Palop news edição 026

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20 Julho a 20 Agosto 2011 | Tiragem 10.000 cópias | Distribuido em mais de 200 pontos

Edição 026

CONSULADO DE PORTUGAL FICA ONDE ESTÁ O novo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, esteve no Consulado Geral de Portugal em Londres onde concedeu uma entrevista exclusiva ao PaLOP News.

Glamour ao volante do “bus” Rosa Miranda, portuguesa, economista, “bus driver” em Londres faz um percurso que liberta sorrisos aos passageiros. Ao volante, foi pedida em casamento. Pág 12

Emigrantes portugueses aterrorizados em Portadown Portadown foi palco de violenta manifestação contra os imigrantes portugueses que foram assim atingidos pelos diferendos entre católicos e protestantes na Irlanda. Dias depois, tudo tinha voltado à normalidade mas não ganharam para o susto. Pág 4

Ken Livingstone, candidato a Mayor de Londres no “Little Portugal” Ken Livinstone é o rosto que se prepara para competir com Boris Jonhson à cadeira de Mayor de Londres e veio expor as suas ideias a Stockwell onde estão cerca de 50 mil portugueses. Pág 13


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Propriedade AFA Associados Alcino G. Francisco Vauxhall—London Contacto 07578222520

Pág 8

Bons a valer. Estudantes de português premiados pelo BES

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Estudantes de português já “maduros” almoçam ne Toca em Londres

Alcino G. Francisco Alcino.g.francisco@gmail.com

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Rosa Miranda, a economista lisboeta ao volante de um autocarro da capital de Inglaterra

Direcção Financeira:

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Ken Livingstone, candidato a Mayor de Londres procura votos no “Little Portugal”

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Consulado de Portugal finalmente resolvido. Fica mesmo onde está diz Secretário de estado das Comunidades de Portugal

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Eastbourne acolhe extensa comunidade “tuga” junto à praia.

Departamento Comercial: Manuel Gomes dep.comercial@palop news.com

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Consulado Geral de Portugal consome mais de 60 dias para emitir Cartão de Cidadão

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Entrevista a quem diz ver para lá do que olhos humanos são capazes. A vida depois da vida

Redacção Chefe de Redacção: amgfrancisco@gmail.com

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Mentira Sagrada o livro cujo autor vem visitar os portugueses em Londres

Vice Director: joel.gomes@palopnews.com

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Lyca Mobbile “arrasta” Mayor de Londres para o seu aniversário

Revisão: Eunice.Pereira@palopnews.com

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Brazílica leva o Carnaval a Liverpool

Direcção Geral:

Maria Emília Leite dir.financeiro@palopnews.com Direcção de comunicação: dir.comunicacao@palopnews. com

Fotografia: Bruno Ribeiro/ Ludgero Castanho Direcão Criativa: Lidia Pais Edição e Design Gráfico: Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Power Ltd - Londres Impressão Webprint - Londres Design Publicidade Imageco—Image & Communication Website www.palopnews.com http://palopnews.blogspot.com Edição online João Domingos— JadHost Informática Caderno Angola Lengaluca Sampaio Fontes Agência Lusa - Portugal Correspondentes Portugal Liliana Ferreira(Porto) Vítor Martins (Lisboa) Carlos Damásio (Lisboa) Carlos Monteiro (Lisboa) S. Paulo - Brasil Jandirlea Oliveira Maputo - Moçambique Traquinho da Conceição Cidade da Praia - Cabo Verde Óscar Vendaval Luanda - Angola Fernando Barros Londres - UK Maria Clara Resendes Cronistas Lukie Gooda Paulo Pisco Maria Leonor Bento Maggie João Claudia Nguvulo Manuel Mendonça João Botas

O mês que agora termina já tem um aroma de férias e os rostos têm já o sorriso de malas feitas. É o Verão lá de casa a chamar mas nem por isso deixamos de fazer do Reino Unido um espaço que nos pertence a todos. Episódio triste mesmo, é a xenofobia que em Portadown assustou os portugueses que tiveram que ficar longe de casa com os vidros das janelas partidos. Quanto a festas, bom, é o costume. Na Embaixada de Portugal, jogou-se a sério com a Câmara de Comércio a mostrar serviços e os “putos” que em português se afirmam como valores a ter futuro. Os prémios, esses foram do BES. Ainda em português, os ingleses fizeram o seu almoço anual, desta

vez no A Toca na Wansworth Road. Os ingleses olham para a comida portuguesa e como de costume, um “figo”. No Spriengfield “Little Portugal” abriu a caça ao voto para o posto de Mayor de Lon-

dres pela mão de Ken Livingstone. As eleições, são já em 2012 e o PaLOp News foi ouvir argumentos. Como ficou dito no início, o aroma de férias levou-nos ás praias do Sul de Inglater-

ra e Eastbourne foi o “prato” escolhido. A surpresa, foi a quantidade de portugueses a residir no local e o numero de estabelecimentos a falar português. No Wine & Bread a Norte de Londres, foi a vez da entrevista com o além. Além de nós, o médium que veio da Madeira para explicar o que faz. Festa a valer, foi a da Lyca Mobbile que convidou Boris Jonhson para abrir um bolo repleto de palavras que se cruzam em todo o Mundo através dos telefones que neste dia festejaram 5 anos e quase 6 milhões de consumidores. Já em Liverpool, foi a vez do Carnaval brasileiro dar à estampa e trazer à rua as cores e os ritmos que só o Brasil sabe “exportar”. Foi um mês sempre a rasgar.

Este epaço está em branco porque você não escreveu.

Ao contrário de muita outra imprensa, o PaLOP News possui um secção de Direito de Resposta. Trata-se de um espaço que por obrigação legal (e ética), exige que os jornais reponham a verdade de uma informação falsa que tenham publicado. O PaLOP News tem. Ao abrigo das tradições da imprensa, o PaLOP News publicou a sua edição “zero-zero”, fez a sua aparição pública no numero “zero” e esta é a edição 26. Nunca recebemos uma solicitação de Direito de Resposta o que demonstra a honestidade de investigação do jornalismo do PaLOP News. “Compramos” documentos falsos, “visitamos” as cadeias por dentro, fomos o Cleaner Reporter da edição zero. Entrevistamos referências, oferecemos conteudo e um grafismo que sabemos ser atrativo. O nosso anuncio nos directorios de Língua Portuguesa no mercado do Reino Unido, dizem mesmo que não precisamos de publicidade. Estamos vaidosos no PaLOP News. A redação já nem cabe no espelho de vaidade. Para ajudar a comunidade, denunciamos caminhos. Se tudo fosse perfeito, não haveria jornais. Não haveria notícias. Há um caminho para fazer e quanto mais depressa estiver feito, mais depressa descansamos no destino. A vontade é mesmo descansar. Um jornal inteiro, não chega para reuir os líderes da comunidade. Precisamos de cadeias de TV e gabinetes de imprensa. Caminhos que se conhecem e nunca se viram. As palavras andam macias e precisamos de socos na mesa. A questão é que o soco, tem que ser dado com botões de punho. Neste jogo, não se aceitam luvas. A comunidade só é má se as pessoas de qualidade lhe virarem as costas. As pessoas de qualidade nunca viram as costas. Tudo razões para acreditar. Não está tudo por fazer mas há um mundo inteiro para construir que só nasce com o “tijolo” de cada um. Aceite o convite para se tornar voluntário em favor da sua comunidade. Você vai agradecer. Diga o que está mal e acrescente a sua ideia de como poderia ser melhor. Uma coisa sem a outra não presta. São 28 edições a ver a “língua” em muitas versões. É em português? É no Reino Unido? É nosso. É PaLOP News.


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Governo de Cabo Verde apresenta em Portugal “Cluster do Mar” à CPLP Lusa

O Governo de Cabo Verde vai explicar aos Estados membros da CPLP a aposta no “Cluster do Mar”, instrumento estratégico da política de desenvolvimento cabo-verdiana, que consiste no investimento na Economia Marítima. A apresentação estará a cargo do secretário Estado do Recursos Marinhos cabo-verdiano, Adalberto Vieira, que efetuou uma visita de trabalho a Portugal para participar nas jornadas sobre Economia Marítima, no âmbito do Congresso dos Jovens Empresários, que decorrereu no Porto.O congresso foi promovido por associações de jovens empresários de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal e contou com a presença do presidente português, Aníbal Cavaco Silva, e de membros do governo de outros países lusófonos. Fonte oficial revelou que Adalberto Vieira aproveitará a oportunidade para socializar a experiência cabo-verdiana em relação ao “Cluster do Mar”, numa apresentação que teve lugar no último dia do Congresso.

Obrigado por copiar o PaLOP News Orçado em pelo menos cerca de 300 milhões de euros, o “Cluster do Mar” é parte integrante da estratégia de desenvolvimento do arquipélago e que inclui dois outros instrumentos: o “Cluster do Ar” e o “Cluster das Novas Tecnologias”. A aposta no “Cluster do Mar” tem em conta a série de projetos a ele associados, como as pescas, a criação de um centro internacional de conservação, processamento e exportação de produtos marinhos, reparação naval, pesquisa oceanográfica (fármacos, energia produzida pelas ondas, alterações climáticas), que dependem, porém, do investimento externo.

O projeto visa facilitar o ensino das tecnologias e das ciências, garantir infraestruturas de comunicação, promover a colaboração com quadros na diáspora, para que venham investigar em Cabo Verde, incentivos fiscais para empresas de tecnologia e desenvolver um parque tecnológico na Praia com um pólo em São Vicente. Além disso, engloba ainda a reconversão dos portos em todo o arquipélago, com destaque para o da Cidade da Praia, já na segunda fase de reestruturação, e o do Porto Grande, no Mindelo, em que se pretende torná-lo num de referência no Atlântico Médio.

Lusa

O PaLOP News foi plagiado. O discurso que mantemos, informa que não copiamos da internet. Somos o seu alimento. A imagem demonstra um “Print screen” que fizemos na internet e que mostra um exclusivo PaLOP News copiado para outra imprensa de índole lusófona no Reino Unido. Em duas palavras, fomos copiados. Ao colega que nos copiou, queremos dizer o nosso muito obrigado por ter publicado o nosso texto. Ao mesmo colega

queremos dizer que quando copiamos, rendemos homenagens. Ao autor ou à sua etiqueta. Ser jornalista, não significa ter uma assinatura por baixo de uma fotografia impresso num cartão ao peito.. Ser jornalista, é um balneário onde se respira um aroma de ética e respeito; é assim que se distingue a classe de quem publica a verdade. Quando decidimos fundar um jornal, decidimos copiar alguém. Não somos o primeiro jornal do Mundo mas quando decidimos fazer jornalismo, decidimos fazê-lo sem apelo nem agravo. Iguais a ningém. Para o PaLOP News, só faz sentido vender um anuncio quando vai acompanhado de um público mas não nos importamos de copiar as ideias que consideramos boas e por isso não condenamos quem copia. Mas condenamos quem não denuncia. Para o PaLOP News, o nome de cada “concorrente” é “colega”. Não deixe de ver o seu PaLOP News em www.tugas.co.uk

Missão da CPLP vai a Malabo para avaliar estado de adesão Lusa

Uma missão da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) deslocou-se a Malabo com o objetivo de fazer uma “pré-avaliação do estado de adesão” da Guiné Equatorial ao bloco lusófono, adiantou à Lusa o secretário executivo da organização. A missão da CPLP “procurou sensibilizar as autoridades da Guiné Equatorial para a implementação dos pontos acordados no programa de adesão”, revelou Domingos Simões Pereira, secretário-executivo daquela organização. De acordo com este responsável, a missão também servirá para “dar continuidade às reuniões de concertação já havidas na sede da CPLP, em Lisboa, em novembro passado e março deste ano”. Domingos Simões Pereira reiterou que o principal objetivo da mis-

são, passará por sensibilizar as autoridades da Guiné Equatorial "para as questões e expetativas que preocupam a comunidade lusófona, e que podem ser resumidos em três pontos". "Gostávamos de ver respeitados os princípios e os estatutos da CPLP. Por outro lado, deixar claro que o esforço principal [no processo de adesão] deve ser da parte da Guiné Equatorial" adiantou. Mas sobretudo, "mais do que uma afirmação de princípios e a subscrição destes elementos orientadores da nossa comunidade, queremos ver atos concretos e mudanças substantivas que possam facilitar a tomada de decisão pelas instâncias competentes", frisou o secretário executivo da CPLP

A Guiné Equatorial foi admitida como observador associado da CPLP na VI Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, em julho

de 2006, em Bissau. Em junho de 2010, o país governando por Teodoro Obiang, no poder desde 1979, solicitou formalmente a sua adesão como membro de pleno direito da CPLP, tendo-se compro-

metido a adotar os princípios orientadores da CPLP. Simões Pereira lembrou que no programa de adesão acordado depois do pedido formal estão previstos “pontos muito concretos em quatro eixos de intervenção”. Estes são a implementação e difusão da língua portuguesa; a apropriação de património da CPLP por parte da Guiné Equatorial; uma maior abertura democrática e a subscrição dos princípios e estatutos da CPLP; e um melhor conhecimento entre os povos. O secretário executivo explicou que a “missão de boa vontade”, decorre antes de que Angola – na qualidade de presidente em exercício da CPLP – elabore "um relatório definitivo de avaliação dos

progressos realizados pela Guiné Equatorial". Este documento, adiantou Simões Pereira, vai ser apreciado na XVI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, que decorre em junho de 2011, em Luanda, e posteriormente encaminhada para decisão à IX Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, que se realiza em 2012, em Moçambique. “Entendemos que antes do próximo Conselho de Ministros devíamos apresentar um relatório que antecipasse essa reunião. É por isso que esta missão vai ao terreno”, afirmou. A missão também integrou o diretor executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Gilvan Muller, e o assessor da área político-diplomática do secretariado executivo, Mário de Azevedo Constantino.


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Emigrantes portugueses PaLOP connosco aterrorizados em Portadown Maria Lucia Duarte PaLOP News em Irlanda

Mais uma manifestação do racismo e de xenofobia, na Irlanda do Norte, teve como resultado, o ataque de várias residências de famílias portuguesas residentes em Portadown, a 60 quilómetros de Belfast. De madrugada, os emigrantes tiveram de procurar ajuda da Polícia para defender -se dos insultos e danos sofridos nas residências, localizadas na Graigwell Avenue, onde a maior parte dos moradores são portugueses. A Polícia foi alertada à 1.30 horas e deslocou-se a Craigwell Avenue, onde homens não identificados espalharam medo, batendo nas portas a pontapé e à paulada, e partindo os vidros das janelas. As consequências não foram apenas materiais. Para trás, deixaram cerca de 15 famílias apavoradas com o ocorrido no seio da comunidade lusófona residente na Irlanda do Norte. A tensão sentida nos ultimos dias já fazia esperar que houvessem conflitos nas marchas dos Oranges. Desde Domingo, policias faziam barreira a volta da pequena localidade de Portadown. Da Páscoa até setembro, os protestantes comemoram uma série de datas cívicas e religiosas com desfiles pomposos, em que carregam seus emblemas tradicionais e bandeiras da Inglaterra. A marcha comemora a derrota infli-

gida aos católicos pelo rei Guilherme de Orange, em 1690. Mas, é na noite do dia 11 que os Oranges celebram a queima de fogueiras espalhadas por muitas localidades e queimam-se "tricolours" - bandeiras da República da Irlanda associadas aos Católicose tudo o mais que seja associado a eles. Foi após a queima, que uma dezena de participantes marcharam para a Craigwell Avenue e iniciaram os actos de verdadeiro terror contra a comunidade de emigrantes. Apavorados, alguns moradores tiveram que abandonar as suas casas pelos fundos das mesmas. Num lugar onde as tensões continuam à flor da pele, como a Irlanda do Norte, a vivência tem mostrado que bastam algumas provocações para reacender a fogueira das paixões tribais.

Segundo informações, 2 policiais sofreram ferimentos ligeiros e apenas um homem foi detido. A impressa local, tratou o ocorrido como um comportamento desordeiro. Em contacto com alguns cidadão locais, o PaLOP News apurou que em anos anteriores, na mesma data, é costume a polícia estar presente no local com um efectivo policial generoso e que este ano tal não aconteceu já que apenas uma viatura policial esteve presente. Depois de chamada, "a polícia demorou mais de 10 minutos a chegar" referiu ao nosso reporter uma moradora portuguesa. Numa localidade onde se estimam que possam viver cerca de mil portugueses, a chegada da polícia resultou numa carga policial sobretudo sobre os católicos que tentavam proteger a comunidade portuguesa local.


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A crónica do psicologo Por: Dr João Botas*

O Mundo pertence aos pensadores Nos ultimos meses tenho falado de pensamentos negativos e como adoptar uma atitude mais positiva. É importante que desafiemos atitudes auto-críticas especialmente nos dias que correm onde o clima económico não é nada auspício e com ele surgem outras pressões e críticas bem mais urgentes, como pagar a renda ou a conta da luz [que aumentou recentemente]. Como já foi discutido as atitudes que uma pessoa toma face a si própria, aos outros ou ao mundo afectam a sua habilidade em responder duma forma adequada a acontecimentos negativos da vida como a crise económica. Por exemplo, uma pessoa pode responder face a actual crise financeira duma forma desesperada e cometer suicídio enquanto outra pessoa decide tomar uma atitude mais positiva e controlar as despesas duma forma assidua e reduzir os seus gastos e substituir com actividades de lazer que não pesam na carteira. Por exemplo, passar mais tempo com a familia passeando pelo parque nos belos dias de sol ou ler um livro em conjunto nas noites de inverno. Mais do que nunca a nossa saude mental é desafiada pelas decisões quotidianas que tomamos, e por isso é imperativo que tomemos conta da nossa saude mental. É habitual situções dificeis e stressantes acontecem no nosso dia a dia, depende do grau de desespero que elas causam, por exemplo, sermos despedidos ou termos um acidente de carro ou partirmos uma perna. É tambem normal que uma pessoa tenha sentimentos negativos face a tais acontecimentos, aliás é compre-

ensível que a pessoa que partiu a perna se sinta extremamente zangada com a sua má sorte e o sujeito que foi despedido sentir-se extremamente zangado e furioso. Em certas circunstâncias, os imprevistos ocorrem sem nós termos qualquer culpa. Outras vezes poderemos ter alguma responsabilidade no evento. Contudo eu não estou a sugerir que nos culpabilizemos por tudo de mau que nos aconteça. Seja como for é importante que avaliemos cada situação duma maneira clara, de preferência com a ajuda de um amigo imparcial e identificarmos se somos responsaveis ou não e depois tentar encontrar uma solução. Embora nós não sejamos totalmente responsaveis por aquilo que o destino nos atira à cara,

nós somos responsáveis pela maneira como respondemos, ao nível emocional e em termos de comportamento. Se eu sou despedido do meu emprego o melhor será procurar outro trabalho no lugar de ficar em casa a matutar na injustiça de tal decisão. Ficando em casa só me torna mais desesperado, deprimido e zangado. É por isso que as pessoas que negam serem responsáveis pelos seus pensamentos ou acções tornam a sua situação ainda mais difícil. Se eu fico em casa afastando-me dos meus amigos, a aumentar o consumo de cigarros e vinho, só me

aumenta a ansiedade e a raiva e quem sofre é a minha esposa e os meus filhos pois eu recuso-me a enfrentar o mundo e a encarar a realidade. O melhor será pensar em ter um plano para sair de casa mais vezes e tentar arranjar um outro emprego. Quando somos pessoalmente responsaveis pelos nossos sentimentos e ações, somos capazes de encontrar soluções bem mais criativas e a crença e confiança de que somos capazes de enfrentar qualquer adversidade aumenta. Desta forma nós aprendemos a influenciar a maneira como nós sentimos mesmo quando não temos qualquer controlo nos acontecimentos que nos ocorrem. É importante tomar responsabilidade emocional, isto é, nós sentimos da maneira como pensamos. E a nossa maneira de pensar por vezes está errada. Lá porque temos certos pensamentos isso não quer dizer que estejamos certos! É por isso que é importante avaliarmos as nossas decisões antes de as efectuarmos. Mas para acabar com uma observação positiva, quando nos acontecem coisas boas, nós também podemos avaliar tais acontecimentos e identificar até que ponto o nosso esforço e participação influenciaram tal resultado e portanto dar-mos algum crédito a nós próprios. E esse será um bom ponto de partida pois se ficarmos há espera de ‘crédito’ nos tempos que correm o melhor é esperarmos há sombra da bananeira, pois ele está escasso!!! *João Botas, Psicologo Clinico—psy@joaobotas.co.uk

Dominique Strauss Kahn Dominique Strauss Kahn pode ter sido vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam na economia mundial. Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o acreditam nesta história. O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn? Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias. Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America". O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas

que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que está tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos. Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa". Era impensável o poder financeiro mundial aceitar um tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema. Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. Temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também tem um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível". Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a linha vermelha, e como tinha " telhados de vidro " e " pecados " como qualquer um dos comuns das pessoas , por isso , foi armadilhado e esmagado.

A verdade Escondida


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As fragilidades do voto por correspondência

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Web do mês

Paulo Pisco. Deputado do Partido Solicialista Português O voto por correspondência utilizado nas eleições legislativas para os portugueses residentes no estrangeiro é fácil e cómodo, mas invariavelmente fonte de problemas e de suspeições. As últimas eleições não foram excepção. Só que desta vez o caso do Rio de Janeiro forneceu as provas materiais e concretas de uma prática irregular que todos sabem existir. A flagrante violação da lei eleitoral e os consequentes indícios de fraude foram reconhecidos pela Comissão Nacional de Eleições. Além dos inúmeros problemas que estão relacionados com o desperdício de votos e suspeitas de irregularidades que se podem levantar em várias fases do processo, da inscrição nos cadernos eleitorais nos consulados até ao dia da contagem de votos, a vulnerabilidade à fraude e a inerente possibilidade de distorção dos resultados eleitorais está sempre presente. Devido à evidência das provas, foi muito mediatizado o caso de um jornal do Rio de Janeiro com ligações ao PSD cujos responsáveis se ofereciam para ir a casa dos eleitores buscar os boletins de voto. E os contactos que davam eram os mesmos da sede do PSD, do candidato do PSD e do coordenador da campanha do PSD no Brasil. Esta circunstância ostensivamente anómala, era reforçada diariamente com declarações dos responsáveis do jornal que, por exemplo, afirmavam sem pudor que enviavam “boys” a casa dos eleitores para recolher os votos. O inverosímil desta história é que a informação produzida pela Comissão Nacional de Eleições que reconheceu claramente haver violação da Lei Eleitoral, foi surpreendentemente ignorada pela Assembleia de Apuramento Geral (que faz a validação dos resultados do escrutínio das comunidades)… presidida pelo próprio presidente da CNE. Que ignorou olimpicamente também o pedido dos representantes do PS, PCP e BE no dia da contagem dos votos para que fossem anulados os que eram oriundos do Rio de Janeiro e estavam

concentrados na mesa 4. Se a CNE tem o dever de zelar pela regularidade e transparência dos processos eleitorais, não se percebe porque razão não agiu em conformidade. Para desviar as atenções, o PSD na altura lançou a acusação injuriosa que o Consulado-Geral de S. Paulo teria passado 4.000 certidões eleitorais, alegadamente em benefício da candidata do PS, funcionária com funções suspensas naquele consulado. O que obviamente veio a ser desmentido pelos resultados, visto que o PS em S. Paulo teve pouco mais do que mil votos e ficou claramente atrás do PSD, que obteve cerca de 2.600. Mas a calúnia pública estava lançada

e nem por isso quem a lançou se dignou pedir desculpa à candidata do PS ou ao Partido Socialista. Ou seja, quem prevaricou fica impune e quem não fez nada fica com uma marca de suspeição. A verdade é que nenhuma democracia devia tolerar este tipo de situações, de falta de transparência e de permeabilidade à suspeição. E se havia urgência na tomada de posse do Governo, as instâncias respectivas só tinham de acelerar os processos, mas nunca um caso como este poderia ficar sem o esclarecimento e a sanção adequada. O Partido Socialista apresentou em 2008 na Assembleia da República um Projecto de Lei para alterar o sistema de voto para as eleições legislativas, tornando-

-o presencial, a exemplo daquilo que acontece com todas as outras eleições em que participam os portugueses residentes no estrangeiro, isto é, as presidenciais e as europeias. Porém, apesar de ter havido uma maioria no Parlamento para alterar o sistema de votação, o PSD opôs-se e o Presidente da República também vetou o diploma saído de uma maioria parlamentar, dando desta forma azo a que ocorresse este tipo de perturbações. O sistema é complexo e permeável a irregularidades. Os votos saem de Portugal para todo o mundo em correio registado e depois os eleitores têm de os ir buscar aos correios. Perto de 80 por cento dos inscritos ignora a votação e muitos não cumprem as regras para votar correctamente, o que leva a que haja níveis de votos anulados superiores a 15 por cento por cada círculo eleitoral, o equivalente a mais de 4.400 votos num universo de cerca de 33.000 votos no conjunto dos dois círculos eleitorais. Nalguns países os correios não funcionam. Noutros casos, os cidadãos não querem gastar o dinheiro do selo. Nem todos os partidos têm condições de fazer chegar as suas propostas aos perto de 200.000 eleitores espalhados pelo mundo. Diz a Constituição da República Portuguesa e a Lei Eleitoral para a Assembleia da República que o voto é unipessoal e deve sempre ser salvaguardado o seu sigilo, quer dizer, é pessoal, secreto e intransmissível. Só assim se assegura a liberdade de escolha e de expressão consignada nas leis e que constitui um dos pilares centrais da nossa democracia. Não se pode aceitar menos nem diferente daquilo que a Constituição e a Lei prevêem.

Comissões Parlamentares tomaram posse O deputado do PS eleito pelo Círculo da Europa, Paulo Pisco, será na XII Legislatura membro efectivo na Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e membro suplente na Comissão dos Assuntos Europeus. A Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas será presidida pelo ex -ministro da Justiça, Alberto Martins. São ainda membros efectivos da Comissão dos Negócios Estrangeiros os seguintes deputados: Augusto Santos Silva, Basílio Horta, Laurentino Dias, Maria de Belém Roseira e Pedro Silva Pereira.

Livros em casa ao preço do selo Já é possível comprar livros em português sem grande custo. No site www.winkinbooks.com, qualquer pessoa pode obter os seus livros pelo valor dos portes de correio. Os livros disponíveis estão em várias línguas e o esquema funciona com um sistema de pontos. A troca consiste em livros por pontos e posteriormente os pontos pelos livros que se pretendem adquirir. O website, está ainda traduzido

em italiano e inglês, havendo a promessa de estar disponível noutras línguas em breve. O website mostra-se o ideal para quem vive no estrangeiro. A funcionar desde 2010 este sitio web tem principal frente de mercado, os portugueses que vivem no estrangeiro pelo que comprar livros pelo preço do selo passa agora a ser uma oportunidade para quem não pode simplesmente esticar o braço numa livraria. Para quem gosta de ler.

Frases Famosas

Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.. Nicolau Maquiavel A preto e branco também é possível... Fazer bons desenhos e imagens cheias de criatividade. Na paixão pela história do jornalismo, continuamos a publicar o encanto de uma única cor que é capaz de em papel branco transmitir todas as cores.

PaLOP connosco


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Bons a valer O Banco BES e a Coordenação do Ensino do Português (Instituto Camões) levaram a efeito uma iniciativa que premiou os melhores alunos de português em todo o UK Lalop News

Londres

12 alunos de vários níveis escolares desde a básico até ao superior, foram premiados com uma conta bancária e um valor

depositado não revelado. A seleção foi da responsabilidade de cada professor que nomeou os alunos a premiar que posteriormente passaram por uma triagem pela própria Coordenação do Ensino. Cada nível escolar nomeou três alunos para 1º, 2º e 3º lugar valendo por ordem de classificação o valor do prémio atribuído. "Foram selecionados os melhores alunos em todo o tipo de matérias" disse ao PaLOP News Maria José Veiga da coordenação do Ensino. A cerimónia decorreu na Residência do Embaixador de Portugal João de Vallera que fez questão de servir de anfitrião à iniciativa. António Ramos, responsável pelo Banco Espirito Santo, não revelou os valores dos prémios preferindo dar relevo a uma iniciativa que pretende "premiar a nossa juventude presente no Reino Unido e que através desta iniciativa oferecer o reconhecimento ao esforço dos alunos e dos professores". Questionado sobre a cadência da iniciativa, António Ramos reve-

lou ao PaLOP News que espera poder "instituir o prémio pelo que contamos nos próximos anos continuar a desenvolver esta iniciativa em colaboração com a Coordenação do Ensino do Português e a Porto Editora que ofereceu os livros e dicionários" que foram oferecidos aos premiados. Talita de Campos de 8 anos de origem brasileira, foi uma das premiadas que revelou "estar muito orgulhosa pelo prémio que é fruto do esforço que faz". Já no Ensino Supeior, foi possivel assistir ao discurso de um jovem inglês que num português fluente dissertou para todos os presentes. “É um dia que estes jovens nunca irão esquecer” disse João de Vallera, Embaixador de Portugal ao PaLOP News. Para o ano, temos mais. Promessa do BES.


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Ingleses aprendem português de talher Lalop News

Londres

Uma vez mais, num restaurante português, desta vez A Toca, foi testemunha direta dum dos acontecimentos mais esperados e inesquecíveis que têm lugar anualmente na capital britânica: O Grande Almoço dos Estudantes e Professores de Português, organizado pelo carismático professor Alexandre Rodrigues, mais conhecido como Alexandre O Grande (referência no mundo português em Londres). O almoço de convívio conseguiu reunir muitos estudantes e professores de várias nacionalidades do mundo: portugueses, alemães, es-

panhóis, ingleses, moçambicanos, brasileiros, cambojanos, filipinos, irlandeses entre outros, reuniram-se com um denominador comum: a Língua Portuguesa. Esta foi uma edição muito espe-

cial, com caras veteranas e outras novas. O professor Alexandre abriu o evento convidando os comensais a “aprofundar os seus conhecimentos da língua mais bela do mundo”: o português. As pessoas lá também descobriram os segredos mais desejados de Portugal: a gastronomia lusa. Cumpre destacar que a organização do evento não podia ter sido melhor. O evento fechou com um belíssimo discurso proferido pelo estudante Adrian Dodd, o qual se expressando num excelente português, destacou a dedicação do professor Alexandre e também o grupo de estudantes do qual ele faz parte. O seu discurso foi um forte incentivo a todos os estudantes de português. Quanto ao professor Alexandre, visívelmente emocionado com tão magnífico discurso disse: “Muito obrigado,

espero ter a honra de continuar a ensinar-vos a língua portuguesa, o que para mim é sempre uma enorme alegria e prazer. Um grande obrigado a todos e até à próxima.” Os convivas manifestaram a sua

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alegria num forte e caloroso aplauso que acabou com a tradicional fotografia à saída do restaurante. Até ao ano que vem! Por: David Calderón & Antonio Calderón


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A rádio no jornal e o jornal na rádio O Jornal Palop News assina uma rúbrica de opinião todas as semanas na Rádio Galo de Barcelos. Este spot de 6 minutos aproximadamente, destina-se a comentar Portugal nas frentes que nos apetecer. Em cada edição de papel, serão publicadas algumas dessas crónicas. Espero que se divirta tanto a lê-las como nós nos divertimos a emiti-las na antena. Quartas feiras, entre as 19H00 e as 22H00, não perca na 105.3 FM Stéreo (East Anglia) ou em www.zackfm.com Alcino Francisco

Londres

Assim que tomou posse, Passos Coelho nem sequer precisou de pensar. Já a tinha toda pensada. Além dos aumentos nos transportes, nos aumentos de carga fiscal e energias diversas, o nosso douto Primeiro Ministro, decidiu ficar com metade do 13º mês de cada português. Numa época em que todos devem fazer sacrifícios, todos sem excepção, Passos Coelho decide fazer o “sacrifício” de aprender a difícil arte do carteirismo. Senão atente-se. Se olharmos para o exemplo inglês, vemos que a invenção brasileira do 13º mês é apenas uma forma de enganar o povo. Vejamos. Quando vamos ao fundo da questão salarial, verificamos que o valor a pagar e a receber se baseia no salário/hora. Na legislação, o argumento que serve de base ao valor salarial é sempre legislado em função do valor/hora do trabalho desenvolvido. Agora sim, vamos ao exemplo inglês. Como todos nós sabemos, aqui em Inglaterra, o hábito é o do pagamento à semana. Agora, vamos imagi-

nar que você ganha cem libras por semana. No final do ano, dará cinco mil e duzentas libras. Agora, vamos fazer a conta às mesmas cem libras por semana, multiplicar por 4 semanas e achamos o valor de quatrocentas libras que foi sábiamente adoptado como sendo salário mês por ser constituida por quatro semanas. Ora, a quatrocentas libras por mês, temos quatro mil e oitocentas libras por ano. Na prática, em relação ao salário hora, o trabalhador fica com um prejuízo de quatrocentas libras. Por outras palavras, se receber por semana, recebe cinco mil e duzentas libras mas se receber por mês, recebe apenas quatro mil e oitocentas libras. A diferença portanto, é das tais quatrocentas libras por ano que acabam por se transformar no décimo terceiro mês. Por outras palavras, aquilo que os trabalhadores recebem em Dezembro, mais não é do que o pagamento do seu salário indevidamente retido pela entidade patronal que nem juros paga desse valor retido ao longo de todo o ano. Ao levar metade desse décimo terceiro mês, Passos Coelho vem levar mais quatro semanas de trabalho a quem trabalha para os cofres d o

Estado. Se até 2010 cada trabalhador trabalhava até Maio para o Estado e só depois de Maio para si mesmo, este ano, vai trabalhar seis meses para os cofres do Estado. Assim, quando as agências de avaliação mais conhecidas por agências de rating classificam Portugal como lixo, eu questiono-me até que ponto estas agências terão razão. Quando pensamos num povo que trabalha seis meses por ano para sustentar a voracidade da sua classe política, que nome podemos dar a este povo? Inteligente? Culto? Educado? Vamos agora pensar que nos países nórdicos (Dinamarca, Noruega, Suécia, por exemplo), a classe política se lembrava de cobrar seis meses de trabalho para a carga fiscal. Como se iria comportar este povo? Provavelmnete, toda a classe política seria internada para tratamento porque alguma coisa estaria a correr mesmo muito mal. Veja-se o exemplo da Suécia em que os ministros viajam de autocarro sem qualquer segurança e veja-se qualquer director geral em Portugal que tem secretária, carro com motorista, segurança e outros mimos. Isto, num cargo que está pelo menos quatro furos abaixo de Ministro. Ora, um povo que assiste a tudo isto e ainda tem a coragem de meter as agências de avaliação no lixo, está mal de

saúde democrática porque na democracia e na saúde, as coisas só estão bem quando não se sente dor. Estando Portugal a agoniar de dor democrática, eu pergunto se de facto um país que tem tantas dívidas e tantas auto estradas sem utilização, que tem uma classe política que viaja em primeira classe e que gasta à grande e à francesa, deve ou não ter o seu povo considerado lixo? Um povo amorfo que não reage e quando aparece alguém que o alerta e que o avisa, limita-se a comportar-se como a mulher que, ao ser defendida da pancada do marido vocifera: Ele está a bater naquilo que é dele”. O mesmo fizeram os portugue-

ses que foram capazes de levantar uma campanha em todo o Mundo para responder às agências de avaliação na América e não são capazes (porque não querem) de levantar uma campanha que seja dirigida à sua classe política em Lisboa para os avisar que a gastar desta forma, podem ter um povo inteiro a pedir internamento. Não se pode continuar a tolerar que seis meses de impostos possam passar a sete porque um povo inteiro não é capaz de reclamar que passe a cinco. Passos Coelho, está a ir muito além do que está acordado com a Troika e mesmo sem ainda terem aquecido as cadeiras, os portugueses já andam a pensar numa troika..., de Governo.


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Ombro amigo Em caso de catástrofe Parte (1) Por: Maria Leonor Bento Queridas amigas, Com esta é a terceira vez que abordo o tema ESTARMOS PREPARADOS EM CASO DE EMERGENCIA, e muito me alegrou ao receber de um querido amigo, que tem a mesma preocupação que eu sobre este assunto, um video da NASA, com link a seguir da própria NASA que esta a circular no YOUTUBE. Esse video foi organizado em razão da comoção que passa todo o globo terrestre. As ocorrências de ventos solares em ápice máximo entre 2011 e 2012, estão a acionar vulcões, terremotos, tsunamis, tufões além do usual e maremotos. Essa atividade já alterou tanto o eixo magnético quanto o eixo de inclinação da terra em vários graus. As encostas dos continentes têm sofrido também abalos e inundações, como tem sido alvo de notícias ao redor do mundo. Mas, isso não é causa de pâ-

nico, antes, de alguns cuidados que devermos adotar para salvaguardar a nossa integridade física, da nossa família, dos amigos e das comunidades com as quais convivemos. O ser humano espalhou-se muito por todas as partes do globo,desordenadamente, sem observar questões ambientais, o respeito aos ecossistemas, ao equilíbrio da natureza, achando que a Terra é imutável. Não, ela é mutável, dinâmica e se renova dia a dia, assim como as nossas células e nosso bioritmo. Ela está sob a influência dos eventos solares, dos movimentos dos ventos sobre sua superfície, do fluxo do mar, dos corpos celestes que estão mais próximos (influências magnéticas), etc. Bem, segue uma tradução livre que circula quanto ao seu teor, e, o kit de sobrevivência divulgado pela F.E.M.A. Saliente-se que a FEMA está a

trabalhar em parceria com a NASA no que toca a essa operação de PREVENÇÃO e de preparação para eventualidades naturais sobre o globo terrestre. Um grande abraço, Maria Leonor Bento “Eu gostaria que vocês me dessem alguns minutos para falar com toda a família NASA sobre preparação para emergências. A NASA participou recentemente de um exercício da FEMA chamado Eagle Horizon, que é uma continuidade das operações e exercícios do governo que se faz anualmente, e percebi algumas coisas que me preocuparam a respeito da preparação de nossos familiares, e gostaria de falar brevemente com você. Você sabe que nós da NASA, somos uma organização incrivelmente única. Nós somos a única agência do governo federal que é responsável pela segurança e bem estar das pessoas, não só aqui na Terra, mas também fora deste planeta. Assim, na minha experiência no escritório de astronáutica, na minha experiência no serviço ativo da Marinha, sempre falaram sobre a importância da preparação da família, e para certificarmos que temos um programa viável de apoio à família e eu tenho a preocupação de que o nosso programa não é tão bom como deveria ser. Então o que eu estou pedindo a todos vocês da família NASA é que, se você estiver fora da costa oeste, aqui na costa leste, ao longo da costa do Golfo, até sobre os Grandes Lagos, que pense sobre as catástrofes naturais que poderiam ocorrer em sua área. Pense sobre os ataques que poderiam vir como o 9-11 (11 de Setembro), a partir de forças externas, e converse com sua família sobre o seu trabalho e o que eles precisam fazer para se preparar para o imprevisível. Desenvolva um plano de preparação da sua família em sua casa. Tenha um kit de emergência disponível. A maioria das pessoas que vivem ao longo da costa do Golfo têm sempre um kit de emergência para os furacões. Eu não tenho certeza se as pessoas fora da costa oeste pensam sobre terremotos e outros, mas têm um kit de alimentação de emergência em sua casa. Pense em um plano de comunicação para a família. Onde iremos nos encontrar caso

ocorra uma emergência se estamos por toda a cidade? O que vamos fazer? Será que vamos falar uns aos outros pelo celular? Basta pensar sobre essas coisas. Se você tem animais de estimação, pense em um plano de preparação para os animais de estimação. Como vocês vão se certificar de que estão tomado todos os cuidados quando vocês estão divididos por todos os lugares? E então se você tem familiares que têm necessidades especiais, precisa de uma preparação com necessidades especiais. O recurso mais importante para nós, para concluir com êxito a nossa missão, é o nosso povo, nossas famílias, principalmente, e precisam de cuidados, para que possam vir trabalhar e se sentir bem sabendo que caso surja uma emergência, as nossas famílias vão ser atendidas. Então, eu gostaria de lhe pedir mais uma vez, sente-se com sua família, pense no que você faria em uma situação de emergência. Espero que você abrace e apoie o Programa de Preparação para Família para que todos nós fiquemos melhor preparados para lidar com estas situações de emergência. Conheça o seu material. Saiba o que você vai fazer, saiba o que você quer, saiba o que você e sua família devem fazer caso surja uma emergência. Mas acima de tudo, esteja preparado.” Devemos Estar Preparados O que ter em mãos? 1.Sair do centro da cidade - longe do caos urbano; 2.Procurar lugares altos, montanhas, cidades longe do litoral, se afastar de grandes rios, estradas que tenham rios no meio e barragens; 3.Ter em casa uma mochila com

roupas e agasalhos para uma saída rápida; 4.Um bom Saco de dormir é fundamental (veja que eles têm diferença para agüentar temperaturas baixas) - isso evita cobertores etc vamos ter que bivacar (Bivacar: ter uma das melhores experiências da vida; dormir sob a luz das estrelas e acordar sendo banhado pelos primeiros raios de sol da manhã; acordar de repente à noite, para virar de lado e ver mais estrelas que um dia você sonhou em ver); 5.Ter em casa pastilhas de cloro; 6.Mantenha potes de - nozes, amendoim, castanha do pará, bananadinha, sopa em pó, etc. etc. (fácil de carregar e armazenar e dá mais energia que qualquer outra coisa). 7.Lanternas de mão sem baterias (acessam um dínamo); 8. Rádios para comunicação; Não se trata de estar preparado para uma "catástrofe", mas de eventos muito fáceis de acontecer que muita gente nunca experimentou! Por exemplo: dormir na rua; passar frio sem colchão, sem cobertor e sem travesseiro; ficar sem tomar banho; ficar sem água pra beber, ou sem comer ou aprender a fazer um fogo. O ser humano se acostumou a ter coisas fáceis e cômodas. É preciso aprender o desapego: sair de casa sem olhar pra trás! Não é ruim! Se estiver com a perspectiva adequada, será uma sensação de liberdade. A mente quer ser livre, mas o cérebro quer conforto! Estude mapas de saída de onde você está. Tenha algumas ferramentas básicas no porta malas. Na hora do caos todos querem sair pelo mesmo buraco. Mantenha o tanque do carro sempre cheio. Nada de pânico, apenas tenha um plano B! Próxima edição será publicada a parte 2 deste trabalho


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Glamour ao volante do "bus" Lalop News

viver em Portugal, vive com a mãe que a acompanha e anima os seus dias com muitas histórias. Quanto ao futuro, os sonhos passam por uma prioridade e duas sugestões. “A minha prioridade vai para a descoberta da cura da doença do Alzeimer” - revela Rosa Miranda acusando o padecimento da sua própria mãe. “Quero proporcionar um fim de vida digno à minha mãe” - diz a nossa “bus driver”.

Londres

Se um destes dias estiver no Norte de Londres e entrar num autocarro com um charme especial ao volante, saiba que estará na presença de uma lisboeta de gema de nome Rosa Miranda. Natural de S. Sebastião da Pedreira, Rosa veio para Londres já fez 21 anos. Licenciada em Ciências Económicas e Financeiras, Rosa Miranda começa por vir a Londres para apanhar a "vida" de uma empresa que ameaçava falir e conseguiu-o. 15 anos depois, o divórcio desmonta a "cabala" que haveria de ditar os destinos da empresa e Rosa desiste do sonho de se manter naquela actividade. Com a idade (o PaLOP News não revela a idade de Rosa Miranda mas sempre adianta que a aparência chega quase a metade da idade que de facto tem), vê-se impossibilitada de encontrar trabalho em Portugal e em Londres, depois de afastada do curso, está demasiado "velha" para ser economista. Está porém ainda muito jovem para fundar uma nova empresa depois da falência da primeira e decide dedicar-se ao negócio do peixe fresco. "As encomendas iam sendo feitas durante a semana e todas as quintas-feiras ía ao aeroporto buscar o peixe que vinha da Madeira e depois distribuía-o com a van (Mercedes Sprint) que tinha na altura" revela ao PaLOP News. Os calotes dos clientes vão deixando marcas e o fundo de caixa começa a ser insuficiente. "Os comerciantes portugueses são muito caloteiteiros? - perguntamos. "Muito, mas da mesma forma que

os ingleses. Também os ingleses o são" - atalha Rosa Miranda para a reportagem. Rosa, decide assim desistir do mundo dos negócios e opta por uma sugestão de uma colaboradora do ex marido. Segue por uma solução que lhe permita estabilidade e uma segurança de reforma; candidata-se a motorista de autocarros ou como se diz em inglês, "bus driver". "E aqui estou eu" - remata Rosa Miranda Para a candidatura, Rosa precisou de ter carta de ligeiros que já tinha, uma conta como prova de residência (bill) e disponibilidade para receber Formação. "A Formação a empresa oferece. Desde que a candidatura entra que passamos a ser empregados da empresa com o salário mínimo que na altura eram £175.00. Depois, todos os dias, entre as 6 da manhã e as 4 da tarde recebi a Formação. Tinhamos três oportunidades para chumbar mas ao fim de três semanas tinha a carta de pesados na mão com a verificação da DVLA" recorda. - Espera 30 segundos por um passageiro? - perguntamos. - 30 segundos ou mais" - revela - Abre a porta fora das paragens do autocarro?

- Abro sim, mesmo que o regulamento o impeça. Se tivesse que receber uma repreenssão por isso já a teria recebido" - diz Rosa Miranda O trato com o público arrasta sempre algumas fricções pessoais. Tem chatices com o público? - Tenho mas não as considero diz ao nosso reporter. Para quem trabalha com o público, tudo pode sempre acontecer. "Um dia pediram-me em casamento" revela Rosa Miranda. - Como acabou essa história? perguntamos. - Disse-lhe que era casada e que tinha oito filhos mas o homem não se deixou intimidar. Respondeu que tinha dinheiro suficiente para os meus filhos todos. tive que me socorrer de um colega para me livrar daquele passageiro que estava extasiado a olhar para mim enquanto eu conduzia. A fazer os mesmos percursos dia após dia durante anos, Rosa Miranda diz que faz conhecidos muito próximos. "Pessoas que sabem o meu nome e cujo nome eu conheço" diz Rosa Miranda a rever o seu dia a dia. A entrevista decorreu ás 23h30, hora a que Rosa Miranda largou o serviço ainda com o colete reflector. Rosa Miranda, mãe de um filho a

No futuro seguinte, Rosa sonha em montar o seu próprio negócio em Portugal. - Peixe? - perguntamos. - Um ginásio ou um infantário - revela Rosa Miranda numa manifestação de que se as coisas correrem bem, continuará a trabalhar com público. Só não sabemos se crianças, ou todos no geral. Boa sorte Rosa e as melhoras da sua mãe.

Tapioca verde amarela Lalop News

Londres

A Tapiocaria Tia Maria localizada na South Lambeth Road no coração do "Little Portugal" em Stockwell apresenta a toda a comunidade os fins de semana carregados de muita musica e animação para o gosto de "pé na dança" aos ritmos brasileiros tão conhecidos do público de todas as nações de Língua Portuguesa. Eduardo Dantas, proprietário do estabelecimento, faz questão de mencionar a forma especial como cozinha a sua tapioca, prato bem

conhecido dos brasileiros e que todos deveriam conhecer. Num espaço com musica ao vivo e muito samba, forró e outras musicas brasileiras, o Tia Maria afirma-se como um espaço de lazer a não perder. Visite.


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Livingstone, candidato a Mayor de Londres no “Little Portugal” Lalop News

Londres

Ken Livingstone, candidato a Mayor de Londres esteve em Lambeth, no "Little Portugal" para defender a sua candidatura e conhecer a opinião dos residentes sobre o futuro na zona 2 do Sul de Londres. Na opinião deste líder do Partido Trabalhista, a pressão exercida sobre o valor das rendas e os apoios aos inquilinos (housing benefit) vai trazer desiquilíbrios e fomentar o afastamento da classe média baixa da zonha limítrofe da City. No reflexo deste movimento, a população escolar e o tempo gasto em transporte vai retirar qualidade de vida à população afectada. O futuro do espaço dos Jogos Olímpicos de 2012, é outra das questões que apoquenta a filosofia deste candidato que promete exercer pressão para que tal não aconteça ou, em alternativa, possa reduzir os seus efeitos na população.

Lambeth, foi mesmo equiparada a Westminster na questão dos valores da habitação e construção. Conseiderando que neste "borough" (Distrito) de Londres existe uma grande comunidade de portugueses, prevê-se que esta decisão política possa afectar a comunidade e os negócios que deixarão de fazer sentido a existir da forma como existem. O projecto para a reforma urbana de Battersea, prevê que a Embaixada dos Estados Unidos da América possa ser mudada para o exacto local onde se situa actualmente a feira das flores que ao Domingo é conhecido como o mercado de Vauxhall, a escassos metros do miolo do "Little Portugal" e dos serviços de inteligência britânicos MI6. Estas alterações, ameaçam perturbar a geografia demográfica tal como existe neste momento e Ken Livingstone promete ser uma força política para impedir que esta mudança seja efectuada de forma violenta tal como está prevista pelas

necessidades financeiras da capital inglesa. Sem a mesma capacidade de comunicação de Boris Johnson, actual Mayor de Londres e recandidato ao mesmo cargo, Ken Livingstone insiste em assumir na sua candidatura a defesa da qualidade de vida das populações atingidas (onde existem muitos milhares de falantes de português) em questões de educação, emprego, imigração e housing. As eleições ao mais alto cargo de Londres, dão neste momento uma aproximação muito nítida nas intenções de voto. Ao facto, não serão estranhos os recentes acontecimentos das escutas ilegais que deixam a coligação no poder numa posição fragilizada em relação à opinião pública. 2012, trará a verdade eleitoral onde se espera que os luso-falantes possam ser uma força a considerar como "moeda" para a defesa dos seus interesses.

Brasileiros “a toque de marcha” Lalop News

Londres

A Comunidade Brasileira com os patrocínios das associações brasileiras em Londres e o Alto Patrocínio do Consulado Brasileiro procuram encontrar soluções de articulação com Brasília. A discusão está lançada em torno da metodologia a seguir bem como a agenda a adoptar. Em cima da mesa, cinco grandes campos de ação (empresarial, educação, religião, trabalho e cultura) que procram fundamentalmente duas frentes de batalha. A sugestão, vai no sentido de

haver dois candidatos a serem eleitos pela comunidade num corpo a que se pretende chamar o Concelho de Cidadania. A proposta a ser discutida, aponta para dois eleitos para cada um dos campos que a Comunidade Brasileira deverá eleger ainda em 2011. O Cônsul do Brasil, revelou ao PaLOP News a sua confiança de que a comunidade saberá "encontrar as soluções adequadas para que este Conselho da cidadania funcione". Os intervenientes, prometem para breve mais informação de forma a que todos os brasileiros sejam chamados a participar.


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Lampião, bandido ou justiceiro?

Solidariedade a falar mais alto

Por: Liciano Demmetri

Lalop News Londres

O Futebol Clube do Porto teve mais um jantar dos Amigos do Minho que desta forma arrecadaram mais um valor a reverter para a compra da cadeira de rodas da criança portuguesa de que falamos na edição anterior. Com apenas 3 anos de idade, uma criança com dificuldades de articulação motor precisa do apoio da sua comunidade e os portugueses abordados têm

contribuido com aquilo que lhes é possível. À mesa também é possível ser solidário e os portugueses sabem bem do que não podem desistir. Bem hajam.

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, alcunha que ganhou por ter modificado um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião, foi um cangaceiro que viveu no Nordeste do Brasil no início do século XX. Virgulino nasceu em 4 de junho de 1898 na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no sertão de Pernambuco e foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes. O seu nascimento, porém, só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região agreste e pobre onde ele morava. Este fato comprova que Virgulino nascera em família que mesmo que pouco possuía algumas posses. Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem extremamente violento. Ele se tornou um criminoso e foi incessantemente perseguido pela polícia, a quem ele chamava de macacos. Durante os 19 anos seguintes, ele viajou com seu bando de cangaceiros, nunca mais de 50 homens, todos com cavalos e fortemente armados usando roupas de couro como chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da catinga. Suas armas eram, em sua maioria, roubadas da polícia e unidades paramilitares como a espingarda Mauser militar e uma grande variedade de armas pequenas como Riffles Winchester, revolveres e pistolas Mauser semi-automáticas. Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados brasileiros além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestiam-se

como cangaceiros e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, além de outros dois nados mortos. No dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergi-

pe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar café; quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais. Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, segundo a opinião de Virgulino, o bando foi pego totalmente desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa. O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta

e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com outros membros do bando. Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus(abutres). Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor. Percorrendo os estados nordestinos, o coronel João Bezerra exibia as cabeças - já em adiantado estado de decomposição - por onde passava, atraindo uma multidão de pessoas. Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da igreja, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas, em seguida, foram levadas a Maceió e ao sul do Brasil. Existem muitas versões sobre a intimidade e caráter de Lampião. Para alguns era justiceiro e lutava por uma causa, mas para muitos era bandido e assassino, mas indubitavelmente, passou a fazer parte do folclore brasileiro como personagem quase mítico admirado e odiado.


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Coaching Life

por Maggie João

Nunca é tarde demais! Estamos a meio de 2011 e penso ser a altura ideal para analisar o que correu bem e o que poderia ter corrido melhor nestes 6 meses e rever a sua lista de projectos para este ano e em que ponto se encontram. O fazer-acontecer, parte fulcral de todos os projectos pessoais, inicia-se com o facto de acreditarmos que somos capazes, acreditarmos que faz sentido e aliarmos este sentimento às competências e técnicas precisas para se ser bem-sucedido. Hoje, gostaria de vos recomendar um filme - "The Bucket List" (Nunca é tarde demais) que nos traz muito mais do que umas horas bem passadas com um elenco de luxo. Este filme fala-nos de que nunca é tarde demais para acreditarmos que somos capazes, que vamos conseguir. E que nunca é tarde demais para nos divertirmos, para fazermos novos amigos e sobretudo para mudarmos de atitude relativamente a determinado assunto. http://www.youtube.com/ watch?v=LIOCo0V7iHs Há também uma verdade a ponderar na lista de coisas que se quer fazer antes de se chegar ao final da vida. O que é que realmente gostaria de fazer antes de passar a fronteira da vida? Pense nisso, crie a sua lista e esforce-se para que todos os meses ou anos consiga realizar um ou mais itens da lista. Vai sentir-se melhor consigo mesmo e com os outros. *Maggie João é uma Executive & Life Coach que facilita o seu processo de auto-descoberta e o ajuda a concretizar os seus objectivos pessoais e profissionais de uma forma mais rápida do que se o fizesse sem qualquer tipo de apoio. Com uma panóplia de clientes espalhada em três continentes, o seu Coaching é não direccional, sem juízos de valor e totalmente centrado no cliente. A Maggie pratica Coaching em português, inglês e espanhol. Maggie é também autora do livro Coaching: Um guia essencial ao sucesso do coach, do gestor e de quem quer ser ainda mais feliz. Para mais informações sobre os seus serviços de coaching por favor visite www.coachinglife.eu, ou contacte-a através do email maggie.joao@coachinglife. eu.

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Encruzilhada Cultural Por: Claudia Nguvulo Que na capital inglesa tem-se uma ebulição cultural e linguística, onde vários idiomas se cruzam, não é uma novidade, pois trata-se de uma metrópole. Onde há uma grande diversidade racial, cultural e de costumes. Mas que a língua portuguesa está sendo falada e ouvida com grande representatividade, está! Aliás, monumentalmente! Na verdade costuma-se ouvir e dizer, que não há onde você vá que não encontre pelo menos um brasileiro, pois muitos são os momentos que, aqui em Londres, ouvimos alguém que fala nosso idioma. Especialmente se nos encontramos em determinadas áreas da cidade onde a incidência de falantes da língua portuguesa é grande e onde os mesmos estão concentrados. Temos o “Little Portugal” nas localidades de Stockwell, Oval, Vauxhall, e alguns outros bairros, no Sul de Londres, localidades como Bayswater, que já há muito tempo é conhecida como “Brasilwater”, na área central da cidade e por aí afora. O número de imigrantes sul americanos está a crescer muito, há uns anos atrás o maior número de imigrantes da América do Sul era advindo da Colômbia, 24.040 total no Reino Unido e 15.271 em Londres. Número este, que já foi ultrapassado pelos brasileiros, segundo dados de uma pesquisa feita pela University of London. Chega mesmo a impressionar e até mesmo às vezes, fazer rir, quando conversas são inevitavelmente interceptadas pelos ares londrinos. Como o número de cidadãos da Pátria amada Brasil está a crescer, não é difícil os brasileiros cruzarem uns com os outros pelos caminhos desta cidade real. Participando em conversas mesmo sem querer. Por muitas vezes as conversas serem tão explícitas, em alto e bom tom que querendo ou não se participa da mesma. Acredito que muitos dos que lerão este texto e que se encontram na cidade de Londres, automaticamente se lembrarão de algum episódio em que isto acima mencionado aconteceu. Sinceramente algumas pessoas ainda tem a impressão de que não estão sendo entendidas e com isto têm a falsa sensação de liberdade quando falam, muitas vezes, de suas vidas privadas, ao telefone ou mesmo com alguém, no ônibus, numa composição do metrô, em um estabelecimento

comercial, ou na rua. Os casos são vários, daria até para transformá-los em case studies, devido ao crescente número de exemplos e os variados casos de conversas cruzadas por esta cidade. Numa ocasião, em um ônibus que faz o trajeto Croydon/Brixton, uma jovem esteve todo o percurso, desde Croydon até a altura de Streatham, a relatar sobre um suposto casamento de conveniência, e a, antecipadamente celebrar o documento de residência que estaria por sair. Esteve a falar desta particularidade com riqueza de detalhes, falando sobre o cidadão que ela havia casado para conseguir ter documento que lhe garantiria um estatuto legal para viver no Reino Unido, até sobre

Aparentemente, um vive por aqui há mais tempo, e com um tom de experiência, explicava algumas coisas daqui para o outro. Eram dois homens brasileiros, e sentados um frente ao outro, um dizia: “Ao te olhar percebe-se que você não está com a vida sexual ativa.” Você está com quantos anos? 48 não é? Aqui neste país, homens a partir dos 50 anos, tem direito a Viagra grátis. Quem esteve a ouvir sentiu-se constrangido ao participar, em parte, da conversa onde, a situação sexual de um compatriota que viajava com ele na mesma composição do metrô em Londres, esteve verbalmente exposta. Conversaram bastante sobre variados temas até que os que ouviam a conversa desceram

valores que estiveram envolvidos nesta negociação matrimonial. Enquanto isto, quem esteve a ouvir, sentiu vontade de interromper a conversa e pedir para a mesma parar de falar publicamente de situação tão particular e delicada, ainda mais por estar tão próxima do órgão responsável por controlar a imigração, o Home Office. Quem presenciou esta conversa contou: “Como ela estava a falar com um tom de voz que várias pessoas podiam ouvir, fiquei nervosa por ela, pois assim como eu, uma mera cidadã brasileira estava a ouvir toda a conversa dela, uma outra pessoa, talvez ligada a imigração, poderia estar ouvindo também, a espécie de relato, e não ser conveniente e seguro para ela”. “Como alguém fala tão abertamente em um transporte público, sobre algo tão pessoal, eu não sei!” No último dia dos pais, o domingo 19 de Junho de 2011, dois homens na linha de metrô Northen Line, estavam a conversar.

na estação de Oval no Sul da cidade deixando-os a conversar, só não se sabe se em paz! Já em um onibus da linha 159, duas brasileiras conversavam sobre suas atividades profissionais, e uma dizia pra outra: “Pôxa, você nem parece que dança! Vê a fulana, ela também dança. Mas você, nem parece! Numa tarde ensolarada de uma segunda-feira do mês de junho, duas brasileiras estavam com seus respectivos bebês em seus carrinhos, em uma grande loja de produtos esportivos no Centro de Londres. Quando dirigiam-se para o andar térreo, a porta do elevador abriu-se e logo a seguir fechou-se, sem que as mesmas tivessem saído do elevador. Não demorou muito para que a porta abrisse novamente e elas pudessem então sair. Ao saírem do elevador, deparam com um numero consideravelmente grande de pessoas que entrariam no elevador, dentre eles um casal de brasileiros, que começaram a falar

mal das mulheres. Para uma delas, eles não perceberam se tratar de brasileiras, daí começaram a criticar as mulheres, atribuindo a elas a culpa do elevador ter aberto a porta e fechado antes que as mesmas saíssem. Iniciaram uma ofensiva crítica: “Ficam a conversar, isso é que dá!” O elevador abriu a porta e elas não saíram. Daí a mulher emendou, também num tom crítico e grosseiro: “Devem estar pensando que estão na feira!” Aliás, particularmente, não teve uma vez que eu tenha ido a esta grande loja de produtos esportivos, que eu não tenha deparado com um brasileiro por lá. Outra vez dentro de um ônibus, dois brasileiros conversavam sobre trabalho e um deles indicava pro outro como proceder, quando chegasse ao local para trabalhar como pintor. “Direi que você já tem experiência. O negócio é o seguinte, não tem muito mistério não. Você passa uma mão de tinta na horizontal e vem descendo na vertical até pintar toda a parede”. Enfim, todos os cidadãos que tem o português como primeira língua, provavelmente já estiveram em situações parecidas com estas acima citadas, onde ouviram ou foram ouvidos em conversas públicas. Um estudo sobre brasileiros no Reino Unido chamado Brazilians in London: a report for the strangers into citizens campaing, feito pelo departamento de Geografia da Queen Mary /University of London, mostra que a comunidade brasileira em Londres é muito maior do que as estimativas oficiais. Estima-se que haja cerca de 200.000 brasileiros em todo o Reino Unido e aproximadamente cerca de 130.000 a 160.000 residindo em Londres. Números estes que evidentemente já aumentaram. E que isto pode ser facilmente percebido devido o número de negócios e serviços formais e informais que surgiram na última década que são oferecidos por e para brasileiros. São muitos os casos, alguns engraçados, outros constrangedores e que cada vez mais serão comuns por aqui. Já que o numero de cidadãos brasileiros está em ordem crescente. Sendo assim, nas esquinas desta cidade você pode virar à esquerda ou à direita e se deparar com uma encruzilhada cultural e linguística!


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Exclusivo Palop News

Consulado de Portugal fica onde está

O novo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, esteve no Consulado Geral de Portugal em Londres onde concedeu uma entrevista exclusiva ao PaLOP News. Lalop News

Londres

O Consulado Geral de Portugal em Londres que tem sido objecto de muita polémica, pode ter os dias contados a caminho da tranquilidade há muito requerida pelos cidadãos que recorrem aos serviços consulares no Reino Unido. "Esta é a primeira deslocação que faço nestas funções e fiz questão de o fazer a um dos postos mais problemáticos que nós temos na rede consular portuguesa" começou por dizer José Cesário para acrescentar ser conhecedor de que o "Consulado em Londres tem problemas que se agravaram nos ultimos anos". "A Comunidade Portuguesa no Reino Unido tem crescido de uma forma impressionante nos ultimos anos o que levanta problemas de diversa ordem não apenas no apoio consular administrativo mas também nos planos social e da educação e por isso uma comunidade para quem temos de olhar com muita atenção" - frisou o Governante. José Cesário referiu ainda que com esta visita pretendeu "simbolizar o interesse que a comunidade portuguesa no Reino Unido tem" no seu gabinete. "Esta comunidade é para nós muito importante e por isso é a primeira que visito" adiantou o Secretário de Estado. "Quando digo para nós, refiro-me ao Governo e à importância que o Governo em geral atribui a esta comunidade". O PaLOP News tem nos ultimos meses apurado o desinteresse que a classe política portuguesa tem votado a toda a comunidade residente no Reino Unido, fruto da pouca participação cívica nomeadamente nos momentos eleitorais

e não deixamos de estabelecer o comparativo. "Essa é uma questão que vamos ver depois" - disse José Cesário ao nosso jornal. "Tenho perfeita consciência que essa é uma matéria particularmente sensivel com que vamos ter que lidar. O Programa do Governo deixa perceber que uma das preocupações com as comunidades tem o fomento da participação cívica e política. Tenho a consciência que esta comunidade é algo avessa a participação eleitoral mas essa não é uma característica exclusiva desta comunidade mas sim da generalidade das comunidades portuguesas em todo o Mundo. A questão é que no Reino Unido, a participação cívica é incomparávelmente mais baixa que em outros países e tendo em conta o volume da comunidade aqui residente, ainda mais baixo é em termos relativos mas é uma matéria a que vamos dedicar uma atenção muito particular." Sobre as questões mais prementes na relação do Consulado com os cidadãos portugueses, o Governante adianta que "o Consulado dará uma particular atenção ás questões do recenseamento mas antes o Consulado terá que ter equipamento que lhe permita resolver outros problemas e vamos trabalhar neles em concreto". Estava dado o mote para que pudessemos questionar José Cesário sobre as prioridades. "O primeiro problema está praticamente resolvido" diz José Cesário referindo-se à questão do contrato de arrendamento do edifício onde o Consulado está situado. "O Consulado Geral de Portugal em Londres vai permanecer onde está" revela o Secretário de Estado ao PaLOP News que dá a notícia em primeira mão. "O acordo está praticamente finalizado" - remata José Cesário que foi o responsável pelo mesmo

arrendamento em 2003 quando o Consulado de Portugal em Londres se mudou para as actuais instalações. Para o segundo plano na agenda do Governo, está a “organização de serviços a que vamos dedicar uma especial atenção. Já começamos a trabalhar nesses assuntos e espero ter as soluções concretizadas num curto prazo de tempo. Podem parecer coisas sem importância mas são de facto muito importantes para quem tem que prestar o serviço aos utentes” afirma José Cesário. “Temos uma máquina de emissão de cartões de cidadão e passaportes inoperacional há um ano e com a demanda que aqui existe isto não se justifica. Vamos tentar que comece a funcionar o mais rápido possível” revela José Cesário. O Consulado Geral de Portugal em Londres tem neste momento duas máquinas a emitir documentação e José Cesário pretende que a terceira máquina seja recuperada para aumentar em cerca de 30% o volume de documentos emitidos em Londres. José Cesário, adiantou porém ao PaLOP News que se a terceira máquina não está em funcionamento, “não terá sido por falta de atenção do Consulado em Londres” deixando de fora a única probabilidade que arrasta a responsabilidade pelo facto para o anterior Governo liderado por José Sócrates que não deu oportunidade a que a máquina tivesse sido reparada. As questões de dificuldade de circulação de informação é outra das matérias que o Secretário de Estado atira para a linha das prioridades referindo o sistema informático que não tem respondido convenientemente ás necessidades do posto consular londrino. “Vamos tentar que isso seja resolvido rápi-

damente” disse para adiantar que o Consulado tem também problemas no processo de atendimento desde o call center até à recepção dos documentos e aqui não está em causa apenas Londres mas toda a rede consular em todo o Mundo” frisou. “Estamos a equacionar medidas de curto e médio prazo” afirmou ao PaLOP News. Depois de ter assinado a mudança de instalações do Consulado para o actual local e antes de abandonar o Ministério, José Cesário deixou mais de trinta funcionários que hoje se encontram reduzidos a 17. Sobre este assunto e considerando as dificuldades que Portugal atravessa no momento, José Cesário adianta que “Estamos conscientes do problema que consideramos sério. Espero que as pessoas entendam o momento que atravessamos no Mundo inteiro e que não é apenas em Portugal e que práticamente nos impede de admitir mais pessoal nos quadros da Administração por isso teremos que encontrar outras soluções e temos algumas previstas” não adiantando porém quais. “Teremos contudo que fazer um esforço e aceitar que haja soluções que passam por encontrar pessoas. Quando foram encerrados alguns postos uns anos atrás, poderia ter sido aproveitada a oportunidade para fazer uma outra gestão de recursos humanos mas tal não aconteceu e a oportunidade foi perdida. Não vale a pena agora olhar para trás” - refere José Cesário ao PaLOP News.

Apesar das dificuldades financeiras, o Governante adianta que está já dada autorização para a contratação de mais uma pessoa para integrar a equipa do Consulado. “Gostaria de poder contratar mais 10 pessoas mas neste momento não é possível” - remata. Antes porém, José Cesário aponta para o tratamento de outras matérias que não a contratação de pessoal como forma de agilizar o atendimento e aumentar a produtividade com outras soluções. Quanto aos portugueses que residem fora de Londres, José Cesário recorda ter sido o próprio a abrir o Consulado de Manchester em 2002. “Admito que podemos encarar soluções de outro tipo de postos consulares de menor dimensão fora de Londres mas não é ainda oportuno adiantar mais informação sobre esse projecto” afirma. Quanto a prazos, José Cesário acredita que “desde que esteja reparada a máquina que está parada por falta de assistência, os efeitos serão imediatos num aumento de mais de 30%” na produtividade do Consulado de Londres. O Secretário de Estado, deixa mesmo cair a informação que “tendo os computadores a trabalhar em rede, em dois meses será possível sentir as melhorias na rapidez com que o consulado atende a comunidade. Estamos a dar mais meios aos funcionários que trabalham com muito esforço para que possam produzir mais e isso vai refletir-se em benefício da Comunidade Portuguesa no Reino Unido” - finalizou.

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Focus Brasil em Londres Palop News

Londres

A Comunidade Brasileira assistiu a uma das maiores manifestações culturais fora do Brasil. Com o apoio da TAM e do Banco do Brasil, diversas individualidades foram destacadas pelo troféu Press Award. O evento, que acontece desde há 14 anos em Miami (EUA), teve a sua primeira edição na Europa em Londres nos dias 5 e 6 de Agosto. A iniciativa que é reconhecida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, juntou em Canary Warf um conjunto alargado de personalidades que foram premiadas graças ao trabalho desenvolvido em prol da Comunidade e da Língua Portuguesa. Segundo Carlos Borges, jorna-

lista gestor do evento, "Londres foi escolhida por se tratar da cidade europeia onde reside o maior numero de imigrantes brasileiros". No dia anterior à entrega dos prémios, decorreu uma conferência aberta a jornalistas onde foi discutida a importância dos meios nas comunidades à volta do Mundo e a sua importância na união das mesmas comunidades. Os premiados foram indicados através da triagem feita pela imprensa brasileira no Reino Unido que fez movimentar uma larga audiência para um espectáculo que contou com conhecidos nomes da cultura brasileira no Reino Unido. Destaque para os laureados Else Vieira que tem desenvolvido um extenso trabalho em prol da Língua e da cultura, bem como Gui Tavares, o musico que tem le-

vado a musica brasileira aos mais importantes eventos de Londres. Também Marcus Fumagalli foi ovacionado dado o papel que tem desenvolvido na distribuição da imprensa em Língua Portuguesa no Reino Unido. Outros premiados foram o cineasta Henrique Goldman, a London School of Capoeira, Natan Barreto na área da literatura, a Associação Naz Vidas, Paul Heritage na promoção da cultura brasileira e Stone Crabs Company (Franco Figueiredo na área do teatro). Destaque ainda para a London School of Samba que integra praticantes de várias nacionalidades com especial destaque para as comunidades britânica, brasileira e portuguesa. O evento, terá ainda este ano a sua repetição na cidade de Tókyo no Japão.

Record constante em eventos de Londres Palop News

Conexão Balada é o novo quadro que traz reportagens especiais com bom humor. O programa Conexão da TV Record no Reino Unido já é conhecido pelos telespectadores por ser uma opção de entretenimento e informação. Agora ele ficou mais dinâmico ainda com o quadro “Conexão Balada”. Apresentado pelo repórter Eduardo Mauro, o segmento especial cobre os eventos realizados na Inglaterra de forma bem humorada e, principalmente, interagindo com o público. Além de entrevistas com artistas e promotores de eventos, o quadro ‘Conexão Balada’ conta ainda com outro convidado muito especial: o público presente em cada festa, mostrando na tela da Record a diversidade e alegria dos representantes das mais diversas regiões do Brasil em

Eastbourne no mapa dos portugueses Lalop News

Londres

Era hora de almoço de Sábado quando a redação do PaLOP News decidiu "adiantar" o calendário. Estava prevista uma visita a Eastbourne para o dia seguinte e a metereologia anunciava que nesse mesmo fim de semana estaria um tempo magnífico para a visita anunciada. Não esperamos pelo Domingo e partimos nesse mesmo momento para a estação de Vitória em Londres. 30 libras e 90 minutos depois, estavamos na estação de comboios de Eastbourne depois de termos desfrutado de uma paisagem de que Inglaterra se pode orgulhar. Com os pés já na rua, uma comitiva de gaivotas veio dar as boas vindas aos jornalistas de serviço. Minutos depois, o nosso contacto Amilcar Reis chegava acompanhado do filho para nos recolher e

mostrar as maravilhas de uma terra onde vivem muitos portugueses. Tentamos saber quantos e fomos fazendo perguntas. "Entre dois e 14 mil foi a primeira informação mas a que mais colheu foi de sete mil portugueses a viver numa pequena cidade esbarrada com o mar. Fomos à descoberta do mar para matar as saudade de quem, em Londres, nunca vê a água com ondas. Um mar calmo visto a dezenas de metros de altura foi o primeiro show para os olhos verem. No cimo da ravina, aqui e ali, flores e crucifixos de madeira a assinalar as pessoas que tinham escolhido aquele local cheio de serenidade para o suicídio. O lugar é bonito mas a prática não é recomendável. Com uma terra tão linda assim por conhecer, ninguém merece morrer. Depois de um extenso passeio a pé, decidimos voltar à pacata cidade e estacionar o carro. Assim que o conseguimos,

bastou espreitar para o fundo da rua e identificar uma pequena esplanada com as cores da cerveja Sagres. Por cima, um letreiro anuncia: O Farol - Portuguese Restaurant & Cafe. Estavamos a chegar na hora de um petisco regado com Sagres e acompanhado por deliciosos caracóis. Na gestão deste Farol, Maria de Jesus que cerca de 40 anos antes abandonou Tomar e veio para Londres onde viveu até decidir comprar uma casa na praia. Vez após vez, foi visitando a propriedade para depois por lá se radicar. "Já quase não visito Londres" confessa ao nosso reporter. Na ementa, borrego, bacalhau,

feijoada transmontana e arroz de marisco que no dia seguinte nos obrigou a lamber os dedos. Ficou decidido. No dia seguinte, seria no O Farol que teríamos o repasto ao almoço. Acabados os caracóis, um pão torrado para o molho que fazia de espelho no fundo do prato. O pão, soubemos depois, é confecionado por uma portuguesa que reside na cidade e que na ausência de emprego decidiu cozer pão e vendê-lo aos restaurantes. Pão feito à mão e por isso, abençoada padeira, que nunca lhe doam as mãos. Foi pois de barriga cheia que abandonamos o local para uma noite de sono merecido. No dia se-

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Londres. Veiculado todos os sábados às 20:30 horas, no Reino Unido, e às 21:30 horas na Suíça, o programa Conexão já esta firmando-se como uma atração única, misturando dicas de saúde, beleza e entretenimento para quem busca por um fim de semana mais informativo e interativo. O quadro ‘Conexão Balada’ vem somar a este formato, juntando-se a comunidade brasileira nos momentos de lazer. Sobre a Record A Record conquistou seu favoritismo para quem mora na Europa. Prova disso é o constante aumento em sua audiência, graças à uma vasta seleção de programas para a toda família e um jornalismo sério transmitido diarimente para todo o Reino Unido e países vizinhos. Além da comunidade brasileira, a Record também atinge uma significativa parcela dos nativos da Língua Portuguesa no Reino Unido, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. Vale ressaltar que a emissora é ainda o único canal de língua portuguesa disponível gratuitamente via satélite. Serviço: Programa – Conexão/ Quadro Balada Exibição – todos os sábados, às 20:30 horas no Reino Unido 21:30 horas na Suíça Credito da foto: Mirella Thome

guinte, seria dia de trabalho duro. Muito duro. Começamos por visitar a marina onde os barcos atracados servem de paisagem aos edifícios de habitação e onde as lojas dão o charme da vida em cima do mar. Pela marina, pequenos cursos de água fazem um xadrez que nos enche os olhos de um ambiente de barcos a entrar e a sair mesmo na boca do mar. De máquina fotográfica em punho, fotografamos os peixes visíveis a passear na água da marina que serve de vizinha a um mar de cor verde que nos arrasta a saudade. Só a falta de areia nos impedia de molhar os pés numa água deserta mas num recinto com muitos banhos de sol. Regressamos à cidade num desfilar de hoteis que maioritáriamente anunciavam lotação esgotada. A multidão, rua abaixo e rua acima, desfrutava de um sol que entrava nos carros (muitos) descapotáveis numa marcha lenta própria de zonas marinhas com excesso de trânsito. Tal como qualquer outro animal, os humanos são chamados pelo sol e o espaço enchia-se de gente e movimento colorido para onde quer que desviem os olhos. A tarde, ameaçava ser de encanto. Regressamos ás ruas da cidade e ouvimos falar português. Cont página seguinte


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Cont. Página anterior Naquele mesmo local, um Fish and Chips tipicamente inglês na mão de um português. Tony, nascido em Moçambique e filho de madeirenses está à porta a cumprimentar as muitas pessoas que conhece e que por ali passam. Paramos à conversa no Holliday Inn Fish and Chips. "Não temos comida portuguesa" - diz-nos Tony que tem nos ingleses o grosso dos seus clientes. "Os teatros trazem muita gente ao Fish and Chips" diz António que tem nos seus empregados 6 distintas nacionalidades. Depois de um cappucino que estava um simples espectáculo, partimos de novo à orla marítima. Uma feira de muitas tendas dava ao rebentamento das ondas um encanto de um jardim multicolorido que os ingleses orgulhosamente ostentam um pouco por todo o Reino Unido. Passamos ao largo pelas iguarías que tentavam o estômago. Estava na hora do almoço e por isso voltamos ao O Farol. Acabada a refeição, era já meio da tarde, momento de regressar a Londres para gravar uma entrevista a decorrer em Hendon. A promessa de voltar ficou feita mas não sabemos se vamos resistir muito tempo. Combinado, ficou também abrir a oportunidade a outros lusofalantes em Londres para visitar a simpática cidade de Eastbourne. Por visitar ficaram outros estabelecimentos de portugueses na cidade. Fizemos o registo e quando o comboio partiu para Vitória, deixamos no ar uma frase breve. - Até breve. Muito breve. Agradecimentos O PaLOP News agradece a gentileza de Amilcar Reis que foi inexcedível no acompanhamento da equipa do PaLOP News.

O povo no médico Palop News

Carlos Barreira da Costa, médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro A Medicina na Voz do Povo, com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina. Jóias deste tão pouco conhecido léxico. O deasfio do otorrino - A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides. - Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, o nariz não se destapa. - Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho. - Isto deu-me depois de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido. - Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída. - Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saíam. - Tenho a língua cheia de Áfricas. - Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor. - O dente arrecolhia pus, e na altura em que arrecolhia às imidulas, infeccionava-as - A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor. Quando o assunto é a fala. - Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta. - Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais. - O meu pai morreu de tísica na laringe Quando é na cabeça - Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João. - Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é.... - Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós. - Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima.... - A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida,assim aos tombos, a trabalhar. - Ou caiu da burra ou foi um ata-

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que cardeal. Aparelho genital. O quebra cabeças - Venho aqui mostrar a parreca. - A minha pardalona está a mudar de cor. - Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas. - Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza. - Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)? - Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de u m a f*** mal dada. - Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos. - O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã. As dores de coluna, dos ossos, do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar. Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos eintendência para a tensão alta. - O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura. - Já tenho os ossos desclassifica-

Jovens quadros integram Rede de Negócios Portuguesa DN Economia Londres

Mais de uma centena de jovens portugueses quadros superiores de empresas nacionais e inglesas no Reino Unido vão integrar a Rede de Negócios Portuguesa que hoje é lançada pela Câmara de Comércio Luso-britânica em Londres. "Queremos chamar a nova geração de portugueses que trabalha em empresas nacionais e inglesas no Reino Unido para integrarem a primeira plataforma portuguesa de encontros e negócios neste país, com o objetivo de promover ideias positivas para dinamizar as exportações e o investimento", disse à agência Lusa a diretora-geral da Câmara de Comércio, Christina Hippistey. Segundo a responsável, "é muito importante", tendo em conta a atual crise internacional, promover "uma imagem positiva de Portugal no Reino Unido" e isso pode ser alcança-

dos. - Além das itroses tenho classificação ossal. - O meu reumatismo é climático. - É uma dor insepulcrável. - Tenho artroses remodeladas e de densidade forte. - Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala. Desculpas em português que bebe e fuma - Tomo um vinho que não me assobe à cabeça. - Eu abuso um pouco da água do Luso. - Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool. - Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem. - Eu sou um fumador invertebrado. O aparelho digestivo e as suas queixas - Fui operado ao panquecas. - Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina. - Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo. - Eu era muito encharcado a essa coisa da azia. - Senhor Doutor, a minha mulher tem umas almorródias que, com a

sua licença, nem dá um peido. - Tenho pedra na basílica. - O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás. - Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa. - Fiz uma mamografia ao intestino. - O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenós (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda). Os medicamentos e os seus efeitos também dão confusão. - Ando a tomar o Esperma Canulado - Espasmo Canulase - Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião - Sermion - Ø Andei a tomar umas injecções de Esferovite - Parenterovit - Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada - Piprili - Ø Agora estou melhor, tomo o Bate Certo - Betaserc - Tomo o Sigerom e o Chico Bem - Stugeron e Gincoben - Ando a tomar o Castro Leão Castilium - Tomei Sexovir - Isovir - Tomo uma cábulas à noite. - Tomei uns comprimidos jaunes, assim amarelados. - Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas. - Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha. Estava a ficar com os abéticos no sangue.

do através da criação de uma Rede de Negócios Portuguesa. No fundo, trata-se de uma plataforma que reúne quadros superiores portugueses com poder de decisão e que trabalham em empresas nacionais e inglesas no Reino Unido. Atualmente, a Câmara do Comércio tem 130 associados, dos quais 70 por cento são empresas portuguesas que operam no Reino Unido e 30 por cento são companhias inglesas, pelo que a criação de uma plataforma de encontro da nova geração de portugueses que trabalham no país e que estão em cargos de direção poderá "potenciar positivamente a imagem de Portugal" e permitir uma maior cooperação na área comercial e no domínio dos investimentos, salientou. No lançamento da rede estarão 140 participantes, entre os 35 e os 45 anos, que pertencem a diferentes níveis da direção das empresas onde trabalham, dos quais 90 por cento são portugueses e os restantes ingleses. O embaixador de Portugal em Londres, João de Vallera, vai estar presente no encontro que se realiza ao final da tarde de hoje, estando previsto que faça o discurso de abertura. Segue-se o lançamento da Rede

de Negócios Portuguesa, que terá uma periodicidade de duas a três vezes no ano. O evento contará também com a presença do presidente da Câmara de Comércio Luso-Britânica, Robert Miller, atual diretor-geral da Caixa Geral de Depósitos em Londres. A Câmara de Comércio tem associados de peso, entre os quais, o Banco Espírito Santo (BES), Banco Português de Investimento (BPI), Santander Totta, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Logoplaste, TAP e empresas da área das tecnologias da informação e do imobiliário e turismo. "O papel da Câmara é igualmente o de facilitar a cooperação comercial e o investimento. Portugal tem boas relações e conhecimentos sobre o Brasil e Angola. Nesse sentido, tem um papel de ponte [em que a Câmara é o agente facilitador] dos negócios com os investidores ingleses", sublinhou à Lusa a responsável pela Câmara em Londres. No fundo, pretende-se chamar "a nova geração de jovens portugueses com poder dentro das empresas, alargando aos ingleses para que integrem a nova plataforma ou rede portuguesa para se potenciarem os novos negócios entre os dois países", concluiu.


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Câmara de Comércio mostra serviço

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Londres

A Câmara de Comércio Luso-Britânica envolveu a comunidade empresarial na residência do Embaixador de Portugal em Londres onde membros dessa estrutura puderam conviver com empresários portugueses a operar no Reino unido. No seu discurso, o Embaixador de Portugal em Londres, teve oportunidade de referir a situação em que Portugal se encontra com a entrada do FMI vincando porém a capacidade que Portugal tem para dar a volta por cima e sair desta

questão com a imagem intacta. O PaLOP News, sabe que o Embaixador João de Vallera tem tido uma agenda particularmente agitada devido à crise economica que Portugal atravessa. Entende-se que enquanto diplomata português, João de Vallera tenha que acorrer a vários "fogos" fruto da situação que ensombra as finanças portuguesas. A reunião na Embaixada, serviu também para deixar interiorizar um espírito de trabalho que demonstra que apesar de todas as dificuldades, Portugal e os portugueses têm soluções. A história que o diga.

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O teatro em Greenwich continua a baralhar, partir e dar cartas em mais uma produção digna de registo. Candy King Productions e KissProductions Celtic apresentam no Galleon Theatre o trabalho Crimes de Paixão - The Rufian on the stair e O Acampamento Erpingham por Joe Orton. O renascimento de Londres primeiro de muitos anos do hilariante Joe Orton em peças curtas, originalmente apresentado em 1967 no Royal Court em "Crimes de Paixão"; pungente e tragicamente no ano em que Orton foi espancado até a morte pelo seu amante na sua casa em Islington. Joe Orton (1933 - 1967) foi um dramaturgo Inglês formidável que na sua breve carreira, se recriou como um personagem chocado, indignado, divertido e criou um legado incomparável e definido para o teatro britânico com a sua escrita no humor negro.

O rufião na escada O rufião na escada foi para o ar na BBC Radio, em agosto de 1964 e o campo Erpingham foi escrito originalmente na televisão 1966. Esta farsa hilariante e curta será apresentado neste verão como um projeto de lei dupla no Playhouse Greenwich. O rufião na escada conta a história de Mike e Joyce ... e o seu hóspede não convidado que não é tudo o que ele parece ser. Pelo meio as revelações de incesto e morte nessa comédia de humor negro que se constrói a um crescendo impressionante ...

O CAMP Erpingham é uma representação da vida desregrada em um acampamento de férias, suprimida pelo demoníaco e mau governante Erpingham. Mas será que o Inglês realmente prefere ter uma xícara de chá no estágio de uma revolução? A ver no Greenwich Playhouse Greenwich pátio da estação, 189 Estrada Greenwich, London, SE10 8JA até 7 agosto 2011. Terça - sábado 07:30pm, domingo 4:00pm. Ingressos: £ 13, £ 10 - 020 8858 9256 - oxoffice@galleontheatre. co.uk

Powell-Cotton Museum desafia angolanos Palop News

Londres

Depois de êxito alcançado em Maio, mais uma iniciativa para os jovens vai ter lugar durante o mês de Agosto. Uma série de três oficinas oferecem Formação na área dos mídia dada por profissionais de Londres. Além da gratuitidade a organização contribui ainda para as despesas de viagem e sumos. No fim, os formandos têm ainda acesso a produzir uma curta metragem que será exibido no museu e numa exposição que vai correr todo o Reino Unido. Os workshops terão lugar no dia 9, 16 e 23 de agosto na Universidade de Oxford House, Rua Derbyshire, Bethnal Green (onde o evento foi realizado em maio). Cada dia terá início às 10:30 e terminam às 16:00. As oficinas são destinadas a jovens com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos

de idade, contudo, no caso de jovens com menos ou mais idade poderão integrar as turmas. Todas as pessoas interessadas são bem-vindos seja para fornecer a música, fotografias, idéias, o roteiro ou simplesmente aprender novas habilidades. Haverá treinamento com uma câmera com qualidade de broadcast, em habilidades básicas de edição, e em download e

upload de mídia de e para a web. A todos os participantes, será dada uma mídia e um pacote de recursos de livre acesso ao museu Powell-Algodão para eles e suas famílias por um ano. Os interessados, deverão contactar Catherine Moore através do 07956 276 281. Seja rápido para permitir a organização das turmas e o desbloqueamento das verbas necessárias

Nova revista digital no mercado em UK Henriques Cruz anuncia o lançamento da nova Revista “Etela” que traduzido significa "Eu estive lá". O original nome pretende cobrir uma área de eventos que acontecem um pouco por todo o lado. "Optei por revista eletrónica porque hoje em dia a tecnologia domina o dia a dia de todos nós e é mais conveniente ir a um computador ler os assuntos que nos interessam de que ir a uma banca de revista comprar uma que será descartada uns dias depois." -

diz Henriques Cruz no seu sitio da internet www.etela.info. Para o próximo dia 26 de Agosto, a Etela anuncia a sua gala a decorrer no Wanstead Sports Club situado na Black Hall Road (E11 2QW) que tem a mão da organização de outros eventos como a Miss Angola e uma das festas da independência de Angola entre outros. A publicação digital promete estar atenta a eventos que publicará na sua edição online. O PaLOP News vai estar lá.


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Londres

Este é o remate final de uma história recambolesca que teve o seu início em 24 de Fevereiro e termina em Julho para conseguir o Cartão de Cidadão no Consulado Geral de Portugal em Londres. “Acontece um em cada mil” - diz-nos Macedo de Leão, Cônsul Geral de Portugal em Londres. Acreditamos que sim mas a história é a história e aqui fica contada tal como aconteceu. O início deste relato, começa no trabalho publicado na nossa edição numero 17 e termina com o desejado Cartão de Cidadão na mão do reporter. Um Bilhete de Identidade caducado em Dezembro de 2010, dá início ao processo de renovação de identificação. “Já não é possível requerer um novo Bilhete de Identidade” - informa o Consulado de Portugal por e:mail - “uma vez que este foi substituido pelo Cartão de Cidadão.” Cumprimos todas as formalidades e pagamos todas as taxas de urgência para uma viagem que estava agendada para 1 de Maio. Como ficou referido, estavamos a 24 de Fevereiro. Até à data da viagem, tínhamos 67 dias para obter o Cartão de Cidadão e viajar para Portugal. A calma do Consulado Geral de Portugal perante a urgência, impressiona. A deferência que oferece ás taxas de urgência, arrepia. Estando a viagem agendada para o dia 1 de Maio, tinhamos até 28 de Abril para resolver a questão da identificação. A 27 de Abril, escrevemos ao Consulado Geral de Portugal a alertar para a urgência. Dia 28 seria feriado devido ao casamento de William e Kate, depois seria sábado e de seguida domingo dia 1 de Maio e dia da partida. Se não ficasse resolvido até dia 28, a viagem seria perdida. Para o Consulado Geral de Portugal, o detalhe tinha passado ao lado mas na redação do PaLOP News estavamos atentos e escrevemos. Em resposta, recebemos a informação de que poderiamos obter um Título de Viagem Única. Foi a opção escolhida. No mesmo dia, o reporter do PaLOP News vai ao Consulado Geral de Portugal em Oxford Circus e questiona a portaria sobre a obtenção do Título de Viagem Unica. - Passe cá amanhã de manhã e resolve o problema - disseram na portaria. Habituado ás histórias do Consulado Geral de Portugal, instalou-se o medo de não se conseguir obter o Título para viajar. - Garantido - diz-nos o segurança. No dia seguinte, o reporter comparece no Consulado para obter o Título de Viagem Unica. A reserva porém, para já, era outra. O referido Título serve para viajar até Portugal mas não serve para regressar a Londres. Efectivamente, a carta PIN não

Consulado Geral de Portugal: Mais rápido que a própria sombra gunda via da..., 2ª via. Para quem procura esclarecimento, estava instalada a confusão. Pedimos então a terceira (segunda) via da segunda via. Perceberam? Pedida a segunda via da 2ª via (terceira via), descemos ao rés-do-chão para sair. restava aguardar que a Carta PIN desse à “costa” e foi o que aconteceu . A odisseia estava cumprida vinte semanas e dezenas de email’s depois.

Atitude de três “pernas” tinha chegado ás mãos do reporter e pela informação do Consulado, a carta PIN tinha-se extraviado. O que não se extraviou foi a carta do Ministério das Finanças que chegou passados dois dias do início do processo (vwww.palopnews.com). Por muito que o Consulado Geral de Portugal em Londres pretenda referir o endereço errado como desculpa para o extravio, a verdade é que a carta das Finanças tinha chegado. Não havia dúvidas que o endereço estava certo. - Talvez um vizinho que lhe queira mal - dizia-nos fonte do Consulado - tivesse “usurpado” o seu correio e retirado a carta. - Impossível - dizia o reporter que tinha a certeza de isso ser impossível num edifício sem outros portugueses e com segurança privada onde nenhuma história existe deste ou de outro género nas relações com a vizinhança que tem moradores exclusivamente da classe A. - A Carta PIN parece uma dessa cartas de promoções dos supermercados - disse mais tarde uma funcionária do Consulado de Portugal. - Por vezes atiram-nas ao lixo porque a identificam com correspondência publicitária. Com o Título de Viagem Unica na mão, o reporter aterra em Pedras Rubras (Porto), domingo, no dia 1 de Maio. No dia seguinte pelas 9 da manhã, o reporter está na Loja do Cidadão na Avenida Fernão Magalhaes e retira a sua senha de atendimento. Espera pacientemente pela sua vez de atendimento e quando finalmente consegue explicar à funcionária o que pretende, recebe a informação que tem que ir a outro guichet de atendimento. Assim fizemos e retiramos nova senha. Finalmente a chamada para o novo guichet depois de mais uma

espera. - Lamento mas o que pretende não pode ser tratado aqui - revela. Neste momento estamos prestes a explodir e a espalhar os restos da nossa paciência pelas paredes. - “Aqui a única coisa que podemos fazer é pedir uma segunda via da Carta PIN - diz a funcionária. Pedimos a segunda via e cumprimos as istruções. Fomos aos Serviços Centrais de Identificação na Rua Alferes Malheiro do outro lado da cidade. Dito o que pretendemos, o reporter foi atendido e para sua surpresa, não teve que esperar mais que cinco minutos por um novo Bilhete de Identidade com a validade de 90 dias. Agora, já seria possível voltar a Londres e aguardar que o pedido de 2ª via fosse cumprido. Puro engano. Vencidos todos os prazos, contactamos o Consulado de Portugal por e:mail na expectativa de poder haver notícias. O call centre do Consulado de Portugal mostrou-se exímio no envio de respostas descartáveis e repetidas, vulgarmente conhecidas por “chapa 5”. Em cada e:mail, uma explicação ilegível e a informação de que podemos sempre recorrer ao pagamento de taxas de urgência para obter o Cartão de Cidadão. O reporter perde as “estribeiras” e na resposta pergunta o que falta pagar? A resposta, foi muda. Sempre pronto a facturar este Ministério que anda nas “lonas” com a questão da Troika que ainda não tinha chegado mas já se tinha anunciado nos corredores exclusivos da Administração Pública. Perante a insistência do reporter, o Consulado Geral de Portugal em Londres requer a visita às instalações. Estávamos na nossa sétima deslocação e o reporter dava graças por viver em Londres e não estar a faltar ao emprego enquanto pensava

nos milhares de pessoas a quem, no Reino Unido, esta história podia ter acontecido. Cumprimos e fomos de novo ao Consulado Geral de Portugal. A solução, seria pedir uma terceira via. Na entrada, demos pela falta da funcionária na recepção que na visita anterior nos tinha recusado o Livro de Reclamações. Perguntamos pela funcionária e fomos informados de pronto. - Já cá não trabalha - diz-nos o funcionário da caixa. - Onde posso então pedir o Livro de Reclamações - insistimos. - Eu mesmo lho dou - diz o funcionário da caixa enquanto estende o livro pela saída de vidro do guichet. O reporter retira-se com o livro, preenche a reclamação e devolve o livro recebendo a cópia da reclamação nº A16. A nós, que conhecemos as histórias do Consulado Geral de Portugal, fica-nos a suspeita de haver apenas reclamações até ao numero A (primeira letra) nº 16. É curto para tantas histórias mas o objectivo não era esse. Na reclamação, o facto da demora para obter o Cartão de Cidadão e a escassez de funcionários. Mais tarde, recebemos uma carta assinada pelo própio Cônsul Geral a congratular-se pelo facto de a Carta PIN já estar na mão do reporter e que a questão da escassez de funcionários foi enviada para a Tutela. Neste caso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Voltamos à questão da terceira via. - Não pode - diz um dos funcionários - Tem que iniciar o processo de novo. O sistema não permite uma terceira via. Estavamos conformados mas não estavamos informados. Insistimos numa outra funcionária do Consulado. - De facto não pode pedir uma terceira via mas pode pedir uma se-

Jorge Seabra é uma figura que a comunidade do Sul de Londres (Little Portugal) conhece porque é sempre um símbolo de atitude quando entra num ambiente. Seja a dançar na pista da discoteca, seja nos restaurantes ou, como já aconteceu, a passear de mini saia cor de rosa. Celebrou os 20 anos no hospital quando um acidente de viação lhe amputou uma perna. Já lá vão outros tantos. Pela forma como se mexe, não restam duvidas que não lhe amputaram a vontade. Casado em segundas núpcias e pai de 4 filhos, Jorge Seabra não passa despercebido e não precisa fazer nada por isso. Encontramos Jorge Seabra, "disable" de trincha na mão a passar verniz numa janela. Para quem conhece Londres, é extraordinário. Abundam os "disables" com capacidade de trabalho e nós encontramos um dos verdadeiros a trabalhar. "Tenho muitos amigos que me ajudam", diz Jorge Seabra - "e quando tenho oportunidade gosto de retribuir." Carpinteiro e marceneiro de profissão e natural de Aveiro (Portugal) tem como passatempo a relação com a madeira. "O meu ultimo trabalho é um barco em madeira e levou dois anos a acabar. 3 mil libras não foram capazes de o comprar" - diz. NR: Sobre este assunto, veja por favor o que diz Maggie João na sua crónica www.palopnews.com


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Top Star Palop News

O nosso colega jornal "As Notícias" acaba de lançar a sua nova capa no mercado de Língua Portuguesa no Reino Unido. Com o nome de capa "Top Star", esta nova publicação pretende levar ao público o que de mais im-

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portante acontece no show business português com entrevistas, reportagens e apontamentos sobre a vida dos famosos. A revista encontra-se à venda na generalidade dos estabelecimentos de Língua Portuguesa no Reino Unido e tem o preço de capa de£1.00. A edição numero 1 encontra-se nas bancas. Ao nosso colega "As Noticias" os nossos parabéns e sinceros votos de êxito.

Acredite se quiser

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Londres

O que acontece para lá do dia em que morremos atravessa a história da humanidade de uma forma tão antiga como a própria existência da raça. Para onde vamos? Fazer o quê? Nesta entrevista com Pai Nélio de Oxalá, damos a conhecer que afinal, quando chegamos à ciência do espiritismo, o importante é o que estamos a fazer neste preciso momento. Pai porquê? - perguntamos ao nosso convidado que veio do Funchal (Madeira) para uma entrevista publica que decorreu no Wine & Bread no Norte de Londres. - Porque cuida dos seus filhos e das pessoas que o procuram. É essa a função de um pai. - Oxalá? - insistimos numa clara alusão à tradução literal de "Ála queira". - Isso vem da história - diz - nos Nélio Pereira que já competiu no desporto automóvel. A dissertação sobre as razões para a nomenclatura utilizada começa na época em que os escravos eram levados de África para o Brasil. Uma vez aí, estava-lhes vedado o culto das suas próprias religiões e a repressão leva à adopção de imagens comuns. "S. Jorge é um exemplo" diz-nos o nosso enrevistado. Expressões como Orixá, sincretismo e todo um vocabulário próprio da actividade paranormal, são frequentes ao longo da entrevista a que o público assistiu de forma interessada. Estava chegado o momento de perceber. Segundo a explicação recebida, espírito todos somos mas precisamos de energia positiva em grandes doses para ser promovido a Entidade. Quanto a estas ultimas, "todas têm as suas lendas e são geralmente oriundos de África e de tribos índias do Brasil" que se cruzam com o Cristianismo. A crença afirma ainda que "geral-

mente poucos conseguem cumprir todos os objectivos numa única vida e por isso nascemos e desenlaçamos" numa soma e divisão entre o corpo e o espirito ao longo de muitas vidas. "Quando não cumprimos voltamos e essa é a forma de progredir na luz" como se o ritual de sair e voltar à raça humana fosse uma forma de adquirir essa "luminosidade". - Orixá é uma entidade da mesma forma que existem os santos e o Umbanda que neste ponto se cruzam com Alan Kardek, um campeão de vendas através dos livros que escreveu. "Todas as linhas religiosas têm as suas imagens" refere. Quando questionado sobre as especialidades da actividade, Pai Nélio de Oxalá desdobra os diversos tipos de mediunidade que mexem com os vários sentidos do corpo. Sensações, visão e audição são as que são destacadas na entrevista. Da "incorporação" (tomada de um corpo por outro espírito), Pai Nélio de Oxalá identifica duas grandes vertentes. "O momento em que o acto é consentido ou quando é involuntário tornando-se obsesivo" - altura em que algumas religiões cristãs respondem com o exorcis-

mo. A ciência a par da teologia é abordada numa concessão de argumentos que deixa os "médicos a consultarem" o nosso entrevistado e noutras ocasiões a serem "técnicamente" impotentes. "Muitos dos sintomas da esquizofrenia nada têm de físico" acrescenta. Quanto ás religiões, "todas são boas desde que a a pessoa se sinta bem no seu interior". A matéria seguinte vem armadilhada pelo esforço financeiro. É do conhecimento público o dinheiro que a Fé movimenta. "Antigamente, o pai ou mãe de Santo, vivia no espaço físico dos rituais (Terreiro). A população levava lá os géneros alimentícios e satisfaziam as necessidades. Hoje temos luz para pagar e não podemos ir buscar a água à roça e existem despesas para pagar" - justifica o nosso entrevistado. "O importante é distinguir as linhas religiosas e os negócios" refere para acrescentar que um "pai de santo" nunca chega a ser rico e os poucos que se conhecem que são credenciados mostram uma vida sem ostentações. Hojé é possivel comprar literatura e estudar o Cont. Pág. seguinte


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Cont. Pág. anterior Tarot. Perante a crise financeira vem a crise de valores que leva muitas pessoas a encarar esse conhecimento como uma oportunidade de negócio. Isso deixa a actividade espiritual uma selva". Pai Nélio de Oxalá, surge assim em Londres onde já tem grelha de contactos para dar a conhecer a mesma actividade que desenvolve na Madeira (terra Natal). "Quando a parte financeira ultrapassa a parte espiritual as referências acabam naturalmente". É assim com a regra da perca quando se ganha ou o inverso que a questão financeira aborda a questão espiritual. Também esta corrente espiritista evolui com a disseminação da actividade um pouco por todo o lado. "Antigamente, para se ter a «mão de jogo» (jogo de numeros através de búzios por exemplo) era necessário receber essa competência de um pai de santo que pertence a cada pessoa na hierarquia desta religiao." Perante tanta diversidade de oferta nesta actividade, a dificuldade "é encontrar intérpretes honestos" onde a farsa e o "teatro" se ramificam. "Os resultados dessa actividade, vão repercurtir-se na "herança karmica" numa vida em que ficamos na terra com um prazo certo de existência - como defendeu o nosso entrevistado. Quanto às entidades que alguns

médiuns afirmam ter na intimidade, Pai Nélio de Oxalá afirma que "não somos nós que escolhemos as nossas entidades mas sim o inverso mesmo antes de nascermos" - afirma. Quanto ao espírito, "precisa de nascer para voltar a nascer como forma de progredir". Para sabermos se estamos ou não perante um embuste, recomenda que sejam pensadas as sensações. "Quem visita um lugar de boas energias sente-se bem" atira. "As pessoas gostam de ouvir dizer que vão ter namorados e viagens" numa alusão à facilidade com que nestes casos a frande se pode instalar. Para descomprir, pedimos ao nosso entrevistado os numeros da lotaria. "Se soubesse seria para mim" - refere Pai Nélio de Oxalá. Nos seus argumentos, "existem pessoas tão pobres que a unica coisa que têm é dinheiro" e que quando o excesso financeiro é atingido surge a impossibilidade de desfrutar mesmo que isso tenha que implicar o preço da própria vida. "O dinheiro perde valor quando arrasta infelicidade" - diz para acrescentar "nunca dou oportunidade para ser consultado sobre essa questão". No top das solicitações da galeria de pessoas que consultam o nosso entrevistado, estão assuntos relacionados "com a saúde" referindo por vezes situações em

que é o espiritismo que restaura a esperança de vida. "Existem casos de sussesso em que a medicina falhou. A nossa especialidade é promover o bem estar da pessoa através de soluções de equilíbrio e harmonia". Instado ao exemplo, o nosso entrevistado refere que "alguns sintomas da esquizofrenia nada têm de físico" defendendo que é uma área em que são definidas competâncias entre uma solução espiritual ou clínica. Na fronteira "cinzenta" entre o espiritismo e o espiritualismo, descobre-se um mundo que existe para lá do Mundo numa fé que tem os seus registos iniciais quando este mesmo Mundo estava ainda em crescimento e de onde nascem as lendas de antigas civilizações perdidas na memória da escravatura e das tribos indigenas. "Sim, é possivel um espírito provocar aspectos na vida física conotando os espiritos obsessivos que se encontram emocionalmente presos a questões físicas e materiais ainda na terra". No Século XXl, a discusão e a descoberta continuam numa busca que atravessou todas as civilizações. NR: Pai Nélio de Oxalá é o autor da página de Zodíaco do PaLOP News e todas as semanas na Rádio Galo de Barcelos em Suffolk

“Sharia” em Londres Palop News

Segundo o site The Sun, um grupo de fundamentalistas islâmicos estão a pressionar a comunidade "londer" impondo a Lei Islâmica num bairro da capital inglesa. Os moradores do bairro de Waltham Forest, a escassas 12 milhas de Lambeth, dizemsentirem-se ameaçados segundo a mesma reportagem. O grupo audenominado Muçulmanos Contra Cruzadas" emitiram exigências para que seja cumprida a Lei islâmica em detrimento da Lei Britânica, proibindo cigarros, bebidas alcoolicas e jogo. Os fundamentalistas pretendem criar estados independentes no interior do Reino Unido e declaram este como o primeiro bairro como alvo da campanha pela implementação da "sharia". Esta corrente islâmica, defende a condenação do adultério das mulheres pelo apedrejamento e que as mulheres sejam cobertas pelas vestes normalmente conhecidas por "burcas". Para passar a informação, foram afixados diversos cartazes (ver imagem) anunciando a "entrada numa zona controlada pela "sharia" e onde é obrigatório ob-

servar as leis religiosas islâmicas. Estes cartazes foram imediatamente removidos pelas autoridades locais. Numa altura em que o Mundo Árabe se afasta cada vez mais do fundamentalismo islâmico, Londres aparece assim como o lugar de referência para espalhar o islamismo como padrão religioso.

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30 mil libras de renda mês Palop News

Richmond acaba de receber Angelina Jolie e Brad Pit que se mudaram para este bairro de Londres junto ás "paredes" do Thames e onde vivem outros grandes nomes do show business como Sandra Bullock e George Clooney.

Segundo o Daily Mail o aluguel médio da região é de £30 mil por mês e indica o bairro de Richmond como sendo o lugar onde ficam os atores de Hollywood que precisam filmar nos famosos estúdios Shepperton. Johnny Depp alugou uma casa na região quando filmou o último Piratas do Caribe. Não é para quem quer. É para quem pode.


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Osvaldo trama Portugal Lalop News

Ex-presidente do Benfica ainda tem prisão para cumprir Lusa

Portugal

O ex-presidente do Benfica João Vale e Azevedo, que aguarda em Londres uma decisão sobre um pedido de extradição para Portugal, ainda tem de cumprir uma pena única de cinco anos e meio de prisão efetiva. O novo cúmulo jurídico, que tinha sido inicialmente definido em 11 anos e meio pela 4.ª Vara Criminal de Lisboa em 2009, foi fixado após uma sucessão de recursos para o Supremo Tribunal de Justiça (SJT) em 2010 e para o Tribunal Constitucional (TC) este ano, decisões a que a Lusa teve acesso. Foi depois de julgada improcedente uma aclaração no TC, a 12 de abril de 2011, que o cúmulo jurídico de cinco anos e meio de prisão efetiva transitou em julgado e as autoridades portuguesas emitiram a 9 de junho último um terceiro mandado de detenção europeu contra João Vale e Azevedo. Depois de em 2010 o STJ ter reduzido para metade o cúmulo jurídico de 11 anos e meio de prisão efetiva fixado pela 4.ª Vara Criminal de Lisboa, Vale e Azevedo recorreu ainda para o TC para que lhe fossem subtraídos mais três anos. O presidente do Benfica entre 3 de novembro de 1997 e 31 de outubro de 2000 alegou inconstitucionalidades na forma como a primeira instância fez a soma das condenações nos casos Ribafria, Dantas da Cunha e Ovchinnikov/ Euroárea. Vale e Azevedo sustentou que, na fixação do cúmulo jurídico pela 4.ª Vara Criminal de Lisboa, a 25 de maio de 2009, houve um “erro de qualificação jurídica” ao considerarem-se para a soma das condenações mais “três anos

de prisão”. Por isso, recorreu para o STJ que, num acórdão da 5.ª Secção de 11 de março de 2010, com o ex-procurador-geral da República Souto Moura como relator, negou provimento para a redução de três anos. Contudo, o STJ procedeu a uma nova avaliação da soma das penas e retirou seis anos ao cúmulo jurídico de 11 anos e meio de prisão efetiva, fixando em cinco anos e meio a pena que Vale e Azevedo teria de cumprir. O STJ decidiu que a pena conjunta de seis anos aplicada nos casos Ovchinnikov/Euroárea, já cumpridos por Vale e Azevedo, "deve ser totalmente descontada". O STJ decidiu reduzir seis anos "porque inclui o tempo de liberdade condicional" de Vale e Azevedo, que se estendeu por três anos, o mesmo período em que o ex-presidente do Benfica esteve preso no âmbito desse processo. Ora assim sendo, de acordo com o regime atual, e feito o dito desconto, o recorrente (Vale e Azevedo) tem de cumprir cinco anos e seis meses de prisão", esclarece o acórdão. Depois de notificado, Vale e Azevedo apresentou recurso para o TC, que, no acórdão 112/2011 da 3.ª Secção, a que a agência Lusa teve acesso, datado de 02 de março de 2011, lhe negou provimento. João Vale e Azevedo insistiu ainda com uma aclaração, mas o TC voltou a não lhe dar razão no acórdão 194/2011, de 12 de abril de 2011, a que a Lusa teve também acesso. Semanas depois foi enviado para o Supremo Tribunal Britânico o mandado de detenção, sucedendo aos emitidos em 11 de junho e 03 de dezembro de 2008.

Londres

Por indicação de Isaac Bígio, líder da Aliança Ibero Americana, o cabo verdiano Osvaldo Gomes foi indicado e tomou posse como representante da Língua Portuguesa para estabelecer a ligação entre as diversas comunidades lusas com o Comité dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Através de Osvaldo Gomes, as comunidades de Língua Portuguesa iriam ter acesso à informação sobre as questões de voluntariado e oportunidades de emprego junto do Comité que pretende envolver todas as comunidades nas diversas iniciativas dos Jogos Olímpicos. Durante um período de tempo, Osvaldo Gomes desempenhou essas funções através de um trabalho de voluntariado que veio mais tarde a ser interrompido por via de um projecto profissional que teve o seu início com Carlos Monteiro, conhecida figura também de Cabo Verde a residir em Londres e actualmente a colaborar com a Revista Ponte, propriedade do médico Justino Monteiro, também figura conhecida da Comunidade Lusofona.

Ao abrigo do já citado projecto profissional, Osvaldo Gomes e Carlos Monteiro deslocaram-se a Portugal de onde apenas regeressou este ultimo tendo Osvaldo Gomes permanecido em Portugal. Sem dar conhecimento ao Comité dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Osvaldo Gomes deixou a comunidade "orfã" de uma ligação junto do Comité Britânico que

na ausência de informações e da recomendação de uma pessoa de substituição decidiu deixar a Língua Portuguesa fora do evento. Os restantes países da CPLP, acabaram por encontrar outras soluções tendo o Brasil encontrado o seu caminho pela via da Aliança Ibero-Americana liderada por Issac Bígio e os países PALOP's através da integração no contexto do grupo Afro-Caribenho. Portugal, fica assim o único país excluído desta dinâmica.

Contactado por e:mail pelo PaLOP News, Osvaldo Gomes revela que efectivamente se deslocou a Portugal para tratar de algumas "parcerias" com o seu projecto profissional tendo recebido "uma boa proposta de trabalho" que não recusou "sem pensar duas vezes". Osvaldo Gomes, adianta ainda que o Comité Olímpico não reconheceu o seu trabalho alegando que "apenas um dia de trabalho era insuficiente para as responsabiliaddes que tinha perante a Comunidade". Osvaldo Gomes, alega ainda que tentou "entrar em contacto com a pessoa responsavel junto do Comité dos Jogos Olímpicos para comunicar a sua demissão mas que tal não foi possível devido ao facto de este responsável se encontrar de férias". A verdade porém é que se passaram vários meses sem que Osvaldo Gomes tenha confirmado a informação junto da estrutura dos Jogos Olímpicos. Para todos os efeitos, a maior e mais antiga comunidade de Língua Portuguesa no Reino Unido é a única que está excluída da dinâmica dos Jogos uma vez que o abandono de Osvaldo Gomes não deixou oportunidade a que outra pessoa pudesse desempenhar o cargo após a sua ida para Portugal.

A festa de Moçambique Palop News

Os festejos de independência são comuns a todos os países. Moçambique não foi excepção e festejou a sua independência em Londres da forma como os moçambicanos bem sabem fazer através da sua gastronomia, das suas indumentárias, da música e da forma pacífica como se sabem divertir.

Como é hábito, outras comunidades de Língua Portuguesa estiveram presentes para comungar dessa festa sensação de liberdade que dá a cada povo o espaço à sua autodeterminação e ao controlo dos seus destinos enquanto nações. O PaLOP News, atento a todas as manifestações culturais das nações de Língua Portuguesa no Reino Unido deixa aqui o seu registo e os votos de parabéns a

Goalkepper wanted Ser guarda redes de futebol é das carreiras mais longas no desporto e uma oportunidade de ser uma estrela num mundo que arrasta todas as

multidões. O Futebol Clube do Porto of London

a b r e

uma nação que abriu o caminho da paz e que ano após ano se afirma como um destino cheio de oportunidades no Continente Africano e na geografia da economia mundial.

uma oportunidade a todos os jovens que pretendam ingressar no futebol através de uma seleção que terá lugar no próximo dia 10 de Setembro entre as 10.30am e as 1.30pm no Clapham Common Park (junto aos campos

de basketball). Os candidatos deverão ter entre 8 e 15 anos.


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Exclusivo Palop News

A Mentira Sagrada Londres

A dança de todas as vírgulas Perguntamos a Luis Miguel Rocha se tinha caneta e papel para escrever uma frase que seria o PaLOP News a ditar. O autor que escreveu meio milhão de livros em 6 anos, responde afirmativamente. - Digo-te hoje estarás comigo no Paraíso. - em que lugar quer escrever a vírgula? - perguntamos. - Digo-te, hoje... A opção do escritor que está a varrer o Mundo e ocupa os principais top's internacionais, deixa-nos saber apenas que na opinião pessoal de Luis Miguel Rocha o Paraíso seria nesse mesmo dia. Se a vírgula muda de lugar, seria uma data não anunciada. Estavam abertas as hostilidades para uma entrevista que apresenta um escritor consciente e sobretudo coincidente. Faz equipa com duas jornalistas no Vaticano e vende ao Mundo inteiro uma ficção totalmente inspirada na realidade do Mundo Católico, bastião do Mundo Cristão. Espera terminar o curso de História em breve e para se divertir, enriquece a escrever livros. Com uma educação familiar Católica Romana, Luis Miguel Rocha é um escritor que não pede para ver para crer. Mas pede para entender. Com um sotaque denunciadamente "tripeiro", Luis Miguel Rocha escreve os seus livros no telemovel

enquanto passeia nas margens do Rio Douro na cidade do Porto em Portugal. Começou a publicar em 2005 e entende a necessidade de se ficar maduro para escrever a sério mas até lá vendeu meio milhão de livros que estão a deixar Hollywood curiosa. "Deus é uma invenção humana.../... sou demasiado séptico e demasiado racional para acreditar em histórias da carochinha" dispara o escritor para referir que um "povo crente é um povo ignorante". Luis Miguel Rocha defende que ninguém está a controlar os destinos do Mundo como se o Mundo inteiro fosse uma viagem à vela. "Um povo ignorante é muito religioso" é a expressão exacta que o autor utiliza para levantar questões que são de todos mas que são ousadas. "Entregamos o que não sabemos ao divino quando o que deveríamos fazer é concluir apenas que ainda não temos respostas" diz o nosso entrevistado. Contudo, o autor acredita na possibilidade de ter existido um Cristo que corresponde ao mesmo e que faz parte da sua investigação como facto histórico. O projecto de Luis Miguel Rocha não admite dogmas mas acredita num "descendente da Casa de David e por isso ascendente ao Trono de Israel. Quando o Rei Herodes manda matar todos os recém nascidos até aos 2 anos não era lunático nem maluco. Estava apenas a tentar eliminar a concorrência". O autor aponta para um percurso de investigações que podem levar a história e a teologia a terem que confrontar os seus espaços. Luis Miguel Rocha aponta confrontos políticos como ra-

zão para a o início do Cristianismo justificando essa a razão de o Vaticano ter sede em Roma, potência ocupante da época para celebrar a história que aconteceu no Oriente. "Existem histórias muito mal contadas" diz. Quanto ao segredo de Fátima, Luis Miguel Rocha apenas afirma: "Assim também eu" referindo-se ao facto de o segredo só ter sido revelado depois do acontecimento já em plena ll Grande Guerra. Em Londres, ainda é possivel encontrar edifícios que ostentam uma placa que refere o imóvel como sobrevivente desta ultima Grande Guerra. "O Estado Igreja é neste momento o estado mais poderoso do Mundo e a concordata é uma espécie de Constituição Canónica entre um Estado Laico e o Vaticano" - afirma o escritor. Pelas palavras do autor, tudo não passa de um quadro com corredores para contratos e ambiente de trabalho e negócio. Para o autor "o benefício da concordata é unilateral, terá que durar até que o Vaticano o entenda e os estados só perdem com isso." Testamos o autor nas questões da fé e quisemos saber o que pensa do exorcismo e a descrição deixa cair mais uma axa da "crença e na ignorância. Apenas isso." Sobre a dupla de jornalistas que o apoia na investigação no Vaticano, o escritor diz-se tranqulio. Se as jornalistas publicassem a informação que possuem em Roma "estariam despedidas" numa atitude de adopção de espírito de missão no conto das histórias. Sobre o trabalho do autor, o jornalista e escritor português José Rodrigues dos Santos, disse que "em ficção é por vezes possível dizer mais do quem em jornalismo". Abençoadas palavras. Quanto ás diversas religiões cristãs, o autor defende que a diferença está nas traduções bíblicas e refere ainda que as outras religiões cristãs não católicas têm fiéis mais conhe-

cedores da Bíblia. "Ser um católico não praticante é coisa que não existe". Se pratica é se não pratica não é, é o conceito com que Luis Miguel Rocha assina os seus trabalhos. Para o escritor, "os membros das religiões cristãs não católicas conhecem melhor as suas religiões". Nas relações entre o Mundo Cristão e Não Cristão, o autor aponta para o projecto de João Paulo ll que Bento XVl tem em fase estacionária e que pretendia aproximar as cúpulas religosas de todo o Mundo o que "poderia ter sido útil. Nós hoje temos uma sorte com que os nossos filhos terão que saber lidar. Dentro de 50 anos, Espanha, França e Holanda terão a sua população com maioria muçulmana" - afirma o autor referindo as estatísticas. "Os muçulmanos levaram 700 anos para conquistar Constantinópola. Paciência é o que têm mais" referiu o autor numa alusão de que a invasão se fará pela via demográfica. O discurso do autor é comum a muitas outras correntes de opinião não xenófobas mas que pedem equilibrio nas leis da imigração. Diversa imprensa de resto, tem relatado a falência dos sistemas de segurança social devido a fenómenos migratórios. "Apenas constato que daqui a 50 anos, três dos grandes países da

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Europa terão maioria de população muçulmana" - remata o autor ao PaLOP News. Já a Opus Dei, não passa de "um banco com muito poder e que financia a Igreja Católica. "Não é por acaso que existe uma estátua a Josemaria Escriván dentro do Vaticano que foi beatificado e canonizado por João Paulo ll." Num discurso intenso de investigação e criatividade, Luis Miguel Rocha refere uma reunião recente da Opus Dei em "Nova Iorque em que apenas trinta elementos reuniram fundos no valor de 30 milhões de dólares. Não importa quantos mas quem e a Opus Dei elegeu este Papa e está espalhada por todo o Mundo". Para o escritor, não vai ser sempre assim. Com as alterações demográficas fruto das migrações, "não há dúvida nenhuma que a Opus Dei vai perder" potência. "Isso vai acontecer". "Além dos serviços de inteligência, mais ninguém está alarmado com o assunto" afirma ao nosso reporter fazendo um apelo para que os dirigentes atentem nos detalhes políticos. "Havendo uma maioria de população muçulmana nos três países que referi, a tendência será a alastrar e as instituições (como a Opus Dei) tornam-se marginais." Surpreendente, é que o autor afirma que cada pessoa acredita no seu Deus à sua maneira. Em todo o caso, o próprio não acredita. Ponto. Para o autor que insiste em se distanciar de José Saramago e Lobo Antunes, "viver da escrita é agradável apresar de nunca ter férias". A profissão de escritor não passa de uma profissão como outra qualquer com horário de tempo inteiro alargado. "Não sei se são privelégios" diz Luis Miguel Rocha que está a agitar o mundo editorial. Conhecedor das ferramentas da internet, o autor passeia projecto e atitude. "Sou um autor acessivel". A vender assim não o será por muito tempo.


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Congratulations Lyca PaLOP connosco Lalop News

Londres

A Lycamobile, operadora de telemoveis desenvolvida para o mercado da imigração no Reino Unido, festejou o seu 5º aniversário e para além de um verdadeiro batalhão de jornalistas, teve a presença do Mayor de Londres Boris Johnson. A aniversariante, opera hoje em vários países da Europa e segundo fonte da empresa "estão em marcha projectos para abrir noutros países" por forma a dilatar o mercado para o qual está vocacionada. A Lycamobile, afirma-se como a empresa com os mais baixos custos de chamadas telefónicas no mercado internacional e pretende levar a regra a novos mercados. Com centenas de milhares de pontos de venda, o cartão SIM pré-pago tem feito furor na imigração aproximando amigos e famílias que estão longe. A empresa, tem ainda diversificado a sua actividade no mercado financeiro através de um cartão de pagamento pré pago que visa facilitar os paga-

mentos através de cartão sem que envolva a necessidade de controlo através de extratos bancário. "A cada cinco segundos uma pessoa torna-se membro da família Lycamobile", referiu um dos responsáveis da empresa para quem não "faria sentido ter a sede noutro lugar que não fosse em Londres". Por seu turno, Boris Johnson, referiu que "Londres é sem dúvida uma cidade onde vale a pena investir" congratulando-se por a Lycamobile ser uma empresa que contribui com milhares de postos de trabalho

S.Tomé e Príncipe festeja Lalop News

Londres

A Comunidade Santomense reuniu-se para festejar a sua independência enquanto Nação. Em Londres, a festa incluiu bastante animação que entrou pela noite dentro e que se distinguiu em várias componentes. Musica, gastronomia e desfile de trajes foram algumas das actividades escolhidas pela AMIST (Associação dos Amigos de S. Tomé e Príncipe) que em Londres representa grande parte da Comunidade Santomense.

Recorde-se que este pequeno País atravessa um período de alteração política com as eleições presidênciais que pretende encontrar um novo rumo para a população Santomense. A diáspora Santomense no Reino unido, encontrou assim uma oportunidade de convívio para seduzir todas as restantes comunidades

na cidade." Em apenas cinco anos, o Grupo Lycatel evoluiu para outras vertentes de actividade economica de que se destaca a área do turismo. A festa decorreu num ambiente exclusivo para a imprensa que certamente fará chegar ao imenso público "londer" a imagem de uma dinâmica empresarial gerido por jovens oriundos do Sri Lanka e que ao fim de cinco anos de actividade se conseguiu impor no Reino Unido e por aqui num conjunto de países que abre um mercado único na área das comunicações.

ao encanto de um País que tem argumentos de sobra para se tornar numa Nação com um grande futuro. As comemorações tiveram o apoio logístico da Embaixada de S. Tomé e Príncipe em Lisboa (Portugal) e a AMISTP foi o interprete para fazer chegar a mensagem de aniversário a toda a comunidade.


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Quem canta? No final de 1978, os Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, formam a banda dando o primeiro concerto a 13 de Janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no Baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria. Em 1981 entra para a banda o guitarrista Francis e sai Zé Leonel, assumindo Tim as funções de vocalista. Em 1982 sai o compacto 1979-1982, com músicas marcantes como “Sémen” e “Mãe”. Em 1983 Francis sai da banda que passa a actuar com músicos convidados, entre os quais o saxofonista Gui, e no mesmo ano entra para a banda o guitarrista João Cabeleira. O primeiro álbum gravado por João Cabeleira em 1985 foi Cerco com as músicas “Barcos gregos” e “Homem do leme” que sairiam também em single. A explosão mediática começou em 1987 com o álbum Circo de Feras e os seus mega sucessos “Contentores”, “Não sou o único” e “N’América”. Continuou com o single “7º Single” e o seu estrondoso hit “A minha casinha”. O álbum 88 foi um dos pontos mais altos da carreira da banda com os mega êxitos “À Minha Maneira”, “Para Ti Maria” e “Enquanto a noite cai”, entre outros, dando início a uma das maiores tournées da banda que ficou retratada no álbum “Ao vivo”. Em 1990 o álbum Gritos mudos é mal recebido e o sucesso da banda sofre o seu primeiro revés, embora a música “Gritos mudos” seja também um grande sucesso. Na década de 90, o grupo entra em crise interna, com os seus elementos a iniciarem outros projectos. Tim integra os Resistência, Zé Pedro e Kalu abrem o bar Johnny Guitar e integram a banda de Jorge Palma, Palma’s Gang, com Flak e Alex, ambos dos Rádio Macau. Em 1998 editam o álbum Tentação, que serve de banda sonora ao filme de Joaquim Leitão, Tentação (filme). Em 1999, com novo folêgo, fazem a tournée XX Anos Ao Vivo, onde fazem cerca de oitenta concertos. Em ano de comemoração dos vinte anos de carreira é também editada uma compilação de ho-

menagem, XX Anos XX Bandas, com a participação de várias das bandas e artistas. Nesse ano, gravam ainda o tema “Inferno” para o filme do mesmo nome de Joaquim Leitão. No ano seguinte, gravam uma versão da canção “Chico Fininho” de Rui Veloso, para o álbum de homenagem aos vinte anos de estreia de Veloso com “Ar de rock”. A banda foi agraciada pelo Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem do Mérito em 2004. Nesse mesmo ano, deram dois concertos no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, nos dias 8 e 9 de Outubro para celebrar os seus 25 anos de carreira. A canção “O Mundo ao Contrário” do álbum homónimo foi escolhida para musica oficial do filme Sorte Nula, que conta com uma breve participação de Zé Pedro como actor. Em 2005, realizaram uma tournée intitulada A tournée dos 3 desejos, na qual deram três séries de concertos, cada um com um alinhamento diferente. Em 2006 não só deram um concerto acústico, em celebração dos seus vinte e oito anos, como também lançaram um DVD triplo com toda a sua história desde o início (1978) até 2005 (tournée 3 desejos). Em 2006, António Feio encenou um musical Sexta Feira 13 com apenas músicas desta banda, tendo estes concebido um tema especialmente para o musical com mesmo nome da peça. Ainda no mesmo ano, foram convidados pelos Gato Fedorento a interpretar o genérico do Diz Que É Uma Espécie de Magazine. Em 2008 foram convidados pela Associação Encontrar-se a integrarem o Movimento UPA – Unidos Para Ajudar, em conjunto com os Oioai, para interpretarem o tema de solidariedade “Pertencer”. Já em Setembro desse ano, actuam perante 40 mil espectadores num estádio do Restelo quase cheio para ver o derradeir o

Quem é o autor? concerto de comemoração dos trinta anos de carreira da banda. Os Pontos Negros e Tara Perdida asseguraram as primeiras partes e nomes como Camané, Pacman, Manuel Paulo e Pedro Gonçalves foram os convidados da noite. Depois de terem completado 30 anos, têm mais uma prenda dos Fãs, em Setembro de 2009, são nomeados para os EMA’S na categoria de “Best Portuguese Act” , e em Novembro do mesmo ano ganham esse prémio! Como se chama esta banda? Veja nas soluções na página 31

Aqui Ao Luar Xutos & Pontapés Composição: Ela sorriu E ele foi atras Ela despiu E ela o satifaz Passa a noite, passa o tempo Devagar Já é dia, já é hora De voltar Aqui ao luar, Ao pé de ti, Ao pé do mar, Só o sonho fica só ele pode ficar...

“A Mentira Sagrada”, questiona a crucificação de Jesus Cristo, a sua detenção no Monte das Oliveiras e outras descrições bíblicas, levantando contradições que obrigam o leitor a questionar-se. O livro narra a história de Rafael, um agente do Vaticano que é enviado para investigar um Evangelho misterioso na posse de um milionário israelita que contém informações sobre um documento antigo que esconde “o segredo mais bem guardado da História”. “Há dois Jesus: o que vem na Bíblia e o que realmente viveu. Este livro fala do que realmente viveu, o Jesus histórico, sem quaisquer implicações teológicas”. O livro, que demorou sete meses a ser escrito e obrigou a um ano de várias pesquisas, foi apresentado pelo jornalista e também escritor José Rodrigues dos Santos, que classificou a obra como “um cruzamento entre a ficção e a realidade”. Embora confesse não seja fã de “thrillers”, género literário que classifica a obra, José Rodrigues dos Santos afirmou que o tema, pela forma como é tratado, “merece ser lido”. “Este livro, que conta o mistério de Jesus Cristo, faz o jogo entre a ficção e a realidade, usa a ficção como veículo para contar a verdade das coisas e essa é a sua arma mais profunda”, disse. O jornalista reconheceu também que o tema é polémico, à semelhança do “Evangelho segundo Jesus Cristo”, de José Saramago, que levaria o escritor a ir viver para ilha espanhola de Lanzarote depois das críticas que recebeu.

“Os únicos autores portugueses que até hoje apareceram a escrever sobre evangelhos segundo Jesus Cristo foi o Saramago, que acabou exilado em Lanzarote, e este autor, a quem ainda não se conhece o destino”, brincou. A Mentira Sagrada é o quinto livro do escritor, depois de Um País Encantado (2005), O Último Papa (2006), Bala Santa (2007) e A Virgem (2009). Nascido em 1976, o escritor mora atualmente no Porto, depois de ter passado dois anos em Londres. Foi repórter de imagem, tradutor e guionista. Atualmente, as suas obras estão publicadas em mais de 30 países e “Bala Santa” (“The Holy Bullet”), que segundo a editora vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo, valeu-lhe a entrada em 2009 para o top de best-sellers do jornal New York Times. Publicado também pelo grupo Penguin, o livro vendeu 150 mil exemplares no mercado norte-americano (livros de bolso, capa dura e e-book), três vezes mais do que em Portugal. Soluções pág 31

E quando crescemos... Para esta edição escolhemos o mítico político inglês, Mayor de Londres, Boris Johnson. Nas fotos, reproduzimos duas imagens, sendo uma a de um pequeno grande futuro que acaba na imagem seguinte com um presente

que dificilmente alguém poderia adivinhar. Em 2012, haverá novas eleições para Mayor da metrópole londrina e veremos se o carismático político terá argumentos para convencer a cidade que o Mayor conseguiu encher de bicicletas.


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Crucigrama

Enunciado Vertical A - Percurso; Caminho B - Embarcação; defeituosa (Inv) C - Nome de mulher; Veículo 2 rodas D - Opressão; E - Gorduroso F - Pessoa próxima; G - Vão; lamento; siga; H - 12 meses; Reader’s Digest I - Destrói; J - Estatuto ordem Advogados;

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Qual a capital?

Horizontal 1 - Carro; porco 2 - Estava para ir; 3 - Pousa na terra; gargalhava 4 - Meio do ovo; nota musical; 5 - Pago por ano 6 - Pedra; 7 - Ovo de peixe; 8 9 - Irritação; que não ouve 10 - Gosta; com suor Soluções pág 31

Sopa de letras No quadro da sopa de letras, encontra 12 nomes de homens. Pode encontrá-los em todas as direções excepto na diagonal. Divirta-se Emanuel, Luis, Rui, Santos, Oscar, Filipe, Carlos, Amilcar, Telmo, Gaspar, Vitor, Henrique

As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém, Pêro Escobar e João de Paiva as descobriram. A cana-de-açúcar foi introduzida nas ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira e as constantes rebeliões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVI. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos. [2] Numa das várias revoltas internas nas ilhas, um escravo chamado Amador, considerado herói nacional, controlou cerca de dois terços da ilha de São Tomé. A agricultura só foi estimulada no arquipélago no século XIX, com o cultivo de cacau e café. Durante estes dois séculos do Ciclo do Cacau, criaram-se estruturas administrativas complexas. Elas compunham-se de vários serviços públicos, tendo a sua frente um chefe de serviço. As decisões tomadas por este tinham de ser sancionadas pelo Governador da Colónia, que para legislar, auxiliava-se de um Conselho de Governo e de uma Assembleia Legislativa. Durante muito tempo o governador foi o comandante-chefe das forças armadas, até que com a luta armada nos outros territórios sob o seu domínio, se criou um Comando Independente. Fora da sua alçada encontrava-se a Direção-Geral de Segurança (DGS). O Governador deslocava-se periodicamente a Lisboa, para informar o governo colonial e dele trazer instruções. O palácio presidencial de São Tomé e Príncipe.

Na Ilha do Príncipe, em representação do Governo havia o administrador do Concelho com largas atribuições. A colónia achava-se dividida em dois concelhos, o de São Tomé e o do Príncipe, e em várias freguesias. Em 1960, surge um grupo nacionalista opositor ao domínio português. Em 1972, o grupo dá origem ao Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP), de orientação marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos de controlo de Portugal, o arquipélago é descolonizado. [3] Após a independência, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP. Dez anos após a independência (1985), inicia-se a abertura económica do país. Em 1990, adota-se uma nova constituição, que

Frases famosas

Quem pensa pouco, erra muito. Leonardo da Vinci

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Proverbio

Água sem água não limpa nem lava.

institui o pluripartidarismo. No ano seguinte, as eleições legislativas apresentam o Partido de Convergência Democrática - Grupo de Reflexão (PCD-GR) como grande vencedor, ao conquistar a maioria das cadeiras. A eleição para presidente contou com a participação de Miguel Trovoada, ex-primeiro-ministro do país que estava exilado desde 1978. Sem adversários, Trovoada foi eleito para o cargo. Em 1995, é instituído um governo local na ilha do Príncipe, com a participação de cinco membros. Nas eleições parlamentares de 1998, o MLSTP incorpora no seu nome PSD (Partido Social Democrata) e conquista a maioria no Parlamento, o que tornou possível ao partido indicar o primeiro-ministro.[4] Soluções pág. 31

Marcas famosas Fundada em 1944 na cidade de Alba, Itália, a Ferrero é o terceiro maior fabricante de chocolates do mundo. A menina dos seus olhos é o ovo Kinder Surpresa, lançado em 1975. Os ovos são recheados com cápsulas de plástico que guardam pequenos brinquedos desmontados. Diariamente, são vendidos 5 milhões de ovos Kinder no mundo. Produzidos para ser vendidos em países de clima frio, o chocolate não é comercializado no verão.


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Liverpool teve o seu Carnaval

Londres

Brazília, assim é conhecido o Carnaval que invadiu Liverpool a mítica cidade que viu nascer os Beatles. Durante três dias, a comunidade teve oportunidade de respirar o som, o ritmo, a alegria e as coras que o Brasil inventou para pintar o Carnaval em todo o Mundo. Todos os ambientes foram aproveitados para os brasileiros

fazerem saltar o mexer do corpo num "levantar de poeira" que envolveu todas as pessoas que puderam participar da alegria carnavalesca que teve ainda direito à eleição da rainha que caiu em cima de Simone Reeves. cada vez mais se assistem a eventos que transportam a cultura do Brasil para o Reino Unido e em abono da verdade ninguém fica indiferente a um aroma do mais conhecido Carnaval do Mundo. Foto Towntalk

Se os sonhos ficassem velhos... ...os desenhos animados da infância da maioria dos adultos estariam cheios de rugas. Isso só acontece na imaginação e nós tentamos seguir essa imaginação como forma de nos mantermos crianças com os nossos ídolos de infância, como se esta fosse a parte que nunca perdemos quando ficamos mais “maduros”. Eis aqui mais uma ideia do que seria se os nossos bonecos também ficassem velhos. Lembram-se do Thor? É com esta recordação que fechamos este ciclo de bonecos que envelhecem connosco mas não na nossa memória. FIM.

Programa diário da Record responde a telespectadores Palop News

Londres

Já pensou se houvesse um programa para responder na TV as suas dúvidas sobre direito e imigração? A Record pensou para você! De segunda a sexta, as 7:45 da noite, o Direto da Record vai responder às principais perguntas dos telespectadores com a ajuda de profissionais nas áreas de direito, economia, consultoria empresarial e imigração. Este é mais um projeto da nova safra de programas da emissora no Reino Unido que tem aproximado a Record do público através de produções exclusivas que visam ajudar a comunidade brasileira no exterior. Os telespectadores que tiverem dúvidas sobre um determinado assunto podem participar da atração através de e-mails. ‘O Direto da Record tem um objetivo muito claro: informar com credibilidade, abrindo esse canal de comunicação entre quem assiste a Record e os profissionais que tem ajudado a comunidade a se fixar no país de maneira promissora. Sem ajuda especializada seria muito

mais difícil de vencer em um novo país’, acredita Alvaro Peixoto, diretor geral do Grupo Record no Reino Unido e um dos responsáveis pela adaptação do projeto para a capital inglesa. Apresentado pelo jornalista Márcio Delgado, o Direto Record estréia no dia 1 de Agosto. Porém os telespectadores interessados que tiverem perguntas na ponta da língua já podem começar a enviar para o e-mail diretodarecord@recordgroup.tv

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Pergunte à criança quais as suas impressões sobre o texto. Fale com a criança sobre o texto. Leia ou ajude a criança a ler o texto. Faça um jogo de rimas com as palavras que estão no texto HELENA

HENRIQUE

A Helena quis desenhar com uma pena e o galo muito zangado perguntou: - “Onde arranjou essa pena, menina Helena?” A Helena, atrapalhada, não conseguia dizer nada... Mas depressa se lembrou de como tudo começou: quando ainda não era dia e o galo ainda dormia, entrou na capoeira, muito sorrateira, pedindo à galinha que não começasse com a cantilena e lhe desse uma pena. A galinha cacarejou e a pena lhe negou: - “Tira uma ao galo eriçado que tem a mania que é engraçado!”

O Henrique tem livros gigantes. Decidiu crescer para os conseguir ler. Descobriu marinheiros e valentes cavaleiros, mas o que mais o fascinou foi quando encontrou uma bela princesa em apuros. Lembrou-se dos cavaleiros valentes e quis ser como eles, salvou a princesa e todos ficaram contentes.

Textos: Maria José Veiga Desenhos: Paulo Solá

Festa por Cabo Verde Palop News

Londres

A Comunidade de Cabo verde reuniu-se para assinalar a data da sua independência. O evento que teve a assinatura de Filomena Furtado, contou com a presença de Emanuel Duarte, Cônsul de Cabo Verde em Londres.

O bar do teatro foi pequeno para a quantidade gastronómica exposta mas as condições do Lost Theatre colmatam bem essa deficiência e a comunidade teve assim também oportunidade de visitar o artesanato. O artista convidado segurou a plateia pelo charme na saudade do "crioulo" num quase fado cantado. Não seja a musica uma das poucas

actividades em que não existem fronteiras. Apenas a língua tão só. A comunidade de S. Tomé e Príncipe fez-se representar pela sua associação num evento em que se justifica que as associações se encontrem. Afinal, não são apenas os antigos territórios portugueses que têm o seu dia da independência. Portugal também tem o seu e

isso é um aspecto comum a todos. Sem diferenças. Para a quantidade de caboverdianos que se vai encontrando um pouco por toda a Londres, o numero de presenças pode ter parecido escasso mas para quem está atento sabe que foi uma presença elevada quando comparado com outros eventos para a comunidade Caboverdiana. De parabéns, os patrocínios Melia Tortuga Beach, o Resort Group, a Cabo Verde Investimentos e a Filomena Furtado que com Carlos

Sousa e a sua equipa agradecem aos caboverdianos que estiveram presentes.


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Diga com quem anda que direi quem tu és. A man is known by the company he keeps

Vamo-nos daqui a 800 anos Julho de 2011 é assunto que só se irá repetir dentro de 823 anos. Entre sextas, sábados e domingos, foram cinco de cada. A estes sanos, a sabedoria popular chinesa decidiu chamar “money bags” ou sacos de di-

nheiro ou se preferir na versão mandarim significa vento e água. A todos os nossos leitores, anunciantes, fornecedores e amigos, votos que o mês passado lhes tenha trazido um “money bag”.

O canivete suiço

Existem centenas de modelos de canivetes suiços. Todos eles têm uma coisa em comum. São multifunções. A Comunidade de Língua Portuguesa no Reino Unido tem um conjunto de líderes bastante alargados. Pouco líderes porém. Salvaguardando as cabeças onde este chapéu não cabe, ficam todos os presidentes de associações, clubes, pensadores da comunidade que há mais de 40 anos vagueiam na comunidade mas nada fizeram por ela. nada que continue vivo. Com vários projectos anunciados, temos a ideia de uma ementa muito extensa com a cozinha fechada. Afinal, o que precisa esta comunidade para encontrar o seu líder? Alguém que domine o inglês e o português. Alguém que saiba usar um fato de gala. Alguém que saiba estar numa Embaixada. Alguém que saiba falar com o chefe da polícia, da cadeia ou da igreja. Alguém que não tenha o rabo preso numa história mal contada. Alguém que seja reconhecido e que já seja líder de pelo menos uma estrutura. Fora isso, basta apenas alguém que saiba ouvir e encontrar plataformas de entendimento que servem toda uma comunidade. Este é o líder.

Quadras populares

Forçam-me, mesmo velhote, de vez em quando, a beijar a mão que brande o chicote que tanto me faz penar. António Aleixo


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Horóscopo Profissional: Tem de se cuidar um pouco mais, siga mais a sua intuição. Amoroso: Não tenha tantas dúvidas dos seus sentimentos, entregue-se na relação. Saúde: Precisa de mais firmeza e auto confiança, não se deixe desanimar.

Profissional: Precisa de mais iniciativa para colocar a sua vida a andar. Amoroso: Não tenha receio do seu companheiro, seja mais usada e atrevida. Saúde: Tem de ser mais positiva, esqueça os problemas e relaxe, existe sempre uma solução.

Profissional: Vai voltar aos dias de sucesso e de força, aguarde pelo momento certo. Amoroso: Um homem bem sucedido está a mexer com os seus sentimentos, analise o que pretende. Saúde: Poderá surgir um problema relacionado com autoconfiança e acreditação pessoal.

Profissional: Vai sentir feliz e realizada com a sua prestação profissional. Amoroso: Época favorável para uma gravidez saudável e bem sucedida. Saúde: Tenha mais cuidado consigo, puderam aparecer ligeiras perturbações.

Profissional: Tenha cuidado com assuntos que envolvam dinheiro. Amoroso: Está numa altura ideal para desfrutar de toda a sua sexualidade. Saúde: Cuidado com o tabaco ou bebidas alcoólicas, pudera passar por situações complicadas.

Profissional: Precisa resolver as situações com mais sabedoria e bom senso. Amoroso: Deve ter mais calma e abordar os assuntos de uma maneira mais “cordeal”. Saúde: Precisa cuidar mais de si, não dê importância a meros detalhes.

Profissional: Tem de encontrar alternativas ao seu trabalho actual. Amoroso: Vai ter de fazer uma escolha muito importante na sua vida, siga o seu coração. Saúde: Tem de distrair mais, reserve um tempo só para si.

Profissional: Não olhe só para o chão, levante a cabeça e veja o futuro com positividade. Amoroso: Dê caminho ao seu relacionamento, não se precipite e deixe as coisas acontecer. Saúde: Tem de acreditar mais em si e nas suas capacidades, confie.

A poesia a um só canto Ao Encontro da Luz

Pouco a pouco deixo entrar em mim Os teus trovões, Os meus relâmpagos, A nossa tempestade, O novo dia. Fecho os olhos e sóbrio recordo, Convido a memória a reflectir, Comparo e encaro a realidade, Lentamente aceito o jubiloso elixir. Abro os olhos e ébrio esqueço, Afasto a alma da penumbra, Acaricio a luminosidade quase subtil, Ergo-me da quase extinta sombra. Vou de encontro à luz E quase sempre te encontro, Cruzas o meu caminho, Cruzas o meu destino Outrora escrito em pergaminho. Vou de encontro à luz Através de um feixe de partículas indefinidas, Através de um elemento de avaliação, Que me vigia os sentimentos, Que me enche as hormonas de emoção. Pouco a pouco deixo entrar em mim As tuas palavras, tão tuas, O teu olhar, tão meu, A alacridade , tão nossa, A alegria de amar sem fronteiras, De ser amado sem barreiras E de diariamente encontrar a luz, A afã de sentir um prazer alado, O eterno agradecimento, De me sentir iluminado, A eterna satisfação Por te ter do meu lado.

Adivinha Numa casa de 12 meninas, cada uma tem quatro quartos, todas elas usam meias, nenhuma usa sapatos. O que é?

Profissional: Tem de iniciar um novo ciclo na sua vida, lute pelo que acredita. Amoroso: Deixe de fazer “fretes” e viver sem sentido, procure o amor e seja feliz. Saúde: Vai ter de cortar com alguns comportamentos menos positivos e saudáveis.

Profissional: Não deixe as situações andarem ao sabor da maré, esteja atento. Amoroso: Não tente controlar todos os passos do seu companheiro/a, dê-lhe espaço. Saúde: Tem de controlar melhor os seus ciúmes e desconfianças, relaxe.

Quem canta? Passatempo—Xutos e pontapés Adivinha Relógio

Profissional: Com força de vontade vai conseguir alcançar os seus objectivos. Amoroso: Vai sentir-se muito atraída com uma pessoa do sexo oposto, tesão mesmo. Saúde: Não fique na energia dos problemas precisa dar a volta ás situações.

Soluções Quem é o autor? Luis Miguel Rocha Qual a capital? S. Tomé

Profissional: Vai ter de dar a volta a um problema que ocorrera na sua empresa. Amoroso: Um relacionamento tem altos e baixos, não desista de ser feliz. Saúde: O importante é aprender com os enganos da vida e aproveita-los para “crescer”.

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Pedro Lopes


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