Palop news edição 022

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20 Março a 20 Abril 2011 | Tiragem 10.000 cópias | Distribuido em mais de 200 pontos

Consulado de Angola em Londres ferve

Angolanos destróiem consulado de Angola em protestos que foram disturbios. Pág. 15

Os Deolinda

“Dois selos e um carimbo” de Lisboa a Londres, uma carta que se “espera não seja devolvida”. Pág. 21

Edição 022

A honra do convento

Atlantico salva a hora do convento. A empresa foi a única a estar presente na Feira da Alimentação em Exel (Londres). Pág. 8

SOFIA ESCOBAR: DE GUIMARÃES PARA O TOPO DE UM SONHO Sofia Escobar, o rosto português que o Mundo adotou e que Londres elegeu para primeira figura do Fantasma da Ópera em cena em Londres. Pág. 17


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Propriedade AFA Associados Alcino G. Francisco Vauxhall—London Contacto 07578222520

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A família fez anos e nós vimos a soprar as velas

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O teatro trouxe “Os Maias”. Nós não perdemos e você não deve perder também

Alcino G. Francisco Alcino.g.francisco@gmail.com

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Associação de S. Tomé e Príncipe mostra as “garras”

Direcção Financeira:

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Atlantico salva a honra e mostra a gastronomia tuga em Londres

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Patrícia Lemos. De Macau para o Mundo. Em Londres

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Dia da Mulher. Um dia que vestiu saias à noite

Departamento Comercial: Manuel Gomes dep.comercial@palop news.com

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Português à borla em UK

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A Sonangol fez anos. Estivemos lá e gostamos

Redacção Chefe de Redacção: amgfrancisco@gmail.com

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Sofia Escobar. Fala-se português no topo do Mundo

Vice Director: joel.gomes@palopnews.com

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A morte em debate

Revisão: Eunice.Pereira@palopnews.com

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Os Deolinda visitaram a “malta” em Londres

Fotografia: Bruno Ribeiro/ Ludgero Castanho

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Catarina de Bragança regressa a Londres em forma de estátua

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Montepio Geral ensina os mais novos a poupar

Direcção Geral:

Maria Emília Leite dir.financeiro@palopnews.com Direcção de comunicação: dir.comunicacao@palopnews. com

Direcão Criativa: Lidia Pais Edição e Design Gráfico: Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Power Ltd - Londres Impressão Webprint - Londres Design Publicidade Imageco—Image & Communication Website www.palopnews.com http://palopnews.blogspot.com Edição online João Domingos— JadHost Informática

Até dói andar de festa em festa. O Dia da Mulher e o Dia do Pai quase esgotaram a nossa agenda mas nós resistimos com galhardia. Fomos a todas. Com os pais e as mulheres, conseguimos essa mistura explosiva que dá filhos e claro, voltamos a nossa atenção para os objectivos. Os nossos jovens demosntraram uma criatividade sem limites e do carinho ao futebol, descobrimos que

temos apenas a distância de uma linha de texto no jornal. “Fantabulásticas” as nossas crianças que foram capazes de mostrar e escrever, pois então, que o pai é afinal uma figura tão importante como da mãe ou do filho porque sem um deles, não existe nenhum dos outros.. A festa da Sonangol escreveu-se com futebol, muanba e muita musica. Foi de arromba a festa em Londres para que os angolanos pudesses confratenizar e estar unidos no destino escrito de uma nação chamada Angola que nos enche a boca

Eis aqui alguns dos cometários deixados no portal www.palopnews. com que agradecemos a todos quantos nos deixam mensagens de encorajamento. Obrigado. Leitor identificado no portal. Só tenho uma coisa a dizer: quem fala assim não é gago. Haja alguem com “tomates” para dizer as verdades. Sei que são muitos os portugueses que se sentem intimidados até para falar alguma coisa no café quando estão perto de outros que já cá estao à mais tempo. “Falam, falam, falam mas não os vejo a fazer nada. “ como diria o Gato Fedorento. Comentário à crónica de Manuel

Gomes Leitor identificado no portal. Está de parabéns o Palop News, apesar das minhas críticas anteriores, reconheco que o trabalho não deve ser fácil para a vossa equipa e aproveito para me redimir das minhas declarações num comentário anterior em outro artigo. O Palop News, publicou os meus comentá-

de saudade. Foi uma festa de boca cheia a que não faltou nem o bolo da cortesia que só Angola sabe interpretar. A Família reuniu e o PaLOP News fez parte. Esteve presente no aniversário e no Carnaval. É sempre doce estar connosco e sentir que somos nós os “landlord’s” e os tenent’s da festa. É o valor que sai à casa e a casa somos nós. Para lá disso, festa foi estar com Sofia Escobar e os Deolinda a gravar conversas simples que só existem com gente grande. O resto, é papel de musica.

Caderno Angola Lengaluca Sampaio Fontes Agência Lusa - Portugal Correspondentes Portugal Liliana Ferreira(Porto) Vítor Martins (Lisboa) Carlos Damásio (Lisboa) Carlos Monteiro (Lisboa) S. Paulo - Brasil Jandirlea Oliveira Maputo - Moçambique Traquinho da Conceição Cidade da Praia - Cabo Verde Óscar Vendaval Luanda - Angola Fernando Barros Londres - UK Maria Clara Resendes Cronistas Lukie Gooda Paulo Pisco Maria Leonor Bento Maggie João Claudia Nguvulo Manuel Mendonça João Botas

rios sem medo e com muita dignidade, não mostrando medo de críticas e não tomando partido por esta ou aquela partes. Parabéns pela publicção do Pe Jacinto, todos devem se poder defender. Obrigado Sr. redactor e a todos os membros da vossa equipa, continuem o bom trabalho num portal que consulto diáriamente.

Para o bem e para o mal, a comunidade luso-falante está a mexer. De um lado, mexe porque as coisas evoluem e avançam e isso mostra que alguns líderes, descobriram que as novidades são para dar depois de estarem feitas e não em forma de promessa. Finalmente, o presidente do clube aprendeu que só anuncia a contratação do jogador depois do contrato assinado,ou, por outras palavras, que um líder nunca diz vamos fazer, diz, está feito. Neste aspecto, alguns líderes comunitários aprenderam a lição e isso é positivo. Do outro lado da barricada, continuam os aspirantes a palhaços que teimam em não aprender que a arte de fazer rir é das mais exigentes e complexas artes do mundo profissional. Querem falar sério mas o máximo que conseguem é a ignorância e o desprezo como quem deixa a cabeça no cêpo à espera da lâmina da decapitação. Nunca se sabe quando é que a paciência acaba e se deixa cair a lâmina e depois será o “ai Jesus”. Continua a haver pessoas que usam usam “óculos de Penafiel” e só vêm o cego que seguem. No fim, teremos sempre os dois na valeta, ou na sarjeta. O bom senso porém, indica que devemos continuar a apoiar aquilo que é positivo e esquecer (como se fosse possível) aquilo que tão só e apenas estorva. O Verão está a chegar e não sobra pachorra para aturar a maldicência que abunda. Precisamos canalizar a energia para coisas positivas como o sol, os dias mais compridos, o convívio saudável e a participação nos censos como forma de equilibrar o orçamento do local onde vivemos para onde desejamos apenas o melhor.

Leitor identificado no portal. Subescrevo na integra o comentário do Sr. Jose Manuel. Também eu congratulo o trabalho do Palop.


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A Família fez 33 anos Palop News

Pzero da Pirelli

Test Drive

Londres

Todas as 12 equipas da Fórmula 1 obtiveram informações essenciais sobre os pneus Pirelli PZero que irão usar este ano, depois de completarem um teste de quatro dias percorrendo mais de 18.000 quilómetros no Circuito da Catalunha perto de Barcelona. O circuito é muito utilizado para testes por normalmente oferecer tempo quente durante todo o ano, mas as temperaturas, no geral, estiveram baixas de sexta a segundafeira, durante o teste, com chuvadas nocturnas, fazendo com que a pista estivesse com frequência húmida de manhã. As condições do tempo também fizeram com que se tornasse difícil a deposição de borracha na pista. De qualquer modo, embora não representando as condições típicas de tempo que as equipas enfrentarão na próxima temporada, o tempo variável em Barcelona permitiu às equipas experimentar uma larga gama de pneus Pirelli: compostos supermacios, macios, médios e duros para tempo seco, bem como o pneu intermédio – que três equipas usaram em corridas de mais de 40 voltas. A Pirelli trouxe para Barcelona evoluções das versões dos pneus supermacios e macios, de acordo com o programa de desenvolvimento estabelecido na preparação para o primeiro Grande Prémio da temporada. No total, cada equipa teve um máximo de 30 jogos de pneus à disposição, divididos entre os diferentes compostos que elas tinham previamente solicitado para testar. Isso significou que, em Espanha, estiveram disponíveis para utilização 360 dos novos pneus PZero, permitindo às equipas obter informações que serão essenciais este ano quando se tratar de formular estratégias de competição. O director da Pirelli Motorsport, Paul Hembery, comentou: “Depois

de 11 dias de testes oficiais até agora neste ano, as equipas adquiriram um pouco mais de conhecimentos sobre as características dos nossos pneus e nós tivemos possibilidade de recolher uma maior quantidade de dados. Vimos muitas equipas a procederem a testes de longa extensão aqui em Barcelona, o que lhes permitiu avaliar os nossos pneus na distância de uma prova e formular algumas ideias sobre estratégias a utilizar em prova. As temperaturas do ambiente, mais uma vez, não foram as que esperávamos: começámos aqui com seis graus centígrados de manhã, quando quase todas as corridas que se disputarão este ano se iniciarão com, pelo menos, 15 graus. Isso resultou em algumas características não condizentes com as que encontrámos anteriormente em Barcelona, com condições de tempo muito mais quentes. Uma coisa em que parece que todos estão de acordo é que os pneus estarão no centro da acção este ano, proporcionando novas oportunidades para ultrapassagens – algo que, penso, todos querem ver. Barcelona é um circuito que, em particular, requer muito esforço do pneu dianteiro esquerdo, por isso estou muito satisfeito com a integridade da construção do pneu.” A chuva nocturna em Espanha na sexta-feira e no sábado permitiu às equipas experimentarem pela primeira vez os pneus intermédios da Pirelli num percurso longo. O feedback foi positivo em relação à durabilidade e adaptabilidade dos pneus. O facto de o piso da pista ir secando também permitiu às equipas avaliar o importante ponto de transição: o momento em que o tempo de volta melhora com a substituição dos pneus intermédios por slicks. O piloto da Red Bull Racing e campeão do mundo em título Sebastian Vettel fez os melhores tempos nos dois primeiros dias, com Nico Rosberg (Mercedes) a estabelecer o

Londres

A Associação “A Família” festejou o seu aniversário. Esta conhecida associação presidida por Augusto Neira Nunes que é também Conselheiro da Comunidade Portuguesa, fez a festa no espaço habitual em Pimlico (Londres) com a animação que é habitual nestes festejos. “A Família” é das associações mais antigas a funcionar em português no Reino Unido e tem um fiel calendário de actividades que reune à mesa os associados geralmente com espaço de baile à boa moda da tradição portuguesa. Reunida várias vezes por ano, A Família tem-se destacado pela margem solidária e pelo conhecimento que os seus associados têm uns dos outros até pela anti-

registo mais rápido no domingo e Felipe Massa (Ferrari) a ser o mais veloz no domingo com 1m22.625s, o melhor tempo dos treinos. Durante o primeiro dia, na sextafeira, as 12 equipas fizeram um total de 851 voltas, o equivalente a 3961,40 quilómetros. No sábado, mais 1121 voltas, outros 5218,25 quilómetros. No domingo, 1106 voltas e 5148,43 quilómetros cobertos, enquanto no último dia se fizeram 923 voltas e 4296,56 quilómetros. No decorrer dos quatro dias, onde as temperaturas variaram entre 6 e 19 graus centígrados, as equipas totalizaram 4001 voltas e 18.624,65 quilómetros com pneus Pirelli no Circuit de Catalunya. Isto adiciona-se aos 18.000 quilómetros que o fabricante italiano percorreu em testes privados com o Toyota TF109 desde Agosto de 2010 e os 25.437 quilómetros que foram efectuados até agora neste ano durante os testes colectivos (10.865 quilómetros em Valência e 14.572 quilómetros em Jerez). A somar a isso, as equipas experimentaram pela primeira vez os pneus Pirelli PZero durante um teste de dois dias depois do Grande Prémio de Abu Dhabi do ano passado, percorrendo 11.000 quilómetros. Tudo isto junto faz com que o total geral dos quilómetros feitos em testes com pneus da Pirelli se aproxime dos 75.000 quilómetros: o equivalente a cerca de 250 Grandes Prémios.

guidade com que desfrutam deste espaço. É muito tempo a unir uma comunidade que se identifica num nome que faz de todas aquelas pessoas uma verdadeira FAMÍLIA. Já se conhecem, já convivem há bastante tempo e de todas as vezes a festa respira a novo como se em cada festa as paredes tivessem uma nova pintura. Os rostos são os mesmos, os sorrisos repetem-se mas o prazer renova-se numa forma diferente de ser português em Londres. Desta feita, o aniversário de “A Família”, vestiu-se de convidados especiais e um espectáculo com a prata da casa que foi ouro. As "crias" de A Família, fizeram questão de dar o brado e a "alma saiu do corpo". Vanessa Nunes, do grupo de dança Corpo e Alma revelou que este grupo tem dançarinos entre os 3 e os 23 anos. Filipe Rodrigues adianta que ensaiam uma vez por semana num total de cerca de 20 elementos. Dançam tantas as vezes quantas as necessárias e para os ter a dançar, basta contatar o clube.

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Nos ensaios, estes dançarinhos filhos de portugueses, comunicam de forma bilingue. Com o corpo, dançam, mas "a alma vem cá de dentro" afirma a Vanessa. Dado que a generalidade dos seus associados são oriundos da cidade de Mangualde, a Direcção decidiu convidar para estar presente o Presidente da Câmara da cidade cuja entrevista ao PaLOP News será publicada na próxima edição. Convidados para estarem presentes, foram referidos também o Cônsul Geral de Portugal Macedo de Leão e o Embaixador de Portugal João de Vallera que esteve ausente. Os contactos, estão nas Páginas Portuguesas.

Marcas famosas Canivete Suíço Sabendo que o exército do seu país importava canivetes alemães, Karl Elsener abriu a sua fábrica em 1884. Os seus primeiros canivetes Victorinox foram entregues aos soldados suíços em outubro de 1891. Colocou o brasão do país para diferenciá-los dos alemães e baptizou o produto homenageando os seus pais, Victor e Victoria. Para ampliar o negócio e atrair utilizadores mais refinados, Elsener aperfeiçoou o canivete e, assim, surgiram os modelos com ferramentas: abre latas, chave de fendas, punção e saca-rolhas, serrote, alicate, abre garrafas, palito de dentes, pinça, gancho de pesca, lente de aumento e até uma pequena bússola. O produto popularizou-se depois da Segunda Guerra Mundial, com as unidades militares americanas. Hoje, a linha para oficiais tem 100 diferentes combinações.


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Os Maias revividos em Londres Lalop News

Londres

10 de março foi dia grande para os portugueses que estiveram na noite VIP do Galleon Theatre em Greenwich na apresentação da peça "Os Maias" inspirada na obra de Eça de Queirós. No público, eram vários os rostos conhecidos da comunidade portuguesa que produziram grandes elogios a todo o elenco bem como ao trabalho de Alice de Sousa, a produtora/actriz que dá corpo à protagonista Maria e à produção do espectáculo. Depois do "correr da cortina", os comentários não podiam ser mais elogiosos ao trabalho apresentado. Manuel Carlos, professor da rede da Coordenção do Ensino do Português no Reino unido afirmou ter "revivido a época em que leu o livro quando estava no seu 10º ano em Portugal. Trata-se de um espectáculo bem pensado, sem grandes aparatos tecnológicos de acordo com a obra de Eça". Quando questionado sobre se recomenda o es-

pectáculo a resposta não poderia ter sido mais contundente: "Absolutamente" disse. No intervalo e no final do espectáculo os comentários não podiam ser mais intensos. Paula Cruz, afirma ter sido um espectáculo "bem interessante e foi bom relembrar. O espectáculo tem um bom enquadramento no contexto do livro e os cortes foram bem aplicados" disse para continuar. "A época está bem retratada e o tempo histórico bem definido. O guarda roupa está excelente e a condensação era obrigatória. A Alice está aprovada e a Maria também" rematou. Presente, estava também Maria José Veiga, Coordenadora do Ensino do Português no Reino Unido que afirmou ao PaLOP News ter estado curiosa "por saber como iriam condensar uma história tão grande e tão rica ou as várias histórias porque são várias as histórias intrincadas na obra. Gostei imenso da forma como conseguiram fazêlo e gostei imenso da simplicidade

dos cenários" disse a nossa entrevistada. Sobre o desempenho, Maria José Veiga afirmou que "os actores foram capazes de retratar a história e o momento. Recomendo

o espectáculo sem duvida nenhuma. Espero que muita gente venha ver, não apenas a comunidade. As outras comunidades que vejam a peça porque o elenco conseguiu recriar o ambiente sem duvida" finalizou. Também Luisa Ribeiro é da opinião que "O casting funcionou e a a época foi retratada. O livro e a peça são compatíveis e o pormenor do vestido da personagem principal com bordado da Madeira está fantástico. Naquele tempo já devia existir esse tipo de bordadeira e isso deve ter sido investigado pela Alice de Sousa. Recomendo o espectáculo e a divulgação de obras portuguesas" - disse. Miguel Linhares, director da Pinguim afirmou que "a peça é fiel ao livro e o guarda roupa pareceu-me bastante apropriado. Melhor só voltando atrás no tempo". Cont Pág 6


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No final do espectáculo, visivelmente satisfeito com o que viu Linhares afirmou que o espectáculo "está perfeitamente adequado. Recomendo o espectáculo sem duvida" terminou. Mercês Gibson, do Departamento de Cultura da Embaixada de Portugal era outra das presenças mais notadas. Ao PaLOP News disse que "a interpretação é muito boa, os actores estiveram muito bem. Gostei muito e a fidelidade ao livro foi muito bem adaptada e muito bem apresentada. Gostei muito do guarda roupa e concerteza que recomendo o espectáculo não apenas aos portugueses que residem cá mas a todas as pessoas que não conheçam a obra de Eça de Queirós e o trabalho desta companhia de teatro". Após o espectáculo, foi uma Alice de Sousa preenchida que apareceu no cocktail com todo o elenco a cumprimentar os convidados. Desta vez, o PaLOP News registou muito mais publicidade espalhada pelos estabelecimentos portugueses e foi por aí que começou a nossa conversa com a actriz/produtora que nos afirmou que "o trabalho de marketing foi muito vasto. Foram impressos 40 mil folhetos e temos trabalhado com a Embaixada de Portugal e assim temos também chegado à imprensa portuguesa. Trabalhamos com agências de publicidade e tivemos mais de 20 artigos na imprensa inglesa.” Apesar de a crítica inglesa ainda não se ter pronunciado, esteve presente na noite da imprensa e segundo Alice de Sousa, “serão injustos se não reconhecerem o enorme trabalho que está neste palco”. Na verdade, para este trabalho subir à cena, foram entrevistados centenas de atores para apurar o elenco de 10 atores, mais as pessoas que nos bastidores trabalham a roupa, o cenário e as luzes. Alice de Sousa, a portuguesa que interpreta o papel feminino principal, foi também a responsável pela produção e a tradução da peça que levou à cena pela segunda vez. O encontro de Alice de Sousa e Eça de Queirós deu-se quando a actriz era ainda muito nova, tinha apenas 11 anos quando se cruza

com “O crime do padre Amaro e desde aí a minha paixão por Eça continuou”. Contudo, só quando faz a sua graduação conhece um professor que a ajudou a entender Os Maias cujo projecto arrasta por 15 anos. Os bordados da Madeira aparecem no vestido de Maria e o responsável é o mesmo profissional que desenvolve trabalhos para a BBC, para o cinema e que tinha já trabalhado com Alice de Sousa na Morgadinha dos Canaviais. “Tem um rigor extraordinário, por vezes até um pouco ditador mas isso é bom porque o rigor é importante” diz a actriz ao PaLOP News. “Gostava de ter uma grande afluência de portugueses na peça. Hoje foi uma noite importante e o facto de trabalharmos com agências deu-nos a conhecer. Uma portuguesa da Pensilvânia (USA) comprou 4 bilhetes e isso mostra que que a nossa estratégia de comunicação tem estado a funcionar. Tivemos 10 portugueses no início da semana e ao contrário de 1998, os portugueses estão a encontrarnos” afirma Alice de Sousa. A companhia, levou a peça à cena sem qualquer tipo de apoios e se é verdade que a Fundação Calouste Gulbenkien dantes apoiavam este tipo de projectos, deixou de o fazer. Por outro lado, o “Instituto Camões foi fantástico com o apoio que nos deu na área do marketing. Em teatros como este, os custos são elevados. São pequenos espaços que não permitem uma grande bilheteira” diz a actriz ao nosso reporter. No resumo, fica patente a ideia que os actores entenderam bem Os Maias de Eça de Queirós e apesar do pouco tempo para os ensaios percebe-se o rigor dos actores no desempenho da peça em duas horas nas tábuas do palco. Os aplausos fizeram-se sentir com intensidade a justificar a convicção dos actores. Alice de Sousa refere ainda o desejo de levar a peça a outros lugares do Reino Unido deixando o contacto para o efeito. www.galleontheatre.co.uk - 0208 858 9256

No tempo em que portugal tinha o sangue azul! F.Gonçalves da Silva PORTUGUESE ACTION GROUP

Ao folhear as páginas imorredouras da nossa História vêm-nos imediatamente à memória aquelas acrisoladas façanhas em que se destacou a heroica descendência dos Lusitanos, comandados por Viriato, que soube resistir com denodo e galhardia às Legiões Romanas. Desde os alvores da nossa Nacionalidade os nossos antepassados tiveram sempre amor à camisola, esforçando-se por legar o melhor às gerações vindouras, enquanto que hoje a maioria das pessoas perderam esse condão, em que trocam a sua honra e dignidade por coisas insignificantes, apenas para darem nas vistas. Mas à medida que os anos passaram, as sociedades entraram no cenário do mundo como deuses e deusas belicistas impondo-se aos mais vulneráveis conquistando impérios e exterminando civilizações como podemos comprovar com a descendência de Jafet, filho de Noé a quem por herança coube o povoamento da Europa, tornandose o mais poderoso dos seus irmãos Sem, e Cão, este último que recebeu por herança o Continente Africano! Destarte, no que respeita à génese da Lusitânia, bem como das sangrentas lutas que se desenvolveram com o nosso Viriato, contra as Legiões Romanas, isso é um assunto muito delicado que tem a ver com a História. Entretanto, há um total silêncio da Lusitânia, que só vai reaparecer, mil anos depois com toda a sua energia, nas hostes escolhidas do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em que logo à partida se demarca do jugo de Castela e começa a sua luta contra os infiéis, coadjuvado por cavaleiros feudais, bem como pelos cruzados. Nascia assim o condado Portucalense. Ora, em conformidade com a História, houve um grande combate nos campos de Ourique, perto da cidade de Guimarães, onde segundo a tradição Jesus Cristo apareceu a D. Afonso Henriques, em pleno campo de batalha incitando-o à luta, onde Luis de Camões, descreve nos Lusíadas o seguinte: “E nestes cinco escudos pinta os trinta dinheiros por que Deus fora vendido, Escrevendo a memória, em vária tinta, Daquele de Quem foi favorecido. Em cada um dos cinco, cinco pinta, Porque assim fica o número cumprido, Contando

duas vezes o do meio, Dos cinco azuis que em cruz pintando veio.” Na verdade, as várias bandeiras que Portugal já teve desde a monarquia à república respeitaram sempre a cinco quinas, bem como as cinco chagas de Cristo, que é a única do Mundo que tem esta honra! Depois de estarem fixas as fronteiras entre Portugal e Espanha. Foi um período de lutas sangrentas contra os mouros desalojando-os definitivamente do território, enquanto que o domínio árabe em Espanha se manteve por mais tempo! Ao longo dos séculos Portugal não ficou satisfeito com aquilo que tinha e o seu expansionismo foi aventura dos Descobrimentos, tendo sulcado os mares distantes, nunca dantes navegados atingindo a Índia e a ilha de Ceilão, hodiernamente, Sri Lanca! Mas, os sábios e entendidos desta presente geração, apesar da sua esperteza saloia, hão-de querer questionar o que tem a ver as coisas antigas com as modernas? Na verdade, a Monarquia com todos os seus defeitos legounos um passado glorioso, não só o Território Nacional que vai desde o Minho ao Algarve, mas também um Império que não souberam preserverar, enquanto que durante a República, deram tudo de bandeja, e os mais cúmplices foram os comunistas que a ninguém se pediram responsabilidades aquando da desvairada euforia e diabólica “DESCOLONIZAÇÃO”, feita por traidores, como Rosa Coutinho, e tantos outros da mesma quadrilha que só ganhou com isto o diabo! Entretanto, passados já 37 anos da Revolução dos Cravos, tanto cidadãos portugueses, como cidadãos desses novos estados foram prejudicados com a farsa da “Descolonização”, porque quem ganhou com tudo isto apenas foram os comunistas, a maioria da juventude moderna foi obrigada a recorrer em último recurso para a emigração, porque PORTUGAL e as ex Províncias Ultramarinas ficaram degradadas, como por exem-

plo: agricultura e as aldeias! O estado lamentável a que se chegou é vergonhoso e lamentável! Portanto, agora não têm que se queixar, porque têm aquilo que merecem! Nesta convicção, lembremo-nos de que: “Quem não é organizado é tutelado” e “ Aos descuidados a justiça não protege!” Portanto, nesta ordem de ideias o melhor é estar unidos prosseguindo com a “FEDERAÇÃO LUSÓFONA”, custe o que custar, porque traidores, charlatães, vendedores da banha da cobra e caloteiros, sempre os houve e haverá, e só nos veremos livres deles quando foram lançados pelo Anjo nas profundezas dos infernos! Assim sendo, mãos à obra, recuperemos os ânimos abatidos e prossigamos para o alvo, que nos propusémos levar a bom porto, sem murmurar, porquanto se a presente geração ainda não acordou, avancemos em frente com maior determinação preparando o caminho das gerações vindouras a fim de que não tenham que passar aquilo que nós já passámos, fazendo de bode expiatório, ou comer o pão que o diabo amassou, em terras de sua Majestade Britânica! Tenhamos a honra de sermos chamados portugueses, não nos deixemos embalar pelo cântico da sereia comunista, porque aquémfronteiras há um Portugal desconhecido e uma “COMUNIDADE LUSÓFONA” que convém manter unida! PORTUGUESE ACTIONGROUP


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AMISTP prepara 2012 Palop News

Londres

aplaudir os seus atletas que irão representar "a Ilha verde do Equador em terras de S. Majestade". No comunicado, a associação representativa dos santomenses no Reino unido acrescenta que "Atendendo que nos ultimos anos o Desporto em São Tomé e Príncipe tem ganho recuos adversos, a AMISTP esta criando alicerces para apoiar em todas as direcções os Atletas Santomenses que deslocarem a Londres para a Competição Olímpica de 2012."

A AMISTP, associação de Santomenses no Reino Unido anuncia a sua preocupação em utilizar os 500 dias que faltam para os Jogos Olímpicos de Londres 2012 para uma reflexão sobre o desporto em S. Tomé e Príncipe. Esta associação, anuncia o seu desejo de desenvolver mecanismos para ajudar os atletas santomenses a uma participação condigna junto da sua comunidade. A AMISTP aguarda com natural ansiedade a oportunidade de

Portugal no seu melhor Já está. Também os chineses vieram contribuir para a evolução da nossa língua e criaram uma nova forma de somar, dividir e multiplicar palavras. Atente-se na forma como se diz que o restaurante serve o horário e a forma como se identifica ao público que passa. Claro está que esperamos que sejam melhores a cozinhar do que a utilizar o tradutor automático do Google que além do mais, é abolutamente “glátis”.

Investigação do IPCC é favorável a brasileiros Palop News

Londres

Há praticamente um ano, em abril de 2010, a Casa do Brasil em Londres foi chamada a um caso que envolveu a Polícia londrina e 5 jovens brasileiros do Paraná (4 adultos e uma menor). A Casa do Brasil fez seguir a queixa contra maus tratos da Polícia Metropolitana de Londres (polícia armada) junto ao IPCC - Independent Police Complaints Commission. Segundo a Casa do Brasil em Londres, o veredito deu razão aos cidadãos brasileiros com parecer favorável e julgando a reclamação como 'procedente'. A intenção das vítimas é entrar agora com ação civil contra a Met Police. O caso conta-se em poucas palavras. Na madrugada do Domingo, 18/4/2010, um Golf preto com 5 ocupantes brasileiros, que retornavam da igreja (os 4 adultos no carro são músicos evangélicos) foi fechado por um BMW da po-

lícia metropolitana de Londres e 4 policiais armados forçaram os ocupantes para fora do veículo, agrendido-os e apontando as armas nas cabeças. Apesar de já rendidos, foram chutados pelos policiais e um deles foi atingido por uma arma de disparo de choque elétrico. Dentre os ocupantes, havia uma menor de idade, KMM, de apenas 15 anos, natural de Apucarana - PR. Após a abordagem com uso excessivo de força, a polícia nem sequer pediu desculpas. A viatura original deixou o local e os oficiais de polícia restantes chamaram uma ambulância para atender os brasileiros machucados pela brutalidade policial. A Casa do Brasil em Londres abriu reclamações junto ao IPCC e foi instruída pelas vítimas para notificar a imprensa. O objetivo da reclamação contra a polícia é simplesmente o fato de não quererem que isso aconteça outros compatriotas.

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"As vítimas chegaram aqui ainda em estado de choque, não têm dormido bem e estão traumatizados com a experiência, não podendo sequer passar perto de policiais" afirma Carlos Mellinger, presidente da Casa do Brasil em Londres. " Aguardaremos o contato da equipe de investigação e pediremos uma 'proportionate investigation', o grau máximo de reclamação possível", completa. "Impressionante que a polícia discursa que aprende com erros, mas continua cometendo-os, mesmo após os incidentes de 8/7/05 em Stockwell (Jean Charles) e dos protestos quando do G20, ocasião em que agrediram um vendedor de jornais que acabou por falecer" lembra indignado Mellinger. Durante a revista no veículo dos brasileiros, instrumentos musicais de sopro estavam no porta malas do veículo. Sem qualquer motivo aparente, um dos policiais arremessou um trompete à distância, danificando-o. Os adultos abordados e agredidos pela polícia são: Adiel, 20, de Apucarana, PR; Thiago, 26, de Cranópolis, PR; Luiz André, 23, de Mariluz, PR e Herigo, 24, de Apucarana, PR. As vítimas devem depor formalmente sobre os fatos, quando serão solicitados os relatórios da ambulância e hospitais envolvidos pós incidente.

Torneio Sonangol de futebol

No âmbito do aniversário da Sonangol, foi disputado um torneio quadrangular de futebol que terminou com o seguinte comunicado. A segunda jornada do Triangular de Futebol 11, que Sonangol Limited organizou, alusivo ao 35º Aniversário da Sonangol, prosseguiu sábado último num dos campos do Parque Principal de West Ham em Londres.Eis, resultados e classificações: 2ª JORNADA Dia 26 de Fevereiro 2011 Arbitro: Mr Carr (arbitro FIFA) Nota: Excelente Tempo: Chuvoso Marcadores (FC Kwanzas): Esménio, Zé Mi, Gika Brandão e Betinho Marcadores (FC Oceano): César, Nando, David e Ivan “Bósnia” (2)

P CLUBE J V E D GM GS GA PT 1 2 3

FC Oceano

1 1 0 0

5

4

+1

3

FC Pedras Negras

1 0 1 0

1

1

0

1

FC Kwanzas 2 0 1 1

1

5

-4

1

LISTA DOS MELHORES MARCADORES: Esménio (FC Kwanzas) 2 Golos Ivan “Bosnia” (FC Oceano) 2 Golos Gui (FC Pedras Negras) 1 Golo

PaLOP connosco


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A honra do convento

Fale mais por menos Presente em 10 mercados incluindo Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Suécia, Suíça, Itália, Holanda, Noruega e Reino Unido, a Lycamobile é a maior MVNO (Mobile Virtual Network Operator) da Europa com mais de 6 milhões de clientes. Disponível em mais de 300.000 pontos de venda em toda a Europa, a Lycamobile continua a crescer rapidamente, com planos para lançamento em outros países durante 2011. Para celebrar o grande sucesso em 10 mercados internacionais, a empresa oferece ligações a custo zero entre clientes Lycamobile nos países onde a empresa opera. No Reino Unido, a Lycamobile é o cartão SIM favorito para ligações nacionais ou internacionais de baixo custo e alta qualidade, sem falar na comodidade de poder realizar top-ups online ou em mais de 115 m i l pontos de venda incluindo a Tesco, A s d a , Sainsburys e Morrinsons.

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A Lycamobile procura sempre lançar produtos com características únicas e inovadoras como chamada de conferência internacional, notificação de chamadas perdidas e chamada em espera, que são apenas parte dos benefícios oferecidos aos clientes. A Lycamobile oferece ainda um serviço de atendimento ao consumidor multilingue, gestão de conta e top-up online ou disponível

nas milhares de lojas credenciadas espalhadas um pouco por todo o lado. A Lycamobile entende a importância de manter o contato com as pessoas que mais amamos, ainda mais quando elas estão distantes, em outros países. Com Lycamobile 1p Promotion, o cliente faz ligações para Portugal por apenas 1p por minuto a qualquer hora, todos os dias. Quando você mais precisa ligar para as pessoas que ama, conte com a Lycamobile para fazer ligações acessíveis directamente do seu telemóvel. A empresa procura oferecer sempre o melhor serviço, as melhores tarifas e também reconhe-

ce a necessidade do serviço por pacotes e planos que satisfaçam os seus clientes. Em Dezembro de 2010, a Lycamobile lançou a campanha Lycamobile Favourites para Portugal e Brasil que oferece 3 mil minutos internacionais em ligações para 3 números favoritos por apena £10.00 por mês. Para adquirir o plano basta carregar o seu Lycamobile com £10.00 em crédito, escolher o país que deseja ligar e registrar os seus 3 números favoritos. Em tempos difíceis, como o que estamos a atravessar, qualquer ajuda é bem vinda e a Lycamobile não esquece os seus clientes. A empresa oferece 2 mil minutos extra e 2 mil mensagens de texto grátis para serem usados entre clientes Lycamobile que fizerem o top-up no valor de £30. A oferta tambem é válida para os top-ups nos valores de £20, £10 e £5 (800, 400 e 150 minutos e mensagens extras respectivamente). Basta escolher o valor que cabe no seu bolso. E não pára por aí: se você realizar o top-up online, através do website www.lycamobile.co.uk, você ganha 10% extra do valor adquirido. Ou seja, se você recarregar o seu Lycamobile online com £30.00, você recebe grátis £3.00 em crédito, o equiva- lente a 300 minutos em ligações para linha fixa em Portugal. Tudo a partir do seu telemovel.

Valores Lycamobile por países* Linha fixa telemovel Angola 12p 16p Brasil 1p 13p Cabo Verde 19p 27p Guiné Bissau 39p 39p Moçambique 12p 19p Portugal 1p 17p S. T. e Príncipe 79p 79p Timor 49p 49p *Preço por minuto

Lalop News

Londres

Decorreu em Londres (Exel) uma das maiores feiras internacionais de produtos alimentares com a participação de empresas de todo o Mundo. Todo não. Portugal esteve ausente se considerarmos que a única empresa com produtos portugueses, na verdade é uma empresa de Direito Britânico.

A Atlantico, foi a única empresa a representar a gastronomia portuguesa numa clara contabilidade que demonstra que os portugueses querem vender mas não querem visitar os clientes. No estado de crise que Portugal atravessa no momento, fica ainda claro que a culpa pode muito bem ser dos portugueses que pela falta de atitude desprezam um dos maiores mercados do Mundo e com maior capacidade de compra como é o mercado do Reino Unido. No que toca à bandeira verde-rubra, a honra do convento foi salva pela Atlantico sediada em Croydan (Londres).

Apoio à Comunidade Lusa Lalop News

Londres

No passado dia 5 de Março, o Springfield Community Centre, em Union Road, Lambeth, foi palco de uma acção de esclarecimento promovida pelo Centro Português de Apoio à Comunidade Lusófona (PCC) e direccionada a pessoas de língua portuguesa que cuidam, a título voluntário, de familiares, amigos ou vizinhos doentes, incapacitados ou de idade avançada. A iniciativa, que visava divulgar e facilitar o acesso aos diversos apoios a que estes prestadores de cuidados têm direito e que, por dificuldades linguísticas várias, por vezes desconhecem, resultou de uma parceria com Lambeth e NHS Lambeth, sendo a primeira de uma leva de eventos que o PCC pretende levar a efeito nesta área. Coadjuvadas por uma intérprete e diversos elementos da organização anfitriã, a Coordenadora dos Serviços para “Carers” de Lambeth”, Bola Sowoolu, e a gerente do Carers Hub, Jenni Bonner, incentivaram os participantes a recorrerem aos diversos programas de apoio e serviços que Lambe-

th oferece, por forma a aliviar as pressões de foro psicológico e o árduo trabalho a que estes prestadores de cuidados estão sujeitos. Por sua vez, Diana Barbosa, da Alzheimer’s Society, traçou o quadro clínico da doença de Alzheimer, alertando a plateia para os primeiros sintomas desta doença que, na actualidade, não só atinge pessoas mais maduras, mas também as faixas etárias mais jovens. Durante o período de convívio, os participantes tiveram ainda oportunidade de colocarem as suas dúvidas directamente aos técnicos presentes e de efectuarem marcações nas agências ali representadas para resolução dos seus problemas específicos, enquanto uma equipa ambulante da NHS Lambeth efectuava um rastreio médico junto dos participantes com idade igual ou superior aos 40. Ajuizando pelo elevado grau de interactividade e pela reacção positiva dos cerca de 30 participantes, a iniciativa foi indubitavelmente um grande sucesso, incentivando o corpo de voluntários do PCC a continuar a investir esforços no serviço ao próximo.


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Dia da mulher, foi à noite As mulheres não deixam passar em branco o dia que lhes pertence. Em Londres, as mulheres lusas não deixaram a festa por “lingeries alheias” e fizeram, claro está, a festa no feminino. Foram vários os locais onde os rostos abriram sorrisos numa festa em que os homens, ficam à porta até que a entrada lhe seja franqueada. Palop News

Londres

O ambiente, pode ser visto no portal do PaLOP News com um relato de fotografias extenso.

O Grupo Desportivo e Cultural em Londres deu o pontapé de saída e muitos outros restaurantes o fizeram a seguir numa “festa de saias” plena de animação. Isabel Serrão em colaboração com o Cultural, reniu o maior

numero de mulheres com quase 200 presenças. Em todo o caso, importa sabermos e não esquecer, o que se festeja afinal. O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por "Pão e Paz" - por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas. O Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, mas também a discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo. Recorde-se por exemplo as altas ta-

xas de mortalidade no Reino Unido com valores absolutamente incríveis para uma nação do 1º Mundo. A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-deobra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória da greve das operárias da indústria do vestuário de Nova York, em protesto contra as más condições de trabalho. Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um

dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. A 25 de Março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher. Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher. Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a Cont Pag. seguinte

Macau “tuga” em Londres Lalop News

Londres

Patrícia Lemos é mais uma referência a juntar-se ao jornalismo em português no Reino Unido. A residir em Londres onde concluiu a sua licenciatura e fez o seu mestrado em jornalismo internacional no ano de 2000, Patrícia Lemos é correspondente da revista Macau (www.revistamacau. com) e procura no Reino Unido referências de Língua Portuguesa, nomeadamente na área da cultura para fazer chegar à China. A exercer desde 1997, Patrícia Lemos começou pela publicidade tendo depois feito o seu estágio no Manhã Popular. A Revista Macau, propriedade do Governo de Macau

é publicada em chinês e inglês e segundo a nossa colega "é uma das formas que a China tem de estar próxima da lusofonia". As associações de Língua Portuguesa, as pessoas ligadas ás artes e à cultura, têm assim mais uma forma de levar os seus eventos directamente ao Império do Oriente onde a jornalista viveu e onde também há quem fale português. Patrícia Lemos procura fundamentalmente referências de Macau e da Língua Portuguesa no convívio entre ambas as correntes.


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greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky registrou assim o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”. No cartaz soviético de 1932. Em vermelho, lê-se: "8 de março é o dia da rebelião das mulheres trabalhadoras contra a escravidão da cozinha." Em cinza: "Diga NÃO à opressão e ao conformismo do trabalho doméstico!". Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para tornálo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da “heróica mulher trabalhadora”. No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia. Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, “Dia Internacional da Mulher” em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime. No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. Em 2011, em Londres, para as mulheres que falam português, o Dia é muito mais que isso e festeja-se..., à noite, pois então.

A rádio no jornal e o jornal na rádio O Jornal Palop News assina uma rúbrica de opinião todas as semanas na Rádio Galo de Barcelos. Este spot de 6 minutos aproximadamente, destina-se a comentar Portugal nas frentes que nos apetecer. Em cada edição de papel, serão publicadas algumas dessas crónicas. Espero que se divirta tanto a lê-las como nós nos divertimos a emiti-las na antena. À Quarta Feira, entre as 19H00 e as 22H00, não perca na 105.3 FM Stéreo (East Anglia) ou em www.zackfm.com Alcino Francisco

Londres

Imagine-se numa família que no primeiro dia do mês começa a gastar mais dinheiro do que aquele que tem e ainda tem que pagar uma dívida do mês anterior. No final da primeira semana, está já sem dinheiro e decide bater à porta do vizinho do rés do chão e pedir algum dinheiro emprestado. Não muito que é para não fazer grandes dívidas. Continua porém a gastar mais do que pode e do que tem o que leva a que na 6ª Feira seguinte escolham para vítima o vizinho do 1º andar. Como são conhecidos na vizinhança, o empréstimo concretiza-se e o fim de semana é de vacas gordas. A semana seguinte corre normalmente, isto é, com despesas superiores ao salário, e no fim da terceira semana lá vai mais um vizinho e mais um empréstimo. É assim que a família portuguesa entra em folia porque foi tratar do PEC 4 para entrar em grande no carnaval o que nos leva a pensar, mas que grande carnaval vai em Portugal. Fica-me a ideia que esta família, podia e devia pensar a prazo e logo no princípio do mês, ter feito as contas e encontrado num único emprést i m o financia-

mento para o mês todo tendo o cuidado de não alinhar em carnavais. Depois, fica este amargo de boca de Portugal estar a financiar-se a uma taxa de juro de 7%, isto é quase tanto como as empresas. Ora, todos nós sabemos que quanto maior é o montante do empréstimo, menor é a taxa de juro e também sabemos que cada vez que o Governo inventa um PEC, cai nova pancada nos sacrifícios que ao povo se exigem. A questão, é que um povo que tinha a ambição de juntar 1 milhão de pessoas numa avenida de Lisboa, conseguiu, imagine-se, um terço em todo o país. Se é verdade que os organizadores fizeram uma coisa notável, também é verdade que o povo seguiu esgueirado para coisas que dão menos trabalho que reclamar. Bastaria uma manifestação de desempregados para ter reunido mais gente que as 300 mil mas veja-se que nem os desempregados se deram ao trabalho de se manifestarem. Ao contrário, os camionistas manifestaram-se e bem, pela negativa. Não se concebe que quase 40 anos depois de Abril, ainda haja grevistas que agridam e insultem os fura greves. Se bem me recordo da abrilada de 74, a greve é um direito mas não me esqueço que o trabalho também é um direito. Se não me assiste o direito de condenar alguém por fazer greve, concerteza não me assiste o direito de condenar quem traba-

lha e decida não aderir à greve. Por outras palavras, o meu direito termina onde começa o direito dos outros e não me parece que os camionistas tenham respeitado o direito ao trabalho embora exijam que se respeite o direito à greve. Há aqui qualquer coisa que não está direito. Ao cabo e ao resto, razão tem Ana Bacalhau quando canta, “vão andando que eu vou já lá ter” e tem sido isso precisamente o que os portugueses têm feito na sua maioria. Custa que para governar um país que tem menos gente que a cidade de Londres, sejam precisos mais políticos que na capital inglesa. Muitos mais. Veja-se entre ministros, secretários, sub secretários, directores gerais, presidentes de câmara e presidentes de junta, quantos políticos são precisos para governar Portugal. Imagine-se, que seria preciso o mesmo

numero de políticos para governar a cidade de Londres e quem aqui vive estaria desgraçado. Voltando ás musicas dos Deolinda, os portugueses andam mesmo “uma casa ao lado” e teimam em não dar o passo para mudar de casa. Com a mania do desenrrasca, os portugueses teimam em complicar o que é simples só para se obrigarem a desenrrascar. Talvez para não perderem o jeito. É assim que o governo se desenrasca com um PEC ao vizinho do rés-do-chão, outro PEC ao do primeiro andar e por aí acima. Estou para ver o que vai acontecer quando chegarem ao ultimo andar do prédio sem que ainda tenham pago ao do rés-do-chão porque não se vê onde vão buscar as soluções da mesma forma que a Feira Internacional de Alimentação em Exel tinha empresas e pavilhões de todos os países e nem uma única empresa portuguesa. Na verdade, os portugueses querem vender mas não querem visitar os clientes. Tenho dito.


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Seleção Lukie Gooda

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o “BBB” Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE.. Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!). Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa

desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados. Heróis, são milhares de brasileiros que nem sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia. Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns). Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede

Globo. O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

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Censos 2011 Palop News

Londres

Tem sido massivamente distribuido um envelope contendo o questionário relativo aos sensos de 2011 que só se voltará a repetir dentro de 10 anos. Todos os residentes e visitantes que pretendam ficar mais de 3 meses no país devem preencher esse questionário. É obrigatório por lei. O ONS (Office for National Statistics) é o departamento independente do Estado que faz a gestão dos censos em Inglaterra e País de Gales. Os censos da Escócia e Irlanda do Norte são geridos por outra entidade. Até meados de 20 de Março todas as casas da Inglaterra e País de Gales irão receber por correio o questionário dos censos. É importante que todos respondam correctamente a todas as perguntas porque quanto mais correcta for a informação recolhida mais justa será a repartição do orçamento geral. Todas as pessoas, incluindo recém-nascidos devem constar no questionário. O governo faz a repartição do orçamento geral para os próximos 10 anos baseando-se na informação dos censos. Essa repartição serve para custear serviços diversos que a população usa, tais como transportes, escolas, hospitais, centros de saúde, construção de novas casas, etc. Todas as respostas são confidenciais e protegidas por lei. O Home Office, o Benefits Agency ou qualquer outro departamento do estado não têm acesso aos

dados pessoais dos censos. Por isso não há razão para recear dar nome e morada. Todos os dados, principalmente o nome e morada, são indispensáveis para que daqui a 100 anos, quando os questionários dos censos forem acessíveis ao público, os nossos descendentes possam seguir a nossa história e construir a sua árvore genealógica. IMPORTANTE: esta é uma oportunidade única para sabermos quantos angolanos, brasileiros, cabo-verdeanos, guineenses, e restantes lusófonos vivem no Reino Unido. Para tal bastará respondermos da seguinte forma à questão 16 ‘What is your ethnic group’: pôr o tick no ‘Any other White background’ ou ‘Any other Mixed/multiple background’ ou ‘Any other Black/African/Caribbean background’ e escrever no espaço embaixo o nome do país de origem. Se circularmos esta informação por todos os nossos compatriotas, conseguiremos dar um passo essencial para a resposta à pergunta de muitos de nós: quantos somos neste país? Não tenha pressa em preencher. Tem até ao final do mês. Pela primeira vez na história dos censos, poderá preencher online se preferir. Caso precise de algum esclarecimento quer em relação aos censos, quer no preenchimento do questionário, poderá fazê-lo em português para HA04@census.gov.uk. Mais informação disponível em www.census.gov.uk.


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Português grátis para todos Uma Coodenação que é de todos. O PaLOP News entrevistou Maria José Veiga, responsável pela Coordenação do Ensino do Português no Reino Unido e foi à descoberta de resposta a muitas perguntas que se fazem por aí. Palop News

Londres

Descobrimos que o ensino do Português é gratuito embora haja soluções em funcionamento que são pagas pelos pais dos alunos. Quisemos tirar a limpo a questão e fomos à descoberta. "Os professores que se cobram pelas aulas de português não pertencem à rede de ensino da Coordenação do Ensino do Português" refere Maria José Veiga à nossa reportagem. "As nossas aulas são gratuitas e tanto a massa salarial dos professores como o aluguer das salas são suportados pelo Governo Português" diz Maria José Veiga. Ao fim dos primeiros seis meses de trabalho em Londres, Maria José Veiga leva já trabalho feito apesar de muitas coisas que a comunidade vai falando nas "esquinas das con-

versas" a que a Coordenadora se furtou a falar considerando muitas dessas coisas assuntos internos que não são tratados nas páginas dos jornais. Com a chegada desta nova Coordenadora e volvido meio ano, quisemos saber: - O que é que mudou? - A Coordenação mudou em muita coisa embora o objectivo principal que é a manutenção da rede esteja a ser feito. Estão a mudar-se muitos procedimentos relativos ao material que é pedido aos professores. - Que material é que é pedido aos professores? - As planificações estão a ser pedidas de forma uniformizada porque antes cada um fazia a sua. Está a pedir-se mais colaboração entre os pares

fazendo com que os professores se juntem para discutir problemas relativamente ás suas turmas coisa que é muito dificil porque a rede é muito dispersa e então fora de Londres é quase impossível. Há novas escolas... - Aumentaram o numero de escolas? - Aumentou o numero de escolas. Em Kent não havia e abriu-se uma nova escola. - Como é que se consegue abrir uma nova escola? - Os pais têm que se organizar de forma a fazer chegar à Coordenação fichas de inscrição já preenchidas e a proposta de conseguirem uma escola preferencialmente gratuita o que é muito difícil de conseguir e dizerem "conseguimos esta escola e gostaríamos que os nossos filhos tivessem aqui o professor". Se essas listas contiverem grupos de alunos mais ou menos do mesmo nível de escolariedade com pelo menos 15 alunos, a turma poderá ser aberta.

- Não é demais 15 alunos? - Não. Não é demais. - O nosso jornal detetou em Lewisham que pode haver 12 alunos, não sabemos se do mesmo nível escolar e isso visto assim parece manifestamente insuficiente para se ter um professor de português. - É manifestamente insuficiente para se ter um professor de português mas as orientações que temos é de que no próximo ano não poderá haver tur-

mas com um numero inferior a 15 alunos. Nesse caso, supondo que temos por exemplo 6 alunos do 1º ano e 9 ou 10 do 2º ano; aí juntamse os níveis e destaca-se um professor mas isso não é a situação ideal. - Então vamos voltar ao que acontecia antes de cá chegar o antigo Coordenador que terminou o seu madato 6 meses atrás, José Pascoal, que é os pais, por estarem a trabalhar e não terem oportunidade de abandonar o emprego para levar os filhos à escola de português, vamos assistir a uma nova deserção dos alunos. - Não necessáriamente. - Mas os pais que estão a trabalhar e não se podem deslocar? - Aquilo que se está a tentar fazer é abrir o leque de escolas que vão integrar o português no seu currículo como língua estrangeira tal como acontece com o espanhol, francês ou italiano e fazer com que o português, em escolas onde haja uma grande comunidade lusófona, acedam ao nosso pedido - Já tem algum caso? - Já tenho um caso em Jersey e duas escolas que estão dispostas a acolher os nossos alunos durante a manhã e aí não há o problema para os pais terem que transportar os filhos. Estou à espera da resposta de muitas


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escolas a quem lançamos o repto. - Que mais há de novo? - O pré-escolar. Pela primeira vez estamos a funcionar com o pré-escolar com uma turma de 17 crianças de forma subdividida em dois turnos. - Em Londres? Não. Em Peterborough. A professora está a fazer o trabalho que deve ser feito com esses alunos e é uma experiência que está a ter frutos muito positivos. Trata-se de uma solução a mutilpicar pelos lugares onde há uma grande concentração de crianças lusófonas. - Quanto é que o IC (Instituto Camões) gasta com o aluguer de salas no Reino Unido? - Algumas das escolas cobramnos £35.00 libras por hora, multiplicando isso pelo numero de escolas e numero de horas ao longo do ano, temos qualquer coisa como 160 mil libras por ano que o Estado Português gasta com o aluguer de salas. Depois temos os salários, os transportes, etc.. - Os transportes? - Quando um pofessor sai de uma escola para ir dar a aula a outra escola, o transporte tem que ser assegurado pela Coordenação. É uma máquina muito pesada e estando Portugal com muitos cortes orçamentais, faz com que O Reino

Unido e as Ilhas do Canal sejam um grande peso. - Mesmo asim Portugal gasta menos com os imigrantes no Reino Unido do que o contributo que estes têm com o país. - Não faço ideia mas há que ter em conta um grande esforço por parte do IC em manter o ensino do português de forma gratuita. O ensino do português é gratuito. Os pais não pagam nem o aluguer das salas, nem os professores, nem as matrículas e isto é quase caso único no Mundo. Todos os governos que têm o ensino das suas línguas no estrangeiro cobram os seus serviços por isso a comunidade imigrante de língua portuguesa devia estar muito agradecida por este serviço ainda ser gratuito. Vamos tentar manter o serviço como gratuito. - Quer dizer que podemos não conseguir mantê-lo assim? - Poderá ser. Para já não se vislumbra tal coisa mas devo sublinhar que se trata de um esforço muito grande em termos orçamentais porque o ensino do português no estrangeiro não existe só no Reino Unido. Ele está por todo o Mundo e portanto é uma máquina muito pesada. - Que no Reino Unido tem quantos professores? - No secundário tem 33.

- Que outros níveis há? - A Coordenação de Ensino tem agora outras áreas de intervenção. Uma das novidades é que agora trabalhamos também com o universitário; trabalhamos também com o leitorado e muitas pessoas desconhecem isso. Estamos a trabalhar desde o pré escolar até ao universitário. É muito complexo porque envolve muita gente. Desde o pré-escolar ao final do secundário estamos com quase 4 mil alunos. No total temos 52 professores. - Com toda essa máquina tão pesada, também se vai tornando público que os professores estão sem fotocópias. - A maior parte das escolas assegura as fotocópias, outras são pelas escolas facturadas à Coordenação. Nunca foi negado o pagamento das fotocópias. - Então como se explicam os rumores que os professores não tenham acesso a fotocópias. - Não compreendo. Os professores sabendo das dificuldades que o país e a Coordenação atravessam, foram aconselhados a reduzir o numero de fotocópias que em alguns casos acho excessivo porque existem manuais que podem reduzir o numero de fotocópias consumidas. Em termos ambientais também seria a opção mais acertada. - Isso signifca que a tendência passa por uma maior utilização dos

manuais? - Vai ser. No próximo ano (outra novidade) é que vai ser obrigatório o uso do manual até para que não se repitam casos como o que aconteceu em que uma professora se reformou e os alunos foram reencaminhados para outros professores e à chega dos novos alunos a essas turmas os professores tinham outro manual. Isso implica o custo de outro manual para os pais e é um encargo muito grande. Não se justifica que um professor utilize um livro e outro professor ao lado utilize outro livro no mesmo nível de ensino. Isto não se justifica. - Então também não se justifica que todos os anos os manuais mudem!? - Não se justifica de todo. Eu acho que a legislação é muito clara nisso. Os manuais devem ser mantidos durante 3 anos e nós vamos fazer um esforço por estender a legislação e aplicá-la aqui porque há pais que têm vários filhos e não se justifica que haja tantos manuais. Geralmente o manual é acompanhado de livro de fichas e gramática e por isso se podem reduzir o numero de fotocópias por este processo. O segredo está na escolha de um bom manual e há critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação de Portugal e que vamos adoptar porque as situações estão ligeiramente diferentes. Há critérios muito específicos relativamente à

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escolha do manual e eu acho que a seleção de material escolar tem que ser muito criteriosa para satisfazer todas as partes. Em primeiro lugar ir ao encontro das necessidades dos alunos, ir ao encontro daquilo que o Professor considera um bom manual e que considera confortável para tabalhar e ao encontro das disponibilidades dos pais em termos económicos. - Isso significa que os pais vão pagar o manual ? - Sempre pagaram e em Portugal também é assim. As pessoas sabem que é assim. Temos uma escola que eu gostava de referir que tem um orçamento próprio que é realmente um exemplo neste âmbito em que é a própria escola que adquire o manual para as crianças. Eles sabem que têm muitos alunos portugueses e vêm que eles precisam desta colaboração. É também uma colaboração profícua para as escolas. O que se está a passar é que as pessoas não se apercebem mas nós, com os nossos serviços gratuitos, estamos a colaborar na pontuação que as escolas vão tendo. As escolas são favorecidas connosco e não o contrário. - Isso favorece as escolas em termos orçamentais? Em termos orçamentais, em prestígio, em leque de escolha, em abertura à comunidade na tentativa


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de inserção no Reino Unido entre outros fatores. As escolas beneficiam e têm que perceber que nós somos uma mais valia por sermos gratuitos e é nesse sentido que estamos agora a trabalhar para sensibilizar as escolas que nós somos para elas um valor acrescentado. - Isto para todas as comunidades de língua portuguesa... - Há-de reparar que eu tenho utilizado o termo comunidade lusófona e não comunidade portuguesa. - Em Lewisham foi referido à nossa reportagem que a turma não teria aberto porque parte dos alunos seria brasileira. - Tem a certeza que o contato foi com a Coordenação? O público tem que compreender duas coisas. Quando vão ter com um professor devem perguntar sempre se pertence à Coordenaçaõ de Ensino. Se pertence, o professor não pode cobrar pelos seus serviços. Se pertence à nossa rede, os pais têm toda a liberdade de me contatar sempre que haja um problema. Já recebi queixas e depois de perguntar o nome do professor constato que não pertence à rede. Há imensas pessoas a confundir o Ensino do Português com a Coordenação do Ensino do Português que pertence ao Governo Português. Há imensas pessoas a ensinar português que não trabalham para a coordenação. - Imensas? - Imensas. Não lhe posso adiantar um número mas é provavel que haja tantas pessoas a ensinar português fora do quadro da Coordenação como dentro, ou até mesmo mais. - Isso não significa que a Coordenação falha na cobertura do território? - Não. Isso significa que a Coordenação, pelo menos este ano não foi contatada para mandar para lá um professor porque os professores só vêm de Portugal em número certo se os pedidos vierem a nós até ao final de mês de março que é quando eu envio o estudo das necessidades para o próximo ano. É quando eu digo ao Governo de Portugal quantos professores preciso para o ano seguinte. - Esse número de professores é enviado ou é limitado a disponibilidades? - É a primeira vez que o vou fazer mas foi-me assegurado que é consoante as necessidades. Tenho por exemplo uma escola que esteve até dezembro à espera de um professor mas nunca me foi dito que precisavam desse professor. Ora, em dezembro não é possível destacar um professor a partir de Portugal para o Reino Unido. As coisas não funcionam assim. O ano escolar seguinte tem que ser organizado no

ano anterior. Podemos atender essas necessidades se chegarem até mim até à data que tenho definida. Depois disso será difícil. - A Coordenação vai mudar de instalações? -Vai mudar sim. Atempadamente darei a nova direcção. - Vai para a Embaixada de Portugal? - Vai para a Embaixada de Portugal. Não sei se vamos manter os contatos telefónicos por razões óbvias mas o website vai dar toda essa informação. - Porque razão mudam para a embaixada? - Porque a Coordenação responde perante a Embaixada e não aos serviços consulares e isso é outra grande confusão que as pessoas têm. Pensam que dependemos do Consulado e isso não corresponde à verdade. - O espaço físico é relevante? - Tem que ver com a funcionalidade. Todas as comunicações que me são feitas são a a partir da embaixada e eu dependo directamente do Senhor Embaixador e portanto justifica-se que estejamos mais próximos físicamente. - Não sente que tenha havido pressão devido à questão da mudança de instalações do consulado? - Não. De forma nenhuma. Quando vim para aqui exercer funções, pensei que a exemplo do que acontece no resto do Mundo, a Coordenação estivesse na Embaixada. Para mim foi surpresa estar no Consulado. É uma mudança mais que natural. - Entretanto sabemos haver outras novidades. - O Ensino à Distância é outra coisa nova. Havia ensino à distância apenas com uma turma, este ano mesmo que vivam perto de uma escola (porque também acontece) mesmo que não consigam ir à escola devido ás actividades das crianças, aquilo que está a ser feito é acolher todas as crianças no Ensino à Distância. Se as crianças tiverem menos de 12 anos devem ter o acompanhamento dos pais porque têm que se ligar online e a Coordenação não pode assumir a responsabilidade do uso que as crianças fazem da internet. Tem resultado muito bem, os pais assistem, e revivem algumas regras da língua e acaba por haver uma interação e eu acho que é uma solução muito positiva. Tenho pais que conseguem comunicar muito melhor com os filhos e discutem com eles coisas, quando noutras alturas os filhos entravam em casa e não havia comunicação. Conseguiu-se também reestabelecer uma relação mais estreita entre

pais e filhos. Primeiro porque o filho começa a comunicar em português, depois porque têm assunto conjunto para tratar e têm-se apontado como muito proveitosas estas aulas.

- Que tipo de ajuda? - A sensibilização das escolas para não nos cobrarem renda pelas salas para podermos assim alargar o nosso leque de serviços.

- O Ensino à Distância é um meio para reduzir o número de professores nas salas? - Não é esse o primeiro objectivo.

- Qual foi o compromisso? - Disse que a equipa da educação iria contatar as escolas nesse sentido e também foi feito o pedido para que o português fosse considerado no ensino integrado por causa daquela questão de o português vir a ser considerado uma opção, tal como as outras línguas estrangeiras são opção nas escolas.

- Mas pode caminhar para aí? - Penso que não podemos pensar assim. O que estamos a tentar fazer é abranger o maior número de crianças possível para que nenhuma deixe de ter acesso ao ensino. - A comunidade brasileira que é extensa e pouco ligada a Portugal como as outras comunidades (dos PALOP’s) que ainda têm laços estreitos com Portugal, tem algum tipo de protocolo com a Coordenação? - Não tem mas em breve vou fazer uma reunião com todos os representantes dos assuntos para a educação quer dos PALOP’s quer dos CPLP’s e penso que temos, para além de reforçar os laços culturais e linguísticos de há séculos, aquilo que eu quero demonstrar é que mesmo sem haver um protocolo, nós temos estado a trabalhar para toda a comunidade lusófona. Temos alunos que vêm de Timor, dos países africanos, de origem indiana etc. O nosso objectivo é trabalhar para a comunidade lusófona e não estritamente para a comunidade portuguesa. - Podemos pensar com justiça que se a Coordenação trabalha para todos os países da CPLP que fossem também esses países a ajudar a suportar as despesas? - Isso será uma decisão política não minha nem da Coordenção mas poder-se-á pensar em soluções. - Acha que a própria estrutura CPLP poderá interceder servindo de lobbie para esta questão? - De uma maneira ou de outra todos temos o mesmo interesse para que as coisas funcionem e que as crianças tenham acesso à educação que é aquele investimento que não se vê no imediato. Gostava também de alertar as pessoas, para que não deixem de em casa, falar em português com os filhos e em caso de dúvida que me contactem directamente já que o meu contato está na nossa página web. - Como correu a reunião com o Lambeth Council? - Correu bem. Penso que foi dada informação ácerca dos cursos em português que talvez ele próprio não estivesse a par e penso que o sensibilizei para o facto de que nós enquanto Coordenação precisamos de ajuda.

- Quando é que pensa que possa haver resultados? - Espero que seja já para o próximo ano lectivo. Se não for contatada pelas autoridades de Lambeth até ao final do mês de março, serei eu a contatar e a lembrar dos nossos objectivos novamente. Não ficou nada combinado mas disseram que iam tratar da questão. Eu só tenho razões para acreditar que o irão fazer. Para já, fica a informação de que “pela primeira vez a Coordenação está a assegurar cursos de português para falantes de outras línguas e “temos duas turmas de português para adultos como língua estrangeira”. - Os cursos para dultos são pagos? - Sim, os cursos são pagos. Cada módulo tem 20 horas, sendo duas horas por semana e temos também aulas de inglês para adultos da comunidade lusófona. Estes cursos também são pagos mas podem ser grátis perante um comprovativo de desemprego ou baixa por incapacidade clínica desde que comprovado. Tentamos que as associações também financiem esses cursos à comunidade. Já no fecho desta entrevista, Maria José Veiga adianta que “Para que os nossos alunos tenham uma perspectiva do ser e do viver português, temos desenvolvido com o apoio dos professores algumas iniciativas. “Temos dois professores que têm estado a desenvolver um trabalho de imersão cultural que faz falta a qualqer aluno da língua. Temos neste momento (half term) um professor que está com os seus alunos a fazer uma visita na área metropolitana de Lisboa, a visitar monumentos e a conhecer a cidade. Em janeiro outro professor levou os alunos a Faro e o intercâmbio foi importante porque os alunos que sempre andaram na escola aqui, tiveram oportunidade de assistir às aulas em Portugal e contatar com os alunos algarvios com quem ainda mantêm correspondência. Estes projetos merecem apoio e esperamos poder ampliar esta dinâmica em todos os níveis de ensino. Com os mais pequenos é mais difícil mas em alguns casos

os pais acompanham. No caso da viagem de janeiro, o Ministério Português dos Negócios Estrangeiros contribuiu com parte da verba e os pais e a escola (também foram professores ingleses na viagem) também contribuiram. Depois de vermos a verba do Governo Português, os pais contribuiram de alguma forma e foram conseguidos patrocínios e conseguiu-se organizar a visita. - Um universo de quantos alunos? .- Em Lisboa temos neste momento 9 alunos do secundário. Em janeiro foram alunos dos 7 aos 17 e aguardo o relatório do professor com o número final de alunos. - Recados? - As grandes dificuldades económicas que estamos a sentir e alertar toda a gente para a compreensão. Eu já tive reuniões com pais numa escola em que foi dito que se não forem encontradas soluções vou ter que reencaminhar os alunos e encontrar outra escola para os acolher porque a despesa é muito elevada. - Seria viável ter o contributo dos pais? - Não é uma possibildade neste momento. - Os pais, que têm muito gosto e que não se importam de contribuir com a despesa da sala estão impedidos de o fazer porque a Coordenação rejeita a oferta? - Isso é uma decisão política. Não cabe a mim. O governo está a fazer ponto de honra para que o Ensino do Português se mantenha gratuito. - Se os pais se unirem e lhe disserem “Tem aqui a sala que para a Coordenção é grátis” uma vez que os pais a pagaram, com que direito é que recusa essa oferta? - Não recuso. Aliás, o que eu faço é dizer aos professores para que perguntem aos pais se nos conseguem outras instalações. Isso eu faço constantemente. Repare que a verba que se destina ao pagamento das salas poderia ser investido em material didático que seria muito mais proveitoso. - Já contatou os bancos portugueses para apoiarem? - Vão ser contatados assim que mudarmos de instalações. - Isso é quando? - Segunda quinzena de março, mês em que também irei a Jersey assinar um novo protocolo porque a comunidade lusófona está a crescer a um ritmo muito rápido e estamos a tentar manter o acordo que temos com a cedência das salas gratuitas lá. - Salas gratuitas em Jersey? - Já são. Vamos tentar fazer com que se mantenham.


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A mão naquilo e aquilo na mão

Lista de profissões mais praticadas pela população emigrante Portuguesa no Reino Unido Palop News Palop News

Londres

Londres

Aqui fica uma lista das profissões em que mais lusófonos trabalham (ou não) no Reino Unido. É por esta razão que se apela à Formação e que se diz que os novos imigrantes terão que vir para Inglaterra com melhor preparação. Veja-se a lista e atente-se principalmente no ultimo lugar. 1—Funcionário de Limpezas, (Empresa de Limpezas). 2— Funcionário de Limpezas (Casas particulares, (Cleanner). 3— Funcionário camarário de Limpezas, (Council cleanner) 4— Empregado de restauração, Empregado de café, (Barista). 5— Empregado de restauração, Empregado de mesa de restaurante, (Waiter). 6— Empregado de restauração (Ajudante de cozinha (Comis Chef). 7— Empregado de restauração, Cozinheiro, (Chef). 8— Condutor de Autocarros de transporte colectivo, (Bus Driver,). 9— Condutor de carrinhas de distribuição, (Van Driver). 10— Assistente de carga e descarga de carrinhas de distribuição, (White Van assistant). 11— Motorista de casa particular, (Limousine Driver). 12— Funcionário de loja de comercio (Shop assitant). 13— Empregado de Supermercado (Groccery Shop assitant). 14— Proprietário e trabalhador por conta própria em Mini-mercado (Delicatessen Clerk owner). 15— Recepcionista de Hall de entrada de empresa. 16— Porteiro de prédio particular ou de companhia. 18— Funcionário de Hotel, limpeza de quartos (Chamber maid). 19— Funcionário de Hotel, Porteiro. 20— Funcionário de Hotel, gestor de Pequenos almoços (Breakfast assitant). 22— Pedreiro (Builder). 23— Operador de máquinas de construção (Machine building operator). 24— Pinto, carpinteiro, estucador, ladrinhador (Refurshisment worker). 25— Operário fabril, Fabricas agro-

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Em 1953, a Câmara Municipal de Lisboa fez publicar a portaria 69.053 que, se fosse publicada hoje, daria mais dinheiro ao Município de Lisboa do que a Congestion Charge dá à Great London Autority. A então polícia de Costumes,

recebeu instruções para autuar os cidadão infractores com especial patrulhamento nas chamadas zonas “quentes”. Aqui fica a reprodução na integra. «Verificando-se o aumento de actos atentórios à moral e aos bons costumes, que dia a dia se vêm verificando nos logradouros públicos e jardins, e, em especial nas zonas florestais Montes Claros, Parque Silva Porto, Mata da Trafaria, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda e outros, determina-se à polícia e guardas florestais uma permanente vigilância sobre as

pessoas que procurem frondosas vegetações para a prática de actos que atentem contra a moral e os bons costumes. Assim e em aditamento áquela Postura nº 69.035, estabelece-se e determina-se que o artº 48º tenha o cumprimento seguinte: 1º—Mão na mão 2$50 2º—Mão naquilo 15$00 3º—Aquilo na mão 30$00 4º—Aquilo naquilo 50$00 5º—Aquilo atrás daquilo 100$00 Parágrafo único—Com a língua naquilo 150$00 de multa, preso e fotografado»

Consulado de Angola em Londres ferve Palop News

industriais, (Agro-industrie processing). 26— Operário fabril, Fabricas de processamento pecuário e pescícula, (Animal, Avian, fishing, processing). 27— Operador Fabril, Fabricas de empacotamento e produção de componentes (Manufacturing and Packing industrie). 28— Trabalhador em unidade industrial agrícola, (Farm companies Business). 29— Trabalhador em unidade industrial de Flores, (Flower processing industries). 30— Funcionário de Ferryboat (Funcionário de cacilheiro). 31— Funcionário de plataformas petrolíferas (Petrol extraction industrie). 32— Funcionário de Aeroporto: Bagageiro; Segurança e inspector de malas; operador de trafego (Airport Worker). 33— Ama em casa particular (au pair). 34— Assistente Social (Social Assistant). 35— Assistente em Lar de idosos (Retirement House Worker). 36— Funcionário em serviços financeiros, em mais de 100 diferentes funções especificas (Finantial services Professional) 37— Mãe solteira que vive de Benefícios (Single Mother on Benefits). Não é profissão mas ocupa pelo menos 15% a 20% das mulheres, Portuguesas/Lusofonas que residem no Reino Unido.

Londres

Cidadãos angolanos a residir no Reino Unido reuniram-se na porta do Consulado de Angola em Londres para se manifestarem a favor da demissão de José Eduardo dos Santos e do MPLA. O PaLOP News apurou que na frente da manifestação poderá estar um português de raça branca não tendo as autoridades revelado a identificação dos autores. A iniciativa começou de forma pacífica mas os ânimos exaltaramse e sucederam-se as cenas de violência no interior do Consulado onde se verificaram estragos materiais e agressões pessoais. Fonte da Embaixada de Angola em Londres contactada pelo PaLOP News referiu que "todas as

pessoas têm direito a manifestarem-se mas as cenas de violência são condenáveis". O nosso repoter apurou ainda que existem funcionários da Embaixada de Angola que passaram a deslocar-se com escolta policial para levar os filhos è escola e a internet tem disponível comentários violentos contra alguns desses funcionários. Com palavras de ordem diversas, alguns cidadão angolanos gritaram palavras de ordem contra José Eduardo dos Santos e o MPLA, o partido no poder em Angola. A iniciativa está ainda conotada na internet com a Organização das Mulheres Angolanas em Londres numa clara confusão com a UMARU, União das Mulheres Angolanas no Reino Unido. A manifestação foi convocada através da distribuição de informa-

Procura-se florista Para desempenhar part time em situações pontuais. Exige-se que tenha experiência em arranjos florais de todos os géneros. Residência na grande Londres As candidaturas devem ser enviadas por e:mail para redacao@palop

ção impressa, de mensagens e pela internet não tendo contudo reunido mais de três dezenas de manifestantes. "As pessoas têm medo de dar a cara" refere um angolano que está próximo do movimento manifestante enquanto que outro angolano refere que "são angolanos que já não conhecem Angola e as suas realidades" disseram ao nosso reporter. Com o slogan "Zé tira o pé", os angolanos em Londres seguiram o rastilho da manifestação levada a cabo em Luanda mas prontamente extinguida. No cerne da questão, está que os angolanos ganharam agora a coragem necessária para uma segunda manifestação contra José Eduardo dos Santos que até aqui nunca tinha acontecido com esta dimensão. O PaLOP News apurou que a Embaixadora de Angola no Reino Unido, Ana Maria Carreira se ausentou para Luanda não estando disponível para prestar declarações. A Embaixada de Angola em Londres, não presta declarações sobre o incidente que deixa uma sombra no futuro de Angola. "Num momento particularmente sensível da vida de um país que ainda procura recuperar de uma guera de três décadas, as manifestações podem, caso obtenham resultados, fazer perigar a serenidade que se vive no território em prejuízo da população" disse ao PaLOP News um quadro político a residir em Luanda.


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A mistura que nós somos Palop News

35 anos Sonangol Palop News

Londres

Foi o "toca a reunir" para comemorar o 35º aniversário da empresa angolana de petróleos em Londres, onde a empresa tem um escritório situado numa das mais reputadas zonas da cidade. No seu aniversário, a Sonangol decidiu festejar com a vasta comunidade angolana que participou activamente na organização e realização da festa. Para lá da gastronomia angolana que desta vez se fez presente de uma forma muito variada, a Sonangol fez questão de oferecer um espectáculo de tal forma diverso que para lá da musica, incluiu o folclore de Angola e de S. Tomé e Príncipe, o teatro, a Capoeira e claro vários intérpretes musicais de origem angolana. No programa que a Sonangol assinou para este evento, foi dada particular atenção ás crianças, quer nos cuidados de atenção e de diversão, quer no conteudo do show apresentado. O espírito de família tão presente na cultura angolana, manifestou-se no ambiente vivido e na agenda do próprio espectáculo onde o colorido dos trajes africanos foi das maiores evidências. O administrador da

Sonangol em Londres, José Paiva, teve ainda o ensejo de informar que a Sonangol continuará a afirmarse no futuro como um pilar do desenvolvimento de Angola e que a empresa continuará a ser um dos baluartes da Formação de quadros angolanos quer no país, quer na diáspora. A fechar, o tradicional bolo e champanhe acompanhado dos "parabéns a você" num aplauso intenso participado por toda a comunidade presente. Antes da exibição de Capoeira, o reporter do PaLOP News teve ainda oportunidade de assistir ao ensaio com as crianças, tendo verificado que o "Sensei" falava com as crianças em inglês. Intrigados, perguntamos ao Mestre de Capoeira a razão pela qual não falava em português com as crianças tendo recebido como resposta que "Os pais falam com as crianças em inglês e estas por sua vez não falam português". O PaLOP News deixa aqui uma referência à dificuldade que estas crianças poderão ter que vir a enfrentar se um dia regressarem a Angola sem que tenham domínio sobre a língua materna. A festa verificou ainda boa qualidade ao nível do equipamento de som e uma excepcional qualidade do espectáculo.

PaLOP connosco

Londres

Bravo da Rosa nasceu em Angola e um dia decidiu ir fazer um curso de alemão. Escolheu o melhor lugar do Mundo para o fazer e foi aprender alemão..., na Alemanha. Foi aí que conheceu a alemã que lhe viria a dar 3 filhos. Manuela Ludewig, levou um ano a aprender a falar português com o marido, a família e os amigos deste. Manuela, diz que o marido entende bem alemão mas ainda tem para aprender. Ao contrário, Manuela respondeu ao nosso reporter num português com acento alemão mas sem dificuldades. Nas diferenças que os une, estão as datas festivas. "Preferimos passar essas datas em família" diz Bravo da Rosa. Em casa, a vertente linguística é uma autêntica salada. Os filhos falam entre si em inglês. Quanto aos pais, falam cada um na sua língua. Assim, se a mãe fala para os filhos, fá-lo em alemão; se for o pai, fala em português embora por vezes "os meus filhos falem comigo em alemão para eu treinar" diz Bravo da Rosa, o angolano licenciado em Direito com mais de 2 metros de altura. Nas preferências, a salsicha alemã é o prato forte de Bravo da

Rosa mas quando mudamos de interlocutor, temos um "desfiado de pratos". Muamba, calulu, funge, cabidela e doce de coco" diz a Manuela quase sem respirar. A Manuela aprendeu a dançar Kizomba mas ainda não sabe dançar merengue - diz-nos. Quisemos saber qual a principal diferença entre ambos. "A pontualidade" diz Manuela. "O angolano sempre chega atrasado. Eu que sou alemã gosto de chegar antes da hora e isso é um grande conflito entre nós" afirma. Que não, riposta o marido. "Nós angolanos nunca chegamos atrasados" refere a rir. "Chegamos na hora do angolano." - remata. Vieram para Inglaterra porque precisavam do inglês mas a Ma-

nuela foi o motor principal da vinda da família para UK. Perguntamos a Manuela como reagiu a família ao casamento com o angolano Bravo da Rosa. "Minha filha, não penses que vou aumentar o tamanho das portas" foi o recado que trouxe do pai em alusão à altura do advogado angolano.

Mini D em grande Palop News Londres

Mini D, o cantor angolano está a preparar o lançamento do seu próximo album a sair para as lojas já em finais de Abril. A residir em Londres, Mini D canta em inglês onde tem a generalidade do seu público mas "canto também para o meu povo"

- refere ao PaLOP News. Dizendo que se inspira em si mesmo e em Deus, Mini D prepara-se para lançar 14 temas inéditos onde fala de amor, de uma vida boa e de realidades de todos os dias. O seu trabalho pode ser encontrado no Facebook ou no Twiter sendo fácil encontrar referências do cantor no motor de busca Google.


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Palop News

Londres

Na nossa agenda trabalho, fazia meses que tinhamos o nome da menina de Guimarães para uma entrevista. Ou porque as agendas estavam incompatíveis, ou porque Sofia Escobar estava em digressão, ou porque um dos intervenientes estava em Portugal, o tempo arrastou a oportunidade até março. A entrevista foi agendada para o meio da tarde no coração de Londres, perto do teatro no elegantissímo Salão de Chá Richoux. Antes da hora marcada, a equipa do PaLOP News já tinha reservado a mesa que daria o efeito pretendido à conversa que haveria de ter com

a primeira voz feminina do mundialmente conhecido Fantasma da Ópera. Antes da chegada da artista, um grupo de senhoras americanas assentava arraiais na mesa do lado e comentavam Londres. O espírito do local, respira-se na decoração e no trato do pessoal de atendimento. Sofia Escobar enviou uma mensagem dizendo que estava a chegar. Era o seu dia de descanso e a deslocação era propositada para a entrevista. A poucos minutos de distância, esperavamos a actriz portuguesa que tinha ganho Londres no Fantasma da Ópera, no West Side Story para mais tarde regressar ao papel de Christine. As senhoras americanas, perante a presença do gravador e do nosso fotógrafo Ludgero Castanho, não

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- Eu tive muita sorte com a minha família. Se não fosse a minha família eu não tinha conseguido nada daquilo que consegui até hoje. Sempre me apoiaram desde o início a fazer teatro e mesmo quando comecei a ter aulas de canto. No fundo, acho que a minha família acreditou em mim e viram que este era o caminho que me iria fazer feliz no futuro. Muitas vezes os pais têm algum receio deste género de decisões. - Os seus pais também tiveram? - Claro que sim. Há sempre o medo de as coisas não correrem bem mas a verdade é que hoje em dia, ter um diploma em muitas outras coisas não é garantia de absolutamente nada.

Sofia Escobar: De Guimarães para o topo de um sonho - Mas ganhar a quantidade de prémios que você já ganhou é? - É. Felizmente tem corrido muito bem. Já fui nomeda para vários prémios e ganhei alguns deles.

descansaram enquanto não souberam quem era a pessoa que estava a ser entrevistada. - A portuguesa que é a primeira voz do Fantasma da Ópera - disse-lhes o fotógrafo, para gáudio das senhoras que soltaram sonoros "uau" e fartos sorrisos. Antes disso, vimos Sofia Escobar entrar vindo direita a nós. Quebramos o gelo dos cumprimentos e entramos no trabalho. - Tem tradições artísticas na família? - Não própriamente. Todos nós na família temos uma veia artística mas ninguém fez disso profissão. É uma família ligada ás artes e que aprecia a arte no geral, não só a musica mas também o teatro, a pintura e a arquitectura mas nada em específico. Somos uma família de professores, médicos, advogados e por aí. - Você foi a estreia familiar? - Sou a "ovelha negra" por assim dizer. - Quando se lembrou de vir para Londres estudar artes, como é que a sua família reagiu inicialmente?

- Esses prémios todos que tem vindo a colecionar ao longo da vida levam a outra questão. Cristiano Ronaldo ou José Mourinho tornaramse profissionais muito caros para o futebol português. O cachet da Sofia Escobar é muito caro para o show business português? - Não diria que estou inacessível mas é óbvio que todas essas coisas no currículum de um artista vão pesar. Quando comecei nem eu tinha aspirações de cobrar aquilo que posso cobrar agora para participar num espectáculo mas também tenho muito em consideração o que é que vou fazer e muitas vezes envolvo-me com projectos pura e simplesmente porque acredito no projecto e não quer dizer que tenha que ser necessáriamente inatingível. - Não tem as portas fechadas ao mercado de trabalho em Portugal? - Não, de forma nenhuma. - Até porque passou pelos Morangos com Açucar. É verdade. Foi muito engraçado. Foi uma experiência que eu perseguia à bastante tempo porque a televisão é uma área que eu não conheço práticamente nada. Entretanto, fiz trabalho em palco, sempre fiz teatro em contacto directo com o púlico e não tinha ideia de como é que as coisas funcionam em televisão. Para mim foi uma oportuni-


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dade para aprender. Encarei a experiência como aprendizagem. - Repetia? - Eu gostava de fazer mais televisão mas acho que tenho que investir mais na minha formação para televisão porque é um trabalho completamente diferente. - Ser-se telegénico é mais exigente? - É um nível diferente de exigência. No teatro eu tenho pelo menos um mês de ensaios em que estou lá todos os dias e posso trabalhar o personagem a um nível profundo; todos os dias vamos para casa pensar sobre o que é que a personagem fez e o que não fez que poderia ou deveria ter feito. Podemos refletir no que aconteceu em cada cena e há uma continuidade, ou seja, tenho uma viagem do princípio até ao fim do desempenho. - A rotina do espectáculo não a incomoda? - Não porque acho que isso depende dos atores e da forma como as pessoas encaram o trabalho. No meu caso, gosto de descobrir coisas novas todos os dias, acho que é por causa disso que o trabalho em teatro é mágico. Todos os espectáculos são únicos e diferentes. - Quando é que aconteceu o big bang da Sofia Escobar? - Acho que foi precisamente quando fiz audições para o Fantasma da Ópera em Londres embora eu tenha começado a fazer teatro aos 13 anos. Lembro-me desde muito cedo de inventar histórias, de brincar com palcos, de cantar em cima de mesas para as bonecas e coisas desse género. Acho que no fundo, sempre fez parte. - Se tivesse que escolher entre a dança, o canto ou o teatro? - A dança é o meu ponto fraco. Nunca tive prémio nenhum em dança. Tudo o que envolve a coreografia nos espectáculos é o meu maior desafio embora cada vez menos porque cada vez tenho mais ajuda nesse sentido. No caso de Christine, é suposto ela ser uma bailarina e eu tive que trabalhar muito para conseguir passar despercebida no meio das bailarinas que são todas excelentes. - Quando você cruza Londres e passa pela máscara que publicita o espectáculo, o que é que sente? - É muito engraçado. Ás vezes vou no autocarro e vejo a publicidade do “Fantasma da Ópera” e isso para mim ás vezes é um bocado surreal. Primeiro porque eu sempre sonhei fazer este papel. - Sonhou mesmo com este papel em particular? - É um papel de eleição de qualquer actriz soprano. A Christine é de

facto um sonho tornado realidade, sem dúvida. - Podemos dizer que dentro da Sofia Escobar existe um “Fernão Capelo Gaivota”? - Esse é um dos meus livros preferidos. Esse livro faz parte da minha vida. É aquela coisa de sentir desde muito cedo que há alguma coisa de diferente. Eu sempre senti isso quando andava na escola, no meio de colegas e amigos. Todos os projectos que eles tinham para o futuro, eu nunca consegui vivê-los da mesma forma porque não eram os meus. Não era aquilo que eu tinha cá dentro e que precisava de se libertar. Eu sempre quis mais sem saber exactamente o que era porque durante muito tempo eu pensava que queria ser atriz ou cantora mas pareceia uma coisa tão utópica, tão fora do meu alcance que eu quase me forçava a tentar encaixar naquilo que é a norma como tirar um curso normal numa universidade, fazer uma vida normal, casar, ter filhos... - Sem fazer ondas no mar, como canta Rui Veloso? - Exactamente. - Como é que a sua família e os seus amigos reagem a tudo isto? Vêm aqui visitá-la? - Sim. Todos eles já vieram ver o espectáculo. No fundo a minha família tem um orgulho enorme naquilo que faço e para mim é dificíl explicar a sensação. Tudo isto foi um trabalho de equipa. Eu nunca sinto que fiz isto sózinha. Se não fossem os meus pais e o apoio dos meus amigos não teria conseguido. Houve muitos momentos em que pensei “deixar cair” pensando que não era capaz e em me ir embora para casa mesmo sem saber o que ía fazer e muitas, muitas vezes foram os meus pais do outro lado ao telefone e dizer-me que eu era capaz, a apagar os meus dias maus e a prometer que amanhã seria sempre um dia melhor.Tudo isto, quando tinhamos a casa hipotecada por minha causa para que eu pudesse fazer os meus estudos em Londres e tudo isto foi um peso muito grande na minha consciência. Eu sabia que daí a dois anos eu teria que começar a pagar o empréstimo e havia o medo de eu não conseguir, de que as coisas pudessem não correr bem e a minha família iria pagar o preço de terem acreditado em mim. Foram muitas noites sem dormir. - Quando estava na paragem do autocarro e recebeu o telefonema a dizer que tinha sido escolhida, a temperatura do seu corpo mudou? - Mudou a temperatura do corpo e mudou tudo. Tive que me sentar durante mais ou menos meia hora até conseguir pegar no telefone e telefonar a toda a gente. - Qual foi a primeira pessoa a quem telefonou?

- Aos meus pais. Foram os primeiros a saber. - Responderam logo ou fez-se um momento de silêncio ao telefone? - Fez-se um momento de silêncio. Eu sentia a energia deles deste lado. No fundo, foi muito tempo de provas e testes. Foram 8 meses. - Equaciona a possibilidade de um dia regressar a Portugal? - Equaciono sim. Tenho muitas saudades e para mim é muito complicado porque sou muito ligada a Portugal, à língua e ás pessoas. Em Portugal a qualidade de vida é muito diferente daquela que temos em Londres. Acho que quem vive em Portugal não se dá conta daquilo que tem. Aqui é tudo muito vocacionado para o trabalho, para a carreira. Por um lado é bom mas por outro é a saudade de Portugal. - A Sofia Escobar é uma jovem muito responsável a avaliar pelo discurso em relação à carreira e à família. Já percebeu a sua responsabilidade em relação ás centenas de milhar de portugueses que vivem no Reino Unido? - Penso nisso muitas vezes. Recebo imensas mensagens de portugueses pelo Mundo fora orgulhosos daquilo que eu tenho conseguido. Muitos deles daqui, muitos a pedirem conselhos sobre como gerir as próprias carreiras, a saber onde podem estudar. Tento responder a toda a gente mas muitas vezes é complicado consegui-lo. Para mim é um orgulho sentir esse apoio da comunidade portuguesa. - Há quanto tempo está em Londres? - Vai fazer cinco anos. - Alguma vez foi ao Dia de Portugal? - Não, nunca fui. Estive quase para ir no ano passado e não pude por questões relacionadas com trabalho mas os meus amigos portugueses foram e telefonaram-me a dizer o que eu estava a perder já que eles estavam a comer bifanas e frango de churrasco. Tive muita pena de não ter podido ir. - Tem muitos amigos portugueses aqui? - Sim, tenho. - Quando quer matar a saudade da comida, onde é que costuma ir? - Ao Estrela em Stockwell. - Conhece bem o little Portugal? - Sim conheço. - Quando por lá passa, as pessoas reconhecem-na? - Sim. muitas vezes vêm falar comigo, dar-me os parabéns. Nunca ninguém me incomodou. Sempre coisas muito positivas. - Também costuma ir à mercearia

comprar produtos portugueses? - Também e embora não seja fácil de encontrar também vou comprar bacalhau. Ás vezes a mãe também manda pelo correio. - Qual é o seu prato preferido? - É mesmo o nosso bacalhau com batata a murro. - Trocava o palco pela televisão? - Não. Se tivesse que ser uma decisão definitiva, não. Acho que sentiria muito a falta do palco. - Como é que descreve o aplauso? - É fantástico. Todas as noites, quando eu faço a Christine e tenho a minha parte dos agradecimentos e vejo a reação do público e vejo 1300 pessoas, todos os dias a assistir ao espectáculo, é incrível. É um daqueles momentos em que mesmo que eu tenha tido um dia mau, que eu esteja mais triste ou com mais saudades de casa, é o momento eu que eu vejo que tudo o que fiz para chegar até aqui, valeu a pena. - Amália Rodrigues, já perto do fim da carreira referiu que cada vez que entrava em palco lhe dava um “frio na barriga”. Também lhe acontece? - Sim e acho que isso é bom. O excesso de confiança é mau mas aquela adrenalina de pisar o palco é necessária. Acho que precisamos disso. Não sentir nada é estranho, é sinal que alguma coisa não está bem sabendo que há mil e 300 pessoas a assistir e que num espectáculo ao vivo há sempre pequenas coisas que podem correr mal, ás vezes pequenas falhas técnicas que podem

acontecer. - Que o público nem percebe!? - Outras vezs percebem. O público gosta quando alguma coisa corre mal e os atores têm que improvisar. Acontece a todos e faz parte. - Tem algum político português de eleição? - É melhor não me fazer essa pergunta. - Um musico? - É a pergunta ao contrário. Há muitos musicos que admiro em Portugal, pessoas super talentosas e alguns menos conhecidos do que outros. Creio que o compositor Artur Guimarães que trabalha muito para cinema e televisão e pouca gente o conhece. - Escritor? - Também é complicado mas José Saramago. - Jogador de futebol? - Não ligo a futebol. - Se tivesse que escolher um restaurante em Guimarães, qual é que escolhia? - Há vários. Come-se muito bem em Guimarães mas talvez o Papa Boa no centro da cidade. - As autoridades portuguesas em Londres têm sido simpáticos consigo? - Muito. Já vieram ver o espectáculo e deixaram-me muito boas recordações no West Side Story. Eu sou muito acarinhada pelos portugueses, sou muito sortuda nesse aspecto.

Comunidade da Guiné em Londres ajuda a Pátria A comunidade guineense em Londres emitiu um comunicado que demonstra a capacidade que tem tido de contribuir para a reconstrução daquela nação africana. Sem comentários acessórios, publicamos o comunicado na integra. O primeiro Grupo de Trabalho da “Associação da Comunidade Guineense em Londres (A.C.G.L.)”, irá deslocar-se à Guiné-Bissau na 2ª semana de Março, com a finalidade de entregar directamente aos Hospitais da Região de Bissau, Bafatá, Bolama e Mansoa , os materiais adquiridos através de doações efectuadas por elementos da Comunidade Guineense, Santomense, Moçambicana, Angolana, Portuguesa, Australiana, Dinamarquesa e Inglesa, assim como, fazer um levantamento profundo das necessidades dos Hospitais públicos e de Estabelecimentos de Ensino e também, propor ao nosso Governo e às Organizações

Não Governamentais Guineenses, trabalhos de parceria, para que a Diáspora possa participar directamente na reconstrução do país. Na qualidade de Presidente desta Associação, venho por este meio, informar a Comunidade Guineense que a ”A.C.G.L.” tem um espaço aberto no “Facebook” (Associação da Comunidade Guineense em Londres), disponível para registar sugestões e recomendações ao nosso Governo. A Comitiva responsabiliza-se a incluir no dossier de documentos importantes da A.C.G.L. que será entregue às Entidades-chave do país e ao Exmo. Sr. SecretárioGeral das Comunidades, Dr. Fernando Gomes Dias, todas as sugestões e recomendações apresentadas por Guineenses provenientes de todas as vertentes sociais e a residirem no Reino Unido. Com os meus cordiais cumprimentos, Idrica Lamarana Djaló O Presidente


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"Apenas a língua portuguesa nos permite escrever isso... Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca

pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro

Letra

profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo Pereceu pintando... ' Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei. E você ainda se acha o máximo quando consegue dizer: 'O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma

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Ombro amigo Por: Maria Leonor Bento

Olá Maria Leonor, Chamo-me Rita S. de G.Y. e estou a escrever-lhe para lhe contar o caso da minha Irmã. Ela tem 35 anos e quando começa a chegar o tempo frio ela fica mal humorada e triste, dorme mais do que deve e a casa e a família andam um pouco negligênciadas. Ela diz que é do clima aqui. Nós somos de Chaves e lá ela também não andava bem, mas aqui piorou. O que podemos fazer? Levá-la ao médico? Ela não quer, diz que não está doente, mas eu sei que ela não está bem. Dê-me por favor a sua opinião. Beijinhos Rita Olá Rita Na minha opinião o que se passa com a sua irmã é o que se passa com milhões de pessoas por esse mundo fora, especialmente nos países mais ao Norte, onde os dias ensolarados são escassos e o Inverno é longo, frio e cinzento. O panorama geral é este: quando as temperaturas começam a baixar e o dia escurece m a i s cedo, é natural que h a j a u m a maior t e n dência para ficar em casa, uma espécie de preguiça toma conta de nós, e convida a dormir e a comer mais. E uma reação natural e creio que todos nós já a sentimos. Mas há pessoas (a maioria mulheres a partir dos 25 anos) que reajem de uma forma mais radical à alternância das estações e com a aproximação do Inverno a fadiga e a “preguiça” atingem o seu pico. O humor também fica alterado (para pior claro). É a famosa Depressao Sazonal. Ela começa no Inverno e termina com a chegada dos dias ensolarados. Haja luz – é o que eu costumo dizer quando chego a casa e começo a acender as luzes. Sempre gostei de tudo muito iluminado, apesar de pertencer a uma minoria de pessoas que gosta particularmente do Inverno e dos dias muito cinzentos; eles ajudam-me a concentrar mais especialmente quando preciso de estudar ou estar focada em algo muito importante. Já o Verão e o Sol fazem-me ser muito distraída e querer fazer 10 coisas ao mes-

mo tempo. O Inverno abranda o meu ritmo e dá-me o equilibrio interno. Mas a maioria das pessoas têm uma reação inversa à falta de luz solar - o que está em causa aqui é mesmo o numero de horas de luz reduzidas e também a qualidade da mesma. A luz influencia o nosso relógio biológico, interferindo nos cíclos de vigília, sono e humor. Para melhor poder entender, veja o seguinte: nós produzimos um químico natural no cérebro chamado Serotonina. A baixa luminosidade causa uma quebra na produção desse químico, o que afecta o humor. Quanto menos serotonina, maior a tendência para depressão e tristeza. Níveis acrescidos desse neurotransmissor aumenta a alegria e a satisfação – por isso é chamadaa hormona da felicidade. Por outro lado, a luz também tem influência sobre a Melatonina, uma hormona associada ao sono e que é produzida durante a noite. Ora, se as noites de Inverno são maiores, logo os níveis de melatonina disparam e com eles a sensação de fadiga e falta de energia. Se juntar-mos a esse quadro, o desejo de consumo de hidratos de carbono, em particular açucares, tudo isso acaba por conduzir também a um acréscimo de peso. A ansiedade e a tristeza dominam, com progressiva perda de interesse pelas actividades que outrora davam prazer e com tendência para o isolamento. Não se conhecem as causas para a Depressão Sazonal, mas os conhecimentos dos mecanismos da influência da luz, sobre a melatonina e a serotonina, permitem concluir que a DS é mais um processo biológico do que psicológico ou psiquiátrico, até porque a DS é pouco diagnosticada. No entanto quando não tratada pode

ter consequências tão graves, como a depressão própriamente dita. O isolamento também pode abrir uma porta como um refugio para o consumo de drogas ou álcool, não são de descartar as tentativas de suicídio, impelidas por pensamentos depressivos. Deve pois ir ao médico com a sua irmã e procurar ajuda profissional. Geralmente o tratamento é à base de antidepressivos, também na primeira linha de tratamento está a Fototerapia; usa-se a luz para combater uma condição provocada pela ausência da mesma. A fototerapia melhora os sintomas ao atuar no organismo tal como a luz solar, mas sem os efeitos da radiação ultravioleta. É através dos olhos e não da pele, que se colhem os beneficios desta terapia, funciona assim: Os fotões sao captados pela retina e dai transmitidos ao cérebro, onde fazem diminuir a libertação de melatonina e aumentar a produção da seratonina, voltando a equilibrar o humor. É lógico que a exposição a esta luz artificial deve de ser controlada, em sessões curtas, de acordo com as indicações médicas. Depois de algumas sessões a ansiedade e a tristeza vão-se esvanecendo e os pensamentos e os dias já não são tão cinzentos, aumentando assim o bem estar e o bom tempo regressa em todos os sentidos. Até lá tenha muita paciência com a sua irmã, e providencie a ela toda a ajuda profissional possível. Um grande abraço


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A vida depois da vida Palop News Londres

Decorreu em Hendom mais um debate organizado pelo jornal PaLOP News sob o tema "A vida depois da vida". O debate foi moderado pelo jornalista Alcino Francisco que questionou a mesa sobre diversos aspectos dos fenómenos paranormais e a leitura que destes acontecimentos se faz pela popu-

lação em geral. O restaurante Wine & Bread encheu para um debate que abordou diversas temáticas relacionadas com o assunto e foi vibrante a participação do público que teve oportunidade de participar e interagir com a mesa de trabalhos. Na agenda do PaLOP News está agora a repetição deste debate, com o mesmo assunto mas num espaço com maior capacidade já que têm sido várias as solici-

tações dos nossos leitores. O PaLOP News fará a divulgação de datas logo que esteja agendado o espaço.

Advogada angolana abre Ricardina Bridges LLP Palop News

Londres

A conhecida advogada Ricardina Pederneira anuncia a abertura do seu novo escritório no coração geográfico da comunidade em Stockwell, mais precisamente na South Lambeth Road no nº 47. O escritório da sociedade de advogados tem data marcada para 4 de Abril e em data a anunciar haverá a inauguração das instalações. O escritório é o mesmo que antes pertencia a Pedro Xavier que a comunidade conhece pelo trabalho desenvolvido no

quotidiano e na organização do Dia de Portugal. A comunidade do “Little Portugal” ganha pela proximidade de mais um serviço na área do Direito e saúda-se o facto de haver mais uma mulher na actividade empresarial e o duplo aplauso já que se trata de uma iniciativa de uma angolana, comunidade que no Reino Unido é deficitária no investimento privado. O PaLOP News deixa aqui os votos de felicidades e boa sorte para a advogada Ricardina Pederneira.

CCP mostra trabalho Palop News

Londres

O Centro de Apoio à Comunidade Lusófona realizou uma sessão de esclarecimento destinada a criar um convívio entre os alunos, pais e professores com o sistema britânico de ensino. Luis Ventura, gestor do projecto, referiu ao PaLOP News que "quando os pais se confrontam como o ensino britânico é como entrar naquelas máquinas de fazer salsichas em que de um lado entra o porco e do outro lado sai a salsicha. Ali, sabe-se o que sai. No caso do ensino britânico, a maior parte dos pais da comunidade lusófona não sabem como funciona o sistema de ensino britânico e não sabem qual é o percurso que as crianças têm dentro do sistema. É tudo uma incógnita.

É uma caixa onde entram as crianças e não sabem muito bem o que sai do outro lado. O que pretendemos é resolver esse problema" - disse. Para Luis Ventura, a prioridade é "explicar qual é o percurso ou percursos que os estudantes no ensino britânico têm que cumprir; como é que se entra para o enino britânico, porque há várias maneiras. Como é que se escolhe uma escola? Inclusivamente o apoio aos que irão para os paísese de origem e vão ter o inglês como segunda língua e portanto irão ter problemas de integração" O responsável afirma que "existem esquemas de apoio para isso e o que se pretende é que os pais se tornem mais esclarecidos porque há muitas diferenças entre os dois tipos de ensino". Luis Ventura refere que "para a nossa cultura e forma de pensar o

sistema de ensino lusófono é mais sequêncial e o sistema britânico nem tanto. Há sistemas paralelos que nem sempre se tocam e para nós é um pouco complicado entender isso embora me pareça que para os ingleses também o seja. A diferença é que os pais ingleses têm a experiência pessoal enquanto os pais lusófonos vieram habituados a outro sistema de ensino. É um sistema de ensino que ao nível das opções é menos sequêncial, menos fácil de entender". - termina.

O PaLOP News não perdoa Entre o portal e a versão de papel que continua a ser distribuida, o PaLOP News apresenta prova de que é o título mais lido no Reino Unido e em todo o Mundo. Num único momento, 328 pessoas estavam a ler o PaLOP News no seu website sendo de milhares o numero de pessoas que diáriamente visita o nosso portal e esta informação pode ser vista por todo o público que acessa o portal a partir do canto inferiro do lado direito do leitor no monitor do computador. Sem pressas e com a consciência de um bom trabalho prestado a toda a comunidade lusófona no Reino Unido, o PaLOP News tem

vindo a “engordar” o seu auditório que nos últimos meses tem tido um registo notável quer de leitores quer de pessoas que se têm registado no portal. É pois com total tranquilidade e certeza absoluta que o portal do PaLOP News se identifica como o melhor o mais abrangente meio para publicitar as empresas que tenham interesse comercial nesta comunidade no Reino Unido e em todo o Mundo. Em próximas edições faremos publicar informação sobre as nacionalidades de onde nos chegam essas visitas mas podemos desde já adiantar que a generalidade vem mesmo do Reino Unido.


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Exclusivo Palop News Palop News

Londres

Os Deolinda aterraram em Londres directo para o concerto da noite e não fosse o excesso de trânsito haveria mais tempo para uma entrevista que tinha os segundos contados. Assim que chegaram, o PaLOP News abriu as "hostilidades" num exclusivo para os nossos leitores. - Existe uma Deolinda? - Existe uma Deolinda sim. É uma Deolinda que nós ainda não conseguimos provar se é fictícia ou se é real. Há uma ideia de Deolinda.

Os Deolinda

da ontem respondi que nós somos militantes da consciência e de uma tentativa de olhar o mundo através dessa nossa consciência. Umas vezes certa, outras vezes errada mas sobretudo consciente.

- Com toda essa cosnciência que os Deolinda têm, em que género é que vocês se encaixam? Rasca, À rasca, Parva, Brava, outra? Qual é a vossa tag? - Nenhuma delas. Não temos

nenhuma. Não nos identificamos. Acho que só podemos classificar quando nos identificamos com esse género de tags. Quando não nos identificamos somos apenas nós, demasiado

- Mas os Deolinda são muito interventivos. - Sim, daí a nossa complexidade. - Assumem que aquilo que tocam é musica popular? - Sem dúvida. - Como é que a vossa musica é popular e chega à platina? - Se não fosse popular não era platina de certeza. - Convenhamos que não é fácil agarrar na musica popular portuguesa e fazer dela o estrondoso êxito que vocês têm feito a nível nacional e internacional. Isso tem uma fórmula ou é tudo trabalho? - A musica popular não é musica popular se não chega ás pessoas.

- Que ideia é essa? - É uma senhora com cerca de 40 anos que vive num subúrbio de Lisboa e olha a vida dos vizinhos através das cortinas das janelas. - Uma espécie de Big Brother na rua? - Uma espécie de um olhar experiente e criativo sobre a realidade que a rodeia e ela tenta através das musicas contar essas histórias que absorve e observa. - Os Deolinda são de esquerda ou a política está na esquerda? - Não temos conotação política óbvia e clara sobre a nossa corrente. Perguntam-nos ás vezes que tipo de militância é que temos e ain-

complexos para termos uma palavra que nos defina.

- Mas como é que chegam ao mercado internacional e conseguem singrar com a musica popular portuguesa? - É trabalho e não procurar lugares comuns musicais. É o tentar fazer qualquer coisa com personalidade e com o nosso cunho.

Fotos Ludgero Castanho

- Vocês quando apareceram foram especialmente críticos em relação ao movimento associativo. - Não ao movimento associativo


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Exclusivo Palop News mas a alguns aspectos do movimento associativo. Não aos movimentos mas a algumas pessoas que o integram. - Enquanto banda, vocês entendem-se como um movimento associtivo? - Somos um movimento associativo. - Em Portugal, qual é a parte do movimento associativo que está mais errada e que precisa de alterar o seu percurso? - O que está errado são as pessoas. - Há muitas pessoas erradas em Portugal? - Penso que sim mas no resto do Mundo também. É como diz uma canção dos Deolinda. Andamos todos uma casa ao nosso lado e ás vezes basta um passo para o lado e se calhar acertamos. - Neste novo trabalho que trazem a Londres, qual é a vossa musica ao centro? - Continua a ser a recriação da musica popular portuguesa. - É essa a etiqueta que promovem no vosso trabalho a nível internacional? - Sim, embora muitas vezes nos conotem com o fado, isso não correponde áquilo que sentimos que estamos a fazer. - Vocês são uma banda jovem com um percurso internacional intenso. Nos vossos espectáculos fora de Portugal, há mais portugueses ou estrangeiros a assistir? - Nós sentimos que com os prémios internacionais que fomos ganhando, que temos um publico conhecedor e apreciador da World Music que é apreciador do nosso trabalho e que vêm aos nossos concertos e que são de todas as nacionalidades e não só portugueses. A par disso sentimos que também estamos a chegar a comunidades portuguesas que estão espalhadas por todo o mundo. - Dois selos e um carimbo. Para onde querem mandar esta carta? - Queremos mandar a carta ás pessoas na esperança que não seja devolvida. - Que tipo de mensagem vai na carta? - É sempre uma mensagem de musica e uma proposta diferente daquilo que é a musica portuguesa dentro do âmbito da musica popular. Nós queremos propôr algo diferente e portanto é essa a nossa proposta.

- Nas letras que vocês cantam, de alguma forma traduzem o estado de espírito de uma geração. A musica popular identifica-se ao longo das gerações de diferentes formas? - Acho que sim. A musica é sempre uma voz de um determinado momento. É tudo uma espécie de pensamento actual e devemos estar atentos a isso de uma forma a que aquilo que dizemos seja reflexo daquilo que pensamos e vivemos. - Sentem que aquilo que vivem é próximo de toda uma geração com a mesma idade? - Não sei mas há algumas canções que são uma clara aproximação e até apropriação. As pessoas cantam e não usam a musica de uma forma passiva. - O publico canta convosco nos concertos? - Canta. - O publico tem assimilado o conteudo das vossas mesagens? - Fomos sentindo com o tempo que isso estava a acontecer. Algumas musicas que são mais directas e se calhar mais “orelhudas” e temos sentido situações em que as pessoas cantam as musicas do principio ao fim. - Quando voltam a Londres? - Talvez no fim do Verão integrada numa digressão que pretendemos realizar com maiores espaços e mais datas. Estes concertos que fazemos agora são parte de uma estratégia coordenada para chegar a mais público. Amanhã estaremos em Lisboa e a seguir vamos à Galiza (Espanha). Quanto ao público no recinto, para lá dos jornalistas, muitos portugueses para aplaudirem Os Deolinda. No curso que o PaLOp News fez junto das pessoas, percebe-se que o “Movimento perpétuo associativo”, a “Canção ao lado” e “Que parva que sou”, têm sido o trampolim que tem despertado a curiosidade do público. Quanto a “Dois selos e um carimbo”, a opinião era unânime. A mensagem dos Deolinda é dirigida aos portugueses e que a carta possa ser mesmo dirigida ao Primeiro Ministro de Portugal apesar do discurso da banda que insiste em se demarcar das questões partidárias. Em todo o caso, uma grande identificação com os conteudos da banda por parte do público, deixa perceber que em Londres, os Deolinda terão sempre lotação esgotada.

Católicos reunem-se em Fulham Palop News Londres

Fruto das notícias que têm vindo a público nos ultimos dias na imprensa Lusófona no Reino Unido, cerca de meia centena de católicos reuniram-se em Fulham, no Centro de Londres, para esclarecer as diversas quesílias que têm oposto alguns dos membros da MCP (Missão Católica Portuguesa) em resultado da saída, para muitos inesperada, do Padre Jacinto. A notícia que já foi objecto de reportagem pelo PaLOP News, ressalta do facto de perante a necessidade de mais vocações ao serviço da comunidade de Língua Portuguesa no Reino Unido, ter sido destacado o citado Padre Jacinto para coadjuvar o Padre Pedro nas quatro paróquias da responsabilidade da MCP em Londres. Daquilo que se esperava pudesse ser uma reunião, passou a concentração, tendo-se verificado uma evidente falta de organização na agenda de trabalhos. No início das intervenções, foram tecidas críticas não habilitadas ao desempenho da imprensa nomeadamente à nossa reportagem publicada sob o tema "Quem não fia não é de fiar" em que foram entrevistadas diversos membros de ambas as facções. Entre os presentes, foi possível registar o recurso de acusações mútuas e discussão de divergências que no final continuaram por esclarecer. Alguns membros tomaram o partido de um dos sacerdotes, enquanto outros tomavam o partido contrário em favor de outro sacerdote num comungar de acusações de ambas as

partes sem que no final tivesse havido qualquer conclusão sobre estratégias ou designações a seguir. As discusões foram por vezes acaloradas havendo mesmo momentos em que os ânimos se exaltaram a um rubro pouco usual numa convocatória. O PaLOP News foi um dos meios não convidados oficialmente, tendo-se deslocado em serviço de reportagem o que pode indicar uma tendência de manipulação de opinião sobre um processo que tem vindo a agitar a comunidade Católica Portuguesa em Londres. A "reunião" foi fértil em interpelações, interrupções e outras situações que deixaram nos presentes uma falta de quórum em termos de resultados finais. Dentro e fora das instalações, as opiniões dividiam-se suportadas em factos relatados por presentes a "esgrimir" argumentos em favor de cada uma das duas causas. Luisa Vieira, foi a primeira oradora, tendo lido um discurso préviamente escrito em que numa extensa lista de argumentos, tentou justificar as suas opiniões ten-

A preto e branco também é possível... ... Fazer bons desenhos e imagens cheias de criatividade. Na paixão pela história do jornalismo, continuamos a publicar o encanto de uma única cor que é capaz de em papel branco transmitir todas as cores.

do sido interrompida e aplaudida por diversas vezes por parte da assistência. Lia Matos não teve a mesma oportunidade quando se aprestava para argumentar as provas que trazia em mãos, tendo depois o "ajuntamento" divagado em argumentos que não produziram qualquer conclusão com vista à reunificação dos católicos portugueses em Londres. No decurso do evento, diversos episódios vividos por alguns dos presentes foram relatados de memória, sem que isso tenha sido suficiente para esclarecer uma assistência que não conseguiu diminuir a desilusão perante os acontecimentos mais recentes. Numa comunidade que diz precisar de mais vocações ao seu serviço, a única opinião unânime reverte para a responsabilidade da hierarquia religiosa, quer portuguesa quer inglesa, que não terá oferecido a esta comunidade a deferência que ambas as facções entendem merecer. Comentários a este assunto podem ser encontrados no portal www.palopnews.com

SOLTAS

"O maior prazer de uma pessoa inteligente é fingir ser idiota, diante de um idiota que finge ser inteligente."


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Sr. Director, Tendo tido conhecimento da publicação no seu jornal de um artigo com o meu nome sem eu nunca ter sido ouvido sobre a matéria do artigo, venho solicitar que publique na integra e em inglês a minha carta de resignação que apresentei às autoridades eclesiásticas competentes, em tempo oportuno, que junto envio, com os motivos da minha resignação, para que não haja mais especulações sobre a minha pessoa dado que estou ausente e não me posso defender. Muito Obrigado. Com os melhores cumprimentos, Pe. Jacinto Bento Dear Right Reverend Alan Hopes 23 January 2011 After the meeting on 17th January 2011, with Bishop Alan Hopes, Fr. David Irwin and myself I have decided that I can no longer stay and carry on my Ministry here in London. After a deep and profound reflexion of my experiences over the last 4 months, it is clear to me that I cannot get the support and the work conditions that I need in order to carry out the role that promised fulfil; to serve the Portuguese Catholic Community in London and the Local Church. I would like to take this opportunity and put in writing many of the thoughts and facts that I tried to verbalise in our meeting that may have been misunderstood because of my broken English. Perhaps by sharing my thoughts and experiences of the last four months once more, you will find the compassion in your heart to understand my predicament. I realised as soon as I arrived in London that my new Mission was not going to be easy and certainly would be challenge. I became aware of the needs of the community but also the strengths and deep faith of hundreds of Portuguese Catholics and their children that every Sunday I had the opportunity to have contact with. That on its own was enough to inspire and motivate me to embrace this new Journey. As you were made aware Southwark Diocese and the Portuguese Catholic Mission in London requested to Portugal Church the need for another Portuguese Priest due to the fact that the majority of the Portuguese Community live in Southwark and it was difficult for just one Priest to cover the pastoral needs of such a vast Catholic Community. Meanwhile I was the Diocesan Director for the Pastoral Care of Human Mobility, when I was invited to come to London. I left my Diocese where I was a Parish priest for 27 years and also worked as a teacher in Religious Studies in a State Scho-

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Padre Jacinto responde PaLOP connosco

Recebemos na redação do PaLOP News um pedido de resposta por parte do Padre Jacinto Bento que publicamos na integra, tal como foi solicitado. ol for 25 years. My curriculum vitae was sent to you I believed with the letters written in July 2010, communicating my arrival. I felt honoured and proud of my past, mainly because I always felt loved and respected by everyone I worked with including my Superiors. I arrived in London on 17th September 2010 and realised straightway that no preparations were made and none in the Community seemed to know that I was coming to London. Two days later I was left on my own for a week as the Portuguese Priest left for a holiday without having introduced me properly to neither the people or to the relevant Religious Authorities. During that month that I lived in the house of the Portuguese Mission, I felt there was enough room for both priests yet I found it very hard, not knowing what my job role was, where I was going to live but most of all not being given any responsibilities or duties, apart from Celebrating Mass on Sunday. Living out of a suitcase, and waiting for a meeting where eventually my future in London would be decided. It took a month before accommodation was found at the English Martyrs Church in Mitcham Lane and a salary was offered and paid. Although, I had now a place to live, a room to sleep in, other tools were still missing to enable me to carry out a decent level of Pastoral work with the Portuguese Community. I didn’t have and still don’t have any of these; a landline number, internet, an office to hold meetings, access to the Portuguese files, a stamp of the Portuguese Catholic Mission etc. Living miles away from the Community that I was meant to serve, ill equipped and being undermined, mocked and disrespected by the colleague that I was totally depending on for my integration and to fulfil my Ministry work with the Portuguese Mission. It quickly all became too much to bare. I did ask for help and managed to have a meeting with Father David Irwin in November in the presence of a Portuguese lay woman where I did share some of my difficulties and frustrations regarding the lack of tools, and my undefined role within the Portuguese community and Local Church. More importantly I mentioned the unreasonable and unacceptable behaviour of the Portuguese Cha-

plain not just towards myself but also towards many of his Parishioners. I was advised to clarify my Pastoral situation with my Bishop and with the Bishop in Charge of Emigration in Portugal (D. Vitalino Dantas) to later be criticised by Bishop Alan. I went home for a week and had the opportunity to speak to the relevant people and was given their full support and promised that they would do all they could to help diffuse the situation. Also when meeting with Father David Irwin I expressed my wishes to meet The Reverend Bishop Alan Hopes as soon as possible but he was never available. I returned back to London more motivated and definitely in hope that a solution would be found and I finally could start my work. Later on, I received orientations from Portugal, suggesting how the Portuguese Catholic Mission should function based on the experience of other Portuguese Missions in other Countries such as France, Germany and Switzerland. I was asked to be patient that a letter was going to be sent to Southwark and Westminster Dioceses and that hopefully I would be contacted by the local Church regarding these issues. I was invited to a meeting on 17th January 2011 with The Reverend Alan Hopes in the presence of Father David Irwin, two months after I had ask for help and exactly four months after I arrived in London, to be made to feel judged and criticised and totally unsupported; as if it was my fault that Bishop Alan Hopes never received the letters sent to London in July 2010. Which were apparently sent by mistake to Southwark Diocese to the attention of Bishop Patrick Lynch, who had asked for a Portuguese priest for his Diocese as matter of urgency. I was also made to feel that it was my fault that no one seemed to have read any information about me or knew that I had been in London since the 17th September 2010. It is clear to me that there was a lack of communication between the two Dioceses in London and I was caught in the middle. The Right Reverend Alan Hopes didn’t like or take on board the suggestions of the Portuguese Bishops in charge of Emigration, according to the "Erga Migrantes Caritas Christ" in regard to the Pastoral of the Portuguese Mission. In my opinion this may have been

influenced by the Portuguese Chaplain however I don’t understand how the Portuguese Church can be expected to send Priests to serve our Community here without any support or guidance. I do accept that maybe there was an initial plan for me to become an Auxiliary Parish Priest in an English Church but unfortunately that never happened or was discussed with me. I was never presented with or signed a work contract. Instead I have been living as a guest in a church in Streatham where I can sleep. I’m asked sometimes to celebrate Mass on weekdays but I was never offered a room to hold a meeting or the use of the office. I appreciate that a salary has been paid and I’m grateful for that, however the Moral and human support and Pastoral guidance that I desperately needed was never given. If I may say so, it feels to me whilst the current Portuguese priest stays

in London, it would be impossible for another priest to work here or for the integration of the Portuguese Community in the local church. My short experience of the Portuguese Community is that is made of hard working people, with family values, and who have a strong faith but unfortunately most are fearful and oppressed by their chaplain who holds enormous power and does not seem to be supervised or receive orders from anyone. Lastly, I would like to emphasise that I did not take this decision lightly in fact it is the most difficult and upsetting in my entire priesthood: It is the first time that I interrupt a service that I was appointed to do but the last four months have been the most painful and lonely of my Ministry and I am afraid my health is now starting to be affected. Yours Sincerely, Fr. Jacinto Alberto de Meneses Bento


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Lambeth comemora a "Rainha do chá" A Câmara de Comércio e Industria da Horta, no Faial (Açores) e a Adiaspora.com de Toronto, ofereceram-se para presentear a comunidade de Língua Portuguesa e o Município de Lambeth com um busto de D. Catarina de Bragança. Palop News

Londres

Acredita-se que este seja o primeiro monumento a uma pessoa de origem portuguesa em todo o Reino Unido. A Infanta Catarina de Bragança, tornou-se conhecida pela introdução do hábito de beber chá no Reino Unido que permanece até aos dias de hoje. O chá, foi importado a partir das colónias portuguesas na Ásia, bem como através do comércio de Portugal com a China, Índia e Japão. O projecto conta já com a participação de um escultor português radicado nos Açores que fará o busto em pedra de basalto. Este tipo de rocha vulcânica é um dos mais conhecidos ícones do arqui-

pélago dos Açores devido ás suas constantes erupções sísmicas. Alex Bigham, vereador do Lambeth Council refere em comunicado que o Município está a reagir com entusiasmo ao projecto, afirmando que "Esta é uma prova fantástica das relações entre a GrãBretanha e Portugal e das suas antigas alianças. Comemorar Catarina de Bragança, lembra-nos a história comum dos dois países que se reflete na comunidade vibrante e florescente de portugueses em Stockwell e no resto do Município". O comunicado do vereador Alex Bigham, refere ainda o trabalho desenvolvido por Adelina Pereira que contribuiu de forma decisiva para este projecto. A escritora portuguesa, referiu que "Este esforço artístico é algo

que está muito perto do coração do povo Português. Embora Catarina de Bragança tenha sido inicialmente impopular por causa de dificuldades linguísticas e a sua religião católica, o público britânico acabou aderindo a ela por causa do seu decoro e lealdade ao seu país de adoção." - afirma. O Council de Lambeth está atualmente a estudar a proposta e o monumento poderá vir a ficar situado na área de Wilcox Road, perto da zona de Stockwell conhecido como "Little Portugal". Também José Ferreira, presidente de Adiáspora.com da cidade de Toronto no Canadá, referiu ao PaLOP News em comunicado que “Toda a acção de Adiaspora. com serve um único e fundamental propósito: unir na diferença as muitas Comunidades Lusófo-

nas espalhadas pelo Mundo. Ao juntar-se à Câmara do Comércio e Indústria da Horta nesta iniciativa comemorativa de Dona Catarina de Bragança em Londres Adiaspora.com pretende não só celebrar uma figura portuguesa que tanto marcou os destinos da Grã-Bretanha e Portugal cultural e politicamente, assim como valorizar a componente lusa da sociedade multicultural britânica, mas

também promover uma região de Portugal que tanto merece ser destacada pela sua invulgar beleza natural e hospitalidade das suas gentes: os Açores.” O PaLOP News, tem de resto acompanhado durante os ultimos dois anos a vontade de Adelina Pereira para perpétuar o nome de Catarina de Bragança em Londres, congratulando-se pelo desempenho da autora.


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A crónica do psicologo Por: Dr João Botas*

Melhores dias virão A jornada de descoberta daquilo que os psicologos designam de pensamentos negativos automaticos continua. O que se propõe aqui não é a extinção dos dito cujos mas ajudar as pessoas a terem consciência de certo tipo de pensamentos, que sempre existirão, mas que podem ser confrontados e usados em nosso proveito e não para nos ‘deitar abaixo’. Quando criticamos o nosso desempenho, por vezes acusamonos de situações em que não somos inteiramente responsaveis, por exemplo no futebol de salão lá do bairro, o Manuel, guarda redes sofre dois golos e a equipa perde. Depois do jogo a unica coisa que lhe vem à cabeca é que ele não presta para nada e a equipa perdeu por causa dele. Bom, se a equipa fosse formada só por um jogador então ele teria razão mas como haviam mais jogadores que não marcaram golo nenhum então o melhor é distribuir o mal pelas aldeias. Esta forma de pensar é extremamente comum e designa-se de ‘self critico’ em que a critica resultante normalmente faz-nos sentir em baixo, tristes e cria pensamentos negativos. Outra forma de pensar relacionada com o que foi descrito acima trata do raciocinio emocional, em que o Manuel sentindo-se mal porque perdeu diz para ele proprio ‘Eu sinto-me mal por isso eu portei-me mal! Que raio de guarda redes!!!’ O Antonio, amigo de infancia do Manuel ouviu o monólogo do amigo e resolveu dizer-lhe que os dois golos que ele sofreu eram impossiveis de defender, e que ele tinha defendido bem, evitando a goleada, e que no geral o seu desempenho tinha sido bastante positivo. O Antonio vira-se para o amigo e aconselha: ‘Opá! Lá porque tu sentes tristeza não tens que ficar triste! Tu deste o teu melhor!’, ou seja, os nossos sentimento são uma reação da nossa maneira de pensar. O Manuel sorriu mas como era de espirito obstinado e negativo começou a pensar que a partir dali em diante tudo de mal lhe

aconteceria, a mulher ia deixá-lo, o treinador iria pô-lo no banco de suplentes e até o emprego despedilo pois ele não tinha cabeça para fazer o trabalho de administração que exercia há 10 anos. Mais uma vez, o Antonio disse: ‘Oh! Oh! Estás a ficar num lindo estado, olha para a tua figura, agora de repente tudo se tornou numa catástrofe e nada de bom poderá acontecer! Até parece uma guerra entre o bem e o mal! Não fosse Março! Oh, Manuel tu sabes que o nome Março vem do latim ‘martius’ que significa Marte, o Deus Romano da guerra. E tu estáas numa linda guerra aí na tua cabecinha!’ O Manuel que leva o seu amigo a sério pensa bem sobre si próprio, reflecte e concorda: ‘Pois é! Tens razao, com Marte ou sem ele, eu estava a imaginar estas coisas e a acreditar que elas iriam acontecer, estava a tornar a minha vida numa grande catástrofe. A minha Ermelinda deixar-me, o treinador porme no banco e a companhia sem me querer contratar! Talvez eu estivesse a exagerar, que flagelo!’ O Antonio, que é um psicologo nato, vira-se para o amigo e diz-lhe: ‘E tu achas que pensar dessa forma te ajuda? Claro que não, o que achas que pode acontecer?’ E ele respondeu: ‘Ah! Nada de negativo, pois já perdemos varias vezes e eu continuo a ser o guarda redes principal, a minha Ermelinda continua a gostar de mim e eles lá na empresa não me despediram’ Este tipo de pensamento, isto é, tornar as coisas numa grande catástrofe acontece bastantes vezes e o melhor é reagirmos duma forma crítica e, tal como o António, perguntar-mos: ‘Eu estou a exagerar, não estou? E pensar assim não me ajuda em nada e só me faz sentir ainda pior!’ O Manuel sorriu para o amigo e percebeu a situação e resolveu convidá-lo para irem beber um copo com a certeza de que melhores dias virão. *Dr João Botas, Psicologo Clinico psy@joaobotas.co.uka

Quem canta? No final de 1978, Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, formam a banda, dando o primeiro concerto a 13 de Janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no Baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll. Em 1981 entra para a banda o guitarrista Francis e sai Zé Leonel, assumindo Tim as funções de vocalista. Em 1982 sai o compacto 1979-1982, com músicas marcantes como "Sémen" e "Mãe". Em 1983 Francis sai da banda que passa a actuar com músicos convidados, entre os quais o saxofonista Gui, e no mesmo ano entra para a banda o guitarrista João Cabeleira. O primeiro álbum gravado por João Cabeleira em 1985 foi Cerco com as músicas "Barcos gregos" e "Homem do leme" que sairiam também em single. A explosão mediática começou em 1987 com o álbum Circo de Feras e os seus mega sucessos "Contentores", "Não sou o único" e "N'América". Continuou com o single "7º Single" e o seu estrondoso hit "A minha casinha". O álbum 88 foi um dos pontos mais altos da carreira da banda com os mega êxitos "À Minha Maneira", "Para Ti Maria" e "Enquanto a noite cai", entre outros, dando início a uma das maiores tournées da banda que ficou retratada num álbum ao vivo. Em 1990 o álbum Gritos mudos é mal recebido e o sucesso da banda sofre o seu primeiro revés, embora a música "Gritos mudos" seja também um grande sucesso. Na década de 90, o grupo entra em crise interna, com os seus elementos a iniciarem outros projectos. Tim integra os Resistência, Zé Pedro e Kalu abrem o bar Johnny Guitar e integram a banda de Jorge Palma,

Palma's Gang, com Flak e Alex, ambos dos Rádio Macau. Em 1998 editam o álbum Tentação, que serve de banda sonora ao filme de Joaquim Leitão, Ten-

Aqui Ao Luar Ela sorriu E ele foi atras Ela despiu E ela o satifaz Passa a noite, passa o tempo Devagar Já é dia, já é hora De voltar Aqui ao luar, Ao pé de ti, Ao pé do mar, Só o sonho fica só ele pode ficar... tação. Em 1999, com novo folêgo, fazem a tournée XX Anos Ao Vivo, onde fazem cerca de oitenta concertos. Em ano de comemoração dos vinte anos de carreira é

também editada uma compilação de homenagem, XX Anos XX Bandas, com a participação de várias das bandas e artistas. Nesse ano, gravam ainda o tema "Inferno"

O Plantel mais caro De todas as equipas a jogar em Portugal, este é certamente o plantel mais caro de todo o país e seguramente o menos produtivo. Não defendem, não marcam e são especialistas na falta de comparência.

para o filme do mesmo nome de Joaquim Leitão. No ano seguinte, gravam uma versão da canção "Chico Fininho" de Rui Veloso, para o álbum de homenagem aos vinte anos de estreia de Veloso com "Ar de rock". Foram agraciados pelo Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem do Mérito em 2004. Nesse mesmo ano, deram dois concertos no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, nos dias 8 e 9 de Outubro para celebrar os seus 25 anos de carreira. A canção "O Mundo ao Contrário" do álbum homónimo foi escolhida para musica oficial do filme Sorte Nula, que conta com uma breve participação de Zé Pedro como actor. Em 2005, realizaram uma tournée intitulada A tournée dos 3 desejos, na qual deram três séries de concertos, cada um com um alinhamento diferente. Em 2006 não só deram um concerto acústico, em celebração dos seus vinte e oito anos, como também lançaram um DVD triplo com toda a sua história desde o início (1978) até 2005 (tournée 3 desejos). Em 2006, o saudoso António Feio encenou um musical Sexta Feira 13 com apenas músicas da banda, tendo estes concebido um tema especialmente para o musical com mesmo nome da peça. Ainda no mesmo ano, foram convidado pelos Gato Fedorento a interpretar o genérico do Diz Que É Uma Espécie de Magazine. Em 2008 foram convidados pela Associação Encontrar-se a integrarem o Movimento UPA – Unidos Para Ajudar, em conjunto com os Oioai, para interpretarem o tema de solidariedade "Pertencer". De que banda estamos a falar? Resposta nas soluções da página 31.


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Vencedores do concurso Dia do pai Pai querido, Neste dia especial, queria-te lembrar das coisas que te fazem o pai perfeito. É verdade que às vezes pões-me fora do juízo e fazes-me ficar furiosa contigo, mas eu sei que as coisas que fazes são porque te preocupas comigo e só queres o melhor para mim; e eu queria-te agradecer por isso. Obrigada por cuidares sempre de mim e seres um pai exemplar. Enquanto escrevo isto, fico a pensar nas memórias que tenho tido contigo a minha vida

inteira - as boas e as más. Foste tu que me ensinaste a nadar, levandome todos os domingos à piscina até eu saber nadar. Foste tu que me fizeste gostar de futebol – compraste-me camisas do meu clube preferido e eu via os jogos contigo. Só não gosto quando ficas com a televisão toda para ti! Ensinaste-me muitas coisas da vida, e fico-te eternamente agradecida por isso. Sabes fazer-me sorrir e rir quando não estou muito bem, e isso é uma das melhores coisas que podem fazer por mim!

Deixas-me cozinhar e por causa de ti um dos meus sonhos é abrir um restaurante português, contigo e a mãe a cozinharem lá. Aos teus olhos sempre serei a tua filha pequenina – mas às vezes tens que perceber que já sou crescida e sei cuidar de mim! Mas estas coisas todas, muitas mais, são as que te fazem o melhor pai de sempre. Amo-te muito, pai. Obrigada por tudo. Feliz dia do pai. Catarina Lomelino

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Publicam-se aqui os trabalhos vencedores do concurso Dia do Pai levado a efeito pelo jornal PaLOP News e a Coordenação do Ensino do Português no Reino Unido. A iniciativa que teve o apoio do BPI e dos restaurantes Ó Barros, Porto Café e O Bombeiro irá repetir-se com outras datas e sujeita a outros temas como forma de fomentar a escrita em português dos jovens estudantes filhos de lusófonos. Ficam os parabéns aos vencedores e os agradecimentos aos ´”paitrocínios” e todo o corpo docente da Coordenação.

O MEU PAI O meu PAI tem olhos verdes E tem um carro chamado mercedes! Eu adoro o meu PAI, ele é o maior! Ele sabe tudo de cor. O meu PAI é muito amado. E também adorado! Eu sei que ele sente o mesmo por mim. Oh ! A palavra preferida dele é sim! O meu PAI adora passear comigo. Oh! Ele é, sem dúvida, o meu melhor AMIGO!! Ana Carvalho

Fanáticos do futebol Pai e filha juntam-se para ver o futebol e já viram mais de 500 jogos. São muitos os que dedicam tempo ao desporto, em especial ao futebol, quer sejam do Porto, do Benfica ou do Sporting . E são poucos os pais que não tentam influenciar os seus filhos (principalmente os rapazes) para seguir os seus passos. Mas no caso da família Vasconcelos não é o rapaz que esta interessado no passatempo do seu pai, mas a filha mais velha. Filha e pai juntam-se aos adeptos no estádio quase todos os fins-de-semana para ver não só a sua equipa, mas também outras, inclusive equipas internacionais ou nacionais ou até algumas mais pequenas, da comunidade. “O vício começou com a idade de 4 anos, quando eu via o meu pai gritar em frente à televisão e a saltar, sempre que o Benfica marcava um golo contra o Porto” – diz Vanessa que agora tem 16 anos. Tentando ser como o pai, Vanessa passou a gostar e a envolver-se no futebol. “O primeiro jogo a que levei a Vanessa em 2001 foi um momento espetacular. Ela conseguiu ver o jogo ao vivo e não na televisão. Nunca vou esquecer o sorriso na cara da minha filha enquanto segurava um cachorro-quente” conta o pai de 40 anos, que é adepto do Sport Lisboa Benfica e do Club Sport Marítimo, da sua terra na Madeira. Agora que acabam de ver juntos o seu 500° jogo, eles sentem-se mais do que nunca viciados e prometem nunca se cansar ou aborrecer. “O que mais gosto da minha experiência é de ter visto o estádio do Benfica e alguns jogos decorridos ali. Também já consegui ver alguns no novo estádio.”- diz a Vanessa com orgulho. E quando se lhe pergunta qual o seu jogo preferido, é sem hesitação que ela responde o jogo entre o Marítimo e Benfica, em 2005, para a liga de campeões. O Benfica ganhou por 3-0, o que lhe dá muito orgulho. “Não são muitas as vezes que vejo o meu pai confuso na escolha de quem apoiar mas, mesmo assim, o resultado foi excelente.” A relação entre os dois resulta o mais forte possivel por causa deste gosto comum. “Se todos os filhos e pais tivessem um passatempo, que ambos adorassem, não seriam tantos os que não se dão bem.”-conclui Vanessa. Fica a experiência inspiradora de um par agora inseparável. Vanessa Vasconcelos

Menções honrosas Para lá dos trabalhos vencedores, há aqueles que não ganharam por pouco. Muito pouco. São as menções honrosas e cujos nomes ficam aqui registados.

David Pinto, Sally Vieira, Teresa Alves, Ema Araújo, Kelly Freitas, Mariana Silva


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APOIOS Palop News

Londres

O PaLOP News em colaboração com a Coordenação do Ensino do Português no Reino Unido, levou a efeito um concurso sobre o Dia do Pai que resultou na entrega de quatro prémios aos trabalhos vencedores, um por cada nível de ensino. Os trabalhos vencedores encontram-se publicados na página 27. O prémio consistiu num jantar de pai e filho(a) vencedor e o juri

1º NAME Ciclo Ana Carvalho 2º NAME Ciclo Erika da Silva 3º NAME Ciclo Catarina Lomelino Secunda- NAME rio Vanessa Vasconcelos

Dia do Pai (tuga) foi composto exclusivamente pelo corpo docente da Coordenação. Os prémios, foram da responsabilidade do jornal PaLOP News, do banco BPI e os restaurantes Ó Barros em Stockwell, O Bombeiro em Willesden e Porto Café em Clapham (FCP).

Idade 10 Idade 10 Idade 14 Idade 16

Trabalho Poema ‘O Meu Pai’ Trabalho Poema ‘Querido pai’ Trabalho Prosa sobre o pai Trabalho Prosa sobre o pai

À margem do concurso, associaram-se os restaurantes Solneve em Clapham e o Manos Bistro na Ilha de Jersey que fizeram questão de integrar a iniciativa. Este é o género de iniciativas que passa a integrar a agenda do PaLOP News para assinalar

Escola Henry Fawcett Escola Fortune G. Centre Escola Sarah Bonell Escola Ensino a distância

Professor(a) Fátima Parker Professor(a) Suzike Mendes Professor(a) Isabel Marques Professor(a) Alessandra Oliveira

efemérides e que contribua para uma maior escrita em português dos jovens em idade escolar, pelo que se está já a preparar a próxima iniciativa. No quadro abaixo, a lista dos vencedores e as menções honrosas têm os nomes dos autores na página anterior que premeiam aqueles que estiveram muito pró-

ximos de terem vencido e que poderão vencer numa próxima oportunidade. O PaLOP News deixa aqui os agradecimentos aos professores que se empenharam na iniciativa, a todos os alunos que participaram, aos apoios mencionados abaixo e claro está, a Coordenação do Ensino de Os parabéns ficam para os vencedores e para os pais que fazem um esforço para que os filhos não deixem morrer uma das mais ricas línguas do Mundo: o português. Os prémios foram distribuídos um por cada nível de ensino. Mais informação em www.palopnews.com

Vanessa Vasconcelos Restaurante Ó Barros

Ana Carvalho, Porto Café

Erica Silva Restaurante O Bombeiro

Catarina Lomelino estaurante Wine and Bread com o apoio BPI

PaLOP connosco


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Pergunte à criança quais as suas impressões sobre o texto. Fale com a criança sobre o texto. Leia ou ajude a criança a ler o texto. Faça um jogo de rimas com as palavras que estão no texto EMÍLIA

EDUARDO

A Emília mora numa casa enorme porque tem uma grande família. Lá tudo é disforme: nos quartos ninguém dorme e na varanda todos tomam chá de tília. Logo pela manhã cedo, ouve-se o cuco que sai do relógio sem medo: - “Cu-cu, cu-cu”canta o cuco para acordar a família da nossa amiga Emília.

O Eduardo viu um leopardo, assustou-se, fugiu e ficou magoado. Fugir para quê? O leopardo nem sequer rugiu... Nem contar as pintas do leopardo conseguiu! - “Eduardo, queres saber quantas pintas tem o leopardo?” - “Sim, quantas?” - “Ora, tem metade e outras tantas.”

Textos: Maria José Veiga Desenhos: Paulo Solá

Montepio ensina a poupar Palop News

Londres

José Carlos Mateus veio a Londres ensinar as crianças sobre assuntos de dinheiro. O que é, de onde vem, para que serve, como se ganha e mais importante ainda, como se gere para se obter um bom resultado na poupança.

O director do Montepio Geral declarou ao PaLOP News que Portugal tem, "em termos gerais, uma grande ilíteracia económica" e que "também em termos gerais Portugal se encontra endividado" por falta de Formação na área". Durante todo o evento, José Carlos Mateus omitiu o nome do Montepio Geral para evitar cono-

tações comerciais junto do público infantil que se mostrou participativo e atento. As crianças presentes, desde as idades mais tenras até à adolescência reagiram positivamente a um programa apresentado em Power Point com uma dinâmica que levou as crianças a interagir com o orador do Montepio Geral numa

sussessão de perguntas simples que explicaram aos mais pequenos como se gere o dinheiro e para que serve. Antes do evento, José Carlos Mateus referiu que o Montepio Geral é a mais antiga associação mutualista portuguesa tendo mais associados que qualquer um dos grandes clubes de futebol. Numa clara alusão ao associativismo, o gestor informou que o Banco é apenas umas das células da Associação havendo um grande esforço da instituição nas questões da solidariedade e do apoio a outras associações. Para José Carlos Mateus, Portugal "teria hoje uma situação mais confortável se a população tivesse Formação na área financeira" e a marca faz referência a essa mesma Formação quer para os mais jovens, quer para a camada mais adulta. De resto, são antigas as tradições que o Montepio Geral tem em relação aos laços que cria com a população mais jovem onde assenta grande parte da sua estratégia futura seja nos serviços bancários ou noutras

vertentes dos produtos financeiros como a área dos seguros. "O Montepio Geral não tem lucros mas sim resultados" diz José Carlos Mateus fazendo alusão que "o Montepio oferece patrocínios de utilidade a outras associações em lugar de oferecer brindes publicitários na época do Natal". Quando confrontado com a pergunta do PaLOP News sobre se Portugal estaria melhor caso este tipo de Formação fosse oferecida à classe política, o gestor riu e percebeu que a pergunta estava armadilhada. Ganhamos o sorriso mas ficamos sem a resposta. No final, ficaram os agradecimentos ao Centro Comunitário de Apoio à Comunidade Lusófona que foi parceira da iniciativa. Ao fecho, foram entregues diplomas de participação aos jovens presentes bem como um mealheiro com a impressão da marca. O catering esteve a cargo da Maria Kitchens que abasteceu a fome de crianças e crescidos. Valeu.


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Horóscopo Profissional: Precisa fazer algumas mudanças na sua vida, dê mais atenção aos detalhes. Amoroso: Algo por que está a passar tem a ver com situações do passado. Saúde: Tem de se cuidar um pouco mais, mude os seus hábitos diários.

Profissional: Precisa de arranjar soluções, a situação não está fácil e você não pode parar. Amoroso: Precisa de dar uma “lufada de ar fresco” ao seu relacionalmento. Saúde: Não se deixe ir a abaixo, tem de ser mais optimista e positiva/o.

Profissional: Poderá acontecer algumas mudanças radicais na sua vida, mantenha a calma. Amoroso: O seu casamento passa por um momento menos bom, uma atitude sem pensar levará a ruptura. Saúde: É preciso cortar com sentimentos menos nobres e depressivos, reaja.

Profissional: Com alguma persistência vai conseguir os objectivos pretendidos. Amoroso: Tenha cuidados com as pessoas com quem se relaciona emocionalmente, muitas só querem cama. Saúde: Fazer algumas mudanças alimentares implicará alguns sacrifícios e força de vontade.

Profissional: Vai conseguir o reconhecimento do seu trabalho ou uma promoção. Amoroso: Tenha cuidado com as infidelidades a energia está muito propícia a isso. Saúde: Poderá precisar de alguma orientação, consulte um médico.

Profissional: Irá mudar de trabalho ou de função, vai iniciar um novo ciclo na sua vida. Amoroso: A energia está mostrando uma separação ou um rompimento, pense muito bem o que pretende. Saúde: Tenha cuidado com os vícios, aparecem alguns problemas na sua saúde.

Profissional: Tem de ver muito bem o caminho que pretende seguir. Amoroso: Dê mais espaço ao seu companheiro/a, não tente controlar todas as situações. Saúde: Precisa de mais estabilidade emocional, não se preocupe com tudo.

Profissional: Tem de pensar muito bem nas prioridades da sua vida, análise com calma. Amoroso: Apele a toda á sua experiencia de vida para resolver um problema, não se precipite. Saúde: Deve cuidar um pouco mais de si e não deixar nas mãos dos outros.

Profissional: Com mais iniciativa e mostrando do que é capaz, vai ser valorizada/o. Amoroso: Não tenha medo de ser feliz e esqueça os tabus pré estabelecidos. Saúde: Precisa sair mais, descontrair e fazer o que lhe da prazer.

Profissional: Controle um pouco mais as suas actividades, deve ser mais organizado. Amoroso: Não tente controlar todos os movimentos do seu companheiro, relaxe. Saúde: Não pode querer que todos façam aquilo que você acha correcto, preocupe-se mais consigo.

Profissional: Precisa de mais auto confiança no desempenho das suas funções. Amoroso: O seu relacionamento precisa de mais equilíbrio, precisam ser mais tolerantes. Saúde: Viva um dia de cada vez e resolva problema a problema.

Profissional: A sua vida profissional precisa dar uma volta, não baixe os braços. Amoroso: Aconteceram algumas situações que terá de ultrapassar sem rancores. Saúde: Lute pelo que acredita e não se deixe ir a baixo, saiba viver.

Quem é o autor?

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original” Nasceu na região alemã de Württemberg, na cidade de Ulm, numa família judaica. Em 1852, o avô materno de Julius Koch, estabelece-se como comerciante de cereais em Bad Cannstatt, nos arredores de Estugarda. Os pais, Hermann e Pauline Koch, casaram-se em 8 de agosto de 1876. Hermann, que era comerciante, muda-se de Bad Buchau para a cidade de Ulm, onde passou a viver com a esposa. É em Ulm que nasce o autor, em 14 de março de 1879. Faleceu no dia 18 de Abril de 1955, aos 76 anos.

100 físicos renomados o elegeram, em 2009, o mais memorável físico de todos os tempos. É conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Recebeu o Nobel de Física de 1921, pela correta explicação do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prêmio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar de não prever tal possibilidade. Devido à formulação da teoria da relatividade, tornou-se mundialmente famoso. Nos seus últimos anos, sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na cultura popular: Tornou-se um sinónimo de génio. Foi por exemplo eleito pela revista Time como a “Pessoa do Século”, e a sua face é uma das mais conhecidas em todo o mundo. Em 2005 celebrou-se o Ano Internacional da Física, em comemoração aos 100 anos do chamado “Annus Mirabilis” (ano miraculoso), em que este publicou quatro dos

mais fundamentais artigos cientifícos da física do século XX. Em sua honra, foi atribuído o seu nome a uma unidade usada na fotoquímica, bem como a um elemento químico, o einstênio. O prodigioso que aos 11 anos discutia sobre filosofia Kantiana e aos 14 se familiarizava com a analise infinitesimal, faleceu na madrugada de 18 de abril de 1955 no hospital de Princeton, onde se preparava para subimeter se a um tratamento de visicula biliar, Foi definido como um dos oito criadores do mundo. Veja o nome nas soluções da página 31

O Portal da Historia D. Afonso II, Terceiro rei de Portugal. Filho de D. Sancho I e da rainha D. Dulce. Ocupou o trono em 1211. Não seguiu a orientação dos seus antepassados quanto ao alargamento do Reino, voltando-se somente para a organização da administração deste a para a consolidação do poder real. Assim, logo em 1211 reúne as cortes de Coimbra donde parece ter saído a primeira colectânea de leis gerais que mostram em Portugal, muito mais cedo que noutros países, a acção centralizadora do rei. As Cortes de Coimbra destinaram-se principalmente a garantir o direito de propriedade, a regular a justiça civil, a defender os interesses materiais da coroa e a evitar os abusos. O desejo de firmar a soberania da coroa manifestou-se ainda nas «confirmações», raras até D. Afonso II a que, de 1216 a

1221, se generalizam como medida de administração pública, a nas «inquirições» que a partir de 1220 representam também uma tentativa de reprimir abusos.

Não teve quaisquer preocupações militares. Foi sem a sua presença que as tropas portuguesas intervieram na Batalha de Navas de Tolosa. Por iniciativa particular foram, neste reinado, conquistadas aos Mouros: Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Borba, Vila Viçosa e, possivelmente Moura. Ficha genealógica: D. Afonso II, nasceu em Coimbra em 12 de Abril de 1185, tendo morrido na mesma cidade a 25 de Março de 1223. Foi enterrado no Mosteiro de Alcobaça. Casou com D. Urraca, filha de Afonso VII de Castela e irmã da rainha Branca, mulher de Luís VIII, rei de França, que morreu em Coimbra a 3 de Novembro de 1220. Tiveram os seguintes filhos: 1. D. Sancho II, que herdou a coroa; 2. D. Afonso III, que herdou a coroa; 3. D. Leonor, nasceu em 1211; rainha da Dinamarca em 1229, pelo seu casamento com Valdemar III da Dinamarca; faleceu depois de 1231; 4. D. Fernando, nasceu depois de 1217; foi senhor de Serpa; esteve em Roma por volta de 1239 para implorar perdão de Gregório IX, por desacatos cometidos; faleceu por volta de 1243. O monarca teve um bastardo de mãe que se ignora: 5. D. João Afonso, que morreu em 1234, sendo enterrado em Alcobaça. Apoio http://www.arqnet.pt/


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A poesia a um só canto

Carlos Lopes

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Crucigrama

Poemas soltos do livro “O Cantar da Tragedia” 2002 IX

Estranha é esta sensação de posse Que me atormenta na noite vadia Como se o corpo falasse Por esta indefinida face, quente e fria. Sonho com um toque de paixão Efeminado no seu todo imenso, Uma veia directa ao coração Onde queima erótico incenso. Não vejo senão suas vestes no chão E seu suor conquistando cada pormenor, Não sinto senão sua pele feminina Me tocar neste prenúncio de amor...

Como ontem tudo era imaginação E hoje virou claridade, Quem será esta “ fêmea “ descontrolada ? Que me condena o sonho à realidade, Quem será esta mulher sedutora e onírica Que acaricia minh´alma líquida, Que com um corpo bem esculturado Transforma os gasosos em figura nítida. Poderá ser talvez o conteúdo Deste sonho constante que me domina, Poderá ser talvez o destino dormente Que me está escrito na sina...

Enunciado vertical A - Superfície dura na pele; motorizado; B - Oportunidade; animal de carga; C - Original; ali; pedra de moinho D - Todos os anos; E - Aqui; Que tem unto; F - Nome de mulher; hino; G - Rouba; o rato faz; H - Ruído de cabra; armazém de milho; I - Trago comigo; J - de quem se tem inveja;

Enunciado horizontal 1 - Que serve para beber; muito 2 - Patre de avião; contrário de depois 3 - Mercado de peixe; suspiro; cumprimento 4 - Nações Unidas; batráquio; 5 - Juntava; 6 - Raça misturada; 7 - Cumprimento francês; 8 - Está (abrev); Que tem dor; 9 - Cheiro; 10 - Quarto (inglês); pára;

Sopa de letras

Bibó Puerto carago Dois gajos do Porto dos Super Dragons discutem sobre férias, e diz o primeiro: - Este ano num bou seguir os teus cunseilhos! - Atão e porquê? - Atão, em nobenta e oito sujeriste-

me o Habay. Eu fui e a Maria engrabidoue! Em nobenta e nóbe sujeriste-me a Republica Dóminicâna. Eu fui e a Maria engrabidoue! Em dois mil mandaste-me pró Brazil. Eu fui e a Maria engrabidoue! Arre por-

ra, não confio mais em ti, carago! - Deixa-te de coisas! Este ano bai mas é às Ilhas Seixales, mas tens que tomar um cuidado! - Cuidado! Que cuidado? - Desta bez leba a Maria cuntigo, carago!!!

111 Alguma explicação???? 11/11/11 e há mais! Agora vamos descobrir: escreva os últimos 2 dígitos do ano em que nasceu mais a idade que terá este ano e será igual a 111 para todos

as pessoas. Agora, os matemáticos que expliquem porque na redação do PaLOP News, somos todos gente de letras.

Adivinha Somos 40 irmãos que vamos morrendo aos poucos, um a um. Quando um de nós é arrancado de casa, logo fica de cabeça quente e acaba morrendo queimado. Quem somos nós?

Soluções Quem é o autor (Pág 30)? Resposta—Albert Einstein Quem canta (Pág 27)? Resposta—Chutos e pontapés

Adivinha OS PALITOS DE UMA CAIXA DE FÓSFOROS

Este ano experimentamos quatro datas incomuns 1/1/11 1/11/11 11/1/11

No quadro abaixo encontre as seguintes palavras: Carro; Carroça; Táxi; Comboio; Avião; Barco; Lancha; Mota; Bicicleta; Patins; Charrete; Camião; Avionete

encontra a letra “a” ååååååååååååååååà ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥ ååååååååååååååååà ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥ ååååååååååååååååå åååååååååååååååååà ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥aååååååååååà ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥ ååååååååååååååååå åååååååååååååååååà ¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥Ã¥


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