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5 A CATEQUESE

5. A Catequese

Criado à Imagem e Semelhança de Deus (Gn 1, 27), por amor e para o amor, o homem, em resposta a esse amor, virou as costas para o seu Criador e pecou, afastando-se do Senhor (Gn 3, 6). Mas Deus, em seu infinito amor, enviou seu Filho para salvar a humanidade pecadora (Jo 3, 16). Ao homem pecador, basta invocar o Nome do Senhor e aderir a seu plano de salvação (Rm 8, 9-13), converter-se de seus maus caminhos (Mt 4, 17) e abrir-se à ação do Espírito Santo de Deus (At 2, 1-6). Assim, imbuído do amor do Pai, da presença eucarística de Jesus e do poder e fortaleza do Espírito Santo, esse homem restaurado e convertido ao Senhor, vive na e para a Igreja, achando nela sua base, sustento e razão missionária (At 4, 32-33). O querigma é sucedido pela catequese. Não se pode amar a quem não se conhece. O conhecimento é parte integrante da relação amante-amado, uma vez que conhecer traz maior intimidade e vontade de estar mais perto. Por isso, após a fase querigmática, é fundamental que a obra iniciada tenha sequência com uma catequese bem-feita e embasada. E essa base é encontrada, principalmente, no Catecismo da Igreja Católica. Sobre tal, afirma a Exortação Apostólica Catechesi Tradendae:

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A especificidade da catequese, distinta do primeiro anúncio do Evangelho que suscitou a conversão, visa o duplo objetivo de fazer amadurecer a fé inicial e de educar o verdadeiro discípulo de Cristo, mediante um conhecimento mais aprofundado e mais sistemático da Pessoa e da mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo. (CT 19)

O Catecismo reúne todas as premissas da fé da Igreja e da Doutrina Católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. É um instrumento seguro para o ensino da fé e deve ser oferecido a todos aqueles que desejam aprofundar o conhecimento das riquezas inexauríveis da salvação (Jo 8,32). A catequese, após a experiência querigmática do encontro com a pessoa de Jesus, deve ser pautada nos ensinamentos do Catecismo.

A Constituição Apostólica Fidei Depositum, de São João Paulo II, papa, apresenta de forma clara e objetiva o propósito e a função que o Catecismo deve exercer:

Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva na Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicitações da doutrina que, no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu à Igreja. É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado. O Catecismo incluirá, portanto, coisas novas e velhas (Mt 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas. (FD 2)

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