Palop News - Edição 55 - Natal 2019

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Edição nº 55 Dezembro 2019

Distribuido em mais de 600 pontos

Notícias em Português no Reino Unido Quando a medicina convencional não responde

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Comunidade Portuguesa em Eastbourne a ferro e fogo Quando a vida não corre bem Segurança Social britânica ajuda “Foi quando sofri um acidente e tive um longo período de internamento que os serviços de Segurança Social me apoiaram com a renda de casa e um subsídio para me manter” diz Manuel Monteiro que se encontra recuperado. “Depois que recomecei a trabalhar informei os serviços sociais que me reduziram o apoio e hoje já não benefício de qualquer tipo de benefício por já precisar” – refere.

Olhó Brexit Finalmente o Brexit corre o risco de acontecer. Boris, volta a pensar numa saída sem acordo e o próprio Brexit corre também o risco de não acontecer no prazo do Primeiro Ministro. Veja a história.

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Sadiq Khan visitou portugueses e não pediu votos

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A Escola AngloPortuguesa de Londres nomeia nova diretora pag 3


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A Escola Anglo-Portuguesa de Londres nomeia nova diretora APSoL (a Escola Anglo-Portuguesa de Londres) nomeou Marta Correia, que se vai juntar à equipa da escola em Abril de 2020, como a nova diretora. APSoL será a primeira Free School do Reino Unido em oferecer um currículo bilingue em inglês e português e será uma escola inclusiva para alunos de todas as aptidões e origens com um procedimento de admissões aberto. e atualmente é a diretora da escola Judith Kerr, em Southwark, Londres outra escola primária bilingue da A Marta Correia tem mais de cidade. No início da sua carreira foi Lícinco anos de experiência a trabalhar em escolas bilingues der Especialista de Educação, na Lambeth Teaching School Alliance, no apoio a escolas em diversos aspetos do ensino e da aprendizagem. A experiência que Marta teve em escolas diversas e multiculturais, tanto em Londres como em Portugal, desenvolveu e reforçou o seu conhecimento das melhores práticas num contexto multilingue e da aquisição de uma segunda língua. A experiência especializada de Marta Correia significa que está pronta para dar vida ao modelo bilingue que foi definido para a APSoL, orientando os professores enquanto dividem as disciplinas principais entre inglês e português, imergindo os alunos nas duas línguas e assegurando Palop News

que progridem em todas as matérias académicas. “Estou muito entusiasmada em levar a minha experiência de ensino bilingue para a APSoL. Na minha escola atual, giro dois currículos para o ensino de línguas que facilitam o progresso de todos os alunos. Acredito que a aprendizagem com base em problemas é fundamental no desenvolvimento de mentes inquisitivas- através de perguntas estimulantes as crianças aprendem a pensar de formas diferentes, a aprofundar seu conhecimento e a solucionar problemas. Estou muito empenhada em criar um ambiente de respeito mútuo e expetativas altas para a APSoL, dando a todos os alunos a oportunidade ideal para alcançarem o melhor das suas capacidades.” Pais e responsáveis de crianças que começarão a escola no próximo ano agora podem solicitar uma das 60 vagas disponíveis na APSoL para o ano 2020. Os pais dos filhos que começarão a escola neste próximo ano vão ter a oportunidade única de receber duas ofertas para uma vaga de Reception Isso e porque as inscrições se fazem diretamente à APSoL, fora do procedimento normal através da autoridade local. Será aplicável apenas este ano. É possível que um candidato receba duas ofertas, uma da APSoL e uma da autoridade local . Poderão escolher a escola quando as ofertas forem anunciadas em abril. A solicitação de uma das vagas da APSoL não terá nenhum efeito sobre as outras aplicações feitas através da autoridade local. Em vez estar limitada a uma área educativa, a escola pretende admitir alunos de 6 pontos nodais localizados nos municípios londrinos de Wandsworth, Lambeth, Kensington & Chelsea, Richmond e Merton. Há pouco conseguimos o edifício escolar, na parte ocidental de South Thames College em Wandsworth High Street, que é facilmente acessível com o transporte publico desde as estações de Wandsworth Town e Clapham Junction, o metro de East Putney e em vários autocarros.

EDITORIAL

As ultimas eleições no Reino Unido (as primeiras em Dezembro em toda a história), confirmaram a vontade do povo Inglês de cumprir o Brexit. Digo do povo inglês e não Britânico, ja que a Escócia e Irlanda do Norte além de Gibraltar decidiram permanecer na União Europeia. Este resultado eleitoral, levou a que a Primeiro-ministra escocesa viesse a terreiro reforçar a vontade de um referendo exclusivamente para decidir da independência da Escócia tendo já o Primeiro-ministro britânico respondido negativamente a este referendo. Boris Johnson e Geremy Corbyn conseguem um resultado histórico para ambos os partidos pela positiva e pela negativa respectivamente e os dois em conjunto conseguem que o Reino Unido corra o risco de uma nova geografia. Os europeus a viver no Reino Unido, sobretudo em Inglaterra, temem pelo que possa acontecer e a estes, juntam-se os três milhões de britânicos a residir nos países da União Europeia que sabem estar no “fio da mesma navalha”. É pouco provável que Boris Johnson esteja disposto a aturar os britânicos a viver na União Europeia caso não seja conseguido um acordo que assegure os direitos de mais de seis milhões de europeus envolvidos. Esta é seguramente uma carta de seguro. De resto, o Reino Unido nunca esteve no espaço Schengen nem no Euro (moeda), portanto nunca foi um membro pleno do projecto europeu revelando um síndroma típico da insularidade como acontece com muitas outras ilhas europeias em relação aos seus países continentais em toda a Europa. No caso de Portugal, as ilhas da Madeira e dos Açores. Para todos os efeitos, Inglaterra é uma ilha com tudo o que isso implica em termos geográficos e históricos. No discurso dos líderes europeus, o Brexit será um divórcio em que os conjugues vão continuar a dormir na mesma cama e a partilhar a mesma mesa. A longo prazo, o Reino Unido vai voltar como filho prodigo e a União Europeia vai ter que se reinventar porque é muito mais o que nos une que aquilo que nos separa. Alcino Francisco


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Aspect Plus festeja 10 anos de actividades empresariais & insolvência Alguns profissionais de diversas áreas uniram esforços para criar a Aspect Plus, empresa que tem vindo a apoiar pessoas de forma individual e empresas. Palop News Londres

“Muitos dos clientes que temos foram inicialmente atendidos de forma gratuita” - refere Bianca Edwards da Aspect Plus para acrescentar: “Muitas dessas pessoas tornaram-se clientes fideli-

zados até hoje”. Especialmente vocacionados para empresas ou pessoas em situação de ruptura financeira, a Aspect Plus especializou-se em encontrar soluções de alívio mesmo quando se debate com processos judiciais já em curso. No desafio social, a Aspect Plus tem vindo a apoiar diversos projectos de forma filantrópica. “Nossa empresa ajuda inúmeros projetos profissionais, apoia projetos comunitários, arte, musica, talentos, projetos culturais e administramos projetos próprios de capacitação como estágios e informação no Brasil e no Reino Unido prezando sustentabilidade

e dignidade” - diz a nossa fonte. A excelência dos serviços prestados levaram a empresa a mercados que para lá do Reino Unido, chegaram ao Brasil e aos Estados Unidos da América num caminho de internacionalização. Como reconhecimento do trabalho prestado aos seus clientes, a Aspect Plus está incluida nas melhores 20 empresas de insolvência do Reino Unido. A empresa, argumenta com o seu quadro de pessoal que se mantém imutavel desde a sua abertura. “Todo o nosso staff é o original de quando abrimos a empresa” - refere Bianca Edwards.

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Comunidade Portuguesa em Eastbourne a ferro e fogo Deputado britânico descarta responsabilidades Palop News Londres

Um jovem esfaqueado e outro em estado de coma acompanham um restaurante a quem as montras foram partidas por quatro vezes uma delas depois de ter substituído

todos os vidros. André estava a caminho da casa de uma amiga quando se cruzou com outro jovem. Trocaram algumas palavras e André chamou para a conversa o facto de haver uma dívida do seu interlocutor em relação a um amigo e foi o suficiente para ser esfaqueado. Quando André percebeu que o outro jovem estava armado, largou o desafio para lutarem sem armas. De nada lhe valeu. O segundo jovem cujo nome não é revelado, está alojado numa casa de recolhimento de condenados por ordem do Tribunal com pulseira electrónica. “Essas pessoas têm que estar no alojamento no horário que é confirmado. O resto do tempo podem circular livremente como qualquer cidadão” – Revela uma fonte não identificada da polícia de Londres. Estas residências que acolhem os condenados com pulseira electrónica, são uma actividade comercial que envolve o orçamento de Estado, o orçamento do Council local (Município) e personalidades privadas que são o último elo do orçamento. Neste caso, o agressor está “hospedado” numa residência que é gerida por uma britânica de nome Christine. Na residência onde este jovem está integrado, as obras de manutenção são asseguradas por outro português de nome Fernando que além de pai do agredido, é também sócio do estabelecimento onde as montras foram partidas. “Eu sempre disse que o facto de alegadamente haver negócios de droga no café daria problemas” – diz fonte que prefere não ser identificada. Já Luzia, sócia do café em causa e mãe do agredido esfaqueado e sócia de Fernando de quem se encontra separada maritalmente, aponta um morador local de origem irlandesa como autor de ter partido as montras do restaurante. “As montras do meu restaurante partidas seja por pedras

ou martelos estão relacionadas com o esfaqueamento do meu filho” – Diz Luzia que comenta o caso seguinte. “A agressão a Carlos está relacionada com coisas mais pesadas” – refere. Carlos, é outro jovem português que viveu na Venezuela e que agora se encontra internado em estado de coma depois de ter sido agredido por cerca de 15 outros jovens que além de portugueses tem jovens de outras nacionalidades. “Os agressores de Carlos são traficantes de droga. Isso eu sei” – diz fonte entrevistada pelo nosso jornal. Acabados de chegar a Eastbourne e antes mesmo de vaguearmos na investigação já estávamos na posse de três casos. Dois deles relacionados. “Um homem entrou no café e garantiu que me iria partir o estabelecimento. Pouco tempo depois os vidros tinham sido partidos” – refere a nossa entrevistada que alega ser irlandês o autor do estrago nas montras. Terá sido também este alegadamente irlandês cujo nome se desconhece que se dirigiu a Carlos de forma agressiva para implicar a forma como Carlos estava a tratar a namorada na via pública. Pelo que conseguimos apurar, Carlos é um jovem de várias namoradas. “Só me apercebi que houve uma cena de violência física entre os dois quando esta já tinha acabado e Carlos entrou no café Lusitano para se lavar do sangue na toilet – refere Luzia, sócia do café a quem as montras foram partidas, mãe do André (jovem esfaqueado), ex companheira de Fernando. “Ainda disse ao Carlos para chamar a polícia mas ele recusou” –diz a nossa entrevistada. Depois das montras partidas, foi a vez de a polícia entrar em cena para investigação que até esta edição ser impressa não produziu qualquer resultado. Várias foram as ameaças feitas sobre o café de Luzia e Fernando, pais de André mas nunca decidiram apresentar queixa pelas denúncias. Quanto à agressão ao estabelecimento, nenhum registo de vídeo foi feito pese embora haver a informação de que tenha havido instalação de equipamento de vídeo na rua entre as duas agressões ao estabelecimento. “A polícia disse-nos que teremos que ser nós a acautelar a nossa segurança”


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– diz Luzia, mãe do esfaqueado André, sócia do Lusitano que é propriedade da própria e de Fernando que faz as obras de adaptação na casa onde o esfaqueador se encontra alojado e onde Carlos terá tido a cena de pancada com o suspeito irlandês. Nos dias que passamos em Eastbourne nunca nos foi possível ver um agente de polícia apeado embora tenhamos tido a oportunidade de ver alguns carros das forças policiais. Na cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, existem apenas duas esquadras de polícia. Uma delas a funcionar nas instalações do Council pelo que fora do horário de expediente do Município os cidadão são atendidos pelo intercomunicador alojado junto da campainha. “Quando dissemos à polícia que um jovem não português nos disse que estava previsto regarem o nosso estabelecimento com gasolina para o fazerem arder, fomos aconselhados a permanecer no interior do estabelecimento para garantir a segurança” – diz Luzia que vive por cima do estabelecimento para

acrescentar que “a polícia não nos dá protecção”. Apesar de a polícia ter prometido novo contacto, este nunca veio a acontecer. A solução, foi contactar o deputado Stephen Lloyd que em carta assinada e enviada refere que se trata de um assunto interno da Comunidade Portuguesa e que esta deveria ser honesta com a polícia. Um dos nossos entrevistados que recusa ser entrevistado, refere haver dois grupos de jovens portugueses misturados com outros jovens de outras nacionalidades. Aqueles que nos levaram a Eastbourne e que são portugueses, dividem-se em dois grupos de duas diferentes zonas de Portugal: Algarve e Madeira. Estes grupos, alegadamente disputam um negócio ilícito relacionado com o tráfico de droga. “Eastbourne é um ponto de entrada de droga que depois é distribuída por todo o Reino Unido. Não estamos a falar apenas de tráfico local mas sim de um abastecimento nacional a partir daquela cidade” – refere fonte da Metropolitan

Police não identificada. Uma testemunha que sabia antecipadamente da agressão ao Lusitano pediu uma compensação financeira e pelo facto de o ter revelado no seu depoimento anulou o seu testemunho. Para a nossa fonte da Metropolitan Police, estes casos podem ser ilustrados através de uma série da Netflix chamada

“Top Boy” que descreve de forma ficcionada o que aparentemente está a acontecer com os jovens portugueses residentes junto à praia do canal da Mancha no Sul de Inglaterra. De registar e até estranhar, a posição do deputado Stephen Lloyd que assume serem estes casos assuntos internos da Comunidade Portuguesa local e com um convite a que seja

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usado como fonte de contacto para qualquer denúncia anónima que lhe façam chegar. Este artigo estava redigido quando soubemos que as montras do restaurante foram de novo partidas. O deputado Stephen Lloyd foi de novo chamado mas desconhecemos que atitude tenha tomado até ao fecho desta edição.


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Wilcox Road em Londres cresce em Português Palop News Londres

A loja anteriormente conhecida por “Cinco Quinas”, reabre no mesmo conceito com a mesma gerência com o nome de “Talho do Manel” e onde antes estava situada uma empresa de transferência de dinheiro (Envio de remessas), abre agora uma empresa de produtos alimentares com o nome de Tugal Foods.Esta última, abre paredes meias com outra empresa de venda por grosso de produtos congelados com o mesmo nome no singular, Tugal Food ambas sob a gerência de José Silva, conhecido empresário na Comunidade Portuguesa que possui também um restau-

rante. José Silva, tornou-se uma das figuras mais mediáticas da Comunidade quando tinha uma casa de diversão nocturna de memória de muitos portugueses a viver em Londres de nome Farol e que entretanto abandonou há mais de uma década. Outra das posições que torna José Silva conhecido no meio empresarial, é o facto de presidir ao Grupo Amigos de Peixe que reúne na última Quinta-Feira de cada mês para um jantar de convívio e que abraça empresários e outros portugueses ligados ao mundo da finança. Depois da abertura da Embaixada dos Estados Unidos da América a escassos metros, a Wilcox Road ganha nova vitalidade. Nesta

Conhecida por ser uma pequena rua nas margens do Tamisa a Sul de Londres onde se situa a zona de Lambeth conhecida por “Litle Portugal”, a Wilcox Road assistiu ao encerramento de alguns estabelecimentos de Língua Portuguesa que agora reabrem, algumas no mesmo conceito que anteriormente e outras numa actividade empresarial diferenciada. rua, existem cerca de 25 estabelecimentos a falar Português e cerca de cinco centenas de portugueses têm ali o seu emprego. No passado mês de Novembro, a Wilcox Road mais precisamente no restaurante Fumeiro, recebeu a visita de Sadiq Khan Mayor de Londres.


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Quando a medicina convencional não responde Palop News Londres

Afinal do que trata a a Naturapia? “Trata-se de um sistema terapêutico com uma abordagem Holística e Ayuvérdica*, usando produtos e técnicas totalmente naturais, tendo em vista prevenir e promover a auto-cura e assim influenciando positivamente na saúde e no bem-Estar dos seus utentes” – revela Antero Andrade. Biofeedback ou Ressonância está assente nos princípios da Física Quântica, que comprovam que tudo no Universo vibra a uma frequência única e individual, onde o ser humano se inclui, formando um Todo Único. Nas palavras de Antero Andrade e segundo o conceito, “todos nós pertencemos a integramos um único Ser, uma Única Existência, uma Única Realidade, o que significa que todos nós influenciamos o Todo e somos influenciados por esse Todo”.

Naturapia diagnóstico e tratamento de problemas de saúde - Naturopatia /Biofeedback. A Naturopatia segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é definida como uma especialidade da Medicina Tradicional. Sabe-se que cada órgão do nosso organismo possui uma frequência electro magnética única e identificável, revelada pela reatividade electro fisiológica da pessoa, através dos seus níveis em vitaminas, aminoácidos, enzimas, minerais, nutrientes, açucares, toxinas, bactérias, fungos, alergias, parasitas, vírus, órgãos, ossos, músculos, fatores mentais, emocionais, energéticos, espirituais, entre outros. Inserido nas medicinas bio-

O naturopata que se encontra a dar consultas em Stockwell no Sul de Londres quefere que “A combinação da Naturopatia e do Sistema Biofeedback Holístico SCIO com que opero fazem toda a diferença no diagnóstico e tratamento, elevando a eficácia dos planos

de tratamentos prescritos, que passam pela introdução de novos hábitos mais saudáveis no que diz respeito à alimentação, exercício físico, redução de stress, mudanças de paradigmas mentais e emocionais, equilíbrio Espiritual através da meditação, que permitam prevenir e reabilitar a saúde e bem-estar dos pacientes”. A anamnese vai muito mais além das queixas do paciente, porque é complementada por um dispositivo (equipamento) que analisa e é descodificado e controlado por um computador através de um sofisticado software, que permite acessar a muito mais informação, de uma maneira segura, não invasiva, indolor e eficaz ao mesmo tempo que dá informações sobre mudanças subtis no organismo, tratando-o e repondo o seu equilíbrio em conformidade. A combinação, segundo Antero Andrade, deve-se “À Excelência desta aliança entre Naturopatia/Biofeedback que está na comunhão dos princípios da tridimensionalidade humana como Ser físico, mental-emocional e energético-espiritual que é”. A Terapia Quântica faz a leitura da frequência eletromagnética do corpo, estimula as capacidades auto-curativas do organismo, através de um método seguro, relaxante, não invasivo e sem efeitos secundários, podendo ser usado por todos, independentemente da idade de cada um.

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lógicas, este sofisticado sistema de Biofeedback permite medir a radioatividade eletrofisiológica (EPR), analisando e equilibrando os fatores de stress, mesmo antes de eles se manifestarem fisicamente no nosso corpo. “Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o stress é considerado o mal do século, sendo visto como o principal causador de doenças crónicas, atingindo 90% da população mundial” – afirma An-


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tero Andrade. Tal como nos eletroencefalogramas (EEG), nos eletrocardiogramas (ECG) ou nos eletromiogramas (EMG), que utilizam o registo da corrente elétrica para proceder ao diagnóstico, a terapia quântica, acedendo às leis da moderna Física Quântica, usa a energia infinitesimal do ADN para manter o equilíbrio do todo psicobiológico, detetando e corrigindo os desequilíbrios do corpo e devolvendo-lhe a sua ressonância natural. Sobre a terapia quântica, Antero Andrade informa que “O Ser único que cada um de nós é, distingue-nos dos demais e por essa diferença, a terapia quântica atua nessa conformidade promovendo a prevenção, o reequilíbrio e a libertação dos nossos paradigmas, físicos, mentais, emocionais e

energético-espirituais e assim, promover o equilíbrio e o bem-estar”. É neste contexto que se insere e integra a prescrição de planos alimentares, de suplementos alimentares, exercícios físicos, meditação e harmonização energética devidamente direcionados, porque tais atividades são suportados e estimulados pelo diagnóstico quântico. A Naturopatia é utilizada na prevenção da doença e promoção da saúde física, mental, emocional e energético espiritual, como no tratamento específico e complementar de diversas patologias: São várias as patologias referidas: Circulatórias - Digestivas Respiratórias - Genitourinárias - Oncológicas - Degenerativas - Ansiedade - Depressão Stress - Insónias - Infertilidade

- Gravidez - Doenças Auto-imunes - Dores músculo-esqueléticas - Fibromialgia - Infeções recorrentes - Preparação para o Parto e Puerpério - Pediatria Emagrecimento - Complemento de terapias convencionais. Sobre a Mesoterapia, Antero Andrade refere que se trata de “uma técnica minimamente invasiva que consiste na aplicação de microinjeções ao nível intradérmico. As substâncias injetadas diferem de acordo com o objetivo e no meu caso só utilizo produtos homeopáticos para as diferentes finalidades, como tratamento no âmbito da estética, perda de peso, eliminando gorduras,tratando a celulite, na dor, reumatologia, tendinites, bursites, osteortrose, lombalgias, mialgias e contraturas musculares” - finaliza. *O mais antigo sistema de saúde que se tem notícia


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Parágrafos do Centro Comunitário Português em Kennington Palop News Londres

O evento, serviu para apresentar o depósito de meio milhão de libras destinados a financiar projectos para a Comunidade de Língua Portuguesa em Lambeth. Sete meses depois, a 11 de Dezembro de 2013, aconteceu a inauguração do espaço que hoje a Comunidade conhece pela sigla PCC (Portuguese Community Centre) que na sua abertura não dispunha de um único computador que viria a ser oferecido por um banco português. O primeiro mobiliário, haveria de vir de uma empresa de transferência de dinheiro que mudou as suas instalações de Oxford Street para a Wilcox Road onde o mobiliário foi carregado. Mais tarde, foi através de uma associação em Portugal que haveriam de chegar cinco mil livros e cuja estanteria haveria também de ser oferecida por um banco tendo o equipamento sido levantado no Porto. Em todas estas situações, foram

importantes as empresas Viserra e Varina que garantiram o transporte das ofertas. Na Direcção, constavam nomes como o vereador Alex Bigham, o conselheiro António Cunha, a escritora Adelina Pereira e aquela que haveria de ser a sua Presidente até 2016 Lia Matos. Mais tarde, haveria de ser Fernanda Correia a responsável interina e onde se manteria até fundar a Respeito, outra estrutura de Solidariedade Social. O atendimento para todo o tipo de serviços prestados à Comunidade teve início e durante anos o

PCC foi a melhor solução encontrada para os mais diversos problemas de pessoas com especial destaque para as situações de vida críticas, de fome, de miséria e algumas vezes de sem abrigo. Pelas suas instalações, passaram vários nomes da política portuguesa, a totalidade dos diplomatas acreditados em Londres e mesmo a equipa paralímpica nos Jogos de Londres 2012. O PCC haveria depois de ser escolhido para a primeira internacionalização do Programa Escolhas financiado pelo Governo de Portugal que acabaria antes do prazo inicialmente acordado. Ao longo de alguns anos, várias foram as fontes financeiras a que o Centro Comunitário recorreu para a sua subsistência seja pelo Governo de Portugal, seja através de instituições britânicas mas foi também através da organização de eventos que o PCC conseguiu arrecadar verbas para financiar o seu apoio à Comunidade. Quando Lia Matos se demitiu como Presidente da Direcção, foi

A primeira aparição pública do projecto do Centro Comunitário foi na Embaixada de Portugal numa reunião em que a mesa de trabalhos foi composta pelo Embaixador de Portugal António Santana Carlos, Steve Reed, na época Presidente do Lambeth Council (Município), o conselheiro António Cunha e Luís Ventura que viria a ser indicado como o primeiro gestor interino do projecto. substituída por Raquel Oliveira que pouco tempo depois deu o lugar a Avelino Miguel que se mantém na Direcção. É sobretudo no voluntariado que a actividade do PCC se mantém desde a sua fundação até

este mês de Dezembro de 2019, época em que a instituição se encontra a viver mais um dos seus mais importantes episódios. O Palop News sabe no entanto que no final de 2019 está em preparação a agenda para 2020.

António Zambujo distinguido com o prémio José Afonso com o álbum “Do avesso” Prémio José Afonso é promovido pela Câmara Municipal da Amadora desde 1988 Palop News Londres

António Zambujo acaba de ser premiado com o Prémio José Afonso 2019, com o seu mais recente álbum, “Do Avesso”. A distinção foi deliberada por unanimidade pelo júri, constituído pela pianista Olga Prats (convidada pela Câmara Muni-

cipal da Amadora), pelo professor de música Sérgio Azevedo (indicado pela Escola Superior de Música de Lisboa) e pelo músico Júlio Pereira (vencedor do Prémio José Afonso 2018). O júri considerou que este álbum representa “não só a continuação do percurso extremamente coerente de António Zambujo, mas também um ponto alto pela confirmação das suas qualidades interpretativas e a grande inspiração criativa que revela”. Os jurados referiram ainda que “cada canção de Zambujo conta uma história, e cada álbum é, em si, uma história, na linha de José Afonso, para quem a música estava intrinsecamente ligada quer à sua vida interior quer às circunstâncias do mundo em que viveu”. O Prémio José Afonso tem como objetivo homenagear o cantor e compositor português José Afonso e incentivar a criação musical de raiz portuguesa, ao premiar um álbum inédito, editado no ano anterior ao da edição do Prémio, cujo tema tenha como referência a Cultura e a História portuguesas. O álbum vencedor recebe da autarquia o prémio de cinco mil euros. Recentemente, António Zambujo foi nomeado para um Grammy Latino, graças à canção “Sem Palavras”, com música de Mário Laginha e letra de João Monge, e que faz parte do álbum “Do Avesso”. “Do Avesso” é um disco em que Zambujo abraça novas abordagens musicais e evoca referências até hoje pouco exploradas no seu percurso, o que resulta num disco arrojado, surpreendente e arrebatador.


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Antónia Santos foi diagnosticada com um câncer de mama e foi submetida de imediato a uma cirurgia o que levou a que não pudesse trabalhar. “Foi com a ajuda de uma empresa de Welfare Advise que consegui que o meu processo fosse apoiado pelos Serviços de Segurança Social” – diz ao nosso jornal. Depois que recuperou e recomeçou a trabalhar foi chamada para provar a continuidade de apoio que viu os apoios serem cancelados. “Já estava a trabalhar e não precisava mais do apoio tendo no entanto mantido o apoio à renda de casa (Housing Benefit) por estar com rendimento do emprego muito baixo” – diz. Já Susana Martins foi diagnosticada com fibromialgia, conhecida como “doença mentirosa” por não expor detalhes externos visíveis. “Consultei um médico (GP) que me deu baixa médica. Por desconhecimento não assinalei um dos quadrados do impresso e não recebi qualquer apoio na doença” – conta para adiantar que foi depois de consultar uma empresa de consultoria que a situação foi resolvida. Carlos Campos sofreu um acidente que o deixou paraplégico numa cadeira de rodas. “Comecei um calvário até perceber que com a ajuda de alguém entendido tudo seria mais fácil. Hoje, além de residir numa casa adaptada com apoio na renda, recebe ainda um apoio para sobrevivência e tem alguém que o visita diariamente para assegurar que

Quando a vida não corre bem Segurança Social britânica ajuda “Foi quando sofri um acidente e tive um longo período de internamento que os serviços de Segurança Social me apoiaram com a renda de casa e um subsídio para me manter” diz Manuel Monteiro que se encontra recuperado. “Depois que recomecei a trabalhar informei os serviços sociais que me reduziram o apoio e hoje já não benefício de qualquer tipo de benefício por já precisar” – refere. está confortável na sua condição de inapto para o trabalho (diseable). O Brexit veio trazer incertezas que até então não existiam. Para se prevenirem, muitas pessoas decidiram pedir a nacionalidade britânica. Sónia Pinto exerce como Welfare Advise e relata que a nacionalidade atribui alguns privilégios a quem a solicita. “Ter o passaporte britânico possibilita uma maior mobilidade nas relações com a Administração Pública no Reino Unido” – afirma. Outra das situações que abarca uma grande número de utentes, são famílias monoparentais aquém o Welfare Advise presta apoio. “Se não fosse o apoio que recebo da Segurança Social seria muito complicado gerir o meu orçamento familiar” – revela uma entrevistada que prefere não ser identificada. Para quem está desempregado, além do subsídio de desemprego, o serviço de Welfare Advise providencia a construção de currículos vitae e desenvolve os contactos com o Centro de Emprego (Job Centre). Na Comunidade em geral, é também frequente falar-se das pessoas que se

servem dos apoios sociais de forma abusiva. “Há todo o tipo de pessoas e independentemente da nacionalidade é sempre possível descobrir pessoas que exageram no sistema mas quando são detectadas são fortemente punidas” – revela Maria Marques ao Palop News. O Reino Unido é conhecido por ser um dos países que mais investe nas questões da Segurança Social. “Muitas das pessoas sem abrigo não recorrem aos serviços de Welfare Advise” – revela Maria Marques para acrescentar que existem sempre soluções desde que a pessoa em causa colabora. Para Sónia Pinto, “existem pessoas que são avessas aos apoios sociais muitas vezes por vergonha. É preciso que se diga que é um Direito das pessoas recorrerem a estes apoios nos momentos de dificuldade e uma vez ultrapassados esses momento fica na consciência de cada um relatar a alteração e abdicar do apoio” – remata. Em muitos casos, este apoio mantém-se de forma irregular mas o sistema tem ferramentas para detetar os casos de fraude.

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Um dólar e um beijo fazem pão de queijo em Londres Alessandro Faria saiu de Minas Gerais, terra do queijo e pão de queijo e foi viver para S. Paulo onde encontrou emprego numa universidade no departamento de fotocópias (Xerox). Quis um dia que um cliente sem dinheiro pedisse para pagar com um dólar, decisão que só poderia ser tomada pelo patrão. Embora relutante, o patrão aceitou o dólar com o qual não quis ficar tendo-o oferecido ao empregado. Palop News Londres

- Ofereceu-me o dólar para me dar sorte – recorda Alessandro Faria, vinte e quatro anos depois num bar no centro de Londres. Como estava já próximo da hora de saída, 10 da noite, Alessandro foi liberado para sair do emprego um pouco mais cedo.

Dirigiu-se para a paragem do transporte onde estava apenas uma pessoa. Rosangela que hoje, se chama Rosangela de Faria. - Ainda conservo esse dólar guardado – revela Alessandro. Rosangela não esconde a recordação do momento. “Quando o vi, pensei em casamento e a minha preocupação era sa-

ber se ele seria ou não casado. Olhei para ele, estava de cabeça baixa a fumar (nessa época ele era fumante) e na minha cabeça apareceu um casamento. Olhei para ele e me apaixonei. Ainda não tinha visto o dólar. Cheguei a pensar que ele fosse casado. Ele entrou no ônibus antes de mim. Era Inverno e alguma coisa grudou na minha bota. Tentei libertar o plástico preso na minha bota e quando dei por mim, estava sentada no lado do Alessandro” - recorda. Já Alessandro ressalta a curiosidade. “Não havia ninguém no ônibus excepto nós e o motorista e a Rosangela sentou do meu lado” – ri a contar. Já pelo caminho, Rosangela descobriu que o seu relógio tinha parado e decidiu não ficar sem saber as horas. “Moço, pode-me dizer as horas por favor? “ Ao longo de dez quilómetros, Alessandro ganhou coragem e antes de sair, pediu a Rosangela o número de telefone. “Como os códigos da área eram os mesmos, eu só tinha que fixar quatro dígitos” – diz Alessandro. Entrou num café, pediu uma cerveja e uma caneta. Apontou

os quatro dígitos na mão, pagou a cerveja e saiu. Da cerveja, sabemos que ficou intacta. O mesmo não aconteceu com os protagonistas desta história que hoje têm dois filhos e um projecto empresarial em Londres que não para de crescer. Vinte e quatro anos depois, o dólar e o relógio são ainda património da família. Uma semana depois do primeiro encontro, o telefone de Rosangela tocou. Do outro lado da linha, Alessandro perguntou: “Lembra de mim?” Claro que Rosangela lembrava. Só podia lembrar tal a memória do impacto do primeiro encontro. Depois, seria o continuar da história que os uniu longe do Brasil. Rosangela veio para Londres e só mais tarde veio Alessandro. A primeira preocupação de ambos foi aprender a Língua e a segunda enfrentar as dificuldades de quem vem viver para um país distante sem conhecer a cultura, a geografia e os hábitos de vida. Rosangela começou como engomadora e quando chegou a Londres, Alessandro começa pela porta de baixo lavando loi-

ça num restaurante. Quando decidem vir para Londres estavam noivos. Acabariam por casar em Londres depois de seis meses na capital Britânica em 1999. Alessandro decide começar a aprender a cozinhar a descobre a sua vocação para a cozinha. A porta de entrada nesta aventura, haveria de ser num restaurante italiano onde trabalhavam portugueses. “Aprendi muito sobre cozinha italiana com os portugueses com quem trabalhei. O restaurante era canadiano e servia principalmente lanches. Entretanto, o patrão decidiu fechar o restaurante e levar todos os funcionários para outro restaurante”. Neste caso, o restaurante italiano e foi aí que Alessandro aprendeu não só a cozinha italiana mas também a portuguesa. Mais uma vez, neste restaurante, Alessandro começa pelo posto mais baixo lavando loiça. Havia onze italianos que se foram embora e Alessandro ficou com os portugueses que ali trabalhavam durante dois anos e meio. Mais tarde, Alessandro insiste na mudança e muda de cozi-


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nha. Mais uma vez, a porta de entrada é a lavar loiça numa cozinha judaica. “Durante sete anos eu limpava e ajudava o judeu na cozinha e ia para as festas como casamentos ajudar como empregado de mesa (garçon)”. Sete anos depois, a Direcção decide encerrar uma das duas cozinhas e confrontaram os cozinheiros judeus para assumir a cozinha. Ambos recusaram e esta recusa, terá sido a grande oportunidade para o brasileiro que já tinha passado por um restaurante canadiano, tinha aprendido sobre cozinha italiana e portuguesa. “Perguntaram se eu queria assumir a responsabilidade e eu aceitei. Eu fazia a limpeza da cozinha e da escola e ajudava na cozinha” – revela Alessandro Faria para acrescentar - “Sempre que o cozinheiro tirava a sua folga era eu que o substituía. O patrão viu que eu estava a dar conta do trabalho e decidiu apostar em mim. Falei com a Rosangela e concordamos que não havia razões para não arriscar”. Com sete anos de experiência e partilha na cozinha judaica, Alessandro teria que enfrentar nova dificuldade quando passou a dar ordens e deixou de as receber no espaço da cozinha. “Foi difícil mas consegui e ainda hoje sou o responsável máximo pela cozinha e assumo que tenho melhor conhecimento do que os próprios judeus que trabalham comigo nas questões de cozinha judaica”. Para todos os efeitos, Alessandro assume que “não é fácil trabalhar com judeus até que se estabeleça a confiança” assunto que hoje está já ultrapassado. Para evoluir, o casal investiu sobretudo em livros e cursos para aprimorar o desempenho profissional. Desse conhecimento, outros sonhos haveriam de nascer. “Nós sempre quisemos ter o nosso próprio negócio e se possível em Londres” – revela Alessandro que reclama da estratégia da comunidade brasileira. “Quando um brasileiro abre um negócio, geralmente há outros a abrir negócios semelhantes. Como em Londres existem brasileiros por todo o lado, decidimos criar uma coisa diferente a partir da minha própria experiência”. Alessandro estava com um volume físico excessivo e precisava de emagrecer, a medicação porém não estava produzir os resultados esperados e o próprio decidiu deixar de ingerir glúten. Do azar, fez a sua sorte

e pela força do trabalho e dos sonhos, a alimentação sem glúten tornou-se um remédio e ao mesmo tempo um negócio. Antes de começarem a vender, o casal investiu em testes. O primeiro produto a desenvolver foi o pão de queijo que obrigou a desenvolver a certeza de que era possível panificar com a garantia absoluta de que o produto final era absolutamente isento de glúten. “Quanto ao pão de queijo, o polvilho em si não tem glúten mas no nosso caso temos 100% de certeza que é glúten “free” porque nós temos um laudo da empresa no Brasil onde compramos o polvilho que não é embalado onde se embala por exemplo o trigo. É importante que a embalagem do polvilho seja feito sem a presença da farinha que essa sim tem glúten. O mesmo se passa em relação à cozinha que tem que estar absolutamente isenta de glúten para garantir a veracidade do rótulo”. Neste caso, o fornecedor de polvilho teve que oferecer garantias que a embalagem é feita sem a contaminação de glúten quando na presença de outros produtos. Em casa, Alessandro e Rosangela começaram a cozinhar para consumo próprio e foi quando um amigo os visitou que a ideia comercial cresceu. “Um amigo da Marinha Brasileira estava destacado em Londres e fez uma visita lá em casa quando provou o nosso pão de queijo”. Estava lançado o negócio. O amigo gostou e ofereceu-se para levar a novidade para o serviço onde estava instalado. “Cheguei a levar mais de oitocentos pães de queijo” – lembra Alessandro. A partir daí, começaram a vender aos amigos não sem an-

tes libertar as licenças do Council (Município). Com o tempo, começaram a pensar alugar um pequeno espaço para abrir um pequeno negócio a partir da cozinha já depois de estarem licenciados. “O que fazemos, gostamos de fazer bem feito na primeira tentativa” – diz Rosangela. Em pouco tempo, o casal já fornecia outros estabelecimentos comerciais mas antes, tiveram que vencer outro obstáculo. A rotulagem dos produtos. “Começamos do zero com as legendas sobre o valor nutricional que é feito a partir de técnicos credenciados bem como os testes para os prazos de consumo. Ainda hoje temos alguns dos nossos primeiros produtos congelados para testar os prazos de validade. Ainda temos congelada uma remessa do primeiro doce de leite que fizemos para medir resultados no futuro. Datados para certificar a validade das datas que damos aos nossos produtos” – revela Alessandro para esclarecer – “Antes licenciamos a etiqueta toda a partir do zero trabalhando em casa. Tudo que fazemos é testado para ver se dá certo. Elaboramos a etiqueta várias vezes e contratamos quem faça a tabela nutricional”. Ao cliente, a marca Alezzolli assegura um prazo de seis meses para consumo dos seus produtos que hoje inclui um catálogo em crescimento. Doce de leite com coco, doce de abóbora, queijo fresco, coxinhas e claro, pão e bolas de queijo. Tudo é feito numa cozinha isenta de glúten. “Nós não temos farinha na cozinha. Desenvolvemos a cozinha glúten “free” com o pão de queijo que é o carro chefe da casa”. Tudo começou em 2016 quan-

do abriram a cozinha licenciada e começaram os testes. “Havia dias de gastarmos mais de trezentas libras em matérias primas para testar os produtos e muita dessa produção acabou no lixo até termos a fórmula certa. Foram muitas horas de trabalho e vários cursos. “De onde eu venho, a minha avó fazia o queijo e a diferença é que em Londres não temos o leite puro para fazer o queijo” lamenta Alessandro. Já em 2019, três anos depois de terem começado, chegou o momento de dar o grande salto e as negociações começaram com um conhecido estabelecimento no Queens Market na Queens Way, paredes meias com o Hyde Park no coração de Londres. Foi assim que acabaram a negociar o espaço onde antes estava a Casa Brasil que hoje assume o nome de Rosangela Grocery e onde se vendem diversos produtos de mercaria portuguesa e brasileira. Aquilo que começou por ser uma experiência de emagrecimento, tornou-se uma marca de produtos alimentares isentos de glúten vocacionado para o fornecimento a outros estabelecimentos e ao mesmo tempo um estabelecimento de porta aberta vocacionado para o público. “Trabalhamos muito e somos pessoas honestas. Quando as pessoas têm equilíbrio na vida, têm tempo para pensar. Temos projectos para o futuro. Melhorar os nossos produtos e oferecer qualidade é a nossa maior ambição” – diz Rosangela. Com dois filhos que “absorvem muita da nossa energia”, o casal continua a alimentar o sonho de crescimento. Por essa razão, continuam a procurar outros espaços onde possam alar-

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gar o mercado e desenvolver novos produtos. As possibilidades da marca são imensas. Os sonhos, acalentam abrir a marca Alezzolli em ambientes diferentes daqueles que já foram conseguidos até agora. Um género de espaço que em Londres não existe. “Queremos oferecer o mesmo ambiente do Brasil em Londres e se possível ir um pouco mais além. Acreditamos que possa haver mais nem que seja apenas pelo sistema de franquia. O nosso projecto é crescer com qualidade nos produtos. Não queremos crescer como muita gente que quando cresce um pouco olham apenas para dinheiro. Queremos continuar a olhar para o mais importante e isso é a qualidade do que fazemos. Queremos sobretudo conhecer a opinião do cliente” diz Alessandro para quem a cozinha é a sua segunda paixão. A primeira, será seguramente a história de um dólar e um relógio sem horas. O êxito, tem vindo a ser perseguido essencialmente com muito trabalho. “O pouco tempo que tenho depois do meu trabalho na cozinha judaica, é o que tenho para os nossos produtos. Eu só preparo os nossos produtos depois de sair do emprego. Por vezes saio do emprego às cinco da tarde, vou fazer compras e chego na nossa cozinha pelas sete da noite e ainda vou fazer pão de queijo. Ponho para congelar e depois fazer queijo. Tem dias que saio da cozinha depois das dez horas” – diz Alessandro. A equipa fica completa quando Rosangela faz as vendas, o marketing, o contacto com o cliente e toda a restante administração da empresa. “Antes de termos a loja, ainda havia ajuda na cozinha. Agora com a loja, estou sozinho na cozinha – diz Alessandro que reclama essencialmente da falta de tempo”. Os dois filhos, já reclamaram mais “mas começam a entender que o que fazemos é também para eles”. “O meu marido tem uma paixão pela cozinha. Eu seria incapaz de o imaginar a trabalhar noutra actividade que não seja a cozinha” diz Rosangela. Quanto ao nome Alezzolli, resulta da fusão do nome do próprio Alessandro e o nome do seu avô. Um sonho que se tornou numa homenagem. Quanto aos produtos da marca, o próprio website revela a lista de estabelecimentos onde podem ser encontrados em Londres.


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A saída do Reino Unido da União Europeia (UE) é apelidada de Brexit originada na língua inglesa resultante da junção das palavras British (britânico) e exit (saída). A saída do Reino Unido da União Europeia tem sido um objetivo político perseguido por vários indivíduos, grupos de interesse e partidos políticos, desde 1973, quando o Reino Unido ingressou na Comunidade Econômica Europeia (CEE), a precursora da UE. A saída da União é um direito dos estados-membros segundo o Tratado da União Europeia (artigo 50): “Qualquer Estado-Membro pode decidir, em conformidade com as respectivas normas constitucionais, retirar-se da União.” Palop News Londres

Em 1975, foi realizado um referendo sobre a permanência ou não do país na Comunidade Econômica Europeia (CEE). O resultado da votação foi favorável à permanência. O eleitorado britânico foi novamente chamado a decidir sobre a questão da permanência ou não do país no bloco comum, em

novo referendo, realizado no dia 23 de junho de 2016. Esse referendo foi organizado após a aprovação do European Union Referendum Act de 2015 pelo Parlamento britânico. O resultado da segunda consulta foi o oposto à primeira, foi favorável à saída. Analistas dizem que esta foi a decisão mais importante para os britânicos desde 1975, quando dois terços do eleitorado optaram por ingres-

Olhó Brexit sar na então Comunidade Econômica Europeia. Em 16 de junho de 2016, a parlamentar trabalhista britânica Jo Cox, partidária da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), foi assassinada após ter sido atingida por dois tiros em um ataque, em Birstall (norte da Inglaterra). Por conta desse ataque, tanto a campanha pela permanência na UE como a favorável à saída suspenderam todos os atos do dia. Várias testemunhas relataram que o agressor gritou Britain First! (“Grã-Bretanha primeiro!”), nome de um partido de extrema-direita contrário à imigração. No dia da votação do referendo, um jornal alemão trouxe como notícia de capa

uma matéria no mínimo curiosa: ele prometeu “acabar com as piadas sobre as orelhas do príncipe Charles” e “reconhecer o gol de Wembley”, na final da Copa do Mundo de 1966 se o Brexit não for aceito. Em 13 de março de 2017 ambas as câmaras do Parlamento do Reino Unido rejeitaram emendas que poderiam prolongar o processo de retirada do país do bloco, permitindo assim que a primeira-ministra Theresa May denuncie formalmente o Tratado da União Europeia e inicie as negociações. Em 17 de outubro de 2019, o Reino Unido e a Comissão Europeia concordaram em um acordo de retirada revisado com uma mudança de proteção. O

Conselho Europeu aprovou o acordo. O termo Brexit é análogo a Grexit, palavra cunhada em 2012 para designar a possível saída da Grécia da zona do euro. E diversos outros termos semelhantes foram criados defendendo a saída de demais membros da União Europeia. Ao longo do processo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia, outros termos surgiram, incluindo a ideia de “hard brexit”, isto é, a possibilidade de um rompimento sem qualquer tipo de acordo ou negociação. No início da UE os governos da Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, França, Itália e Alemanha Ocidental assinaram o Tratado de Paris em 1951, estabelecendo a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). A Conferência de Messina de 1955 considerou que a


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líticos, os eleitores que se opunham à ratificação não tinham como expressar essa oposição. Para Bogdanor, embora a ratificação do tratado pela Câmara dos Comuns possa ser legal, não seria legítimo - o que requer o consentimento popular. A maneira como o tratado foi ratificado”, ele julgou, “provavel-

CECA foi um sucesso e resolveu alargar ainda mais o conceito, conduzindo assim aos Tratados de Roma de 1957 que instituem a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom). Em 1967, estes ficaram conhecidos como as Comunidades Europeias (CE). O Reino Unido tentou se unir em 1963 e 1967, mas esses pedidos foram vetados pelo presidente da França, Charles de Gaulle.

Chegada e período do Reino Unido como membro da União Europeia Algum tempo depois de Charles de Gaulle renunciar à presidência francesa, o Reino Unido solicitou com sucesso a adesão à CE, e o primeiro-ministro conservador Edward Heath assinou o Tratado de Adesão em 1972. O Parlamento aprovou a Lei das Comunidades Europeias no final daquele ano e o Reino Unido juntou-se com a Dinamarca e Irlanda, tornando-se membro da CE em 1 de janeiro de 1973. A oposição Trabalhista venceu as eleições gerais de fevereiro de 1974 sem maioria e depois contestou as eleições gerais de outubro de 1974 com o compromisso de renegociar os termos britânicos da CE, acreditando-os desfavoráveis e depois realizar um referendo sobre permanecer ou não na CE nos novos termos. O Partido Trabalhista venceu novamente a eleição (desta vez com uma pequena maioria), e em 1975, o Reino Unido realizou seu primeiro referendo nacional, perguntando se o Reino Unido deveria permanecer nas Comunidades Europeias. Apesar da divisão significativa dentro do Partido

Trabalhista no poder, todos os principais partidos políticos e a imprensa apoiaram a adesão contínua à CE. Em 5 de junho de 1975, 67,2% do eleitorado e de todos os condados e regiões do Reino Unido, com exceção de dois (Shetland e as Hébridas Exteriores), votaram pela permanência; o apoio para o Reino Unido deixar a CE em 1975 parece não ter relação com o apoio ao “Deixar” no referendo de 2016. O Partido Trabalhista fez campanha nas eleições gerais de 1983 com o compromisso de se retirar da CE sem um referendo, embora depois de uma pesada derrota o Partido Trabalhista tenha mudado sua política. Em 1985, o governo de Margaret Thatcher ratificou a Lei Única Europeia (Single European Act) - a primeira grande revisão do Tratado de Roma - sem referendo. Em outubro de 1990, sob pressão de altos ministros e apesar das profundas reservas de Margaret Thatcher, o Reino Unido aderiu ao Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (METC), com a libra esterlina atrelada ao marco alemão. Thatcher renunciou ao cargo de primeiro-ministro no mês seguinte, em meio a divisões do Partido Conservador, decorrentes em parte de suas visões cada vez mais eurocéticas. O Reino Unido e a Itália foram obrigados a retirar-se do METC em setembro de 1992, depois que a libra esterlina e a lira foram pressionadas pela especulação cambial (“Quarta-feira Negra”). Ao abrigo do Tratado de Maastricht, as Comunidades Europeias tornaram-se a União Europeia em 1 de novembro de 1993, reflectindo a evolução da

organização de uma união económica para uma união política. Dinamarca, França e Irlanda realizaram referendos para ratificar o Tratado de Maastricht. De acordo com a convenção constitucional britânica, especificamente a da soberania parlamentar, a ratificação no Reino Unido não estava sujeita à aprovação por referendo. Apesar disso, o historiador constitucional britânico Vernon Bogdanor escreveu na época que havia “uma justificativa constitucional clara para exigir um referendo” porque, embora os deputados recebam o poder legislativo do eleitorado, eles não têm autoridade para transferir esse poder. Três referendos anteriores diziam respeito à transferência de poderes parlamentares. Além disso, como a ratificação do tratado estava nos manifestos dos três principais partidos po-

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mente terá consequências fundamentais tanto para a política britânica quanto para o relacionamento da Grã-Bretanha com a Comunidade Europeia”. Esse déficit democrático levou diretamente à formação do Partido de Independência do Reino Unido. Em 1985, o Reino Unido, junto com a Irlanda, negociou uma


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cláusula de não participação no Acordo de Schengen, fazendo com que tivesse um controle de fronteiras separado. Além disso, o Reino Unido nunca fez parte da Zona do Euro. Thatcher, que havia apoiado o mercado comum e a Lei Única Europeia, em uma reunião em Bruges em 1988, alertou contra “um super-estado europeu que exerce um novo domínio de Bruxelas”. Ela influenciou Daniel Hannan, que em 1990 fundou a Oxford Campaign for Independent Britain; “Em retrospecto, alguns vêem isso como o início da campanha pelo Brexit”, escreveu posteriormente o Financial Times. Em 1994, James Goldsmith formou o Partido do Referendo para contestar as eleições gerais de 1997, em uma plataforma a favor de um referendo sobre a natureza do relacionamento do Reino Unido com o resto da União Europeia. O partido teve candidatos em 547 distritos eleitorais naquela eleição, e ganhou 810.860 votos - 2,6% do total de votos - mas não conseguiu ganhar um assento parlamentar devido à votação ser espalhada pelo país. O partido foi dissolvido após a

morte de Goldsmith em 1997. O Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), um partido político eurocético, foi formado em 1993. Alcançou o terceiro lugar no Reino Unido durante as eleições europeias de 2004, o segundo lugar nas eleições europeias de 2009 e o primeiro lugar nas eleições europeias de 2014, com 27,5 por cento d o to-

tal

de votos. E s t a foi a primeira vez desde a eleição geral de 1910 que qualquer outro partido que não o Partido Trabalhista ou o Conservador tomou a maior parte da votação em numa eleição nacional. O sucesso eleitoral do UKIP nas eleições europeias de 2014 está documentado como

o mais forte correlato do apoio à campanha a favor do Brexit no referendo de 2016. O UKIP teve votos expressivos em 2014 e nas eleições gerais de 2015, o partido obteve 12,6% do total dos votos e ocupou um dos dois lugares conquistados em 2014. Em 2010, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, assumiu o cargo no meio de críticas sobre a permanência britânica na UE. O sentimento antieuropeu aumentou após a crise da dívida europeia. Cameron prometeu em janeiro de 2013 que, se seu partido conservador fosse reeleito com um governo de maioria, ele iria renegociar os termos da associação do Reino Unido com a União Europeia. Cameron comprometeu-se a agendar um referendo sobre uma possível saída da UE até 2017. No dia 23 de junho de 2016 foi realizada a votação. Os eleitores responderam à seguinte pergunta na cédula eleitoral: “Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?” As duas únicas respostas possíveis são “permanecer” e “sair”. Ini-

cialmente, o governo britânico queria uma formulação diferente, perguntando aos eleitores se queriam continuar na União Europeia. Mas as autoridades eleitorais consideraram que dessa forma a pergunta poderia induzir respostas pró-UE. Os resultados de-

monstraram uma clara divisão entre regiões britânicas: na Escócia, Irlanda do Norte e na capital Londres a permanência foi mais votada, enquanto que em Inglaterra e País de Gales, tanto nas regiões rurais como nas grandes cidades (à exceção de Londres) o resultado foi mais fa-

vorável à saída da UE. No total, houve 16 141 241 votos pela manutenção (48,2%) e 17 410 742 pela saída (51,8%), num total de 32 688 054 votos válidos. Houve ainda 25 380 votos não validados e uma participação eleitoral de 72,1% (universo eleitoral de 46 499 537 eleitores). Pesquisas de intenção divulgadas no dia 19/06 mostraram uma disputa equilibrada. Um levantamento feito pelo instituto Opinium e publicado pelo The Observer mostra ambos os lados com 44% das intenções de voto. Outra pesquisa, realizada pelo BMG e divulgado pelo The Herald, coloca os que são a favor da permanência com 46% das preferências, contra 43% dos que defendem o Brexit. Um terceiro levantamento feito pelo ComRes para os jornais The Sunday People e The Independent mostrava os defensores da saída do país do bloco com 44% das intenções de voto, contra 28% dos adversários. Uma quarta pesquisa feita pelo Instituto Survation para o Mail on Sunday mostrou que os defensores da permanência lideravam a disputa com 45%


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a 42%. Dois dias antes da votação, uma nova sondagem das intenções de voto deu 52% ao “permanecer” e 48% ao “sair”, noticiou o jornal The Evening Standard.

Votação no parlamento Após uma votação em 4 de dezembro de 2018, os parlamentares decidiram que o governo do Reino Unido deixava o parlamento em segundo plano ao não trazer as discussões para dentro do mesmo. O ponto-chave do parecer abrangeu o efeito jurídico do acordo de apoio que rege a Irlanda do Norte, a Irlanda e o resto do Reino Unido, no que diz respeito à fronteira aduaneira entre a União Europeia e o Reino Unido, e as suas implicações no Acordo de Belfast que levou ao fim dos movimentos de união da Ilha da Irlanda. Em 10 de dezembro de 2018, Theresa May optou por adiar a votação de seu acordo no Parlamento. O anúncio veio minutos depois que o Governo do Reino Unido confirmou que a votação seria encaminhada. Diante da perspectiva de uma derrota na Câmara dos Comuns, essa opção deu à primeira-ministra mais tempo para negociar com os conservadores e a União Europeia, apesar de terem descartado novas discussões. A decisão foi recebida com protestos de diversos parlamentares galeses para o encaminhamento de uma moção de “Não Confiança no Governo”. O líder da oposição, Jeremy Corbyn, descreveu o governo como estando em “desordem”. Na visão do Grupo de Pesquisa Europeu do Partido Conservador (que se opõe mais ao Brexit), o tratado proposto por May é uma forma de pagar 39 bilhões de libras e aceitar o apoio da Irlanda; em troca, o Reino Unido asseguraria um período de transição sem direito a veto, estaria obrigado a aceitar toda a nova legislação da União Europeia mesmo quando ameaçasse o interesse nacional e, mediante o pagamento da taxa de saída, teria a oportunidade de iniciar conversas sobre um novo acordo, cujos termos deveriam ser acordados por todos os 27 estados da União Europeia (ao contrário do Acordo de Retirada). O ex-embaixador do Reino Unido na União Europeia na época do referendo de 2016, Sir Ivan Rogers, comentou publicamente em 13 de dezembro de

2018 que a UE sempre foi hábil em reformular as coisas que já foram acordadas, como o apoio irlandês. Em 15 de janeiro de 2019 o Parlamento do Reino Unido rejeitou o acordo, com 432 votos contra e 202 a favor. Esta é a maior derrota de um governo do Reino Unido na história. Logo depois, uma moção solicitando a saída de Theresa May do cargo de primeira-ministra foi apresentada pela oposição e derrotada pelo Partido Conservador.

Consequências previstas Segundo nota do G20, a mudança poderia causar uma “quebra na economia mundial”. Apesar disso, o ministro alemão de finanças, Wolfgang Schäuble, informou que ainda não é hora de falar em crise económica mundial porque os dados econômicos estão melhores que as previsões. Uma semana antes da votação, as Bolsas da Europa tiveram forte queda. Conforme o economista sênior da KBC, Koen De Leus, “As preocupações com a saída da Grã-Bretanha da UE estão elevando o índice de volatilidade e particularmente afetando o setor financeiro. A volatilidade alta deve durar até pelo menos o referendo.” Ignazio Visco, membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco Central italiano, em entrevista dada no dia 18 de junho, informou que os Bancos centrais estão prontos para intervir em caso de saída. Ele apontou que o risco de saída do Reino Unido é o mais temido entre as autoridades monetárias, indicando os desdobramentos já percetíveis nos mercados de câmbio e bonds. Logo após os resultados do referendo serem conhecidos houve uma grande indefinição nos mercados financeiros mundiais, com grandes quedas nas bolsas de todo o mundo. A nível político, alguns conservadores apelaram à saída de David Cameron do cargo de primeiro-ministro e à substituição por Boris Johnson. Em outros países, eurocéticos procuraram capitalizar politicamente o resultado. Em França, Marine Le Pen veio defender a realização de um referendo equivalente. Alguns partidos

neerlandeses defendem o mesmo. Em Portugal, os partidos que fornecem apoio parlamentar ao Governo em funções, nomeadamente o Bloco de Esquerda, defenderam a realização de um referendo equivalente ao Brexit caso a União Europeia não pare imediatamente com as políticas de austeridade exigidas a Portugal e as constantes ameaças de sanções. Também na Espanha alguns partidos com representação na Câmara dos Deputados defenderam a realização de um referendo pelos mesmos motivos que os portugueses. Ainda que sem fontes que confirmem isso, o certo é que a União Europeia acabou por decidir não aplicar quaisquer sanções a Portugal e a Espanha, sanções essas que foram a votos na Comissão Europeia e acabaram recebendo 4 votos a favor por parte da Alemanha, Letônia, Finlândia e Suécia e 23 votos contra dos restantes países da União Europeia. Dias após a aprovação do Brexit, a Escócia indicou que gostaria de realizar um novo referendo para deixar o Reino Unido. Na Irlanda do Norte, um movimento também existe para abandonar Londres.

No âmbito desportivo Conforme um estudo da BBC, se o Brexit for aprovado, pouco mais de 400 futebolistas que atuam em alguma das divisões do Campeonato Inglês e das ligas de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte perderiam o direito de jogar no Reino Unido. Isso porque os jogadores que possuem um passaporte europeu poderiam jogar livremente no Reino Unido, mas aqueles que não dispõem de um teriam que conseguir uma licença de trabalho outorgada pelo Ministério do Interior britânico. Segundo o estudo, mais de 100 jogadores da Premier League poderiam ser afetados, e equipes como Aston Villa, Newcastle e Watford perderiam até 11 membros de seus elencos. Há vozes, no entanto, que acreditam que a saída da UE daria mais oportunidades aos jogadores jovens britânicos. “O impacto a curto prazo seria enorme, mas há gente que considera que a longo prazo poderia ser positivo, já que for-

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çaria os clubes a se concentrar nos jogadores do país.” A aceitação do Brexit para a Premier League, que é um expoente da globalização do desporto, é uma medida que vai totalmente de encontro a essa internacionalização. Isso será um obstáculo que agora dificultará a contratação de jogadores sul-americanos e africanos, por exemplo. Por isso a Premier League sempre foi contrária ao Brexit. Além disso, os reflexos da saída britânica do bloco político-econômico poderiam chegar a ligas vizinhas. Na Espanha, por exemplo, o Real Madrid teria um impacto direto

em seu elenco ao ver Gareth Bale se tornar um jogador extra-comunitário, por não ser mais um cidadão europeu. Com isso, o clube perderia um posto a ser ocupado, por exemplo, por um brasileiro.

Crise econômica O estudo divulgado pelo Ifo Institute for Economic Research, em 8 de agosto de 2016, mostra que o Reino Unido é o país que será mais afetado pelo “Brexit”, apesar de se esperar que outros países da União Europeia, especialmente a Irlanda, também sofram consequências na economia.

Talia a portuguesa que brilha em Londres “Excited” é o nome do ultimo disco de Tália que tem o dom de excitar qualquer plateia. A intérprete esteve a apresentar o seu mais recente trabalho no Centro Comunitário em Kennington onde foi entrevistada por Carlos Alves, ex jornalista da BBC. Palop News Londres

Tália mostrou-se como um poço de talento e uma devoradora de plateias. Ao jornalista, contou que entrou na magia da música por influência do pai e aproveitou para falar do lançamento do seu disco e falar do seu percurso de vida. A plateia teve também oportunidade de questionar a artista num contacto muito próximo com os presentes e que levou todos a dançar para festejar o São Martinho da Comunidade de Língua Portuguesa em Londres no Centro Comunitário em

Kenninghton a Sul do Tamisa. Na abordagem do jornalista, Tália está para os palcos como o Sensei está para o Karaté. A própria veste os palcos e as plateias de uma forma envolvente e o público não resiste a não acompanhar a artista em coro. Por detrás dos palcos, aparece a Tália artista de rua a espalhar sorrisos e música. De quando decidiu ir cantar para a rua, Tália recordou dois acontecimentos. Com o pai e uma amiga próxima. Se a amiga estranhou e a questionou o que “vais fazer para rua?”, já o pai mostrou satisfação pela ideia: “Disse-me para ter cuidado com o meu ins-

trumento” – revelou ao jornalista. Para lançar o seu disco “Excited”, Tália muniu-se sobretudo de imaginação colectando donativos e espectáculos. No lote de apresentações públicas, Tália refere os especialmente concebidos para lares de terceira idade, aliando o seu talento a uma imensidão humanitária. Restaurantes, pub’s, ao ar livre, onde quer que Tália esteja, o local assume a forma de palco seja para cantar um fado, folclore ou Frank Sinatra. O público acabou por elogiar a voz da artista de forma unânime e ficou declarado que a intérprete está pronta para todos os aplausos. Nascida em Londres, Tália fala Português sem qualquer assento da influência do idioma inglês e interpreta os temas portugueses de forma absolutamente identificada com o ambiente musical português. Os argumentos apresentados, justificam qualquer percurso que a artista venha a desenvolver em contextos musicais.


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Aspect Plus mantém tradição e convidou amigos e parceiros da Comunidade para festejar o Natal

O evento ocorreu em Canary Wharf num ambiente pleno de comunicação.

Tatiana Schicowski, yo, Thaize de Oliveira, Aline Wickens & Deborah Dalla Vecchia

Fabia Bettencourt

Tatiana Alvarenga & Gilson Gomes

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Michelle Richards & Miriam Thomaz

Daiane Medeiros & Ja Neto

Michelle Richards, Jocelis Templeman & Tabata Colla

Neto Brasil & Lauren Ludlow


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Mês Amigo soma e segue Corria o ano de 2009 quando Boris Johnson era Mayor de Londres e Isaac Bígio anunciou a participação numa marcha que reuniu um milhão de pessoas em Londres. Palop News Londres

Na frente de batalha, um pedido para que os residentes ilegais pudessem ser legalizados acabando assim com o desespero de centenas de milhares de pessoas a residir no Reino Unido sem documentação. Sendo que esta medida não abrangia os cidadãos europeus ela era na verdade transversal aos falantes de Português e Espanhol oriundos de fora da União Europeia. A primeira batalha a ser travada foi garantir que não haveria intervenção policial contra os migrantes ilegais que estivessem presentes na marcha e essa promessa veio a ser cumprida. Embora tenha havido a presença de um forte contingente policial a

acompanhar a marcha não foi registado qualquer incidente e não foi feita qualquer detenção. A reportagem do Palop News acompanhou a totalidade da marcha que partiu de Elephant and Castle em direcção a Westminster onde se haveria de reunir a outras marchas. Várias foram as marchas que partiram um pouco

de toda a cidade para se reunirem junto ao parlamento marchando juntas a partir daqui para a Trafalgar Square onde se concentraram. Alguns dias antes tinha acontecido uma reunião com cerca de duas mil pessoas em Elephant and Castle tendo Portugal estado representado pelo Conselheiro António Cunha em conjunto com representantes de outras comunidades que presentearam o Mayor de Londres. Desde o ano de 2009, Isaac Bígio tem liderado o Movimento Mês Amigo que tem a duração de seis semanas entre os meses de Setembro e Outubro e que envolve eventos de 35 diferentes países com representação comunitária em Londres para ce-

lebrar sobretudo a herança cultural dos falantes de Português e Espanhol. Todos os anos o Mês Amigo convida as diversas comunidades e inscrever os seus eventos durante este período que incluí o dia da independência do Brasil ou o dia da implantação da República a 5 de Outubro por Portugal. Depois do balanço de cada ano a agenda do Movimen-

to inicia o programa para o ano seguinte estando já em marcha a programação para 2020. As associações e outros movimentos são convidados a programar as suas actividades de forma a que possam ser inscritas no Mês Amigo que através de uma base de dados e nas redes sociais publicita os eventos inscritos de forma gratuita.


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Uma herança chamada Lita Gale Chamava-se Lita Gale uma das mais influentes advogadas britânicas de nacionalidade portuguesa e são muitos os portugueses que recorreram aos seus serviços. Conhecida por ser uma trabalhadora incansável, Lita Gale era também uma das mais bem remuneradas advogadas com escritório em Kensington, uma das mais prestigiadas zonas de Londres. “Chegou a mandar-me mensagens a meio da noite” – diz um cliente ao Palop News a justificar a carga horária da advogada que se tornou também conhecida pela sua actividade “pro-bono”. Palop News Londres

A sua paixão pelo desporto, levou a advogada a investir em Portugal desenvolvendo a actividade do Croquet numa propriedade especialmente construída para o efeito. Além desta propriedade que era gerida pela própria, este desporto acabaria por surgir em outros espaços tendo dado origem à Federação Portuguesa de Croquet presidida pela própria Lita Gale. Em 2017, Lita Gale entra em confronto com a Federação Mundial da modalidade tendo vencido o confronto que opunha as federações de Portugal e Espanha e a Federação Mundial com sede em Inglaterra. Já em 2019, Lita Gale foi diagnosticada com um problema de saúde que dois meses depois se viria a revelar fatal. Com o seu desaparecimento, desapareceu também a Federação Portuguesa de Croquet e o clube que era gerido pela própria no Algarve onde foi sepultada. Se o Croquet em Portugal ficou infinitamente mais pobre pela perda da sua fundadora em território nacional, o seu escritório em Londres encontrou soluções

de continuidade. “Trabalhei com a Lita Gale durante muito tempo e desenvolvemos uma amizade muito intensa” – refere Margarida Domingos que aceitou herdar a actividade de Lita Gale após a sua morte embora com diferente filosofia. A empresa, deixou de se chamar Lita Gale Solicitors e passou a chamar-se Lita Gale Consultancy e manteve o seu escritório na mesma zona geográfica. “A nossa carteira de clientes está habituada a esta geografia razão pela qual nos mantemos na mesma área de influência” – diz Margarida Domingos que dá continuidade ao trabalho iniciado pela advogada. A nova empresa foi criada com o mesmo nome em homenagem à amizade desenvolvida

entre ambas e com o desejo expresso da advogada que escolheu deixar o seu legado a Margarida Domingos. “Somos uma empresa para-Legal e exercemos todo o tipo de actividades relacionadas com burocracias seja para o território Britânico ou em Portugal” – diz-nos a gestora da empresa. Muitas questões relacionadas com Portugal podem ser tratadas a partir de Londres sem necessidade de deslocação. “Temos advogados portugueses a trabalhar connosco e mesmo advogados ingleses a quem recorremos quando essa necessidade se justifica” – afirma. Desde o seu início que a empresa tem vindo a registar um ritmo de crescimento que leva a gestora a equacionar a possibilidade de fazer crescer o quadro de Recursos Humanos a breve trecho. “Temos tido uma demanda que nos ocupa a tempo inteiro e que nos obriga a ter alguma criatividade para evitar que os nossos clientes tenham prazos de espera dilatados e vamos a Portugal em representação do cliente sempre que isso se justifica” – finaliza.

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Rede Global da Diáspora A “Rede Global da Diáspora” tem como principal missão promover a marca Portugal internacionalmente e ajudar as PME nacionais a aumentar as suas exportações, estimulando a colaboração das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Palop News Londres

A Rede Global da Diáspora é um projeto co-financiado pelo FEDER - Fundo de Desenvolvi-

mento Regional, através do Portugal 2020, no âmbito do SIAC Internacionalização, Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (Compete 2020). O Projeto é liderado

pela Fundação AEP e tem como parceiros a Agência de Notícias Lusa, o GAID (Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora), o AICEP, o InovContato e a Associação de Câmaras de Co-

mércio. A Monstros & Company, uma empresa do Grupo CH (www.grupoch.pt) é o promotor do projeto. Efetivamente, a Fundação AEP tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, um trabalho profundo sobre o fenómeno da emigração, em particular dos jovens qualificados, à luz de uma estratégia construtiva no sentido de transformar esta realidade numa oportunidade para as empresas nacionais. Neste âmbito desenvolveu a iniciativa intitulada “Empreender 2020 - Regresso de uma geração preparada”, através do qual foi delineado um conjunto de orientações futuras, algumas delas no sentido de aproximar a diáspora portuguesa com as PME. Esta estratégia evoluiu para a criação de uma plataforma de conhecimento, que será uma rede social colaborativa com a Diáspora Portuguesa, que garanta a construção de pontes de aproximação aos respetivos mercados capazes de incrementar a visibilidade e a notoriedade da oferta nacional em mercados mais alargados, alavancando as exportações portuguesas. A “Rede Global da Diáspora”

é, assim, uma plataforma online de prospeção permanente nos diversos mercados, em expansão constante, de onde será possível retirar informação relevante ao nível da caracterização da diáspora.Numa primeira fase, será dinamizada num conjunto de mercados prioritários, em que uma das alavancas será o poder das redes sociais como elemento disseminador de informação e agregação de motivações e interesses comuns, no intuito de aproximar as PME portuguesas aos membros desta comunidade alargada (portugueses e lusodescendentes), influente e espalhada por todo o mundo, e que continua muito ligada ao país por laços afetivos e emocionais. Neste momento oprojecto está na fase de desenvolvimento/programação da plataforma que será colocada online em Março de 2020. Até lá pretende-se alcançar o maior número de portugueses possível para que esta Rede Social entre logo a funcionar em pleno. A organização convida todos a inscreverem-se em http://bit. ly/302YpMO e a fazer parte desta nova história que está a ser criada.


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Brasil: Crianças e adolescentes venezuelanos fogem sozinhos para o Brasil As autoridades brasileiras não estão protegendo adequadamente as centenas de crianças e adolescentes desacompanhados venezuelanos que fogem para o Brasil, disse a Human Rights Watch. Palop News Brasil

Entre 1º de maio e 21 de novembro, 529 crianças e adolescentes venezuelanos desacompanhados atravessaram a fronteira e chegaram ao estado de Roraima, segundo informações da Defensoria Pública da União (DPU), que entrevistou essas crianças e adolescentes na fronteira. Quase 90% deles têm entre 13 e 17 anos.

Eles viajaram sozinhos ou com um adulto que não é seu parente ou responsável legal. O número total é provavelmente maior, pois algumas crianças e adolescentes podem não passar pelo posto de fronteira onde os defensores públicos da União conduzem as entrevistas. Não existe um sistema para monitorar e ajudar as crianças e adolescentes desacompanhados após a entrevista de entrada.

“A emergência humanitária está levando as crianças e adolescentes a partirem sozinhos da Venezuela, muitos procurando comida ou serviços de saúde”, disse César Muñoz, pesquisador sênior da Human Rights Watch no Brasil. “Ainda que as autoridades brasileiras estejam fazendo um grande esforço para acolher as centenas de venezuelanos que chegam ao Brasil a cada dia, elas não estão dando a essas crianças e adolescentes a proteção urgente que eles precisam”. Algumas crianças e adolescentes desacompanhados acabam vivendo nas ruas, onde ficam particularmente vulneráveis a abusos ou ao recrutamento por facções criminosas, concluiu a Human Rights Watch. A DPU e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disseram à Human Rights Watch que sem um responsável legal, eles não podem se matricular na escola nem acessar os serviços de saúde pública, disseram à Human Rights Watch.

Os conselhos tutelares de Roraima, órgaos que zelam pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil, costumavam encaminhar algumas das crianças e adolescentes desacompanhados a abrigos estaduais. Nestes casos, o diretor do abrigo fica como o seu responsável legal, o que permite que essas crianças e adolescentes possam ir à escola e obtenham

documentos de identidade para terem acesso ao sistema público de saúde. No entanto, os dois abrigos estaduais existentes em Roraima, para adolescentes de 12 a 17 anos, atingiram tal nível de superlotação que, em 13 de setembro, um juiz estadual ordenou que parassem de receber mais adolescentes. Essas instituições têm capacidade para abrigar até 15


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meninos e 13 meninas. Desde então, os conselhos tutelares em Boa Vista, capital de Roraima, e Pacaraima, cidade fronteiriça, solicitaram autorização judicial para encaminhar algumas crianças e adolescentes venezuelanos desacompanhados aos abrigos das Nações Unidas para adultos e famílias venezuelanas com crianças. Os abrigos foram estabelecidos como parte da “Operação Acolhida”, criada pelo governo federal brasileiro com apoio de agências da ONU e organizações não governamentais, para responder à chegada massiva de venezuelanos. No entanto, representantes da ONU disseram à Human Rights Watch que os abrigos não dispõem dos serviços e da assistência necessários para crianças e adolescentes desacompanhados. A coordenadora de um abrigo da Operação Acolhida onde estão

alguns deles disse em outubro de 2019 que as crianças e adolescentes desacompanhados não estavam frequentando a escola porque não havia um adulto para assumir a responsabilidade de levá-los e trazê-los de volta. Em 8 de outubro de 2019, Jesús Alisandro Sarmerón Pérez, um adolescente venezuelano de 16 anos que vivia em um abrigo da ONU em Boa Vista foi encontrado sem vida com marcas de estrangulamento em uma rua próxima do abrigo. Seu corpo foi deixado em um saco plástico e tinha sinais de tortura. Ele tinha entrado no Brasil em junho, desacompanhado, ficou pouco tempo em um abrigo estadual e depois morou nas ruas de Boa Vista. Jesús foi encaminhado a um abrigo da Operação Acolhida após a decisão judicial de 13 de setembro , disse uma oficial de proteção de crianças do UNICEF à Human Rights

Watch. Representantes da ONU acreditam que ele pode ter sido executado por um grupo criminoso brasileiro. “Adolescentes venezuelanos são presas fáceis de serem recrutadas por facções”, disse a oficial. A UNICEF planeja abrir duas casas lares temporárias em dezembro para 10 crianças e adolescentes desacompanhados cada uma, e financiá-las durante os primeiros seis meses, nos termos de um acordo firmado com os governos federal e estadual. No entanto, para o projeto ser sustentável, as autoridades estaduais e federais deveriam assumir sua coordenação após a primeira fase e fornecer apoio financeiro, disse a Human Rights Watch. A UNICEF também gostaria de contar com o programa Famílias Acolhedoras para fornecer acolhimento temporário a crianças e adolescentes desacompanhados com famílias venezuelanas e brasileiras. Isso exige que as autoridades brasileiras criem o programa em Roraima e que se comprometam a financiá-lo e mantê-lo. Em sua decisão de 13 de setembro sobre os abrigos superlotados , o juiz estadual deu ao estado de Roraima um prazo de 10 dias para apresentar um plano para acolhimento de adolescentes venezuelanos desacompanhados. Em resposta, Roraima elaborou um plano que inclui melhorias nos abrigos e a abertura das duas casas lares temporárias da UNICEF. O governo de Roraima não respondeu às solicitações de reunião e informação da Human Rights Watch sobre o tema. Esse plano requisitado pelo juiz é crucial, mas o cuidado e a proteção das crianças e adolescentes venezuelanos desacompanhados não devem ser de responsabilidade exclusiva do estado de Roraima e devem ir além de abrigos, afirmou a Human Rights Watch. O Governo Federal deveria trabalhar em conjunto com o estado de Roraima, autoridades municipais e os órgãos do sistema de justiça federal e estadual para estabelecer um sistema que conte com financiamento adequado para identificar, acompanhar e apoiar crianças e adolescentes venezuelanos desacompanhados. Isso deve ser realizado em colaboração com agências da ONU e organizações não governamentais que trabalham no estado. As autoridades também deveriam garantir que essas crianças e adolescentes tenham acesso à educação, à assistência médica e à documentação legal.


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A Alemanha prepara-se para a era pós- Ângela Merkel A Mudança político-social na Alemanha expressa a Mudança em Via na Europa. As eleições do Estado federado Turíngia, na continuação de outras eleições federais, colocaram em xeque-mate não só os partidos da Coligação como também as tradicionais forças políticas do arco do poder na Alemanha. Pelo que se observa, a liberdade favorece as margens partidárias e abandona o centro. António Justo Alemanha

O partido Esquerda ganhou as eleições na Turíngia (antiga Alemanha Oriental) com 31,0 % (29 assentos num parlamento de 90 deputados), AfD 23,4 % (22 assentos, duplicando o seu resultado de 2014); a CDU 21,8% (21 assentos, menos 11,7 %), SPD 8,2%, (oito assentos), os Verdes 5,2 % (cinco assentos); o FDP 5,0% (cinco assentos, cinco votos fizeram com que o partido entrasse no Parlamento; restantes partidos 5,4% . A maioria absoluta é de 46 lugares. Do meio da sociedade alemã surge um clamor que faz lembrar um toque a finados anun-

ciador da era pós-Merkel e do poder político europeu classicamente disputado e repartido entre os partidos populares do centro da esquerda e da direita. A Chanceler Merkel conseguiu com a coligação CDU/CSU-SPD fortalecer a força económica da Alemanha. Mas, com a sua teimosia em matéria de política de refugiados (política das portas abertas à imigração muçulmana e do norte de África) e de política energética (pôr termo agendado às centrais nucleares e às centrais do carvão) embora conseguisse também o aplauso dos Verdes e da esquerda em geral, desestabilizou a sociedade centrista alemã e em parte a

política europeia (A política dos refugiados desestabiliza toda a Europa e as relações entre os membros da EU (O Brexit também tem explicações neste contexto; a difamação da Polónia que conseguiu integrar um milhão de ucranianos também). A Grande Coligação do Governo de Merkel criou prosperidade, mas em vez de reagir às exigências da maioria do povo que representava limitou-se a criticar o surgir de um AfD que provem do seu eleitorado. Não chega a demonização da AfD, a força de uns é a fraqueza dos outros. Importante seria a discussão política de quem tem as melhores ideias.

Enquanto os partidos do poder se concentram em torno do monotema clima, e a AfD se ocupa do monotema imigração muçulmana, a sociedade reagirá. As medidas para redução do CO2 fazem-se sentir na carteira de cada um e a criminalidade sobretudo de estrangeiros parece tornar-se normal na sociedade. Não admira que o AfD surja como novo “partido do povo”, em oposição ao estabelecimento. A nova força, a estabelecer-se como novo centro parece querer dar resposta a exigências de revisão de políticas, as mesmas que estão na base da eleição

de Trump nos EUA. O AfD movimentou muito dos cidadãos não eleitores pela razão do buraco existente criado pela Grande coligação governamental (Groko) que segue uma política tida por muitos como demasiado verde e vermelha. O AfD perfilou-se como verdadeira oposição, apontando também para problemas por resolver e que são o controlo das fronteiras, a imigração em massa, Estado de direito condescendente com Erdogan, segurança interna, islão, autonomia monetária, identidade nacional e a Expropriação da classe média pela taxa de juro zero na


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zona Euro. Embora na Turíngia tenham ganhado os polos (Esquerda e AfD), resumindo, pode-se dizer que venceu a democracia; o cidadão encontra-se mais politizado começando a haver mais mistura de cores. O povo sente-se submerso, não representado, e quer ver a coisa pública nas próprias mãos; é o começo de autoconfiança. Não é fácil governar uma sociedade do bem-estar e igualitária, dado também ela concorrer para a divisão de pessoas e grupos. A esquerda de Bado Ramelow poderia constituir governo com a CDU, mas esta tem medo que lhe aconteça como tem acontecido ao SPD em plena derrocada. Por isso se levantam na CDU as vozes conservadoras que não aceitam fazer coligação com uma esquerda socialista que não se distancie do ideário dos pais do socialismo. No futuro, também estes antagonismos políticos deixarão de constituir impedimento de coligações governamentais; é apenas uma questão de tempo. A discussão em vez de se dar em tabus e ataques dog-

O Mayor de Londres e o deputado Keir Starmer do Labour Party, acompanhados por Jack Hoppkins Presidente do Município de Lambeth, visitaram a Wilcox Road para debater a Comunidade Portuguesa.

máticos gerais deveria passar a uma discussão de quem tem as melhores ideias, com debates racionais e com espaço para compromissos. O povo bem diz : “o compromisso é a cola da democracia”. Se os partidos do arco do poder pretenderem manter-se nele terão de investir mais no cidadão, pois a sociedade civil será a chave para o futuro. Censurar como o fazem aqueles que lucram com o poder estabelecido, e como aqueles que se expressam como se fossem os senhores da democracia e da verdade não ajuda ao desenvolvimento. Estamos em tempos de mudança; aqueles que ainda não notaram isso já perderam.

Sadiq Khan visitou portugueses e não pediu votos Palop News Londres

Fernanda Correia, Pedro Xavier e Diogo Costa, foram os principais intépretes da Comunidade Portuguesa na mesa com o Mayor de Londres. Este encontro contou com várias equipas da imprensa britânica a que não faltou a BBC. Os políticos entraram no res-

taurante português Fumeiro como se estivessem em casa. “Foi muito importante que o Mayor de Londres viesse propositadamente para falar com a Comunidade Portuguesa” referiram em uníssono os portugueses presentes na mesa que contou ainda com uma representante da Comunidade Hispano-Americana. Keir Starmer (Ministro sombra dos Negócios Estrangei-

ros do Partido Trabalhista) ventilou um novo referendo enquanto que os portugueses presentes na mesa insistiam num documento físico que prove a legalidade da permanência dos europeus no Reino Unido e mais uma vez a Comunidade Portuguesa toma a dianteira nas questões políticas que envolvem toda a União Europeia. “Os passaportes são ideais para passar as fronteiras mas insuficientes para tudo o resto” – concordam Pedro Xavier e Fernanda Correia. “Tirando os aeroportos, ninguém tem máquinas para ler os passaportes. Bancos, agências imobiliárias ou Centro de Emprego. Como dizer ao senhorio que temos o Direito de viver no Reino Unido munidos de um passaporte que o senhorio não tem uma máquina para ler?” – Perguntam. Esta questão surpreendeu os políticos britânicos que governam comunidades onde o Cartão de Identificação não existe como é o caso de todo o Reino Unido e os políticos britânicos acabaram a descobrir uma necessidade que é de todos os europeus e viver no Reino Unido. “Sem um documento físico e válido não será possível responder a uma interpelação de rotina” – concordam ambos os nossos entrevistados. Vários foram os meios britânicos que acompanharam as diversas comitivas o que trouxe uma especial atenção para a Comunidade de Língua Portuguesa que se encontra a ultimar a abertura da Escola Luso-Britânica com inauguração prevista para 2020 e com pré- inscrições já abertas. A Comunidade Portuguesa em Londres pode orgulhar-se de tão importante evento. Sabendo que a generalidade dos europeus não pôde votar nas eleições legislativas,, a visita destes políticos não terá sido necessariamente em função do voto a recolher razão pela qual o evento se reveste de dupla especial atenção.


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HOROSCOPO Carneiro – 21 de Março a 20 de Abril Precisa de fazer as coisas com cuidado, com sabedoria e bom senso, a energia regente aconselha a pensar antes de agir. Cuidado com as pessoas que apareceram na sua vida, não se jogue de cabeça. Precisa ser um pouco mais cauteloso e pensar primeiro em si e na sua saúde, relaxe e não se stress.

Leão – 23 de Julho a 23 de Agosto Vai precisar de ter as coisas um pouco mais controladas, não deixe nada ao acaso. Seja rigorosa/o com as suas finanças. Não tente controlar demasiado, não sufoque a sua companheira/o. Dê um pouco mais de espaço. Tente descansar um pouco mais não se preocupe tanto com o que não está na sua mão.

Sagitário– 23 de Novembro a 21 de Dezembro Será um ano com alguns altos e baixos, haverá alguma instabilidade. Mas no final do ano tudo irá se recompor. Com sabedoria vai conseguir dar a volta ás situações menos positivas e por vezes cansativas. Precisa de fazer as coisas com calma e bom senso, nada de precipitações nem de stressar

Touro – 21 de Abril a 21 de Maio Deverá ser mais rígido e objectivo no ano que agora entra, deve também ser justo e imparcial. O seu relacionamento precisa de mais estabilidade, dê um pouco mais de atenção ao seu companheira/o. Não ferva em água fria tente acalmar os ânimos e relaxar, isso vai ajuda-la/o a sentir-se mais calma/o.

Virgem – – 24 de Agosto a 23 de Setembro A energia está mostrando o aparecimento de alguns problemas, mas não se preocupe que irá resolvê-los facilmente. Segundo o jogo durante este ano o seu relacionamento poderá sofrer um ataque energético menos positivo de alguém próximo. Precisará de se cuidar um pouco mais espiritualmente, estas energias puderam atacar a sua saúde física.

Capricórnio– 22 de Dezembro a 20 de Janeiro Cuidado com as ilusões nem tudo o que luz é ouro, fique atento e analise as situações ao pormenor. Por vezes as pessoas parecem uma coisa e são outra tenha cuidado e não se entregue á primeira, se as coisas estiverem más podem ficar piores. Não se entregue á tristeza pense em situações positivas, levante-se e caminhe em frente.

Balança – 24 de Setembro a 23 de Outubro Será um ano propicio á implementação de novos negócios e projectos. A sua carreira irá brilhar este ano.Uma fase positiva na sua vida amorosa, vai passar muitos momentos felizes. Para quem ainda não encontrou o amor será um ano positivo. Nada de muitos sobressaltos pequenas situações de fácil resolução com tratamentos simples.

Aquário – 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro Tenha atenção á parte financeira, poderão a estar a acontecer situações que você desconhece. Fique atento. Algumas energias poderão estar a perturbar o seu relacionamento, aja com calma e sabedoria. Tenha cuidado com os vícios, deve tentar reduzir essas situações que sente estarem a prejudicar a sua saúde.

Gémeos – 22 de Maio a 21 de Junho Precisa voltar aos dias de sucesso e de força, esteja atento ás oportunidades que iram surgir durante o ano. Cuidado com as traições a energia apresenta-se propicia a esse tipo de situações ou por carência ou por descontentamento. Este ano a energia aconselha a estar atento á sua saúde, tome um pouco mais de cuidado. Caranguejo – 22 de Junho a 22 de Julho Deverá ter mais empenho na sua vida profissional, aparecerá alturas que lhe trará algum desencanto e desinteresse. A energia está propicia a um relacionamento ou relação muito baseada no amor físico, alguém que irá mexer consigo sexualmente. Dê um pouco mais de atenção á barriga e baixo ventre são órgão que estarão um pouco mais sensíveis.

Escorpião – 224 de Outubro a 22 de Novembro Precisa de iniciar um novo ciclo na sua vida profissional, muito do que está acontecendo tem a ver com situações do passado. Tem de enterrar os fantasmas do passado que ainda andam a assolar a sua vida e não a deixam ser feliz. Corte com os hábitos menos bons, reestruture a sua vida com hábitos saudáveis.

Peixes– 20 de Fevereiro a 20 de Março Tenha cuidado em relação a novos investimentos e negócios, precisa de muita ponderação e sabedoria. Corte o que for preciso. A energia apresenta algumas mudanças inclusive uma separação nas situações mais extremas, não se acomode viva a sua vida e sem sofrimento: Mudanças precisam-se na sua vida, cuide um pouco mais de si. Apele à sua sabedoria e bom senso.


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