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Editorial

Expediente Madeleine é juma publicação de Cecom Comunicação Inscrição Municipal: 19.052-0

A Fé e mais quatro páginas Quem acompanha os editoriais pode até achar certa semelhança entre eles. Pois é, todos falam de sonhos, conquistas, trabalho..... E, mais uma vez, não podemos deixar de falar nesses assuntos, nem que seja uma pontinha, afinal são mais quatro páginas de uma Madeleine que segue na busca de uma meta bem audaciosa. Para este projeto, temos um planejamento, muito trabalho e ela: a fé. A fé que transforma um sonho em realidade, pois nos mantém conectados a sentimentos motivacionais que nos impulsionam às ações, às concretizações. Antes mesmo de Madeleine nascer, havia o propósito de trazer, nas três primeiras capas, Sabrina Sato, Paolla Oliveira e Cissa Guimarães. E elas estão aí, nessa ordem. As duas primeiras edições já circularam e a terceira acaba de chegar. Publicar matérias com essas personalidades tinha um significado importante, uma mensagem. A Sabrina porque superou a barreira que a fadava ao fracasso e sobreviveu a todos os paredões impostos pela busca do sucesso, agora já a um passo de sua carreira solo. A Paolla porque, claro, Madeleine precisava trazer na capa a mulher mais sexy do mundo, eleita em 2013, e Cissa Guimarães por estar sobrevivendo, mesmo que a duros passos, à perda trágica de um filho. Uma dor que amedronta todas as MÃES, só de imaginar a possibilidade de isso ocorrer na vida delas. Perda é sempre sofrida, mas essa parada abrupta no processo da vida (mãe e filho) é dolorosa até para quem está apenas assistindo. Mesmo alegando não ser uma referência e, principalmente, não ter superado nada, tanto que confessa os momentos de isolamento e dor que enfrenta constantemente, ainda assim o simples fato de se permitir viver, sorrir, trabalhar e ter instantes de felicidade e satisfação, é ato de superação e aceitação aos ensinamentos obtidos por ela nesse processo. E a forma como vem encarando essa nova realidade, ela conta aqui. E já que a fé está em pauta, trazemos o tema nesta edição. Não temos a menor pretensão de discutir ideologias e convicções religiosas. A ideia é tratá-las sob o ponto de vista de líderes que têm como missão manter vivos os fundamentos que não podem ser vistos ou tocados, e mostrar como eles acontecem na vida das pessoas que creem, seja na palavra embasada em documentos bíblicos, nos estudos históricos ou em culturas deixadas por gerações e gerações. Afinal, estamos todos aqui. Vivemos num mundo de muitas perguntas e poucas respostas, milhares de estudos e suposições, mas nenhuma certeza absoluta. Até quando? Não sabemos. E, para seguir em frente buscando, perdendo, ganhando, sofrendo e superando, com certeza acrescentar uma boa dose de fé à nossa estrutura física e espiritual pode tornar todo esse processo mais brando, feliz e recompensador. Uma excelente leitura!

Diretora Comercial Cecília Lima cecilia@revistamadeleine.com.br Para anunciar contato@revistamadeleine.com.br Agende um horário e conheça o nosso projeto. (12) 97404-0947 Diagramação e Arte Richard Lippi Jornalista Responsável / Textos Cecília Lima MTB: 42758/SP Colaboradora Millena Hermes Revisão Doca Ramos Mello Fotógrafo Márcio Zaffani Site Danielli Zaffani Impressão Resolução Gráfica Tiragem: 5 mil exemplares Capa Divulgação Rede Globo Distribuição Rodovias dos Tamoios, Anchieta/Imigrantes, Campos do Jordão, Ubatuba, salões e salas de espera em São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela. Participação editorial: Tayná Lima (Fina Estampa) e Lucélia Oliveira (cabelo e make-up) Agradecimento a amiga ElenirRosa e ao Matheus Chagas (salão da Elenir). Tica Lopes e Luana Leite Mendonça (Tica make-up).


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Queremos a sua participação. Quer sugerir, palpitar? Mande seu @email para contato@revistamadeleine.com.br

@cartasmail

“Gostaria de parabenizar toda a equipe de Madeleine. Também quero lhe desejar uma vida muito longa, pois está uma delícia recebê-la todos os meses. O visual está lindo, as matérias estão super interessantes. E o que é melhor, muito próximo da realidade de nossas vidas. Parabéns a todos os envolvidos !!!!” @Fláviaoliveira.caraguatatuba “Feminicídio. Nunca tive qualquer conhecimento dessa expressão. Mas o que chama a atenção é a violência contra as mulheres que realmente vem numa crescente. Agora todo esse papo sobre estupro. Meu Deus, que mundo estamos.” Mariadefátimasilva@sãosebastião “Linda a História da Vânia Castanheira! Ela encontrou em sua atitude uma oportunidade de ajudar mulheres que estão enfrentando a luta contra a doença, e também um recurso de enfrentamento para lidar com uma situação difícil e ameaçadora como o câncer. As pessoas realmente estão vivendo numa busca desenfreada pelas conquistas do ser e ter e deixam de viver a vida de forma intensa em seus pequenos detalhes. Muitas vezes diante de uma doença ou hospitalização é o momento onde param e pensam: ôpa, eu tenho fim e isso pode proporcionar muitas mudança de valores e reavaliações de vida!” @Estelaramirez.sãojosédoscampos “Huuummm! Quero esse bolo!” @Mariaemília.sãosebastião “Adoro receitinhas de comida e quando vi o bolo pensei que acharia uma também. Manda ela pra mim. Obrigada.” @Luzinetesantos.sãosebastião “Hahahaha.....olho gordo no face? Quase não tem!!! Adorei a parte do cotovelo!” @julianaoliveira.sãosebastião “Obrigado por poder participar da matéria da cirurgia bariátrica. Além de mostrar um pouco da minha história, vai ajudar muito na minha luta pela cirurgia torácica.” @Waltersantana.sãosebastião “Uma proposta totalmente diferente e inovadora para a nossa região. Adorarmos o resultado da produção. Agradecemos a atenção e o profissionalismo como trataram o nosso anúncio.” @RenataeMarcelo.finaestampa


7 Foto: Raphael Dias/Divulgação Rede Globo

Sumário Moda na rede: Tendências O Poder da fé na vida das pessoas Cissa Guimarães

A tragédia, a dor e a FÉ como superação Dr Rey: O Lorde da Cirurgia Plástica Corpo perfeito. Até onde ir na busca pela perfeição Animais de estimação também precisam de cuidados especiais no inverno Dr. Drauzio Varella Dor Ciática Próxima Parada São Miguel do Gostoso


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Os excessos do verão destruíram seus cabelos? Hidratação, já! por Elenir Rosa e Matheus Chagas

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Lave bem os cabelos

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Aplique a máscara com o óleo

5 Massageie bem e deixe o produto agir por 30 minutos

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Na segunda lavagem, tire todo o excesso do produto e seque bem os cabelos

Escove os fios e arrase!

Sol, mar, piscina, vento e muita disposição para ficar bem à vontade, além do uso de vários tratamentos químicos. Assim se passa o verão, estação em que as mulheres adoram mudar o visual. Mas, o resultado dessa combinação também aparece nos cabelos, que tendem a ficar mais ressecados, quebradiços e sem brilho. Quando isso acontece, é necessário recorrer a um profissional para fazer uma boa hidratação. No salão da cabeleireira Elenir Rosa Pereira, a nova sensação entre as clientes é a hidratação japonesa. Composto por queratina hidrolisada concentrada, o produto usado nesse procedimento restaura e melhora as condições da fibra dos cabelos excessivamente danificados e estressados. “As moléculas de proteínas penetram profundamente no córtex, permitindo que a fibra absorva a queratina e o colágeno e reabilite os cabelos que aparentemente não possuíam mais recursos para novos tratamentos químicos”, explica Elenir. Agora, se esse gasto extra não couber no orçamento, é possível dar atenção aos seus cabelos em casa. Segundo a cabeleireira, um bom tratamento depende da lavagem, da temperatura da água e do creme de hidratação. Para começar, é preciso ter em mãos um xampu apropriado para o tipo do cabelo, máscara de tratamento, óleo para cabelo e uma toalha de rosto. É preciso também abrir mão um pouco do conforto e encarar a água com temperaturas mais baixas, entre fria e morna. “A água quente estimula a oleosidade do couro cabeludo, dilata as escamas do cabelo, faz perder o brilho e embaraçar com mais facilidade”, destaca a profissional. Preparada? Então, siga as dicas da especialista: * É na hora de hidratar que entra em cena a tolha de rosto. Depois dos cabelos devidamente lavados, retire a umidade dos fios com ela e prepare-se para a máscara hidratante ou o creme de tratamento, mais poderosos que os condicionadores comuns. * Com uma espátula, aplique o produto na palma da mão e misture algumas gotas de óleo. Entre as opções, há aqueles à base de argan, macadâmia e abacate. * Depois, espalhe a mistura entre as mãos e aplique-a da metade dos cabelos para as pontas dos fios. Agora, é hora de colocar os braços em ação e massagear bem a área a ser hidratada. * Separe os cabelos em mexas e a faça movimentos verticais, sempre do sentido da raiz para as pontas, com a máxima de velocidade que conseguir. Deixe agir durante 30 minutos e lave em seguida. A retirada do produto é outro ponto importante para evitar que fique excesso e, dessa forma, não se obtenha o resultado esperado. Elenir ainda ressalta que, antes de realizar o procedimento, é preciso atenção para comprar produtos de acordo com o estilo dos cabelos, ou seja, secos, oleosos, cacheados, coloridos, com alisamento e por aí vai. Depois, é só secar os fios, escová-los e arrasar!

Salão da Elenir Rua Sebastião Silvestre Neves, 190 - São Sebastião 3893-5303


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#modanarede

Tendências, tendências, tendências.... por karina guermandi

Fotos Karina Guermandi

Com as mudanças malucas de temperatura, realmente não sabemos o que vestir e, principalmente, o que comprar. Mas, as novidades estão chegando e com elas outras milhares de dúvidas... Algumas vezes, pensamos de que forma aquelas peças loucas dos desfiles podem ser usadas no nosso dia a dia, porém, esta é uma realidade que vem mudando e os desfiles estão se tornando muito mais comerciais. Identificar tais tendências nem sempre é fácil, são muitas opções que nos deixam sem rumo com tanta informação, mas sempre é possível fazer boas escolhas. Separei algumas referências de tendências outono/inverno 2014 que chegaram por aqui e já podem fazer bonito no nosso guarda-roupa.

Do tradicional ao mix estampas, o xadrez vem inovando e nos desafiando a fazer a tão difícil combinação. Abuse do look clássico com um toque rocker, e não tenha medo de ousar na mistura de texturas. O floral dark ou grunge é a estampa mais amada da estação, vem de todas as maneiras: t-shirts, saias, vestidinhos, casacos, moletons... Use-o em peças esportivas, looks arrumadinhos ou casuais. Pode apostar nesse hit sem erro. Jaquetinhas bombers foram desenvolvidas para o exército americano e desde então conquistaram o mundo da moda, foram atualizadas e liberadas para qualquer tipo de look.

Acessórios e sapatos não passaram batidos, as queridinhas da vez são as botas cut out, aquelas com um corte na lateral, além das de cano altíssimo. Botinhas de cano curto e coturnos são sempre ótimos para compor um look e continuam com tudo. Bolsas com franjas no estilo boho, chapéus e muitas pulseiras com referência étnica estão por aí também. É só escolher o que mais gosta, montar o seu estilo e ficar incrivelmente fashion!


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O poder da

na vida das pessoas

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não veem”. Hebreus, capítulo 11, versículo 1.

Certo é o ditado popular: religião, futebol e política não se discutem. Entretanto, falar sobre fé é diferente de tocar em ideologias religiosas, porque a fé é universal - a pessoa tem, ou não. Algumas têm mais, outras menos, mas o que vale mesmo é saber o que acontece quando sentimentos representados por apenas duas letras se propagam na vida das pessoas e, principalmente, como líderes religiosos trabalham pelo poder dessa palavra em seus universos, com um único propósito: difundir os fundamentos transcritos em culturas e documentos recuperados ao longo da história da humanidade. Os templos religiosos estão repletos de casos de superação creditados a atos de fé, oração, dedicação e benevolência. Pessoas que deixaram a rotina de uma vida de drogas, prostituição e violência. Pessoas recuperadas após um período de quase morte. Acidentes evitados, recuperação de doenças, reconciliações conjugais, reestruturação financeira, são centenas, milhares de fatos, histórias e testemunhos. Dentre tantos acontecimentos, a questão maior: o que é fé? Sério Lúcio, padre O padre Sério Lúcio da Costa, 47 anos, 18 de sacerdócio, vem de família católica praticante, e desde os 14 anos sentiu o apelo para servir à vida ministerial. Para ele, a fé é um dom que vem de Deus e se manifesta pela experiência, que inclina o coração do homem a buscar e reconhecer o seu criador, que vem mostrando ao longo da história a sua presença. “Gosto de dizer que a fé é como a atitude de uma criancinha de colo, que se abandona confiante nos braços de seu pai. Se o pai pede para ela pular de uma altura em seus braços, ela pula. Não titubeia, não se atemoriza, apenas confia e pula. Assim é a fé, é um pular com alegria nos braços do Pai celeste”, compara. Certo de que os milagres existem e confidente de muitos casos, padre Sério não acredita que as pessoas não creiam em nada. “Na minha visão, ninguém fica sem alguém (ou algo) para crer e adorar. Se você não crê nem adora a Deus, logo achará algo ou al-

Divulgação

Wikimedia

Foto Renê Garavaty


guém (para adorar): o dinheiro, o poder, o status, o seu corpo, o próprio ego”, exemplifica. Hoje, ele é referência em São Sebastião. Há mais de quatro anos, iniciou a novena do santo padroeiro, São Sebastião, realizada todo dia 20 de cada mês na igreja matriz da cidade. A cerimônia reúne mais de mil pessoas que se aglomeram para ouvir a palavra, modernizada e adaptada à nova realidade, cheia de esperança, crença e renovação. Nívio Dolfini, budista A influência da mãe fez com que Nívio Benedito Dolfini, 40 anos, optasse pelo budismo como orientação religiosa. Hoje, responsável pelo distrito do Budismo Nitiren, em Caraguatatuba, Dolfini explica que essa religião não busca nada do lado de fora, o processo é sempre trabalhar o fortalecimento interno das pessoas. Para ele, a sociedade está corrompida por três venenos: avareza, ira e estupidez. “As pessoas precisam tirar isso de seus íntimos, precisam se respeitar e deixar de promover a discórdia, de agir com preconceito. Todos devem procurar ser felizes do jeito que estão, com muito ou pouco dinheiro”, comenta. “O apego ao material se torna prejudicial quando você olha para determinado objeto com ganância e faz qualquer coisa para obtê -lo, uma sociedade melhor depende da transformação de cada um”. O budista credita à sua fé não ter sofrido nenhum arranhão em acidente que poderia lhe trazer consequências trágicas. “Eu caí de moto numa curva em São Sebastião e fiquei de frente com uma carreta. Ao cair, girei com o corpo, então pude ver a carreta vindo na minha direção e consegui saltar”, revela. “Caso não tivesse a perspicácia desse ato, iria levantar e seria pego pelo veículo, pois não iria vê-lo. Não aconteceu nada comigo e nem com a moto. A minha mulher sonhou que eu iria sofrer o acidente e quando eu caí, ela sentiu”, conclui. Júlio Mera, umbandista O contato com a natureza, a busca pelo mar, pela mata, pelas cachoeiras

e seus orixás. Assim os praticantes da umbanda buscam a inserção da fé em suas vidas e a ligação com Deus. Júlio Isao Mera, 35 anos, é dirigente da tenda de umbanda Oca Tupi e Jurema, em Caraguatatuba. Ele define a fé como o principal pilar da umbanda, primeiro atributo a Deus. “É a fé que faz com que o homem se volte para Deus. Trabalhamos com os espíritos, ou seja, pessoas que viveram como a gente e desencarnaram. A fé tem um valor desenvolvido com muito afinco na religião umbanda, pois busca o resgate do homem com a natureza”, esclarece. “Se não existirem fé, confiança e esperança, não conseguimos ver as manifestações de Deus nessa forma natural”. Dentre vários casos que acompanhou, Júlio Mera destaca o de um homem que, aos 40 anos e com metástase de um câncer pulmonar (disseminação da doença para outro órgão), procurou a ajuda dos guias da umbanda. “Ele recebeu a mensagem de que eles poderiam cuidar daquilo que havia espalhado, mas o comprometimento do pulmão o levaria a morte e, dessa forma, deveria procurar resolver suas pendências emocionais. A partir daí, segundo relatos da família, a convivência dele com a esposa e com o filho foi fantástica”, comenta. “Ele conseguiu aproveitar seus últimos meses com uma qualidade que se perdera por mais de uma década. A sua preocupação com a doença era tanta, que fez com o isolasse da família, mas ela sempre o acompanhou. Então a gente vê que a cura não é só do corpo, é da mente e da alma”, define. Lila Stanzioni, espírita Dirigente da casa espírita União Kardecista O Caminho, em Caraguatatuba, Lila Stanzioni, pratica a doutrina há 40 anos. Hoje, aos 63, ela diz que a escolha foi pela busca de um entendimento melhor das experiências vivenciadas naquela época. Para ela, a fé precisa ser raciocinada, entendida, para que se compreendam os ensinamentos de Jesus, suas falas e seus feitos. “Precisamos separar crendice de fé. Quando soubermos respeitar (amar)

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o próximo, estaremos começando a compreender o que o Cristo veio fazer aqui entre nós”, diz ela. Lila afirma que a doutrina espírita trabalha para que as pessoas, com os ensinamentos, busquem mudanças de hábitos, costumes, e passem a enxergar o próximo como irmão, colocando em prática o Evangelho de Jesus. “O que falta para as pessoas terem mais fé é o conhecimento de Jesus não como um serviçal e sim, como um mestre, obedecendo às suas leis”, explica ela. “Por isso, nessa doutrina trabalhamos oferecendo o entendimento raciocinado das leis de Deus, pelos ensinamentos de Jesus. O espiritismo é o cristianismo redivivo, sem mais injustiças, culpas, pecados e sofrimentos”. As casas espíritas de Caraguatatuba e São Sebastião se reúnem mensalmente com o propósito de difundir essa prática com uniformidade. Tiago Borges, Pastor “Chamar à existência para o que não vemos ou tocamos como se já existisse, ou seja, a fé é a plena certeza da resposta materializada em vitória”, são com essas palavras que Tiago Vicente Borges, pastor da igreja Fonte da Vida e membro do Conselho de Pastores de São Sebastião, define o significado da palavra fé. Segundo o pastor, ela é liberada por uma ação divina, quando pessoas pautadas na palavra colocam em prática o seu exercício de crer. “Com o tempo, a pessoa adquire habilidades e experiências em suas veredas, trazendo ainda mais convicção de que a sua fé poderá sempre estar em desenvolvimento. Para todo o propósito, não há substituto para essa palavra. Fé é diferente de acreditar. Ela está apoiada na plataforma da palavra. Na fé não existe incerteza, dúvida, pois a mesma é sustentada por Jesus”, explica. Ele ainda ressalta que para vivenciar esse propósito é necessário seguir ouvindo a palavra de Deus, adquirindo o seu conhecimento. “É a palavra de Deus que alimenta e nutri a nossa fé, sem esse conhecimento a fé não tem eficácia”, concluiu. Foto: Free Imagens


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Novo parque tecnológico

aprimora a qualidade dos exames

no laboratório Itapema Garantir novas tecnologias e maior controle de qualidade. Esta é a meta do laboratório Itapema, que está investindo em equipamentos modernos. Só nos últimos meses, foram três aquisições que renovaram o parque tecnológico da Unidade de São Sebastião e possibilitaram o aumento no número de exames. Hoje, são realizados 600 procedimentos por hora. No setor de bioquímica, a novidade é o Wiener BT3000 Plus, e na hematologia, o Cell Dyn 3700, que torna mais eficientes os laudos técnicos, também garantindo rapidez e precisão nos resultados. De acordo com a biomédica Rosana Fleury Zerlotti, observa-se uma mudança grande na automação dos labo-

ratórios nos últimos anos e, com isso, o cliente ganha em qualidade e na agilidade dos diagnósticos. “Com a diminuição do tempo destinado a esses procedimentos, os profissionais podem detalhar ainda mais os resultados, garantindo a excelência na qualidade do trabalho da equipe do Itapema”, explicou Rosana, acrescentando que tudo é conferido por profissionais treinados e extremamente capacitados. Em dezembro do ano passado, o Itapema Laboratório recebeu a auditoria da Fundação Vanzolini. Na ocasião, ficou confirmado que o sistema de gestão da empresa se encontra em conformidade com o Certificado ISO 9001:2008. Nos últimos 15 anos a empresa mantém esse resultado . Nesse processo de gestão de qualidade, estão envolvidos os procedimentos operacionais, o atendimento ao cliente e a qualificação de todos os colaboradores, dentre outros requisitos. O Itapema Laboratório mantém também a Certificação de Excelência pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica – Medicina Laboratorial. “Prestamos serviços para o Hospital de Clínicas de São Sebastião, às unidades de Pronto Socorro, à rede municipal, além dos convênios e particulares. É uma demanda diária grande e sabemos da nossa responsabilidade e credibilidade, por isso o laboratório está sempre investindo em melhorias e novas tecnologias para garantir o padrão de qualidade aos resultados, no atendimento e na prestação dos serviços”, conclui Rosana.


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14 Fotos: Rede Globo / Divulgação

Entrevista - por Ester Jacopetti


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Cissa Guimarães: A tragédia, a dor e a FÉ como superação Num primeiro momento, vê-se uma mulher forte e decidida. Esta visão que muitos têm da atriz Cissa Guimarães fez com que a considerassem exemplo de superação. E apesar de ela afirmar categoricamente que não se considera como exemplo, sabe-se que inspirou muitas mulheres a suportarem a dor da perda de um filho. Nesta entrevista, ela conta como a fé, o trabalho e a luta pessoal foram importantes para enfrentar a perda de Rafael Mascarenhas, há quatro anos. “Eu não sei explicar, mas a fé é o que me move. Acredito que é possível ser feliz através dela. Eu adoro a Nossa Senhora e tem horas que rezo pensando nela, porque é uma intercessora... Ela passou pelo que eu passei. Às vezes, vou rezando uma, duas vezes, e vira quase um rosário, vai surgindo uma paz... Eu gosto de meditar também. Começo com a respiração leve, daqui a pouco estou assim... (suspira). São ferramentas! Se eu falo em voz alta um mantra durante uma hora, sinto que entro numa dimensão de paz e calma”. Ela diz acreditar no poder da fé.


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João Miguel Junior / Divulgação Rede Globo

Você teve a oportunidade de trabalhar com o seu filho João Velho em produção no teatro. Como foi essa experiência?

na vida dele. Ele foi generoso, incrível comigo. Chorei muito durante a nossa entrevista, mas graças a Deus ele não tem nenhuma tristeza na vida.

Maravilhosa! Ele tem uma noção de direção muito boa, mas por ser meu filho, em nenhum momento quis trabalhar com ele. Tivemos até alguns problemas, que nos levaram a discutir. Teve um dia que nós brigamos porque ele elogiou todo mundo da peça, menos eu... Ele disse que não havia me elogiado porque eu era a mãe dele. Já trabalhei também com Thomaz. Prefiro muito mais chamar uma pessoa com quem não tenho vínculo porque posso brigar, cobrar e dizer do que não estou gostando. É melhor do que ter de puxar a orelha do meu filho. Mas, graças a Deus, eles são muito talentosos.

Você consegue lembrar outras entrevistas tão marcantes como a conversa com Zeca Pagodinho?

Você demonstrou muita fé num dos momentos mais difíceis da sua vida...

Você comentou que não quis fazer um livro sobre a sua vida, mas ao mesmo tempo, tornou-se exemplo de vida para algumas pessoas...

A fé é algo que sempre esteve comigo. Desde muito pequenininha eu rezava, mesmo sozinha. Tenho formação católica, mas com quinze anos cheguei a frequentar centros de umbanda. Sempre gostei das coisas místicas. Sou da geração do final dos anos 70, toda rastafári, muitas coisas trazidas da Ásia... Sou uma pessoa ecumênica, gosto de ter fé. Para mim, as religiões são como filosofia. Não tenho conhecimento profundo e não sou grande estudiosa sobre o assunto, mas me interesso e sempre leio um pouquinho de cada coisa. Neste momento, por exemplo, estou estudando a cabala, mas não sou teóloga e não sei explicar nada com muita profundidade. Acredito que esses são caminhos e ferramentas que nós podemos usar para alcançar a fé. Eu não sei explicar, mas a fé é o que me move. Acredito que é possível ser feliz através dela. Eu adoro a Nossa Senhora e tem horas que rezo pensando nela, porque é uma intercessora... Ela passou pelo o que eu passei. Às vezes, vou rezando uma, duas vezes, e vira quase um rosário, vai surgindo uma paz... Eu gosto de meditar também. Começo com a respiração leve, daqui a pouco estou assim... (suspira). São ferramentas! Se eu falo em voz alta um mantra durante uma hora, sinto que entro numa dimensão de paz e calma. São ferramentas que eu uso pra encontrar a minha paz. A paz traz felicidade. Você também lançou o livro “Viver com Fé”, inspirado no programa que você apresenta no GNT. Como surgiu a ideia? O livro é decorrente de um programa que eu fui convidada para apresentar no GNT. O programa é o resultado sobre o tema que o público queria ouvir. O tema era religião e as pessoas

Várias! No ano passado, fiz um programa chamado “Fé na Vida”, selecionamos algumas histórias e transformamos em documentário. O Milton (Nascimento), por exemplo, fez algumas revelações incríveis, coisas que absolutamente ninguém sabia. Ele recebeu mensagens incríveis. O Zeca se declarou médium, o (Gilberto) Gil, que passou pelo passei... A (Maria) Bethânia, que não dá entrevistas para ninguém, também participou...

me escolheram para falar sobre o assunto porque acreditam que eu tenho credibilidade para falar. Aceitei porque gosto de falar. Se de repente você me chama para conversamos sobre interpretação, vou adorar! Talvez eu tenha credibilidade para falar sobre o assunto, justamente pelo fato do que eu passei com o meu filho. Mas, inicialmente recebi um convite para fazer um livro sobre a minha vida e me neguei a fazê-lo porque não tenho uma grande vida para escrever um livro. Graças a Deus, meu ego não é tão assim... Sabe?! Imagina, falar sobre a minha vida? Não sou uma pessoa tão incrível para ter um livro. Foi quando eles, então, sugeriram fazer um livro sobre o meu trabalho. Por isso decidimos falar sobre este assunto. Na verdade, não é uma história sobre a minha vida, e sim, sobre as pessoas incríveis que entrevistei ao longo do programa, sobre o que essas pessoas disseram, porque a ideia é eternizar. A arte que mais me seduz e me move é a literatura. Tanto que não gosto de ler livros no computador. Gosto de livro mesmo, do cheiro do papel, do livro novo, de virar a página, gosto de guardar coisas em livros, rabiscar... Com o livro, as pessoas têm a oportunidade de chegar mais próximo das histórias contadas ali. Outro detalhe interessante foi que procuramos colocar o nosso olhar. Fiz questão de colocar no livro como me sentia quando ia para as entrevistas, como estava naquele momento, sabendo que a entrevistada havia acabado de perder o filho que tinha se suicidado... Como eu me sentia quando fui entrevistar o Zeca Pagodinho, que só sabe falar e falar... Eu queria chamá-lo para falar sobre fé e ele falou! Acho que nunca vi o Zeca conversar sobre um assunto tão sério

Não! Isso não vai vender livros! Passei pela pior dor do mundo. Não vou usar o meu sofrimento para vender livros. Não sou exemplo de nada. Não superei absolutamente nada. Eu não superei, nunca vou superar, não pretendo superar. Não acredito em superação de uma dor como essa. Não é nem um ‘target’ que eu quero superar através do meu trabalho. Não! Eu luto e o meu trabalho me ajuda na aceitação, na alegria em buscar a minha felicidade. É assim que vou sobrevivendo em nome do meu filho. É em nome dele! Divulgação Rede Globo


O Rafa foi uma pessoa incrível que veio para mim, por isso eu quero dignificar a vida dele e a minha, também. No meu caso, naquele momento tive a sorte de estar fazendo uma peça, de ser a produtora, e estava muito feliz. Se eu fosse talvez uma caixa de banco, pode ser que ficasse em casa chorando por um longo período em cima de uma cama e talvez não fosse voltar mais para o trabalho. Eu tive a bênção de estar com pessoas, num momento difícil da minha vida, que só me agregaram e me suportaram, num sentindo bom da palavra. Aquele era um trabalho do qual o Rafa participou muito em toda a minha luta. Ele morava comigo, por isso tenho certeza de que queria que eu voltasse. Foi muito em nome dele que decidi continuar. Em quinze dias eu estava nos palcos trabalhando. Mas, não acho que seja exemplo para ninguém, não. Você, jornalista que gosta do seu trabalho, saberia num momento terrível, Deus o livre e guarde, qual seria a sua atitude? Não acredito que tenha sido um exemplo quando voltei ao trabalho. Acredito, sim, que o que reverberou e agradeço a Deus foi poder mostrar que a gente consegue continuar sobrevivendo bem. Que nós temos de lutar pela nossa felicidade, pela nossa alegria e não sucumbir à dor. Tenho certeza de que mostrei isso. Não sou exemplo para ninguém. Tem dias que acordo com uma dor que não sei de onde vem. Eu entendo, mas quero deixar bem claro, isso não vai vender livro. Não vou levantar nenhuma bandeira para as pessoas verem o que passei. Não! Talvez pelo meu filho, por ele ser como é como ele foi nesse plano, e o Gil falou a respeito desse assunto no programa, que nós estamos aqui para dignificar a vida deles... Esses sentimentos a fé traz, e qualquer um tem acesso a eles. Talvez as pessoas tenham me visto como exemplo porque acessei esse canal por várias razões. Eu estava fazendo um trabalho bacana. O Rafa foi um filho incrível, eu também tenho amigos incríveis. É a mesma coisa a pessoa gorda que consegue emagrecer... Entendeu?! De alguma forma a pessoa percebeu que ao parar de tomar refrigerante e cerveja ela é capaz de emagrecer. É isso. A fé ajuda muito e sinto que é uma missão. Recebo todas as pessoas, as mães que me procuraram... Mas, não pretendo dar palestras sobre o assunto, porque é uma dor minha, só quero ficar quietinha e fazer o meu trabalho. Mas, quando recebo e vejo mães que me procuram e escrevem, passo esses detalhes que estou falando aqui, agora. Dignifica a vida do seu filho, vai ser feliz, porque é possível, sim. É difícil ‘pra caramba’, nunca mais você vai conseguir ser feliz 100% na vida, nunca mais. Eu sou aleijada e meu coração anda de muleta. Vou aceitar no que der. Agora que estou aqui com você, estou super-

feliz, mas, quando eu chegar em casa, no meu quarto, posso morrer de saudades, porque sei que ele não estará mais lá... Entendeu?! Mas, estou feliz agora. Você também participou do programa ‘Parada – Um Pacto Pela Vida’, como foi essa experiência? Nós conquistamos muita coisa. Tivemos uma redução de acidentes no trânsito, e com a lei seca no Rio de Janeiro foi uma loucura. Nós conseguimos tolerância zero, aqui em São Paulo, a gente sabe que é um pouco mais tranquilo. Quero que a punição detesto isso, mas tem de existir -, seja maior. Hoje em dia, você mata uma pessoa no trânsito e não vai preso porque sua pena é de dois a quatro anos, no máximo. Na verdade, você pode fazer serviço voluntário ou dar cesta básica. Já aconteceram casos de pessoas arquitetarem assassinato, atropelando uma pessoa. Eu coloco fé na justiça, mas a minha justiça é maior. Sobre novos projetos, você está envolvida com uma série a ser exibida no Fantástico, ‘Mães Coragem’. Já pode falar sobre o que vai ser? Estou com esse projeto que está rolando, mas ainda estamos formatando essa ideia. É um quadro para o ‘Fantástico’. É engraçado porque com essa história a gente sempre fala que por trás de um grande homem sempre tem uma grande mulher, mas sempre tem pessoas incríveis que por trás tiveram uma mãe que fez de tudo, né? São histórias lindas! Eu queria entrevistar a mãe do Joaquim Barbosa, mas fui falar com ele, que é todo tímido... Seria um espetáculo. Sua última novela foi ‘Salve Jorge’, um trabalho de Glória Pires, sua amiga, não é?! Já falei para a Glória que é só ela me chamar que eu faço qualquer coisa, se ela quiser que eu entre no estúdio servindo cafezinho, eu faço! Sou muito fã da Glória! Eu a acho incrível e agora nós nos tornamos irmãs da mesma dor. As novelas dela são maravilhosas, e as críticas que fizeram na época foram bobagens. Novela não é realidade. Quem quer ver realidade vai assistir documentário. Novela é folhetim mesmo. Você vai daqui para Marrocos ou para Índia em dois palitos. Olha que espetáculo! Já viu uma atriz acordar sem rímel? É novela! Nessa novela não deu para crescer muito porque havia muitos atores, mas deu espaço para me divertir com a Cléo (Pires), comecei a chamá-la de Chilica... Eu sou muito amiga da Glória. Por que você decidiu usar Cissa e não Beatriz, seu primeiro nome?

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Porque quando eu era criança não sabia falar Beatriz e falava Betisa, todo mundo foi pegando e no final ficou Cissa... No colégio, eu não respondia chamada quando a professora chamava Beatriz. É uma pena, porque é um nome lindo. Sua carreira é bem extensa, já parou para fazer as contas de há quanto tempo atua? Inicialmente, minha carreira começou no tablado, mas a minha primeira novela foi ‘Coração Alado’. Antes da novela, fiz “Malu Mulher”, e o Anselmo Duarte foi escalado como meu par. O personagem dele era um quarentão que namorava uma gatinha. Na época, eu era bem gatinha... (rs). No dia da gravação, eu estava nervosíssima porque ia contracenar com ele, um galã na época. Mas, ele precisou faltar e chamaram o Cláudio Corrêa e Castro, outro gênio. Essa cena foi reprisada recentemente no Canal Viva. Eu era uma criança. Mas, é engraçado falar sobre os anos de carreira, porque outro dia me convidaram para participar do programa da Xuxa, no qual fariam uma homenagem, sem eu saber. Quando cheguei ao programa, olhei para a plateia e percebi que a minha empregada, que está comigo há vinte anos, e a minha comadre, estavam lá, sentadinhas... Resumindo, era toda uma homenagem aos meus trinta e cinco anos de carreira, sinceramente nem eu mesma fazia ideia (desse tempo). Eu nunca havia parado para contar... Comecei com teatro e entrei para a Globo na década de oitenta. Sobre a instituição ‘casamento’, o que você pensa a respeito? Eu, por exemplo, nunca casei de verdade, de papel passado. Sinceramente, acho que essa coisa de instituição legal já era... Não sei por que tenho de trocar o meu nome e ser fiel para o resto da vida... Eu casei três vezes, e na hora que não estava dando certo, me mandei... Tchau! Eu casaria outra vez, sem nenhum problema. Talvez agora eu desse uma festa, porque nunca dei, e quem sabe teria um pai de santo e alguns amigos abençoando a união. Jogo-Rápido: Um prato que você adora: Adoro comer um risoto de camarão com aspargos. Praia ou montanha: Praia Qual momento mais marcou a sua vida? O momento em que resolvi virar produtora Teatro ou televisão: Teatro


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Entrevista - por Ester Jacopetti Da infância pobre à vida de luxo em Beverly Hills, Roberto Miguel Rey Junior, mais conhecido como Dr. Rey, conquistou o mundo com seu bisturi. ‘Há dez anos, eu já poderia ter parado de trabalhar’, falou orgulhoso o médico que nasceu na capital paulista e chegou a ser preso duas vezes. Mas, ainda na infância foi adotado por missionários americanos. Resultado? Foi estudar medicina em Harvard e tornou-se um dos cirurgiões plásticos mais cobiçados do momento. ‘Eu já despi as mais famosas e mais lindas mulheres. Quando tranco a porta do consultório e elas ficam nuas na minha frente, o que ouço de bobagem não é brincadeira. É uma loucura. Como a mulher se odeia tanto?’ questiona Rey. A partir de agora, vamos mergulhar no universo dessa figura um tanto peculiar que alcançou não só sucesso na carreira profissional, mas uma maneira de trilhar o próprio caminho para o bem. Como você enxerga a autoestima da mulher brasileira nos dias atuais? Faço um elogio para uma mulher e

Dr. Rey: O Lorde

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o que ela faz na hora? Ela troca o elogio por uma corda e se enforca. Só as mulheres conseguem fazer isso. Reclamam que a perna é fina demais, que isso e aquilo... O homem nem liga, mas a mulher se enforca. Que horror! Em 24 anos de cirurgia, nunca conheci mulher que gostasse de se olhar no espelho. Eu já despi as mais famosas e mais lindas mulheres. Já fiz pelo menos uma ‘miss’ de cada país, inclusive acabei de operar a Miss Panamá. Quando tranco a porta do consultório e elas ficam nuas na minha frente, o que ouço de bobagem não é brincadeira. É uma loucura. Como a mulher se odeia tanto? Outro detalhe impressionante, é que eu nunca conheci mãe que não estivesse um pouquinho deprimida. Quando chegam ao consultório e eu fico sozinho com elas, contam tudo, inclusive detalhes que elas não falam paras a amigas e muito menos para o marido. O que sinceramente é uma pena... Você comentou que as mulheres têm autoestima baixa, mas o que elas podem fazer para conseguir mudar esse conceito? Ela precisa, primeiro de tudo, se esquecer... (Risos) Sugiro que procure uma ONG que tenha alguma atividade para desenvolver. Porque quando a mulher se perde, ela se reencontra. Ela deve procurar ajudar as pessoas mais pobres, mais carentes, ir ao hospital e ajudar as criancinhas que sofrem com câncer e estão à beira da morte. Esse é um processo natural, ao se perder, ela se reencontrará. Como surgiu a ideia de abrir uma clínica (Estética Hollywood by Dr. Rey) com tratamentos estéticos não invasivos? A mulher brasileira virou padrão de beleza em todo o mundo. Faço um programa na televisão francesa, em que apresento os meus produtos. Todas as modelos que encontro por lá são brasileiras. Viajo muito pelo mundo e recentemente fui para o México, e também encontrei várias modelos nacionais. Ela tornou-se padrão de beleza em todo o mundo, mas desenvolveu também alguns problemas, como por exemplo, a pele que não está tão boa, pois a maioria está desenvolvendo muita acne. A brasileira, seguindo o exemplo da americana, está engordando um

pouquinho. Por isso criei uma opção não cirúrgica para as mulheres se cuidarem. Procurei democratizar a beleza. Um levantamento de rosto custa 25 mil dólares, mas o nosso tratamento começa a partir de R$ 60 e o resultado é igual. A radiofrequência vai dar um ótimo resultado. Eu mesmo faço pelo menos duas vezes por ano. E funciona muito bem. Essa é uma opção econômica para a mulher brasileira que quer se cuidar. E como funciona esse tratamento de radiofrequência? É um tratamento que causa o aquecimento cutâneo até 42Cº, fazendo com que as estruturas do colágeno sejam remodeladas através da ativação dos fibroblastos, proporcionando o efeito lifting da pele, devido à termoativação imediata do tecido. Associado ao equipamento de radiofreqüência, utilizamos cosméticos VIP CARE em conjunto com manobras exclusivas. Quais são as novidades que você tem para oferecer para as mulheres que querem se sentir mais bonitas? A cada seis meses, nós trazemos novidades de fora para o Brasil. Eu gostaria de trazer a hiperbárica para a nossa clínica. Sabe aquela situação, em que o cantor Michael Jackson ficou dentro de um tubo de vidro? O dia inteiro passam caminhões carregando esse tubo em Beverly Hills. As famosas entram no tudo, ficam ali dentro por cerca de uma hora. O benefício é que você não envelhece nunca. Esse é só um exemplo. Gostaria de trazer também um creme de cobra que comercializo na França, chamado Cinaque. Descobri uma cobra na Ásia que, se ela cuspir em você, você congela e morre. O cuspe dela penetra na pele, é como a acetona, e isso suaviza o músculo. Eu queria trazer paro Brasil, paras mulheres não fazerem mais o uso do botox. Você fazendo esse tratamento está enfiando uma artéria dentro da pele. A toxina tem riscos, esse creme, não. Eu uso e não tenho nenhuma ruga. E o que você acha que a mulher brasileira pode fazer para cuidar da pele durante o inverno? A pele começa a cair com 28 anos, mas não acho necessário gastar uma

fortuna comprando cremes caros. Existe uma pesquisa que comprovou que a vitamina ‘E’ e ‘A’ (Retinol) que custam R$ 17 é a melhor opção. O resto não funciona, é mentira. Essa é a chave para manter a pele bonita, mas, se preferir, também pode fazer a radiofreqüência, que vai apertar a pele, e você nunca mais vai envelhecer. O que você diria para as mulheres que querem se cuidar e vão a clínicas erradas? Quando for escolher uma clínica, deve tomar muito cuidado. Veja se tem uma reputação internacional. Há dez anos, eu já poderia ter parado de trabalhar. Tenho consciência de que não poderia colocar o meu nome em algo que não fosse verdadeiro. A mulher é esperta, ela tem pesquisado antes de fechar com qualquer clínica. Ainda mais hoje, que existe internet para ajudar a resolver esse problema. A radiofrequência e a lipocavitação existem no mundo inteiro e funcionam. Eu só coloquei tratamentos na clínica que funcionam, porque não quero manchar o meu nome. Qual a eficácia da lipocavitação? A lipocavitação é um equipamento que implode a célula de gordura fazendo com que o conteúdo seja liberado no organismo. Para que não seja reabsorvido por outras células de gordura, utilizamos manobras que aumentam o metabolismo, para que essa gordura se transforme em ‘energia’. Você é pai de uma menina e um menino. Como eles lidam com a questão da vaidade? Eu criei uma menina e um menino. Meu filho Robby tem autoestima enorme, mesmo pequeno é quase faixa preta. A minha filha Sidney um dia me falou que não iria para escola no dia seguinte. Perguntei por que, e ela me disse que não era bonita o suficiente. Fiz com eles um experimento parecido com o que os alemães fizeram na segunda guerra. Todos os dias eu dizia pra eles o quanto eram bonitos, inteligentes, espirituais, mas aos 13 anos de idade, ela me diz uma frase dessas? Acredito que esse problema esteja ligado à parte da genética feminina. A mulher se odeia.


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A busca pelo sonhado corpo perfeito pode levar a transtornos gravíssimos à saúde. Remodelar a beleza ou cometer excessos para obter determinado padrão físico, seja qual for ele, pode desencadear transtornos alimentares e, com isso, a falta de referência e do limite entre perfeição e saúde. Quando o que se espera é a magreza excessiva, a possibilidade de entrar em quadros de bulimia ou a anorexia, que levam à perda exagerada de peso e até mesmo à morte, é altíssima. A disformia muscular ou vigorexia, como também é conhecida, é outro transtorno desencadeado pelo exagero. Desenvolve-se quando a pessoa se torna aficionada pelo corpo 100% massa e 0% de gordura, mas nunca está satisfeita com os músculos adquiridos. Esses excessos na busca por um padrão físico levam a caminhos cada vez mais perigosos, já que o uso de anabólicos e as muitas armadilhas das intervenções cirúrgicas trazem infelicidade às pessoas que não conseguem manter o equilíbrio entre mente e corpo para uma vida saudável. Segundo a nutricionista Patrícia Andrea Ricardo, cada organismo reage de uma maneira ao uso de anabolizantes, mas os problemas vão desde o aparecimento de espinhas, engrossamento da voz e aumento de pelos, em mulheres. Assim como a infertilidade, o comprometimento das partes cardiológicas, da circulação sanguínea e função renal, irritabilidade, perda do desejo sexual, entre tantas complicações, para ambos os sexos.

Os danos do excesso, na prática Ludmila Tavolaro tem 33 anos, é formada em educação física e pósgraduada em metodologia da prevenção do exercício. Praticante de atividades físicas desde os cinco anos de idade, sempre buscou esportes que a levassem à competição. Desenvolveu o gosto por treinos de academia

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Corpo perfeito: Até onde ir na busca pela perfeição


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após começar a dar aulas dessa modalidade. Seu espírito competidor a fez buscar motivos para aperfeiçoar todo o conhecimento que vinha adquirindo e, com isso, Ludmila começou a treinar e a estudar para preparar seu corpo para competições. Nesse momento, teve um novo sonho: subir ao palco como atleta de fisiculturismo. “Eu comecei a estudar tudo, como o corpo se desenvolve, seu funcionamento entre as áreas fisiológicas e físicas, e fui me aperfeiçoando. Fiquei bitolada, organizava os treinos, periodizava tudo, os ciclos, a alimentação, tudo! E só pensava em me tornar uma atleta de competição”, revela. Esse objetivo a levou ao uso de anabolizantes, experiência que ela faz questão de abordar, principalmente, por suas consequências. “Com os excessos, as pessoas perdem o referencial, você passa a não ver o corpo que tem, acha que sempre precisa de mais”, diz ela, acrescentando que, na época, seu objetivo era participar da competição Arnold Classic, em Ohio, nos Estados Unidos. Após quatro anos de sobrecarga, estresse, ansiedade, anabolizantes e mudanças no corpo, Ludmila chegou sim, aos palcos da competição, mas os efeitos colaterais de toda essa mistura trouxeram outros resultados à atleta,

que quase desistiu do evento minutos antes da competição. “Eu estava alterada, totalmente desequilibrada emocionalmente. Lutei muito por um sonho e ao chegar nele tudo perdeu o sentido, não tinha mais um objetivo. Voltei de lá muito mal e percebi que precisava de ajuda”, confessa. “Meu corpo estava intoxicado, meus órgãos, saturados, minha mente estava alterada e meus exames apontaram hipoglicemia e colesterol alto, minha saúde estava fragilidade”, relembra, confidenciando que estudava todos os processos dos anabolizantes e conhecia seus efeitos, prós e contras. Hoje, ela segue passando todo seu aprendizado aos alunos. Após um ano e meio, Ludmila continua no processo de desintoxicação só com alimentação saudável e voltou a se preparar para novas competições e, claro, Ohio 2015, mas agora limpa, sem qualquer interferência anabólica. Corpo saudável Se a proposta é apenas manter o corpo saudável e afastar o sedentarismo, é importante, antes de iniciar qualquer atividade, realizar alguns exames, explica o professor de educação física Jaime Galdino Coelho Júnior. “A parte cardiológica precisa ser checada, como também a função dos rins e do fígado, para saber se a pessoa está apta, se não tem anemias ou outras disfunções

que devam ser trabalhadas e gerenciadas com a atividade física. É interessante também uma avaliação nutricional para verificação de gordura corporal, tanto magra quanto gorda, a quantidade de água e peso dos ossos. Toda essa análise resulta num melhor resultado ao corpo”, esclarece ele. O professor ainda recomenda que essa avaliação seja realizada a cada três meses e que o acompanhamento nutricional deve ser mensal, já que algumas vezes é necessário realizar a troca de alimentos. Mudança de hábito A advogada Barbara Bellato Mendes, 27, treina três vezes por semana há um ano. Segundo ela, a opção pela atividade física surgiu do descontentamento com o corpo, que não ficava muito bem nas roupas. Decidiu, então, por não trocar nenhuma peça do guarda-roupa, passou por avaliação nutricional e deu início às suas atividades. “Não tenho uma dieta radical, como mais vezes ao dia, mas em quantias menores. Cortei apenas o óleo e estou evitando alguns alimentos, trocando por outros. Com essas mudanças, emagreci dez quilos, estou mais disposta e muito feliz com o meu corpo. Não tenho corpo de Barbie, longe disso, não era esse o meu objetivo, mas queria me sentir bem, do jeito que estou”, conclui. Fotos: Arquivo Pessoal


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Pesquisa aponta: baixa autoestima + impulso =

compras supérfluas

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Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito do Brasil aponta 85% dos brasileiros como consumidores que afirmaram gastar sem necessidade. Isso porque mais de quatro em cada dez brasileiros pertencentes às classes A e B relataram comprar por ímpeto, e as classes C e D confidenciaram que a baixa autoestima leva à necessidade do consumo impulsivo. Segundo constatações realizadas pela empresa Nielsen, que analisa a confiança do consumidor em todo o mundo, a certeza dos brasileiros de que tudo ficará bem mantém o país entre os sete da América Latina com expectativas positivas sobre compras. Também estão nessa lista, Peru, Colômbia, Chile, México, Venezuela e Argentina. Essa informação explica o aumento de quase 10% do consumo brasileiro em 2013, de acordo com a empresa IPC Marketing. Somente nesse ano, o brasileiro gastou mais de R$ 3 trilhões, sendo a classe B detentora de 48% do consumo apontado. Um dado interessante da pesquisa se refere ao índice de compra entre a classe C1 e a classe A. Enquanto os menos abastados gastaram cerca de R$ 518 bilhões, o luxo injetou R$ 539 bilhões no mercado, diferença considerada relativamente pequena, em se tratando de concentração de dinheiro. Desse total de investimentos, 25% são destinados à manutenção do lar, seguidos por saúde, medicina e higiene

pessoal (9%), transportes (7,5%), material de construção (5%), roupas e calçados (4,7%), lazer e viagens (3,5%), educação (2,5%), produtos eletrônicos (2,2%) e móveis e utensílios domésticos (1,8%). Entenda algumas mudanças no perfil desses consumidores: - Os produtos eletrônicos são, cada vez mais, fatores prioritários na vida do brasileiro. Esse dado coloca o país na segunda posição no ranking mundial em compras desses equipamentos, ficando atrás apenas da China. _ Na lista de compras, estão tablets (148%), leitores blue-ray (136%), televisores de alta definição (113%) e smartphones (111%). - As redes sociais são os meios de consumo que mais crescem entre os brasileiros. Além de adquirir, eles também indicam o sistema online. - Esse dado explica o aumento de 10% no uso de cartões de crédito entre os anos de 2012 e 2013, segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito, totalizando R$ 470 bilhões em gastos. - Outro dado apontando na pesquisa se refere às viagens ao exterior. As facilidades e os novos sistemas de ofertas, principalmente as vendas virtuais, facilitaram o acesso dos brasileiros às viagens internacionais. O aumento foi tanto que o governo adotou medidas, no final de 2013, para conter o gasto dos brasileiros no exterior, como aumento na alíquota do IOF – Impostos sobre Operações Financeiras em compras realizadas com cartões de débito e crédito, saques em moeda estrangeira fora do país, compras de cheques viagens e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira. Nesses casos, é sempre bom lembrar as dicas dos especialistas para não gastar mais do que se pode, principalmente nos dias em que a pessoa não anda muito bem. *Saia de casa apenas com o suficiente. Leve apenas o valor para as compras necessárias. *Deixe cheques e cartões de crédito em casa. * Precisa comprar? Pense antes e veja se realmente lhe será útil. * Ficou tentado? Não compre na hora. Dê uma volta e, não sendo necessário, você esquecerá o assunto. * Deixe sua vida financeira em dia, assim fica mais fácil saber o quanto pode gastar. * Planeje. Planejar aumentar a família, estudar, adquirir bens ou fazer viagens ajuda a realizar economias, evitando gastos desnecessários. * Pesquise sempre por preços, marcas e produtos antes de comprar. * Procure um profissional especializado, caso o desejo, a compulsão e o impulso estiverem causando transtornos à sua vida.


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Animais de estimação

também precisam de cuidados especiais no inverno


Com a aproximação do inverno, as pessoas redobram os cuidados com o corpo, os cabelos, a beleza, para que o frio chegue mas não pegue ninguém de surpresa. Poucos sabem, entretanto, que os bichinhos de estimação também sentem as mudanças climáticas, principalmente os de pelagem curta e os mais idosos, que apresentam problemas osteoarticulares e, por isso, têm predisposição a sofrer mais com a baixa temperatura. É nessa época do ano que algumas doenças aparecem com mais frequência. Assim como os humanos, os animais sofrem com coriza, tosse, espirros, febre, falta de apetite e outros sintomas causados por vírus, bactérias ou fungos. Para tratar desse assunto, MADELEINE conversou com a médica veterinária Cristiane Barbosa, especialista em reabilitação animal, que dá todas as dicas de como cuidar do seu bichinho no inverno. Quando falamos em mudança de estação, falamos em cuidados com o corpo, beleza... Mas e os pets, também sentem essa mudança climática? Como? Com toda certeza, nossos queridos pets sentem a mudança climática, e isso pode ser percebido através da observação da pelagem, que tende a ficar mais densa e com mais fios quando a temperatura diminui. Nos dias mais frios, podemos observar que nossos animaizinhos dormem mais encolhidinhos, que a maioria prefere deitar em locais forrados e cobertos - esse modo de dormir é um sinal para nós, tutores, de que nossos bichinhos sentem frio também. Nesse caso, quais o cuidados que devem ser tomados com os animais de pequeno porte (cães e gatos)? Cães e gatos, assim como nós, precisam de lugares onde possam se sentir seguros e quentinhos, onde não chova e não bata vento diretamente neles. Animaizinhos mais jovens e os mais idosos, assim como os de pelos mais curtos, podem precisar de aquecimento extra com roupinhas e cobertores. Sempre recomendo para todos os pets, além de um lugar seguro, uma caminha com cobertor. Em dias de muito frio / chuva, eles também sofrem se abrigados na parte externa das residências? O que acontece? O que fazer para garantir o conforto dos bichinhos? Nos dias de muito frio, nossos queridos filhinhos de patas só sofrerão se não tiverem à disposição deles um local para se abrigar, portanto, se tiverem um canil ou uma casinha com uma caminha e um cobertor para se aquecer, eles ficarão bem e passarão pelos dias de inverno tranquilamente. Caso contrário, podem sofrer de hipotermia,

isto é, baixa exagerada da temperatura corporal, trata-se de uma emergência que, se não tratada rapidamente, leva seu amigão a óbito. Há alguma raça que sofra mais com o frio ou com essa alteração climática? Qual? Por quê? Cães e gatos sem pelos, como os cães da raça pelado peruano, e os gatos da raça sphynx, assim como os animaizinhos de pelos curtos, têm tendência de sofrer mais com as baixas temperaturas, o que não quer dizer que animais peludinhos não sintam frio. Por isso, é importante estar atento ao seu bichinho e aos sinais de desconforto nos dias mais frios. Animais novinhos e os mais idosos não conseguem termorregular corretamente sua temperatura corporal e tendem a sentir mais frio que os demais. Você trabalha com reabilitação. Quais são as doenças mais comuns tratadas no consultório? O que acarreta esse diagnóstico? Os problemas mais comuns na reabilitação são neurológicos e ortopédicos, como paralisia ou dor devido à hérnia de disco, ruptura de ligamento cruzado cranial, as osteoartrites e a obesidade. No clima frio, ocorre a piora ou recidiva de problemas relacionados às articulações, é quando precisamos incrementar a reabilitação ou retomar as sessões de forma preventiva, antes da chegada do inverno. E qual é a melhor forma de tratamento? Hoje em dia, aqui em São Sebastião, já temos o que existe de melhor e mais moderno no mundo, quando se trata da reabilitação veterinária. Usamos aparelhos importados de última geração, assim como possuímos piscina interna aquecida no inverno, com esteira aquática para a hidroterapia veterinária, uma das melhores terapias utilizadas, por diminuir o impacto nas articulações, assim como agrega benefícios à simples caminhada. Outra técnica que vem ganhando cada vez mais espaço é a acupuntura veterinária, muito utilizada no tratamento da dor, seja aguda ou crônica, bem como no sentido de estimulante do sistema nervoso. Esses animais emitem sinais de dor? Nós conseguimos saber quando sofrem por algum problema? Quando? Como? Os animais emitem sinais de dor, sim, e um dos primeiros sinais de que seu amado bichinho não está se sentindo bem é quando ele diminui ou para de se alimentar. Outros sinais comuns são: ficar mais quietinho do que o habitual, relutar em se movimentar, mudar o comportamento de repente, ficando mais agres-

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sivo ou mais submisso e perder o interesse nas brincadeiras. Animais com debilidade motora ou doenças crônicas sofrem mais na estação do frio? Por quê? Qual seria a melhor maneira de diminuir esse impacto? Animais com problemas articulares tendem a piorar no inverno, assim como os humanos que têm problemas articulares relatam piorar nos dias frios. De forma simplista, segundo a medicina tradicional chinesa, vento, frio e umidade são fatores patogênicos que aproveitam a predisposição do indivíduo ao clima frio e invadem o organismo, fazendo com que músculos, tendões, ligamentos e ossos fiquem sensíveis, contraiam e doam mais. Para que eles não piorem no inverno, é importante que seja feito um acompanhamento médico-veterinário antes de o tempo mudar, assim pode-se diminuir bastante as ações do frio sobre seu querido animalzinho. Dicas para manter os animais protegidos e seguros no frio. Providencie um lugar onde a chuva e o vento não consigam entrar, dentro desse abrigo um colchonete e um cobertor irão garantir o aquecimento necessário para seu animalzinho. Entretanto, para alguns isso não é suficiente e será importante também uma roupinha. Esqueça aquela velha história de que cachorro e gato são bichos que não sentem frio porque seus pelos são suficientes para garantir o aquecimento, isso não é verdade e, apesar de serem mais resistentes que os humanos, não é raro chegarem com hipotermia às clínicas veterinárias, por terem sidos deixados a esmo na chuva e no vento. Proteja seu animalzinho e passe por um inverno bem tranquilo e quentinho, juntinhos.


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Drauzio Varella

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A dor ciática (ciatalgia) pode ser considerada mais um sintoma do que propriamente uma doença em si.

A dor ciática (ciatalgia) pode ser comprime o nervo ciático), osteoartrite, considerada mais um sintoma do que estenose da coluna lombar (estreitamenpropriamente uma doença em si. Ela to do canal vertebral e consequente desé provocada pela compressão, infla- gaste das estruturas da coluna), deslizamação ou irritação de uma ou mais ra- mento de vértebras em decorrência de ízes nervosas que nascem na medula fraturas por pressão (espondilolistese). espinhal e vão formar o nervo ciático (ou isquiático), que começa na quar Sintomas ta e quinta vértebra da coluna lombar. São sintomas característicos da O ciático é o maior nervo do corpo dor ciática, que necessariamenhumano. Estende-se pela face poste- te não ocorrem ao mesmo tempo: rior do quadril, desce por trás da coxa 1) dor que irradia da coluna lombar e do joelho de cada perna até alcan- para a parte posterior da coxa e da perna; çar o dedo maior do pé (hálux). Ele 2) aumento da dor na perna com é responsável em grande parte pela tosse, espirro ou estiramento da coluna; inervação sensitiva, motora e das ar 3) diminuição da força muscular; ticulações dos membros inferiores. 4) perda de sensibilidade ou dimi O dano ao ciático pode ocorrer den- nuição dos reflexos na região afetada; tro do canal espinhal, no forame inter 5) aumento da dor com a manovertebral (espaço entre as vértebras bra de elevar o membro inferior espor onde passa a medula espinhal) ou ticado se o paciente estiver deitado. em algum outro ponto de seu percurso, Na verdade, os sintomas da comuma vez que atravessa vários múscu- pressão do ciático podem variar muilos, fascias (membranas de tecido fibro- to, estar ou não associados à dor so que protegem os órgãos) e tendões. lombar e, em geral, pioram à noite A dor no ciático acomete indistintamen- Diagnóstico te homens e mulheres e sua frequência A anamnese (levantamento da história aumenta com o envelhecimento, visto clínica do paciente) e o exame físico para que com o passar dos anos as estruturas identificar as raízes nervosas comproda coluna vertebral acabam sofrendo um metidas são elementos de importância desgaste que pode comprometer tanto reconhecida para o diagnóstico da ciatala medula espinhal, quanto as raízes que gia. Conforme o caso, exames de imagem dão origem as nervos. como raios X, tomografia computadori zada e ressonância magnética podem Causas fornecer dados que ajudam a confirmar São consideradas causas importan- o diagnóstico e a instituir o tratamento. tes para a compressão do nervo ciático e Tratamento surgimento do processo doloroso: hérnia O tratamento para a dor no nervo cide disco, traumas, tumores, síndrome do ático pressupõe identificar e corrigir músculo piriforme responsável pela ro- as causas responsáveis pela comprestação da coxa (espasmo muscular que são desse nervo. Nas crises agudas,

medicamentos como os analgésicos e os anti-inflamatórios representam recurso importante para alivio da dor. Pesquisas mostram que, tão logo os sintomas permitam, não faz a menor diferença voltar gradativamente à atividade física ou permanecer de cama até a dor desaparecer por completo. Fisioterapia ativa e passiva, perda de peso, reeducação postural e prática de atividade física (caminhadas e alongamentos, por exemplo) respeitando as limitações de cada paciente são medidas fundamentais não só para promover a descompressão do nervo, mas também como para prevenir as crises. A cirurgia só deve ser indicada em casos especiais e devidamente avaliados pelo médico especialista. Recomendações • Não invente desculpas para não comparecer às sessões de fisioterapia; • Pratique exercícios físicos que ajudem a fortalecer a musculatura de todo o corpo sob orientação de um profissional especializado; • Procure manter a postura correta, especialmente quando houver necessidade de permanecer sentado ou em pé durante muito tempo; • Flexione os joelhos sempre que for erguer um peso do chão; • Evite os sapatos com saltos excessivamente altos; • Não faça movimentos bruscos com a coluna espinhal que possam favorecer o pinçamento dos nervos; • Prefira deitar de costas com um travesseiro debaixo dos joelhos ou de lado, com um travesseiro entre as pernas.


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Próxima Parada turismo

Ô vento…me leve de volta a São Miguel do Gostoso... Por dez dias, deixei casa, filhos e trabalho para me aventurar pelo nordeste com o maridão. Mais precisamente, numa cidadezinha chamada de São Miguel do Gostoso, há cerca de 1h30 de Natal - RN. Em São Miguel do Gostoso a comunicação com o mundo é feita através da internet. Mas, vou confessar: um dia depois da minha chegada, acabou a bateria do meu celular e ele permaneceu desligado até a minha volta. Sabe por quê? Eu encontrei pessoas que gostam de conversar olhando nos olhos. E depois disso, a rede social ficou tão sem graça... No final da noite, após o jantar, uma paradinha obrigatória para prosear no Café Bodegas, do casal Virna e Eugênio, que nos deu muitas dicas de onde jantar, dividiu um pedaço de rapadura conosco para adoçar o nosso café e, no último dia, distribuiu flores perfumadas para todos que estavam com eles. Os sortudos são donos de uma árvore linda e que dá flores perfumadas em pleno areião. Já que estou falando em café, não posso deixar de ressaltar os diversos restaurantes maravilhosos que existem em São Miguel do Gostoso. Eu não consegui ir a todos, então vou contar apenas sobre aqueles que visitei. Os nossos preferidos foram: o La Brisa, com o seu saboroso “Arroz com Polvo”, servido em panela de brasa. Dá água na boca só de lembrar; também fomos conferir a Pizzaria Quintal. Como o próprio nome já diz, a decoração é bem despojada, o chão de areia, mas tudo é muito gosto, principalmente a pizza. Outra loucura boa é Madame Chita, de frente para a Praia da Xepa, uma creperia incrível. Quando estiver lá, prove o crepe de carne seca. Nós fomos duas vezes. Na primeira, chegamos sozinhos, e depois, em outro dia, voltamos com um casal de alemães. Aliás, eu, com o meu inglês “macarrônico”, tinha tudo para passar uma noite tremenda, mas não dizem que uma mesa bonita e com boa comida são garantias de sucesso? Pois é, funcionou

para nós. Demos muitas risadas e tudo acabou bem. Nós ficamos hospedados na Pousada do Kauli Seadi, o top do esporte à vela, conhecido pelo programa no canal OFF, o Waterman, que fica na Praia do Cardeiro, em frente a uma lagoa de água quente. Ficamos em um bangalô super arejado, teto alto, espaçoso, com uma cama enorme e uma vista incrível. Quem me conhece sabe que eu adoro artesanato. E, lá em SMG, encontrei a comunidade do Reduto, onde vive um grupo de labirinteiras. Nunca ouviu falar? Pois saiba que labirinto é um tipo de renda muito especial. E poder acompanhar o trabalho dessas mulheres, que tecem em frente às suas casas de taipa, de uma forma tão simples e rústica, me fez dar um valor ainda maior a essa arte. Por falar em artesanato, graças a essa paixão eu insisti para o meu marido me levar a um museu chamado Casa de Taipa, que reúne diversos objetos que contam a história dos moradores de São Miguel do Gostoso. Lá, uma vez por semana, é preparado um feijão na panela de barro para os hóspedes e quem mais quiser. Lugares bonitos em São Miguel do Gostoso? Ora, isso é fácil. Logo após a comunidade do Reduto, fica a praia de Tourinhos. Eu assisti um pôr- do- sol inesquecível. Depois, com o dia ainda claro, nos jogamos no mar de água morna. Sem palavras. A praia do Cardeiro é um desses lugares encantadores. Lá, se der sorte, você poderá ver os pescadores com suas redes de arrasto ou jangada, lutando por seu sustento. Outro passeio que recomendo é o mergulho em Parrachos de Perobas, uma praia que fica na cidade vizinha, chamada Touros, com água quente na altura da cintura e uma infinidade de espécies de peixes e corais. Posso ficar contando e contando sobre como é bom chegar a uma cidade desconhecida e com tão pouca infraestrutura e sentir que lá tem tudo o que é preciso para alguém ser feliz - mas prefiro que você descubra. Vá com a bagagem leve e a mente aberta. Não tente reproduzir lá a sua rotina de casa, lembre-se que você está em São Miguel para se perder de você e depois voltar a se reencontrar! - Olá, você não é aquela que só anda de chapinha no cabelo, maquiagem e diz que detesta areia e vento? - Não. Essa pessoa é alguém com quem convivi no passado, antes de chegar a São Miguel. Hoje eu sou GOSTOSA! KKKK. Daniela Carvalho - Jornalista


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Receita de bolo Na edição de março, contamos com a entrevista da empresária Renata Frioli, proprietária da Bolo à Toa. A foto do bolo fez sucesso e para atender aos pedidos das leitoras e da revista Madeleine, Renata fez a gentileza de abrir o segredo da receita Huuum.... Com esse friozinho que começa a bater à porta, que tal uma fatia do Bolo à Toa com café?

BOLO

À TOA Ingredientes 3 colheres (sopa) manteiga 3 ovos 2 xícaras de açúcar 2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo 1 xícara de leite 1 colher (sopa) de fermento em pó Modo de fazer Coloque na batedeira a manteiga e o açúcar. Bata até formar um creme. Acrescente os ovos um a um e deixe bater bastante. Vá acrescentando a farinha de trigo, alternando com o leite, e continue batendo até que a massa fique bem homogênea. Desligue a batedeira e coloque uma colher o fermento. Coloque em forma de buraco no meio, untada e enfarinhada. Leve ao forno pré-aquecido para assar por aproximadamente 40 minutos, em forno médio a 180°, ou até que o bolo esteja completamente assado. Calda 1 e 1/2 xícara de açúcar de confeiteiro Suco de 1 limão. Bata bem no liquidificador e jogue por cima do bolo ainda morno Rendimento: 10 a 12 fatias, aproximadamente

Foto: Tricia Vieira


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Crônica Doca Ramos Mello

caricatura Fátima Bernardes

Timão!

Meus cabelos são ruins e me falta vocação para salões de beleza, arrepio só em pensar na maratona de cortar, lavar, secar, escovar, Deus é pai! Escovar é uma provação, minha cabeça ferve, as orelhas ficam em brasa, a nuca ensopa e, se demorar muito, sinto ódio da cabeleireira – sou uma descabelada nata. Não estou sozinha nesse jogo. Fátima Bernardes, por exemplo, não me engana, aposto como saiu do jornal porque desenvolveu verdadeiro horror ao spray que mantinha debaixo da bancada para domar a juba revoltada. Anos a fio tendo de emparedar a cabeleira para se adequar ao padrão de qualidade dos telejornais, bem fez ela de passar a comandar um programinha chinfrim, mas com os cabelos livres do laquê! Davi Luíz, da seleção brasileira de futebol, é outro colega. Seus cachinhos do tipo mola de isqueiro, uma colméia sobre a cabeça, não é estilo, mas destino. Quando ele sobe para cabecear, as molinhas ao menos amaciam o toque da bola – já ajuda... Neymar também joga no meu time – adoro o Neymar, mas que cabelinho ruim, Jesus! Ele corta, alisa, arrepia, raspa, passa meleca, repagina o corte, muda de cor, faz o diabo. E nada. A cabelada é dura na queda, mais ainda quando o moço fica suado, que cruz! Com o dinheiro que têm, esses cra-

ques podem se submeter a tratamentos high tech para dar um trato nos cabelos – porém não adianta nada: cabelo é destino, como DNA. Acho meio injusto porque vejo gente como o Reinaldo Gianechinni que, displicentemente, além de ser bonito p’ra caramba, tem cabelos de deus grego. Ou como minha amiga Guga, que não precisa pentear a cabeleira porque os fios não embaraçam, não arrepiam, amanhecem perfeitos, balançam ao vento 24 horas, brilham ao sol. E ainda são loiros naturais! Uma criatura esotérica me disse que a gente escolhe como quer vir ao mundo. Isso equivaleria dizer que também escolhemos nossos cabelos?! Ah, minh’alma, que isso, ficou maluca? Foi imaturidade? Estava de porre? Não deu por si...? Quis me sacanear? Se podia escolher, por que cargas d’água foi logo pegando um lote tão indomável p’ra mim, puxa vida, eu não mereço. Vai ver, mereço. Minha mãe diz que a gente tem da vida aquilo que merece – deve ser, mamãe não brinca no serviço de dar a César o que é de César, é bem provável que minha alma preferiu meus cabelos já na intenção de me fazer pagar pecados outros, por mim cometidos em vidas ditas passadas. Será? O que foi que eu fiz de tão grave quando era sei lá quem, oh, Senhor?!


Rede Globo/Divulgação

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Madeleine Madeleine de Maio Giovana Antonelli está na próxima edição e conta sobre os papéis de sua vida. A atriz é mãe de três filhos e vive a personagem Clara na novela Em Família, de Manoel Carlos. Madeleine também contará um pouco da vida de Mães que são capazes de abandonar tudo pelos filhos. Chegou a hora de definir os preparativos do tão sonhado casamento? Saiba quanto custa esse sonho. Intercâmbio. Seu filho de malas nas mãos e o mundo como opção de estudos. Saiba tudo sobre os melhores tratamentos estéticos para o seu corpo. E o que doutor Drauzio Varella tem para contar. Esperamos você nessa nova leitura.

Imagine colocar uma pequena mecha de cabelos presa num modelador e, após esperar poucos segundos, o seu cabelo sair com cachos? Este novo produto, sensação entre as mulheres, também está na Madeleine. Quer saber mais? Acesse a nossa página no facebook e participe com a gente desta novidade. Sorteio dia 25 de abril. Madeleine testou o modelador e realmente funciona! Venha saber mais sobre essa novidade!


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