Revista Viajante Ed. 20 - Abril de 2017

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Revista Marcopolo Edição 20 Abril 2017

Focado na operação

Panorama O que esperar de 2017 e o futuro do ônibus

Economia Ricardo Amorim A hora de fazer é agora

Inovação O que o futuro reserva?

Viajante - Edição 20 - Abril 2017

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EXPEDIENTE

Coordenação Geral Departamento Comercial e Marketing Produção e edição de textos Secco Consultoria de Comunicação Sabrina Leme MTB-RS 15062 Projeto Gráfico Setor de Comunicação Impressão Cromo Gráfica e Editora Edição Digital www.marcopolo.com.br

Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos reservados. Imagens meramente ilustrativas e configurações de produto podem sofrer alterações sem aviso prévio.


EDITORIAL

A inovação está no presente e no futuro da Marcopolo Julio Soares

O ônibus está em constante transformação

Nunca inovar foi tão importante e mais de 25% do seu tempo útil no veículo). pertinente. Também nunca foi tão difíNeste cenário, a Marcopolo está cil. Quanto mais evoluímos, mais árdua é atenta à sua missão de “enxergar” o fua missão dos inovadores. Estar à frente, turo, desenvolvendo soluções que vão descobrir novos caminhos, novos produproporcionar vantagens e benefícios para tos e criar a tendência implica em diveros nossos clientes e para os usuários dos sas outras atitudes e posturas. nossos ônibus, e que vão antecipar suas A Marcopolo vem, ao longo dos anos, necessidades e desejos. consolidando sua posição de empresa O desenvolvimento do ônibus-coninovadora. E não somenceito é um bom exemplo. te na indústria do ônibus, Ele reúne as tecnologias O nosso foco sempre é mas em sua estratégia de mais avançadas disponínegócios, relação com as veis agora para os nossos o cliente, a sua satispessoas, com o mercado e produtos, como a Poltrona com o mundo. fação e a superação no Antisleep, o Easy Boarding, Mais uma vez, em o Smart Rack e o Smart meio a esta crise ampla e atendimento às suas Loading. Mas também vai generalizada, a compaapresentar o que teremos nhia busca na inovação a necessidades e desejos. no futuro imediato, como matéria-prima para sua poltrona Relax Seat, e o perar as adversidades, os desafios e que o cliente e o usuário ainda vão desejar. se reorganizar. E com que velocidade O futuro precisa ser criado, como se adaptou às novas características do uma página em branco a ser preenchida. mercado para não parar e nem deixar A inovação é o que já estamos usando para de buscar novidades para os seus pardesenhar e construir o nosso e também ceiros e clientes! ajudar a construir o de nossos clientes. O ônibus está em constante transA seguir, você poderá ver como a formação. Novas tecnologias para sustenempresa enxerga o presente e o futuro. tabilidade e preservação ambiental. Diferentes necessidades para atender, pronta e rapidamente, as carências de mobilidade da sociedade. Quebra de paradigmas, de ser apenas um meio de locomoção para se transformar na extensão da casa ou mesmo do trabalho (quantos não passam, por dia,

Boa Leitura!

André Armaganijan Diretor de Estratégia e Negócios Internacionais


SUMÁRIO Revista Viajante Ed. 20 Abril de 2017

18 - Panorama

10 - Rota das Notícias

16 - Cliente

52 - Guia do Viajante

34 - Capa La nuova Soluzione


SUMÁRIO Revista Viajante Ed. 20 Abril de 2017

10 Rota das Notícias

33 Artigo

90 voltas em torno do sol

Bob Sharp A Terceira Segurança

30 Urbanos Torino para Manaus

34 Capa Convenção de Vendas

Torino “S”

Fazendo Acontecer

Focado na operação

Crescimento na Costa do Marfim

41 Mobilidade Priorização do transporte coletivo

40 anos Plusmar

42 Reconhecimentos 15 Representante

Global Challenger

Amazônia

AutoData 2016 Mais lembrada e inovadora

16 Cliente

Destaque Comércio Exterior

Grupo Metropolitano

44 Inovação 18 Panorama

O que o futuro reserva?

Roberto Cortes / Walter Barbosa Fabiano Todeschini / Silvio Munhoz

52 Guia do Viajante

O que esperar de 2017 e o futuro do ônibus

Natal - Cidade do Sol

Turis Silva

60 Visitas

Investimento contínuo em novos

Viação Mimo / Nuevo Léon

veículos e serviços diferenciados

65 Memória Ricardo Amorim A hora de fazer é agora

Embarque recorde


ROTA DAS NOTÍCIAS

Brasil

Julio Soares

90 voltas em torno do sol

Foi inspirado nas voltas que a Terra dá ao redor do sol a cada ano que Paulo Bellini celebrou a passagem de seu 90º aniversário. Em janeiro, o Presidente Emérito da

Marcopolo reuniu familiares e amigos em evento realizado no Centro de Eventos da Festa Nacional da Uva. O parabéns a você foi cantado por 800 convidados.

Paulo Bellini celebra seus 90 anos acompanhado dos filhos Paulo Alexander, James e Mauro.

30 Urbanos Torino para Manaus A Prima Comércio e Locadora de Veículos Eireli, um dos principais operadores de transporte de Manaus, Amazonas, acaba de adquirir 30 ônibus do modelo Torino, que fazem parte do programa de renovação de frota e estão sendo utilizados no transporte urbano da cidade. A Prima tem como estratégia investir na aquisição de novos ônibus para oferecer ainda mais conforto e segurança aos seus passageiros. Com visual moderno, o Torino possui maior largura interna, o que garante amplo espaço para

circulação e facilita a movimentação dos passageiros. Internamente, conta com iluminação

em LED e poltronas City ergonômicas, que oferecem mais conforto e comodidade.

Ronald Marcello S. Santos

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Brasil

ROTA DAS NOTÍCIAS

Novos ônibus para São Luís do Maranhão O sistema de transporte coletivo urbano de São Luís, no Maranhão, passou a contar com 93 novos ônibus da Marcopolo. Os veículos foram adquiridos pelas empresas Autoviária Matos Ltda., Expresso Rei de França Ltda., Expresso Rio Negro, Patrol Transporte Construção e Terraplenagem Ltda., Rio Anil Transporte e Logística Ltda. e Viação Abreu Ltda.. São três modelos, com diferentes configurações e comprimento total: Torino convencional, Torino Articulado e o Senior Urbano, para atender melhor as necessidades das linhas e trajetos de São Luís. Os veículos proporcionam mais conforto, segurança e rapi-

dez para os cidadãos. A empresa investe constantemente no desenvolvimento e fabricação de produtos específicos para as principais

cidades brasileiras, visto que cada município tem características topográficas e condições viárias distintas, com necessidades e demandas diferentes.

Douglas de Souza Melo

Ônibus Paradiso 1800 Double Decker de 15 metros nas estradas brasileiras Douglas de Souza Melo

Desde fevereiro, a Soli-

metros e chassi Volvo B450R

mões Transportes, empresa

8X2 para operar em linhas en-

do Grupo Eucatur, do Paraná,

tre cidades do Rio Grande do

passou a contar em sua fro-

Sul e de Roraima. As unidades

ta com 20 ônibus Marcopo-

desenvolvidas para a Solimões

lo Paradiso 1800 DD com 15

Transportes contam com pin-

tura exclusiva que destaca a fauna brasileira da região amazônica. O modelo, lançado recentemente, foi escolhido por ser o ônibus rodoviário de maior comprimento do mercado brasileiro e, como consequência, por ampliar a capacidade para 60 passageiros, além de oferecer mais espaço no salão inferior. A nova configuração permite espaçamento maior entre poltronas que representa benefícios e vantagens para o operador e também para o passageiro.

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CONVENÇÃO DE VENDAS

Mercado Interno

Mercado Externo

Douglas de Souza Melo

Com o tema Fazendo Acontecer - Os otimistas que se movem sempre vencem, a Convenção de Vendas 2017 reuniu, em março, representantes dos mercados interno e externo para falar sobre os resultados de 2016, alinhar os objetivos da empresa para este ano e motivar a força de vendas. O evento contou com a participação dos setores de Qualidade, Comercial e Marketing, departamentos Jurídico e Financeiro, Enge-

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nharia, além das áreas industriais e de estratégia. As equipes que atuam no mercado interno assistiram a uma palestra do economista Ricardo Amorim, sobre “Como aproveitar as oportunidades de recuperação” e participaram de Painel Mercadológico com o presidente da FABUS, José Antonio Fernandes Martins, o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, e o Diretor do Conselho Deliberativo da Abrati,

Pedro Teixeira. Os executivos debateram o cenário atual do transporte coletivo de passageiros e expuseram as perspectivas do setor. Já os representantes do mercado externo tiveram um momento dentro da programação da Convenção em que puderam avaliar o trabalho desenvolvido pela fábrica e áreas auxiliares durante a condução dos pedidos e também contribuir com sugestões de melhorias.


Mundo

ROTA DAS NOTÍCIAS

Crescimento na Costa do Marfim A entrega de nove ônibus Viaggio 1050 para a Union des Transports de Bouake, é a primeira feita à empresa de Abidjan, a maior cidade e considerada a capital econômica da Costa do Marfim. Os veículos, que serão utilizados em serviços de fretamento e rotas interestaduais, têm chassi Volvo B270F e capacidade para transportar 62 passageiros. São equipados com poltronas do modelo Executiva 865, na configuração 3x2, e contam com duas portas de acesso e sistema audiovisual.

40 anos Plusmar

William Rufino

Divulgação Plusmar

Com direito a show de fogos de artifício, os 40 anos da Transportes Automotores Plusmar S.A, foram celebrados em um evento que reuniu mais de 300 pessoas, incluindo funcionários, jornalistas, artistas e empresários argentinos sobre o Rio da Prata, em Puerto Madero, Buenos Aires. A empresa é uma das principais operadoras de passageiros com destino ao litoral do país e também especializada em turismo estudantil. Fundada em 1976, na cidade de Quilmes, possui mais de 400 unidades de ônibus de dois andares em sua frota e conta com unidades Marcopolo desde o ano 1995. Da esquerda para direita: Luis Teruel, Turiassu Araujo, Tarcisio Matos de Jesus, Andrea Taruel, Cecil Toledo e Laura Teruel, abaixo Adrian Pereyra

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ROTA DAS NOTÍCIAS

Mundo

Paradiso 1800 DD agora em Camarões Douglas de Souza Melo

As primeiras unidades do modelo Paradiso 1800 DD exportados para a República dos Camarões foram incorporados à frota da Finexs Voyages e interligam as cidades de Douala e Yaoundé. Com chassi Volvo B430R 6X2, o Paradiso 1800 DD tem 14 metros de comprimento, e capacidade para transportar 68 passageiros. Os ônibus são equipados com poltronas Semileito em Couro-Flex, com neoprene e viscoelástico, e todas possuem tomadas para

carregar aparelhos eletrônicos e entrada para fones de ouvido individuais. Possui também geladeiras, internet Wi-Fi, sis-

tema de monitoramento, ar-condicionado, rádio AM/FM com entrada CD e MP3, aparelho de DVD e seis monitores LCD.

Transporte urbano em evidência no Irã

Divulgação Marcopolo

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A Marcopolo participou, em janeiro, da primeira exposição de ônibus urbanos realizada no Irã, que reuniu os principais fabricantes de carrocerias de ônibus do país, empresários do ramo de serviços e do setor de componentes. Em estande de 100m2, a empresa brasileira distribuiu catálogos e folhetos de seus principais produtos e recebeu, além de clientes e convidados, membros do governo que estiveram prestigiando o evento. De acordo com Ricardo Portolan, Gerente Executivo de Negócios Internacionais, a Marcopolo tem imagem muito forte na região e os dirigentes do mercado iraniano pretendem investir na renovação e modernização da frota local, o que abre oportunidade para o fornecimento de veículos da marca.


Amazônia

Representante

Experiência como garantia Há 50 anos iniciava a relação de Euclides Paese com a Marcopolo. Como funcionário, permaneceu na empresa até 1985 quando foi nomeado representante para atender os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. Douglas de Souza Melo

E

m março de 1967 iniciava a relação de Euclides Paese com a Marcopolo. “Fui a segunda pessoa a fazer parte da equipe de vendas da então Carrocerias Nicola. Nunca me considerei um vendedor de ônibus, mas um vendedor de segurança, confiança, garantia, liquidez e qualidade”, recorda. Como funcionário, permaneceu na empresa até 1985 quando foi nomeado representante para atuar em Porto Velho/RO com escritório, loja de peças e oficina de assistência técnica atendendo os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. Em 1990, a Amazônia Veículos foi transferida para Manaus com foco em venda de ônibus e assistência técnica no Amazonas e em Roraima. Em uma região em que os rios fazem por muitas vezes o papel de extensas avenidas e onde os barcos respondem por grande parte do transporte de pessoas e cargas, há a predominância

do setor de fretamento, em virtude das fábricas localizadas no Distrito Industrial, seguido do transporte urbano e do rodoviário. “Apesar de termos grandes extensões territoriais, são poucas as rodovias na região, visto que devido a quantidade de rios o transporte intermunicipal é feito por barcos. Temos uma rodovia federal de 800 km que liga Manaus a Boa Vista, que hoje é atendida por três empresas, e uma estadual de 280 km que liga Manaus a Itacoatiara”, explica João Carlos Portela, responsável pelas vendas na região atendida pela Amazônia e profissional preparado para suceder Paese à frente da representação. Com equipe composta por 22 pessoas, a representação conta com estrutura de 5,2 mil metros quadrados que abriga escritório de vendas, sala para treinamento, loja de peças originais, oficina de assistência técnica e pós-venda de carrocerias e ar-condicionado, além de amplo pátio para estacionamento de ônibus em manutenção. “Buscamos sempre apre-

sentar ao cliente propostas que atendam da melhor forma o seu perfil de atuação, tanto no que diz respeito aos produtos quanto às possibilidades de linhas de crédito para que a compra se concretize”, acrescenta Portela enfatizando que atendimento personalizado, rede de assistência técnica, disponibilidade de peças e valor de revenda são critérios observados que também favorecem a decisão de compra. Portela sinaliza que em 2017, com o cenário político-econômico ainda instável, o desafio continua sendo incrementar as vendas na região mantendo foco também na prestação de serviço de pós-venda aos nossos clientes. “Temos expectativas de que haja melhora no segmento de urbano. Ainda acalentamos o sonho de asfaltamento da BR 319, que liga Manaus a Porto Velho e consequentemente ao resto do país. Isso, com certeza, traria benefícios para o segmento rodoviário e passageiros da região”, finaliza Paese.

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CLIENTE

Grupo Metropolitano

Ariana Uhlmann

Paulo F. Chaves

Atuação no transporte público de passageiros

Foco em gestão

evolução visando elevar os resultados positivos.

e compromisso com resultados

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marcada por mudanças e que segue em constante Assim define-se a trajetória do Grupo Metropolitano. Fundada em 1975 por Paulo Fernando Chaves e atualmente sob o comando do diretor executivo Paulo Chaves Junior, a empresa sediada em Jaboatão dos Guararapes/PE atua em Recife e região Metropolitana, além de Natal, Rio Grande do Norte.


Grupo Metropolitano

Viajante: Ao longo da história da empresa, quais foram as principais transformações? Paulo: Em 1980, cinco anos após a fundação, a Expresso Metropolitano tornou-se permissionário do Sistema de Transporte Público. Em 1982, dobrou de porte com a aquisição da Rodoviária Brasília. Nesse momento, as empresas passaram a se chamar, respectivamente, Empresa Metropolitana e Rodoviária Metropolitana. Em 1986, uma importante mudança ocorreu no controle acionário, fazendo com que as empesas seguissem rumos distintos. Com a separação dos sócios, meu pai acabou seguindo à frente da Empresa Metropolitana, que posteriormente tornou-se um Grupo. Com a mudança, quais foram os passos seguintes da empresa? Buscamos aprimorar serviços e criar um movimento de expansão. Em 2006, a atuação é ampliada com a aquisição da Rodoviária Caxangá, operadora de transporte sediada em Olinda. Em 2011, o Grupo Metropolitana adquiriu as empresas Transportes Guanabara e Expresso Oceano, passando a operar em Natal e região metropolitana. Desafios foram encontrados durante o crescimento e consolidação?

Foram vários os eventos que listo como desafiadores e que exigiram decisões focadas na perenidade da empresa. Destaco a criação do Órgão Gestor de Transporte, em 1980, a construção do metrô pararelo a corredores de ônibus já existentes, que representou impacto na demanda. Acrescento a ampliação do mercado para o Rio Grande do Norte, pelas particularidades de cada região, e o processo de sucessão familiar da Gestão do Negócio e Direção Executiva. O que norteia a filosofia de gestão? Posso dizer que a busca contínua pelo aprimoramento do serviço para transportar pessoas com qualidade, respeitando a sociedade, o meio ambiente e os valores que norteiam nosso trabalho: Respeito e transparência com as pessoas; Orgulho em trabalhar na Empresa; Compromisso com a qualidade do serviço aos clientes e Responsabilidade Socioambiental e Atendimento aos requisitos legais. Essa busca é guiada também por um planejamento operacional bem executado dentro do exercício de um ano e pelo monitoramento constante dos resultados. Qual a estrutura atual da empresa? Para melhor gestão, a estrutura do Grupo foi di-

CLIENTE

vidida em duas abordagens distintas: a corporativa e a de negócios, que corresponde a cada segmento, a Empresa Metropolitana, a Rodoviária Caxangá e as empresas Transportes Guanabara e Expresso Oceano. No total, contamos com cerca de 4.500 funcionários e mais de mil ônibus para transportar mensalmente cerca de 13,6 milhões de passageiros. Há também o Conselho Deliberativo, presidido pelo meu pai e composto por mim e meus irmãos, Paulo Gustavo e Paula Roberta. Importante frisar que há dissociação das decisões da gestão e da família, por isso buscamos a profissionalização da gestão. Quais são os próximos desafios da empresa? Posso dizer que em um momento em que vemos o uso crescente de aplicativos de transporte privado, o desafio é estar antenado para acompanhar mudanças de um mercado cada vez mais caracterizado pela tecnologia para oferecer diferenciais que atraiam o usuário, seja para implantação de sistemas de monitoramento de frota, ampliação da rede de venda de bilhetes e venda de passagem pela internet. Isso tudo equacionando o custo do valor agregado ao serviço oferecido com o poder aquisitivo do usuário e controle das gratuidades oferecidas pelo setor público.

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PANORAMA

Visão de Mercado

O que esperar de 2017 e o futuro do ônibus O mercado brasileiro de ônibus passa por um de seus momentos mais delicados, se não o mais. Ao mesmo tempo em que a demanda foi reduzida a patamares de 30 anos atrás, o ônibus enfrenta desafios para ser, tanto no segmento urbano

Malagrine

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Auto+

como no rodoviário, uma das, senão a primeira opção em transporte coletivo. Investimentos de infraestrutura para a mobilidade urbana, renovação de frota, conectividade e a preservação ambiental. Todos esses aspectos


Visão de Mercado

representam também a mola propulsora para que o transporte coletivo ocupe posição de destaque neste cenário. Nas próximas páginas, Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin America, Walter Barbosa, diretor de Vendas e

Wagner Menezes

PANORAMA

Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Ônibus da Scania no Brasil e Fabiano Todeschini, presidente Volvo Buses Latin America falam sobre suas expectativas para o mercado.

Humbeto Michaltchuk

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PANORAMA

Visão de Mercado

Roberto Cortes Presidente e CEO da MAN Latin America

Malagrine

Revista Viajante: Baseados na atual situação política, econômica e social, qual sua expectativa para o setor brasileiro de ônibus para os próximos anos? Roberto Cortes – A frota brasileira de ônibus deve passar por um movimento de renovação e modernização, privilegiando o conforto e o custo-benefício ao usuário e ao empresário. Também, vamos observar nos próximos anos o crescimento da aplicação da telemetria e da digitalização para garantir a maior integração entre os modais e controle dos sistemas de tráfego para a qualidade do transporte público urbano. O foco estará cada vez mais no custo total de propriedade (TCO). Nesse sentido, veremos algumas características técnicas ganharem ainda mais relevância como fator de decisão. É o caso da suspensão pneumática, do câmbio automatizado ou automá-

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tico e de motorizações eficientes, que não geram um aumento significativo no custo de aquisição e ainda acarretam maior disponibilidade do veículo e menos intervenções para manutenção. Como o ônibus pode ser a escolha do cidadão em relação ao transporte individual? O cidadão espera encontrar uma solução de transporte confortável e ágil. À medida que houver a renovação da frota, com os produtos mais modernos e confortáveis que oferecemos hoje, o usuário tende a priorizar o transporte coletivo porque reconhecerá essas vantagens no seu dia a dia. O contexto se torna ainda mais favorável com a criação e reforço dos corredores exclusivos, que tornam os trajetos mais rápidos. A equação é essa: você melhora a frota de ônibus e as condições das vias alternativas para aumentar a oferta de transporte público de qualidade.


Visão de Mercado

PANORAMA

Walter Barbosa Diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.

Auto+

Revista Viajante: Baseados na atual situação política, econômica e social, qual sua expectativa para o setor brasileiro de ônibus para os próximos anos? Walter Barbosa – Nossa expectativa é de crescimento para os próximos anos. Nosso segmento sofreu bastante com os baixos volumes nos anos de 2015 (15.700 unidades) e 2016 ( 10.300 unidades), chegando a patamares da década de 80. Com a sinalização positiva da economia para os próximos anos, incluindo PIB positivo, taxa de juros mais baixa e inflação controlada, devemos ter uma evolução, ainda que modesta, mas em ritmo de crescimento para os próximos anos. Precisamos retomar os patamares superiores a 20.000 unidades e continuar como o terceiro maior mercado de ônibus do mundo. O governo federal foi sensibilizado pelo segmento e em dezembro de 2016 anunciou um novo plano de renovação de veículos urbanos para 2017, chamado Refrota. Considerando condições especiais de financiamento, o programa deverá motivar clientes a renovarem suas frotas. Lembrando que nosso País contempla uma frota circulante total, incluindo rodoviário e urbano, de mais de 590.000 ônibus com idade média superior a 10 anos. Se considerarmos

apenas o segmento urbano legalizado são 107 mil ônibus, com idade média de 4 anos e 10 meses. Temos muitas oportunidades pela frente. Como o ônibus pode ser a escolha do cidadão em relação ao transporte individual? No Brasil, a participação dos ônibus no transporte público de passageiros é de 86,3%. Considerando o segmento de urbano, são 1.800 operadoras para atender 3.313 cidades. Devido à dimensão territorial do País, os custos de investimentos para infraestrutura e os tempos de implementação de um sistema de mobilidade, o ônibus leva grande vantagem em relação aos demais meios de transporte existentes. Em algumas capitais podemos contar com sistemas de transporte tipo BRT, como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, entre outras. São sistemas eficientes, com faixas exclusivas e ônibus de grande capacidade, oferecendo para a população um transporte rápido, confortável e seguro. Os jovens de hoje buscam liberdade, conectividade e agilidade. A cada evolução do sistema de transporte de massa, mais passageiros migrarão para o ônibus. Evidente que toda essa evolução depende de recursos de infraestrutura e investimentos de frota, mas é sem dúvida um caminho sem volta para o País.

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PANORAMA

Visão de Mercado

Silvio Munhoz Diretor de Vendas de Ônibus da Scania no Brasil.

Wagner Menezes

Revista Viajante: Baseados na atual situação política, econômica e social, qual sua expectativa para o setor brasileiro de ônibus para os próximos anos? Silvio Munhoz – O setor de rodoviários irá gradativamente aumentar o volume de comercialização. Essa melhora lenta e continua tem a ver com a recuperação da economia. O principal motivador está nos ônibus para as linhas interestaduais da ANTT. A nova regulamentação impõe a modernização da frota mais acelerada e representa investimento muito grande, mas o operador necessita de motivação para investir, precisará de disponibilidade de financiamento. Os custos subiram e isso assusta o investidor. Se não houver uma acomodação dos novos custos com a realidade econômica do operador, a renovação pode ser mais demorada do que a regulamentação pede, mesmo com a sua necessidade devido ao envelhecimento da frota. Também o segmento passa por um processo de diminuição do fluxo de passageiros, ajuste de linhas e eliminação de desperdícios para as empresas poderem enfrentar a nova realidade. Esta adequação vem acontecendo nos últimos dois anos. Com isso, nos próximos quatro a cinco anos imagino que teremos este cenário. No transporte estadual, cada estado tem sua regulamentação. Muitos mudaram as suas, como São Paulo, e ainda não sabemos como será o desfecho. A nova licitação foi publicada e embargada. Definida a nova licitação, deveremos ter a volta às compras. Vejo uma melhora de vendas, porém mais lenta do que a expectativa da indústria. A competitividade está mais aflorada. Por outro lado, há necessidade de aumento da especificação dos ônibus pelas legislações de segurança e conectividade. Neste cenário de enxugamento constante de custos, a redução do consumo de combustível e o controle operacional são fundamentais. Já o urbano é mais complicado. Novos prefeitos assumiram e estão redefinindo sistemas e sofrendo

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grande pressão pelo não aumento de tarifa. Isto tem tornado muitas operações inviáveis, resultando em quebra de algumas operadoras e na não renovação das frotas, como esperávamos, indo na contramão das novas tecnologias de redução de emissões e de segurança. A necessidade de transportes mais eficientes tem levado à busca por ônibus de maior capacidade de passageiros. Os combustíveis alternativos são fundamentais, a sociedade vem pressionando cada vez mais o poder público, mas ainda não estão sendo comprados como imaginávamos. Acredito que o gás natural e o biometano são ótimas soluções, com viabilidade comprovada. Como o ônibus pode ser a escolha do cidadão em relação ao transporte individual? Nos grandes centros, o congestionamento é cada vez maior. A frota de automóveis aumentou demais nos últimos 10 anos, mas a infraestrutura é a mesma de 30 anos. O transporte menos problemático é o metrô, mas custa uma fortuna e demora para ser concluído. A alternativa é o ônibus, porém sua malha viária também não vem sendo atualizada da forma necessária. Houve uma iniciativa do governo federal anterior com o programa de mobilidade urbana, com investimentos em capitais e cidades importantes, congelado devido à crise. Muitos projetos de BRT e mobilidade urbana estão parados. Se forem concluídos haverá uma grande melhora. Acredito que a migração para o ônibus será inevitável, pois ninguém consegue mais ficar horas parado dentro do carro. Contudo, o investimento precisa continuar, pois é muito menor do que o do metrô. Os governos deveriam ir direto nesta solução, com a construção de corredores exclusivos e aquisição de ônibus de maior qualidade e capacidade para serem mais atrativos, ao contrário da realidade atual. Assim, haverá uma migração natural para o ônibus.


Visão de Mercado

PANORAMA

Fabiano Todeschini Volvo Buses Latin America

Humbeto Michaltchuk

Revista Viajante: Baseados na atual situação política, econômica e social, qual sua expectativa para o setor brasileiro de ônibus para os próximos anos? Fabiano Todeschini – Na visão da Volvo, 2017 será melhor cerca de 10% melhor para a operação brasileira do que o ano anterior por diversos motivos. Primeiro, a renovação de frota dos operadores rodoviários, adiada nos últimos dois anos, precisará ser iniciada. No segmento urbano, as mudanças nas prefeituras poderão favorecer o investimento em mobilidade. No exterior, os mercados de vários países da América Latina, como Peru, Colômbia e região do Caribe têm projetos de mobilidade urbana e deverão crescer, comprando mais veículos fabricados no Brasil. Com isso, esperamos fechar o ano com leve aumento e manter a participação das exportações em 60% dos negócios. Com relação à produção e ao mercado brasileiro, a recuperação passa efetivamente pela elevação de todo o sistema de transporte, quer seja urbano ou rodoviário. No rodoviário, o foco dos operadores precisa ser a extensão dos serviços, com mais interatividade, qualidade da informação, como a internet das coisas, e a oferta de mais vantagens. No segmento urbano, os investimentos precisam ser maiores e envolver os setores público e privado, pois sem esta parceria não será possível oferecer mais qualidade, previsibilidade, serviços avançados de bilhetagem, segurança e conectividade. E sem isso, o transporte coletivo – o ônibus – não se tornará a primeira opção para os usuários. Como o ônibus pode ser a escolha do cidadão em relação ao transporte individual?

Para o transporte por ônibus crescer é fundamental o investimento de todos, governo, fabricantes, entidades e operadores. Existe a pressão da sociedade por um transporte mais eficiente, moderno e ecológico e isto demandará a aplicação de muito recurso. O transporte coletivo urbano precisa ser limpo, precisamos pensar em mobilidade inteligente. Para nós da Volvo, a solução passa por uma mudança de visão. Somos líderes mundiais na eletromobilidade e entendemos que este é o caminho. Vimos há vários anos realizando testes com veículos elétricos e elétrico-híbrido e podemos afirmar que em um sistema moderno com 26 ônibus biarticulados é possível oferecer transporte mais eficiente e com menor custo do que com 150 veículos convencionais. É preciso pensar no custo da tecnologia versus os benefícios resultantes. É preciso avaliar os sistemas e sua adequação pelo impacto ambiental por passageiro transportado. É preciso encontrar o equilíbrio ideal entre capacidade de transporte e a poluição gerada. Hoje temos a maior frota de híbridos em Bogotá, 350 unidades, e cerca de 30 veículos em operação em Curitiba, e os resultados comprovam esta nossa visão. No segmento rodoviário, o ônibus sempre continuará a ter espaço, pois sua penetração e alcance vão muito além do aéreo, mas vai precisar concorrer e oferecer mais para combater o avião. Para isso, precisará se transformar ainda mais e ser ainda mais atrativo e eficiente com custos menores. Novamente qualidade de serviço e competitividade de preços serão fundamentais.

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PANORAMA

Gestão e Liderança

Jaime Silva Investimento contínuo em novos veículos e serviços diferenciados

Gelson M. da Costa

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Gestão e Liderança

PANORAMA

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PANORAMA

Gestão e Liderança

Especializada nos serviços de fretamento contínuo para empresas, a Turis Silva se destaca por buscar continuamente a elevação do padrão de qualidade para satisfação dos seus clientes. Com quase 28 anos de atividades, oferece os mais variados serviços na área de transporte, como o recentemente lançado POA Express Airport Bus, possui frota de cerca de 240 veículos e em torno de 350 colaboradores, altamente capacitados. A empresa tem como diferencial veículos modernos e com as mais avançadas tecnologias para proporcionar segurança, conforto e comodidade de seus clientes.

Revista Viajante - Na sua opinião, qual o motivo do sucesso e da imagem da Turis Silva? Jaime Silva – O comprometimento que a empresa tem com as necessidades e a satisfação do cliente e a parceria que há com os nossos principais fornecedores e par-

Gelson M. da Costa

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ceiros. Como foi a trajetória da empresa? Atuou sempre nos mesmos segmentos? Começamos com viagens especiais nos anos 80 e, em 90, passamos a atuar no fretamento contínuo. No final da década de 90, focamos mais no segmento contínuo quando

vimos que poderíamos oferecer um serviço diferenciando ao cliente, personalizando o atendimento conforme cada demanda. Hoje mantemos os dois serviços sendo que 90% é fretamento contínuo. Qual o motivo e objetivo da Turis Silva para optar pela renovação con-


Gestão e Liderança

tínua de sua frota? Vários fatores influenciam na renovação contínua da frota, como o mercado, contratos, clientes e custo de manutenção dos veículos. Mas nós sempre vislumbramos a qualidade. Queremos sempre que, quando um cliente pense em nós, associe à palavra qualidade. E para se manter este objetivo a renovação é imprescindível. Como o sr. vê a aplicação cada vez maior da tecnologia nos serviços de transporte, tanto nos produtos (ônibus) como na aplicação, serviços e também manutenção? A aplicação da tecnologia é inevitável no nosso ramo, pois está no dia a dia de todos nós. Óbvio que vem para facilitar e melhorar tanto o produto ônibus quanto na execução do serviço. Só que ainda temos um conflito muito grande de gerações para a utilização desta tecnologia. Quem está entrando no mercado hoje já vem preparado, mas pessoas como eu, que atuam há anos no meio do transporte precisam se adaptar. E isso vai desde o motorista mais antigo que irá dirigir um veículo cheio de novidades, à área de manutenção, com o pessoal que precisa se preparar para realizar a manutenção destes veículos. A metodologia de controle de frota, a execução de serviços

e o controle de custos ficaram muito mais ágeis e precisas. Os veículos mais econômicos e confortáveis. Enfim, não há como dizer que não é essencial, cabe a nós termos visão para a adaptação. O País enfrenta uma séria crise e os impactos no transporte são grandes. Como adequou sua empresa a essa nova realidade? Como a maioria das empresas fizeram, enxugamos nosso quadro funcional, otimizamos custos e nos adequamos a nova realidade. Não adianta eu querer um reajuste

Já passamos por diversas crises, e esta, embora mais longa, irá passar também. contratual de um cliente que eu sei que não tem como dar. Estudamos individualmente cada contrato e verificamos o que era possível fazer sem que houvesse impacto na qualidade. Trabalhamos em parceria tanto com o cliente quanto com fornecedores e isso é o que nos mantém. Quais os principais desafios do setor para superar esta crise e crescer? Como vê a concorrência do avião no transporte rodoviário e como manter a atratividade

PANORAMA

para os passageiros? Conseguir manter os custos enxutos sem que isso afete o desempenho no mercado, superar a concorrência predatória de empresas que não se adequaram a realidade econômica e achando que “torrar preços” de serviços irá mantê-las no mercado e aguardar a estabilização da economia para a retomada do crescimento. O avião não representa concorrência para o fretamento contínuo. Nas viagens especiais a situação já está mudando, pois as passagens aéreas aumentaram e o mercado já começou a dar sinal de retomada. Qual a mensagem que o sr. deixa para os empresários de ônibus de todo o País? O que desejo compartilhar com os empresários do nosso setor em todo o Brasil é que, nos meus mais de 40 anos no ramo do transporte, já passamos por diversas crises, e esta, embora mais longa, irá passar também. O transporte brasileiro de passageiros em todos os modais foi muito afetado por esta crise, perdemos usuários, eficiência e fôlego, mas se fizermos os ajustes necessários conseguiremos voltar a crescer, recuperar grande parte dos passageiros perdidos e fazer do ônibus um meio de transporte mais admirado e valorizado. Viajante - Edição 20 - Abril 2017

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PANORAMA

Economia

Ricardo Amorim

A hora de fazer é agora

Gelson M. da Costa

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Economia

PANORAMA

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PANORAMA

Economia

Economista, apresentador de televisão, palestrante colunista da Revista IstoÉ e autor do livro “Depois da Tempestade”, Ricardo Amorim participou da Convenção de Vendas da Marcopolo e conversou com a Revista Viajante. Para Ricardo, o comportamento da economia demonstra que já estamos iniciando um ciclo virtuoso de crescimento. Quando ele vai se concretizar ninguém sabe, mas as oportunidades de sucesso virão e muito em breve. E destaca que “quanto mais baixa a expectativa, como a que temos agora com relação à economia brasileira, mais fácil e maior é a surpresa positiva”.

Viajante - Como vê o atual momento brasileiro? Ricardo Amorim - O Brasil enfrenta a pior crise de sua história, desde que comecei a analisar os dados econômicos, de 1900 para cá. O pior é que a crise envolve economia, política, o lado social, as instituições. As mudanças precisam ser feitas no País e o momento para isso é agora, pois a sociedade está mobilizada, atenta e cobrando. Se a reforma da previdência passar, e precisa passar, o País vai crescer muito, ao menos por alguns anos. Se outras

reformas, como a tributária e a trabalhista também forem aprovadas, o ciclo favorável pode ser mais longo. Mas por que olhar pelo retrovisor e não para a frente? Se guiarmos um ônibus olhando no retrovisor, por mais reta e livre que seja a trajetória, uma hora teremos uma curva ou um veículo e a colisão será inevitável. Precisamos olhar para a frente e o futuro não tem cara de passado. Acredito que 2017 será melhor do que os últimos anos e pior do que os próximos e que o futuro está cheio de oportunidades.

Digo que se soubermos em que fase do ciclo econômico aquele pais está, podemos acertar para que lado a economia vai andar. Parece simples, mas não é. O que posso dizer é que bons governos geram ciclos longos de crescimento e surpresas positivas. Maus governos, o oposto, ciclos decepcionantes e longos. Mas a boa notícia é que nenhum país que não estivesse em guerra ou guerra civil apresentou ciclo negativo por mais de seis anos... e não vamos chegar perto disso, pois já temos sinais que o ciclo virou.

A economia se comporta como um pêndulo, vai crescer e pode ser muito mais do que se imagina.

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Economia

Por que você acredita que as oportunidades estão “batendo à nossa porta”? É uma questão de timing. E o fator que mais diferencia o êxito das empresas, por incrível que possa parecer, não é produto, mercado ou preço e sim o timing. Os fatores são vários e todos consistentes. Estudo o comportamento da economia mundial e brasileira com dados de 115 anos de história e, sempre depois de uma crise como a que ainda enfrentamos, ocorre um ciclo de crescimento de três a oito anos, que no caso brasileiro sempre apresentaram taxas de expansão superiores a 5% ao ano. No caso das indústrias automotiva e de construção, que precisam de financiamento, a retomada demora um pouco mais para ser sentida, mas quando vem, vem muito forte. É como estou vendo os próximos anos. Vocês estão na hora, no lugar e no setor certos. Na hora, porque a retomada está começando, ainda não chegou no setor do ônibus, mas vai chegar forte. No lugar certo, porque o Brasil é um país emergente e um dos quatro maiores mercados de consumo do mundo em potencial de crescimento, considerando-se as próximas décadas. É aqui que as coisas vão acontecer. Nos próximos 20 anos, cerca de 35 milhões de brasileiros devem subir para a classe média e ampliar o consumo. E no setor certo porque todo esse enorme contingente

vai precisar ser transportado e o ônibus é o veículo/modal que vai absorver e realizar a maior parte dessa locomoção. Por que para os setores de construção e automotivo a retomada demora mais? Por que são indústrias que precisam de financiamento para poder atender a demanda. O operador precisa de financiamento para comprar o ônibus e não há crédito porque a confiança é baixa e os bancos acreditam que o risco de não receberem é muito grande. Com a elevação da confiança, a queda dos juros, do dólar e com a entrada de investimentos estrangeiros, como aconteceu em janeiro, a inflação em queda, os bancos vão voltar a financiar. É simples: se os juros continuarem a cair, a taxa que hoje está em 12% vai baixar para 7 ou 8%. Não é melhor emprestar dinheiro agora e fechar taxa em 12% do que esperar e ter que emprestar ganhando apenas 7 ou 8%? Os bancos sabem bem disso e vão financiar. E aí os setores automotivo e de construção vão iniciar a retomada. Veja que o setor automotivo mundial continuou a crescer em ritmo acelerado em todos os grandes países emergentes nos últimos três anos, menos no Brasil. Mais um indicativo que as oportunidades melhores e maiores estão aqui e agora, com a perspectiva de retomada econômica. E o que fazer para alcançar o sucesso e aproveitar as oportunidades? É preciso investir em

PANORAMA

treinamento, formação, educação, eficiência, qualidade, produzir com qualidade e atender com qualidade. As empresas que querem ter sucesso e que terão sucesso são aquelas que utilizaram e estão utilizando este período de recessão para investir na formação, na eficiência e em estar melhor preparadas para quando a economia retomar, o que vai acontecer em breve. O que vai diferenciar as empresas e produtos não será só preço e sim serviço e atendimento à demanda que virá e poderá ser maior que a esperada. E quando a procura é maior que a oferta, é quando se pode, além de recuperar volumes de produção, recuperar as margens de ganhos e lucros. No caso da Marcopolo, o que vejo é que ela produz ônibus, veículos de transporte, mas não “vende” ônibus, vende soluções para melhorar a vida das pessoas. Soluções para fazer com que os seus parceiros possam oferecer um transporte melhor, mais confortável. Isso faz pessoas mais satisfeitas e que se transformam em mais produtivas, o que traz mais resultados. Serviço melhor, atendimento melhor, pessoas mais satisfeitas, clientes percebendo o valor Marcopolo. Aprendi que para qualquer situação o que vai acontecer dali para frente depende de como se olha naquele instante e de como estamos preparados. Isso muda tudo e muda o nosso futuro. Viajante - Edição 20 - Abril 2017

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Conquistar sua confiança. É isso que nos move. Sua confiança em nosso trabalho é o que nos coloca em constante movimento para desenvolver soluções para o transporte coletivo que contribuem com o crescimento da sua empresa. Graças à sua preferência, a Marcopolo foi reconhecida, mais uma vez, com o Prêmio Lotus nas categorias Marca do ano em Carrocerias de Ônibus e Marca do ano em Carrocerias de Ônibus Rodoviários.

www.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo

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Divulgação

ARTIGO

A Terceira Segurança Bob Sharp Jornalista automobilístico e ex-piloto. É editor técnico e colunista da revista Carro e sócio e editor-chefe do site AUTOentusiastas.

Ninguém deseja acidentes, sejam quais forem ou com quais veículos. Menos ainda quando se trata de ônibus, dado o número de pessoas que transportam. A indústria tem se ocupado em aplicar técnicas e conceitos para reduzir ou eliminar acidentes, mas nada será eficaz se aquela peça que fica entre o banco e volante não tiver total e absoluta consciência de seu papel e responsabilidade. Fala-se muito em segurança ativa e segurança passiva. A primeira é que dá ao motorista condições do maior controle possível do veículo, características dinâmicas que dificultem que o veículo lhe escape das mãos, seja em reta ou em curva. E baseia-se, fundamentalmente, em direção, freios e pneus. A outra segurança é a passiva, para minimizar ferimentos de toda ordem por meio da construção da carroceria capaz de se deformar até certo ponto e com isso dissipar a energia dos impactos, bem como evitar que se desmanche numa batida e venho a ferir os ocupantes. Faz parte o sistema de

retenção do corpo ao banco, cinto de segurança, que não só evita que, em uma batida, o ocupante seja atirado para fora do veículo, tombamento ou capotagem, como também, que o corpo fique sujeito a colidir com as partes internas do veículo, que se chama de segunda colisão –primeiro há a colisão do veículo contra um objeto, seja estático ou móvel, para depois o frágil corpo humano colidir, à mesma velocidade, com alguma coisa dentro do veículo. Quantos ferimentos ou vidas teriam sido poupados se todos os que estão dentro de um ônibus mantivessem o cinto de segurança atado!

Acidentes podem diminuir, tem como. A solução está nos detalhes dos veículos. A terceira segurança é a segurança preventiva, que dará ao motorista as melhores condições para que exerça o seu papel da maneira mais eficiente e segura possível. Começa pela climatização, que além de manter a temperatura em torno de 22ºC, permite manter a janela fechada e as desagradáveis e ruidosas correntes de ar, que vão fatigando o condutor. Em seguida, vêm as baixas cargas para operar os controles, bem como sua localização, sempre ao fácil alcance das mãos.

Especial atenção deve ser dada ao volante de direção, que deve ter diâmetro adequado a uma pessoa de estatura normal, para ser manuseado com os braços paralelos, e ter ângulo com a vertical o mais próximo possível do dos automóveis. É frequente ver que os motoristas não operam o volante com naturalidade. Uma boa contribuição para a segurança preventiva está nos câmbios robotizados que tornam as trocas de marchas fáceis e sem esforço, além de nas reduções propiciarem a bem-vinda aceleração automática que torna as trocas virtualmente livres de trancos. Outro ponto relevante é o banco do motorista, cujo encosto deve ser ajustado de tal forma a fazer um ângulo de aproximadamente 45º com o volante, a posição mais cômoda para dirigir — até um carro de Fórmula 1. Como referência, fazer o que é feito nos aviões: não importa seu porte, de um pequeno monomotor ao gigante Airbus A380, o posto do piloto é sempre o mesmo. O banco precisa ter a densidade de espuma que não seja macia demais, o que impede o relaxamento dos músculos, e que a sua suspensão seja bem controlada por amortecedores de maneira a manter o bom contato do motorista com o veículo. A terceira segurança sempre rende bons frutos, motoristas cada vez mais atentos à via à frente, tendo a sensação que o enorme ônibus é uma extensão do próprio corpo. Viajante - Edição 20 - Abril 2017

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CAPA

Torino S

La nuova Soluzione Novo ônibus Marcopolo Torino S, ainda mais robustez e facilidade de manutenção. A Marcopolo apresenta nova versão do seu modelo urbano de maior sucesso, o Torino S. O produto foi desenvolvido ao longo de dois anos para, além de oferecer qualidade, conforto, segurança e espaço para os passageiros e motorista, garantir para o operador o foco na operação, com manutenção simplificada, mais

Fotos: Julio Soares

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rápida e barata, e os mesmos atributos de robustez e confiabilidade comuns a todas as outras versões do Torino. Segundo Paulo Corso, Diretor de Operações Comerciais e Marketing, com a nova versão, a empresa pretende colaborar para estimular e acelerar a renovação de frota no segmento urbano.


Torino S

CAPA

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CAPA

Torino S

S de “Soluzione”

O “S” agregado ao nome do modelo representa Soluzione, solução em italiano. “Desenvolvemos o Torino S para manter todos os atributos da família Torino e proporcionar ao operador praticidade e facilidade de manutenção, redução no custo e no tempo de reparação e facilidade e simplicidade ao condutor”,

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destaca Paulo Corso. Levantamento realizado desde 2015 pelas áreas de marketing e engenharia da empresa indicou os principais pontos que poderiam ser otimizados e tornar o Torino ainda mais eficiente e competitivo. Em um momento tão agudo de crise econômica como o que o Brasil enfrenta,

a nova versão pode estimular e colaborar para que o operador do segmento urbano renove a sua frota e possa tornar sua operação ainda mais eficiente, reduzindo os custos de manutenção e mantendo os veículos mais em utilização, em razão de ter manutenção mais fácil, rápida e com custo reduzido.


Torino S

CAPA

Focado na operação O resultado de todo este trabalho de marketing e engenharia da Marcopolo é a redução do tempo do veículo parado para manutenção, com serviços facilitados. “O foco do Torino S é a operação”, ressalta Corso. “Ampliamos os atributos de conforto, segurança, acessibilidade para passageiros, motorista e cobrador, e, ao mesmo tempo, adotamos conceitos práticos e eficazes para quem precisa manter o veículo sempre em operação”. De acordo com Luciano Ricardo Resner, diretor de Engenharia da Marcopolo, a nova versão foi desenvolvida com base no que os clientes desejam, com as principais informações transmitidas para

a rede de representantes em todo o Brasil. “Nosso trabalho foi ampliar ainda mais a vocação do modelo para a aplicação pesada e contínua. Suas características de manutenção mais fácil, rápida e

“Adotamos conceitos práticos e eficazes”.

barata, vão proporcionar ao transportador manter o veículo mais tempo em operação e realizar quaisquer re-

paros da forma mais rápida”, enfatiza o executivo. O Torino S reflete a ideia da Marcopolo em proporcionar o que os empresários almejam em termos de custo, rapidez, facilidade de manutenção e redução do tempo parado em garagens para a realização de serviços. Ou seja, é o produto ideal para este momento de necessidade de redução de custos e também de ociosidade do produto. A praticidade para o operador começa na oferta de configurações. Externamente, o Torino S tem como diferenciais design limpo e leve, com novos conjuntos ópticos dianteiro e traseiro.

Padronização Para tornar mais eficiente a operação dos veículos, especial atenção foi dedicada à padronização de componentes. Com isto, diminuindo a necessidade de itens de reparo em estoque nas garagens. Segundo Resner, pelo novo conceito, foram estabelecidos alguns projetos de veículos que reduzirão o tempo de produção. “Analisamos os hábitos de compra

dos principais clientes brasileiros e buscamos a padronização de componentes e opcionais, reduzindo o tempo para fornecimento do produto. Este é, neste momento, um importante diferencial, pois faz com que o cliente coloque o novo veículo em operação mais cedo”, explica. Foi desenvolvida uma nova tampa superior para acesso ao sistema de aber-

tura das portas. Em ABS, em vez de fibra de vidro, permite acesso mais rápido, ampliando vida útil e diminuindo possíveis ruídos decorrentes de vibrações geradas pelas irregularidades das ruas e avenidas, além de colaborar com o meio ambiente. O sistema de abertura e fechamento das portas conta com nova estrutura e bandeja que ampliam a vida útil dos pistões de acionamento.

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Torino S

Confira as novidades:

Vidros laterais padronizados

Novos espelhos retrovisores

Saias laterais retas Aro de roda em borracha

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Novo sistema de limpador de para-brisa


Torino S

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Disponível inicialmente em seis opções de chassis - de 11,2m até 13,2m de comprimento: Mercedes-Benz OF 1519 OF 1721 OF 1721 L

MAN VW 15.190 OD 17.230 OD

Faróis e lanternas intercambiáveis com maior eficiência luminosa

Vigia traseiro com cantos arredondados

Novo formato de tomadas de ar de teto e sistema de fixação e vedação

Novo suporte de bateria: praticidade de manuseio

Placa incorporada ao veículo, manutenção no para-choques sem movimentar a placa

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CAPA

Torino S

Mudança interior Significativas mudanças internas foram feitas focando no conforto e ergonomia do condutor. Para oferecer mais espaço de movimentação, posto de condução e console foram redesenhados e defroster foi instalado em novo local, sob o painel. O reposicionamento do condutor e as novas saídas de ar no painel, teto e direcionadas

para ventilação mais eficiente reduzem o estresse térmico causado ao longo das atividades. Itens de manutenção, central elétrica e a tampa superior interna frontal do itinerário também foram alterados para facilitar o acesso aos comandos. O painel de instrumentos passa a contar com teclas de comando do tipo IP66 (pa-

drão europeu), que garantem maior isolamento e vedação, quando das operações de limpeza do ônibus na garagem. O sistema de ar-condicionado, com novos dutos, perfis e saídas no teto com novo direcionamento, melhora a distribuição de ar no interior do veículo, ampliando o conforto térmico.

Novo sistema de limpador de para-brisa A visibilidade crítico no trânsito ainda mais em dias va. Para garantir a visão do motorista

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é item urbano, de chuperfeita e a se-

gurança dos passageiros, o sistema de limpador de para-brisa foi aprimorado para melhor funcionamento e limpeza da área de vi-

são. Os novos braços proporcionam maior pressão das palhetas sobre o vidro, limpando a área de maneira uniforme e completa.


MOBILIDADE

Priorização do transporte coletivo CIDE municipal e Programa de Qualificação do Transporte Público Por Ônibus podem mudar o cenário brasileiro

Gelson M. da Costa

Em uma ação inédita, a NTU, com o apoio da FABUS e do Simefre, lançou duas propostas importantes para priorizar o transporte coletivo e, ao mesmo tempo, dar condições para que o usuário considere o serviço mais eficaz e benéfico. De acordo com o presidente da FABUS e do Simefre, José Antonio Fernandes Martins, a primeira dessas ações é a proposta de criação da CIDE municipal, que é a contribuição para a criação do fundo oficial municipal de transportes que tem como escopo custear o serviço de transporte público coletivo. “O objetivo é subvencionar o transporte público por intermédio do transporte individual motorizado, com a arrecadação de uma contribuição sobre o consumo de combustíveis (gasolina, etanol e gás natural veicular), realizada diretamente pelos municípios. Esta será uma das primeiras medidas que priorizarão o transporte coletivo em relação ao transporte individual, como vem ocorrendo hoje”, enfatiza Martins.

“Com isso, vamos elevar a qualidade do serviço e reduzir a tarifa, recuperar parte da demanda perdida ao longo dos últimos anos, e, o mais importante, atender a Lei 12.587/2012, que define a Política Nacional de Mobilidade”, esclarece. Para Martins, a proposta da NTU propõe uma elevação de 6% no preços dos combustíveis citados e proporcionaria uma arrecadação de R$ 11,9 bilhões, que garantiriam a subvenção de 29,1% do transporte público. “Para os críticos dessa proposta, o resultado é uma deflação na economia brasileira, de 0,40% no IPCA porque, apesar do aumento da inflação, em razão da elevação do preço dos combustíveis, proporcionaria a redução do custo de transporte público.” A segunda ação importante é o Programa Emergencial de Priorização e Qualificação do Transporte Público Por Ônibus, um programa simplificado com recursos federais a fundo per-

dido para as cidades com população superior a 250 mil habitantes. O foco do programa é a implantação imediata de 3.300 km de Faixas Exclusivas para o transporte público por ônibus nas cidade brasileiras, ao custo de até R$ 300 mil por quilômetro, totalizando aproximadamente R$ 1 bilhão. “Podem ser até 110 cidades contempladas, atingindo 86 milhões de brasileiros”, destaca Martins. “Com isso teríamos o aumento da velocidade operacional dos ônibus e da confiabilidade do serviço, reduzindo a emissão de poluentes em mais de 1,5 milhão de toneladas de C02/ ano e do material particulado e NOx. A sociedade exige uma melhor qualidade do transporte público. Assim, criaríamos um legado permanente e inquestionável para a mobilidade urbana, melhorando a qualidade dos serviços convencionais de ônibus e reduzindo custos operacionais”, finaliza o executivo.

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RECONHECIMENTOS

Global Challenger A crescente atuação internacional e a ampliação de seus negócios em diferentes regiões, tanto por intermédio das exportações quanto nas 12 operações que possui em nove países, colocaram a Marcopolo entre uma das 100 empresas de todo o mundo mais desafiadoras e consideradas os motores dos mercados emergentes. O levantamento é realizado pelo The Boston Consulting Group e desde 2008 a empresa figura entre as companhias de mercados emergentes que mais rapidamente estão atuando de forma global. Na 10ª edição do BCG Global Challengers, além da Marcopolo, as empresas

brasileiras escolhidas foram BRF Brasil, Braskem, Embraer, Gerdau, Iochpe-Maxion, Natura, Petrobras, Tigre, Votorantin e WEG. Fundado em

1963, o BCG é uma das principais consultorias no mundo em relação à estratégia comercial com 85 escritórios em 48 países.

Divulgação Global Challenger

AutoData 2016 O contínuo processo de desenvolvimento de novos produtos, lançamento de novos modelos para atender demandas dos mercados brasileiro e internacional e as ações para manter o seu desempenho financeiro e operacional, mesmo diante da pior crise já enfrentada pelo setor no País, fizeram com que a Marcopolo fosse reconhecida como Melhor Fabricante de Carrocerias de Ônibus Prêmio AutoData 2016. Promovido pela AutoData Editora, o prêmio é o reconhecimento às empresas, produtos e profissionais do setor que mais se desta-

caram ao longo do ano na busca de objetivos determi-

Divulgação AutoData

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nados, inovações, tecnologia e produtividade.


RECONHECIMENTOS

Mais lembrada e inovadora Na pesquisa Marcas de Quem Decide 2017, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata, a Marcopolo figura entre as cinco marcas mais lembradas e preferidas de gestores de empresas e altos executivos de negócios do mercado gaúcho. A empresa foi reconhecida nas categorias especiais Grande Marca Gaúcha e Marca Gaúcha Inovadora. O evento de premiação foi realizado no início de março no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Divulgação Marcas de Quem Decide

Destaque Comércio Exterior Foi com o case “Projeto Conquest - A Marcopolo enfrenta a crise do setor e amplia a presença em mercados globais”, que a empresa conquistou o Prêmio Top de Marketing ADVB/ RS na categoria Temática Construindo Marcas de Sucesso e Marketing Global. O projeto abriu um novo caminho para superar os desafios que o setor automotivo enfrenta. Segundo Ricardo Portolan, Gerente Executivo de Negócios Internacionais, as exportações compensaram parcialmente a queda de produção e ampliaram significativamente o fornecimento de ônibus fabricados nas unida-

des fabris brasileiras para países da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. “Este prêmio é um importante re-

mercados”, completa. A 34ª edição do Prêmio Top de Marketing da ADVB/ RS foi realizada no Centro de

Erik Barros Pinto

conhecimento do trabalho de toda equipe envolvida no Projeto Conquest que visitou mais de 60 países, o que representou a abertura de dez novos

Eventos do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre, e contou com a presença dos executivos das principais empresas do Rio Grande do Sul.

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INOVAÇÃO

O que o futuro reserva? Possibilitar a melhor utilização da mente, do tempo e do espaço fazem do ônibus o veículo do futuro.

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INOVAÇÃO

Fotos: Vinicius Pauletti

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INOVAÇÃO

A Marcopolo, desenvolveu o Concept Bus (Ônibus-conceito), que reúne as tecnologias mais modernas disponíveis para os clientes, assim como também o que ainda é tendência e que até 2025 deverá ser realidade no transporte coletivo. Cada vez mais difícil e complicada, quer nos centros urbanos como também nas estradas, a necessidade

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de mobilidade das pessoas está mudando a cultura do brasileiro e da maior parte da população mundial de preferir o transporte individual. Tempo, conectividade e a possibilidade de melhor utilização da mente e do espaço já estão transformando este conceito, sobretudo entre os jovens. O sonho do transporte instantâneo no qual no ins-

tante seguinte estaríamos no nosso destino final ainda é impossível. Então, o mais próximo que podemos chegar disso é tornar o transporte o mais rápido possível ou aproveitar, da melhor forma, todo o tempo em que estivermos nos “deslocando”, como se já estivéssemos no destino final. Para poder oferecer esta nova forma de trans-


INOVAÇÃO

porte para o passageiro, o Concept Bus é um veículo único e inédito. Sua concepção tem como objetivo mostrar como o ônibus pode, no médio prazo, atender as necessidades futuras e desejos ainda nem imaginados dos passageiros e dos operadores. O seu desenvolvimento representa dois anos de trabalho e não terá fim, pois o desafio é, continuamente,

antecipar e fomentar todas as soluções para um transporte sempre melhor, mais eficiente e no qual o usuário sinta-se cada vez mais no seu ambiente próprio. Segundo o gerente de Design e Inovação Petras Amaral Santos, o Concept Bus é a visão para o ônibus hoje, amanhã e no “pós-amanhã”. “Neste primeiro momento, estamos apresentando o que acaba-

mos de lançar ou colocaremos à disposição dos clientes ainda este ano. Em uma segunda etapa, vamos mostrar o que estará nos ônibus brasileiros na próxima década, como a internet das coisas e as mais diferentes formas de conectividade e de equipamentos que proporcionem uma experiência única em termos de conforto, de segurança e o bem-estar dos passageiros.”

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INOVAÇÃO

Entre os equipamen-

intermédio de áudio, vi-

tos e soluções que já estão

bração eletromecânica, re-

disponíveis ou serão lança-

frigeração e aquecimento,

das este ano destacam-se o

além de provocar o estresse

Poltrona Antisleep, que foi

térmico, reduz a sonolência

desenvolvida com o obje-

e promove o estado de aler-

tivo de prolongar o estado de alerta e atuar durante as fases de sonolência e fadiga do motorista de veículos pesados (ônibus e caminhões) e, assim, reduzir o alto índice de acidentes causados no transporte de pessoas e de carga. Parceria da Marcopolo, com o CEMSA – Centro Multidisciplinar de Sonolência e Acidentes e a Woodbri-

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ta. Possui módulo integrado que recebe diversos e diferentes dados coletados sobre o estado de fadiga, bem como tempo de viagem e horário. Estudos apontam que os principais motivos e causas da sonolência ao volante são fadiga física e mental, privação/restrição de

dge, a poltrona é equipada

sono, muitas horas acorda-

com dispositivos de distra-

do (mais de 16), situações de

ção mecânica e fisiológica

monotonia, e homeostasia

que atuam para prolongar

corpórea por resfriamento

o estado de alerta nesses

da temperatura central as-

profissionais nos momen-

sociados aos fatores acima,

tos e horários críticos. Por

entre outros.


INOVAÇÃO

Outra tecnologia já disponível é o Easy Boarding, solução da Marcopolo como alternativa de acessibilidade para facilitar o embarque e que proporciona mais conforto, segurança e ergonomia às pessoas com as mais variadas dificuldades de locomoção. Foi desenvolvido de acordo com os critérios estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e pelo Inmetro. Segundo Petras Amaral Santos, a Marcopolo pesquisou, entrevistou clientes e estudiosos e procurou desenvolver um sistema inovador, prático e seguro para auxiliar o embarque e desembarque dos passageiros. “Estamos oferecendo alternativas para tornar as viagens em ônibus ainda mais seguras e confortáveis. Hoje não há a obrigatoriedade para a instalação deste tipo de equipamento, mas se somarmos a população com dificuldade de locomoção e a com as demais deficiências, chegamos a aproximadamente a 45 milhões de habitantes”, revela o executivo. O Easy Boarding pode ser instalado em todos os ônibus rodoviários da Marcopolo, como os modelos Audace, Ideale, Paradiso e Viaggio. Para o operador de transporte, o sistema Easy Boarding oferece rapidez, praticidade, segurança e representa um diferencial em termos de acessibilidade. Outro diferencial é que na maioria dos casos não acarreta diminuição do número de poltronas disponíveis, pois não reduz o espaço do salão de passageiros.

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INOVAÇÃO

Também já disponível para os operadores é o Divisórias Inteligentes, sistema de divisórias capaz de organizar e separar as bagagens de acordo com seu destino. Atualmente, os bagageiros não possuem nenhum tipo de fixação para as bagagens que, durante a viagem, estão sobre a influência da movimentação do veículo, podendo causar impactos que danificam as bagagens. O novo equipamento tem por objetivo resolver os problemas do transporte e armazenagem das bagagens e permite a separação, imo-

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bilização e identificação, evitando danos e extravios. O sistema é composto por trilhos móveis e retráteis, com guias de sustentação e divisórias móveis, que são fixadas às guias de sustentação, e permite acomodar as bagagens de maneira eficiente, impedindo que se movimentem durante o trajeto, separar e identificar as bagagens por destino, evitando desembarques incorretos e proporcionando segurança e evitando furtos. As bagagens são agrupadas, separadas e identificadas de acordo com o seu

destino, evitando o desembarque da bagagem no destino errado. E também pode ser utilizado de lacres de segurança que evitam que as divisórias sejam abertas por pessoas não autorizadas, evitando o furto dos pertences. Já o Smart Rack permite melhor acesso ao bagageiro e oferece melhor ergonomia ao motorista. Possui sistema deslizante, que facilita o acesso à bagagem e elimina a incômoda necessidade de o condutor “entrar” no compartimento de bagagens para retirada das malas.


INOVAÇÃO

Além das soluções já em linha, a Marcopolo desenvolve outras tecnologias que estarão disponíveis no curto prazo, como a Poltrona Next, na qual o passageiro tem a sensação de ficar física e emocionalmente melhor. A poltrona respeita o biotipo de cada usuário e altera a percepção de tempo de viagem, pois diminui a fadiga. Possui um sistema de massagem por vibração composto por quatro módulos individuais de vibração mecânica, que propicia uma massagem

terapêutica, melhorando a circulação e o relaxamento muscular nas regiões da coluna cervical, lombar, coxas e panturrilha. A massagem ocorre em ciclo de diferentes intensidades, variando a frequência e intercalando os locais de vibração. Possui sistema de aquecimento da região lombar, realizado por intermédio de uma manta térmica com resistências elétricas, costuradas internamente na capa da poltrona, com temperaturas que variam de 35 a

42 graus centígrados, e que propicia uma ação terapêutica e confortante individualizado à cada passageiros. E sistema antitranspiração, com circulação de ar forçada através do microventilador instalado internamente, juntamente com a aplicação do tecido Spacer 3D, permeável a transpiração, como capa da poltrona. Assim, alivia a sensação de aquecimento e formação de umidade de transpiração entre o banco e o passageiro, aumentando a sensação de conforto.

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Turismo

Natal

l o S o d e d a d i C

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Turismo

Belezas naturais, clima tropical, artesanato, gastronomia e povo hospitaleiro são atributos que fazem de Natal um dos destinos nordestinos mais procurados por turistas brasileiros e estrangeiros em temporadas de férias. Conhecida como Cidade

do Sol em função de sua elevada luminosidade solar, com aproximadamente três mil horas de insolação por ano, a capital do Rio Grande do Norte é considerada o portal de entrada das Américas por ser o ponto mais próximo da Europa e

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África. Fundada 25 de dezembro de 1599, a segunda menor capital brasileira, com pouco mais de 167 km² e 877 mil habitantes, é grandiosa em beleza e guarda uma série de histórias e pontos turísticos únicos.

Fábio Pinheiro

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Marco Barreto

Turismo

Parque das Dunas É a maior área verde de Natal, a primeira Unidade de Conservação Ambiental implantada no Rio Grande do Norte e o segundo maior parque urbano do Brasil. Criado em 1977, tem 1.172 hectares e abriga animais silvestres como timbu, gato-maracajá, raposa, sagui e gavião peneira e mais

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de 270 espécies de árvores, como o pau-brasil, pau-d’arco roxo, peroba. Diversidade que pode ser vista em trilhas agendadas previamente. É considerado pela UNESCO como parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira e posto avançado da Mata Atlântica

Brasileira pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. No local também estão mirantes para o Morro do Careca e para o oceano, anfiteatro para shows e palestras, área de piquenique, biblioteca, lago artificial e parque infantil.


Turismo

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For te dos R e is M agos Erguido para proteger a capitania do Rio Grande do Norte, é considerado o marco inicial da capital potiguar. Localizado na Praia do Forte, tem formato de uma estrela de cinco pontas e começou a ser erguido em 6 de janeiro de 1598, Dia de Reis. No século 17, o local

foi invadido pelos holandeses, que foram expulsos em 1654. O monumento ainda preserva os canhões expostos na parte superior do prédio, capela com poço de água doce e alojamentos. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-

nal (IPHAN) em 1949 e integrado ao Patrimônio Cultural da Fundação José Augusto em 1965, o Forte hoje é uma das principais atrações turísticas de Natal e recebe média de dois mil visitantes por dia durante a alta temporada.

Luiz Magnus Correia Cardoso

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Turismo

Marinelson Almeida

Genipabu Uma das melhores maneiras de conhecer as dunas da Praia de Genipabu, distante 24 km de Natal, é de bugue. Mas também é possível esco-

Centro de Turismo A construção de estilo neoclássico do século 19 já foi ocupada como residência, asilo de mendigos, orfanato e cadeia pública. Tombado pelo Patrimônio Histórico, foi restaurado em 1976 e atualmente possui 38 lojas de artesanato, restaurante e lanchonetes. Nas noites de quinta-feira é palco do animado Forró com Turista, onde jovens da Academia de Dança interagem com o público, ensinando os passos do forró e convidando para participar de uma improvisada quadrilha junina.

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lher pelo exótico passeio de dromedário, passando pela Lagoa de Pitangui, que proporciona uma bela vista panorâmica. Na Lagoa de Jacu-

mã, a diversão fica por conta da descida pela duna que pode ser feita de duas maneiras: em uma prancha de madeira ou por tirolesa.

RDCFérias


Turismo

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O Maior Cajueiro do Mundo O nascimento da árvore centenária que fica em Parnamirim, a 25 quilômetros de Natal, é um mistério. Segundo relatos de antigos moradores, ela teria sido plantada pelo proprietário do terreno, o ex-prefeito de Natal, Sílvio Pedroza, que posteriormente doou o espaço ao Governo do Estado. Registrado em 1994 no Guiness Book como “o maior cajueiro do mundo”, ocupa área de 8.500 m², o equiva-

lente a 70 cajueiros de porte normal ou um campo de futebol e na época da safra chega a produzir 2,5 toneladas. Estima-se que se houvesse espaço para seu crescimento, o cajueiro poderia alcançar 30 a 40 mil m². Tamanha imponência deu origem a um Parque Ecológico, que com lojas de artesanato movimenta a economia local e permite que os turistas apreciem a copa em um mirante com 10 metros de altura. Div. Rosanetur

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Culinária

a r u ç o D r a u g i t o p

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Culinária

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A produção de doces caseiros no Seridó do Rio Grande do Norte, importante região natural do semiárido nordestino, é um atividade desenvolvida provavelmente muito antes dos primórdios da colonização portuguesa, no século XVI. Uma das receitas mais populares entre as doceiras da região está o arroz doce, sobremesa também presente em grande parte do território brasileiro.

Ingredientes:

- 1 xícara de arroz - 2 xícaras de água - 6 cravos - 2 canelas em pau - 1 litro de leite integral - 1 xícara de açúcar - Canela em pó

Leve à panela o arroz, a

e o açúcar e deixe ferver nova-

água, o cravos e as canelas em

mente. Assim que levantar fervura,

pau. Assim que ferver, baixe o fogo

baixe o fogo e mexa até que fique

e deixe cozinhar até secar. Com o

com consistência cremosa. Polvilhe

arroz quase seco, adicione o leite

canela em pó e deleite-se.

www.puntomenos.com.br Instagram: puntomenosoficial

Receita: Tiago Daltoé Foto: Graziela Chiattone Martins

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VISITAS

Betetur Viagens e Turismo – Rio Grande do Sul

Paraíba Turismo – Paraíba

Grupo JCA – Rio de Janeiro

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Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti

Rimatur Transporte – Paraná

Viação Ouro e Prata – Rio Grande do Sul

Expresso Gardênia – Minas Gerais


VISITAS

Catuzzo Turismo – Rio Grande do Sul

Turisol Empresa de Viagens e Turismo – Uruguaiana

Feltrin Turismo – Santa Catarina

Viação Sorriso de Minas – Minas Gerais

Grupo Mingoti – Rio Grande do Sul

Expresso Sem Fronteiras – Minas Gerais

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VISITAS

CMW Transportes – São Paulo

Viação Garcia e Viação Brasil Sul – Paraná

Viação Mimo Primeiro Doubler Decker adquirido pela Viação Mimo, de Jundiaí-SP, tradicional empresa dedicada ao serviço de fretamento que viu no segmento de turismo uma oportunidade de crescimento em tempos de crise. A compra do Marcopolo Paradiso 1800 DD faz parte de um conjunto de ações focadas no segmento de turismo que inclui também a formação de uma agência própria e sistema de venda de pacotes pela internet.

MAN - África do Sul

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Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti

Expreso Sur S.R.L. – Paraguai


VISITAS

Grupo Estrella Blanca – México

Trans Azul - Bolívia

Plusmar e Flecha Bus – Argentina

VTM e Litegua – Guatemala

Auto Buses Quirquincho – Bolívia

Comitiva Prefeitura de Dubai - Emirados Árabes Unidos

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VISITAS

Comitiva FENATEI - Federação Nacional de Transporte Escolar e Institucional - EquadorBuses

Central Placeres Valparaíso CP – Chile

Nuevo Léon Em passagem pelo Brasil, Jorge Longoria, integrante da Diretoria da Agência para a racionalização e modernização do Sistema de Transporte Público de Nuevo León, e Alberto Drucker, Diretor do Grupo Zapata, visitaram as instalações da Marcopolo, da Viação Santa Teresa – Visate e o sistema SIM Caxias, além do Sistema de Transporte e a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre. Acompanhados por Paulo Andrade, Diretor-geral da Polomex, passaram também por Bogotá, Colômbia, para conhecer o Sistema Transmilênio. As visitas integram o processo de reorganização do sistema de transporte urbano e mobilidade de Monterrey, capital do Estado de Nuevo León, conduzido pelo governador do estado, Jaime Rodriguez.

Buses Igillaima Internacional – Chile

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Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti

ALENCO SAIC e Del Sur y Media Agua S.A – Argentina


MEMÓRIA

Embarque recorde Em 2001, 331 unida-

porto de Angra dos Reis, no

Grande do Sul. O embarque

des produzidas nas fábricas

Rio de Janeiro, embarcaram

foi um dos maiores já feitos

de Caxias do Sul e Rio de

197 unidades (31 Fratello,

por uma empresa de ônibus

Janeiro foram exportadas

112 Viale com chassis Sca-

em todo o mundo e marcou

para Dubai e Jedah, cidades

nia, e 54 Andare chassis

também a reabertura do

localizadas no Oriente Mé-

MBB), e 134 partiram do

porto de Angra, que estava

dio e Emirados Árabes. Pelo

porto de Rio Grande, do Rio

inativo há 10 meses.

Transporte de peregrinos Dos 331 ônibus embarcados, 181 faziam parte do lote de 1.500 unidades do modelo Andare fornecidos à empresa Tamini & Sahiti

Transport Co. – TASECO da Arábia Saudita. Encarroçados com Chassis Mercedes-Benz O 500 M e Volkswagen 17240, as unidades fo-

ram fabricadas e entregues entre 2001 e 2004 e utilizadas para o transporte de peregrinos nas cidades sagradas de Meca e Medina.

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E nt re em contato , e s t a m os próximos .

www.marcopolo.com.br | nas redes sociais: OnibusMarcopolo Consulte o representante de sua região para saber mais sobre os modelos e suas configurações. Imagens meramente ilustrativas.

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Paradiso

1200

Seg u rança e D e s em p en h o

Cinto de segurança salva vidas.

Imagens meramente ilustrativas. Consulte o representante de sua região para saber mais sobre os modelos e suas configurações www.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo

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