produção de etanol com milho
Opiniões
Milho
integrado à planta de cana
A SJC Bioenergia iniciou o processamento de milho em 2016. Foi uma decisão estratégica da empresa e fortemente marcada pelo desafio de crescer de forma consistente e com vistas à sustentabilidade do negócio e ao fortalecimento operacional de médio e longo prazos. Assim, foi dada a partida de uma planta inovadora em vários aspectos, sendo a segunda em todo o mundo com a tecnologia escolhida para ser implantada. Trata-se de um projeto com base na última geração das plantas norte-americanas produtoras de etanol e de proteína de alta concentração destinada para alimentação animal. É também um site integrado, com utilidades produzidas pelo processamento da cana, tanto para safra quanto para a entressafra. É, sem dúvida alguma, um enorme benefício, mas que também traz grandes desafios. Entre os desafios, há os de aspecto operacional, como equacionar a queima do bagaço de cana para geração de energia durante os períodos chuvosos, manter a eficiência e a estabilização da caldeira com baixa produção de vapor. Igual desafio é o de garantir a integração e o aproveitamento da levedura cana/ milho, fazer o reciclo de fermento e manter o balanço de vapor, integrando o milho com o processamento da cana. É preciso considerar ... foram e são desafios que implicam mudanças na cultura operacional, que passa a considerar atividade na área industrial nos 12 meses do ano, ou seja, sem que efetivamente haja uma entressafra. "
Abel de Miranda Uchôa Diretor-geral da SJC Bioenergia
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as ações que vão garantir a correta e adequada secagem de proteína, o aumento da concentração da vinhaça e a manutenção linear para os processos integrados. Foram e são desafios que implicam mudanças na cultura operacional, que passa a considerar atividade na área industrial nos 12 meses do ano, ou seja, sem que efetivamente haja uma entressafra. Tem igual peso, em termos de desafio, o aspecto de ordem mercadológica, pois, desde o início, foi preciso considerar o desenvolvimento do mercado local e regional para os coprodutos originados do processamento do milho. As equipes de marketing e de vendas estão sempre em busca de melhor entender o mercado de proteína animal, pois é preciso convencer os produtores de que a novidade trazida pelos coprodutos vem para agregar valor às práticas e aos outros produtos utilizados tradicionalmente nas propriedades rurais, as pequenas ou as grandes. A SJC atua de forma constante e consistente para favorecer os meios de integração com centros de pesquisa, para dar suporte à abertura de mercado, realizando, para isso, viagens às melhores instituições de pesquisa e de produção em várias partes, em especial na América do Norte. Nessas missões, são realizadas apresentações técnicas sobre o uso dos coprodutos na produção de proteína animal, do aprendizado construído sobre aquisição e estocagem de milho durante os 12 meses do ano e sobre a quebra do ciclo de armazenagem milho/soja.