O mapeamento do sistema sucroenergetico - OpAA63

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produção de etanol com milho

as revoluções estimuladas pelo

etanol de Milho

Uma nova revolução agroindustrial está em curso no Centro-Oeste brasileiro: a tão sonhada verticalização da produção primária, impulsionada pelas usinas de etanol de milho e seus produtos (WDG, DDGs, óleos, energia), que começa a transformar o norte e médio-norte em Mato Grosso. A região está consolidada como o maior centro produtor de etanol de milho do País, com 4 unidades de dedicação exclusiva à produção de etanol de milho, que, juntas, já processam em torno de 3,9 milhões de toneladas de milho, resultando em 1,64 bilhão ao ano de etanol hidratado e anidro. Somadas às outras 8 unidades com produção flex (cana-de-açúcar e milho) entre Mato Grosso e Goiás, as usinas do Centro-Oeste produzirão, em 2020, em torno de 2,8 bilhões de litros de etanol, a partir do processamento de 6,8 milhões de toneladas de milho. Os dados consideram a produção de mais três unidades, que deverão iniciar a produção nos próximos meses. Com crescimento superior a 80% ao ano, o setor se amplia graças à oferta abundante de matéria-prima (milho), resultante da rotação das culturas de soja e milho. A medida garante controle de pragas e cobertura do solo para o plantio direto da oleaginosa, que se inicia em setembro. Com isso, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul têm projeção de colher, até o fim deste primeiro semestre, na segunda safra de milho, 54,5 milhões de toneladas, representando 54% da produção nacional do cereal – conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fernando

Cerradinho BionergiaEm

2020, a demanda nacional de milho para a produção de etanol deverá girar em torno de 6,8 milhões de toneladas de milho, menos de 7% da produção nacional, estimada em 100 milhões de toneladas. Isso afasta qualquer risco de desabastecimento de milho no mercado doméstico "

Guilherme Linares Nolasco Presidente da UNEM - União Nacional do Etanol de Milho

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Os investimentos nas usinas de etanol de milho criam um novo estímulo à cultura do milho de segunda safra, que, em um passado recente, trazia benefícios principalmente ao aumento de produtividade da cultura da soja, sem, necessariamente, incorporar renda ao produtor – devido a preços históricos que oscilavam entre R$ 10,00 e R$ 20,00 a saca. Em alguns anos, o frete pago ao mercado consumidor do Sul e do Sudeste do País chegou a superar o valor de venda do grão. Atualmente, o mercado do milho, principalmente em Mato Grosso, criou vida própria, e dificilmente teremos novamente cotação abaixo dos R$ 20,00 a saca.


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