Revista Planeta Lavanderia 3 jan 2016

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Editorial O que é gestão? O que é a Gestão? Quais as funções do gestor? Como definir as principais áreas da gestão empresarial? Não há uma definição única e aceita para o conceito de gestão. Por outro lado, apesar da evolução ao longo do século XX, existe um consenso que esta deva incluir, obrigatoriamente, um conjunto de tarefas que procuram garantir a eficabilidade de todos os recursos disponibilizados pela organização para atingir os objetivos e metas pré-­‐determinados. É a optimização do funcionamento das organizações través da tomada de decisões racionais e fundamentadas na recolha e tratamento de dados e informação relevante e, por essa via, contribuir para o seu desenvolvimento e para a satisfação dos interesses dos seus stakeholdes ou da sociedade em geral. A administração entende a gestão a partir do momento em que uma empresa possui integração de métodos, processos, produtos e pessoas, gerando produtividade em produtos e serviços e rentabilidade nos investimentos de capital. De acordo com o conceito desenvolvido por Henry Fayol (pai da administração clássica), compete à gestão atuar através do Planejamento, Organização, Direção e Controle (PODC). Para desempenhar as funções PODC, os gestores recorrem às técnicas já experimentadas e demonstradas cientificamente. Se utilizam, principalmente do conhecimento de diversas disciplinas científicas tais como a matemática, as ciências sociais e humanas, a economia, o direito, entre outras. Daqui concluirmos que a gestão pode ser considerada uma ciência na medida em que comporta uma acentuada componente científica.

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Contudo, a gestão não pode ser considerada como uma simples ciência na verdadeira acepção da palavra pois, as teorias demonstradas cientificamente devem ser enquadradas em ambientes mutáveis. Para tanto, são necessárias novas percepções. As teorias sem avaliação do ambiente, raramente, são suficientes para o processo de tomada de decisões eficaz. A percepção é particular e pode ser chamada de empírica (alguns chamam arte). A percepção ou intuição é uma forma a preencher a distância que separa as teorias gerais da realidade vivida em cada organização e o seu escopo ambiental. Deriva daqui a importância da experiência e do convívio com as situações concretas vividas diariamente no local onde se desenrola a ação o que é denominado, agora, de expertise. Esta é uma das principais razões apresentadas pelos defensores da realização de estágios práticos após a aquisição dos conhecimentos técnicos durante o período escolar ou concomitantemente. Áreas da gestão empresarial Já no início do século XX, Taylor, Fayol e outros apresentaram soluções teóricas que dividiam a gestão empresarial em diversas áreas funcionais especializadas, nomeadamente como: produção, comercial, financeira, de segurança, contabilísticas e administrativas ou de gestão. Além destas, podem ainda ser consideradas outras, que variam consoante a atividade da empresa, como a gestão estratégica, a gestão de materiais ou estoque, gestão de negócios regionais ou internacionais, a gestão de qualidade, a gestão de tecnologias (TI), gestão de segurança, entre diversas outras, tudo dependente da amplitude da organização e do ambiente externo (macro e meso).

Mas como posso ter certeza que estou agindo corretamente? Quem avalia a minha gestão? Dois indicadores podem ser considerados: o de satisfação dos clientes (por pesquisa e por recompra do produto ou serviço) e o de crescimento do negócio no mercado. Outros indicadores tais como, de desempenho, produtividade e rentabilidade podem dar respostas brilhantes porém, somente devem servir de indicadores após o produto ou serviço chegar na mão do cliente. Não há desempenho, produtividade e rentabilidade com o produto ou serviço mofando na prateleira. Talvez algumas empresas sejam miopes e não consigam enxergar o que os números tem a dizer: Números não mente no fnal.

A gestão pode corrigir os desvios de percursos impondo limitadores e metas balizadas. Sem medidas não existe a gestão. Roberto Maia Farias, Walter Stort Junior Adpatado do texto extraido do Prof. Paulo Nunes da Universidade Nova de Lisboa (28-­‐10-­‐15) – geral@knoow.net Professor nas áreas de economica e da gestão, gestor e consultor de empresas.

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Entrevista: O que eu espero de uma lavanderia? Issao Hashimoto

A terceirização é uma opção que permite ao gestor especializar as atividades meios e fixar o foco no operacional, tático e estratégico da atividade fim da organização. Na hotelaria hospitalar, a lavanderia é uma dessas atividades meios que podem ser terceirizadas. Porém, qual a opinião dos gestores da hotelaria hospitalar sobre a terceirização da lavanderia? estão satisfeitos? Insatisfeitos? Como avaliar? A revista Planeta Lavanderia vai entrevistar alguns gestores hoteleiros (hotéis e hospitais) sobre o tema: O que eu espero de uma lavanderia? e avaliar a percepção deste gestores sobre os serviços prestados e, principalmente, passar esta percepção para os gestores da lavanderia sobre como pensa o seu cliente. A terceirização é reversível? Existe este risco? Vamos conhecer a opinião dos grandes gestores do mercado hoteleiro e hospitalar. Para esta entrevista convidamos o Gerente Geral do Quality Hotel Fortaleza, Issao Hashimoto para apresentar a sua brilhante opinião. PL: O que eu espero de uma lavanderia? Issao Hashimoto: Qualidade na prestação do serviço, com pontualidade, atrelado a um bom custo. PL: Você terceiriza os serviços de lavanderia? Faz a locação do enxoval? Pra você, quais as vantagens da terceirização e da locação? Issao Hashimito: Sim, terceirizo, o benefício está em um serviço especializado para determinado fim, atrelado a redução do quadro funcional e consequentemente exigências legais. Quanto a localção não sou favorável, apesar de saber que este ativo tem um tempo de vida útil determinado,

mas a gestão de seu próprio enxoval lhe dá condições de melhor negociação. PL: Ao contratar a lavanderia, quais os critérios que você utilizara? Experiência no mercado? Qualidade dos serviços? Atendimento? Referências? Ou tem alguma forma específica? Issao Hashimoto: Exatamente todas as citadas atrelado a um custo condizente ao orçamento da empresa. PL: Ao contratar a locação você escolhe o enxoval? Issao Hashimoto: Não trabalho, porém se trabalhasse não escolheria o enxoval, mas sim determinar os parâmetros e critérios para que o locador o faça nas condições contratada.

“Qualidade na prestação dos serviços, com pontualidade, atrelado a um bom custo.” Quais os critérios que você utiliza para escolher o enxoval (dimensão, fibras, fios, gramatura etc)? Issao Hashimoto: Para quem trabalha em rede, estes seguem padrões pré-­‐estabelecidos, já para hotéis próprios os critérios seriam os citados, atrelados a valores aplicados. PL: Para os funcionários, os critérios conforto pessoal e dignidade são avaliados? Os funcionários estão satisfeitos com a aparência? Issao Hashimoto: Hoje o funcionário deve ser visto como parte do ativo da empresa, e como ativo, este deve ser cuidado, conservado e ter um mínimo de conforto para seu bem-­‐estar e como isso conseguimos melhr produtividade e qualidade na prestação do serviço. PL: Qual o custo da lavanderia em relação ao faturamento do hotel (hospedagem)? 5


Issao Hashimoto: É um custo representativo, pois praticamente são trocadas todas as peças dia, apesar de hoje trabalharmos campanhas em virtude da crise hídrica existente. PL: E em relação a diária média ou ao REVPAR? Issao Hashimoto: Idem acima, porém não atrelo diretamente este custo a diária ou ao revpar, mas sim a satisfação e conforto ao hóspede e ou usuário. PL: Você realiza auditorias de qualidade na lavanderia? Qual a frequência? Issao Hashimoto: Sim, sempre que necessário ou quando alguma alteração de padrões ou qualidade. PL: Para você a terceirização é ireversível?

Issao Hashimoto: Não, tudo é uma questão de momento. PL: Um conceito para a terceirização: Terceirizar é: Issao Hashimoto: Aumentar a produtividade com qualidade. PL: Como você classifica os serviços prestados pela lavanderia? Issao Hashimoto: Medianos, precisa haver uma melhor qualificação e profissionalismo do negócio como um todo. PL: O que você não quer de uma lavanderia? Issao Hashimoto: Burocracia e baixa qualidade dos serviçøs prestados.

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Issao Hashimoto Gerente Geral no Quality Hotel Fortaleza Com mais de 18 anos atuando na área de hotelaria, com passagem pelo Grupo Transamérica de Hotéis e na Atlantica desde 2003, com atuação em Recife, Porto de Galinhas e Fortaleza. Iniciei no cargo de continuo e na sequência assumi funções de auxiliar contábil, assistente contábil, assistente de conttroller, controller e gerente geral. Experiência nas áreas financeira, administrativa, operacional e comercial em empreendimentos na categoria: midscale e resort, em hotéis e flat. Gerenciei equipe de chefias nos seus diversos setores como gerente geral, como controller equipe nas funções de: Contas a Pagar e Receber, Tesoureiro, Comprador, Assistente de Custos, Auditor de Receita, Almoxarife, Estoquista, Analista de TI, Caixas de PDV, Encarregado Patrimonial, Controle de Ativo Físico, Contador e Escrita Fiscal. Trabalhos de análise de custos e redução de desperdícios e perdas, conhecimento de sistemas de gestão, relacionado com a área operacional, alimentos e bebidas, controladoria e revenue management. Diferencial: Foco em resultado e incentivo no relacionamento da empresa com investidores.

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O que é gestão? 2 Entrevista: O que eu espero de uma lavanderia? 5 ISO Série 50000 – Normas de gestão de energia 9

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O Estado do Espírito Santo ganha Sociedade de Hotelaria Hospitalar 13

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Critérios básicos para a proteção contra descargas atmosféricas 17

Direção Geral: Instituto de Estudo e Pesquisa Stort & Farias. Direção Editorial: Instituto de Estudo e Pesquisa Stort & Farias.

Professores e convidados: Teresinha Covas Lisboa, Álvaro Lisboa, Walter Stort Junior, Roberto Maia Farias, Márcia Albuquerque, Fabiano Alves, Lia Pacheco, Eneo Alves da Silva Junior, Djair Picchiai, Amauri Pelloso, Simone Mafra, Vânia Eugênia da Silva, Graziele S. Conceição, Juliana Pinto F. Freitas, Cláudio Lisias Mafra, Márcia Barroso Fontes. Bárbara Quinta Rosa. Maria Mastroantônio, Wilton Lopes Cruz, Maria Adelina Pereira. Anúncios

SPDA – Sistema de proteção contra Descargas Atmosféricas 20 SPDA – Inspeção e manutenção 23 A Norma Regulamentadora 13. Qual o impacto sobre o setor de lavanderias? 24 Eletricidade mata 26 Economia de energia em instalações de vapor 29 Nova norma para SPDA 42 Temperatura no ciclo de lavagem – o diferencial entre despesas e competitividade 47 Era uma vez… Minha Historia de sucesso 56

Email: contato@planetalavanderia.co

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ISO Série 50000 – Normas de gestão de energia Michel Epelbaum A energia sempre teve um papel de destaque na economia e cada vez mais percebemos a sua importância para a ecologia. Com as dimensões do aquecimento global, a gestão eficiente de energia ganha mais estímulos, estudos e ferramentas. Já mencionamos o recente programa “Energia Sustentável para Todos” das Nações Unidas, e nesta coluna falaremos das iniciativas da ISO sobre este tema.

A série de normas 50000 da ISO é uma das novas ferramentas para melhoria do desempenho energético. Ela nasceu da discussão sobre gestão da energia em alguns países, em 2005, que levou posteriormente ao envolvimento de várias partes interessadas e comunidade internacional, determinando em 2007 a necessidade de uma nova norma internacional. Em 2008 a ISO aprovou a proposta dos Estados Unidos e Brasil para conduzir esta tarefa, por meio de seu Comitê Técnico TC 242. Depois de cinco reuniões plenárias, com a participação direta de 48 países e de mais 17 como observadores, foi publicada em junho de 2011 a primeira norma da Série 50000, a norma “ISO 50001 – Sistemas de Gestão da Energia: Requisitos com Guia para Uso” que se baseou em diversas normas nacionais e na norma europeia EN 16001. Em junho de 2011 foi publicada a norma brasileira, a ABNT NBR ISO 50001.

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Esta norma tem como objetivos: • Habilitar a organização a estabelecer sistemas e processos para melhoria do desempenho energético, entendido como resultados mensuráveis relacionados à eficiência energética, uso e consumo de energia; • Promover um uso mais eficiente das fontes de energia disponíveis; • Conduzir a redução das emissões de gases de efeito estufa e outras emissões ambientais associadas; • Conduzir a redução do custo da organização com energia; A norma é aplicável à todos os tipos e tamanhos de organizações. Ela baseia-­‐se em elementos comuns às normas ISO de sistemas de gestão, como a de qualidade (ISO 9001) e meio ambiente (ISO 14001), podendo ser integrada a outros sistemas de gestão ou implementada separadamente. A estrutura é baseada no ciclo PDCA – (P) Planejar, (D) Executar (Do), (C) Checar, (A) Atuar. Dentre os elementos comuns aos demais sistemas de gestão, destacam-­‐se: A política energética; identificação dos requisitos legais e outros aplicáveis à gestão de energia; estabelecimento de objetivos, metas e programas de gestão de energia; documentação de controle; definição de responsabilidades, autoridades, recursos, competências, treinamento, conscientização e comunicação; estabelecimento de procedimentos de controle sobre projeto, aquisição e operação da organização; monitoramento e medição; tratamento de não-­‐ conformidades, com as respectivas correções, ação corretiva e ação preventiva; realização de auditorias internas do Sistema de Gestão de Energia (SGE); revisão do SGE pela alta administração da organização. As principais diferenças em relação às demais normas de sistemas de gestão são: mesmo não estabelecendo requisitos absolutos para o desempenho energético, há uma ênfase maior na demonstração efetiva da melhoria contínua deste desempenho; realização de um trabalho técnico inicial, consistindo de uma revisão energética, definição de uma linha de base (referência(s) quantitativa(s) fornecendo uma base para comparação do desempenho energético) e de indicadores de desempenho

energético para subsidiar o processo de melhoria contínua do desempenho; auditoria interna do SGE incluindo aspectos técnicos da gestão de energia e demonstração efetiva da melhoria contínua do desempenho; maior ênfase nas responsabilidades e competências do representante da direção (coordenador pelo SGE na organização). A norma pode ser usada para certificação, registro ou autodeclaração. No entanto, os sistemas de certificação estão sendo estruturados nos vários países, sendo que a Holanda foi o primeiro a ter um esquema oficial. No Brasil, o órgão governamental encarregado da estruturação de critérios de certificação de sistemas de gestão, o Inmetro, está estudando a definição nacional em médio prazo. Mesmo assim, dezenas de empresas solicitaram auditorias de acordo com a norma ISO 50001, no setor elétrico/energia (como Schneider Electric, na França; BSES Kerala Power e Dahanu Power Station, na Índia), eletrônico (Delta Electronics, na China; AU Optronics, em Taiwan; e Samsung, na Coréia), automotivo ( Subaru, nos EstadosUnidos; Porsche na Alemanha) farmacêutico (Pfizer, na Irlanda), químico (Bangkok Synthetics, na Tailândia).

As empresas certificadas relataram benefícios: a Delta, na China, obteve 37% de redução de consumo de energia em relação a 2009; a Schneider Electric, na França, apontou, além da maior eficiência, também o

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reforço da posição de liderança em produtos e soluções em gestão de energia; na Índia, a Dahanu Power Station está projetando economia média anual de energia de R$ 3,5 milhões. Atualmente, a estrutura e a atuação do TC 242 foram ampliadas para elaborar mais normas de gestão de energia relacionadas à ISO 50001 e outros assuntos associados. A nova estrutura do Comitíe Técnico (TC 242) é ilustrada na figura a seguir, e em cada um dos quatro grupos de trabalho são apresentadas as sete normas em elaboração atualmente.

§ ISO 50001 – Sistema de gestão energética – requisistos; § ISO 50002 – Auditoria Interna; § ISO 50003 – Garantia de conformidade – Requisitos para auditoria dos organismos de certificação. Sistema de gestão e competências; § ISO 50004 – Guia para implementar, manter e melhorar um sistema de gestão energética; § ISO 50006 – Liha base e indicadors de comportamento energético, princípios e guias; § ISO 50015 – Monitoramento, medida, análisis e verificação do comportamento energético de uma organização. Este Comitê Técnico 242 tem uma atuação conjunta com o TC 257, que desenvolve norma sobre economia de energia, tais como: ISO/IEC CD 13273 – Eficiência Energética e Fontes de Energia Renovável -­‐ Terminologia Comum Internacional; ISO/NP 17741 -­‐ Regras Técnicas Gerais para Medição, Cálculo e Verificação das Economias de Energia em Projetos; ISO/NP 17742 – Métodos Gerais de Cálculo de Eficiência e Economias de Energia para Países, Regiões ou Cidades; ISO/NP 17743 – Definição de uma Estrutura Metodológica Aplicável ao Cálculo e Relato de Economias de Energia. O assunto interessa diretamente às empresas do setor elétrico, reforçando o seu negócio e trazendo benefícios econômicos, operacionais e ambientais.

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E a sua empresa? Está buscando ferramentas para melhoria do desempenho energético? Está tratando a gestão de energia como um assunto estratégico, ou como um assunto técnico da área de engenharia ou manutenção? Já fez uma revisão energética profunda, identificando as muitas oportunidades para melhoria da gestão energética e obtenção de ganhos, como as empresas citadas nesta coluna? Já implementou um sistema de gestão de energia para obter estes benefícios?

Michel Epelbaum Engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, com mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/certificaçãoo da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É membro de comitês da ABNT. É Diretor da Ellux Consultoria.

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O Estado do Espírito Santo ganha Sociedade de Hotelaria Hospitalar Milena S. Cogo “A Entidade vai fortalecer setor de hotelaria hospitalar , lavanderias e capacitar pessoas para atender às demandas dos hospitais capixabas por profissionais treinados.” O Espírito Santo é mais um dos estados brasileiros que contam com uma associação voltada para o serviço de limpeza e higienização hospitalar. A Sociedade de Hotelaria Hospitalar do Espírito Santo (SHHES) vai regulamentar normas, promover eventos científicos e capacitação técnica para atender à crescente demanda de profissionais para atuar em hospitais e lavanderias no Estado. “Nosso objetivo é fomentar a hotelaria hospitalar, lavanderias e higienização no Espírito Santo. A hotelaria hospitalar engloba higienização, lavanderia, desinfecção, segurança e nutrição. Tudo isso é responsabilidade do gerente de hotelaria. Por isso, é preciso treinamento e capacitação para quem atua nessa área”, afirma Dr. Mauro Quintão, especialista em higienização; lavanderias de hospitais e idealizador da SHHES. Uma das propostas da associação é oferecer treinamento para profissionais da área de limpeza hospitalar e por isso a entidade deve caminhar de braços dados com as empresas certificadoras internacionais e com a certificação ABNT para lavanderias. “Não há crise nessa área, que tem recebido altos investimentos, especialmente no interior. São Mateus, Vitória, Cariacica e Linhares são algumas cidades que vão ganhar novos hospitais ou ampliação. Com isso, é grande a necessidade de pessoas treinadas para trabalhar na higienização. Mesmo com a crise, existem muitas oportunidades de trabalho, mas é preciso capacitação, porque limpar um hospital não é como limpar um condomínio,” ressalta Quintão.

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Outra meta da Sociedade é normatizar a atuação da hotelaria para que não ocorra como aconteceu no passado, quando cirurgias neurológicas já foram realizadas com moscas dentro do campo cirúrgico. “A criação da entidade fortalece o setor de hotelaria capixaba, que precisa ser gerido com profissionais especialistas para garantir o sucesso da higienização e evitar risco de infecções hospitalares. Não existe um órgão que possa representar esses profissionais aqui no Estado, nem cursos para especialização. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia já contam com sociedades de hotelaria hospitalar,” destaca. Segundo ele, que recentemente cursou Hotelaria Hospitalar no premiado centro de ciências, Hospital Albert Einstein de SP da Faria Lima, “os hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde do Brasil lutam para vencer o desafio de conquistar uma higienização qualitativa.” Os profissionais da saúde erram, por falta de treinamento adequado, nos procedimentos mais simples, como lavar as mãos. Em Brasília, uma pesquisa mostrou que, quatro a cada dez pessoas que pegam infecções dentro de uma UTI morrem por infecção hospitalar, e uma das principais causas é a má higienização das mãos de quem trabalha no setor. Um dos grandes erros na área de lavanderia é a não observância do custo operacional final e não o custo direto.

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“A limpeza sempre foi o calcanhar de Aquiles dos médicos, administradores hospitalares e das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar. Isso porque, sem a higienização adequada, o serviço médico vai por água a baixo e os índices de infecção sobem assustadoramente, causando danos irreparáveis para a imagem e sucesso da instituição, já que põe em risco a saúde dos pacientes e das pessoas que ali frequentam”, afirma o empresário. Com surgimento da entidade, serviços hospitalares como: higienização, lavanderia, rouparia, conservação, limpeza e outros poderão ser certificados e aferidos com programas de qualidade que a SHHES irá adotar e firmará convênios para formatação cientifica.

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Critérios básicos para a proteção contra descargas atmosféricas Jobson Modena A proteção ideal para estruturas é envolvê-­‐las completamente por blindagem contínua perfeitamente condutora, aterrada e de espessura adequada, além disso, executar equipotencialização para as linhas elétricas de energia e de sinal, além de tubulações metálicas que adentram na estrutura nos pontos de passagem pela blindagem. Isso impede a penetração da corrente da descarga atmosférica e do campo eletromagnético associado à estrutura a ser protegida e evita efeitos térmicos e eletrodinâmicos perigosos da corrente, como centelhamentos e sobretensões perigosas para os sistemas internos. Na prática, porém, a aplicação de tais medidas para se obter total proteção é praticamente impossível. A falta de continuidade da blindagem ou espessura inadequada e o baixo nível de uma equipotencialização em tais condições permitem a penetração da corrente da descarga atmosférica e seus efeitos nas estruturas ou instalações, podendo causar risco à vida e falha dos sistemas internos. As medidas de proteção adotadas para reduzir tais danos e perdas relevantes a níveis suportáveis por instalações, equipamentos e pessoas devem ser projetadas, limitando a corrente das descargas atmosféricas e seus efeitos secundários a um conjunto definido de parâmetros, conforme o nível de proteção adotado, agregando, assim, uma percentagem de eficiência à proteção. Níveis de proteção contra descargas atmosféricas -­‐ NP A ABNT NBR 5419 considera quatro níveis de proteção contra descargas atmosféricas (I a IV). Para cada NP é fixado um conjunto de parâmetros máximos e mínimos das correntes das descargas atmosféricas. Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas correspondentes ao NP I não podem ser excedidos, com uma probabilidade de eficiência de 99%. Os níveis de proteção contra descargas atmosféricas, cujos parâmetros máximos de corrente sejam menores que aqueles correspondentes ao NP IV, permitem considerar valores de probabilidade de danos maiores que aqueles apresentados no anexo B da parte 2 da NBR 5419. Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas para os diferentes níveis de proteção são dados na Tabela 3 da parte 1 da ABNT NBR 5419 e são usados para projetar componentes de proteção contra descargas atmosféricas (por exemplo, seção transversal dos condutores, espessuras das chapas metálicas, capacidade de condução de corrente dos DPS, distância de segurança contra

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centelhamentos perigosos) e para definir parâmetros de ensaios que simulam os efeitos das descargas atmosféricas sob tais componentes. Os valores mínimos de amplitudes das correntes das descargas atmosféricas para os diferentes NP são usados para se determinar o raio da esfera rolante de modo a definir a zona de proteção contra raios ZPR 0B, a qual não pode, dentro da probabilidade do NP adotado, ser alcançada por descargas atmosféricas diretas. Os valores mínimos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas junto aos raios das esferas rolantes correspondentes são dados na Tabela 4 da parte 1 da ABNT NBR 5419. As medidas de proteção especificadas nas partes 3 e 4 da ABNT NBR 5419 são efetivas contra descargas atmosféricas cujos parâmetros de corrente estiverem na faixa definida pelo NP adotado para o projeto. Desta maneira, assume-­‐se que a eficiência de uma medida de proteção é igual à probabilidade com a qual os parâmetros das correntes das descargas atmosféricas estão dentro de tal faixa. Para parâmetros que excedam esta faixa, permanece um risco residual de danos. http://www.osetoreletrico.com.br/web/index.php -­‐ Edição 117 -­‐ Outubro 2015

Jobson Modena

é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-­‐3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. http://www.osetoreletrico.com.br/web/index.php

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A qualidade na revolução na arte de lavar

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SPDA – Sistema de proteção contra Descargas Atmosféricas Jobson Modena Benjamin Franklin, no século XIII realizou um conjunto de experiências para captar um raio de uma descarga atmosférica. O experimento consistiu em colocar uma haste metálica abaixo de uma nuvem de tempestade estabelecer o contacto com um corpo ligado à terra, para permitir descarregar. Benjamin Franklin, estabeleceu o conceito dos pára-­‐raios e o principio de funcionamento de um sistema de protecção contra descargas atmosféricas (SPDA). Um SPDA é composto essencialmente por três componentes, o elemento captor, os condutores de baixada e o sistema de terra. Atualmente existe três modelos de pára-­‐raios: o captor do tipo de Franklin, o captor de avanço à ignição (ionizantes) e a gaiola de Faraday. Captor do tipo de Franklin -­‐ O captador "Franklin" é constituído por uma haste metálica, sendo a extremidade superior pontiaguda para ter um maior poder de acúmulo de cargas. Este sistema é o mais barato mas o menos eficiente. Captor de avanço à Ignição -­‐ O captor de avanço à Ignição consiste na capacidade do pára-­‐raios antecipar a descarga atmosférica e definir o percurso do raio. Este sistema é barato e apresenta elevada eficiência, embora decresça com o aumento da distância do captor. Gaiola de Faraday -­‐ A gaiola de Faraday é um sistema de vários receptores colocados de modo a envolver o topo da estrutura e várias baixadas. A gaiola apresenta a elevada eficiência, contudo, é de difícil implementação e elevados custos. Fonte: http://www.qenergia.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=231 Você sabe o que é SPDA? É um Sistema de Proteção contra Descargas Elétricas, popularmente chamado de para-­‐raios. A instalação dos Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela ABNT segundo a Norma NBR 5419/2005, e tem como objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e, até mesmo, risco à vida de pessoas e animais. Atualmente existem três métodos de dimensionamento: 1) Método Franklin, porém com limitações em função da altura e do Nível de proteção; 2) Método Gaiola de Faraday; 3) Método da Esfera Rolante, Eletrogeométrico ou Esfera Fictícia. O método Franklin, devido às suas limitações impostas pela Norma passa a ser cada vez menos usado em edifícios sendo ideal para edificações de pequeno porte. Segundo a norma vigente, os pára-­‐raios do tipo Franklin são instalados para proteger o volume de um cone, onde o captor fica no vértice e ângulo entre a geratriz e o centro do cone, variando de acordo com o nível de proteção e a altura da edificação (NBR 5419/2005).

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O método Gaiola de Faraday consiste em instalar um sistema de captores formado por condutores horizontais interligados em forma de malha, método muito utilizado na Europa. É baseado na teoria de Faraday, segundo a qual, o campo no interior de uma gaiola é nulo, mesmo quando passa por seus condutores uma corrente de valor elevado, para isto, é necessário que a corrente se distribua uniformemente por toda a superfície. Quanto menor for a distância entre os condutores da malha, melhor será a proteção obtida (NBR 5419/2005). O método da Esfera Rolante é o mais recente dos três acima mencionados e consiste em fazer rolar uma esfera, por toda a edificação. Esta esfera terá um raio definido em função do Nível de Proteção. Os locais onde a esfera tocar a edificação são os locais mais expostos a descargas. Resumindo poderemos dizer que os locais onde a esfera toca, o raio também pode tocar, devendo estes serem protegidos por elementos metálicos (captores Franklin ou condutores metálicos). Também é permitido utilizar a combinação desses métodos. Há certos cuidados na instalação do SPDA. As exigências do uso do SPDA pelo Corpo de Bombeiros são em edificação, estabelecimentos industriais ou comerciais com mais de 1500 m2 de área construída, em edificação com mais de 30 metros de altura, em áreas destinadas a depósitos de explosivos e inflamáveis, e em outras edificações a critério do Corpo de Bombeiros, quando a periculosidade se justificar; e devem obedecer a critérios de confiabilidade e de segurança. Execução

como em qualquer outra atividade, atender a todos os requisitos (trabalhadores legais, encargos sociais em dia etc.), e que sigam as exigências de segurança no trabalho (treinamento de segurança básico, treinamento específico para trabalho em altura, NR-­‐10 etc.). Os trabalhadores devem ser treinados e utilizar EPIs adequados a cada tarefa. A empresa deve realizar um estudo preliminar de riscos e apresentar medidas preventivas de segurança. Durante a realização dos serviços, deve-­‐se realizar uma fiscalização permanente. Controle da qualidade O controle de qualidade começa pela especificação correta, no projeto, nos materiais com as características previstas em norma. Todos os materiais deverão ser rigorosamente vistoriados e conferidos para evitar retrabalho e problemas legais. Na Manutenção Os SPDAs devem passar por inspeções visuais anualmente e inspeções completas (de acordo com o nível de proteção requerido), e nessas inspeções deverão ser identificadas eventuais irregularidades e, no caso, corrigidas imediatamente para garantir e eficiência do sistema. Não há uma proteção 100% segura, mas sim a utilização de dispositivos de proteção que diminuam os riscos e a probabilidade de danos aos equipamentos e instalações e/ou estruturas físicas ao serem atingidas. É imprescindível a divulgação e difusão dos conhecimentos capazes de subsidiar a definição e a adoção de práticas eficientes para minimizar os efeitos destrutivos das descargas. Fonte: artigonal.com

A execução do sistema começa pela contratação de uma empresa especializada em SPDA. Deve, http://www.montal.com.br/apostilas-­‐guias-­‐normas-­‐artigos-­‐tecnicos/noticias-­‐novidade-­‐dicas-­‐ curiosidades/item/18-­‐o-­‐que-­‐%C3%A9-­‐spda.html


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SPDA – Inspeção e manutenção Jobson Modena Para que um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) seja mantido em perfeitas condições de funcionamento e que essa situação esteja devidamente documentada. Quando se trata da ABNT NBR 5419:2015, podemos dizer que não aconteceram grandes alterações no texto no que se refere a inspeção e manutenção. Na realidade, grande parte do texto da seção 6 da versão de 2005 foi incorporada ao texto da seção 7 da parte 3 da versão 2015, dessa forma, teremos várias prescrições, sempre com o objetivo principal de manter a operacionalidade do SPDA com consequente minimização do risco envolvido. Os maiores vilões de um SPDA sempre foram a ignorância no assunto, a negligência no trato com o sistema e a corrosão. Tentando minimizar os efeitos gerados por esses aspectos, a norma traz uma lista do que deve ser feito para a preservação da proteção, como a importante manutenção da documentação de inspeção, do projeto (desenhos e memoriais) e dos relatórios/laudos de conformidade para que estejam sempre atualizados e disponíveis quando necessário. Os prazos Inspeções visuais, realizadas por pessoas minimamente orientadas para observar se alguma peça está solta, quebrada ou oxidada, devem ser realizadas de seis meses a um ano, dependendo das condições do local, ou se houver suspeita de que o SPDA foi atingido por raio. Inspeções periódicas obrigatórias devem ser realizadas em intervalos de um a três anos, no máximo, dependendo da agressividade que o ambiente estiver impondo ao SPDA. Nesta etapa, é necessário que seja gerado um relatório técnico, acompanhado de ART do profissional executante, onde constará a situação do sistema e quais intervenções são necessárias, se existirem, para adequação. Ensaios É importante ressaltar que os ensaios existentes no texto da versão 2005, que deveriam servir como fator limitante para a existência de tensões de toque e passo suportáveis por pessoas e instalações a que o eletrodo de aterramento servisse, foram extremamente mal interpretados ao longo desses anos. Eles acabaram sendo exigidos como parâmetro de verificação da sua integridade física, assim, esse valor foi suprimido do texto da versão 2015 e, em seu lugar, o relatório deve apresentar resultados de ensaios de continuidade elétrica dos eletrodos de aterramento, conforme o item 7.3.2. Cabe esclarecer que medidas adicionais para prevenir as tensões superficiais foram acrescentadas na seção 8. Dessa maneira, por solicitação ou quando a situação for relevante, vamos apresentando mais alterações relacionadas à nova ABNT NBR 5419:2015.

Jobson Modena

é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-­‐3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia.

http://www.osetoreletrico.com.br/web/index.php Edição 110 -­‐

Março 2015

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A Norma Regulamentadora 13. Qual o impacto sobre o setor de lavanderias? José Merici Neto A pergunta do título se torna pertinente, principalmente após a promulgação do novo texto desta Norma, publicado em 28 de Abril de 2014. E, normalmente, quando uma Norma tem seu texto modificado, ocorre um maior empenho da fiscalização oficial para que a mesma seja cumprida. A Norma trata especificamente de aspectos de segurança na instalação de caldeiras, vasos de pressão e tubulações. Portanto, é muito importante que os empresários e responsáveis pelas unidades de produção estejam atentos aos seus aspectos mais importantes, que podem colocar em risco a operação dessas unidades, além da possibilidade de interdição por parte da fiscalização. Lembramos que o responsável pelas ações a serem tomadas para o cumprimento nos itens normativos é o proprietário da instalação. Citaremos no texto quais esses aspectos que devem ser avaliados e cumpridos. ENQUADRAMENTO: O primeiro passo para o atendimento da Norma é saber se os equipamentos instalados na planta, bem como suas tubulações de interligação estão enquadrados na respectiva Norma. Para tal, é importante saber qual o tipo de Caldeira instalada e se os equipamentos estão classificados como vasos de pressão. Essa análise deve ser feita baseada na interpretação da norma, principalmente no item que trata de sua abrangência. Um fato novo que destacamos na norma revisada trata do enquadramento de algumas classes de tubulações, principalmente as que trabalham com fluídos considerados perigosos (inflamáveis, combustíveis e agressivos ao meio ambiente e ao homem). Tubulações de gás natural ou GLP, por exemplo, são abrangidas pela Norma, necessitando da adoção de uma série de medidas para o cumprimento dos itens normativos, tais como projeto, dimensionamento, inspeção e plano de manutenção preventiva dos dispositivos de segurança. INSPEÇÕES: Uma vez feita a classificação e o enquadramento dos equipamentos, é importante que se estabeleça a periodicidade das inspeções, através de vários procedimentos técnicos adotados pelo responsável da análise. Esse responsável assume a condição de Profissional Habilitado, sendo que essa função é regulamentada pelo CONFEA / CREA. Isso não redime o proprietário das suas responsabilidades

nas ações a serem tomadas, porém, o Profissional Habilitado tem a capacitação técnica necessária para a definição dessas ações. No caso de caldeiras, a periodicidade das inspeções varia de acordo com seu tipo, sendo que na grande maioria das lavanderias, essas inspeções devem ser realizadas anualmente. No caso dos vasos de pressão e tubulações, a periodicidade é definida avaliando-­‐se a categoria dos mesmos, que varia de acordo com a pressão de trabalho, com o volume interno (no caso dos vasos) e com o fluído de aplicação. A partir das inspeções, são gerados os respectivos relatórios, que devem ser arquivados no local da instalação e apresentados aos órgãos responsáveis pela fiscalização sempre que solicitados. Também as entidades sindicais e órgãos representativos dos trabalhadores como CIPA podem solicitar a verificação de tais documentos, bem como os trabalhadores envolvidos na operação dos equipamentos. CALIBRAÇÕES E MANUTENÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE E OPERAÇÃO: Outro ponto importante relatado na norma trata dos instrumentos de controle e operação de caldeiras, vasos de pressão e tubulações. Alguns desses instrumentos têm sua instalação obrigatória, sendo que a ausência caracteriza um risco grave e iminente, garantindo inclusive o direito de recusa na operação por parte dos colaboradores envolvidos.

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Instrumentos como válvulas de segurança e manômetros fazem parte dos itens obrigatórios e é recomendado que a cada inspeção periódica ou em intervalos a serem definidos pelo Profissional Habilitado, tais instrumentos passem por manutenção e calibração. Essas ações devem ser documentadas através de relatórios de calibração e os documentos mantidos juntamente com os demais documentos obrigatórios do equipamento. QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL: A norma estabelece que os Operadores de Caldeiras enquadradas passem por treinamento específico obrigatório, com conteúdo teórico e carga horária de 40 horas, além de estágio supervisionado com duração que varia de acordo com a categoria da caldeira. A entidade responsável por ministrar o treinamento deve gerar um certificado de participação com assinatura de Profissional Habilitado. O conteúdo programático também está estabelecido na norma, em forma de Anexo. Apesar da norma não criar obrigatoriedade, há uma recomendação para que os operadores passem por treinamentos em forma de reciclagem periodicamente. Além da melhoria do nível de conhecimento, as reciclagens ressaltam os aspectos de segurança pessoal e coletiva que devem ser adotados pelos colaboradores, conscientizando-­‐os. TUBULAÇÕES DE VAPOR: Pela abrangência da norma, tubulações de vapor não estão enquadradas nos aspectos de inspeção e de elaboração de documentação pertinente. Porém, tem um item normativo que ressalta a necessidade de manutenção dos dispositivos de segurança e acessórios de controle dessas linhas. Ressaltamos, portanto, a necessidade de se manter um plano de manutenção em sistemas de drenagem e no isolamento térmico, a fim de se evitar a condensação e a ocorrência de golpes de aríete destrutivos. Além disso, para garantir de forma mais abrangente os aspectos de segurança em linhas de vapor, é muito importante que essas linhas estejam corretamente dimensionadas, bem como os materiais de aplicação corretamente especificados. Manter um histórico de documentação dessas linhas também é importante, tais como as plantas, isométricos com listas de materiais e especificação das válvulas, purgadores e demais acessórios.

JOSÉ MERICI NETO Consultor Técnico -­‐ VAPOR & CIA Div. de Inspeção de Vasos de Pressão, Caldeiras e Tubulações Especialista em Sistemas de Vapor, Ar Comprimido e demais fluídos industriais. Graduado em Tecnologia Mecânica pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo Fone para contato: (019) 9 8344.1091 / (019) 3836.2457 email: engenharia@vaporecia.com.br

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Eletricidade mata João José Barrico de Souza “Em um município a 90 km de Belém (PA), um pedreiro que estava no telhado de uma casa enroscou-­‐se na fiação elétrica. Um outro homem foi ajuda-­‐lo e sofreu uma descarga elétrica tão forte que foi arremessado do telhado de uma altura de oito metros”. Os choques elétricos acontecem basicamente por dois tipos de contatos, os indiretos, que ocorrem quando as instalações ou equipamentos ficam energizados, “dão choque”, por causa de defeitos, ou então por contatos diretos, que são aqueles que ocorrem quando as pessoas tocam em partes das instalações que foram feitas para ficarem energizadas em condições normais, como é o caso dos condutores elétricos, os barramentos e outras partes normalmente inacessíveis de equipamentos e instalações. No caso em questão, apenas pelo que se pode observar, houve contato direto com partes vivas da instalação que não deveriam estar acessíveis (por exemplo, fio desencapado ou emendas não isoladas adequadamente, tanto pela primeira, quanto pela segunda vítima). Um dos efeitos do choque elétrico é provocar a contração muscular e quando isso ocorre nos dedos da mão, eles fecham e a vítima não consegue comandar a abertura da mão e fica presa ao condutor energizado. Esse efeito acontece a partir de 10 mA de corrente alternada (60 Hz), com o decorrer do tempo outras funções do organismo acabam sendo comprometidas podendo acontecer a parada respiratória, a parada cardíaca e até a morte. Foi certamente o que ocorreu com a primeira vítima. O mesmo efeito de contração muscular ocorre na perna, no braço e sobre qualquer outro músculo que seja atravessado por uma corrente elétrica, de forma involuntária e essa contração muscular violenta é que na verdade impulsiona o corpo, na mesma forma que um salto ou a puxada violenta de um braço etc., comandado pela passagem da corrente elétrica. Certamente foi essa uma das razões de a segunda vítima cair do ponto onde estava. Felizmente, não houve óbito, mas toda a potencialidade para que ocorresse esteve presente.

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Partes vivas expostas; pessoa não qualificada atuando em instalações e equipamentos elétricos; instalação não desenergizada; trabalhos em altura sem o uso de equipamento de proteção contra quedas estão entre os aspectos envolvidos na ocorrência. Jamais interfira em instalações ou equipamentos elétricos se você não é qualificado para isso ou detém o conhecimento necessário. Desligue, comprove, garanta a situação de desenergização para a instalação que vai sofrer intervenção. E, mesmo assim, use ferramentas isoladas e equipamentos de proteção apropriados (calçados, cintos e talabartes para trabalho em altura, além de outros). Não subestime o risco. Eletricidade mata!

João José Barrico de Souza

é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-­‐10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-­‐USP/UNIP)

http://www.osetoreletrico.com.br/web/index.php Edição 114 -­‐ Julho 2015

-­‐

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Economia de energia em instalações de vapor Diego Belvilaqua A execução de um trabalho técnico e adequado de Auditoria Energética em uma instalação de vapor, sempre resulta em economia. Economia esta decorrente da eliminação de perdas e aproveitamento de oportunidades energéticas. E a pergunta que sempre ouvimos na proposição deste trabalho é: QUANTO VOU ECONOMIZAR? Evidente! Qualquer empresário quer saber qual vai ser o resultado de seu investimento. E, todo empresário sabe exatamente qual o lucro do seu negócio, ou seja, sabe o quanto ganha, mas não sabe o quanto perde quando se fala em um sistema de vapor! Este artigo tem o objetivo de apresentar este tema sob um enfoque prático considerando que o assunto em pauta é técnico e, nem sempre de pleno conhecimento dos interessados em como eliminar perdas de um sistema de vapor e aumentar sua margem de lucratividade. É importante salientar que, empresas deste segmento sempre mencionam que as perdas de energia em uma instalação de vapor situam-­‐se em torno de 25%. Mas, de onde vem este número e mais do que isto, o que é viável economicamente em termos de investimento? Vamos primeiramente entender um sistema de vapor. Normalmente, o mesmo é dividido para fins de análise e compreensão em 4 partes, sendo: 1) Geração de Vapor, composto pelas Caldeiras, Coletor/Distribuidor de Vapor, estocagem de combustível, tanque de água de alimentação e demais componentes da sala de Caldeiras; 2) Distribuição de Vapor (transporte), composto pelas tubulações desde a saída do Coletor/Distribuidor de Vapor até as tomadas de alimentação dos equipamentos; 3) Utilização de Vapor (controles e transferência de calor), composto pelos ramais de alimentação para os equipamentos, válvulas de controle, purgadores, eliminadores de ar e outros acessórios dos equipamentos consumidores; 4) Retorno e Aproveitamento de Condensado, composto pelas tubulações desde a saída dos equipamentos consumidores até o tanque de água de alimentação das Caldeiras. SISTEMA DE VAPOR

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O esquema anterior bastante simplificado, aponta as perdas médias das instalações, que totalizam 26% o que não significa em absoluto que este é o potencial de economia. Isto porque, temos 3 situações distintas em termos de perdas num sistema de vapor, sendo: 1ª.) Perdas Obrigatórias: Inerentes ao sistema as quais devem ser reduzidas e mantidas no mínimo possível. Estas perdas jamais serão totalmente eliminadas independentemente do tamanho do investimento (são os 25% mencionados acima); 2ª.) Perdas Operacionais: Decorrentes das condições operacionais e de manutenção e conservação do sistema, as quais podem e devem ser totalmente eliminadas. 3ª.) Perdas Aleatórias: Decorrentes de energias secundárias resultantes dos processos. Aqui não se fala em eliminação de perdas, mas sim em aproveitamento das perdas o qual dependerá sempre das oportunidades apresentadas pelos diversos processos de fabricação da instalação auditada. A economia de um sistema de vapor é a somatória do potencial destas 3 situações e, numa Auditoria Energética, o objetivo final é REDUZIR ao máximo as Perdas Obrigatórias, ELIMINAR as Perdas Operacionais e APROVEITAR as perdas Aleatórias. Antes de analisarmos cada uma destas situações, é preciso salientar que, independentemente do tamanho e complexidade da instalação de vapor, ela sempre apresenta uma característica muito importante: TODO O SISTEMA ESTÁ INSTRINSICAMENTE INTERLIGADO

Significa que, uma ocorrência ou intervenção em determinado ponto, terá consequências em outros pontos do sistema. Portanto, a análise adequada sempre deverá abordar o sistema completo e nunca isoladamente. Exemplificando, a falha de um purgador de equipamento (vazamento e/ou alagamento) pode ser decorrente de arraste de água e impurezas da Caldeira. A manutenção ou substituição do purgador resolverá o problema momentaneamente mas não definitivamente, pois a causa está localizada em outro ponto do sistema. O segredo é detectar, localizar e corrigir a real causa do problema! Este é o objetivo de uma Auditoria Energética eficiente. PERDAS NA GERAÇÃO DE VAPOR TRATAMENTO da ÁGUA:

A água em seu estado natural contém constituintes que são danosos à geração do vapor. Geralmente são sais dissolvidos inorgânicos e orgânicos, matéria orgânica em suspensão, material coloidal, gases dissolvidos e micro-­‐organismos. Uma água perfeita para alimentar Caldeiras é aquela que não apresenta substâncias incrustantes, não corrói o metal do equipamento e de seus acessórios e que não ocasiona arraste e nem espumação. Encontrar uma água com estas características é extremamente difícil, portanto toda a água que será

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utilizada na caldeira deve sofrer uma purificação artificial (tratamento), onde as impurezas presentes serão eliminadas ou trocadas por produtos menos prejudiciais. A eliminação (purga) destas impurezas é feita em pontos distintos da Caldeira, pois do tratamento, temos: -­‐ Decantação ou precipitação de sólidos formando o LODO ou LAMA que se depositam nas superfícies dos tubos incrustando os mesmos. Sua presença provoca a redução na transferência de calor, aumento no consumo de combustível, elevação da temperatura da superfície dos metais por superaquecimento com eventuais rupturas da estrutura e, aumento na temperatura dos gases de exaustão com o consequente desperdício de energia. Incrustação Aumento do Consumo De Combustível

0,5 mm

1 mm

2 mm

2%

4%

6%

4 mm

8 mm

16 mm

(1/8”)

(1/4”)

(1/2”)

10%

20%

40%

-­‐ Concentração de produtos químicos na superfície da água, com a formação de espuma devido ao excesso de sólidos totais dissolvidos (STD), alcalinidade total elevada, óleos e graxas, excesso de sólidos em suspensão, detergentes e matéria orgânica, resultando no seu arraste para as linhas de distribuição e os equipamentos, promovendo processos de corrosão e incrustação prejudicando sua eficiência e aumentando o tempo dos processos e consumo de vapor; A própria água já tratada e energizada, é utilizada para transportar as impurezas para fora da Caldeira sendo esta então a 1ª. fonte de perdas (Perdas Obrigatórias). A quantificação da água a ser eliminada para esta função está diretamente ligada à quantidade de vapor gerado pela Caldeira. É importante ressaltar que, se eliminarmos mais água do que necessário, as perdas aumentam (água, tratamento e combustível) e, se eliminarmos menos água do que o necessário, as incrustações aumentam resultando no aumento do consumo de combustível e das perdas de energia através da chaminé (Perdas Operacionais). Uma vez que a água eliminada contém energia, pode-­‐se aproveitar a mesma para pré-­‐aquecer a água de reposição (make-­‐up) da Caldeira (ou outra aplicação), ao invés de jogá-­‐la fora (Perdas Aleatórias). Para obter-­‐se redução das perdas na eliminação de água (impurezas), são necessários além de um bom tratamento:

a ser eliminada. Quando se fala em medição de vazão de água (hidrômetro), deve-­‐se medir tanto a água de reposição (make-­‐up) quanto a água que alimenta a caldeira (reposição + condensado) pois o tratamento será tanto menor quanto maior o volume do condensado retornado bem como, menor será a quantidade de água a ser eliminada. 2) Uso de Válvulas de Descarga de Fundo específicas para esta função, que possuem as seguintes características básicas: -­‐ Abertura rápida; -­‐ Geometria interna para arrastar a maior quantidade de Lodo no menor tempo e, com a menor perda de água possível; -­‐ Internos (Obturador e Sede) construídos com materiais endurecidos para evitar danos decorrentes da passagem do fluído com partículas de impurezas em alta velocidade; -­‐ Força de fechamento estanqueidade total.

que

garanta

a

1) Controle através de Medidores de Vazão de Vapor e Água para o cálculo correto da quantidade

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É muito comum aqui o uso de válvulas inadequadas que apresentam como única característica a “abertura rápida” como é o caso do tipo Esfera que possui CV (coeficiente de vazão) no mínimo 4 vezes superior ao de uma válvula correta o que significa que, para um mesmo tempo de abertura, perde 4 vezes mais água do que o necessário.

Salvo raras exceções, as orientações aos operadores de caldeiras quanto ao acionamento destas válvulas são sempre quanto à periodicidade e tempo de abertura, independentemente do tipo e capacidade da válvula. Isto pode resultar em perdas muito elevadas. Tomemos um exemplo: -­‐ Geração de Vapor:

4 t/h

-­‐ Pressão:

10 Kg/cm2

-­‐ Descarga de Fundo:

1 Válvula Esfera Passagem Reduzida Ø 2” CV = 125 (m3/h)

-­‐ Eliminação requerida de água:

160 l/h (Perda Obrigatória)

-­‐ Periodicidade de abertura:

1/1 h (cada válvula)

-­‐ Tempo de abertura:

4 s

-­‐ Capacidade da Válvula de Esfera:

90 l/s com pressão de 10 Kg/cm2

-­‐ Regime operacional da Caldeira:

16 h/d e 22 d/mês = 352 h/mês

-­‐ Calor Sensível da água:

185,6 Kcal/Kg

-­‐ Temperatura da água de alimentação:

50°C

-­‐ Combustível:

Gás Natural (PCI=10.060 Kcal/m3) -­‐ R$ 1,82/m3

1 válvula x 4 s x 90 l/s

=

360 l/h

Perdas Água

=

360 – 160 l/h x 352 l/mês = 70.400 l/mês

Perdas de Energia (Calor Sensível)

=

70.400 l/m x (185,6 – 50) Kcal/Kg = 9.546.240 Kcal/mês

Perdas de Combustível

=

9.546.240 Kcal/mês : 10.060 Kcal/m3 =

Perdas:

948,9 m3/mês x R$ 1,82/ m3 = R$ 1.727,00/ mês

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-­‐ EXCESSO de AR na COMBUSTÃO: A combustão consiste na reação química entre dois ou mais reagentes (combustíveis e comburentes) com grande liberação de energia na forma de calor. Para que se processe esta reação é necessária ainda uma fonte de calor. No caso da Caldeira, a combustão libera gases (compostos de N2, O2, CO2, H2O, CO e SO2) que permutam seu calor com a água que vai evaporar. A eficiência térmica da combustão, e a consequente economia de combustível, estão associadas basicamente a 2 fatores: • Otimização do tratamento de água de alimentação, que deve ser contínuo e com análises periódicas, objetivando a redução das purgas e das incrustações que dificultam a troca de calor e provocam a elevação da temperatura dos gases da chaminé; • Redução do excesso de ar e da temperatura dos gases de combustão na chaminé, através do controle adequado da combustão e da manutenção e limpeza dos tubos da Caldeira. Quando a quantidade de ar fornecida é apenas suficiente para queimar completamente o combustível, diz-­‐ se que a reação é estequiométrica. Para que a combustão se processe da melhor maneira possível, algumas condições básicas da reação química devem ser satisfeitas. • A quantidade de comburente (oxigênio/ar) deve ser suficiente em relação à quantidade de combustível; • A temperatura onde se dá a combustão deve ser a mais alta possível; A partir do exposto acima, têm-­‐se 2 aspectos quanto à adição de ar (oxigênio) de queima: • Adicionando-­‐se ar em proporções estequiométricas ou com falta, a combustão será incompleta, com a consequente redução na eficiência da queima e, poluição ambiental; • Com adição de ar em excesso, deve-­‐se considerar o mínimo excesso que permita a queima total do combustível e minimize as perdas pelo N2 que rouba calor útil do processo reduzindo a temperatura da chama. Este N2 sai pela chaminé com alta temperatura, roubando calor que poderia ser usado na geração do vapor. A recomendação aqui é controlar a operação de forma a operar com o menor excesso de ar possível o que resultará em perdas aproximadas de 17% (Perdas Obrigatórias). Observe-­‐se aqui que, tanto e eliminação (purgas) de água insuficiente quanto o excesso de ar além do necessário, são responsáveis diretos por perdas (Operacionais e Aleatórias) na Caldeira. PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR -­‐ TUBULAÇÕES: Tubulações de Distribuição têm a função de transportar o vapor da Caldeira até os equipamentos consumidores, entregando o mesmo na condição mais próxima possível daquela em que foi gerado (Pressão /Temperatura/ Título). Isto envolve seu dimensionamento correto para minimizar as perdas de pressão e, seu isolamento térmico para prevenir acidentes pessoais (queimaduras) e reduzir ao máximo as transferências de calor para o meio ambiente, sendo este um dos fatores de maior impacto na economia de energia. A determinação da espessura do isolamento térmico é calculada por critérios econômicos (conhecida como Espessura Econômica) e leva em conta outros aspectos além da proteção pessoal. • O primeiro aspecto considerado é o custo do isolamento (isolante + revestimento + mão de obra). Espessuras de isolamento crescentes requerem maiores investimentos (curva azul do gráfico). • O segundo aspecto está relacionado com a energia perdida através do isolamento. Espessuras de isolamento crescentes proporcionam menores desperdícios de energia (curva vermelha do gráfico).

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• A curva verde é resultante da soma dos valores das curvas azul e vermelha. A espessura econômica é lida no eixo horizontal no local de inflexão da curva verde. Ela representa o menor custo operacional anual para a indústria.

Por este critério, tubulações de vapor ainda que isoladas, sempre apresentarão alguma perda de energia (Perdas Obrigatórias), estimadas em 5% em média. E estas perdas resultam ainda em condensação de uma parcela do vapor transportado a qual, se não for drenada, acarretará em desgastes por erosão nos tubos, válvulas e demais acessórios e, ocorrência de “Golpes de Aríete” os quais podem causar acidentes extremamente sérios com danos materiais e físicos. A falta e/ou deficiência do isolamento térmico (Perdas Operacionais) aumenta de maneira diretamente proporcional a ocorrência destes problemas. É simplesmente inconcebível o não isolamento de tubulações aquecidas. Outro fator de perdas é a presença de ar e gases incondensáveis tanto nas tubulações quanto nos equipamentos consumidores, provenientes do processo de geração de vapor entre outros. Por ser o melhor isolante térmico conhecido, o ar forma uma película nas superfícies de troca térmica e dificulta a transferência de calor. Com isto, o tempo de processo e o consumo de vapor aumentam e, a qualidade do produto final é comprometida gerando perdas de produtividade. PERDAS NA UTILIZAÇÃO DE VAPOR Cada equipamento consumidor é projetado para operar em determinadas condições, onde o consumo obedece a fórmula: Q = m.c.Δt onde: Q = Consumo de Vapor (Kg/h) Δt = Diferença de temperatura (°C) m = Massa de produto (kg) c = Calor específico do produto (Kcal/Kg/°C) C (*) = Calor contido no vapor na pressão de operação (Kcal/Kg) (*) -­‐ Para Injeção Indireta de Vapor, C=Calor Latente do Vapor; -­‐ Para Injeção Direta de Vapor, C=Calor Total do Vapor; A análise da Tabela abaixo mostra que quanto maior a pressão, maior a temperatura e maior a quantidade de Calor Total contido no Vapor, que é utilizado em equipamentos de Injeção Direta. Entretanto, quanto

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maior a pressão, menor a quantidade de Calor Latente do Vapor, que é utilizado em equipamentos de Injeção Indireta. Tomemos como exemplo um Trocador de Calor (Injeção Indireta) para aquecer água nas seguintes condições: -­‐ Vazão de água:

10.000 l / hora

-­‐ Temperatura Inicial água:

20°C

-­‐ Temperatura Final:

80°C

-­‐ Pressão disponível do Vapor:

9,0 Kg/cm2

-­‐ Calor Latente do Vapor:

481,8 Kcal/Kg

-­‐ Temperatura do Vapor:

180°C

-­‐ Calor Específico da água:

1 Kcal/Kg/°C

Utilizando-­‐se a forma, teremos: Q = 10.000 x 1 x 60

= 1.245 Kg/h

1 x 481,8 Se usarmos vapor na pressão de 3,0 Kg/cm2 (t=144°C), teremos: Q = 10.000 x 1 x 60

= 1.177 Kg/h

1 x 509,8 A economia resultante será de: 1.245 – 1.177 = 68 Kg/h ou, 481,8/509,8 -­‐ 1 x 100 = 5,4% Parece pouco? Se o regime de operação da instalação for de 330 d/ano e 8 h/dia, esta economia será de 179.520 Kg de vapor/ano o que corresponde a 11.474 m3 de gás natural (PCI=10.060 Kcal/m3) ou, R$ 20.880,00/ano.

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Aplicando-­‐se as mesmas condições para um equipamento de Injeção Direta (numa Lavadora por exemplo), teremos: Q = 10.000 x 1 x 60

= 905,0 Kg/h com pressão de 9 Kg/cm2

1 x 663 Q = 10.000 x 1 x 60

= 918,3 Kg/h com pressão de 3 Kg/cm2

1 x 653,4 Neste caso, teoricamente haverá um maior consumo de vapor (13,3 Kg/h) com pressão menor. Há aqui um ponto fundamental a ser considerado, e que justifica o uso de vapor com menor pressão, qual seja: A troca de calor entre as bolhas de vapor e o líquido/produto deve ocorrer na distância (d) compreendida entre o ponto de injeção (furo ou injetor) e a superfície do líquido. Quanto maior a pressão do vapor, maior é a velocidade das bolhas de vapor dentro do líquido dificultando a troca neste percurso o que resulta na perda de energia para o ambiente (as bolhas de vapor “estouram” na superfície do líquido).

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Outros fatores além deste devem ser considerados como o Ø, quantidade e posicionamento dos furos, mas isto é parte construtiva do equipamento.

REGRA: “Utilizar o vapor na menor pressão possível desde que a temperatura atenda ao processo, independentemente do tipo de equipamento”. Mas além do uso de vapor na pressão correta, é ainda preciso controlar a temperatura em alguns processos através de Válvulas de Controle, para garantir a obtenção da máxima economia possível. Tomando-­‐se como exemplo uma lavadora (Injeção Direta) onde, após o banho atingir a temperatura desejada, é preciso controlar a entrada de vapor para impedir que a mesma se eleve perdendo energia para o meio ambiente. Isto também se aplica a equipamentos de Injeção Indireta. PERDAS NO RETÔRNO DO CONDENSADO Condensado é água limpa e contém uma boa parcela de energia (Calor Sensível). Seu retorno para a Caldeira é certeza de economia de água, tratamento químico e combustível (Tabela abaixo). E para isto basta uma tubulação bem dimensionada e isolada termicamente e uma análise da pressão disponível para o retorno direto ou através de bombeamento.

CONDENSADO RETORNADO (%)

TEMPERATURA DA ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO (°C)

ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL (%)

0

22,0

0

10

28,3

1,0

20

34,6

1,9

30

40,9

2,9

40

47,0

3,9

50

53,5

4,9

60

59,8

5,9

70

66,0

6,8

80

72,4

7,8

90

78,7

8,8

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-­‐ TUBULAÇÕES: A tubulação neste caso, não transporta somente líquido, pois quando o condensado passa de uma pressão mais alta (antes do purgador) para uma pressão mais baixa (depois do purgador) uma parte dele se reevapora (Vapor Flash) e, este vapor de baixa pressão possui um volume muito elevado em relação ao líquido. Exemplo: Consumo dos equipamentos

=

500 Kg/h (condensado formado)

Pressão de alimentação de vapor

=

7 Kg/cm2 (antes dos purgadores)

Pressão da rede de condensado

=

1,5 Kg/cm2 (depois dos purgadores)

Vapor Flash

=

8,5% x 500 Kg/h =42,5 Kg/h

=

0,72 m3/Kg x 42,5 Kg/h = 30,6 m3/h

Volume do condensado

=

(500-­‐42,5) = 457,5 Kg/h = 0,457 m3/h

Volume Vapor Flash

Conclusão: Para transportar 457,5 l/h de condensado, necessitamos de uma tubulação de 6 mm (1/4”), e para transportar 42,5 Kg/h de vapor na mesma pressão, necessitamos de uma tubulação de 32 mm (1.1/4”). O cálculo considerando que o fluído transportado é somente líquido resultará em uma tubulação subdimensionada na qual ocorrerão fatalmente “Golpes de Aríete” e contrapressão nos purgadores. Consequentemente, os equipamentos poderão demorar mais tempo para processar o produto, com maior consumo de vapor. Este é outro exemplo de como não podemos analisar os problemas isoladamente. -­‐ VAPOR DE REEVAPORAÇÃO (FLASH): Conforme explanado anteriormente, sempre que houver queda de pressão no condensado, uma parcela do mesmo irá se reevaporar.

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Este vapor possui as mesmas qualidades do vapor gerado na Caldeira e, sempre que as instalações 39 16/05/2013

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apresentem oportunidades, devemos aproveitar o Vapor de Reevaporação (Perdas Aleatórias) para alimentar consumidores de baixa pressão ou, para o pré-­‐aquecimento de água ou produto o que resultará na economia direta de vapor gerado na Caldeira. Os sistemas de vapor apresentam ainda outras energias secundárias que podem ser aproveitadas como por exemplo, os gases de exaustão das Caldeiras (com devidos cuidados) e condensados contaminados entre outros. A REDUÇÃO das Perdas Obrigatórias, a ELIMINAÇÃO das Perdas Operacionais e, o APROVEITAMENTO das Perdas Aleatórias, é mais do que um caminho para a redução de custos, é o caminho para o AUMENTO dos Lucros da empresa. Mas, cada instalação é um caso e só se pode quantificar o potencial de economia após analisar técnicamente as oportunidades de cada caso.

DIEGO BEVILACQUA Auditor Energético -­‐ VAPOR & CIA. Div. Recuperação e Aproveitamento de Energia. Especialista em Economia, Recuperação e Aproveitamento de Energia em Sistemas de Vapor e Ar Comprimido. Graduado em Tecnologia Mecânica pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Fones para contato: (011) 9 9797.7297 / (019) 3836.2457 email: diego@vaporecia.com.br

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Nova norma para SPDA Bruno Moreira Iniciado em 2005, projeto de revisão da ABNT NBR 5419, norma que trata da proteção contra descargas atmosféricas, chega finalmente à consulta nacional. Publicação deve ocorrer no meio do ano de 2015. Após cerca de nove anos de reuniões periódicas e muito trabalho, a revisão da norma ABNT NBR 5419, que trata da proteção contra descargas atmosféricas, está praticamente finalizada. O documento normativo entrou em consulta pública no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) no último mês de agosto, onde permanecerá até o dia 10 de dezembro, para o recebimento de sugestões. A ideia inicial era que o projeto de revisão ficasse em consulta até o dia 10 de outubro, mas devido a um pedido da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE), que foi enviado ao Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei), o prazo foi estendido por mais 60 dias pela Comissão de Estudos (CE) 64.10, que elaborou o projeto de revisão da norma. De acordo com o secretário da Comissão, o engenheiro eletricista e especialista da divisão científica de energia e meio ambiente do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Helio Sueta, se tudo correr como o planejado, a norma será finalmente publicada nos primeiros meses de 2015. O longo tempo utilizado pelos membros da CE 64.10 para a confecção do projeto de revisão tem um motivo: a ABNT NBR 5419 passou por uma pequena revolução, aumentando o seu conteúdo de 42 páginas para 344 páginas, por meio de um aprofundamento dos assuntos tratados no documento anterior, que receberam, segundo o gerente de vendas da Obo Bettermann do Brasil e engenheiro eletricista especializado na proteção de equipamentos e sistemas eletrônicos, Sergio Roberto Santos, um maior detalhamento e mais recomendações em cada tópico. “Foram quase nove anos de um trabalho que demandou disciplina e paciência. Sem as pessoas certas jamais teríamos conseguido atingir este estágio tão importante que é a colocação do projeto de norma em consulta pública”, completa o engenheiro eletricista Jobson Modena, coordenador da CE 64.10. O novo documento normativo toma como base a segunda versão da norma IEC 62305 – Lightning Protection, que agrupou assuntos de várias outras normas e permitiu organizar as regras para Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosférica (SPDA). Neste sentido, o documento internacional foi divido em quatro partes, da seguinte forma: a parte 1 traz os “Princípios Gerais”; a parte 2 trata de “Gerenciamento de Risco”; a parte 3 diz respeito aos “Danos Físicos às Estruturas e Perigo à Vida”; e a parte 4 aborda a proteção em “Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura”. Segundo o engenheiro civil e diretor técnico da Termotécnica Para-­‐raios, Normando Alves, a maior parte do texto da nova norma sobre proteção contra descargas atmosféricas foi fiel ao texto da IEC que toma como base, especialmente as partes 1 e 4. “Porém, em dados momentos, foi necessário fazer algumas adaptações para atender à realidade brasileira”, destaca. Partes 2 e 3 -­‐ Tropicalização A parte 2 do texto do documento, por exemplo, terá um anexo a mais com os mapas do Brasil e de cada região brasileira, desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com a densidade de

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descargas atmosféricas para terra. Na parte 3, de acordo com Sueta, outra tropicalização da norma refere-­‐ se à “adequação da bitola de alguns cabos de cobre a serem utilizados nos subsistemas de captores e de descidas conforme a prática usual do país”, explica o secretário da comissão de estudos. Isto porque a norma atual estabelece a medida de 35 mm² para os captores e 16 mm² para os condutores de descida, mas a IEC revisada estipulou a medida de 50 mm² para ambos os cabos. Durante as reuniões para a elaboração da nova versão da NBR 5419 decidiu-­‐se que pelas características nacionais não era preciso seguir a orientação da norma internacional, sendo estabelecida a medida de 35 mm² para os dois casos. A terceira parte do documento normativo, aliás, é a que mais tem correspondência com o texto compreendido pela versão em vigor. Neste sentido, é o trecho que mais conta com alterações. “A maior delas é a retirada inteira de um anexo informativo referente ao guia para projeto, construção, manutenção e inspeção do SPDA”, diz o especialista do IEE/USP. Ainda sobre a terceira parte da norma, Sueta destaca outras modificações. De acordo com o engenheiro eletricista, a proteção ficará mais “apertada”. Por exemplo, na utilização de método das malhas (Faraday), as dimensões de cada malha serão menores: para nível I, ao invés de 5 m x 10 m, a medida será de 5 m x 5 m; para nível II, de 10 m x 20 m passará a 10 m x 10 m; para nível III, de 10 m x 20 m irá para 15 m x 15 m; e para nível IV, de até 20 m x 40 m, diminuirá para 20 m x 20 m. No que diz respeito ao Método de Franklin, visando à definição do ângulo de proteção, a tabela que existe na versão atual do documento normativo será substituída por curvas para cada nível de proteção em função da altura da edificação. Essa mudança deverá revitalizar comercialmente o emprego deste método, que até o momento vem sendo deixado de lado pela comunidade técnica em função da pouca flexibilidade na utilização dos ângulos de proteção.

cujo valor foi diminuído para os níveis II, III e IV, aumentando nestes casos a quantidade de descidas. “Em relação ao aterramento, a versão brasileira retirou o arranjo tipo A, ficando apenas com o arranjo tipo B (em anel). Outra novidade é a retirada do valor de 10 Ohm como indicativo principal para um bom aterramento”, afirma. Resumidamente, o engenheiro eletricista e gerente da Termotécnica Para-­‐raios, José Barbosa de Oliveira, afirma que a principal mudança trazida pela parte 3 da ABNT NBR 5419 será o aumento da eficiência dos subsistemas de captação, descida e aterramento, o que demandará mais elementos (materiais e serviços) a fim de atender às exigências mínimas da revisão. Não obstante as grandes alterações realizadas nesta parte do texto normativo, o especialista da divisão científica de energia e meio ambiente do IEE/USP, que participou da confecção das quatro partes da norma, destaca a parte 2 como a maior novidade desta revisão. Isto porque, segundo ele, enquanto o documento atual possui um anexo que apenas indica se o SPDA é necessário ou não para uma determinada estrutura, a futura norma, por meio de sua segunda parte, traz uma análise que direciona as medidas de proteção para que os riscos envolvidos fiquem com valores inferiores aos toleráveis.

Sueta salienta ainda como alteração importante a redução do espaçamento médio entre descidas, “Nesta análise, diversos tipos de descargas que possam influenciar a proteção da estrutura são considerados, tais como descargas que atingem diretamente a estrutura, mas também as que atingem a proximidade desta, as redes e as áreas próximas das redes que adentram às estruturas, além das que atingem as estruturas conectadas à estrutura sob estudo”, explica Sueta. Partes 1 e 4 Ambas as partes não possuem nenhuma referência à versão atual da ABNT NBR 5419. O engenheiro eletricista, especialista em proteção contra descargas atmosféricas, José Claudio de Oliveira e Silva, que participou mais profundamente da elaboração da primeira parte da nova norma, informa que trata-­‐se de um trecho mais conceitual. “Além de conceitos, ela apresenta os parâmetros das correntes das descargas atmosféricas que formam a base das regras de proteção, dimensionamento de componentes, etc.”, explica.

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O fato de a versão atual da norma da ABNT não conter praticamente nada desse tipo de informação faz com que seja uma das partes com a tradução mais próxima da IEC 62305. Isto e, também, de acordo com Silva, porque se trata de uma parte conceitual. “Ou seja, não existem muitas razões para adaptar conceitos, não é mesmo? A menos, talvez, que existam algumas diferenças nas distribuições estatísticas dos parâmetros das descargas, mas não temos estes dados ainda”, declara o engenheiro eletricista.

principalmente os ambientes internos com equipamentos eletrônicos sensíveis.

Não por isso a norma brasileira não tem a sua marca própria. Conforme o especialista em proteção contra descargas atmosféricas, após muita discussão, em que se contrapôs a teoria e a prática relativas à matéria, foi acrescentada a definição do termo de equipotencialização. “Acho que ficou muito boa”, diz.

Para o gerente da Termotécnica Para-­‐raios, José Barbosa de Oliveira, o principal impacto será o volume maior de elementos (materiais e serviços) para a implantação de novos sistemas e a necessidade de atualização dos projetos existentes. De acordo com o engenheiro Normando Alves, haverá o reaquecimento desse setor a partir de novas auditorias que constatem a necessidade de adaptação ao novo texto normativo. Sem falar que os fabricantes de peças e acessórios terão novas oportunidades para desenvolver e atender a algumas exigências da norma.

A parte 4 como um todo também é destacada pelo engenheiro eletricista Sérgio Santos, que durante as reuniões da CE-­‐64.10 esteve mais envolvido com confecção deste trecho do documento normativo. Para ele, existe apenas uma lacuna com relação à proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos no interior da estrutura, que não é suficientemente tratado nem na versão atual da ABNT NBR 5419 e nem na ABNT NBR5410. Nesta parte, o procedimento e a utilização da proteção interna contra surtos serão baseados no conceito de Zona de Proteção contra Raios (ZPR), em que cada zona demandará um tipo de proteção. São três Zonas: Zona 0, dividida em A e B, Zona 1 e Zona 2. A Zona 0 representa a área externa do edifício, sendo que a parte A diz respeito a áreas fora do volume de proteção imposto pelo SPDA e a parte B é referente à área dentro desse volume de proteção. Por sua vez, a Zona 1 representa áreas internas ao prédio e a Zona 2 a salas blindadas dentro do prédio, tais como equipamentos e cubículo. Este conceito de zonas de proteção já é bastante empregado em outras normas e na IEC, mas será uma inovação no documento normativo brasileiro. Por meio da ZPR, é esperado que haja um refinamento da proteção interna, beneficiando

Após a publicação da norma Com a entrada em vigor da nova versão da ABNT NBR 5419, a expectativa é de que haja um impacto positivo no setor elétrico de maneira geral, levando a mudanças no mercado de equipamentos de proteção contra descargas atmosféricas, no comportamento dos profissionais e na vida das edificações e de seus usuários.

Em contrapartida, segundo Barbosa de Oliveira, o setor elétrico terá sistemas de proteção contra raios capazes de atender às necessidades de instalações cada vez mais sensíveis “pela evolução natural da tecnologia e por estarem em um país continental, onde há uma variação enorme da quantidade de ocorrências de raios”. Conforme Santos, da Obbo Bettermann, com utilização maciça das novas regras, será inconcebível, após uma tempestade, os equipamentos eletrônicos da edificação estarem danificados. No que ser refere à atualização dos projetistas, o secretário do CE 64.10, Helio Sueta, acredita que, por ser um texto mais extenso e um pouco mais técnico, será necessário treinar mais e melhor os profissionais que utilizarão os documentos normativos. Opinião corroborada pelo diretor técnico da Termotécnica Para-­‐raios, Normando Alves. “Os profissionais desta área deverão correr atrás para se informar e realinhar as ferramentas de trabalho a fim de que seus novos projetos atendam às novas solicitações da norma”, destaca.

“Inicialmente acho que veremos muita dificuldade e, talvez, reclamações para a aplicação da nova versão da norma”, diz o especialista em proteção contra descargas atmosféricas, José Claudio de Oliveira e Silva, pois, trata-­‐se de “um salto grande de requerimento de conhecimento ou entendimento sobre o assunto


por parte dos técnicos deste país”. Na opinião de Silva, a parte 2 do novo texto, que trata de gerenciamento de risco, será a que vai dar mais trabalho visando a uma aplicação correta. No entanto, de acordo com o engenheiro eletricista, o conteúdo básico relativo a este tema vem de versões da IEC da década de 1990 (séries IEC 61024, IEC 61312 e IEC 61662) e o Brasil não deve continuar tão defasado assim. “É importante para o setor se não quisermos ficar muito para trás”, diz. Enfim, atualizados Quando em 2005, era publicada a quarta revisão da ABNT NBR 5419, os engenheiros eletricistas Helio Sueta e Jobson Modena – que já atuavam como representantes brasileiros junto à IEC – estavam a par da nova versão da IEC 62305, que sairia pela primeira vez com a formatação de quatro partes. Dessa forma, nem bem terminado um trabalho de revisão, a CE já começava outro. Desde então, a IEC 62305-­‐1-­‐4 foi publicada em 2006 e revisada em 2010. Os responsáveis pela revisão da versão brasileira continuaram seu trabalho. Agora, finalmente, o documento normativo brasileiro alcançará o texto internacional. “Quando a nova versão da NBR 5419 entrar em vigor, teremos uma norma muito próxima da IEC. Pode se dizer que estaremos atualizados com relação à IEC”, afirma Silva, O especialista da divisão científica de energia e meio ambiente do IEE/USP, Helio Sueta, reitera a afirmação de seu colega e crê que, após a publicação da revisão, o país estará sim atualizado em relação à proteção das estruturas contra os efeitos das descargas atmosféricas. Contudo, de acordo com ele, ainda faltará se atualizar a respeito dos materiais e componentes a serem utilizados nos sistemas. “A IEC já publicou diversas normas de componentes (por volta de oito documentos) que ainda não estão sendo estudados no Brasil”, conta. Agora que a norma brasileira se equiparou em conteúdo ao documento internacional que lhe serviu como base, novas modificações não deverão acontecer em breve, conforme os especialistas do setor. “Não vejo lacunas nesta norma que somente seriam resolvidas com uma revisão”, afirma Alves, que, no entanto, acredita na evolução das técnicas que certamente demandarão alterações futuras, a serem realizadas tanto no texto da IEC quanto no da ABNT. Por exemplo, Silva destaca que a física das descargas atmosféricas ainda não é plenamente conhecida e que, se novos modelos que tratem os mecanismos de conexão das descargas com as estruturas forem desenvolvidos, “de maneira razoável para se lidar em uma norma, estes devem ser introduzidos”. A adoção de novas medidas de proteções e o abandono de outras também podem ser exigidos, conforme o especialista em proteção contra descargas atmosféricas, haja visto que os equipamentos e as tecnologias de interconexões entre equipamentos dentro das estruturas a serem protegidas estão em constante modificação. Outras alterações podem ocorrer nos dados de frequência de descargas para terra. “Eles também podem ser atualizados em versões futuras à medida que tivermos conjuntos maiores de dados dos sistemas de localização de descargas atmosféricas em operação no Brasil”, declara Silva. Mudanças possíveis, mas que, como dito, não deverão começar a ocorrer agora. O secretário do CE 64.10, Helio Sueta, revela que, segundo informações de grupos permanentes da IEC que se reúnem periodicamente para revisão das normas, a próxima versão da IEC 62305-­‐1-­‐4 será publicada apenas em 2018, isto devido às muitas transformações que foram realizadas na última revisão. “Ainda não temos motivo para comemorar, mas já estivemos muito mais longe da porta da festa”, afirma Jobson Modena, que encerra parabenizando todos os membros da comissão que contribuíram para que o trabalho fosse feito de forma a minimizar custos, mas sem esquecer as boas práticas da engenharia. Fonte: http://www.osetoreletrico.com.br/web/index.php Edição 104 -­‐ Setembro de 2014

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Temperatura no ciclo de lavagem – o diferencial entre despesas e competitividade Roberto Maia Farias Para Jakobi e Löhr (1987, p. 210) a temperatura utilizada no ciclo de lavagem não é um procedimento estático e padronizado. No Brasil é variada em função do tipo de serviço da lavanderia. Algumas, de pequeno porte lavam roupas em temperatura ambiente, sem aquecimento da água independente do tipo de sujidade. As de médio e grande porte utilizam o fator temperatura nos seus processo de lavagem. Na Europa, em razão da tradição, a temperatura para lavar roupas varia de 30 a 95oC., nos Estados Unidos a temperatura básica é de 55oC. O Japão trabalha com 25oC. e, em casos excepcionais com 40oC. A tradição européia diz que “somente fervida a roupa fica limpa”.1 A temperatura é um dos 4 fatores do círculo de sinner e contribui como melhoria do processo de lavagem de roupas, principalmente na eliminação de sujidades oleosas (algumas), na termo-­‐desinfecção das roupas hospitalares e nas roupas contaminadas. A temperatura contribui para a remoção de sujidades, manchas desinfecção da roupa. Se inadequadamente empregada promove a fixação das manchas e a redução da eficiência da desinfecção térmica. A temperatura no processo de lavagem é definida pelos fatores: n n n n n n n n

composição e classe dos produtos de lavagem; tipos de fibras e composição têxtil; qualidade da água; classificação das sujidades e manchas; tempo de processo; tipo, estado e manutenção dos equipamentos; tipos de serviços da lavanderia; contaminação da roupa.

A fonte energética de aquecimento no processo de lavagem não é uma opção que deve ser feita somente para escolher entre diferentes tipos de combustíveis, é uma decisão estratégica que pode determinar a qualidade dos serviços e a competência do negócio. A lavanderia necessita de temperatura em alguns de seus processos como a secagem, calandragem e passadoria. Na etapa de lavagem, dependendo do tipo de serviço, pode ser realizado em temperaturas ambientes sem a necessidade de aquecimento. As fontes de energia impactam na potencialização (positiva ou negativa) da produtividade, lucratividade e competitividade da lavanderia. É possível, mediante plano operacional, selecionar variados tipos de fontes energéticas. Elas podem ser geradas por energia elétrica, gás, vapor ou óleo térmico. A seleção é estratégica. Exemplificando, numa linha de secagem com fonte à vapor, parte dos secadores podem ser instalados com fontes diretas como gás ou eletricidade. Esses equipamentos seriam utilizados

1

Grifo do autor.

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em serviços extras em horários específicos. Evita-­‐se assim a necessidade da estrutura da geração de vapor para a realização desse trabalho. O fator custo inicial (curto prazo) da fonte de calor selecionada deve ser avaliado em relação à manutibilidade, capabilidade e fiabilidade (médio e longo prazo) operacional, segurança ocupacional, sustentabilidade, taxa de depreciação e retorno sobre o investimento. A busca pela qualidade energética da lavanderia deve ser sustentável. Para esse fim, fornecedores avançam com inovações (métodos, processos, produtos e equipamentos) para reduzir os efeitos e custos da temperatura no ambiente da lavanderia. Novos equipamentos com menores taxa de relação de banho, menor superfície de aquecimento, melhoria no isolamento térmico em lavadoras, secadoras, calandras, novos processos de lavagem, capacitação profissional e produtos inovadores são continuamente desenvolvidos objetivando melhor desempenho e menores custos energéticos Ainda não é possível afirmar que a lavanderia se apresenta como um setor ecoeficiente em função da larga margem de desperdícios provocados por produtos inadequados, capacitação insuficiente e deficiente e, principalmente, métodos improdutivos. Os fatores de Sinner, se inadequadamente harmonizados (tempo, temperatura, ação química e mecânica), aliados as falhas nas atividades e fluxo operacionais, tais como setup e layout produtivo, são as principais causas dos desperdícios energéticos no ciclo da lavagem. A temperatura na lavanderia sofre variações em função da etapa e do processo aplicado. Na etapa de lavagem, a temperatura pode variar de ambiente2 até 90oC. Temperatura no processo de lavagem Segundo Jakobi e Löhr (1987, p. 14), o uso de temperaturas na lavagem de roupa tem papel de extrema importância, principalmente para sujidades oleosas, em função do ponto de liquefação3 e saponificação das gorduras, principalmente vegetais e animais. A temperatura contribui com a ação dos produtos químicos na remoção das sujidades e também no processo de termo desinfecção da roupa. Porém podem representar riscos na degradação das fibras têxtil, principalmente quanto não há compatibilidade entre o tecido, a sujidade e o produto aplicado. A classificação da roupa pelo tipo de sujidade é um diferencial no processo de lavagem. Roupas sem sujidades podem ser lavadas sem o uso de temperaturas, salvo as consideradas contaminadas. A classificação da roupa é um fator fundamental na redução dos custos de temperatura no processo de lavagem. A lavagem consiste na eliminação da sujeira fixada na roupa, deixando-­‐a com aspecto e cheiro agradáveis, confortável para o uso e com níveis microbiológicos reduzidos aos limites aceitáveis. No controle microbiológico, temperaturas de lavagem acima de 71ºC durante 25 minutos tem sido recomendadas (Arnold). Outras publicações recomendam temperaturas de 80, 85 a 95ºC durante 15 minutos. Tompkins relatou a prática de lavagens de roupas hospitalares à temperaturas de 40ºC, adicionadas de cloro, o que vem sendo adotada em hospitais suíços há muitos anos. O controle sanitário da roupa deve ser um dos indicadores de qualidade da lavagem com temperatura. A ausência de indicadores pode indicar presença de riscos. Lavar roupa é gerar conforto e segurança sanitária ao usuário e rentabilidade a instituição. A tabela a seguir mostra a variação de temperatura utilizada para cada etapa do processo de lavagem. 2

No Brasil, a temperatura-ambiente é variável, de acordo com a região; porém, estamos estabelecendo o para fins didáticos, que a temperatura-ambiente está situada entre 25 a 30 C. 3 o O ponto de liquefação das gorduras, ou de derretimento, varia entre 40 e 60 C.

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Tabela 1 Temperatura no processo de lavagem Operação

Mínima

Máxima

Umectante

Ambiente

50 .C

Desengraxante

45 .C

o

60 .C

Pré-­‐lavagem

Ambiente

60 .C

Lavagem

Ambiente

80 .C

Alvejamento

Ambiente

90 .C

Acidulação

Ambiente

40 .C

Amaciamento

Ambiente

40 .C

Engomagem

Ambiente

40 .C

Enxágues

Ambiente

50 .C

Tratmento enzimático

40 C.

º

60 .C

Desengomagem

Ambiente

60 .C

Manchas/molhos

o o o o o o o o o o o

4

Variável

Fonte: Boletins técnicos, Henkel, Ecolab, Lever, Skill entre outros, 1980-­‐2012

Figura 1 Triângulo da temperatura na lavagem A ação da temperatura pode reduzir o tempo de lavagem da roupa. Porém é necessário harmonizar os fatores como as características das sujidades, dos têxteis (tecidos e cores) e o tipo de produto aplicado. A figura a seguir mostra essa correlação de fatores. Fonte: Elaborado pelo autor

A tecnologia pode impactar na redução da temperatura como o uso de produtos enzimáticos na lavagem de roupas com sujidades pesadas. Temperatura e o desempenho dos produtos de lavagem A temperatura no processo de lavagem pode variar por cada tipo de produto, têxteis, e classificação sujidades, conforme mostra o quadro a seguir: 4

A variação na temperatura é proporcional ao tempo, à sujidade, ao produto e ao tipo de tecido.

49


Quadro 1 Temperatura x sujidade x têxteis Temperatura da água o

Quente > 54 .C o

Morna 30 até 45 .C o

Ambiente < 32 . C

Textêis (tecidos e cores)

Sujidade

Branco ou cores pastéis

Pesada, óleos e graxas

Cores escuras, brilhantes, moderadas e malhas

Moderadas – média

Cores que mifram ou podem desbotar

Leves

5

Fonte: Laundry Detergents. E. Smulders, 2002 Wiley-­‐VCH Verlag GmbH & Co. Electronic.

O tecido deve ser compatível com o tipo de serviço que o mesmo vai ser utilizado. O uso inadequado da temperatura, e sem a avaliação dos fatores sujidades, fibras e produtos de lavagem podem resultar em danos irreparáveis aos tecidos -­‐ encolhimento; inativação dos produtos enzimáticos; acidentes graves: incêndio e explosões com produtos solventes; fixação de manchas; incrustações nos tecidos por produtos e água dura: acinzentamento; desgastes por produtos clorados; choque térmico: enfraquecimento dos tecidos, etc. A temperatura contribui na melhoria do processo de lavagem porém, pode ser um ponto crítico de danos no enxoval. Os sabões são mais eficiente quando a temperatura é maior do que 60oC. Os detergentes apresentam bom desempenho em ampla faixa de temperatura. Os agentes alcalinos apresentam melhor desempenho em temperaturas médias e elevadas. Os produtos enzimáticos devem ser aplicados conforme recomendações de temperatura. A figura a seguir mostra a eficiência das enzimas em diferentes temperaturas. Figura 2 Eficiência das enzimas em temperatura

Enzima Lipase

Enzima Protease.

Fonte: acervo do autor

Na etapa de alvejamento, podem ser utilizados produtos que contenham cloro e compostos peroxidados e a eficiência dos mesmo está correlacionada à temperatura. Acima de 25oC o cloro é potencializado como alvejante, porém provoca danos aos tecidos, principalmente o algodão. Os alvejantes peroxidados necessitam de temperaturas elevadas (>60oC) para melhorar o desempenho. A aditivação do peróxido pode reduzir a temperatura da etapa de alvejamento. A acidulação pode ser realizada em temperatura ambiente. Na etapa de amaciamento também não requer o uso de temperatura. 5

Tecidos coloridos ou cores que podem migrar, devem ser lavadas separadamente de outros artigos.

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Temperatura na área de acabamento – pós lavagem Após a finalização do processo de lavagem, a roupa continua seu ciclo na lavanderia e passa agora por processos de centrifugação, prensagem, secagem e calandragem. A tabela a seguir mostra a temperatura pós lavagem. Tabela 2 Temperatura de acabamento Operação

Mínima

Máxima

Centrifugação

Ambiente

Ambiente

Prensagem

Ambiente

Ambiente

Secagem

45 . C

o

120 . C

Calandragem

80 . C

o

150 . C

Passar com o ferro

110 . C

o

200 . C

o o o

Fonte: Acervo do autor. Boletins técnicos de lavagem, 1980-­‐2004

A centrifugação externa, (quando a lavadora não é extratora) não exige temperatura, porém, ciclos deficientes de centrifugação impactam no tempo operacional de secagem e calandragem que utilizam temperaturas. Cada tecido tem um índice de absorção de água e, portanto o tempo de centrifugação deve ser regulado conforme o tipo de fibra. A centrifugação contribui para reduzir a temperatura das próximas etapas, mas também representa um risco de contaminação da roupa, principalmente, ao operar com a tampa aberta. Esse procedimento impacta na segurança ocupacional6 com grave risco de acidentes e na aspiração de centenas de metros cúbicos de ar ambiente, o qual, estando contaminado, aumentará o número de microrganismos na roupa. A tabela7 a seguir, extraído dos estudos de Church e Loosli, demonstra claramente a centrifugação como ponto de recontaminação: Tabela 3 Centrifugação x recontaminação 2

Etapas

Microorganismos por ufc/cm de tecido

Antes da lavagem

2.000

Após a lavagem

10

Após a centrifugação

2.300

Após a calandragem

30

Fonte: Konkewicz – adapatado pelo autor

As secadoras de roupa e calandras também necessitam de temperaturas para exercer a sua atividade fim. Para os secadores, diversas ações devem ser conduzidas para evitar os desperdícios com a temperatura tais como maximizar a carga da roupa no secador conforme volume do cesto; evitar abrir a porta desnecessariamente para verificar a roupa; evitar o acúmulo de fibras no filtro do secador; verificar a exaustão do secador; manter limpo e em perfeito estado o sistema de aquecimento do secador; isolar as paredes do secador, reduzindo a dissipação do calor para o ambiente. 6

Não permitido uso de centrífugas sem tampa ou com tampas abertas pela norma. ABNT NBR 11758:2008, Máquina industrial extratora de líquidos para artigos têxteis. 7 Konkewicz, Loriane Rita. www.cih.com.br/lavanderiahospitalar.htm

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Num estudo realizado (2006 a 2011) em lavanderias hoteleiras e hospitalares, foi possível verificar que a carga de roupa é, na maioria das vezes, menor do que o determinado pelo fabricante do equipamento, sendo definida pela sensibilidade empírica do operador. O gráfico a seguir mostra essa variação em acordo com a carga nominal (coluna azul) definida pelo fabricante (Fator de carga 1:25). Figura 3 Secador: carga nominal e real Fonte: elaborado pelo autor

A qualidade com custo otimizado depende do tipo de aquecimento, exaustão, área do cesto, isolamento etc.) e o estado de conservação. Figura 4 Filtros do secador (sujo) A falha ou a ausência procedimentos operacionais geram desperdícios como o acúmulo de felpas nos filtros que também interfere no fluxo de ar, reduzindo a saída do ar úmido e aumentando o tempo de secagem. Fonte: Acervo do autor

Figura 5 Secadores embutidos Os secadores devem ter superfícies isoladas guardando o calor interno e melhorando o ambiente de trabalho. A montagem pode ser isolada da área produtiva com o lado quente para o ambiente externo da sala de acabamento ou área limpa. Esse layout permite a redução da temperatura no ambiente e favorece a manutenção sem interferir na área de acabamento ou área limpa da lavanderia. Fonte: elaborado pelo autor

As calandras utilizam temperatura no acabamento da roupa. Esses equipamentos também podem desperdiçar energia por falhas ou indefinição logística dos processos e na capacitação dos operadores. Como resultados das pesquisas realizadas (2006 e 2012) em lavanderias hoteleiras e hospitalares encontramos equipamentos operando muito abaixo da sua capacidade nominal de produção. Em muitos casos, com valores de até 70% de improdutividade operacional. Não está sendo considerado o tempo

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ocioso por falta de roupas. Outro fator relevante é a quantidade de peças que são repassadas – retrabalho – devido ao “safonamento” da roupa na saída da calandra. Figura 6 Desperdícios de produção

Figura 7 Retrabalho – roupa sanfonada

Fonte: acervo do autor

Fonte: acervo do autor

Temperatura e a resistência dos tecidos Apesar dos benefícios da temperatura no processo de lavagem, nem todos os tecidos suportam os impactos sem que danos sejam provocados. A combinação da temperatura, do tempo de exposição e do produto podem acelerar os danos nos tecidos. Tabela 4 Temperatura e lavabilidade dos têxteis Fibras

Branco O

Cores 8

O

Temp. .C

RB

Temp. .C

Algodão

95

Baixo

Linho

95

Cores Pastéis O

RB

Temp. .C

RB

40, 60 ou 95

9

Baixo

60 a 95

Baixo/Alt o

Baixo

40, 60 ou 95

Baixo

60 a 95

Baixo/Alt o

<30

Alto

<30

Alto

<30

Alto

Seda

<30

Alto

<30

Alto

<30

Alto

Rayon

60

Alto

40 a 60

Alto

40 a 60

Alto

Acetato

40

Alto

40

Alto

40 a 60

Alto

Poliamida

60

Alto

30 a 40

Alto

30 a 40

Alto

Poliéster

30 a <60

Alto

30 a 40

Alto

30 a 40

Alto

Poliacrílicas

<30

Alto

<30

Alto

<30

Alto

Elastano

40 a 60

Alto

40 a 60

Alto

40 a 60

Alto

Fonte: Laundry Detergents. E. Smulders, 2002 Wiley-­‐VCH Verlag GmbH & Co. Electronic.

8 9

Relação de banho: Baixa 1:5. ação mecânica normal. Alta: 1:20 a 1:30 e reduzida ação mecânica. Cores firmes

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Tabela 5 Temperatura e sensibilidade dos têxteis o

O

Fibras

Sensibilidade mecânica

Produtos de lavagem

Temp. .C de lavagem

Algodão, linho, juta, sisal, rami

Pouco sensível

Todos os tipos

Até 95 C

Rayon, acetato, vinílica

Sensível

Neutro

Até 30 C

Lã, seda, nylon

Sensível

Neutro

Até 30 C

Poliéster *, acrílica

Sensível

Todos os tipos

Até 60 C

Temp. .C Secagem ou calandra

o

175 – 200 C

o

o

Até 120 C

o

Até 80 C

o

Até 140 C

O.

O.

O

Fonte: Laundry Detergents. E. Smulders, 2002 Wiley-­‐VCH Verlag GmbH & Co. Electronic.

Temperatura e a qualidade da água na lavanderia A temperatura pode interferir na qualidade da lavagem quando a água apresenta tendências incrustantes, corrosivas ou contaminada. O quadro a seguir apresenta os principais contaminantes da água. Quadro 2 Contaminantes da água Tipo de Fouling

Agente

Microbiológico

Microorganismos (bactérias, algas e fungos) Coloidal

Taninos, ácidos húmicos e fúlvicos, proteínas

Não-­‐Coloidal

Óleos, polissacarídeos, polímeros

Óxidos metálicos

Óxidos de Fe, Mg, Al, Mn

Coloidal

Argilominerais, sílica coloidal Fe(OH)3, Al(OH)3

Incrustantes (Scaling)

SrSO4, NaCl2, SiO2, BaSO4, CaF2, CaCO3, CaSO4.

Orgânico

Inorgânico

Fonte: acervo do autor

A qualidade da água tem influência significativa sobre os resultados do ciclo de lavagem interferindo nos produtos químicos, na roupa, nos equipamentos, nas caldeiras e aquecedores etc. A dureza da água é definida pela quantidade de sais de cálcio e magnésio presentes na água e medidos em mg/l ou ppm de CaCO3. Um mg/l de dureza corresponde a 40,08 mg de ions de Cálcio por litro de água. A qualidade da água sofre variações com o ciclo hidrológico e das regiões e interfere nos equipamentos e tecidos. A má qualidade da água pode prejudicar gravemente o processo de lavagem, a dureza tende a precipitar sob a forma de carbonatos ou compostos derivados. Estes compostos precipitam nas máquinas e nos tecidos provocando o amarelamento e acinzentamento da roupa conforme mostram as figuras a seguir:

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Figura 8 Lavadora e dureza de água

Figura 9 Dureza e roupas encardidas

Fonte: Acervo do autor

Fonte: acervo do autor

A temperatura contribui para precipitar os íons de dureza na superfície dos equipamentos e dos tecidos. A solubilidade é afetada tanto pela temperatura como pelo pH, para o caso do carbonato de cálcio. Temperatura e as manchas dos tecidos A temperatura pode contribuir na fixação de algumas manchas, como o sangue, óleo etc. Alguns processos devem ser realizados com temperatura ambiente. Se a água quente for utilizada na primeira lavagem, ao invés de remover a mancha e a sujeira, ela poderá ser agravada tendo como resultado final uma mancha de difícil remoção. Ao selecionar uma etapa da lavagem com temperatura deve-­‐se observar o detergente e a fibra. Escolhas inadequadas geram despesa à lavanderia. Enxovais ou roupas com fibras e cores diferente podem provocar a migração de cores de um tecido para outro em temperatura inadequadas. Lavar separadamente roupas coloridas das não coloridas é uma recomendação universal. Lavar roupas coloridas com roupas de outras cores também deve ser considerada como um risco, principalmente em fibras diferentes. Algumas misturas de produtos podem promover desbotamento em tecidos de cores considerada firmes, principalmente se adicionados diretamente aos tecidos. Esse risco pode ser potencializado na lavagem com temperatura. Custos da temperatura na lavanderia Os custos da temperatura na lavanderia são impactados diretamente pela decisão do tipo de equipamento comprado; da utilização racional e sustentável, da eficiência energética e na manutenção preventiva. A avaliação deve ser realizada mediante condições ambientais e operacionais. A utilização e a manutenção conduzem o equipamento ao desperdício ou ao benefício operacional. Um bom equipamento aquecedor pode resultar em prejuízo se o equipamento utilizador não estiver em perfeitas condições de uso e operacionalmente mal utilizado.

Roberto Maia Farias. http://lattes.cnpq.br/5271616415254610 Diretor do IEP – Instituto de Estudo e Pesquisas Planeta Lavanderia. Membro Secretário da ABNT CB 04:017.07 – Máquinas e Equipamentos de lavanderia industrial. Consultor de lavanderias, Palestrante da ABG (Equipotel Conference -­‐ 2012/2011), Professor na Pós-­‐Graduação do Hospital Albert Eisntein, Pós-­‐Graduação e Graduação das Faculdade São Camilo, FAP, Christus (CE), Hotec (SP), UNISINOS, UNIESP, HOTEC (SP), articulista nas revistas It’s Health, Lavanderia & Cia (ANEL), Hospital Brasil (SP), Hotelnews (SP), Autor dos livros Manual de segurança na higiene e limpeza, métodos, processos e produtos de higienização de ambientes, cozinhas e lavanderias (Educs, 2011) e Manual para lavanderias, a revolução na arte de lavar (Educs, 2006). Avaliador ONA (Acreditação), Auditor Interno da ISO 9001:2008. Mestre em Administração de Empresas, Especialista em Administração de RH, Administração Hospitalar e Graduado em Administração Hoteleira. CRA 8408.

55


Era uma vez… Minha Historia de sucesso 56


Mauro Quintão Empresa capixaba vira referência em limpeza de hospitais Sagacidade, empreendedorismo e inovação são algumas características que definem Mauro Quintão. Administrador hospitalar, Bacharel em Direito, especialista em Direito Médico, pós-­‐graduando em Hotelaria Hospitalar no Hospital Albert Einstein, membro efetivo da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares, entre outros títulos, o empresário não poupa esforços para promover o crescimento econômico e social do Estado do Espírito Santo e colaborar com o desenvolvimento da área de Hotelaria, Lavanderia e Higienização Hospitalar há mais de 20 anos. Filho de uma família que já é praticamente uma lenda no setor da saúde, o empresário é responsável por inúmeras ações de vanguarda no Espírito Santo. Sua história começa com seu pai na década de 1970, o bioquímico Dr. Quintão, que fundou o maior conglomerado de diagnósticos laboratoriais do Espírito Santo. Além disso, Mauro foi respons ável por inúmeros pioneirismos como a primeira de saúde do Estado a ter ISSO e PALC, a pioneira em fazer o teste do pezinho, exame de HIV, medicina nuclear, entre outros. Depois que seu pai deixou a empresa de diagnósticos de analises clínicas para cuidar melhor da saúde, Dr. Mauro fundou o Grupo M Quintão Serviços, que juntamente com sua sócia, a especialista em contabilidade em saúde e também administradora hospitalar, Roberta Gasperazzo, expandiu a atuação do grupo. Sua divisão de lavanderia teve inicio em Linhares, cidade na região Norte do Espírito Santo, com cerca de 20 funcionários e, atualmente, já são duas unidades, uma em Linhares e outra em Serra, na região metropolitana de Vitória. A história do Grupo quintão está ancorada pelas parcerias firmadas com as principais empresas fornecedoras de produtos e serviços para higiene, limpeza e lavanderia. A Sitec é um dos principais parceiros do Grupo Quintão. No setor de lavanderia, Mauro Quintão também apresenta inovações e diferenciais, como atendimento in loco e terceirização total de lavanderias no local, consultoria para redução de custos, implantação de lavanderia para Organizações de Saúde e locação de enxoval e serviços certificados já que seu grupo se encontra em processo de acreditação ISO, ONA e, em breve, a conceituadíssima ABNT. Com a ABNT, o Grupo Quintão está aderindo ao Programa Nacional de Certificação de Lavanderias (PNCL), desenvolvido pelo Instituto de Estudo e Pesquisa Stort & Farias – Planeta lavanderia (IEP) em parceria de certificação pela ABNT.

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Quintão possui em seu escopo estrutural administradores hospitalares, bioquímico 24 horas para cuidar das dosagens e POP´s, além de técnicos formados e capacitados na Diversey, médico do trabalho e outros profissionais meticulosamente selecionados e certificados. Todo o material e insumos de alta performance utilizados em seus contratos, seja para lavanderia hospitalar ou higienização, é fornecido pela empresa Maxicronos Distribuidora, que também integra o grupo M Quintão e desponta como uma das mais atuantes distribuidoras da Diversey no país. O reconhecimento e a demanda de trabalha motivaram a instalação do Centro de Higienização do Sudeste (CHS), na cidade de Serra, com um investimento de peso que irá gerar além de muitos empregos e atuará também com uma frente ambiental e socialmente responsável. O empreendimento será focado na prestação de serviços de lavanderia e serviços de higienização em hospitais Também foi concebido pelo departamento de capacitação e eventos do grupo o evento Higihosp -­‐ Fórum Nacional de Higienização, Lavanderia, Hotelaria Hospitalar e Serviços de Saúde, o primeiro fórum de higienização e serviços hospitalares no Brasil e único de discussão e treinamento de profissionais de higienização no país, realizado com recursos próprios, certificado e totalmente gratuito. Isso confere a Mauro o status de um dos administradores hospitalares mais atuantes na área de higienização hospitalar do Espírito Santo e do Brasil. Sob sua supervisão, em 2014 o Higihosp encheu o auditório do Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves com profissionais e cientistas do Rio de Janeiro, Bahia e até do Rio Grande do Norte. Higienização 3D “No ano de 2012 vimos a necessidade de juntar a aplicação de produtos de primeira linha; o emprego de equipes treinadas e atualizadas nas melhores práticas; e a supervisão direta e constante do desenvolvimento dos trabalhos por gestores capacitados. Esses são os pilares da Higienização 3D”, conta Mauro Quintão. Por conta de seus destacados serviços executados no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, Quintão foi convidado a apresentar suas inovações da área de higienização na cidade de Lima, no Peru, em novembro de 2014. As características da técnica agradaram a direção da Federación Peruana de Administradores de Salud (Federação Peruana de Administradores de Saúde), o que lhe rendeu um convite para que seu grupo estudasse a possibilidade de atuar também nesse país. Ao avaliar os números de infecções hospitalares no Brasil, percebe-­‐se a necessidade de um serviço de excelência na higienização de hospitais. De acordo com um estudo realizado pela Associação Nacional de Biossegurança, a cada ano, 100 mil pessoas morrem devido às infecções hospitalares. Só nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, as taxas brasileiras de infecção são de 18,9% a 57,7%, sendo que em países desenvolvidos a média está entre 8,4% e 26%. Segundo Mauro, hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde do Brasil lutam para vencer o desafio de conquistar uma higienização qualitativa e, ao mesmo tempo, diminuir seus custos. “A limpeza e a Lavanderia sempre fo ram o calcanhar de Aquiles dos médicos, administradores hospitalares e das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar.”

“No ano de 2012, vimos a necessidade de juntar a aplicação de produtos de primeira linha; o emprego de equipes treinadas e atualizadas nas melhores práticas; e a supervisão direta e constante do desenvolvimento dos trabalhos por gestores capacitados. Esses são os pilares da Higienização 3 D”

Isso porque, “sem a higienização e os serviços de lavanderia adequados, o serviço médico vai por água a baixo e os índices de infecção sobem assustadoramente, causando danos irreparáveis para a imagem e

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sucesso da instituição, já que põe em risco a saúde dos pacientes e das pessoas que ali frequentam”, afirma o empresário. Quintão entende que, em 2016, as instituições deverão olhar com mais atenção para divisão de hotelaria hospitalar, lavanderias e higienização de seus hospitais e clinicas. “Somente com um sistema de parceria bastante transparente e seguindo o princípio da equidade é que todos conseguirão focar na razão da existência dos hospitais, que são o qualitativo exercício da Medicina”.

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