Viajante Ano I - Edição nº 1 - agosto|setembro|outubro 2011
Viale BRT, o futuro é agora O legado dos esportes
Copa do Mundo e Olimpíadas podem deixar grandes soluções para o sistema viário brasileiro
100 anos de Machu Picchu
Os turistas que visitam a cidade inca andam em um modelo Senior Turismo
Expediente
03. Editorial
Um novo tempo A Revista Viajante é uma publicação trimestral da Marcopolo Coordenação Geral Marketing Marcopolo Conselho Editorial André Luis de Oliveira José Carlos Secco Méri Steiner Paulo Corso Petras Amaral Santos Ricardo Portolan Rodrigo Pikussa Walter Cruz Site www.marcopolo.com.br Endereços Unidade Ana Rech Av. Rio Branco, 4889 Bairro Ana Rech Caxias do Sul - RS - Brasil CEP: 95060-650 Fones: (0800) 702-7070 (Brasil) ou +55. 54. 2101.4000 (outros países) E-mail: contato@marcopolo.com.br Unidade Planalto Av. Marcopolo, 280 - Bairro Planalto Caxias do Sul - RS - Brasil CEP: 95086-200 Fones: (0800) 702-7070 (Brasil) ou +55. 54. 2101.4000 (outros países) E-mail: contato@marcopolo.com.br Coordenação, Produção e Edição Invox Mais Comunicação Rua Bento Gonçalves, 2221, sala 502 Centro | Caxias do Sul | RS (54) 3028.2868 invox@invoxcomunica.com.br Jornalistas Responsáveis Adriana Schio MTB/ RS 8107 Simoni Schiavo MTB/ RS 8821 Projeto Gráfico e Direção de Arte Cíntia Colombo Impressão Gráfica São Miguel Periodicidade trimestral Distribuição gratuita Tiragem 10 mil Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos são reservados.
04. Sistema Viário
A lição dos grandes eventos esportivos
06. Novidades
Maiores e Melhores Novo portal Ande mais de ônibus
07. Cliente Vip
72 anos da Ouro e Prata
08. Turismo
De ônibus em Machu Picchu
12. Especial Sistema BRT
17. Cultura
Filme Ponto Final Arte na estrada Memória Marcopolo
19. Serviço
Representantes dos mercados brasileiro e externo
Editorial Júlio Soares/Objetiva
Um novo tempo Aproximar ainda mais a Marcopolo de seus clientes, compartilhar os temas pertinentes ao setor do transporte rodoviário, trocar experiências e dar a oportunidade de uma leitura interessante, leve e agradável. Esses são os objetivos que nos levaram a criar a revista Viajante, lançada recentemente. Direcionada aos públicos que se relacionam com a nossa marca, a publicação também abre espaço para conhecer a sua história e a sua opinião sobre os mais diferentes assuntos. Ao mesmo tempo, nos permite contar sobre as estratégias, planos e ações da Marcopolo para continuar crescendo. Nesta primeira edição, nosso destaque é a apresentação do Viale BRT, modelo de operação de transporte urbano por linhas exclusivas. O novo produto da Marcopolo voltado a esse sistema é um projeto com dois anos de maturação e será apresentado na Transpublico, feira do setor de transporte de passageiros realizada em São Paulo, de 24 a 26 de agosto. O modelo mostra-se uma solução eficiente e de baixos custos de implantação e operação para o futuro do transporte nas grandes cidades. Uma matéria especial mostra o impacto positivo na qualidade de vida da população que tiver a chance de
utilizar esse moderno e eficiente meio. Implantado com sucesso em Bogotá (Colômbia), sob o nome Transmilênio, o BRT reúne uma série de vantagens que vão além de aproximar pessoas e destinos com maior rapidez, segurança e conforto. Com capacidade para atender a um grande número de passageiros, resulta em menos carros nas ruas, melhorando o tráfego e reduzindo sensivelmente a poluição dos grandes centros urbanos. E, como sabemos, a preservação do meio ambiente está entre as principais bandeiras de governos, empresas e da população neste século. A revista Viajante também mostra que a infraestrutura de transporte é o principal legado deixado pelos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo da África, em 2010, e, mais recentemente, a Copa América, na Argentina. Lições que, se bem aprendidas, irão trazer benefícios significativos para os brasileiros a partir da Copa de 2014. A participação da Marcopolo nas atividades culturais, como exemplifica o filme Ponto Final, de Marcelo Taranto, e as campanhas da empresa também fazem parte dessa primeira edição da revista que, esperamos, se torne uma companhia aguardada a cada novo lançamento.
José Rubens de la Rosa Diretor Geral
Sistema Viário
As lições dos grandes eventos Competições como Copa América e Copa do Mundo deixam legados para as cidades e o país. Possivelmente, o sistema de trânsito é o maior deles
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Nos próximos anos o Brasil estará nos holofotes do planeta em função de dois grandes eventos esportivos mundiais que serão sediados em solo verde e amarelo: a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. Pela grandiosidade das competições e o volume de pessoas que elas devem atrair para o país, inúmeras são as demandas que precisarão ser providenciadas, especialmente no que se refere à infraestrutura de transporte envolvendo os diversos modais. O governo federal e algumas prefeituras, especialmente das
cidades-sede dos jogos, em parceria com a iniciativa privada, já iniciaram as movimentações, mas ainda há muito a ser feito. Rodrigo Pikussa, gerente comercial de exportação da Marcopolo, que acumula know-how em eventos dessa envergadura, aposta na concentração de obras e investimentos, especialmente relacionados ao transporte urbano, para o final de 2013 e o início de 2014. Para atender a delegações, turistas, torcedores e a imprensa mundial com eficiência e conforto – no que diz respeito à mobilidade, o Brasil pode se inspirar nos modelos dos últimos campeonatos. O exemplo
Julio Soares/Objetiva
esportivos mais recente é a Copa América 2011, realizada em julho, na Argentina. O maior evento de futebol das Américas contou com a participação e a experiência da Marcopolo. Através de parceria com a argentina FlechaBus, transportadora oficial do evento, a empresa de Caxias do Sul (RS) forneceu 15 unidades do modelo Paradiso 1800 Double Decker, utilizadas para o transporte das 12 delegações participantes e como apoio e suporte para a seleção da anfitriã Argentina. Para a Marcopolo, a experiência não foi nova. A marca já havia sido escolhida para fornecer os ônibus para a edição de 2004, no Peru, e de 2007, na Venezuela. Pikussa atribui a escolha à expertise, ao Know-how e à rápida capacidade de produção e reação da com-
panhia para oferecer produtos com padrão de conforto e segurança de classe mundial associada a prazos exíguos, especialmente quando se tratam de veículos com características especiais. No caso da Copa América 2011, foram exatas três semanas contabilizando o tempo de produção e a logística de distribuição dos veículos para a Argentina. Quando o certame aconteceu na Venezuela, o prazo somou 90 dias entre a produção e a entrega de aproximadamente 150 unidades. A Copa do Mundo na África do Sul é outro fato positivo que merece ser estudado e avaliado para replicação no Brasil. Johanesburgo, maior cidade do país e a quarta maior do continente africano, com cerca de 5,3 milhões de habitantes, preparou-se para sediar o mundial com a implantação do modelo Rea Vaya de BRT. Abastecido 100% por veículos da
Marcopolo, o sistema desafogou o conturbado transporte urbano da cidade dominado por vans, chamadas localmente de táxis, oferecendo qualidade e segurança para quem prestigiou os jogos do mundial. Muito além de solucionar os problemas momentâneos para fazer bonito em um evento esportivo de repercussão mundial como a Copa do Mundo, o sistema Rea Vaya melhorou as condições da cidade e da população, que após o evento permanece sendo contemplada com os inúmeros benefícios do BRT. “Nenhum outro tipo de transporte tem a flexibilidade proporcionada pelo ônibus. Um sistema de transporte urbano eficiente é catalisador para os problemas das cidades. Possivelmente esse é o grande legado deixado pelos investimentos feitos pelos países que se habilitam a sediar esses eventos”, pontua o gerente da Marcopolo.
A Marcopolo forneceu 15 unidades Paradiso 1800DD para o transporte das delegações participantes da Copa América, realizada em julho, na Argentina
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Novidades
Canal interativo Os diversos públicos da Marcopolo ganham um novo portal para interagir com uma das líderes mundiais no desenvolvimento de soluções para o transporte coletivo. Com design moderno, o website permite navegação rápida e interação com as redes sociais, como twitter e facebook, de forma prática. Um das inovações é a compatibilidade do site com diversas plataformas móveis, como Iphone, Ipad e Android, entre outros. Além disso, o portal permite que o cliente interessado na aquisição de um produto Marcopolo navegue pelo site do Banco Moneo, instituição financeira especializada no segmento de transportes. Acesse o site www.marcopolo.com.br.
Destaque no ranking Os investimentos e estratégias desenvolvidas pela Marcopolo nos últimos anos resultaram no excelente desempenho que a empresa apresenta no Guia Exame Melhores e Maiores 2011. A companhia mostrou a maior valorização das ações no setor de autoindústria, com um aumento de 119% em 2010, sendo a quarta em crescimento entre todas com papéis negociados na Bolsa de Valores. A Marcopolo também conquistou o terceiro lugar no ranking das melhores empresas. As ações realizadas no Brasil e no mundo também permitiram um crescimento de 38,4%, fazendo da companhia a quarta que mais cresceu e colocando-a como a terceira melhor em liquidez corrente e a sexta melhor em três índices: liderança de mercado, rentabilidade e riqueza por empregado. A empresa ainda foi incluída entre as multinacionais brasileiras com maior crescimento e projeção no exterior, com operações em sete outros países, e entre as companhias brasileiras que superam a barreira de um bilhão de dólares de receita líquida. Mais do que um lugar de destaque no ranking empresarial, esses dados mostram uma companhia com foco no seu negócio e com estratégias específicas e eficientes para um crescimento amplo e constante.
Pequenas ações, grandes resultados Pequenas ações podem resultar em benefícios incalculáveis para um mundo melhor agora e no futuro. Com o objetivo de conscientizar as pessoas para essa realidade, a Marcopolo tem trabalhado também para estimular o maior uso do transporte coletivo de passageiros. Um exemplo é a campanha Ande mais de ônibus, traduzida pelo questionamento “Que mundo você vai deixar para mim?”. Sinônimo de maior preservação dos recursos naturais através da redução
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da poluição ambiental pelo menor uso de combustíveis, o programa provoca uma reflexão sobre o tema e convida a uma mudança de comportamento e atitudes por uma mobilidade sustentável. A campanha também propõe um trânsito mais organizado e eficiente, com menos carros nas ruas. O mesmo conceito é levado para outras ações, como o Dia Mundial sem Carro, programado para 22 de setembro, que incentiva a viver uma cidade diferente e solidária.
Renê Cabrales
Cliente Vip
Há 72 anos percorrendo caminhos Especializada em longas distâncias, a Viação Ouro e Prata, de Porto Alegre, conta com uma frota de ônibus modernos e confortáveis que aproximam pessoas de diversas cidades do norte ao sul do Brasil. A empresa atua com destaque no transporte intermunicipal de passageiros do Rio Grande do Sul, além de operar no segmento interestadual, ligando os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará. Sua operação conta, ainda, com linhas internacionais que ligam o Rio Grande do Sul à Argentina e ao Uruguai. O diretor-presidente Hugo Fleck, que é também presidente da RTI – Associação RioGrandense de Transporte Intermunicipal, conta um pouco da história de sucesso da empresa, que desde 1964 é parceira da Marcopolo e tem hoje 100% da frota com modelos da marca. VJ: Como surgiu a Ouro e Prata? Hugo Fleck: Nasceu como a maioria das empresas gaúchas, no interior, no município de Crissiumal, em 1939. No início a empresa transportava pessoas e cargas. Quando começou a Segunda Guerra Mundial, em 1939, passamos a transportar apenas passageiros. Fazíamos a região das Missões. Em 1948, inauguramos a primeira linha para Porto Alegre. Até então os passageiros iam de trem para a Capital. Não havia asfalto, as estradas eram precárias. Em 1958 começamos as primeiras linhas noturnas para Porto Alegre e transferimos a sede da empresa para lá. Nesse período, foi incorporada a empresa Rainha da Fronteira, que também fazia a linha para a Capital. No final da década de 50 foram outorgadas as concessões e as estradas começaram a ser asfaltadas, dando impulso ao crescimento do setor de transporte de passageiros. Os serviços foram aprimorados, houve melhoria dos ônibus, que passaram a oferecer mais conforto, mas os ganhos significativos na qualidade de equipamentos aconteceram a partir dos anos 80.
VJ: Há quanto tempo a Ouro e Prata é cliente da Marcopolo? Fleck: Passamos a utilizar ônibus da Marcopolo a partir de 1964. Hoje, 100% da nossa frota é Marcopolo. Contamos com 210 veículos dos modelos G5, G6 e, mais recentemente, o G7, com um programa de renovação da frota de 15% a 20% ao ano. VJ: O que fez a Ouro e Prata optar por soluções Marcopolo? Fleck: A proximidade entre Porto Alegre e Caxias facilitou o desenvolvimento do relacionamento entre as empresas, caracterizando-se como um diferencial da Marcopolo. Por outro lado, o serviço de atendimento, a qualidade e a atualização dos produtos contribuem de maneira significativa para fortalecer nossa parceria. VJ: O que destaca nesses anos em que a Ouro e Prata tem utilizado ônibus da Marcopolo? Fleck: A evolução constante. A Marcopolo sempre primou em ter equipamentos de qualidade mundial. Mesmo quando havia dificuldades na importação de componentes, como ar-condicionado, a Marcopo-
lo buscou soluções nacionalizadas com padrão mundial. VJ: Qual o principal desafio da empresa nos próximos anos? Fleck: O grande desafio é se manter competitivo e operar com custo baixo para o cliente. Hoje todo o sistema está sendo questionado por uma lei mal feita na Constituição de 1988, que não permite as prorrogações e renovações das concessões. VJ: E o caminho para o setor de transportes no Brasil? Fleck: O Brasil tem o maior e mais completo sistema de transporte de passageiros por ônibus do mundo. Mas teremos que passar por uma reestruturação que custará caro para empresas e usuários. Precisaremos enfrentar a questão das concessões no marco regulatório. Uma lei mal elaborada poderá levar as empresas a uma crise institucional e operacional. Vamos mudar tudo para ficar pior e mais desorganizado? Do ponto de vista operacional isso é uma loucura. A saída é mudar a lei, mas falta vontade política. Afora isso, o setor tem plena capacidade de desenvolvimento.
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Turismo
Na trilha inca, de ônibus
Praticamente todas as pessoas que visitam Machu Picchu andam em um ônibus Marcopolo. A companhia é responsável por 100% da frota que faz o transporte no local 8
Ela foi redescoberta há 100 anos e continua encantando milhares de turistas que viajam ao Peru para desvendar os mistérios que ainda cercam a antiga cidade perdida inca. Patrimônio Mundial da Unesco e umas das sete maravilhas do mundo moderno, Machu Picchu impressiona pela beleza e magnitude. E, como não poderia deixar de ser, a Marcopolo está presente nessa aventura histórica e cultural: 100% da frota que realiza o transporte no local é da companhia bra-
sileira, ou seja, praticamente todas as pessoas que visitam o lugar andam no modelo Senior Turismo da Marcopolo. Alguns poucos se encorajam a subir a montanha a pé, pela antiga trilha Inca, mas até esses voltam de ônibus do passeio. Em julho deste ano, o Peru comemorou um século do redescobrimento da cidadela por uma equipe de exploradores liderada pelo americano Hiram Bingham, o que fomentou ainda mais o turismo na região.
Paisagem exuberante Construída em meio a imponentes montanhas e cercada por vegetação abundante da mistura entre a Cordilheira dos Andes e a Floresta Amazônica, o conjunto arqueológico data de 1.500. Localizada a 130 quilômetros ao noroeste de Cuzco, província de Urubamba, na crista da montanha, Machu Picchu está a 2.360 metros acima do nível do mar, sendo ladeada por um profundo cânion formado pelo Rio Urubamba. As encostas quase verticais e profundas gargantas estreitas fazem ecoar o som das águas turbulentas dos rios. Conhecendo a cidadela Com cerca de nove hectares, a cidade está dividida em três grandes setores: o primeiro é o bairro sagrado, que inclui Intiwatana (o Templo do Sol e a habitação das Três Ventanas), representação simbólica de Tamputocco, o monte das Três Janelas onde, segundo a lenda, teve início a criação. O segundo é o bairro dos sacerdotes e da nobreza, e o terceiro é a zona popular. Machu Picchu também pode ser dividida em outras duas áreas: a agrícola, com grandes plataformas que descem pelas montanhas, e a urbana, com praças, templos e moradias. Alguns fazem fila a partir das 3 horas da manhã para ter o privilégio, concedido a apenas 200 pessoas por dia, de assistir ao amanhe-
cer desde o Huayna Picchu, montanha de 2.260 com construções incas em seu topo e uma vista exuberante. Estímulo à imaginação Ao chegar à cidadela, cuja história escrita não existe, é grande a tentação de imaginar como era a vida de quem ali vivia. As imagens que vêm à mente são de pessoas caminhando pelas praças e ruelas, realizando cerimônias e afazeres rotineiros. O lugar continua envolto em mistério e misticismo. Rodeado de templos e altares, a impressão é de que cultos faziam parte da cultura. O que se sabe é que a cidade estava dotada de todos os recursos para funcionar sem depender do exterior, com campos de cultivo, gado e oficinas. Como chegar Para chegar à antiga cidade perdida é preciso pegar um voo até Lima, capital do Peru, e outro até Cuzco, cruzando do litoral peruano à Cordilheira. De Cuzco é preciso pegar um ônibus até Poroy. A partir daí a opção mais utilizada é ir até a cidade de Aguas Calientes, que exige uma caminhada de quatro a cinco dias, e subir de ônibus ao topo da montanha, onde está Machu Picchu. O trajeto dura cerca de 25 minutos. A outra forma é utilizar os trens que saem de Poroy, com duração de quatro horas ida e volta.
Serviço Pacotes e sugestões de hotéis e voos para se chegar ao Peru no site www.machu-picchu.cc
Na foto, frota Marcopolo a serviço dos turistas
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Especial
Planejando o futuro agora Aplicado com sucesso em diversas cidades no mundo, o sistema BRT é a solução para um transporte urbano mais rápido, mais seguro, de baixo custo e com menor impacto ambiental Resolver o engarrafamento e o trânsito normalmente caótico das grandes cidades é uma preocupação crescente que acompanha as administrações públicas há décadas. Esse desafio pode ser enfrentado e superado com o planejamento da mobilidade urbana, a adoção de políticas de priorização do transporte público e investimentos em soluções inovadoras e de qualidade que atraiam mais passageiros para o transporte coletivo. Um dos modelos mais eficazes que vem sendo gradativamente implantado nos grandes centros urbanos ao redor do mundo é o BRT (Bus Rapid Transit), ou ônibus de trânsito rápido, que alia as modernas características dos veículos ao ineditismo e facilidades do serviço. Recomendado para cidades com população a partir de 600 mil habitantes, o sistema funciona em corredores segregados, com paradas pré-determinadas ou até mesmo sem paradas intermediárias, operando como um ônibus expresso. Com isso, agrega uma série de vantagens associadas a menor custo. No BRT não há outros modais cruzando o caminho dos ônibus. Livre dos automóveis, permite velocidade média de 20 a 30 km/hora, enquanto o sistema convencional oferece velocidade média de 10 a 12 km/hora, resultando em viagens mais
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rápidas com ganho de tempo e sem atropelos para o usuário. Essa performance pode ser aprimorada ainda mais com a adoção do sinal verde. Coleção de vantagens O BRT é o sistema de transporte coletivo que mais cresce no mundo, pois oferece uma série de vantagens tanto para passageiros como para governos, frotistas e cidades. Além de agilidade nos deslocamentos, os usuários são beneficiados com o conforto (uma vez que o sistema permite trabalhar com ônibus dife-
renciados), com a segurança e as facilidades da bilhetagem eletrônica, associadas à economia da passagem integrada. Um estudo comparativo, elaborado pela Jaime Lerner Arquitetos Associados, de Curitiba (PR), aponta o tempo necessário para percorrer uma distância de 10 km com o uso de diversos modais, considerando o deslocamento até o terminal, o acesso à plataforma e à rua: enquanto o passageiro de metrô leva 28,6 minutos, o de VLT
(Veículo Leve sobre Trilho) demora 34 minutos e o sistema de ônibus convencional exige 38,4 minutos, no BRT esse deslocamento fica em 26 minutos. As empresas frotistas também se deparam com inúmeras vantagens, como economia de custos e de combustível, melhor controle da evasão de receita com a bilhetagem eletrônica e a redução do número de ônibus na rua pela sistemática do serviço e a adoção de veículos diferenciados – um ônibus BRT transporta até 120 pessoas, enquanto o convencional leva 70 a 80 passageiros. Quando o assunto é prazo e custos para a instalação do sistema, igualmente o BRT oferece forte vantagem sobre os outros modais. Estudos indicam que, no metrô, o custo para implantação por quilômetro para 150 mil passageiros/ dia é de R$ 2,1 bilhões; no VLT é de R$ 404 milhões; no BRT R$ 111 milhões; e no ônibus convencional R$ 55 milhões. O prazo de cons-
trução do sistema também é aproximadamente três vezes inferior quando comparado ao metrô. A operação, por sua vez, é mais barata (por não ter o custo do trilho e outros mecanismos do metrô), mais simples e mais flexível, permitindo o deslocamento dos ônibus com flexibilidade ao longo das linhas. Com isso, o governo também é beneficiado, já que o sistema se paga com o serviço, não exigindo subsídio público como acontece com outros modais. Mas possivelmente um dos maiores ganhos do BRT respingue nas cidades, presenteadas com a redução significativa da poluição e da frota de veículos, melhoria das condições de mobilidade urbana e maior qualidade de vida para toda a população – usuária ou não do serviço. O sistema apresenta elevada eficiência energética, contribuindo para a sustentabilidade das cidades e do planeta. Transporta mais passageiros utilizando menos combustível e emite menos poluentes na atmosfera. Uma motocicleta, por exemplo, polui 32 vezes mais e consome cin-
co vezes mais energia por pessoa transportada do que o ônibus. Já o automóvel é 17 vezes mais poluente e consome 13 vezes mais energia em comparação ao ônibus. Sem contar que os ônibus mais modernos podem utilizar combustível renovável, como etanol, energia elétrica e biodiesel, ou conjugar eletricidade e etanol nos modelos híbridos – todos com baixíssima emissão de gases efeito estufa e poluentes. Mais barato, mais eficiente, com infraestrutura menos complexa e de menor impacto ambiental, o BRT tem se mostrado, cada vez mais, a solução adequada para a gestão de transporte nas grandes metrópoles. Eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olímpiada de 2016 abrem oportunidade ímpar para as cidades brasileiras viabilizarem projetos dessa ordem. O sistema BRT continua sendo o meio mais acessível, rápido, seguro e eficiente, e possivelmente irá absorver os recursos previstos para a construção de sistemas de mobilidade urbana nas principais capitais do país capacitadas para sediar os jogos do mundial.
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Especial
Viale BRT, a grife Marcopolo Etapas
Metrô
BRT
Prazo (anos)
Custo (US$)
Prazo (anos)
Custo (US$)
Projeto Inicial
1
2,6 mi
0,5
0,17 mi
Financiamento
2
0,29 mi
0,5
0,12 mi
Projeto Executivo
1
2,86 mi
0,5
0,29 mi
Implementação
5
1,143 mi
1
63 mi
Total
9
1,150 mi
2,5
63,6 mi
Com 37 anos de expertise em projetos de transporte em grandes centros urbanos, a Marcopolo transformou-se em uma das principais fornecedoras mundiais de ônibus para o BRT. Veículos da marca são utilizados nos sistemas de diversas cidades em diferentes países, como África do Sul, Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala, México e Panamá. Para responder aos crescentes desafios de mobilidade das cidades, a empresa continua investindo no desenvolvimento e fabricação de novos produtos, a exemplo do novo Viale BRT. Resultado de um minucioso projeto que demandou cerca de dois anos de maturação e pes-
quisa, o modelo será apresentado em primeira mão para o mercado brasileiro na Transpúblico 2011 e no Seminário Nacional NTU 2011, que acontecem de 24 a 26 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Inspirado nas condições viárias e topográficas do Rio de Janeiro, o veículo servirá de padrão para o corredor da capital carioca – a obra de transporte urbano mais avançada para a Copa do Mundo de 2014. O produto redefine a atual identidade dos ônibus urbanos brasileiros, expressando tecnologia, confiabilidade e segurança através de linhas fluidas e elementos estéticos oriundos dos mais modernos siste-
mas de transporte em nível mundial, como os trens de alta velocidade. Com uma série de avanços no design, robustez, segurança e conforto, tanto na parte interna como externa, o Viale BRT atende a todas as exigências dos sistemas de plataformas de embarque existentes no país, com opção de porta (1100 mm de vão livre) na frente do rodado dianteiro. “Ele pode ser configurado para atender os requisitos específicos de cada prefeitura em termos de número de passageiros e acessibilidade, em corredores, promovendo equilíbrio entre o transporte e as cidades”, destaca Paulo Corso, diretor de operações comerciais para o mercado brasileiro. Design diferenciado e robustez são algumas das características que definem o novo Viale BRT, resultado de um projeto de dois anos de maturação
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BRT Marcopolo no mundo
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Especial
Curitiba e Bogotá na vanguarda Curitiba foi a precursora mundial na implantação da modalidade de transporte coletivo rápido para sanar as deficiências de trânsito da cidade e levar mais qualidade de vida para a população. Criado na administração do prefeito e arquiteto Jaime Lerner, o projeto foi batizado de Linha Direta, com os ônibus articulados e biarticulados Ligeirinho. O ineditismo do sistema e os resultados positivos da experiência na capital paranaense fizeram com que outros países passassem a olhar com atenção o modelo brasileiro. Aos poucos, o projeto de Curitiba foi sendo aprimorado e replicado em diversas cidades pelo mundo. Bogotá, capital da Colômbia, é uma delas. Com quase 9 milhões de habitantes e uma geografia com característica longilínea, cujo desenho se assemelha a uma espada, Bogotá encontrou no TransMilenio a solução para o entruncado problema de trânsito local. O BRT TransMilenio teve sua construção iniciada em 1998. Na primeira fase foram implantados os troncais, uma coluna principal onde trafegam ônibus articulados e biarticulados. O projeto teve continuidade em 2003, com a conclusão da fase dois, quando foram construídos os alimentadores, responsáveis por fazer a ligação com os pontos não atendidos pelos troncais. A terceira fase, em execução, irá completar a malha viária urbana
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com subalimentadores, que farão o transporte dos passageiros até os alimentadores através de micro-ônibus. Hoje o sistema se assemelha a uma espinha de peixe, com vários entroncamentos e conexões entre as linhas, atendendo praticamente a todas as regiões da cidade. O deslocamento nos troncais é feito por corredores exclusivos. Com um único bilhete o usuário pode utilizar as linhas que desejar enquanto estiver dentro do sistema. A operação é realizada 100% com o uso de cartões, oferecendo segurança e agilidade. O sistema é abastecido 75% por carros da Marcopolo. Os troncais contam com ônibus urbanos Gran Viale articulados e Gran Viale biarticulados, enquanto modelos Gran Viale atendem aos alimentadores e o Senior urbano os subalimentadores. Hoje o serviço prestado pelo TransMilenio é reconhecido pela população como sinônimo de eficiência, economia, conforto e segurança, servindo de referência mundial no planejamento das cidades. Sua implantação permitiu a retirada de circulação de mais de 7 mil ônibus, melhorou o trânsito e reduziu a emissão de poluentes em 50%. O sistema mudou significativamente o estilo e o comportamento dos moradores, que passaram a deixar seus carros em casa. Atualmente esse eficiente modelo de transporte é utilizado por 70% da população bogotana, que se beneficia, diariamente, com suas facilidades.
Cultura
De ônibus pela vida O ônibus como símbolo de trajetória de vida e o motorista como condutor desse universo. Esse é o sentido que o diretor Marcelo Taranto buscou dar ao filme Ponto Final, que tem como cenário um ônibus. Produzir o drama dos personagens que utilizam o veículo para expor suas tristezas e sobreviver à dor de perdas e conflitos foi um sonho realizado para o diretor, que se apaixonou pelo texto de Francisco Azevedo na primeira vez em que o leu.
Levar o roteiro para o cinema foi possível com a parceria da Marcopolo, que cedeu o modelo Torino para a filmagem. “Vivíamos na expectativa de conseguir apenas um ônibus, mas quando conheci a Marcopolo era como se eu estivesse entrando na Fantástica Fábrica de Chocolate. O ônibus foi todo adaptado de acordo com o que precisávamos para permitir a relação com o inconsciente dos personagens”, conta o diretor. Sala, praça, calçadas, tudo foi criado para envolver o expectador numa experiência de vida. No elenco, atores consagrados como Roberto Bomtempo e Othon Bastos, além de Hermília Guedes, mostram a capacidade do ser humano de superar as adversidades da vida. Ponto Final conta a história de Davi, um executivo vivido por Bomtempo, que tem sua vida transformada com a morte da filha de 17 anos. “A trama mostra que só conseguimos superar a dor através do outro, do coletivo. Aí está mais uma simbologia do ônibus, o coletivo”, diz Taranto. Ponto Final tem 100 minutos distribuídos em crítica e a polêmica do retrato do universo urbano atual. Conceitos que o levaram a estar no seleto grupo dos filmes exibidos no 39º Festival de Cinema de Gramado (RS). Ele integra a categoria Mostra Competitiva de Longas Brasileiros e Estrangeiros, que teve 180 inscritos e apenas 14 selecionados, sendo sete brasileiros e sete estrangeiros. “A indicação já foi uma vitória e, quero acreditar, um retorno para quem nos apoiou tanto como a Marcopolo/Ciferal”, conclui o diretor.
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Cultura
Arte na estrada Aproximar pessoas, contribuir para a preservação do meio ambiente, ser cenário de filme... os ônibus provam a cada dia que versatilidade é uma de suas muitas características. Agora, eles também se transformam em espaços de expressão artística itinerante. A iniciativa é da Planalto, dentro do concurso Arte na Estrada. Com frota 100% Marcopolo, a empresa irá transformar 25 veículos, dos 50 adquiridos recentemente, em tela para pintores, designers, ilustradores e grafiteiros de todo o Rio Grande do Sul mostrarem seu talento. Três obras irão ilustrar a lateral externa dos ônibus e terão como tema Conectando Pessoas e Destinos. A intenção é tornar a arte itinerante, saindo dos quadros, museus e paredes para encontrar o público. A escolha dos artistas acontecerá por meio de votação e os inte-
ressados devem se inscrever pelo hotsite www.artenaestrada.com.br. Além de ter seu trabalho circulando pelas estradas do Brasil, que ficar em primeiro lugar no concurso será contemplado com uma viagem para Santiago do Chile. Para dar início ao projeto, o grafiteiro gaúcho Mateus Grimm já imprimiu seu trabalho nas laterais de nove ônibus da empresa.
Memória preservada
Imagens diversas fazem parte do acervo de mais de 60 mil itens da Memória Marcopolo, como a foto ao lado, que registra o local onde a empresa foi criada, em 1949
Mais de 60 mil itens fazem parte do acervo que conta a história de sucesso da Marcopolo desde sua inauguração, em 1949. Os materiais foram reunidos no Centro Documentação Memória Marcopolo, que será aberto em setembro na unidade industrial de Ana Rech. São imagens, revistas, clippings, jornais, informativos, troféus, brindes promocionais, vídeos, memória oral outras peças que mostram a trajetória de conquistas e a importância da empresa para o
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desenvolvimento econômico e social não apenas da cidade onde está inserida, mas de todo o país. O centro existe desde 1999, quando foi criado em homenagem aos 50 anos da Marcopolo. Com a ampliação dos materiais e para garantir maior conforto a quem busca informações, o acervo será realocado. O lugar é aberto para os colaboradores da empresa e também serve como referência de pesquisa para estudantes e a comunidade em geral.
Contate a Marcopolo Mercado Brasileiro
Goiânia / Topline Bus (62) 3297.1177 sergio@toplinebus.com.br wagner@toplinebus.com.br
Belém / Marconorte (91) 3039.1800 vendas@marconorte.com.br
Fortaleza / Ferrari J.G. (85) 3444.3222 rjferrari@ferrarirep.com.br eduardo@ferrarirep.com.br
Cariacica / Vitória Mar (27) 3336.2796 guilherme@vitoriamar.com.br
Recife / Polobus (81) 2125.2222 polobus@polobus.com.br
Cuiabá / Centro Polo Bus (65) 3634.3101 centropolobus@centropolobus.com.br
Salvador / Norbus (71) 3359.6533
SP/ Brasil Bus
vitor@norbus.net
(11) 3556.8286
romeusantos@brasilbus.com.br
Belo Horizonte / Marcobus (31) 3201.1971 marcobus@marcobus.com.br
Londrina / Roccopeças (43) 3348.5050
Curitiba / Sulbrave
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Rio de Janeiro / Riomarci (21) 2590.3449 riomarci@riomarci.com.br
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México / Polomex S.A. (52) 81 8130 2301 alberto.calcagnotto@ polomex.com.mx
São José / Carmar (48) 3381.8888
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Mercado Externo Cuba / Carlos Cañedo 53 7 273 9747 canedo@enet.cu
El Salvador-NicaraguaGuatemala-HondurasBelize / Centrobus S.A. 503 2237 9541 centrobus@centrobusamerica.com Costa Rica / Imp. Zuzu S.A. 506 2 537 1119 claudiozs@impzuzu.com Panamá / Imp. Zuzu S.A. 506 2 537 1119 claudiozs@impzuzu.com Colômbia / Superpolo S.A. 57 1 877 6900 superpolo@superpolo.com.co Chile / Comercial Epysa Ltda. 56 2 620 9010 anovion@epysa.cl marcopolo@epysa.cl
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