Antonio Meneghetti sobre...
A Riqueza como
Ser
Arte de
Fundação Antonio Meneghetti Recanto Maestro - RS 2016
M541r
Meneghetti, Antonio, 1936-2013.
A Riqueza Como Arte de Ser / Antonio Meneghetti. – Recanto Maestro, São João do Polêsine, RS: Fundação Antonio Meneghetti, 2016. 173 p. ; 20 cm. ISBN 978-85-68901-05-2 Conteúdo inédito 1. Ontopsicologia. 2. Liderança - líder. 3. Empresas. 4. Empresário - tipologia. 5. Cinema. I. Título. CDU (1997): 005.32 Catalogado na publicação: Biblioteca Humanitas da AMF.
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SUMÁRIO
PREMISSA.......................................................... 11 Primeiro Capítulo A SEMENTE DA ONTOPSICOLOGIA........ 13 1. Introdução.......................................................... 13 2. A parábola do bom semeador............................. 14 3. Os quatro pontos cardinais do empresário......... 17 4. Casuística........................................................... 19 5. Do ter ao ser: a mística da ação liderística......... 24 6. Um exemplo de performance liderística: o projeto “Recanto Maestro”............................. 29 Segundo Capítulo OS SETE PRINCÍPIOS DE AÇÃO FUNCIONAL PARA O LÍDER....................... 33 1. Unidade consigo mesmo.................................... 33 2. Identidade de projeto (core business)................ 34 3. Suporte do dinheiro............................................ 37 4. Hegemonia nas relações..................................... 37 5. Estilo de vida côngruo....................................... 38 6. Refinamento da vida e eficiência de resultado... 39 7. Autonomia no prazer, sobretudo aquele psicoestético, intelectivo....... 40
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Terceiro Capítulo CINELOGIA DO FILME “IL DIVO”............ 43 1. Introdução.......................................................... 44 2. A ética do poder................................................. 48 3. Manipulação midiático-política estadunidense.................................................... 50 4. A honestidade do líder........................................ 52 5. A dialética Estado-Igreja.................................... 53 6. Poder e dinheiro................................................. 56 Quarto Capítulo TIPOLOGIAS DE EMPRESÁRIOS E DE EMPRESAS.............................................. 57 1. Os tipos de empresários .................................... 57 1.1 Os empresários falidos................................ 57 1.2 Os empresários mantidos............................ 58 1.3 Os empresários trabalhadores.................... 58 1.4 Os empresários empreendedores................. 59 2. Os percursos do movimento do dinheiro........... 62 2.1 O débito....................................................... 62 2.2 O faturamento............................................. 63 2.3 O lucro......................................................... 63 2.4. Os empréstimos bancários......................... 63 3. Tipos de empresa............................................... 64 3.1 Pirâmide...................................................... 65 3.2 Grupo.......................................................... 65 3.3 Projeto......................................................... 67 4. A família............................................................. 68
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Quinto Capítulo CARREIRA E ESTILO DE VIDA.................. 73 1. Competência......................................................74 2. Competitividade................................................. 78 3. Relações otimais................................................ 79 4. Estilo de vida...................................................... 80 Sexto Capítulo OS SETE PONTOS DA PRÁXIS EMPRESARIAL......................... 83 1. Core business..................................................... 83 2. Formação multíplice com competência competitiva........................... 84 3. Atualização sobre o quanto é relativo ao seu território de ação ao próprio escopo....... 85 4. Boas relações sociais com as autoridades e instituições atinentes ao próprio projeto........... 85 5. Saber formar o núcleo da operatividade material participando a própria ambição com aquela dos colaboradores............ 86 6. Vigiar indiretamente os componentes do núcleo operativo........................................... 90 7. Na derrota, compreender a causa e remontar com vantagem usando a experiência adquirida.........91 Sétimo Capítulo O LÍDER E A CONSCIÊNCIA “EM REDE”...................... 93 1. O ecossistema do líder....................................... 93 1.1 Eficiência de personalidade original.......... 93
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1.2 Eficiência de poder de compra.................... 93 1.3 Colaboração no âmbito dos valores........... 95 2. O Eu em rede..................................................... 96 3. O contato biológico com a rede......................... 99 4. Casuística de intervenção................................. 101 Oitavo Capítulo DA TEORIA ATÔMICA À SITUAÇÃO DO EU: OS “ELÉTRONS PARASITAS” NA EMPRESA......................................................... 107 Apêndice: A homossexualidade sadomasoquista no contexto do empresário do sexo masculino................... 110 Nono Capítulo CINELOGIA DO FILME “MATCH POINT”........................................... 113 1. Introdução........................................................ 113 2. A obsessão (auto)sabotadora do homem punta-verme................................... 115 3. A mulher “Vênus”............................................ 117 4. Importância da dimensão sexual na metafísica liderística................................... 120 Décimo Capítulo A SUCESSÃO................................................... 123 1. O inconsciente e a psicologia afetiva nas dinâmicas de sucessão.............................. 123 2. Casuísticas........................................................ 135
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Décimo Primeiro Capítulo CINELOGIA DO FILME “A HERANÇA”................................................ 149 1. A hierarquia dos valores................................... 150 2. A psicologia da economia judaica.................... 152 3. A responsabilidade social do líder e a mulher-mente............................................. 153 Conclusão POR QUE VENCER?...................................... 159 1. O prazer da existência...................................... 159 2. Casualidade vs causalidade.............................. 162 BIBLIOGRAFIA DE ANTONIO MENEGHETTI........................... 167
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PREMISSA
A Coleção “Antonio Meneghetti sobre...”, que inicia com o presente livro que aborda o tema “A riqueza como arte de ser”, não pretende substituir a produção de mais de 40 anos de atividade científica ontopsicológica, distribuída em mais de 50 livros e inúmeros editoriais e artigos publicados em diversos periódicos, com destaque para a revista Ontopsicologia, posteriormente intitulada Nova Ontopsicologia. O escopo é aquele de reunir e sistematizar o material inédito extraído de conferências realizadas por Antonio Meneghetti no curso de residences e seminários, e colocá-lo à disposição de quantos já tenham conhecimento da bibliografia do autor. Por tal razão, o estilo do texto pode parecer em certos casos um pouco “enxuto”, porque se buscou – por quanto possível – excluir (ou reduzir ao essencial) os conteúdos já inseridos e revisados por Meneghetti nos livros que publicou em vida. As fontes bibliográficas de referência para estudo e aprofundamento de tais conteúdos estão indicadas em nota. Além disso, todos os capítulos, ainda que coligados por uma estrutura lógica, podem ser trabalhados e estudados de modo independente.
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Desejando que este instrumento possa resultar em um suporte funcional ao estudo e ao ensino da Ontopsicologia, agradecemos antecipadamente Ă queles que queiram oferecer sugestĂľes de melhoria ao presente trabalho. Os editores
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Primeiro Capítulo
A SEMENTE DA ONTOPSICOLOGIA1
1. Introdução O conhecimento ontopsicológico hoje está difundido em diversas partes do mundo. Antes que a ciência oficial consiga compreender as suas descobertas, serão precisos diversos decênios. É necessário um estudo profundo, porque por trás dos meus livros existem fórmulas exatas de energia. É o código base da energia no universo: como se comporta o átomo, quais são as relações das sinapses neuronais, através de que modos a energia age e interage, do cosmos à pequena bactéria etc. Quem lê esses textos com superficialidade psicológica, sociológica, opinativa, não compreenderá nunca. Nós estamos em um contexto de seminário2 (ou, como dizem os ingleses, residence), isto é, um Este capítulo foi extraído de dois residence para empresários realizados pelo Prof. Meneghetti no Recanto Maestro (Brasil) em 12/10/2007 (itens 1, 2, 3 e 4) e em 01/07/2010 (item 6); o item 5 contém material dos residences conduzidos pelo autor na Federação Russa, em Bernia em 22/11/2007 e em Niotan em 21/02/2009 e 13/06/2010. 2 Do latim sēmen, semĭnis = semente. 1
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momento no qual é colocada, jogada uma semente. Neste residence, decidi, pela primeira vez, dar imediatamente a semente da Ontopsicologia. Nos outros, foram expostos os pontos de superioridade e sucesso do empresário, mas nunca foi dada a semente técnico-científica-elementar da Ontopsicologia, a simplicidade das suas descobertas, portanto, o ponto de conhecimento elementar diverso de todos, mas que faz incisão de realidade. Cada dia nos encontramos defronte a problemas, pessoas, complicações, e é importante compreender a causa que determina o problema, porque em tal modo se sabe em que direção intervir. 2. A parábola do bom semeador Uma das parábolas mais conhecidas de Cristo é aquela do “bom semeador3”. Ela fala de um homem que sai de manhã cedo para espalhar a boa semente e depois volta para a sua casa. Uma parte das sementes cai na estrada, é pisada pelos passantes e comida pelos pássaros, e a semente morre. Uma outra parte cai no terreno onde havia erva alta e espinhos; quando a boa semente começa a crescer é sufocada pelas ervas daninhas e pelos espinhos e, consequentemente, morre. Uma outra parte das sementes cai sobre rochas e o sol a queima. Uma última parte cai sobre o bom terreno fértil, arado, preparado, e cada grão de semente produz mais de cem grãos. Mateus 13, 1-23.
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A semente da Ontopsicologia • 15
O conhecimento ontopsicológico é perfeitamente igual. Ontopsicologia é a relação entre ser, inteligência e ciência4; é a redução da racionalidade à exatidão de natureza. Portanto, não tem uma religião, uma filosofia, um estilo: é neutralidade original. Se a nossa experiência, a nossa consciência e a nossa ciência estão juntas com o princípio do ser, nós estamos naquela casa onde eternamente se vive bem. Ontopsicologia é uma extração científica das leis do ser na vida. O núcleo dessas leis é definido Em Si ôntico. Ele é a semente do projeto elementar da vida. O perigo desse conhecimento – porque todo alto conhecimento traz uma vantagem, mas, se não se é muito prudente, tem também um lado perigoso – é que muitas pessoas se “exaltaram” com a Ontopsicologia. Em um primeiro momento, ela dá conhecimento, mas – por parte do sujeito – é necessário o caráter, a responsabilidade, a continuidade, a humildade ao usá-lo. Os erros que cometeram diversas pessoas que poderiam trazer enorme vantagem à Ontopsicologia foram os mesmos da parábola do bom semeador. A semente que caiu ao longo da estrada significa que uma pessoa compreende esse conhecimento, é entusiasta, vai em exaltação e começa a contá-lo a todos: mulher, filhos, amigos, amante, empregados etc. Ou fala sobre ele com os outros para verificar se é realmente científico. Tais pessoas perdem a realidade Cf. a etimologia do termo em MENEGHETTI, A. Dicionário de Ontopsicologia. 2. ed. Recanto Maestro: Ontopsicológica Editora Universitária, 2012. p. 191-196. 4
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dessa semente: em vez de desenvolvê-la vão pela estrada entre a multidão, para tornar-se outra vez um lugar onde passam todos e o indivíduo é nada e, portanto, também o sujeito torna-se novamente estrada. A semente que caiu sobre a rocha significa que a descoberta é dada a pessoas já fechadas, rígidas, “zumbis”. O indivíduo já não é nem mesmo um vegetal, mas tornou-se duro como um rochedo, por isso é impossível que colha qualquer novidade. É o caso de todas aquelas pessoas que possuem verdades absolutas, já definidas. A boa semente que cai entre a erva alta e os espinhos, e depois é sufocada, seriam todos aqueles que no início compreendem essa semente, porém mantêm em modo caracterial os próprios hábitos5. Mas esse é um conhecimento que não pode conviver com hábitos, estereótipos, estilos de vida do passado. É uma novidade que quer a mudança da razão, ou seja, implica a coragem de ver também onde alguém nunca viu. Quando a semente cai no bom terreno – ou seja, na inteligência de um homem que operou a mudança da mente (metanoia6), trabalhou o seu campo, jogou fora as coisas que não servem e fazem velhice dentro – o Trago um exemplo. Quando dois noivos se encontram e se casam, cada um pensa que os defeitos de um e do outro, com o matrimônio, desaparecerão. Ao contrário, a realidade demonstra que as virtudes diminuem, mas os defeitos tornam-se patrões. 6 Cf. a definição de “metanoia” no já citado Dicionário de Ontopsicologia, p. 172. 5
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sujeito realiza o próprio milagre. Quem mudou viu que a vida funciona em outro modo: pouco a pouco deixa os modelos velhos e entra naqueles novos, porque esses produzem. 3. Os quatro pontos cardinais do empresário Quando o Em Si ôntico é operado em igual forma pela consciência e pelos conhecimentos, se obtém quatro resultados vencedores, que representam a quadrangularidade de um crescimento puro. Saúde: em si mesma é relativa, mas sem ela nenhuma virtude tem valor. Sabedoria: é a realização da paz existencial, o ponto de honra, de valor do próprio espírito, da própria personalidade, isto é, o prazer total interior, a satisfação profunda de si mesmo. Esse é o máximo bem7. Dinheiro: o dinheiro é um instrumento passepartout de história, de realização de ideias; é um bem instrumental para tantos valores. É importante que ele não se torne nunca patrão do patrão inicial: o dinheiro quer um dominus perfeito, de outra forma destrói. Sociedade: o empresário é um operador social de primeiro nível, mais que o político. É o operador técnico-físico da realidade social, a base real da transformação da sociedade. A sociedade é importante. Nas próprias estratégias, Cf. MENEGHETTI, A. A arte de viver dos sábios. 4. ed. Recanto Maestro: Ontopsicológica Editora Universitária, 2012. 7
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de qualquer gênero, se têm constantes relações com os outros, que começam do pequeno grupo de amigos, da família, até todo o espaço da cidade, região, comunidade, banco, sócios etc. Substancialmente, um empresário, mais é capaz, mais ganha consenso, confiança, publicidade convicta. Em uma empresa a credibilidade dos outros é fundamental: uma companhia que tem quantidade e qualidade com competência competitiva é vencedora. Portanto, a sociedade é entendida como ganho de psicologia territorial da própria imagem, da própria eficiência etc. Um líder amplia a sua personalidade na psicologia territorial da sociedade. O consenso dos outros é o aplauso que rejuvenesce o coração e dá também uma satisfação de ser pessoa altamente contribuinte dos valores sociais. Saber jogar sobre o fio da navalha no tabuleiro social é muito difícil. Substancialmente, o líder deve estar em meio a todos mantendo a constante da estratégia e de uma certa confiança, capacidade, honestidade; deve permanecer ilibado no valor de saber fazer com arte e com legalidade. Trago um exemplo. Há um quarto de hora escutava o telejornal da Itália e teve uma notícia referente a uma dirigente que conheci no passado. É uma senhora com seus 36, 38 anos que, no seu estilo de vida, ocasionalmente faz um feeling com um grande homem, ou político, ou bancário, ou empresário de fama nacional ou internacional. Eu havia lhe aconselhado, muito friamente, que se ela estava habituada a fazer esse
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tipo de feeling, o importante era ir somente com homens do próprio partido. Ela não se convenceu, porque pensava que, indo para a cama com alguém da facção política oposta, teria acesso a determinadas informações para favorecer o partido do coração. O telejornal oficial dizia que essa senhora foi descoberta em manipulação de notícias que depois arruinaram sistemas bancários e políticos, e as coisas para ela não serão fáceis. Certamente foi uma ótima mulher, mas não soube jogar ou pecar na justa forma de vantagem global para si mesma. Depois disso, ninguém mais irá querê-la, os grandes não confiam nela. Nos grandes mecanismos sociais é preciso sempre ter uma precisa coerência sobre os valores que alguém escolheu, tendo presente que o mesmo delito, se cometido por um homem-massa, não faz notícia, mas a suspeita de delito por parte de um homem exposto faz informação de escândalo. 4. Casuística Relato o caso de um empresário com cerca de 42, 43 anos que se interessa um pouco pela Ontopsicologia. Quando o encontrei era casado, com quatro filhos, duas amantes, estava mais ou menos bem, tinha uma riqueza de mais de dez milhões de dólares e não era feliz dentro, estava sempre atormentado. Depois quadruplicou essa riqueza, após ter conhecido a mim e a Ontopsicologia, e devia adquirir um banco. Tudo parecia tranquilo, mas a um certo momento a soma
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estabelecida não estava pronta; o contrato estabelecia dentro de um ano, mas ele poderia ganhar aquele dinheiro – sem vender o que já possuía – dentro de dois anos. É claro que a política muda sempre e tudo é uma novidade no mundo da avançada economia, mas os programas eram exatos e essa dificuldade não se compreendia de onde nascesse. O empreendedor havia mandado a família para a Suíça para a instrução dos filhos, as amantes não existiam mais, e ele queria estar só porque realmente lhe agradava a liderança do dinheiro, enquanto através disso poderia construir também pontos avançados de ciência. Muitas vezes um empresário é um homem que não estudou (porém sabe fazer, ao contrário de tantos professores de economia, que sabem, porém são sempre pobres) e sente um complexo de inferioridade, porque possui tantas coisas, mas lhe agradaria ter domínio de uma ciência, de uma arte, conhecer um certo modo de falar etc. Eu, com ele, resolvi assim: “Se agora o senhor se coloca a estudar para sorver os títulos, não servem para nada. Continue a produzir e um dia construirá ou clínicas, ou universidades, ou conservatórios, isto é, algo de grande que hospede a ciência do futuro. Da sua frustração existencial, pode gerar milhares de especialistas, estudiosos capazes, que realizarão centenas de sucessos culturais”. De uma só semente podem nascer infinitos frutos, e produzir ciência creio que seja o máximo contributo para a sociedade, além de uma satisfação pessoal. Não se trata apenas de dar postos de trabalho e estar
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de acordo com o Estado, mas, desse pouco tempo em diante, produzir gerações de inteligência humanista. Isto é magnífico: desenvolver uma paternidade sobre uma genitura de civilidade e saber em evolução. É belo formar estruturas que representam o projeto de quem paga, ou seja, dos empresários que querem aquele tipo de sucesso8. Esse era o sonho, o projeto de tal empresário. Analisando o caso de um ponto de vista técnico, jurídico, político e econômico, tudo era preciso. Então pedi ao empresário para contar-me um sonho. O comunicado onírico, quando se sabe lê-lo, é uma informação exata9. Através deste, individuei onde estava o ponto débil, e era bastante grave, mesmo se não se via. Substancialmente, esse empresário tem diversas casas e a mais importante está na terra onde ele nasceu, formou-se e tornou-se grande. A pessoa que mantinha a casa em ordem, limpa, organizada era uma ótima senhora, uma brava pessoa, honesta e capaz. Essa mulher contava aos grandes empresários e amigos do seu patrão que agora o seu chefe estava pouco naquela cidade porque tinha compromissos importantes em Berlim, Paris, Milão, Nova York etc., e não se sabia se retornaria. De fato, a senhora exaltava as operações do seu patrão, em modo tal Não é como dar dinheiro a uma já existente universidade, à ONU etc., porque aquele dinheiro dificilmente termina na pesquisa científica avançada. 9 Cf. MENEGHETTI, A. A imagem e o inconsciente. 4. ed. Recanto Maestro: Ontopsicológica Editora Universitária, 2012. 8
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a atrair e desenvolver a humilhação e, portanto, a reação orgulhosa de tantos empresários. Todo grande empreendedor tem sempre a coligação com outros líderes. Praticamente, essa mulher criou uma rede e esses empresários não trabalhavam e não colaboravam mais como no passado, ou seja, caiu o feeling de relação fiduciária de pessoa a pessoa, que é fundamental na vida de um líder. A relação faz o nexo causal em qualquer coisa. Por isso, o diretor do banco deixou “dormir” uma operação, um outro que faria chegar uma mercadoria da Mongólia, ao invés de vender a ele, vendeu a um outro etc. Morta a preferência hierárquica das relações pessoais, se desenvolve a destruição do próprio projeto de ganho. Eis porque esse empresário não tinha o dinheiro para comprar aquele banco. A solução que lhe sugeri foi de voltar para aquela casa e não se deslocar de lá por quatro meses, dizendo que esteve fazendo exames médicos na Suíça e depois seu filho teve um acidente, e que a senhora da limpeza contava que tudo andava bem para cobrir suas desgraças pessoais. Isso criou a reação pela qual todos os outros empresários voltaram com ele, porque o empreendedor retomou o contato um por um. Essa é a simplicidade resolutiva da Ontopsicologia. Para compreendê-la é necessária uma atitude humilde e crítica, de outra forma se pode estudar por anos e não compreender nada. É uma escolha, não é uma necessidade. Porém, se quer o sucesso, é preciso pagar pessoalmente através de algumas mudanças
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