Jornal Andanças #3

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Número de emergência

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pára, lê e partilha!

Fotografia de Bruno Mendes


Círculo de Amamentação Se havia alguém com dúvidas sobre amamentação ou sobre os procedimentos a ter com os mais pequeninos, terá sido com certeza esclarecido pelo Projeto Nascer, ontem, no Espaço Bebé. Uma conversa aberta e esclarecedora, que transmitiu segurança mesmo aos mais reticentes acerca do assunto da amamentação. Foram dados conselhos, sugestões, foram trocadas ideias e partilhadas experiências entre todos os presentes neste Círculo, musicado por alguns choros dos pequenos assistentes, que acompanhavam os pais.

Street Dance Para descrever este workshop tenho apenas 2 palavras: Absolutamente espetacular. Tive oportunidade de participar e foi uma das melhores experiências por que passei desde que o festival teve início. A interação que houve com os participantes era íncrivel. Era impossível alguém não se divertir, já para não falar na dança que foi mesmo muito boa e convidava à criatividade. Tenho a certeza de que quem participou, assim como eu, não se arrependeu.

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Danças Egípcias

Através de um ambiente calmo e agradável, Gema Ortiz Englesias trouxe até nós o espírito egípcio. Ensinou movimentos característicos destas danças, e transmitiu descontração não só aos participantes, mas também àqueles que estavam a assistir, falando por mim, que me senti envolvida em todo aquele ambiente incrível.

3 Texto Maria Cruz - Fotografia Bruno Mendes e Raquel Drumond


VISITA A CASTELO DE VIDE Diariamente o Andanças’2013 conta na sua programação com pequenas visitas a zonas próximas do festival. Visitas a museus ou caminhadas pela natureza, são apenas alguns dos roteiros previstos para os sete dias do certame. Castelo de Vide foi o destino do passeio de ontem, com passagens pela empresa UNICER e pelo centro histórico da vila. Houve ainda tempo para um roteiro pelas várias fontes existentes, onde foi possível conhecer algumas das histórias e misticismos que as envolvem. Na empresa responsável pelas águas ‘Vitalis’, os visitantes tiveram a oportunidade de visitar os vários espaços de processamento, desde a forma como são feitas as garrafas, até à triagem final do produto. Esta

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fábrica, situada em pleno Alentejo, apenas produz água, não só mineral como também com sabores. A visita seguiu depois pelo centro histórico, com passagens obrigatórias pela antiga sinagoga de Castelo de Vide, agora convertida em museu, e pela oficina museu do Mestre Carolino, uma antiga ferraria que agora propõe aos visitantes uma viagem ao passado, com algumas das mais antigas ferramentas de Portugal e da Península Ibérica. Com este pequeno roteiro, os participantes do Andanças’2013 ficaram a conhecer melhor a zona que os acolhe por esta altura. Para os próximos dias estão agendadas mais visitas culturais e as inscrições podem ser feitas no Canecário do festival.


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5 Texto AndrĂŠ Rosado - Fotografia Paulo Lima Raquel Drumond


Voluntariado na

O Jornal do Andanças meteuse à estrada e foi falar com alguns voluntariados para saber o que estão a fazer a sentir em relação ao trabalho e ao Festival. Por baixo do sol abrasador das duas da tarde deparamonos com alguns voluntários. Uns no meio dos seus afazeres de voluntário enquanto outros aproveitam o descanso merecido. Se há algo que é transversal a todos, independentemente do posto onde se voluntariam, é o sentimento de felicidade e o sorriso estampado na cara. Para Catarina, do Carregamento de Baterias, a experiência como voluntária está a ser muito boa, afirmando

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mesmo que “as pessoas são bastante simpáticas e a interação com as pessoas é muito interessante”. Yolanda, da Guarda de Instrumentos, uma veterana em trabalho voluntário, está também a gostar muito, mas assume que “há muita coisa a melhorar”. A estudante de medicina, Ana Luísa que trabalha no posto de saúde tem aproveitado a sua experiência como voluntária para aprender com os outros que já sabem mais. Na sua opinião “há uma excelente relação entre toda a gente e todos funcionam para que o Festival resulte”. Porém, refere que devia ser dada mais atenção às casas de banho do Festival, principalmente às do campismo.


primeira pessoa A técnica de som, Sara Cunha está a aproveitar para conhecer o Festival visto que é a sua primeira estadia. Ao mesmo tempo, agradece a oportunidade de “ganhar mais experiencia” numa área em que eu está a estudar, na medida em que pode relacionar-se com técnicos mais experientes e aprender com isso e depois também ser posta à prova. A mesma fala ainda das filas cantinas como a “situação mais complicada”. Na sua opinião, as coisas podiam estar organizadas por turnos à imagem da forma como se organiza o trabalho dos voluntários. Gonçalo Freire, um repetente do voluntariado no Andanças, encontra-se este ano na recolha seletiva e está a achar um espetáculo. Na sua visão, é

“muito bom ajudar a manter a limpeza do festival” e “certificar que está tudo a correr bem”. Tem notado que as pessoas não têm ainda muito a noção do que é que é reciclar, porque parecem confundir o azul com o amarelo e vice-versa. O mesmo assume que há coisas que estão a correr menos bem, mas que isso “é como tudo” e que acredita que “eles [a organização] estão a fazer o melhor que podem”. Margarida, uma estreante no Festival, está a gostar muito “de poder ajudar a fazer as coisas funcionarem”. Para Marta Tavares, membro do controlo de entradas, as pessoas do Festival são muito simpáticas e sociáveis. O ponto chato é a falta de sombras, “especificamente no estacionamento”.

7 Texto Gonçalo Mota - Fotografia José Pedro Lindo


Entrevista com Charlotte No dia de hoje, o Jornal Andanças tentou perceber qual a importância que os voluntários assumem na organização e no desenvolvimento do Festival. Charlotte, coordenadora estreante dos voluntários aceitou falar connosco e espalhar luz sobre estas matérias. De acordo com Charllote, até ao momento a coordenação e os trabalhos que envolvem os voluntários têm decorrido bastante bem e sem “problemas de maior”. No entanto tem sido notória a carência de mão-deobra voluntária em alguns setores do festival. Esta situação que é aparentemente nova tem origem numa nova filosofia de trabalho que se baseia na redução do número de voluntários e na optimização do seu trabalho. Charlotte refere que se “tentou que os voluntários fossem multifuncioanis”. Neste sentido foram recrutados em número inferior ao necessário durante a primeira fase de recrutamento, na expectativa de que domingo, dia 18, aparecesse mais gente disponível e com vontade de trabalhar. Certo é que era (e ainda é) necessário preencher mais alguns lugares, uma vez que houve menos candidatos a comparecer à segunda , gerando esta situação de algum sufoco no que se refere ao trabalho no festival. Porém Charlotte é optimista ao afirmar que “as pessoas vão aparecendo na produção e pedem para ficarem como voluntários”.

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apoio nas deslocações”. A mundaça do local do Festival de São Pedro do Sul para a Barragem de Póvoa e Meadas pode ter trazido algumas mudanças para o funcionamento do voluntariado, mas “não tem sido mais difícil”, afirma a coordenadora dos mesmos. Aliás, tem sido notória uma maior participação dos locais na organização do festival. Charlotte refere-se aos fins de semana de voluntariado para montagem do espaço para ilustrar esta situação. De acordo com a mesma, nesses fins de semana “uma grande parte das pessoas que aderiram eram locais”, ou seja, “há mais envolvimento e curiosidade por parte das pessoas da região”, o que é um aspecto bastante positivo. Para terminar, Carlotte deixa-nos uma palavra para nos acompanhar e motivar nos dias que se seguem: “FORÇA!!”

Quando questionada sobre a importância que os voluntários têm para o festival, Charlotte é peremptória dizendo que “o Festival não seria nada e nem funcionaria sem os voluntários”, e que os mesmos “fazem um trabalho brutal”. De facto, desde a cantina, ao controlo das entradas passando pela programação, a presença de voluntários é notada em todo o lado, sendo mesmo difícil não nos cruzarmos com algum(a) quando viramos uma esquina. Para além dos voluntários de pulseira verde, os artista e os professores dos workshops também cá estão em regime de voluntariado, se bem que neste últimos dois casos existem “outras compensações, como o Texto Gonçalo Mota - Fotografia José Pedro Lindo


Fónix Jogos Olímpicos Musicais é a proposta do espaço Fónix

Viagem ao âmago do som Três é conta certa, musca, crazy loopstation ou ainda “miixer”. São diversas as modalidades das olímpiadas musicais que o Andanças acolhe no espaço Fónix. A proposta é simples, mas irresistível: músicos e não músicos são convidados a viajar ao âmago do som, através de jogos construídos ao sabor da mais fértil imaginação. Objetivo? Estimular a criatividade musical a partir do recurso a materiais sem uso. Garrafas de vidro,recipientes de plásticos, frigideiras e tachos enferrujados, restos de janelas e de canalizações antigas e tantos outros materiais aparentemente sem serventia, combinados com instrumentos musicais tradicionais, são o ponto de partida para a descoberta. São eles a argamassa de novos formatos e composições musicais, que os visitantes do espaço são convidados a desvendar.

e sustentatibilidade que Bitocas promove um pouco por todo o país têm fortalecido essa comunidade, crescentemente interdisciplinar. Músicos, terapeutas, educadores, formadores olham para o jogo como um “acelerador do processo criativo e colaborativo” e , ao mesmo tempo, usam-no como “motor do controlo da criatividade musical”. O Andanças de 2013 criou a oportunidade de essa comunidade emergente, cada vez mais numerosa e dispersa, se juntar, num espaço dedicado a atletas musicais, músicos e não músicos, num ambiete de partilha, aprendizagem e improvisação artística. “Tocar em interação e compor música a partir de jogos”, estimulando competências músico-sociais estão na base das olímpiadas do Andanças, um lugar onde competir é sinónimo de experimentar novos estímulos e sensações.

A ideia destas invulgares olímpiadas começou a formar-se em 2001, no seio de uma comunidade heterogénea, mas com interesses em comum: combinar as artes performativas com o jogo, de forma a permitir experimentar a música, como explica Bitocas, mentor do projeto. Desde então, as experimentalismo,

oficinas de criatividade

Texto Rita Basílio - Fotografia Bruno Mendes

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Espetáculo final é construído pelos participantes no espaço Fónix

Dar largas à imaginação Todos os dias, entre as 18h00 e as 19h00, os visitantes do espaço Fónix são convidados a colaborar na preparação do espetáculo de encerramento dos Jogos Olímpicos Musicais, previsto para ter lugar sábado, a partir das 21h00.

Tal como a necessidade aguça o engenho, a experimentação fomenta o processo criativo, em particular quando acontece em contexto de interação músico-social. Bitocas está, pois, convicto de que as Olimpíadas serão bem sucedidas sob todos os pontos de vista. É não apenas a criatividade que vai sendo estimulada, permitindo a criação de novas ferramentas e composições, como também as próprias práticas de trabalhar competências sociais e comunicacionais de adultos e de crianças.

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O espetáculo final promete ser um hino ao experimentalismo musical e Bitocas espera que os atletas musicais da comunidade Andanças dêem largas à imaginação. Texto Rita Basílio - Fotografia Bruno Mendes


“Tinta minutos passados desde o meio dia do dia dezanove de Agosto de dois mil e treze, o pó vai alto assim como o sol. Os carros levantam o primeiro, o segundo não precisa de ajuda. A rotunda do estacionamento, idílica para os condutores, porque aí encontrem as mais belas musas que o festival já acolheu e a incrível oportunidade de inverter a marcha do seu veículo, tem este sabor agridoce, ou “agripó”, ou “decipó”, quer-se dizer, é fantástico e assim-assim. Fale-se do fantástico. Os festivaleiros são fantásticos, mandam sorrisos e simpatia e compreensão. Treinam o nosso espanhol e o francês, fazem-nos esquecer o calor, trazem-nos o cheirinho a dança, mantêm-nos entretidos. E assim depressa passam as quatro horas. Estes corpos que agora recebem, sinalizam e fiscalizam, em breve dançarão”. Catarina Guita e Rita Nogueira - Equipa do Estacionamento e Controle de Entradas

Sugestões para hoje Toques do Caramulo – 00.15 – PX Com mais de uma década de estrada, os Toques do Caramulo reinventam-se continuamente, fazendo música nova das velhas cantigas e levando o público a surpreender-se com o reportório esquecido da Serra do Caramulo. Com amplo reconhecimento nacional e internacional, este é um espetáculo de forte energia musical e interação com o público, fazendo de cada baile ou concerto uma grande festa para todas as idades

Conversas em torno da Fauna e Flora da Barragem de Póvoa e Meadas A Barragem de Póvoa e Meadas, construída em 1927, oferece hoje uma extraordinária riqueza na diversidade das espécies da flora e da fauna. Esta multiplicidade permite várias abordagens de descoberta do maravilhoso mundo da natureza. Com João Filipe Bugalho e João Magro

Salsa para Scottish Na oficina da Ricardo Faria, mistura-se a melodia europeia de Scottish com elementos latinos de salsa, criando uma harmoniosa fusão de movimento e descobrindo uma infinidade de variações. Porque, na dança, só existe um mundo com vários ritmos que tocam em uníssono... o da felicidade. Dança, som e sensações :uma brisa no rosto projetada pelo cabelo em movimento do par; um toque terno nas costas como de um simples convite se tratasse; uma mão acolhedora e serena que nos indica o caminho a percorrer; um balanço que embala o corpo; um mar de emoções, um sentimento imenso comum que nos aproxima mesmo afastados os corpos; um movimento cheio de vida; é espaço e ar e invisível suavidade...

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Fotografia de Bruno Mendes

Colaboradores: André Rosado - Bruno Mendes - Catarina Serrazina - Gonçalo Mota - Isabel Cruz José Pedro Lindo - Maria Cruz - Paulo Lima - Raquel Drumond - Rita Basílio Revisão: Catarina Serrazina - José Pedro Lindo


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