárias que irrigam o coração, podendo levar a quadros de angina (dor no peito) e infarto do miocárdio. Já o estresse crônico pode levar ao descontrole da pressão e da diabete, além de aumentar o nível de triglicérides, podendo colaborar com o entupimento das artérias coronárias”, enfatiza a médica. Alerta! Como o estresse é um fator deses-

tabilizante, ele faz com que as pessoas fumem mais, comam mais e de forma inadequada, pratiquem menos exercícios físicos, não tomem remédios corretamente... Enfim, a pessoa estressada entra num ciclo vicioso e, de alguma forma, é como se de uma hora para outra, nada na vida funcionasse como deveria. Como combater o inimigo do coração? Segundo especialistas, aqueles que sofrem de problemas cardíacos devem fugir dos fatores causadores do estresse. Alguns hábitos saudáveis, segundo a cardiologista, podem ser incorporados à rotina para evitar danos fatais. Atividades físicas regulares, alimentação balanceada, sono sem interferência de ruídos podem fazer toda a diferença no combate

ao estresse. Além deles, claro, há inúmeras formas de conservar a saúde do coração, como manter os níveis de colesterol estáveis, não fumar e não estar acima do peso, por exemplo. O estresse pós-traumático O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é um tipo de transtorno de ansiedade que pode ocorrer após


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uma pessoa testemunhar ou vivenciar um evento traumático como: assalto, violência doméstica, estupro, terrorismo, guerra, etc. E ele pode ocorrer em qualquer idade. De acordo com a médica psiquiatra e clínica sanitarista Cláudia Batocchio Pinto Flausino, há uma visão equivocada de que tal transtorno está necessariamente ligado a uma situação de violência. “Nesse caso, é provável e frequente que ele ocorra. Porém, o que é traumático para um indivíduo pode ser elaborado e resolvido de forma menos traumática por outro”, esclarece. Segundo a psiquiatra, pesquisas mostram que, numa situação de sequestro, por exemplo, 100% das pessoas pesquisadas tiveram um diagnóstico de estresse pós-traumático; entre vítimas de um incêndio, apenas 12% foram diagnosticadas com o problema. “Já em minha experiência clínica, vejo com maior frequência que uma situação de luto absolutamente esperada (como a perda de avós ou pais idosos e adoecidos) também pode desencadear o mesmo transtorno. Tal situação leva as pessoas à procurar ajuda médica devido a um súbito aparecimento de sintomas depressivos, de pânico e de incapacidade de lidar com situações corriqueiras”, explica. Ela ainda ressalta que tais pacientes ficam perplexos ao serem diagnosticados porque, no geral, estão em um momento de vida que não justificaria tais reações. Isso a leva a crer que eles estão tão adaptados ao estresse e que não identificam a situação de risco. O estresse causado pela vida moderna O mundo moderno obriga as pessoas a conviverem com níveis cada vez maiores da doença, seja abdicando de horas de sono para cumprir seus papéis sociais e profissionais, seja em nome de um padrão de vida baseado no consumo e num estilo de vida idealizado e artificial, seja submetendose a condições de trabalho ou a um relacionamento a dois muitas vezes degradantes. Isso tudo causa um efeito devastador na psique e também na fisiologia da pessoa. “Quando um paciente procura o serviço médico alegando que não consegue mais permanecer em seu ambiente de trabalho ou junto da pessoa com quem vive sem que tenha crises de ansiedade, sintomas físicos que se assemelham a um ataque cardíaco, isso é sinal de que o estresse já passou de todos os limites e o adoeceu”, avalia a médica. Sintomas Problemas psíquicos; diabete; precipitação de infartos; acidentes vasculares encefálicos; piora clínica de alergias; dores crônicas, ansiedade; idas frequentes ao setor de de um hospital; pensamentos de ruína e autodepreciativos frequentes; baixa de produtividade ou falta de disposição para atividades profissionais ou de lazer; falta de autocuidado; uso recorrente de medicamentos, álcool ou drogas para ser capaz de se divertir ou para dormir; aumento do número de cigarros fumados, no caso dos fumantes... A lista é longa, portanto é preciso ficar atento e procurar ajuda. O tratamento Claudia Flausino explica que o tratamento em casos de estresse é um mix entre medicação e terapia. A medicação é necessária para restabelecer um equilíbrio bioquímico. Já a terapia, ajuda o paciente a melhorar a sua atitude em relação à vida, aos problemas e ao próprio corpo. “o mais, ébusquem. Tnecessário pessoa asu, além de fazer.


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Lares disfuncionais

enquanto os adultos brigam, os pequenos sofrem... Por Beatriz Rego Para o casal Joana e Marcelo **, os problemas dentro de casa foram sentidos na pele. Por muitos anos, os dois viveram em um lar disfuncional, com grandes problemas de autoridade e falta de diálogo. Porém, o pior de tudo aconteceu quando o filho do casal, J. L.**, 11, foi expulso da escola por agredir fisicamente um colega de sala. Nesse episódio, os pais ficaram em choque e muitas revelações começaram a vir à tona. Uma delas foi constatar que o problema inicial, gerador do comportamento agressivo do filho, tinha raízes dentro de casa. Marcelo conta que as brigas entre ele e a mulher eram constantes. Agressões verbais e algumas vezes físicas eram recorrentes. E o garoto, na maioria das vezes, presenciava os confrontos. “Tínhamos discussões horríveis, nos ofendíamos, gritávamos muito um com o outro e não posso negar que acabava sempre sobrando para J. L.”, comenta o pai. Ele também explica que, em alguns momentos, o filho tentava interferir. Joana também desabafa e revela que o filho pedia para que eles parassem de brigar. “Mas, nada nos detinha, pois qualquer desavença já se tornava motivo para

brigarmos exageradamente”, diz Joana, acrescentando que muitas vezes o casal descontava no filho as suas frustrações. O pai lembra que uma das piores brigas aconteceu por causa de um arroz queimado. “Cheguei cansado do trabalho. Joana havia se distraído com o filho e deixado a comida queimar”, diz ele, apontando o fato como estopim para mais uma briga. “Cheguei a sair de casa, não aguentava mais aquele ambiente, acabei voltando, mas as brigas nunca acabavam”. Mesmo diante de um ambiente tão hostil, somente depois que J. L. começou a reproduzir na rua tudo o que via dentro de casa, que os pais começaram a prestar atenção no que estavam fazendo. Após essa descoberta, a rotina entre eles ainda não é tarefa fácil. O casal faz terapia desde 2011. Buscou auxilio em um grupo de apoio religioso e, até hoje, marido e mulher estão aprendendo a importância de se haver respeito dentro de casa para proporcionar um lar sadio para o filho. “Agora temos outro filho, de dois anos, e não queremos que ele passe pelos mesmos problemas aos quais o J.L. foi exposto”, diz Marcelo. Segundo ele, o casal está reconstruindo diariamente a relação

e resgatando a família. “Nós pedimos ajuda e estamos sendo socorridos”, conclui ele. Caminho de pedras Entretanto, muitas famílias acabam sendo destruídas em função desse tipo de violência entre casais. Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), existem mais histórias tristes do que felizes. E existem casos extremos, nos quais crianças e jovens acabam assassinadas pelos próprios pais ou responsáveis, como frequentemente é noticiado pela mídia nacional e internacional. A psicopedagoga Emiliana Sanches afirma que, todos os dias, mais e mais casos de violência são diagnosticados contra crianças e adolescentes na nossa região. As agressões são as mais variadas e não dependem de classe social. “O problema está instalado no âmago da sociedade e apenas um resgate de valores será capaz de reverter esta doença”, comenta ela. Há mais de 10 anos acompanhando casos desse tipo pela rede municipal de ensino de São Sebastião, a profissional também explica que os registros de violência contra crianças e adolescentes são classificados em quatro categorias: física, psíquica, sexual e negligência. fotos: Stock.Xchng


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Escola: uma grande aliada A escola tem um papel fundamental para detectar os diferentes sinais que a criança pode vir a demonstrar nesse sentido. “Muitas vezes é um sinal silencioso, um desenho ou um bilhete, por exemplo. Como o assunto é muito delicado, a criança teme pedir ajuda, pois pensa que pode vir a sofrer ainda mais dentro de casa”, revela Sanches. Segundo a psicopedagoga, um dos reflexos desse tipo de violência, facilmente percebido no ambiente escolar, é o transtorno de ansiedade compulsivo, situação em que a criança demonstra ter medo de qualquer barulho. “Numa situação desse tipo, a criança se torna agressiva ou extremamente apática, afastando-se e isolando-se de todos”, explica. Ainda segundo ela, problemas de aprendizagem decorrentes de traumas familiares também são facilmente diagnosticados. “Nesses casos, os estudantes possuem a parte cognitiva completamente saudável, porém o emocional encontra-se corrompido, tornando a aprendizagem ineficaz ou inexistente”. A violência psicológica é citada pela psicopedagoga como sendo uma das mais comuns e silenciosa. “O filho é alvo de xingamentos como: burro, imprestável, idiota”, comenta, acrescentando que algumas vezes também há comparação com os irmãos que obtiveram mais sucesso, por exemplo, seja na área escolar, esportiva ou social. Dessa forma, a criança cresce complexada, diminuída e com muitos problemas de identidade. O tratamento O tratamento terapêutico é a única forma de resgatar pessoas que sofreram violência na infância. Se não tratados e recuperados, esses indivíduos transformam-se em futuros agressores. “As pessoas estão predispostas a ensinar, a passar adiante aquilo que sabem ou aprenderam como verdade. Portanto, uma intervenção por meio de grupos de apoio, sejam eles religiosos ou não, além de métodos terapêuticos e medicamentosos é importante para auxiliar na recuperação desses indivíduos”, ressalta a

psicopedagoga. Casos mais graves como de pais que cometem violência física e sexual contra seus filhos também é crescente entre os registros sociais. Quando constatados, é preciso que uma equipe multidisciplinar incluindo psicólogos, psiquiatras, agentes de saúde e assistentes sociais assuma o caso e se mobilize para identificar e intermediar a solução do problema. “Chutes, mordidas, facadas, queimaduras, socos são algumas das agressões sofridas por essas vítimas de lares disfuncionais”, ressalta a profissional. “Infelizmente, muitos casos não têm desfecho favorável e as crianças ou adolescentes acabam retirados da casa dos pais, que perdem o pátrio poder, ou seja, o direito e a autoridade de responder por seus filhos”, esclarece Emiliana Sanches. Posteriormente, diz ela, quando não há nenhum familiar que possa se responsabilizar pela criança, ela é encaminhada, pelo Conselho Tutelar, a uma instituição como a Casa do Menor, em São Sebastião, e lá vai aguardar que a Justiça determine seu futuro. A violência doméstica contra crianças e adolescentes no Brasil Segundo estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância - Unicef -, cerca de 40% da população brasileira até 19 anos já foi ou

ainda é vítima de violência doméstica. O estudo ressalta que, apesar de todas as dificuldades, existem medidas muito bem sucedidas no combate à violência doméstica contra crianças e adolescentes. Uma delas é a portaria do Ministério da Saúde que dispõe sobre a notificação obrigatória de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra crianças e adolescentes aos Conselhos Tutelares. É um compromisso do setor de saúde para com a população brasileira de não ser omisso diante da violência. Recentemente, destacam-se a implantação do Plano Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde e o início dos preparativos para implantação e implementação de Núcleos de Prevenção à Violência em Estados e Municípios. ** Os nomes dos entrevistados foram alterados e o do menor abreviado para preservação das fontes.


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Na busca pela perda de peso vale a ajuda de aplicativos?

Foto/Arte: Márcio Zaffani

Quando acompanhada por profissionais.... Vale sim! Por Cecília Lima Mundo antenado, olhos ligados num pequeno aparelho móvel que conecta todos a tudo, o celular. Companheiro tão inseparável da população atualmente que está lá, juntinho da pessoa, mesmo quando o assunto é malhar, perder caloria. Pensando nisso, várias empresas lançaram no mercado aplicativos que ajudam no controle da alimentação e a obter melhores resultados com as atividades físicas. Para entender melhor esse universo, passamos dois meses testando dois aplicativos básicos, sem a pretensão de desenvolver qualquer atividade física, apenas para observar a funcionalidade, e o resultado foi positivo. No aplicativo “My Diet Coach”, você pode inserir fotos motivacionais, assim como fotos atuais, descrever seu objetivo, seu peso, o peso esperado e o período para conquistar esse objetivo. Fazer lista de compras, planejar a perda de peso para a semana, o preparo dos alimentos, lanches. Ele também contém muitas dicas. O aplicativo sempre desperta para avisar que você precisa comer, beber água, fazer atividade física e todas as funções preestabelecidas pelo usuário. Há também um diário que aceita saber até como anda o seu humor. Já no aplicativo “Dieta e Saúde”, é só inserir o peso atual, o quanto deseja emagrecer e o tempo em que pretende realizar tal perda. Baseado nessas informações, o programa estipula quantos pontos você pode comer por dia. Cada refeição é composta por um número determinado de pontos e, conforme os alimentos e a quantidade consumida são adicionados, ele vai computando. Com o tempo, você começa a

se educar e passa a pensar em todos os alimentos e os pontos correspondentes, antes de sair por aí abocanhando tudo. É uma competição, na qual você não quer perder para o aparelho. Nele também é possível registrar as atividades desenvolvidas. Elas colaboram nos cálculos para o tão sonhado objetivo. No programa pago, o usuário ainda conta com a ajuda de profissionais que tiram dúvidas sobre alimentação e exercícios físicos. No entanto, o professor de educação física e especialista em fisiologia do exercício, David Camargo Júnior, alerta para o fato de que o programa utilizado sem o acompanhamento de um profissional precisa ser visto com ressalvas, já que o efeito pode ser nocivo à saúde. “Esses aplicativos são in-

teressantes, sim, mas são máquinas, devem servir como complementos de treinos e ser configurados por profissionais que conhecem e trabalham o perfil físico do aluno”. Ele explica que o uso aleatório seria como se a pessoa estivesse se automedicando. Madeleine testou apenas dois entre centenas de aplicativos. Existem vários mais completos, que tratam também de outras áreas da saúde, aferem a pressão arterial, batimentos cardíacos, lembram horários de remédios, aplicação de insulina, um mundo de opções. Gostou da ideia? Pesquise um programa com o qual você se identifique, peça a ajuda de um profissional da sua confiança, baixe-o e aproveite o que a tecnologia tem a oferecer.


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Fotos: Ronaldo Rufino


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Aline Barros,

a voz e a fé que conduzem o sucesso Por Ester Jacopetti Colaborou: Cecília Lima Fenômeno da música gospel no Brasil, com mais de sete milhões de discos vendidos, vencedora cinco vezes do Grammy Latino, casada, mãe de dois filhos, empresária, pastora e cantora. Esta é Aline Barros. Ela fala com exclusividade à revista Madeleine sobre o início da sua carreira e o envolvimento com a música gospel, sempre presente em sua vida.


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Fotos: Ronaldo Rufino

Você canta desde os cinco anos, poderia dizer-se influenciada por seu pai? Meu pai é músico e já tocou profissionalmente. Essa parte musical veio dele, sim! Desde muito novinha, ele sempre foi meu grande incentivador. Mas, tudo aconteceu de forma muito natural. Nada foi programado. Desde os meus dois anos, meu pai pegava o violão e tocava comigo, uma brincadeira de criança entre pai e filha. Nós cantávamos juntos. Eu comecei a cantar em casamentos. Com o tempo, tudo foi tomando outra direção e Deus foi conduzindo a minha história.

são que Deus deu para a igreja. Encaramos esse trabalho de forma muito séria. Por exemplo, temos um setor específico dentro da minha igreja em que trabalhamos com pessoas mais velhas e com crianças. Além do mais, o evangelho tem o poder de ajudar essas pessoas. Poder falar do amor de Deus que transforma, que pode mudar uma situação, é trazer uma palavra de esperança para essas pessoas, o que também é muito importante. Assim, trabalhamos com ambos os lados, espiritual e material. Esse tem sido o trabalho da igreja e posso dizer que obtemos resultados maravilhosos.

Você sonhava, imaginava estar nos palcos, cantar para multidões, já que naquela época não havia esse fenômeno gospel existente hoje? Eu realmente fui pega de surpresa. Viajar, estar em lugares onde havia multidões... Tudo foi acontecendo naturalmente. Nunca planejei trilhar esse caminho como cantora. Para mim, é muito mais do que cantar, eu considero uma missão.

A sua estrutura musical mistura baladas pop e blues, por exemplo. Como é essa “pegada” que acaba produzindo discos tão premiados? A música na realidade foi criada por Deus. Nós temos a possibilidade de direcionar para um público específico. Eu, por exemplo, toco pop rock, vamos dizer assim. Já no CD infantil, misturo funk e balada. Nele tenho condições de fazer uma mescla maior de estilos, pois estamos trabalhando com crianças. Por isso, procuro envolver vários ritmos, o que possibilita fazer um trabalho bem bacana. Já vi alguns grupos evangélicos gravarem samba. Você aproveita esses ritmos. Se a fonte que você buscou for limpa, será maravilhoso, ótimo e perfeito! Você terá todos os instrumentos para usar a seu favor e a favor do reino de Deus. Terá a chance de ver a sua música alcançar o coração das pessoas e elas serão tocadas por Deus. No meu caso, considero essa linha pop rock que sigo mais moderninha... Na verdade, moderninha é maneira de falar, né? É um estilo de música que vai de fato envolver as pessoas a cantar e adorar a Deus, diferente da forma tradicional, vamos dizer assim.

Como você observa essa forma de evangelizar por intermédio da música? Hoje, as igrejas estão se adaptando ao novo mundo, buscando utilizar mais a energia dos jovens e, a partir dessa mudança, novos canais começaram a abrir. Você se considera parte dessa nova era? Como foi para você esse processo de mudança? Eu faço parte de um momento de transição. Talvez eu tenha sido um instrumento que Deus tenha usado para ajudar a abrir portas, pois a música tem muita força. Graças a Deus, faço parte desse tempo, o que é algo muito especial. Nós reconhecemos o poder da música, não só dentro desse universo evangélico, mas fora também. As pessoas buscam na vida “algo a mais” e a música oferece isso. Ela mexe com o coração e traz realmente a presença de Deus. No momento em que estamos cantando, é fácil perceber e sentir a presença d’Ele. O ser humano enfrenta diversas dificuldades, rotina estressante, competição, condições precárias nos sistemas públicos. Tudo isso acaba prejudicando a saúde física, emocional e espiritual das pessoas. Como a igreja encara tudo isso? O que ela faz pelas pessoas que buscam nela uma saída, o apoio, e até mesmo, um meio de sobrevivência? A igreja tem uma missão muito linda. De acordo com a necessidade, nós direcionamos as pessoas com dificuldades para grupos específicos dentro da igreja, grupos que sejam capazes de ajudá-las. Nós temos resultados muito lindos. Eu mesma já visitei alguns abrigos e até hospitais. Sempre fazemos esse trabalho. E poder estar perto dessas pessoas e ajudá-las é uma mis-

Qual é a sua participação na produção de um novo álbum? Você está presente em todas as fases, dá palpites, faz mudanças? Como é Aline Barros envolvida num novo projeto? Sim! Faço questão de estar envolvia desde o primeiro momento, quando sentamos para definir o repertório, até porque essa é uma das partes mais importantes do meu trabalho. Sempre direciono o que faço de acordo com aquilo que o meu coração quer falar naquele momento. A gente busca músicas capazes de expressar e comunicar aquilo que estou sentindo. Não é um trabalho muito simples e rápido. É preciso escolher todas as músicas. Não selecionamos apenas algumas músicas boas e “enchemos linguiça” no resto. Não é assim que funciona. Selecionamos da primeira à última música. Se ela faz parte do álbum é porque tem um propósito. Acredito naquilo que estou cantando e estou


vivendo naquele momento. Todos os meus CDs têm uma história. Procuro comunicar no meu trabalho, da forma mais fiel possível, aquilo que Deus está falando comigo para que eu possa cantar para as crianças, para os jovens e para as famílias de uma forma geral.

estou nos palcos.

Atualmente, não existe mais a concepção de que apenas evangélicos escutam músicas evangélicas. Esse estilo de música é tocado na maioria das rádios e está nas emissoras de TV como uma nova proposta. Você se preocupa, durante a produção de um novo álbum, em universalizar a mensagem? Gosto de ser bem direta, de falar de fato aquilo que eu creio e vivo. É dessa forma que a gente vai conseguir um diferencial, ser verdadeiro. É dessa forma que você vai conseguir acalentar o coração das pessoas, independentemente de elas serem evangélicas ou não. Isso faz toda diferença. Não procuro colocar minhas mensagens ou cantar algo que dê duplo sentido, jamais! Nós temos de ser simples, assim como Jesus Cristo foi. Se você tem que cantar ou falar algo que você acredita, é preciso ser verdadeiro. Cante de fato, você vai conseguir alcançar o coração das pessoas, porque você está sendo sincero, verdadeiro. Dessa forma, sua mensagem será transmitida com muito poder.

Qual é a estrutura musical da cantora Aline Barros hoje? Sua produção? Quantas pessoas a acompanham num show? São 16 pessoas que me acompanham.

O que você espera quando produz um novo trabalho? Quais são suas expectativas? Espero que seja um sucesso em todas as áreas. Que seja um trabalho que atinja o maior número de pessoas possível, de forma que elas possam entender a mensagem que a gente quer passar e que sejam abençoadas e transformadas por ela. Você fala que o CD “Graça” traz uma mensagem especial. Qual mensagem é essa? Como surgiu essa mensagem? Existe algo maravilhoso que reflete em nossas vidas de forma muito especial, para quem é evangélico e para quem não é, também. Isso se chama graça. O sol nasce para todo mundo, o ar que você respira é para todo mundo. Existe algo na bondade e no amor de Deus que é grande, infinito e maravilhoso. Deus nos ama da maneira que nós somos, incondicionalmente. Esse é o amor de Deus. Ele derrama sobre nós a sua graça. Esse trabalho comunica justamente isso. Quando nós entendemos que O amamos na medida em que ele merece ser amado e adorado, nós recebemos muito mais da parte d’ Ele. O que você busca passar quando está nos palcos? O amor de Deus não pode ser comparado a nada. Esta é a mensagem que procuro passar para pessoas quando

As músicas desse CD são inéditas? Você manteve alguma música em especial nesse projeto? Sim! Com exceção da música “Entrega”, as outras são todas inéditas.

Como é ser cinco vezes vencedora do Grammy Latino? É maravilhoso! Eu fui indicada oito vezes e ganhei cinco prêmios. Fui indicada para mais um prêmio com este CD “Graça”. A premiação será em 25 de novembro, em Las Vegas. Estamos aguardando com grandes expectativas, vamos ver como será. E a carreira internacional? Em que fase está? A mil por hora. Teremos um lançamento de CD em inglês. São outras canções, gravadas no início do ano. Resta ir para a fábrica. Aline Barros cantora – mãe de dois filhos - esposa – dona de casa - filha – pastora – mulher - empresária. Como é essa rotina? Como você se organiza? Em alguns momentos na vida a gente tem de dar prioridade a certas coisas, para que possamos ser bemsucedidos. Procuro organizar a minha agenda, mas minha prioridade é a minha família. Determinados dias, deixo para dar atenção para os meus filhos e esposo. Os shows se realizam normalmente às quintas, sextas e aos sábados. No domingo, foco a igreja, não faço shows e não tem nada que me afaste da igreja. Fora isso, tenho outros projetos, porque a gente não para. Acabei de gravar um CD infantil a ser lançado em novembro. Em janeiro, vamos gravar o DVD infantil que se chama “Timtim por Tim-tim”. É uma correria! Em março, a gente grava o DVD do disco “Graça”, e ainda tem o lançamento do CD internacional em inglês e espanhol. A gente não para! Você acha possível separar o sucesso da sua vida pessoal? Claro que dá! A gente busca a sabedoria em Deus, aliás, Ele é a fonte de sabedoria humana. A gente encontra formas. Deus nos dá condições. Se buscarmos, encontraremos. Sempre tenho orado a Deus para que ele me dê essa condição, que eu seja uma mulher virtuosa e consiga administrar tudo da melhor forma. Graças a Ele, eu tenho sido bem-sucedida como mãe e esposa. Meus filhos são maravilhosos. Temos colhido os frutos do nosso trabalho. Como pastora, empresária, enfim,

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em tudo, temos recebido a graça de Deus. É ele que nos conduz de maneira sábia para que a gente possa alcançar o sucesso esperado. Em que momento da sua vida você mais precisou de Deus? Como você descreveria esse momento? Precisamos de Deus o tempo todo. Se não houver Deus em sua vida, você não viverá de forma plena, porque quando temos Deus dentro de nós, vivemos uma vida abundante. É um estilo de vida que vai lhe satisfazer, que vai fazer você se sentir feliz e completa. Eu vivi um tempo difícil, logo depois que ganhei meu primeiro filho, Nicolas. Foi o pior momento da minha história, pois quase perdi minha voz. Foi muito difícil, parecia que eu não tinha mais chão. Todo mundo passa por momentos assim na vida, passa por dificuldades e problemas, e você acha que não existe solução. Quando você está dentro do problema, parece que não consegue enxergar uma luz no final do túnel. Mas, eu tenho aprendido com a Bíblia. O Salmo 121, por exemplo, ensina que meu socorro vem do alto. Quando estivermos no meio dos problemas, vale a pena olhar para o alto e buscar por socorro olhando para os montes, porque é de lá que vem a saída, a resposta para resolver os problemas. Leio muito a Bíblia para buscar a palavra de Deus. Para mim, é o livro mais precioso que existe. Ali, encontro respostas para todas as perguntas. Que mensagem a pastora Aline Barros deixa para os leitores da Madeleine? Que chegou o tempo de sorrir! Chegou o tempo em que vamos de fato ver a bondade de Deus de uma forma muito linda. Espero que nesses poucos dias que restam antes do Natal, cada leitor dessa revista possa sorrir. Assim, irão ver a bondade de Deus e a sua promessa se cumprindo na vida de cada um... E nas nossas vidas, também. Desejo que Deus possa abençoar e sustentar a todos, e que minhas experiências sirvam para apoiar a fé dentro do coração de cada pessoa. Espero que este seja um momento de benção para todos nós.


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Envelhecer!

É possível redescobrir possibilidades e viver a sua própria vida com a máxima qualidade Por Patrícia Coelho Envelhecer! Uns têm medo. Outros encaram com facilidade e otimismo. Ainda existem aqueles que dizem que a vida começa mesmo é na terceira idade, ou após os 60 anos. Mas o que significa envelhecer? E como podemos chegar à velhice com saúde e disposição? Segundo o dicionário Michaelis, envelhecer significa tornar velho; avelhentar; fazer que pareça velho, tornar-se desusado ou inútil, obliterar-se. Se envelhecer é mesmo tudo isso, realmente muita gente vai ficar com medo. Felizmente, o significado literal da palavra não exprime de fato como o envelhecimento pode variar de uma pessoa para outra. A médica Vera Capovilla se especializa atualmente em gereontologia e explica que começamos a envelhecer quando nascemos. “A partir dos 30 anos, perdemos 1% da função de nossos orgãos a cada ano. Apesar disso, uma pessoa de 50 anos pode ter entrado na terceira idade e outra de 60 anos pode estar superativa”, esclarece. E realmente é isso que vemos por aí. Hoje em dia, é muito comum encontrarmos pessoas com mais de 60 anos em plena forma física e mental. Ativas em todos os sentidos, que ainda estão no mercado de trabalho, que cuidam das suas famílias, que vivem plenamente a idade. Mas, a realidade nem sempre foi essa. A expectativa de vida do brasileiro, assim como de toda a população mundial, vem aumentando muito nos últimos anos. “As pessoas estão vivendo mais. Já houve tempos em que o homem não passava dos 35 anos. Atualmente a expectativa de vida no Brasil está entre os 72 e 75 anos”, informa a médica. Segundo ela, quem chega aos 75 anos hoje tem a expectativa de mais 10 anos de vida. Aquele que chega aos 85 anos pode esperar viver mais cinco anos. Quando chega aos 90, a expectativa é ano a ano. Ainda segundo Capovilla, “o interessante é entender o processo de envelhecimento como um todo para irmos nos


fotos: Stock.Xchng

adaptando e focando em uma velhice com boa qualidade de vida”. Ela explica que para a OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde significa “bem estar social, psico, emocional e físico”, ou seja, para que possamos ter qualidade de vida, é preciso ter saúde. Já o Ministério da Saúde, em seu documento “Envelhecimento ativo: uma política de saúde”, publicado em 2007, considera o envelhecimento da população como “(...) uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida”. O documento ainda afirma que “a cultura, que abrange todas as pessoas e populações, modela nossa forma de envelhecer, pois infuencia todos os outros fatores determinantes do envelhecimento ativo”. A velhice traz suas limitações, isso é inevitável, mas como explica a médica, “se a pessoa, desde sempre, se preocupar com a sua saúde – social, psíquica, emocional e física – poderá envelhecer com mais qualidade de vida”. Segundo ela, atitudes saudáveis não impedirão o desenvolvimento de algumas doenças. “Podemos, sim, desenvolver doenças, mas se fizermos o diagnóstico precoce, poderemos evitar algumas delas, ou pelo menos minimizar suas complicações. Dessa forma, teremos melhor qualidade de vida na terceira idade”, conclui. Então fica a dica. Envelhecer sim, mas desde que seja com saúde, bem -estar e autoestima, pois a vida funciona segundo o ditado: “colheremos amanhã aquilo que plantamos hoje”. Dicas para envelhecer com saúde - Tenha hábitos saudáveis de vida: durma bem e beba água, por exemplo; - Alimente-se bem; - Evite os excessos, seja na alimentação, na bebida, no cigarro, etc. - Faça exames médicos periódicos: prevenir ainda é o melhor remédio; - Mexa-se: o exercício físico ajuda o corpo e a mente a continuarem sadios; - Exercite também o cérebro: leia, escute música, jogue palavras cruzada, sudoku ou qualquer outro jogo que possa estimular a sua memória; - Adote atitudes positivas em sua vida. Curiosidade: você sabe qual é o único país com mais de 100 milhões de idosos? Com aproximadamente 119 milhões de pessoas idosas e com o crescimento anual de 3,2%, a China possui o maior número de pessoas com mais de 65 anos no mundo, o que significa 8,8% da população total do país, segundo dados do censo nacional.

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Ana Sílvia Rusche Decoradora e Paisagista

Inspiração Designer

Assunto do mês:

cozinhas

Por Cecília Lima

Sair do lugar comum. Proporcionar movimento a um espaço que, além de prático, precisa ser funcional. Esta é a proposta da decoradora e paisagista Ana Sílvia Rusche, que adequa aos seus projetos o sonho de um espaço que facilite a vida do gourmet, aliado à decoração e beleza. E trabalhar esse espaço, antes escondido e hoje cada vez

mais tido como o local mais apropriado para encontros dentro de uma casa, deixando-o charmoso e, principalmente, harmonioso com os demais ambientes, não é tarefa fácil. Nas cozinhas apresentadas por Ana Sílvia, a ideia é criar locais que possam transmitir leveza e movimento, sem perder a função principal em questão. “Nesses casos, o grande desafio é colocar toda a proposta num único espaço, não perdendo a amplitude, mas sem deixá-lo pesado”, explica a decoradora. A formação como artista plástica dá a seus projetos uma nova visão de espaço, facilitando à decoradora a aposta em jogos de colunas, nichos, mistura de materiais como pastilhas, e a valorização do ambiente com iluminação adequada para cada bancada e ao espaço gourmet. O resultado desse trabalho nós mostramos para você!


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Fotos: Leandro Saadi

Tire os pés do chão! (Se você for capaz...) Por Daniela Carvalho Mais que um sonho, tirar os pés do chão para ficar com a cabeça nas nuvens se transformou em nova mania entre os amantes de esportes radicais. Em São Sebastião, está localizada uma das pistas de decolagem mais difíceis para o voo livre do litoral norte. Ela fica no Morro do Cruzamento ou Morro do Flávio, como é mais conhecido, entre as praias de Boiçucanga e Cambury, na Costa Sul. Para chegar até a rampa, é necessário estacionar o carro na rodovia RioSantos e percorrer uma trilha de terra durante cinco minutos. Lá de cima, dá para avistar as principais ilhas do canal, como Alcatrazes, Montão de Trigo, Gatos, Couves e As Ilhas e ainda ter uma visão panorâmica da Mata Atlântica. A decolagem é feita a 98 metros do nível do mar, com ventos de até 25 quilômetros/hora, nas direções sul, sudeste ou sudoeste. No local, o voo predominante é de lifting, ou seja, o aviador é sustentado pela massa de ar quente que fica próxima da serra do mar e mantém uma altura constante. A dificuldade está na hora da decolagem. Por ser de falésia, até que o aviador chegue à beira do precipício, não dá para ter noção da velocidade do vento. Com a vela sem pressão, a pessoa precisa ter coragem para correr e se jogar montanha abaixo. Quem me apresentou a essa pista foi o Ramiro Figueiredo Filho, um frequentador assíduo do local. “Os principiantes acham que, como a vela está frouxa, não vai decolar. Aqui, é quase impossível abortar a saída e às vezes o vento nos joga para cima a milhão”, diz Figueiredo Filho. “Não dá tempo para ajeitar o equipamento”, completou, enquanto subíamos o morro. Para ele, não há lugar

mais bonito para voar que Boiçucanga, e apesar da adrenalina na decolagem, ele afirma que o passeio é muito seguro e pode durar até quatro horas, com alguns intervalos. (Talvez a intenção dele fosse me acalmar ao dizer isso). “O sol é como se fosse uma lanterna, ilumina o fundo do mar, de uma altura de 180 metros, dá para ver as tartarugas, arraias e até os mergulhadores nas pedras”. Mas, é do voo duplo que Ramiro Figueiredo mais gosta. “Adoro voar com outra pessoa para sentir a emoção e a adrenalina do primeiro salto”. Para ele, o homem em geral é mais medroso que a mulher, mas no final do passeio, quase todos dizem: “Ah... eu não sabia que era assim!”. Bem, neste caso específico, quem pulou para trás (ou melhor, não pulou para nenhum lugar) fui eu. Se tenho medo de voar de avião, imaginem se conseguiria me jogar em direção ao mar, de peito aberto... De jeito nenhum! Mas, fico contente em saber que o meu medo é compartilhado por muitas pessoas. Ele ainda contou que já presenciou algumas gafes muito engraçadas. “Tem gente que come demais e passa mal; quando chega à praia, lembra que esqueceu a chave na rampa de decolagem; ou tira fotos com a câmera fechada ou desligada”. Eu também esqueci algo na pista: a minha coragem! E ainda não voltei para buscar. Mas, o verão está só começando e tudo pode acontecer. Será...? Onde Praticar São Sebastião/ Boiçucanga - Morro do Cruzamento Caraguatatuba - Morro de Santo Antônio


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Millena Hermes/Gentecom

Arteiras do Bem: o ponto a ponto do bem-estar comum Por Felipe Riela e Bruna Vieira “A gente não é ninguém sozinho”. Com este pensamento, Neuza Maria Prado, 59 anos, expôs suas ideias a mais sete colegas da Paróquia Matriz Santo Antônio, localizada na região central de Caraguatatuba, e deu início ao grupo Arteiras do Bem. A turma decidiu unir diversão, arte e trabalho assistencial e está mais que satisfeita com os resultados da empreitada. O grupo trabalha desde 2011 a favor do exercício criativo, pois acredita que por meio dele é possível resgatar a autoestima das cerca de 60 voluntárias que participam dos encontros-aulas semanais. Além disso, proporcionar atividades que estimulam a imaginação causa impacto direto na saúde mental e física das participantes. Retalhos de pano, linhas, objetos recicláveis e tintas de tecido nas mãos das artesãs se transformam em colchas, tapetes, cortinas, roupas, bonecas de pano, porta-retratos, entre outros objetos. A verba adquirida com a venda do artesanato é revertida para os

projetos da Paróquia. As peças artesanais são expostas para venda em feiras e encontros, realizados com frequência no salão de festas da Paróquia, onde o grupo trabalha. As artesãs se encontram toda quinta-feira, das 14h às 17h, para produzir arte, e aproveitam o ambiente descontraído para bater papo, fazer amizades e descontrair. Neuza Prado afirma que as atividades manuais ajudam a transformar vidas. “Pode se tornar uma fonte de renda fazer arte e artesanato, mas, sobretudo, é um modo de distração saudável, de fazer amizades, de se conhecer e conhecer o outro”, conta. A coordenadora do projeto também comemora o fato de alguns trabalhos do grupo terem sido expostos em lojas de um Shopping da cidade. As Arteiras do Bem também participam de outras ações da Pastoral que integram a Paróquia e organizam eventos para arrecadar dinheiro e transformá-lo em alimentos, remédios e roupas para os necessitados.


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Tranquilidade às margens da represa

O melhor da Tamoios você encontra aqui Por Cecília Lima Tá estressado? Vá pescar, diz o ditado. A opção pode até agradar a muitos que, em busca de uma pescaria, enfrentam congestionamento e mais estresse rumo às praias da nossa região. Então, oferecemos a você a proposta de uma pesca mais tranquila, sem multidões de carros e pessoas. Bem ali, pertinho, às margens da represa de Paraibuna... ...Apesar das secas que,

dia após dia, estão devastando os rios por todo o Estado de São Paulo, a bacia do Paraíba ainda resiste e atrai centenas de pescadores. O local é um importante reservatório da região, e quem apenas transita pela rodovia sentido litoral ou capital não imagina a imensidão que pode encontrar, explorando as margens da represa. São cerca de 760 quilômetros e mais de 200 ilhas, num paraíso que desenha curvas e regiões nativas. Aqueles que se arriscam a desbravar novos horizontes, encontram locais ideais para a prática de esportes radicais, aquáticos e também a pesca. Para a pesca, se a ideia é algo mais profissional, você pode escolher contratar um serviço de barco que leva a pontos onde é possível encontrar lambaris, tilápias, carpas, traíras e o esperado e procurado tucunaré. No caminho até esses pontos, ran-

chos estruturados servem refeições, estrutura para uma pausa na pescaria, além de oferecer tilápias, tambacus e traíras, espécies criadas em viveiros, próprias para a comercialização. Mas, você também pode pegar a vara de bambu, um pouco de isca e encostar em qualquer

margem, como faz o “seu” Vicente. Nós o encontramos pescando e presenciamos a retirada da água, com toda tranquilidade, de alguns mandis, exibidos para as nossas lentes. Quando perguntamos qual seria o menu, ele não hesitou em responder..... Mandi frito, né?


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fotos: Stock.Xchng

Sucos do Mês

Turbinando os sucos Os dias do ano já estão acabando. Isso quer dizer que o verão está na porta e se a ideia é espantar os excessos que ainda teimam em ocupar o seu corpo, que tal umas dicas de sucos com sementes que podem turbinar o seu organismo e ajudar na dieta?

Amaranto para queimar calorias Originário dos Andes, o amaranto é composto por proteínas, fibras e óleos que contribuem para a desobstrução das artérias, além de inibir a produção de um tipo de enzima responsável pela produção do colesterol ruim. Com baixa caloria é super indicado na prevenção de doenças como pressão alta, infarto ou AVC – Acidente Vascular Cerebral. Ingredientes 2 rodelas de abacaxi 1 colher (sopa) de amaranto 1 colher (sobremesa) de óleo de coco 1 copo (250 ml) de água Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se necessário adoce com açúcar mascavo ou mel.

Chia para controlar o apetite

A chia além de ser excelente fonte de ômega 3, proporciona mais saciedade após a ingestão dos alimentos. Isso ocorre devido a quantidade de fibras, tanto solúveis quanto insolúveis encontradas no cereal. Outra vantagem do grão está na ação anti-inflamatória e na capacidade de absorção de glicose que favorece o equilíbrio no nível de glicemia, além de ter ação de combate aos radicais livres. Ingredientes 150 ml de água de coco 1 folha de couve 10 folhas de hortelã Suco puro de ½ limão ½ pera 2 rodelas de pepino 1 rodela de gengibre 1 colher (sopa) de chia Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, exceto a chia. Despeje no copo e salpique a chia antes de tomar. Dica Importante: Água. Agente fundamental quando o assunto é fibra. O indicado é que uma pessoa adulta consuma de 20g a 40g de fibras por dia, mas para poder desfrutar dos efeitos benéficos dessas sementes, ingerir bastante água é fundamental já que boa parte delas é solúvel em líquidos. A falta de água pode ocasionar em efeitos contrários aos esperados, podendo ocorrer prisão de ventre e dores no estômago.


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Crônica Doca Ramos Mello

Sutiã de Bojo “Ô, mãe, você precisa dar “dar um up” nos peitos!”, argumentou a filha de Dona Eulália. E a senhora concordava que eles já estavam meio derrubados, como é de lei, pelo tempo que, como diz um sobrinho debochado, é a maior fábrica de monstros... Mas e daí? A filha sugeriu um sutiã de bojo. Para evitar amolação e trololó, Dona Eulália comprou o tal sutiã de bojo, apesar de não suportar peitões, nunca gostara de mulheres peitudas, mesmo hoje, quando mocinhas mal entradas na adolescência já correm aos cirurgiões plásticos para enxertar silicone nos seios e ficar com aquelas bolotas desproporcionais em riste... Pobre Dona Eulália: a primeira vez com sutiã de bojo a gente nunca esquece! Foi vestir a peça e Dona Eulália sentiu imediata coceira nos bicos dos peitos, de tal forma que tinha de se virar para enfiar a mão no decote, em público, e se coçar loucamente, preocupada em não passar a impressão de que estivesse com sarna – credo! Além disso, a sensação, para ela, foi de que tivesse sido laqueada, emparedada, presa numa camisa de força. “Ah, mãe, que exagero, bojo é tudo”, rebateu a filha. Difícil. Na feira, pela primeira vez de armadura, Dona Eulália quis avançar as mãos para apalpar as frutas, mas os braços estavam praticamente atados ao corpo. Ainda insistiu fazendo movimentos repetitivos de vai e vem, e nada - voltou para casa irada, os peitos coçando loucamente e com falta de ar. Sutiã de bojo. Quem teria inventado tamanha porcaria? Que ela se lembrasse, o bojo era dos tempos de sua mãe, a finada Dolores, que os usava para disfarçar a tábua de passar roupa que mantinha na parte da frente do tronco – a mãe dela era peito zero. E era um bojinho modesto, ralo, sem essa massa indeformável que hoje enche os moderníssimos sutiãs. Para que servem os peitões? Não via utilidade no tamanho, desde que os pequeninos também exercem sua função profícua sem fazer má figura, a despeito da pequenez, oras! Com a vantagem de – aleluia! - caírem bem menos. Recentemente, vira na TV uma criatura com duas melancias indecentes que a impediam até de se abaixar para amarrar os sapatos, uma calamidade. Feliz da vida, a moça contava quantos gramas de silicone havia colocado em cada peito e como o namorado dela estava encantado. Dona Eulália ficou rezando para tudo aquilo não explodir na tela. E agradeceu a Deus por poder jogar fora o sutiã de bojo – nada como peitos livres e naturais. O resto é paciência e conformação, fazer o quê?


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Drauzio Varella

Ebola wEbola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebem o nome dos locais onde foram identificados. Zaire, Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este último não foi identificado em humanos. A doença é classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em gorilas, chimpanzés, antílopes e porcos. Os especialistas defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorra por meio do sangue e de fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes. Daí em diante, o vírus Ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus Ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões para ser tão mortal e resistente é que libera uma proteína que desabilita o sistema de defesa do organismo. Surtos de ebola atingiram países da África em 1995, 2000, 2007, mas foram controlados. O surto de 2014 atinge Guiné, Serra Leoa e Libéria e já há casos confirmados na Nigéria. A OMS determinou estado de “emergência sanitária mundial” com o objetivo de conter o vírus e barrar surto de Ebola, o maior de que se tem conhecimento até agora. Sintomas Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus Ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuse-

as, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática, hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto. O período de incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro. Diagnóstico Uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção. Diante da possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus Ebola, ela deve ser isolada e os serviços de saúde notificados. Tratamento Não existe tratamento específico para combater o vírus Ebola, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais. O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é

oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir. Recomendações As seguintes medidas são fundamentais para evitar o contato com o vírus Ebola, como forma de prevenir a infecção e evitar a disseminação da doença; 1. Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel; 2. Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus Ebola; 3. Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio; 4. Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados. 5. Só coma alimentos exóticos de procedência conhecida; 6. Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte. O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso


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