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Janeiro 2014 | EDIÇÃO Nº 67 | PVP. 2€

·Saúde

em destaque

·Qualidade

de

no Interior

Vida

·Internacionalização

O Global Banking Advisory é um conceito baseado no compromisso e na criação de valor para o cliente

António Araújo, Administrador da A.F. Araújo & Associados


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Quinta da Fonte, Edifício D. Amélia Piso 1, Ala B 2770-229 Paço de Arcos Tel: 21 120 98 70 Fax: 21 441 07 54 www.ciclumstada.pt


Índice Pag. 4 AF Araújo & Associados: O seu conselheiro da área financeira Pag. 7 A internacionalização ganha um espaço de destaque Pag. 12 Os genéricos ganham cada vez mais quota de mercado. Saiba mais na entrevista a Moisés Apura, da Ciclum Farma Pag. 19 Vinhos do Algarve, conheça os produtos que mais se destacam Pag. 23 A luta dos funcionários dos CTT vai continuar e esta é uma promessa do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações Pag. 24 Conheça a Eurest e saiba como crescer em equilibrio, com alimentação saudável Pag. 26 Conheça exemplos do que melhor se faz ao nível autárquico, para melhor a qualidade de vida das populações

Ficha Técnica |Propriedade: As - Agência, Lda | Morada: Apartado 000045 | EC Vila Nova de Gaia 4431-901 Vila Nova de Gaia Depósito legal: 215441/04 | Editora: Ana Mota | Publicidade: Moura Lopes | Email: geral@as-agencia.pt | PVP: 2€


HUMANIZAÇÃO DA BANCA

Um plano financeiro à medida das suas necessidades

António Araújo fundou, há cerca de seis meses, a A. F. Araújo & Associados SA., em Leiria, e assume que o objetivo estratégico da empresa, reside na prestação de um serviço inovador e de elevada qualidade na área do aconselhamento bancário e financeiro junto de todos os segmentos de mercado, com particular acuidade, nas empresas, particulares e institucionais.

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ontudo, a entrevista não se focou apenas no novo projeto, mas também na sua vasta experiência profissional, na Banca, onde atingiu o cargo de Administrador Executivo, bem como no profundo conhecimento dos mercados angolano e português e na mais-valia efetiva que a empresa pode proporcionar aos seus clientes. Formado em Direito, com um percurso de cerca de 20 anos na Banca e uma competência profissional acima da média, António Araújo, apesar da atual conjuntura, decidiu avançar para este projeto inovador, que constitui sem dúvida uma “lufada de ar fresco” e uma postura diferenciada, caracterizada por um forte compromisso com os seus clientes, assumindo-se como um conselheiro bancário e financeiro de elevado valor acrescentado, promovendo, assim, pela primeira vez em Portugal, o conceito de “Global Banking Advisory”. Em entrevista ao País Positivo, o jurista aborda três grandes questões: a sua experiência profissional em Angola, país que o viu nascer; a sua perspetiva sobre o fenómeno associado a “alguma falta de humanização” da banca em Portugal; e, por último, sobre o seu mais recente projeto, a A. F. Araújo & Associados SA – “Global Banking Advisory”.

ANTÓNIO ARAÚJO

Administrador da A. F. Araújo & Associdados

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Angola: A pérola de África A pergunta foi direta: “O que tem Angola para oferecer ao Mundo?”. A resposta foi clara e convincente: “Angola, antes de mais, é um país com um imenso património. Possui uma enorme diversidade cultural, tem um extraordinário potencial turístico e um clima privilegiado para o desenvolvimento de atividades ligadas à agricultura e agropecuária. Para além disso, dispõe de um subsolo riquíssimo, como poucos países têm, com uma indústria extrativa pujante ligada à exploração de diversos minérios, designadamente ouro, diamantes e naturalmente o petróleo. Acresce ao exposto a capacidade energética decorrente da sua vasta rede hidrográfica, sem esquecer o potencial ligado à indústria de madeiras. Se associarmos a tudo isto a fase histórica que o país está a viver no pós-guerra, com um desenvolvimento económico ímpar e uma atividade intensa ligada à construção civil, obras públicas, criação de infraestruturas, melhoria e ampliação da sua rede ferroviária e rodoviária, entre outras, poder-se-á concluir que estamos perante um país com um futuro promissor. Esta visão é ainda consubstanciada no facto de

ser um país recente, com uma dinâmica inerente à juventude do seu povo, com uma enorme capacidade de superar obstáculos e enfrentar desafios e com uma componente relacional muito forte, que acolhe bem os estrangeiros e em particular os portugueses. Naturalmente, ainda existem enormes discrepâncias no país, que se vão esbatendo através das oportunidades que o Estado está a proporcionar às pessoas mais desfavorecidas, facultando-lhes o acesso a um sistema de ensino tendencialmente gratuito, nos primeiros anos de escolaridade e promovendo a formação técnica e superior, como pilares fundamentais para a reconstrução nacional e o desenvolvimento sustentado do país. Todos sabemos que, Angola, atravessou, ao longo das últimas décadas, inúmeros problemas e enfrentou vicissitudes, mas, sobreviveu e retomou o seu destino, ainda com mais vigor e determinação. António Araújo sublinha que estamos perante um país jovem, com uma forte identidade e orgulho nacional, em que existe uma visão muito lúcida e uma lógica de proximidade e de reciprocidade em relação aos outros povos, designadamente, os que lhe são mais próximos, como Portugal, mas, com a consciência plena de que todos precisamos uns dos outros. Angola precisa do mundo é certo, mas o mundo também precisa muito de Angola”. António Araújo salienta, ainda, que “para além de Angola ser um património incalculável da lusofonia, tem uma posição estratégica num continente africano que está a mudar, que tem um potencial imenso, mas, que viu por diversas vezes o seu destino adiado, o seu progresso interrompido por guerras fratricidas e por interesses que nada tiveram a ver com os povos africanos. E mais concretamente na zona geográfica da áfrica Austral, Angola é uma potência e será, sem dúvida, uma força, uma alavanca económica para os países da África austral. Aliás, o país faz parte da SADC – Comunidade de Países da África Austral – cujos dirigentes se reúnem periodicamente, e tentam partilhar as suas experiências e alinhar algumas políticas. São bases fundamentais de desenvolvimento na região, que se estão a criar, em que todos os países se envolvem numa lógica integrada de progresso e desenvolvimento económico, social e cultural e na melhoria de qualidade de vida dos seus povos. Ou seja, há um mundo de oportunidades a explorar”. Dito isto, convém referenciar que Angola, sendo uma potência, só por si, pode, ainda, transformar-se numa plataforma incontornável para a concretização de negócios e para a internacionalização das nossas empresas junto daqueles países que integram a comunidade da África Austral

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e que representam mais de 200 milhões de consumidores. Trata-se de um potencial extraordinário, junto de países jovens e com uma enorme margem de progressão. Angola tem , deste modo, reunidas todas as condições para fazer um percurso de crescimento sustentado e acelerado, com uma vantagem determinante que, espero saiba aproveitar, ou seja: não repetir os mesmos erros que outros países desenvolvidos cometeram nas últimas décadas. Para o nosso interlocutor, Angola assumese, cada vez mais, como uma potência regional. “Imaginemos o que pode significar o caminho-de-ferro de Benguela, ou seja, uma ligação privilegiada entre o porto do Lobito, o centro e o Leste do país e outros países limítrofes. Para quem está em Angola, para quem tem ligações ao país, para as empresas portugueses e luso-angolanas, estes países, designadamente, os que fazem fronteira com Angola, representam potencialidades infinitas e nós, portugueses e angolanos, temos de ser capazes de gerar modelos de negócio de elevado valor acrescentado para todos”. António Araújo considera ainda a forte possibilidade, no futuro, destes países da África Austral criarem, entre si, uma comunidade, com contornos ainda por definir, uma espécie de União Europeia, juntando sinergias ( v.g. a nível de redução de barreiras alfandegárias) que representem, igualmente, progresso! Mas Angola é um El Dourado? “Obviamente que não. Admito que possam ainda existir algumas pessoas iludidas, mas a verdade é que ninguém prospera em Angola, sem muito trabalho, competência e respeito pelas diferenças. Em termos de negócios e sucesso, não há El Dourados. Existem, sim, grandes oportunidades em Angola. No entanto, essas oportunidades devem ser partilhadas com os próprios angolanos que, conhecem, melhor do que ninguém, o mercado. O segredo está no desenvolvimento de parcerias locais ou de empresas com capitais mistos. Repare-se que existe uma classe empresarial emergente em Angola, com capacidade financeira, mas também com um nível cultural elevado, que já passaram por todo o mundo, já viveram e estudaram em grandes metrópoles mundiais e que veem no mundo globalizado, oportunidades e não tanto ameaças. Há poder financeiro sim, mas há também cultura empresarial e de negócios. Portanto, existe a obrigação de respeitar para ser respeitado e só assim as empresas conseguirão ter sucesso. Esse respeito pela diversidade e pelo sentimento de pertença que os angolanos possuem, é crucial. Angola é um país jovem e os angolanos sentem que a independência, com todas as suas vicissitudes e problemas vividos, foi conquistada e não oferecida. Eles não chegaram até este ponto de uma forma gratuita, chegaram aqui a muito custo, com sangue, com trabalho, com ilusões e desilusões, mas, sempre, com determinação! Além disso o facto de ser um país jovem, faz com que eles sintam um orgulho enorme em ser angolanos. Além de respeitar este sentimento, devíamos, quiçá, aprender um pouco com os angolanos, ou seja, redescobrir esse sentimento de orgulho pela portugalidade e pelo que já demos e ainda podemos dar ao mundo”. Além disso, Portugal deve também olhar para Angola como um exemplo comportamental. Sabe-se, é do conhecimento geral, que existem ainda grandes focos de pobreza em Angola, mas a verdade é que essas pessoas

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com poucos recursos, têm uma capacidade de divertimento, e de se relacionarem com os outros como não há igual, no mundo. O europeu, esse, tornou-se refém da frieza, da independência, da formalidade, empenhado em viver para si próprio. Por outro lado, em Angola, “a noção de família é ainda bem vincada e além do respeito pela sabedoria das pessoas com mais idade, os agregados familiares, juntam-se e convivem regularmente”. Também aqui devíamos aprender com os angolanos. Temos um país fantástico, com um bom clima, uma costa marítima esplêndida, gastronomia excelente, com relações extraordinárias com outros povos, sem grandes índices de criminalidade e, portanto há que aproveitar todas estas vantagens competitivas, para encararmos o futuro com mais alento. Acredito muito, nos nossos jovens e em grande parte da nossa classe empresarial, no dinamismo que apresentam, na coragem e na capacidade de inovação que demonstram.” Crédito: a desilusão “Tenho mais de duas décadas de gestão bancária, suportada numa sólida formação em Direito, facto que, sempre foi muito importante para o meu desenvolvimento profissional e para manter incólume, uma visão abrangente, legalista, humanista e, não, uma perspectiva meramente economicista e redutora dessa atividade. Procurei ter sempre presente, que a atividade bancária, é uma profissão com uma componente social relevantíssima, se for exercida dentro de modelos equilibrados de boa gestão, atitudes comportamentais irrepreensíveis e critérios de análise prudencial. É, igualmente, imprescindível, uma regulamentação eficaz e uma supervisão atuante e disciplinadora de modo a que nunca se gere um sentimento de impunidade perante atuações dolosas ou negligentes, excessos de voluntarismo comercial, comissionamentos espúrios e metodologias de trabalho desgastantes para colaboradores que, ocasionalmente, levam ao tratamento de um cliente como objetos e não como pessoas. Muitas vezes, estas esquecem-se que a atividade bancária é, essencialmente instrumental, visando proporcionar aos diversos agentes económicos, um bem, um benefício; tem, também, uma componente de risco, não negligenciável, pelo que se justifica sempre uma análise preditiva, um dever de informação rigoroso e permanente, de modo a que se possam tomar decisões conscientes. Infelizmente, tal nem sempre acontece e, também, por essas razões, pretendo desenvolver este conceito inovador e multidisciplinar de “Banking Advisory”, de Conselheiro do cliente, no apoio à tomada de decisões racionais e devidamente fundamentadas, numa perspectiva de integridade, transparência e compromisso”, refere o nosso interlocutor. Os Bancos, como empresas que são, visam o lucro, mas não deixam de desempenhar um papel socialmente preponderante. “Quantas pessoas tiveram acesso à compra da sua própria casa com o apoio bancário? Quantos empresários tiveram sucesso porque em determinada altura houve um banco que acreditou no seus projetos? Mesmo ao nível da empregabilidade, quantas famílias não dependem da banca? É preciso ter a noção de que a banca é um dos grandes motores da economia, e, por isso, deve interagir de forma transparente, mas comprometida, com a economia e com a capacidade dos

nossos empresários criarem valor, por vezes em condições adversas, sendo, muitos deles, verdadeiros heróis por conseguirem sobreviver com a brutal carga fiscal que sofrem e com os constrangimentos financeiros do país. E, relativamente aos particulares, impõe-se uma pedagogia, uma lógica de proximidade e uma relativa flexibilidade com os dramas que se vivem atualmente, com famílias a passar enormes dificuldades, com a redução da sua capacidade de compra, de consumo, de endividamento, e com situações endémicas de desemprego. E, não vou, pela via mais fácil, ou seja, atribuir as culpas ao exterior, pois, os maiores responsáveis somos nós. Cada um de nós teve uma quota-parte de responsabilidade, em relação às dificuldades que se vivem atualmente, apesar de alguns terem tido, naturalmente, uma responsabilidade acrescida, pelas funções que desempenhavam ”. Por outro lado, não devemos omitir que a banca, realmente, evoluiu e hoje temos a capacidade de aceder a muitos dos seus serviços, 24 horas por dia, 7 dias da semana. Existem ATM’s espalhadas por todo o lado, há dependências bancárias nas mais recônditas localidades, e a “revolução tecnológica” permite o “impensável” há alguns anos atrás. “Mas tudo isso teve um preço. Em primeiro lugar, levou à redução dos quadros bancários porque de facto a tecnologia concorre com a pessoa humana, afirmando-se como uma “alternativa”. Esta evolução tecnológica tornou a banca um pouco mais impessoal. Nas últimas duas décadas a complexidade dos produtos e serviços bancários aumentou, mas não foi acompanhada por uma regulamentação que a controlasse e por uma evolução da literacia financeira e bancária por grande parte dos cidadãos. A entidade de supervisão, por vezes, não agiu, colocando alguma contenção, impondo algumas barreiras a práticas bancárias que foram e são absolutamente condenáveis. Não há inocentes em todo este processo, estou a referir-me ao quase forçar o crédito em muitas situações, ao conceder crédito para comprar ações, à própria gestão de contas de cheques pré-datados que é uma autêntica perversão em relação à verdadeira essência do cheque que, é um meio de pagamento à vista. Transformálo num meio de pagamento a prazo é

desvirtuar essa essência e essa vocação do cheque”. De acordo com as palavras de António Araújo, não existiram políticas de crédito que protegessem os cidadãos e as empresas e estimulou-se, de uma ou outra forma, o recurso quase ilimitado a esses financiamentos. A banca tornou-se, portanto, “numa máquina de fazer dinheiro”. Se é verdade que os resultados da banca, hoje, são mais diminutos, não menos verdade é o facto de que, durante anos, muitas instituições tiveram lucros faraónicos. Usouse e abusou-se dos comissionamentos, sem limites, sem coerência e sem justificação. E nesse entretanto, o que aconteceu? O legislador não regulamentou, quem poderia exercer pedagogia junto dos consumidores não o fez, quem podia trazer alguma contenção a práticas desenfreadas de campanhas comerciais, em que só interessava fazer números, também não agiu. Assim, as pessoas foram transformadas em objetos de lucro, em números para cumprir objetivos comerciais e as exigências que dentro das próprias instituições financeiras se faziam aos colaboradores eram tantas que estes, para defenderem os seus postos de trabalho e a sua imagem, dentro da organização, iam alinhando. Infelizmente, assistimos a situações em que o gestor comercial da banca abordava o cliente e pedia-lhe, em desespero de causa, para o ajudar a cumprir determinado objetivo. E portanto, tudo isto contribuiu para um ciclo totalmente contrário ao que devem ser as boas práticas bancárias e ao incumprimento das normas comportamentais e prudenciais que a regem. Ultrapassaram-se os critérios elementares de razoabilidade para aquilo que devem ser os limites para o endividamento dos particulares e empresas… Houve, parafraseando Eça de Queirós, “um fartar vilanagem”. Valeu quase tudo, vendeu-se mal, estimulou-se o consumo desenfreado. Ninguém, em determinada altura, agiu para conter este descalabro e o resultado destes excessos, estão à vista de todos.” Mas afinal, quem são os responsáveis pelo encerramento de muitas empresas? Quem são os responsáveis por existir um tecido empresarial incumpridor? Quem, no fundo, falhou? As perguntas foram colocadas e António Araújo, reconhecendo a complexidade da resposta, afirmou: “A meu ver, as omissões de alguns responsáveis pelas entidades de supervisão e de algumas

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administrações dos Bancos contribuíram para esta situação. Por outro lado, o legislador não regulamentou o suficiente e nem sempre zelou pelo cumprimento de normativos. Mas, também, não deixo de colocar uma boa parte da responsabilidade de tudo o que aconteceu nas mãos dos consumidores, pois aceitaram e deixaramse envolver demasiado pelo imediato, pela irracionalidade e pela ausência de ponderação na tomada de decisões. Foram viagens financiadas, consumos desenfreados e quando se restringiu o crédito, as coisas complicaram-se”. De salientar é, também, o facto de existirem evidências de que os portugueses têm vindo a perder poder de compra desde o ano 2000. As pessoas que identificaram esse dado foram, na altura, apelidados de profetas da desgraça, de velhos do Restelo e não houve ninguém que agisse perante todos os dados e relatórios que apontavam nesse sentido. E quando o negócio e o lucro falavam mais alto, a banca desumanizou-se. Forjaram-se avaliações de imóveis para que o crédito obtido permitisse comprar as mobílias e os electrodomésticos; criaramse créditos à habitação por 40 ou 50 anos. Imagine-se, quem é que na plena posse das suas capacidades físicas e mentais se vai endividar por 50 anos? A nossa vida é volátil, somos finitos por natureza, como podemos nós assumir um compromisso por 50 anos? Não se aprendeu com os erros do passado, falhamos repetidamente. Se a banca, por um lado, por razões tecnológicas, se tinha tornado mais impessoal, por outro, houve uma febre, um verdadeiro tsunami de campanhas comerciais e de vendas a qualquer preço e a qualquer custo. Atingimos uma posição, de facto, quase sem retorno. Daí as desgraças: o crédito mal parado, as imparidades... e, repare, a sociedade é preconceituosa, há um estigma enorme do ponto de vista pessoal e social para quem está desempregado e não paga os seus compromissos. Esse estigma existe, mas, na verdade, nem todas as pessoas que cumprem os seus compromissos, estão inocentes, nem todas as pessoas que não cumprem, são desonestas.” Mas, que soluções para se inverter esta tendência? Todos nós deveremos repensar o nosso posicionamento perante estes temas e aprender com os erros, criando um novo paradigma. Da minha parte, implementei, em Portugal, este conceito de banking advisor porque considero importantíssimo o apoio às pessoas e aos agentes económicos, na sua relação com a banca. Deve, também, existir uma maior complementaridade entre empresas e empresários, e uma maior partilha de informação porque o segredo já não é mais a alma do negócio. O factor crítico de sucesso no negócio é, agora, a informação. Quem a tem, está em melhor posição de competir no mundo globalizado e nós estamos num ponto em que desapareceram as chamadas “zonas de conforto”. Mas, também, nunca existiram tantas oportunidades. Há que saber aproveitá-las e, com isso, alavancar o nosso progresso. O desafio será permanente! Lembremo-nos que, apesar de andarmos um pouco perdidos, em tempos de crise, sempre conseguimos superarmo-nos, mas agora é hora de definirmos a nossa identidade e para isso é necessário focarmo-nos em 4 ou 5 objetivos estratégicos que, a meu ver, são: o Mar, a Lusofonia, o Turismo, a capacidade para atrairmos investimentos e a vocação para descobrirmos “novos mundos” através

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da internacionalização das nossas empresas. Mas temos de mudar de atitude. Para o nosso entrevistado, importa seguir bons exemplos que nos devem inspirar, como é o caso, entre outros, de Cristiano Ronaldo. O jogador tem um dom, é certo, mas tem também a capacidade de ser o primeiro a chegar aos treinos e empenhar-se ao máximo. É exigente e um perfecionista e quer sempre ir mais além. “É disso que precisamos! Em cada área de atividade, temos de trabalhar com dedicação. Temos de nos esforçar, de procurarmos todos os dias ser melhores. O sucesso dá muito trabalho!”, afirma. AF Araújo & Associados SA António Araújo é Administrador da empresa que criou há cerca de seis meses e pretende contribuir para a formação de um cluster, económico e financeiro. Colocar bancos, empresas e particulares, com objetivos partilhados, sentados à mesma mesa, em conjugação de esforços. Mas, afinal, como começou tudo isto? “A empresa AF Araújo & Associados surge

no seguimento do meu regresso a Portugal, depois de ter passado alguns anos em Angola onde ajudei a fundar o BCP em Angola e pertenci ao Conselho de Administração de um Banco angolano”. O projeto estava desenhado mentalmente, já há alguns anos, e consistia em criar uma empresa com duas vertentes: por um lado, promover a literacia financeira das pessoas e do tecido empresarial, e, por outro, aconselhar permanentemente as empresas e as pessoas, junto da banca, através de interlocutores especializados, promovendo decisões racionais e conscientes. Neste caso concreto, a A. F. Araújo & Associados SA., aponta caminhos e soluções, descrevendo as suas vantagens e inconvenientes. Procura identificar os instrumentos financeiros mais adequados para o apoio a determinado investimento, por exemplo. “Mas identificamos também as melhores opções para a rentabilização de ativos, de remuneração de poupanças, no sentido da adequabilidade desses investimentos ao perfil das pessoas e das metas que perseguem. Informar o cliente, por

exemplo, sobre quais os riscos associados a determinados produtos, procurando minimizá-los, adoptando mecanismos de prevenção que permitam às empresas progredirem com sustentabilidade e aos particulares, tomarem decisões conscientes”. O conceito de banking advisory tem, na sua génese, a vontade de António Araújo participar e contribuir para que exista um relacionamento mais sério, mais equilibrado, mais consciente e ponderado entre as empresas/cidadãos e a banca. Mas o que é Global Banking Advisory? “É um conceito baseado no compromisso e na criação de valor para o cliente. Pretendemos ser verdadeiros Conselheiros e Profissionais que acompanham as empresas e as pessoas durante todas as fases, não apenas no momento da tomada de decisões, mas, também, na fase da sua implementação, acompanhando o processo e os resultados. É uma lógica de absoluto compromisso! Isto significa que “estamos ao lado destas pessoas/empresas”. Ter noção dos riscos e das suas variáveis, até à tomada de decisões que sejam baseadas em conhecimento e informação relevante. Este é um grande fator diferenciador naquilo que é o Global Banking Advisory, mas existem outros fatores diferenciadores... É, também um conceito multidisciplinar! É que, para além da banca, nós apoiamos também as empresas na gestão de pessoas, na redução e na racionalização da sua estrutura de custos, no redimensionamento eventual do seu quadro de pessoal e na formação do mesmo, entre muitos outros serviços essenciais”. Trabalhando em sistema de outsourcing, importante também para a redução de custos, o sistema de trabalho da AF Araújo & Associados SA. baseia-se na adesão a um contrato de prestação de serviços, numa lógica de médio e longo prazo e, de facto, “ao apoiamos a tomada de decisões, por vezes, temos credenciais dos próprios clientes, que nos permitem negociar diretamente com a banca, condições para aplicações financeiras, comissões, propostas de financiamento e apoios à internacionalização. Temos, portanto um serviço diferenciado em que cumprimos escrupulosamente todas as normas prudenciais e comportamentais emanadas do Banco de Portugal e tudo aquilo que são os critérios de boa gestão, de rigor, de bom senso, de seriedade, de ponderação e de equilíbrio”. Aliado a tudo isto, a AF Araújo & Associados tem sempre um critério e uma lógica: aproveitar, em cada momento, aquilo que são os principais ativos do cliente, controlando e prevenindo os principais riscos. Um conceito inovador, é certo, mas que rapidamente se tornará indispensável ao nosso tecido empresarial e às nossas autarquias porque, no fundo, ter um “advisor” para os seu negócios é tudo aquilo que um empresário pretende, não só para gerir riscos, mas, sobretudo, para os prevenir. Eis algumas das áreas de intervenção da empresa: •Organismos Corporativos Autarquias e Fundações; •Protocolos de Prestação de Serviços, com associações empresariais; •Apoio à Internacionalização de Empresas; •Soluções para Particulares / Afluents; •Soluções Private Banking e Asset Management; •Apoio Personalizado à Imigração (vistos Gold); •Soluções para PME’S Linhas de Apoio; •Soluções para o Segmento Corporate; •Responsabilidade Social da Empresa; •Membro efetivo de diversas Câmaras de Comércio internacionais; •Facilitador de negócios entre empresas; •Consolidação e reestruturação de endividamento de empresas, particulares e Autarquias.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

A internacionalização deve ser um processo sustentado A procura de novos mercados está na ordem do dia para as empresas portuguesas, a Market Access existe para as ajudar. internacionalização, seleção de mercados, estudos de mercado, identificação e selecção dos potenciais clientes internacionais, organização e acompanhamento de missão comercial, apoio em feiras internacionais, missões inversas de compradores internacionais, representação local. De uma forma mais continuada assumimos o serviço comercial internacional, prospeção e acompanhamento, permitindo aos nossos clientes externalizar esta competência e passar a dispor de um especialista em cada mercado. Mas, acima de tudo, oferecemos conhecimento específico, total dedicação e absoluta confidencialidade. O que vos distingue da concorrência? Não gosto de chamar concorrência às outras entidades que desenvolvem este tipo de atividade. Entendo que somos apenas atores diferentes no mesmo negócio, cada qual com as suas especificidades e competências distintivas. Não sei com detalhe tudo o que nos distingue, mas sei o que nos caracteriza. A Market Access é uma empresa totalmente especializada em negócio internacional. Não somos, nem pretendemos ser, uma empresa de consultoria generalista. Dedicamos todo o nosso esforço e recursos ao desenvolvimento das melhores soluções para as necessidades de internacionalização dos nossos clientes. Temos múltiplas valências, queremos desenvolver ainda mais competências, mas todas elas no domínio do negócio internacional. Não existem dois projectos iguais. Cada empresa tem o seu ADN. Compete-nos compreender os objetivos de cada cliente, aconselhá-lo, desenhar e implementar um projecto de internacionalização à sua medida.

RUI SOUSA

Engº, Managing Partner

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omo tem sido a evolução da Market Access? Ao longo dos últimos oito anos, temos apoiado empresas a ter sucesso no mercado global. A generalidade do tecido empresarial português tem muito a ganhar se tiver apoio especializado dedicado para ter acesso aos mercados internacionais. Uma empresa pode ser excelente a conceber e a fabricar um determinado produto e não ter as competências necessárias para o divulgar, promover ou encontrar clientes. Ninguém é

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bom em tudo e ninguém conhece todos os mercados, mesmo os mais fortes. A Market Access presta apoio especializado em processos de internacionalização, permitindo às empresas terem sucesso mais rapidamente. Já apoiamos mais de 300 empresas, já realizamos mais de 200 missões empresariais individuais ou de grupo, dos mais diversos setores de actividade e para múltiplos mercados. A Market Access é uma empresa de consultoria e assessoria em negócios internacionais. Que serviços oferecem aos vossos clientes? Mais do que clientes são parceiros. O seu sucesso é o nosso sucesso. Os nossos serviços são muito variados. Vão desde a elaboração de planos de

De que recursos dispõem para dar resposta a solicitações tão diversificadas? A Market Access dispõe de uma rede muito alargada de correspondentes internacionais. Atualmente actuamos em mais de 30 países, maioritariamente com recurso a esses parceiros locais. O conhecimento dos mercados locais, da cultura de negócios, dos agentes decisores e o domínio da cultura sociológica de cada mercado é fundamental para apoiarmos eficazmente os projectos de internacionalização dos nossos clientes. Fazer negócios no Qatar ou na Rússia não é igual a fazer negócios em Marrocos, Brasil, Moçambique, França, México ou Japão. São todos diferentes. A nossa rede internacional capacita-nos para prestar o melhor serviço em cada região, tendo em conta as características específicas de cada mercado e os objectivos e as valências de cada um dos nossos clientes. Capacita-nos para propor os mercados que consideramos mais adequados a cada situação. Capacitanos para os apoiar sempre e em tempo real.

Connosco, e se assim o entender, o nosso cliente nunca está sozinho no mercado. Temos uma excelente equipa de trabalho que reúne um mix de competências que considero complementares e de extrema importância para o sucesso dos projectos de internacionalização. Aliamos uma profunda competência técnica em negócio internacional com uma vasta experiência prática no mundo industrial. Entendo que compreender os aspectos práticos da actividade dos nossos clientes – comerciais, operacionais, técnicos ou logísticos - pode ser decisivo para procuramos as soluções que melhor se adequam à sua realidade. Quais os erros ou dificuldades mais comuns nos processos de internacionalização? Impaciência, esperarem resultados de curto prazo. Um processo de internacionalização é isso mesmo, um processo. Podem acontecer surpresas positivas, mas o mais usual é demorar algum tempo a conquistar a confiança dos potenciais clientes. Outro aspecto é a dificuldade em entender a cultura de negócios dos diferentes mercados e julgar pelos padrões culturais portugueses. E, por fim, exiguidade de recursos financeiros e de organização. Que conselho daria aos empresários? Sejam audazes, mas com prudência. Partam para os mercados com assistência, assessorados por quem os conhece e vos conhece. Ganham tempo e poupam muito dinheiro. A Market Access tem a pretensão de se afirmar no mercado internacional? Claro que sim. Temos o nosso próprio plano de internacionalização. Sinceramente é um gosto enorme ajudar a internacionalização de empresas portuguesas, ajudar o país a crescer para fora. Mas estamos convictos que, assim como existem muitas empresas portuguesas extraordinárias a crescer no mercado internacional, também a Market Access, fruto da excelência dos nossos serviços e com a estratégia de internacionalização adequada, vingará no mercado global.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

GO GLOBAL – Business Experts A internacionalização é um desafio. A GoGlobal existe para o ajudar a alcançar o sucesso. e Fernando Oliveira e Silva já possuem uma vasta experiência na área da banca de investimento e no apoio à internacionalização. “Iniciamos este serviço há cerca de 5 anos. O mercado reagiu bem, tivemos sucesso. Assim sendo, achamos que fazia todo o sentido fundar a GoGlobal de forma a estruturar os nossos serviços e constituir uma equipa pluridisciplinar nas áreas de internacionalização, marketing, e-commerce e financiamento”, afirma o nosso interlocutor.

RODRIGO PASSOS

Diretor da Go Global

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GoGlobal assume-se como “facilitador de negócio, que através da nossa rede internacional de parceiros, promove o acesso aos mercados, tendo como objetivo potenciar as vendas dos nossos clientes”, refere Rodrigo Passos, diretor da empresa. Apesar de ser uma empresa jovem, “com cerca de dois anos e meio”, os seus sócios-gerentes Rodrigo Passos

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A primeira abordagem de uma empresa a um mercado novo não deve ser feita aleatoriamente, sem bons contactos, de preferência com parceiros experientes do país alvo. Este primeiro passo pode fazer toda a diferença entre o sucesso ou o insucesso. Rodrigo Passos sublinha a importância do primeiro contacto no mercado em que se quer internacionalizar, com um exemplo. “Neste momento estamos a ajudar uma empresa a entrar no mercado alemão e o primeiro contacto é feito através de um interlocutor nativo e com experiência relevante no setor do nosso cliente. Existem barreiras culturais informais, por assim dizer, que convém serem ultrapassadas. Por isto é que é muito importante que o contacto inicial seja realizado por uma pessoa local e com perfil comercial”. As empresas não são todas iguais, por isso o leque de serviços oferecidos tem que ser alargado. “Não nos limitamos a vender apoio comercial nos mercados externos. Nós também acrescentamos valor a montante. Como o nosso alvo são as pequenas e médias empresas e estas, por norma, não têm um departamento para a internacionalização ou de marketing estruturado, têm dificuldade na preparação da colocação do produto no mercado. Isto acontece porque estão habituados ao mercado interno, nunca saíram da sua zona

de conforto. Lá fora tudo é diferente. Posto isto, nós oferecemos serviços que vão desde a avaliação do potencial de cada mercado, até ao pricing, material promocional, etc. Dependendo do grau de maturidade do nosso cliente o nosso trabalho pode ir até ao ponto de fazer uma tabela de preços, o catálogo de produtos, por aí fora”. Ou seja, a ação levada a cabo é adaptada às necessidades dos clientes, atendendo às especificidades dos mesmos. Para melhor auxiliar os seus clientes a GoGlobal conta com uma rede desenvolvida de parceiros com um conhecimento especializado em diferentes indústrias e diversos países.“O nosso valor acrescentado a jusante é a nossa rede de parceiros, com contactos locais privilegiados e um conhecimento profundo do mercado. Sobretudo porque são pessoas nativas, que falam a língua (ex.: países de leste, Rússia, Turquia, etc.), explica o sóciogerente da empresa. “No fundo somos o departamento de internacionalização dos nossos clientes em regime de outsourcing, que os acompanha no mínimo ao longo de 2 anos”, conclui. Actualmente encontra-se a apoiar mais de 20 empresas de setores tão variados como têxtil, calçado, software, joalharia, vinhos, mobiliário, distribuição, tintas, turismo, etc. Em relação a oportunidades de negócio em mercados internacionais, Rodrigo Passos refere que “Para além da pesquisa de mercado que fazemos, nós recebemos feedback constante da nossa rede de parceiros acerca de oportunidades de negócio, por exemplo em Moçambique detetamos a necessidade em construção e materiais, metalomecânica, mobiliário para escolas, universidades; na Turquia - têxtil, construção e infra-estruturas, pedra natural,

agro-alimentar, TIC, componentes para a indústria automóvel, energias renováveis e saúde ou na Argélia - construção e materiais, distribuição, moldes de injecção, energia e ambiente.” De forma a apoiar o financiamento dos projetos de internacionalização dos seus clientes, a GoGlobal associou aos seus serviços a realização de candidaturas a projetos do QREN. Rodrigo Passos explica que “existem também outras formas de apoio financeiro, nomeadamente fundos de capital de risco. O problema é que em Portugal não há muito a tradição do empresário partilhar ou abrir mão do seu capital. Prefere a banca porque implica maior autonomia na gestão financeira da sua empresa, apesar das fortes restrições atuais no acesso ao crédito bancário. Por isso é que os fundos Europeus do próximo quadro 2014-2020 serão um instrumento ideal para financiar novos projetos de internacionalização e contamos com a nossa experiência nesta área para apoiarmos os nossos clientes no futuro”. Para além disto, a GoGlobal também ajuda a encontrar financiadores privados. “Recentemente fomos contactados por uma empresa que está à procura de um investidor para concluir um projeto em Moçambique. E nós temos, devido aos nossos contatos, possibilidade de procurar e arranjar financiadores nacionais ou estrangeiros”, explica o nosso interlocutor. No fundo a GoGlobal ajuda, dentro das suas competências, a encontrar o melhor caminho para a internacionalização e aumento de vendas. O sucesso dos seus clientes é o sucesso da empresa. Esta política da excelência do serviço prestado está patente no modo como os serviços são cobrados, visto que “indexamos os nossos honorários ao sucesso internacional dos nossos clientes”.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

CodeOne – Sistemas de Identificação e

Processamento de Dados

A CodeOne distingue-se, já há dez anos, no mercado de desenvolvimento de soluções para recolha e identificação automática de dados. O País Positivo esteve à conversa com Carlos Figueiredo, diretor da empresa.

CARLOS FIGUEIREDO

Diretor da CodeOne

CARLOS FIGUEIREDO

Diretor da CodeOne

C

arlos Figueiredo começa por explicar que a CodeOne representa a continuação de um projeto antigo, num setor de mercado que conhece verdadeiramente. Na verdade, movimenta-se nele desde 1989. Ao longo do

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seu percurso profissional, Carlos Figueiredo teve oportunidade para adquirir e desenvolver importantes e diversas competências técnicas, trabalhando ao serviço de diferentes empresas, caminho que lhe permitiu agudizar ainda mais o seu espírito empreendedor. Foi sócio em alguns projetos, mas jamais se afastou deste ramo de atividade. O diretor explica que o core business da empresa, pela natureza do seu portefólio de produtos, está direcionado para um nicho de mercado. “Vendemos ferramentas que permitem incrementar o nível de produtividade dos nossos clientes, disponibilizando-lhes equipamentos

e soluções informáticas. Tentamos cobrir todas as áreas necessárias à implementação destes projetos, desde o fornecimento do equipamento, passando pelo software e depois pelo suporte e manutenção. Ou seja, trabalhamos com tudo o que seja recolha automática de dados em ambiente móvel e profissional. Muitos poderão considerar que se trata de equipamentos parecidos com os PDA, mas, na verdade, os nossos produtos destinam-se à recolha automática de dados, realizada num ambiente puramente profissional (por exemplo: os códigos de barras, tecnologias de RFID, robustez adequada, entre outras) Disponibilizamos soluções específicas para que os colaboradores de uma empresa, trabalhando em ambiente móvel, possam interagir diretamente com o sistema de gestão. Desta forma, os colaboradores poderão utilizar ferramentas informáticas com funcionalidades semelhantes às de um computador e evitar a duplicação na introdução de dados. Contribuímos para que as pessoas trabalhem num dispositivo informático que lhes permita interagir, em tempo real ou não, com o sistema central, de forma remota”. Para ficarmos a perceber melhor o que a CodeOne tem para oferecer, Carlos Figueiredo exemplifica da seguinte forma: “Em ambiente de armazém, por exemplo, utilizam-se equipamentos robustos, integrados com uma aplicação e que permitem receber instruções, em tempo real, sobre a movimentação da mercadoria. De certa forma, os colaboradores são orientados pelo sistema informático, que os auxilia a otimizar a sua atividade e os informa relativamente ao local de levantamento de uma determinada palete, onde a têm que a colocar, para quem se destina. Esta informação é disponibilizada e validada através da utilização de processos de identificação, nomeadamente através da leitura de códigos de barras”. Acompanhando a evolução das novas tecnologias, a CodeOne procura sempre disponibilizar aos seus clientes os equipamentos e as soluções mais vanguardistas. “Neste momento já existem novas tecnologias que naturalmente facilitam muito a realização das tarefas, facto que também se reflete no aumento da produtividade. Falo, por exemplo, do voicespeaking que permite ao colaborador, através da sua voz, inserir e receber instruções controladas pelo sistema central. Estes sistemas estão preparados para reconhecer a voz do operador, adaptam-se à forma de falar da pessoa e, por instruções simples, permitem a execução dos processos”. A CodeOne prima por um contínuo acompanhamento dos projetos dos seus clientes. “Não vendemos só por vender. A nossa vasta carteira de clientes trabalha connosco há muitos anos (por exemplo: Delta, a Sumol+Compal, EDP, CTT Expresso, Nestlé, Portucel, entre outros.). Como são projetos de médio e longo prazo, merecem da nossa parte um acompanhamento contínuo. Fazemos questão de acompanhar desde a venda, passando pelo desenvolvimento das aplicações

– esta é a parte fundamental -, até ao suporte e à manutenção do hardware. Se o projeto não for rentável para o cliente, também não é para nós. Já tivemos experiências negativas e positivas. Temos consciência do que significa para as empresas investir num projeto desta dimensão. Estes projetos requerem que o cliente seja detentor de uma visão estratégica, que alcance a rentabilidade através do aumento da produtividade, no médio e longo prazo, mas também exigem da nossa parte um acompanhamento cuidado. É este acompanhamento contínuo que nos distingue. Em situação alguma, a CodeOne deixa de prestar o apoio necessário, auxiliando os clientes a encontrar as soluções necessárias para cada situação. Consideramos, portanto, que esta forma de trabalhar, próxima do cliente, nos diferencia e representa uma vantagem competitiva da CodeOne”. Esta filosofia de trabalho leva a empresa a analisar cuidadosamente todas as a oportunidades que surgem para internacionalizar a sua marca. O empresário esclarece que tencionam apostar no aumento de vendas para mercados internacionais, mas que a confiança que os clientes depositam na CodeOne é muito mais importante, pelo que todos os projetos são devidamente sujeitos a uma reflexão cuidada, por forma a garantir que as barreiras geográficas se ultrapassam e que, em nenhuma circunstância, o cliente se irá sentir pouco apoiado. Carlos Figueiredo sabe que “estes mercados estão com um crescimento bastante acelerado”, o que acaba por ser um enorme desafio. Porém, considera que a solução passe pelo “desenvolvimento de soluções integradas”. Consciente da rápida evolução no mercado de produtos informáticos, a CodeOne aposta também no desenvolvimento e comercialização de soluções de software que vão ao encontro das necessidades do mercado, produtos aos quais acrescenta os valores de fiabilidade e proximidade com o cliente, tão característicos da CodeOne. “Os grandes desafios hoje são a integração dos PDA`S nestes ambientes, uma maior robustez, o aumento dos ecrãs, os tablets. Tudo isto cria mais complexidade em termos de desenvolvimento, em termos de fluxo de informação. Ou seja, tem que haver um equilíbrio, pois não podemos sobrecarregar o utilizador final.” O nosso entrevistado refere que têm um projeto em curso: a plataforma Gral. “O Gral é o projeto no qual conjugamos toda a experiência adquirida nos últimos anos com os nossos clientes. É a nossa resposta na procura de soluções simples e práticas para os problemas que nos aparecem constituir grandes dificuldades”. A CodeOne preocupa-se em fornecer um serviço completo. Desenvolve aplicações profissionais seguras, para que tudo funcione. Trabalha para “criar soluções seguras, robustas, que permitam aumentar a eficácia e a produtividade dos utilizadores.

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SAÚDE

Médis, Faz bem à Saúde Fundada

em

1996, a

seguradora

Médis trouxe um novo fôlego ao mercado dos seguros de saúde. Saiba Jeroen Meijers, Diretor de Marketing da Médis, ao País Positivo.

mais na entrevista cedida por

nossa oferta de saúde. Procuramos continuamente melhorar o conhecimento dos nossos clientes para assim adaptar a nossa proposta de valor. Um exemplo recente, dirigido a clientes com maiores necessidades de proteção, foi o aumento do capital da cobertura de hospitalização na Opção 3 para 500 mil euros. No que respeita ao serviço, a Linha Médis, o Médico Assistente Médis e o site medis.pt são igualmente fatores distintivos e que ilustram o objetivo de apoio permanente e proximidade com os nossos clientes. A Médis está cada vez mais acessível, 24h por dia, em diferentes canais.

Marca mais reputada em 2013. Marca de Confiança em 2013. Marca que marca. A distinção marca a Médis? Qual a importância destes selos?

JEROEN MEIJERS

Diretor de Marketing da Médis

Nascida há 17 anos, a Médis apresenta-se como uma das melhores seguradoras no ramo saúde. Como têm sido estes anos e como se consegue chegar a este patamar?

A Médis tem crescido sustentadamente ao longo dos últimos anos e conquistou uma quota de mercado de 24,9 por cento em 2013, o que traduz um aumento de 0,5 por cento face a 2012. O volume de prémios cresceu cinco por cento enquanto no mercado esta evolução foi de apenas 2.7 por cento (valores no final do mês de Novembro de 2013). Em 1996, fomos pioneiros em Portugal no conceito de managed care. Ao longo dos anos, a Médis tem reforçado o seu compromisso com os valores de inovação, qualidade, transparência e excelência de serviço. Foi assim que crescemos, juntamente com os nossos Clientes, que são hoje cerca de 460 mil pessoas seguras. O mercado tem igualmente reconhecido este desempenho e o valor da marca Médis através de vários prémios e distinções.

A qualidade é a pedra basilar da Médis. Como se consegue transferir este mote para os seguros oferecidos pela Médis? Qualidade é justamente um dos princípios fundacionais da Médis e um vetor essencial de desenvolvimento de negócio. Ao longo dos anos, desenvolvemos e consolidámos uma Rede de prestadores de cuidados de saúde formada por especialistas e entidades de reconhecido prestígio. Outro aspeto fundamental é o desenvolvimento da

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É com grande satisfação que temos assistido ao reconhecimento pelo mercado e pelos nossos clientes. Em 2013, a Médis foi Marca de Confiança pela 5.ª vez, Superbrand pela 8.ª vez, e Marca Que Marca pela 2.ª vez. Foi ainda distinguida como Marca Mais Reputada em Seguradoras pelo Marktest Reputation Index e eleita Escolha do Consumidor em Sistemas de Saúde. Estes prémios são motivo de grande orgulho para a Médis. Adicionalmente, estudos têm demonstrado que este tipo de prémios influencia positivamente a opção dos clientes por uma determinada marca.

Quais os Planos de Saúde oferecidos pela Médis e quais as suas vantagens?

Os clientes individuais podem optar por uma das três opções disponibilizadas pela Médis. Da opção base à opção mais completa, o cliente pode decidir o nível de proteção mais ajustado ao seu ciclo de vida pessoal e familiar, assim como ao seu orçamento disponível. A maioria dos clientes subscreve a Opção 2, particularmente indicada para famílias, que prevê um leque de coberturas muito completo e com capitais elevados, às quais pode ainda adicionar a cobertura de estomatologia. A Opção 3 é a oferta mais completa do mercado, com acesso a Clinicas e Hospitais de renome Internacional, às quais pode também adicionar a cobertura de Estomatologia, e que tem um capital de hospitalização de 500 mil euros, que atualmente não está disponível em nenhum outro produto do mercado. Para o segmento sénior, a Médis criou os planos Vintage e Vintage Plus. Estes são seguros de saúde e não cartões de desconto, com acesso à Rede Médis e capitais para coberturas de hospitalização e ambulatório. O plano Vintage Plus diferencia-se pela existência de uma cobertura de doenças Graves com um milhão de euros.

As empresas também não são esquecidas pela Médis e também para este caso existem ofertas exclusivas. Em que consistem e quais são as mais-valias? A Médis tem também planos específicos para empresas com três ou mais colaboradores. Estes

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SAÚDE

correspondem a quatro opções standard, que vão desde a hospitalização até uma opção mais abrangente, com mais coberturas e capitais mais elevados. Nos casos em que a empresa escolhe a cobertura de parto, a Médis disponibiliza um limite específico que não afeta o capital de hospitalização, o que não acontece na oferta de vários concorrentes. Para além das opções standard, existe sempre a possibilidade de definição de planos à medida para empresas de maior dimensão que pretendam soluções mais customizadas.

Médis é muito mais do que um seguro de saúde, é antes um agente promotor de saúde. Neste sentido, muito se tem investido em serviços e produtos complementares, como é o caso das parcerias com ginásios. Qual o posicionamento nesta área? Os clientes Médis têm à sua disposição uma Rede de Saúde & Bem-Estar, com cerca de 800 parceiros em todo o país, onde podem beneficiar de condições preferenciais. É uma rede muito diversificada, que abrange health clubs, nutrição, estética, preparação para o parto e muitos outros serviços relacionados com o bem-estar. À semelhança do que acontece nos Serviços Médicos, o Guia da Rede de Saúde & Bem-Estar está disponível em medis.pt. É uma área que a Médis prevê continuar a desenvolver.

Portugal tem-se afirmado no panorama turístico internacional, mas há ainda nichos de mercado a serem explorados, como por exemplo o Turismo de Saúde. Neste caso específico, qual será a oferta da Médis?

Neste momento, a Rede de Saúde & Bem-Estar inclui parceiros com ofertas para o turismo de termas. O turismo saudável, pelo seu alinhamento com o posicionamento da marca e proposta de valor da Médis, é uma potencial área de desenvolvimento futuro.

Numa altura em que tudo o que é alternativo ganha mais destaque, a Médis aposta também nesta área?

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As chamadas terapêuticas não convencionais, como a acupuntura e a osteopatia, incluem-se na Rede de Saúde & Bem-Estar. Os clientes Médis beneficiam de condições especiais nos parceiros que prestam estes serviços.

A rede de Saúde e Bem-estar é uma maisvalia para os clientes Médis? De que forma têm conseguido criar mais prestadores para a vossa rede? Acreditamos que esta rede é uma mais-valia e que continua a ter um grande potencial de desenvolvimento. Apostamos continuamente na expansão desta oferta, que pretendemos cada vez mais adequada às preferências dos nossos clientes. Temos sido bem-sucedidos nesta abordagem a novos parceiros, que acolhem muito positivamente a sua associação à marca Médis. Esta é apenas uma das formas de demonstrar que a Médis quer estar cada vez mais presente no dia-a-dia dos seus clientes, e não apenas caso de necessidade, contribuindo ativamente para a melhoria do seu bem-estar e estilo de vida.

Muitas medidas têm sido levadas a cabo pela Médis a fim de criar mais e melhores hábitos de saúde. Pretende indicar algumas delas? A Médis tem desenvolvido diferentes atividades que demonstram que pretende ser um participante ativo na promoção de hábitos saudáveis. Tem apoiado várias iniciativas relacionadas com a prática regular de exercício físico, nomeadamente a corrida, uma modalidade que reúne um número crescente de adeptos em todas as faixas etárias. No último verão lançámos a iniciativa Médis Summer Tour, que durante 35 dias percorreu 50 praias de norte a sul do país. Procurámos, de uma forma divertida e inovadora, chamar a atenção dos veraneantes para o valor da alimentação saudável, da hidratação e dos cuidados a ter para evitar o excesso de exposição solar na época balnear. Pensando nas crianças e num futuro mais saudável, lançámos a página Médis Kids no facebook, que em

poucos meses atingiu 12 mil fãs. Temos também vindo a apoiar a Corrida da Criança, uma iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, a quem também nos vamos associar como patrocinador principal no projeto Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável 2013/2014.

A Médis vai, realmente, além dos cuidados de saúde… É a aposta no prevenir para não remediar?

Médis, Faz Bem à Saúde. É a nossa assinatura desde 1996 e significa que promovemos ativamente hábitos de vida saudável, numa lógica de prevenção e não apenas curativa. Os nossos clientes sabem que podem contar com a Médis em caso de necessidade médica, através da Linha Médis ou dos seus prestadores da Rede nacional ou internacional. Mas estamos certos que hoje sabem que o nosso propósito é também contribuir para a sua saúde e bem-estar, hoje e no futuro. O headline da última campanha de comunicação que lançámos no final de 2013 ilustra exatamente este conceito – Estar Bem É Estar Médis.

Quais são as perspetivas e projetos da Médis para 2014?

A Médis irá prosseguir uma estratégia de crescimento baseada na diferenciação e inovação da sua oferta. Apostaremos no desenvolvimento de novas soluções que se

adaptem às necessidades específicas dos diferentes segmentos e pelo alargamento dos serviços prestados aos nossos clientes cada vez mais suportados em canais digitais. Continuaremos a trabalhar para alargar os benefícios e vantagens de ser Cliente Médis, tanto no que respeita à nossa rede de cuidados de saúde como em outras vantagens para o seu dia-a-dia. Para tudo isto, continuaremos a apostar em estar cada vez mais próximo e em conhecer os nossos clientes.

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SAÚDE

Saúde para todos,

inovação garantida Os

genéricos representam uma força viva no mercado nacional e ganham cada vez mais quota de mercado.

ao medicamento, os genéricos enfrentam hoje desafios reforçados rumo ao futuro.

Com

a missão de democratizar o acesso

Moisés Apura, diretor-geral da Ciclum Farma, é um dos rostos Sob a alçada da alemã Stada desde 2005, a Ciclum Farma exibe um vasta gama de produtos, apta a responder às mais variadas necessidades terapêuticas, e assume-se como um parceiro de confiança dos portugueses. por trás desta luta e uma voz ativa na defesa de um mercado mais competitivo e transparente.

convicções fortes, que quer trazer mais inovação ao mercado dos medicamentos em Portugal.

Qualidade e confiança reforçadas

MOISÉS APURA

Diretor-Geral da Ciclum Farma

C

riada em 2000, a Ciclum Farma assume-se hoje como um player de peso no competitivo mercado dos medicamentos genéricos. Desde 2005 que se encontra sob a chancela de um dos maiores laboratórios farmacêuticos do mundo – a alemã Stada. Esta união alargou o portfólio de fármacos da empresa e aumentou o seu compromisso com a saúde.

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A juventude da Ciclum Farma aliada ao percurso centenário da Stada concretiza-se em inovação permanente e competitividade no mercado. Presente em 34 países, o compromisso desta multinacional é tornar os medicamentos acessíveis ao maior número de pessoas, a preços baixos e com elevada qualidade, reforçando os ganhos em termos de saúde pública e de qualidade de vida. Na liderança deste projeto em Portugal encontra-se Moisés Apura, um homem de

Com a generalização do uso dos genéricos, Moisés Apura declara que hoje os portugueses têm “confiança reforçada na qualidade destes medicamentos”. Tudo isto porque as empresas farmacêuticas e as comunidades médica e farmacêutica se esforçaram para desmistificar o recurso a este tipo de fármacos. “A única diferença entre medicamentos de referência e genéricos consiste na marca e no investimento inicial de investigação e desenvolvimento. Quando uma marca consegue trazer para o mercado um medicamento significa que já se passaram anos, milhares de euros investidos em investigação e testes de segurança e qualidade. Daí existir proteção de patente durante 20 anos, para que a empresa consiga obter retorno desse investimento. No entanto, quando essa proteção termina, as outras empresas farmacêuticas passam a poder utilizar aquelas substâncias ativas na produção de medicamentos genéricos”. Porque ficam mais baratos, então, os genéricos? “Simplesmente porque não têm que transferir para o genérico o custo inicial da investigação e desenvolvimento que levam à produção de um m e d i c a m e n t o ”. Ou seja, um medicamento genérico é precisamente o mesmo que um medicamento

de referência, sujeito exatamente às mesmas regras de avaliação e garantindo os parâmetros de qualidade e segurança exigidos.

Transparência exige-se!

A experiência neste setor garante a Moisés Apura autoridade reforçada. Por isso, o responsável pela Ciclum Farma não hesita na hora de exigir “transparência no mercado de genéricos e não descriminação na aprovação do preço máximo. A legislação atual obriga a que cada novo medicamento genérico da mesma substância tenha um preço máximo aprovado cinco por cento inferior ao que lhe precede, contribuindo para uma descriminação negativa. O medicamento com preço superior tem maior margem para dar mais descontos comerciais à farmácia e induzir a dispensa deste em detrimento do mais barato”. Moisés Apura declara respeitar e defender a legislação portuguesa, que responsabiliza o utente pela escolha do seu medicamento, “mas quando se coloca na mão do proprietário da farmácia a vontade de ter disponíveis os medicamentos genéricos de preços mais baixos, o utente deixa de ter oportunidade de escolha imediata na hora de aviamento da receita médica”. Em grande parte das situações, os objetivos comerciais sobrepõem-se ao interesse do utente e há que atuar sobre este modelo para defender a política de dispensa do medicamento baseada no preço mais baixo e na acessibilidade universal, Independentemente das condições comerciais oferecidas. “Quando a escolha de um medicamento comparticipado pelo SNS, que tem preço e margens máximas fixadas por lei, passa por um dos mais importantes intervenientes na cadeia do medicamento com poder decisório na dispensa, a transparência poderá ser bastante afetada e com alargado prejuízo na imagem de todos os farmacêuticos que têm nobreza na sua profissão e procuram melhor servir o cidadão. É necessário que se esclareça o modus operandi de todo o circuito, caso contrário de nada adianta ter um grupo de medicamentos nos cinco preços mais baixos, porque a escolha irá ser feita

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SAÚDE

Futuro com aposta na inovação

O abaixamento contínuo de preços que se verifica hoje em dia no mercado dos medicamentos genéricos coloca em causa a capacidade de inovação da própria indústria e a existência e lançamento de novos medicamentos genéricos. Dados recentes provam que os genéricos vendidos em Portugal são os mais baratos do sul da Europa. Moisés Apura defende que a única forma de manter a acessibilidade do medicamento, garantir inovação e a sustentabilidade é apostar, entre outras medidas, na “descomparticipação de alguns genéricos”, que pelo reduzido preço atual, não justificam a comparticipação, dando flexibilidade ao Estado e margem orçamental para comparticipar medicamentos inovadores essenciais à vida e estabilizar os preços dos medicamentos genéricos. O diretor-geral da Ciclum Farma defende assim um mercado que garanta acesso universal ao medicamento, sem comprometer a Investigação &

pelo proprietário da farmácia na maioria das situações”. O diretor-geral da Ciclum Farma não hesita em apontar as fragilidades do próprio enquadramento legal. “Um dos exemplos de falta de transparência começa na Lei do Medicamento com os artigos 151.º e 158.º do Capítulo da Publicidade. O artigo 151º. admite descontos comerciais às farmácias, porque o proprietário pode ser não farmacêutico, e o artigo 158º. não permite dar aos médicos e farmacêuticos prémios, ofertas, bónus ou benefícios pecuniários ou em espécie em contrapartida de prescrição ou dispensa de medicamentos. No entanto, o INFARMED, na última Circular Informativa nº. 013/CD/8.1.6 de 17/01/2014, intitulada Descontos aos Utentes no Preço dos Medicamentos – Programas de Descontos, admite claramente todas as práticas comerciais de descontos das empresas farmacêuticas aos proprietários de farmácias com medicamentos, sejam comparticipados ou não. Esclarecedor? A própria lei está feita para proibir mas não proibindo. A farmácia pode receber mas o farmacêutico não. Transparente? É difícil fazer reformas no setor da saúde com transparência total ao arrepio dos interesses corporativos, mas estou confiante que conseguiremos se existir vontade política e agirmos preventivamente ”, assenta Moisés Apura.

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maravilhoso e com recursos humanos com um potencial inexcedível”, remata.

Produtos Ciclum Farma/ STADA: Genéricos e Marcas

A Ciclum Farma apresenta um vasto portfólio de medicamentos genéricos nas principais áreas terapêuticas: alergologia, anti-inflamatórios, cardiologia, doenças metabólicas, dor, gastrenterologia, infeciologia, pneumologia, reumatologia, sistema nervoso central e urologia. No total, engloba 87 medicamentos genéricos e 277 apresentações, representando 75 por cento do seu volume de negócio. Nos últimos três anos tem evidenciado uma aposta clara na expansão do negócio aos medicamentos de marca não-sujeitos a receita médica, suplementos alimentares e derma: Ladival (protetor solar com formula única para peles sensíveis e alérgicas, crianças e pele tatuada), Lactoflora (suplemento alimentar simbiótico para restabelecimento da flora intestinal), Magnetrans (magnésio doseado a 375mg), Mobiflex (suplemento de colagénio tipo II não desnaturado), Cetraben (hidratante inteligente com sistema “Airless Packaging Technology”), HeperPoll maça (anti-histamínico, comprimidos para chupar com agradável sabor a maça), Hirudoid (para hematomas e pernas cansadas), Elmetacin (para dores musculares, lesões traumáticas e desportivas), Mobilisin (anti-inflamatório tópico), Lactease (na intolerância à lactose), Fraldox (na dermatite da fralda) e Multilind MikroSilber (creme com uma concentração de microprata para o cuidado da pele).

Desenvolvimento vitais para gerar novas soluções e garantir mais qualidade de vida a toda a população, sem exceção. Otimista por natureza, Moisés Apura tenta remar contra o espetro de crise que se abate sobre o país e que insufla a própria indústria que o viu crescer. “Acredito sempre no futuro”, aponta. Contudo, a crise no setor preocupa-o cada vez mais e não teme afirmar que receia que “este caminho que estamos a traçar poderá resultar, em termos de saúde pública, num retrocesso de algumas décadas”. Na sua opinião, a solução tem que passar por estratégias concretas e por um consenso alargado. “Hoje é necessário que se planeie com projeção do impacto das medidas e durabilidade das mesmas mas, infelizmente, o que verifico é que não existe visão, não existe estratégia e apenas incerteza. Quero ainda acreditar que Portugal tem futuro para os jovens, porque nós somos um povo

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TURISMO DE SAÚDE

Hospital Particular do Algarve: a força de acreditar no turismo de saúde Fundado em 1996, o Hospital Particular do Algarve reúne hoje meia centena de especialidades, mais de 800 funcionários e sete unidades de cuidados de saúde. Este importante agente de turismo de saúde do país atrai, anualmente, milhares de turistas para receberem cuidados médicos nas suas unidades. O sucesso desta aposta prova, em definitivo, o potencial do Algarve enquanto destino de eleição do turismo de saúde. que contribuem significativamente para que quase metade da faturação anual do HPA tenha origem no mercado externo. A inovação tecnológica, o vasto portfólio de especialidades e a equipa médica de excelência fazem ainda deste grupo de saúde uma referência nacional a sul do Tejo e, por isso, um parceiro imprescindível para o sistema de saúde nacional.

Paradigma de turismo de saúde

Orientado para o turismo de saúde, o HPA usufrui do apelo irresistível do Algarve, das suas praias cristalinas, da gastronomia de exceção, do património histórico e artístico, da parceria com unidades hoteleiras de referência e das acessibilidades facilitadas para criar um conceito integrado que atrai turistas de todo o mundo. O vigor mediterrânico do Algarve encontra na medicina de exceção e proximidade preconizada pelo HPA o melhor parceiro para crescer enquanto destino de eleição do turismo de saúde. Preços competitivos, anonimato, infraestruturas modernas e excelente qualidade no tratamento são os padrões do modelo de turismo de saúde que o grupo HPA defende. Na área do turismo de saúde, o HPA disponibiliza completos pacotes de

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o ano em que o Hospital Particular do Algarve (HPA) atinge a maioridade, o sucesso deste projeto que une três hospitais e quatro clínicas situados entre Alvor e Faro, explica-se em três palavras apenas: “diferenciação,

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saúde, com informação fidedigna do número de dias de internamento e posterior recobro, contemplando, quase sempre, a recuperação em unidades hoteleiras locais. “Informar os pacientes com este nível de precisão garante a previsibilidade dos resultados e reforça a confiança dos pacientes”, salienta João Bacalhau. O HPA promove essencialmente seis tipos de pacotes, desde os cirúrgicos até ao Check-Up e aos Suportes Médicos em Viagem. Nos pacotes cirúrgicos englobam-se as cirurgias convencionais, as intervenções estéticas e reconstrutivas e ainda a medicina dentária. Os pacotes de Chek-Up, com especial destaque para o Check-Up Premium, permitem realizar um conjunto de exames completo num único dia. Já os pacotes de suporte de vida em viagem permitem ao cliente, em conjunto com a sua família, usufruir de umas férias retemperantes na região algarvia, garantindo o acesso ao seu tratamento regular de oncologia, de hemodiálise ou de fisioterapia.

2014: ano de apostas de crescimento

João Bacalhau não tem dúvidas: “O turismo de saúde traz gente para o Algarve, combate a sazonalidade e assume-se como um serviço altamente

inovação e qualidade”. Quem o diz é o médico, fundador e CEO do grupo, João Bacalhau. O HPA tem por objetivo prestar cuidados médicos de excelência à vasta comunidade estrangeira que escolhe o Algarve como destino de férias ou local de residência. Atrai, igualmente, através de acordos e referenciação, doentes de outros países que elegem o Algarve para realizarem os seus tratamentos. Essa vocação demonstra-se em números: mais de 100 acordos com seguradoras estrangeiras,

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TURISMO DE SAÚDE

diferenciador e prestigiante”. De 1996 até 2014, o HPA mostrou ao país um projeto ambicioso, que elege a qualidade de diagnóstico e a dedicação total ao paciente como focos de ação. Exemplo de vigor e empreendedorismo, o HPA ficou nos 50 primeiros lugares entre as 500 empresas europeias que mais crescimento e inovação demonstraram em 2012. E, apesar de estar apenas no início, 2014 promete ficar para a história. O Centro Médico Internacional de Vila Real de Santo António abrirá as portas numa zona transfronteiriça de importância estratégica vital, atuando como centro de medicina física e de reabilitação, essencialmente orientado para o desporto de alta competição, para o dano cerebral e para as necessidades dos turistas e residentes com deficiências motoras. A unidade hospitalar de Alvor encontra-se também a crescer em termos de espaço e valências. Numa altura em que faltam apenas dois anos para completar duas décadas de vida, o HPA só tem uma missão: não deixar de inovar. O Algarve agradece!

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SAÚDE

“Faro tem argumentos para se impor como destino de eleição para os turistas da saúde”

No executivo há pouco mais de três meses, o novo presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, elegeu já o turismo de saúde e bemestar como bandeira política. Faro não poupa em ambição e quer assumir-se como uma destino de referência neste setor que movimenta anualmente 70 mil milhões de euros em todo o mundo. As valências estão à vista, exige-se agora vontade de investir. Da parte da câmara farense, o ímpeto é de mobilização e desburocratização rumo a um compromisso de futuro. compreendam o real impacto e potencial deste negócio.

ROGÉRIO BACALHAU

Presidente da CM Faro

Quais os principais atrativos de Faro na rota do turismo de saúde e bem-estar? Faro dispõe de um conjunto de valências que podem fazer a diferença para os investidores, tais como o aeroporto internacional, um património histórico e cultural generoso, um centro hospitalar bem localizado no centro da cidade, equipamentos desportivos, circuitos de manutenção aptos e uma universidade com curso de medicina. Argumentos capazes de impor Faro como destino de eleição para os turistas da saúde.

E já há agentes interessados? Estamos no executivo há três meses, mas já encetámos contactos. O objetivo reside, fundamentalmente, em conseguir atrair investimento, especialmente na área hoteleira. Notamos uma forte recetividade, mas claro que um projeto com estas dimensões não se concretiza de um dia para o outro. O importante é confiar que estamos no bom caminho. É uma jornada longa, mas certeira. Queremos divulgar as nossas ideias e provar aos investidores que Faro tem potencial e que podem contar com a câmara municipal para facilitar o caminho e simplificar procedimentos. Só esperamos que a banca se assuma como um fator de mobilização e não como um entrave. Haja vontade! Porque da nossa parte, estamos ao completo dispor de todos os agentes envolvidos e contribuiremos ativamente para a efetivação deste projeto. O turismo de saúde e bem-estar constitui, igualmente, um importante contributo para ultrapassar o estigma da sazonalidade nesta região.

Mais de metade das camas do Algarve não têm ocupação fora da época alta. É imperativo criar alternativas para aumentar o nível de ocupação hoteleira e esta pode ser uma solução viável. O turismo de saúde movimenta 70 mil milhões de euros por ano em todo o mundo e o Algarve tem todos os motivos para conquistar uma parcela deste mercado.

potencial de atração? Há grande potencial em alguns países africanos e árabes, a quem podemos oferecer um serviço de qualidade destinado às franjas da população com grande poder económico. O contexto europeu é também crucial e dispomos de competitividade neste setor, com preços mais atrativos e serviços de qualidade superior.

Para além dos privados, acredita que os equipamentos públicos também reúnem condições para olhar para este negócio com olhos de ver? Os hospitais públicos são a primeiralinha em termos de cuidados de saúde, sobretudo quando pensamos nos muitos estrangeiros que elegeram o Algarve como residência durante grande parte do ano. O facto de disponibilizarmos bons cuidados de saúde é assim um indicador de extrema importância na escolha do destino de férias. Há dois grandes indicadores que pesam nesta seleção: segurança e cuidados de saúde – os turistas valorizam muito cuidados de saúde à altura. Por isso, a qualidade dos nossos serviços médicos pesa na escolha do Algarve todos os anos.

Desenvolver o turismo de saúde e bemestar exige ação concertada. O Algarve está unido nesta vontade? Aí reside um dos principais problemas que importa ultrapassar o mais rapidamente possível. O Algarve continua a funcionar de modo muito espartilhado. Não faz sentido Faro apostar neste segmento turístico e ter os concelhos limítrofes de costas voltadas. Não faz sentido trabalharmos desgarradamente uns dos outros. O caminho deve passar por partilharmos objetivos comuns. As condições, essas, existem, há um potencial imenso e condições excelentes para a prestação de cuidados de saúde de referência. Este mercado exige ação. É isso que estamos a fazer. Agora cabe aos privados desenvolver projetos, nós estamos aqui para ajudar nesta empreitada.

Neste roteiro, quais os países com maior

A câmara assume a vontade de atuar como agente facilitador neste processo. De que forma se concretiza esta vontade? A função da câmara neste processo passa por atuar como agregador de vontades e facilitador de processos, chamando a atenção dos agentes económicos e potenciais investidores para as vantagens deste segmento de turismo. A nossa ambição é envolver os privados e potenciar parcerias. Queremos que todos os intervenientes

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VINHOS DO ALGARVE

mo ”

Quinta dos Vales: A Arte do Vinho “Boa é a vida, mas melhor é o vinho”, já dizia Fernando Pessoa e, aqui, na Quinta dos Vales, esta frase aplica-se a cem por cento. Venha conhecer este néctar produzido bem no coração do Algarve, em Estombar.

A Quinta dos Vales é um projeto ambicioso que se começou a estruturar em 1998, com a plantação dos primeiros hectares de vinha, mas foi em 2007 que a estratégia foi repensada e orientada noutro sentido. Assim, deu-se a primeira reconversão das vinhas e, em 2008, foram plantados 5 hectares de vinha, apostando nas castas de vinho branco Arinto, Verdelho, Viognier e Alvarinho, este último uma novidade na região. Mas a aposta foi na continuidade e, assim, no ano seguinte plantaram-se novas vinhas com Syrah, Touriga Franca e Touriga Nacional, convertendo mais cerca de 5,5 hectares. O projeto ainda não está finalizado e os seus proprietários assim o pretendem, considerando que este é um projeto em constante mutação e, como tal, alvo de constante requalificação, buscando um objetivo contínuo: Qualidade! A Adega A Adega da Quinta dos Vales é mais um dos ex-líbris do projeto. Pensada e concluída em 2007, é aqui que são definidos e elaborados os vinhos da Quinta, com uma aposta em equipamentos de topo e procedimentos modernos que garantem um néctar de “cortar a respiração” em cada garrafa, produzido e estagiado em barricas do melhor carvalho francês e que conferem um travo amadeirado aos premiados vinhos “Marquês dos Vales”. O Processo O País Positivo foi recebido pela Eng. Marta Rosa, enóloga residente da Quinta dos Vales, que, numa breve visita à adega, nos guiou pelo processo de produção dos excelentes vinhos da Quinta dos Vales. Percebemos, desde logo, que é nas vinhas que todo o processo se inicia, onde se assegura a obtenção das melhores uvas utilizando as técnicas mais avançadas e onde se colhem apenas os melhores cachos.

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As uvas são posteriormente selecionadas manualmente numa mesa de escolha, seguindo então para um desengraçador, que separa mecanicamente os bagos do engaço. Daí, dependendo do vinho que se pretende produzir, a uva é bombada diretamente para a prensa ou para lagares ou cubas de fermentação. Todos sabemos que um bom vinho se faz de boa uva, mas a verdade é que é necessário realizar vários processos de laboratório para garantir que o vinho que nos chega ao copo é da melhor qualidade possível. Com este objetivo, a Quinta dos Vales montou um laboratório que lhe permite proceder a inúmeras análises de controlo e garantindo a qualidade dos vinhos, cumprindo o objetivo de certificação de Vinho Regional do Algarve. Chegado ao fim o processo, a uva dá lugar ao vinho que, depois de um estágio em barricas de carvalho, dá lugar ao néctar que será desfrutado por todos nós. Vamos a um brinde? Conheça a oferta da Quinta dos Vales, nas gamas tinto, branco e rosé: Vinho Tinto Selecta 2011 Primeira Selecção 2010 Grace Vineyard 2008 Grace Touriga Nacional 2010 Vinho Branco Selecta - Blanc de Noir 2012 Primeira Selecção 2012 (já esgotado) Grace Vineyard 2012 Grace Verdelho 2012 Grace Viognier 2012

“A região vitivinícola do Algarve encontrase numa fase de afirmação e crescente notoriedade” A localização única da região do Algarve, com influência Mediterrânea e Atlântica, confere características especiais aos vinhos aqui produzidos, determinadas essencialmente pelo “Terroir” e competência do vitivinicultor e enólogo, resultando assim néctares de excelência que se poderiam classificar de “vinhos de autor”. As palavras são de Carlos Gracias, presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, em entrevista ao País Positivo. Qual a reação dos agentes económicos e do público em geral aos produtos apresentados? A qualidade dos “Vinhos do Algarve” medese, facilmente, pelo reconhecimento: São já cerca de 50 distinções obtidas em 2013 nos seguintes prestigiados concursos: China Wine & Spirits Awards (CWSA com o troféu de “Produtor Português do Ano 2013”), no “Sommelier Wine Awards”(“on-trade” - Reino Unido), no International Wine Challenge, no Concurso Mundial de Bruxelas, no Decanter World Wine Awards, no Challenge International du Vin, na 15ª Edição do Wine Masters Challenge, no International Wine and Spirit Competition, no Concurso “La Selezione del Sindaco”, no Concurso Vinhos de Portugal / Wines of Portugal Challenge, no Concurso de Vinhos da Fatacil e ainda no Berliner Wein Trophy 2013. Que perspetivas, desafios e projetos para o futuro. Perspetivamos melhorias relativamente à produção e consumo dos “Vinhos do Algarve” através da conquista generalizada de quotas de mercado em toda a cadeia, desde as grandes superfícies até à restauração e hotelaria. Esta convicção baseia-se, conforme já referido, na qualidade reconhecida e no

aumento sustentável das nossas produções. O maior desafio que temos pela frente é conseguir continuar a passar a mensagem da qualidade intrínseca dos “Vinhos do Algarve” e garantir a sua presença nas cartas de vinhos da restauração de referência e no mercado em geral. Destacava ainda os quatro importantes projetos em que estamos envolvidos, com vista a consolidar a imagem dos “Vinhos do Algarve” e conquistar novos mercados: O Projeto de Comunicação da Rota dos Vinhos do Algarve, que conta com o apoio do Turismo do Algarve, a nova publicação do “Guia de Vinhos do Algarve” a ser editada pelo Turismo do Algarve, a abertura da Casa da Rota no rés-do-chão da sede da CVA e de uma loja para promoção e venda de “Vinhos do Algarve”, o Projeto de uma “Missão Inversa”, que consta no acolhimento de três peritos de cinco países (EUA, Canadá, Noruega, Suíça e Moçambique) que virão visitar a região, quintas e adegas e potencialmente estabelecer contactos comerciais com os Agentes Económicos da região, no sentido de promover a exportação dos produtos vínicos do Algarve. Para tal, foi apresentada uma candidatura ao SiPAV - Sistema de Apoio à Promoção de Vinho em Países Terceiros, da qual aguardamos aprovação.

Vinho Rosé Selecta 2012 Primeira Selecção 2012 Espumante

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VINHOS DO ALGARVE

Quinta da Penina

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País Positivo esteve à conversa com João Mariano, produtor dos vinhos Foral de Portimão e Quinta da Penina. João Mariano refere, em entrevista ao País Positivo, que se aventurou na produção de vinho quase por obrigação: “As minhas vinhas foram planeadas para fornecer uvas às adegas cooperativas de Lagoa e Lagos; cheguei a ter 22 hectares de vinha, divididas pela Quinta da Penina, Quinta da Lameira e Quinta dos Cabeços, e por ano produzíamos mais de 200 toneladas de uva. No entanto, a dificuldade financeira das cooperativas, que não liquidavam as campanhas, e o posterior encerramento da Adega de Lagos colocou-nos num impasse. As únicas opções que tinha eram abandonar a vinha ou começar a produzir vinho. Optei pela última e o facto de ter decidido começar a produzir o meu próprio vinho trouxe outros custos, nomeadamente ao nível do investimento em equipamentos e a criação de uma marca própria. Naquela altura o vinho do Algarve não era valorizado, estava associado às cooperativas e havia poucos produtores de quinta. Foi um passo lento e custoso”. Atualmente, João Mariano possui 15 hectares de vinha, divididos por duas empresas, mas não transforma a totalidade já que ainda não possui volume de vendas que o justifique. “Transformamos cerca de 70% da produção. Uma empresa produz e transforma e a outra ainda está associada à Cooperativa de Lagoa. Ao longo destes anos tenho vindo a fazer um crescimento controlado. Comecei

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por produzir cerca de quatro mil litros de vinho (2005) e fui aumentando gradualmente. Hoje produzo entre 50 a 60 mil litros por ano”. O aumento gradual da produção conduziu, em 2012, à inauguração de uma nova adega, tornando toda a atividade mais fácil e rentável. “A nova adega está equidistante das duas quintas, numa zona industrial com todos os requisitos para a produção de vinhos de qualidade e área suficiente para produzirmos um milhão de litros, se necessário”. Nas quintas de João Mariano, convivem em harmonia castas nacionais e internacionais. Mas, o nosso interlocutor privilegia as nacionais. “No entanto, quer queiramos quer não, estamos numa zona turística e se um estrangeiro olha para uma garrafa e só lê Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonez, pouco lhe diz. Agora se estas estiverem associadas a Cabernet Sauvignon, Syrah entre outras, já lhe desperta curiosidade. Todos os produtores importam castas reconhecidas mundialmente, nomeadamente as francesas. São castas de qualidade, muito plásticas, que se adaptaram perfeitamente ao nosso “terroir”. Inicialmente, João Mariano começou por oferecer ao mercado, vinhos tintos sob a denominação de Foral de Portimão, que se dividiram em Colheita Selecionada, Reserva e Petit Verdot (monocasta – Petit Verdot). No entanto, em 2009, o mercado exigiu mais e, dessa forma, foi lançado o vinho Branco e, em 2010, o Rosé. Mas afinal, quais os objetivos da criação das marcas? “A marca Quinta da Penina foi criada com o objetivo de, mantendo a qualidade, usar outros lotes de castas e colocar no mercado vinhos mais competitivos. Não era bom baixar o preço de mercado do Foral de Portimão quando este já está conectado com um certo valor. É claro que com o aumento da produção fomos baixando, sucessivamente, o preço dos vinhos. O nosso objetivo é produzir vinhos de qualidade a preços acessíveis.” A proximidade do mar, suavizando o clima proporciona maturações lentas e completas conduzindo a vinhos tintos elegantes, delicados, com taninos suaves, acidez equilibrada e com aromas de frutos vermelhos, frutos passa como o figo e ameixa ou a amora e flor da laranjeira. Os brancos e rosés têm muito boa acidez e aromas de pêssego, ananás, morango e frutos tropicais, como a manga e kiwi. Temos todo o tipo de vinho, adequado seja á gastronomia da serra seja á do

litoral”. Já o «bag in box» serve para escoar produção. “A nossa ideia de B&B não é colocar o refugo da vindima mas sim vinho com qualidade. Se o cliente gostar, aventura-se na compra das garrafas. As vindimas são caras e um ano passa rápido. Vejamos: a vindima acabou em Outubro, os vinhos estão prontos em Fevereiro / Março, durante os meses que decorreram está tudo fechado no Algarve, ou seja, começamos a vender os vinhos pela altura da Páscoa, e em Agosto começa outra vindima. O espaço temporal entre o início da venda e de uma nova vindima é muito curto”.

O estigma do preço do vinho do Algarve Muitos são aqueles que encaram os vinhos do Algarve como um produto caro. No entanto, o produtor explica que estes vinhos não são caros, “não são vinhos produzidos em série, não sabem sempre ao mesmo todos os anos, são de qualidade, produzidos em pequenas quintas e a qualidade tem preço. Não podemos fazer comparações, mas a verdade é que vinhos idênticos de outras regiões podem ter preços mais altos sem que exista uma conotação negativa. É hora, por tanto, de nos impormos perante o mercado e mostrar que os vinhos do Algarve se pautam pela qualidade, produzidos com muito rigor, sentimento e em quantidades reduzidas, daí, o preço”.

Comercialização As vendas dos vinhos de João Mariano circunscrevem-se ao Algarve, a pequenas zonas do país e a algumas exportações pontuais.

“Estamos num dilema, se encontrarmos um bom importador podemos não ter produção suficiente. É difícil encontrar uma garrafa de vinho do Algarve noutras regiões do país, por culpa dos distribuidores, que não têm muito interesse. Temos distribuição no canal Horeca, nas cadeias de hipermercados no Algarve, pontos de venda em Lisboa, Açores e alguma exportação para a Europa e Ásia. Os portugueses que nos visitam e que apreciam os nossos vinhos são os principais promotores ao solicitar aos comerciantes das suas regiões para também terem vinhos do Algarve. Por outro lado, sente que a restauração não ajuda e a falta de bairrismo prejudica gravemente os vinhos algarvios já que a divulgação dos produtos regionais é quase inexistente. “A exportação fazse à mesa. Um pequeno produtor pode encontrar um nicho de mercado numa Alemanha, numa Inglaterra, mas não sobrevive disso. Ajuda a vender algum stock”. “Temos estado em conversações com outros produtores algarvios no sentido de juntarmos sinergias e produzirmos e comercializarmos um vinho em conjunto, de qualidade, em volume, para sermos competitivos na restauração com vinhos de outras regiões que chegam a preços inacreditáveis”. João Mariano termina reafirmando que “os vinhos do Algarve não são caros, têm qualidade, são gourmet”. Apela também a uma maior cooperação entre todos os produtores da região e uma ajuda por parte das Autarquias, Turismo do Algarve, Hotelaria e Restauração na divulgação do Vinho do Algarve.

QUINTA DA PENINA Rua da Angola, Lote 2, loja B+C 8500-605 Portimão Telefone (+351) 282 491 070 / 282 085 550 Correio Electrónico Fax.: (+351) 282 085 556 Email: quintadapenina@gmail.com

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VINHOS DO ALGARVE

Quinta do Morgado da Torre mole e castelão que são as castas regionais. Depois como também já tínhamos plantado uma vinha de cabernet sauvignon, com a colheita de 1999 lançamos o 1º vinho em garrafa com castelão, cabernet sauvignon e trincadeira. Os tintos estavam sob a denominação “Tapada da Torre”. Com a colheita 2000, 2001 lançamos a marca “Alvor” com tinto, branco e rosé.

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oão Mendes é um dos maiores produtores de vinho algarvio. Como muitos outros foi quase que ‘obrigado’ a produzir vinhos. Aposta na qualidade do produto.

Como começou este projeto? Aqui, na Quinta do Morgado da Torre já havia uma grande tradição ligada à vinha. Vendíamos as uvas para às adegas cooperativas. Depois houve atrasos em alguns pagamentos e eu, assim como outros produtores, fomos ‘obrigados’, incentivados a produzir vinho para não abandonar a vinha. Começamos por pequenas quantidades e fomos aumentando gradualmente. Para todos os efeitos, foi um risco? Sim, foi e tem sido um grande investimento. Para fazer a adega,foi reaproveitada uma edificação antiga e de resto, foi tudo feito de novo, em pavilhão modular. Com que vinhos e castas começou? Comecei por fazer um vinho tinto com negra

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Com a evolução do negócio houve necessidade de plantar mais vinha? Sim, houve. E para o ano vamos voltar a plantar, desta vez mais quatro hectares e vamos apostar na uva branca. Qual é a dimensão deste novo projeto? Estamos a falar de cerca de vinte hectares. Temos de pensar em áreas susceptíveis em termos de volume de vinho, muito área obriga a baixar preços e pequena área inviabiliza pensar em economia de escala, penso que 20 ha será a área mínima para uma pequena empresa agrícola. Como é ser produtor de vinhos do Algarve? Eu comparo isto um pouco com a Califórnia. Temos um clima mediterrâneo temperado pela proximidade com o mar e a produção está espalhada por pequenas unidades vitícolas, entre 1 e 20 ha. A maior das dificuldades prendem-se com os custos de produção. Nesta região só se pode vencer com qualidade e é isso que a Quinta Morgado da Torre está a fazer. Quais são as características que desde o início pretendem implementar nos vossos produtos? Eu não invento nada. Antigamente o consumidor bebia tudo, hoje não é assim. As pessoas hoje estão mais atentas e sofisticadas. O consumidor europeu está habituado a um tipo de vinhos que nós estamos a procurar nos adaptar, e o consumidor nacional já tem algum bom conhecimento a respeito de vinho. No Morgado da Torre faz-se vinho para agradar de uma forma geral o consumidor, só assim é possível vender. Como é a exportação? Exportamos pouca coisa. Mas queremos incrementar um pouco mais, através do cliente que vem cá e leva uma ou duas paletes, pois também não temos produção para muito mais. Qual é a gama de produtos que tem disponível? Temos a marca Tapada da Torre (tinto e branco – reservas e 2 Licorosos) , o Alvor (tinto, branco, rosé e também um tinto reserva), Alcalar e o Foral da Albufeira. Para além da loja na quinta, onde podem ser encontrados os seus produtos?

Podem ser encontrados no pequeno retalho, como garrafeiras e lojistas, na restauração e unidades hoteleiras, basicamente aqui na região. Temos de alguma forma evitado as grandes superfícies. Não sei por quanto tempo o vamos conseguir fazer porque eles infelizmente estão a dominar o sector produtivo a nível nacional. Trabalhamos mais com os distribuidores a nível regional. Normalmente a produção é toda vendida? Sim, é. Até porque produzimos à medida das vendas. Assim vamos controlando também a produção. O mercado nacional está muito difícil, muito por culpa da conjuntura económica atual. Qual é o grande problema dos vinhos do Algarve? Não são os vinhos propriamente. Todos têm qualidade. Falta divulgação da marca” Vinhos do Algarve” e “Tempo”, para afirmar a nossa qualidade. Como é que faz o seu marketing? Participo em alguns eventos aqui na região. E tento concentrar-me mais na qualidade do produto. Muitos dos seus colegas produtores queixaram-

se que a restauração não ajuda em nada a divulgação do produto. Tem a mesma opinião? A restauração começa a se entusiasmar com os vinhos do Algarve, estavam muito renitentes no passado, mas a imagem e qualidade está felizmente a mudar o sentido do mercado de vinhos na nossa região. Trabalhando todos em conjunto, podemos incrementar as vendas. Estando a restauração ligada à gastronomia local tem um papel fundamental dando a conhecer os vinhos da região e claro também é necessário o cliente pedir os vinhos do Algarve. Temos também que continuar a dar mais a conhecer o nosso produto à restauração, por vezes faltanos alguma logística comercial. Temos produto com qualidade, no entanto note-se, produzir no Algarve é muito caro. Quais serão os próximos passos? Como já referi, para o próximo ano vamos plantar mais vinha. Tenho um projeto de agroturismo, para aproveitar edificações existente, dando-lhes uma nova utilidade. Se “nos deixarem trabalhar” pensamos que os “Vinhos do Algarve” serão uma referência no futuro, não só no mercado interno, assim como no mercado internacional.

QUINTA DO MORGADO DA TORRE Sitio da Penina, 8500-156 Alvor GPS N- N 37° 10' 06" W 08° 34' 45" Telefone (+351) 282 476 866 Correio Electrónico qmt@sapo.pt

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DIETA MEDITERRÂNICA

Gourmet da Quinta A aquisição de produtos gourmet está à distância de um “click”!

No site www.gourmetdaquinta.com pode-se encontrar os produtos produzidos pela Quinta Senhora da Seca, situada no concelho de Santo Tirso.

E

m conversa com o País Positivo, Alberto Arantes, um dos filhos da proprietária da Quinta Senhora da Seca afirma que criou a loja online www.gourmetdaquinta.com com o objetivo principal de divulgar e promover a venda dos produtos gourmet que produz e confeciona na quinta pelo método mais artesanal. “A quinta pertence à minha família há várias gerações. Eu, um homem que até então tinha estado sempre ligado à indústria têxtil, decidi em conjunto com a família, rentabilizar a propriedade. É claro que se devem respeitar determinadas regras próprias do meio agrícola. Porém, tento tirar sempre o maior partido do terreno para que seja sustentável”. Palavras-chave: inovação e qualidade Podem-se encontrar vários produtos sob a denominação Senhora da Seca, mas as especialidades são o vinho, as compotas e o mel (puro e com sabores), produzidos pela Senhora da Seca. “Tudo é feito da forma mais artesanal que se possa lembrar, “tal

como faziam as nossas avós”. A nossa linha de orientação é inovar, proporcionando aos nossos clientes experiências novas, conjugações nunca antes pensadas. No entanto, mantemos sempre a qualidade, um fator importantíssimo, visto que apenas trabalhamos com produtos gourmet”. É possível encontrar outros produtos com rótulo Senhora da Seca, devido às parcerias já existentes, uma delas é com produtores de fumeiro. “Contamos ainda ter parcerias com produtores de licores e de azeite. Os azeites aromáticos é o próximo produto que pretendemos introduzir no mercado com o rótulo Senhora da Seca. O nosso objetivo é conseguirmos oferecer, ao cliente, uma vasta gama de produtos artesanais, com qualidade”. Além disso, juntamente com o curso de Biotecnologia da Universidade Católica estamos a desenvolver um projeto I&DT para compotas com baixo teor de açúcar e bífidos ativos. Pretendemos apostar na plantação de bagas godji e na secagem de frutos, que são mercados em crescimento em Portugal”. As parcerias As parcerias são uma forma de desenvolver a economia, visto que no final saem todos a ganhar. “Têm-nos sido solicitados, por um cliente em França, outros produtos, para além daqueles que temos, com a marca Senhora da Seca. Como a Quinta Senhora da Seca não tem capacidade, e por vezes, o conhecimento necessário para produzir tudo, fazemos parcerias, como é o caso do fumeiro, dos licores e do azeite. Assim ajudamo-nos uns aos outros”. A exportação A internacionalização é uma ambição da maioria, se não de todos os empresários. No entanto, a entrada em alguns mercados não é fácil, por isso é necessário cautela e bons contatos. Conhecer o mercado alvo é fundamental. Para a Senhora da Seca, representada por Alberto Arantes, a

Vinhos Vinho Verde Rosé Vinho Verde Branco Vinho Verde Tinto

Compotas Compota de Vinho Tinto Compota de Espumante Compota de Abóbora e Noz Compota de Morangos e Frutos Vermelhos Compota de Tangerina Compota de Morangos, Malaguetas e Vinho Branco Compota de Laranja, Cenoura e Gengibre Compota de Tomate e Piripiri Compota de Ameixas e Vinho Tinto Compota de Curgete Compota de Pimentos

Mel Mel Senhora da Seca Mel com Noz exportação já uma realidade, ainda que em pequenas quantidades. “Não estamos obcecados por entrar primeiro no mercado europeu. Quando as coisas forem aparecendo, faz-se. É óbvio que na Europa é um pouco mais fácil devido à proximidade, à semelhança dos gostos. Por exemplo, em África pode-se vender, mas tem que se ter em atenção os sabores apreciados por eles”. Agora já sabe! Sempre que quiser produtos gourmet basta aceder à internet, ir a ww.gourmetdaquinta.com encontrar uma vasta gama de produtos, de alta qualidade, para se deliciar e quiçá, surpreender família e amigos. Faça a sua encomenda e receba estes produtos comodamente em casa! www.gourmetdaquinta.com – Momentos Gourmet à distância de um “click”…

www.gourmetdaquinta.com Sabores Caseiros Senhora da Seca

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PRIVATIZAÇÃO DOS CTT

Privatização dos CTT: “Uma luta diária” Os correios estão a ferro e fogo. Fevereiro será o mês em que a nova administração saída da venda em bolsa iniciará funções. O banco de investimento norte-americano Goldman Sachs assume-se como o maior acionista e acusações de interferência no negócio por parte do ex-ministro-adjunto de Durão Barroso, José Luís Arnaut, incendiaram o parlamento. Tudo somado, o Estado encaixou 579 milhões de euros com a privatização de 70 por cento dos CTT e a vida dos 13 mil funcionários dos serviços postais nunca mais será a mesma. O que se mantém intacto é o compromisso do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações: lutar pela defesa dos direitos e garantias dos funcionários dos CTT e do serviço público. O secretário-geral do sindicato, Vítor Narciso, em discurso direto. questão não se põe, mas a garantia de sigilo profissional pode vir a causar perturbação na sociedade.

No essencial, o que é que a privatização altera na relação dos trabalhadores com a empresa? De momento ainda não se registaram alterações, mas causa-nos, obviamente, muitas dúvidas e receios. Temos 13 mil postos de trabalho para defender e direitos laborais a proteger. Apesar dos CTT serem uma empresa lucrativa, partimos do princípio que quem investe quer lucrar ainda mais. E numa empresa em que os salários e respetivas garantias correspondem a 80 por cento da despesa corrente só diminuindo esta parcela se poderão obter lucros acrescidos.

algumas medidas inseridas na preparação para a privatização e altamente lesivas do interesse dos trabalhadores e dos próprios clientes. A nossa luta evitou o encerramento de metade das estações e postos de correios inicialmente previstos pelo governo. Foram menos 230 pessoas que foram para o desemprego e milhares de cidadãos que mantiveram os seus serviços de proximidade. A nossa união permitiu, igualmente, evitar a transferência dos funcionários dos CTT para o subsistema da ADSE. Impedimos que muitos dos objetivos deste governo fossem cumpridos, mas esta é uma luta diária, uma guerrilha permanente.

As jornadas de luta mantêm-se, por isso, em cima da mesa? Até agora os trabalhadores dos CTT manifestaram-se fundamentalmente contra os cortes salariais a que foram sujeitos, o brutal aumento de impostos e a diminuição, drástica em alguns casos, dos seus rendimentos. Foram lutas que provaram que os trabalhadores não estão de acordo com o negócio da privatização.

Agora que a privatização de 70 por cento dos CTT é um dado adquirido, o principal foco da vossa luta volta-se para a privatização a cem por cento? Os nossos objetivos são evitar a privatização a cem por cento e garantir os postos de trabalho, os rendimentos dos trabalhadores e as regalias conquistadas. Não nos interessa quem controla ou não a empresa em termos de acionistas. O que nos preocupa, enquanto trabalhadores e cidadãos, é saber como irá ser cumprido o contrato de concessão de serviço público pelo menos até 2020.

A união dos trabalhadores tem permitido ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) assumir-se como uma voz coesa. Os trabalhadores dos CTT sempre foram firmes na sua luta e agentes ativos na defesa dos seus direitos. É esta firmeza que nos levou a evitar, por exemplo,

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A possibilidade das estações dos CTT se assumirem como postos do cidadão é crítica quando falamos do sigilo profissional. Claro que sim. O próprio governo dá o dito pelo não dito nesta matéria. Inicialmente, os ministros da Economia e da Justiça declararam que estes balcões destinar-seiam apenas a prestar informações. E, mais tarde, adiantaram já que o país estava perfeitamente regulamentado em termos de proteção de dados. O discurso altera-se, mas as questões permanecem. Quem vai fazer este serviço? São funcionários dos correios ou funcionários públicos a trabalhar numa empresa privada? Só posso garantir que da parte do SNTCT, os funcionários dos CTT não prestarão este serviço. Os trabalhadores das estações de correios têm um conjunto de atribuições próprias orientadas para o serviço postal. Não vamos permitir que se vejam na obrigação de desenvolver um trabalho fora do âmbito das suas competências. Para prosseguir esta luta contam ainda com o auxílio dos vossos congéneres europeus... Sim, a UNI [organização que congrega os sindicatos do serviço postal a nível global] demonstra a sua solidariedade com os trabalhadores dos CTT. Temos o apoio de todos os sindicatos europeus, inclusive daqueles que inicialmente defendiam

intransigentemente a liberalização, como os holandeses, os alemães, os finlandeses ou os suecos. Mas o falhanço da privatização nestes países mudou a perspetiva destes colegas e hoje estão, definitivamente, do nosso lado. De facto, as experiências de privatização e liberalização demonstraram as suas fragilidades no continente europeu… Sim, casos como o holandês, onde as estações de correio simplesmente desapareceram são paradigmáticos. E quando o governo holandês questionou o concessionário a resposta foi: “Querem serviço público? Então paguem!”. No caso da Alemanha, o Deutsche Bank voltou a comprar os correios após a venda à DHL. Este histórico causa-nos muita apreensão. O futuro está, portanto, em aberto. A privatização dos serviços postais foi apresentada com uma solução eficaz, criando condições de maior concorrência e qualidade acrescida. Mas a realidade é que a única coisa que a liberalização provocou foi 100 mil postos de trabalho a menos só no setor público. No global, criaram-se 17 mil empregos em empresas privadas como a DHL, a SEUR ou a TNT, mas o saldo é altamente deficitário. Perderamse 83 mil postos de trabalho. O futuro é caracterizado pela incerteza, mas estamos preparados para lutar pelos nossos direitos e pela manutenção da dignidade do serviço prestado.

E como será a relação dos “novos” CTT com os cidadãos? A quebra de confiança é um receio legítimo? Acredito que a relação de confiança pode vir a ser seriamente afetada. No imediato essa

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: CRESCER EM EQUILÍBRIO

Apostas em segurança,

saúde e ambiente distinguem Eurest Beatriz Oliveira, distinta nutricionista, que assume os vetores da qualidade, segurança alimentar, ambiente, segurança e saúde no trabalho e responsabilidade social. Em entrevista ao País Positivo, Beatriz Oliveira fala na importância de uma alimentação equilibrada e diversificada na infância e ainda do respeito da empresa que representa pelas áreas social e ambiental. Que importância assume uma alimentação saudável na infância? Uma alimentação saudável na infância tem uma importância crucial. Alguns desvios e erros nutricionais poderão cometer-se pontualmente na adolescência, que é a altura própria da irreverência e da afirmação perante os seus pares. Na infância, é por volta dos seis ou sete meses, que se inicia uma alimentação mais diversificada, que a criação de bons hábitos alimentares é fundamental. O contato com um maior número de alimentos, com diferentes texturas, cores e paladares é algo em que se deve insistir, contrariando um erro muitas vezes cometido. Por volta dos três anos, para

envolvermos as crianças na diversificação alimentar, é importante tentá-los a tocar os alimentos participando em várias tarefas inerentes à sua preparação. Um exemplo de uma atividade, que desenvolvemos em contexto escolar, é com frutas variadas em que as crianças fazem uma simples espetada de frutas, com formas diversas. Aqueles que nunca tinham provado determinadas frutas e que diziam que não gostavam, ao contatarem e ao serem envolvidos na sua preparação/ confeção, acabaram por querer provar e constatar que era bom. Em suma, envolvê-los na atividade da culinária, ainda que de forma muito simplista, leva a que dêem mais valor ao que estão a fazer e que adotem uma alimentação mais diversificada. A este nível também são cometidos vários erros em casa. Nomeadamente quando falamos de peixe, em que os pais não ensinam as crianças a retirar as espinhas, preferindo ser eles próprios a fazê-lo. E isto origina que, na escola, não o façam ou sintam mesmo uma falsa noção de segurança que depois os levam a rejeitar o peixe só porque apareceu uma espinha.

Esta ausência de formação acaba por levar a que as próprias escolas perpetuem esta ação, solicitando que todos os pratos de peixe sejam elaborados com peixe sem espinhas, ou seja em filetes ou lombos, o que reduz a diversidade da oferta. A Eurest, elegendo esse tipo de preocupações e outras, desenvolve atividades em contexto escolar. Sendo certo que uma parte significativa das crianças e jovens faz pelo menos uma refeição na escola, que importâncias terão os pais na instituição de hábitos alimentares? Os hábitos alimentares, certos ou errados, começam em casa. O papel dos pais é fundamental. Na escola, estamos perante um universo muito diversificado, em que as crianças chegam com vários níveis de aprendizagem, onde não existe tempo nem disponibilidade de recursos humanos para o acompanhamento em meia hora de refeição. Ou já existem hábitos que vêm enraizados de casa, como o de comer a sopa e o peixe ou a criança quase que se senta e se levanta sem consumir a sua refeição completa.

BEATRIZ OLIVEIRA

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mil refeições servidas diariamente nas escolas portuguesas nas mais diversas instituições de ensino conferem à Eurest uma posição dominante no mercado nacional. No total, são mais de 200 mil os portugueses que, a cada dia, atestam a qualidade e segurança alimentar de marca Eurest. A qualidade e abrangência dos projetos e campanhas implementadas pela Eurest têm sido reconhecidas, nacional e internacionalmente, através de vários prémios. A aposta para este segmento é selecionar e criar, diariamente, ementas variadas, apetecíveis, económicas e equilibradas, valorizando conscientemente a qualidade da alimentação escolar. No sentido de satisfazer as necessidades nutricionais e ir de encontro aos hábitos alimentares, a Eurest oferece aos jovens Consumidores e Clientes, a possibilidade de comporem as suas próprias ementas, respeitando sempre o equilíbrio nutricional das mesmas. Os grandes segmentos e a aposta atual deste líder mundial no fornecimento de serviços de alimentação e gestão de restaurantes são os clientes educação, business & industry, saúde e social. Uma enorme responsabilidade que obriga a uma rigorosa standardização de processos, controlos e monitorizações. A Eurest emprega cerca de 3 mil Colaboradores, que colocam em prática todos os procedimentos definidos pelo manual da qualidade, ambiente e segurança elaborado pela Direção da Qualidade liderada por

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: CRESCER EM EQUILÍBRIO

A Eurest reforça a transmissão de uma imagem corporativa alicerçada num compromisso com a qualidade. O que representa em concreto? A segurança alimentar é para nós inquestionável. Está nos nossos pilares cumprir em termos de qualidade, quando falamos em segurança alimentar e boas práticas nutricionais. Quer porque se enquadra na nossa responsabilidade corporativa e social, quer porque existem em Portugal normas legais que o determinam. Falo da implementação de todas as normas inerentes ao HACCP e de uma série de produtos alimentares que são de introdução obrigatória nas ementas escolares, como incluir diariamente fruta, uma sopa de legumes, alternar peixe com carne, diversificar a oferta de carne, peixe e legumes. Devo referir que, mesmo antes da publicação destas normas pelo Ministério da Educação, a Eurest já obedecia a estes princípios de promoção da roda dos

alimentos que estão na base da alimentação portuguesa. A par, fomos a primeira empresa certificada na área da qualidade (ISO 9001) em Portugal, na década de 90 e, ultimamente, os nossos projetos na área da nutrição têm sido distinguidos com vários prémios, nomeadamente nos Nutrition Awards com os projetos Choose Beans e Choose Veg (promoção de leguminosas e legumes), Low Salt (redução do teor de sal de adição), Conheça melhor a sua refeição (rotulagem nutricional das ementas). Já nos prémios Hospital do Futuro fomos distinguidos pelo projeto Sobremesas Diet (substituição total do açúcar) É uma tendência que elegemos ao nível da comunicação com a área cientifica e consumidores em geral, fruto de um plano contínuo, que contempla a realização de diversas acções. Muitas são materializadas em projetos-piloto que vão sendo desenvolvidos e propagados em todas as unidades da Eurest, sejam para crianças ou para adultos.

Em que medida é possível a uma empresa como a Eurest dotar de equilíbrio o binómio competitividade empresarial/qualidade com comparticipações tão baixas como aquelas que são actualmente asseguradas pelo Estado e autarquias portuguesas para o fornecimento de refeições escolares às nossas crianças? Fazemos uma selecção rigorosa da matéria-prima que, antes de mais, tem que ser segura, de qualidade e com boas características organolépticas. Falando, por exemplo, em peixe, optamos por espécies mais acessíveis, em detrimento de outros peixes que, face aos preços que temos para gerir, não conseguimos fornecer. Mas, se falarmos em valor nutricional para a criança, eventualmente a sardinha ou a pescada até são as melhores opções, pela sua riqueza nutricional e melhor adesão em termos de consumo. Por outro lado, também procuramos confeccionar da forma mais apelativa possível para as crianças.

Sustentabilidade: qualidade, segurança e ambiente

“Um dos desígnios que procuramos é a sustentabilidade, entendida em pilares como a qualidade, a segurança e o ambiente. A promoção da sustentabilidade ambiental consegue-se através de campanhas que atuam, na promoção de alimentos mais sustentáveis na sua produção e preparação, na melhor gestão de recursos hídricos e energéticos e na redução da produção de resíduos, em particular de resíduos orgânicos. Deste conjunto de ações que temos para oferecer a todos os nossos Clientes, fomos pioneiros ao estudarmos o desperdício alimentar na área da restauração e, desde 2007, que desenvolvemos a campanha, “Consumo consciente respeita o ambiente”. Esta campanha foi já distinguida com prémios nacionais e internacionais como os Green Awards, EWWR e Dupont. Adaptando-a, elegemos diversos públicos, desde as escolas, como forma de educação alimentar, às empresas. Atentos ao facto de um número significativo de consumidores não consumirem toda a refeição, e que a quantidade oferecida/ contratualizada, vulgo capitação, se encontrava muito acima das reais necessidades nutricionais, começámos a monitorizar o desperdício das refeições que fornecemos. Chegámos a valores alarmantes, constatando um impacto brutal em termos de produção de resíduos orgânicos e consequentemente da depleção dos recursos naturais inerentes à sua produção e preparação. O objetivo desta campanha “Consumo consciente respeita o ambiente” é, assim, fazer com o consumidor leve no tabuleiro apenas a quantidade de alimento que efetivamente consome. Se, no final da refeição o consumidor tiver consumido a totalidade dos alimentos recebe um cupão que equivale a 10g de alimentos não perecíveis que são posteriormente doados a instituições de solidariedade social selecionadas pelo cliente. Esta campanha ainda se mantém hoje, beneficiando de uma adesão muito significativa por parte dos consumidores e das instituições, que revelam consciência social. Estamos a falar de mais de três toneladas de alimentos que já oferecemos a várias instituições”.

ALIMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL SAUDÁVEL SEGURA ALIMENTAÇÃOSEGURA SUSTENTÁVEL SAUDÁVEL SUSTENTÁVEL

A Eurest SEGURA Portugal foi recentemente distinguida com o A Eurest Portugal foi recenSUSTENTÁVEL Prémio Desenvolvimento temente distinguida com o A Eurest Portugal foi recenSustentável 2012/2013, como Prémio Desenvolvimento temente distinguida com o a empresa com melhores prátiPrémio Desenvolvimento Sustentável 2012/2013, como cas de sustentabilidade nocomo Sustentável 2012/2013, a empresa com melhores prátia empresa com melhores prátisetor da Hotelaria, Imobiliária, cas de sustentabilidade no cas de sustentabilidade no Turismo esetor Lazer. da Hotelaria, Imobiliária, setor da Hotelaria, Imobiliária, Turismo e Lazer.

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Turismo e Lazer.

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SAÚDE E BEM-ESTAR de doenças ou estados: arterite, hipertensão, diabetes, dores de costas, insónias, etc… 4 - Perda de calorias: aumenta a resistência e aumenta a auto estima. 5 - Emagrecer de forma saudável: o exercício físico permite emagrecer naturalmente e produz efeitos de longo prazo devido as alterações fisiológicas que provoca, como por exemplo, aumento do metabolismo basal. 6 - Redução do risco de depressão: Durante a prática do exercício físico o corpo produz endorfinas e serotoninas que dão uma sensação de bem-estar. 7 - Maior capacidade física: A mais resistência, mais força, mais flexibilidade, melhor postura, maior tolerância ao stress. 8 - Um sono melhor: O exercício faz com que o corpo entre mais facilmente no sono profundo 9 - Mobilidade: mais autonomia. 10 – Bem-estar: físico, social – combate a solidão - e psíquico.

Holmes Place

One life. Live it well O começo de um novo ano é sempre altura de definir objetivos e atingir metas. No entanto, todos sabemos que muitas vezes esses objetivos ficam por cumprir, por esta ou aquela razão. Não se deixe levar pela inércia e seja proactivo, alcançando metas. As resoluções de ano novo são mesmo para cumprir e o Holmes Place ajuda-o a não vacilar, oferecendo-lhe um dia gratuito no ginásio, uma avaliação física e um plano de treino adequado às suas necessidades. Além disso, junta ainda 50% de desconto na primeira consulta de Nutrição Premium.

Aproveitar mais a vida

Quantas vezes se pergunta como pode aproveitar mais a vida? É simples ….tendo mais tempo para si. Ter tempo de qualidade onde está com os meus pensamentos, ou apenas a fazer o que mais gosta sem se preocupar com os papéis da sociedade – empregado/chefe; Pai/Filho; Marido/Mulher?

Aproveite, não deixe passar esta grande oportunidade. Resoluções 2014: Cumpra-as! Deixar de fumar

A grande maioria dos fumadores, tem como grande resolução de ano novo deixar de fumar. Mas a verdade é que os anos começam e o objetivo nunca é cumprido, mas nós damos-lhe a solução: Uma vida saudável. Sabia que o exercício físico reduz a vontade de fumar? São vários os estudos que comprovam que o exercício físico é fundamental para os fumadores reduzirem os efeitos negativos do tabaco: A Universidade de Exeter, no Reino Unido, concluiu uma investigação (publicada posteriormente no jornal especializado Addiction) tendo determinado que “Há uma forte evidência de que a atividade física reduz drasticamente o desejo de fumar”. Os investigadores analisaram os dados de 19 ensaios clínicos prévios e descobriram que os fumadores que tinham a esperança de deixar de fumar e que reservavam algum do seu tempo para fazer exercício físico tinham mais facilidade em parar de fumar. “O exercício parece claramente trazer benefícios temporários e como tal pode ser altamente recomendado”, afirmou Adrian Taylor, um professor de Exercício e Psicologia da Saúde da mesma universidade. Nas experiências realizadas, a equipa de investigadores descobriu que os fumadores envolvidos afirmaram que tiveram menos desejo de fumar – depois de exercitarem o corpo – do que tinham antes de se submeterem a este estudo. De acordo com a líder da investigação, Kate Janse Van Rensburg, os resultados do estudo indicam que a prática de exercício físico ajuda, de facto, a deixar de fumar. “Isto reforça o argumento de que o exercício moderado (sessões de 10 a 15 minutos) pode ser uma alternativa viável a muitos produtos farmacêuticos, tais como os adesivos de nicotina”. Redução dos Riscos Cardiovasculares em Fumadores Ativos Uma outra investigação em Taiwan estudou 434 mil fumadores também concluindo que os fumadores ativos (envolvidos num programa de exercício físico moderado) tinham 55% mais probabilidades de parar de fumar do que aqueles que eram inativos. Além Disso, estes fumadores ativos tinham 43 por cento menos probabilidades de ter uma recaída do que os fumadores que

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eram inativos. Importante foi também a conclusão de que os fumadores que ingressaram num plano de atividade física tiveram uma esperança de vida aumentada de 3,7 anos e uma redução da mortalidade de 23 por cento. Segundo o Dr. C.P. Wen, do Instituto de Investigação Nacional da Saúde de Taiwan: “O exercício pode ajudar os fumadores a diminuir a dependência do tabaco e reduzir significativamente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, nomeadamente ataques cardíacos, e esse deve ser o objetivo de todos os fumadores”. Que tipo de atividade física? Os estudo mostram que a atividade física de intensidade moderada é bastante significativa para a redução da vontade de fumar e/ou dos efeitos negativos associados ao tabagismo. O moderado significa um trabalho físico que gere aumento da frequência cardíaca, não impossibilitando a capacidade de manter uma conversação durante a atividade (ex: marcha, aulas de grupo de pouca complexidade como o Activate, hidroginástica,…) que deverá ser realizado no mínimo duas vezes por semana.

Mais tempo em família

- A qualidade é importante, mas deve estar sempre associada à quantidade - Partilhe os mesmos locais – se vai ao ginásio, inscreva o seu filho/marido/ esposa também no mesmo espaço, assim partilham a viagem e /ou o treino em conjunto - Estar com a família em casa pode não chegar. TV, internet e jogos são tempo de ausência da família. - Marque um dia da semana dedicado à família. - Realize programas em conjunto fora de casa: - Fim-de-semana – atividades pais e filhos: natação, ginástica, andar de bicicleta. - Atividades ao final do dia

Fazer exercício

Se algum médico lhe sugerisse que o exercício Físico fazia mal à saúde, acreditava? Claro que não, porque é óbvio. Mas saber não basta, é preciso ação e atitude. Em 2014 trate do seu corpo, o futuro agradece. Os 10 benefícios fundamentais do exercício físico 1 - Longevidade: quem pratica desporto tem mais qualidade de vida e mais autonomia 2 - Conforto: O exercício reduz o excesso de peso, dependência de fármacos 3 - Prevenção contra as doenças: O exercício aumenta a qualidade de vida num sem número

Estamos certos que devido às rotina diárias, se esquece de alguém muito importante – você. Faça apenas a seguinte pergunta e seja honesto na resposta, quanto tempo teve para si, para os seus pensamentos... Ontem? Ou última semana? A boa notícia é que existem pequenos truques que o podem ajudar a ter mais tempo de qualidade para si consequentemente para os outros, pois a sua predisposição também vai ser melhor - em casa e no trabalho. Durante a hora de almoço aproveite e vá correr, fazer uma aula, ou simplesmente uma sauna ou banho turco. Sugerimos pedir ao “chefe” para fazer 1.30 min de almoço e compensar ao final do dia. Em vez de perder todos os dias 45 min no trânsito, acorde um pouco mais cedo, 20 min por vezes é suficiente, e aproveite para treinar antes de começar a trabalhar. Ou então porque não fugir ao transito no final do dia indo treinar a seguir ao trabalho. No Holmes Place tem a vantagem de poder treinar em mais que um clube o que lhe facilita a vida. Veja a sua série preferida, no ginásio enquanto corre, assim estará a tirar partido do mesmo tempo mas de duas maneiras diferentes e a combater o sedentarismo. Temos mais de 30 canais disponíveis para si nas nossas máquinas. Aproveite para navegar na internet ou aceder às redes sociais enquanto realiza o seu treino com isto, ganha tempo, saúde e bem-estar.

Perder Peso

Em 2014 é que é! Vai perder peso e não o vai ganhar mais. Pense num plano de ação 360 graus: alimentação, exercício e relaxamento. Nós ajudamos!

Um estudo em Inglaterra realizado em 25 países revelou que homens e mulheres dispõem de apenas 36 minutos por dia - ou 15 dias por ano para passar o chamado ‘tempo de qualidade’ com a família. Enquanto nós crescemos temos menos tempo para tudo: Crianças –têm sempre tempo para brincar, estudar, dormir e estar com os amigos; Jovens – têm tempo, para namorar, estudar, estar na internet e ir ao cinema; Jovens adultos – têm tempo para namorar, viajar, estar com os amigos, sair à noite. Adultos com família- estão sempre a contar o tempo e ele parece nunca chegar para nada. Mas como os dias terão sempre 24h, o que devemos procurar é: - ter tempo de qualidade - ter uma melhor gestão do mesmo. DICAS para ter mais tempo com a minha família: - Realize atividades simples em conjunto – por a mesa, ir levar o irmão mais novo à natação, treinar em conjunto

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QUALIDADE DE VIDA

Sever do Vouga,

um mundo a descobrir…

O País Positivo esteve à conversa com António Coutinho, presidente da câmara para ficarmos a saber mais sobre este concelho que já foi distinguido como um dos melhores locais para se viver

megalítico. Temos antas, dólmens, pinturas rupestres. Apostamos numa grande diversidade e qualidade de oferta cultural. A biblioteca e o centro das artes e espetáculos promovem cultura diariamente, que vai desde exposições a espetáculos musicais, teatrais, etc”. O Festim (Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo) é mais uma forma de divulgação da cultura mundial. É promovido em parceria com a D’Orfeu e onde estão associados alguns dos municípios da nossa região e da nossa CIM. O FicaVouga promove a agricultura, a indústria, o artesanato e o comércio da região. Tem um cartaz atrativo e que pela sua dimensão trás muita gente ao concelho. A pista do Alto do Rosário recebe, duas vezes por ano, os desportos automóveis, como rali cross e camião cross”. A gastronomia Mais uma vez a gastronomia assume um papel preponderante no concelho. Daí surgiu a aposta no Festival da Lampreia e da Vitela, a Feira do Mirtilo, entre outros, que promovem o que de melhor se faz na região. Aliam a isto a arte de bem receber. “ A vitela assada à moda de Sever com arroz do

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ocalizado na região centro, nos limites do distrito de Aveiro, Sever do Vouga mantem toda uma panóplia de especificidades únicas naturais e patrimoniais. “Sever do Vouga tem três marcas importantíssimas que são o verde, a água e o mirtilo.”Temos uma natureza riquíssima, cuja beleza só por si, é um atrativo para o concelho. O rio Vouga e seus afluentes são embelezados pelas várias cascatas onde se destaca a “Cascata da Cabreia”. A mistura de cultura e diversão Aproveitando todas estas características ímpares e juntando os locais bucólicos espalhados pelo concelho, Sever do Vouga tem à disposição dos seus

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forno é uma marca de grande qualidade gastronómica e que é servida na maior parte dos restaurantes durante todo ano. A lampreia é um produto mais sazonal e apenas se faz durante estes três ou quatro meses”. Se é apreciador de pequenos frutos, então Sever do Vouga é um pequeno paraíso neste pedacinho de terra à beira mar plantado. São especialistas na produção de mirtilos e outros frutos de pequena dimensão, o que faz com que o concelho seja considerado “a Capital do Mirtilo”. A AGIM que é uma associação que promove tudo o que tem a ver com os pequenos frutos, incentiva a novas práticas agrícolas ligadas a pomares de mirtilo, framboesa, groselha, amora e apoia jovens empreendedores, dando-lhes formação e facilitandolhes os serviços necessários para o desenvolvimento sustentável dos seus projetos”. Todo este conjunto de particularidades como as paisagens raras, a boa comida, a dinamização do concelho através da cultura é, sem dúvida, a chave para a atribuição de um prémio justo que afirma a qualidade de vida que se tem em Sever do Vouga. “Melhor que ouvir falar ou ler, é visitar. Saem daqui, com certeza, convencidos que têm que cá voltar”.

munícipes e de quem o visita várias atividades. “Maximizando os recursos que dispomos, oferecemos uma variada gama de desportos de natureza como por exemplo, todo-o-terreno, B.T.T., paintball, canoagem, escalada, slide, rapel, canyoning, entre outras”. “De salientar também a existência de uma rede de percursos pedestres disseminados pelas várias freguesias do concelho e a ecopista do Vouga na antiga linha do Vale do Vouga, por onde irá passar também o Caminho de Santiago que estamos a sinalizar e homologar. “ Se não é tão ligado a atividades radicais e prefere apreciar a arquitetura, a história, a arte, Sever do Vouga também tem muito para lhe presentear. “Somos dotados de um rico património arqueológico, principalmente

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QUALIDADE DE VIDA

Do Douro para o mundo São João da Pesqueira, em toda a sua beleza, concilia a paisagem montanhosa natural com os socalcos característicos das encostas do rio Douro. Para além disto, é dotado de um vasto património histórico e arquitectónico. O País Positivo esteve à conversa com José Tulha, presidente da Câmara Municipal de São João da Pesqueira. princípios de Setembro, qual cereja no topo do bolo, temos o Vindouro, um evento que se tem vindo a afirmar no panorama regional, e que engloba a Festa Pombalina numa homenagem ao Marquês de Pombal que, para além de ter andado por estas paragens foi, como se sabe, o criador da Região Demarcada onde nos encontramos e de que somos o expoente máximo na produção de Vinho do Porto. A Festa Pombalina contempla um cortejo composto por figuras da época, onde se destaca naturalmente o próprio Marquês de Pombal que assim nos presenteia com a sua visita anual.

JOSÉ ANTÓNIO FONTÃO TULHA

Presidente da autarquia

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Douro agora está na moda. Há mais gente a visitar São João da Pesqueira? Sim. No entanto, às vezes confunde-se o Douro Região com o Douro rio. Eu percebo que os operadores turísticos promovam o rio e a sua rentabilidade, mas a nós cabe-nos aproveitar essas sinergias e tentar trazer as pessoas para dentro do território. E São João da Pesqueira tem as condições necessárias para receber os turistas? Estamos numa situação a que poderíamos chamar de pescadinha de rabo na boca: pessoas trazem serviços, serviços trazem pessoas. Ainda não temos camas em número suficiente para a procura que já começa a haver, mas já temos alguns locais em termos de turismo rural e turismo de habitação que estão a promover bem a região, nomeadamente no âmbito do enoturismo. Ao nível de eventos, o que tem São João da Pesqueira para oferecer? Temos vários eventos ao longo do ano, aproveitando as diferentes épocas. Por exemplo, agora que as amendoeiras florescem, organizamos fins-de-semana gastronómicos com a Festa dos Saberes e Sabores. Em Junho, pelo S. João, padroeiro da Pesqueira, organizamos um concorrido concurso de marchas e temos tasquinhas pela Vila com os mais tradicionais produtos regionais. Entre finais de Agosto e

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E em termos de gastronomia, o concelho tem também muito para oferecer aos seus visitantes? Eu costumo dizer que em todo o Portugal se come bem, cada um com as suas diferenças. Mas permitam que lhes diga: se há sítio em Portugal onde se come bem é seguramente em S. João da Pesqueira. Já experimentaram comer o nosso cabritinho? Nós temos uma gastronomia com muita qualidade, além de que as pessoas sabem receber bem e preocupam-se em dar o que de melhor têm e o que de melhor são. Como é que se promove a qualidade de vida no interior e esta interioridade tão característica quando, por outro lado, retiram tudo? Acha que viver numa grande cidade como Lisboa ou Porto, ou mesmo noutras de menor dimensão, é que é qualidade de vida? É que se acha que sim é por que não sabe realmente o que é qualidade de vida. A própria interioridade é sinónimo de bem-estar, de não stress, sinónimo de em que as pessoas realmente conseguem viver sem estarem preocupadas com o que têm a mais sem aquilo que seja o seu dia-a-dia. Portanto, não têm que se preocupar com filas intermináveis de trânsito, com as poluições que existem nos grandes centros, não têm que andar com os filhos de um lado para o outro e despejá-los em qualquer sítio. Nós temos aqui essa qualidade de vida e a sua defesa tem sido um apanágio dos sucessivos executivos que têm passado por esta autarquia. Ou seja, preocupamo-nos em dar esse bem-estar e essas facilidades. Temos equipamentos sociais no concelho que fazem, com certeza, inveja a muitos que estão nos grandes centros. Obviamente que não nos esquecemos de que, por outro lado, estão a querer “despir-nos”, estão a tentar despir a região de todos os serviços essenciais. Eu acredito, porque sou uma pessoa optimista, que o bom senso irá prevalecer e que de certa forma os serviços se vão manter na íntegra conforme hoje estão. Não se pode afirmar que o novo quadro comunitário de 2014-2020 irá privilegiar o interior do País e depois pretender retirar serviços públicos desse mesmo interior, forçando, com isso, à saída das populações desse mesmo interior. É que a acontecer tal “barbaridade” pergunto: O alegado apoio do novo quadro comunitário ao interior do país será para quê e para quem?

zonas industriais, parques industriais, como é que se consegue atrair novas empresas, investimento, se depois não há um tribunal, uma repartição das finanças...? E temos como agravante, e eu tenho sistematicamente referenciado isso, o problema das acessibilidades. Temos vindo a dizer em tom de brincadeira, mas com um sentido muito sério, que o nosso concelho mais parece uma ilha, sendo a ilha o concelho de S. João da Pesqueira e o mar as autoestradas, sem ligação a nenhuma. Nós quando nos referenciamos à distância entre localidades referimo-nos ao tempo e não aos quilómetros. Aqui cinco quilómetros demoram mais de cinco minutos a percorrer. É o caso da distância de S. João da Pesqueira a Tabuaço, que são trinta quilómetros, mas demora-se uma hora a percorrer. Por exemplo, ir a Moimenta da Beira, para onde nos querem empurrar com o pretenso encerramento do nosso Tribunal: Não há transportes públicos nem temos estradas diretas... Ou melhor, temos a estrada nacional que não é melhor que as nossas estradas municipais. Todas as estradas que ligam as freguesias à sede do concelho, com exceção de uma ou outra situação pontual, estão requalificadas. Para Moimenta são cinquenta quilómetros e demoramos mais de uma hora. Para quem tenha que se deslocar, além dos custos acrescidos, é o tempo que se perde. Já para não falar de quem não tem carro próprio... Se não tiver carro ou não tiver dinheiro para o táxi, não chega lá… Isso também acaba por também trazer muitos problemas sociais porque começa a pairar no ar as questões de justiça social, e os conflitos começam a ser resolvidos de formas não aceitáveis nos tempos que correm, não é verdade? Em Setembro tive uma reunião com a Senhora

Bastonária da Ordem dos Advogados, em Lisboa, e na interpelação que fiz alertei precisamente para a justiça que qualquer dia se vai fazer nestes territórios. Já não estamos no tempo de admitir justiça pelas próprias mãos. Ainda assim, São João da Pesqueira é um sítio maravilhoso para se viver, para se investir... Eu não caracterizaria melhor S. João da Pesqueira. S. João da Pesqueira é um sítio fantástico para se viver e ver crescer os filhos. Repare: temos todas as infraestruturas sociais fundamentais e necessárias a uma sociedade moderna. Creche, pré-escolar, Centro Escolar, altamente equipado, Escola Secundária, melhor apetrechada que muitas das escolas dos grandes centros – aqui só não estuda a sério quem não quer. E mais: Piscina coberta e piscina descoberta, pavilhão gimnodesportivo, cine-teatro com 400 lugares. Quanto ao investimento, S. João da Pesqueira é seguramente também um bom sítio para investir. Isto porque, por um lado, estamos a alargar a nossa zona industrial, cujos lotes são vendidos a preços simbólicos, sendo, portanto, muito fácil a qualquer investidor vir instalar-se entre nós, e, por outro lado, todos os investidores encontrarão em nós gente de braços abertos para os receber e apoiar. Apoio concreto. Palpável. Temos em curso um conjunto de ações que visam precisamente apoiar os empresários do concelho, de que destaco o programa Finicia, em parceria com a Caixa Agrícola de S. João da Pesqueira. Até porque as empresas de São João da Pesqueira devem ser responsáveis por grande parte do dinheiro que entra em Portugal, nomeadamente ao nível das exportações? Sim, o vinho do Porto é das principais fontes da economia portuguesa. Nós somos, como já atrás referi, o concelho, na região do Douro,

Depois de se ter feito tantos investimentos em

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QUALIDADE DE VIDA

maior produtor de vinho do porto e de vinho de mesa. É pena, realmente, que esse valor não seja reinvestido na região. Começou há uns meses um novo mandato. Quais são as linhas orientadoras deste mandato? Penso que a continuidade do que fizemos no primeiro mandato é fundamental porque não se consegue fazer muita coisa em quatro anos. Nesta função os prazos têm que ser mais dilatados. Defrontamo-nos, claramente, com a questão social nesta altura. Percebemos que há necessidades em que a autarquia tem de ajudar quem mais precisa. Por outro lado, sabemos que só com empreendedorismo é que se consegue arranjar empregabilidade e, assim fixar população. É essencial promover esse empreendedorismo para que se consiga desenvolver o concelho. Pretendemos, assim, dar continuidade a todo um projecto iniciado no primeiro mandato. É um projeto ambicioso? Sim, mas é, sobretudo, um projeto credível, pensado, estruturado e adaptado á realidade económica e social do concelho e da sua idiossincrasia. Queremos desenvolver e dar a conhecer São João da Pesqueira e as suas inequívocas potencialidades. Temos tentado divulgar o concelho além-fronteiras inclusive. Temos estado em Macau, em feiras de vinhos. Tentamos promover o máximo que podemos. Temos tido um feedback positivo porque sabemos que há produtores/distribuidores que já estão a fazer exportação dos seus vinhos diretamente para o mercado asiático. São João da Pesqueira é uma janela de oportunidades?

É só aproveitar. Está cá tudo. Quem quiser investir e até mesmo viver cá tem tudo. Temos piscinas, pavilhões gimnodesportivos, toda uma panóplia de equipamentos para os jovens e menos jovens. Têm acesso a tudo como nos grandes centros. Além disso, têm a vantagem que é tudo ao sair da porta, sem filas de trânsito intermináveis, sem confusão.

Roteiro Como chegar Vindos do Porto: (169 km * +/- 2hl5): -Entrar na A4 (portagem) -Passar pela portagem, seguir pela IP4 (só 4 Kms) e sair na direção de Mesão Frio, em direção a Régua -Passar pela Régua, atravessar a ponte e seguir as indicações relativas a S. João da Pesqueira Vindos de Lisboa: (429 km * +/4h30): -Entrar na Al e seguir até Albergaria (portagem) -Entrar na A25 em direção a Viseu -Entrar na A24 em direção a Régua e sair no Nó de Valdigem em direção a S. João da Pesqueira -Vindos de Viseu: (109 km * +/- lh30): -Entrar na EN229 direção ao Sátão; -Passar no Sátão, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Penedono, S. João da Pesqueira Onde Dormir -Casa de Campo Casa dos Cardenhos -Hospedaria O Casarão -Hotel Pesqdouro -Montanhas do Douro Resort & Spa -Moradia Turística O Forno da Devesa -Parque de Campismo da Mata do Cabo -Casa de Campo Quinta S. José -Solar do Corte Real - Casa do Adro Onde Comer -Adega d’Ana -Aguiar -A Toca da Raposa -Cantiflas -Carocha -Cepa Velha -Costa Velha -Cruzeiro -O Cais da Ferradosa -O Casarão -O Forno da Devesa -O Nacional -O Olival -O Sobreiro -Pesqueirense O que visitar -Rio Douro -S. Salvador do Mundo -Dólmen de Areita e Santos Mártires em Paredes da Beira -Praça da República -Capela da Misericórdia -Solar dos Távoras -Casa do Cabo -Igreja Matriz -Paços do Concelho em S. João da Pesqueira -Solar Corte Real em Vilarouco -Casa do Adro, Paço Episcopal -Solar dos Caiados Ferrão -Igreja Matriz (monumento nacional) em Trevões

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QUALIDADE DE VIDA

Descubra

os encantos de Penalva do Castelo Há sempre uma boa razão para visitar Penalva do Castelo, quer seja pelo seu património natural, pelos seus produtos de excelência, pela sua história Sendo assim, o País Positivo esteve à conversa com Francisco Lopes de Carvalho, presidente da câmara, para dar a conhecer um pouco do concelho.

ou pelas suas gentes.

FRANCISCO LOPES DE CARVALHO

Presidente da autarquia

Há qualidade de vida em Penalva do Castelo? Penalva do Castelo é um concelho do distrito de Viseu, com cerca de oito mil habitantes, composto por onze freguesias: é essencialmente rural e agrícola e a sua população envelhecida. Nos últimos anos – à semelhança da generalidade dos concelhos do interior – a desertificação tem-se acentuado. Só nos últimos dez anos, perdemos mais de 15 porcento da população, dos quais 40 porcento são jovens com menos de 25 anos. Neste início de mandato, estamos fortemente empenhados em contrariar esta tendência, destacando como medidas principais: a atribuição de subsídio aos nascimentos no concelho, a atração de investimentos propiciada pela Área de Acolhimento Empresarial em execução e a aposta na melhoria das condições de vida das populações e na divulgação das potencialidades turísticas. O nosso concelho é rico em termos de património histórico-cultural: existem diversos vestígios arqueológicos (sepulturas antropomórficas, anta, castro, pontes, mosteiro de Santo Sepulcro…) e um riquíssimo património arquitetónico (solares, palacetes e os ex-libris Casa da Ínsua e Igreja da Misericórdia). Vários artesãos continuam a manter os ofícios tradicionais (latoaria, cestaria, esculturas, estalinhos e entrançado de cordas e madeira, entre outros. O interior pode proporcionar uma qualidade de vida que outras regiões mais desenvolvidas nem sempre podem oferecer. No entanto, lamentavelmente, nos últimos anos todas as políticas governamentais

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vão no sentido de acentuar as assimetrias regionais. Não havendo uma política de investimento significativo orientada para as regiões do interior – com uma forte e legítima discriminação positiva – a luta travada por autarcas e outros agentes de desenvolvimento continuará a ser um pouco inglória e quixotesca. É evidente que cada vez mais as pessoas procuram melhores condições de vida no litoral e no estrangeiro, à medida que a agricultura se torna menos rentável, obrigando ao êxodo das populações rurais. O que deveras me preocupa é os nossos jovens – muitos deles com cursos superiores – terem de abandonar, involuntariamente, a sua terra, porque poucos regressarão ao concelho. Naturalmente, com as portagens nas antigas SCUT e com o iminente encerramento de serviços públicos, o investimento neste território torna-se menos atrativo, pois as empresas preferem os concelhos que sejam dotados daqueles organismos (Tribunal, Serviços de Finanças, entre outros), evitando os inevitáveis custos acrescidos inerentes às deslocações. Além disso, a presença destes serviços, gera movimento de pessoas, fomentando o desenvolvimento, nomeadamente ao nível da restauração e outros serviços. Penalva do Castelo é uma janela de oportunidades? Penalva do Castelo será sempre uma janela de oportunidade para as pessoas: depende daquilo que as mesmas procuram e anseiam. Temos um território excelente a nível agrícola (é o berço da maçã Bravo de Esmolfe e também aqui são produzidos o precioso vinho “Dão de Penalva do Castelo” e o queijo da Serra – a denominada trilogia de excelência dos produtos do concelho). Mas temos também uma riqueza paisagística e ambiental ímpar, que pode ainda ser potenciada a nível do turismo: o concelho é sulcado pelos rios Dão, Coja, Ludares e Carapito e, neste singular mosaico da beira, a natureza é pródiga e oferece ao visitante deslumbrantes paisagens e apetecíveis recantos. Penalva do Castelo é um polo de atração turística? Além do que já referi, o aprazível território

do concelho e o convívio com as suas hospitaleiras gentes são duas fortes razões para o visitante se sentir bem em Penalva do Castelo, fazendo da sua visita ou estadia uma situação reconfortante e memorável: aqui, o turista poderá desfrutar do prazer de percorrer as nossas quatro Rotas e dois Percursos Pedestres, convivendo com o ambiente da natureza e visitando alguns pontos de interesse, como aldeias, monumentos (caminho dos Galegos, igrejas, capelas, pontes, …) e sítios. A gastronomia é dos pontos valiosos do concelho. Qual a importância deste ativo para Penalva? A gastronomia é um património valioso e um fator de desenvolvimento do nosso concelho. O executivo está muito empenhado em ajudar a dinamizar e potenciar a restauração, que é uma importante maisvalia para a nossa terra. Os restaurantes locais ainda têm de dar alguns passos para aproveitarem melhor as oportunidades que o turismo em Penalva do Castelo já oferece e as potencialidades que serão exploradas no futuro. A Câmara Municipal continuará a sensibilizar estes agentes económicos para as enormes vantagens que advêm do facto de encontrar nos restaurantes de Penalva do Castelo ementas turísticas. Nos próximos quatro anos quais os projetos basilares para o concelho de Penalva do Castelo? As linhas que vão nortear o nosso mandato são as constantes no programa eleitoral que foi submetido a sufrágio e se encontra nas mãos dos Penalvenses, que estarão atentos, para verificar se o mesmo está a ser concretizado. O nosso objetivo primordial é proporcionar mais qualidade de vida aos Penalvenses, para aqui se poderem fixar, contribuindo para o desenvolvimento do nosso concelho. Vamos implementar políticas que podem contribuir para fixar os jovens no concelho. Esta é a nossa preocupação e aposta, para inverter a tendência crescente de êxodo das populações e de desertificação das aldeias. Temos que atrair investimento para Penalva! A principal aposta deste executivo é propiciar a instalação de pequenas e médias empresas na Área de Acolhimento

8 de Fevereiro: Feira/Festa do Pastor e do Queijo “A Feira/Festa do Pastor e do Queijo é um evento emblemático, com reconhecido historial e forte tradição no conjunto destes certames regionais. Naturalmente que este executivo não se furtará a esforços, empenhandose para que em 2014 atinja ainda maior brilhantismo. Haverá algumas alterações pontuais, mas pretendese que continue a conservar a sua genuinidade. O evento terá como ponto alto a emissão do programa televisivo “Aqui Portugal”, da RTP1, em direto durante toda a tarde”. Empresarial, atraindo investimento que promova a economia e o emprego, respeitando o ambiente e a sustentabilidade; para melhorar a acessibilidade a esta zona industrial, vamos continuar a execução da Circular à Vila, de modo a torná-la mais atrativa ao investimento. Estamos a tomar medidas que vão propiciar a aquisição de terreno para construção de habitação própria, a preços mais acessíveis sobretudo a jovens casais. Não podemos esquecer da área social, porque, felizmente, este território já dispõe de uma rede social significativa de Centros de Dia e Lares de Terceira Idade, geridos pelas IPSS. A autarquia vai adquirir uma Unidade Móvel de Saúde, para se deslocar às nossas aldeias e proporcionar cuidados de saúde primários e diagnósticos mais simples, tão necessários sobretudo à população mais idosa. Vamos disponibilizar transporte gratuito para as escolas a todos os alunos. Pretendemos ainda criar o Cartão Família Numerosa e o Cartão Idoso. Estamos a prestar apoio na aquisição de meios auxiliares na saúde às famílias carenciadas. Claro que a Cultura e o Turismo são domínios que também pretendemos privilegiar e cujo contributo é essencial para o desenvolvimento sustentado do concelho de Penalva do Castelo. Houve uma fase em que se promoveu muito a cultura no nosso concelho, mas nos últimos anos abandonouse muito essa política. Neste ano, vamos comemorar os 500 anos da atribuição do Foral Manuelino. Vai ser novamente editado o Boletim Municipal, através do qual informamos os munícipes sobre a atividade municipal desenvolvida. A cultura, nas suas diversas manifestações, é um fator essencial de promoção, desenvolvimento e progresso do concelho e merece a nossa aposta, de modo a contribuir para o reforço da oferta cultural no concelho e a sua atratividade turística.

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