A crise das democracias contemporâneas

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Antonio Meneghetti

A crise das democracias contemporâneas Tradução: Ontopsicologica Editrice

Ontopsicologica Editrice Recanto Maestro - RS 2007


© Copyright 2007 Ontopsicologica Editrice Do original La crisi delle democrazie contemporanee (2006)

Todos os direitos reservados pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da Editora, poderá ser reproduzida ou transmitida, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Depósito Legal na Biblioteca Nacional Brasileira conforme a Lei 10.994 de 14/12/2004.

M541c Meneghetti, Antonio, 1936A crise das democracias contemporâneas / Antonio Meneghetti; tradução Ontopsicologica Editrice. – Recanto Maestro, RS : Ontopsicologica Editrice, 2007. 165 p. Inclui bibliografia Tradução de: La crisi delle democrazie contemporanee ISBN 978-85-88381-38-4 1.Ontopsicologia. 2. Política. 3. Filosofia. 4. Direito. 5. Justiça. 6. Governo. 7. Sociedade. I. Título. CDU: 159.923.2

Nota de tradução: por se tratar de um livro que apresenta uma rica linguagem epistemológica, optamos por utilizar neologismos na tradução de vocábulos existentes na língua italiana que não possuem um correspondente exato na língua portuguesa, em vez de utilizar termos aproximativos e expressões interpretativas ou explicativas. Nota dos editores: muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação à nossa editora para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a Ontopsicologica Editrice nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais bens ou danos originados do uso desta publicação.

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SUMÁRIO

Premissa..............................................................................9 Primeira Conferência...........................................................15 1. Introdução......................................................................15 2. As fontes de análise sobre a justiça social....................17 John Rawls........................................................................19 Thomas Hobbes................................................................19 Karl Marx.........................................................................22 Os intelectuais...................................................................23 O Círculo de Viena e a cultura norte-americana.................................................25 As Constituições...............................................................27 A estrutura flutuante.........................................................27 A nostalgia do ser...............................................................29

Segunda Conferência...........................................................31 1. “Justiça”: a ação do conforme.......................................31 2. A justiça para o Em Si ôntico: conformidade à intencionalidade de natureza.............33 3. O conceito de “ius” e a segunda moral.........................36 4. O “status quo”...............................................................38 5. Verificação da justiça social..........................................39 6. O conceito de “eqüidade”.............................................40


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A crise das democracias contemporâneas

Terceira Conferência...........................................................45 1. Ignorância sobre a persecução legal e societária sofrida pelos grandes.........................45 2. O real significado da democracia..................................47 3. Igualdade e liberdade...................................................50 4. As diversas concepções da justiça social na história.................................................52 5. Prevalência do grupo sobre o cientista.........................53 6. A constante busca do equilíbrio no âmbito das democracias correntes............................54 7. O garantismo recíproco................................................56 8. A origem do erro: o semelhante....................................57

Quarta Conferência..............................................................61 1. O oculto operativo dos microlesados............................61 2. As Constituições e o poder do “povo”..........................66 Alemanha.........................................................................67 Suécia...............................................................................67 França...............................................................................67 Japão.................................................................................67 Itália..................................................................................67 China................................................................................68 Estados Unidos.................................................................68 Brasil................................................................................69

Quinta Conferência..............................................................71 1. A origem da socialidade...............................................71 2. O poder.........................................................................79 3. O particularismo capilar da burocracia.......................82 4. A justiça social para o homem integral..............................................................83


Sumário

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Sexta Conferência................................................................85 1. A “estrutura flutuante”.................................................85 2. Democracia e estrutura flutuante..................................88 3. A desgraça como instrumento de vingança e poder contra a sociedade vencedora..............................98 4. Opinião e justiça social................................................99 5. A crise ideológica das democracias correntes e o egoísmo dialético ...................................................105 6. Positivismo operacionista científico e operacionismo legal................................................108

Sétima Conferência............................................................113 1. O pragmatismo contingentista operacionista..............113 2. A “liberdade vigiada” nas democracias contemporâneas...............................115 3. O estado democrático.................................................116 4. Como o sistema se autogarante.................................117 5. Formalizações sobre o existir do homem: de Galileu Galilei a Edmund Husserl.........................119 6. Conselhos práticos......................................................123 7. Psicologia e pedagogia de “massa”..........................133 Hipótese para uma nova sociedade.................................134

Oitava Conferência............................................................137 Cinelogia do filme “Razão de Estado”............................137

O futuro da economia na Europa....................................141 BIBLIOGRAFIA...............................................................161



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PREMISSA

A experiência dos nossos sentidos nos dá o contato da nossa existência em um planeta que gira dentro de um cosmo talvez infinito. A Terra nos gira em um céu que nos cobre e nos dispersa. Entre as muitas formas de vida neste planeta existe apenas uma, íntima e externa, que nos ativa e aflige, que nós buscamos, amamos e talvez às vezes odiamos: o humano. Ele é a tese e a antítese, e cada um de nós quer ser a síntese ou fenomenologia melhor. Há mais de dez mil anos, a história da humanidade nos motiva em um futuro e retorno, colocando-nos sempre diante dos problemas: quem sou eu, quem são os outros, o que é o mundo da vida? Quaisquer que sejam as conclusões destas conferências1 intituladas “Os critérios da justiça social nas democracias contemporâneas”, devemos sempre nos lembrar que todos somos um só organismo. Eu sou o outro, e o outro é eu. O olho não sabe a mão, o pé não sabe o desejo, o punho não sabe o beijo, a saúde não sabe a doença, o intelecto não toca o calor e a fome não sabe a razão. 1

O presente livro recolhe as conferências realizadas pelo Acad. Prof. A. Meneghetti durante a Summer University of Ontopsychology que foi realizada em Trevi (Perúgia, Itália), de 9 a 18 de agosto de 2006.


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A crise das democracias contemporâneas

Tudo e todos somos um só corpo em um único planeta e em um único tempo. A sociedade é a expressão global e integral deste único corpo. A nossa crítica a qualquer parte do nosso corpo: pobres, ricos, polícia, extra comunitários, crianças, adultos, cientistas, analfabetos, doentes, sadios, industriais, sindicalistas, delinqüentes, justos, primitivos, evoluídos, são parte de um só corpo em evento histórico. São momentos a serem entendidos e resolvidos com amor, para diminuir a dor de que uma parte doente coloca em risco todo o corpo, e para realizar a única oportunidade para cada um de nós neste corpo dos viventes no mundo da vida.



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A crise das democracias contemporâneas

What a wonderful world2 (Letra de George Weiss / Música de Bob Thiele Editores na Itália: Café Concerto/Warner Chappell)* I see trees of green, red roses too I see them bloom for me and you And I think to myself, what a wonderful world I see skies of blue and clouds of white The bright blessed day, the dark sacred night And I think to myself, what a wonderful world The colours of the rainbow, so pretty in the sky Are also on the faces of people going by I see friends shakin’ hands, sayin’ “How do you do?” They’re really saying “I love you” I hear babies cryin’, I watch them grow They’ll learn much more than I’ll ever know And I think to myself, what a wonderful world Yes, I think to myself, what a wonderful world

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No início de cada conferência, o público que aguardava ouvia a canção de L. Armstrong que introduzia à atmosfera do intento geral do evento.

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WHAT A WONDERFUL WORLD C 1967 by The Times Square Music Publ. Corp./Range Road Music Inc./Quartet Music Inc./Abilene Music Inc. Adm. by Memory Lane Music Group Copyright Renewed. Italian Sub-Publisher: Warner Chappell Music Italiana srl P.za della Repubblica, 14/16 20124 Milano www.warnerchappell.it and Café Concerto srl Via G. Revere, 9 20123 Milano www.cafeconcerto.it All rights reserved. International Copyright secured.


Premissa

Que mundo maravilhoso

Eu vejo árvores verdejantes, rosas vermelhas também eu as vejo florescendo pra mim e pra você E eu penso comigo mesmo, que mundo maravilhoso Eu vejo os céus de azul, e as nuvens de branco O claro dia abençoado, a escura noite sacra E eu penso comigo mesmo, que mundo maravilhoso As cores do arco-íris, tão lindas no céu estão também nas faces das pessoas que passam Eu vejo amigos apertando as mãos, dizendo: “Como vai você ?” Eles realmente estão dizendo: “Eu amo você” Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer Eles aprenderão muito mais do que eu jamais saberei E eu penso comigo mesmo, que mundo maravilhoso Sim... Eu penso comigo mesmo, que mundo maravilhoso

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