Revista Viajante Ed. 16 - dezembro 2015

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Revista Revista Marcopolo Marcopolo

Edição 16 16 Edição Dez 2015 Dez 2015

OOequilíbrio equilíbrio vem vemdo do exterior exterior Com Como odólar dólarem em alta, a exportação alta, a exportação segura seguraososnegócios negócios

Entrevista NovoEntrevista CEO Marcopolo Francisco Neto Novo CEOGomes Marcopolo Francisco Gomes Neto

BR 319 Ligação entre Manaus e BR 319 o resto do Ligação entre Brasil Manaus e o resto do Brasil

Busworld 2015 Tecnologia para2015 atrair Busworld mais passageiros Tecnologia para atrair mais passageiros

Sustentabilidade Energia renovável Sustentabilidade Movimento global Energia renovável Movimento global


PARADISO 1800 DD

CONFORTO E SOFISTICAÇÃO Projetado para oferecer os mais altos padrões de conforto e sofisticação, o modelo Paradiso Double Decker combina tecnologia e amplo espaço interno para proporcionar uma viagem segura e ainda mais agradável.


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EXPEDIENTE

Ao leitor

Paulo Corso Diretor de Operações Comerciais e Marketing

Um ano muito diferente

Coordenação Geral Departamento Comercial e Marketing Produção e edição de textos Secco Consultoria de Comunicação Sabrina Leme MTB-RS 15062 Projeto Gráfico Setor de Comunicação Impressão Cromo Gráfica e Editora Edição Digital www.marcopolo.com.br

Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos reservados. Imagens e configurações de produto podem sofrer alterações sem aviso prévio.

O ano de 2015 não será esquecido tão cedo. Para muitos deveria ser deletado, mas é justamente nas adversidades que buscamos maior eficiência, revemos nossas ações e focamos mais nos pontos a serem melhorados e também nos nossos diferenciais competitivos. Sem dúvida, foi um ano exaustivo em todos os aspectos, física, mental e emocionalmente. Mas que no final traz um sabor diferente porque, mais uma vez, aprendemos a lidar com as adversidades e nos reinventamos para sair fortalecidos e olhar os negócios de outra forma. Desde o início de 2015, fomos obrigados a literalmente “correr atrás do prejuízo” porque as perspectivas não indicavam uma queda de mercado tão grande quanto a registrada no Brasil. Cada dia e cada mês foram vividos intensamente para que conseguíssemos enfrentar e superar as dificuldades impostas pela crise econômica e política. Cada um na Marcopolo se multiplicou. E, trabalhando em equipe, conseguimos adequar a nossa produção à

Julio Soares

demanda, ampliar ligeiramente as exportações e atender os desejos dos clientes. O cenário ainda está longe de ser o que desejamos, mas a esperança é forte por dias melhores para o setor de ônibus, seja para a indústria e também para os operadores, assim como a nossa determinação e vontade em inovar, surpreender e oferecer mais. Não foi e não está sendo fácil, mas temos a confiança interior de que temos os recursos humanos necessários para superar mais este momento. E por falar em momento, aproveito o final de ano, sempre época para mudanças, e convido você, leitor, a apreciar a Viajante, agora renovada, mais moderna e interessante. Nesta edição, você conhecerá um pouco mais sobre o novo CEO da Marcopolo, as mais recentes tendências do mercado mundial do ônibus e também sobre a nossa contínua e constante luta para fazer dele – o ônibus – o veículo da mobilidade, da sustentabilidade e do bem-estar da sociedade. Feliz Natal e renovo aqui a esperança de um próspero 2016. Boa leitura!


Dezembro 2015

22 Capa

Exportações equilibram atual cenário do mercado

João Paulo Cegunski

Com o dólar em alta, a exportação segura os negócios

06 Rota das Notícias

20 Especial

20 anos Brocker Turismo

Expedição destaca importância da BR 319

Crescimento Princesa dos Campos

28 Inovação

Nossar 90 anos

Busworld 2015, foco na tecnologia e na mobilidade sustentável

Volante de Oro Epysa Club

11 Reconhecimento 500 maiores do Sul AutoData Maiores e Melhores

30 Boas Práticas Ambiente escolar transformado pela música

32 Sustentabilidade Mudança para diminuir a emissão de poluentes

34 Guia do Viajante

13 Lançamentos

Goiás: paisagem exuberante dominada pelo cerrado

14 Panorama

43 Representante

José Antônio Martins

Topline Bus, sempre próxima

Falta de mobilidade interfere na competitividade brasileira

44 Cliente

Francisco Gomes Neto

SOGIL, tradição no transporte de Gravataí

Primeiros meses intensos para o novo CEO Marcopolo

46 Visitas


ROTA DAS NOTÍCIAS

Brasil

Brocker Turismo: tradição em bem receber Turismo é a energia que movimenta as pessoas. E há 20 anos, a Brocker Turismo recebe quem deseja conhecer os encantos da Serra Gaúcha fortalecendo uma tradição do povo gaúcho: a hospitalidade. A operadora, com sede em Canela e loja-conceito em Gramado, é a responsável pelo BusTour, o transporte turístico oficial de Gramado e Canela. Com o privilégio da vista panorâmica, o visitante percorre os principais pontos turísticos das duas cidades a bordo de um Viale DD Sunny. O modelo de transporte contribuiu para a mobilidade urbana por diminuir o número de carros nas ruas. Por dia, quatro ônibus transportam cerca de 300 pessoas. Consolidando as duas décadas de atuação, a Brocker anunciou durante a 27ª edição do Festival do Turismo de Gramado a nova marca da empresa: Grupo Brocker Turismo, com serviços especializados para oferecer ao turista todo o suporte de viagem necessário. Mudança que amplia a atuação e fortalece a presença da empresa na Serra Gaúcha e Porto Alegre.

Splash Studio

Splash Studio

Novidade na frota da Santo Antônio

Alesi Ditadi

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Viajante - Edição 16 - Dezembro 2015

A mais recente aquisição da Transporte Coletivo Santo Antônio, de Bento Gonçalves/RS, é um modelo Paradiso 1200. Com capacidade para 46 passageiros, o veículo será utilizado em roteiros turísticos que incluem o passeio de Maria Fumaça, tradicional atração da Serra Gaúcha, na Região da Uva e Vinho. É equipado com ar-condicionado, calefação, três monitores, sanitário, poltronas semileito com descansa perna, carregador de celular individual, frigobar e cama para motorista.


ROTA DAS NOTÍCIAS

Brasil

Expresso Nordeste adquire 8 Paradiso 1800 DD Oito novos modelos Paradiso 1800 Double Decker foram integrados à frota da Expresso Nordeste, empresa paranaense sediada em Campo Mourão. Os veículos realizarão transporte interestadual de passageiros em linhas que cruzam os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro e vão até o Paraguai. Os veículos têm capacidade para transportar 53 passageiros, 44 no piso superior, acomodados em poltronas semileito supersoft, e nove no piso inferior, em poltronas leito hipersoft.

Ito Cornelsen

Marina Bueno

Princesa dos Campos está entre as que mais crescem Com frota renovada pela aquisição de 14 novos ônibus Paradiso 1600 Low Driver, o Expresso Princesa dos Campos conquista a 10ª colocação no segmento de Transporte e Logística no ranking das Pequenas e Médias Empresas que Mais Cresceram no Brasil, sendo a única do segmento dedicada ao transporte de passageiros. A pesquisa é organizada pela consultoria Deloitte em parceria com a revista Exame e avalia 200 empresas. Das 14 unidades adquiridas, sete unidades foram destinadas à Princesa dos Campos, seis para a Viação Cantelle e uma desenvolvida para o serviço Airport Conect, Anualmente, que transporta passageiros a empresa do Aeroporto Internacional transporta 11 de Curitiba até a cidade milhões de de Ponta Grossa/PR. Com passageiros mais de 80 anos de tradição, o Expresso Princesa dos Campos tem no seu DNA o comprometimento com a excelência em serviços. Sua história é marcada por constantes avanços e inovações, desde o transporte de malas postais, na década de 30, até a condição de referência nacional do setor. Anualmente, transporta 11 milhões de passageiros por 30,6 milhões de quilômetros e possui mais de 370 ônibus, dos quais 200 destinados ao transporte de passageiros. São mais de 700 cidades atendidas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Com moderna frota, oferece conforto e segurança, com veículos equipados com wi-fi, ar-condicionado inteligente, suspensão eletrônica e equipamento de telemetria, entre outros.

Ito Cornelsen Viajante - Edição 16 - Dezembro 2015

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ROTA DAS NOTÍCIAS

Mundo

Celebração especial

Pablo Oxley

A comemoração de 90 anos da Nossar, tradicional empresa de transporte do Uruguai, movimentou a cidade de Durazno. O diretor de operações comerciais da Marcopolo, Paulo Corso, a coordenadora comercial do mercado externo, Maria Aparecida Lima, e o diretor da Dusil S.A, Jorge del Rio, representaram a Marcopolo no evento cujo anfitrião foi o sr. Pablo Nossar. Juntamente com a família e colaboradores da empresa, ele recepcionou os amigos e parceiros que se reuniram para celebrar a trajetória iniciada em 1925.

Divulgação Marcopolo

Em visita à Caxias do Sul, o aniversário da empresa também foi celebrado. Sr. Pablo Nossar foi recepcionado por Paulo Bellini e Therezinha Comerlato Pinto, juntamente com Mateus Lorandi, Ruben Bisi, Ricardo Portolan, Francisco Gomes Neto, Livia Faria Cruz Gomes, Maria Aparecida Lima, Paulo Corso e Jorge del Rio. 08

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Divulgação Marcopolo


ROTA DAS NOTÍCIAS

Mundo

Paradiso 1800 DD para a ETM A Marcopolo fez a entrega, recentemente, de 10 ônibus Paradiso 1800 DD para o Grupo ETM – Empresa de Transportes Maullin, uma das principais empresas chilenas do transporte de passageiros e com mais de 50 anos de atividades. Cliente tradicional, a operadora tem um contínuo processo de renovação de frota. Os Paradiso 1800 DD, que são utilizados em linhas de médias e longas distâncias, possuem duas diferentes configurações internas: quatro ônibus com 20 poltronas leito cama no piso superior e 12 leito no inferior; e seis unidades com 43 poltronas leito. Todos possuem monitores de LCD fixos, bares com geladeiras e aquecedores de líquidos, toalete e duas opções do Pacote de Segurança Ativa Scania: o Lane Departure Warning (LDW), que avisa o motorista se o ônibus estiver saindo da pista, e o Adaptive Cruise Control (ACC), que auxilia na manutenção da distância em relação ao veículo à frente.

Mateus Lorandi

Turbus só com Double Decker Marcopolo A Turbus, uma das principais operadoras de transporte do Chile, adquiriu 47 novos ônibus Paradiso 1800 Double Decker. Com configurações variadas, 41 veículos são destinados ao serviço executivo, equipados com poltronas semileito/leito, e seis ônibus para serviço VIP, equipados com poltronas leito cama, preparadas para receber sistema multimídia de entretenimento individual. O grande diferencial dos novos

ônibus é a nova pintura externa, mais moderna e chamativa. Além disso, todas as unidades foram equipadas com o sistema de áudio e vídeo, wi-fi a bordo, tomadas de USB nas poltronas, entre outros opcionais. Esta nova frota faz parte da estratégia da empresa para diversificar e diferenciar os serviços oferecidos, agregando maior comodidade e buscando oferecer uma experiência muito mais agradável na viagem.

Luiz Perez

Luiz Perez

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ROTA DAS NOTÍCIAS

Mundo

Andres Lang / EPYSA Club

Epysa promove 10ª edição do prêmio “Volante de Oro” O prêmio “Volante de Oro” transformouse no mais importante reconhecimento do transporte de mercadorias e passageiros da indústria chilena. Promovida pela Epysa Club em Santiago, a premiação alcançou sua 10ª edição e contou com a presença de autoridades, representantes de sindicatos, empresários dos setores do transporte de e carga e de passageiros, bem como fornecedores. Para organizar o evento, a Epysa Club recebeu o apoio de cinco alianças importantes do Chile: Confederação Nacional de Proprietários de Caminhões do Chile (NCDC), a Confederação Nacional do Transporte de Carga do Chile (CNTC-Chile) Chile Transporte, Fenabus e da Associação Gremial de Transporte Privado de Passageiros (AGTPP).

Andres Lang / EPYSA Club

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“Queríamos dar um passo importante, um passo mais profundo, histórico e deixar uma marca que está alinhada com a visão deste ‘novo Chile’ que todos nós queremos e tentamos construir como nação e que está custando para alcançar”, enfatizou Juan Francisco Novion, diretor da Epysa Club. “A Epysa Club é hoje, mais do que nunca,

o ponto de encontro onde funcionários do governo, sindicatos, fornecedores, geradores de carga, operadores e motoristas, se reúnem para discutir, propor, criar e sonhar com o futuro que queremos para o nosso país e para a indústria”, acrescenta Novion. A escolha dos premiados não foi fácil e foi aprovada por centenas de votos emitidos eletronicamente por representantes de mais de 70 fornecedores de marcas da indústria e que fazem parte da Epysa Club. Os premiados na décima edição do “Volante de Oro” foram Mario Olave, da Buses Olave, Leopoldo Sepúlveda, da Pullmantur, e Alberto Munõz, da Neuva Andima VIP, reconhecidos na categoria Transporte de Passageiros. Na categoria Transporte de Carga, Máximo Olave, da Transportes Máximo Olave, Luiz Lópes, da Transportes San Sebastian, e Patricio Saavedra, da Transportes Santa María. Além dessas, foram premiadas outras duas categorias: “Sports Personality of the Year 2015”, Pablo Quintanilla, quarto colocado no histórico rali Dakar, e “Melhor Condutor do Ano 2015”, Miguel Diaz Leuquen.


RECONHECIMENTOS

Oitava maior da região Sul do Brasil

Maiores & Melhores A Marcopolo foi apontada como a Melhor Empresa fabricante de Carrocerias de Ônibus, no Prêmio Maiores & Melhores do Transporte 2015.

A Marcopolo se destacou como a oitava maior empresa do Rio Grande do Sul e a 34ª da região Sul do País na premiação das 500 Maiores do Sul, realizado pela Revista Amanhã, em parceria com a empresa PwC. A cerimônia de premiação foi realizada em novembro, em Porto Alegre, contou com cerca de 500 participantes e reuniu as principais lideranças empresariais do Sul do Brasil. O evento deste ano marcou também a celebração dos 25 anos de realização do projeto 500 Maiores do Sul.

A companhia foi premiada pelos investimentos realizados nas operações brasileiras para modernização e ampliação de capacidade e para o lançamento de novos produtos para os segmentos de transporte urbano e rodoviário de passageiros, além da aceleração da produção nas unidades do exterior. Organizado pelas revistas Transporte Moderno, Technibus e Global, o evento de premiação aconteceu no dia 24 de novembro, no Hotel Unique, em São Paulo, e contou com aproximadamente 800 empresas do setor de transporte brasileiro.

Fernanda Davoglio

Prêmio AutoData 2015 A Marcopolo conquistou o Prêmio AutoData 2015 na categoria Encarroçador de Ônibus. Entre as ações que levaram à conquista estão os investimentos realizados nas operações brasileiras para modernização e ampliação de capacidade e o lançamento de novos produtos para os segmentos de transporte urbano e rodoviário de passageiros. Em um contínuo processo de desenvolvimento de novos produtos, a empresa lança anualmente, em média, 12 novas configurações de ônibus para atender as demandas do mercado brasileiro e internacional. Neste ano, apresentou o novo rodoviário Paradiso 1350, que complementa a Geração 7, o intermunicipal Ideale e os urbanos Torino Express (articulado), Torino Low Entry e Torino Motor Traseiro. “A conquista deste prêmio é resultado das ações da Marcopolo no fortalecimento de suas operações no Brasil e no exterior, para estar cada vez mais próxima dos clientes e parceiros, e também manter sempre motivados e satisfeitos todos os seus colaboradores, responsáveis pelo padrão de qualidade e imagem superiores dos nossos ônibus”, destacou Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marketing. Promovido pela AutoData Editora, o prêmio é um reconhecimento às empresas, produtos e profissionais do setor que mais se destacaram ao longo do ano na busca de objetivos determinados, inovações, João Paulo Cegunski tecnologia e produtividade.

Cleber Passus

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LANÇAMENTO

Show Room de poltronas e novos tecidos

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Vinicius Pauletti

scolher o modelo, simular a distância entre as poltronas e avaliar os tecidos. Essa é a proposta do Showroom de Poltronas, espaço criado para permitir que tamanho, detalhes e acabamentos sejam vistos de perto, facilitando a escolha dos revestimentos e das poltronas que serão instaladas em modelos rodoviários, urbanos e micros. Uma possibilidade visualizar de forma mais concreta como o salão de passageiros ficará depois que o ônibus estiver pronto.

A

s poltronas dos modelos rodoviários e intermunicipais contam com revestimentos em novos tecidos. São três coleções criadas para proporcionar visual mais moderno ao interior dos veículos. As linhas Urano e Artemis contam com quatro opções de cores cada e são destinadas a modelos da família G7 e micro-ônibus Sênior Rodoviário. A linha Fênix é destinada às poltronas dos modelos Audace, Ideale e micro-ônibus Sênior Urbano e está disponível em três cores.

Fênix

Azul / Vermelho Cinza / Verde Cinza / Turquesa

Artêmis

Verde Azul Cinza Vermelho / Preto

Urano

Verde Vinho Marinho / Vermelho Cinza / Turquesa Julio Soares

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LANÇAMENTO

Viaggio 900

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peradores de fretamento e turismo têm mais uma opção para compor sua frota: o Viaggio 900 em versão com motor traseiro. O modelo foi exposto durante a BrasilFret 2015 - 16º Encontro das Empresas de Fretamento e Turismo. O evento foi promovido em Atibaia/SP pela ANTTUR – Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento e a FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo.

Hugo Isao Katahira

As seis primeiras unidades produzidas sobre chassi Volkswagen VW 17.280 foram entregues à Agência de Turismo Monte Alegre, de Piracicaba/SP. O veículo, que também pode ser encarroçado em modelos de chassis de outras montadoras, é destinado para o serviço de fretamento de executivos e colaboradores de empresas da região, o veículo tem 13,1 metros de comprimento e é equipado com sistema de ar-condicionado Spheros CC335. Equipado com poltronas do modelo Executiva Soft 1060, tem capacidade para transportar 48 passageiros.

Hugo Isao Katahira

Fretamento: Unido para vencer Realizados pela primeira vez de forma conjunta, os tradicionais eventos relacionados ao segmento promoveram debates e palestras técnicas. Entre os temas abordados estavam a importância da capacitação de colaboradores, a tecnologia a serviço do fretamento, planejamento estratégico para áreas de Recursos Humanos, turismo e marketing aplicados ao setor, além da nova regulamentação do fretamento interestadual e outras leis relacionadas ao mercado.

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PANORAMA

Visão de Mercado

Julio Soares

José Antônio Martins Presidente da Fabus, Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, e do Simefre, Sindicato da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários, Rodoviários e Duas Rodas. Também é vice-presidente de Assuntos Institucionais da Marcopolo.

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O que precisamos é de uma política de estímulo, fortalecimento e valorização do transporte público. É assim que é feito nos países mais desenvolvidos e está comprovado que funciona.


Falta de mobilidade destrói competitividade brasileira Em um momento tão importante para a indústria brasileira, em que o mercado interno está em recessão e a saída é a exportação, as empresas enfrentam mais um grande obstáculo com a perda de competividade também em razão da falta de mobilidade. Segundo José Antônio Martins, nunca a mobilidade foi tão importante para o País quanto agora.

“Não se pode entender por mobilidade somente as questões do transporte urbano de passageiros. Mobilidade é muito mais, representa o perfeito deslocamento de pessoas e de mercadorias, que precisam chegar em perfeitas condições, na hora certa e com custos competitivos ao seu destino”, explica Martins. “Somos muito ineficientes. Veja, por exemplo, o setor agrícola, onde poderíamos ser uma potência mundial ainda maior. Na soja, apesar de toda a qualidade e eficiência no campo, o produto brasileiro é entre 15% e 20% mais caro que o norte-americano, justamente pelas dificuldades, entraves e perdas que ocorrem entre a colheita e a venda do produto”, complementa. Para Martins, “fomos doutores em esquecer e, simplesmente, não investimos no que era fundamental”. De acordo com dados do Denatran, o Brasil tem hoje mais de 89 milhões de veículos e o trabalhador, em São Paulo, perde pelo menos três horas todos os dias se deslocando de casa para o trabalho e vice-versa, inviabilizando a mobilidade em cidades médias e grandes. “Há 13 anos eram ‘apenas’ 38 milhões. Mas a infraestrutura viária não recebeu investimentos para acompanhar este ritmo de crescimento. O resultado é que falta mobilidade na cidade e também nas rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”. Este é o resultado de uma política errônea de estímulo à venda de automóveis aplicada nos últimos dez anos e que fez com que o volume dos veículos, e dos congestionamentos, crescesse comprometendo a mobilidade do País. “O que precisamos é de uma política de desestímulo ao uso racional do automóvel e de prioridade,

fortalecimento e valorização do transporte público, seja ele qual for, ônibus, trem, metrô, etc. É assim que é feito nos países mais desenvolvidos e está comprovado que funciona”, enfatiza o executivo. Para reverter este quadro, Martins acredita que os R$ 193 bilhões que deverão ser investidos em infraestrutura com as concessões a partir de 2017 podem trazer melhoras sensíveis na mobilidade brasileira. Além da mobilidade e do investimento em infraestrutura viária, outro pilar fundamental para a retomada do setor de ônibus e crescimento do transporte coletivo é o crédito. “A crise que se iniciou em 2013, com os quebra-quebras de ônibus em todo o País e a consequente redução de tarifas, fez com que muitos empresários tivessem prejuízos e não conseguissem pagar os endividamentos assumidos. Desta forma, também passaram a não renovar as suas frotas.” De acordo com Martins, a reabertura do prazo, encerrado no fim de outubro, para a solicitação de novos financiamentos a bens de capital no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) ajuda, mas não resolve o problema. O programa PSI 4, no segmento ÔNIBUS, para empresas grandes, pratica juros que somados ao spread do agente financeiro atinge patamares de 17% a 17,5%, ao ano. Não há tarifa no transporte de passageiros que possa suportar taxas tão elevadas. “Recentemente, apresentamos ao Presidente Luciano Coutinho uma proposta para financiamento de ônibus e implementos rodoviários que retorna ao Finame tradicional com taxas baseadas na TJLP, as quais mesmo incluindo o spread do agente financeiro ficariam entre 12% a 13%

ao ano, com prazos de 9 anos, 90% de financiamento do valor total do bem e carência de 1 ano. Sem um sistema de crédito com juros mais ‘civilizados’ a indústria não irá retomar seu crescimento”, avalia.

Um ano incerto Para José Antônio Martins, 2016 ainda é um ano incerto para o setor de ônibus. A retomada deve somente ser mais vigorosa a partir de 2017, mas vários fatores podem favorecer e influir positivamente na produção brasileira. “No segmento rodoviário, as novas normas definidas pela ANTT de autorização podem fazer com que a demanda nacional, que registrou queda de 35% este ano, volte. É possível que já no primeiro trimestre tenhamos sinais de movimentação para renovação de frota”, explica. Outro impulsionador poderá ser o segmento de turismo que, em tempos de dólar em alta, favorece o turismo interno e atrai mais turistas estrangeiros. Isto poderá refletir em maior demanda por veículos rodoviários. Já no segmento urbano, a retomada pode demorar mais, pois até que a “lição de casa” seja feita, investimentos em renovação de frota serão pequenos. Por “lição de casa” entendem-se obras para criação de vias segregadas e faixas exclusivas para ônibus em diversas cidades brasileiras, e financiamentos com juros razoáveis. O problema do Brasil hoje é muito mais político do que econômico. “É preciso haver um apaziguamento entre os poderes Executivo e Legislativo, a fim de viabilizar o imprescindível aporte fiscal e para que o País tenha a confiança e o clima necessários para a retomada do crescimento. Isto é fundamental. Só assim sairemos desta crise”, finaliza Martins.

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PANORAMA

Gestão e Liderança

Julio Soares

Francisco Gomes Neto Paulistano, casado, pai de dois filhos e graduado em Engenharia Elétrica, com especialização em Administração de Empresas, MBA em Controladoria, Finanças e Gestão de Riscos.

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Meu objetivo é preparar a Marcopolo para o crescimento rentável. Assim seremos capazes de investir mais e gerar oportunidades e ganhos para nossos colaboradores, parceiros e acionistas.


Espírito motivador Em agosto de 2015, Francisco Gomes Neto assumiu o cargo de diretor-geral da Marcopolo S.A., dentro do processo de sucessão da companhia. Desde então, o executivo - que nos últimos 15 anos, exerceu o cargo de vice-presidente Américas na Mann Hummel - tem dedicado seu tempo para conhecer a fundo os negócios da empresa, para comandá-la neste momento delicado da economia brasileira e, sobretudo, a viajar e vivenciar o dia-a-dia de uma das maiores fabricantes de ônibus do planeta e de seus parceiros. Comunicativo, cativante, bem-humorado e motivador, Francisco concedeu entrevista à Viajante.

Viajante: Quais os seus principais objetivos como CEO da Marcopolo? FG: Ajudar a empresa a atravessar esta difícil e prolongada crise e prepará-la para retomar o crescimento rentável nos mercados doméstico e internacional. Com crescimento rentável, seremos capazes de investir mais gerando oportunidades de carreira e de ganhos para nossos colaboradores, parceiros e acionistas. Viajante: Como foram seus primeiros meses na Marcopolo? FG: Intensos! Com atividades praticamente em todas as áreas da empresa, visitas às subsidiárias e coligadas no Brasil e exterior, entendendo a sua cultura e seus processos e, principalmente, conhecendo as pessoas que fazem da Marcopolo esta grande companhia. Viajante: Apesar de ter feito carreira no setor automotivo, como está sendo a experiência em um novo segmento, tão específico e “customizado” como o do ônibus? FG: Muito interessante e enriquecedora. Estou aprendendo bastante sobre o negócio, estratégia, desenvolvimento e produção. Espero poder ajudar com minha experiência anterior e tenho a convicção de que vai ser um ótimo casamento. Viajante: Seu estilo de trabalho demonstrou ser prático, dinâmico e integrador. Como ele já refletiu e poderá refletir no dia-a-dia da empresa? FG: Gosto muito de coisas simples e diretas. Se consigo entender bem

o que fazer, creio que os outros também entenderão. Também acredito que ser franco e autêntico é a melhor maneira de se comunicar. Valorizo muito o trabalho em equipe com foco no resultado e objetivos claros e comuns. Atingir metas e vencer é energizante para qualquer equipe. Viajante: Nesse curto período o Sr. já visitou alguns clientes? Como encara essa relação e qual seu papel como CEO neste negócio feito “sob medida”? FG: No início do próximo ano, planejo visitar as oficinas de nossos clientes em vários estados do Brasil para ver nossos produtos no campo e conhecer de perto a opinião de nossos clientes. Mas tenho conversado com representantes e concessionários para conhecer a opinião do mercado sobre os nossos produtos. Meu papel será garantir que a voz dos clientes seja parte fundamental das nossas estratégias e decisões internas. Viajante: Quais as perspectivas da empresa para 2016? E adiante? FG: De manutenção do mercado doméstico em níveis baixos parecidos com 2015 e crescimento das exportações. A Marcopolo sempre foi tradicionalmente uma empresa exportadora. Por isso, estamos concentrando muitos esforços no mercado externo, como forma de compensar a forte queda no mercado doméstico. Viajante: A crise que atingiu o Brasil e, em especial, o setor automotivo, deve continuar ao longo de 2016. Quando o Sr.

acredita o mercado começará a reagir? FG: Como 2016 está mais perto e não vemos muitas perspectivas de melhora neste próximo ano, imaginamos que 2017 possa ser melhor. Mas, na verdade, não temos neste momento nenhuma base sólida na economia que nos indique uma reação consistente do mercado. Vamos fazer nossa lição de casa com foco em exportações, reduções de custo e melhora na eficiência para passarmos por esta crise e estarmos bem preparados para a retomada do mercado que certamente virá. Quando, ainda é difícil prever. Viajante: O ônibus cresce em importância a cada ano. Em sua opinião, qual o papel que ele tem e terá para a mobilidade? FG: Com a desvalorização cambial, o custo do combustível e manutenção para os aviões ficou mais caro, com consequente impacto no preço das passagens aéreas. Isto deve gerar um movimento de passageiros na direção dos ônibus, o que é bom para nós. Viajante: Qual a mensagem que gostaria de passar ao leitor da revista Viajante? FG: A Marcopolo vai continuar investindo em eficiência e inovação, para trazer produtos e serviços que ofereçam aos nossos clientes o melhor custo-benefício, o melhor custo total de propriedade do mercado, e também investindo para ter a melhor relação com clientes, funcionários e parceiros. Trabalhando juntos, vamos ajudar o Brasil a superar esta crise. Um grande abraço a todos!

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ARTIGO

Adamo Bazani

Momento de crise? A hora então é de investir

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alar em investir no momento pelo qual o Brasil passa, com redução das atividades econômicas, inflação e desemprego em elevação pode parecer até um contrassenso, uma irresponsabilidade. Mas é justamente no momento da crise que investir faz a diferença e pode contribuir para que a situação comece a melhorar. Claro que o investimento deve ser feito de acordo com a realidade, de uma forma até diferente do que ocorre num momento de prosperidade, com mais cuidado. No entanto, quem aproveita a crise para, dentro das condições, aplicar e inovar terá inúmeras vantagens quando o mercado começar a melhorar.

Rafael Munhoz

E s tu do s co mpr o vam qu e r e cursos apli cados em mo b i li dade t êm r e to r no p osit ivo e r ápi do para o cr e s ci ment o do PI B de um país.

A lógica é simples, enquanto todo mundo ainda estiver se estruturando, quem investiu já estará pronto para responder com agilidade às necessidades do país e dos diversos segmentos da economia. Isso vale para todos os setores e até para as finanças pessoais, mas no caso de alguns segmentos, como o de transportes, investimento é a palavra de ordem. E a postura deve ser tomada por todos os agentes envolvidos nos transportes, desde a iniciativa privada até o setor público. Enquanto a estimativa é de queda no PIB – Produto Interno Bruto para 2015 e 2016, o estudo “Mobilidade, Acessibilidade e Produtividade: Nota sobre a Valoração Econômica do Tempo de Viagem na Região Metropolitana de São Paulo”, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), divulgado em outubro, mostra que o Brasil poderia gerar crescimento de 2,83% no PIB se o tempo de deslocamento apenas na região metropolitana caísse de 100 minutos por dia para 30 minutos por dia.

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Assinado pelos professores Eduardo A. Haddad e Renato S. Vieira, o estudo leva em consideração o fato de a região metropolitana de São Paulo corresponder a cerca de 20% do PIB brasileiro. Essa geração de 2,83% no Produto Interno Bruto poderia trazer R$ 156,2 bilhões a mais com base no PIB de 2014 no Brasil foi de cerca de R$ 5,5 trilhões. Segundo o levantamento, o crescimento com uma melhor mobilidade urbana se daria pelo melhor aproveitamento do tempo dos trabalhadores e empresas que poderiam produzir mais, render mais e também ter um consumo maior. Os congestionamentos resultam em tempo desperdiçado. Além disso, com mais horas livres, os trabalhadores poderiam ter uma segunda ocupação, uma renda extra, aquecendo também a economia. Assim, respeitando as capacidades das contas públicas, o governo, em suas diferentes esferas, não pode deixar de investir em mobilidade urbana. Contingenciar os recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento ao ponto de paralisar os projetos já engatilhados não é uma atitude inteligente. Claro que é necessário evitar desperdícios e sim, é fundamental adequar os investimentos ao endividamento. Mas nunca investir na mobilidade das pessoas, com ampliação de redes de metrô e corredores de ônibus, pode ser considerado desperdício. O que se pode fazer é estudar melhor os projetos e rever modais mais caros que não trariam muito mais vantagens à população em relação a meios de transportes economicamente mais viáveis e de mais fácil implantação e operação. Em São Paulo, por exemplo, a discussão sobre os monotrilhos serem uma boa opção aumentou com os atrasos das obras de mais de

três anos e diante do atual quadro econômico. O mesmo ocorre com o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, em Cuiabá. Não é questão de rivalizar modais, mas de ter bom senso e respeito à população. Qual a vantagem de investir R$ 265 milhões por quilômetro de um monotrilho se um corredor BRT por R$ 30 milhões o quilômetro tem capacidade de atendimento semelhante? As linhas 15 Prata e 17 Ouro, de São Paulo, já começaram e precisam ser concluídas. Mas e a linha 18 Bronze, do ABC paulista? Como ainda não teve início, não seria a hora de rever se pelo custo é melhor um BRT ou aplicar mais e fazer um metrô de alta capacidade de fato? Os exemplos mostram que a hora é de achar soluções mais inteligentes de investimento, mas nunca se deve parar de investir. O mesmo vale para a iniciativa privada. Rever investimentos faz parte do momento, mas não se deve parar de aplicar para crescer novamente em busca de diferenciais. A Marcopolo é um exemplo disso. Mesmo tendo de se ajustar à realidade da demanda por veículos de transporte coletivo, que registra queda, lançou novos modelos e novas versões de modelos já consagrados de ônibus. Isso mesmo, em pleno ano de crise. Isso, além é claro de ser uma estratégia interessante de negócios, traz um incentivo importante, um estímulo para o setor. Vale lembrar que a crise tem duas faces: a que ela é na verdade e a face como ela é mostrada ao mercado. Muitas vezes, a especulação e o temor são maiores que a crise em si. Mas é claro que toda prudência é necessária. Com o Finame mais restrito, aumento dos custos e incertezas, é natural que o frotista reduza o ritmo

de renovação dos ônibus. Entretanto, em um mercado competitivo como o de transportes, cortar abruptamente o investimento para “ter dinheiro em caixa e aproveitar juros altos do banco” pode ser um tiro no pé. Hoje as pessoas, mesmo com uma situação financeira mais delicada, ainda podem migrar para o transporte próprio e não mais voltar. O ônibus não transporta mais passageiros e sim clientes mais exigentes e que, em muitos casos, têm outras opções. No caso dos transportes rodoviários, aparecem oportunidades, apesar da crise. Há um movimento na aviação civil de perda de demanda. Os custos de operação das aeronaves, atrelados ao dólar, estão mais altos e as passagens que não têm preços fixos aumentaram. Além disso, com o valor da gasolina e do etanol, uma viagem média de carro já pesa mais no bolso. Dados da pesquisa de intenção do consumidor do Ministério do Turismo revelam que mais brasileiros estão dispostos a fazer suas próximas viagens dentro do País e de ônibus. Boa oportunidade para as empresas rodoviárias receberem mais passageiros e, com bons serviços e uma frota mais nova, tornar estes passageiros clientes fixos! Se o ônibus for novo, confortável e o atendimento adequado, mais gente vai optar em viajar de ônibus, mesmo depois da crise. A sociedade deve continuar cobrando do setor público, melhores condições para investir. Mas não dá só para depender dos governos. Assim, sempre que possível e, repetimos, dentro dos limites e condições atuais, investir é necessário. E a hora é agora, no momento de crise.

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ESPECIAL

Marcopolo apoia expedição

BR 319, importante para o Brasil

C

om o objetivo de garantir a conservação/manutenção da estrada BR 319, única ligação terrestre entre Manaus e o resto do Brasil, uma expedição de parlamentares amazonenses e rondonienses percorreu, entre os dias 26 e 28 de outubro, cerca de 800 quilômetros entre Porto Velho (RO) e a capital do Estado do Amazonas. A expedição procurou fiscalizar o trecho em obras da BR 319 e espera que, até o fim deste ano, se possa sair de Porto Velho pela manhã e chegar a Manaus (AM) no fim da tarde do mesmo dia. A estrada é foco de um impasse com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que afirma não haver licença para que o trecho em obras (entre os quilômetros 250 e 655 da rodovia) seja reconstruído. O Ministério Público Federal está pedindo a suspensão da obra. Já foram liberados R$ 349 milhões pelo Governo Federal para revitalizar os 400 quilômetros de estrada,

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Luiz Fernando Secco

que estão em péssimas condições de tráfego, mas o impasse com o Ibama impede a realização da manutenção da estrada. A rodovia liga o Amazonas ao País, fortalece o intercâmbio comercial com os estados vizinhos e, futuramente, ampliará o comércio com países da América do Sul e com o resto do mundo pelo Oceano Pacífico. Também dará suporte ao escoamento da produção e ao desenvolvimento do turismo, um dos maiores potenciais da região. Idealizada pelos senadores Acir Gurgacz, Valdir Raupp e Vanessa Grazziotin, a comitiva utilizou um ônibus Marcopolo Viaggio 1050, com capacidade para 44 passageiros, que transportou com conforto, Luiz Fernando Secco segurança e agilidade todos os participantes. O veículo contou com diversos itens diferenciados, como vidros colados e sistema de ar-condicionado com calefação, além de sanitário, geladeira, bebedouro e poltrona pneumática com apoio de cabeça para o motorista.


Luiz Fernando Secco

Recuperação para o tráfego

Abandonada por 30 anos

Segundo o DNIT (Departamento Nacional de

ambientais para a realização das obras. Mais

Com seus 877 quilômetros de extensão, a BR 319 foi construída entre o fim da década de 1960 e início da década de 1970. A rodovia fez parte Nas décadas de do projeto de expansão e 1980 e 1990, a ocupação da Amazônia pelo manutenção dela regime militar, que via essa foi completamente região como “desabitada”, abandonada pelo uma “terra sem homens” e poder público. propagava o lema “integrar para não entregar”. A estrada foi inaugurada oficialmente em 1976, no governo Ernesto Geisel. Apesar disso, nunca foi concluída integralmente. Nas décadas de 1980 e 1990, a manutenção dela foi completamente abandonada pelo poder público. Só em 2013, as obras de pavimentação foram retomadas com o asfaltamento das duas pontas da rodovia.

de R$ 1 bilhão foi gasto, desde 2005, com as

Audiência pública em Manaus

Infraestrutura em Transporte), as obras de restauração começam na saída do município do Careiro da Várzea, no Amazonas, até o quilômetro 200, que é trecho no qual se tem autorização para trabalhar. A partir do quilômetro 200 até o município de Humaitá, o DNIT não possui autorização ambiental para realizar obras de pavimentação, então será feito apenas o serviço de manutenção para trafegabilidade pela estrada até chegar a Porto Velho. Segundo o senador Acir Gurgacz, o DNIT diz que em dez anos mais de R$ 80 milhões foram gastos com estudos

obras de recuperação da BR 319. São mais de 600 mil pessoas que vivem nos 14 municípios localizados na área de influência da rodovia. A questão não é só econômica, é social também, pois milhares de famílias ficam praticamente isoladas do mundo.

A Assembleia Legislativa do Amazonas realizou audiência pública para apresentação do relatório de viagem da comitiva. A intenção foi mostrar à sociedade as reais condições de conservação da estrada e o que precisa ser feito para melhorar a trafegabilidade da rodovia. Viajante - Edição 16 - Dezembro 2015

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CAPA


O FIEL DA BALANÇA

Com o dólar em alta, mercado externo movimenta os negócios.

João Paulo Cegunski


CAPA

As exportações e negócios no exterior subiram 39,1% no terceiro trimestre de 2015

Acervo Marcopolo


O equilíbrio vem do exterior

D

esde o final de 2013, o mercado brasileiro vem perdendo força e os pedidos de clientes reduzindo, tanto de urbanos quanto de rodoviários. As tradicionais grandes compras estão ficando raras e cada novo ônibus produzido faz diferença. Em meio a tudo isso, as exportações que haviam perdido muito espaço, em razão da valorização do real e também do forte mercado brasileiro, voltaram a ser decisivas para o sucesso e rentabilidade das empresas e, entre elas, a Marcopolo. E este cenário deverá se estender por alguns anos. Então, a hora é de buscar novos negócios com as exportações para garantir os volumes de produção, sem descuidar do atendimento ao mercado nacional, que vai voltar a crescer e tem fundamental importância e tradição para a companhia. A Marcopolo sempre soube equilibrar bem as atividades no Brasil e no exterior, com o atendimento às

necessidades de seus clientes nos dois mercados. A estratégia de ter forte atuação no território nacional e nas exportações, permitiu que a empresa enfrentasse os momentos de crise, aqui ou lá fora, com menor impacto nos seus resultados e também garantiu a manutenção dos mais elevados padrões de qualidade e competitividade de seus produtos.

A Marcopolo sempre soube equilibrar bem as atividades no Brasil e no exterior

Sim, atuar fortemente no mercado internacional traz inúmeras vantagens para a fabricante e também para os seus clientes. Para competir, vencer e exportar, os ônibus precisam ter extrema qualidade, confiabilidade e serviços de pós-vendas e assistência técnica eficientes. Essa presença de quase 55 anos de seus produtos no exterior, fez com que a Marcopolo desenvolvesse mais os seus processos e modelos em busca da competitividade. Ainda mais em um cenário desfavorável como o apresentado pela valorização do real nos últimos dez a 12 anos.

João Paulo Cegunski

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CAPA

Acervo Marcopolo

E

ssa vocação “exportadora” ajudou a companhia a fortalecer a sua marca e imagem. Mais do que isso, fez com que o ônibus produzido no Brasil conquistasse um padrão mais elevado e fosse tão evoluído quanto os fabricados nos principais mercados do mundo. E aí a vantagem é para o cliente brasileiro que acaba recebendo todos esses benefícios incorporados ao ônibus feito no Brasil e à busca da empresa pela competitividade internacional. Com o objetivo de superar as dificuldades resultantes de um mercado interno estagnado e com nível de produção bem abaixo do histórico, a Marcopolo adotou medidas que ajudassem a ampliar os seus negócios. A primeira delas é o fortalecimento de sua atuação nos mercados tradicionais da América Latina, e na recuperação de outros, como América Central, o Oriente Médio e a África, cuja presença foi reduzida nos últimos anos em razão da falta de competitividade do produto nacional. Também pela abertura de novos mercados e ampliação do portfólio de clientes no exterior. A segunda visa a melhora operacional da companhia, com a redução dos tempos de ciclo de produção, o aumento da eficiência e da otimização das unidades fabris. E a terceira força-tarefa diz respeito à redução de despesas e custos indiretos. Essas ações estão ajudando a companhia manter o nível produtivo nas unidades brasileiras o mais elevado possível e, com isso, deixando de adotar a flexibilização de jornada em sua unidade fabril de Ana Rech, em Caxias do Sul. Mas ainda há muito que fazer para e até a recuperação do mercado nacional.

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No mercado brasileiro de rodoviários, as novas regras do modelo de autorização das linhas interestaduais e internacionais devem proporcionar maior demanda para os próximos meses, visto que a limitação da idade máxima dos ônibus que operam essas linhas em dez anos e da idade média em cinco anos deve estimular a renovação de frota. No mercado de urbanos, a demanda segue abaixo do nível normal. Entretanto, alguns fatos, como os repasses de tarifas em diversas cidades do País e os investimentos em transporte coletivo em razão da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro podem destravar o segmento. As licitações municipais em algumas cidades do País e a proximidade das eleições municipais de 2 0 1 6 t a m b é m p o d e m re s u l t a r e m a u m e n t o d e demanda. Pelo menos nos próximos dois anos, o desafio para as principais empresas brasileiras do setor de ônibus, para sobreviverem e alcançarem o equilíbrio dos seus negócios será aprender a dosar suas energias e foco entre o mercado brasileiro e o de exportação. Só assim poderão garantir os volumes de produção necessários e manter os investimentos em inovação, produtividade e qualidade. O aspecto mais do que positivo é que assim todos ganham: a empresa, seus colaboradores e seus clientes, brasileiros e internacionais, pois é preciso produzir, aqui no País, com excelência internacional e superar os padrões atuais. Garantir o ritmo de produção de ônibus para que o mercado brasileiro retome firme e forte como se apresentou nos últimos anos.


Acervo Marcopolo

Custos pressionam preços no mercado interno Se, por um lado, a desvalorização do real proporciona o aumento da competitividade brasileira, por outro torna mais difícil e impraticável a manutenção dos preços no mercado interno, o que, indiretamente, dificulta ainda mais a recuperação dos níveis de produção e, indiretamente, reduz essa mesma competitividade. A inflação acelerada no País, os aumentos de insumos, como o aço, o petróleo e seus derivados, e as elevadas tarifas de energia e de serviços interferiram sensivelmente nos custos das empresas. Desde outubro, grande parte das montadoras anunciou reajustes de preços, de até 10%. E para o início de 2016 já estão previstos outros reajustes, em decorrência da forte pressão de custos que ocorreu ao longo de todo o ano e que estavam sendo adiados. “Se antes a indústria automotiva estava ruim, com elevação dos custos e não repasse para os preços, a situação ficou pior. Agora, o reajuste de preços é fundamental para a manutenção da saúde financeira das empresas e para que esses custos possam ser cobertos”, explica Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo. “Temos uma defasagem em torno de 15%”, explica. De acordo com o executivo o setor de ônibus opera este ano com prejuízo não só pela acentuada queda nas vendas, mas também por não ter repassado a alta dos custos. “A guerra de preços no mercado, acirrada pela necessidade de sobreviver, comprometeu significativamente as margens das fabricantes.”

Acervo Marcopolo

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INOVAÇÃO TECNOLOGIA

Mobilidade, zero emissões e muito mais para os passageiros

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s destaques da Busworld 2015, maior evento e exposição do setor de ônibus em todo o mundo, realizada em outubro, em Kortrijk, na Bélgica, foram a mobilidade, a sustentabilidade, a busca por zero emissões e por atrair muito mais passageiros para o transporte coletivo. A exposição e o congresso mostraram a luta da indústria mundial para transformar o ônibus, cada vez mais, no principal modal para a mobilidade da sociedade. Do lado dos produtos, na busca por zero emissões veículos 100% elétricos, movidos a combustíveis de fontes renováveis, como o gás e o etanol, e as evoluções das motorizações Euro 6 e híbridas foram os destaques. As últimas novidades do mercado, novas tecnologias, novos sistemas e serviços também chamaram a atenção.

Divulgação Busworld

Para toda a indústria europeia e mundial do ônibus, um dos objetivos da Busworld 2015 era e é atrair mais e mais usuários para o ônibus. O que importa é atender suas necessidades e desejos, sobretudo dos jovens, para que se transformem em novos passageiros. Para isso, fabricantes e fornecedores estão investindo muito para oferecer mais conforto, conectividade, eficiência e padrão elevado de qualidade no serviço. Elétrico, híbrido, a gás natural, diesel ou etanol. Piso baixo, Low Entry ou piso convencional, com degraus. De cinco a 28 metros de comprimento. Convencional, articulado, biarticulado, midi e minibus. Rodoviário, urbano ou “all-rounder”. O futuro é a pluralidade de combustíveis, do diesel convencional ao elétrico, passando pelo biogás e híbrido, e também de tamanhos, dos minis ou micros aos biarticulados.


BUSWORLD 2015

Na Busworld 2015, todos os fabricantes deram foco no tema “Mobilidade Sustentável”, com particular atenção à eficiência e otimização do consumo de combustível. Em termos de diesel, além de várias medidas de redução de peso e a tecnologia Euro 6, existem também recursos como start/stop, software de transmissão automática, bem como iluminação interior de economia de energia e displays de LED. Tudo somado pode reduzir o consumo de combustível em até 0,3 litros por 100km. Os ônibus elétricos são extremamente silenciosos, não emitem gases de escape e são cerca de 80% mais eficientes em termos energéticos do que um ônibus diesel correspondente. Com baterias de íons de Lítio que são carregadas tanto pela energia gerada sempre que os freios são acionados e como por intermédio da rede de corrente eléctrica quando para no final do trajeto. Já os modelos movidos a Gás Natural se destacam também pelo silêncio e redução de emissões de CO2 - ambas são vantagens cruciais no tráfego pesado do centro da cidade. A motorização a gás tem níveis ainda mais baixos de ruído do que a diesel e, dependendo da forma de condução, as emissões de ruído são até 4 dB (A) inferiores, o qual corresponde ao nível de ruído percebido quase 50% menor. Além das medidas que aumentam a eficiência energética, os ônibus

ganharam muito em conforto e segurança. Em termos de conforto, nos urbanos, os fabricantes oferecem piso baixo, vidros laterais baixos e panorâmicos, que ampliam a visibilidade do passageiro, sistemas de ar-condicionado digital e de áudio, e saídas USB, entre as suas características. Para o motorista, uma nova geração de bancos, que tem apoio lombar (encosto especialmente formado), assento ajustável em três dimensões, braços ajustáveis, bem como sistema de arcondicionado no assento. Em termos de segurança, como itens de série: controle dinâmico de condução (ESP), programa de estabilidade dinâmica (SDP), sistema de freio eletrônico (EBS) com sistema de frenagem (ABS), controle antiderrapante (ASR) e assistente de frenagem (BA). Sistema avançado de frenagem de emergência (EBS) e sistema de controle de faixa (LGS), indicadores de freio sinal/emergência freio de emergência e o sistema de controle da pressão dos pneus (TPM) estão disponíveis como opcionais. Outro item de segurança importante e cada vez mais oferecido é um equipamento medidor de álcool, que não permite que o motor seja ligado até que a concentração de álcool no hálito do motorista seja medida, utilizando-se de pequeno dispositivo. Os rodoviários, que ganham, de longe, dos automóveis de alto luxo, esbanjam conforto, segurança e sofisticação.

Oferecem todos os equipamentos eletrônicos de segurança passiva e ativa, como sistemas de freios eletrônicos, estabilidade, controle de direção, transmissão automatizada, GPS e sensores que identificam se o motorista está cansado. Para o passageiro, os itens, muitos deles oferecidos como opcionais, são poltronas em couro, cinto de segurança de três pontos, muito espaço, controles individuais de arcondicionado, câmera que filma a estrada e entretenimento igual ao oferecido em voos internacionais, com seleção de filmes, notícias, programas, música e jogos. Além disso, portas e bagageiros com acionamento elétrico, sensores dianteiros e traseiros de aproximação, luzes em LED, inclusive nos faróis auxiliares. Tudo isso com a meta clara e definida de conquistar novos usuários e reter, cada vez mais, os já conquistados. Para a indústria mundial do ônibus, não somente a brasileira, a luta é dura, longa e é preciso encurtar caminhos e vencer barreiras. Para isso, promover ainda mais o transporte por ônibus, sobretudo entre os mais jovens e fazer com que o ônibus tenha apelo e ambiente mais acolhedor e interativo, com conectividade, poltronas confortáveis, piso baixo, silêncio (motor traseiro ou veículos elétricos ou híbridos), sem trancos ou solavancos, com mais e melhor treinamento dos motoristas, transmissão automática ou automatizada e pontualidade “britânica” no cumprimento dos horários. Viajante - Edição 16 - Dezembro 2015

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BOAS PRÁTICAS

Projeto Escolas

Mais do que uma forma de entretenimento, a música pode ser importante aliada na educação de crianças e jovens.

Ícaro de Campos

Livros e partituras A linguagem musical trabalhada no ambiente escolar contribui para a aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª Marianinha Queiroz, de Caxias do Sul, a música toma conta do ambiente. Lá é um dos lugares nos quais são desenvolvidas as atividades da Orquestra Jovem, da Orquestra de Flautas e do Coro Infantojuvenil da Fundação Marcopolo. Além da Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª Marianinha Queiroz, alunos da Escola Municipal Ruben Bento Alves, filhos de colaboradores da Marcopolo e moradores da comunidade caxiense em geral fazem parte das orquestras e do coro. Os grupos se apresentam em eventos promovidos pela Fundação Marcopolo e também a convite de empresas ou entidades públicas. Uma das apresentações mais recentes foi no espetáculo musical “Noite Festiva”, que comemorou os 120 anos da Fundação O Pão dos Pobres, realizado em agosto no Theatro São Pedro, em Porto Alegre/RS. 30

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Nelson Feltes Junior

Fortalecendo vínculos O contato com a música e com a leitura de partituras desenvolve, além da criatividade, atributos como a concentração, coordenação motora, sociabilização, raciocínio e disciplina. “Além da transformação que ocorre na estrutura mental e cognitiva dos alunos, outras mudanças são percebidas. Há a elevação da autoestima e da confiança dos alunos, alterando positivamente sua aprendizagem e tornando-o mais sensível para conviver em sociedade”, comenta a analista de responsabilidade social da Fundação Marcopolo, Creice Pellin Santiago Arse. Os projetos promoveram também uma mudança no comportamento da comunidade que passou a ficar mais próxima da escola. “Percebemos, após o início do projeto de música, uma maior presença dos pais nos eventos promovidos pela escola e vimos o interesse por vagas aumentar”, avalia a vice-diretora da Escola Marianinha Queiroz, Lorena Bacchi Steffli.


Ônibus e arte

Orquestra Jovem da Fundação Marcopolo

Julio Soares

Fundada em 2013, conta com a participação de 100 jovens, com faixa etária de 10 a 18 anos, filhos de colaboradores, estudantes da escola municipal Professora Marianinha Queiroz e da Escola Municipal Ruben Bento Alves, além de moradores da comunidade em geral. Os integrantes recebem semanalmente aulas de instrumento, prática de orquestra e musicalização. Além disso, cada aluno leva para casa o instrumento de sua escolha, para facilitar e dar continuidade aos estudos. O transporte é fornecido pela Fundação Marcopolo e os professores de música, instrumentos e coordenação são contemplados pelo projeto Mais Música, mantido por Lei Rouanet, por intermédio do patrocínio da Marcopolo. Orquestra de Flautas Iniciou as atividades em 2012 e é composta por crianças de até 12 anos. Realiza apresentações conjuntas com o Coro Infantojuvenil e a Orquestra jovem. Coro Infantojuvenil Iniciou suas atividades em 2011, integrado por crianças e jovens na faixa etária de oito a 16 anos, filhos de colaboradores da Marcopolo e alunos da Escola Municipal Marianinha de Queiroz.

Projeto Escolas A Orquestra Jovem, Orquestra de Flautas e o Coro Infantojuvenil fazem parte do Projeto Escolas. Criado em 2002 é conduzido pela Fundação Marcopolo, o programa promove a melhoria do ambiente educacional, fortalecendo as relações na comunidade escolar e contribuindo para a formação de cidadãos capazes de se inserir e conquistar o seu espaço no mercado de trabalho. Em 13 anos de atuação, atendeu mais de 10 mil alunos da rede pública. Segundo a Secretária Municipal da Educação de Caxias do Sul, Marléa Ramos Alves, a união do Projeto Escolas com a Gestão Pública soma recursos para a ampliação das possibilidades educacionais. “Ao voltar os olhos à educação e dar suporte às ações de inovação, a iniciativa privada contribui para o aprimoramento do indivíduo, tanto educador quanto educando. Esta intervenção é incomensuravelmente positiva, um plantio em terra fértil”, avalia. “O Projeto Escolas abre as portas do mundo aos estudantes e educadores, descortinando possibilidades na qualificação da educação para a vida, com o olhar voltado para o futuro”, complementa Lorena.

A Bienal de Arte do Mercosul, realizada em Porto Alegre, entre o dia 23 de outubro e 6 de dezembro, e presidida por José Antônio Martins, agregou muito mais do que 640 obras de 246 artistas de 20 países. Para ampliar sua visitação e levar a cultura e a arte aos jovens, a Bienal ofereceu transporte gratuito para escolas e instituições de ensino, distantes até 30 quilômetros de Porto Alegre. O serviço foi feito por ônibus oferecido pela Ouro e Prata e podia ser solicitado na secretaria da Bienal.

Convite ao Transporte Público Conhecido por sua criatividade, o estilista Alexandre Herchcovitch apresentou sua coleção de inverno 2016 na sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e usou mais uma vez a imaginação para surpreender. No lugar do convite tradicional, impresso ou eletrônico, Herchcovitch distribuiu um cartão de Bilhete Único para incentivar os convidados a usarem o transporte público para chegar ao local do desfile. Segundo Herchcovitch, a inspiração para o inesperado convite veio de suas passagens pelo exterior. “Depois que você visita algumas cidades onde é possível chegar a qualquer lugar usando apenas o transporte público, você chega à sua cidade querendo a mesma coisa”, comenta.

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SUSTENTABILIDADE

Contratação de energia no Brasil ACR (Ambiente de Contratação Regulada)

Os consumidores cativos são aqueles que compram a energia das concessionárias de distribuição às quais estão ligados. Cada unidade consumidora paga apenas uma fatura de energia por mês, incluindo o serviço de distribuição e a geração da energia. As tarifas são reguladas pelo Governo.

ACL (Ambiente de Contratação Livre)

Os consumidores livres compram energia diretamente dos geradores ou comercializadores, através de contratos bilaterais com condições como preço, prazo e volume livremente negociadas. Cada unidade consumidora paga uma fatura referente ao serviço de distribuição para a concessionária local e uma ou mais faturas referentes à compra da energia.

Julio Soares


movimento global Parques eólicos, hidrelétricas e usinas que usam a luz do sol representarão 26% da produção de eletricidade no mundo em 2020. Quantidade suficiente para suprir o consumo da população da China, Índia e Brasil. Atualmente, as energias renováveis geram 22% da eletricidade consumida em todo o planeta. De acordo com relatório elaborado pela Agência Internacional de Energia – AIE, a expectativa é que, nos próximos cinco anos, as fontes renováveis acrescentem ao sistema de abastecimento 700 gigawatts, número equivalente à energia gerada por 700 reatores nucleares e que representa mais que o dobro da atual capacidade energética do Japão. A constante presença de vento e sol na maior parte do território coloca o Brasil em 9º lugar no ranking de países mais atraentes para energias renováveis, consolidando sua posição como um dos principais destinos de investimentos do mundo e o mais atrativo na América Latina. Segundo a AIE, o país é o 5º colocado mundial no ranking dos coletores solares para aquecimento de água. Os ventos também são favoráveis para a geração de energia eólica. São 322 usinas instaladas em 11 estados com capacidade instalada de 8,12 gigawatts, representando 5% de participação na matriz elétrica brasileira. Energia capaz de abastecer 6 milhões de residências.

Plantar árvores não é a única forma de retardar os efeitos do aquecimento global. Mudar a forma de adquirir energia elétrica também contribui para diminuir a emissão de gases de efeito estufa.

certificação As iniciativas que promovem a preservação e a melhoria do meio ambiente por intermédio da utilização de energia limpa em suas unidades fabris, fizeram com que a Marcopolo recebesse a certificação Perfil Energia+Limpa, entregue pela Perfil Energia, consultoria em energia com gestão ambiental da Ecovalor.

energia renovável Substituir energia elétrica tradicional por energia originada em pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos e usinas solares já é uma realidade na Marcopolo. A empresa migrou do mercado convencional de abastecimento para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). A unidade Planalto foi a primeira a passar pela mudança no abastecimento, em 2014, deixando de emitir na atmosfera 1.553 toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2). A unidade Ana Rech adotou a substituição em 2015, possuindo agora um potencial de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa de 3.701 toneladas de CO2. A unidade do Rio de Janeiro passará a consumir energia de fontes renováveis em 2016, evitando a emissão de 969 toneladas CO2e. Anualmente, as três unidades poderão deixar de emitir 6.223 toneladas de CO2.

*Relação - 25 Kg CO2/ano = 1 árvore / Fonte: Volvo

árvores necessárias para absorção

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GUIA DO VIAJANTE

Ana Cotta

Francisco Aragão

Sílvio Quirino


Dominado pelo Cerrado, Goiás apresenta paisagens impressionantes e destinos que vão ao encontro do anseio de pessoas com diferentes estilos. No estado que possui 246 municípios e que é conhecido como “Coração do Brasil”, o que não faltam são opções.

Sílvio Quirino


GUIA DO VIAJANTE

Turismo

Patrimônio histórico-cultural

Juliano Guerra

Água quente O circuito das águas quentes está entre os destinos turísticos mais procurados em Goiás. As cidades de Caldas Novas e Rio Quente - a apenas 22 quilômetros uma da outra e a cerca de 170 quilômetros de Goiânia - reúnem o maior complexo de águas termais do planeta cujas temperaturas variam entre 20º C e 60º C. Piscinas naturais, rios, poços e parques temáticos são ambientes ideais para tanto para o divertimento quanto para o descanso.

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Capital do estado por mais de 200 anos, posição transferida para Goiânia na década de 1930, a cidade de Goiás revela porque é considerada berço da cultura goiana. “Goiás Velho”, como o município é chamado por moradores, é Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Ao caminhar pelas ruas de Goiás, é impossível não se impressionar com a beleza dos antigos casarões.


Vale da Lua Um dos pontos mais visitados na Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso de Goiás. É um conjunto de formações rochosas cavadas nas pedras pelas corredeiras de águas transparentes do rio São Miguel.

Sílvio Quirino

Sílvio Quirino


GUIA DO VIAJANTE

Turismo

Ecoturismo Aventura

Sílvio Quirino

Sílvio Quirino

Sílvio Quirino

A biodiversidade do Cerrado faz do turismo ecológico uma ótima opção de lazer para quem gosta do contato com a natureza. Goiás abriga dois dos principais parques nacionais do Brasil - Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas - além de nove parques estaduais. Quem visita o estado não perde o fôlego apenas com a paisagem. Pirenópolis é um dos destinos procurados por quem está em busca de aventura. A cidade é rodeada por dezenas de cachoeiras e contempla opções como rappel, rafting, escalada, arvorismo e mountain bike.


Arqueologia A região de Serranópolis, Caiapônia e Bacia do Paranã reúne sítios arqueológicos abrigados em rochosos de arenito e quartzito e em grutas de maciços calcários. No Parque Estadual de Terra Ronca, o maior conjunto espeleológico das Américas, estão centenas de galerias subterrâneas formadas há 600 milhões de anos e que só podem ser visitadas com o acompanhamento de guias. Valdir Araújo

Pesca Engana-se quem pensa que a vegetação de savana, típica do Cerrado, é reflexo da escassez de água. Pelo contrário, Goiás é rico em recursos hídricos e tal riqueza é percebida nas inúmeras espécies de peixes encontradas nos rios goianos, o que contribui para a prática da pesca esportiva. A atividade é um esporte característico da região do Araguaia, rio com 2,6 mil quilômetros de extensão e que corta cinco estados brasileiros. É considerado um dos mais ricos do mundo e em suas águas já foram encontradas cerca de 300 espécies.

Sílvio Quirino

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GUIA DO VIAJANTE

Culinária

Além do arroz com pequi No imaginário popular, principalmente de quem não é goiano, arroz com pequi é o prato marca registrada de Goiás. Mas influenciada pelas variadas culturas gastronômicas do país, a culinária do estado é feita de pratos simples e ricos em sabor. Um exemplo é a galinhada. Prato único, ideal para reunir a família em um domingo tranquilo. Graziela Chiattone Martins


a d a h n i l a G Inicie preparando o caldo de frango. Em uma panela, coloque 4 litros de água, 2 cebolas grandes, 4 cenouras grandes, 4 talos de salsão e uma carcaça de frango. Quando levantar fervura, baixe o fogo e deixe ferver por aproximadamente

4 horas.

Tempere 6 pedaços de frango (coxas e sobre-coxas com pele) com sal grosso, alecrim e orégano. Cubra o frango com água e deixe marinar por 6 horas. Após, escorra o frango e espere ele secar. Em uma panela de barro, coloque

4 colheres de sopa de azeite e quando estiver bem quente frite o frango. Com

todos os lados do frango fritos, e com a pele já crocante, retire os pedaços da panela e reserve. Mantenha na panela a

Graziela Chiattone Martins

gordura que restou. Acrescente 2 cebolas picadas e um pimentão vermelho também picado, frite até que a cebola fique macia e diminua de volume. Neste momento, adicione 5 dentes de alho picados e uma pimenta vermelha fresca picada sem as sementes.

Mantenha a fritura por mais 5 minutos. Retorne os

pedaços de frango para a panela,

adicione 1 xícara e meia de arroz e 3 xícaras de caldo de frango fervendo, um punhado de salsinha picada e uma colher de colorau. Acerte o sal e espere cozinhar o arroz. Poderão ser necessárias novas adições de caldo, por

isso mantenha o caldo quente. Antes de servir, finalize com salsinha. O prato pode ser servido acompanhado

d e farofinha.

Graziela Chiattone Martins

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www.marcopolo.com.br


REPRESENTANTE

Topline Bus

C

om unidades em Goiânia e Brasília, a representação é conduzida por Sergio Castilhos e Wagner Conrado. Os dois profissionais uniram seus conhecimentos, adquiridos sobre mercado de ônibus enquanto faziam parte do departamento comercial da Marcopolo, para enfrentar o desafio de ampliar as vendas da marca na região. “Nesses oito anos, ampliamos a participação de mercado da Marcopolo na região, por intermédio do aumento de vendas de carrocerias e também pelos serviços oferecidos aos clientes em toda a nossa região”, explica Sergio Castilhos. Além do atendimento personalizado prestado pela equipe de 15 colaboradores, outros pontos considerados importantes para fortalecer parcerias, e contornar os efeitos do momento econômico que o país atravessa, são a ampliação do estoque dos itens de peças de reposição, preços competitivos com entregas pontuais, assistência técnica atuante e apoio da equipe das fábricas. “Para 2016, temos boas expectativas e estamos trabalhando para concretizá-las”, enfatiza Wagner Conrado.

Estrutura Em Goiânia, são conduzidas as atividades dos departamentos de vendas de carroceria, pós-vendas, assistência técnica e peças de reposição. Recentemente, a unidade teve a estrutura física ampliada de 640m² para 1.500 m². O investimento e reestruturação permitiram aumentar o atendimento aos clientes, passando de três para oito boxes de serviços. Também foram criadas nova recepção, sala de recepção de motoristas e sala de descanso para espera enquanto os veículos são reparados. A área de peças ficou com mais espaço, além de oferecer novas vagas para estacionamento.

Wagner Conrado

Proximidade. Essa é a forma de trabalho adotada pela Topline Bus, representante Marcopolo desde 2007, para construir relações de confiança e respeito com os clientes na região que abrange os estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

“Esta ampliação da área na assistência técnica garantiu, ao mesmo tempo, atender mais veículos com melhor qualidade de serviço. A receptividade dos clientes às mudanças foi imediata e muito positiva. Com isso, melhoramos nossa eficiência no atendimento, qualidade dos serviços executados, satisfação e fortalecimento da parceria”, comenta Sergio. Para estreitar ainda mais o relacionamento com os clientes da região de Brasília, a TopLine Bus abriu, em 2009, uma nova unidade na Capital Federal. Em área de 1.200 m², possui estrutura destinada à venda de carrocerias, assistência técnica e central de peças de reposição. “Nossa atuação na venda de carrocerias se intensificou e estamos muito mais próximos dos clientes, que reconheceram a nossa presença constante. Com isso, eles têm a garantia no atendimento técnico e na rápida reposição de peças, com estoque direcionado aos modelos de veículos da região”, finaliza Sergio Castilhos.

Nanda Firmino

Sergio Castilhos e Wagner Conrado

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SOGIL

Dienifer Cecconello

Dienifer Cecconello

CLIENTE

Sergio Tadeu Pereira

U

ma das tradicionais empresas de transporte coletivo do Rio Grande do Sul, a SOGIL Sociedade de Ônibus Gigante Ltda. surgiu em 1954 quando 16 empreendedores se uniram para oferecer um serviço eficaz de transporte de passageiros entre Gravataí a Porto Alegre. Tem como seu principal trajeto de atuação o eixo metropolitano que vai de Gravataí a Porto Alegre. Possui também linhas municipais que atendem moradores de Gravataí e Glorinha, assim como trajetos especiais com destino a universidades e a municípios vizinhos. A frota é composta por 330 ônibus, sendo 152 deles adaptados para o transporte de cadeirantes, e parte dela é destinada à prestação de serviços de fretamento contínuo às empresas da região e fretamento eventual para realização de viagens de turismo. Na SOGIL desde 1963, Sergio Tadeu Pereira construiu uma trajetória dedicada ao desenvolvimento do setor de transporte de passageiros. Experiência de mais de 50 anos reconhecida pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) em 2013, com a entrega da Medalha do Mérito do Transporte Urbano Brasileiro, na categoria Empresário. “Ser agraciado com tal distinção, sem dúvida alguma, deixou-me honrado e feliz, pois a indicação reconhece a dedicação de muitos anos de trabalho”, comenta.


SOGIL, gigante de Gravataí Dienifer Cecconello

Viajante: Atualmente o senhor é Conselheiro Gestor da SOGIL. Na prática, o que isso representa? Pereira: A empresa é gerida por diretorias executivas que têm como função conduzir os negócios no dia a dia, buscando atender as premissas estabelecidas nas reuniões trimestrais de avaliação dos resultados financeiros e de qualidade dos serviços. Desta forma o nosso papel é de acompanhar, direcionar o Planejamento Estratégico, contribuindo para o aprimoramento da gestão por meio do emprego da experiência, algo fundamental na condução dos negócios. Viajante: Qual a atual estrutura da empresa? Pereira: A empresa está dividida em cinco unidades. O controle gerencial das ações ocorre na sede da empresa, localizada em Gravataí. Uma unidade está na cidade de Glorinha e os demais pontos de apoio estão distribuídos estrategicamente para otimizar a condução das operações. Viajante: A SOGIL é uma das marcas mais lembradas no segmento transporte coletivo na região metropolitana. A quais fatores se credita este reconhecimento? Pereira: É reflexo da melhoria contínua na prestação do serviço e das ações que impulsionam a imagem institucional. Por cinco edições, a conquista do prêmio Marcas & Líderes, promovido pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e Associação Comercial, Industrial e Serviços de Gravataí (ACIGRA) revela que SOGIL é a primeira empresa de transporte que vem à mente da população de Gravataí. E isso é motivo de satisfação muito grande, porque somos daqui e nos orgulhamos muito disso. Viajante: Ao longo da trajetória da empresa, quais conquistas podem ser destacadas?

Pereira: Em 61 anos de atuação, foram inúmeras conquistas alcançadas. A mais recente é a certificação na norma ambiental ISO 14001 que consolidou os compromissos ambientais assumidos pela SOGIL. No que diz respeito às ações sociais, participamos, desde 2000, do Prêmio de Responsabilidade Social promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, sendo certificada em todos os anos como empresa socialmente responsável. Em 2011 e 2014, a empresa foi vencedora do Prêmio Responsabilidade Social, na categoria empresa de médio porte, recebendo o troféu Destaque RS. Já em 2012 e 2013, recebemos a Medalha de Responsabilidade Social. Viajante: A qualidade de vida aos colaboradores é uma preocupação da empresa? Pereira: Ações que elevam a qualidade de vida dos 1.400 colaboradores e seus familiares são desenvolvidas continuamente para promoção da Saúde, Cultura e Lazer e Bem-estar. O Programa de Qualidade de Vida SOGIL alcançou em 2015 o índice de 90% de satisfação. Viajante: Existe algum tipo de programa voltado à valorização dos colaboradores? Pereira: O Programa de Reconhecimento valoriza os colaboradores que se destacam em sua atuação no atingimento de metas. Um dos destaques desse programa é o Zero Acidente, que há dez anos promove a conscientização e a prevenção de acidentes no trânsito com treinamentos de direção defensiva. Os motoristas que estão de um a dez anos sem se envolver em acidentes recebem uma premiação em evento especial realizado pela empresa. Além disso, promovemos nas comunidades onde estamos inseridos iniciativas de educação para o trânsito, como o SOGIL nas Escolas, direcionados às crianças, e o Entre para Somar, com foco em adolescentes.

Viajante: Quais outras ações são desenvolvidas com foco na comunidade? Pereira: Por meio do Programa Solidariedade Gigante e com a participação de clientes e colaboradores, desenvolvemos campanhas focadas na doação de sangue, agasalhos, alimentos, brinquedos, materiais escolares e outros recursos. O programa GASS Grupo de Ação Social SOGIL, criado em 2007, é formado por voluntários de todas as áreas da empresa que elaboram e organizam ações sociais. Para tanto, eles são liberados durante o horário de trabalho para atividades de voluntariado voltadas tanto para a comunidade externa quanto interna. A cada ano o grupo aumenta a sua participação e, como consequência, os resultados em prol do bem-estar social dos beneficiados. E apoiamos, há 16 anos, o Coral Carlos Bina SOGIL formado por crianças da região. Desde 2012, a SOGIL possui o Ônibus Social, um veículo direcionado exclusivamente para ações de responsabilidade social. Viajante: Com relação ao mercado, quais são as perspectivas para os próximos anos? Pereira: Avaliando a questão de perspectivas sob o olhar do mercado, acredito que as empresas passarão por um período de reorganização dos negócios e de avaliação das oportunidades de melhorias internas, propondo ações para que voltemos a ser competitivos, iniciando um novo ciclo de crescimento. Toda a dificuldade enfrentada hoje nos ensinará a superar desafios no futuro. Assim, vejo em médio prazo belas oportunidades de negócios e quem estiver preparado aproveitará o momento de revitalização.

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VISITAS

Obiplus

Transtupi

MUSOC / Comtrasuli / Ruta 51-53

Expresso Guanabara

Comitiva de jornalistas chilenos

Massaneiro Turismo

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Vap - Viação Alto Petrópolis, Estoril e Presidente Vargas


Serra Azul

Viação Hamburguesa, Viação Futura e Courocap

Viagens Chapecó

Intercape

Ruimar

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VISITAS

Grupo Al Mariah

Enritur

Estrella Blanca De Palm Tours

Cien Rumbos

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Sudeste


Expresso Assur

JJÊTUR

Maldonado Turismo

Ipojucatur

Comitiva Gabão e Guiné Equatorial

Comitiva Comune di San Benedetto Po

Planalto Transportes / Ouro e Prata

SMT Group

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MEMÓRIA

Paradiso 1800 DD Lançad o em 19 9 5 , o m o d el o P a ra d i s o 18 00 Dou bl e Dec k er fo i d es envo l vi d o p a ra o ferecer ao mercad o no vo s co nc ei to s d e co nfo rto e capacid ad e d e p a s s a g ei ro s . E m 2 0 a no s , o nú mero d e ca rro s p ro d u zi d o s c heg a p ró xi m o às 8.50 0 u n i d a d es . A Expresso S i ng er fo i u m a d a s p ri m ei ra s empres as a a d qu i ri r o m o d el o . A tu a l m ente, a empres a p o s s u i 2 5 P a ra d i s o 18 00 D D Marcopol o na fro ta co m p o s ta p o r 6 0 ô ni b u s . Fu nd ad a por R a l f S i ng er em 4 d e a b ri l d e 1 936, é u ma d a s m a i s tra d i ci o na i s em p res a s d e trans por te d e p a s s a g ei ro s d a A rg enti na .

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Há 10 anos, era impossível imaginar que o mundo e o homem conseguiriam ser ainda mais velozes, que uma biblioteca ficaria ao alcance de um toque e que nasceria um banco especialista no setor de ônibus para acelerar o seu negócio. Uma década pode mudar muita coisa, mas para nós esse é apenas o começo. Banco Moneo. Há 10 anos seu parceiro financeiro para bons negócios.

w w w. b a n c o m o n e o . c o m . b r OUVIDORIA: 0800 723 50 40


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