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Editorial
Expediente Madeleine é juma publicação de Cecom Comunicação Inscrição Municipal: 19.052-0
A Copa está nas ruas e Madeleine está em ritmo de Copa Realmente, a Copa está na rua! A população resolveu ir para as ruas e fazer bagunça, atrapalhar a vida de milhões de trabalhadores. Reivindicações e manifestações nada têm a ver com atos de vandalismo, covardia e oportunismo. Se a população realmente está acordando, então que mostre essa mudança na hora do voto e não se deixe manifestar atendendo, mais uma vez, a pedidos escusos para interesses de poucos. Essa briga não é nossa e o povo, talvez, seja apenas fantoche. Mas, a Copa de Madeleine está fora de qualquer manifesto. Madeleine quer comemorar cada dia de vida, luta e conquista. É uma batalha finalizar qualquer trabalho, mas para quem não foge à luta, travamos esse embate e chegamos às ruas antes da Copa. E nesta edição, temos a oportunidade de contar com a participação da bandeirinha que ‘causou’ nos bastidores desse mundo tão masculino e machista ao posar nua para revista de circulação nacional. Ana Paula Oliveira não perdeu a oportunidade, fez história, mas saiu dos campos oficiais do mundo da bola. Mesmo assim, não temeu a barreira e está voltando, agora como instrutora. Também trazemos uma entrevista com o rei Pelé, que conta um pouco da história do nosso futebol, fala sobre Copa e Neymar e a responsabilidade do camisa 10. Aqui, você também pode ficar antenada com a moda da Copa e escolher seu modelito para torcer pela nossa seleção. Seja apenas nas unhas ou na make mais produzida, você poderá dar aquele toque no look. E falando em esporte, para aquecer o mundo esportivo, Ilhabela recebe o X Terra, maior competição cross country do mundo, que promete estremecer o arquipélago. Estamos em festa, mas não podemos fechar os olhos à nossa saúde. Então, como anda o seu intestino? Saiba como deixá-lo feliz com pequenas mudanças na sua alimentação. Junho este ano é da Copa, mas tradicionalmente é o mês do amor. Por isso, desejamos que o amor entre na vida de todos e se eternize. Mesmo com todas as transformações, com todas as mudanças no mundo, que o amor ainda possa invadir os corações e transformar a humanidade, caso contrário, muitas coisas deixarão de valer a pena. Uma excelente leitura!
Diretora Comercial Cecília Lima cecilia@revistamadeleine.com.br Para anunciar contato@revistamadeleine.com.br Agende um horário e conheça o nosso projeto. (12) 97404-0947 Diagramação e Arte Richard Lippi Jornalista Responsável / Textos Cecília Lima MTB: 42758/SP Colaboradora Thereza Felipelli Revisão Doca Ramos Mello Fotógrafo Márcio Zaffani Site Danielli Zaffani Impressão Resolução Gráfica Tiragem: 5 mil exemplares Capa APO - Ivan Distribuição Rodovias dos Tamoios, Anchieta/Imigrantes, Campos do Jordão, Ubatuba, salões e salas de espera em São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela. Participação editorial: Tayná Lima (Fina Estampa)
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Queremos a sua participação. Quer sugerir, palpitar? Mande seu @email para contato@revistamadeleine.com.br
@cartasmail
É preciso ter muita FÉ na vida mesmo. Parabéns pela matéria e pelo respeito a todas as religiões. @Brunateixeira.paraibuna Quero parabenizar a revista. Está cada vez mais gostosa de ler, estou acompanhando desde o primeiro exemplar. Matérias como a da Cissa Guimarães e a da “Fé na Vida das Pessoas”, foram de uma sutileza impressionante. Me surpreendo a cada mês com os conteúdos e matérias. Mais uma vez, PARABÉNS! @Jacquelinemarinho.sãosebastião Que matéria linda e verdadeira da Cissa Guimarães. Precisa ter muita força para passar por uma perda dessa. Parabéns! A revista está de muito bom gosto. @Marinasilas.ubatuba Olá, equipe da Madeleine Adorei ler na revista a crônica da Doca Mello sobre os descabelados. Quem tem fios rebeldes sabe o quanto isso pode ser irritante algumas vezes, mas nada que o bom humor não dê jeito. O duro é quando falta humor, como foi o meu caso. Recentemente, sem dó e nem piedade, passei a tesoura. Os amigos me olham e dizem: - Está faltando cabelo aí! Agora é esperar crescer, aprendi que por pior que seja a gente se apega, kkkk. Descabelados e descabeladas, univo- nos! @Danielacarvalho.sãosebastião Pedimos desculpas ao padre Sérgio Lúcio da Costa. Na matéria “O poder da Fé na vida das pessoas”, (edição de abril, página 10), publicamos o nome do padre incorretamente.
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Sumário #Moda na Rede – A moda é a Copa X Terra Brasil está de volta a Ilhabela Ana Paula Oliveira
A entusiasta do Futebol Congada de Ilhabela Tradição caiçara sobrevive há séculos Pelé: O atleta do século 20 que se mantém na memória do mundo Você sofre de Bromidrose? Probióticos e Prebióticos Porque o seu intestino merece ser feliz Um amor para eternizar Drauzio Varella Obesidade e Câncer de Mama Faça as malas rumo à beleza: conheça Bonito Crônicas: Cartas para a redação
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# modanarede # amodaéacopa
A copa está aí. Mesmo em casa, se vamos torcer, festejar, comemorar, precisamos estar em grande estilo. Não sabe ainda que visual usar para representar o nosso país? Nós buscamos a ajuda do que está rolando nas redes sociais para ajudar as nossas leitoras a compor o look da copa. E não deixamos passar nada. Unhas, make, roupas e acessórios. Tudo para vocês ficarem ainda mais lindas. Madeleine já deu uma passadinha nas lojas da nossa região e podemos garantir que não faltará opção para você dar aquele toque na produção, claro que com valores que caibam em todos os bolsos. Roupas, chinelos, esmaltes, brincos, bottoms, colares, tênis, bolsas, tudo, tudinho para deixar você por dentro das cores da nossa seleção. Trazemos sugestão para make, misturando as cores da nossa bandeira sem exagerar, e ficar com a cara da torcida mais animada do mundo. As unhas não podem ficar de fora. Seja criativa, procure sua manicure e peça aquele toque colorido para as unhas. Só tome cuidado para não roê-las enquanto torce pelo nosso país. Não esqueça do kit jogo. Caneca, buzina, pote para pipoca....Deixe a sua festa completa.
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Thiago Diz
XTerra Brasil está de volta a Ilhabela Thereza Felipelli Ilhabela é palco em 7 e 8 de junho da terceira etapa o XTerra Brazil Tour. A cidade foi novamente escolhida para ser sede desta que é a etapa brasileira do triathlon no XTerra World Tour, a principal competição cross country do mundo. Cerca de dois mil atletas, amadores e profissionais, se inscreveram para disputar nas seguintes modalidades: triatlhon, corridas noturnas (Night Run) de 7km e 21km e ultramaratonas (North Face Endurance) de 50km e 80km, além da Kids Minicorrida, que promete divertir a criançada. Estrelas Famosos internacionais marcam presença. Nos 1,5km de natação, 22,5km de bicicleta e 9km de corrida do triathlon, por exemplo, o sul-africano Dan Hugo, vencedor de diversas provas mundo afora, disputa o circuito mundial e é um dos mais cotados para tornar bastante difícil a vida dos competidores. Além de Hugo, também outras estrelas particiapam do evento, como o líder do ranking de 2014 do XTerra, Stênio Bezerra, e o atual campeão do circuito, Felipe Moletta. O percurso de 1,5km de natação, 22,5km de bicicleta e 9km de corrida será um desafio à parte para atletas da elite e amadores. Com trilhas muito complicadas, o local possui um dos acidentes geográficos mais elevados do litoral de São Paulo. Segundo o CEO da X3M Sports Business – empresa que organiza o XTerra Brazil Tour -, Bernardo Fonseca, o arquipélago é a casa do XTerra, onde foi realizada a primeira etapa da competição no Brasil. “A paisagem é alucinante e o percurso surpreende os participantes”, disse.
Thiago Diz
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Guilherme Taboada
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Guilherme Taboada
O evento reúne a elite do esporte e atletas apaixonados da nossa região
“Aqui tudo é muito parecido com o Havaí. E ainda tem o fato de ser a etapa válida pelo circuito mundial. É demais”, comentou Rodrigo Altafini, vencedor da última etapa do XTerra, em Paraty, e um dos favoritos no litoral paulista. Além do XTerra World Tour, o triathlon conta pontos também para o XTerra Brazil Tour, assim como Night Run 21km e Endurance 50km e 80km. “A disputa é acirrada, uma boa performance no triathlon garante vaga para a etapa mundial em Maui, no Havaí. Esse é um ponto para favorecer a sede de vitória”, acrescentou Fonseca, que avisou que o evento distribui R$ 25 mil para os vencedores da elite. Neste ano, o Xterra Brazil Tour
tem um total de dez etapas, passando ainda por locais como Manaus (AM), Costa Verde (RJ) e Tiradentes (MG). Novidades Este ano o evento conta com uma novidade. Pela primeira vez, a prova de 80km figura no calendário e Ilhabela foi escolhida pela organização do Ultra Trail du Mont Blanc como etapa classificatória para a The North Face® Ultra-Trail du Mont-Blanc, conhecida como a Copa do Mundo das corridas de montanha, a ser relaizada em 2015, na França. Para conseguir a vaga, os atletas devem terminar a corrida no tempo limite do XTerra Brazil, de 14 horas. Além disso, a modalidade tam-
bém conta pontos para o ranking nacional do XTerra e distribui R$ 11,6 mil em produtos da The North Face para os vencedores. “Receber mais uma vez a chancela da The North Face Trail Run é uma grande honra. É mais uma prova de que nossos atletas têm fôlego para vencer novos desafios. O XTerra é só uma ponte para fazer isso acontecer. A performance de cada guerreiro será decisiva para superar os próprios limites”, disse Fonseca. Na Endurance 50km, os líderes do ranking, Rosália Camargo e José Miraílton Pereira, já estão garantidos e prometem lutar com unhas e dentes para continuar no topo. The North Face distribui R$ 9 mil em produtos. “O XTerra é uma prova que exige boa estratégia em relação a tudo no 50km, pois é uma prova longa. É preciso ter atenção desde a hidratação até a checagem dos equipamentos necessários para o percurso”, afirma Rosália Camargo, campeã da etapa de Parati e líder do ranking da The North Face Endurance 50km. Triathlon A prova é válida para o ranking do XTerra Brazil Tour 2014 e do XTerra World Tour. Os atletas nadam 1,5km, pedalam 24,5km e correm 8km. Night Run 7km Correr no XTerra Ilhabela é a oportunidade perfeita para os amantes e iniciantes do esporte off road. O clima ameno na paisagem do município torna o percurso ainda mais especial. Night Run 21km Uma prova ideal para atletas mais experientes e que têm grande capacidade de traçar boas estratégias para superar trilhas noturnas. Endurance 50km e 80km Pelo terceiro ano consecutivo em parceria com a The North Face. Uma das modalidades mais desafiadoras do circuito. São ultramaratonas que exigem resistência e estratégia de todos os atletas que desejam completar os surpreendentes percursos. Kids Minicorrida Uma corrida infantil aberta aos novos guerreirinhos. É diversão garantida para os pequeninos de 1 a 13 anos de idade. Idealizada como uma corrida de perfeita harmonia com a natureza, a disputa é simbólica e todos ganham medalha. Uma ótima forma de entretenimento ecológico e integração esportiva para as crianças. Mais informações www.xterrabrasil.com.br
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por Ester Jacopetti
Ana Paula Oliveira:
A entusiasta do Futebol Quem foi que disse que mulher não entende de futebol? A assistente de arbitragem, Ana Paula Oliveira, começou cedo. Com apenas 21 anos, ela dava início à carreira nos gramados e foi a primeira mulher na equipe de arbitragem a participar de uma final de Paulistão. E apesar do preconceito que existe contra a mulher nesse universo masculino, ela fala sem medo que não devemos usar isso como barreira. ‘Temos de ser persistentes e não podemos nos apegar às dificuldades”, frisa. “Temos que olhar o lado otimista’.
Que lembranças você guarda do futebol que marcou história no Brasil? Tem algum momento que você destacaria? Eu não vivi a época em que o futebol brasileiro fez história na Copa Mundial, mas foi mágica e são momentos que gostaríamos ver voltar no tempo, nem que fosse por um minuto. Eu sou uma mulher apaixonada por futebol. Se existisse uma máquina do tempo, gostaria de voltar para alguns jogos. Diferente do Maracanã de 1950, quando esperávamos ser campeões, será que em 2014 a taça finalmente será nossa?! 2002 foi único também porque era uma nova geração de craques. Nós tínhamos Ronaldo Fenômeno, Rivaldo... Jogadores que fizeram da Copa passada um campeonato espetacular. Conseguimos nos consagrar campeões! O futebol vai além do ato de jogar. Com ele conseguimos transcender as quatro linhas. Uma curiosidade: por que a organização proibiu os jogadores de tirarem a camisa na hora de comemorar um gol? A organização proibiu porque quando um jogador comemorava o gol, normalmente eles tiravam a camiseta e já tinham outra por baixo, ou usavam o próprio corpo para escrever mensagens que poderiam ser sobre política, religião ou facções. Hoje, a organização pune o atleta com o cartão amarelo, e se fizer duas vezes ele é expulso. E dependendo da mensagem que ele escrever na camiseta ou no corpo, responderá pelos atos. No futebol a gente brinca, tem a parte de diversão, mas
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divulgação site / assessoria de imprensa
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ele transcende, ele é utilizado para política, economia e cultura... O futebol existe desde 1918, depois da Copa de 1930 passamos por uma guerra em que ele foi utilizado pelo fascismo, pelo nazismo e por outras questões. Os jogadores entravam nos campos de futebol com suásticas, utilizando isso como simbologia, entre outras coisas. Essa proibição já vem desse momento, mas é lógico que com a questão econômica, isso se intensificou. Existem outras questões que vão além! Você já trabalhou na Record e no SBT como comentarista, mas atualmente está sumida da televisão. Pretende trabalhar durante a Copa? Eu acabo de vir de Belo Horizonte, onde fiquei dois anos, e só agora voltei para São Paulo. Continuo trabalhando com televisão. Fiz testes para uma emissora e estou aguardando retorno, deve sair por esses dias, mas não vou poder dizer por enquanto qual é, mas devo estar na Copa, sim, por uma emissora. E como foi a sua ida para Belo Horizonte para participar de um programa de esportes? Fui para Belo Horizonte por causa da proposta. Trabalhei como comentarista de televisão num programa chamado ‘Alterosa’. Participei da cobertura do futebol mineiro em especial, Cruzeiro, Atlético e América. Cobri também o Campeonato Brasileiro, Futebol Mineiro, a Libertadores. Foi uma grande experiência porque quando estive na Record comentava somente os lances de arbitragem. Nesse período em que estive em Belo Horizonte, tive a oportunidade de comentar o futebol como um todo, além da atuação do árbitro. O que me agregou muito conhecimento nessa nova trajetória como comentarista, e espero trazer para São Paulo agora. E claro, aprender com os profissionais daqui também, como aprendi com os profissionais de lá. Fazer televisão é algo que você gosta bastante? Eu gosto, mas sou tímida, apesar de ser bem falante (rs). Todo mundo comenta que fui corajosa em fazer um ensaio nu, mas sou bem tímida! Falo bem, sou brincalhona e tudo, mas sou tímida. Gosto de fazer comentários, fico bem no vídeo e isso eu confirmei em Minas (Belo Horizonte) porque faço o que gosto, falo de futebol e quando a gente fala do que gosta, não sei se você percebeu, mas torna-se fácil. Você fala com leveza e não fica forçado, sai naturalmente. Eu tenho me esforçado muito, no meu dia a dia tenho assistido a muitos jogos, acompanhando comentaristas que gosto. É bom aprender com quem você admira.
Você acredita que ainda exista preconceito contra mulher, nesse universo tão masculino? Sempre tem! As pessoas gostam de me entrevistar porque sempre tenho coragem para falar sobre o assunto. Nós, mulheres, não podemos utilizar isso como barreira para justificar não estarmos num determinado lugar. Temos de olhar para frente, trabalhar e ser persistente. Esse é o grande desafio! Eu nunca imaginei que um dia, uma marca de esmaltes conceituada como a Risqué fosse lançar uma linha de esmaltes com a preocupação da figura do árbitro. As outras marcas se preocupam muito com a mulher torcedora no geral. A grande sacada deles foi justamente olhar para um campo que ninguém nunca olha. Isso é fruto de trabalho. Temos de ser persistentes e não podemos nos apegar às dificuldades. Temos de olhar o lado otimista. Você é uma mulher muito vaidosa? Gosta de estar com as unhas bem feitinhas? Muito! Sempre fui para os jogos em ordem! Já estou vendo que a mulher está ocupando outros lugares no futebol e não só a cadeira de torcedora. Ela passou a ocupar espaço em outros lugares. O futebol vai além, já é uma quebra de preconceito. Algumas emissoras conseguiram o direito de transmitir os jogos da Copa, mas para a emissora que não terá essa prerrogativa, você acha que é possível fazer a cobertura? Vamos ter que ser criativos! Trabalhar bastidores e comportamento. O brasileiro é muito rico em comportamento. O que nós temos de elementos no quesito comportamental... É uma pauta criativa essa questão. Estamos vivendo uma Copa que tem muitas complexidades, seja do ponto de vista positivo ou negativo. Tudo depende da maneira como pretende olhar. Sou otimista por natureza, se eu não fosse... Onde eu estaria meu amor? (rs). Depois de tudo que vivi na minha trajetória, acho que vamos aprender muito com essa Copa. Nós temos de ser criativos. Vamos buscar pequenas coisas, nós somos bons nisso. A emissora vai te dar um minuto, desse um minuto nós poderemos usar vinte segundos, mas você tem bastidores para trabalhar. Vamos arregaçar as mangas e trabalhar com o que temos! Temos um estádio que está com problemas, mas vai ter jogo, eu tenho um torcedor apaixonado que vai... E como vai ser isso? A gente pode trabalhar com perfis. Nós éramos muito bons nessa área. Não precisa ser o perfil de um grande astro, às vezes contar a história de quem é apaixonado rende muito.
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Existe a possibilidade de você voltar a atuar como árbitra? Volto sim, não como árbitra, mas como instrutora. Já tive essa experiência esse ano e fui convidada pela Federação Paulista. Adorei as quatro aulas que dei para os árbitros assistentes. Claro que se eu tiver a honra de poder continuar esse trabalho no futuro, será algo que terei muito interesse em continuar. Eu gosto bastante! Você também escreve para jornais sobre o esporte? Eu já escrevi muito, parei por conta da viagem para Belo Horizonte. Hoje estou mais dedicada a escrever artigos porque estou pensando em entrar no mestrado, voltado para o futebol. Estou trabalhando um pouco mais sobre a filosofia do esporte, e o que o esporte oferece além de um jogo. Tenho escrito muitos artigos, inclusive vai sair uma matéria sobre os museus na revista Ciência e Cultura da Unicamp. Por enquanto, estou voltada para a área acadêmica, mas gosto de trabalhar nisso. Gosto de pensar positivo sempre, mas sem vendar os olhos para as coisas negativas que estão acontecendo. Isso jamais!
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Congada de Ilhabela – história de devoção
Tradição caiçara sobrevive há séculos
Manoel Coelho/Foto Central
Thereza Felipelli Ilhabela foi palco no mês de maio de mais uma belíssima apresentação da Congada de São Benedito, que todos os anos emociona caiçaras e visitantes da cidade. Você não sabe o que é a Congada? Ficou curioso para saber do que se trata? Vamos contar aqui um pouquinho da história da maior manifestação cultural desse povo, história de uma cultura rica que pode se resumir em uma única palavra: devoção. 1785. Este foi o ano em que o escravo Roldão Antônio de Jesus chegou a Ilhabela. Veio da África no porão de um navio negreiro e acabou, posteriormente, trazendo a Congada de São Benedito para Ilhabela. Desembarcado em Castelhanos, no extremo leste no arquipélago, foi vendido para a fazenda do Morro do Espinho, no Bairro da Cocaia. Ao se tornar devoto de São Benedito, difundiu sua crença por onde passou e deu início à Congada. Era tio-avô de Dona Ana Esperança Silva, antiga chefe, junto com suas irmãs, da Ucharia – umas das tradições da Congada. Atualmente, sua irmã mais nova, Dona Izanil, é quem cuida de todos os afazeres, com a ajuda da família. Assim como eles, todos que acabam fazendo parte da Congada tomam essa decisão para cumprir promessas próprias ou de algum parente. “Escravos” de São Benedito, os congueiros se dizem “promesseiros” e nunca se apresentam em outra
ocasião a não ser na festa em homenagem ao santo. Quando foi formada em Ilhabela, toda a responsabilidade pela Congada era da família de Benedita Esperança que, as-
sim como Roldão, era também escrava da Fazenda do Morro do Espinho. Algum tempo depois, sua família organizou a chamada Confraria de São Benedi-
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to, mais tarde extinta pelas autoridades religiosas. Mal vista pela Igreja, em meados da década de 40, o costume de unir a Congada à festa religiosa foi criticado pelos padres, que proibiram a entrada dos congos na igreja. Dona Dedé Em 1919, nasceu Iracema França Lopes Corrêa, mais conhecida como Dona Dedé. Filha de Dona Druziana, caiçara das primeiras gerações dos Fazzini que chegaram a Ilhabela no final do século 19, foi professora, secretária de cultura, estudante de folclore no Museu Rossini Tavares e dedicou metade de sua vida às pesquisas sobre a cultura caiçara e a história de Ilhabela. No final da década de 1970, após muitas conversas com caiçaras, conseguiu gravar todas as falas do evento e publicou o livro “Congada de Ilhabela na Festa de São Benedito”, hoje principal referência dos estudos sobre o assunto. A Congada As ruas da Vila, no Centro Histórico da ilha, são o palco da Congada no arquipélago. Através de uma apresentação teatral com falas, danças e cantos, é contada a história de uma desavença entre dois grupos: os fidalgos do Rei de Congo (congos de cima considerados “cristãos”, que se vestem de azul e branco), e os mouros (exército do Embaixador de Luanda chamado de congos de baixo, que se vestem de vermelho e cor-de-rosa e são tidos como não batizados ou “pagãos”). O exército do rei cristão é composto por rainha, príncipe, secretário, cacique e os fidalgos, enquanto que o exército do embaixador é formado pelo secretário, governador, cacique, guia, contra-guia e soldados. O Rei de Congo, que tinha sua rainha, se apaixona por uma mulher do povo (plebeia) e a engravida. Desesperado para que sua mulher não saiba o que aconteceu, ele pede para sua paixão deixar a cidade. Então, ela parte rumo à cidade de Luanda, onde dá à luz a seu filho, que depois se torna o embaixador de Luanda, forma um exército de mouros e vai para Congo pegar o que é seu de direito: o trono do Rei. No momento em que chega ao Congo, todo o reinado estava festejando o dia de São Benedito. Começa a guerra então, afinal além de os mouros desejarem o trono do Rei, também querem participar da festa em homenagem ao santo.Três “bailes” acontecem ao som de atabaques e marimbas de madeira. O primeiro, chamado de Roldão ou Macambá, é uma cantiga dos congos de baixo, quando aparecem para guerrear. Tudo tem início com embaixadas recitadas ao pé do Rei. O segundo baile é
chamado de Alvoroço, Jardim das Flores ou Baile Grande, e nele é realizada uma guerra extremamente violenta. Finalmente, o terceiro baile é denominado São Matheus. Nessa guerra, os congueiros do embaixador (preso duas vezes) lutam pra que o filho bastardo do rei conquiste o trono. No final, o embaixador se converte ao cristianismo, passando a adorar o santo católico São Benedito e ambos os exércitos comemoram a festa em louvor a São Benedito. Antigamente realizada no dia 3 de abril, a Congada passou, tempos depois, a ser realizada no “claro” de maio, porque nessa época, de lua cheia, os pescadores não saíam para pescar e podiam participar ou assistir a festa. Somente a partir de 1993 passou a ser realizada no segundo domingo de maio. Desde o ano 2000, passou a ser realizada no terceiro final de semana de maio, após ter sido sancionada uma Lei Municipal da Semana da Cultura Caiçara. Levantamento do Mastro Antigamente, o levantamento do mastro marcava do início dos festejos, nove dias antes da festa, porque também marcava o início da novena de São Benedito. Hoje o mastro é levantado no primeiro dia da festa, na sexta-feira. Um capitão do mastro fica responsável por preparar, cuidar e zelar por ele, comandar sua fixação e retirada após a festa. Uma festa de São Benedito era realizada no Saco do Sombrio antigamente, com o levantamento do mastro, a folia do santo, comidas, bebidas e doces caseiros feitos pela família do senhor Benedito Dilau Leite da Silva. Na Vila, a responsável pelo levantamento do mastro era a família do senhor Hilarião. Após sua morte, a incumbência passou para a família Leite da Silva, responsável por essa missão até os dias de hoje. O mastro é produzido com madeira lavrada na mata e pintado com cores fortes: branco, azul e vermelho. O desenho obedece a padrões antigos, pois, como dizia o finado capitão Hilarião: “Desde o começo do mundo é assim”. No dia de ser levantado, o mastro é enfeitado com flores naturais, ofertas feitas ao glorioso santo. Instantes antes ocorre a procissão do mastro, carregado de forma festiva pelas ruas da Vila, nos ombros dos congos, ao som da marimba, atabaques e sinos. Luzes e barulho de fogos brilham e ecoam por toda parte. Uma criança carrega a bandeira sempre à frente do mastro, levantado em frente à Igreja Matriz ao lado do cruzeiro, onde o próprio capitão do mastro abre uma cova para recebê-lo. Com nove metros e meio de comprimento, o mas-
tro possui na parte de cima uma bandeira quadrada com a imagem do santo. Ela é hasteada com fé e devoção por alguém da família do capitão. Muitos ilhéus acreditam que, ao observar a bandeira ser hasteada, se a pessoa fizer um pedido, será atendida. Quando finalmente o mastro está levantado, a multidão grita: “Viva! Viva! Viva São Benedito!” Após uma salva de palmas, é servida a “concertada” (bebida típica de Ilhabela, uma espécie de licor, feito à base de folhas de laranjeira e limoeiro, canela e cravo socados, rapadura e um bocadinho de cachaça. O atual capitão do mastro é Luciano dos Santos Souza. Ucharia Ucharia é o mesmo que despensa da casa real, o lugar onde é, por tradição, servido o almoço aos congueiros, festeiros, familiares e toda a comunidade durante os dias da Festa de São Benedito. A refeição é preparada com doações arrecadadas pelos devotos. Antigamente, era costume doarem porcos, aves e até bois, quando havia a criação nos quintais e terreiros. Assim como na Congada, todos os que trabalham ou contribuem para a ucharia o fazem por devoção e promessa, sendo a maioria constituída pelos próprios familiares dos congueiros. E todos que chegam podem comer. Até os dias de hoje, é mantida a tradição de usar fogões tacurubas (do tupi, itacuruba) que são montados assentando os panelões sobre três pedras soltas. No Brasil, o santo é um dos mais reverenciados e está presente na maioria das cozinhas, geralmente associado à fartura. Em muitas cozinhas, pode-se ver o santo negro segurando o Menino Jesus para garantir a fartura. Meia Lua A Meia Lua ocorre antes do início da Congada, no sábado. Os congos se reúnem ao som da marimba e dos atabaques e assim saem para buscar o andor de São Benedito na Igreja Matriz. Na sequência, percorrem as ruas da Vila. No domingo de manhã isso se repete, antes da Missa dos Congos. Quatro congos se revezam para carregar o andor; outros dançam mais à frente. Formam duas filas, uma com os Fidalgos do Rei colocados ao lado do andor e outra com os Congos do Embaixador indo e voltando em passos corridos. O Rei, o Embaixador e a Rainha vão à frente do andor. Ao chegar perto dos fidalgos, todos desembainham as espadas e simulam uma luta, espada contra espada. Esta coreografia é chamada de Meia Lua. Já na Congada, há partes faladas, danças e cantos divididos em três partes e os bailes mencionados logo no início desta reportagem.
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Pelé: O atleta do século 20
por Ester Jacopetti
que se mantém na memória do mundo Jeferson Bernades/Vipcom
Ele escreveu a própria história e se tornou um dos jogadores mais conhecidos mundialmente. E apesar de hoje ser alvo de críticas por suas frases polêmicas, Pelé é referência de futebol arte e já protagonizou jogadas impecáveis durante os clássicos da Copa de 1970. Em breve, sua história poderá ser observada no Museu do Pelé que deverá abrir as portas em junho deste ano em Santos. O museu terá 2.500 peças e a primeira camisa que o jogador usou em seu primeiro jogo da Copa Mundial em 1958. Outro destaque é a caixa de engraxate guardada pela mãe do jogador. A partir de agora, prepare-se para entrar no universo desse jogador que impressionou o mundo fazendo apenas o que mais gostava na vida: jogar futebol. COPA MUNDIAL NO BRASIL 2014 Recentemente saíram notícias de que o Neymar está machucado. Você acha que ele poderá ficar longe dos gramados no período da Copa no Brasil? Eu espero o que todos brasileiros esperam. Que o Brasil se saia bem, que possa chegar à final e ganhar o mundial. É evidente que uma Copa do Mundo é uma caixa de surpresas, e você não pode garantir nada... Já falei isso e volto a afirmar: estão querendo colocar muita responsabilidade em cima do Neymar, de ganhar a Copa. Ele é um jogador. Acho que foi bom para ele
passar essa temporada na Europa. Foi muito bom sair dos Santos e ir para o Barcelona, porque amadureceu. E sendo bom para ele, foi bom para a seleção brasileira também. Mas não podemos esperar que o Neymar sozinho possa ganhar a Copa do Mundo. Você tem acompanhado as notícias sobre a estrutura da Copa. Acha que tudo dará certo? Espero que o brasileiro pense direitinho, porque essa é uma oportunidade maravilhosa. Teremos a Copa, depois a Olimpíada. O país tem de faturar em cima disso, não arrumar confusão, brigas. E outra coisa que volto a falar é o que o futebol não tem nada a ver com corrupção na política. Se os políticos meteram a mão nas construções de estádios, os jogadores não têm nada com isso. A gente tem de torcer para que tudo saia bem. Quais são as expectativas para inauguração do museu que contará a sua história? É uma satisfação muito grande. Santos é a cidade que me projetou para o mundo. Aqui comecei a minha vida. É uma maneira de retribuir ao povo santista tudo que recebi de carinho e amor. Do Santos saíram jogadores importantes como você e o Neymar. O que você acha disso? As pessoas dizem que um raio não cai no mesmo lugar. Bem, ele já caiu duas vezes, mas lá cai toda hora (Djalminha e Neymar). É verdade que em breve vamos ver a sua história contada no cinema? É verdade! Estão fazendo um filme sobre a minha vida, e quem fará o meu pai no cinema será o cantor e ator Seu Jorge. A história contará um trecho da minha vida, a faixa entre os dez e doze anos. É uma biografia autorizada! Agradeço a Deus em primeiro lugar, depois à minha família e a alguns colegas também por fazerem parte da minha história. CARREIRA E A CAMISA 10 QUE FEZ A HISTÓRIA NO FUTEBOL BRASILEIRO Como você enxerga a sua trajetória como maior jogador de futebol de toda a história? Todos nós ganhamos um dom de Deus. Temos de saber usar, seja ele qual for. Meu pai sempre dizia, principalmente quando eu era criança, numa época em que eu brincava de jogar bola com os meninos na rua, eu gostava de fazer aquelas firulas, tirando onda com a garotada... Até a hora em que meu pai chegou e disse que eu deveria saber respeitar as pessoas, e que a humildade era importante para me tornar uma pessoa de caráter.
Poupa Farma / Divulgação
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É verdade que a banda The Beatles queria fazer uma apresentação exclusiva na concentração para você, mas os chefes da organização de futebol não permitiram? Essa história realmente aconteceu na Copa de 1976... Após alguns anos, encontrei com o John Lennon em Nova York no período em que eu estudava inglês e ele, japonês. Ele comentou que gostaria muito de ter feito o show pra nós. Na época, comentei com o Nascimento (Carlos Nascimento) que era responsável pela concentração da equipe, e ele brincou dizendo que os cabeludos não entrariam para fazer show... (rs). São histórias que a gente não pode deixar de lembrar, mas nós temos muitos que fazem parte desta viagem. As numerações eram baseadas nas posições dos jogadores, mas hoje em dia isso tem mudado. O que a camisa 10 representa pra você? A responsabilidade é a mesma, mas por coincidência é uma história engraçada porque quando fui convocado para a Copa de 1958, na época eu tinha dezessete anos, foi num sorteio que a camisa 10 ficou comigo. Deus queria que fosse assim. É claro que nós tínhamos excelentes jogadores, mas ninguém se preocupava com o número da camisa na época. Depois disso o 10 começou a ter notoriedade. E como muita gente sabia que eu fazia o terceiro homem, que vinha de trás, eles achavam que era armador, mas comecei a fazer gol e os jogadores começaram a ficar confusos. Deus me ajudou muito! Naquela época, o armador era o número 8. Sempre brinco com isso porque antigamente o número 10 era só um número. Hoje tem muitos jogadores que não querem colocar essa camisa. Muitos jornalistas diziam que a seleção não daria certo porque estavam indo muitos jogadores (Pelé, Zizinho, Rivelino, Tostão) camisa 10... A seleção de 70 foi a melhor. Desculpe, mas de vez em quando os jornalistas erram algumas coisas... É engraçado porque a camisa 10 tornou-se internacional. Hoje todo mundo é nota 10. Em Bauru, quando eu estava no colégio, a nota 10 já existia (rs). Foram os brasileiros que fizeram com que isso se tornasse internacional. O que você acha necessário para ser um camisa 10 como você foi? O camisa 10 tem a responsabilidade de, além de fazer o gol, armar a jogada e procurar fazer o meio de campo. Essa deve ser a preocupação de quem realmente é um camisa 10. A função de jogar atrás sempre existiu, mas hoje em dia com os novos treinadores existe área direita, esquerda... Mudou um pouco, mas a função do 10 é armar e fazer o gol. Um pouco diferente do jogador que joga avançado. Hoje você percebe que é difícil. Na nossa seleção
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que o Felipão montou, pela primeira vez no futebol brasileiro, do meio de campo para trás está bem, mas está sendo difícil, do meio de campo pra frente. Que sempre foi o foco do futebol brasileiro, o ataque. Essa posição realmente tem sido problemática. Nesses últimos dois campeonatos brasileiros, os melhores jogadores de meio de campo foram os estrangeiros. Seu pai Dondinho (João Ramos) já chegou a fazer cinco gols numa única partida, mas e você? Naquela época meu pai era um camisa 9, centro-avante. Realmente ele conseguiu fazer cinco gols numa única partida, mas existem coisas que só Deus pode explicar. Eu não era um atacante como o Vavá, Cristiano Ronaldo, que jogava apenas na parte da frente, mas saia gol! O recorde que eu não consegui, quer dizer, nunca tentei, mas o meu pai era tipo o Baltazar, na época em que o centroavante jogava na frente, ele fez cinco gols de cabeça num jogo. Ele perguntou se eu já tinha feito, eu falei que não, mas que ele também não tinha televisão para mostrar isso... (rs). Eu cheguei a fazer três gols de cabeça e relembrando um pouco sobre a minha história, o meu pai me falou que havia um jornal em Três Corações que provava que eu havia feito esses gols na época. Esse legado de 1983 vai ficar para a nova geração. Emociono-me por ter esse registro. Você lembra de algum momento especial quando viajou pela primeira vez com a seleção brasileira? Em 1958, por exemplo, quando fizemos nossa primeira viagem para Suécia, as suecas queriam colocar as mãos nos meus cabelos, para saber se eram de verdade... Na época, era a minha primeira viagem para a Europa. Acreditava que todas aquelas mulheres eram alemãs por serem branquinhas e
loiras... O Zagalo me explicou que eram suecas... (rs). Quando nós chegamos à Suécia ninguém nem sabia onde ficava o Brasil. Esse é um legado que pretendo deixar para o Brasil. Você acabou de gravar um comercial para Poupafarma e se emocionou ao falar da sua carreira. Como é para você recordar esses momentos? Eu sou meio chorão mesmo. Todo mundo fala. Hoje eu tinha feito um encontro com Dorval, Coutinho, Mengálvio e Pepe, o ataque dos mil gols, e o diretor me pediu para pensar, fazer reflexão do passado e eu abri a boca. É bom a gente chorar de alegria também. Foi algo natural. O FUTEBOL NOS DIAS ATUAIS Você acha possível nos dias atuais considerar o Messi, jogador da camisa 10, o melhor do mundo? Bem, depende de que maneira você enxerga a camisa número 10. Eu, por exemplo, acho que como jogador individual, o Zidane é melhor que o Messi porque o Zidane não tem nome, mas o Messi joga com uma equipe grande como Iniesta e Chaves, uma equipe bem montada. Eu não tenho dúvidas de que ele é um excelente jogador. Infelizmente as pessoas lembram que perdermos o campeonato, mas não se lembram dos nossos grandes jogadores como Zico, Sócrates, Zizinho... A nossa seleção de 1982 foi excelente! Nós perdemos a Copa, mas ninguém reclamou. Johan Cruyff (jogador da seleção holandesa) foi um excelente jogador, o Di Stéfano (argentino), também. Como você enxerga as criticas que saem na mídia em relação a alguns comentários que você faz sobre o futebol? Muitas vezes, as pessoas não entendem. Já estou nessa vida há muito tempo e sei que os jornalistas querem
é escrever. As duas últimas críticas que me fizeram foi porque não entenderam o que eu queria dizer. O futebol é o esporte que mais promove o Brasil. Falam muito dos estádios superfaturados, da corrupção, do caso da Petrobras. A gente sabe de tudo isso, mas o que os jogadores têm a ver? Eles não têm culpa pela corrupção. O brasileiro é muito exigente, principalmente no futebol. É uma coisa que não tem explicação. Quando alguém morre, vira bonzinho. Quero ser elogiado em vida, quero que reconheçam agora. Não esperem que eu morra para me elogiar. O que me deixa um pouco indignado é que de todos os gols que fiz, se eu perguntar qual foi o de placa, ninguém lembra... Tem um gol de placa que fiz no Maracanã em que sai driblando, mas não tem gravação... Outros jogadores chegaram aos mil gols, mas ainda não chegaram aos 1283... É engraçado porque as pessoas discutem por causa de um gol... Como você lida com a questão de ser conhecido como pé frio? Em relação a essa questão, você tem razão porque foram cinco mundiais, dois com o Santos, três com a Seleção Brasileira, mais de mil gols, por isso você tem toda razão. Nesse ponto você tem toda razão. A voz do povo é a voz de Deus né?! (rs). Gostaria de uma final entre Brasil e Espanha. Quero ver o Brasil na final seja com quem for, não importa com quem, mas se possível, vencer a Copa do Mundo. Este ano completam-se vinte anos da morte de Ayrton Senna. Que lembrança você tem desse esportista que marcou sua trajetória no mundo? Nós víamos uma pessoa que tinha valores dentro e fora da pista. O maior legado que o Ayrton Senna deixou é a determinação, trabalho duro e a busca pela perfeição que fizeram dele um homem vitorioso, mas não só como piloto e sim, como ser humano.
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Você sofre de
Bromidrose? O nome pode até ser estranho, mas com certeza você sabe do que estamos tratando. Bromidrose é o nome científico dado ao mau cheiro nas axilas, o famoso “CC”. A causa do cheiro que não agrada a ninguém e muitas vezes pode ser sentido a longa distância, é a ação de bactérias e fungos existentes na pele. Segundo a dermatologista Sirlene Ávila, o ser humano possui dois tipos de glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinas. As écrinas são responsáveis pela sudorese mais aquosa e que ocorre em qualquer parte do corpo, são formadas basicamente por água e alguns sais minerais e não têm cheiro. Já as glândulas apócrinas produzem um suor composto por açúcares, gorduras, minerais e água. Inicialmente, também não têm cheiro, mas o contato dessa secreção com a pele pode causar alterações no odor decorrente da ação das bactérias e fungos. “É aí que começa o odor, pela ação dessas bactérias e fungos sobre a secreção das glândulas apócrinas”, explica a médica. “Essas glândulas
só começam a ficar ativas na pré-adolescência e têm variações raciais: índios e amarelos as possuem em menor número que brancos e negros”. O suor independe da temperatura, quem sofre com o excesso de suor e mau cheiro sabe bem a falta que um desodorante faz. Mas, a falta de higiene corporal e maus cuidados das roupas em uso também contribuem para agravar da situação. Para a dermatologista, a falta do banho diário e a utilização de roupas sem lavar são hábitos que aumentam a produção do cheiro ruim, que também tem como causa o consumo de certos alimentos, doenças e uso de medicamentos. Como eliminar o odor? O odor fétido se desenvolve principalmente nas zonas onde as bactérias conseguem permanecer e se multiplicar com mais facilidade devido à umidade e temperatura propícia. Para evitá-lo, é fundamental bons hábitos higiênicos. Os desodorantes e antitranspirantes podem ajudar. Na hora
de escolher o que utilizar é preciso saber a diferença entre cada produto, já que nem todos os desodorantes têm ação antitranspirante, mas a maioria dos antitranspirantes também tem ação desodorante. De um modo geral, os desodorantes contêm substâncias que diminuem a proliferação de germes, mascarando assim o cheiro ruim. São utilizados em qualquer parte do corpo, como axilas, pés e genitais. Porém, é preciso cuidado na escolha das essências, pois nem sempre combinam com os perfumes usados em outras partes do corpo, além do cheiro “natural” individual. Os desodorantes sem cheiro evitam esta mistura de odores, produzindo resultados mais agradáveis. Já os desodorantes denominados “antitranspirantes” ocasionam o fechamento das glândulas apócrinas, o que pode ocasionar processos infecciosos, tais como furúnculos e abscessos locais. O principal componente de sua fórmula é o cloreto de alumínio. A dermatologista ainda destacou que informações têm sido divulgadas sobre a possibilidade do alumínio e seus derivados utilizados em antitranspirantes serem agentes causadores de câncer de mama nas mulheres. Porém, a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - divulgou um parecer técnico sobre o uso de antitranspirantes e sua relação com a doença, indicando que até o momento ainda não foram apresentados provas e dados capazes de confirmar essa relação. “Mas, pesquisas nessa área continuam e, em todo caso, a utilização dos produtos sem abuso é o mais recomendado”, observa. Ela ainda destacou que a combinação de vários ingredientes nesses produtos os tornam desencadeadores potenciais de dermatites, abscessos, nódulos e alergias nas axilas, com consequente escurecimento da pele e pelos encravados. “Devemos lembrar que as axilas possuem uma pele mais fina e delicada do que a da face. Você não usaria desodorante na face, não é mesmo?”, conclui a médica.
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Probióticos e Prebióticos
Porque o seu intestino merece ser feliz Classificados pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária -, como alimentos funcionais, os probióticos e os prebióticos são agentes benéficos ao nosso organismo.
diminuem a presença de micro-organismos causadores de doenças. Você pode encontrar esses probióticos em iogurtes e leites fermentados, leite em pó e queijos.
Embora recomendados nos consultórios médicos no auxílio à constipação intestinal, a função desses alimentos vai além, já que seus nutrientes possuem propriedades que regularizam o organismo, previnem doenças e promovem a saúde. E apesar de apresentarem nomes parecidos, esses alimentos tem funções distintas.
Já os prebióticos são as famosas fibras. Como não são digeríveis, servem como alimento dos micro-organismos que habitam o intestino, estimulando o crescimento, em quantidade, de bactérias benéficas, ou seja, dos probióticos. O resultado é um melhor funcionamento e equilíbrio no trânsito intestinal. Estudos mostram que os prebióticos inibem a absorção das gorduras, facilitando a ação do cálcio, magnésio, zinco e ferro. São alimentos prebióticos: maçã, cebola, alho, banana, aveia, trigo, aspargos, tomate, cevada e alcachofras. Outros alimentos também podem conter esse micro-organismo, como pães, cereais, bolachas, sumos ou laticínios. No entanto, o resultado desses alimentos depende da forma como serão administrados. Procure orientação médica ou nutricional para saber o que o seu corpo necessita e como incluí-los na sua rotina alimentar e seja mais feliz livre dos incômodos da constipação.
Os probióticos possuem micro -organismos vivos, como o lactobacillus acidophillus e o bifidobacterium, indispensáveis para o bom funcionamento intestinal. Quando ingeridos, favorecem a proliferação de bactérias benéficas, a chamada flora intestinal, e stock.xchng
Alguns benefícios Diminuição do nível de osteoporose, já que melhora a absorção do cálcio. Equilíbrio e melhora da flora intestinal. Diminuição do peso. Aumento da produção de vitaminas e da absorção dos minerais Diminuição dos níveis de colesterol e triglicérides, melhorando o sistema imunológico. Melhora da constipação intestinal. Diminuição do risco de infecção intestinal. Prevenção de infecções vaginais. Prevenção de doenças cardiovasculares.
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Um amor para eternizar
Evolução, tecnologia, canais avançados de relacionamentos, mais ofertas, menos moralismo e a necessidade de aproveitar 100% os prazeres de uma vida que parece passar cada vez mais rápido. O mundo está evoluindo, a população segue neste ritmo acelerado e, com isso, cresce também o número de pessoas solteiras, separadas e que se encontram no segundo, terceiro, quarto relacionamento. Mesmo com a sensação de insegurança e o descrédito de homens e mulheres quanto ao AMOR, a ciência prova que sim, é possível ter um amor duradouro. Pesquisadores da Universidade Stony Brook, em Nova York, após estudos realizados em casais com vida matrimonial entre 10 e 29 anos, encontraram a resposta para tantos anos de união. Exames de ressonância magnética detectaram que o cérebro dessas pessoas, quando estimulado, apresentou sensação similar a de quem vive um novo amor. Durante o exame, tanto os casais no auge do amor e os de longa data (que afirmaram sentir o mesmo amor inicial pelo parceiro), observaram fotos de rostos de pessoas conhecidas, com pouca familiaridade e dos parceiros. Enquanto analisavam a imagem dos parceiros, todos apresentaram alteração na região do cérebro responsável pela liberação de dopamina, a mesma substância liberada quando o assunto é desejo, vontade ou consumo de alimentos e álcool. Neste caso, a diferença entre os
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grupos mostrou que eternizar um relacionamento é transformar a emoção, a necessidade e a obsessão inicial em cumplicidade, apego, em soma e companheirismo. Isso porque os estudos mostraram que o grupo dos recém-amados estavam associados à obsessão e tensão e os casais das antigas tinham suas atividades relacionadas à ligação emocional e ao apego. A novidade e a sensação de recompensa são dois fatores que proporcionam uma vida mais longa e amorosa ao casal. Visitar locais diferentes, surpreender o parceiro, sair da rotina, evitar estar sempre nos mesmos lugares com as mesmas pessoas, são soluções para manter a atração pelo parceiro e o relacionamento. Essa teoria é baseada na neurociência. Especificamente, o fato de a pessoa se sentir preenchida e recompensada enquanto ama, faz com que o cérebro receba dopamina e noradrenalina, substâncias presentes no início do relacionamento, garantindo a sensação de prazer, alegria e a necessidade da presença do parceiro. Não existe fórmula mágica nem receita que possa dizer como viver um amor duradouro. O relacionamento, segundo os especialistas, precisa ser fundamentado em união, companheirismo, liberdade, individualidade, respeito, diálogo, surpresas, intimidade, mas é na convivência que cada casal precisa descobrir seus próprios meios para uma vida de cumplicidade e felicidade.
Obesidade
Drauzio Varella
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e câncer de mama
Ao atingir a menopausa, mulheres obesas correm mais risco de desenvolver câncer de mama. A obesidade é fator de risco também para câncer de cólon, esôfago, rim e endométrio – a camada que reveste a parte interna do útero. Em 2003, um estudo com 350 mil mulheres mostrou que a probabilidade de morte por câncer de mama cresce com o aumento do índice de massa corpórea (IMC = peso/altura x altura). Por outro lado, sete pesquisas clínicas realizadas pelo International Breast Cancer Study Group, com mais de seis mil mulheres, não conseguiram estabelecer relação direta entre IMC e mortalidade pela doença. Como essas publicações foram criticadas por razões metodológicas, a influência da obesidade no prognóstico do câncer de mama tem permanecido controversa. No mês passado, um grupo da Dinamarca publicou estudo no qual foram acompanhadas 18.967 mulheres operadas de câncer de mama, por um período de 30 anos. É o levantamento mais completo já relatado. Comparadas às mulheres com IMC < 25, as que apresentavam IMC > 30 geralmente estavam na menopausa, apresentavam tumores maiores, mais agressivos e com comprometimento
mais extenso dos linfonodos da axila. O IMC não guardou relação com a probabilidade de desenvolver recidivas locais da doença, fato provavelmente associado ao sucesso no tratamento da lesão primária. O risco de metástases em órgãos distantes, ao contrário, teve relação direta com o ganho de peso: dez anos depois da cirurgia, mulheres com IMC > 30 apresentaram mortalidade por câncer de mama 46% mais elevada. Como esperado, a mortalidade geral desse grupo de também foi mais alta. A análise estatística mostrou que a obesidade é por si fator de mau prognóstico, independentemente do tamanho do tumor primário, do grau de agressividade e do número de linfonodos axilares comprometidos. Ao contrário do que pensávamos no passado, o tecido adiposo não é um simples depósito de células capazes de armazenar gordura para mobilizá-las nas épocas de vacas magras. Hoje sabemos que ele é formado por diversos tipos celulares (adipócitos, pré-adipócitos, macrófagos, fibroblastos e células endoteliais) dotados da propriedade de produzir tantos hormônios e mediadores químicos, que muitos o consideram a segunda glândula mais importante do organismo (a pri-
meira é a hipófise). Um dos principais hormônios produzidos pelo tecido gorduroso é o estrógeno. Como a obesidade que se instala na menopausa contribui para a produção excessiva desse hormônio numa fase da vida em que seus níveis deveriam estar em queda por causa da falência da função ovariana, os tecidos sensíveis à ação estrogênica ficam mais expostos aos estímulos que provocam multiplicação celular. Por outro lado, a obesidade está associada a um processo inflamatório subclínico instalado no interior do tecido gorduroso. O estado inflamatório crônico resultante contribui para o aparecimento de resistência à insulina e para a proliferação e progressão de células malignas. Moléculas pró-inflamatórias produzidas nos acúmulos de tecido adiposo, inclusive naqueles localizados na própria mama, criam um meio fértil para a multiplicação celular. Além desses fatores que atuam na resposta inflamatória, os adipócitos secretam moléculas conhecidas como adipocinas, entre as quais a leptina e a adiponectina, ligadas ao controle dos mecanismos de fome e saciedade. Na circulação sanguínea de pessoas obesas, os níveis de leptina estão mais elevados e os de adiponectina mais baixos, perfil bioquímico que favorece a formação de metástases e a progressão da doença. A obesidade interfere, ainda, com a produção de insulina e com o fator de crescimento conhecido como IGF-1, que também contribuem para aumentar o risco do aparecimento da doença. Mulheres que tiveram câncer de mama devem fazer de tudo para manter o IMC abaixo de 25.
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Arquivo Pessoal
Próxima Parada turismo
Faça as malas rumo à beleza: conheça Bonito
Rios de água transparente e repletos de peixes, fauna peculiar, mergulhos com flutuação. Para os mais aventureiros, trilhas, tirolesa e rapel radical, ou muita tranquilidade e descanso para quem precisa desestressar. Quem já esteve em Bonito, no Mato Grosso do Sul, sabe do que estamos falando. Para o funcionário público André Fontes, Bonito é tão bonito, que já visitou o local duas vezes. E olha que ele conhece alguns lugares por aí. Em busca de espaços exóticos, natureza, esportes de aventura, conhecimento, muita cultura e, claro, gastando pouco, André já rodou 15 dos 26 estados brasileiros, as Américas Central, do Sul e do Norte, além de alguns países da Europa. Antes de iniciar um novo destino, ele fica de olho nas promoções de passagens aéreas, procura sempre utilizar as milhas (adquiridas com o uso dos cartões de crédito) para economizar e os destinos que se encaixam nessas oportunidades. “Gosto de viajar por conta própria. Bem mochilão mesmo! Fui a Bonito em fevereiro deste ano. Voltei lá porque o lugar é fantástico e um dos mais baratos do Brasil. Lá, você não pode deixar de conhecer a Gruta da Lagoa Azul, flutuar nos rios Sucuri, Formoso (fica na cidade vizinha chamada Jardim, lugar maravilhoso), praia da Figueira, Ilha do Padre, Projeto Jiboia, Bote do Rio Formoso e os Balneários Municipal e do Sol”, destacou. Para passar seis dias e aproveitar tudo o que Bonito tem para oferecer, André gastou R$ 2 mil entre passagem
aérea, hospedagem, alimentação, passeios e lembrancinhas. Você pode ir a Bonito em qualquer época do ano, mas para apreciar as belezas locais, os meses de dezembro a março são os mais indicados, pois a vegetação está mais verde, os animais mais aparentes, o nível dos rios está alto e as cachoeiras mais abundantes. Essa é a época das chuvas, por isso, alguns passeios podem ficar comprometidos, mas nos meses de maio a agosto é quando acontecem as queimadas devido à seca dos campos. Julho é um mês em que não chove e o nível dos rios ainda permanece alto. Se a ideia é economizar, fuja do período de férias escolares e feriados. Muitos passeios têm limites diários de visitas, por isso faça as reservas com antecedência para não ficar de fora das belezas de Bonito. Para os que ficaram curiosos em conhecer Bonito, André deixa algumas dicas: • Embora não seja obrigatório, é recomendado tomar vacina contra a febre amarela. • Reserve os principais passeios, principalmente o da Gruta da Lagoa Azul. • O carro é o meio de transporte mais barato. Para quem não vai com grupos turísticos e pacotes, o ideal é alugar um carro. • Não esqueça de levar roupas de banho, boné ou chapéu, mochila, tênis, roupas leves, protetor solar e repelente. Além de muita disposição e a certeza de que voltará revitalizado.
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Crônica
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Doca Ramos Mello
Cartas para a redação Toda revista tem uma sessão de conselhos para os leitores Madeleine também tem! Cirurgia plástica-: faça, será bom para sua autoestima; mas se você não é o Brad Pitt ou a Luísa Brunet, mantenhase longe das ilusões - é cirurgia. Não é milagre. Bolo murcho-: hiii, pode parar de tentar fazer bolo. Mude para brigadeiro, suco de goiaba ou costela no bafo, mas bolo, bolo mesmo, esqueça, você não tem talento para isso. A roupa não entra-: não é nada. Seu corpo não inchou nem a roupa encolheu - você engordou mesmo e precisa fechar a boca. Ou faz dieta ou compra um número maior. Pode também usar preto dia e noite: se for homem, vai dar pinta de Zé do caixão; se for mulher, Mortícia. B + A = BA-: Se estão ensinando alguma coisa diferente disso para seu filho, tire a criança dessa escola. Aliás, ‘tijolo’ se escreve com jota – ou isso ou nada, apesar de dizerem por aí que se o estudante grafa “tigolo’, acertou na ideia, meu Cristo Redentor! E 2 + 2 = 4, não aceite 3 como resposta ‘quase certa’. Esses modernismos pedagógicos fomentam a ignorância. Braço curto na leitura-: queixa mais comum a partir dos 40 anos, exige medida drástica: consultar o oftalmologista e encarar um par de óculos. Esconder/mentir a idade não resolve nada. Vizinho que ouve pagode-: sinto muito, mas a recomendação é mudar de casa.
Time perdedor-: paciência, piada e caldo de cana. Você não pode abandonar seu time só porque ele caiu de podre, seria traição e isso não combina com você. Disfarce tomando caldo de cana e fazendo piada - vão achar que você tem bom humor. De repente, dor de barriga-: corra! Nem perca tempo pedindo licença porque nessa emergência o tempo é o preço do alívio. Meia furada-: você precisou tirar o tênis e apareceu aquele buraco na meia, be m no dedão? Sorria, você está sendo filmado. O grande amor se foi-: a) vai ver não era tão grande assim; b) pode ser que fosse apenas simpatia e você se confundiu porque simpatia, como diz o bloco carioca, é quase amor; c) ah, pare de chorar, pelo amor de Deus, eu não posso ver ninguém cho...buááá! Mico-: você encontra uma mulher barriguda e pergunta a ela: “Quando nasce o bebê?” - se ela lhe der um olhar fulminante não se trata de gravidez, é obesidade mesmo. Nesse caso, não tente consertar o fora porque a emenda é sempre bem pior que o soneto. Prepare-se para ser alvo do ódio dessa mulher eternamente. Toda vez que cruzar com você, ela vai virar a cara.
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