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Fotografia Desenho de José dePedro Ana Xavier Lindo
Kundalini Yoga O Kundalini Yoga é uma disciplina antiga, com raízes há cerca de 100000 anos. Combina técnicas respiratórias com movimentos, posturas físicas, relaxamento e meditação. “Ajuda-nos a lidar com as expressões do dia-a-dia pois fortalece o sistema nervoso de uma forma rápida e concreta” disse-nos Cris Viana, a organizadora desta oficina. Antes de se iniciar a prática faz-se um pequeno aquecimento, relaxando todo o corpo. Depois sim, começa-se a praticar alguns conceitos base como a ‘Respiração longa e profunda pelo nariz’ ou a ‘Respiração do Fogo’. Para além de ser muito relaxante “tem a particularidade de ser viável em qualquer pessoa independentemente da sua condição física”.
Pasta de Papel Sujar as mãos em pasta de papel. País e filhos aderiram a este convite. Moldaram e fizeram-se formas, que se desmancharam e voltaram a fazer. Os colaboradores da atividade interagiam animadamente com crianças e adultos, ajudando quem precisasse e dando algumas dicas. Pintaram-se formas já feitas e secas com tintas de todas as cores. Organizado por Pato Lógico esta oficina foi um momento de criatividade e diversão.
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Árvore dos Patrimónios A Árvore dos Patrimónios é um projeto no âmbito de parceria entre a n_planos e o espaço_corpo. Tem como objetivo a sensibilização no conceito de Património nas suas múltiplas escalas e através da representação/expressão plástica e corporal. Em cada sessão era proposta a construção de um novo conhecimento através da observação com os 5 sentidos, da experimentação, da curiosidade e da reflexão sobre o que nos rodeia. Durante todos os cinco dias a abordagem ao património era diferente, despertando o entusiasmo e a curiosidade dos mais pequenos para aprender coisas novas. No primeiro dia construíu-se a grande árvore dos patrimónios, contou-se a história da mesma e preencheu-se o 1º ramo.
No segundo dia foram feitas caixas de patrimónios pessoais onde cada um guardou o seu próprio património. “Houve menos expressão corporal porque o palco/aparelhagem estiveram ocupados com outras atividades” comunicou-nos Joana Andrade, a responsável pela expressão corporal. No quarto e quinto dia os temas foram o Património Nacional e Património Mundial. Cada dia a árvore ficava mais preenchida de desenhos, pinturas, trabalhos e era como se “ganhasse vida” própria. Esta oficina foi adaptada por Susana Bicho e Joana Andrade para este Festival Andanças 2013, a partir de 1º projeto original de Susana Bicho desenvolvido anualmente nas escolas de Castelo de Vide.
3 Texto: Maria Cruz - Fotografia Paulo Lima e Maria Cruz
Os MU festejam décimo aniversário O espetáculo dos MU iniciou-se com um atraso considerável. Eram duas e meia da manhã e ainda o público esperava, ansiosamente, a chegada do primeiro tom no Palco X. Nos entretantos, e talvez alimentados pelos vapores de Baco, alguns Andantes juntaram-se numa roda para ensaiar alguns cantares à lá Canto Alentejano. Entretendo-se entre dança, canto e copofonia, ouviram-se sonoridades que foram desde o “Tem Carrapatos”, à “Grândola Vila Morena”, passando pelo “Amor do Homem”. Às duas e quarenta, o concerto teve finalmente início. Os gritos são muitos e o entusiasmo ainda maior. O vocalista dos MU, agradeceu a presença e referiu que os MU começaram em Carvalhais há dez anos atrás. É pois altura de se cantarem os parabéns, depois de afinadas as vozes e de mais uns golos de Hidromel. Os MU, são um grupo de sete músicos, com uma artilharia de instrumentos invejável, o que possibilita exatamente aquilo que aconteceu: uma pequena volta ao munda em uma hora e dez minutos de concerto. Desde o Brasil, à Rússia e Roménia, com saída de Portugal, a variedade foi palavra de ordem e a animação uma constante. É caso para dizer que, se o espaço da plateia do Palco X não fosse de terra batida, o palco tinha mesmo vindo ao chão. O que não é de estranhar dado que com os MU, a scotish é “on the rocks”. Afinal a festa era de aniversário, todos estavam contentes e depois de todo o pó levantado, só ficou mesmo a faltar o bolo.
4 Texto Gonçalo Mota - Fotografia Bruno Mendes
A música no Andanças O Andanças é um festival onde se encontram e misturam uma enorme variedade de estilos sonoros. Desde folk, reggae, tribal, kizomba, latinas, etc... representados sobre diferentes formas nos cerca de 70 projectos musicais: a escolha adequa-se a todos os gostos e feitios. Mas não é só isso que marca a diferença. O que se encontra neste festival é uma proximidade e familiariedade que se traduz numa panóplia de sensações, onde público e artistas se misturam. Aqui, o que interessa é experimentar. É deixarmos-nos levar por aquilo que há a oferecer, e simplesmente sentir as músicas que preenchem este tempo e espaço.
5 Texto Gonçalo Mota - Fotografia Bruno Mendes
De gaita em punho A sonoridade é inconfundível. O instrumento também, embora se nos apresente com diferentes medidas e variações. A gaita de fole é uma legítima representante da riqueza cultural portuguesa, hoje com presença assídua tanto em formações tradicionais como em recriações contemporâneas. Inês Gonçalves falou, esta quinta-feira, do passado e do presente da gaita para uma plateia de interessados emdescobrir e tocar o instrumento. O encontro com a gaita ocorreu logo depois, exigindo mestria com os dedos e, sobretudo, cautela com a respiração. O fole tem vida própria e dominá-lo exige alguma dose de engenho e de força pulmonar.
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As danças d Texto de Rita Basílio - Fotografias de Bruno Mendes
Tribal Jazze animam o Espaço Criança Mais uma vez o Espaço Criança (EC) á alvo de atenções. A proposta de baile é feita pelos Tribal Jazze. Este grupo deve o seu nome ao fato de serem três elementos – Tribal – e de utilizarem um instrumento de percussão que ficou celebrizado por uma antiga banda de seu nome Jazze. Os Tribal Jazze, que já tinham marcado presença em Carvalhais há dois anos atrás, estão a adorar esta nova localização, especialmente, os banhos proporcionados pela albufeira de Póvoa e Meadas. Bom Soir! É assim que se dá início às festividades. A partir deste momento será baile acompanhado de sonoridadades que todos conhecemos.
Para além das crianças que já se iam juntando no palco, os Tribal Jazze insistem que o público olheiro participe no bailarico. A receptividade é boa e, a partir deste momento a mescla geracional acontece. O clima está descontraído com os artistas a tocarem ao lado dos dançantes. Neste momento, acompanhado por algumas pequenas grandes vozes que também queriam dar a sua opinião, o percussionista dá algumas indicações dos passos que se seguem. Finalmente a roda está formada e o espetáculo está pronto a começar.
O vento está agradável, o sol já é simpático e o primeiro baile parece ser um sucesso. Apesar das diferentes alturas dos intervenientes a coisa parece fluir com naturalidade. De facto, é no EC que se percebe que a música e a dança não têm idade e que afinal somos do tamanho daquilo que vemos e não do tamanho da nossa altura. Na parte final parece haver menos gente, mas o baile continua. Para terminar é escolhido um encore, os artista misturam-se com o público e Que Tudo Dance!
do Andanças
Texto de Gonçalo Mota - Fotografias de José Pedro Lindo
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8 Fotografias de Paulo Lima e JosĂŠ Pedro Lindo
AUDIOLIVROS DA BOCA Audiolivros da Boca foi uma iniciativa exposta durante a tarde de ontem no Bosque das Palavras do Andanças. O projecto pretende dar a conhecer uma outra forma de cultura, a literatura oral, e segundo Oriana Alves, responsável pela editora Boca, “o audiolivro não é para os preguiçosos, nem afasta as pessoas da leitura, ao contrário do que se possa pensar”. Esta editora, formada em 2007, decidiu apostar neste formato, que mistura a nova tecnologia com a reprodução e interpretação de textos antigos através da criação de ambientes e espaços sonoros, e tem actualmente um catalógo com várias obras disponível no seu site.
O Audioguia está ainda relaccionado com o Espaço Alentejo, onde é possível ouvir várias pessoas a falar sobre a reforma agrária no Alentejo no pós 25 de Abril, numa combinação de vozes com paisagens sonoras.
Para esta edição do Andanças, foi ainda criado um novo projecto intitulado ‘Audioguia’, que permite aos visitantes ter contacto com diferentes paisagens e identidades sonoras. Os ficheiros de áudio, com uma duração aproximada de 48 minutos, estão disponíveis através de leitores mp3, no espaço de venda de CD’s, e também através de aplicações de leitores de códigos QR espalhadas pelo recinto, que permitem descarregar de forma fácil os sons que integram este projecto. Diana Regal, responsável pelo Espaço Alentejo no Andanças, integra também esta iniciativa que segundo ela, “busca transmitir as histórias do dia-a-dia”. Os espaços escolhidos para a recolha de sons e depoimentos passam por sítios onde a PédeXumbo organiza eventos, como é o caso do Festival Planície Mediterrânica, que tem lugar em Castro Verde.
9 Texto Andre Rosado - Fotografia Onno
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Dica da Equipa da Saúde Integra-te com a Natureza, mas protege-te dos insectos! O festival tem lugar num local paradisíaco! Se tu adoras lá estar, os outros animais também apreciam muito. Vai haver insectos, portanto tenta proteger-te usando repelentes, ou protegendo os braços e pernas com roupa leve. Assegura-te que fechas a rede mosquiteira da tua tenda para dormir (insectos é o tipo de companhia que não vais querer!). Diverte-te muito, mas bebe com moderação!
Sugestões para hoje
Fotografia de Miguel Monteiro
Sugestões para hoje: Recanto – Anfiteatro 17h30 Sob o sol quente do Alentejo à beira-mar, nasceu um Recanto onde guitarra, sanfona e voz se unem para bailar. Música de cariz tradicional, do Planalto Mirandês ao Alentejo, ou cirandando por terras distantes, em círculo ou em chapeloise, fica o convite para uma mazurka ou um scottish, e a promessa de um baile bem bailado.
Pej-quartet – Palco do Meio 00h15 O repertório de Pej Quartet (Peut-être Jeanne) é baseado em composições de Raphaël Decoster e Olivier Catteau. Para o Andanças, junta-se Jean-Baptiste Guerrier, no contra-baixo, e Florian Huygebaert, na percurssão. Eles partilham um sentimento fresco e espontâneo, tanto no palco como na pista de dança, com uma boa dose de energia mesmo quando as mazurkas são enovoadas ou as scottishs chegam com chuvas de verão.
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Fotografia de Bruno Mendes
Colaboradores: André Rosado - Bruno Mendes - Catarina Serrazina - Gonçalo Mota - Isabel Cruz José Pedro Lindo - Maria Cruz - Paulo Lima - Raquel Drumond - Rita Basílio Revisão: Catarina Serrazina - José Pedro Lindo