Revista Viajante Ed. 18 - agosto 2016

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Revista Marcopolo

Edição 18 Agosto 2016

295 ônibus para Gana

Entrevista Paulo Cezar Silva Nunes Pres. Conselho de Administração

Inauguração Memória Marcopolo. Espaço Valter Gomes Pinto

Lançamento Paradiso 1800 DD com 15 metros


Paradiso 1800DD

C on fort o e S of is t ic a ção Desenvolvido para oferecer os mais elevados padrões de segurança e comodidade, o Paradiso 1800 DD é resultado da soma de sofisticação, amplo espaço interno e tecnologia. O modelo, que passa a ser oferecido com 15 metros de comprimento, pode ainda ser configurado para duas classes de serviços.

Cinto de segurança salva vidas.

Imagens meramente ilustrativas. Consulte o representante de sua região para saber mais sobre os modelos e suas configurações www.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo



EXPEDIENTE

Ao leitor

Paulo Bellini

Presidente emérito da Marcopolo

Coordenação Geral Departamento Comercial e Marketing Produção e edição de textos Secco Consultoria de Comunicação Sabrina Leme MTB-RS 15062 Projeto Gráfico Setor de Comunicação Impressão Cromo Gráfica e Editora Edição Digital www.marcopolo.com.br

Erramos: “Diferentemente do informado na página 08 da edição n° 17, o crédito da imagem que ilustra a matéria que fala da compra de um Marcopolo Ideale pelo Restaurante Madero é de Ronaldo dos Santos.”

Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos reservados. Imagens e configurações de produto podem sofrer alterações sem aviso prévio.

Mais um aniversário e nova crise para superar A Marcopolo comemora 67 anos de vida. Mais um aniversário e, neste momento em especial, mais uma crise para superarmos. Tenho o privilégio de também completar 67 anos na Marcopolo, nos quais aprendi muito sobre as pessoas, a vida, sobre a nossa empresa e nos quais enfrentei muitos momentos difíceis, delicados e decisivos. Assim como não comemoramos o mesmo aniversário duas vezes, nenhum destes 67 aniversários foi igual aos outros. Todos foram diferentes. Sempre em contínua mudança, sempre em movimento e buscando crescer, ser exemplo e referência. No começo, pelo próprio produto e tecnologia. Depois, pela presença internacional, capacidade de gerar benefícios e riquezas para o nosso País, nossos colaboradores e para as comunidades onde estamos instalados. Em todos esses anos, aprendi com as pessoas com as quais tive o prazer de conviver que precisamos desfrutar de cada momento, trocar experiências, rever velhos conceitos e acreditar nos nossos princípios. Pela 67ª vez, paro, reflito e vejo que a Marcopolo não para, como um viajante... Novo Conselho de Administração, nova gestão, novos

mercados e clientes para conquistar e satisfazer, e uma nova crise para vencer. Vejo rostos novos e velhos trocando experiências. Vejo muita determinação, vontade e “amor à camisa”. Vejo todos mobilizados para, em equipe, voltarmos a crescer. E isso me deixa feliz, realizado e agradecido. A Marcopolo também passou por diversas crises e nenhuma foi igual. Em todas aprendemos, nos unimos e aperfeiçoamos, revimos processos, desenvolvemos novos produtos e saímos mais eficientes, competitivos e melhores. Mas nem tudo foram “rosas” e, dentro dessa contínua aprendizagem, em vários momentos, precisamos rever decisões e corrigir a nossa rota. Por isso digo que, esta, apesar de ser diferente de todas as outras, assim como as demais vividas, vamos superar. O que é comum em todos os aniversários da Marcopolo e crises vencidas? A união entre as pessoas e a superação. A cada aniversário temos a oportunidade de iniciar um novo ciclo, diferente e melhor que todos os anteriores. Que tenhamos muitos anos ainda para comemorar!

Boa leitura.


Agosto de 2016

26 Capa

295 ônibus para Gana

Douglas de Souza Melo

Venda é resultado de ações para ampliar os negócios no exterior. 06 Rota das Notícias

23Artigo

Novo conselho

Otávio Cunha Como sobreviver aos desafios do transporte público

Superarticulados Investimento em modernidade Paradiso 1800 DD para a Crucero del Norte Presença na África do Sul

12 Reconhecimentos Prêmio Exportação Prêmio Lótus

14 Panorama

Paulo Cezar da Silva Nunes Empresa especial e vencedora Guilherme de Jesus Paulus Viajar é democrático e acessível

20 Mobilidade 22 Especial

24 Lançamento Paradiso 1800 DD com 15 metros

26 Capa 295 ônibus para Gana

30 Sustentabilidade 32 Guia do Viajante Pará estado de encantos

40 Cliente Transporte Boa Esperança

41 Representante VitoriaMar

42 Visitas


ROTA DAS NOTÍCIAS

Brasil

Novo conselho Em Assembleia Geral de Acionistas da Marcopolo S.A., realizada no final de março, foi eleito o Conselho de Administração para o período 2016/2018. Além do novo presidente, Paulo Cezar da Silva Nunes, fazem parte do Conselho o vice-presidente, Oscar de Paula Bernardes Neto, e os conselheiros Luciano Moisés Bado, Carlos Alberto Casiraghi, Flavio Cesar Maia Luz, Odair Lucietto e Luiza Damasio Ribeiro do Rosario. Entre os objetivos do novo Conselho de Administração da Marcopolo S.A. está definir os parâmetros de gestão da companhia para dar continuidade ao investimento em produtividade para alavancar a competitividade e o crescimento dos negócios, tanto no Brasil quanto no exterior. Para isso, a liderança da empresa está focada na elevação dos padrões de segurança e qualidade como caminho

Malagrine

60 anos de Brasil A Marcopolo participou das comemorações dos 60 anos da Mercedes-Benz no Brasil. O CEO da empresa, Francisco Gomes Neto, e o diretor de operações comerciais e marketing, Paulo Corso, acompanhados por outros executivos da Marcopolo, prestigiaram o evento promovido em São Bernardo do Campo que celebrou a atuação da montadora em território brasileiro. Uma das grandes atrações da noite foi o Caminhão do Futuro 2025, que reúne avançadas tecnologias. 6

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para superar o momento que o setor de ônibus vive no Brasil e ampliar suas atividades e operações nos principais mercados internacionais.

Júlio Soares

Da esquerda para a direita, em pé, Flavio Cesar Maia Luz, Odair Lucietto, Luciano Moisés Bado e Carlos Alberto Casiraghi. Sentados, Oscar de Paula Bernardes Neto, Paulo Cezar da Silva Nunes e Luiza Damasio Ribeiro do Rosario.

Elevador obrigatório em 2017 A obrigatoriedade de os ônibus rodoviários saírem de fábrica equipados com elevadores e não mais com a atual cadeira de transbordo começará a vigorar a partir de 1º de julho de 2017. A portaria 294 do Inmetro foi publicada no final de junho. Os atuais ônibus com cadeira de transbordo não precisarão ser adaptados e poderão operar até o fim de suas vidas úteis. A nova determinação inclui também os ônibus midis ou micros rodoviários com até 12 toneladas de PBT. Já os modelos de dois andares não são obrigados a ter elevadores, mas precisam apresentar rampas de acesso e espaço destinado a cadeira de rodas no piso inferior. Os elevadores permitirão maior autonomia para as pessoas com limitações de mobilidade e facilitarão o trabalho dos funcionários das empresas operadoras.


Brasil

Superarticulados Dezenove ônibus Marcopolo Viale BRT superarticulados foram entregues à Auto Viação Jabour, do Rio de Janeiro. Os veículos, utilizados no serviço de transporte da capital fluminense, têm 23 metros de comprimento, capacidade para transportar mais de 150 passageiros em pé e 52 passageiros sentados em poltronas do modelo City Estofada com apoio de cabeça. Equipados com chassi Mercedes-Benz O500 MDA 3736, o veículo conta com sistemas de ar-condicionado, GPS, monitores de vídeo e monitoramento de frota e de segurança dos passageiros.

ROTA DAS NOTÍCIAS

23 micro-ônibus Senior para Real Brasil Os micro-ônibus Marcopolo Senior Turismo foram a escolha da Transporte e Turismo Real Brasil, do Rio de Janeiro, para transporte de passageiros para rotas turísticas no estado fluminense. Equipados com chassi Mercedes-Benz LO 916, os 23 veículos têm capacidade para transportar 24 passageiros em poltronas Executiva 910 Soft com cinto de três pontos retrátil. Possuem câmeras de monitoramento, GPS e sistema audiovisual com rádio, DVD e monitores de telas planas. Contam ainda com sistema de ar-condicionado, porta de acesso pantográfica e vidros colados para aumentar o conforto interno.

Douglas de Souza Melo

Douglas de Souza Melo

Renovação do transporte urbano em Londrina As empresas Transportes Coletivos Grande Londrina e Viação Garcia, de Londrina, no Paraná, adquiriram ônibus Marcopolo Viale BRT. Os primeiros veículos fornecidos para o novo sistema de transporte da cidade possuem diferentes configurações como monitores, sistema audiovisual com DVD e CD Player, gravador de imagem e preparação para internet sem fio (Wi-Fi). “O investimento é um exemplo que deve ser replicado para todos os municípios. O objetivo é proporcionar importantes benefícios e vantagens para os cidadãos, além de melhorar a mobilidade urbana com ônibus modernos e confortáveis. As operadoras optaram pelo modelo Viale BRT, nas versões convencional e articulado, para elevar

a qualidade do transporte na cidade”, explica Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marketing da Marcopolo.

Rubem Vital

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Brasil

Investimento em modernidade Unidade no Espírito Santo foca na produção de veículos leves completos da marca Volare Em abril, a Marcopolo S.A concluiu a segunda fase do projeto de seu mais moderno complexo industrial no país, localizado na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. Já foram investidos mais de R$ 100 milhões nesta nova unidade, dedicada exclusivamente à fabricação de veículos leves para o transporte de passageiros da marca Volare. A operação da Volare, unidade de negócio independente da Marcopolo S.A., representa a instalação da primeira montadora no estado capixaba. A nova fábrica constitui-se em modelo ecológico e conta com processo produtivo inédito, que utiliza o conceito de montadora, com linhas contínuas, inclusive para a pintura, redução da movimentação dos componentes e sistemas, com operadores e ferramentas fixos nos postos e sistema visual de informações.

Novo segmento de mercado Em seu novo complexo industrial, a Volare inova com a produção de um inédito modelo: o Volare Cinco, leve completo e que cria um novo segmento de mercado, o dos veículos compactos. A concepção do Volare Cinco partiu de dentro para fora e reúne as principais características e vantagens de uma van, como agilidade, dirigibilidade, manobrabilidade, baixos consumo de combustível e custo de aquisição, e reduzidos níveis de NVH (ruído, vibração e aspereza), com os atributos de um ônibus pequeno (quantidade de lugares, poltronas confortáveis, robustez (durabilidade), custo de manutenção, visibilidade, rede de pós-venda, preço de revenda e imagem da marca). Idealizado e desenvolvido a partir dessas definições e com as dimensões e necessidades para atender esses usuários, o modelo tem chassi e carroceria que formam um conjunto integral. Trata-se do conceito de dimensionar o veículo com maior espaço interno, por intermédio da redução das espessuras e tolerâncias da carroceria, mantendo a rigidez e segurança do conjunto para proporcionar maior conforto, visibilidade e segurança para os usuários. Os atributos de durabilidade, robustez, facilidade de manutenção, reduzido custo de assistência técnica e versatilidade criam novos parâmetros.

Marcopolo Rio volta às atividades Leticia Pereira

Também adota sistemas com tecnologia de ponta, com robotização de soldas e de pintura, otimização de processos, automação, a planta funcional e cortes a laser em tubos e chapas, entre outras características. Tudo isso permite o mapeamento das atividades e garante padrões de qualidade e eficiência superiores (eficiência controlada por veículo produzido), além de oferecer melhor ergonomia para os colaboradores. Além da modernidade de instalações industriais e de processos produtivos como um dos principais diferenciais, a fábrica tem conceito inteligente para todos os setores, especialmente o layout para a linha de montagem.

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A Marcopolo Rio, localizada em Xerém, no Rio de Janeiro, retornou às atividades em junho e segue na produção de ônibus urbanos para clientes do mercado brasileiro e do exterior. Em razão da significativa queda de demanda nacional, a produção foi interrompida no final do ano passado. Os primeiros veículos fabricados este ano foram ônibus urbanos Marcopolo Torino para as empresas Auto Viação Alpha e Auto Viação Tijuca que adquiriram dez e cinco unidades, respectivamente. Os veículos, com 12,7 metros de comprimento, chassis Mercedes-Benz OF-1721, são totalmente acessíveis e atendem o padrão SMTR/RJ. Com capacidade para 39 passageiros sentados, são equipados com poltronas City Confort, elevador, sistema de ar-condicionado, bilhetagem eletrônica e iluminação interna em LED.

TC


Brasil

ROTA DAS NOTÍCIAS

Sempre à frente O atual momento econômico exige que as empresas alinhem e revejam estratégias para atender as expectativas de um mercado estagnado em razão da instabilidade política e econômica. Em abril, representantes de vendas do Brasil e exterior participaram da Convenção de Vendas que neste ano teve como mote as Olimpíadas e fez uso do simbolismo das medalhas para mostrar que todo o esforço é recompensado. Sob o lema Sempre à Frente: estratégias para manter, crescer e conquistar, foram divulgados os resultados de 2015 e as metas para 2016. Gelson M. da Costa

Na edição deste ano, ocorreram mudanças nos trabalhos direcionados aos integrantes da equipe de vendas do mercado interno. Entre as apresentações realizadas, Mara Rodrigues e José Garcia Neto, representantes do Banco Moneo e da Caruana Financeira, respectivamente, falaram sobre as linhas de financiamento dos produtos. Também houve a realização de painel com a presença de José Antonio Fernandes Martins, presidente da FABUS, Paulo Porto, presidente da ABRATI e Otávio Cunha, presidente executivo da NTU. Com a mediação do diretor de operações comerciais e marketing da Marcopolo, Paulo Corso, os executivos falaram sobre o cenário atual do segmento de transporte de passageiros e perspectivas do setor. Apenas trabalhando alinhados a parceiros e entidades representativas do setor, ampliaremos as oportunidades de crescimento em um mercado cada vez mais competitivo”, avalia o executivo.

Mercado Externo Mercado Interno

Turiassu Araújo

Reconhecimento aos parceiros As empresas Sansuy, Manzato, Panatlântica e Weloze foram apontadas como os melhores fornecedores Marcopolo e Volare nas categorias Qualidade, Competitividade e Logística. A escolha foi baseada no desempenho ao longo do exercício 2015. A Sansuy foi a vencedora do prêmio Fornecedor Destaque 2015. A Manzato Parafusos recebeu o troféu Destaque em Competitividade, a Panatlântica, como Destaque em Logística, e a Weloze, na categoria Qualidade. A premiação foi entregue, no início de maio, durante o encontro anual de fornecedores que reuniu cerca de 250 representantes das empresas parceiras,

com o objetivo destacar e compartilhar as melhores práticas, para alcançar ainda mais competitividade, produtividade e eficiência operacional.

Gelson M. da Costa

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Mundo

Paradiso 1800 DD para a Crucero del Norte A Crucero del Norte, da Argentina, incorporou à sua frota 28 novos ônibus rodoviários Paradiso 1800 Double Decker para uso em viagens de turismo e em rotas nacionais e internacionais atendidas pela empresa no Brasil, Chile e Paraguai. Tradicional cliente Marcopolo, a empresa renova anualmente sua frota com veículos de dois andares para o transporte de passageiros no segmento rodoviário. O Marcopolo Paradiso 1800 DD possui desenho

arrojado, com para-brisa panorâmico, maior e curvo, que ampliam a visibilidade para o motorista e passageiros. Isso faz com que os viajantes da parte dianteira superior tenham a percepção de “visão total” do trajeto e da paisagem. Internamente, conta com poltronas semileito com 1.060 mm de largura, iluminação decorativa de cromoterapia, sistema audiovisual com cinco monitores e DVD com entrada USB, câmeras de monitoramento e tomadas USB para carregamento de equipamentos eletrônicos.

Gelson M. da Costa

Double Decker também para Bolívia Contrato foi fechado para exportação de seis unidades do modelo Paradiso 1800 Double Decker para a operadora de transporte Flota Bolivar, de Cochabamba, na Bolívia. Os veículos serão utilizados em rotas interestaduais. A venda reforça a imagem de confiabilidade, robustez, segurança e conforto do modelo em todos os países da América do Sul. Os ônibus da Flota Bolivar têm 15 metros de comprimento total e duas configurações de chassi (Mercedes-Benz O500 RSD 2742 8x2 e Volvo

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B450R), ambos com capacidade para 12 passageiros no piso inferior e 31 pessoas no piso superior, em poltronas leito com descansa-pés. Os veículos contam ainda com suspensão pneumática, espelhos retrovisores externos elétricos, duas geladeiras, sistema de monitoramento, ar-condicionado, calefação, tomadas de força com entrada USB em todas as poltronas para carregar aparelhos eletrônicos, rádio AM/FM com entrada CD e MP3, aparelho de DVD e oito monitores LCD.


Mundo

ROTA DAS NOTÍCIAS

Presença na África do Sul A Marcopolo África do Sul – Masa entregou 25 ônibus Marcopolo a diversos operadores de transporte do país. Foram fornecidos 2 Paradiso 1800 DD, 1 Paradiso 1200, 1 Andare e 3 Marcopolo Viaggio 1050 para as empresas

Eldo Coaches, Wonder Investment, Juldan Motors e Intercity. Do modelo Torino foram vendidas 6 unidades para o Exército e Força Aérea de Zâmbia e 12 unidades para a empresa Madodi & Kopano Bus Services.

Divulgação Masa

Ônibus para o Catar Quatro unidades do modelo rodoviário Viaggio serão fornecidas para dois operadores no segmento de fretamento do Catar. A International Heavy Equipment adquiriu duas unidades do modelo Viaggio 1050 e a MBM Transport receberá dois veículos Viaggio 900. Desde o segundo semestre do ano passado, com a maior competitividade do produto brasileiro, a Marcopolo tem recuperado mercados e clientes internacionais. Dentre estes, está o árabe. “Estamos muito felizes por fechar este negócio, resultado do trabalho de toda a nossa equipe de exportação. Nosso objetivo é, aos poucos, reconquistar o espaço que já tivemos na região”, explica Ricardo Portolan, gerente de exportação da Marcopolo. Destinado tanto para o transporte em trajetos intermunicipais e/ou serviços de fretamento, o

Viaggio 1050 é equipado com poltronas do modelo Executiva 1060 e tem capacidade para transportar 49 passageiros sentados. Com 12,5 metros de comprimento, o veículo tem chassi Volvo B380R 4x2 e conta com porta dianteira, vidros colados, sistema audiovisual com rádio, DVD, três monitores rebatíveis, câmera de ré, entrada USB em todas as poltronas e ar-condicionado. Já os veículos Viaggio 900 desenvolvidos para a MBM Transport também têm chassi Volvo B380R, porta dianteira no entreeixos, vidros colados, sistema de ar-condicionado e câmera de ré. Com 12,5 metros de comprimento, possuem 45 poltronas do modelo Executiva 1060, rádio, DVD, três monitores rebatíveis e entrada USB em todos os assentos.

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RECONHECIMENTOS

Exportação O d e s e mp e n h o d a Ma r c o p olo e m 2015 no for n e c i m e n t o d e ônib u s fa br i c ad o s n as u nid a d es bra s i l e i ras p ara pa ís es da A mé r i c a La t ina , Áfr ic a e O r i e nt e Méd io p er m i t i u q u e a em pres a con q u i s t as s e o Prêm io Exp o r t aç ã o RS 2016, na ca te go r i a D e st a q u e S et o ria l Metal ú rg i c o . Co n c e d i d o anu a l m ent e pel a As s oc i aç ã o d os Dirigent es de Mar k e t i n g e Vend a s do Bras i l - A DVB/RS t em como o b j e t i vo reco nhecer, fom e n t ar e d e s t a ca r a s pr i n c i p ai s em pres a s g aúch as q u e t i v era m m el ho r des e m p e n ho n o m erca d o i n te r n ac i o n al , a l ém d e es ti m u l ar as es trat é gi as em b u s c a d o cr esc i m e n t o econ ômi c o n a ci o n al . A cer i môn i a a os agrac i ad o s da 4 4ª e d i ç ã o do pr êmi o f o i r ea li z ad a n o Tea t r o Bo u r b o n Cou n t r y, e m Por t o A l e g r e .

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Neitor Correa Oscar Romero, Paulo Corso, Méri Steiner, Yuri Tessari, Rodrigo Ferrarini e José Carlos Secco na cerimônia de premiação.

Inovação Em evento de premiação promovido na unidade da Braskem no Polo Petroquímico de Triunfo/RS, a edição de 2016 do Prêmio Campeãs da Inovação indicou a Marcopolo como a 1ª colocada do Setor Automotivo e colocou a empresa uma posição à frente da alcançada em 2015, ficando em 4° lugar entre as 20 companhias mais inovadoras do


RECONHECIMENTOS

Prêmio Lótus Na 23ª edição do Prêmio Lótus, promovido pela Editora Frota, a Marcopolo foi mais uma vez reconhecida como a Marca do Ano em Carrocerias de Ônibus e Marca do Ano em Carrocerias de Ônibus Rodoviários.

Leticia Pereira Francisco Gomes Neto e José Augusto Ferraz, diretor de redação da revista Frota & Cia.

Tony Santos

Sul. O prêmio foi recebido pelo gerente de Design e Inovação, Petras Amaral Santos. Realizado pela Revista AMANHÃ e Edusys, com o respaldo técnico da Fundação Dom Cabral, o prêmio identifica as 50 companhias que desenvolvem as práticas mais inovadoras e criativas no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

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PANORAMA

Gestão e Liderança

Paulo Cezar da Silva Nunes

Presidente do Conselho de Administração Marcopolo

Em uma época de baixa demanda e maior rigor dos clientes, é essencial produzir com qualidade e ter ótimo ambiente de trabalho.

Júlio Soares

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“Empresa especial e vencedora” Com experiência de mais de 40 anos na indústria automobilística, sobretudo na área de inteligência organizacional, Paulo Cezar da Silva Nunes é, desde abril, o presidente do Conselho de Administração da Marcopolo. Sua eleição para o biênio 2016/2018 faz parte do processo de profissionalização da gestão e da liderança da empresa, iniciado há cerca de 15 anos e reforça o foco da companhia com a eficiência e competitividade. O executivo já atuava, desde 2012, como membro independente no Conselho de Administração da Marcopolo, além de integrar o Comitê de RH e Ética.

Revista Viajante - Quais são, em sua opinião, os principais desafios para a Marcopolo na sua gestão? Paulo Nunes - A Marcopolo, como empresa líder em seu setor, tem como desafios permanentes ações na atualização e competitividade de seus produtos, no atendimento impecável a seus clientes e na satisfação dos acionistas e colaboradores. Viajante - Qual o papel e quais as atribuições do presidente do conselho? Como sua gestão influi nos negócios da empresa? Paulo – O presidente do Conselho tem várias atribuições e obrigações estatutárias com a companhia, com seus muitos processos de governança, de ordem legal, com os seus controladores, acionistas, colaboradores. A principal atribuição está na condução adequada e equilibrada para os processos decisórios que são críticos para a empresa. Estes processos de decisão ou de direcionamentos da empresa são formados pelas várias opiniões e consensos produzidos por nossos conselheiros, por recomendações dos comitês que trabalham em suporte ao conselho, e pela vontade e necessidade expressada pelos dirigentes da empresa no seu dia a dia. A adequada compreensão e envolvimento nos temas pertinentes e de deliberação do Conselho são a garantia e o suporte para as melhores decisões a serem tomadas pela empresa na condução de suas atividades. Viajante - Por sua experiência no setor automotivo e, sobretudo na área de vendas, como pode contribuir na gestão da Marcopolo e no relacionamento com os clientes? Paulo – Percebo que a Marcopolo, por intermédio de seus dirigentes e colaboradores, possui foco permanente em atividades voltadas para a satisfação dos clientes. Para mim esta é a principal razão que explica o sucesso da empresa, afora outros

importantes atributos. Entendo que todos os movimentos dentro da organização sempre deverão se refletir na qualidade, atenção e excelência no atendimento ao cliente. A nossa contribuição será promover esta postura para ter o cliente sempre em primeiro lugar nas nossas prioridades. Viajante - Dentro da estratégia de crescimento da Marcopolo para os próximos anos, como mesclar o foco e importância do mercado brasileiro com a expansão internacional? Paulo – Vejo a atenção ao mercado brasileiro como prioritária, onde a empresa vem destinando grandes esforços e recursos de toda a ordem para a manutenção de sua participação de mercado, com o lançamento de novos produtos que atendam de forma plena as várias e importantes necessidades do mercado local. Quanto à expansão internacional, esta é uma viagem sem volta, ou seja, já somos uma empresa internacionalizada e queremos manter as posições já alcançadas. Continuaremos a nos fortalecer e a expandir nossas ações de venda e projetos nas várias regiões do planeta, adotando formas diversas e prioridades para o desenvolvimento de negócios e parcerias que ofereçam a segurança necessária para efetivação de nossos investimentos de longo prazo. Portanto, ambos os mercados são importantes e essenciais, não sendo excludentes entre um e outro. Possuem prioridade adequada e bem balanceada de acordo com os recursos e possibilidades estabelecidas no planejamento de negócios da empresa. Viajante - Os clientes querem, a cada dia, mais customizações, serviços de pós-vendas e garantia, além de menores preços e mais facilidades para aquisição dos ônibus. Em um cenário de estagnação e extremamente competitivo como o brasileiro, como atuar junto aos executivos da empresa para que esses objetivos sejam alcançados?

Paulo – Sem dúvida trabalhamos em um negócio de alta complexidade, que exige desenvoltura e permanente atenção ao cliente. O Conselho de Administração ajuda a direção da empresa nos direcionamentos claros que visem atingir as metas possíveis de curto, médio e longo prazo. Mantemos a atenção ao planejamento zelando pela perenidade da companhia, incorporando considerações de ordem econômica, social, ambiental e de boa governança corporativa, na definição de negócios e operações. Viajante - Conte sobre sua experiência e vivência como membro do Conselho de Administração da Marcopolo. Quais foram os momentos que mais pode destacar? A minha experiência sempre foi na indústria, onde ocupei várias funções ao longo da minha carreira de 40 anos. Nesses anos, estive sempre ligado ao setor de autopeças, trabalhando nos últimos 20 anos na Dana, na qual exerci o cargo de vice-presidente da região e tive a oportunidade de gerenciar operações e projetos, desenvolver mercados e coordenar o desenvolvimento de negócios junto às montadoras nacionais e internacionais. Um momento importante foi quando ocorreram os projetos de plataformas globais das montadoras, dos quais participei ativamente e proporcionaram grandes conhecimentos e desenvolvimentos. Em 2012, meu ingresso no Conselho da Marcopolo representou uma nova fase em minha vida profissional. Encontrei uma empresa de grande valor e de uma fortaleza imensa baseada em princípios e pessoas. A Marcopolo tem me surpreendido positivamente a cada dia pela sua capacidade de se adaptar às diferentes realidades que se apresentam, tendo resiliência e foco no negócio que superam qualquer dificuldade. Como o momento difícil que o Brasil enfrenta e do qual, certamente, sairemos muito fortalecidos para continuar crescendo.

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PANORAMA

Visão de Mercado

Guilherme de Jesus Paulus

Presidente do Conselho de Administração da CVC

O caminho é trabalhar intensamente e ter rede sólida de parceiros, porque dificilmente você cresce sozinho.

© 2012 © -2012 Gladstone - Gladstone Campos; Campos

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Viajar é democrático e acessível Fundador e presidente do Conselho de Administração da CVC, maior operadora de viagens das Américas, Guilherme de Jesus Paulus, 67 anos, sempre buscou a inovação e a criatividade e se destacou por oferecer viagens acessíveis a todos os bolsos. De 1972, quando iniciou as atividades da CVC na cidade de Santo André, na região do Grande ABC Paulista, até hoje, com mais de mil lojas franqueadas e 6.500 agências credenciadas no Brasil, o empresário acumula mais de 40 anos na indústria do turismo. É também dono da GJP Hotels & Resorts, que responde pela gestão de 19 hotéis e resorts no Brasil. Guilherme Paulus conhece muito bem o segmento de turismo e divide um pouco de sua experiência, otimismo e crença no potencial brasileiro.

Revista Viajante – De 1972 até hoje, o turismo e o turista brasileiro mudaram muito, em tamanho, opções de destinos, estrutura e, sobretudo, em receita. Como é ter participado e colaborado intensivamente nesta evolução para alcançar o crescimento e o elevado nível de qualidade? Quais as perspectivas para o futuro?

te, os consumidores querem viajar e toda a companhia trabalha para que milhares de brasileiros realizem esse desejo. No caso da GJP não é diferente. Nossa rede hoteleira que conta com 19 hotéis segue em franca expansão. Até o final deste ano teremos mais três hotéis novos inaugurados.

A experiência nos mostra que os brasileiros adaptam a viagem ao orçamento e não deixam de viajar.

Guilherme de Jesus Paulus Considerando a experiência dos 44 anos de atividades da CVC, passamos por inúmeras adversidades da economia, com trocas e mudanças de planos econômicos. As dificuldades sempre existirão, em diferentes momentos. O momento atual não é diferente e vale destacar que as pessoas não deixam de viajar. Os números da CVC continuam em alta, a companhia cresceu 1,7% em reservas confirmadas no 1º trimestre de 2016 se comparado ao mesmo período do ano anterior. A experiência nos mostra que os brasileiros adaptam a viagem ao orçamento e não deixam de viajar, afinal férias é sempre uma oportunidade única, de descanso que o trabalhador encara como merecimento. O turismo é um setor resilien-

Viajante – O turista quer segurança, conforto e garantia de bons programas, com tudo incluído, hotel, transporte e atrações. Neste aspecto o sr. acredita que o segmento brasileiro ainda tem muito a evoluir. O Grupo CVC está sendo moldado neste sentido? É por isso que investe em novos destinos e na expansão pelo interior do país?

Guilherme - Sim, a CVC sempre está em busca de um novo destino, uma nova viagem para oferecer ao brasileiro em todos os canais de vendas. É uma empresa de varejo que entende que o consumidor é multicanal, ou seja, realiza a compra pelo canal de vendas que for mais conveniente, por isso precisamos estar em todos esses canais de venda presencial e de venda on-line. A CVC, por exemplo, foi pioneira ao lançar o seu site, nos anos 2000, e desde então vem incrementando gradativamente sua atuação nesse universo. A aquisição do Submarino Viagens, que é uma marca forte entre as Online Travel Agencies (OTAs), vem exatamente para fortalecer a presença digital da companhia. Atualmente, vendas on-line representam 6% das vendas totais da CVC e o share deste canal pode chegar a 15%, um ganho grande em um curto período de tempo. Mas as aquisições reforçam, sem dúvida alguma, a importância da CVC para a economia e para a vida de milhares de brasileiros, sejam eles nossos funcionários, clientes, franqueados, fornecedores e demais parceiros de negócios da cadeia de turismo. Por isso, estamos expandindo nossa marca também para cidades com menos de 100 mil habitantes, em diversas partes do Brasil.

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PANORAMA

Visão de Mercado

Viajante – Como o sr. vê o papel do ônibus no turismo, mesmo com a popularização do avião? Assim como na mobilidade, a integração dos diferentes modais é a fórmula para entender às necessidades e desejos do turista? Guilherme - Sem dúvida a integração dos modais é fundamental. Mesmo que você viaje de avião, vai precisar de um ônibus em algum momento da viagem, seja para o transfer ou mesmo para os passeios nos destinos. E os roteiros rodoviários, que continuam sendo contemplativos, têm público extremamente cativo. Viajante – Eventos como os Jogos Olímpicos têm impacto positivo no turismo em todo o Brasil ou somente na cidade-sede? Guilherme – Os jogos Rio 2016 finalmente chegaram, uma vitrine inesquecível para qualquer nação, um grande portão de entrada para turistas internacionais. Já provamos que somos ótimos anfitriões na Copa do Mundo, portanto, agora é trabalhar na recepção desses turistas e atletas do mundo inteiro e mostrar a eles o que o Brasil tem de melhor. Nossas dimensões continentais são imensuráveis, não precisamos restringir a divulgação de nossas belezas somente ao Rio de Janeiro, que já é um destino reconhecido mundialmente. Temos belezas históricas e naturais em qualquer local, destacando a região Nordeste e Salvador especialmente, além de São Paulo, Rio Grande do Sul e Amazônia, que os turistas adoram. Nossos números, em relação a estatísticas internacionais, ainda estão muito aquém do desejado, o que faz dessa oportunidade olímpica mais

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uma chance de ampliarmos resulta-

vas amizades. Como disse anteriormente,

dos, gerando emprego e renda, além

é um turismo contemplativo, sem pressa,

de receita para os municípios e muita

com paradas mais longas e especialmente

diversão a turistas e competidores.

traçadas para trazer mais conhecimento

Viajante – O turista que visita o Brasil, tanto o estrangeiro quanto o nacional, mudou seus hábitos? Quais os diferenciais que ele busca no turismo terrestre? Guilherme – Diante da instabilidade econômica que o país vem passando,

e cultura em cada cidade de escala. E a Marcopolo tem um papel fundamental nesse processo. Lá no início da CVC, nós lançamos junto com a Marcopolo o ônibus Double Decker, que era a grande sensação daquela época, somos grandes parceiros e pioneiros na introdução do ônibus no turismo de lazer.

temos percebido que o brasileiro tem Viajante – Qual a men-

Nossas dimensões continentais são imensuráveis, não precisamos restringir a divulgação de nossas belezas.

sagem que o sr. gostaria de passar a quem quer investir e empreender? Guilherme – Primeiramente é preciso amar o que faz. O empreendedor também deve ser antenado com tudo e com todos. É fundamental conhecer o mercado que se atua e seus competidores em detalhes. Obviamente que, para ter sucesso, não existe fórmula pronta. O caminho é trabalhar intensamente e ter

substituído a viagem dos sonhos por

rede sólida de parceiros, porque dificil-

aquela que cabe no bolso, ou seja, optan-

mente você cresce sozinho. Costumo dizer

do por viagens mais enxutas e econômi-

que o sucesso é resultado de 5% de inspi-

cas. Diante deste cenário, as viagens ro-

ração e 95% de transpiração. Outra dica é

doviárias surgem como uma opção bem

inovar, saber ouvir especialistas, observar

atrativa ao consumidor.

o mercado e perseverar sempre. A atua-

Viajante – O ônibus tem evoluído e acompanhado a avanço do setor e suas necessidades? Guilherme – O turismo rodoviário não apresenta crescimento expressivo anual. O público que opta por esse tipo

lização profissional também é um item extremamente importante no cenário atual. Acredito que todos nós sonhamos em ter sucesso profissional e comigo não foi diferente. Descobri no turismo a minha verdadeira vocação e acreditei no sonho, estudando e trabalhando duro, sempre de

de viagem, em sua maioria, são grupos

olho nas oportunidades de mercado e, cla-

de amigos, famílias com crianças ou até

ro, com muita paixão pelo o que a vida me

mesmo turistas que viajam sozinhos, com

ensinou: bem atender e receber o turista

o objetivo de conhecer pessoas e fazer no-

onde quer que seja.


Viale BRT

D esign e Ro bustez

Na cidade somos todos pedestres.

Imagens meramente ilustrativas. Consulte o representante de sua região para saber mais sobre os modelos e suas configurações www.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo

Viajante - Edição 17 - Março 2016

15


MOBILIDADE

Nova fase do transporte em Porto Alegre

Evelim Estrada

Novos ônibus, nova identificação visual, nova forma de adquirir passagens. O novo sistema de transporte público de Porto Alegre que entrou em operação em 2016 apresenta aos mais de 1 milhão e 400 mil habitantes da capital gaúcha mudanças que buscam qualificar o serviço oferecido. O sistema é resultado da licitação do transporte público de Porto Alegre. Com o início da nova operação, em fevereiro, a frota passou a contar com 1.715 ônibus, 12 a mais do que anteriormente. Desses, 296 são veículos novos, 636 possuem arcondicionado e 1.010 são equipados com elevadores para favorecer a acessibilidade. “Como a licitação estabelece que o número de passageiros por metro quadrado deva cair de seis para quatro, ao longo dos próximos três anos mais 72 ônibus novos entrarão em circulação e a expectativa é que em dez anos todos os veículos da frota sejam equipados com ar-condicionado”, explica Gustavo Simionovski, gerente-técnico da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP). Outra mudança trazida pelo novo sistema, que teve investimento estimado de R$ 120 milhões, foi a ampliação de três para quatro consórcios divididos por seis bacias e complementados pela

20

Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

Carris, empresa pública de transporte da cidade. As duas licitações anteriores previam linhas de ônibus divididas em três bacias. Conforme a diretora de transportes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Maria Cristina Molina Moreira, com a nova distribuição por bacias, houve reorganização de linhas e a adoção do uso de cores específicas para cada região atendida. “Para permitir que o usuário identifique os destinos mais facilmente, adotamos a cor azul para as linhas que circulam na Zona Norte, verde para a Zona Leste, vermelho para a Zona Sul e amarelo para as linhas circulares e transversais atendidas pela Carris”, explica.

Participação dos usuários Resultado de mais de dois anos de trabalho, o novo sistema contou com a colaboração efetiva


MOBILIDADE

dos usuários que participaram de encontros para contribuir com sugestões. Foram promovidas três audiências públicas, 24 reuniões nas 17 regiões da cidade abrangidas pelo Orçamento Participativo (OP) e criado um canal na internet para participação da população que recebeu por e-mail 241 sugestões, tanto individuais quanto representativas de entidades. Pelo aplicativo Moovit, que traça rotas considerando apenas opções de transporte público, mais de 220 usuários também enviaram sugestões à prefeitura. A viabilidade das sugestões passou por análises técnicas. Segundo Simionovski, a participação popular foi um grande diferencial no processo de renovação do sistema. “Ouvir os usuários foi importante para inserir no edital de licitação requisitos que contribuíram para equilibrar os desejos dos usuários à realidade do sistema”, afirma. Maria Cristina acredita que o edital de licitação do novo sistema representou avanços também no cuidado com a sustentabilidade da operação. “Todos os novos ônibus são equipados com motores Euro V, consequentemente são menos poluentes. O edital previu também que os transportadores fizessem adequações em suas garagens para a destinação correta dos resíduos resultantes da manutenção dos veículos”, complementa.

Conselho de Usuários Está em debate a criação do Conselho de Usuários do Novo Sistema de Transporte Coletivo da Capital. A demanda surgiu durante as discussões

do edital de licitação nas reuniões do Orçamento Participativo e tem objetivo de dar suporte à EPTC na fiscalização do transporte oferecido. “De caráter consultivo, o Conselho visa trazer as percepções dos usuários que poderão contribuir para aprimorar a qualidade do serviço”, esclarece Maria Cristina. Poderá fazer parte do Comitê qualquer cidadão que quiser se candidatar e as eleições ainda não têm data definida para acontecer. As votações acontecerão em cada uma das 17 regiões do OP. Ao todo, serão 21 representantes, 17 representantes da sociedade e quatro da Câmara Temática de Circulação e Transporte.

Passagens antecipadas Outra mudança decorrente do novo sistema, prevista no edital de licitação e desenvolvida de forma conjunta pela EPTC e pelas novas empresas operadoras do transporte, é a aquisição pela internet de passagens nas modalidades Passe Antecipado e Escolar. “Essa era uma demanda antiga e é uma questão importante, pois além de agilidade ao sistema oferece comodidade ao usuário”, comenta Simionovski. Os créditos são aceitos em todos os ônibus de Porto Alegre, nas lotações, no trem e nos ônibus de Canoas e Esteio que fazem integração com o sistema ferroviário. Segundo a EPTC, estima-se que a partir da implantação da nova forma de aquisição de créditos do transporte público cerca de 950 mil usuários sejam beneficiados.

Evelim Estrada

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ESPECIAL

Força da experiência Marcopolo completa 67 anos enfrentando momento delicado do Brasil com criatividade, comprometimento e dedicação Em meio a um cenário político e econômico instável, a Marcopolo celebra o seu 67º aniversário. E para manter sua tradicional trajetória de crescimento, a empresa alia criatividade, comprometimento e dedicação, juntamente às suas tradicionais virtudes de foco nas pessoas, qualidade de produto, velocidade de resposta e flexibilidade. “O momento não é favorável para o setor brasileiro de ônibus e não se vislumbra perspectiva de retomada a curto prazo. Entretanto, isto não impede que a empresa use a força de sua marca e experiência para criar oportunidades e avançar. Não podemos ficar parados”, comenta Francisco Gomes Neto, diretor-geral da Marcopolo. A companhia aproveita a baixa demanda do mercado brasileiro para reestruturar processos, elevando seus padrões de qualidade e produtividade, e buscar maior aproximação com o mercado. Neste sentido, a empresa investe em ações para

alavancar o crescimento dos negócios, a satisfação total dos clientes, manter a força de trabalho e o aperfeiçoamento profissional dos colaboradores. A primeira diz respeito ao foco ainda maior no estreitamento do relacionamento com clientes do mercado brasileiro. As equipes comercial, de engenharia e de pós-venda estão buscando identificar demandas futuras dos operadores de transporte para desenvolver novas soluções que atendam as particularidades de cada tipo de operador e região do país. A segunda, com foco no crescimento das exportações, tem impulsionado a presença dos produtos Marcopolo, especialmente na América Latina e nos mercados africano e do Oriente Médio. A empresa tem explorado novas oportunidades em praticamente todos os continentes para permitir a ampliação do portfólio de clientes e a busca de novos negócios no mercado externo.

Como parte das celebrações do aniversário, a empresa inaugura em novo local o Espaço Memória Marcopolo - Valter Gomes Pinto. O ambiente foi criado em 1999 e tem como objetivo proporcionar uma viagem pelo “Mundo Marcopolo”. Com a reinauguração, o espaço passa a homenagear o executivo que contribuiu para a construção da história da empresa e que era considerado referência para a indústria brasileira de ônibus e da comunidade caxiense. No local estão preservados documentos, objetos e acervo multimídia que apresentam a

trajetória da empresa e a evolução dos produtos.

Conheça o espaço. Acesse marcopolo.com.br/memoria

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

O Espaço Memória Marcopolo - Valter Gomes Pinto conta ainda com um ônibus restaurado modelo Nicola, fabricado na Unidade Planalto em 1967 e doado à Marcopolo em 2012 pela Suzantur, de Suzano, São Paulo.


ARTIGO

Como sobreviver aos desafios do transporte público

Alan Santos

Otávio Cunha

S

Presidente da NTU Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos

empre que se fala em perda de demanda em transporte público por ônibus - e isso tem se tornado recorrente nos últimos 12 anos – surgem as mais diversas avaliações sobre os motivos e sobre os culpados por essa queda de passageiros. Há quem atribua a culpa à baixa qualidade do serviço; há quem aponte o dedo para a má gestão das empresas e há quem afirme que os ônibus são velhos, que não ‘andam’. Fora desse eixo há ainda a crise econômica do país, que permeia todas as alternativas. Este ano o próprio setor foi surpreendido por uma queda de demanda fora dos patamares costumeiros, na média de 2% ao ano. No mais recente levantamento feito pela NTU (até março 2016) a perda foi de 4,1% de passageiros. Por mais que esses números causem perplexidade e temor quanto ao futuro desse transporte, não é possível enxergar apenas uma alternativa para justificar esse quadro. Quem acompanha o desempenho do transporte público no Brasil, como a NTU, sabe que ainda é muito difícil oferecer um serviço que atenda, especialmente, à necessidade

de levar o passageiro ao seu destino, no menor tempo possível, e por um custo condizente com seu orçamento. E sabe também que o transporte público de qualidade custa mais caro. Sabe ainda que a crise econômica não deve impedir que os cidadãos tenham melhores condições de deslocamento e nem permitir que percam qualidade de vida. Só que para isso é urgente que o país retome os investimentos, mesmo que gradualmente. E retirem do setor o ônus de custear os serviços somente com o valor da tarifa. Esse é o grande nó da questão.

“ É u rgen te que o país retome os in vestimen tos, mesmo que gradu almente. ” Com o intuito de começar a desatar esse nó, a NTU já está empenhada na defesa de propostas que estimulem a capacidade produtiva do setor e favoreçam a recuperação de 30% da demanda perdida nos últimos 12 anos. Afinal, é preciso planejar os sistemas, capacitar os gestores públicos, investir em infraestrutura e criar uma nova política de financiamento para essa área. Há um atraso de mais de 20 anos nesses quesitos. Felizmente, com a aprovação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 90/2011) da deputada Luiza Erundina (PSB/SP), em setembro do ano passado, o setor encontrou um forte argumento para defender a criação de uma fonte de recursos próprios para financiar o transporte

público. A proposta, que eleva esse modal à condição de direito social, previsto na Constituição, expõe a urgência de dotar o transporte público de um colchão financeiro, capaz de custear o tão sonhado serviço de qualidade que a sociedade merece. Não é preciso ser especialista na área e nem economista para entender que enquanto esse serviço for sustentado pela tarifa, como acontece hoje, o setor continuará nessa camisa de força, e sendo apontado como único responsável pela perda de demanda. Esta, como se sabe, está diretamente atrelada a um conjunto de fatores que exigem melhorias: priorização do transporte público nas vias, aprimoramento do planejamento e gestão pública desse serviço e da produtividade. Por essa razão, a NTU considera bem-vindas propostas como a Cide. Acredita que a Contribuição de intervenção no domínio econômico, na esfera municipal, conhecida como Cide municipal - em tramitação no Congresso - só trará benefícios, impactando diretamente na redução das passagens. A proposta prevê municipalizar essa contribuição, destinando a arrecadação sobre o consumo de gasolina e álcool, para subsidiar a tarifa. Estamos caminhando para um beco sem saída. E, a menos que se apure a visão para enxergar oportunidades de financiamentos, seja em bancos, em programas destinados especificamente ao setor ou que se criem outras fontes, mantidas com recursos de FGTS ou por outro agente financiador, estaremos sim, admitindo uma culpa e carregando um ônus que não são de um único segmento, mas de todo o país.

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LANÇAMENTO

Paradiso 1800 Double Decker com 15 metros de comprimento Modelo proporciona padrão diferenciado de conforto, ergonomia e segurança, em versão 8x2 Chega ao mercado brasileiro versão dos ônibus rodoviário Marcopolo Paradiso 1800 Double Decker com 15 metros de comprimento. O modelo será produzido somente na configuração com chassi 8x2. Com um metro a mais no seu comprimento, permite a colocação de

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

uma fileira de poltronas a mais no salão superior e aumenta o espaço no salão inferior e no bagageiro, mantendo o padrão diferenciado de conforto, segurança e ergonomia. “A nova configuração representa benefícios e vantagens tanto para o operador quanto

para o passageiro. A proposta ainda está em fase de aprovação pelos órgãos regulamentadores, mas a expectativa é de que em breve mais essa opção possa ser oferecida aos clientes”, explica Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marketing da Marcopolo.


LANÇAMENTO

Com design arrojado, o modelo é configurado com para-brisas panorâmicos que ampliam a visibilidade do motorista e dos passageiros. O conjunto ótico com LED nas luzes de direção e de posição aumenta a eficiência luminosa e a durabilidade, reduzindo a necessidade de manutenção. O embarque e desembarque são facilitados por portas mais largas e escadas com corrimãos posicionados de forma acessível

e iluminadas com LED e sensores de presença que acendem e apagam as luzes automaticamente. Internamente, destaque para o alto padrão de conforto e espaço do salão de passageiros, iluminado com LED e luzes indiretas que criam um ambiente de comodidade e sofisticação. O LED está presente também nas luzes de leitura dos porta-focos, com acionamento por toque, que contam ainda com opcionais como saídas individuais para ar-condicio-

nado, plug para fone de ouvidos e controle de volume do som. Os amplificadores de áudio são individuais e integrados ao porta-focos. O modelo dispõe de monitor frontal em LED de 23 polegadas e monitores em LED de 15 polegadas, posicionados no teto ao longo de todo o salão. Conta ainda com outros opcionais como sistema de internet sem fio, GPS, sistema audiovisual com aparelho DVD e rádio com mp3 e entrada USB.

Conforto para motoristas No modelo Paradiso 1800 DD,

como o display da câmera de ré,

eficiente, porta-objetos atrás da

o motorista e o auxiliar dispõem

as câmeras internas e o sistema

poltrona,

de

segurança

multiplex (funções conjugadas de

e ergonomia para facilitar a

todos os equipamentos do ônibus).

condução do veículo. O painel

Conta, também, com saídas de

auxiliar com acionamento sensível

incorpora todos os instrumentos,

ar e sistema de ventilação mais

ao toque.

mais

conforto,

iluminação

individual

para o motorista e para o motorista

Júlio Soares

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CAPA

295 ônibus para Gana


CAPA

Expressiva quantidade de veículos vendidos é resultado de ações com foco na expansão da empresa no exterior.

Gelson M. da Costa


CAPA

Resultado de uma longa ne gociação realizada em parceria com a Scania, um acordo para o fornecimento de 295 novos veículos para Gana, na África, foi fechado. Os ônibus, adquiridos pelo Ministério dos Transportes, serão utilizados no transporte urbano de passageiros de Accra, capital do país, e no transporte intermunicipal. Segundo Ricardo Portolan, gerente de exportação da Marcopolo, este é um importante negócio para a empresa. “O fornecimento representa um dos maiores vol umes de vendas na exportação em um único pedido e é resultado das diversas ações da empresa em busca de novos negócios no exte rior.A atratividade da pro posta da Marcopolo, tanto em produtos como em serviços de pós-vendas, foi fundamental para o fechamento do contrato. A produção dos ônibus já foi iniciada e será concluída nes -

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te ano. Estamos muito felizes em participar deste negócio, que contribuirá para a melho ria da mobilidade das pessoas em Gana”, afirma o executivo. Dos 295 ônibus, 245 são do modelo Viale, com chassi Scania k250 UB 4x2, e serão utilizados no sistema BRT de Accra para o transporte cole tivo urbano. As outras 50 uni dades são de três modelos de ônibus rodoviários (Paradiso 1200, Viaggio 1050 e Ideale) e serão utilizados em linhas entre as cidades. A nova frota tem como objetivo oferecer veículos modernos, seguros e confortáveis para melhorar a mobilidade urbana e interurbana do país. O Marcopolo Viale BRT, com piso baixo, é o modelo mais moderno em produção no Bra sil e incorpora, entre outras tecnologias, motorização tra seira com baixa emissão de gases poluentes e câmbio au tomático. A maior largura in-

terna, associada à configuração das poltronas, p roporciona ampla área livre e facilita a circulação dos passageiros, tornando a viagem mais cômo da e confortável. Com maior altura interna, permite a inclusão de eficientes dutos de ar, alto-falantes e espaço para propaganda nas laterais superiores. A concepção do Viale BRT é de um veículo robusto e extremamente confiável, imagem conquistada junto às pessoas que o utilizam e produto de excelente relação custo/benefício, atributo reconhecido pelos empresários do setor de transporte urbano de passa geiros. Outras características importantes são duas portas, poltronas City, monitores e sistema de monitoramento e gravação de imagens.


CAPA

Transporte rodoviário diferenciado Cinquenta unidades são de modelos rodoviários, sendo 20 do Paradiso 1200, 20 do Viaggio 1050 e dez unidades do Ideale.

Os

ônibus

Paradiso

1200

e

Viaggio 1050 contam com poltronas semileito,

duas

portas

de

acesso,

sanitário no entre-eixos, monitores e câmeras para visualização externa do veículo. Os veículos possuem sistema de ar-condicionado, áudio individual e janelas laterais com vidros colados. De acordo com Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, os veículos possuem sinalização externa (Daytime Running) em LED e contam com

interior

ainda

mais

sofisticado,

com regulagem automática da posição dos comandos satélites, além de novas poltronas. “Os modelos Paradiso e Viaggio são equipados com o sistema multiplex montado na cabine do motorista, que auxilia no

monitoramento

dos

equipamentos

funcionais e facilita a localização de possíveis falhas no ônibus”. Já o modelo Ideale possui poltronas executivas e duas portas de acesso. O

modelo

conta

com

painel

de

instrumentos com desenho ergonômico e moderno, sistema de saídas de ar para o motorista, além de fácil alcance aos comandos, propiciando maior conforto.

Douglas de Souza Melo

Incorpora ainda um eficiente sistema de ventilação e desembaçamento do parabrisa, com quatro saídas direcionais e console com porta-objetos.

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SUSTENTABILIDADE

Ser Lean é ser Sustentável Ações focadas no conceito de sustentabilidade são uma forma de realizar a gestão equilibrada entre as questões ambientais, sociais e econômicas de uma empresa, além de gerar oportunidades para reduzir custos nos processos industriais. Em sintonia com o conceito de sustentabilidade está o Lean Manufacturing que, com base o Sistema Toyota de Produção, atua de forma conjunta com a Gestão Ambiental para eliminar desperdícios durante os processos produtivos. Utilizado como base da revitalização do SIMPS – Sistema Marcopolo de Produção Solidária e do SUMAM – Sugestão de Melhoramentos do Ambiente Marcopolo, programas que em 2016 completam 30 anos

de implantação, o Lean tem por objetivo aumentar a competitividade da Marcopolo. O trabalho é desenvolvido com foco na criação efetiva de valor para todos os públicos da Marcopolo (clientes, funcionários, acionistas, fornecedores, parceiros e comunidade) para colocar a companhia na condição de empresa de Classe Mundial, sendo reconhecida por sua excelência em gestão. Nesse processo, as jornadas Kaizen representam uma importante ferramenta. “Em cada jornada identificamos oportunidades de melhoria em Segurança, Qualidade, Custos e Entrega. As equipes multifuncionais trabalham em conjunto e definem planos de ações para implementação de suas sugestões. A melhoria é incremental e contínua”, explica o diretor industrial, Lusuir Grochot.

Princípios Lean aplicados na Marcopolo Tempo Takt (ritmo) | Fluxo Contínuo | Produção Puxada | Trabalho Padronizado | Eliminação dos Sete Desperdícios

A convergência da filosofia Lean com o desenvolvimento sustentável se dá, principalmente, pela eliminação dos Sete Desperdícios. A principal contribuição dos grupos Kaizen está na atuação de todos os indivíduos que fazem parte da empresa na construção de uma gestão orientada à maximização da produtividade, da rentabilidade e na redução de custos. “Uma vez definidos os processos e procedimentos, é preciso muita disciplina no seu cumprimento e isso é avaliado através de auditorias ou inspeções periódicas. Estas avaliações, na verdade, também contribuem para a identificação de novas oportunidades de aperfeiçoamento. E isso é melhoria contínua”, complementa Lusuir.

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Segundo Eliana Paula Zanol de Oliveira, coordenadora de Meio Ambiente, a eliminação de defeitos e a redução de consumo de determinado material estão diretamente relacionadas à preservação de matéria-prima, que na sua essência é recurso natural. A segregação eficiente dos resíduos de processo possibilita identificar oportunidades para a sua redução, uma vez que aquela quantidade pode representar desperdício. “Além disso, quanto melhor for a segregação desta sobra de materiais mais itens podem ser enviados para a reciclagem, ou mesmo para algum tipo de reuso, e então, menor será o custo com a sua destinação”, comenta.


SUSTENTABILIDADE

Impactos Ambientais dos Desperdícios Excesso de Produção Consumo a mais de matéria-prima e energia na fabricação de produtos desnecessários Produtos excedentes correm o risco de se tornarem obsoletos e serem descartados.

Excesso de Produção

Defeitos

Espera

Transporte Consumo de mais energia ou combustível Geração de emissões.

Estoque

Transporte

Defeitos Materiais e energia consumidos durante o processo de fabricação do produto com defeito Produtos que apresentam inconsistências requerem reciclagem ou descarte.

Processos

Movimento

Mudança de hábitos Para que a filosofia Lean seja eficaz, é necessária a mudança da cultura e dos hábitos da organização. Para disseminar a filosofia para os colaboradores desde a admissão, será criada a Escola Lean, junto ao Centro de Treinamento Marcopolo. Aproveitando o aprendizado e a experiência adquiridos na unidade Ana Rech, o projeto será estendido às unidades Marcopolo no Brasil e no Exterior.

“A contribuição dos colaboradores virá com o sentimento de pertencer, pois quando o objetivo é reconhecido e validado por todos ocorre a mudança cultural, ou seja, a grande virada, direcionada para a excelência. Neste momento surge a percepção de que a filosofia Lean transcende também para a vida pessoal. E este é o nosso maior ganho”, complementa Lusuir.

Ações já realizadas: - Reuso da água tratada na Estação de Tratamento de Efluentes da unidade Planalto para finalidades que não sejam o consumo humano. - Substituição da energia elétrica tradicional por energia gerada em pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos e usinas solares.

- Pallets de madeira usados são enviados ao fornecedor para confecção de novas embalagens. - Embalagens duráveis são desenvolvidas para retornar ao fornecedor a cada nova remessa. - Embalagens de produtos químicos são devolvidas aos fornecedores para correta destinação e descontaminação.

Saiba mais em www.lean.org.br Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

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GUIA DO VIAJANTE

Turismo

รก r a P o d a t s E de tos encan

Valdir Eduardo Codinhoto


O s e g un do m a ior estad o

grand e p a tri m ô ni o

hi s tó ri a , Bel ém do Pa r á

do Br a si l, depois d o

históri co e c u l tu ra l .

é a c a p i ta l d o es t a do

A ma zo n a s, te m mais d e

Uma d a s m a i s fo rtes e

d es d e 175 1. O c i c l o da

8 m i lhõ es de habitantes

típicas m a ni fes ta çõ es

dis t r i b uí do s em 1 44

artís ti ca s d o es ta d o é

m u n i cí pi o s. T em área

o Cari m b ó . A p o p u l a r

de 1 .247.9 5 4 km² e mais

d ança d e ro d a p a ra ens e

de 57% do ter r itório é

nascid a d a u ni ã o d e

o c upa do po r r es ervas

ritmos i nd í g ena s ,

a mb i en ta i s. Mas al ém d os

africano s e p o rtu g u es es

r e c ur so s n a turais e fau na

foi no m ea d a em 2 014

co s tu m es d a Bel l e É p oq ue

e f l o r a e x ub er antes,

como P a tri m ô ni o Cu l tu ra l

fa zend o co m qu e a c ida de

id e a i s pa r a passeios

e Imateri a l d o Bra s i l .

p a s s a s s e a s er co n he c ida

e c oló g i co s, o Pará pos s u i

Cl ássi c a e ri c a em

co m o P a ri s n’ Am é r ic a .

b o rra cha , qu e d ur ou do fi na l d o s écu l o 19 a t é o i ní ci o d o s écu l o 2 0 , a tra i u i nves ti m en t os e i m i g ra ntes es tra n g e ir os , qu e tro u xera m a B e l é m


GUIA DO VIAJANTE

Turismo

Th e at ro da P az Ao lado do Bar do Parque e do Teatro Waldemar Henrique, o Theatro da Paz fica na Praça da República, considerada o coração de Belém. Imponente e construído em estilo neoclássico inspirado no Teatro Scalla de Milão (Itália), é testemunha do período áureo do Ciclo da Borracha. Fundado em 15 de fevereiro de 1878, foi a primeira grande casa de espetáculos da Amazônia e uma das mais importantes da América.

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

Ronald Woan


Turismo

GUIA DO VIAJANTE

Marius Sans

Es t aç ã o da s D o c a s Os três armazéns de ferro inglês são uma mostra da arquitetura característica da segunda metade do século 19. Atualmente o complexo, resultado de um cuidadoso trabalho de restauração do porto fluvial da capital, é um espaço dedicado ao comércio, lazer, cultura e gastronomia onde circulam cerca de 3.500 pessoas por dia.

Ca s a da s On z e Janelas Construída no século 19, foi residência de Domingos da Costa Bacelar, proprietário de engenho de açúcar. Em 1768, a casa foi adquirida pelo governo e, adaptada pelo arquiteto bolonhês José Antônio Landi, passou a abrigar o Hospital

Real. Teve essa função até 1870 quando passou ser utilizada para fins militares. Em 2001, um convênio firmado entre o Governo do Estado do Pará e o Exército Brasileiro, cedeu os terrenos da Casa das Onze Janelas e do Forte

do Presépio em favor do turismo em Belém. Atualmente o palacete abriga um espaço cultural com exposições temporárias e um acervo com obras de artistas como Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi e Lasar Segall.

Luiz Eduardo Maklouf

Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

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Turismo

GUIA DO VIAJANTE

Ronald Woan

M er cad o V e r - o -Peso Localizado às margens da

Faz parte de um complexo

baía do Guajára, o Ver-o-Peso é

arquitetônico

considerado a maior feira livre

que ocupa área de 35 mil m².

da América Latina. Sua origem

Abriga uma série de construções

data

então

históricas como o Mercado de

era conhecido como a Casa do

Ferro, cuja estrutura foi trazida

Haver-o-Peso, local onde a Coroa

da Europa seguindo a tendência

Portuguesa fiscalizava os produtos

francesa de art nouveau da

trazidos para Belém e media o

belle époque, e o Mercado da

pelo Instituto do Patrimônio

peso exato das mercadorias para

Carne, também conhecido como

Histórico e Artístico Nacional -

cobrar os impostos.

Mercado Bolonha, uma vez que

IPHAN, em 1997.

de

1625

quando

M os q uei r o Distante 70 km de Belém, a ilha do Mosqueiro, com seus casarões antigos, fica no braço sul do rio Amazonas e em frente à baía do Guajará. Graças à proximidade da capital, é um dos balneários mais populares do Pará. A região dispõe de infraestrutura de restaurantes, pousadas e hotéis e as praias Chapéu Virado, do Farol, Murubira e Paraíso são algumas das mais procuradas. Na Vila de Mosqueiro o turista pode provar a típica tapioca molhada na Tapiocaria da Vila.

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016

e

paisagístico

sua edificação foi feita pelo

Celso Tissot

engenheiro Francisco Bolonha. O

conjunto

compreende

também a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo, o Solar da Beira e a Praça do Pescador e foi tombado


Turismo

Marajó

Eduardo Hanazaki

GUIA DO VIAJANTE

É a mais famosa do arquipélago de mesmo nome formado por 13 cidades e aproximadamente três mil ilhas. Está entre as maiores ilhas flúviomarítimas do planeta: mede mais de 40 mil km², área equivalente ao tamanho da Suíça ou da Holanda. Fica a oeste da foz do Rio Amazonas, às margens do Rio Pará e do Atlântico. Distante 90 km de Belém, é acessível apenas de avião ou barco. O porto de Camará, localizado no extremo sul do município Salvaterra, é o principal ponto de entrada para a Ilha do Marajó. O turista que visita a ilha pode presenciar a Pororoca, como é chamada a formação de ondas causada pelo encontro das águas do rio Amazonas com o Oceano Atlântico, um cenário que convida os aventureiros para a prática do surfe. A grande atração da ilha são os búfalos. Os animais são utilizados como meio de transporte, inspiração do artesanato marajoara e também prato típico da região.

Frederico Silvério

F é que move milhões Realizado há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará. A procissão sai da Catedral Metropolitana de Belém e segue por um percurso de 3,6 km até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias, período chamado de quadra nazarena. Conheça mais em www.paraturismo.pa.gov.br

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GUIA DO VIAJANTE

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Culinária


u r u r Ca e s n e para A culinária do Pará é tão exótica quanto suas paisagens e a união de elementos característica da cultura paraense também se faz presente na gastronomia. Do encontro dos sabores indígenas e africanos nasceu o Caruru, iguaria típica, rica em temperos, feita com quiabos e camarões secos. Separe 500 gramas de cama-

rão seco. Descasque 400 gramas e reserve as cascas e cabeças, as outras 100 gramas passe no liquidificador formando uma espécie de farinha. Ferva por 40 minutos as cascas e cabeças com 1/2 cebola picada, ½ tomate, um dente de alho e um terço de 1 pimentão picado. Dissolva ½ xícara de farinha de trigo em um pouco de água

1 tomate e meio, 2 dentes de alho, o que restou do pimentão, o camarão descascado e o camarão batido no liquidificador. Enquanto estiver refogando coloque na panela as 2 pimentas

inteiras. Refogue por alguns minutos até que a mistura fique homogênea. Nesse momento retire as pimentas e adicione o quiabo, ½ xícara de azeite de

dendê, ½ maço de salsinha, ½ maço de coentro e metade da fari-

fazendo uma espécie de mingau e reserve.

nha diluída na água, a partir desse mo-

Em outra panela, ferva 300 gramas

mento adicione o caldo coado aos poucos

de quiabo fatiado em ½ meio litro de água até que fique com um verde

mexendo sempre para a farinha não em-

bem vivo e macio, escorra o quiabo e reserve.

sem deixar embolar até que se tenha uma

Aqueça 6 colheres de sopa de

mistura homogênea sem gosto da farinha

azeite e refogue 1 cebola picada,

crua. Acerte o sal e sirva com arroz branco.

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Receita: Tiago Daltoé Foto: Graziela Chiattone Martins

bolar. Siga adicionando a farinha e o caldo

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Transporte Boa Esperança

CLIENTE

Sabrina Leme

Gelson M. da Costa

Tradição em transportar Joaquim Viana

No Pará, a Transporte Boa Esperança é tão tradicional quanto o Carimbó e o Caruru. Fundada em 1971 por José Maria Gonçalves Viana, a empresa contribui para encurtar as distâncias no

Revista Viajante – Em 2016, a Boa Esperança completa 45 anos de atuação. Como surgiu a empresa? Joaquim Rodrigues Viana – Na época, meu pai atuava na atividade de revenda de combustível. Com o tempo, ele percebeu que o transporte de passageiros existente em vários municípios do nordeste do Pará era bastante deficitário e viu nessa situação uma oportunidade de negócio. A partir dessa percepção, vendeu o posto de combustível e investiu na compra de quatro ônibus e passou a operar na linha que ligava Belém do Pará a Capanema, cidades distantes cerca de 161 km. Nos anos seguintes, novos veículos foram adquiridos aumentando o campo de ação e atendendo outros municípios, tais como Bragança, Viseu, Capitão Poço, Paragominas, Tucuruí e outros. Viajante – Quais foram os principais desafios encontrados no início das operações? Joaquim – Em uma época onde a maioria das estradas da região não era pavimentada, trabalhar com transporte de passageiros era uma verdadeira aventura. Principalmente no inverno amazônico, quando, em função das chuvas, os atoleiros deixavam muitas localidades isoladas. Viajante – Qual a estrutura atual da empresa? Joaquim – Hoje, a Boa Esperança possui 92 pontos de venda de passagens e atende mais de 200 municípios dos estados do Pará, Maranhão e Piauí, percorre mensalmente mais de 2 milhões e 200 mil quilômetros. Incluindo as empresas do grupo, que operam os serviços de transporte urbano na região metropolitana de Belém e a de fretamento, contamos hoje com uma frota de 500 ônibus e aproximadamente 1.600 funcionários diretos em nossos quadros. Viajante – Em muitas cidades da região amazônica, as pessoas também dependem da navegação para se deslocar. Quais soluções foram buscadas para aprimorar a integração com o transporte fluvial?

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segundo maior estado brasileiro. Cliente Marcopolo desde a sua fundação, a Boa Esperança atualmente é conduzida por Joaquim Rodrigues Viana, filho de José Maria, falecido em 2007.

Joaquim – Em 2009 começamos a atuar na cidade de Cametá, localizada às margens do rio Tocantins. A cidade é atendida através da linha Belém/Cametá, onde o trajeto é de 190 km em rodovia mais 18 km de travessia no rio. Inicialmente, o desembarque dos passageiros das lanchas que faziam o traslado acontecia em porto municipal. Eventualmente o porto estava lotado e a lancha parava ao lado de outra embarcação, fazendo com que os passageiros passassem por dentro dela para chegar ao porto. Diante desse cenário, construímos um porto próprio e um terminal com capacidade para 130 passageiros visando proporcionar mais segurança às viagens dos nossos clientes. Viajante – A compra de passagens via internet é um dos serviços oferecidos aos clientes. Nas regiões onde pode haver falta de sinal de internet, o que é feito para manter a qualidade do serviço? Joaquim - A informatização trouxe maior funcionalidade à operação de venda, refletindo de forma positiva junto ao nosso cliente. Entretanto, é fato que boa parte dos municípios da nossa região possui serviço de internet inconstante, o que dificulta a operação do sistema on-line de venda de passagens em nossas agências. Visando proporcionar a rapidez e a segurança das passagens emitidas via esse sistema, a nossa equipe de TI se desdobra continuamente para fazer parcerias com provedores locais, investindo em equipamentos e antenas por estes indicados, para que seja possível garantir um sinal com velocidade adequada para manter o programa em contínuo funcionamento. Viajante – Quais são as perspectivas para os próximos anos? Joaquim – Desejamos estar sempre em crescimento constante. A intenção é operar novas linhas além de renovar frota para trabalhar nas linhas atuais com veículos para proporcionar mais qualidade e conforto. E para aumentar a nossa participação no mercado, estudamos o desenvolvimento de programas para fidelização de nossos clientes.


VitoriaMar

REPRESENTANTE

Mais de duas mil unidades vendidas e presença de 92% no segmento rodoviário são marcas da VitoriaMar, representante da Marcopolo no Espírito Santo há sete anos. Carlos Alberto Carvalho de Oliveira

Carlos Antonio Carvalho de Oliveira

Força Capixaba Da união das experiências de Alfredo Flach, Luiz Guilherme Ramiro da Silva e Robson Copetti, nasceu em 2009 a VitoriaMar. Os três sócios seguem à frente da diretoria da representante de vendas de carrocerias e peças originais Marcopolo no Espírito Santo que desde o início de suas operações comercializou aproximadamente duas mil unidades. Sediada no município de Viana, que faz parte da região metropolitana de Vitória, presta também Assistência Técnica e possui área de escritório, loja de peças, pavilhão de 1.000 metros para a assistência e pátio adequado para movimentação e estacionamento de ônibus e veículos. “O foco de nosso trabalho é sugerir as melhores soluções para atender as necessidades específicas de cada cliente. O resultado é a conquista e fidelização de clientes de diferentes portes e segmentos bem como o aumento de presença Marcopolo no mercado da região”, explica Alfredo Flach acrescentando que a participação no segmento rodoviário chega a 92%. A equipe é composta por 22 profissionais, sendo 60% deles dedicados à prestação de serviços de pós-venda e assistência técnica e que participam ativamente de treinamentos desenvolvidos por empresas fornecedoras de equipamentos e componentes utilizados na carroceria com ar-condicionado, elevadores e itinerários eletrônicos. “Assim, o cliente Marcopolo tem a certeza de que o ônibus está seguro e que as equipes são treinadas para manter o padrão de qualidade”, comenta Luiz Guilherme. Forte característica do setor de transporte da região é a

especialização no segmento de turismo, tanto de compras quanto de lazer. Isso faz com que haja investimentos em produtos personalizados e de alto valor agregado. “A diferenciação é um fator considerado importante para atender um perfil de usuário exigente e que em suas viagens prioriza veículos novos e modernos levando em conta também a qualidade do atendimento e passagens com preços competitivos”, comenta Robson complementando que a presença de corporações como Vale, Siderúrgica Tubarão, Petrobras e Garoto aumenta a demanda pelo fretamento executivo na região. Entretanto, como em todo o país, o cenário político e econômico instável faz com que o mercado capixaba dê sinais de desaquecimento. “Nos últimos meses identificamos retração nesse segmento. Mesmo as grandes empresas fizeram ajustes em seus contratos de fretamento, diminuindo a quantidade de ônibus utilizados para o transporte de funcionários”, Luiz Guilherme. Para driblar os efeitos do momento de demanda retraída e austeridade vivido pelas empresas, o contato com os clientes é considerado fundamental. O relacionamento marcado pela proximidade com o cliente aliado à força do pós-venda coloca os produtos Marcopolo em evidência no mercado de ônibus do Espírito Santo criando oportunidades favoráveis para novos negócios. “Os desafios são muitos e estamos tentando superá-los. Todavia, mantemos a confiança na retomada da economia para assim podermos superar as metas previstas”, conclui Flach.

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VISITAS

Andimar Os irmãos Broco - Alberto, Patricio, Hector e Eduardo acompanhados por Felipe Muñoz Guajardo, Hector Muñoz Pareja,

Mauricio

Muñoz

Pareja,

Eduardo Muñoz Espi­noza, jovens que fazem parte da segunda geração da família na gestão da empresa chilena. A comitiva foi recepcionada por Paulo Bellini, Paulo Corso, Ricardo Porto­ lan, Rodrigo Ferrarini e Vini­ cius Tregansin, integrantes da equipe comercial Marcopolo.

Alto Nivel Rosario, G&M Transfer, Via Cero – Argentina

Campo Limpio – Paraguai

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016 - Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti

Aregueña e Ypacaraí – Paraguai

Alianza Sodis - Colômbia


VISITAS

Comitiva Riograndense de Transporte Intermunicipal - RTI - Rio Grande do Sul

Cooperativa de Transportes Flota Imbabura – Equador

Crucero del Norte – Argentina

Entrega do Paradiso 1800 DD da dupla Simone e Simaria

Real Polícia de Omã

ETUL 4 S.A e Turismo Paramonga – Peru

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VISITAS

Flecha Bus – Argentina

Investidores Mexicanos em Autotransporte – IAMSA

Islatur Viagens e Turismo - São Paulo

ITTSA Transporte Turístico – Peru

José Luiz Diaz Rodriguez - Empresa Emy - Rep. Dominicana

Empresa Lider – Piauí

Lucian Transporte e Turismo – Uruguai

Guerino Seiscento Transportes - São Paulo

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016 - Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti


VISITAS

Movil Tours Em comemoração ao seu aniversário, a Movil Tours, do Chile, premiou alguns de seus melhores motoristas com diversos prêmios,

inclusive

uma

viagem à Serra Gaúcha. Ivan Alfredo Medano, motorista da empresa, conheceu acompanhado pela esposa, Maria Cristina Enriquez, a fábrica da Marcopolo, e também as cidades de Gramado e Canela.

Panachif S.A – Panamá

Reina Del Camino – Equador

Representantes do Governo de Cochabamba – Bolívia

Expresso São Marcos - Rio Grande do Sul

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VISITAS

Só Sol Turismo - Espírito Santo

Flota Quirquincho – Bolívia

Trans Aquino – Goiás

Trans Esmeraldas – Equador

Transipiales – Colômbia

Transdutra - São Paulo

Transnetti Transportes - São Paulo

Transnacional Transportes – João Pessoa

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Viajante - Edição 18 - Agosto 2016 - Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti


VISITAS

Transportes Coletivos Grande Londrina – Paraná

Transportes Chiclayo – Peru

Expreso Viña – Chile

Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina – FEPASC

Vandy Tur – Santa Catarina

Turissul Turismo - Santa Catarina

Via Bariloche – Argentina

Viação Normandy - Rio de Janeiro

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MEMÓRIA

Honra ao Mérito

Criado em 1986, o Prêmio Honra ao Mérito valoriza os colaboradores que completam 5, 10, 15, 20, 25 e 30 anos de trabalho na Marcopolo e sua participação para o desenvolvimento e consolidação da companhia como fabricante mundial de carroceria para ônibus. Na primeira edição do prêmio, realizada durante as comemorações dos 37 anos da empresa, 320 colaboradores foram homenageados. Desde então, foram concedidas mais de 25 mil homenagens. Este ano, serão homenageados 1.228 pessoas, destas 121 são colaboradores com mais de 25 anos. O maior número desde o início do projeto.

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Encontre o representante mais prรณximo. www.marcopolo.com.br


Paradiso 1350

E f i ciê n c ia e S o f is t ic a ç ã o

Cinto de segurança salva vidas.

Imagens meramente ilustrativas. Consulte o representante de sua região para saber mais sobre os modelos e suas configurações www.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo


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