Antonio Meneghetti e Vários Autores
ATOS DO CONGRESSO
BUSINESS INTUITION 2ª edição
FOIL
São Paulo 2013
Traduzido para o português do original italiano. MENEGHETTI, A. et. al. Atti del Congresso Business Intuition 2004. Milão: FOIL, 2005
M541a
Meneghetti, Antonio, 1936-2013. Atos do Congresso Business Intuition / Antonio Meneghetti e vários autores – tradução Ontopsicológica Editora Universitária – 2. ed. – São Paulo - SP: FOIL, 2013. 408 p. ; 23 cm. Título original italiano: Atti del Congresso Business Intuition 2004. ISBN 978-85-89941-09-9 1. Ontopsicologia. 2. Intuição. 3. Autossabotagem. 4. Memética. 5. Consumo. I. Título. CDU (1997): 37:111 Catalogado na publicação: Biblioteca Humanitas da AMF.
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SUMÁRIO
PRIMEIRA PARTE
ANTONIO MENEGHETTI Primeiro Capítulo
TEMÁTICA PROSPECTIVA DO CONGRESSO.................................... 15
Segundo Capítulo
A INTUIÇÃO SEGUNDO A RECENTE DESCOBERTA ONTOPSICOLÓGICA.................................................... 19 2.1 Introdução................................................................................................ 19 2.2 A intuição................................................................................................. 21 2.3 Necessidade da simplicidade na práxis científica................................... 22 2.4 Aplicação da Ontopsicologia em âmbito econômico............................... 26 2.5 Capacidade operativa dos instrumentos ontopsicológicos para a leitura da intuição...................... 28 2.6 Estilo de vida do operador ontopsicológico............................................ 29 2.7 Casuística................................................................................................. 29
Terceiro Capítulo
MONITOR DE DEFLEXÃO ATIVADOR DE AUTOSSABOTAGEM................................................... 37 3.1 A importância do sonho para a leitura da intuição................................. 37 3.2 Princípios de filosofia perene................................................................... 38 3.3 A psiquicidade humana e a interferência do monitor de deflexão........... 40 3.4 Cérebro craniano, cérebro visceral e memética...................................... 42 3.5 O desvio do monitor de deflexão e a autossabotagem............................. 43 3.6 Casuística................................................................................................. 46
Quarto Capítulo
CAMPO SEMÂNTICO: INDIVIDUAÇÃO E ESTRATÉGIA INTERFERÊNCIA SOBRE O OPERADOR............................................ 51
6 Business Intuition
4.1 Exatidão do pesquisador para a compreensão da simplicidade do real..................................................... 51 4.2 Técnica de ingresso ao objeto do conhecimento..................................... 53 4.3 O campo semântico: a transrecepção da natureza.................................. 54 4.4 O campo semântico como meio de análise das variáveis operativas de um contexto........................................................ 54 4.5 O conhecimento do campo semântico e interesse individual.................. 57 4.6 Casuística. Caso jurídico sobre divisão de herança................................ 58
Quinto Capítulo
CONFERÊNCIA CONCLUSIVA............................................................... 65 BIBLIOGRAFIA DO AUTOR.................................................................... 67
SEGUNDA PARTE
VÁRIOS AUTORES DUAS ABORDAGENS DECISIONAIS NO CAMPO LEGAL............. 75
ANTONOVA, Alena
CAPACIDADE ANALÍTICA DE SUPERVISÃO DO DELEGATÁRIO........................................................ 80
BERNABEI, Barbara
INTUIÇÃO E RACIONALIDADE............................................................ 86
BERNABEI, Pamela
FOIL MANAGEMENT E BUSINESS INTUITION............................... 94
BERNABEI, Pamela
PROBLEMÁTICAS, ANÁLISES E DIRETIVAS NO PROCESSO DE COLABORAÇÃO DO LÍDER (COLABORAÇÃO, DÍADE, DELEGAÇÃO, TRANSFERT, SABOTAGEM, INCREMENTO)........ 101
BERNABEI, Pamela
O FENÔMENO FUNDAMENTAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO............................................................................................ 117
BIASOTTO, Helena
Sumário 7
INTUIÇÃO, ANIMAIS E BUSINESS..................................................... 122
BODRITI, Sergio
ATUALIZAÇÃO FOIL SOBRE O BALANÇO DAS COMPETÊNCIAS...................................................... 126
BRUOGNOLO, Marcelo
A ONTOPSICOLOGIA COMO INSTRUMENTO DE INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIFERENCIAÇÕES CULTURAIS DA GLOBALIZAÇÃO................ 131
BRUOGNOLO, Marcelo
BUSINESS NA ARTE E PERSONALIDADE DO ARTISTA.............. 135
CAMPUS, Manuel
C.T.O. INTUIÇÃO ONTOPSICOLÓGICA............................................ 146
CAMPUS, Maria Consuelo
AUTOSSABOTAGEM: O PRINCIPAL OBSTÁCULO À EVOLUÇÃO DE UM JOVEM........ 152
CANGELOSI, Annalisa
A MELOLÍSTICA COMO MEIO ORGÂNICO PARA APROXIMAR-SE DA INTUIÇÃO............................................. 156
CANGELOSI, Annalisa
A SAÚDE COMO BUSINESS PARA ALÉM DOS MECANISMOS DA AUTOSSABOTAGEM................... 163
CECCARELLI, Franco
INTUIÇÃO: ENTRE A LOUCURA E A HISTÓRIA............................ 170
CECCONI, Cristina
O LÍDER, O MIRICISMO COTIDIANO, A VANTAGEM E A AUTOSSABOTAGEM......................................... 175
CHIKOTA, Horácio
NA MUDANÇA DE MERCADOS E REGRAS, A INTUIÇÃO É HOJE INDISPENSÁVEL: COMO SE ABRE E, QUANDO A PERDEMOS, O QUE FAZER...... 180
CRISTIANO, Lorenzo
8 Business Intuition
A INTUIÇÃO PONDERÁVEL ECONOMICAMENTE....................... 188
DI BERNARDO, Carla
O JOVEM ENTRE CONTESTAÇÃO, DESEMPREGO E LIDERANÇA EVOLUTIVA................................... 192
DI PIETRO, Daniela
A AUTOSSABOTAGEM COMO INFRAÇÃO DA ÉTICA INTERIOR DO LÍDER......................................................... 201
DIMITRIEVA, Victoria
JOVENS ESPECIALISTAS NO MERCADO DE TRABALHO E NO BUSINESS: PROBLEMA DE AUTOGESTÃO........................................................... 206
FEDOROVA, Anna
O USO FUNCIONAL DOS MEMES NA RÁDIO................................. 210
FEDORYSHYN, Natalya
INOVAÇÃO NO MARKETING MIX..................................................... 214
FERRARO, Antonella
DA FRANCHISING À AUTONOMIA COMERCIAL.......................... 218
FILIPPETTI, Alessandro
OBSTETRÍCIA E ONTOPSICOLOGIA................................................. 222
FIZIO, Franca
INTUIÇÃO NA TOMADA DE UMA DECISÃO DE BUSINESS....... 229
FROLOVA, Tatyana
O CORPO COMO RADAR DE CONHECIMENTO: UM INSTRUMENTO PARA O BUSINESS........................................... 235
FUSCO, Giuseppe
JOVENS E ESTILO DE VIDA................................................................ 239
GAMBARACCI, Karin
A FORMAÇÃO PESSOAL E A CONGRUÊNCIA NOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS........................................... 242
GIORDANI, Estela Maris
Sumário 9
CASO PRÁTICO DE UM CEO COM CONHECIMENTO FOIL............................................................... 248
GRAMIGNANO, Elvio
O PLANO DE MARKETING COMO INSTRUMENTO PARA TRANSFORMAR A INTUIÇÃO EM AÇÃO............................ 255
GRAMIGNANO, Elvio
EXPERIÊNCIA FOIL............................................................................... 258
GRAMIGNANO, Elvio
A INTUIÇÃO COMO FATOR ELEMENTAR DO PROCESSO COGNITIVO E DECISIONAL................................... 264
GRISHINA, Natalia
TUDO SE RESOLVE A PARTIR DAS PESSOAS............................... 269
GUSSEVA, Larisa
AUTENTICAÇÃO E ESTUDO NA FOIL COMO GARANTIA DA EXATIDÃO PARA O CONSULTOR ANTICRISE.............................. 273
IPATYEVA, Svetlana
CULTURA CORPORATIVA................................................................... 276
KALYUGA, Vladimir
TRABALHO APROFUNDADO SOBRE AS MOTIVAÇÕES INCONSCIENTES DOS PARTICIPANTES DE UM GRUPO DE ESTUDO COMO CONDIÇÃO NECESSÁRIA NA INSTRUÇÃO PARA O BUSINESS.................................................................................. 281
KHANIN, Viktor
O MEME QUE SE PODE DISPOR A SERVIÇO DO BUSINESS....... 286
KOZHEVNIKOVA, Veronika
O SUPEREGO LEGAL COMO OBSTÁCULO À INTUIÇÃO DO PROFISSIONAL....................................................... 291
LA ROSA, Emanuela
A CRIAÇÃO DA GALERIA “ONTOART” COMO REALIZAÇÃO GLOBAL DA PERSONALIDADE................ 297
LISITSKAYA, Tatiana
10 Business Intuition
INFORMAÇÃO, LÓGICA E INTUIÇÃO.............................................. 301
LIVRERIO, Oscar
OS CENTROS PARA AQUISIÇÃO DE EXPERIÊNCIA..................309
MAKUSHEVA, Elena
A GLOBALIZAÇÃO É O PONTO DE RESPONSABILIDADE DOS LÍDERES................................................ 312
MILYANCHIKOVA, Oxana
MARUDO: HISTÓRIA E EXPERIÊNCIA DE UMA INTUIÇÃO........................... 319
MOROTTI, Luca
CHANTAGEM LEGAL DO EMPRESÁRIO POR PARTE DO CLIENTE...................................................................... 324
OSTROVSKIY, Alexander
O INSIGHT DO LÍDER E A INTUIÇÃO: UM CRITÉRIO.................. 327
PALUMBO, Grabiella
A INTUIÇÃO DO LÍDER NA EMPRESA............................................. 333
PANCERI, Régia
FORMAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE VENDAS E ANÁLISE DOS MODELOS COMPORTAMENTAIS DO PÚBLICO-ALVO............................................................................... 337
PARUBSKIY, Igor
INTUIÇÃO E MITOS BRASILEIROS................................................... 341
PETRY, Ana
O CRITÉRIO DOS CLIENTES NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL............................................................... 345
PIERONI, Fausto
DO MARKETING DE MASSA AO MARKETING HOLÍSTICO....... 350
SAIBENI, Paolo
COMO ENTRAR NA ESTRATÉGIA DO BUSINESS.......................... 357
SCHUTEL, Soraia
Sumário 11
RELAÇÃO FUNCIONAL COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA................................................ 364
SILVESTRI, Lucio
A MEMÉTICA E A PSICOLOGIA SOCIAL, OU ENTÃO, COMO TOMAR E MANTER O PODER USANDO A MÍDIA........... 367
SUHAN, Alexey
ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTATAL DE SÃO PETERSBURGO....................................................................... 373
TSVETKOVA, Larisa
INTUIÇÃO: VISÃO DA AÇÃO OU IMAGEM DA CONSCIÊNCIA....................... 378
US, Elena
OS CONCEITOS DA INTUIÇÃO NA FILOSOFIA E A INTUIÇÃO PRÁTICA NA ONTOPSICOLOGIA............................. 384
US, Elena
A CONSULTORIA ONTOPSICOLÓGICA EMPRESARIAL COMO NOVO PARADIGMA DE CONSULTORIA DE EMPRESAS (MANAGEMENT CONSULTING)............................................................ 390 VEREITINOVA, Tatiana
O RESGATE DO EU REAL COMO FONTE DA INTUIÇÃO CIENTÍFICA..................................... 395
VIDOR, Alécio
PRINCÍPIOS DA ESCOLHA DOS EMPREGADOS............................ 399
VINOKOUROVA, Tatyana
INTUIÇÃO E MEMÉTICA...................................................................... 405
YUDINA, Ekaterina
Antonio Meneghetti
BUSINESS INTUITION PARTE 1
15
Primeiro Capítulo
TEMÁTICA PROSPECTIVA DO CONGRESSO
1. A economia vencedora é sempre o resultado de inteligência funcional: o seu fruto prestigioso é o equilíbrio entre exigência e serviço, que se concluem na paz entre as partes componentes. 2. O bem-estar não depende da sorte de lugares, de terras ou de mares, mas está sempre onde se unem evolução e capacidade técnica; portanto, o bem-estar de qualquer lugar está sempre onde se encontram e trabalham homens inteligentes e coerentes por racionalidade e vontade. 3. Todos compreendemos que quem vende ou produz deve favorecer a riqueza de quem compra. 4. Após A. Smith e sucessivas teorias, chegamos, nesta globalização em ato, a compreender e exaurir na prática a capacidade de: a) competência competitiva; b) relações compreendidas e atualizadas para a descoberta e evolução dos clientes; c) total quality; d) life long learning; e) upstream analysis; f) distribuição e desenvolvimento social (também para o desenvolvimento do mercado devemos favorecer a riqueza a todos). O ganho individual passa através da capitalização social; g) prioridade social sobre o produto; h) transparência legal; i) ecobiológico funcional à saúde; j) subvencionado funcional a quem quer que abra iniciativa de incremento econômico-social. Este congresso destacará todos esses confrontos. 5. Todos compreendemos que a realidade de bem-estar favorece civilidade e humanismo e diminui as causas de guerras, delinquência e doença.
16 Business Intuition
6. Após isso, o âmbito específico de análise deste congresso é a causalidade psíquica no evento econômico. É uma pesquisa e abertura na mente da racionalidade econômica. Efeitos, estatísticas e monitoramento sobre movimento e território das teorias econômicas permanecem estranhos. Estamos centrando a primeira causalidade e motivação criativa ou reativa da práxis econômica e, obviamente, na psicologia do manager, do empresário, do líder formalizante do complexo do business global. Saber individuar e centrar a intuição significa colher a infalibilidade econômica. Mas a intuição sem as três descobertas ontopsicológicas não possui qualquer nexo científico e, portanto, permanece uma oportunidade inefável de “iluminados” ou de coincidências. Este congresso se propõe três escopos: dois sociais e um científico. 1.1 A riqueza, o sucesso econômico individual e coletivo, é o efeito de um tirocínio existencial para o melhor ao longo do arco da vida. Produzir riqueza é dever da dignidade de ser pessoa neste planeta; é mérito, é gratificação ativa ao bem comum e fenomenologia da providência da vida. O primeiro dever da vida para todos é o autossustento e, deste, a autonomia de participar de todos os direitos. É verdade que há pobreza e fome no mundo, mas é também verdade que, por meio de extremismos sindicais, coloniais e políticos, estão sendo criados feixes transversais de parasitismo legal e social: o resultado desses assistidos é a perda de poder de aquisição de valores interiores (aqueles que dão mais ser). Subsidência sem diminuir a responsabilidade do assistido. É um dever ajudar os necessitados temporários; mas é cumplicidade a um vício contra-natureza criar necessitados caracteriais. Quando tiramos a responsabilidade do automantenimento, excluímos também a nobreza, o orgulho de serem ativos generosos da sociedade e da vida. Não acredito que aos melhores protagonistas do social seria um prazer serem infantis mantidos por aquela sociedade onde outros trabalham e pagam os impostos. Também o pagar os impostos é belo, porque consente a satisfação de contribuir ao bem de todos na ordem escolhida pela democracia e, portanto, fazer sociabilidade e subsidência e pretender o respeito do Estado.
Temática prospectiva do Congresso 17
1.2 Ponto focal é a objetivação circunstanciada da autossabotagem na própria economia. As constantes análises e intervenções de consultorias empresariais, em 60% dos casos, revelam que a perda ou carência de ganhos ou realizações não depende de fatores objetivos externos ou de contrastes competitivos de outros operadores, mas foi “projetada” de modo inconsciente pelo próprio sujeito, ainda se voluntariamente o sujeito pretendesse o ganho. A realidade da autossabotagem individual e da empresa é individuada por duas racionalidades: a) por conexão e consequência dos fatores-causa sobre a frustração subsequente. Não houve unidade de ação em relação à identidade do projeto; b) e pela chave de leitura sobre as dinâmicas e motivações psicológicas selecionadas inconscientemente (mas com confronto dos fatos) por parte do administrador ou operador do projeto econômico. Em essência, o operador, não obstante oportunidades externas e estratégia decidida, interioriza no projeto uma escolha de per si contraditória, que consequentemente anula a arquitetura precedente. Sobre esse último aspecto, o conhecimento extraordinário e único da Escola Ontopsicológica é capaz de individuar, isolar e, em tempo útil, prevenir e eliminar a pulsão à autossabotagem. Em essência, não é demonstrado que o ser humano saiba ser egoísta. O egoísmo natural e consequencial é um fruto de conhecimento superior e de maturidade interior. 1.3 O terceiro escopo é o específico que centra integralmente este congresso. É científico porque se enquadra sobre resoluções procuradas há tempo em âmbito econômico, político, histórico e psicológico. Quando afirmo “psicológico” entendo o comportamento e a atitude dos operadores superiores da contemporânea sociedade. É a psicologia das funções superiores práticas da inteligência humana, da qual os líderes são o testemunho mais prestigioso. É científico, porque se baseia em descobertas exclusivas da Escola Ontopsicológica, da qual a FOIL (Formação Ontopsicológica Interdis-
18 Business Intuition
ciplinar Liderística)1 é uma das aplicações diretas, confirmadas pontualmente pelo método e resultados. A sorte ou o sucesso baseiam-se em lógicas precisas que interceptam as causas simples de efeitos desejados. A visão que formaliza o projeto de conexão ao resultado desejado é chamada intuição, ou seja, a visão sobre o nexo que configura a identidade ou ecceidade do fato desejado. A visão é um momento operativo e a articulação ou programação do evento é consequencial práxis racional no compromisso histórico do fim já sabido e decidido. Várias pesquisas em todo o mundo científico empenharam-se para reconhecer e ativar a intuição. Ela é parte da essência pela qual o homem é inteligente e deve ser individuada na radicalidade daquela natureza que se faz lógica histórica para a conservação e evolução da espécie da pessoa. Hoje, este princípio causal natural que gera a intuição ou previsão dos resultados pode ser individuado e distinguido e possui precisas lógicas, como qualquer lei universal. Este terceiro ponto é o original que faz absoluta novidade internacional do congresso. Sobre essas três temáticas e intrínsecas variáveis, convergirão as centenas de intervenções, contribuições e exposições dos tantos relatores provenientes de todas as partes do mundo. Enorme é o conhecimento que se poderá exportar a partir deste congresso. Sem dúvida, este conhecimento se concretizará em experiência feliz para alguns, e vantagem para muitos. Concomitantemente, haverá exposição de posters, estandes, encontros em trezentos e sessenta graus de experts, empresários, produtores, distribuidores, profissionais, pesquisadores para trocas de interesse privado e público. A todos desejo o melhor ganho mental e satisfação de encontro.
A FOIL está presente em Milão para a Europa, em Moscou e São Petersburgo para a Federação Russa, em São Paulo e Recanto Maestro (Rio Grande do Sul) para a América Latina, e em Riga para os Países Bálticos. Cada sociedade possui uma estrutura própria, com autonomia administrativa, jurídica e fiscal. 1
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Segundo Capítulo
A INTUIÇÃO SEGUNDO A RECENTE DESCOBERTA ONTOPSICOLÓGICA
2.1 Introdução Falou-se muito, de dez anos atrás até os dias de hoje, sobre Ontopsicologia. É um conhecimento, uma racionalidade muito simples. O problema é que primeiro é preciso tornar-se simples. Se o cientista é complexo, jamais chegará ao simples. Infelizmente, nesses dez anos, muitos falaram de Ontopsicologia e criaram confusão. Felizmente, entrou uma séria instituição – a Universidade Estatal de São Petersburgo – que sem dúvida ajudará a fornecer os modelos de conhecimento para compreender a prática, a clínica, a aplicação da Ontopsicologia. Honestamente, tive uma grande vantagem com relação a grandes homens como Freud, Jung, Rogers, Skinner, Maslow, Ananiev etc.: eles levaram adiante a pesquisa sobre tudo o que era possível, da neurologia à psicologia, de muitos modos, por muitas estradas, porém nenhum deles tinha uma formação científica sobre um aspecto muito importante do conhecimento humano: a filosofia. Jung tinha estudado muito da parapsicologia, da mística, para compreender certos problemas da psique, do inconsciente; Freud tinha no seu background a inspiração da Torah, portanto uma formação de teologia hebraica, que, porém, era superficial; Viktor Frankl era psiquiatra, mas tinha entendido que era preciso formar-se em filosofia para compreender. E depois de ter estado em Auschwitz, deportado como tantos outros – a guerra é sempre algo horrível – descobriu que o fim, a finalidade, era um conceito importante, que não tinha sido descoberto nem por Freud, nem por Jung, nem por Adler e tantos outros. Quando conheci Viktor Frankl – com quem tive que trabalhar – vi, porém, que não era preparado, especialmente quando se tratava de compreender o famoso Training Autógeno de Schultz, no qual aparecem imagens que a psique produz universalmente e que a mais avançada psicologia não consegue compreender. Por que o inconsciente humano,
20 Business Intuition
em certo nível, produz aquelas imagens, por exemplo, os anjos, o conceito do olho etc.? Esses estudiosos não podiam compreendê-lo porque não tinham preparação em teologia. Quando se trata, se analisa a psique, é necessário considerar também os mitos, o conceito do mal e do bem, os espíritos, os mortos, o vegetal, o passado que revive e assim por diante. São problemas que a psicologia, se quer ser uma ciência exata para o homem, deve explicar, não pode apenas negar. A minha sorte foi o fato que, quando comecei a interessar-me por psicologia, já possuía uma completa preparação em filosofia e teologia, possuía esses dois conhecimentos técnicos1. Portanto, com uma superior competência, pude compreender o que ainda hoje se busca, por exemplo, como se forma uma doença, uma neoplasia, o porquê de um órgão enlouquecer, não seguir as regras da biologia correta, como um escotoma, uma anomalia começa, reforça-se e como se pode mudar e assim por diante. É possível compreendê-lo porque as células, os órgãos, são espaço e matéria da existência do homem, do seu orgânico, do seu quotidiano, não são externas ao ser humano. A Escola Ontopsicológica, além disso, chegou a compreender porque um circuito cerebral não é coordenado ao bem-estar global do corpo, como ocorre na esquizofrenia, que representa o desafio a toda a psiquiatria, à neurologia e à psicologia, e que – ainda hoje – não é compreendida. Não se fala dela, mas é capilar: a maioria possui um porão com esquizofrenia latente. Após ter compreendido os processos lógicos da racionalidade – a filosofia clássica, que vai à simplicidade dos princípios, portanto não a história da filosofia, mas a capacidade de analisar aqueles princípios sobre os quais se fundam os orgânicos científicos – e a teologia – ou melhor, a relação mediânica entre a consciência e o universal, na qual há princípios2 – entrei no interior da competência do artesanato dos com Toda ciência, em si, possui lógicas mensuradas, controladas: a lógica que se usa em biologia não é igual àquela que se usa em sociologia, a arte da amizade possui regras que não são iguais àquelas da jurisprudência etc. 2 O homem, por exemplo, deve perguntar-se se em uma sua fantasia, oração, poesia, arte, amor etc., está caminhando rumo ao princípio-base da vida, ou se está repetindo uma das habituais marionetes que a humanidade conhece há tantas gerações. De forma semelhante, seria preciso avaliar se a arte contemporânea é verdadeiramente arte ou loucura. Os 1
A intuição segundo a recente descoberta ontopsicológica 21
postos psíquicos: instinto biológico, tensão emocional, preensibilidade ideológica3. A Escola Ontopsicológica individuou a existência de três constantes no processo sensório-intelectivo, ou aprendizagem e consciência. Os três são constituintes de percepção e reação no comportamento racional consciente e inconsciente. Conhecendo essas três “agências informais” é possível saber e efetuar um projeto orgânico no interior das lógicas do business integral. Intuição do Em Si ôntico, monitor de deflexão e campo semântico. 2.2 A intuição A intuição é certamente a obra-prima, a iluminação, a performance da inteligência humana em situação histórica. O homem é um ser inteligente – mais que animal, material, terrestre – e pode ter percepções universais, transcendentes, artísticas etc. Porém, quando opera no concreto de uma pequena história, em uma relação entre outros interesses históricos, é preciso verificar se a sua alma fornece-lhe a direção e, nesse caso, qual é, como se identifica, como se isola de impressões, semânticas, emoções, experiências etc. “Money is mind”: o dinheiro é inteligência, o business é inteligência. Mas o que é inteligência – da qual o dinheiro é uma consequência, um efeito – que se encontra em certos homens, banqueiros, empresários, políticos etc.? Qual é a mente que realiza o evento, o projeto? Quando se usam os conhecimentos da Ontopsicologia – por exemplo, em uma intervenção de economia – o verdadeiro expert em Ontopsicologia resolve o problema de uma fábrica, de um partido, de uma empresa – pequena ou grande – no máximo em uma semana: observam-se apenas algumas passagens, das quais depende tudo, e que, entretanto, são passagens remotas, elementares. “Elementares” no sentido que são os primeiros moventes ou variantes causais da efetuabilidade. A efetuabilidade – leis, bancos, herança, situações, conflitos etc. – é sucessiva; o que conta é a impostação ou programação ao escopo. homens chegaram a esses extremos e o problema, sem dúvida, refere-se aos melhores cientistas e pesquisadores. 3 Com relação à ideologia, deveria ser analisado se ela é realmente um modo de racionalidade ou uma sublimação, um deslocamento de um instinto ainda rude, não evoluído: poderia de fato não ser ordem social, por exemplo, mas sim satisfação esquizofrênica de uma carência de sexo.
22 Business Intuition
Considere-se, como exemplo, a criação de uma grande peça musical, como a de Beethoven. Este compositor não tinha necessidade de ouvir, posto que, para um grande musicista, ouvir ou ver não serve: o verdadeiro grande tem tudo de modo simples na mente e deve apenas encontrar o meio material para traduzir aquela forma mentis no tecido histórico. Sempre com referência à música – que mais ou menos agrada a todos – seria preciso refletir sobre como ela é escrita. Guido d’Arezzo (9951050), compreendeu o problema de como comunicar a música a outros e encontrou a técnica: repetindo em essência as cordas do violão ou do alaúde, atribuindo à nota mais baixa um certo valor, à sucessiva um outro e assim por diante, criou portanto o pentagrama e as suas variáveis, ou melhor, os “pontos pretos” que – sobre essas cinco linhas – se tornaram a língua operativa do espírito da música. Isto é ciência. Certamente Guido d’Arezzo era também um iluminado, como Arquimedes, mas a iluminação é um tirocínio científico, que desde a infância amadurece através de anos de estudo, de silêncio, de pesquisa, de confrontos. Uma pesquisa que é magnífica para quem tem a paixão pelo verdadeiro. Não é uma improvisação de academia, de mistério, de política ou de sorte: é consequência de um potencial afinado continuamente. 2.3 Necessidade da simplicidade na práxis científica O meu convite é, portanto, para os cientistas, para que sejam simples. “Simples” significa ter a coincidência com o projeto das coisas (coincidência = ser iguais: mente e realidade, mente e processo, mente e resultado). Se, ao contrário, o pesquisador é antecipado por convicções ou complexos, ou por contradições socioexistenciais, então já está desviado da transparência das coisas. A Ontopsicologia encontrou aqueles dois ou três elementos-base sobre os quais se funda o organograma fundamental da psiquicidade do homem para o orgânico histórico. O cientista certamente vive do espírito, porém deve escrever de modo técnico, elementar: ele possui uma outra dimensão, um outro alimento, tem outras visões e contemplações. Porém, quando ajuda os outros, deve ensinar como se faz o pão, encontrando traduções simples, que depois possam ser operadas por tantos outros4. T. Edison, por exemplo, encontrou um modo de levar luz às casas.
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