
2 minute read
5.3 A Vida em Cristo
Para a santificação do povo de Deus, a Igreja instituiu sinais que remetem aos sacramentos e conferem uma graça específica. Os sacramentais variam de medalhas a atos que remetem ao sagrado. Os crucifixos são os sacramentais mais claros de serem exemplificados. Longe de ser superstição, os sacramentais são objetos bentos através dos quais o Senhor pode se aproveitar, pela ação do Espírito Santo, para manifestar a sua graça e poder:
Bastava, por exemplo, que sobre os enfermos se aplicassem lenços e aventais que houvessem tocado seu corpo: afastavam-se deles as doenças, e os espíritos maus saíam. (At 19, 12)
Advertisement
Exorcismos, curas, livramentos… os dons de Deus são distribuídos conforme lhe apraz (1Cor 12, 11).
5.3 A Vida em Cristo
Deseja-se acentuar, antes de mais nada, que no centro da catequese nós encontramos essencialmente uma Pessoa: é a Pessoa de Jesus de Nazaré, ‘Filho único do Pai, cheio de graça e de verdade’ (Jo 1, 14), que sofreu e morreu por nós, e que agora, ressuscitado, vive conosco para sempre. É este mesmo Jesus que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’ (Jo 14, 6); e a vida cristã consiste em seguir a Cristo, ‘sequela Christi’. O objeto essencial e primordial da catequese, pois, para empregar uma expressão que São Paulo gosta de usar e que é frequente também na teologia contemporânea, é ‘o Mistério de Cristo’. Catequizar é levar alguém, de certa maneira, a perscrutar este Mistério em todas as suas dimensões. [...] Neste sentido, a finalidade definitiva da catequese é a de fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade. (CT 5)
Mortos para o pecado e vivos para Deus, os cristãos, através do Batismo, passam a fazer parte do Corpo que é a Igreja, logo são membros desse Corpo. Enquanto membros, têm sua responsabilidade de viver segundo aquilo que é. Em vista disso, o cristão deve moldar sua vida segundo os valores do Evangelho e aDoutrina da Mãe Igreja. O homem é imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26), é dotado de liberdade, é um ser livre. A liberdade é uma força de crescimento em Deus, que é verdade. Logo, a liberdade só chega à plenitude se está orientada para Deus, que é bom. Quando a liberdade não está orientada para Deus, o homem entra num estado de abuso da liberdade. Sendo ‘uso’ a aplicação de algo segundo a sua natureza, sua função própria, o ser livre do homem quando não está voltado à sua origem, Deus, configura um mau uso daquilo que o Senhor o concede. O homem foi criado por Deus e para Deus. A liberdade confere ao homem o direito de negar a Deus e não cumprir com a missão que é imposta a todo homem,