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mercado de carbono
qual deveria ser o valor de cada cbio ? Sob olhares de desconfiança dos agentes de mercado, foi lançada, em 2020, a comercialização dos CBIOs na B3, conforme cronograma previsto no RenovaBio. Naquela oportunidade, a meta de 29 milhões de CBIOs foi reduzida em 50% em razão da pandemia, concluindo o primeiro ano com 14,6 milhões de CBIOs negociados e aposentados. A “parte obrigatória” aposentou 98% dos CBIOs exigidos, gerando receita equivalente superior a R$ 650 milhões. No ano passado, foram aposentados 24,4 milhões de CBIOs, com a parte obrigatória atendendo a 98% da meta estabelecida, gerando receita equivalente de R$ 1,170 milhões. Apesar das diversas tentativas de algumas distribuidoras, que desejavam mudanças nas regras do RenovaBio, a justiça manteve firme o programa, sem nenhuma alteração. Talvez, à espera dessas mudanças, percebemos que a maior parte dos CBIOs foram adquiridos pelas distribuidoras no último trimestre do ano. Essa demanda concentrada sempre veio acompanhada de preços ascendentes. Mesmo com a pandemia, que restringiu a demanda de combustíveis do Ciclo Otto, e as condições climáticas adversas que foram registradas, os produtores de biocombustíveis têm se comprometido em atender e colocar à venda CBIOs, em quantidade mais do que suficiente para o alcance das metas das distribuidoras. Os produtores de etanol de cana foram responsáveis pela emissão de 46,7 milhões de CBIOs desde o início do programa, correspondendo a 86% do total, seguidos pelos produtores de biodiesel, com 7,9 milhões, ou 14% do total.
Todas as externalidades positivas que os biocombustíveis produzem custaram menos de R$ 0,02 o litro. Cada CBIO corresponde à redução de 1 tonelada de CO2 ao nosso meio ambiente, ou o equivalente a sete novas árvores plantadas. "
Martinho Seiiti Ono Diretor da SCA Etanol do Brasil
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Ressaltamos que um expressivo volume de etanol de milho e de biodiesel ainda estão em fase de certificação para credenciamento pela ANP. Tal atraso e dificuldade ocorrem pela complexidade de rastreamento exigido pelos agentes certificadores, para esse tipo de cadeia de produção. Para o credenciamento de mais indústrias produtoras de biocombustíveis, especialmente aquelas que utilizam grãos (soja e milho), a ANP está avaliando Procedimentos para Cadeia de Custódia de Grãos no âmbito do RenovaBio, com processo de consulta pública aberta, quando deveremos ter um substancial aumento de ofertas de CBIOs. Atualmente (março/22), temos credenciados 308 produtores, segundo a ANP, assim distribuídos: Etanol de Cana: 262, Biodiesel: 32, Flex (milho e cana): 6, Biometano: 3, Etanol 2G: 1, e E1 GM: 4. A meta para 2022 apresenta novo crescimento, dessa vez com 35,98 milhões de CBIOs a serem adquiridos pela parte obrigatória. Diferente dos anos de 2020 e 2021, os agentes obrigatórios intensificaram a aquisição de CBIOs no primeiro trimestre. Conforme dados da ANP, até 1º de abril, os produtores de biocombustíveis emitiram um total de 6,9 milhões de CBIOs em 2022. As distribuidoras (parte obrigatória) já adquiriam 12,73 milhões de CBIOs, até o momento, respondendo por 35% da meta, dos quais 2,43 milhões já foram aposentados. Restam para os 8 meses subsequentes