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20 de Abril a 20 de Maio 2010
Edição número 011
ELEIÇÕES À PORTA
Chegada a horas das eleições os partidos reforçam a sua presença junto da comunidade. O Partido Trabalhista insiste em captar o voto dos lusófonos
Maiuko Maiuko volta ao brilho das luzes do palco e prepara-se para mais um lançamento mundial que depois da França, Alemanha e Estados Unidos será apresentado em Londres.
CCP A sigla CCP é uma imagem a que os lusófonos se vão ter que habituar. O Centro Comunitário Português foi mais uma vez apresentado em Londres mas desta feita sem novidades.
Olimpíadas a todo o vapor
A dois anos da chegada a Londres da tocha olímpica, o PaLOP News confere que as obras da Aldeia Olímpica decorrem dentro dos prazos previstos.É o tudo por tudo para que a imagem do Reino Unido e da Europa não tenha mácula
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Roteiro Propriedade AFA Associados Alcino G. Francisco Contacto 07828693599
Direcção Geral: Alcino G. Francisco amgfrancisco@gmail.com
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Editorial
As eleições deixaram a Inglaterra ao rubro e pela amostra da campanha, fica a certeza de que rubro vão também ficar os imigrantes quando souberem que os três maiores partidos se preparam para mexer na Lei que rege a imigração. Andamos a acompanhar as campanhas, umas mais que outras para ver o efeito. Dia 7 de Maio já saberemos quem ganhou. Depois fomos ás festas. O Dia da Madeira fará notícia na próxima edição.
Correio dos Leitores
Maria Emília Leite
Departamento Comercial: Manuel Gomes
Redacção Chefe de Redacção: Alcino G. Francisco amgfrancisco@gmail.com
Fotografia: Ivan Garcia/Randes Nunes/Bruno Ribeiro
Direcão Criativa: Lidia Pais
Design Gráfico Imageco - Image & Communication - London
Tiragem 10.000 exemplares
Distribuição Power Ltd - Londres
Impressão Webprint - Londres
Diagramação & maquetização Enrique Rojo
Edição Online Carlos Dias
Caderno Angola Lengaluca Sampaio
Fontes Agência Lusa - Portugal Desporto 24
Correspondentes Portugal Liliana Ferreira (Porto) Vítor Martins (Lisboa) Carlos Damásio (Lisboa) Carlos Monteiro (Lisboa)
S. Paulo - Brasil Jandirlea Oliveira
Maputo Moçambique Traquinho da Conceição
Cidade da Praia - Cabo Verde Óscar Vendaval
Luanda - Angola Fernando Barros
Londres - UK Maria Clara Resendes
Cronistas Maiuko Guilherme Rosas Lukie Dantas Gooda Antíno Gobbato José Pascoal Maria Leonor Bento Maggie João Nélio Pereira
Queridos amigos, leitores e colaboradores deste excelente exemplar de comunicação, à laia de desababafo, gostaria de deixar alguns comentários, que mais não são do que a expressão de uma opinião pessoal. Sobre o artigo “Congratulations maduros” a matéria é interessante e deve-se dar o valor a esses amigos ingleses que quiseram aprender português, especialmente num país onde percentualmente não é expressivo o bilingue nem onde se incentiva o poliglotismo, por razões óbvias claro, e só lembraria, que em Portugal no nosso sistema educacional de à 30 a 40 anos, já era obrigatório estudar inglês, ou francês e até alemão e italiano. Mas o que queria salientar é sobre os lusófonos que “não querem estudar inglês”, acho isso uma apreciação leviana, injusta e despropositada. Já vi colegas que trabalham duramente, frequentar o college para estudar inglês, mas a dureza do trabalho fazia-os adormecer nas aulas, cansados e moídos pelo trabalho e pela preocupação de prover o sustento da família, estas pessoas trabalham em empresas inglesas com chefes e colegas ingleses, e como diz o artigo e bem, fazem isso há muitos anos, no entanto comunicam satisfatóriamente, e pelos vistos fazem bem o seu trabalho, senão já teriam sido des-
pedidos. Falem-me do sr. José ou Joaquim que não trabalha, bebe em excesso, tem mau comportamento, aí não discuto pois não conheço os senhores, mas eles têm a oportunidade de defender-se. Agora tomar a nuvem por Juno, somos todos ignorantes, custa-me a engolir. Generalizar é a melhor maneira de dizer banalidades. Sobre o artigo “ A cor da imigração” “o Suposto gigante sul americano”, mas suposto, porquê? Alguém tem dúvidas que o Brasil é um gigante? Por amor do Santíssimo, é difícil de encaixar. Queria chamar à atenção que não se deve falar ou escrever sobre nacionais de diferentes cores de pele, isso é ter na mente a divisão da raça humana em raças coloridas. Acho eu, que só há brasileiros, quer sejam homens ou mulheres ou de diferentes etnias, desde que nasçam no Brasil e sejam filhos de pais legais, serão brasileiros enquanto o desejarem. Ser ou não ser eis a questão, talvez aqui Shakespear tenha toda a razão em aplicar a frase. Última quadra do poema de ANTÓNIO GEDEÃO “Lágrima de Preta” Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
Deixemo-nos de falsas vitimizações e classificações desprovidas de senso, somos pessoas, com sangue vermelho a correr nas veias, e não é por causa da cor que as pessoas tem de se classificar, é pela competência. A imigraçao só têm a cor do dinheiro, e da procura de uma vida melhor, caros amigos. Um grande abraço, de Great Yarmouth Manuel Mendonça Amigo Mendonça Obrigado pelo seu e:mail e obrigado pela clareza do seu pensamento. O trabalho sobre a aprendizagem do inglês destinou-se a incentivar os lusófonos que estando em Inglaterra resistem a não aprender a língua. Sabemos de muitos que fazem o esforço mas também sabemos que em média (segundo estudos divulgados por escolas de inglês para adultos estrangeiros em Londres), passam dois anos desde a chegada dos imigrantes até que se inscrevem numa escola para aprender inglês. Em todo o caso, a ideia de publicar o artigo foi a de incentivar as pessoas a aprenderem a língua inglesa. Esperamos que tenha dado algum resultado. Quanto ao artigo "A cor da imigração", entendemos os
Estão a chegar as eleições em Inglaterra. Aquilo que deveria servir para unir a comunidade, chega para a dividir. Em lugar de se encontrarem estratégias, pontos de união e de consolidação por onde os imigrantes de língua portuguesa pudessem vir a tirar partido de todos os partidos, encontram-se “guerras frias” de argumentos isolados onde a comunidade se desencontra à procura daquilo que não encontra: ela própria. É desta forma que os políticos brtânicos oferecem direitos à população imigrante que esta não exige porque entretanto também não participa de forma organizada na escolha do seu presente aqui. Se na distância do Reino Unido olharmos para cada um dos países de língua portuguesa e nos detivermos nos níveis de abstenção, de isolamento das populações, de corrupção política, podemos de alguma forma duvidar que a questão não está apenas nos imigrantes. Está no nosso ADN. Andamos demasiado ocupados a trabalhar ou a não fazer nada para nos darmos ás questões políticas e tudo o que nos parece preocupar é o sistema cambial. Aos políticos ingleses, o cambio também preocupa. Não o da moeda mas o das leis que alteram as regras da imigração. Ninguém parece perceber isto.
seus argumentos mas não nos compete alterar ou manipular o texto já que o jornal é a voz de todas as pessoas que nele queiram escrever e reflete a opinião dos autores. A terminar, lamentamos que o jornal não esteja a ser encontrado na sua região em Great Yarmouth mas deixamos-lhe a garantia de que esta questão esta a ser resolvida. É com muito prazer que vemos o PaLOP News esgotar as suas edições e concerteza faremos um esforço para chegar mais longe. Um forte abraço.
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Matola
A cidadela da Matola nasce com investimento de 200 milhões de USD. Mozambique
Mãe é mãe, sogra é sogra A diferença entre ser sogra do genro e sogra da nora explicase numa história simples. Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo sem se verem. Uma pergunta à outra: - Como vão seus dois filhos... a Rosa e o Francisco? - Ah querida, a Rosa casouse muito bem. Tem um marido maravilhoso. É ele que se levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, lava as louças e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus!
Foi apresentado um novo projecto imobiliário que vai nascer no Município da Matola. Tratase da Cidadela da Matola um empreendimento que estará localizado no terreno das antigas instalações do Centro Emissor da Rádio Moçambique, precisamente no cruzamento das estradas que ligam Maputo à
centro de Saúde e Spa, hotel e centro de conferências, escritórios, lojas especializadas para a venda de automóveis e serviços relacionados, restaurantes autónomos, edifícios do Governo provincial e municipal, centro cultural, museu e praça que levará o nome de Samora Machel. Este projecto vai contar com investimento a ser efectuado pela Public Investment Corporation que é um fundo de investi-
rá ainda com a participação da empresa sul-africana McCormick Property Development, uma organização que pretende ser líder de desenvolvimento imobiliário em África. A contraparte moçambicana é liderada pela SIF, um consórcio constituído por empresas de investimento nas áreas de desenvolvimento imobiliário e de infra-estruturas. O acto de lançamento da Cidadela da Matola contou com
mento da África do Sul especializado exclusivamente no sector público, que conta como clientes o maior fundo de pensões da terra do Rand, nomeadamente o Fundo de Pensões do Governo (GEPF), bem como o Fundo de Seguro e Desemprego (UIF) e o Fundo de Compensações, do mesmo país. O empreendimento conta-
a presença da Governadora de Maputo, do Presidente do Município local, Arão Nhancale, bem como do representante dos investidores sul-africanos que consideram este investimento como sendo um tributo ao povo matolense que durante o regime do Apartheid acolheu cidadãos sul-africanos que fugiam da segregação racial no seu país.
- Que bom, heim amiga! E o seu filho, o Francisco? Casou também? - Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, lavar a louça e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar, para sustentar a preguiçosa da minha nora - aquela porca nojenta! Mãe é mãe, sogra é sogra! Qualquer semelhança é mera coincidência.
África do Sul e Suazilândia. Segundo Lúcio Sumbana, um dos gestores da iniciativa, serão investidos cerca de 200 milhões de dólares neste projecto imobiliário que vai permitir que a cidade da Matola passe a contar com um centro comercial numa superfície de 46 mil metros quadrados, com lojas, restaurantes, cabeleireiros e outros serviços,
Estórias de imigrantes Todos nós que vivemos fora da terra que nos viu nascer temos episódios que não aconteceriam se estivessemos em “casa”. É desses episódios que andamos à procura. Se tem uma história, partilhe-a connosco e com o nosso público. As melhores histórias serão publicadas com direito a prémios que o PaLOP News decidiu atribuir aos seus leitores que decidam partilhar as suas aventuras de vida com o público Palop News.
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O Partido Trabalhista no poder em Lambeth apela massivamente ao voto dos portugueses e a todos quantos podem votar em Lambeth.
Trabalhistas apelam aos lusófonos Palop News
Londres
Num momento em que as eleições se aproximam, as máquinas partidárias desdobram-se em esforços no sentido de apelar ao voto. Os luso falantes no geral e os portugueses em particular (já que são europeus), constituem um alvo preferencial do Partido Trabalhista (Labour)´. É importante consciencializar a população da importância da participação cívica no acto eleitoral já que só através dessa participação é possível receber os dividendos da redistribuição da riqueza, principal objectivo da actividade política. O partido Trabalhista que tem em Steve Read o rosto mais popular junto da comunidade lusófona em Lambeth, não hesita em utilizar os melhores argumentos para convencer os imigrantes de língua portuguesa sobre a vantagem que tem sobre os mais directos adversários nomeadamente os conservadores e os democratas. Para Steve Read, o Centro Comunitário Português com um fundo de meio milhão de libras, a constituição de um lobbie lusófono as-
sociado ao Partido Trabalhista e o desejo de interagir de forma mais próxima junto da comunidade residente em Lambeth são os grandes argumentos para tentar convencer a população lusa com um “piscar de olhos” ao voto. O Partido Trabalhista refere na comunicação em português, o facto de os seus opositores políticos terem criado dificuldades acrescidas à população nomeadamente no aumento de rendas das habitações propriedade do Council, no aumento das taxas municipais e na redução de soluções no segmento do ensino. Para os portugueses que constituem uma grande mancha populacional em Lambeth, as preocupações políticas debatidas nestas eleições são de especial importância já que estão em causa assuntos de relevante urgência e conforto da população imigrada neste canto de Londres. Para a comunidade, é importante que esteja coesa e unida em torno do objectivo de defender os interesses da população e a forma de demonstrar à classe política que essa preocupação existe é através da participação quer nas iniciativas que os partidos políticos desenvolvem,
quer através do voto nas eleições. Para quem é imigrante no Reino Unido, é de fundamental importância que os políticos britânicos entendam que o voto deste povo é importante não apenas no momento das eleições mas em cada momento em que se tratar de cobrar da classe política as promessas eleitorais. O Partido Trabalhista promete reforçar o investimento na habitação, não aumentar as rendas, não aumentar as taxas municipais, não aumentar a taxa de estacionamento, aumentar o investimento no ensino e na segurança, investir no combate ao crime desde as infracções mais simples, passando por controlar os proprietários de cães de raça considerada perigosa até ao crime organizado seja em forma de gangue ou de colarinho branco. Os lusófonos por seu turno, prometem que votando, estarão atentos à actuação de Steve Read procurando saber em que medida o Council de Lambeth lhes pede o esforço e os compensa por esse mesmo esforço. Ver cumprido o Centro Comunitário Português, ter acesso à habitação e à educação em condições de segurança é concerteza um bom motivo para votar.
Mina Andala Da televisão para Londres Mina Andala natural de Oeiras (Portugal) tem 31 anos, uma vida cheia de histórias e muitos projectos para concretizar. Começa no teatro em 1993 pela mão de um encenador numa colectividade cultural de bairro e não descansa enquanto não apanha a sua licenciatura no conservatório. O seu rosto, tornase conhecido do grande público pelo seu papel em “Todo o tempo do mundo”, a novela da TVI. Mina, confessa que a sua grande paixão é o cinema mas nunca pensou ser actriz por ser negra. Para Mina Andala, há uma mentalidade que é importante mudar em Portugal, seja para os produtores, encenadores ou realizadores. Depois da novela, participa no projecto de Maria Ruef quando esta deixa de trabalhar com
Herman José onde integra um elenco de grandes nomes como Nuno Lopes, Pedro Tochas, Fábio Lucas, Rui Luís Brás, Sofia de Portugal do Teatro Aberto entre outros. Depois vem para Londres porque sente que não está a evoluir. “Em Portugal não há mercado para actores negros às vezes aparece um papel em que tem que ser hum negro a fazer e pode até ser um branco a pintar a cara” Em Inglaterra há uma multiculturidade que Mina sente ser um campo aberto. Em Portugal, mesmo como cidadã Mina sente a descriminação embora algumas coisas tenham vindo a melhorar. “As mulheres são menos descriminadas” - admite. Chegou ao Reino Unido há seis meses e está pronta para começar a trabalhar. O Lost Theatre é a primeira oportunidade
que Mina não quer desperdiçar. Quer trabalhar em português para os falantes da língua. Mina sente que existe um mercado sedento de cultura e do teatro em particular. Para já, procura desenvolver os seus projecto “depois de pagar a renda” afirma. “Pretendo defender a minha carreira como encenadora mais do que como actriz e dar aulas de teatro”. É o que vai tentar fazer em Londres. Neste momento, procura actores—”pessoas interessadas e interessantes que queiram trabalhar em português”. Para já, vamos ver Mina Andala a explorar Londres e as oportunidades que a cidade lhe oferece. Para quem quiser contactar Mina Andala e pensar no teatro em Londres, pode sempre escrever um e:mail para minaandala@ gmail.com.
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PaLOP News na Aldeia Olímpica Numa visita organizada pela Alianza Ibero Americana que reuniu algumas dezenas de pessoas visitamos a área onde irão decorrer os Jogos Olímpicos de 2012. Palop News
Londres
Durante o percurso efectuado de autocarro, foi possível a todos os presentes assimilarem o “inferno” em que a cidade de Londres se vai tornar no decurso dos jogos.
São milhões de pessoas, muitos milhões de libras e milhões de colaboradores directos e indirectos que vão estar envolvidos naquela que é a maior manifestação desportiva do Mundo. As diversas comunidades de imigrantes em Londres são con-
Phone: 0845 355 7330
vidadas a integrar o staff das Olímpiadas já que são do mundo inteiro as delegações que vão estar na cidade. Lambeth, prepara-se para recepecionar a delegação de Portugal e a população promete fazer com que os atletas se sintam em casa com todo o apoio que precisem para vencer a árdua tarefa de subir ao pódium e levar aos mastros as cores verde-rubra da bandeira. O PaLOP News terá dentro em breve um espaço destinado a acompanhar os preparativos desta deslocação quem em cada um dos países de língua oficial portuguesa, quer em Londres. Independentemente dos resultados desportivos que venham a ser alcançados em português, uma coisa já é certa: para os lusófonos que vivem em Londres, dificilmente voltará a haver uma oportunidade de viver outras olímpiadas em Londres.
Livra que é demais Londes João Diogo é um português, empresário com 39 anos que dá nas vistas em Inglaterra. Representa em Londres o Queens Park Harriers e é um atleta de eleição. Mais de 20 anos a correr dão ás suas pernas milhões de kilometros se pensarmos que corre 72 kilometros sem parar ao longo de 8 horas, 40 minutos e uns “trocos”. “Todos os dias treino de uma a cinco horas” revela ao PaLOP News. Está federado na British Athletic Federation como atleta de pista e corta mato e treina sete dias por semana. Para os seus treinos, escolhe percursos entre 140 e 180 kilometros e participa nas principais provas de “fogo” do Reino Unido. Para o reporter, bastam
os mesmos kilometros de carro para ficar cansado, para quem fala português, fica uma referência de que quem quer consegue e este Diogo cansa só de ver.
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A lenda do rei ramiro Maria Clara Resendes—Portão da história Os Amores Desencontrados na Toponímia Nortenha V.N. de Gaia - Rua do Rei Ramiro (margem sul do Rio Douro) Miragaia, Porto - Portugal (margem norte) Após o séc. V e a invasão pelos sarracenos, a configuração política da Península Ibérica sofreu inúmeras transformações, pois a definição das fronteiras e designação dos estados ou reinos de então era volúvel e dependia dos constantes avanços e recuos e das conquistas e reconquistas dos monarcas cristãos e mouros, cada qual empenhado, sob a égide do Cristianismo e do Islão, na tomada de mais terras e na consolidação do quimérico poder temporal. O feudalismo atribuía a estes jogadores do destino geográfico e humano, o direito de dispor, a seu belo prazer, das vidas dos soldados a seu soldo e dos seus sujeitos, sujeitando-os à privação e à morte por um mero capricho pessoal e fugaz. Muitas seriam as vezes que o povo adormecia sendo os sujeitos de um determinado rei para acordar na manhã seguinte a uma qualquer batalha, vassalos de um outro povo e de outra uma fé. Nesses tempos tumultuados, reinava na Galícia, que incluía então a região da actual cidade do Porto, um certo rei cristão de nome Ramiro. Segundo reza a estória, era habitual o rei e a sua comitiva banharem-se na margem norte do Rio Douro. O Destino quis que, certo dia, Ramiro avistasse, nas suas abluções acompanhada de suas aias, a formosa princesa moura, Zahara, irmã do Califa Mouro, Almansor, e senhor da margem sul. O Rei Cristão perdeu-se de amores pela bela moura. Tal era o fulgor da sua paixão, que, esquecendo a sua fé monogâmica e os laços conjugais
que o uniam à esposa, a Rainha Gaia, se atreveu a pedir a mão de Zahara em casamento ao seu rival muçulmano. Este negou o pedido, alegando que Ramiro professava uma outra fé que não a sua e que a Princesa Zahara estava prometi-
pela bela moura, sente a testa a pesar sob os proverbiais “chifres”, os quais incomodam até o esposo mais infiel! Lidera, de imediato, uma excursão nocturna para a actual Afurada, onde oculta os seus homens e as embarcações. Dis-
da em casamento a um outro seu par. Inconformado com a decisão do mouro, Ramiro organiza uma expedição à outra margem, e rapta a princesa Zahara, o que indignou de sobremaneira a sua esposa.
farçado de mendigo, dirige-se ao castelo do Califa Almansor onde, na fonte situada nas cercanias dos portões, trava conhecimento com uma serva, a qual, ao que parece, estaria incumbida de transportar água para a hóspede cristã do Ca-
Gaia, querendo vingar-se do marido infiel, envia uma mensagem a Almansor, comunicando estar disposta a juntar-se a este. E assim foi. Uma contra-expedição leva a rainha ultrajada para a corte do Mouro, no outro lado do Rio Douro. Na boa tradição machista dos tempos e da região, o Rei Ramiro, embora absorvido pelo seu amor
lifa. Ramiro logra introduzir o seu anel pessoal no seu cântaro, na esperança que Gaia o reconheça. Esta, ao ver o anel, pergunta à serva o que tinha transpirado junto à fonte. Acede encontrar-se com o seu marido e aconselha-o a esconder-se nos seus aposentos, mas logo de seguida alerta Almansor - por quem entretanto se tinha apaixonado - da presença de Ra-
miro no castelo. Após a sua captura, Almansor pergunta a Ramiro o que este faria se estivesse no seu lugar, ao qual este ripostou que o sentenciaria à morte no meio de grande suplício, abrindo os portões do castelo para que todos pudessem testemunhar a punição, mas não sem ofertar ao seu prisioneiro um último opíparo manjar e, de seguida, fazê-lo soprar na trompa até que o condenado perdesse o fôlego. E assim Almansor ordenou que Ramiro tivesse o fim que ele próprio concebera. Ramiro, já saciado pelas belas iguarias que lhe foram ofertadas, sopra na trompa, sendo este o sinal de ataque pré-estabelecido com os seus homens, os quais se encontravam escondidos no arvoredo, nas imediações. Estando os portões do castelo abertos, entram e atacam as tropas desprevenidas do califa. Na escaramuça que se segue, Ramiro mata Almansor e leva Gaia e a serva moura de volta para a outra margem. Ainda no rio, Gaia mira, desolada, o castelo de Almansor em chamas, e confessa, no maior pranto, o seu amor pelo mouro morto e a felicidade efémera que com este conhecera. Instigado pelo próprio filho, Ordonho, Ramiro decreta a morte da Rainha Gaia por alta traição, trespassando-a com a sua espada segundo uma versão, ou atando os seus pés e lançandoa ao Rio Douro, segunda outra. Triste fim para quem encontra o Amor nos desencontros da vida! Se eu fui ali tão ditosa, se ali soube o que era amor, se ali me fica a alma e a vida… Traidor rei, que hei-de eu mirar? - Pois mira, Gaia! E dizendo, da espada foi arrancar; Mira, Gaia, que esses olhos Não terão mais que mirar.
Dicionário madeirense Cassoando - palavra utilizada para dizer que alguém está a inventar e/ou a brincar sobre um determinado assunto! Catrapilha Maquina escavadora(da marca Caterpillar). Chibarro - berlim, trapalhão, filho bastardo, reguilha. Chumica - pessoa de baixa estatura, anão. Ciara - boiola, gay, roto, homosexual. Confiado/a - Pessoa arrogante. Contenente - Portugal Continental. Cuador - Peneira, passador Desdobramento - Segundo autocarro. Despassarar - Desconcentrar, distrair Desvaziar—Esvaziar, Exemplo: Desvaziar um bocadinho a bola. Em cima do lombo - Ás costas Embeiçado - Teso, sem dinheiro Encher a pança - alambazar-se, querer só para si. Nan' tou aqui pa'encher a pança dos outros. Encurriado - inchado—tenho um dedo incurriado. Érioporto - Aeroporto Escaixada - De pernas abertas Escanfro - Pessoa medonha, palavra com incomparável poder de expressão. Espinha - Coluna vertebral Estepilha - Define admiração Esvarar - Sinónimo de escorregar: Estas sapatilhas esvaram um bocadinho. Variação - Esvarejar, Estas sapatilhas esvarejam Falta de pau - Diz-se quando alguém tem comichão nas costas ou falta de “homem”. Favada - Buraco, fazer um buraco. Favado das bexigas - A pessoa que apresenta cavidades no rosto provenientes de varíola. Feriado - Hora sem aulas. Furo. Festa - Época natalícia, natal Fó - Ventosidade Anal, vulgo peido...variações: fófó, fófonete. fole - mentiroso. Forrado - nublado. Furado - Túnel, Caverna.. buraco. Gadelha - Cabelo Galatrixa - Lagartixa. Galo - hematoma na cabeça... Gargol - garganta Gasolina de avião aguardente,cachaça,bebiba estremamente forte Gerico - Burro (animal) grade - cachorro grande frase - O bisalho foi atupido no poio da manta das semilhas Grêlo - Clitoris.Termo usado na Madeira, com repercussao em outras regioes do país Grogue - shot de bebebida muito forte Guita - fio, barbante Ilhó - Anus
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Acordo ortográfico Sugestões de Leitura • BRASIL. Ministério da Educação. Acordo Ortográfico da Lín- g u a Portuguesa (1990). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/acordoortografico. pdf>. Acesso em: 15 de maio de 2009. • GPEARI. Resolução da Assembleia da República no. 26/91. Nota explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). Disponível em: <http://www.ait.pt/pdf/artigos/ acordo_ortografico.pdf>. Acesso em: 15 de maio de 2008. • TUFANO, D. Guia Prático da Nova Ortografia. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 2008. • SOARES, Rosalina. Guia Ortográfico da Língua Portuguesa: orientações sobre o novo acordo. Curitiba: Ed. Positivo; 2008. Vamos praticar? “Saiu da assembléia, foi para o aeroporto, onde teve a infeliz idéia de comer um pão com lingüiça. Na seqüência entrou no vôo. Fez esforço heróico para segurar o enjôo”. • Agora observe se as palavras estão escritas corretamente segundo a nova grafia: 1- É importante que meu marido me apóie neste momento.
ERRADO. O acento do verbo apoiar some, obedecendo à regra dos ditongos abertos ói: perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. Assim, a forma correta é apoie. 2- A entrevista de hoje foi tranqüila. ERRADO. O trema foi abolido, mas lembre-se que ele ainda aparece em nomes próprios. Assim, a forma correta é tranquila. 3 - Ainda faltam 150 kilômetros para chegarmos ao Rio de Janeiro. ERRADO. O K, assim como o W e o Y, agora fazem parte oficialmente do nosso alfabeto. No entanto, essas novas letras não alteram a grafia das palavras já existentes. Assim, a forma correta é quilômetro. 4 – O vicediretor assumirá o cargo em janeiro. ERRADO. A regra utilizada para o prefixo vice não sofreu alteração: ele continua sendo separado por hífen. Assim, a forma correta é vicediretor. 5 - Gostou do meu chapéu novo? CERTO. Neste caso, temse um ditongo aberto no fim da palavra (oxítona). Por essa razão, o acento permanece na palavra chapéu. 6 - Nesta casa vocês vêem muita televisão! ERRADO. Não se acentuam mais os encontros êe das palavras. Assim, a forma correta é veem. 7 - Nossa família costuma ir ao zoo todo ano. CERTO. O ôo das palavras não é mais acentuado. A forma coreta é zoo, sem acento. 8 - Meu filho não gosta do superomem. ERRADO. Com prefixos, usa-se sempre o hífen
diante de palavra iniciada por h. Assim, a forma correta é superhomem. 9 - Adoro fazer pipoca no micro-ondas. CERTO. Na nova regra do hífen, quando um prefixo terminar com a mesma vogal que iniciar a palavra seguinte, utiliza-se o hífen para separá-las. A forma correta é micro-ondas, com hífen. 10 - Quando ele para para pensar, desiste. CERTO. Não se usa mais o acento diferencial nos pares pára/para. Assim, a preposição e o verbo terão a mesma grafia. 11 - Livro de auto-ajuda permanece no topo da lista dos mais vendidos. ERRADO. Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. A forma correta é autoajuda. 12 – A pêra é uma fruta que tem muitas fibras. ERRADO. Não se usa mais acento em pera. 13 - A estréia de Katie Holmes foi marcada por protestos. ERRADO. Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). A forma correta é estreia. 14 - O empresário deve cumprir pena por roubo em regime semiaberto. CERTO. O hífen chai quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. 15 - Os homens mais vaidosos já encontram no mercado tipos de creme antirrugas. CERTO. Não se usa o hífen em palavras cujo prefixo termina por vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso duplicam-se as consoantes. 16 – Os ex-alunos da pós-graduação fizeram uma festa. CERTO. Com os prefixos ex,
sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice, usa-se sempre o hífen. 17 - Cerca de 5% da população mundial têm comportamento anti-social. ERRADO. Não se usa o hífen em palavras cujo prefixo termina por vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso duplicam-se as consoantes: antissocial. 18 – O material analisado é super-resistente. CERTO. Assim, como ocorre com as vogais: quando o prefixo
termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. 19 – Ela considerou a análise do filme superinteressante. CERTO. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. 20 - Ele achou a nova estátua uma feiúra. ERRADO. Perdem o acento o i e o u tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo. A forma correta é feiura.
Salários Moçambique Radio de Moz.
Mozambique
O sector privado Moçambicano adverte que o reajuste salarial deste ano poderá estar muito abaixo dos índices dos dois últimos anos devido ao impacto da crise financeira internacional no desempenho das empresas do país em 2009. Em Moçambique, os salários são revistos anualmente por uma equipa conjunta que integra o Ministério do Trabalho (MITRAB), sector privado (Confederação das Associações Económicas, CTA) e os sindicatos dos trabalhadores, todos constituindo o órgão chamado Comissão Consultiva do Trabalho (CCT). Falando esta Quinta-feira numa conferência de imprensa realizada em Maputo, o porta-voz da CTA, João Jeque, disse que o diálogo entre os integrantes da CCT decorre a um “bom ritmo”, mas referiu ser importante amainar as expectativas dos trabalhadores porque o crescimento económico em 2010 não atingiu os níveis esperados. “É preciso conter as expectativas dos trabalhadores. O ano passado não foi muito bom para todos devido à crise económica mundial. Por isso, duvida-
mos que o reajuste salarial deste ano seja igual ao dos últimos dois anos”, disse ele, citado pelo “Diário de Moçambique”. Nos últimos dois anos, os reajustamentos atingiram médias de 16 e 17 por cento respectivamente Entretanto, esta semana, o Governo agravou os preços de combustíveis líquidos em 10 a 15 por cento. Certamente, este agravamento irá influenciar a subida, em cadeia, de preços de outros bens básicos, e reduzir o poder de compra do cidadão. A CTA não tem dúvidas quanto a esse aspecto, mas considera ser importante notar que esta situação vai provocar, paralelamente, maiores dificuldades às entidades empregadoras. “…Importa frisar que, para determinar o salário mínimo, o Governo tem em conta dois pressupostos importantes, que são a inflação e o crescimento económico”, salientou Jeque. Ele disse que a proposta de reajustamento de salários produzido pela CCT será submetida ao Conselho de Ministros, o Governo, até ao dia 15 de Abril próximo, mês em que entra oficialmente em vigor os novos salários.
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Maria’s Kitchen
Histórias de prato cheio Maria Teresa Mendes é mais uma das muitas madeirenses a viver em Londres. Chegou com 21 anos, acabada de casar e com o marido a cumprir o serviço militar em Portugal. Palop News
Londes
Vem por influência de um irmão que a chama e uma cunhada que a ajuda a não desistir. Veio por causa do dinheiro e começa a trabalhar no dia seguinte a ter aterrado. Queria fazer uma casa e regressar à Madeira. Esperava ficar em Londres 3 anos, acabou por ficar, ter 4 filhos e nos sonhos ainda não cabe o regresso
a casa. Quando o marido termina a “tropa” e chega a Londres, alugam um quarto. É nesta altura que Maria deixa de chorar a saudade. O Reino Unido, era então a terra de escravidão onde horário de trabalho era das 5 da manhã ás 24. “Não distinguia os dias da semana” afirma. Fazia camas num hotel e os part-time compunham o ramalhete. Destestava o país e apenas queria regressar. Entra num clube de amigas que se junta para almoçar uma vez por semana. Na época, havia uma institução que dava os ingredientes e as membros do “lunch club” cozinhavam o almoço. Atrás disto, começa a cozinhar para meetings e eventos no local onde tinha a cozinha. Fazia a permuta de serviços pelo espaço. Os eventos aparecem uns atrás dos outros. Em pouco tempo, passa de Maria “empregada” a Maria “patroa”. Um dia, o céu caiu e comunicam que tem três meses para abandonar as instalações, que vão para obras e começa de novo a fazer catering a partir de casa para suportar as prestações do imóvel e o desespero de poder perder o que tinha construido. De boca em boca, vão os cozinhados da Maria e a fama de cozinheira. Torna-se de tal forma popular que o trabalho não cabe na cozinha e constrói a oportunidade num anexo que modifica para poder trabalhar. Equipa-se e compra a primeira carrinha para as entregas. Hoje, além da carrinha tem também uma van acabada de comprar e um armazém nas trazeiras onde conserva os produtos. “Sou feliz por não ter desistido” afirma Maria que hoje tem uma equipa de 3 pessoas a tempo completo e algumas em tempo
parcial. “Ás vezes temos que trabalhar toda a noite” - diz. Maria’s Kitchen torna-se mais que uma referência. É uma etiqueta no mundo do catering. A comida das caraíbas torna-se uma especialidade a que encosta por sugestão a gastronomia portuguesa. Aqui e ali, muitos vão sabendo o que é bacalhau com natas e a cultura gastronómica espalhase aos poucos nos temperos e
Casa Latina Palop News
Londres
Situa-se em Kilburn uma estrutura associativa que dá pelo nome de Casa Latina e que tem disponível muitos serviços que os imigrantes precisam e nem sempre sabem onde encontrar. Em conversa com a sua presidente fomos descobrir que os imigrantes têm atendimento gratuito numa boa parte das suas preocupações quer legais, quer sociais. Housing, família, emprego entre outros disponível quer para quem fala português, espanhol e mesmo inglês. Sem distinguir origens, nacionalidades, destinos ou credo, a Casa Latina também ensina inglês potenciando assim a integração do imigrante na sociedade. As aulas de inglês decorrem durante a semana até Sábado de manhã excepto ao Domingo. A Casa Latina tem também o serviço de guarda infantil que embora send o
nos dedos da cozinheira. Tem medo que crescer profissionalmente lhe tire o tempo para a família por isso vai com cautela. Na Madeira, tem já a casa construída e um apartamento alugado. Os filhos nasceram em Inglaterra e o regresso está ainda longe. Depois de servir os clientes costuma dizer-lhes: “You will be back to take more”, e eles voltam. pago tem valores módicos na sua mensalidade já que a maioria dos intervenientes são voluntários. Nesta creche com 17 crianças que se destaca por ser bilingue, as crianças são acompanhadas por um conjunto de profissionais já que a Casa Latina dispõe também de um quadro de pessoal composto por técnicos especializados num total de 12 pessoas. Com 26 anos de actividade, oferece ainda aulas de Capoeira, informática, intérprete e tradução e cinema em todas as línguas que intervêm no espaço. Uma advogada barrista para as questões laborais é a cereja no topo deste “bolo” de serviços a que a comunidade pode recorrer sem que para isso tenha que se sentir inibida por desconhecer os direitos ou por não falar a inglês. Na sua creche, metade dos educandos são efectivamente latinos mas..., dado curioso, a outra metade são ingleses. A sua presidente que foi voluntária na instituição durante 10 anos, atira que neste momento o importante seria conseguir novas instalações já que o edíficio onde se encontra começa a ter custos de manutenção demasiado elevados para as disponibilidades da associação. Para conseguir fazer face ás dificuldades, a Casa Latina aluga algumas das suas instalações e através de donativos e as receitas da creche lá vai conseguindo manter-se em funcionamento tendo ao longo da sua história atendido vários milhares de imigrantes; isto num local onde a comunidade brasileira tem vindo a crescer em valores record nos últimos 5 anos. Mais informações podem ser obtidas nas instalações cuja morada segue abaixo ou através do telefone 02076044664 10 Kingsgate Place Kilburn—London NW6 4TA
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Produções ALICE DE SOUSA Apresenta “The Cherry Orchard” de Anton Chekhov No Galleon Theatre Company Alice de Sousa nasce em Elvas (Alto Alentejo—Portugal) e cedo se estreia quer no teatro quer na vida fora da sua cidade e depois do seu país. Ainda muito nova, parte em família para Lisboa e em 1981 “aterra” em Londres onde ainda permanece. É contudo pelo ano de 1980 que Alice entra no teatro onde diz “sempre ter vivido” já que nasceu com o teatro no sangue”. Funda em Greewich (sul de Londres) um grupo de teatro que não se cansa de levar à cena peças de todas as origens e estilos. Aristides de Sousa Mendes, o diplomata português que ao arrepio das ordens do ditador Oliveira Salazar salva milhares de judeus do massacre nazi, foi uma das histórias que Alice de Sousa já pôs em pé em Londres. Para Alice de Sousa, interessa trazer a nossa cultura ao Reino Unido e começou logo em 1989 por levar à cena uma revista, género único de teatro em Portugal. Sobre o seu trabalho, Alice de Sousa confidencia que “temos que mostrar que não somos só vinho, futebol e férias”. Alice de Sousa, traduz e adapta as peças que vai levando ao pú-
blico de forma a que a comunidade britânica sinta o pulsar da cultura lusófona. Um dos projectos desta produtora e ensaiadora passa mesmo por recriar “Os Maias” de Eça de Queirós, proeza que pretende repetir em Londres, desta vez com o apoio do Instituto Camões— afirmou. `”É no sul de Londres que vive a generalidade da comunidade e por isso decidi ser este o melhor espaço para trabalhar”. Com um elenco todo ele profissional, Alice confessa ter recebido mais de 700 candidaturas no casting para esta peça que integra cerca de dezena e meia de actores. No alvo, Alice de Sousa aponta para um público misto de falantes do português e de público britânico. “Não só um povo de empregados e tenciono ao longo da minha carreira, ajudar a afirmar os portugueses como um povo de uma cultura imensa. Depois de ter perdido o apoio da Fundação Calouste Gulbenkien “que foi dramático”, Alice de Sousa espera poder reunir outros apoios e seguir em frente com o seu trabalho. A segunda e terceira gerações de imigrantes lusófonos são para Alice de Sousa um alvo
preferencial. O público levou tempo a chegar à sala mas com o tempo e persistência foi-se rendendo ao trabalho de Alice de Sousa que tem vindo a conquistar a admiração tanto de ingleses como de outros povos. Vocaciona-se para autores ingleses na medida em que estes têm já o mercado aberto em Inglaterra mas não deixa de pensar em produções de autores portugueses mesmo que estes exijam maior esforço de comunicação com o marketing. O PaLOP News assistiu no Galleon Theatre Company à peça “The Cherry Orchard” de Anton Chekhov magistralmente produzido por Alice de Sousa e recomenda o espectaculo. A sala é especialmente acolhedora num esquema que em Portugal é pouco usual e que deixa o público em franco convívio com o trabalho dos actores dada a proximidade das cadeiras com o “palco”. Integrado num espaço que se situa ao nível de um 1º andar, tem no rés-dochão um pub que serve para no intervalo descansar um pouco da posição sentada e “molhar” as palavras elogiosas que Alice de Sousa certamente merece. A não perder.
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A rádio no jornal e o jornal na rádio Alcino G. Francisco
Londes
Desde a época de 1992/1993 que fiz uma promessa que tenho cumprido. Depois de uma temporada a servir o futebol profissional como dirigente, decidi continuar a gostar da “borrachinha” desde que a bola se mantivesse longe da cabeça e perto dos pés. Daí para cá, assisti a alguns jogos infantis, participei nuns toques de bola mas nunca mais abri um jornal desportivo, nunca mais me sentei num sofá a ver um jogo ou numa bancada a gastar a voz. Consciente que a verdade desportiva abandonou o futebol, decidi que não volto a pagar para ser enganado. Se o resultado directo funcionou, o indirecto nem por isso. Os sussessivos governos e as autarquias, continuaram a usar os dinheiros públicos para financiar o futebol mesmo à minha reve-
lia. N o Porto, cidade de onde sou natural, recordo-me o tempo em que foi criada a rede de metro e embora nessa altura este novo meio de transporte não chegasse a nenhum dos sete hospitais da cidade, já chegava ao Estádio do Dragão. Embora sendo tripeiro, portuense e portista, de nada me ser-
ve se a minha saúde não estiver regular. Porquê falar de futebol hoje? E eu respondo. O jogo Benfica – Porto para a final da Taça da Liga, mexeu comigo e com esta minha forma de ver Portugal. Na verdade, não é de futebol que vou falar já que me mantenho fiel à minha promessa de mais de 17 anos. Falarei de justiça e mais uma vez de mentira. Falarei mais uma vez de nos mentirem num jogo de corpo sem b o l a d e n tro da grande área.
Dúvidas? Vejamos. Um jogo que envolve dois dos maiores clubes de Portugal, conhecidos pela sua rivalidade e pelos “carinhos” que trocam entre as claques, o jogo é marcado para um estádio em que..., pasmese..., o terreno oferece um manacial de pedras em volta de todo o estádio. Na prática, os senhores pensadores destas coisas dos jogos de alto risco, lembraram-se de atirar as claques de dois grandes clubes rivais para um lugar em que as munições são abundantes. Se foi de propósito, acertaram em cheio. Mas os propósitos que serão intencionais ou não, conti-
nuam. Da reportagem apresentada pela RTP, aparece um oficial da GNR a afirmar que o autocarro da claque não deveria ter parado naquele local mas um pouco mais acima. Aqui, assalta-me a dúvida. Que fazem os batedores que antecedem e precedem o autocarro? Na prática, os próprios polícias não sabiam onde deveriam parar ou fazer parar o autocarro. O mesmo oficial, afirma ainda que
O Jornal Palop News assina uma rúbrica de opinião todas as semanas na Rádio Galo de Barcelos. Este spot de 6 minutos aproximadamente, destina-se a comentar Portugal nas frentes que nos apetecer. Em cada edição de papel, serão publicadas algumas dessas crónicas. Esperamos que se divirta tanto a lê-las como nós nos divertimos a emiti-las na antena. Aos domingos, entre as 10H00 e as 13H00, não perca na 105.3 FM Stéreo (East Anglia) ou em www.zeta1053.com houve um ligeiro atraso na chegada da força policial que já deveria estar no local. Aqui, sinto tremer o espírito com a raiva que me desperta. A polícia chega atrasada a um jogo de futebol? Seria bom sabermos
o que acontece quando o pagamento chega atrasado à conta da polícia. De resto, independentemente de os pagamentos chegarem ou não a horas, a função da polícia é proteger o cidadão, cuidar da ordem pública e da manutenção da segurança. Pior que tudo isto, é ouvir o mesmo oficial da GNR a comentar o facto de as claques serem acompanhadas por elementos da PSP (Polícia de Segurança Pública). Na realidade, há muitos anos que tenho conhecimento que a PSP tem uma força que acompanha as claques desportivas em full time. Mesmo assim, não esperava um dia ouvir um oficial da GNR a dizer que a culpa não é deles mas sim da PSP. A exemplo do que faz qualquer político, o oficial da GNR limitouse a sacudir a água do capote e mais importante que a segurança de qualquer um de nós, estão as quesílias entre as forças policiais. Em lugar de se apurar qual foi o erro e prometer que não se voltará a repetir, limitam-se a fazer como na escola primária e a dizer “Não fui eu”. O que me incomoda em Portugal, é ter acesso a todas estas no-
tícias menos à notícia que eu quero ouvir e essa seria: “Fulano de tal, foi demitido das suas funções pelo facto de o jogo ter sido marcado para um estádio com pedras a toda a volta. Cicrano foi demitido por não terem sido limpas e recolhidas as pedras em torno de um estádio de futebol onde se disputa a final da Taça da Liga. Os batedores foram sus-
pensos sem vencimento até que se apurem as razões pelas quais não pararam os autocarros no lugar certo. O oficial da GNR foi suspenso por incompetência ao não ter sido capaz de levar as tropas que comanda à hora certa para o local da ação. Os agentes da PSP que acompanham as claques foram suspensos sem vencimento por não terem antecipado o contacto entre as claques dos dois clubes. Os arruaceiros que se envolveram na contenda foram impedidos de entrar num estádio de futebol para o resto da vida. F. C. Porto e Benfica comunicaram aos sócios envolvidos neste episódio que lhes foi retirada a sua qualidade de sócio do clube por serem uma vergonha para as camisolas de ambos os clubes”. Mas sei que isso não vai acontecer nunca porque se isso fosse possível em Portugal, ao final de um jogo destes, o Ministro da tutela já teria pintado a cara de vergonha e pedido a sua demissão. Quanto a vocês que me estão a ouvir, não liguem. Hoje, decidi fazer uma crónica a sonhar como quem atravessa o Thames pela Tower Bridge e pensa que está a entrar num livro de histórias infantis.
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Cuarto Encontro de Estudantes e Investigadores Portugueses no Reino Unido Palop News
Londes
O LUSO2010 vai decorrer em Southampton, sul de Inglaterra no próximo dia 19 de junho e pretende consolidar o diálogo e promover a interacção entre os estudantes e investigadores portugueses residentes no Reino Unido. Acreditamos que este encontro contribui para o estabelecimento de redes de contactos que serão de benefício mútuo para participantes e entidades que apoiam este projecto. E s t e LUSO2010 abrirá com uma sessão intitulada 'Oportunidades' onde entidades de reconhecido mérito virão dar a conhecer as oportunidades, a nível de bolsas, projectos ou outros, disponíveis para os interessados. Nesta sessão estão confirmados representantes da Comissão Europeia, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, da Fundação Ca-
louste Gulbekian e da Ciência Viva. Durante o LUSO2010 será possível ouvir oradores de reconhecido mérito ligados à investigação, ensino e empreendedorismo em diferentes áreas do conhecimento. É objectivo que este encontro seja gerador de forças para o futuro, juntando pessoas de diferentes áreas mas que partilham uma raíz comum e a mesma procura de sucesso, tanto a nível individual como
colectivo. Entre os oradores confirmados para a sessão 'Percursos' estarão presentes: João Magueijo (Cosmologia), Ricardo Serrão Santos (Oceanografia/BIologia Marinha), João Duque (Gestão), Paula Mendes (Química), Ana Lopes (Antropologia). Será também debatida a actual situação da investigação, tanto em Portugal como no Reino Unido,
bem como as perspectivas de carreira existentes, nomeadamente no meio académico e empresarial. Esse é, aliás, o tema deste LUSO2010: O Regresso a Portugal. Especificamente para o debate estará presente o Prof. António Sampaio da Nóvoa e o Prof. Carlos Fiolhais. Pretende-se que o debate seja aberto a todos os participantes e em especial a todos os oradores. Durante os Coffee Breaks haverá apresentações de obras dos realizadores Edgar Medina e Pedro Flores, assim como do designer Manuel Lima. No website (www.luso2010. pt.vu) consta o programa completo, a lista e currículo dos oradores assim como informações sobre o local e como lá chegar. O PaLOP News fará a cobertura do evento que a exemplo do ano passado reune a maior quantidade de massa crítica em português por metro quadrado.
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Comunidade africana PALOP reclama a importância que tem A comunidade Palop residente no Reino Unido tem vindo a dar uma demonstração de exemplo para toda a população em termos de organização associativa.
Diversas associações representativas das comunidades africanas de língua portuguesa integradas na AIS (Alianza Ibero-Americana), tem vindo de forma organizada a tomar posições que defendem questões que poderiam e/ou deveriam envolver toda a comunidade lusófona. Com vista a integrar as diversas comunidades imigradas em Londres para participar na grelha de serviços que vai ser prestada ás comitivas olímpicas que estará na cidade em 2012, as comunidades Palop têm vindo a desenvolver um conjunto de re-
uniões e decisões que podem a breve prazo afectar a afetação destas estruturas na AIA. Segundo alguns responsáveis pelo movimento associativo afecto à língua portuguesa, os latinos de língua hispânica têm vindo a subverter a importância associativa de quem fala português numa clara tendência de ocupação de espaços que deveriam ser ocupados democraticamente por todas as estruturas de ambos os idiomas. Para alguns líderes contactados pelo PaLOP News, a comunidade
hispânica mais não tem do que estado a utilizar a comunidade PALOP para acrescentar “massa humana” nas suas vertentes estatísticas para potenciar participações em projectos que não incluem a participação de quem fala português em igualdade de circunstâncias. Neste contexto, a comunidade PALOP tem vindo a organizar-se para que a sua participação na AIA possa surtir um efeito que permita uma igualdade de tratamento que não tem estado a acontecer até aqui.
Teresa Novaes: Sensibilidades do teatro em acção Londes Numa edição vocacionada para o teatro, seria forçoso falar de Teresa Novaes a actriz que se desdobra entre o Rio de Janeiro e Londres na conquista de públicos e projectos. No teatro muito antes de vir para Londres, é em terras de Sua majestade que Teresa Novaes vem inventar coisas novas e desenvolver estudos sobre a profissão. Aos 50 anos fala 5 línguas mas um dos seus maiores encantos reside na mímica. Chega a Londres no final do século passado onde vem cursar com o especialista mundial Desmond Jones para depois trabalhar com outro especialista francês que veio a abandonar Inglaterra. No início de 2001, faz uma dupla e lança-se ao palco com os seus próprios textos adaptados ao teatro. Sempre em inglês. Nem tudo foi fácil no início. Teresa Novaes concorreu a diversos casting’s mas a acentuada pronuncia carioca não lhe permitia absorver os trabalhos que desejava; “tinha um agente que me ia conseguindo pequenos papeis” - afirma. No final de 2002 começou a fazer adaptações e leva à cena Memórias Póstuma de Brás Cubas. Agarra nos escritos de um dos maiores autores brasileiros, Machado de Assis e desata a escrever as peças em ambas as línguas: português e inglês. Descobre que tem uma amiga
que namora um cidadão romeno que se encontra de forma ilegal em Londres. Agarra na história e produz uma comédia de nome “Fish and Chips” que retrata a vida dos ilegais no Reino Unido. Um dia, o namorado da amiga aparece morto no seu apartamento e Teresa Novaes faz disso um “palco cheio” de trabalho. Entre o Rio de Janeiro e Londres, procura alavancar projectos e sonha fazer uma estreia
simultânea nos dois países. Não bastando a sua criatividade, recebe um trabalho de encomenda tirada da vida real. Uma freira que decide abandonar o celibatário para se tornar actriz. Desenvolve a peça e quando retrata a vida da personagem faz entrar a própria em palco. Já antes, Teresa Novaes tinha produzido um trabalho a co-
meçar do fim. O personagem já “morto”, é o primeiro a entrar em cena e todo o espectáculo se desenvolve até que o personagem morre. “Gosto que o público pense e deixo que o meu trabalho promova isso mesmo” refere Teresa Novaes. Fervorosa adepta de Lula da Silva de quem é particular amiga há mais de 30 anos, Teresa Novaes recorda o tempo em que andou a recolher fundos para a fundação do PT. Para Teresa Novaes, Lula da Silva mostrou alternativas ao Brasil e na sua próxima visita à terra natal, promete que das primeiras coisas que irá fazer será ver o filme “Lula filho do Brasil”. Defende que a imprensa que está contra Lula da Silva, perdeu através deste financiamentos e favores. Defende a prática livre do aborto, não acredita em Deus e quando confrontada sobre as suas preferências políticas afirma: “Eu sou mesmo é monárquica. Amo a imagem do meu Rei” D. Pedro ll a quem chama o rei mais inteligente do mundo naquela época. Sobre a possibilidade de um dia participar mais activamente na política brasileira, Teresa Novaes é peremtória: “Eu gosto mesmo é do teatro. A política não enche a minha medida da mesma forma que a arte e enquanto o Brasil tiver Lula da Silva e este tiver o PT, o Brasil saberá encontrar as suas soluções políticas.
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Centro Comunitário Português... Outra vez Imogen Walker do Partido Trabalhista (Labour) foi a unica presente
Partidos políticos ignoram lusófonos Palop News
Londes
No âmbito da apresentação do Centro Comunitário Português, a população foi convidada a assistir e participar num evento que teria os três candidatos dos Partido Democrata Liberal (Lebdim), dos Conservadores (Tories) e do Partido Trabalhista (Labour) sendo que só este último se fez representar por Imogen Walker candidata autárquica por Stockwell. Pese embora o antigo vereador Antony Bottrall, tenha sido visto a abandonar as instalações antes do início do evento, este não esteve presente. Pelo Partido Liberal, esteve presente a candidata portuguesa Fernanda Correia que em todo o caso esteve presente na plateia e não no palco conforme seria de esperar para um debate de ideias a que o público deveria fazer as perguntas. Em todo o caso, perante os dois eventos que decorreram um em sequência do outro, não deram a substância que se esperava tendo alguns dos presentes abandonado o espaço antes de terminado o debate. Questinados alguns dos presentes sobre a importância do
que tinham visto acontecer naquela tarde, foi unânime a opinião de que terá sido “tempo perdido” já que não foi possível obter o anunciado no convite e nada foi adiantado em relação a informação já existente mesmo pela representante do Labour (Partido Trabalhista). Sobre o conteudo da intervenção da trabalhista Imogen Walker, nada foi adiantado que não esteja já mencionado no trabalho publicado nesta edição sobre as questões políticas e o Labour em Lambeth. Em laia de conclusão, o PaLOP News está em condições de afirmar que quanto ao meio milhão de libras que o Council de Lambeth diz ter oferecido à Comunidade Portuguesa, tudo se envolta em mistérios que se adensam com a regulamentação afecta a esse valor já que subsistem suspeitas de que essa verba nunca será inscrita como uma despesa encontrando-se depositada num fundo de onde a comunidade poderá vir a retirar dividendos de aplicações financeiras efectuadas por esse mesmo fundo. Em teoria, o município de Lambeth terá oferecido à Comunidade Portuguesa 500 mil libras que na prática esta nunca irá receber, recebendo apenas os proventos desse investimento. Se é verdade que o dinheiro saiu dos cofres do município, não será menos verdade que esse dinheiro entrou nas contas de um fundo de gestão de onde nunca irá sair para a mão de comunidade nenhuma. Coisas da política..., à portuguesa.
O CCP (Centro Comunitário Português) foi apresentado mais uma vez em Londres e nada de novo foi dito que não fosse já do conhecimento público. Palop News
Londes
Segundo os presentes ao evento, a iniciativa estava ferida de diversas formas. “Os convites foram enviados com pouca antecedência, sem endereço e isso não ajudou a que a população pudesse comparecer. Parece que estão interessados em que as pessoas não venham, não saibam e não façam perguntas” - disse ao PaLOP News um presente que prefere não ser identificado. Outro dos presentes estava agastado pelo facto de o convite mencionar uma hora para o início da apresentação quando na verdade o evento começou cerca de hora e meia mais cedo. O projecto do Centro Comunitário Português foi apresentado por Filipe Pereira que para lá da informação que já era do conhecimento público há bastante tempo não foi capaz de responder ás questões que foram elaboradas sobre questões pragmáticas. Da informação vertida nesta iniciativa, nada consta que não tenha já sido publicada no PaLOP News noutras edições. Filipe Pereira, confrontado com as questões de jornalistas, adiou as respostas dando a informação de que num futuro breve haveria respostas ás questões levantadas. “Dentro de 15 dias haverá mais informação” ou “dentro de um mês daremos resposta ás questões” foi uma resposta recorrente que deixou os presentes e a imprensa sobre as questões levantadas sem resposta. Quando confrontado com os nomes que estariam na Direcção e Administração do CCP, Filipe Pereira limitou-se a responder “Se eu lhe desse os nomes seria igual porque são pessoas que você não conhece”. Pese embora o PaLOP News alimentar o hábito ético de não emitir opiniões, deixamos aqui mais uma pergunta. «Como sabe Filipe Pereira que não conhecemos os nomes que eventualmente nos pode-
riam ser fornecidos?» O ambiente no evento porém não permitia, numa relação palco plateia monopolizar a conversa para se poderem distribuir as oportunidades para que todas as pessoas pudessem participar.
A reportagem do PaLOP News poderia ter escrito esta mesma notícia a partir da apresentação feita um ano antes na Embaixada de Portugal na presença de Steve Read e do Embaixador de Portugal ainda com Luis Ventura no lugar de Filipe Filipe Pereira
De resto, os líderes das comissões que foram re-apresentadas, os responsáveis pelos departamentos, os elementos directivos e administrativos à excepção do Conselheiro António Cunha, de Adelina Pereira do sector da cultura, e Ana Duarte do sector da educação, todos estiveram ausentes. Os planos directores do CCP continuam um segredo que só Filipe Pereira e António Cunha conhecem e não divulgam. Não foi mencionada uma agenda de actividades nem um orçamento.
Pereira. Tampouco o orçamento foi ventilado e quando confrontado com a necessidade de conseguir mais 1 milhão de libras para que o projecto seja uma realidade, nada foi adiantado. Para um dos presentes que prefere manter o anónimato acima referido, é importante “aplaudir o trabalho desenvolvido mas temos que ser criticos quando as pessoas que falam e trabalham em nosso nome nos ocultam informação”. Por outras palavras, nada de novo no CCP.
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Porquê votar nos Trabalhistas em Lambeth? Alcino G. Francisco Raramente aceito publicar as minhas opiniões no jornal que dirijo. Reservo essas oportunidades para momentos que entendo fundamentais e absolutamente necessárias. Este é um desses momentos. Com o aproximar das eleições, as máquinas partidárias desenvolvem esforços para ganhar votos e cada voto conta. É o momento em que somos verdadeiramente importantes. Um dia, entrevistei o Conselheiro da Comunidade Portuguesa em Londres, António Cunha a quem perguntei qual o partido que apoia em Inglaterra e neste trabalho, faço minhas as palavras dele: “Apoio qualquer partido que seja amigo dos portugueses”. Ponto. É dentro deste contexto que decidi apoiar o Partido Trabalhista na certeza de que, caso estes saiam do poder, tudo terá que se começar de novo. Todo e qualquer tipo de apoio que os Trabalhistas tenham dado à Comunidade Portuguesa em Lambeth, caso os Trabalhistas percam as eleições de 6 de Maio, será um processo novo a começar do seu início. Novas políticas, novos intervenientes, novas burocracias e consequentemente novos atrasos. Ao dar a vitória aos Trabalhistas, nada muda a não ser a capacidade que os portugueses têm de finalmente exigir o cumprimento das promessas já que os intervenientes serão os mesmos, os processos já constituidos serão o seu próprio prolongamento e a rapidez será seguramente maior. Os portugueses de Lambeth vão beneficiar com este facto. Importância do eleitorado português Os portugueses em Lambeth são de facto uma comunidade numerosa mas temos que nos analisar à imagem das comunidades imigrantes em Portugal. Será que uma comunidade de espanhóis ou brasileiros em Lisboa seria a fatia que vai decidir as eleições municipais? Nem por sombras. Apesar de haver muitos portugueses em Lambeth, estes, poderão ser mais um acrescento eleitoral mas nunca decisório. É uma simples ques-
tão matemática. Assim, para lá de decidir em quem votar, os manifestos deveriam antes combater a abstenção e realçar a importância de um voto. Só depois poderemos então alimentar a ideologia política. Depois seria importante ver o que significam os portugueses em Lambeth no seio de todas as comunidades não inglesas ali existentes. Os portugueses serão talvez a maior comunidade não inglesa de Lambeth mas serão em numero inferior ás outras comunidades juntas. Este é porém um fenómeno que deixarei para outra reflexão.
meio milhão de libras é uma quase fortuna para a conta pessoal de cada pessoa, na verdade, 500 mil libras são apenas trocos quando o discurso é político. 500.000 libras, perecendo um numero elevado, efectivamente é escasso se procurarmos saber quanto vale meio milhão numa cidade em que uma casa chega aos 5 milhões. Se fôssemos um clube a querer comprar a sede ao senhorio, 500 mil libras seriam absolutamente in-
O centro comunitário português Para lá dos apoios que o Council de Lambeth possa oferecer à criação de um Centro Comunitário Português, penso que devam ser os portugueses no seu conjunto a terem a presença de espirito de se unirem para criarem o seu próprio Centro Comunitário. À boa moda portuguesa, estamos à espera que seja o Municipio de Lambeth a investir sem que nós mesmos o façamos unidos, de mão dada num único objectivo que é o de termos uma casa nossa. Perdidos e sem estruturas associativas capazes de responder aos desafios, os portugueses têm antes de mais nada, de seu unirem e os líderes associativos, os líderes de opinião e as autoridades têm aqui a totalidade da culpa por este Centro Comunitário não existir ainda. Se os portugueses desejam que este Centro Comunitário seja uma realidade, têm, que sair das tocas de café e discutirem entre si a criação do seu próprio “telhado”. Pelo passado, os portugueses têm estado apenas à espera que sejam os ingleses a resolver um problema de que de todo não são os beneficiados. Meio milhão de libras Quando se fala de meio milhão de libras, existe uma tendência para adaptar um valor político a um valor pessoal. Por outras palavras, se
suficientes. Ao acenar com estas libras à comunidade portuguesa, compete aos portugueses chegar à mesa de voto e dizer alto e bom som “É pouco para o que precisamos e merecemos”. Contudo, só o poderemos dizer com a força do voto. Funcionários do council Outra das questões que se tem levantado é a quantidade de elementos no quadro do Council que falam português. Detenho-me a tentar perceber se o Município prefere dar emprego a um português ou luso falante ou se prefere dar cursos de língua portuguesa aos seus funcionários. Na verdade, o Council não pode e não deve dar emprego a alguém só porque esse alguém fala português ou é português. O Município, nos seus critérios de admissão de pessoal, deve dar prioridade aos competentes para o cargo independentemente da sua nacionalidade. Todos vivemos em Inglaterra e todos sabemos como este país
é um exemplo gritante do “não” à descriminação. Se compete ao Council dar emprego aos competentes, compete aos portugueses serem competentes e terem o arrojo de se candidatarem às funções municipais. Não podemos nem devemos exigir que o emprego seja dado a um português só pelo simples facto de acidentalmente este ser português. Temos que convencer os portugueses a terem a coragem de se candidatarem a estes cargos e então sim, caso haja descriminação fazermos justiça através do voto. Neste momento, não sabemos quantos portugueses se candidataram a cargos municipais e por isso é injusto acusar o Council de não haver portugueses nos quadros da edilidade. Os principais culpados, são os portugueses que, sendo competentes, não se candidatam aos cargos. Atente-se, que só agora aparecem movimentos de origem portuguesa aos títulos de confiança política depois de um exemplo em que um português se deu mal com o cargo para o qual foi eleito na lista dos democratas. Trust Como a própria palavra indica, trust significa confiança. Este clima onde reina a confiança, não é um mero exercício de palavras onde as promessas bastam para acreditar. Trust ou confiança, é um processo dinâmico com avanços e recuos que demora até que esteja consolidado. Steve Reed, promete criar um novo trust com fundos financeiros e dinâmicas próprias para que a comunidade de língua portuguesa possa criar com o apoio dos Trabalhistas o seu próprio movimento comunitário, cujas estruturas organizacionais sejam autónomas e auto-suficientes e sustidas pelo mérito e pelo esforço. O que os portugueses e todos os lusofalantes não podem, é esperar
que sejam os ingleses a plantar a horta, cozinhar a sopa e a pôr na mesa para depois lavar a loiça de uma refeição que só os portugueses vão comer. Se a comunidade portuguesa deseja ter influência na comunidade de Lambeth, terá que fazer mais que conversas de café. O ideal, será sempre pensarem que qualquer mudança nos intervenientes será um atraso na consolidação dos interesses da comunidade de língua portuguesa que, por sinal, está por toda a Londres e não apenas em Lambeth. Votar nos Trabalhistas nas eleições de 6 de Maio, é dar continuidade ao que já se conseguiu e ganhar a oportunidade de exigir o cumprimento de promessas no imediato. Caso seja outro partido a ganhar as eleições, qualquer vencedor poderá dizer: “Centro Comunitário Português? Meio milhão de libras? Essa promessa não é nossa e portanto não temos que a cumprir.” A estratégia, é pressionar para que se possa exigir acção desde já e isto não poderá ser exigido se mudarem os rostos de quem assinou a promessa. Por estas e outras razões, não deixarei de incentivar os portugueses a: Elevarem o seu orgulho participando na vida das comunidades independentemente da região onde estejam sediadas. Votarem no Partido Trabalhista como forma de não perderem a oportunidade de exigir aos Trabalhistas o cumprimento das suas promessas Terem a coragem de se candidatarem por este e outros partidos sobretudo aos lugares de confiança política e da Administração Local Mostrarem a todas as restantes comunidades que têm valor acima daquilo que tem sido a média dos últimos anos Neste contexto, não hesito em recomendar o voto nos Trabalhistas. Não com argumentos inválidos mas com pensamentos que, traduzidos às palavras de um jornal, sejam por todos entendidas.
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O meu telemóvel é estupido Coaching Por: Carlos Monteiro Correspondente PaLOP News—Lisboa Durante uns tempos vou aguardar e estimar o meu ‘tijolo’, porque daqui a um ou dois anos já tudo pode ter mudado. O meu telemóvel não é um smartphone mas já faz muita coisa. Tem câmara fotográfica razoável, lê músicas e se eu me desse ao trabalho até uns vídeos lá metia. Mas o que é isso hoje em dia? Mais, o quão irrelevante será daqui a algum tempo. Desde que a Apple lançou o iPhone tudo mudou. Com uma só machadada Steve Jobs (CEO da Apple) ‘decepou’ a Nokia, sendo neste momento a Apple a coroada rainha no mercado dos telemóveis. Sim, há quem venda mais, mas há que ver que as vendas deles crescem e tâm margens de lucro superiores. Já um artigo publicado na BusinessWeek o tinha dito, o iPod é a inovação tecnológica que mais representa o zeitgeist (espírito dos tempos) da década que agora termina. Mas isto surpreende algum londrino? Quem não se lembra do ‘icónico’ iPod que Barrack Obama ofereceu à Rainha-mãe? Será que alguém vai oferecer um iPad a Bento XVI? Pessoalmente penso que um Courier da Microsoft faria mais sentido: como tem dois ecrãs dobráveis cabiam lá os Dez Mandamentos. Mas agora mais do que a marca, conta também o OS (sistema operativo) e a Google, Microsoft, Nokia, Blackberry e muitas outras não querem dar tréguas nesta autêntica guerra
aberta. A fabricante HTC é desconhecida, mas mostra uma ambição imensa. É a fabricante dos dois dispositovos que mais têm sido apontados como ‘iPhone killers’. Um é o Nexus One, que construiu segundo as especificações de e para a Google. Outro é o Desire, que se cumprir o que prometeu no Mobile World Congress em Barcelona, poderá mesmo ser o ‘Nexus killer’. Mas eles têm muitos mais modelos no mercado (e a caminho) a operar com o sistema operativo Android, o mais emergente dos actuais sistemas o p e -
rativos em termos de quota de mercado. O Hero e o Legend são dois excelentes exemplos. Mas tudo está e vai mudar. Nos próximos tempos eu vou estimar o meu ‘tijolo’ e ver o que acontece. O Wall Street Journal teve recentemente em exclusivo uns burburins sobre a Sony estar a preparar com a Ericsson um ‘PSPhone’, um híbrido de smartphone com PlayStation. Agora é esperar para ver. Não me atrevo a tomar lados nesta guerra, por isso fico com o meu “estúpido” mais uns tempos.
Não mudamos de casa mas renovamos o telhado Visite-nos. www.palopnewsonline.com
Life
Por Maggie João
Águia real
Nesta edição do PALOP News escolhi uma pequena história baseada numa lenda dos índios da tribo Cherokee, nativos das terras do norte da América antes de estas serem colonizados pelos Europeus. Esta lenda falanos de duas entidades que são constantes, mesmo que invisivelmente, mesmo que inconscientemente, no decorrer das nossas vidas, dia após dia.“Numa calma tarde de Outono, uma criança escutava atentamente o seu avô, que lhe contava a seguinte história:Sabes, meu pequeno, dentro de cada um de nós vivem dois lobos. Um dos lobos é bom e quer o bem de toda a gente. Ele vive em harmonia com tudo o que o rodeia. Ele dá-te força para lutares pelos teus sonhos e por justiça. Ele é a tua fonte de inspiração e o teu melhor amigo.O outro lobo é um lobo mau, que consome a tua energia, persegue-te e não gosta de ninguém. Ele está numa luta constante com tudo e todos, sem razão aparente. Ele está sempre a comparar-te com os outros, a condenar-te, a criticar-te e aos que te rodeiam, a competir com todos e a reclamar de tudo!Estes
dois lobos estão sempre em confronto, a ver qual dos dois é que ganha.Quando o avô terminou de contar a história, o neto ficou calado por algum tempo reflectindo nas palavras do velho. Finalmente, na sua voz inocente o menino perguntou ao avô: Avô, e qual dos dois lobos é que ganha?Com um olhar inteligente o velhote olhou para o neto e respondeu: Aquele que tu decides alimentar!” Deixo-lhe assim esta pequena reflexão - Qual dos lobos é que vai decidir alimentar hoje, nesta semana, neste mês, nesta vida? Os diálogos internos, que mantemos connosco próprios no diaa-dia, são gerados pela nossa voz interior que transportamos para todo o lado. Para alguns, este diálogo interno não passa duma auto-crítica severa, depreciação e de uma pressão e tensão impostas por eles mesmos. No entanto, não tem de ser assim! O seu diálogo interno podese tornar o seu melhor aliado – apenas terá que o permitir. Preste atenção à sua conversa interna e transforme-a numa fonte de energia positiva. *Maggie João é uma Coach Executiva e ajuda pessoas a concretizarem os seus objectivos pessoais e profissinais. Com uma panóplia de clientes espalhada em três continentes, o seu Coaching é não direccional, sem juízos de valor e totalmente centrado no cliente. Margaret pratica Coaching em português, inglês e espanhol.
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Elenco do Dia de Portugal confirmado A organização do Dia de Portugal confirma o elenco que tem vindo a ser anunciado em diversa imprensa. Palop News
Londes
Pese embora os nomes tenham vindo a ser divulgados, a Organização contactada pelo PaLOP News não tinha ainda a confirmação de todos os nomes mencionados pelo que decidimos não dar a notícia para depois não termos a necessidade de a alterar em edições seguintes. Assim, os nomes já confirmados que se encontram na imagem inserida neste artigo compõem o elenco a estar presente na animação da festa. Está também já garantida a relação de restaurantes que faz parte dos sponsers do evento e que vão alimentar os milhares de portugueses que se irão deslocar ao evento. Futebol Clube do Porto, Na-
cional Restaurante, Centro Desportivo e Cultural, Bragança, Aliança, Mangualde, A Toca, O Moinho, Carochos Bragantinos, Boaventura, Galitos e Amigos do Tacho. Ao contrário dos anos anteriores, os interpretes musicais são acompanhados por uma única banda The Midnight Band. Esta foi a forma que Organização optou para diminuir custos facilitando assim a presença e um maior leque de artistas convidados. Mais uma vez, mudam os autores do Dia de Portugal e muda também assim o modus operandi executivo de alguns pormenores. O Dia de Portugal promete ser como de costume, um grande dia.
“Futebolguês” com o vapor aceso
Palop News
Londes
A pouco mais de 100 milhas a norte de Londres onde existe uma comunidade portuguesa de relevo, o desporto em português dá cartas. O Tugas United tem ao longo da época vindo a destacar-se e o balneário acusa o ambiente próprio de quem..., ganhou e subiu de divisão. Para festejar o evento, a equipa reuniu-se num almoço em Thetford no Katekero para em animado ambiente fazer alarido da vitória do jogo que tinham acabado de vencer por 2 golos e que garantia a subida de divisão. O PaLOP News, congratulase com o feito e promete estar atento a novas proezas dos Tugas. Parabéns.
Karaoke no Machico Palop News
Londes
A prática do karaoke instalou-se nos cafés e bares da comunidade portuguesa e hoje é fácil correr estas casas e encontrar valores artísticos de quem desempenha e interpreta canções de grande nomes internacionais com exímia habilidade. O Machico em Stckwell aderiu também a este género de espectaculo e ao fim de semana os amantes do microfone podem dar mais um “pézinho” de musica ao som dos “discos pedidos”. Nas próximas edições continuaremos a dar voz ao Karaoke onde quer que ele se cante.
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Cultural recebe candidatos Palop News
Londes
O Centro Desportivo e Cultural Português recebeu por iniciativa de Lino Diogo, os candidatos ás eleições locais em Stockwell. Os candidatos do Partido Democrata Liberal Antony Batroll e a portuguesa Fernanda Campos e os candidatos do partido Trabalhista Alex Bigham e Imogen Walker desfilaram os seus projectos e ideias sobre as políticas que possuem para a comunidade em geral e a defesa da comunidade lusófona em particular. Os Trabalhistas apelaram ao voto usando o seu principal argumento com a criação do Centro Comunitário Português, enquanto os “lebdem” defenderam que o projecto do referido CCP não é compatível com as necessidades e as disponibilidades da comunidade. Para os Trabalhistas, o CCP deve constituir um bloco de ação, enquanto para os seus opositores este CCP deveria ser uma porta aberta à candidatura para todas e quaisquer forças da comunidade que a eles se entenda candidatar.
O debate constituiu uma acesa oportunidade de troca de ideias e os presentes tiveram oportunidade de intervir elaborando as suas questões que foram respondidas
pelos candidatos de ambos os partidos. O Partido Conservador, apesar de ter manifestado disponibilidade para estar presente esteve ausente.
The Last Five Years em cartaz Lusa
Londes
O musical produzido pelo português Fernando Pinho inicia a apresentação de lotação esgotada no Barbican em Londres. Começou tarde mas chega a bom porto quando o Barbican em Londres esgota para ver o espactáculo. Como gestor, entra no teatro pela porta da produção e vem para Londres por reconhecr que Portugal não lhe oferece o “espaço” necessário. Com reconhecidas culpas
no cartório está Sofia Escobar conhecida artista portuguesa radicada em Londres. Sobre os “estragos” que este espectáculo veio criar no mundo do espectáculo em Londres daremos conta na próxima edição. “The last five years" chegará a Portugal no final do ano, com uma primeira paragem em Guimarães - terra-natal de Sofia. "Esta será a apresentação da Sofia aos palcos portugueses. Tanto eu como ela queríamos que essa apresentação fosse um trabalho conjunto”
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Ombro amigo
Maria Leonor Bento (Dip. Couns & Psych) email:mlsabreu@hotmail.com
Diga-me o que devo fazer. Agora sinto-me mais aliviada porque desabafei, um grande beijinho e que Deus a proteja.
Como vai D. Leonor? Gosto muito de ler os seus artigos, tenho aprendido coisas que nem imaginava. Não sei se vai responder-me, mas vou contar-lhe a minha história (por favor não ponha o meu nome). Tenho 50 anos, mas parece que tenho 60, toda a minha vida tenho sido muito sacrificada, sou a segunda mais velha de 8 irmãos e desde criancinha sempre ajudei a minha mãe a cuidar da casa, dos meus irmãos, ir lavar roupa ao rio, e também a trabalhar nos campos e cuidar dos animais. Conheci o meu marido com 19 anos e logo nos casamos. Ele sempre teve a mania de ter um negócio e por causa disso foi trabalhar para França, andou por lá 10 anos, e com muito sacrificio conseguimos amealhar o suficiente para abrir um café na nossa terra. Abrimos o café e durante alguns anos trabalhei muito para poder sustentar a nossa casa e dar educação a 4 filhos que temos e levar o negócio
para a frente, mas o meu marido não tinha cabeça para aquilo e começamos a ter dívidas. Durante 5 anos foi um um martírio; sempre com empréstimos e acabamos por ficar mal nos bancos e sem poder pagar aos fornecedores. Mas o pior de tudo é que ele começou a beber e a bater-me. Dizia que tinhamos ficado cheios de dívidas por minha culpa porque eu não estava a cuidar bem do café. As coisas pioraram de tal maneira que os meus filhos tiveram que falar com o pai e dizerem que não admitiam que ele me batesse mais e que se fosse preciso iam à policia. Ele prometeu que não ia mais beber nem bater. Durante algum tempo até conseguiu mas depois voltou a beber. Foi quando há 6 anos decidimos vir para Inglaterra, porque não tinhamos mais condições de trabalhar lá. Fomos para a Irlanda trabalhar numa fábrica de peixe, mas ele não gostou
e passados 2 meses mudamos para a Escócia e fomos trabalhar numa fábrica de saladas. Lá, ele conheceu uns portugueses e começaram a juntar-se para jogar as cartas e ele voltou a beber. Cada vez que eu o contrariava ou dizia que eles não eram boa companhia ele começava a dar-me porrada. Um dia ele teve uma discussão com um polaco e andaram os 2 à pancada e acabaram por serem ambos despedidos. Voltamos a mudar de cidade, que é onde moramos agora. Ele aqui tambem fez amizades com outros portugueses, mas já não bebe tanto, mas quando se irrita ameaca-me logo que me parte os c..... Sou muito infeliz, não falo com ninguém e não tenho amigas porque não quero que saibam da vida que levo, nem os meus filhos sabem de nada. Eles pensam que o pai mudou. Além disso ele disse que se eu contar alguma coisa da nossa vida que dá cabo de mim, não sei porque ele é assim.
Querida amiga, ao ler o seu email tentei visualizar os tempos difíceis que passou, uma infância omitida em favor da família e do trabalho fez de si uma pessoa ponderada, comedida e com grande espírito de sacrifício, além de uma maturidade bem precoce. Pelo contrário o seu marido parece não ter desenvolvido essas notáveis qualidades e pelo que conta, ele desde cedo tinha o “bichinho” para ter o próprio negócio – o que até é louvavel no ponto de vista empresarial. Atá aí nada de errado na vossa vida, mas quando as vossas finanças começaram a sofrer uma quebra (dívidas), o seu marido começou a mudar de comportamento. Dá-se o nome “transferência de culpa” à atitude que o seu marido começou a ter para consigo. Vou dar um exemplo: quando conquistamos alguma coisa, costumamos atribuí-la às nossas virtudes ou capacidades, (no caso se o café tivesse sido um sucesso); já os nossos fracassos não têm nada a ver com os nossos defeitos ou incapacidades, mas sim por culpa dos outros (como fracassou, ele acusou-a dessa falência). Ou seja ele viu-se frustrado porque viu os seus planos falharem. Sentiu-se impotente porque não conseguiu reverter o prejuízo, e injustiçado porque não se considerava merecedor de tal infortúnio. Transferir a responsabilidade para a si, trouxe ao seu marido um falso conforto e mostra a falta de maturidade e crescimento pessoal dele. Mas a parte gravíssima vem com a bebida e posteriormente com a violência contar si. Está provado que o consumo de álcool versus violência doméstica e de 100%. Infelizmente tem ainda muita mulher que sofre em silêncio os abusos feitos contra ela, a violência e aceita com medo de uma violência ainda maior – o atentado à própria vida. A senhora provavelmente vem de uma família onde aprendeu que deve total obediência ao marido, ou aprendeu que divórcio não existe depois do casamento, ou aprendeu que mulher divorciada é mulher perdida, ou por medo de criar os filhos sózinha, ou porque já esta com alguma idade e não quer ficar sózinha, ou, ou, ou, ou...há tantos ou’s minha amiga que é impossível
enumera-los todos aqui, mas eles existem e são a prova viva de que milhares de mulheres continuam a levar uma vida - se é que se pode chamar a isso vida – cheia de violência e maus tratos sofrendo tudo isso em silêncio. Posso entender todos esses ou’s e ainda assim discordar deles. A mulher é um ser único, uma criação divina, que merece honra, respeito, carinho, empatia e delicadeza no trato. O dom da maternidade faz-nos ainda mais especiais, por isso qualquer agressão e intoleravel e criminosa. Desde criança sempre gostei muito da história de Adão e Eva, especialmente da parte em que o Senhor retirou uma costela ao Adão para criar uma companheira para ele e dessa maneira apareceu a Eva. Independentemente da história ser ligada à religião, a historia só em si é de uma beleza, delicadeza e ternura sem igual; ela simboliza que a mulher faz parte do corpo do marido – e quem é que quer fazer mal a si próprio? Ainda analizando a história, se a costela foi retirada da lateral do peito, também simboliza que a esposa não está atrás nem à frente do marido mas sim a seu lado, significando parceria, suporte, apoio, cumplicidade e muito amor. É lógico e sabido que homem e mulher têm papeis diferentes a desempenhar nesta vida, mas essas diferenças em vez de separar, existem para os juntar ainda mais. Esposo e esposa não são rivais nem estão em uma competição um com o outro. O casal precisa encontrar e edificar uma base sólida entre os dois para que possam ser o suporte na criação e educação dos filhos, assim como no bem estar social e económico da familia. Eu não posso de maneira nenhuma indicar-lhe o que fazer na sua vida, isso e um assunto que diz respeito a si e à sua familia. Esse assunto merece ser avaliado criteriosamente. A senhora precisa fazer um balanço completo da sua vida. Só a senhora sabe como é o seu dia a dia e até quando vai aguentar o medo e os maus tratos. Se estiver disposta a fazer essa análise vai precisar de muita coragem e apoio especialmente dos seus filhos. Desejo querida amiga, que possa encontrar o caminho certo para ter uma vida mais feliz e plena e seja qual for a sua decisão, sempre encontrará em mim uma amiga que a
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Maria Leonor Bento dirige a International Friendship Society em Norfolk, um grupo de voluntárias que se destina a apoiar mulheres de todas as nacionalidades. Com uma história de vida cheia de aventuras, Maria Leonor carrega a experiência de um sorriso que atravessou guerras e não deixou de sorrir. Em Norfolk, onde vive, desenvolve a sua actividade profissional, no voluntariado e estuda. Se pensa que o céu caiu em cima da sua cabeça, escreva para a Maria Leonor que fará o possível para lhe dar um Ombro Amigo.
Maria Leonor Bento (Dip. Couns & Psych) email:mlsabreu@hotmail.com apoia incondicionalmente. O artigo que está em baixo descreve mais em pormenor a violência doméstica, leia-o com atenção. Um grande beijinho Para as amigas leitoras Francelina, Raimunda, Cristina, Maria, Saozinha, America, Lucileia e Mariana, este artigo foi escrito a pensar em vocês. Um grande abraco. O que é a violência doméstica? Ela pode tomar a forma de violência psicológica e mental, que inclui agressões verbais, perseguição, clausura, privação de recursos físicos e financeiros, dificultação de contactos com familiares ou amigos. Em muitos casos chega à agressão física, que pode ir das violações, empurrões, beliscões, pontapés, espancamentos, e até a morte. Os casos de violência doméstica dizem respeito a todos. Deixaram de ser assunto privado, passaram a ser considerados crime público, um verdadeiro atentado e afronta aos direitos humanos A violência doméstica tem fases ou ciclos, a saber: 1 – Fase de “acumulação de tensão” A irritabilidade do homem vai aumentando sem razão compreensível e aparente para com a mulher. Intensificam-se as discussões por questões irrelevantes e as agressões verbais. 2 – Fase de “explosão violenta” O homem descontrola-se e concretiza os actos violentos. Insulta e bate na companheira, atira e parte objectos, embebeda-se, permanece calado vários dias, agride emocionalmente. O homem trata de demonstrar a sua total superioridade em relação à mulher. 3 – Fase da “lua-de-mel” Na verdade não é correcto chamar a este período de “luade-mel”, já que este bom momento pode não ser tão idílico: “ele” decide quando começa e quando é que termina. Pode ser o tempo mais difícil para a mulher que se sente confusa e desorientada. Seria mais adequado chamar-lhe período de “manipulação afectiva” porque o agressor se sente contrariado depois de cometer o abuso. Neste momento de “desdobramento emocional”, sente remorsos pelas suas atitudes. Pede perdão, chora, promete mudar, ser amável, bom marido e bom pai. Esta atitude
costuma ser convincente porque o agressor se sente culpado. E a vítima tende a acreditar numa mudança. 4 – Fase de “escalada e reinício do ciclo” Uma vez perdoado pela companheira, começa de novo a fase da irritabilidade, a tensão aumenta e termina a fase relativamente agradável. Quando ela tenta exercer a autonomia recém-conquistada, ele sente de novo a perda de controlo sobre ela. Tem início uma nova discórdia e com ela o reiniciar do ciclo da violência. 4 – Será minha a culpa? Não, de modo nenhum! Muitas vítimas culpabilizam-se a si próprias depois de episódios de agressões físicas e psíquicas. Esse sentimento de culpa provém da estrutura patriarcal: o homem é quem exerce a autoridade na família e a mulher sente-se culpada se não aceitar este poder violento. Mas os maus tratos não têm qualquer justificação. O único culpado da violência é o agressor, nunca a vítima. 5 – O que é o síndroma da dependência afectiva? É uma ligação emocional que impede a vítima de se separar do seu agressor. É muito frequente em mulheres maltratadas que vivem isoladas porque o agressor não as deixa relacionar-se com ninguém. Ele é todo o seu mundo, é o pai dos seus filhos, ela continua a acreditar que o ama. Isso leva-a a perdoar continuamente as agressões e humilhações do seu agressor e paralisa-lhe a capacidade de agir e romper com a relação violenta. Também acredita e tem esperança que o marido mude, ela sente muita vergonha e culpa, tem medo das represálias, depende economicamente dele, sente necessidade de proteger os filhos e depois as crenças religiosas sobre o casamento, etc.. Agora vamos falar sobre as consequências da violência no organismo: Reações Físicas: Fraqueza; dificuldades respiratorias; dores de cabeca; musculos tensos; sensação de aperto no peito; falta de apetite; choro; taquicardia; disturbios do sono, etc. Reações psicológicas: Medo; Desconfiança e insegurança; raiva; culpa; vergonha; diminuição da auto-estima e auto-confiança; depressão;
evitamento; isolamento;confusão mental. Reações Sociais: Receio de não ser compreendida; necessidade de isolar-se dos amigos e familiares por vergonha ou imposição do agressor; falta de apoio e compreensão das pessoas próximas e de algumas instituições. Onde procurar ajuda: Uma vítima de violência doméstica pode: Procurar ajuda e aconselhamento jurídico gratuito Pedir à policia para intervir na sua proteção Obter ajuda para encontrar habitação de emergência alternativa Recorrer ao tribunal para manter o agressor longe da sua casa Obter ajuda de organizações especializadas em violência doméstica que podem oferecer-lhe aconselhamento e apoio quer decida agir ou não. A violência doméstica é considerada crime no Reino Unido. Alguns contatos úteis: *Linha de Apoio à Violência Doméstica de Inglaterra: 0808 2000 247 *Linha de Apoio às Mulheres que sofrem de Violência Doméstica da Irlanda do Norte - 24horas: 028 9033 1818 *Linha de Apoio à Violência Doméstica da Escócia: 0800 027 1234 *Linha de Apoio à Violência Doméstica do País de Gales: 0808 80 10 800 *Numa emergência deve manter-se calma e ligar para o 999 A Woman’s Aid apoia as mulheres em qualquer decisão que tomem para o seu futuro e têm inclusivé acolhimento imediato para mulheres e seus filhos que fogem de situações de abuso doméstico. O direito da mulher viver sem violência, sem tortura e sem ser tratada de forma cruel, desumana ou degradante é protegido pelos Artigos 3 e 5 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ao abrigo desta declaração, cada ser humano tem o direito à vida, liberdade e segurança. A violência doméstica é uma infração a todos os direitos das mulheres. NR ~Contráriamente ao habitual, a rúbrica “Ombro Amigo” da autoria de Maria Leonor Bento tem nesta edição mais que uma página dada a pertinência da matéria em causa
Maria João Pires em Londres. A não perder Lusa
Londes
A pianista portuguesa Maria João Pires vai atuar a 21 de julho no Royal Albert Hall, em Londres, no âmbito do festival Proms 2010. O festival, cujo programa foi hoje anunciado, decorrerá de 16 de julho a 11 de setembro e é atualmente organizado pela BBC. Maria João Pires irá interpretar nocturnos de Chopin, que registou num álbum duplo editado em 2008 pela Deutsche Grammophon e que lhe valeu uma nomeação para os prémios Grammy. A atuação da pianista portuguesa insere-se ainda uma série de concertos daquele festival dedicados ao bicentenário do nascimento de Chopin. O Proms 2010 contará com dezenas de atuações de artistas de renome internacional na área da música erudita e clássica, entre orquestras e solistas, instrumentistas e cantores, como o pianista brasileiro Nelson Freire, a violinista Hilary Hahn, a soprano Renée Fleming, o tenor Plácido Domingo, o maestro EsaPekka Salonen. A Filarmónica de Berlim, a Orquestra Sinfónica da BBC, a Philharmonia Orchestra e a Orchestra of the Age of Enlightenment
são algumas das formações presentes no festival. Entre os compositores mais citados no repertório estão Bach, Schumman, Schubert, Mozart, Lizt, Chopin, Richard Strauss e Richard Wagner, embora estejam também presentes os contemporâneos John Adams, George Benjamin, Leonard Bernstein e James Dillon. O festival Proms aconteceu pela primeira vez em agosto de 1895 no Royal Albert Hall, pela mão do maestro britânico Henry Wood.
Dificil de dizer, fácil de fazer (Welwitschia) Palop News
Londes
Desde Dezembro de 1998 que a Welwitschia se tornou um centro de acolhimento e aconselhamento a quem fala português em Londres. Composta por serviços voluntários, esta instituição prima pelos serviços gratuitos sempre que tal seja possível. Encontra-se acreditada pela Charity Commission e pela Company House estando ao serviço da comunidade em todas as situações que geralmente afectam a comunidade de língua portuguesa. Fundada por um grupo de jovens angolanos, esta instituição tem a característica de ao contrário de muitas outras, ter os seus membros democrática-
mente eleitos no conjunto dos seus associados. No alvo do trabalho, estão não apenas os que residem no Reino Unido mas também aqueles que pretendem para cá vir viver ou que estão de visita. No conjunto dos serviços que esta associação presta à comunidade, estão assuntos tão diversos como a tradução e interpretação, acompanhamento a todo o tipo de serviços públicos, serviços nas prisões e hospitais ou apelações a emprego ou matriculas escolares. Na dúvida, fica-nos a certeza de que existem sempre pessoas capazes e dispostas a empenhar o seu tempo ao serviço dos outros. Sejam quais forem os outros que lhes batem à porta.
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Fernanda Ribeiro anula entrevista O PaLOP News tentou entrevistar Fernanda Correia, a candidata portuguesa a Stockwell pelo Partido Democrata Liberal mas tal não foi possível já que a posição da candidata exigia que a entrevista fosse revista pela própria antes de publicada o que naturalmente recusamos por razões de ética e profissionalismo. Registamos em forma de lamento esta atitude já que o PaLOP News se afirma como a voz de todas as opiniões.
Não mudamos de casa mas renovamos o telhado Visite-nos www. palopnewsonline .com
Trabalhistas prometem aos lusófonos
Steve Read comanda os destinos da autarquia com maior presença lusófona no Reino Unido e com a aproximação das eleições estreita-se o contacto do político com a população. Consciente da importância que a população lusófona tem para a sua vitória eleitoral, Steve Read publica o seu manifesto eleitoral que está na origem deste trabalho. Palop News
Londes
O PaLOp News interveio questionando Steve Read sobre o encerramento de um espaço que existiu outrora em Vauxhall para atendimento aos portugueses, tendo obtido como resposta que o “Council não tem autoridade para encerrar nenhum tipo de Charity e que essa responsabilidade cabe a uma comissão específica ou à polícia.” - afirmou para adiantar: “Na origem desse espaço, esteve tanto quanto posso recordar um português de nome Gabriel Fernandes que foi condenado em Tribunal”. Insistimos no sentido de saber se tal facto era verdadeiro e Ste-
ve Read exibiu-nos a sentença do Tribunal. Questinonado sobre os projectos realizados ao longo do ultimo mandato, Steve Read realça a aproximação que criou com a comunidade lusófona. “Foram criados vários canais de comunicação com a comunidade no sentido de perceber as suas necessidades ao nível do housing, do emprego, da educação e da segurança. Muitas crianças estavam a perder as suas raízes lusófonas e contratamos professores portugueses mas fomos mais longe. Criamos condições para que os pais aprendam inglês e isso reflete-se na criação de melhor emprego e consequente melhoria nas condições de vida.
O centro comunitário português é já uma realidade em fase de arranque e o que pretendemos é que este espaço funcione de forma permanente. Só o Labour criou esta aproximação com a população lusófona.” Steve Read não se conforma com o trabalho já feito e promete mais. No manifesto eleitoral do Labour (Partido Trabalhista) que falamos mais à frente neste trabalho, Steve Read oferece um manacial de promessas para “português cobrar” durante o próximo mandato. Os trabalhistas prometem “continuar a apoiar financeiramente as festas do Dia da Madeira e do Dia de Portugal”. Financeiramente? - questionamos. “O Dia da Madeira e o Dia de
Portugal têm sido apoiados pelo Council que suporta os custos do aluguer do parque que ronda as 2 mil libras. No total e só para os parques investimos 4 mil libras por ano e este é um compromisso agendado para termos a certeza que a comunidade pode festejar a sua cultura e conviver em torno de si mesma. Esta é mais uma das coisas que não foi feita pelos nossos opositores políticos e que o Labour implementou”. Pretendemos saber o que mais preocupa Steve Read em relação à comunidade lusófona: “Integração” foi a palavra. “O nosso manifesto é um acontecimento histórico. Foi a primeira vez que algum partido o fez. Este manifesto pretende contribuir para uma melhor difusão de informação para que as pessoas saibam os direitos que têm, para que saibam onde se dirigir e com quem falar. Existem pessoas a viver em condições abaixo do aceitável e isso tem que acabar. As pessoas que não falam inglês têm o direito de o aprender, têm o direito a uma habitação condigna, têm direito ao ensino e à segurança para toda a família. Conhecemos as necessidades da comunidade porque falamos com as pessoas e rara é a semana em que de uma forma ou de outra não estamos presentes em eventos para os quais somos convidados ou que convidamos a sociedade lusófona com especial destaque para a portuguesa” - disse. Confrontado com o hábito que as populações têm de não ver as promessas cumpridas, Steve Read garante que as promessas feitas serão cumpridas como foi cumprida a promessa do apoio à criação do Centro Comunitário Português. Outra das iniciativas que o Partido Trabalhista (Labour) levou a efeito, foi a criação de uma plataforma de entendimento entre a população lusófona e o Partido Trabalhista criando o Labour Friends of Portugal.
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“O Labour Friends of Portugal é um passo histórico”—Steve Read afirma que tem tem falado com as pessoas e percebe que estas querem trabalhar com o Labour. Podem não ser eleitos mas farão parte da vida politica e das decisões. Há escolas que têm um serviço de administração em que os portugueses podem e devem estar presentes. São vários os serviços importantes onde a comunidade lusa pode ter pessoas que intervenham em benefício da comunidade” Outra das iniciativas que irá ver a luz do dia, será a criação de um novo trust a que Steve Read chama de “Cooperative Council”. “A relação entre a população lusófona e o Council não pode ser uma relação paternalista em que o filho pede e o pai dá. Queremos criar uma relação adulta com a comunidade em que esta tenha a capacidade de tomar decisões e implementá-las sem ter que estar sempre a pedir socorro ao Council. A criação de projectos, a sua execução e gestão é uma responsabilidade da comunidade que tem que desenvolver mecanismos e dinâmica próprios para criar o seu próprio espaço de intervenção a nível
local e nacional. O Labour Friens of Portugal é um projecto à escala nacional em que todos são convidados a participar. Segundo Steve Read a criação de um novo trust, pode contar com novos interpretes e o centro Comunitário Português é um interlocutor priveligiado para concentrar os problemas da comunidade mas também as suas soluções. “Este novo trust, é mais uma ferramenta ao serciço da comunidade lusófona criada pelo Labour.” Existem contudo valores que Steve Read considera fundamentais. “A justiça é fundamental para a tranquilidade da população.” A igualdade de oportunidades é outra das questões que o Labour pretende continuar a implementar. “Não pode haver exclusões” afirma Steve Read. Para Read, a questão passa pela responsabilização da comunidade não significando isto que o Labour se esteja a furtar a responsabilidades. Para Read, “... O Council e a comunidade têm que funcionar como uma equipe em torno de objectivos comuns. O Council não pode funcionar em benefício da comunidade se esta estiver
ausente. O que pretendemos é que os cidadãos lusófonos se possam mexer dentro do Reino Unido com tranquilidade e com a sensação de integração assumida.” Perante o conjunto de comunidades existentes, o Council
afirma que não pode estar ao serviço de uma comunidade que não esteja organizada. Read refere que “não se pode estar sempre dependente do Council para tudo. Há muitas comunidades e todas batem na
porta do Council e esse não é um processo funcional. Podemos atender todas as comunidades desde que estas reajam de forma organizada e o Centro Comunitário Português é disso um exemplo de como se pode trabalhar em sintonia” - afirma para continuar— “As necessidades da comunidade têm que ser defendidas pela comunidade e não pelo Council” diz Read. Outra das preocupações é o ensino de inglês aos adultos. Segundo Read existem muitas pessoas de língua portuguesa que não falam inglês e que por esse motivo não sabem onde se dirigir e como proceder. Ao aprenderem a língua, estarão em condições de uma melhor integração e de melhores empregos. “É um esforço que vale a pena” - refere. Para o Labour, o Centro Comunitário Português abre a possibilidade de o inglês ser ensinado por pessoas da mesma língua e isso facilita a comunicação e potencia a aprendizagem. “O Centro Comunitário Português, traduz as necessidades da população de língua portuguesa de forma a que estas
necessidades da comunidade cheguem ao Council e a outras autoridades servindo o CCP de interlocutor válido. O CCP é um interlocutor pronto a funcionar sem necessidade de um atendimento directo caso a caso.” diz Read. Segundo o nosso entrevistado os recursos do novo trust poderão ser afectados ao CCP referindo que “... na verdade o que importa à Comunidade é o que se passa dentro dessas paredes e não onde estão ou de que cor são essas paredes.” Será que os projectos têm que ter um link político? - perguntamos. “Absolutamente não. Esse não é o objectivo. Os serviços têm que estar disponíveis para as pessoas onde elas vivem e o CCP está aberto a projectos mesmo que não sejam da autoria do próprio CCP. Importa porém referir que o CCP não é o «poço financeiro sem fundo». A comunidade terá que saber criar sustentabilidade financeira e saber criar receitas para lá dos apoios das autoridades. A comunidade também tem que saber como se autofinanciar. As 500 mil libras são o ponto de partida para o futuro que a comunidade irá construir.
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A comunidade tem que se desenvolver e crescer dentro do valor das ideias” - rematou. Confrontado sobre a duração que esta promessa tem e a di-
ferença de tempos para o novo trust, Steve Read afirma que no máximo em 18 meses a plataforma terá que estar criada e em funcionamento e que o CCP terá
que estar em velocidade cruzeiro até final do próximo mandato se o Labour ganhar as eleições. “Muitas pessoas vêm falar comigo no sentido de solicitar ajuda pontual e isso não é viável. O CCP tem a função de concentrar as necessidades da população lusófona e transportar as questões para nós em termos absolutos e não de forma isolada.” Read, insiste que “as disponibilidades do Council não são para apoiar loucuras mas sim a comunidade e para isso terá que ser o CCP a fazer o rastreio junto da própria comunidade numa relação madura entre as pessoas e as autoridades”. Quanto ao Labour Friends of Portugal, Steve Read convida a população a estar presente. Recomenda que se visite o site ou que enviem um e:mail a solicitar a inscrição. Este será um link entre a comunidade lusófona e o Partido Trabalhista por forma a criar mais um ponto de interacção para potenciar a comunicação. Para Read, ...”é fundamental que a comunidade seja forte e autónoma sem ter que recorrer a ninguém independentemente
Os tugas ao Poder Palop News
Londes
Muito se tem escrito e falado sobre a actuação de personagens lusas na vida cívica inglesa. Diversas têm sido as palavras de incentivo para que a comunidade lusófona se faça representar nas diversas instâncias de governação, nomedamente no poder local. Uma das personalidades que logrou conseguir esse feito em Lambeth (Londres), foi Gabriel Fernandes, ex-Conselheiro da Comunidade Portuguesa. Tendo ocupado o cargo antes da existência do PaLOP News, não restou outra alternativa senão recorrer a fontes oficiais no sentido de apurar da responsabilidade deste português nos factos de que foi acusado. Transcrevemos na integra a resposta que obtivemos. “On 9th December 2004 at Acton Magistrates Court Mr Fernandes pleaded guilty to four charges of obtaining £14,351.80 of benefit by deception and was fined £5000 ordered to pay £10,000 compensation and £1512 costs were awarded. Mark Hynes Director of Legal and Democratic Services Finance and Resources Department
de quem venha a ganhar as eleições e que as pessoas possam estar presentes nos lugares onde as decisões são tomadas.” Confrontado com a necessidade de se manter uma agenda de actividades e não apenas um site em funcionamento, Read apela para que seja a comunidade a criar essa agenda. “Que sejam os falantes do português a sugerir e a opinar, que sejam os lusófonos a tomar as rédeas das actividades que a eles dizem respeito para que assim se relacionem com a política, para que possam ser eleitas seja nas charity’s, nas escolas ou no voluntariado”. Numa data tão próxima das eleições, Read afirma não ter a mesma disponibilidade para assinalar a sua presença mas que caso ganhe as eleições será ainda no decurso deste verão que pretende ter uma reunião onde estas e outras questões sejam clarificadas no sentido de dar seguimento a estes projectos. Sobre as sondagens, Read informa que estas são feitas a nível nacional e nunca a nível local por isso não há certezas de nada a não ser de que o trabalho continua. Mostra-se porém confiante na vitória. Porquê? - perguntamos. “Porque as ruas estão mais limpas, porque as escolas funcionam, porque o crime baixou e há mais polícia na rua, porque estamos confiantes embora não haja foguetes antes da festa” conclui. “A nossa oposição aumen-
tou as council taxes em 40% e este foi o maior aumento de todos os tempos. Nós congelamos esta situação. A nossa oposição cortou nos centros de dia, aumentaram impostos e não fizeram nada com esse dinheiro. A mesma pessoa que concorre agora e que esteve antes no poder, deixou 500 crianças sem escola que nós colocamos; 250 milhões de libras que os Liberais Democratas tiveram oportunidade de utilizar na realibilitação urbana ficaram sem qualquer efeito porque se recusaram a usar esse verba enquanto as pessoas continuam a viver em condições abaixo do aceitavel, por vezes sem aquecimento ou janelas apropriadas à conservação do calor. Quando chegamos, encontramos mais de 10 mil residências carentes de obras de beneficiação que temos vindo a recuperar; invertemos o ritmo de crescimento do crime e Lambeth tornou-se um lugar mais seguro para viver porque duplicamos o investimento no combate ao crime pondo mais polícia nas ruas. Os democratas continuam a apostar em que as comunidade tenham que pedir, nós insistimos em que estas tenham que ter poder e que possam decidir” O importante é que a comunidade de língua portuguesa perceba que é importante para nós e que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que se sintam em casa já que Lambeth é a casa de muitos portugueses”.
Deputado Paulo Pisco defende outra televisão para a imigração London Borough of Lambeth” Na prática, conclui-se que Gabriel Fernandes foi efectivamente condenado pelos tribunais tendo o caso transitado em julgado. Não compete aos jornais aferir da culpa ou inocência dos intérpretes da notícia nem tampouco participar na sua concepção. O PaLOP News, pretende apenas esclarecer o seu público leitor com a investigação produzida apresentando provas da sua redacção sem alimentar discusões polítcas ou partidárias e sempre com o desejo de promover os portugueses que se destacam pela positiva. Tentamos aferir do recurso da decisão
mas não nos foi facultada qualquer informação que a pudesse confirmar e como os nossos leitores sabem, só noticiamos sobre assuntos com provas de sustentação. Sem provas testemunhais ou documentais, o PaLOP News não escreve uma única linha. Para o apuramento da verdade dos factos, fica publicada a comunicação que recebemos referente a este caso. Advoga-se porém perante a comunidade a necessidade de haver intérpretes da política a defender os interesses da população em todos os patamares da política e em todos os partidos ou locais.
Palop News
Londes
O deputado português para a imigração do Partido socialista Paulo Pisco que estará em Londres por ocasião do 1º de Maio e Dia da Madeira defende que os “canais internacionais de televisão podem ser um poderoso instrumento para afirmar a presença de Portugal no mundo, mas que para isso seria necessário que a programação fosse encarada de forma madura e com sentido estratégico o que agora manifestamente não acontece.”
Em tempos de globalização, com tudo o que isso implica de fácil e rápida circulação de ideias e de concorrência com outros canais internacionais, uma boa utilização da RTP-I e da RTP-África no cumprimento da sua missão de serviço público levaria necessariamente a que fossem consideradas as vastas comunidades portuguesas e o universo mais alargado dos luso-falantes, não só para a difusão e manutenção da língua, mas também para afirmação dos nossos interesses colectivos nos múltiplos pontos do mundo onde temos algum tipo de presença histórica, cultural ou económica” escreveu Paulo Pisco.
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Por: Lukie Gudda Norfolk - UK
Os homens também choram
Os cavalos também se abatem O solitário é aquele que geralmente não se sente bem consigo mesmo. Busca constantemente preencher o vazio, os espaços, o silêncio de sua vida com qualquer coisa. Relaciona-se com qualquer um, desde que não seja imposto a ele, estar "apenas consigo mesmo". Entretanto o amor e o respeito à nós mesmos, cria uma atmosfera propícia para identificarmos a nossa alma e é justamente nos momentos de solidão, que também somos convidados a viajar pelos caminhos do nosso mundo interior e buscar nossas respostas. A solidão vem da importância exagerada que damos ao outro. Quanto mais dependemos do outro, mais nos maltratamos e quanto m a i s itensificamos o diálog o
com o nosso coração, mais sensações boas atraímos para nossa vida. Quando estamos bem com a nossa companhia, atraímos pessoas sinceras e que realmente gostam de estar com a gente, porque emanamos vibrações de alguém que realmente se ama. Como podemos atrair pessoas boas e afetuosas quando estamos em vibração de dependência? Colocar o fim da solidão no outro, é tornar-se eternamente um solitário. Quando temos a crença na "falta" a vida vai nos podando de todas as companhias, até que aprendamos a gostar da gente mesmo. "...buscam no retiro a tranquilidade que certos trabalhos reclama...Isso não é retraimento absoluto do egoísta. Esses não se insulam da sociedade, porquanto para elas trabalham..."
Somente no recanto meditativo poderemos interpretar e cultivar os interesses de nosso santuário íntimo.... Somente vivenciando a satisfação, o êxtase e o prazer de nossa própria companhia é que desfrutaremos do verdadeiro sentido de não precisar, e sim querer estar com o outro e consequentemente ja evoluimos pois o que acaba com relacionamentos e a expectativa do que o outro pode fazer por mim. "Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestuosas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite..."- Clarice Lispector. Lukie Dantas-Gooda
Há uns anos, li um livro de um médico brasileiro, Dr. Malcom Montgomery, que relata a dor do homem na separação. Compreendi profundamente o sentimento que ele expressava, no decorrer dos meses que se seguiram, após a sua saída de casa. Quem disse que homem não sofre com a separação, mesmo que seja ELE quem decida por um ponto final??? Segundo pesquisas, 80% das mulheres é que pedem o divórcio, o que mostra que, no momento da decisão, elas falam mais alto. A dor de ambos começa com o afastamento psicológico que muitas vezes perdura por um longo período. Depois vem o momento definitivo e legal da separação, em que normalmente o homem fica sem a casa, a rotina quotidiana, os filhos, os amigos em comum, enfim, o alicerce construído que desmorona. Alguns sofrem tanto que parece que o único companheiro após a partilha dos bens é o peso do sentimento de culpa e fracasso e para aqueles que não desejavam a separação, a depressão ou extremos entre trocas constantes e frustradas de parceiras, até mesmo o desinteresse sexual e o celibatário. As mulheres extravasam sua dor, enquanto os homens sofrem em silêncio. Claro que estamos generalizando! Enquanto existem mulheres que mesmo jovens, sadias e preparadas, preferem ter como profissão "pensionista de ex-marido", existem aquelas que basicamente vão à luta após a separação e se tornam mulheres poderosas, admiráveis e talentosas. Enquanto também existem homens de caráter duvidoso, "mulherengos", que desprezam seus deveres e responsabilidades de pai,
Onde está quem fala português? Ao longo do tempo, temos vindo a defender a língua como factor de integração. Ao longo do tempo, temos vindo a alertar a população, as autoridades e os líderes de opinião para o desfalque a que a língua portuguesa tem estado a sofrer no Reino Unido. Hoje, publicamos um dos factos que sustenta o discurso tantas vezes invocado pelo PaLOP News. O Serviço Nacional de Saúde—(National Health Service) NHS, disponibiliza informação sobre os serviços em várias líbguas e em diversos formatos (Ver imagens) mas não o disponibiliza em
português. Sendo Portugal um país europeu, entende-se que o Reino Unido deveria ter melhor apreço pelos cidadãos deste país mas entende-se também as necessidades dos países como o Brasil que tem uma grande comunidade em Inglaterra, os angolanos já que o Reino Unido é o segundo investidor naquele país africano, os moçambicanos até porque Moçambique (Mozambique) pertence ao organismo titulado pela coroa britânica que dá pelo nome de Commonwealth. Mais do que argumentos para que os serviços públicos ingleses, numa cla-
ra demonstração de que de facto não descriminam, pudesse ter incluido a língua portuguesa. Por outro lado, a comunidade de língua portuguesa questiona-se porque razão as autoridades dos países de língua portuguesa não terão feito nada para colmatar esta situação já que a não intervirem directamente poderiam fomentar o movimento associativo e cívico no sentido de se organizarem para lograrem este objectivo. Na prática, os ingleses não querem saber e os que falam português não sabem.
existem aqueles sérios, conscientes e amorosos que desejam continuar participando da vida de seus filhos, mas que pagam um preço alto, por simplesmente terem feito suas escolhas e viverem suas verdades. Neste momento, não sou uma mulher que penso e sim um ser humano isento de tomar partido do meu sexo, ou do sexo oposto. Comungo apenas com a integridade e o bom senso de ambas as partes. Consciência e coerência é o mínimo que se espera de homens e mulheres. Num estudo de crianças, na préescola, admitidos em um Hospital Psiquiátrico de Nova Orleans, como doentes psiquiátricos, encontrou-se que por volta de 80%, vem de lares sem pai. Entre 1960 e 2002 a taxa de suicídio na adolescência triplicou (3 em 4 suicídios dos adolescentes ocorrem em lares onde o pai biológico é ausente). N a pesquisa relatada ainda pelo médico, existem outros índices tristes e não menos alarmantes. Como aceitar mulheres que, por insatisfação, mágoa e vingança afastam seus filhos de seus pais??? Mulheres, acordem!!! Como compreender homens que por deixarem de amar suas esposas, abandonam seus filhos??? Homens, se toquem!!! Enfim, homens e mulheres, abandonemos jogos de manipulação, conveniência, acomodação e vantagens pessoais e egoístas e assumamos nossas responsabilidades como indivíduos. Como queremos preparar emocionalmente nossos filhos para o futuro??? Se você leu este artigo e gostaria de contar a sua historia ou precisa de ajuda... escreva para lukie.gooda@mac.com.
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Festa da fidelidade une 40 anos num único dia Palop News
Londres
A Missão Católica Portuguesa levou a efeito uma iniciativa que reuniu os diversos sacerdotes que ao longo de 40 anos serviram a comunidade lusófona. A comunidade católica acorreu à iniciativa e a celebração teve uma assistência numerosa que rendeu as homenagens ao Padre Pedro Rodrigues que foi o mentor do acontecimento. Após as cerimónias, o publico católico teve ainda oportunidade de poder conviver no decurso de um jantar num hotel seguido de um espaço de dança. Pelos testemunhos recolhidos, o PaLOP News tem conhecimento da animação deste acontecimento e do interesse demonstrado por todos os presentes. Na cerimónia, além dos sa-
cerdotes portugueses que se deslocaram de diversos países para estarem presentes, compareceu a presidir a mais alta entidade eclisiática de Westminster. Na certeza de que foi um es-
forço só possível com a colaboração de todas as pessoas que se voluntarizam na Missão Católica Portuguesa, ficam aqui os parabéns a todos os intervenientes na certeza de que tenha sido uma festa memoravel.
Casa Madeira Luis Gulherme ao Vivo A Casa Madeira continua a ser uma referência na contratação de artistas que se deslocam de Portugal para actuar em Londres. Desta feita foi Luis Guilherme que esteve no início de Abril a cantar e a encantar o público que acorre aos espectáculos que esta empresa insiste em apresentar aos seus clientes.
O artista está catalogado na Caixa de Musica.
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Parabéns a você O Chocolate Mirror em Thetford, o Clube a Família e o Cultural em Londres estão de parabéns pela passagem de mais um aniversário. O Palop endereça aqui os parabéns ás instituições mencionadas na certeza de que encontrarão sempre nas páginas deste jornal uma forma de comunicar com a comunidade.
Palop News
Londres
Steve Read, Council de Lambeth, encontra-se neste momento a tentar agendar a possibilidade de estabelecer com a Coordenação do Ensino do Português, esforços no sentido de que o Instituto Camões venha a alargar a rede de professores de português. Contactado pelo PaLOP News, José Pascoal da Coordenação do Ensino do Português no Reino Unido afirmou que “todas as iniciativas que visem o ensino da língua portuguesa no Reino Unido serão
Mais português bem acolhidas”. Estando o Reino Unido num momento pré eleitoral, Steve Read afirmou à nossa redacção que “este não é o momento certo para assumir qualquer tipo de compromissos. Após as eleições, em caso de vitória, o alargamento do Ensino do Português será uma prioridade mas teremos que deixar as eleições acontecerem e só depois iniciará as negociações. Mais uma promessa que os
“Labour” deixam a que a comunidade de língua portuguesa estará naturalmente atenta.
José Pascoal da Coordenação do Ensino do português
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Memórias do portugal respeitado Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com 50 milhões de euros) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. Palop News
Londes
O embaixador incumbiu-me - ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada - dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a
notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir auto-
rização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país - Portugal - que respeitava os seus
compromissos. Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de
se fazer respeitar - é nada dever a quem quer que seja". Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem. Estoril, 18 de Abril de 2010 Luís Soares de Oliveira
Brazilian Day Palop News
Londes
A organização do Brazilian day continua a mexer e tem já confirmado o local e garantidos os cabeças de cartaz para o espectáculo que irá a exemplo do ano passado atrair milhares de brazileiros ao O2 Arena em Londres no próximo dia 31 de Julho A rede Globo de televisão, detentora da patente do Brazilian Day no mundo assegurou já que fará deslocar os artistas César Menotti & Fabiano, O RAPPA. O evento sera apresentado por Serginho Groisman.
A idade não perdoa No seguimento desta mesma rúbrica, continuamos a publicar provas de que a idade não perdoa. Nesta edição, publicamos as fotos de Brendan Fraser que fez as delícias de muitas mulheres e que hoje..., bem, hoje está seguramente mais maduro.Qualquer semelhança entre as duas fotos é a mais pura das verdades.
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Beneficios para Quem trabalha Por: Por Victoria Navas
Actualmente, quem reside e trabalha no Reino Unido também pode solicitar apoio financeiro do governo. Com efeito, o sistema de segurança social britânico auxilia as pessoas que trabalham tanto por conta própria, como por conta de outrem, o interessado terá apenas que residir regularmente no país. Para atribuir esse apoio financeiro o Estado toma em consideração várias circunstâncias (como a idade, se tem um parceiro ou se é responsável por uma criança), o seu rendimentos e o número de horas que trabalha por semana. Pois consoante a sua situação exitem diferentes tipo de subsídios. Por exemplo, se trabalhar menos de 16 horas por semana pode solicitar o “ Income Suport” ou “Jobseeker’s Allowance”. Contudo, se viver com um parceiro que trabalhe 24 horas por semana ou mais, apenas poderá requerer o “Working Tax Credit”. Também poderá ter direito ao “Housing” e “Coucil Tax Benefit”, e se tiver crianças pode solicitar ainda o “Child Tax Credit” e o “Child Benefit”. Caso trabalhe mais de 16 horas poderá ter direito ao “Working Tax Credit”, mas existem certos requisitos que devem ser observados. Acresce que, pode ainda solicitar o “Housing” e o “Council Tax Benefit”. No caso de ter crianças, sob sua responsabilidade pode ainda solicitar o “Child Benefit”, e o “Child Tax Credit”. Concluindo, podem solicitar o
“Working Tax Credit” o seguinte grupo de pessoas: Os maiores de 16 anos que trabalhem 16 horas ou mais por semana, se forem reponsáveis por uma criança; Os maiores de 16 anos que trabalhem mais de 16 horas por semana, e que tenham uma deficiência; Quem tenha mais de 50 anos e trabalhe 16 horas ou mais por semana, se antes de começar a trabalhar recebeu algum apoio financeiro por mais de 6 meses; Quem tenha mais de 25 anos e que trabalhe mais de 30 horas por semana. Cumpre ainda referir que, este subsidio é apenas atribuido aos interessados que aufiram um baixo rendimento. Porém, na determinação do montante a ser pago, o qual é efectuado anualmente, não são considerados todo o tipo de rendimento auferido, como seja o “Maternity Allowance” (subsídio de maternidade) ou o “child suport”. Por outro lado, se no seu caso concreto você não concordar com a decisão do governo britânico, no que diz respeito ao valor atribuído ou porque foi recusado do seu pedido, poderá sempre recorrer a um advogado que poderá fazer uma apelação e até ir ao tribunal. Este artigo foi redigido meramente para fins de informação e debate não devendo ser considerado uma opinião legal para qualquer operação de negócio específico. 2010. Direitos Autorais reservados a NABAS LEGAL
Assuntos…, bem diversos Por: Guilherme Rosa—Colunista Palop News (Londres) Nesta crónica que quero curta e de assuntos variados, pois a veia anda seca para grandes dissertações e os tempos pedem que se fale de vários e interessantes temas. Estava para ir de férias, para sul, mais que Portugal em busca de sol certo e latitudes já bem quentes. O Destino também me cruzou com umas poeiras vulcânicas que ninguém viu mas que fizeram os céus calarem-se por uns dias. E por cá fiquei aterrado dos meus planos. Felizmente outro amigo com o mesmo destino teve a hábil ideia de ir passar férias por cá. Afinal se ignorarmos o tempo imprevísível esta terra é de uma beleza imensa e diversa entre as suas regiões. E lá fomos nós para a Cornualha onde passamos uns maravilhosos dias entre verdadeiros amigos Britânicos nos locais que além de tão afáveis, vivem numa paz de espírito difícil de se ver neste outro lado do Sul da Ilha. Bom tempo embora com vento frio mas sol abundante, numas maravilhosas paisagens que fazem lembrar a costa Vicentina esverdeada. Destas férias acidentais firmei mais uma vez a ideia que por cá temos muito para ver e por onde andar. Especialmente em alturas mais quentes claro. Fui ver um documentário sobre o Professor Agostinho da Silva, lembram-se? Daquele velhote com ar de Pai Natal que dizia umas verdades e outras tantas grandes frases na TV Portuguesa no inicio dos anos 90. E fiquei maravilhado de saber mais em detalhe sobre a vida deste grande pensador Lusitano que vivia o ser Lusófono como ninguém. Desde andar por Portugal de lés a lés apregoar cultura e sabedoria pelos menos afortunados e analfabetos por quem tinha uma genuína consideração e vontade de ajudar e melhorar as suas vidas. Claro que foi rotulado de subversivo pelos que ficaram a estragar o nosso país por mais umas décadas. Ele, após ter passado nas masmorras do estado autoritário e visto os seus textos riscados por lápis azul, decidiu então ir para o Brasil, fundar universidades. Procurou também conectar a lusofónia ainda antes de esta a ser na forma como hoje a concebemos
ser com o mundo e mandou missionários da nossa língua para todos os cantos do Mundo com a missão de contactar outras culturas. Grande Homem e dos nossos poucos que de imortal se pode chamar. Uma mente única, livre, interessada, optimista, e profundamente lusitana. Exemplo para todos. Acho que os 15 espectadores ficaram todos imensamente tocados por rever tal personagem e constatar até onde pode chegar uma vida tão gloriosa neste altruísta serviço para todos. Sobre este festival cultural Português e Lusófono, enalteço os mentores e organizadores que fazem muito no pouco que da Cultura Portuguesa se vê por Londres. Nem elitissíma P. Regoiana nem cruamente popular
tenho participado alguns compatriotas me diziam: Não me interessa não é comigo; Não sei quais são os partidos e o que representam; Estou cá há “x” anos mas nunca votei. Enfim um alheamento assustador de quem mudou de pele e não procura saber se a nova pele lhe assenta bem. Nós emigrantes temos pouca capacidade de influencia, podemos contar pouco mas é certamente muito importante para nós. Se não usarmos o pouco que temos, nunca teremos nada. Cabe a cada um expressar o pouco em que o pode fazer para que esse pouco conte muito para si e os seus. Se não o fizer não almeja a nada e podemos continuar a queixarmo-nos de que ninguém nos liga nenhuma. Se todos fos-
T. Carreirista. Apenas cultura Lusófona em português. Teatro, musica, poesia, cinema, cultura no verdadeiro sentido da palavra. Devemos sentirmo-nos agraciados por nesta capital erudita, também podermos estar representados a nível cultural e ter este festival. Uma oportunidade para enchermos a sala, esgotarmos a bilheteira, combinarmos ir com amigos, levarmos os filhos a dar os primeiros passos nesta área, sentirmo-nos orgulhosos e enobrecidos por vermos algo da nossa veia artística. Evento a apoiar e continuar. Por fim resta-me falar um pouco das eleições. Ando para ai a fazer campanha, a dar os últimos cartuchos nesta área. Faço-o pelas minhas convicções, e enalteço os adversários que também o fazem pelo mesmo. Mas por quem falo não é para aqui chamado. Apenas quero apelar para a importância de participar e usar o poder que cada um tem para votar. Em alguns phone banks que
semos ás urnas para as eleições municipais, concerteza os políticos diriam “ Os portugueses saber zelar pelos seus interesses”. Muita coisa tem melhorado ultimamente pois temos jornais, mais associações, conselheiros mais activos, políticos e institucionais mais interessados, comércio mais sólido e diverso. Cabe agora conquistarmos também o poder que o voto nos dá como cidadãos europeus para outros voos aspirar. Votem todos. Não se esqueçam. Apoiem igualmente a cultura e vão para fora cá dentro que sabe bem. Saudações Lusas.
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Shame shame shame shame Palop News
Londres
Por autoria do Grupo da Cultura do Centro Comunitário Português, tem estado a ser levada a cabo uma iniciativa no Lost Theatre em Stockwell um conjunto de exibições de cultura lusófona. Filmes, dança, musica, teatro e muitas outras formas de expressão cultural que esperava a presença de um publico massivo. Frustração é o sentimento de quem organizou a iniciativa. Frustração porque o publico não comparece, frustração porque os principais dirigentes não aparecem, frustração porque a comunidade lusófona não quer saber de si mesma. É esta a expressão curricular de Adelina Pereira que esteve na organização do evento em conversa com o PaLOP News. Segundo o discurso da autora da agenda, não se explica que com um programa tão vasto e
diversificado a comunidade não tenha acorrido com o seu aplauso. Directores do Centro Comunitário Português, conselheiros da comunidade e publico em geral, ignoraram uma agenda divulgada na imprensa, distribuida por e:mail e publicada nos diversos websites que comunidade geralmente visita. Inconformada com o desdém da comunidade e dos líderes de opinião, Adelina Pereira põe em causa a vontade de voltar a investir energias neste tipo de actividades. “Agostinho da Silva, o Pai Tirano, Mina Andala, As Caçolinhas da Umaru ou Camões e Fernando Pessoa recitados em inglês, não foram suficientemente convincentes para arrastar o publico ao auditório do Lost Theatre. Com entradas a cerca e uma libras e 50 “pis” ou geralmente gratuitas, com vinho português grátis, com uma mão cheia de saudade e
que assim terão cada vez menos iniciativas e cada vez menos razões para as conversas de café. Aceitam-se criticas de quem faz melhor, não de que diz que está mal feito. Parabéns Adelina. A agenda do Lost foi sensacional, este povo precisa de ser outro. Ana João Correia veio expressamente de Portugal para um espectaculo de qualidade
cultura, os lusófonos nõ foram capazes de se revelar interessados em si mesmos. “É uma vergonha” afirma Adelina Pereira, conhecida jornalista, autora e historiadora da comunidade que é filha de pais madeirenses, nasceu na África do Sul e conhece bem a comunidade portuguesa em Toronto (Canadá). “É frustrantre que não só o publico mas também os principais responsáveis pelo Centro Comunitário Português tenham marcado a sua referência na ausência. Não se justifica que a comunidade tenha na ignorância a sua principal atitude” refere Adelina Pereira. O PaLOP News esteve presente na generalidade das iniciativas e
Carlos Barbosa cantou Grândola Vila Morena na noite dedicada aos poetas do 25 de Abril
pode testemunhar que o auditório com capacidade para 200 pessoas esteve tendencialmente vazio. Não admira pois que as iniciativas não sejam mais frequentes. Por estas e por outras é que nas conversas de café ouvimos muitos portugueses a dizer que não somos capazes de fazer nada. Afinal, quando somos capazes de o fazer, a comunidade não é capaz de apoiar. É a cultura que perde, são os lusofalantes os principais prejudicados
Adelina Pereira a autora e mentora da inicitiva lamenta que publico e responsáveis se tenham mantido alheados dos eventos que levou à cena
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Maldita da pulga mordeu Palop News
Londres
Uma pulga em forma de viola mordeu Felisberto. Do veneno da pulga, nasceu um ícone do folclore madeirense que o Reino Unido conhece. De cabelo grisalho quase branco e um sorriso que nunca abandona o bigode, Felisberto é o rosto da boa disposição das cordas de uma caixa de madeira que não abandona a que chama viola. De trato fácil e popular, Felisberto “rasga” amigos “por dá cá aquela palha”. Irresistível no convívio, Felisberto guarda uma tendência para fazer amigos a que
se torna dificíl resistir. Entre um abraço e uma história, tem sempre um “canto de conversa” para amar a terra mãe. Em Londres desde há muitos anos, não descansa se a sua Madeira não lhe atravessar as férias uma vez por ano. Isabel, a esposa, é a “deusa” das conversas quando fala das filhas e desdobra uma lágrima quando fala da sua partida para Londres onde o encanto do “pound” foi mais forte. Agarrado ás cordas da viola, Felisberto dedelha os acordes de quem canta com a alma. Os bastidores do “Cultural” de-
Cantigas de escárnio e mal dizer
Palop News ram-lhe o ar de quem está em casa e de quem é uma parte do “dono” de cada troféu exposto. Anda pelo “Cultural” como se estivesse em casa e mostra as fotografias nas paredes como se falasse dos filhos. Embarga-se-lhe a voz nas memórias e solta gargalhadas de uma “tesão” de coisas feitas. O Cultural respira a Felisberto e o folclore madeirense tem na sua voz e acordes as memórias de histórias que enchem muitos dias de vida. Menos que os cachets, menos que o passado, é nas palavras que fecha o futuro de uma vontade sem idade. Ganda Felisberto.
Londres
Domingos Cabeças organiza o 1º Torneio de desgarradas no Reino Unido com entrega de troféus e um juri que escolhe os melhores. Vieram todos de Portugal num total de 10 pessoas e cerca de 300 pessoas foram assistir ao “desgarra” da cantoria. O vencedor foi Eduardo de Celorico que canta desde 1997 e promete voltar em Agosto. Todos os cantadores se identificam pelo primeiro nome e pela terra que representam. Vencedor pela primeira vez, Eduardo tem já um CD gravado. Muitos destes cantadores têm tradições familiares na Desgarrada.
O desespero de alguns espectadores não portugueses estavam atónitos; não sabiam o que era a desgarrada até descobrirem que “desgarrar” é uma forma de “insultar” o outro através do canto acompanhado pelo acordeão. Zangam-se? “Às vezes sim” confessa-nos Armando Marinho que herdou do pai esta forma de cantar. Um dia, a cantar frente a um padre, dois cantadores defendiam Deus e o diabo. Um cantador cantou para o outro Vai-te embora Satanás, estás aqui aos trambolhões, porque tu no teu reinado, só tens putas e ladrões. São de todas as idades a interpretar um tipo de conceito musical que só existe em Portugal.
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Todos os rios confluem... num lago que se chama Maiuko... 14 de Março. Casa cheia na Quarter House, em Folkestone, e com toda a justeza! Porquê? Maiuko & Quarteto e artistas musicais seus convidados figuravam no cartaz da noite. A meu ver, razão mais do que suficiente para encarar o chuvisco cinzento e triste que persistia em cair. Palop News
Londres
Durante a viagem de comboio até Folkestone para o concerto, recordei algumas das anteriores actuações da Maiuko que tive o privilégio de assistir. No decorrer das minhas reflexões e cogitações, procurei analisar e qualificar Maiuko e a sua música, colocála numa caixa, atribuir-lhe um género musical; enfim, entendê-la, - que é algo que, suponho eu, se espera de comentadores e críticos de música – mas nada me surgia para além da imagem de um vasto e sereno lago, alhures nas planícies do Sul de África, um corpo de água onde o céu e a terra se encontram, e a vida nasce. De repente, ocorreu-me que, na
verdade, era isso mesmo! Que era precisamente esta a essência da Maiuko: os rios de vida a fluírem dos quatro pontos cardeais para um lago, um lago que é a Maiuko e toda a sua criatividade musical. Neste lugar, neste corpo de água feito, as subtis e inquietantes texturas e nuances da sua rouca voz evocam as culturas dos grandes rios Limpopo, Tejo, Níger, Tamisa, Amazonas e Mississípi. A música que a Maiuko faz é uma fusão de som, atemporal e universal, que supera os limites da definição e da convenção, a que tanto nos habituámos no Mundo ocidentalizado. Quando por fim cheguei ao auditório, inquiri na recepção, quanto ao paradeiro da Maiuko, indagação esta à qual o porteiro de serviço prontamen-
te me respondeu: "Oh! então procura a nossa deusa vocal do soul local?!" “Que apropriado”, pensei eu. "Sim, é precisamente quem procuro!”... Acompanhada pelo seu quarteto e pelos artistas convidados, Paul Cheneour na flauta e Vince Trent na bateria, Maiuko apareceu em palco ostentando um elevado e sofisticado penteado de tranças afro, dispostas em dois níveis, em homenagem à sua ancestralidade Swazi. O repertório seleccionado pela Maiuko para o sarau foi uma miscelânea de temas do seu novo álbum e de trabalhos discográficos anteriores, assim como de alguns clássicos como Feeling Good, com a sua voz rouca, mas calma, a recordar campos de algodão cálidos e solarengos, numa canção que é, em essência, um hino à esperança. A sua “ronronada” interpretação de My Oh My, do álbum Different Wars, foi felina e sensual, e foi jazz, na verdadeira ascensão da palavra. Alegando querer dar à plateia um cheirinho de uma das maiores influências na sua música, Maiuko apresentou uma versão sensual e evocativa de Four Women, tema que foi popularizado pela grande Nina Simone. A canção narra a comovente e trágica estória de vida de quatro prostitutas do Sul Americano. Enriquecido pela exuberância da flauta de Paul Cheneour e os teclados suaves de Mckenzie, o trecho The Light trouxe um certo sabor celta à mistura, à qual os vocais contidos de Maiuko prestaram sensível e delicada profundidade. Maiuko encerrou a primeiro parte do concerto com José e Mozambique, um comovente tributo à sabedoria perene de sua mãe e aos dias felizes da infância passados em sua companhia naquela ex-colónia Portuguesa. A segunda parte abriu com Love Games, onde o solo de teclas de Richard Mckenzie foi especialmente magistral e ligeiramente reminiscente de Chick Corea nos primórdios da
Elektric Band. Shuffle au Butel, uma criação conjunta de Maiuko e Max Middleton, composta num bar algures no Sul de França, apresentouse num novo arranjo especialmente adaptado para voz. Um intrigante trecho de jazz fusion, com uma pitada de anos noventa. Maiuko regressa mais uma vez às suas raízes Luso-Africanas. Fiel ao seu título, Voa é um fado Português, com uma linha melódica exuberante, o veículo perfeito para exibir a ampla cintura vocal da artista. Cantado acapella, ao ritmo zouk batido no cajón, Voa narra a eterna estória de um par de amantes na hora da despedida. Foi particularmente gratificante ver em destaque, em muitos dos temas, o contrabaixo de Scott Wyllie a contribuir significativamente para a linha melódica, ao contrário do papel de fundo menos intrusivo comummente atribuído ao seu instrumento. A utilização do cajón também acrescentou um pouco de tempero à secção rítmica. Um instrumento de percussão de origem Afro-Peruana que alguns supõem ter sido desenvolvido, nos inícios do século XIX, por escravos Africanos, que, como os instrumentos musicais lhes eram proibidos, utilizavam caixas para tocar a sua música. Desde então, o cajón tem vindo
a viajar pelo Mundo inteiro e, ao que parece, veio para ficar. Nos últimos quatro temas da noite, viu-se a Maiuko acompanhada em palco pelo artista convidado, Laye Sow. Este efervescente cantor/compositor senegalês, está progressivamente a angariar um número considerável de fãs no Reino Unido. Com uma presença em palco exuberante e envolvente e voz poderosa, Laye Sow foi, naquela noite, uma verdadeira explosão de energia. Os contagiantes ritmos elementais dos duetos com Maiuko, nos temas Néné e Uere Uere, foram desculpa mais que justificada para dançar. E foi precisamente o que o público fez! Levantou-se e dançou... A noite terminou com um velho favorito da África do Sul, Pata Pata, e uma enorme massa de corpos aos pulos no auditório. Maiuko, Lago Maiuko? Quem é ela? O que é ela? Como descrever a sua música? Nu-soul? Afro-fado? Blues? Para ser franca, pouco me importa! Chamem-lhe o que quiserem! Tudo o que sei é que é boa música, e que me faz sentir bem! O lançamento do último trabalho discográfico da Maiuko, Roots Harmonia, está previsto ainda para este ano. Uma obra a não perder!
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Horoscopo
Sudoku infantil
Sudoku
CARNEIRO – Punhal 21 de Março a 20 de Abril
Profissional: Precisa de mais iniciativa para conseguir atingir os seus objectivos definidos. Amoroso: A sua relação necessita de mais comunicação, têm de falar sobre o que acham estar menos bem. Saúde: Tem de fazer mais exercício físico, o jogo mostra tendência para uma vida muito sedentária.
TOURO – Coroa 21 de Abril a 21 de Maio
Profissional: Vão acontecer algumas mudanças na sua vida profissional, podera mudar de função ou de empresa. Amoroso: Existem alguns contratempos na sua relação, poderá ocorrer uma separação. Saúde: Vai ter de fazer alguns cortes em hábitos que não são muito saudáveis, relaxe.
GÉMEOS – Candeias
22 de Maio a 21 de Junho
Profissional: Sente que a sua vida profissional não está a andar, analise bem alguma coisa não está bem. Amoroso: Sente-se amarrada/o na sua relação, já não dá mais para continuar, cada vez fica pior. Saúde: Não pode ficar preso a pequenas coisas, isso traz-lhe imensa instabilidade.
CARANGUEJO – Roda
22 de Junho a 22 de Julho
Profissional: A situação não está a correr bem, quando tenta executar uma nova função ou actividade dá-se um corte e volta para trás. Amoroso: Existe um distanciamento em relação ao seu/sua companheiro/a, não pode continuar assim, tem de resolver. Saúde: Determinados alimentos têm de cortar, deve fazer refeições mais saudáveis.
LEÃO – Estrela
23 de Julho a 23 de Agosto Profissional: Precisa acreditar mais nas suas capacidades, não tenha medo de assumir novos compromissos. Amoroso: Tenha cuidado com os companheiros ocasionais, a energia não está muito favorável. Saúde: Não se deixe ir a baixo pelas pequenas contrariedades da vida, levante-se e vá em frente.
VIRGEM – Sino
Crucigrama
24 de Agosto a 23 de Setembro Profissional: A vida profissional é constituída por altos e baixos, é nos momentos menos bons que algumas capacidades vêm ao de cima. Amoroso: Tem de dar uma volta ao seu relacionamento, a situação está muito rotineira e monótona. Saúde: Não se deixe levar pelas emoções e pensamentos negativos, vai conseguir superar.
BALANÇA – Moeda
24 de Setembro a 23 de Outubro
Profissional: Precisa ver o caminho que tem de seguir, sente-se muito indeciso e um pouco perdido. Amoroso: Deve rever o que está menos bem nas suas relações, tem de transmitir mais estabilidade e firmeza. Saúde: Não tenha medo do imprevisto, deve criar mais segurança nesse tipo de situações.
ESCORPIÃO – Adaga
24 de Outubro a 22 de Novembro
Profissional: Deve controlar melhor e ser mais rigoroso no desempenho das suas funções profissionais. Amoroso: Deve dar mais espaço ao seu/ sua companheiro/a, não tente controlar todos os seus movimentos. Saúde: Deve ser mais comedido e não dar atenção em demasia a situações sem importância.
SAGITÁRIO – Machado
23 de Novembro a 21 de Dezembro
Profissional: Poderá receber uma promoção ou um prémio financeiro, fruto do seu desempenho. Amoroso: Algumas situações do passado estão ainda muito presentes no seu dia a dia. Saúde: Tenha cuidado, puderam aparecer alguns problemas, mantenha a calma.
CAPRICÓRNIO – Ferradura
22 de Dezembro a 20 de Janeiro
Profissional: Uma boa fase para iniciar novos projectos e investimentos, analise bem. Amoroso: Irão surgir situações muito alegres e descontraídas, a felicidade e o amor andam no ar. Saúde: Pudera ter de fazer um pequeno tratamento, nada de especial e muito ligeiro.
AQUÁRIO – Taça
21 de Janeiro a 19 de Fevereiro
PEIXES – Capela
20 de Fevereiro a 20 de Março Profissional: Vai ter de resolver um problema na sua empresa, terá de encontrar uma solução rapidamente. Amoroso: Tem de encontrar alternativas para a sua parte amorosa, deve pensar e analisar muito bem o que pretende. Saúde: Não pode deixar a situação andar, terá de encontrar uma solução para esse problema.
1 - Actores secundários 2 - Aplausos 3 - Conjunto de actores 4 - Drama 5 - Sobe e desce antes e após as cenas 6 - Acto interpretado por um único actor 7 - Personagem que dirige os actores 8 - Para rir
9 - Treino antes da estreia 10 - Oportunidade para entrada de outro personagem 11 - Estrado onde se actua 12 - Periodo de tempo em que se desenvolve uma parte 13 - Decoração
Soluções 1 – Figurinos 2 – Palmas 3 – Elenco 4 – Tragédia 5 – Pano 6 – Monologo 7 – Encenador 8 – Comédia 9 – Ensaio 10 – Deixa 11 – Palco 12 – Cena 13 – Cenografia
Profissional: Tem de iniciar um novo ciclo na sua vida profissional, tem de mudar algumas coisas. Amoroso: Vai passar por uma situação que tem a ver com o passado, ou seja algo que fez e agora está “pagando” (carma). Saúde: Tem de se descontrair mais e não pensar muito no passado e no que poderia ter feito, quem vive do passado é museu.
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