STATA

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STATA 01Edição - Julho 2014

Decorando com você

Descubra qual ESTILO combina mais com SUA CASA!

Saiba tudo sobre os Irmãos Campana

Fique sem dúvidas na hora de renovar SUA CASA

10 dicas para renovar seu quarto!


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Foto: Akyos

Edição Expediente

STATA Decorando com você

Editora: Marielly da Silva Projeto gráfico-editorial: Marielly da Silva Seleção e tratamento de imagens: Marielly da Silva Editoração: Marielly da Silva Assessoramento: Professores Carlos Davi da Silva, Ildo Golfetto, Inara Willerding, Israel Braglia e Juliana Shiraiwa. Formato: 210x280

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Fontes tipográficas: Agencyb Caecilia Minion Pro Trade Gothic Papel: Couché Impressão: Offset *** Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, desenvolvido pela aluna MARIELLY DA SILVA como exercício de projeto editorial para a disciplina de Projeto Gráfico II do curso de Design Gráfico da Faculdade Energia no semestre de 2014-1. Não será distribuído, tampouco comercializado.


| SUMÁRIO |

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Bedroom

08 Entrevista

12 Tendências

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Estilo Minimalista

Estilo Romântico

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Infográfico

18 Estilos

30 Telhado Verde

Estilo Contemporâneo

Estilo Clássico

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QUARTO

Foto: Renata Baroni

BEDROOM

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Fizemos um manual prático que não deixará nenhuma dúvida na hora de renovar o visual do ambiente da casa

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inónimo de refúgio e de descanso, o quarto de casal é onde começa e acaba os seus dias, lado a lado com a pessoa com quem partilha a vida. Enquanto uma das divisões mais privadas da casa e que é, por norma, compartilhada por duas pessoas, é importante encontrar um equilíbrio no que toca à sua decoração. Saiba como decorar um quarto de casal, num abrir e fechar de olhos, para noites tranquilas e inesquecíveis! Onde começar. Decorar um quarto de casal deve ser um projeto a dois… nada mais apropriado não acha? Comecem por tentar descobrir o tipo de quarto que querem como vosso: minimalista, romântico, contemporâneo ou clássico? Procurem a resposta para esta pergunta ao visitarem várias lojas de mobiliário e decoração ou até feiras da especialidade. Estes locais apresentam várias mais-valias, sendo a principal o poder ver, ao vivo e bem de perto, vários quartos modelos, numa enorme paleta de cores e com todos os pormenores decorativos. Não se esqueça que estão a projetar o vosso oásis pessoal, por isso, façam tudo com calma e considerem sempre mais que uma

opção, sem esquecer as revistas, os livros e os sites dedicados à arte de decorar. O essencial. Decidir o mobiliário – para além da cama, há que contemplar as mesas-de-cabeceira, a cómoda, um camiseiro ou dois – depende, em grande parte, da dimensão do quarto e da optimização do espaço que vão conseguir. Ou seja, um quarto estreito pode não ter espaço para uma cómoda de grandes proporções, mas pode encaixar, na perfeição, dois camiseiros altos e esguios. Nesta altura, é necessário tirar muitas medidas, fazer desenhos no papel e até simulações no próprio quarto. Por fim, invistam num bom colchão – a qualidade do vosso descanso vai depender disso! Cores para a alma. Segue-se a escolha das cores (não mais de três) que, para além de combinarem na perfeição com a mobília, vão pintar o vosso quarto – literalmente nas paredes – e ainda aquelas que vão emprestar pequenos apontamentos coloridos. O ideal é optar por uma palete neutra, de fácil conjugação com outras cores no caso de aqui a algum tempo quererem dar uma lufada de ar fresco ao

vosso quarto. Algumas sugestões incluem: os dourados para um tom clássico, os prateados para um look futurista, o branco para um ambiente clean e minimalista, o preto para um quarto elegante e sofisticado, o azul para uma frescura invejável, ou podem ainda marcar a diferença com uma cor quente como o vermelho ou o laranja. Aqui, o arco-íris é o limite! Aconchego para o corpo. Igualmente importante são os têxteis que vão envolver todo o espaço, começando pela decoração das janelas para um aconchego e privacidade máxima. Depois, há que decidir se vão ou não cobrir o chão: se sim, vão optar por dois tapetes de cada lado da cama, vão acrescentar um terceiro aos seus pés ou vão optar por um único carpete de grandes dimensões e sobre a qual vai assentar a cama? Não há nada como nos deitarmos numa cama com lençóis lavados, suaves e perfumados, por isso, dê especial atenção à roupa de cama: para além dos habituais jogos de algodão ou flanela, invista em lençóis de seda ou de caxemira para noites especialmente românticas! Um bom edredom é essencial e uma

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QUARTO

Foto: Candice Tome

capa reversível permite vestir a cama conforme o seu estado de espírito. Complete o visual com almofadas confortáveis e uma manta fofinha aos pés da cama. Corações iluminados. Um dos elementos mais importantes num quarto de casal é a iluminação – que deve ser sempre suave e agradável. Um candeeiro de teto é prático e indispensável, mas são os candeeiros das mesas-de-cabeceira que vão conferir a este espaço um ambiente recatado e longe de tudo: certifique-se que os seus interruptores são fáceis de operar e que não estão muito longe, que os candeeiros não são muito altos ou demasiado baixos e que não tenha de sair da cama para desligar qualquer que seja a luz. Se gostarem de ler na cama, os abajures devem ter uma abertura maior em baixo, para concentrar a luz na zona da cama e, consequentemente dos livros; se a leitura não faz parte do vosso ritual noturno, podem optar por abajures com uma maior abertura no topo, dispersando assim a iluminação por todo o quarto. Paredes que falam. Deixe que as paredes do vosso quarto falem… com uma decoração invejável! Seja com tinta ou pa-

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pel a cobrir uma ou todas as paredes, a verdade é que o quarto vai ganhar logo outra personalidade, tornando-o único. Se não se querem “prender” a uma única cor ou padrão, as paredes podem ainda ganhar vida com obras de arte – quadros pintados por vocês, de artistas conhecidos, fotografias artísticas ou familiares – conjuguem conforme o espaço pensado. Se preferirem, podem ainda utilizar o espaço das paredes para montar prateleiras ou colocar uma estante até ao teto para guardarem livros ou relíquias das vossas viagens. Um espelho – retangular, quadrado, oval, redondo, com ou sem moldura, pendurado ou pousado – fica sempre bem e vai automaticamente fazer com que qualquer quarto pareça maior! Lugares sentados. Guarde a cama especialmente para vocês, protegendo-a contra tudo e todos ao munir o vosso quarto de lugares sentados alternativos. Um banco debaixo da janela ou aos pés da cama, duas poltronas ou uma chaise-longue são um convite para uma boa conversa no final do dia enquanto trocam de roupa, um espaço para ler, para estar com os filhos ou simplesmente pousar a roupa que vai vestir


amanhã! Para além da sua funcionalidade extrema, os lugares sentados criam um recanto agradável e de descanso em qualquer quarto…que é, afinal de contas, o grande objetivo, não é verdade? Um toque de romance. Para assegurar a presença contínua de um ambiente romântico, mantenham a restante decoração do quarto simples e organizada: várias velas, caixas de madeira para guardar relógios e bijuteria, esculturas de linhas retas, alguns passepartouts e livros são mais que suficientes. Se conseguirem resistir à tentação, não coloquem uma televisão no quarto (será uma grande distração e por vezes motivo de discussão se um quer dormir e o outro quer ver as notícias da meia-noite!), optando antes por um pequeno sistema de som para ouvirem música tranquila antes de fecharem os olhos. Em ambos os casos, estes equipamentos devem poder ser “escondidos” sempre que necessário (entenda-se, em noites de paixão!). No caso de existirem crianças, certifique-se que a porta do quarto possa ser trancada! Agora sim, desfrutem do vosso refúgio privado!

10 dicas para renovar o quarto 1 Troque as cortinas por um modelo mais delicado. Voil é sempre uma boa escolha.

2 Os abajures também podem

6 Canecas, xícaras, bowls de

cristal e garrafas de refrigerante podem ser transformados em charmosos vasinhos.

ganhar roupagens diferentes. Pinte a base de outra cor ou revista a cúpula com tecido ou use papel de parede.

7 Repagine os móveis dando novos usos ou cores. Laca e, cores vibrantes é uma boa alternativa.

3 Malas velhas empilhadas,

8 Faça uma nova capa ou troque o estofado da poltrona. Aposte em tecidos de algodão, veludo, linho ou até mesmo seda. Combinar estampas, com parcimônia, também pode trazer um efeito surpreendente.

caixotes de frutas, uma cadeira antiga ou aquela mesa de canto sem muita utilidade podem servir como um criativo criado-mudo.

4 Para quem deseja ter uma cabeceira diferenciada, a dica é usar uma faixa feita com papel de parede. 5 Na decoração, inove: pegue uma garrafa de vidro e coloque botões de rosa de plástico dentro dela. Em seguida, feche com uma rolha e faça um laço em volta com um tecido. O efeito é especial.

9 Aposte nas almofadas de diferentes tamanhos, cores e estampas. 10 Adesivos de vinil e papéis de parede ajudam a trazer mais cor ao ambiente. Pinturas especiais e texturizadas também são uma boa alternativa.

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Foto: Fernando Laszlo

ENTREVISTA

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OS IRMテグS Julho, 1ツコ ediテァテ」o

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Humberto Campana que é formado em Direito pela Universidade de São Paulo e Fernando Campana que é formado em Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo.

O que vocês estão produzindo de mais novo? Fernando O mais recente mesmo é um projeto de interior para a loja de calçados Camper em Nova York, que é uma loja especial. Faz parte de um tema da Camper, que é “Camper togheter com alguém”. Não pode se repetir mais do que cinco vezes. Já fizemos Berlim, Londres, Zaragoza, Barcelona com um tema e Florença com outro. Como será a de Nova York? Fernando Esse próximo será baseado na linha Transplastic, uma junção de fibras naturais com o PVC. A gente usa uma cadeira de bar e dá um extraconforto, modifica a tipologia, voltando à cadeira de café tradicional de 1900 ou até mesmo do final do século 19. Humberto Desenhando uma casa, é o primeiro projeto de arquitetura da nossa vida...

Fernando Eu, depois de 28 anos de formado [em Arquitetura], fora interior de um ou outro interior e os trabalhos de cenegografia, essa é a primeira construção mesmo. Os mais recentes seriam esses aí. A gente acabou de inaugurar a exposição no Vitra. A gente acabou de lançar a edição especial da Lacoste. E uma próxima exposição que nós vamos fazer é no Centro de Arte de da Escola de Arquitetura de Versalhes. Nós demos no mês de junho um workshop para os estudantes trabalharem com garrafas PET, baseado na galeria de espelhos do palácio de Versalhes. Humberto A escola fica em frente do Palácio. Então a gente os levou nessa galeria para eles fazerem uma interpretação dessa sala com garrafas PET. Fernando A partir disso, nós nos inspiramos para fazer uma exposição numa galeria que eles têm dentro da escola, que vai ser inaugurada em setembro.

E o hotel em Atenas? Fernando Esse já tem dois anos. Ele vai ter ainda uns 10 meses de gestação. É um projeto de alfaiataria na arquitetura. Ao invés de destruir ou renovar os móveis, a gente pegou os móveis que já tinha e estamos reprocessando. A idéia é ter o menor produção de entrulho ou lixo. Tem bem o espírito grego? Fernando Não é muito não, porque eles estão muito novos ricos com a entrada na Comunidade Europeia. A gente tentou ver o que é a Grécia contemporânea, porque a Antiguidade a gente sabe. Mas Atenas não é Chicago, para ter tanta reflexão de luz por causa do frio. Eles fazem muitos prédios com revestimento espelhado. Ali já é um lugar solar. Pelo amor de Deus, aquilo ao meio-dia fica... Humberto Mas o que está mais curtindo é a experiência. Por-

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Foto: Fernando Laszlo

ENTREVISTA

que a gente fez um grupo de estudantes da Universidade de Atenas de Arquitetura, e eles estão nos auxiliando. A gente funciona mais como diretor de arte dos móveis, dos quartos, das paredes... Porque é muito alfaiataria. Fernando Por isso a gente os chamou para compreender essa modernidade. Humberto Engraçado é que eles estão descobrindo o lado designer deles. E eles estão evoluindo. Isso é que é legal: contaminar o outro. Não ser aquela coisa de ego, ser muito autoral, estar só você lá. Nosso trabalhão é muito de contaminar, contagiar outras pessoas. Fernando O hotel virou uma escola de design... [risos] Voltando para o projeto da Camper, é uma aposta de retomar lá atrás a lida com a fibra. Fernando Nós começamos fazendo cestos, era o que nos mantinha para investir em pesquisas mais pessoais. Como é essa volta? Fernando Com mais maturidade, aceitando melhor a imperfeição do material. Porque a gente soube aceitar de todos os outros que eram industrializados, mas demorou para compreender a do natural, como a aspereza... Humberto Também acho que foram necessários 28 anos. Há 28 anos nós fazíamos isso com bambu. Foi preciso ter um distanciamento do olhar para não

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estar tão viciado. Mas agora a gente está retomando com mais maturidade e segurança. Fernando É um vocabulário de formas mais forte, para poder empregar o material em determinada tipologia ou função. Vocês têm muitas demandas, seja de produtos, de cenografia, palestras. Como lidar com essa agenda? Fernando A gente reclamava tanto quando o telefone não tocava. A gente ficava se pegando um com outro porque não tinha nada para fazer. A gente tinha idéias e as pessoas não vinham. Acho que hoje a gente não tem do que reclamar. E a gente tenta fazer de tudo e com essa estrutura pequena, de 12 pessoas no estúdio. Tenta não decepcionar ninguém. Só, primeiro, não decepcionar nós mesmos, porque acho que foi isso que nos levou a essa posição de acreditar sempre no que a gente fazia, sem precisar ficar seguindo uma tendência. É por isso que a gente fazia as cestas de bambu para poder, de outro lado, enlouquecer sem compromisso com o mercado. É difícil para vocês dizer não? Fernando É. Humberto Recententemente a gente disse um não para um projeto por uma questão ecológica. A gente passa uma imagem eco friendly, por isso acho legal ter coerência. Fernando Com o PVC, com a Grendene, a gente conseguiu co-


JOGO RÁPIDO Fernando

Humberto

Um ídolo: Jerry Lewis Uma influência: Rita Lee O luxo é: liberdade Um cheiro: cítrico Uma textura: da floresta, vista de cima Meu irmão e parceiro de trabalho é: meu amigo, além de humano Eu sou: ?

Um ídolo: Barack Obama Uma influência: Lina Bo Bardi O luxo é: ter saúde Um cheiro: de chocolate Uma textura: fibras naturais Meu irmão e parceiro de trabalho é: teimoso e generoso Eu sou: uma caixa de surpresas

Foto: Adri Buch

locar uma alternativa. O máximo de material reciclado, que são 30%, 40%. Existe uma chance. Mas tem materiais que são sintéticos mesmo, náilon, poliéster... Humberto Acho que o designer hoje tem que ter esse papel de economia, de ver com o que ele vai trabalhar. Hoje ele é formador de opinião. Fernando Nem era nosso programa promover a sustentabilidade. Era como favelado: constrói com o que tem na mão. O design da escassez. A gente não tinha capital nem uma empresa que investisse numa ferramenta de injeção de plástico, então usamos o plástico bolha. O que, afinal, traduziu melhor.

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TENDÊNCIA

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Foto: Gisele Heinig Goldacker

RETRÔ

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Eu te conheço de algum lugar? De uma hora para a outra, o antigo está de volta à moda.

Foto: Letícia Almeida Alves

O resultado é a total mistura de estilos

Típico Chesterfield, o Blofield foi criado pelo designer alemão Jeroen Van De Kant com PVC e vinil – mesmos materiais usados em botes infláveis.

O que há uns anos começou com a redescoberta da “lâmpada de lava”, passou a tomar conta de outras áreas. Não são apenas as lojas de artigos usados e as casas de leilão que se beneficiam da onda nostálgica, mas também inúmeros sites de comércio eletrônico e decoradores. O que no passado era considerado arquitetura antiga,

hoje se chama “retrô”, ou então, como é conhecido no meio mais informal, “moderno midcentury”. As formas orgânicas, os padrões gráficos e as armações delicadas transmitem novamente uma leveza recuperada do tempo de pós-guerra e das linhas de arte moderna e abstrata. Bem vindo de volta, “swinging sixties”.

Foto: Gisele Heinig Goldacker

P

oltronas em concha, luzes neon, padrões ultramodernos, móveis acolchoados com um charme nostálgico: os designers misturam estilos dos anos cinquenta e setenta. No presente frenético, isso desperta uma sensação de confiança e segurança: nós conhecemos isso, estávamos presentes! Nem sempre foi assim, mas esse tipo de regate é cada vez mais comum.

C

astanho, verde, laranja... O importante é que esteja bem combinado. O visual retrô raramente aparece na sua forma original, mas misturado a outras influências. Eclético é como alguns chamam a mistura de estilos. Esta também é a palavra escolhida por uma das mais bem-sucedidas criativas da atualidade para definir o próprio estilo: Patricia Urquiola, a designer espirituosa, que, juntamente com a Axor, criou um banheiro feminino e multifacetado para a coleção Axor Urquiola. A onda retrô não está mais circunscrita apenas aos decoradores. Outros segmentos também estão redescobrindo formas testadas e aprovadas no passado: exemplos disso são os carros que reinterpretam os seus antecessores, ou os rádios de internet que se parecem com os antigos rádios portáteis. Até mesmo a redescoberta dos óculos com aro de chifre e os papéis de parede ultramodernos fazem parte da tendência retrô. Há vários exemplos de fabricantes que estão recuperando designs clássicos, de preferência com cores novas e excêntricas. Isso faz com que algumas obras de mestres antigos pareçam bastante modernas: o antigo é a última moda.

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Foto: Ana Vaz

PRETO E BRANCO 14

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O preto e branco é o coringa na decoração está sempre em alta. O primeiro passo para trazer a dupla para o seu ambiente é analisar o espaço e unir ao seu estilo. Mas como comprar o objeto correto? Como saber qual parede aplicar algum revestimento?

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ntes de começar a comprar tudo que vê nesses dois tons, precisa analisar seu ambiente e decidir qual o estilo que prefere.

Não deixe o ambiente cansativo. Use padrões e texturas em diversos lugares a fim de que transforme o ambiente em algum lugar confortável para o observador. Quando usamos essas duas cores, podemos adicionar qualquer outra cor ou textura para destacar um elemento. Por isso, poderá contar com qualquer cor disponível!

Algumas pessoas acham que optar pelo preto e branco é uma questão de conveniência e praticidade, talvez por supor que é mais fácil harmonizar com elas do que com as outras cores. Mas na verdade é preciso bastante sensibilidade para compor corretamente essas cores, em relação ao tamanho do ambiente e evitando que ele se torne opressivo ou sem graça. Pinturas, ilustrações e outras obras de arte emolduradas com

diferentes combinações de preto e branco são uma excelente dica para avivar este tipo de decoração, quer estejam penduradas ou encostadas a uma parede. Agrupe peças decorativas e pequenos objetos, misturando o preto e o branco, brincando com tamanhos, formatos e texturas. Na dúvida de como fazer, procure a ajuda de um especialista, que lhe poupará erros e perda de tempo.

Analise o espaço que desejar aplicar o preto. Se for um espaço pequeno, use-o com cautela, pois em demasia diminui o ambiente. Caso ambiente seja amplo, não tenho receio de usá-lo.

Foto: Leon’s Place

Se procurar a simplicidade e optar por uma decoração que tem na sua base o branco, mas quer adicionar algum preto, porque não escolher uma única peça chave para fazer as honras dos detalhes mais escuros?

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INFOGRÁFICO

Minimalista Ambientes cuidadosamente decorados para conter apenas o essencial, aliando a estética à funcionalidade, sendo que a segunda é mais importante do que a primeira.

Cores - Branco - Azul Claro - Verde Claro - Preto

Romântico Não significa uma decoração exclusivamente feminina, mas antes a criação de ambientes íntimos e serenos que nos parecem transportar para outros tempos, marcados por uma elegância sublime, mas agora com um toque de conforto irresistível.

Cores - Rosa claro - Lilas - Branco

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Contemporâneo Sereno, bonito e funcional, o estilo contemporâneo seduz muitos decoradores, amadores e profissionais.

Cores - Azul acinzentado - Bege - Cinza - Branco - Preto

Clássico Marcada por linhas elegantes e ricas, a decoração clássica tem as suas origens na arquitetura grega e romana, onde a opulência e o requinte são os traços mais visíveis e mais apreciados.

Cores - Azul Marinho - Verde esmeralda - Preto

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ESTILO

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Foto: Jussara Ribeiro

MINIMALISTA 18

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O estilo minimalista é um ambiente cuidadosamente decorados para conter apenas o essencial, aliando a estética à funcionalidade.

na sua casa um oásis de

tranquilidade, um verdadeiro refúgio do caos e confusão que marcam o mundo lá fora. A primeira regra de ouro no que toca ao estilo minimalista é a organização: tudo tem de ter o seu lugar e quando não estiver a ser utilizado, deve estar guardado, de preferência longe da vista. A preservação do espaço e a difusão da luz natural é a chave para um ambiente minimalista bem conseguido – aliás, podemos ir mais longe e dizer que estes dois elementos são a base deste estilo decorativo. Linhas estreitas e simples dominam o ambiente minimalista, quer em termos de traços arquitectónicos, quer em termos de decoração. As janelas são lisas e sem peitoris, os rodatetos e rodapés são planos, o chão é preferencialmente revestido num material sem quebras e completamente polido; o mesmo se diz dos armários da cozinha, lacados e com um efeito glossy e das bancadas revestidas a granito polido.

Se no que toca ao estilo minimalista menos é mais, esta máxima também se aplica à paleta de cores, que se restringe ao branco, preto, cinzento e alguns tons neutros (castanho, azul, verde…). Quanto mais claro melhor, porque permite jogos de luz que engrandecem o espaço. Se o próprio minimalismo é, em si, dramático, não necessita de adicionar cores muito vibrantes à decoração – estas contribuiriam apenas para um maior “ruído visual”. Toda a mobília pensada para um ambiente minimalista deve ser extremamente clean. Se tiver espaço suficiente para ser admirado, o mobiliário, para além de ser funcional, torna-se igualmente decorativo. Algumas dicas para potenciar o mobiliário enquanto elemento de design minimalista é a escolha de formas geométricas muito imponentes e até algumas assimetrias – a junção com outros elementos e a disposição correcta produz o impacto – embora pareça contraditório – que só o minimalismo consegue. Muitas vezes, até as portas, armários e gavetas são “despidas”

de puxadores, optando-se antes pelo sistema de click-clack ou então por portas de correr. Evitam-se as prateleiras abertas, mas se existirem são poucos os objectos que se dispõem sobre as mesmas. Os electrodomésticos e equipamentos electrónicos podem representar um grande investimento quando se trata de decorar um estilo minimalista, porque uma vez que não existem muitos elementos puramente decorativos neste tipo de ambiente, estes acabam por assu-

Foto: Dezeen

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uem aprecia uma decoração minimalista vê

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Foto: Andressa Albanese

mir o papel de um objecto de design ou até de obra de arte. Em termos de iluminação artificial, o estilo minimalista dispensa muitos candeeiros, quer sejam de mesa, de tecto ou de parede, uma vez que todos estes ocupam espaço e reclamam atenções. A escolha acertada passa por focos embutidos, cuja intensidade possa ser facilmente regulada. A sofisticação do estilo minimalista dispensa texturas e padrões desnecessários, preferindo antes manter todo o ambiente o mais “despido” possível. Tirando os sofás, tapetes e têxteis reservados ao quarto e casa de banho – preferencialmente lisos e suaves – este tipo de decoração não vê a utilidade de muitas texturas e padrões que servem apenas para “encher” o espaço. Nem as janelas são decoradas, mantendo-as preferencialmente sem cortinas para permitir a entrada de luz natural – quanto muito, opta-se por estores simples ou blackouts. Os materiais privilegiados na decoração minimalista são a madeira, vidro, inox, cromado,

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espelho, pele, mármore e granito. No chão, o destaque vai para a madeira, linóleo, betão, pedra ou ladrilho natural. As paredes também são apreciadas tal e qual são, excepto por um ou dois quadros ou molduras realmente impressionantes, mas não tanto que ofuscam a beleza do espaço como um todo. Em termos de elementos decorativos, o estilo minimalista é fã de superfícies lisas e “despejadas” de objectos desnecessários. Isto não quer dizer que não possa existir uma única jarra, passepartout, livro ou escultura sobre uma mesa ou estante, mas sim que essas peças não devem ser escolhidas para encher o espaço, mas antes porque são, em si só, uma afirmação ou então porque são absolutamente essenciais para o dia-a-dia. Uma bonita planta numa esquina da sala, uma jarra com ramos de árvore ou uma orquídea em flor sobre uma mesa são sempre boas escolhas, até porque emprestam uma lufada de ar fresco e um pouco de vida, mesmo aos ambientes mais minimalistas.


Foto: Dezeen

“Minimalismo é muito mais do que um estilo de vida. É uma ferramenta que pode ajudar a todos aqueles que estiverem dispostos a se livrar dos excessos em favor de se concentrar no que é importante para encontrar a felicidade, realização pessoal e, principalmente, liberdade.” (Fê Neute)

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Foto: La Redoute

ROMÂNTICO 22

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É um estilo delicado onde a essência ou conceito é ser acolhedor, confortável e nostálgico deixando pairar no ar um clima de amor e tranquilidade.

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m estilo romântico não significa uma decoração exclusivamente feminina, mas antes a criação de ambientes íntimos e serenos que nos parecem transportar para outros tempos, marcados por uma elegância sublime, mas agora com um toque de conforto irresistível. Em termos de mobiliário, o estilo romântico é marcado por traços curvilíneos, pés arredondados e peças trabalhadas, com alguns detalhes vistosos. As mesas redondas, ovais e as camilhas são presença assídua, assim como os bancos estofados, colocados aos pés das camas e das poltronas. O mobiliário mais utilizado para criar espaços românticos é o de ferro, madeira clara e escura, mas também as peças de mobília pintadas de branco, bege ou azul claro, por exemplo. Como a decoração é, acima de tudo, um gosto pessoal e, de preferência funcional, a organização e disposição de um espaço romântico tanto pode ser casual e descontraído, com objectos pousados quase que aleatoriamente; como mais formal e simétrico, onde tudo tem o seu

lugar. É uma questão de gostos e de estética visual. A paleta de cores normalmente associada ao estilo romântico é invariavelmente suave e de baixa intensidade: branco, tons neutros e pastéis são as cores de eleição para quem pretende romantizar um qualquer espaço. No entanto, como a paleta base é tão neutra, podem adicionarse alguns pontos de cor mais fortes – amarelo, azul, encarnado, verde, lilás ou fucsia, sem perder o romantismo. Motivos listados, axadrezados, florais, adamascados e de inspiração vitoriana são aqueles mais associados ao estilo romântico e podem ser aplicados a tudo, desde lençóis de cama, a papel de parede, cortinados e sofás. No entanto, a decoração com padrões exige sempre um certo grau de conta, peso e medida. Um espaço romântico requer tecidos que são um mimo para tocar e bonitos de se apreciarem: seda, cetim, chenilha, veludo e acolchoados são uma boa opção porque a qualidade das suas texturas contribui para a própria decoração. As

rendas, folhos, laços, tricô e croché completem o cenário. Não é raro as camas estarem equipadas com saias e repletas de almofadas confortáveis e mantas aos seus pés. Embora os tapetes não sejam um dos elementos-chave da decoração romântica, querem-se discretos mas sumptuosos, ou seja, devem contribuir para que cada ambiente romântico se torne ainda mais aconchegante, sem o dominar por completo. Privilegia-se um chão simples, mas bonito, revestido em madeira ou noutro material subtil. Nas salas de estar e de jantar, as cadeiras e poltronas são sempre elegantes e quase sempre estofadas ou então equipadas com uma almofada condizente, principalmente as da cozinha. Os sofás são confortáveis e ladeados por mantas e almofadas aconchegantes, de preferência de frente para uma lareira. As capas também são uma boa opção, ora para os sofás, ora para as poltronas ou cadeiras. Num quarto romântico, a cama é sempre rainha do romance, com destaque para estruturas

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Foto: Luciana Dias

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em ferro ou então para camas de madeira imponentes com quatro colunas e/ou cabeceiras luxuosamente forradas com tecidos elegantes. O que não pode mesmo faltar neste ambiente, é um dossel, tule ou cortina suspensa sobre a cama ou a funcionar simplesmente como adereço decorativo. Os tradicionais guarda-roupas são outra peça chave. Para um toque especial, crie um espaço no quarto para colocar um toucador com espelho, uma poltrona sofisticada, alguns frascos de perfume vintage e porque não um conjunto de escova, pente e espelho de mão em prata? O perfil de uma casa de banho romântica passa quase sempre pelo branco, com uma banheira com pés, um toucador, uma poltrona e bonitos quadros a decorar as paredes. A luz natural é uma das principais características da decoração romântica, que privilegia o uso de cortinas transparentes ou semi-transparentes para filtrar ligeiramente a luminosidade exterior, enchendo as divisões de claridade. A simplicidade das

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cortinas esvoaçantes é muitas vezes enriquecida com a colocação de uma sanefa, num tecido padronizado ou então com outro cortinado, num tom mais claro ou escuro – estes podem ser deixados a fluir livremente ou então amarrados com borlas ou uma simples fita em cetim. Quando é noite lá fora, a iluminação artificial também é um factor importante no que toca a criar um ambiente de romantismo: pequenos candeeiros de mesa e de parede são as escolhas mais óbvias, sempre equipadas com lâmpadas de baixa intensidade. No tecto, o destaque vai para os lustres e espalhadas um pouco por toda a parte, as velas, de preferência aromáticas. Num ambiente soft e tranquilo como este, um toque subtil de brilho fica sempre bem: os apontamentos em vidro, cristal, dourado, prateado, bronze, ferro e metal também fazem parte da decoração romântica. Alguns exemplos de objectos decorativos para um espaço romântico podem passar por: castiçais, passepartouts, caixas em tecido, arcas e baús em pele ou


madeira, malas antigas, arranjos florais, borlas penduradas de puxadores de portas e gavetas, espelhos ornamentados, obras de arte com motivos de flores e de inspiração vitoriana…

É muito fácil associar um ambiente romântico ao sexo feminino, no entanto, esta é uma

decoração que pode ser desfrutada por mulheres e por homens – para um toque mais masculino junte à mobília mais curvilínea, atributos tipicamente mais másculos: tecidos às riscas, uma poltrona em pele ou apontamentos em madeira escura.

Foto: Neza Cesar

A decoupage, uma arte decorativa que permite a transferência

de guardanapos de papel ilustrados para mil e uma superfícies, é uma técnica, cuja beleza e originalidade, combina na perfeição com o estilo romântico.

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Foto: Arquion

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Decoração contemporânea, pratica, simples, limpa e pensada para nossa vida agitada.

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m ambiente contemporâneo baseia-se na simplicidade, num aspecto muito clean e moderno, uma vez que esta decoração tem em conta apenas as mais recentes tendências, ou seja, tudo aquilo que tem surgido a partir da segunda metade do século XX. O mobiliário é caracterizado por silhuetas marcadas e esguias, peças angulares e traços simples. Privilegia-se mobília larga e espaçosa, baixa (muitas vezes rente ao chão) e superfícies completamente lisas, até porque são estas as principais protagonistas deste estilo de decoração. As matérias-primas de eleição são o vidro, pedra, cimento, metal, aço, mármore, madeira clara e escura, que conferem uma elegância sublime aos espaços contemporâneos. Em termos de acabamentos, o destaque vai para os pormenores envernizados, envidraçados, metalizados e pintados.

A estrutura forte da mobília pode e deve ser suavizada com recurso a tapetes suaves, estofos confortáveis e têxteis convidativos.

Alguns dos têxteis que normalmente se identificam com o estilo contemporâneo são o cabedal, alcântara, vinil, corda, bouclé, flanela, lã, algodão, linho, seda, caxemira e juta. Os padrões ficam, não raras vezes, relegados a segundo plano, uma vez que os lisos são uma forte característica deste estilo. No entanto, um padrão vistoso ou subtil pode funcionar como o elemento diferenciador num ambiente moderno como este. Utilizam-se muito as formas geométricas, quer em elementos decorativos, quer em peças de arte. Privilegia-se uma paleta de cores neutra, onde se destaca o preto, branco, cinza, azul -acinzentado, bege, creme e castanho. Embora utilizadas principalmente em variações monocromáticas, estes tons podem ser dinamizados com a aplicação de alguns apontamentos em cores mais fortes, caso do amarelo, laranja, vermelho, beringela ou lilás. As janelas são decoradas com estores simples ou cortinas leves e esvoaçantes. A luminosidade é

um factor chave deste estilo, por isso, há quem deixe as janelas completamente despidas. A iluminação artificial, por sua vez, tem sempre uma função específica, ou seja, deve estar orientada para iluminar um determinado espaço ou peça. Os candeeiros em si são, muitas vezes, autênticas obras de design. Os focos de tecto embutidos são também uma excelente opção para quem quer criar uma decoração contemporânea. No chão prefere-se o soalho em madeira, ladrilho ou pedra polida. Os tapetes devem ser lisos ou então estampados com formas geométricas vistosas. O estilo contemporâneo é marcado por algum despojamento, nomeadamente no que toca a peças decorativas – aqui valoriza-se a qualidade, em detrimento da quantidade. Menos é mais e os elementos chave devem ser vistosos e de elevado bom gosto. Existe um cuidado especial em termos de organização, preferindo-se armários amplos, embutidos e com um sistema de arrumos discreto e eficiente.

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ESTILO

ESTILO

Foto: Ronei Kolesny Pogorzeski

CLÁSSICO

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A tradição ainda é o que era e o estilo clássico nunca saiu de moda

R

equer espaços amplos e altos para poder receber mobiliário e peças decorativas igualmente vistosas, sendo estas o coração do estilo clássico. A própria arquitectura do espaço é fundamental, com tectos, rodapés e paredes trabalhadas, ostentando ornamentações sublimes. Um dos elementos base do estilo tradicional é a mobília em cerejeira, mogno, palissandro ou nogueira, entre outras, mas sempre em tonalidades escuras e dramáticas. A mármore é também ela uma matéria-prima de eleição, nomeadamente nas cozinhas e casas de banho. No estilo clássico, todo o mobiliário é antigo ou então assemelha-se a exemplares de outros tempos, tendo sido reproduzidos precisamente com esse objectivo. Para além de serem imponentes em tamanho, estas peças destacam-se ainda pela riqueza dos seus ornamentos e trabalhados vários. É comum a presença de camas com quatro colunas, embelezadas ou não com um dossel

pomposo ou mosquiteiros esvoaçantes – confere um toque de dramatismo, que é próprio deste tipo de decoração. O estilo tradicional é ainda dominado por cadeiras e poltronas elegantes e graciosas, muitas vezes ornamentadas e estofadas, para não fugir do ambiente dramático para o qual são pensadas. Igualmente intemporal é o uso de mesas de apoio – e não só – com pés arredondados e, claro, trabalhadas ostensivamente. As cozinhas clássicas são muitas vezes decoradas a branco total ou então em madeira. As casas de banho são vistas como verdadeiros espaços sociais, onde não falta nada – desde cadeiras ornamentadas, a apliques e até papel de parede. A paleta de cores é composta essencialmente por preto, bordeaux, azul-marinho e verde-esmeralda, que podem e devem ser combinadas com elementos dourados, prateados, cor de ferrugem e cor-de-rosa bebé. Para uma sofisticação mais clean, o estilo clássico funciona igualmente bem com branco,

creme, cru, bege e diferentes tonalidades de castanho. Os padrões também são parte integrante do estilo clássico, mas são utilizados esporádica e subtilmente para não confundir com o estilo rústico ou cottage. Tradicionalmente, nesta decoração utiliza-se mais os floridos, os adamascados e as riscas. As texturas e os tecidos devem, acima de tudo, complementarse, sendo relegado para segundo plano, o facto de combinarem ou não na perfeição. Os cortinados longos e dramáticos, em seda, brocado ou veludo, lisos ou com riscas, sempre dentro da palete de cores tradicional, são outra peça chave deste estilo. A decoração de janelas também passa pelo uso de sanefas, com braçadeiras e, muitas vezes, com uma cortina mais pesada a ladear uma outra, mais leve. Os tapetes também têm um destaque especial dentro deste estilo decorativo, sendo sempre espessos e convidativos, muitas vezes cobertos de padrões clássicos e várias cores.

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TELHADO

TELHADO

Foto: Karen Bammann

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Para que serve um telhado verde?

O

telhado verde tem diversas funções e benefícios para sua edificação e para o local onde sua edificação está, ou seja, para seu bairro e consequentemente para sua cidade. Os benefícios do telhado verde são:

maior número de pássaros ao redor de sua residência, proporcionando um clima agradável e acima de tudo saudável. Redução de CO2: as plantas e a vegetação purificam o ar da cidade, filtrando todos os poluentes do ar reduzindo a emissão de carbono que é atuante da poluição do ar, ou seja, você terá um ar mais puro.

Retenção da água da chuva: a água da chuva é retida (canalizada) para a drenagem urbana ou para local de armazenamento, além da diminuição da velocidade de escoamento em chuvas fortes.

Aumento da durabilidade da edificação: ele forma uma “capa” de proteção contra a amplitude térmica que provoca o desgaste de materiais originados pela dilatação e pela retração.

Aumento da biodiversidade: com um jardim instalado na sua cobertura, você contará com um

Inclusão social: promoverá a você e sua família um maior convívio interpessoal e com a natureza.

Foto: Karen Bammann

Conforto Térmico e acústico: forma uma barreira de proteção entre o ambiente interno e externo. Repleta de vegetação, essa camada verde atua como dissipador do calor, que passa a ser refletido de volta à atmosfera ou absorvido pelas plantas. Assim, em dias quentes a cobertura verde evita o aquecimento estrutural da casa pelo sol, deixando o ambiente interno com temperaturas amenas. Em dias frios, o manto verde faz papel de “cobertor” e funciona como

barreira para que o aquecimento interno da estrutura não se perca com tanta facilidade no ambiente externo. Além do conforto térmico, essa camada extra na composição estrutural opera como uma barreia a mais para bloquear o som externo, mantendo o barulho das cidades do lado de fora e proporcionando conforto acústico.

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STATA 01Edição - Julho 2014

10 dicas para renovar sua SALA

Foto: Aline Vanelli

Decorando com você


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