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Revista
Ano 2 n. 6 - Trimestral - Out/Nov/Dez de 2016
Teoria ou Prática na administração?
Comprometimento Organizacional
A Teoria na prááca é a mesma? O compromeemento parte de quem? Empregado ou empregador?
Seja bem-vinda à certificação de qualidade
Conheça a 1a Lavanderia cerrficada PNCL do Brasil
2 Expediente:
2 Revista Planeta Lavanderia. A primeira revista eletrônica para lavanderias do Brasil. Objetiva potencializar o conhecimento e as relações de negócios entre fornecedores de equipamentos e insumos utilizados nas lavanderias domésticas, industriais e especialidades no Brasil em prol do desenvolvimento do segmento. Direção Geral: IEP - Instituto de Estudo e Pesquisa Stort & Farias. Conselho Editorial: Walter Stort Junior; Roberto Maia Farias
Qualidade Total: O que é e como funciona?
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Comercial/Marketing e Publicidade:
10 NEWBRAND SOLUTION Rua Caiubi, 490 – Perdizes – São Paulo – SP Fone (11) 3676-0801 - Cel. (11) 998966-4142.
PNCL - Programa Nacional de Certificação de Lavanderias
Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores e não haverá alteração em seu contéudo sem prévia autorização. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Revista Planeta Lavanderia.
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Hospitalmed 2016 Recife-PE
23 Baixe nosso aplicativo Planetalavanderia Acesse nossos sites: www.portaldalavanderia.com.br www.planetalavanderia.com.br
Teorias da Administração Científica
Jornalista responsável: Jornalista Roberto Maia Farias. (MTE 3543/CE)
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Curso de Passadoria IEP e Delav
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Teoria versus Prática em Administração: A falsa dicotomia
O que é uma Não Conformidade?
Antiga Lavanderia de Bairro
22 Quais os 5 tipos de Comprometimento Organizacional?
26 Administração do tempo: 12 dicas para produtividade
32 Cuidados na remoção de manchas em tecidos
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Editorial
Eu quero um cliente!!! O grito ecoa em busca de um bem precioso e, atualmente, escasso. Escasso não porque houve redução do número de pessoas àvidas para consumir. Escasso pois, para ser aceito como cliente, deve comprar, e pagar pelo produto ou serviço adquirido. Aí a grande diferença. Se o cliente compra e não paga é pior do que não vender. Se o cliente não compra, o comércio não vende, acumula estoque (mas não perde) e as fábricas não produzem (mas também não perdem estoque ao vender para quem não paga). O impacto da cadeia de consumo nasce no cliente e chega ao final na indútria. O impacto da demissão é inverso. Inicia na indústria e vai finalizar no comercio. Bom, mas não estamos aqui para discutir economia, seja ela micro ou macro. A crise é para todos, uns perdem outros ganham. Pensem nisso. Exemplo: Lei da empregadas domésticas. Alguns foram contratadas, outras demitidas. Fortaleceu um mercado já existente, as diaristas. A lavanderia ganha sempre, pois, na macro ou na micro economia, lava-se roupa. Com PEC das domésticas ou não lava-se roupa. Com invasão têxtil dos Orientais, lava-se roupa. Não estamos afirmando que não impactou na frequência dos clientes na lavanderia. Na crise, a primeira coisa a fazer é olhar o mercado e não só o negócio. Talvez a lavanderia (algumas) não tenha saido de dentro da lavanderia para olhar como o mundo lá fora esta girando. Segundo dados (ver fonte no rodapé), apenas 3% da população A e B lavam roupas em lavanderias domésticas Isto significa que lava-se para uma amostra insignificante do mercado. São 97% somente da classe A e B. A população C, D, E e F.... Z lava a sua roupa também. Cuidar da lavanderia não é somente lavar a roupa. Cuidar da lavanderia é administrar a lavanderia como um negócio e não somente como uma etapa (lavagem) do negócio. A administração cuida do negócio. A Administração é um “farmácia”. Lá existem remédios que, se ministrados adequadamente, permitem a
O planejamento é a super vitamina da “farmácia” administração. Costumo dizer, para quem não acha importante planejar que: “a maior vantagem do planejamento é saber o dia que vai quebrar.” Evita-se aumentar a dívida. sobrevida às organização (pacientes) mais críticas. Existem também vitaminas que podem manter a organização mais saudável. Porém, o médico (administrador) de empresas deve ser competente ao realizar o diagnóstico. Se avaliar errado, não vai tratar a doença e pode matar o paciente. O planejamento é a mais precisa das vitaminas existentes na “farmácia” administração. Costumo dizer que: “a maior vantagem do planejamento é saber o dia que vai quebar”. Como assim? As vezes, continuamos trabalhando cada vez mais pesado, cada vez investindo mais, cada vez, aumentando o debito (emprestimos) para pagar contas. Na realidade não percebemos se estamos crescendo ou quebrando. Quando o 5o dia útil se aproxima e você não consegue dormir, é necessário “acordar” para o planejamento. O Planejamento é uma das vitaminas do “coquetel” da empresa de sucesso. O coquetel é composto pelas vitaminas P - O - D - C. (Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar
3 Não é assim! não tenho tempo! Isso é coisa para grande empresa! To correndo em busca de pagar as contas!
As certificações de qualidade podem comprovar a sua qualidade para os seus atuais e futuros clientes.
Eu costumo dizer: Você está andando em círculos e não percebe, você nunca vai ter tempo para fazer nada se não romper, agora, com o empirismo e olhar para a ciência. As teorias quando aplicadas às práticas existentes tem-se como resultado a produtividade com qualidade.
Porém como comprovar para os futuros clientes?
Esta é uma edição especiail pois trata de um exemplo de produtividade com qualidade. Podemos considerar como um marco para o mercado de lavanderias. Em Agosto de 2016 foi certificada pelo Programa Nacional de Certificação de Lavanderia - PNCL, a 1a Lavanderia do Brasil. A certificação é concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT em SP. Estamos falando da Antiga lavanderia de Bairro (ver reportangem a seguir). Porque o IEP criou o PNCL? Todos falam da qualidade dos seus produtos e servicos realizados. Todos falam que procuram fazer o melhor ou até dizem que “somos os melhores do mercado”. Até então nenhuma novidade, embora sem base nenhuma, ninguém fala mal do seu negócio. Porém, “como o cliente pode comprovar que, realmente a sua empresa tem e se compromete com a cultura da qualidade nos seus atos cotidianos”? Para o Engenheiro Vicente Falconi, o homem da qualidade no Brasil, “Você deve ser o melhor naquilo que faz, não existe outra alternativa para ter sucesso” Argumentar que tem uma grande, ótima, boa qualidade não garante a qualidade. A qualidade no que faz deve ser comprovado pelos seus clientes e não clientes. Mas como você faz para provar que tem qualidade para os não clientes?
Certificando sua lavanderia com programas que atestem a qualidade dos serviços, comprovar a sua essência sustentável e a responsabilidade social. O crescimento do estoque de clientes é o que faz a empresa crescer. Esta migração de clientes ocorre porque alguém mudou um costume ou abandonou um outro fornecedor. Certificar uma empresa é comprovar para o cliente que existe comprometimento com o serviço ou produto fornecido. Muita gente reclama que o cliente não é fiel. O que é ser fiel? É vir sempre a sua empresa, comprar o seu produto ou serviços, pagar e nunca reclamar, não ter o direito de procurar outro serviço melhor? Você faz controle de frequência de clientes? Controla sua satisfação, insatisfação, toma alguma atitude para não repetir o erro com mais ninguém, ou somente aquela ordem: “daqui pra frente eu mesmo vou cuidar deste cliente”. Pesquisa o mercado? sabe o que há de novo em manchas? tecidos? costumes etc. Ou apenas aguarda a chegada do cliente com “as bombas” na mão. Se você quer cliente de qualidade, tem que retribuir com qualidade. Se voce quer cliente fiel, você tem que ser fiel ao mesmo também. Não ser fiel ao cliente, por exemplo, é ter um belo cesto para receber a roupa e na sala de lavagem jogar a roupa no chão pois vai utilizar o mesmo cesto para receber outra roupa. Não ser fiel ao cliente é uma boa água gelada e cafezinho na recepção e não ter condições salubres na sala de lavagem.
Todo mundo quer o cliente fiel, porém poucos querem ser fiel ao cliente, cumprindo com qualidade o que foi prometido como produto ou serviço.
Planejamento
Organização
Direção
Controle
• Definir visão, missão e valores.
• Definir cargos e setores
• Designar as pessoas
• Definir os padrões
• Coordenar esforços
• Implantar indicadores
• Definir mercado
• Dividir tarefas
• Comunicar
• Definir metas e Objetivos
• Alocar recursos
• Motivar
• Monitorar desempenho
• Definir autoriade e responsabilidades
• Liderar
• Definir plano Estratégico • Definir Plano Tático • Definir o Plano Produtivo
• Determinar fluxos e logísitca na organização
• Orientar
• Verificar avarias • Corrigir discrepâncias • Controlar recursos
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Qualidade Total – o que é e como funciona? http://www.sobreadministracao.com/qualidade-total-o-que-e-e-como-funciona/
Nós já falamos alguma vezes aqui no blog sobre qualidade em processos, no atendimento e na produção de produtos e oferta de serviços. Hoje falaremos um pouco sobre o que é e como funciona a qualidade total. Sabemos que a qualidade pode ser definida, de forma bem resumida, como o “atendimento pleno das necessidades de um cliente”. E que este atendimento pleno às exigências de nossos clientes depende da implantação de processos de melhoria contínua. Assim, podemos dizer, então, que a qualidade total é uma decorrência da aplicação da melhoria contínua em processos dentro de uma empresa.
A Qualidade Total deve ser aplicada a todas as áreas e níveis da empresa, devendo sempre começar pelo comprometimento da alta administração.
com comprometimento total da alta administração. Este apoio é fundamental para o sucesso da abordagem. Etapas da qualidade total A melhoria contínua e a qualidade total são abordagens incrementais para obter excelência em qualidade dos produtos e processos. O objetivo é fazer acréscimos de valor continuamente. De acordo com o mesmo autor, ambas as abordagens seguem um processo composto das seguintes etapas: É conhecida como “total”, uma vez que o seu principal objetivo é a implicação não apenas de todos os escalões de uma organização, mas também da organização estendida, ou seja, seus fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios. Segundo Chiavenato, em sua obra “Introdução à Teoria Geral da Administração” enquanto a melhoria contínua da qualidade é aplicável no nível operacional, a qualidade total estende o conceito de qualidade para toda a organização, abrangendo todos os níveis organizacionais, desde o pessoal do escritório e do chão de fábrica até a alta cúpula em um envolvimento total. A qualidade total deve ser aplicada a todas as áreas e níveis da empresa, devendo sempre começar do topo,
• Escolha de uma área de melhoria; • Definição da equipe de trabalho que tratará da melhoria; • Identificação dos benchmarks; • Análise do método atual; • Estudo piloto da melhoria; Implementação das melhorias. O Gerenciamento da Qualidade Total (Total Quality Management – TQM) é um conceito de controle que atribui às pessoas, e não somente aos gerentes e dirigentes, a responsabilidade pelo alcance de padrões de qualidade. A Qualidade Total está baseada no empoderamento das pessoas (empowerment), que
5 proporciona aos funcionários a autoridade para tomar decisões que normalmente eram dadas aos gerentes. Assim, os funcionários podem resolver questões sem ter que consultarem seus gerentes a todo o momento, poupando tempo e agilizando a resolução de problemas. Este processo de empowerment traz diversos benefícios, tanto para a empresa quanto para os clientes, que tem suas necessidades atendidas em pouco tempo. Assim, a empresa economiza tempo e dinheiro, e ainda proporciona a satisfação de seus clientes. O gerenciamento da qualidade total trouxe técnicas muito conhecidas e já discutidas aqui no blog, entre elas: Enxugamento (downsizing), Terceirização (outsourcing) e R edução do tempo do ciclo de produção. Os 10 mandamentos da Qualidade Total • Satisfação do cliente; • Delegação; • Gerência; • Melhoria Contínua; • Desenvolvimento das pessoas; • Disseminação de informações; • Não aceitação de erros; • Constância de propósitos; • Garantia de qualidade; • Gerência de Processos.
Gustavo Periard Administrador apaixonado por disseminar todo conhecimento possível sobre Administração na internet.
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Teoria Versus Prática em Administração: A falsa dicotomia Bráulio Wilker O artigo questiona a falsa dicotomia entre teoria e prática e enfatiza a importância da teoria para a Administração. "O administrador não pode se limitar a um pragmatismo superficial e ao desprezo pelo conhecimento. Todo administrador busca resultados, mas sem a teoria adequada para chegar lá será apenas um palpiteiro ou chutador às cegas." “A experiência direta é o subterfúgio, ou o esconderijo, daqueles que são desprovidos de imaginação. Os homens de ação são os escravos dos homens de entendimento. As coisas não valem senão na interpretação delas. Uns, pois, criam coisas para que os outros, transmudando-as em significação, as tornem vidas. Narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido.” (Fernando Pessoa). O conhecimento em Administração progride com base na pesquisa científica e nas observações vindas da prática. Em outros termos, a Administração não é somente pesquisa ou somente observação. As teorias administrativas são construídas sempre associadas às observações práticas. A administração, pela sua complexidade, pode ser entendida, simultaneamente, como uma ciência, uma tecnologia e uma arte. Administração: ciência, tecnologia e arte
As teorias, entretanto, nem sempre são embasadas apenas na prática. Muitas teorias são formuladas com base em outras teorias, o que cria novas práticas, a inovação. Uma nova teoria, portanto, cria novas práticas. Toda inovação surge primeiro na mente de seu criador, somente depois de muito trabalho é que a inovação se torna uma realidade. Um arquiteto primeiro sonha, planeja, faz esboços, desenhos… somente depois de muito trabalho é que sua criação se torna uma realidade. Inovação, portanto, não vem de músculos, mas sim do cérebro. Os únicos seres essencialmente práticos que conheço são os animais. Os animais não fazem planejamento estratégico para os próximos cinco anos, não criam cenários para o futuro, não inovam, não são criativos. O que nos faz humanos, portanto, é a capacidade de criar, ter ideias, questionar a realidade, aprender com o passado, analisar o presente, planejar o futuro, criar literatura, arte, e ciência. Como tecnologia, a Administração faz uso das técnicas, modelos, metodologias, práticas, ferramentas conceituais e teorias científicas para dar eficiência e eficácia às empresas e administradores. Enquanto tecnologia, a aplicação do ferramental científico deve ser mensurada em termos dos resultados gerados. A Administração enquanto tecnologia busca aplicar as teorias e conceitos científicos da Administração enquanto ciência. Em outras palavras, a Administração como tecnologia é a aplicação da ciência administrativa. Como arte, a Administração faz uso da intuição e da criatividade para mudar, quebrar paradigmas, inovar e transformar as empresas. Enquanto arte, a Administração usa seu arcabouço teórico e prático de forma abrangente para criar o novo. Por outro lado, a administração artística pode fazer uso de conceitos, técnicas e metodologias das demais ciências com o mesmo propósito. Aprender com a experiência “Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.” (Confúcio)
Como ciência, a Administração é embasada em sólidos conhecimentos científicos, em métodos e teorias acerca de evidências que são criticadas, analisadas, testadas e experimentadas na prática. Em outras palavras, a prática e a observação servem de base (matéria-prima) para a formulação de teorias e conhecimentos científicos. Por outro lado, a prática é a demonstração da teoria; e a teoria é a explicação da prática. Quando a teoria diz uma coisa e a prática mostra outra, ou a prática não foi realizada conforme a teoria, ou a teoria está errada, devendo ser reformulada. Não há, portanto, qualquer conflito entre teoria e prática.
"O tempo é um grande mestre; tem, porém, o defeito de matar os seus discípulos." (Hector Berlioz) A experiência em si não leva, necessariamente, ao aprendizado. De fato, é possível ter muitas experiências e não aprender com elas, repetindo sempre os velhos erros. A aprendizagem ocorre quando refletimos (teorizamos) sobre nossas experiências. Esse tipo de aprendizagem é válido, entretanto leva tempo, afinal vivemos, segundo expectativas otimistas, míseros 2,5 bilhões de segundos. Nosso tempo é limitado.
7 Peter Drucker dizia que o tempo é o único recurso que não poder ser recuperado. Ou seja, o número de experiências que podemos ter é limitado. Quanto tempo você levaria para descobrir os 118 elementos da tabela periódica sem nenhuma aula ou teoria de química? Outro problema é que as experiências são dolorosas. Imagine ter que aprender a escolher o melhor investimento para uma empresa. Entre duas opções você escolhe a primeira. Se a escolha der lucro, você fez a coisa certa; se a empresa falir, você escolheu a opção errada. Portanto, aprender pela experiência (por tentativa e erro) é útil, mas leva tempo e custa caro. Outra forma de aprender é com a experiência e conhecimento adquirido pela humanidade durante milênios. Aprender pelo estudo da história, da filosofia, das ciências e das artes é bem mais rápido e menos penoso que aprender pela experiência própria. Essa é a razão da existência da cultura. Cultura é o conjunto de conhecimentos adquiridos pelo homem e transmitidos de geração a geração, com sucessivos incrementos e transformações. Esperar que alguém aprenda por experiência própria o que a humanidade levou milênios para aprender é supervalorizar a experiência individual. Por outro lado, o homem somente é um ser cultural por que é capaz de teorizar, analisar situações complexas, estudar o passado, compreender o presente e criar o futuro. Logo, a experiência, para ser transmitida, precisa ser teorizada. Em outras palavras, o conhecimento tácito precisa ser transformado em conhecimento explicito. Importância da teoria. A Administração é voltada para objetivos. A aplicação de conceitos, teorias e conhecimentos científicos é que possibilita o alcance dos objetivos. Teoria e conceitos sem ação não levam a lugar algum, entretanto ação sem conceitos é alienação. A administração, como as demais ciências, vem incorporando as mudanças do mundo contemporâneo. Ideias como eficiência, eficácia, produtividade, lucratividade, estratégia, sustentabilidade, responsabilidade social são conceitos totalmente abstratos e intangíveis. Daí a importância da teoria para saber lidar com situações abstratas e intangíveis e criar novas situações. Basear-se apenas na experiência é manter o status quo, você sabe de onde veio, mas não sabe para aonde vai.
Diria que ações sem conceitos levam à alienação, ou seja, a pessoa faz algo que é sem sentido para ela. “Por que você está fazendo isso?” “Ah, porque o patrão mandou!” Em outras palavras, sem teoria, as pessoas desempenham funções sem saber o porquê, sem entender a importância de sua tarefa para a empresa e para a sociedade como um todo. Uma teoria nunca é uma verdade acabada e definitiva. Uma vez aplicada à prática, estará sujeita a reelaborações e reestruturações vindas da crítica e experiência. As teorias são reformuladas, redefinidas, o que gera novas ideias. Em outras palavras, a teoria é um ponto de partida para se chegar a patamares mais elevados, ou seja, para inovar. Conforme Chiavenato: “O administrador não pode se limitar a um pragmatismo superficial e ao desprezo pelo conhecimento. Para tanto, deve pensar, refletir sobre sua própria realidade, agitar ideias, plantar indagações, problemas e questões ou buscar teorias gerais que o ajudem a desenvolver conceitos e modelos capazes de proporcionar sucesso na profissão. Sobretudo refletir sobre sua realidade no sentido de transformá-la continuamente. Para melhor! O administrador precisa ser um agente ativo e proativo na transformação social de nossas organizações. Todo administrador busca resultados, mas sem a teoria adequada para chegar lá será apenas um palpiteiro ou chutador às cegas. Teorias científicas são declarações que predizem como o mundo real vai responder quando provocado de certa maneira. E o que afirma ou nega qualquer teoria é a resposta que o mundo dá a ela.” Não há, portanto, dicotomia entre teoria e prática. A relação da teoria com a prática é sinérgica, ou seja, uma potencializa a outra.
http://www.bwsconsultoria.com/
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O que é Não Conformidade? Jeison Arehart de Bastiani Camila Sotero
Uma não conformidade está relacionada a processos que geraram resultado insatisfatório, ou seja, produtos não conformes, que não atendem determinado requisito como, por exemplo, no caso de normas como a ISO 9000:2008, ISO 14001, ISO/IEC 17025 entre outras.
sempre fazer corretamente o trabalho, mas tendo como objetivo satisfazer os clientes internos e externos.
Para que os processos não gerem produtos não conformes, as empresas adotam cada vez mais sistemas de gestão, como a norma ISO 9001, que proporciona a padronização dos métodos e práticas de uma organização evitando assim produtos fora dos requisitos esperados pelos clientes. Diferença entre Não Conformidade e Defeito É comum algumas pessoas confundirem não conformidade com defeito, mas os mesmos não são sinônimos. Todo defeito é uma não conformidade, mas nem toda não conformidade representa um defeito. O produto não conforme é o resultado de um processo que gerou determinado item fora do esperado, isto é, o não atendimento completo de um requisito. O defeito é mais específico e pode ser definido como o não atendimento de um requisito relacionado ao uso pretendido ou especificado do produto. Uma não conformidade não afeta seu uso do produto, ao contrário do defeito. Resumindo, um defeito torna o produto impróprio para utilização, a não conformidade apenas diz que ele está fora do padrão esperado. Melhoria contínua Os sistemas de gestão contam com várias ferramentas que podem ser usadas para a gestão de não conformidades e melhorias de processos, pois através de sua gestão eficaz podemos criar estratégias que evitem sua reincidência, gerando vantagem competitiva para a organização e apontando caminhos para a melhoria contínua. Na gestão das não conformidades é possível identificar pontos de melhoria que podem aperfeiçoar os processos ou métodos de trabalho. A melhoria contínua é a busca da perfeição, indo além dos conceitos de qualidade, que é
Mas é preciso tratar as não conformidades? Sim, é fundamental. A empresa precisa estabelecer metas para garantir sua sobrevivência através de um plano estratégico que garanta a correção das não conformidades. As ferramentas da qualidade atuarão nas suas causas fundamentais, eliminando, revendo, verificando e registrando as não conformidades e conduzindo a sua análise. Atuando nas causas das não conformidades elas não ocorrem, e a empresa segue seu curso normal, sem gastar tempo e recurso em correções.
É comum confundir não conformidade com defeito. Um torna o produto fora do padrão, o outro impróprio para utilização.
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Jeison Arenhart De Bastiani Diretor Executivo da ForLogic Software, um dos criadores do Qualiex e criador do "Blog da Qualidade. Mestre em Engenharia da Produção pela UTFPR. Pai, empreendedor, e inconformado de plantão. Acredito na responsabilidade do indivíduo, no poder da qualidade e que podemos fazer diferente. contatos: twitter @jeisonab, Facebook ou do Google+.
Camila Sotero Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, atualmente produtora jornalística na empresa Rádio Graúna FM.
REFERÊNCIAS CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Nova Lima: INDG, Tecnologia e Serviços Ltda, 2004. HARRINGTON, James. Aperfeiçoando processos empresariais. Makron Books, Editora, São Paulo, 1993. MARSHALL JUNIOR, Isnard et al. Gestão da qualidade. 9. Ed., Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. MELLO, Carlos Henrique Pereira et al. ISO 9001:2000: Sistema de Gestão da Qualidade para Operações de Produção e Serviços. São Paulo: Atlas, 2002.
O Blog da Qualidade é mantido pelo Qualiex, software para Gestão da Qualidade e Excelência, que ajuda empresas na obtenção de certificações como a ISO 9001, ISO 14001, ONA, OHSAS 18000, ISO 17025, PBQP-h, entre outras.
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PNCL – Programa Nacional de Certificação de Qualidade para Lavanderia
Quem é quem? A Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT é o Foro Nacional de Normalização por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. Entidade privada e sem fins lucrativos, a ABNT é membro fundador da International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização – ISO), da Comisión Panamericana de Normas Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas – Copant) e da Asociación Mercosur de Normalización (Associação Mercosul de Normalização – AMN) Desde a sua fundação, é também membro da International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC).
A ABNT é responsável pela publicação das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). Desde 1950, a ABNT atua também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para certificação de produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está fundamentada em guias e princípios técnicos internacionalmente aceitos e alicerçada em uma estrutura técnica e de auditores multidisciplinares, garantindo credibilidade, ética e reconhecimento dos serviços prestados. Trabalhando em sintonia com governos e com a sociedade, a ABNT contribui para a implementação de políticas públicas, promove o desenvolvimento de mercados, a defesa dos consumidores e a segurança de todos os cidadãos. O Instituto de Estudo e Pesquisa Planeta Lavanderia é a reunião de profissionais com larga expertise na atividade lavanderia em áreas como engenharia, tratamento de água, qualidade, gestão de métodos, processos, produtos, gestão e capacitação de Pessoas e de qualidade de vida no trabalho. O objetivo do IEP é contribuir com a evolutividade da qualificação dos serviços de lavanderia. Este objetivo pode ser verificado nas diversas ações implementadas pelo IEP tais como, o site Planeta Lavanderia (site de busca de lavanderias por proximidade, por regiões, por atividades), o site Portal da Lavanderia (cadastro de fornecedores de produtos, equipamentos e serviços para lavanderias), a revista digital Revista Planeta lavanderia, o Programa Ponto de vista (com acesso via sites IEP). A missão do IEP é contribuir na busca da melhoria das competências pessoais, empresariais, na produtividade e na rentabilidade das lavanderias pelas informações técnicas referenciadas e com alto nível de excelência. A Visão do IEP é ser o veículo referencial de qualificação e qualidade da lavanderia optanto pelos valores Éticos, justos e dignos. Os esforços empreendidos pela equipe do IEP já demonstram claramente os objetivos: Alavancar o mercado de lavanderias apoiando sempre os empresários que queiram ser rentáveis e produtivos praticando a qualidade por serviços fieis e dedicados.
11 Desde 1950, a ABNT atua na área de certificação, ganhando respeito e confiança de grandes e pequenas empresas, nacionais ou estrangeiras, que recebem os mais diversos tipos de certificados. A ABNT Certificadora realiza auditorias para certificação de produtos em mais de 20 países, tendo atuação marcante nas Américas, Ásia e Europa. O que é Certificação e como obtê-la? A Certificação é um processo no qual uma entidade de 3ª parte avalia se determinado produto atende às normas técnicas. Esta avaliação se baseia em auditorias no processo produtivo, na coleta e em ensaios de amostras. Estando tudo em conformidade, a empresa recebe a certificação e passa a usar a Marca de Conformidade ABNT em seus produtos. Diferente dos laudos e relatórios de ensaios que servem para demonstrar que determinada amostra atende ou não uma norma técnica, a Certificação serve para garantir que a produção é controlada e que os produtos estão atendendo às normas técnicas continuamente. O processo de Certificação não é complicado e qualquer empresa pode obtê-la, bastando demonstrar e garantir, através de documentos, que seu processo produtivo é controlado e que seus produtos estão sendo fabricados em conformidade às normas. Para que uma empresa possa obter a certificação, o primeiro passo é solicitar a adesão à certificação junto à ABNT (certificacao@abnt.org.br). A ABNT irá encaminhar todos os documentos necessários para o seu processo. A parceria do IEP com a ABNT torna o programa mais rápido e possível para a maioria das lavanderias. A assessoria dada pelo IEP pode contribuir para deixar a sua lavanderia pronta para receber a auditoria ABNT. A parceria com o IEP permite que lavanderias de diversos setores (hotéis, hospitais, motéis, clínicas, domésticas, toalheiros, pets, alimentícias, quer sejam pequenas, médias ou grandes, tenham o mesmo benefício da qualidade. Os programas foram elaborados de forma simples, porém objetiva. Não há dúvida de que a Certificação ABNT destaca e diferencia a empresa, seus produtos e serviços, dos demais concorrentes, além de agregar valor à Marca e facilitar a introdução de novos produtos no mercado. Tecnicamente, garante a conformidade, qualidade e segurança, elevando o nível de produtos e serviços, reduzindo perdas e melhorando a gestão do processo produtivo. O que é necessário para certificar um produto, serviço ou sistema? Para que uma empresa possa certificar um produto, serviço ou sistema é necessário atender aos requisitos da norma técnica de referência, bem como dispor de instalações, pessoal, equipamentos e procedimentos documentados que permitam evidenciar que a empresa controla as atividades relacionadas ao objeto da sua certificação. Principais benefícios da Certificação: • • • • • • • • • • •
Promover o comprometimento com a qualidade; Medir a melhoria continua do desenvolvimento do negócio; Assegurar eficiência e eficácia do produto, serviço ou sistema; Introduzir novos produtos e marcas no mercado; Reduzir perdas no processo produtivo e melhorar a sua gestão; Diminuir controles e avaliações por parte dos clientes; Fazer a diferença frente à concorrência desleal; Melhorar a imagem da organização e de seus produtos ou serviços junto aos seus clientes; Assegurar que o produto, serviço ou sistema atende às normas; Tornar a organização competitiva com produtos em conformidade às normas técnicas. Eliminar as diferenças entre grandes organizações.
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O IEP e a ABNT fecharam acordo de parceria brindando as lavanderias o direito de conquistar a qualidade por um Instituto reconhecido internacionalmente. Como funciona o processo de Certificação? A lavanderia solicita a ABNT a adesão ao PNCL ao preencher um formulário com os principais dados da empresa como razão social; endereço; CNPJ; Cópia do Alvará e documentos que comprovam a constituição legal da empresa. Após a verificação da documentação a ABNT envia a proposta para auditoria de certificação da lavanderia. Após aprovada a proposta pela lavanderia, a ABNT e a lavanderia marca a(s) data(s) para a realização da auditoria. Nesta visita, o auditor faz a avaliação documental e de constatação dos requisitos necessários e recomendados pelo PNCL - Programa Nacional de Certificação de Lavanderias. Se todos os itens considerados obrigatórios estiverem conforme a lavanderia estará apta a receber a Certificação PNCL pela ABNT. Em caso de não conformidade dos itens obrigatórios a lavanderia pode solicitar uma nova data para reapresentação dos itens não conforme. Esta nova data será confirmada entre a ABNT e a lavanderia.
• Fornecedores. Legalidade dos fornecedores e produtos • Fornecedores de produtos químicos. A validação, segurança e manuseio dos produtos químicos adquiridos pela lavanderia. • Fornecedores de Equipamentos. Especificações de compra, manutenção, atendimentos as NR pertinentes (NR 10; NR 12) etc. • Ciclo produtivo da lavagem e acabamento. Recepção, classificação, organização e limpeza da lavanderia, dos equipamentos etc. • Programa de Manutenção na lavanderia. Cronograma de manutenção preventiva, plano de melhoria etc. • POPs e manuais de procedimentos. Manual de Boas Práticas, POP por ações e setores, registro de conformidade, de ocorrências etc. • Percepção de Qualidade para clientes. Controle e rastreabilidade de peças, controle de rols, indicadores de consumo de insumos, medidas de sustentabilidade e economia, indicadores de crescimento de clientes etc. O PNCL induz a lavanderia a uma gestão por check list e por aplicação de indicadores. Não existe gestão sem controle e controle sem medidas
O que é auditado na lavanderia? • A legalidade da empresa. Pela confirmação dos documentos legais tais como o CNPJ, Alvará e documentos pertinentes. • Segurança e Estrutura Física. Extintores, controle de gás, água etc. • Ciclo produtivo de RH Documentos legais (e-social) em conformidade com a CLT.
A qualidade não distingue se a empresa é pequena, média ou grande, familiar ou não familiar. A qualidade é um desejo do cliente e como tal deve ser atendido.
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Quais os benefícios práticos da Certificação? O que a lavanderia ganha com isso? Qual o escopo da certificação, como comparar uma lavanderia doméstica de uma lavanderia hospitalar? Ao definir o PNCL, o IEP classificou 4 classes de lavanderias e classificou 4 tabelas de requisitos mínimos exigíveis para certificação de conformidade pela ABNT. As lavanderias são diferentes em métodos, processos, produtos e exigências legais, portanto, os critérios exigíveis para Certificação PNCL não podem ser únicos. As classes consideradas pelo IEP são • Lavanderias Domésticas; Lavanderias que lavam roupas sociais e do cotidiano das pessoas. Não estão inclusos uniformes de empresas. • Lavanderias Industriais não hospitalares; Lavanderias que lavam enxoval de hotéis, motéis, toalheiros, pet shop, restaurantes etc. • Lavanderias Industriais hospitalares e dos serviços de saúde. Lavanderias que processam roupas de clínicas, hospitais, casa de Idosos. • Lavanderias industriais sala limpa. Lavanderias que processam uniformes e enxovais de industrias alimentícias, explosivos, fármacos, produtos com risco de resíduos tóxicos e biológicos. Os requisitos sociais, legais e de qualidade são comuns a todas as lavanderia em menor ou maior exigência de acordo com a classificação da lavanderia. Os benefícios da Certificação PNCL se estendem a todas as áreas da lavanderia. A visibilidade e a expansão de mercado está entre os mais almejados, porém é importante lembrar que “Qualidade” se aplica em todos os sentidos sejam eles profissionais ou pessoais direta ou indiretamente para todos os envolvidos nos processos. A seguir listaremos inúmeros benefícios que sua empresa poderá obter com a certificação PNCL: A certificação PNCL é uma forma de alinhar objetivos e pensamentos, em prol da empresa como um todo. Ao implementar o PNCL, a empresa mostra ao colaborador que pensa no futuro, que não quer ficar estagnada no mercado, e acredita que melhorias devem ser realizadas e sugeridas continuamente. Assim, é muito provável que o profissional se sinta motivado a trabalhar melhor, rever conceitos, e abraçar as mudanças que a certificação beneficia. Ter profissionais focados e comprometidos é um diferencial considerável. Uma equipe motivada passa alegria para os que estão no entorno. Fornecedores, e principalmente clientes, são bem tratados, novas sugestões são feitas e colocadas em prática com maior interesse.
Além disso, o funcionário irá entender melhor os processos internos do lugar onde trabalha, e compreenderá que faz parte do processo como uma das peças fundamentais para o sucesso ou fracasso do mesmo. A satisfação do seu cliente como foco principal do negócio Esse é um dos principais benefícios do PNCL. A empresa como foco no cliente. Ao conhecer o que motiva um cliente a voltar voce consegue entende-lo e criar valor para os mesmos. É entender para melhor atender. Com o PNCL, você será capaz de monitorar os elementos básicos necessários para se criar valor para o cliente: qualidade, relacionamento, desempenho, preço e benefícios. Sem falar na economia gerada pela ausência de retrabalho e desperdícios. Clientes, mesmo que inconscientemente, percebem essas melhorias. E ter a imagem da empresa em alta na cabeça de todos é um excelente negócio. Portanto, a fórmula mágica: Satisfação do Cliente + Fidelização do Cliente = Relacionamentos Duradouros + Lucro para a empresa. Tudo isto está num programa de qualidade. Simples assim. Conquista de novos negócios e imagem perante ao mercado A certificação PNCL traz uma imagem reconhecida internacionalmente o que reflete na melhoria na gestão da qualidade e na percepção pelo cliente. Mostra que a empresa se preocupa com a forma como é vista pelos clientes, que deseja melhorar continuamente e está aberta a novas oportunidades e parcerias. Sem falar no mercado, onde quem não tem a certificação não pode entrar para competir em algumas concorrências. Se você almeja alçar vôos maiores, saiba que multinacionais ou grandes empresas exigem certificação de seus fornecedores e o PNCL é uma Certificação com a qualidade ABNT. Ou seja, sua empresa por si só é o seu cartão de visita. Utilize o PNCL como estratégia de melhoria e desenvolvimento do negócio. O reconhecimento virá como consequência espontânea. Economize recursos e invista no seu desenvolvimento Em curto prazo, a obtenção do PNCL traz melhorias nos processos internos da empresa, diminuindo retrabalho e desperdício, além de aumentar a qualidade do produto. Para empresas Certificadas por Programas de Qualidade, em longo prazo, é comum que se verifique aumento no faturamento da empresa, visto que os clientes tornam-se fiéis e a credibilidade dos serviços prestados determinou a chegada de novos parceiros comerciais. Não existe coincidência para o sucesso: as maiores empresas do mundo são certificadas. Competência e conhecimento andam de mãos dadas.
14 Benefícios do PNCL para as áreas de negócio O PNCL é globalmente benéfico para as organizações que implementam o Sistema de Gestão e que buscam melhorar a qualidade à longo prazo, pois com as ações que são realizadas no decorrer de alguns ciclos, a tendência é manter um histórico do comportamento dos seus processos e da sua evolução após a implementação. Ao aplicar os requisitos normativos na tomada de decisões do cotidiano da organização, as empresa têm sucesso na melhoria contínua da qualidade: 1. Maior Organização Interna: as informações passam a fluir de um setor para outro ordenadamente. Os problemas que travam a organização passam a ser identificados, tratados e até mesmo eliminados. 2. Melhor Desempenho do Negócio: ajuda os gestores a elevar o desempenho da organização, tanto internamente como perante os concorrentes. As atividades chave da organização passam a ser monitoradas e os resultados aparecem em curto, médio e longo prazo. 3. Melhor Desempenho Comercial: a certificação PNCL com a ABNT e o IEP, aliada ao marketing, alavanca a reputação da marca, pois demonstra que a organização é comprometida com padrões internacionais reconhecidos e com a melhoria contínua. 4. Economia e Redução do Desperdício: com o gerenciamento de materiais, a eficácia da produção pode ser destacada, trazendo benefícios
financeiros. Com o controle das não conformidades a organização reduz o retrabalho. 5. Aumenta a Satisfação dos Clientes: a certificação PNCL tem um requisito destinado à satisfação do cliente, assegurando que as necessidades dos clientes sejam consideradas e atendidas. Com isso a organização melhora o desempenho perante os clientes. 6. Maior Controle do Negócio pela Direção e Acionistas: o PNCL propõe que a organização se antecipe aos problemas ocorridos nos processos, antes que o problema ocorra efetivamente. Isso permite que a alta direção tenha uma visão prévia de possíveis falhas e melhorias a serem atingidas. A bem da verdade é que o papel aceita tudo. Ter a certificação no papel e não ter a cultura da melhoria contínua não adianta muita coisa. Se decidir por esse caminho, vai encontrar muitos desafios e muito, muito aprendizado. O que vai ser crucial para se destacar no seu meio. Ao mesmo tempo, iniciar e não continuar mantendo um programa de qualidade pode afastar clientes internos, fornecedores e clientes externos. Ou seja, sua empresa podem sumir do mercado. O IEP contribui com o acervo de arquivos no site www. planetalavanderia.com.br e www.portaldalavanderia. com. br, com os programas de treinamento e capacitação que buscam a melhoria da atividade econômica lavanderia.
O que dizem os especialistas em qualidade
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2 anos de muito sucesso não é por acaso A receita: Gratidão, Pontualidade, Zelo, Paixão, Disciplina e Qualidade. Faltava uma medalha de certificação Veio mais, veio um com reconhecimento Internacional. Ser agraciado pela ABNT e o IEP é uma forma de comprovar e reconhecer uma atitude: Acreditar na Ética e no trabalho. Nada é por acaso Não foi por acaso que a Antiga Lavanderia de Bairro foi a primeira lavanderia Certificada pelo Programa Nacional de Certificação de Lvanderias - PNCL. Não é necessário apenas querer a certificação. É necessário atitude de qualidade, comprometimento com os clientes, sensibilidade e responsabilidade social com as pessoas e respeito ao meio ambiente.
Mais do que isso, é necessário ser fiel ao cliente e não apenas esperar a fidelidade do cliente. Ser fiel ao cliente é cumprir o prometido. Não posso afirmar que lavo com produtos de qualidade e utilizar produtos de origem duvidosa. Não posso afirmar zelo pela roupa do cliente e tratar com desprezo e descuido meu prórprio colaborador. Não posso exigir recebimento se não cumpro com os meus pagamentos.
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19 A antiga Lavanderia de Bairro foi escolhida como lavanderia piloto para testar e aprimorar o PNCL. Porque a Antiga Lavanderia de Bairro? Foi uma decisão difícil escolher uma lavanderia doméstica, várias são reconhecidas como lavanderias com qualidade anunciada. A antiga Lavanderia de Bairro teve um ponto positivo que foi a imediata disposição para, juntamente com o IEP e a ABNT, debater detalhes do programa inúmeras vezes e sempre com técnica apurada. Foram várias visitas e em diferentes horários, ora na lavandeia, ora na ABNT, porém todas as discussões tendo como princípio a evolução do PNCL e da qualidade da Lavanderia. Para Rodrigo, já valeu a pena o PNCL. A percepção dos clientes é outra.
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Evento de Hotelaria Hospitalar em Recife - PE, discute da operação à gestão do setor com Marcelo Boeger
Entre os dias 17 e 19 de agosto se realizou a Feira Hospitalmed, em Recife, a segunda maior feira do país na área de Saúde e neste, tivemos entre outros Congressos e Workshps, o I Simpósio Hospitalmed de Hotelaria Hospitlar no Centro de Convenções de Recife. O Simpósio teve a abertura do Prof. MsC. Marcelo Boeger (consultor e Presidente da Sociedade Latino Americana de Hotelaria) e uma mesa redonda com a participação das Regionais do Rio de Janeiro, Brasília e Bahia com a participação de Raquel Regina (Hospital São Francisco de Brasília e Virgínia DI Túlio (assessora do COREN-BA), além de serem as respectivas presidentes de suas Regionais em seus Estados. Ainda contamos com um profícuo debate sobre enxoval hospitalar com Fábio Torres (Diretor da MRC) seguido da palestra de Fernanda Fatori, química da CleanMax que discutiram desde a evasão às manchas em enxoval hospitalares com um intenso debate público.
“Nosso objetivo está em sensibilizar os hospitais para este importante tema e profissionalizar cada vez mais nossa área de atuação por meio de eventos técnicos deste nível” (Prof. MsC Marcelo Boeger).
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A palestra de fechamento teve a brilhante presença do Arquiteto Lauro Miquelin (PhD e CEO da L+M arquitetura) discutindo aspectos estruturais versus operacionais de espaços e tecnologia. “Nosso objetivo está em sensibilizar os hospitais para este importante tema e profissionalizar cada vez mais nossa área de atuação por meio de eventos técnicos deste nível” - disse o Prof. MsC Marcelo Boeger ao público presente durante a abaertura. Uma confraternização com diversos hospitais celebrou o fim do evento, onde foi lançado o seguinte desafio: “Quem sabe em 2017, na próxima edição deste brilhante evento não possamos estar lançando a Regional PE da Sociedade de Hotelaria em Recife?
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Quais os 5 tipos de comprometimento organizacionais? Profissionais comprometidos e engajados com a organização se empenham mais, se dedicam mais e, consequentemente, produzem com maior qualidade. O comprometimento organizacional é, sem dúvida, o segredo do sucesso de qualquer organização. Isso porque o maior ativo de uma empresa são as pessoas. São os colaboradores que estão por trás das conquistas, lucros e resultados. Profissionais comprometidos e engajados com a organização se empenham mais, se dedicam mais e, consequentemente, produzem com maior qualidade. O comprometimento organizacional nada mais é do que um vínculo forte existente entre uma determinada empresa e um colaborador, estabelecido por meio de metas e objetivos de ambas as partes. Tipos de comprometimento organizacional Existem cinco tipos de comprometimento organizacional dentro do meio corporativo. Conheça cada um deles e suas principais características: 1- Comprometimento afetivo São colaboradores que mantém um vínculo sentimental e emocional com a empresa em que atuam. Estes profissionais sentem-se valorizados e têm orgulho em estar na organização, se colocando sempre à disposição para contribuir em prol da empresa. Neste tipo de comprometimento, os objetivos do funcionário estão aliados com os da empresa. 2- Comprometimento instrumental São colaboradores que dão importância ao salário e aos benefícios recebidos, ou que entendem que os custos de um desligamento seriam maiores do que se permanecer nela. Para eles, a questão financeira é um motivador que os mantêm ativos dentro do ambiente corporativo. Este tipo de comprometimento organizacional está relacionado a colaboradores com pouca qualificação profissional, e que precisam permanecer na empresa não porque querem, mas por necessidade.
3- Comprometimento normativo São colaboradores que permanecem em determinada empresa porque se sentem obrigados a estar dentro dela, seja por causa de um “débito” com a organização ou para retribuir um favor por algum benefício recebido. 4- Comprometimento sociológico Trata-se de uma relação de chefia e subordinação em que os colaboradores, normalmente com pouca qualificação e conhecimentos sobre de seus direitos trabalhistas, aceitam a dominação imposta pela empresa como algo normal ou natural. Normalmente, se mantêm na empresa muito mais pela garantia de um salário fixo do que por gostar de estar ali. 5- Comprometimento afiliativo Este tipo de comprometimento é estabelecido pela sensação de identificação e pertencimento do colaborador com a empresa. O profissional vê a relação de seus objetivos profissionais alinhados com os da organização, sem interferência de suas ambições ou projeções pessoais. Sua ligação é extremamente relacionada a fatores profissionais e ao seu crescimento na mesma. Este artigo contribuiu para você? Então lembre-se de curtir e compartilhar o conhecimento!
http://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/ quais-5-tipos-comprometimento-organizacional/
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Teorias da Administração Científica Roberto Maia Farias Como a teoria da administração científica contribui para a melhoria da qualidade na lavanderia? Algumas empresas falam em qualidade e gestão. Não há como falar de qualidade e gestão desconhecendo as Teorias da Administração. Teoria Científica – Taylorismo ou Administração Científica. O Engenheiro Americano Frederick Winslow Taylor (18561915), é considerado o “pai da administração científica” e um dos primeiros sistematizadores da disciplina científica da Administração de Empresas. Taylor aplica o método científico para garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Taylor buscava elevar o nível de produtividade (trabalhador produz mais em menos tempo sem elevar os custos de produção). Observou que os sistemas administrativos da época eram falhos: a) A falta de padronização dos métodos de trabalho; b) Desconhecimento dos administradores do trabalho dos operários; c) Forma de remuneração utilizada; c) Ausência da medida do tempo na tarefa. A noção do tempo deriva da observação de acontecimentos consecutivos, daí surgem as noções de “antes” e “depois”. Na mecânica clássica, (Newton), o tempo foi inserido de modo absoluto. O tempo absoluto, (Newton), é o que existe por si mesmo, independente das condições externas; decorre para todos os observadores em uniformidade. O tempo é um dos mais profundos mistérios para o ser humano. Ninguém pode definir com exatidão o tempo. Para Taylor, exatidão era o objetivo, por isso formular suas teorias com a medida do tempo. Jeremy Rifkin (1998) autor de The end of job (O fim dos empregos), falou na Time Wars: “Taylor fez da eficiência o modus operandi da indústria americana e a virtude central da cultura desse país. Ele teve, provavelmente, mais influência que qualquer outro indivíduo sobre a vida pública e privada de homens e mulheres no século XX”.
O ideal de Taylor tornou por ultrapassar o mundo da empresa e adentrou em tudo que diz respeito à vida do século XX. Taylor poderia ter imaginado que um dos modos de perceber a noção de tempo era imaginar um mundo sem tempo o que seria algo totalmente estático. Mas se algum tipo de movimento viesse a ocorrer, esse mundo sem tempo seria diferente “agora” em relação ao que era “antes”. O espaço de tempo – não interessando a sua duração – entre “antes” e “agora” indica que algum tempo deve ter passado. Portanto, o tempo e o movimento estão relacionados, porque a passagem de tempo depende dos movimentos que ocorrem. No mundo real, os movimentos não cessam nunca. Alguns acontecem apenas uma única vez, como por exemplo, uma folha caindo de uma árvore. Ao cair, já no chão, sofre transformações cessando seu movimento de queda. Outros movimentos são repetitivos, como nascer e o pôr do sol, e o quebrar das ondas do mar. Ao registrar esses acontecimentos reprisados, iniciou a medição do tempo. Na lavanderia tudo deve ser atrelado ao tempo. Taylor se identificou com o estudo do tempo para mostrar que suas avaliações tinham fundamentos, definindo Princípios Científicos para a administração das empresas. Tinha por foco solucionar os problemas que resultam das relações entre os operários dentro da empresa. Para Taylor o bom operário não discutia as ordens ou as instruções, simplesmente fazia o que lhe era dito. (hoje pode ser definido como POP ou processos). No ano de 1903, traz para apreciação o desenvolvimento dos estudos em que procurava chamar a atenção para a filosofia da direção; escrevendo as suas célebres idéias com o título de “Shop management” (Direção de oficinas). Três anos depois, publica “The art of cutting metals” (A arte de cortar metais), e ainda torna-se o presidente da Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos (American Association of Mechanical Engineers).
24 Em 1911 Taylor mostra ao mundo a sua mais importante obra “Principles of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica). Em suas primeiras páginas, Taylor afirma que: “O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”. (Taylor, 1911, p.no. 24). No seu 1o Livro (1903) - Shop management (Administração de Oficinas), Taylor expõe pela primeira vez suas teorias e propõe: a) Racionalização do trabalho: 1. Estudo dos tempos e movimentos; 2. Decompor, analisar e testar cientificamente o trabalho; 3. Padronização de métodos e ferramentas: metodologia a ser seguida pelos operários para garantia da qualidade das tarefas. b) Divisão do Trabalho: 1. Seleção: Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas tarefas. 2. Especialização do trabalho; 3. Treinar para que executem da melhor forma possível em menos tempo sem erros e desperdícios. c) Melhores salários: 1, Incentivo com a remuneração do trabalhador que deve ser feita com base na produção alcançada, gerando um incentivo para produzir mais. No seu 2o Livro (1911) - Principles of Scientific Management (Princípios da Administração Científica), Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os 4 princípios fundamentais da administração científica: a) Planejamento: 1. Utilizar o métodos cientifico para realizar o trabalho; 2. Eliminar os meios empíricos no trabalho (regra do polegar); 3. Sem avaliação do improviso e o julgamento individual; 4. O bom operário não discute ordens, nem instruções. Faz o que se manda. (manda quem pode, obedece quem tem juízo); 5. Trabalho planejado e testado, com movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução. b) Seleção e preparo dos trabalhadores: 1. Melhores operários para função certa; 2. Selecionar os operários de acordo com as suas aptidões; 3. Prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida. c)Controle: 1. Tempo e movimento na tarefa; 2. Controlar da produção e produtividade; 3. Certificar se a tarefa está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta. c) Execução: 1. O administrador deve se concentrar nas tarefas de grande importância (principio da exceção; 2. O trabalho mais disciplinado possível; 3. Tudo o que ocorrer na área da normalidade não deve ser objeto de preocupação da alta administração; 4. Distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível. Regras de Trabalho de Taylor a) Gerência: 1. Funcionário não dá ideias em troca de recompensas; 2. O patrão é independente das ideias dos empregados; 3. Metas fixas, jornadas de trabalho controlada; 4. O trabalhador só descansa quando autorizado; 5. Particularização para cada movimento; 6. O controle está na mão da gerência e não do trabalhador; 7. Controle de vadiagem (preguiça) e ritmo (lentidão). 8. O ritmo lento e a vadiação eram inimigas da produção;
9. Supervisão funcional: Operários fiscalizados por supervisores especializados, e não por uma autoridade centralizada; 10. Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais. b) Tecnologia: 1. Controlar o trabalho a qualquer nível de tecnologia; 2. Pesquisar / analisar o trabalho para render mais produção; 3. O trabalhador deve fazer apenas a função; 4. O trabalhador não pode analisar o trabalho (não era adequado, pois não tinha dinheiro, tempo e nem competência para isso); 5. A análise é responsabilidade da gerência. c) Organizar o trabalho: OS&M: 1. Eliminar movimentos inúteis – Layout; 2. Executar de forma mais simples a tarefa; 3. Estabelecer tempo mínimo e máximo para cada tarefa; 4. Estudo da fadiga na redução da produtividade (sem foco na saúde do trabalhador mas, a provável doença interferia na produtividade); Portanto, com a fadiga: Perde qualidade; Perde produtividade; Gera acidentes; Provoca rotatividade; Provoca doenças: (Conforto do trabalhador e ambiente físico); Menor conforto não gera produtividade; Maior conforto gera produtividade; Divisão do trabalho e especialização do trabalhador; 5. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos; Especialização nas atividades em que mais tivessem aptidões; 6. Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes (Incentivos salariais e prêmios por produtividade). 7. Padronização: Qualidade (Maior uniformidade = qualidade padronizada; Menor custo de perdas = Desperdícios; Trabalhadores supervisionados diretamente = Liderança; O homem é motivado por recompensas. 8. Salários; 9. Perfil Econômico; 10. Materiais (Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos). Benefícios atingidos aos trabalhadores e patrões. a) Benefícios dos empregados: Maior salário, quase o dobro; Maior salários comparados com escravos, imigrantes etc.; Trabalhadores mais valorizados: b) Maior prazer ao trabalhar; c) A sociedade tinha crédito por ele (Jornada de trabalho reduzida - A jornada era indeterminada e o Descanso Semanal Remunerado. d) Benefícios dos patrões: Melhor qualidade: menor defeito; Ambiente agradável de trabalho (Clima Organizacional); Redução de greves, conflitos, distúrbios etc; Redução de custos por eliminar inspeções e gastos desnecessários; Reduzir desperdícios = (Toyota, Kaizen, JIT etc.). Críticas ao Trabalho de Taylor A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico. Porém, a empresa é um sistema que movimenta-se conforme as condições internas e externas, portanto, um sistema aberto e dialético. Taylor foi criticado por ignorar a necessidade dos trabalhadores gerando conflitos entre gerentes e operários; os trabalhadores se sentem explorados; que eram uma peça do sistema; O trabalhador era um grupo e não um indivíduo; Transforma o homem em máquina,
25 uma engrenagem da produção, passivo e desencorajado de tomar iniciativas; A padronização é uma intensificação do trabalho, não é racionalizar; A superespecialização facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, reduz a satisfação e o trabalhador adquire apenas uma visão limitada do processo; Não leva em conta o lado social e humano do trabalhador; A análise de desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas pelo trabalhador na linha de produção; Propõe uma abordagem científica, mas carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico; Se restringe apenas aos aspectos formais da organização não abrangendo por exemplo o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais; Trata da organização como um sistema fechado sem considerar as influências externas. Taylor foi um homem comum, que resolveu estudar o tempo e os movimentos, para ajudar no
desenvolvimento industrial, e criar a “ciência da administração”. Conseguiu ter um discernimento de que é possível aplicar conhecimento ao trabalho. Taylor tinha diferentes valores em relação ao papel das pessoas. Enxergava a função do administrador separada da função do trabalhador. O trabalhador executa, e o administrador planeja e pensa. Taylor buscou e encontrou o absolutamente necessário. Iniciou e marcou a orientação da racionalização da produção, e da organização científica do trabalho. Peter Drucker escreveu em Management: “Está na moda hoje em dia desprezar Taylor por sua psicologia ultrapassada, porém ele foi o primeiro homem na história que não apenas deu valor ao trabalho como o encarou e estudou. Sua abordagem ao trabalho é, ainda hoje, fundamental. E, embora Taylor, em sua visão do trabalhador, tenha sido claramente um homem do século XIX, partiu de objetivos sociais em vez
de técnicos ou de lucro. O que levou Taylor à sua obra, e proporcionoulhe motivação permanente, foi primeiramente o desejo de libertar o trabalhador do fardo da lida pesada, destruidora do corpo e da alma. E, a seguir, a esperança de poder proporcionar ao trabalhador um estilo de vida decente, melhorando a produtividade do serviço”. (Drucker, 1977). Algumas críticas estão além das condições socioeconômicas do momento dos estudos de Taylor. Não se pode criticar com a visão contemporânea. É como questionar porque Pedro Alvares Cabral preferiu vir de Caravelas ao Brasil em 1500 se de avião não seria mais rápido.
Na lavanderia, as tarefas são definidas? Quais os tempos controlados? Quanto tempo e quantas pessoas estão envolvidas? Existem parâmetros de controle? Quais os indicadores?
Ao reconhecer trabalhadores não especializados, Taylor redefiniu tarefas e o tempo para cada uma dessas tarefas criando um Procedimento Operacional Padrão. A partir deste padrão de tempo e de produto, foi possível determinar a capacidade de produção de uma unidade de trabalho. A partir da capacidade de produção foi possível controlar os custos por unidade produzida e criar a curva de produtividade. Na lavanderia, quais os tempos controlados? Existem controle de tempo para receber a roupa do cliente? Para registrar no rol? Para enviar à produção? Para processar? Para realizar o acabamento? Quanto tempo e quantas pessoas estão envolvidas? Quais os tipos de insumos necessários? Custos de utilidades (água, energia, vapor) são controlados? Podem melhorar? Claro que sim. Então, se podem, é assim que as Teorias da Administração contribuem para a qualidade, rentabilidade, produtividade e sustentabilidade das lavanderias.
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Administração do tempo: 12 dicas para produtividade Ernesto Artur Berg
Eis aqui 12 dicas essenciais para você otimizar o uso do tempo e alavancar a sua produtividadade. 1. Estabeleça os objetivos com clareza. Tenha estabelecido bem claro para você o que pretende atingir de mais importante em dois ou três meses ou nas próximas semanas. Anote essas metas com destaque numa folha de papel e deixe-as sempre bem à vista. Isso fará com que não esqueça de suas metas. Lembre-se: barco sem rumo não chega a porto algum. 2. Faça uma lista diária e priorize as atividades. Isto é tão básico quanto o Manual de Primeiros Socorros. Relacione diariamente, numa folha de papel ou em sua agenda (pode ser notebook, tablet etc.), todas as atividades a serem cumpridas nesse dia e estabeleça prioridades começando sempre pelas mais importantes. Assim poderá monitorar o andamento dos trabalhos, em vez de perder tempo com picuinhas que engolem o seu tempo, deixando-o dopado, mas sem nada renderem de efetivo. Uma folha de planejamento diário será de muita utilidade para sua definição de prioridades, tanto de atividades a serem executadas quanto de telefonemas a serem feitos. 3. Delegue. Passe a bola aos seus subordinados, começando pelas rotinas e procedimentos operacionais. Depois, se puder, delegue também atividades e trabalhos de maior responsabilidade, desde que a pessoa esteja apta para assumir a tarefa. Caso contrário, treine-a. Delegando você estará livre para vôos mais altos e fazer coisas mais nobres. 4. Saiba tomar decisões. Não existe carteirinha de chefe que o salve de tomar, algumas vezes, decisões erradas. Uma decisão errada é, quase sempre, melhor do que não tomar nenhuma decisão. Mas abusar do erro é pior do que não tomar nenhuma decisão. Tente identificar as causas do problema mediante as clássicas perguntas:O Quê? Quando? Por Quê? Onde?
Quem? Quanto? Isolado o problema e descobertas as causas, tome a decisão. Se estiver em dúvida quanto à melhor decisão, pergunte às pessoas que já enfrentaram o problema como o resolveram. Pesquise também em livros, ou reúna seus subordinados e peça-lhes sugestões. Uma boa idéia é também procurar um especialista no assunto. 5. Saiba dizer NÃO. Não recusar nenhum serviço, por menos volumoso que seja, quando você já está atolado de trabalho até a ponta do nariz, não lhe trará nenhum reconhecimento de outros. Acabará apenas ganhando a taça do "Engole Sapo". Trabalhar muito é uma coisa, mas ser soterrado pelo trabalho é outra bem diferente. Se alguém (como seu chefe, por exemplo) quiser lhe empurrar um serviço e você estiver atolado, diga claramente que não tem condições de assumir mais um trabalho, sob o risco de comprometer seriamente o prazo e a qualidade do que você já está fazendo. Sugira outra pessoa e, se mesmo assim seu chefe insistir, faça com que ele assuma a responsabilidade pelos atrasos que advierem nas atividades que você já estava desempenhando. 6. Seja breve ao telefone. Ligações telefônicas constantes atrapalham e atrasam o trabalho. Depois das rápidas gentilezas iniciais vá direto ao assunto, seja breve e objetivo, sem entretanto perder a simpatia. Concluído o diálogo, agradeça e encerre o contato. A menos que você seja relações públicas, vendedor ou algo semelhante, não há motivo para esticar um telefonema. Imunize-se também contra interrupções telefônicas quando estiver concentrado num trabalho importante ou em reunião. Peça à secretária - ou a alguém - para anotar o número e ligue mais tarde. 7. Faça reuniões produtivas. Nada mais fácil do que dinamitar uma reunião. É só
27 introduzir assuntos não agendados, discutir assuntos triviais e irrelevantes e deixar que duas ou três pessoas brigonas monopolizem a reunião e fiquem discutindo entre si. Reuniões eficazes exigem um coordenador (para disciplinar a discussão e também marcar o tempo), assuntos previamente agendados do conhecimento de todos, participação e envolvimento dos participantes e, ao final, cópia para todos das decisões tomadas na reunião, com os compromissos assumidos por cada um (quem são os responsáveis pelas tarefas ou projetos) e as datas de realização. 8. Evite o perfeccionismo. "O perfeito é inimigo do ótimo", diz o ditado. A perfeição é desejável, mas raramente necessária. Isso parece estar acima do nível de compreensão do perfeccionista, o qual acha que tudo - de um simples bocejo à mais avançada astronave - deve ser impecável. Nada pode ter andamento sem antes passar pelo seu neurótico controle de qualidade - relatórios, projetos, digitação, cartão-ponto, limpeza, etc -, e assim decisões importantes e essenciais deixam de ser tomadas, porque o "deus-da-perfeição," excessivamente comprometido com a importância das picuinhas desnecessárias, não consegue ver as oportunidades passando ao lado. Se o ótimo já está ótimo, deixe o rio continuar fluindo, e não o impeça. Quase sempre o perfeito custa tempo, dinheiro e esforço que não compensam o trabalho. O perfeito só deve ser buscado quando for realmente imprescindível. 9. Saiba como usar sua energia trabalhando a seu favor. Todos temos um "relógio biológico" que regula nosso fluxo de energia no decorrer das 24 horas do dia. Pesquisas científicas comprovaram que nossa capacidade de raciocínio, criatividade e tônus muscular atingem seu auge entre oito e onze horas da manhã. Esse ritmo diminui quase pela metade no período da tarde e à noite não chega
a 20%. Nada melhor então do que remar a favor da maré. Pela manhã, sempre que possível, execute atividades nobres, que exijam clareza de raciocínio, dedique-se a um projeto importante, faça reuniões produtivas (e rápidas), estabeleça contatos essenciais etc. À tarde, de preferência, dedique-se mais a rotinas e trabalhos corriqueiros. Agora, se você gosta de testar seus limites de atleta olímpico, então na hora do almoço faça sempre refeições substanciais, com muita comida gordurosa e alguns drinques, em seguida, vá a uma reunião importante ou desenvolva um trabalho que exija concentração e veja os resultados. Serão péssimos. Entretanto, se você não quiser testar seus limites, então almoce com frugalidade e evite bebidas alcoólicas. Você continuará produtivo no período da tarde e com disposição até para algum trabalho à noite, se precisar. 10. Organize-se. Os sintomas da desorganização são: deixar tarefas inacabadas, fazer várias coisas ao mesmo tempo, incapacidade de concentração, adiamentos constantes, não programar suas atividades. Existem tarefas que exigem dias, semanas ou meses de trabalho, e muitas vezes não temos condições de alocar períodos de tempo sem que haja várias interrupções. Use então a "técnica da mortadela" Quem se propuser a comer uma mortadela de dois quilos de uma só vez é sério candidato a uma inesquecível indigestão. Mas, se ela for fatiada e consumida aos poucos, depois de alguns dias, não existirá mais nenhum pedaço dela. O mesmo se dá com tarefas trabalhosas e difíceis. Divida-as em porções menores e depois complete-as passo a passo. Neste caso é essencial estabelecer prazos e dividir o trabalho em etapas, completando um segmento de cada vez. Assim, você se sentirá gratificado ao perceber que já
28 completou uma parte do projeto e estará motivado para iniciar a próxima etapa. 11.Saiba o que fazer com os papéis (vale também para e-mails). Se você coleciona papéis em cima da mesa ou entope as gavetas com eles e sente-se incomodado com isso, então utilize estas alternativas: a. Jogar Fora. Pergunte-se:"Qual a pior coisa que poderia acontecer se eu jogasse esse papel no lixo (ou deletasse)?" Se a resposta for "nada", então jogue no lixo (ou delete) sem o menor constrangimento. Exemplos de papéis descartáveis: intermináveis folhetos de propaganda, folders de seminários e conferências a que não irá assistir, notícias obsoletas, informações que não são de seu interesse. b. Transferir. Transfira os papéis (ou e-mails) que não são de sua alçada ou do seu interesse ao chefe, colega ou subordinado etc. e que poderão ser de utilidade a eles. c. Agir. Se tiver que tomar alguma atitude em relação a algum papel (ou e-mail), tome logo, contanto que não interfira nas suas prioridades, a menos que seja algo mais importante
do que essas prioridades. Se você mesmo não puder executar as tarefas, então delegue-as a alguém. d. Arquivar. Se o papel (ou e-mail) tiver alguma utilidade futura, arquive-o. Assim poderá recuperar o documento futuramente quando necessitar dele. 12. Pratique a relação 80/20. Já no final do século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto afirmava: 80% das riquezas do mundo são produzidas por 20% das nações; 20% das riquezas restantes são produzidas por 80% das nações. Essa relação vale também para a administração: 80% que de importante você produz num dia vem de 20% de suas atividades; enquanto que 20% da produção de um dia vem de 80% de outros trabalhos. Descubra quais os 20% do seu trabalho diário (isto é, o que é realmente essencial em seu trabalho) que lhe dão 80% de produtividade. Descubra também quais as picuinhas, rotinas e atividades que tomam 80% do seu tempo e que lhe trazem apenas 20% de produtividade. Descarte-as quanto antes, pois elas o estão fazendo cair na armadilha
da improdutividade, camuflada sob a forma de muito trabalho. É bom lembrar que os "super" bemsucedidos raramente trabalham tanto quanto os meramente bemsucedidos: é que eles trabalham de um jeito mais inteligente. Falta de tempo é o eterno álibi dos incompetentes. A alta produtividade é o resultado dos que aprenderam a lidar com o tempo. Artigo condensado do livro Manual do Chefe em Apuros de Ernesto Berg, Juruá Editora. site http://www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com Acesse o site: www.institutojetro.com Fonte: URL: http://www.institutojetro.
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Site: www.institutojetro.com Título do artigo: Administração do tempo:12 dicas para produtividade Autor: Ernesto Artur Berg
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Curso de Passadoria IEP
30 A união faz a força. Unindo competências na capacitação como elemento potencial de crescimento e desenvolvimento da qualidade do mercado de lavanderias. IEP acredita na união de competências, a Delav acredita na capacitação no ser humano com elemento potencial de crescimento, a Equipe Sistema acredita no desenvolvimento do mercado de lavanderias e a ABNT certifica a qualidade desta união e de um novo caminho. O IEP – Instituto de Estudo e Pesquisa Planeta Lavanderia tem como objetivo agrupar profissionais e competências para gerar conhecimento e contribuir com a capacitação e o desenvolvimento das empresas de lavanderias. Portanto buscamos parcerias com profissionais com longa expertise em engenharia, educação, gestão e qualidade de vida no trabalho, cujo objetivo favorecer a melhoria do desempenho estratégico, tático e operacional através de informativos, dicas, cursos e conselhos técnicos. MISSÃO: Contribuir na busca dos serviços de lavanderias por usuários domésticos, institucionais e industriais, colaborar na melhoria das competências pessoais, empresariais, na produtividade e rentabilidade com informações técnicas referenciadas com alto nível de excelência. VISÃO: Ser o site referencial na busca dos serviços de lavanderia e na melhoria da qualidade das lavanderias de qualquer especialidade mostrando o valor econômico do segmento e sua participação e seu impacto na sociedade. VALORES: Ética, transparência, justiça, respeito e dignidade. Uma apostila foi preparaa esclusivamente para os participantes do curso que teve a excelente recepção da DELAV (Show romm em SP) e o apoio da Equipe Sistema, empresa já reconhecida no mercado pela sua referência tecnológica. A ABNT, certificadora oficial do PNCL Programa Nacional de Certificação de Lavanderias, presente ao encontro comprovando a seriedade do evento e das empresas apoiadoras. O IEP tem como objetivo agrupar profissionais e competências para gerar conhecimento e contribuir com a capacitação e o desenvolvimento das empresas de lavanderias.
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Momento mágico 1: Teoria e prática na passadoria. A competente Instrutora Leda Glosser tirando dúvidas e inserindo debates para melhoria do conhecimento dos alunos.
Momento mágico 2: A certificação dos alunos e o encerramento do 1o Curso de passadoria promovido pelo IEP.
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co c i n s a . á M pa b r u os e o d v o a r da em n ui c R s o s i a u
Na lavanderia, a roupa com manchas trazida pelo cliente ou não, removidas na lavagem, são pontos críticos da atividade, principalmente as não imediatamente identificadas. A tecnologia desenvolve e lança no mercado produtos para uso pessoal, alimentícios, de cosméticos, higiene, limpeza, medicamentos, etc., que são cada vez mais utilizados por todos os segmentos da sociedade, de uso contínuo ou intermitente. Estes produtos podem contribuir para o surgimento de manchas em roupas e, consequentemente, dificultar a sua remoção somente pelo processo de lavagem. Influência do tipo de fibra têxtil na sujidade A capacidade de um detergente, para remover sujidades, não depende somente dos fatores da sujeira, mas também do tipo de substrato têxtil. As fibras têxteis, que têm um elevado teor de cálcio na sua superfície (por exemplo, algodão), comportam-se de forma muito diferente do que aquelas com baixo teor de cálcio (por exemplo, fibras sintéticas). O tipo de fibra tem uma influência no grau de hidrofobicidade, hidrofilicidade, molhabilidade e na extensão da remoção de sujidade.
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A composição do detergente, contendo inibidores de incrustação, aumenta o poder de limpeza e a remoção das sujidades. A Física e a Química, no processo de lavagem, demonstram claramente, em termos de remoção de sujidade, os diversos efeitos que os agentes complexantes e tensoativos têm sobre uma série de fibras. Estes exemplos demonstram a forma sinérgica com a qual os surfactantes e agentes complexantes são complementares, não só no caso de sujidades mistas, mas também no que diz respeito à remoção das sujidades, a partir de diferentes fibras têxteis. Para lavar roupas e, principalmente, para remover manchas provocadas por sujidades, que não foram eliminadas nas lavagens, a ciência é um fator fundamental na seleção dos métodos, processos e produtos. O empirismo provoca despesas e pode provocar danos irreversíveis aos tecidos. Consulte sempre um especialista. A evolução e o bem-estar produzindo manchas A contribuição tecnológica dos produtos para a saúde, beleza, etc. continua avançando, inovando e deixando a lavanderia com graves problemas, principalmente
se alguns desses “produtos” provocarem “novas e desconhecidas” manchas nos tecidos. Os hábitos e costumes dos usuários são fatores fundamentais para provocar ou evitar essas manchas. Remover manchas é, sem dúvida, o maior tormento da lavanderia e, pensando nisso, catalogamos alguns métodos, processos e produtos e os procedimentos indicados pelos fabricantes de produtos químicos e as “descobertas” ocorridas na lavanderia, para remoção de manchas. As manchas catalogadas foram pesquisadas em manuais técnicos dos fabricantes, lavanderias industriais e profissionais da área, com ênfase especial a duas empresas: a Henkel e a Áurea Industrial. Embora a tecnologia química (dos produtos de lavanderia) evolua continuamente, não é possível admitir a existência de um produto especifico destinado à remoção de manchas ou da maioria das manchas Normalmente, utilizam-se produtos convencionais à lavagem; ou outros, tais como álcool, solvente, acetona, etc. A mancha mais facilmente removida, pela sua característica química
Hidrofobicidade: está associada à sua baixa/nenhuma afinidade com a água, ou seja apolar. Hidrofílicidade: está associada à sua maior/total afinidade com a água, ou seja, polar. Molhabilidade: habilidade de um líquido “molhar” uma superfície sólida. O grau de umectação (molhabilidade) é determinado por um equilíbrio das forças de aderência e coesivas.
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definida, é a de ferrugem. Essa mancha poderá ser removida facilmente com o produto “tiraferrugem”. O processo de remoção de manchas numa lavanderia efetuase, normalmente, nas operações de lavagem manual ou no molho. É com certeza o processo mais oneroso e por vezes não satisfatório. Gasta mais insumos, mais tempo e pode ocorrer o dano na peça Devemos considerar algumas regras básicas para a remoção de manchas, pois, se nenhum cuidado for exigido, fatalmente teremos a mancha e o tecido danificado (desgastado ou desbotado). É necessário, principalmente, um treinamento especializado para a aplicação dos produtos na remoção de manchas, uma vez que, normalmente, as concentrações, nessa operação, são muito altas e podem danificar irreversivelmente o tecido. A maneira encontrada para corrigir esse problema é evitar que certas manchas (de difícil remoção) possam ocorrer. É importante buscar essas origens e, consequentemente, corrigir os hábitos ou os abusos. A lavanderia pode orientar o cliente sobre manchas que podem ser evitadas, como por exemplo manchas de arraste (quando a peça é arrastada no piso).
Cuidados na remoção de manchas A remoção de manchas não é um sistema definido apenas com a seleção de produtos e processo. A experiência também pode determinar o sucesso da remoção de manchas, pois essa operação exige tecnologia, conhecimento e tempo de ação dos produtos. Na remoção de manchas, por vezes é necessário repetir o processo de remoção ou até combinar alguns produtos e processos. A experiência é fundamental na observação dos riscos dos danos no enxoval. Independentemente do processo utilizado para a remoção de mancha, é necessário que, para reduzir os danos físicos e químicos no enxoval, cada peça seja enxaguada, acidulada e amaciada. A remoção das manchas requer uso
prolongado de produtos químicos e, portanto, medidas de segurança ocupacional devem ser aplicadas. A utilização EPI é importante, assim como os procedimentos para descarte desses produtos ou soluções no meio ambiente. Os fabricantes de produtos químicos podem (devem) apresentar as Fichas de Emergência (FE) e as Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), com informações sobre os riscos aos usuários e sobre os métodos de neutralização dos efeitos degradantes à natureza, pela descarga direta dos produtos no meio ambiente. Procedimentos para evitar mancha São cinco passos importantes para evitar-se uma mancha: a) identificar, tecnicamente, as fontes de manchas; b) verificar se as fontes podem ser originadas por negligência, imperícia ou imprudência dos manipuladores da roupa. O treinamento e o comportamento da equipe podem contribuir para a redução da incidência de manchas; c) avaliar se o tipo de tecido é compatível com a utilização do mesmo. Tecidos coloridos, não resistentes às temperaturas, etc., não podem ser utilizados em ambientes de alto índice de manchas, que são removíveis por produtos em altas temperaturas; d) registrar e controlar a origem da mancha, se ocorre na hotelaria ou na lavanderia. O registro e o controle são
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Manchas na roupa ferramentas de apoio à gestão, pois contribuem para verificar se existem pontos de risco e se são passíveis de redução/eliminação; e) criar indicadores de qualidade e auditar se os procedimentos técnicos e comportamentais estão contribuindo para a redução das manchas. Evitar peças manchadas é um procedimento que deve ser conduzido por toda a equipe da hotelaria e da lavanderia. Essa acão deverá ser preventiva. Não se removem manchas sem danificar os tecidos. Qualquer que seja o procedimento, ele sempre provocará desgaste nas fibras. Algumas manchas abaixo podem ser evitadas, pois, além de serem consideradas de difícil remoção, o método e o uso de produtos para essas manchas são agressivos aos tecidos: • arraste; • clorexidina; • corantes; • gorduras; • graxas e óleos lubrificantes; • tintas de caneta; • tinturas, etc.
Cuidados podem reduzir/eliminar esses tipos de manchas e contribuir com a vida útil dos tecidos. Procedimentos para remoção de manchas • verificar o tipo de mancha; • classificar a roupa por tipo de mancha, cores e fibras; • verificar as instruções na etiqueta do fabricante do tecido; • testar a firmeza da cor em amostras do tecido; • evitar ressecamento da mancha: o molho evita o ressecamento; • molhar o tecido com água fria – nunca água quente (> 60º. c); • evitar a lavagem convencional com outras peças não manchadas; • escolher e orientar sobre qual o tipo de produto para remoção da mancha; • solicitar informações claras e objetivas dos fabricantes de produtos; • evitar “mágicas”.
Rotina de remoção de manchas em “molhos”: • molhar o tecido imediatamente; • selecionar o produto químico; • preparar o molho (solução do químico); • colocar a roupa na solução; • aguardar o tempo de molho; • verificar o resultado; • repetir se necessário. IMPORTANTE – Recomendamos: • evitar os molhos prolongados e as soluções concentradas de produtos; • intercalar a remoção das manchas sempre com enxágues; • cuidado ao misturar produtos: podem ocorrer reações com risco ao homem e ao substrato (tecidos);
• evitar que as peças passem no secador ou calandra manchadas; • verificar a probabilidade de haver sangria das cores; • lavar bem os recipientes, após uso • não misturar produtos puros ou concentrados; • evitar ações “mágicas”. IMPORTANTE Uso de alvejantes clorados em lavanderias: algumas manchas podem ocorrer durante o processo de lavagem em peças pessoais, domésticas ou industriais pelo uso de alvejantes clorados (hipoclorito, água sanitária, cloro orgânico) em pias e bancadas. mesmo sem o uso do cloro nesta lavagem específica. Alguns resíduos de cloro não neutralizados podem manchar peças de roupas coloridas. Recomendamos: que os ambientes estejam separados fisicamente (com cloro e sem cloro); que o ambiente seja acidulado (acidulantes) após o uso de alvejantes clorados; aplicar a fita de teste de cloro, para verificar se a superfície ficou isenta de cloro Principais removedores de manchas: • Acetona; Álcool • Ácido Cítrico; Ácido Fosfórico; Ácido Fluorídrico; Ácido Oxálico • Ácido Peracético; • Ácidotricloro – Cloro Orgânico em pó; • Bissulfito de Sódio; Hidrossulfito de Sódio; Tiossulfato de Sódio; • Enzimas ou produtos enzimáticos; • Hipoclorito de Sódio; Peróxidos de Hidrogênio; Perborato de Sódio; • Permanganato de Sódio; • Querosene; Tolueno; Varsol; Xilol Produtos químicos podem provocar danos ao ser humano, a superfícies (tecidos, equipamentos, bancadas, etc.) e ao meio ambiente. O manuseio inadequado por negligência, imprudência ou imperícia do produto químico pode levar à punição “justa causa”. Portanto: somente profissionais especializados podem recomendar o uso e a aplicação e a manipulação dos produtos químicos. Qualquer outra forma pode ser considerada como exercício ilegal da profissão.
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Eficiência e sustentabilidade energééca Sua lavanderia precisa reduzir custos de produção? Precisa melhora o rendimento do processo? Precisa ser sustentável? Inspeção de caldeiras, vasos de pressão e tubulações Calibrações de válvulas de segurança e instrumentos Medição de vazão de vapor, água e outros fluídos Auditoria energééca em sistemas de vapor e ar comprimido Diagnósscos e gerenciamento de purgadores de vapor Projetos de instalações de vapor, ar comprimido e outros fluídos Estudos de viabilidade de recuperação e aproveitamento térmico Treinamentos técnicos Serviços de construção e montagem Instalação e reparos de isolamento térmico Manutenção e assistência técnica de válvulas, purgadores e acessórios
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