Palop News - Março 2016

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Edição nº 49 Abril 2016

Distribuido em mais de 200 pontos

Notícias em Português no Reino Unido

Corrupção no Consulado de Portugal em Londres Advogada portuguesa e inglesa instalada em Londres há quase três décadas, insinua quadros do Consulado de Portugal em Londres, de alegadamente se deixarem corromper. Em causa, duas funcionárias do Consulado que supostamente terão recebido valores por favorecimentos diversos.

ARRANCA MISS PORTUGUESE WORLD Secretário de Estado das Comunidades visitou Reino Unido José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades é licenciado em Relações Internacionais e tem no seu currículo, além da presidência de uma autarquia, uma passagem pelo Comité das Regiões na União Europeia.

Fraude - Acusa o Consulado de Portugal em Londres

O Consulado Geral de Portugal em Londres denunciou através da sua página do Facebook, uma situação de fraude no agendamento de atos consulares.

Páscoa - Como Tradições e Rituais promovem a união da família A Páscoa está associada aos populares ovos de chocolate e amêndoas doces e à desculpa para mais uma reunião familiar. Para outros que são crentes, com valores religiosos.


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EDITORIAL São muitas as histórias e matérias que quase diariamente chegam ao nosso conhecimento. Umas boas, outras menos boas. Quando temos que decidir o que publicar e o que deixar para trás, equaciona-se a oportunidade temporal da publicação da matéria, o contexto em que se apresenta e fundamentalmente, o interesse que isso possa ter para a Comunidade. Quando são mencionadas

redacao@palopnews.com personalidades, temos ainda a considerar a forma como a publicação dessa matéria vai afectar as pessoas mencionadas. Sem pretensões a sermos juízes, equacionamos também a justiça dessa mesma publicação. Como se pode ver, são várias as coordenadas que antecedem a decisão de escrever, ou não, determinada matéria. Quando a matéria a publicar

se insere na área da investigação, existe um stress que se apodera de quem escreve na consciência de que, após publicado, já nada há para fazer. Antes de publicarmos um trabalho de investigação, temos o cuidado de escrever e ler. Ler e reler. Ler e reler para voltar a ler. A investigação, deve ser escrita com tempo suficiente de antecedência para que o trabalho possa marinar em silêncio para, depois de adormecido na memória, possa voltar a ser lido, para voltar a ser relido, para voltar a ser anotado, alterado, cozinhado numa consciência de cultura de informação. Um jornal, existe para construir, ou, na pior das hipóteses, ajudar a construir. Uma sociedade informada, um pú-

blico esclarecido, uma vontade colectiva. Um jornal, existe para informar mas existe também para formar uma opinião pública que esteja na posse de toda a informação e de todas as questões. Para um jornal, não existem estes, aquele, nós ou os outros de forma separada. Para um jornal, existimos como conjunto de todos, sem excepções. Um jornal, liberta um espaço de discussão que passa pelas mesas dos cafés, tertúlias de amigos, transportes públicos, balcões de mercearia ou simples conversas de telefone. É no contexto deste oceano de responsabilidade, que no Palop News, decidimos o que publicar, absolutamente focados em quem nos lê. Páscoa Feliz


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Julgo que os serviços consulares, nomeadamente em Londres, são bem a demonstração não apenas do modo como se foram retirando recursos aos serviços consulares, mas ao mesmo tempo também, como exemplo de uma Comunidade que cresceu muito em termos de dimensão e de exigência dos serviços consulares. E a prova está naquilo que é o movimento consular no posto de Londres onde fazemos mais de seis mil actos consulares por mês. Em Outubro atingimos mesmo os sete mil actos consulares. Respondemos mensalmente a mais de doze mil mensagens por e:mail e atendemos mais de dois mil telefonemas. - Quantas chamadas ficam por atender e quantos e:mails por responder? Não lhe sei quantificar mas sei que há chamadas telefónicas

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para 2016, está em curso uma melhoria do serviço prestado à Comunidade. Mesmo assim, é preciso desenvolver outros esforços noutras frentes. Além do esforço nas condições humanas nomeadamente no número de funcionários, há outras frentes em que estamos a trabalhar. Uma é na modernização informática e administrativa dos serviços consulares por intermédio da constituição de um sistema integrado de gestão consular, depois no reforço das permanências consulares deslocalizando o atendimento para zonas que estão mais distantes do Consulado mas também procurando multiplicar esse numero de permanências consulares e ao mesmo tempo apostando na abertura de novos consulados honorários e atribuindo alguns poderes para poderem realizar actos consulares, avaliando a possibilidade de criarmos algumas antenas con-

Secretário de Estado das Comunidades visitou Reino Unido José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades é licenciado em Relações Internacionais e tem no seu currículo, além da presidência de uma autarquia, uma passagem pelo Comité das Regiões na União Europeia. Palop News Londres

- Sente que tem os argumentos necessários para o desempenho do cargo? A minha Formação académica na área das Relações Internacionais, da Ciência Política da Administração e dos Assuntos Africanos que desenvolvi enquanto licenciatura, e mestrado e também em fase de doutoramento, bem como a experiência académica lectiva porque também fui professor desta área a que acrescento a minha participação no Comité das Regiões, permite-me

ter uma leitura do modo como a Europa encara os problemas de desenvolvimento associada a uma experiência autárquica de 10 anos e as funções parlamentares que desempenhei, julgo que me dão a experiência política e ao mesmo tempo a sensibilidade para saber ouvir e interpretar as inquietações e as esperanças das Comunidades Portuguesas procurando dar um sentido de afirmação de Portugal no Mundo. - A Secretaria de Estado tem quadros suficientes para as ambições? Os recursos logísticos, de Re-

cursos Humanos e financeiros no seu conjunto são muito escassos. Para se ter uma ideia, nos últimos vinte anos passamos de dois mil e oitocentos funcionários consulares para cerca de mil e trezentos. Nos últimos quatro anos, perdemos cerca de quatrocentos funcionários. Esta circunstância ocorrida por força da vida orçamental e política do país que fez com que houvesse novos fluxos migratórios a par da escassez de recursos criou uma dificuldade muito grande na capacidade de resposta a uma procura que é maior e mais exigente.

que ficam por atender por falta de Recursos Humanos. Aquilo que temos que procurar fazer, é trabalhar em várias frentes. Em primeiro lugar , olhando para a escassez de recursos orçamentais e financeiros do país e paulatinamente, ir tentando reconstituir o número de funcionários, tendo como preocupação aqueles que por idade ou por doença se aposentam. Em segundo lugar, procurar corresponder a situações de urgência no conjunto das necessidades. - Londres é uma urgência? Londres tem vindo a melhorar numa imagem que se construiu num passado não muito longínquo. Temos feito uma avaliação muito criteriosa na forma como tem vindo a evoluir o serviço. Constitui ainda uma necessidade a contratação de Recursos Humanos mas quer com algumas contratações que se fizeram em Julho de 2015, e com o reforço de algumas contratações que se fizeram na transição de 2015

sulares nos lugares mais afastados do serviços consulares. São um conjunto de frentes em que estamos a trabalhar para garantir um atendimento tão qualificado quanto possível aos nossos compatriotas. - Uma das matérias mais discutidas nos últimos tempos, são as propinas do Ensino do Português do Instituto Camões. Os portugueses a viver em França não pagam essa propina. Já em Inglaterra, essa propina é paga. É justo que assim seja? As propinas ou taxa de inscrição não integrou o Programa Eleitoral do Partido Socialista e também não integrou o Programa do Governo. No que diz respeito a este ultimo e no que diz respeito ao Ensino do Português no Estrangeiro, há algumas prioridades. A primeira prioridade, é garantir prorrogação do mecanismo extraordinário das alterações cambiais que significa um esforço para o Governo de Portugal superior a três milhões e meio


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de euros e garantir que até Junho deste ano, esse mecanismo extraordinário de correcção cambial se torne em mecanismo definitivo. A segunda prioridade, é trabalhar junto das autoridades dos países de acolhimento para que o Ensino da Língua Portuguesa seja integrada na estrutura do Ensino Curricular e no Sistema de Ensino desses países de forma a que a Língua Portuguesa, seja reconhecida como Língua estratégica e internacional. A taxa de inscrição, possibilitou a oferta de um conjunto de condições para a promoção da Língua e da Cultura portuguesas que na sua falta ou extinção, será uma oferta que terá que desaparecer. Estamos a falar nomeadamente do financiamento das actividades de Coordenação do Ensino do Português no Estrangeiro que garantem a certificação do Ensino do Português. Estamos a falar da oferta dos manuais escolares, da oferta das bibliotecas escolares e das actividades de Formação e Qualificação dos professores do Ensino do Português no Estrangeiro. Tudo isto significa um investimento estimado em cerca de milhão e meio de euros que corresponde à receita proporcionada pela Taxa de Inscrição. Se retirarmos a Taxa de Inscrição, teremos que avaliar como é que se pode garantir este conjunto de iniciativas de promoção da Língua e da Cultura Portuguesa no Estrangeiro que de outra forma não há condições de poder financiar. Reconheço que apesar de tudo, há um sentimento de relativa injustiça entre os sete países onde se paga a propina e um conjunto de outros países onde não se paga a propina. Não estando no Programa do Governo, temos que trabalhar no sentido de corresponder a uma expectativa que há-de minorar um sentimento de injustiça na aplicação dessa taxa de inscrição e é isso que procuraremos fazer em diálogo também com os deputados na Assembleia da República. - Nessas ambições que a Secretaria de Estado tem, está contemplada a Escola Portuguesa em Londres? Temos muito interesse em trabalhar no Ensino do Português em Londres em duas dimensões.

Uma na inserção da Língua Portuguesa na estrutura curricular e pedagógica nas escolas do Sistema de Ensino inglês, garantindo que a escola tem um estatuto no quadro das línguas ensinadas no Sistema de Ensino Inglês e, em segundo lugar, manifestamos à nossa Coordenadora em Londres que terá o apoio institucional a essa iniciativa da criação de uma escola bilingue em Londres destinada a todos quantos queiram aprender a Língua Portuguesa enquanto Língua internacional e Língua de expressão da paz, da cooperação e do desenvolvimento e de partilha de valores de humanismo e enquanto tal, deve ser considerada uma Língua estratégica

constituir, pelos recursos que seria necessário mobilizar, poderia vir a constituir uma desigualdade na oferta e no acesso á cultura portuguesa no Mundo. - As próximas eleições para conselheiros vão cumprir o calendário? Está prevista alguma alteração no modelo do Conselho das Comunidades? Não se prevêem alterações no modelo que foi recentemente criado. Há um valor que é essencial. Garantir estabilidade legislativa. O Conselho das Comunidades foi eleito e temos em vista realizar até final do mês de Abril a primeira reunião plenária em Portugal e não está prevista alteração das atribuições

Gostava que isso pudesse acontecer. Aliás, constitui um dos compromissos do Programa do Governo. Convém porém estabelecer três níveis de responsabilidade. Há um nível de que é exclusivo da responsabilidade da Secretaria de Estado e que tem que ver com a mobilidade dos nossos serviços consulares, com o apoio ao movimento associativo, destinado ao recenseamento e à mobilização para a participação eleitoral. Isto tem que ver por exemplo com a possibilidade de abrirmos mais mesas de voto e desenvolver campanhas de sensibilização para o recenseamento mas depois há matérias que não dependem exclusivamente da vontade da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Há matérias que dependem do Ministério da Administração Interna que detém as competências em matéria eleitoral por um lado, e a COREP que é uma estrutura que depende do Ministério dos Negócios Estrangeiros

e há matérias que têm que ver com a reforma da Lei Eleitoral, cuja matéria depende exclusivamente da Assembleia da República. Julgo que temos que desenvolver um trabalho articulado e em diálogo com todas estas frentes com o Primeiro-ministro que tem esta preocupação de poder proporcionar aos cidadãos portugueses no estrangeiro, outras condições para o exercício da sua participação de cidadania política e esse é o nosso objectivo. - Qual é a orientação que tem para o Fundo de Relações Internacionais? O Fundo de Relações Internacionais depende directamente do Ministro dos Negócios Estrangeiros e tem um regulamento que estabelece regras claras, transparentes e objectivas no modo como utiliza os seus fundos no apoio às relações internacionais e à Diplomacia Portuguesa. Não é uma matéria da minha competência.

MPW abre Londres O concurso Miss portuguese World, especialmente vocacionado para jovens do sexo feminino com passaporte português, abre a sua apresentação para 1 de Outubro de 2016. Palop News Londres

não apenas para Portugal mas para todos os países que têm relações com as áfricas austral e ocidental, a Ásia ou a América Latina, espaços onde a Língua Portuguesa tem uma função de primeira importância a desempenhar. - Nesta sua visita a Londres, tomou conhecimento sobre o projecto do Centro Cultural Português? Sim falaram-me. Não temos condições financeiras para encarar esse projecto como uma prioridade. A primeira prioridade do Estado Português, continuará a estar centrada no apoio e na dinamização de iniciativas culturais que se desenvolvem um pouco por toda a Grã-Bretanha e não apenas em concentrar essa oferta cultural num único ponto na medida em que isso poderia

do Conselho das Comunidades Portuguesas. - Quando terminar o mandato vai para eleições ou terá um prazo de espera como aconteceu da última vez, em que as eleições se registaram com um atraso de quase três anos? De forma alguma. Temos que garantir que os termos do seu estatuto sejam escrupulosamente cumpridos, quer no que diz respeito à convocatória dos actos eleitorais , quer no que diz respeito à necessidade de saber ouvir e respeitar os pareceres e recomendações do Conselho das Comunidades, quer às condições do seu funcionamento. - Será no seu mandato que podemos contar com as ferramentas digitais nos processos eleitorais?

O programa, prevê um evento para o desfile final a incluir uma agenda exclusiva. Das candidatas, serão seleccionadas aquelas que terão direito a participar em concursos internacionais em representação de Portugal. A organização, registada em Londres, procura jovens portuguesas onde quer que se encontrem, para participarem um concurso que visa a perspectiva de uma carreira. As

questões sociais marcam também presença pelo que todas às candidatas terão que fazer prova de valores ligados ás causas sociais como as pessoas, os animais ou a natureza. O evento final será anunciado depois do início dos ensaios. “Estamos em fase de casting’s e só depois agendaremos o local do evento” – diz Enrique Rojo da Organização MPW. O Palop News é o sponsor mídia do evento. Envia o teu e:mail com 2 fotos para redacção@palopnews.com.


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A Morte e o Morrer Comecemos por analisar a psicologia do morrer, como sendo esta a problemática das problemáticas.

Alexandra Silva Londres

A perenidade do tema deveria ajudar, mas, infelizmente, o tabu não é ainda encarado com a devida franqueza. É difícil, é surpreendentemente difícil saudar tal tema. Ele mói, ele dói. Ele carrega a cor negra – se me permite a universalização – que não me foi mais do que incumbida pela sociedade. Mil perdões, desde já, pelo primeiro réu que acabo de apresentar – a sociedade. Mas que outro julgamento poderei eu fazer se é esta mesma sociedade

que teima em não arrostar um dos fenómenos mais naturais que sucede, desde que o mundo é mundo. Desde que – ao seu critério - se deu a explosão do Big Bang ou, desde o primeiro dia em que Deus criou a Terra. A questão não se debruçará certamente na aceitação de que a morte acontece, deixe-me que ponha isso em termos claros, mas antes na visão coletiva que temos dela. A nossa cultura ocidental envolve a morte em medo, saudade, tristeza e inquietação, é um facto. Somos indíviduos demasiado preenchidos com as nossas vidas e afazeres rotineiros que a morte é como que quase esquecida, debandada por assim dizer do nosso meio social, tornada mesmo anónima, tal como disse o filósofo contemporâneo Gadamer «um desaparecimento da experiência da mor-

te, (...) esta foi marginalizada e reprimida». A prática da Distanásia parece ser um dos conceitos que domina a nossa sociedade. Esta, em parceria com a nossa ‘’fuga social’’ ao tema pelo qual tanto temor temos, remete-nos para uma atitude retrógada de tentar preservar a vida a todo o custo. Permanecermos vegetais, inválidos, parece, por vezes, ser o derradeiro triunfo da medicina. Só porque o coração ainda bate artificialmente... Mas bate, e é isso que interessa, não é doutores? E que honréis sempre o vosso juramento de curso, mesmo que, contraditoriamente, sejais os primeiros a declarar falta de esperança nesses casos em que ‘’é o fim de linha’’ e ‘’não há mais nada a fazer’’, a não ser aumentar a dose das morfinas para enganar e camuflar as dores do enfermo em questão.

Será que a sociedade não compreende que a morte dorme ao lado de um dissimulado batimento cardíaco? Ou, nem iremos tão longe, caro leitor. Vejamos. A prática da Eutanásia parece ser ainda tão condenável por muitos, mas no entanto, os mesmos que a condenam são os primeiros a, inconscientemente, concordarem com o double effect (efeito duplo), uma prática disfarçada e camuflada, à qual o doente acaba mesmo por morrer eutanasiado. Por outras palavras, os mesmos medicamentos que lhe retiram o sofrimento físico - ou parte dele - são os responsáveis por 80%, em muitos dos casos, pela morte do paciente. Ele grita com as dores insuportáveis, de certo modo incomoda os pacientes do lado que certamente desejam descansar, não lhes resta outra solução do que a ‘’mágica’’ combinação, sedativos + morfina. E será este o ponto crucial pelo qual a ética deveria imperativamente levantar-se e pedir

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a palavra, pois tal situação está longe, e sublinho ‘longe’, de um final de vida com qualidade ou qualquer tipo de dignidade. Isto sim, é encobrir um passivo abandono do enfermo, que apesar do par de enfermeiros e médicos que o rodeiam, não deixa de estar sozinho, mergulhado no seu próprio sofrimento. Perdido. Frustrado. Revoltado. Abandonado. Quando se fala em determinar a própria morte os vários conceitos envolvidos, e intrinsecamente envolvidos, são a dignidade, a misericórdia e a qualidade de vida, pelo bem. Não é querer ver-se livre do doente, é simplesmente libertá-lo do seu maior pesadelo. Dar-lhe liberdade de escolha, dar-lhe a oportunidade da sua individualidade, não somente amontoá-lo aos demais. As éticas entram em conflito quando o tema ‘Eutanásia’ se levanta. E é daí mesmo que se advertem as discóridas e divergências de opiniões. E ainda bem que assim o é. Olhe o que era se gostássemos todos do amarelo.


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Páscoa- Como Tradições e Rituais promovem a união da família By Marta M Pires

Palop News Londres

A celebração do ritual da Páscoa, como o ritual do Natal, é uma oportunidade para a reunião da família, para a cele-

bração e reforço da unidade familiar. Mesmo que muitos não se identifiquem com significado simbólico ou religioso associado a este ritual, o acto e a celebração mantêm-se. Por isso coloco a questão de como encontrar, nos dias de hoje, o equilíbrio entre a perda de identificação com o significado e sistema de valores religiosos, representado pelo Ritual da Páscoa e a manutenção deste ritual como um acto benéfico para a família? Eu não acredito na cerimónia Páscoa mas parece-me importante a reunião com a família, para o reforço dos laços familia-

A Páscoa para muitos está associada aos populares ovos de chocolate e amêndoas doces e à desculpa para mais uma reunião familiar. Para outros que são crentes, com valores religiosos, a Páscoa está associada às celebrações litúrgicas da paixão e da ressurreição de Cristo.

res, do sentimento de união e de apoio. Tendo em consideração que um dos maiores problemas que a sociedade contemporânea enfrenta é a desestruturação dos núcleos familiares e o impacto que isso tem para o desenvolvimento das crianças. A manutenção de rituais que promovem as relações familiares, mesmo sem a crença, é muito importante e benéfica. Dado que cada vez mais devido ao ritmo intenso da vida profissional, os pais passam cada vez menos tempo qualitativo com os filhos e muitos encontram-se separados da família de origem, ou em diferentes cidades ou países, sendo rituais como a Páscoa e o Natal que promovem a reunião das famílias. Seria interessante fazer uma reflexão sobre os rituais familiares. O que os rituais trazem de tão importante para além do convívio? Carl Jung, já reconhecia a importância desempenhada pela presença de rituais na estrutura das culturas humanas. Tais rituais humanos comuns a todos os povos, tais como casamento, transição da infância

para a vida adulta, nascimento e apresentação do indivíduo para a comunidade, rituais religiosos, das mais diversas formas, contribuíam para a estabilização da estrutura cultural que era transmitido a todos os membros e gerações. Os rituais, segundo Imber-Black & Roberts, são ritos simbólicos que auxiliam os indivíduos a fazer um trabalho de relacionamento, promover a mudança, cura, crença e celebração. Partindo desta definição podemos dizer que os rituais familiares são actividade sociais simbólicas, repetitivas, altamente valorizadas, as quais transmitem valores duradouros, atitudes e objectivos da família. Existem vários tipos de rituais familiares: a) Rituais de celebração: como por exemplo aniversários, nascimentos, casamentos, promoções. Comemoram o que é positivo, ou simplesmente expressam amor e carinho, promovem memórias familiares positivas. b) Rituais de libertação: que permitem uma pessoa lidar com emoções difíceis e promovem

um sentimento de proximidade e partilha. Podem ser utilizados em: processos de luto, reconciliação de diferenças e recuperação de eventos traumáticos. c) Rituais de transformação: importantes em fases de transição como a passagem da adolescência para a fase adulta. Os rituais dentro da família têm várias funções: permitem promover o sentimento de estabilidade, sobretudo durante situações de crise; Promovem apoio emocional em situações difíceis como perda e luto, reduzindo sentimentos de isolamento. Os rituais permitem a experiencia de socialização onde são transmitidas normas culturais, sistemas de crença da família. A participação em rituais também promove a identidade familiar, pois são ocasiões em que os membros da família transmitem valores e crenças familiares, reforçando a herança familiar e reconhecem as mudanças na família, reforçando também um sentimento de pertença dos elementos ao grupo e união. Continua pag seguinte


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Durante um ciclo familiar, ocorrem muitos e numerosos eventos e transições que nem sempre são devidamente celebradas ou reconhecidas. Tente celebrar o mais possível dentro da sua família qualquer evento ou marco pessoal. Crie os seus próprios rituais familiares.Porque os rituais, como a Páscoa, são essenciais para a promoção do bem-estar de qualquer família. Não só reforçam os laços de união familiar como promovem a criação de um ambiente onde o bem-estar pessoal é valorizado. São nestes momentos que através da celebração de rituais associados ao calendário religioso, mesmo sem o mesmo sistema de crença, temos oportunidade de nos reunir, apoiar, conhecer e reforçar todos os laços de amor e união que ajudam uma família em geral ou algum elemento em particular que possa estar a passar por uma fase mais difícil ou por uma situação perda ou luto. É esta união que promove a saúde emocional e nos ajuda ultrapassar senti-

mentos difíceis ou fases complicadas. Nos vários momentos do ciclo familiar uns elementos celebram, outros necessitam de apoio, mas a constante mudança e crescimento que estão na base da vida são muitos mais significativos no contexto estrutura de apoio e do amor que a família nos dá. A todos uma boa Páscoa na companhia da vossa família e daqueles que vos são mais próximos e queridos.

Marta é Psicóloga clínica. A sua experiencia clínica inclui atendimento psicológico com crianças e adolescentes e adultos. A Marta é também especializada em regressões a vidas passadas. www.martampires.com Se tem algum assunto que gostaria de ver abordado nas minha crónicas ou se tem alguma questão que gostaria de colocar, envie o seu email para marta_pires@yahoo.com

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Atlantico reforça produtos portugueses no mercado britânico A empresa de distribuição de produtos alimentares portugueses Atlantico, em conjunto com um grupo de produtores portugueses, recebeu clientes e convidados em Londres no Lord’s Cricket Ground no centro da cidade. Palop News Londres

´”Este é mais um esforço para que o mercado possa divulgar a melhor selecção de produtos portugueses que cada vez mais encontra no mercado britânico a sua preferência” – revela o administrador José Cruz ao Palop News. Questionado sobre os apoios recolhidos para este evento, o mesmo gestor afirma que “tudo isto é um esforço da empresa e dos nossos fornecedores sem qualquer tipo de apoio do Governo de Portugal” – revela. Sobre as dificuldades de penetração do mercado britânico, o gestor afirma que “se trata de um processo longo e de muito sacrifício. No entanto, foi sempre o objectivo de crescimento da

empresa vocacionar a sua acção para o mercado em geral e não apenas para o mercado da saudade” – disse. Na variedade de produtos expostos, destaque para os vinhos e a charcutaria que incluiu uma gama de enchidos fumados de peru. “Com as alterações de mercado as empresas têm que encontrar soluções e a produção portuguesa tem sabido responder às solicitações de mercado” – disse ao Palop News um dos expositores presentes. A finalizar, José Cruz lamentou que haja “outras iniciativas com as mesmas ambições mas que não traduzem a real capacidade de chegar ao mercado. Esta foi a nossa segunda edição e estamos já a pensar a próxima em 2017 que deverá ocorrer fora de Londres” – finalizou.

poucas cores. À direita, vejo um grupo de pessoas que se distinguem dos outros. São a família. Ali ao lado, estava o Zé com flores na mão. “Deve ir para um funeral, coitado” – pensei. Na verdade, muitas pessoas que eu consigo ver, estão floridas. A florista deve ter ficado feliz. Comecei a somar as imagens e percebi que estava num funeral. - Funeral? Deitado? Havia de haver um engano. Prometeram-me que dariam mais informação logo após estar

finalizado o «Relatório da Autópsia», daí a meses e eu nunca fui a funeral deitado. Pelo canto do olho, vejo o Américo. Ainda não fez contas comigo do dinheiro que lhe emprestei. Era a minha deixa. Desatei ao pontapé e à bofetada à tampa da embalagem como nos melhores filmes do FBI. Ninguém pareceu ouvir. Tentei rebolar o corpo para fazer rolar a embalagem onde estava metido. Não se mexia. Devia estar aparafusada porque nem sequer vibrava com a pancada

que lhe dei. Decido descansar e observar melhor. A Manuela está sem marido e ao lado do Carlos. Eu já desconfiava. O marido da Manuela que eu não vejo daqui, anda a ser enganado. Quando estiver com ele vou ver se me lembro de lhe dar umas dicas. O ambiente parece tranquilo. Não está cá ninguém a quem eu tivesse ficado a dever dinheiro. Decido voltar à carga. Escolho boxe e dou alguns socos em código morse. Aquela gente toda não me consegue ouvir? Tenho que lhes recomendar um Otorrinolaringologista. Se me lembrar, mando um e:mail a todos eles. Num esgueirar pelo canto do olho através da frincha, vejo o Antunes. Esperava vê-lo só amanhã. Também ele com flores e a ver se tem os sapatos brilhantes. É a primeira vez que o vejo sem o acordeão. Agora falaram do meu nome. Quem quer que seja que está a falar está a homenagear-me. Fala de mim como se eu fosse…, fosse, fosse aquilo que sou. Ou penso que sou. Pelo andar do discurso, daí a

minutos, iam tirar-me a tampa da embalagem e fazer-me uma surpresa. A família e alguns amigos, estavam juntos para me reconhecer. Até me trazem flores. Sinto-me nas nuvens. Podiam ter levado as flores a minha casa ou combinar uma festa num restaurante mas preferiram um espaço ao ar livre. Quiseram fazer-me uma surpresa. Só não percebo as que choram e os óculos de Sol mas estou feliz por terem vindo. Não tarda, vou fazer uma vénia e agradecer a cada um deles. Já sinto a embalagem a mexer. Espero aguentar-me de pé depois de tanto tempo deitado. Finalmente a embalagem parou e vejo flores por todas as frinchas. Continuo deitado. Sinto-me comovido pelas flores a que não me posso esquecer de retribuir logo que possa. Com as flores, a luz que entra pelas frinchas ficou mais ténue. Agora oiço um barulho que não distingo bem mas que me parecem aplausos e devem estar a cair mais flores. Está a ficar escuro. Tenho que parar de escreve.

Hó Diabo Manuel Gomes Londres

Ainda estou para perceber o que aconteceu. Ouvi dizer que só me vão dizer depois da autópsia. Neste momento, apenas sei que acabaram de me vestir e me enfiaram numa embalagem e estão a levar-me para onde não sei. A tampa da embalagem vai fechada. Do lado de fora, dois homens vão a conversar sobre a tabela da classificação do futebol. Oiço-os. Pelas frinchas que separam a embalagem da tampa e consigo ver que um deles está aos meus pés e o outro acima da minha cabeça. Entrei num carro que penso seja uma limousine. Continuo deitado mas a sentir a trepidação dos pneus na estrada. Eu sabia que um dia haveria de fazer uma viagem de limousine. Pena não ir sentado e não haver D. Perignon. Voltaram a tirar-me do carro. Estou ao ar livre e consigo rasgar maior visão pelas frinchas da tampa para a embalagem. Consigo contar seis sombras à minha volta como se fosse uma escolta. Dois junto à cabeça, dois a meio corpo, e mais dois aos pés. Devo estar a caminho de uma condecoração. Dou por mim a pensar se não terei sido raptado por um gangue que vai pedir o meu resgate. Do lado de fora, oiço gente a chorar alto e baixinho. Não os consigo ver. Acabaram de me pousar numa espécie de altar, pelo que percebo. Estão todos à minha volta. Acho estranho que várias pessoas estejam com óculos de sol num dia de


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Escritor Almeida Maia à venda no UK Palop News Londres

O escritor açoriano Almeida Maia anuncia uma tripla reedição dos seus primeiros trabalhos para o mercado internacional, além de um novo romance em 2016. Atualmente a residir entre Coimbra e Barcelona, e após um revés editorial que levou as obras “Bom Tempo no Canal”, “Capítulo 41” e “Nove Estações” a esgotarem na origem, o autor aposta nos mercados de expressão portuguesa além-fronteiras, sobretudo o Brasil, além das comunidades luso-descendentes dos Estados Unidos, Canadá, França e Reino Unido. As versões em papel, com capas renovadas pelo designer Miguel Maia, já estão disponíveis na Alemanha, Itália, Espanha, México, Índia, Japão, e brevemente na China, Holanda e Austrália. Licenciado em Psicologia e

mestrando em Psicologia do Trabalho, das Organizações e dos Recursos Humanos, Pedro Almeida Maia foi vencedor dos prémios literários Letras em Movimento 2010 e Discover Azores 2014, além de selecionado para a Mostra LABJOVEM 2014, considerado o Escritor do Ano 2014 pelo Correio dos Açores e de integrar o Plano Regional de Leitura dos Açores nos últimos anos. O autor e cronista anuncia também um novo romance. O título, as datas e outros serão anunciados em breve. Os livros estão disponíveis na plataforma da Amazon, mais precisamente emamazon. co.uk. - Bom Tempo no Canal:

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Exclusivo Palop News

Lita Gale insinua alegada corrupção nos corredores do Consulado de Portugal em Londres Advogada portuguesa e inglesa instalada em Londres há quase três décadas, desconfia de quadros do Consulado de Portugal em Londres, de alegadamente se deixarem corromper. Em causa, duas funcionárias do Consulado que supostamente terão recebido valores por favorecimentos diversos. Palop News Londres

Lita Gale, advogada em Portugal e Reino Unido e com escritórios nos dois países, denuncia um clima de alegada corrupção exercida sobre duas funcionárias do CGPL (Consulado Geral de Portugal em Londres). Em causa, está uma lista de advogados conhecida como “lista de preferência” que é distribuída pelo CGPL aos utentes, bem como duas funcionárias das secções de vistos e assistência social. Segundo Lita Gale, esta lista

“existe desde antes de 1996”. No entanto a advogada Ana Afonso Martins, advogada desde 2009, revelou ao Palop News que nem sempre assim foi: “Recordo-me de serem distribuídas as Páginas Portuguesas” (directório de empresas no Reino Unido) e de apenas “há alguns anos a esta parte ter sido elaborada uma lista de advogados que é distribuída” pelo Consulado. Refira-se que Ana Afonso Martins deixou de trabalhar com Lita Gale em 2012 e que Lina Gonçalves refere num dos seus e-mails que a lista só começou a ser publicada em 2011. No total

de três listas de diferentes anos, o Palop News detectou 17 escritórios de advogados que, contínua, ou alternadamente, são incluídos ou retirados nestas listas. No entanto, Lita Gale refere ao Palop News ter entrado pela primeira vez nesta lista, por pedido feito ao Cônsul Geral da época (1996). A Secretaria de Estado das Comunidades, em informação enviada ao PN, revela que “existe é uma lista de advogados recomendados, nos termos do regulamento consular e à semelhança do que existe em todos os consulados e embaixadas

no Mundo”. Segundo a mesma fonte, “A lista é formada por advogados que voluntariamente pedem para nela estar incluídos”, não especificando porém a quantidade máxima ou mínima de advogados presentes nessa lista e não tendo também enviado o Regulamento Consular a que se refere. Em contraponto, a Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Consulares, Rosa Ribeiro, afirmou ao PN que no Consulado de Paris, onde está colocada, “Existiu de facto há muitos anos, uma lista de advogados, bem como uma lista de tradutores” – disse,

para acrescentar – “Nós achamos que não competia ao Consulado nem registar alguém nas listas, nem aconselhar alguém. Trata-se de uma relação entre o cidadão e um advogado que não tem que passar necessariamente pela validação ou mais-valia que lhe pode dar o Consulado até porque, a verificar-se a existir uma lista, deveriam então constar dessa lista todos os advogados que existem em Inglaterra e não meia dúzia deles.” Curiosamente, para esta lista, não constam advogados capacitados no Reino Unido, fora de Londres. O mesmo entendimento, não


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terá tido o Consulado de Londres que comunica a Lita Gale através da funcionária Lina Gonçalves, que por e-mail revela “Lita infelizmente a lista está agora completa pelo que logo que seja feita nova avaliação (feita semestralmente) será considerado o teu pedido. Contudo, temos mais de 20 profissionais em lista de espera que pediram inclusão na lista há imenso tempo. Ninguém tem direito automático de ser incluído na nossa lista avulsa. Foram retiradas várias firmas e incluídas novas firmas, como é habitual” – para num outro e-mail

ves), porque razão a tem? Ou se a existência desta lista está regulamentada pela Secretaria de Estado, porque razão Paris deixou de a emitir? Como se explica a lista de espera? Mais uma vez, não tivemos oportunidade de obter qualquer resposta por parte do Consulado ou da funcionária em causa. Sabemos, isso sim, o que nos foi transmitido pela Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Consulares; em Paris foi decidido não elaborar a lista, como sabemos também o que nos transmitiu a Secretaria de Estado das Comunidades

referir que “Existem dezenas de advogados no Reino Unido que activamente trabalham para a Comunidade, não podendo todos ser incluídos na lista. De resto, não temos sequer obrigação legal de ter essa lista. Devo-te dizer que os que temos na lista pediram para ser incluídos, sendo que tu não pediste e estavas lá incluída.” Num outro e-mail de Lina Gonçalves para Lita Gale, é mesmo afirmado que o escritório da advogada constava na lista em primeiro lugar. Terá esta referência a ver com o critério de escolha? Em caso negativo, porque razão é este assunto mencionado pela funcionária do Consulado? Por outro lado, considerando que a lista de advogados distribuída em 2016, tem mais advogados que as listas anteriores, deixa no ar a questão sobre quantos advogados cabem na lista ou, qual o limite de advogados a incluir? Porque razão Lina Gonçalves afirma que Lita Gale não pediu para estar na lista quando é a própria que afirma tê-lo feito em 1996? Também aqui, há outras perguntas sem resposta tais como, saber se o Consulado não tem obrigação de ter esta lista (conforme escrito por Lina Gonçal-

que afirma estar esta lista sujeita a regulamento. No entanto, nos documentos e entrevistas gravadas e escritas a que o PN teve acesso, não estão referidos os critérios técnicos de acesso a esta lista, nem tampouco as razões pelas quais são retirados, à exceção do retorno dos utentes de que falaremos mais adiante. Lina Gonçalves, bem como a Secretaria de Estado, apelam ao retorno dos utentes sobre os advogados mas não referem de que forma esse retorno é feito. Contactado o escritório do advogado Peter Hughman, quisemos saber porque razão tinham sido excluídos da lista. A resposta pode parecer pouco esclare-

cedora. “O Consulado Português queria instruir uma empresa que lidasse com a imigração. Nós … não praticamos trabalho na imigração. Presumo que o Consulado exija aos advogados que possam ajudar os cidadãos portugueses com inquéritos sobre o visto no Reino Unido, que não é a nossa área de especialização. Esta é a causa provável para o nosso nome não estar na lista preferencial de advogados.” A ser verdade, a pergunta que se pode fazer, é: porque razão constou este escritório na lista dos advogados? Pergunta que tentamos fazer a Joana Gaspar, Cônsul Geral de Portugal em Londres e à funcionária Lina Gonçalves, mas sem êxito. Em causa, estará o alegado encaminhamento de negócios a que os advogados mencionados nas listas poderão ter acesso, pelo simples facto de estarem ali presentes. Supostamente, é esta a razão do clima de pressão para fazer parte desta lista. Lita Gale, terá mesmo escrito a Lina Gonçalves reclamando pelo facto de ter sido retirada da mesma lista, referindo que este facto afecta “os nossos interesses e os da comunidade” – diz. Quanto à funcionária consular Lina Gonçalves, o PN tem provas do encaminhamento de clientes directamente ao cuidado da advogada Ana Afonso Martins, que depois veio a abrir o seu próprio escritório e que passou a constar da lista. Num dos casos, a funcionária consular afirma “ Minha querida mandei uns clientes para ti hoje que são uns queridos por isso trata-os bem”. Num outro caso, uma advogada em Portugal escreve a Ana Afonso Martins, dizendo que esta lhe foi recomendada pela Lina Gonçalves. “O seu contacto foi-me dado pela minha amiga da Lina do Consulado português em Londres”.

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As nuances de intimidade entre esta advogada e a funcionária do Consulado, vão porém mais longe. Quando um advogado português a residir em Londres tentou a sua inscrição na lista preferencial de advogados do Consulado, também foi entre Ana Afonso Martins e Lina Gonçalves que a apreciação foi feita. Lina Gonçalves, em e-mail dirigido a Ana Afonso Martins, questiona esta sobre se conhece o advogado em causa, tendo obtido a resposta. Contudo, Lina Gonçalves, não deixa de articular o seu comentário sobre este advogado candidato a estar na lista. “Estou curiosa porque ele pede imensas marcações mas nunca ouvi falar dele e é advogado português, tem o registo na AO mas aqui não tem nada” – para acrescentar noutro e-mail – “parece que pede marcações diariamente e cobra bastante por isso”. Contactamos o advogado em causa que se limitou a referir ao PN que os preços pedidos, eram-no para a empresa ao serviço da qual se encontrava e não para ele próprio, ou por preços por ele tabelados. Para Lita Gale, não restam dúvidas. “ Eu tenho os e-mail’s da

Lina Gonçalves a mandar clientes para a Ana Afonso” – disse para acrescentar – “A Ana Afonso Martins disse-me que quando saíam juntas, pagava almoços, jantares, férias, bilhetes” - revelou ao PN. Segundo Lita Gale, os serviços de tradução de documentos dos utentes, eram alegadamente entregues por estes, no escritório da Word Power Translation (Empresa de tradução), que por sua vez, seriam traduzidos, por encomenda a Lina Gonçalves que é ao mesmo tempo, responsável pelos Serviços Sociais do Consulado de Londres, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e em determinada altura, responsável pela elaboração desta lista: “O escritório de traduções Word Power Translation, pagou em dinheiro a Lina Gonçalves, entre duzentas a trezentas libras sem a nalmente, pelos serviços de tradução de documentos simples e com tradução de má qualidade. Isto durou entre dois a três anos e sem qualquer documento de suporte para o pagamento. “ A entrega das traduções,

era, alegadamente, a forma de compensar o facto de estar presente na lista de tradutores, também distribuída pelo Consulado. “Sempre senti que ao não entregar as traduções à Lina Gonçalves, seria a forma de deixar de estar presente na lista de tradutores” – diz Lita Gale. Seria assim, a forma de « p a gar» o

«fav o r » de estar na lista de tradutores e advogados distribuída pelo Consulado? Pelo escritório de Lita Gale, terão passado alguns dos advogados que constam das listas. Rui Sérgio Pião, Célia Brito e Ana Afonso Martins são mencionados por Lita Gale como antigos colaboradores do seu escritório. Célia Brito contradiz dizendo que nunca trabalhou no escritório de Lita Gale mas que teve com este

escritório, uma colaboração que terminou em 2008. Evidente, é a vontade dos escritórios de advogados fazerem parte desta lista, cuja “avaliação (é feita(?) semestralmente) ” sob a responsabilidade de Lina Gonçalves, sem contudo mencionar qual o critério pelo qual se rege a entrada de advogados nesta lista.

Num e-mail de Outubro de 2012, Lina Gonçalves afirma: “Fiquei incumbida, dado o meu conhecimento da comunidade e de várias firmas de advogados, sendo eu também qualificada, de organizar uma lista de advogados para divulgar a quem a nós se dirige, cidadãos nacionais e estrangeiros”. No entanto, num outro e-mail de Julho de 2013, a mesma Lina Gonçalves afirmar que “a lista será actualizada de acordo com indicações superiores”.

Assim, num espaço de tempo inferior a um ano, Lina Gonçalves terá aparentemente deixado de ser qualificada e passou a elaborar a lista segundo indicações que lhe eram fornecidas. Contactada a Secretaria de Estado das Comunidades, confirmamos que os advogados, “Para serem aceites devem apresentar o comprovativo de que estão inscritos na Ordem dos Advogados e apresentar referências. Essa lista é oferecida a todos quantos a pedem, mas nela se indica que o Consulado não se responsabiliza pela atuação dos profissionais referenciados”. Também aqui, encontramos espaço para questões para as quais não obtivemos resposta. Se o Consulado não assume responsabilidade pelos escritórios recomendados, porque razão recomenda estes e não todos os que solicitam a sua admissão na lista ou mesmo, nenhum advogado, deixando o mercado funcionar livremente? Sendo verdade que, tal como refere a Secretaria de Estado das Comunidades, a lista de Londres menciona que o Consulado não assume responsabilidade pelos advogados na lista, o mesmo não acontece nas listas dos consulados de Madrid ou Luanda recebidas pelo PN no âmbito deste artigo. O regulamento a que a Secretaria de Estado alude, pode não estar a ser cumprido em toda a extensão de postos


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consulares, ou, alternativamente, poderão haver consulados que supostamente não cumprem o regulamento como é o caso de Paris que alegadamente terá deixado de emitir a referida lista. Já no que se refere à exclusão de advogados da lista, parece haver sintonia entre o Consulado de Londres e a Secretaria de Estado. “Quando por alguma razão recebemos dos utentes queixas sobre algum dos referenciados, ou se vimos a saber que tal advogado já não exerce em Londres, normalmente são retirados da lista”. Também aqui, se torna curioso que a Secretaria de Estado se refira a Londres especificamente e não a todos os consulados espalhados pelo Mundo como é referido no e-mail da mesma Secretaria, em resposta às questões levantadas pelo PN. Também aqui, ficam as nossas dúvidas cujas respostas não nos foram dadas pelo facto de não nos terem concedidas as entrevistas solicitadas. A outra pergunta que deixamos publicada, é porque razão na sua resposta, a Secretaria de Estado fala especificamente de Londres? Será ou não, este um assunto que se multiplica por mais de uma centena de consulados em todo o Mundo?

Mais difícil ainda, é perceber os argumentos da Secretaria de Estado quando refere que são retirados da lista os advogados que deixaram de trabalhar em Londres, quando dessa lista constam advogados que nunca aqui trabalharam e com escritórios única e exclusivamente em Portugal. É neste ponto que Lita Gale é acusada pela funcionária Lina Gonçalves. A 30 de Julho de 2013, Lina Gonçalves escreve à advogada Lita Gale informando que “as listas são alteradas regularmente dependendo do eco que nos chega dos nossos utentes que, no caso da tua firma, nem sempre é positivo, havendo mesmo pessoas que ligam e lhe é dito que a advogada está em Portugal”. Também aqui, fica a dúvida com candidatura a legitimidade. Sabendo a população o fluxo dos telefones de atendimento do Consulado, de que forma os utentes transmitiam o retorno, sobre a qualidade de atendimento dos advogados da lista? E mais uma vez, a informação a que todos teriam direito, fica em suspenso ao critério de cada um. Lita Gale afirma que tal acusação é falsa. “Como é possível eu prestar um mau serviço se os ad-

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Joana Gaspar, Cônsul Geral de Portugal em Londres

vogados que trabalhavam para mim são alguns dos que estão na lista?” – pergunta. De acordo com as declarações de Lita Gale “sempre houve lista. “Eu pedi para entrar na lista em 1996 e sempre estive presente. Em troca, comprometi-me a ajudar os casos mais sensíveis de Portugueses a viver no Reino Unido, muitas vezes, de forma gratuita”. Mais tarde, Ana Afonso Martins passa a trabalhar nos escritórios de Lita Gale, tendo sido por esta apresentada a Lina Gonçalves com quem viria a criar uma relação de amizade pessoal. Enquanto Lita Gale afirma ser a origem da apresentação entre a funcionária do CGPL e a advogada Ana Afonso Martins, esta última revela ao PN que só teve acesso a estar na lista, “fruto de um caso em que defendeu uma família Portuguesa a quem, lhe haviam sido retirados os filhos”. Curiosamente é na altura em que Lita Gale é retirada desta lista, que permanecem os nomes de alguns advogados, ex-colaboradores do escritório de Lita Gale. Mais uma vez, a razão para esse afastamento apela ao facto de Lita Gale estar em Portugal, sem contudo considerar os escritórios de advogados que constam na lista mas sem escritórios no Reino Unido. Em simultâneo, Lita Gale revela ter feito esforços para denunciar a alegada corrupção ao anterior Cônsul Fernando Figueirinhas mas, sem êxito, até ao fim da sua

comissão. O mesmo esforço, foi alegadamente feito para fazer chegar esta denúncia junto de Joana Gaspar, actual Cônsul de Portugal em Londres: “Tentei falar com Joana Gaspar mas sem êxito. Falei com Cristina Correia da Organização do Dia de Portugal em Londres 2015, que me prometeu um encontro com Joana Gaspar que nunca veio a acontecer”. Contactada pelo PN, Cristina Correia não prestou declarações. Contudo, Lita Gale afirmou ao PN que Cristina Correia, com quem mantinha uma relação aparentemente amigável, passou a ser “fria e distante” – e acrescenta - “Os funcionários antigos que estão no Consulado há muitos anos, podem viciar o sistema. Qualquer novo “Cônsul que chegue aqui pode ter dificuldades”. O PN tentou contactar a Cônsul Joana Gaspar para esclarecer este assunto, não tendo obtido qualquer resposta esclarecedora. Sobre os critérios de avaliação para retirar advogados da lista, Lina Gonçalves refere o retorno que tem sobre os serviços prestados pelos mesmos. No caso de Lita Gale, o seu nome foi retirado, segundo Lina Gonçalves, por informações negativas fornecidas pelos utentes, num período em que este escritório tinha o atendimento assegurado por Ana Afonso Martins que, doravante, passou a fazer parte da lista com o seu próprio escritório.

Num e-mail de Outubro de 2012, época que coincide com a saída de Ana Afonso Martins do escritório de Lita Gale, é a própria Lina Gonçalves que escreve a Ana Afonso Martins para se esclarecer em relação à questão da lista. “Ana eu tenho uma questão: como vão ficar as coisas quando saíres da Lita Gale? É que eu preciso de saber por causa da lista consular pois creio que será melhor tirar o nome da lista uma vez que a Lita nunca me contactou sobre o assunto e eu inseri o nome na lista por causa de ti. Creio que agora será melhor retirar o nome da nossa lista. A responsabilidade na elaboração da lista é minha” – afirma Lina Gonçalves que também se afirma qualificada para a tarefa de selecção de nomes para a mesma lista. Como ficou dito acima, para Lita Gale isto é falso já que o seu nome já estava na lista antes da chegada a este escritório de Ana Afonso Martins. Por seu lado, Ana Afonso Martins, nega a acusação de enquanto colaboradora de Lita Gale, pagar almoços e jantares a Lina Gonçalves. “Qualquer coisa que tenha a ver comigo sobre esse assunto é falso”. No entanto, é a própria Lita Gale que afirma ter sido “Ana Afonso Martins, quando minha colaboradora, de me ter dito que pagava essas contas”. Já o advogado Andrew Bird, é mencionado por Lita Gale como podendo ter sido incluído nesta


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lista, por via de um relacionamento pessoal próximo com Lina Gonçalves, e que esta lhe confidenciou. Contactado pelo PN, Andrew Bird mostrou-se agastado com a informação, afirmando nunca ter tido qualquer tipo de relacionamento próximo com a funcionária do Consulado, embora a contacte com alguma frequência. Numa das listas, Andrew Bird consta como advogado em nome de uma empresa sendo que noutra lista, surge com o seu próprio nome. “Qualquer pessoa que tenha um Consulado a enviar-lhe clientes, está em condições de montar o seu próprio escritório” – diz Lita Gale. As acusações sobre a alegada corrupção não param por aqui. “Por volta de 1998, fui informada por um Árabe da Jordânia com ligações a uma fábrica de conservas (Bela-Olhão), que uma outra funcionária do departamento de vistos do CGPL recebia luvas no valor de mil libras por cada vez que era necessário um visto para este empresário visitar Portugal.

Era a palavra dele contra a palavra dela” – diz Lita Gale. Segundo o PN apurou, esta fábrica entrou em insolvência e o passaporte com que este empresário viajava, era, alegadamente, também ele falso de S. Salvador. Este empresário Árabe, terá sido passado para o escritório de traduções de Lita Gale, por outra advogada que também

consta nas listas. Célia Brito, com escritórios em Portugal, é também sugerida por Lita Gale de supostamente ter contribuído nos mesmos moldes para a alegada corrupção que atingiu o Consulado. Contactada pelo PN, Célia Brito recusa ter conhecimento de qualquer assunto relativo à corrupção no Consulado. “Sei que

há uma Lina Gonçalves no Consulado de Portugal que me foi apresentada por Lita Gale mas nunca lhe dei qualquer prenda” refere ao PN. Célia Brito assume no entanto, ter estado com Lina Gonçalves no Algarve e uma segunda vez com Lita Gale e Lina Gonçalves em França. Sobre quem pagou essa deslocação a França, Célia Brito apenas revela que ambas apareceram de carro. “Não sei se dividiram a gasolina ou não” – afirma. Ainda sobre o cidadão árabe da Jordânia, Célia Brito afirma não conhecer o nome que lhe fornecemos mas, relacionar o industrial de conservas a outro nome, aparentemente também Árabe. “Era o dono da fábrica e prestei serviços para essa fábrica” – revelou. Na mesma entrevista, Célia Brito recusa que alguém da sua família tenha trabalhado para este empresário conforme sugerido por Lita Gale e que tampouco conheça a funcionária da secção de vistos do Consulado. Ainda sobre o passaporte falso deste empresário, Célia Brito

afirma não o ver há cerca de 20 anos. “Não faço a menor ideia se é vivo ou morto” – disse. Célia Brito, assume porém a colaboração com Lita Gale que terminou em 2008 e que Lina Gonçalves lhe tenha sido apresentada pela advogada Lita Gale. Questionamos Célia Brito pelo facto de estar na lista preferencial de advogados do Consulado de Londres. “Não faço a menor ideia” – afirma para continuar – “Nunca tive um cliente vindo através do Consulado. Às vezes ligam para aqui, ficam com a informação de borla mas ao meu escritório nunca vieram” – remata. Célia Brito, afirma ainda nunca ter ouvido falar da lista dos advogados, a mesma que Lina Gonçalves afirma ter lista de espera e da qual foi retirado o nome de Lita Gale. Afinal, a mesma lista que deu origem a este artigo. “O meu nome pode estar nessa lista mas de certeza que não está lá nenhuma assinatura minha a pedir para me porem lá. Eu nunca pedi para me porem em nenhu-


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ma lista” – diz. Como é que uma advogada que não pediu para estar na lista aparece mencionada quando afinal existe uma lista de espera? Tudo, coordenadas de um raciocínio difícil de executar a contribuir para várias perguntas sem resposta. Ao mesmo tempo na Lista dos advogados do CGPL, figurou Danielle Schrimpton com sede no Algarve e que foi possível confirmar a sua profissão como solicitadora em Portugal, mas não como Solicitor ou advogada no Reino Unido. O PN tem em sua posse a lista de advogados que inclui Danielle Schrimpton. Ainda na nossa posse, um e-mail de Lina Gonçalves, afirmando que Danielle Schrimpton “está na lista como solicitadora não advogada” o que contraria o conteúdo da própria lista que não faz esta distinção. Segundo Lina Gonçalves, Danielle Schrimpton estará inscrita na lista como “solicitor não advogada com o nº de cédula profissional 4582 na Câmara dos Solicitadores” em Portugal. No site de Danielle Schrimpton, a imagem é contudo comum à generalidade da imagem dos advogados, afirmando mesmo ao PN que tem uma licenciatura britânica como advogada. Isso mesmo escreveu a própria Danielle Schrimpton ao PN. “ I am a Portuguese qualified Solicitor”, que na prática, significa duas coisas. Que em Portugal é solicitadora, quando lido por um cidadão português, mas que é advogada quando lido por um cidadão inglês em Portugal? Mesmo assim, Danielle Schrimpton acrescenta que tem uma licenciatura em Direito numa Universidade Britânica (Warwick), embora nunca tenha feito a aplicação como advogada Britânica. Na verdade, qualquer cidadão Britânico que consulte o website de Danielle Schrimpton pode ser induzido ao facto de estar a consultar uma advogada inglesa, quando na verdade, tudo aponta estar apenas a contactar com uma solicitadora portuguesa. É nesta fronteira cinzenta entre o “Solicitador” em Portugal e o “Solicitor” no Reino Unido, que reside um vasto espaço para confundir alguma ignorância popular sobre a identificação dos técnicos que podem, ou não, exercer actividades exclusivas. Também este nome, que foi

igualmente apresentado a Lina Gonçalves por Lita Gale, haveria de ser retirado das listas. Sobre a razão pela qual foi retirado o seu nome da lista, Danielle Schrimpton remete para o CGPL que como já foi dito, não aceitou o nosso convite para uma entrevista sobre estas questões. Também Célia Brito que aparece na lista associada a Sérgio Pião, presente nas três listas acima mencionadas, vê questionada a sua presença na lista por Lita Gale. “Será por ter pago jantares, almoços e outras coisas assim?” – Pergunta Lita Gale. Voltando a Lina Gonçalves, Lita Gale refere o processo disciplinar de que foi alvo a funcionária consular e do apoio prestado na redacção das cartas que lhe ofereceu de forma gratuita. Na mesma entrevista, Lita Gale revela que estando em Portugal, solicitou a Ana Afonso Martins o endereço de um cidadão português a residir no Reino Unido. “Essa informação foi conseguida e esse mesmo cidadão acabaria por ser envolvido num processo num Tribunal em Portugal”. Será legítimo que o Consulado forneça o endereço de um cidadão a um advogado? Estaremos seguros com a informação que enquanto cidadãos damos ao Consulado? Tudo perguntas que só teriam respostas no caso de os nossos convites terem tido uma resposta positiva para gravar as entrevistas. Além de não termos obtido qualquer resposta esclarecedora por parte do Consulado e das pessoas que lá trabalham, fica-nos a dúvida sobre o ditado português que afirma que «quem cala consente». Joana Gaspar, Cônsul de Portugal, respondeu que não tem competência para responder às nossas questões ao mesmo tempo que não indicou ninguém que o pudesse fazer. A Cônsul Geral de Portugal em Londres, deixa muitas perguntas sem resposta num trabalho que afeta particularmente o posto que gere. Uma curiosidade, é o facto de algumas das pessoas contactadas pelo PN, não precisarem de ouvir mencionar o nome da funcionária Lina Gonçalves e serem os próprios entrevistados a referir o seu nome voluntária e antecipadamente. Também a população detida, é apanhada na correspondência cruzada entre Lina Gonçalves e Ana Afonso Martins. Em

Agosto de 2012, mais uma vez Lina Gonçalves encaminha um cidadão português detido, para Ana Afonso Martins. “Ele chama-se J… A…… S…. F……., está detido em Harmondsworth IRC, Colnbrook By pass, West Drayton, UB7 0HB, Só o facto de que continua detido após cumprimento de pena é uma grave violação dos seus direitos humanos e creio que deverá ser defendido. Podes ver o que se passa por favor?”. Questionada pelo PN, Ana Afonso Martins deixa implícito que se tratava de um trabalho de voluntariado que estaria em fase de arranque mas que nunca foi avante. “Chegamos a falar sobre isso. Era uma coisa que ela (Lina Gonçalves) fazia através de uma «charity» onde tinha um amigo que fazia isso mas isso nunca foi avante” - disse. O PN decidiu contactar outros consulados de Portugal acerca da existência de uma lista preferencial de advogados. Fingimos estar no país em causa, com a necessidade de um advogado. A generalidade dos e-mails vieram devolvidos, no entanto, alguns deles forneceram uma resposta. Madrid respondeu com uma lista de advogados, tendo o mesmo acontecido com o Consulado de Luanda. Neste ultimo, além da lista, recebemos no corpo do e:mail as referências de um advogado que não está presente na lista numa referência direta a um único advogado. Neste trabalho, falamos também com consulados honorários e num destes casos, um Cônsul Honorário na Europa, respondeu: “Eu sou advogada com um grande escritório”. Para todos os efeitos, a existência de uma lista de advogados, parece uma prática consentida pelo próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros ao longo de várias legislaturas. Depois do Palop News anunciar que estava a trabalhar este artigo, foram várias as pressões a que estivemos sujeitos, pressões estas vindas dos mais diversos quadrantes. Algumas das personalidades aqui mencionadas, escreveram mesmo a ameaçar com processos em Tribunal. No Palop News, é ponto de honra não ceder à política do medo nem às ameaças, quando a informação é útil ao nosso pú-

blico. Fomos ainda confrontados com a possível perca de anunciantes como de resto já aconteceu no passado. Na edição de papel do PN anterior a esta, a ameaça foi de morte ao editor. O artigo, foi publicado. A nossa resposta é dada mais uma vez através das páginas do jornal. Aquando da visita do Secretário de Estado a Londres, o Palop News foi retirado da lista de convidados para a Residência do Embaixador. Temos a consciência de poder provar todas as vírgulas deste trabalho pelo que, ao contrário

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de quem nos ameaça, dizemos apenas que estamos prontos para responder a qualquer questão que nos queiram enviar, ao contrário de outras individualidades a quem convidamos para serem entrevistados e que recusaram o convite. Não cedemos ao medo, não procuramos vaidades, não pactuamos com a ausência de valores morais e de bom senso, quando em causa está a Comunidade que somos e à qual pertencemos. Quem não deve, não teme. E também não ameaça.


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Dia de Portugal Londres 2016 já mexe O DoP (Dia de Portugal) em Londres continua à procura das suas próprias soluções em cima de um modelo de festa que acusa 30 anos de existência. Palop News Londres

Para 2016, as informações disponíveis, revelam poucas novidades em função do que tem acontecido em anos anteriores. O evento, está anunciado para o Streatham Park, o mesmo local onde decorreu em 2015 e onde estreou quase uma década atrás. No imediato, começaram as acções de recolha de fundos tendentes à Organização poder agilizar o evento para a data de Domingo, 12 de Junho. O cabeça de cartaz já anunciado, será o cantor José Cid que já terá sido ventilado em eventos anteriores mas que nunca se tinha concretizado. No próximo dia 2 de Abril, terá lugar o jantar de apresentação do Dia de Portugal às 7.30pm no Scalibrini Fathers Hall, com a actuação de Hélder Lopes e a participação especial do fadista Paulo Jorge. Poderá fazer a sua reserva pelo e:mail info@dayofportugaluk.co.uk. Os preços para adultos £25 / crianças £10 - bebidas não incluídas. Uma das novidades, consiste na parceria estabelecida nos media, tendo sido seleccionado o jornal Brazilian News como parceiro privilegiado do dia dos portugueses. Outra das novidades a que o PN teve acesso, é a saída do evento da alçada do Centro Comunitário, estando neste momento registada como empresa

CIC (Community Interest Company) em nome de quatro portugueses encabeçados por José António Costa que se mantém como responsável máximo pelo evento. A inclusão do logo do Lambeth Council na comunicação, indica que se mantém o acordo com o Município assinado em 2015. A experiência do evento, indica por seu lado que João de Vallera, Embaixador de Portugal no Reino Unido, possa estar presente no evento como convidado. Para já, dois bancos portugueses decidiram apoiar o evento. Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco. Do ano anterior, repete o sponsor Small World que também se encontra incluído na comunicação. Outra referência que consta na comunicação, é a marca “Café de Nata” que o Google

diz ser um estabelecimento em Hammersmith, uma das zonas mais exclusivas a Norte de Londres mas que não foi confirmada pelo PN. Ainda por perceber, está o regime de exclusividade que este evento se prepara para apresentar nas contratações com os sponsors alimentares (Restaurantes/Stands) e seu fornecimento. Também a TAP aparece como repetente Já que tem sido um parceiro constante ao longo da história do DoP em Londres. Na próxima edição, a matéria central do PN será, como sempre, o Dia de Portugal, com a promessa de um trabalho de fundo como documento de um evento que merece continuar a existir e que merece também a informação da sociedade civil, por se tratar de um evento comunitário.


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Portuguese Got Talent UK Palop News Londres

Decorreu em Londres uma primeira iniciativa que reuniu cerca de 400 pessoas para ouvir cantar ao melhor estilo dos concursos musicais nas televisões internacionais. "Foi um êxito e vamos transportar a ideia para um regime de eliminatórias até haver uma Final" - revelou Pedro Fernandes ao Palop News. A vencedora foi Pamela Fom, uma cidadã brasileira com 32 anos a residir em Londres, que obteve a unanimidade do júri composto por Pedro Fernandes, Filipe Brito, Mariana Oliveira e Odilia Baptista. Pelo palco, passaram 20 vozes candidatas que foram apresentadas por Vitor Graça e os jurados Mariana Oliveira e Filipe Brito fizeram também questão de brilhar em palco. O público mostrou-se particularmente participativo e a Or-

ganização conseguiu ainda lograr 625 libras, a reverter para o Leonardo, uma criança que tem vindo a sensibilizar a comunidade para os tratamentos de saúde que necessita. "Houve momentos arrepian-

tes onde o talento dos participantes se pode considerar, de uma forma geral, de alto nível" - revelou Pedro Fernandes. O próximo evento está a ser preparado para acontecer fora de Londres.

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Palop News Londres

A política do medo levou governos de todo o mundo a reduzirem as proteções aos direitos humanos em 2015, declarou a Human Rights Watch em seu Relatório Mundial 2016, publicado hoje. No Relatório Mundial 2016, que conta com 659 páginas em sua 26ª edição, a Human Rights Watch avalia práticas de direitos humanos em mais de 90 países. Em seu capítulo introdutório, o Diretor Executivo Kenneth Roth descreve como a disseminação dos ataques terroristas para além dos limites do Oriente Médio e os enormes fluxos de refugiados causados por conflitos e pela repressão levaram muitos governos a reduzir a proteção aos direitos humanos como parte de equivocadas medidas de segurança. Ao mesmo tempo, governos autoritários de todo o mundo, receosos da dissidência pacífica muitas vezes amplificada pelas redes sociais, conduziram a mais intensa repressão a grupos independentes vista recentemente. “O medo de ataques terroristas e o fluxo massivo de refugiados estão levando muitos governos ocidentais a reduzirem as proteções aos direitos humanos”, disse Ken Roth. “Tais medidas retrógradas ameaçam os direitos de todos, sem qualquer demonstração de eficácia em proteger as pessoas comuns.” Expressivos fluxos de refugiados em direção à Europa, impulsionados em grande parte pelo conflito sírio e combinados ao aumento no número de ataques contra civis realizados em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI, também conhecido como ISIS), levaram a um aumento da islamofobia e da manipulação do medo, declarou a Human Rights Watch. No entanto, à medida que os governos europeus fecham fronteiras, também reavivam o velho hábito de se esquivarem da responsabilidade para com os refugiados, passando o problema às mãos de países localizados na periferia do continente que estão menos preparados para abrigá-los ou protegê-los. A ênfase dada à potencial ameaça trazida pelos refugiados também serve para distrair os governos europeus de tratarem das ameaças do-

Relatório Mundial 2016: ‘Política do Medo’ Ameaça Direitos Ataques terroristas, crise dos refugiados e ampla repressão global mésticas implicadas pelo terrorismo e da adoção das medidas necessárias para evitar a marginalização social de populações descontentes. Formuladores de políticas nos Estados Unidos têm usado a ameaça terrorista para tentar reverter as recentes e modestas restrições impostas às práticas

de vigilância massiva conduzidas pelas agências de inteligência, ao passo que o Reino Unido e a França buscaram expandir seus poderes de monitoramento dos cidadãos. Esses movimentos comprometeriam significativamente os direitos à privacidade dos indivíduos, sem que tais práticas tenham

demonstrado qualquer eficácia no combate ao terrorismo. De fato, em vários dos recentes ataques ocorridos na Europa, os agressores eram conhecidos pelas autoridades de segurança, mas as forças policiais estavam sobrecarregadas demais para agirem – o que sugere a necessidade não de mais informações massificadas, mas sim de uma maior capacidade de investigar os casos suspeitos, disse a Human Rights Watch. “A estigmatização de comunidades inteiras de imigrantes ou minorias, que já é intrinsecamente condenável, também é perigosa” declarou Ken Roth. “A demonização de comunidades inteiras em virtude das ações de poucos indivíduos gera precisamente o tipo de divisão e hostilidade que os terroristas almejam explorar”. A resposta europeia ao fluxo de refugiados também tem sido contraproducente. As consequências de se dar poucas alternativas àqueles que buscam refúgio que não seja arriscar suas vidas em embarcações improvisadas para tentar chegar à Europa tem criado uma situação caótica que pode ser facilmente explorada por potenciais terroristas. “A criação de um processo

ordenado e seguro para que os refugiados cheguem à Europa reduziria a perda de vidas no mar ao mesmo tempo em que permitiria que agentes de imigração conduzissem inspeções de segurança para reduzir riscos, o que aumentaria a segurança para todos”, disse Ken Roth. Movimentos populares criados por organizações da sociedade civil com o auxílio das redes sociais deixaram muitos governos autoritários amedrontados. Os precedentes estabelecidos pelos levantes árabes, pela "Revolução dos Guarda-Chuvas" em Hong Kong e pelo movimento Maidan na Ucrânia solidificaram em muitos autocratas a determinação de impedir que pessoas se reúnam para fazer com que suas vozes sejam ouvidas. Governos abusivos tentaram calar grupos civis ao adotar leis que restringem suas atividades e cortam suas fontes de financiamento internacional. A Rússia e a China estão entre os mais repressores. Uma repressão tão intensa - que inclui o fechamento de grupos críticos ao governo na Rússia e a prisão de advogados e ativistas dos

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direitos humanos na China não é vista há décadas, declarou a Human Rights Watch. O partido governista da Turquia também conduziu uma forte repressão, voltando-se contra ativistas e veículos da imprensa críticos ao governo. A Etiópia e a Índia, muitas vezes utilizando-se de uma retórica nacionalista, restringiram canais de financiamento internacional para escapar ao monitoramento de violações cometidas pelo governo. Bolívia, Camboja, Equador, Egito, Cazaquistão, Quênia, Marrocos, Sudão e Venezuela adotaram leis excessivamente amplas e com linguagem vaga para controlar ativistas e prejudicar as operações de grupos independentes. Os governos ocidentais têm sido reticentes em se posicionar contra essas ameaças globais. Apesar dessas enormes ameaças aos direitos humanos, o ano de 2015 também trouxe avanços positivos. Gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (LGBT), que muitas vezes sofrem com leis abusivas e

ataques violentos, conquistaram grandes avanços com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Irlanda, no México, e nos EUA, além da descriminalização da homossexualidade em Moçambique. No Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, uma declaração ratificada por 72 países reafirmou o compromisso com a eliminação da violência e discriminação de gênero e orientação sexual. Eleições históricas na Birmânia transcorreram pacificamente em novembro e os nigerianos também celebraram a transferência pacífica do poder para a oposição. Em setembro, a ONU adotou 17 ambiciosas metas de desenvolvimento que, pela primeira vez, são universais e estão fundamentadas nos direitos humanos; entre eles estão metas para atingir a igualdade de gênero e oferecer acesso à justiça a todos. Na cúpula do clima, em Paris, os governos concordaram, pela primeira vez, em "respeitar, promover e considerar" os direitos humanos em sua

resposta às mudanças climáticas, especialmente em relação aos povos indígenas, mulheres, crianças, imigrantes e outros em situação vulnerável. O fracasso das abordagens punitivas à questão das drogas levou a um maior diálogo e a medidas de descriminalização em muitos lugares, incluindo Canadá, Chile, Croácia, Colômbia, Jamaica, Jordânia, Irlanda, Tunísia, e os EUA. Vítimas também celebraram o julgamento de Hissene Habre, ex-ditador do Chade processado no Senegal por crimes contra a humanidade cometidos sob seu comando nos anos 80 – o primeiro julgamento de um ex-chefe de Estado por cortes de um outro país. “A sabedoria consagrada na legislação internacional de direitos humanos oferece orientações indispensáveis aos governos que procuram manter suas nações seguras e servir a seu povo da maneira mais eficaz possível”, disse Ken. “Ignorá-la significa assumir riscos”. Palop News/HRW

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Portugueses unem-se para salvar “Cantinho Português” em Londres É bem sabido que os números da emigração aumentaram nos últimos anos e que o Reino Unido tem sido a escolha número um dos Portugueses. Reflexo disso tem sido o exponencial aumento da presença portuguesa no chamado Little Portugal no coração de Londres, onde se concentra a maior comunidade portuguesa do Reino Unido estimada em mais de 40.000 pessoas. Palop News Londres

A Tate South Lambeth Library (TSL) que fica situada mesmo no centro de Little Portugal, em Stockwell e tem sido um ponto de referência para todos aqueles que aqui chegam e precisam daquele empurrão inicial no inglês ou apenas o conforto de ler e ouvir a língua de Ca-

mões. Contudo, com os cortes orçamentais que mais uma vez vão afectar os recursos comunitários de Lambeth, a biblioteca será alvo de uma reabilitação que a transformará em qualquer coisa como um ginásio com livros, mas sem funcionários! Caso esta proposta seja aprovada pela Câmara de

Lambeth, que teima em não ouvir os seus constituintes, terminarão por completo todas as actividades normalmente desenvolvidas na Biblioteca TSL, desde o grupo infantil de leitura de livros portugueses, às aulas de inglês para iniciantes, bem como todas as outras acções que frequentemente se realizam para promover a cultura e os costumes de Portugal junto da comunidade que todos os dias convive com os Portugueses. Neste especial momento em que os números nunca foram tão altos e as suas actividades revelam conseguir atrair à biblioteca a comunidade portuguesa e fomentar da leitura entre a população mais jovem nesta que é considerada a localidade com a maior concentração de portugueses em Londres, foi um grande choque saber destes planos que deitarão abaixo este insubstituível ponto cultural que serve também de apoio dos portugueses em Londres. Estão já previstas diversas manifestações de contestação contra esta decisão cega da Câmara de Lambeth e para as quais está a ser pedido todo o apoio da comunidade portuguesa residente ou não no Reino Unido, como por exemplo transmitindo por escrito a sua opinião à Vereadora responsável pelo pelouro das Bibliotecas – Jane Edbrooke ou aparecendo nas assembleias públicas da Câmara e onde teremos oportunidade de juntos expressar claramente a nossa indignação, numa última e de-

sesperada tentativa para salvar o "Cantinho Português". A todos os que queiram apoiar esta causa que pode afectar não só os portugueses, mas todos os que falam a língua de Camões e que residem em Londres, bem como outras dezenas de utentes que diariamente se apoiam na Biblioteca para ler, trabalhar, pedir aconselhamento, ter companhia

a até para se abrigar do frio, pedimos que o demonstrem publicamente associando-se aos Amigos da Biblioteca TSL, por exemplo através de acções explicadas na nossa página do Facebook intitulada: Save Tate South Lambeth Library. No local, existe ainda um abaixo assinado em curso para ser apresentado no Lambeth Council.


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Opinião pública Britânica dividida Palop News Londres

A opinião pública Britânica está divida entre dizer sim ou não à Europa. Numa sondagem efectuada esta semana e citada a pela agência Reuters, 42% dos Britânicos dizem "sim" à saída do Reino Unido da União Europeia e 38% manifestam vontade de permanecer na Europa contudo, a percentagem dos que dizem "sim" à permanência, desceu 3 pontos percentuais desde Dezembro passado sendo que falta ainda mais de 1 ano para o referendo prometido por David Cameron sobre esta questão e que apenas foi prometido para apaziguar a ala mais conservadora do Parlamento Britânico. De acordo com um estudo publicado pelo Guardian, os cidadãos Europeus que vivem no R.U. e com medo que este deixe de ser membro da U.E., estão a recorrer à nacionalidade Britânica e não se importam de mudar de nacionalidade se isso implicar ficar no país e ser cidadão Britânico a tempo inteiro. Entre a percentagem dos que dizem "não" e dos que dizem "sim", a diferença é de apenas 4%, enquanto que a percentagem de indecisos, aumentou 3 pontos percentuais para 18%. Prometida que está a realização do referendo para final de

2017, sobra algum tempo para as negociações que representam maior preocupação para os Britânicos e que são o seu verdadeiro calcanhar de Aquiles. Estes assuntos são a soberania do Reino Unido como Estado e, a Emigração. As sondagens efectuadas e publicadas pela Reuters, servem apenas para mostrar como a opinião pública Britânica está muito dividida. Numa outra sondagem que saiu este Sábado dia 02 de Fevereiro de 2016, revela que a maioria já se afirma pela permanência do R.U. como Estado-membro da União Europeia.

Entretanto as negociações entre David Cameron e Parlamento Europeu têm sido intensas com este último a ceder a algumas exigências do 1.º Ministro Britânico e com o 1.º Ministro a afirmar que fará campanha pelo "sim". Seja como for e como o novo termo indica "Brexit", milhares de europeus estão dispostos a mudar de nacionalidade para continuarem a viver no Reino Unido. Sendo "Sim" ou sendo "Não", o pior sentimento que esta situação está a gerar entre a população residente é mesmo a Incerteza.

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Fraude - Acusa o Consulado de Portugal em Londres O Consulado Geral de Portugal em Londres denunciou através da sua página do Facebook, uma situação de fraude no agendamento de atos consulares. Palop News Londres

Segundo a mesma página digital, Helena Cunha, N. Shantilal e M. Costa que são acusados de cobrar "até £60.00 para agendar a visita ao Consulado". O Palop News contactou Helena Cunha que se recusou a comentar esta questão. Apesar da

nossa insistência, Helena Cunha recusou-se também a dizer se vai ou não proceder contra o Consulado Geral de Portugal em Londres. "Não tenho nada a dizer" - foi a resposta repetida às nossas perguntas. Por tentativa, contactamos também um escritório conhecido pela sigla M. Costa que nos informou não ter qualquer tipo de re-

lacionamento com o Consulado de Portugal e que não faz marcações para atos consulares no Consulado de Portugal - revelou ao Palop News. Quanto a N. Shantilal e na im-


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possibilidade de o localizarmos, contactamos a Cônsul de Portugal Joana Gaspar que nos informou não ter outros detalhes de identificação das pessoas ou empresas mencionadas. Na página do Facebook, as opiniões têm estado divididas com muitas pessoas a escreverem comentários de diversa ordem sendo que muitos desses comentários têm obtido resposta através da própria página que, ao que tudo indica, é gerida pela própria Cônsul Geral de Portugal em Londres, Joana Gaspar. A questão que fica é a de saber se o Consulado Geral de Portugal em Londres terá a capacidade de justificar a acusação de fraude, no caso de haver procedimento por parte das pessoas mencionadas. Pelo que nos foi possível entender da resposta escrita de Joana Gaspar, estas empresas estão atentas aos momentos em que o Consulado liberta vagas no atendimento para depois as "venderem" aos clientes que a si recorrem. Assim, segundo a Cônsul, o Consulado liberta as vagas de atendimento em diferentes momentos alternadamente, para impedir que estas empresas possam assambarcar as vagas disponíveis. "Nenhum deles tem problemas com o acesso ao sistema de agendamento online e verifica em permanência quando é que o Consulado insere novas vagas. Logo que encontra vagas, faz o máximo de marcações permitidas (4 por cada registo) e ao longo do tempo vai “vendendo” essas marcações aos clientes que aparecem. Essa é uma das razões pelas quais os nossos utentes individuais têm tanta dificuldade em obter uma

marcação. Temos tomado as medidas que estão ao nosso alcance para evitar esta situação, nomeadamente: libertar vagas a diferentes horas e a diferentes dias, libertar poucas vagas de cada vez, e bloquear no sistema online os e-mails associados a estes registos que nos vão sendo denunciados pelos utentes" - refere Joana Gaspar no seu e:mail. Contactamos a empresa PLS que tem protocolo com o Consulado Geral de Portugal. Pedro Xavier, Administrador da PLS, revelou ao Palop News que "o agendamento de atos consulares é um serviço e cada empresa é livre de praticar os preços que entender exceto se for titular do protocolo do terceirização do Consulado em que, as instituições protocoladas estão sujeitas à tabela de preços do Consulado" - disse para acrescentar “O protocolo com o Consulado Geral de Portugal em Londres, foi criado para aliviar as instalações do próprio Consulado que tem muitas limitações ao nível do atendimento. Nós, enquanto empresa protocolada, ficamos perante a exigência de um serviço à comunidade com prejuízo da própria empresa. Temos uma tabela de preços absolutamente incompatível com a tabela de preços do Consulado e por essa via, sempre que temos um cidadão que nos é recomendado pelo Consulado, estamos obrigados a cumprir a tabela de preços do Consulado com valores muito inferiores aos que praticamos na nossa tabela. Aceitamos este acordo por se tratar de um serviço à Comunidade que é alinhada com o espírito

de serviço público e social que sempre tivemos mesmo que com algum prejuízo” - finaliza. Já a conselheira Iolanda Banu Viegas, acrescentou no post do Facebook "Que acusem os fraudulentos, os levem à justiça e devolvam o dinheiro aos lesados. Simples quanto isso." Contudo, fica por explicar onde está a fraude numa relação comercial entre o cidadão e uma empresa de Direito privado que tabela os seus preços segundo critérios a que o Consulado é absolutamente alheio. Já o ex-conselheiro Gabriel Fernandes, no mesmo post, acrescentou "Já tive a oportunidade de dizer o que penso sobre uma questão que se arrasta há muito tempo. Há muitos anos e piorou agora com os compadrios que existem no Consulado" - para acrescentar - "Os conselheiros estão mais preocupados em ajudar a resolver as questões para que são chamados do que a alimentar uma polémica que terá o seu desfecho". Coincidência ou não, esta denúncia surge após o Palop News ter anunciado que publicaria na sua edição de Páscoa uma investigação sobre a alegada corrupção no Consulado Geral de Portugal em Londres e que menciona alguns funcionários e alguns escritórios de advogados. Para já, fica o facto de Joana Gaspar, estar ao abrigo da imunidade diplomática o que impedirá os lesados de atuarem judicialmente contra a Cônsul Joana Gaspar. Na dúvida, fica a questão de se saber até que ponto, Joana Gaspar pode acusar empresas privadas de fraude, por estas praticarem um serviço ao público que a elas recorre.

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Horóscopo Profissional: Faça as coisas com calma e sabedoria, faça uma coisa de cada vez e não se precipite. Amoroso: A sua vida amorosa anda ao sabor das ondas, precisa tomar as rédeas da mesma. Saúde: Tente se relaxar e descontrair, não se stress.

Profissional: Precisa de encontrar soluções para a sua vida profissional. Amoroso: Precisa de sair da rotina, inove e supere as expectativas do seu companheiro. Saúde: Tenha uma vida mais saudável, descansada e descontraía.

Profissional: Aproxima-se um período menos bom, precisará de serenidade, tenha calma. Amoroso: Está numa relação que já não lhe diz nada, pense no que pretende. Saúde: Precisa do seu espaço cuide mais de si.

Profissional: Cuidado com as ilusões, desilusões e não acredite em tudo o que lhe dizem. Amoroso: As suas expectativas estão defraudadas, relaxe e recomece. Saúde: Não se preocupe em demasia com as coisas.

Profissional: Precisa apelar á sua experiencia para resolver um problema, que irá aparecer. Amoroso: Pense muito bem nos compromissos que está a pensar assumir. Saúde: Precisa de relaxar e descontrair.

Profissional: Aparecerá alguns ganhos extras, situação que não estava a contar. Amoroso: Vai reaparecer alguém na sua vida, uma pessoa que foi importante no passado. Saúde: Aparecerão problemas relacionados com vícios.

Profissional: Aparecerão alguns negócio que não estava á espera, algo muito bom. Amoroso: Cuidado a energia está propicia á traição, tenha cuidado e fique atento. Saúde: Tente se cuidar um pouco mais, com calma e sabedoria.

Profissional: Tenha atenção alguém poderá tentar prejudicar o seu trabalho. Amoroso: Sentirá uma forte atração por alguém que não que aparecerá na sua vida. Saúde: Aparecerão situações de fácil resolução.

Profissional: Precisa iniciar um novo ciclo na sua vida, lute pelos seus objectivos. Amoroso: Procure o amor e não tenha medo de seja feliz. Saúde: Deve mudar alguns dos seus comportamentos.

Profissional: Vai precisar de dar a volta a um problema na sua empresa. Amoroso: O relacionamento tem muitos altos e baixos, não desista de ser feliz. Saúde: O importante é aprender com os nossos erros.

Profissional: Com força de vontade e algum sacrifício vai conseguir alcançar o que pretende. Amoroso: Vai entrar uma pessoa na sua vida, vai por muita coisa em causa. Saúde: Não fique na energia dos problemas.

Profissional: Não deixe as situações andarem ao sabor da maré, tome a frente. Amoroso: Não tente controlar todos os passos do seu companheiro. Saúde: Tem de controlar melhor os seus ataques de raiva.


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