Revista planeta lavanderia 8 2017

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Expediente:

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Parceria Revista Planeta Lavanderia. A primeira revista eletrônica para lavanderias do Brasil. Objetiva potencializar o conhecimento e as relações de negócios entre fornecedores de equipamentos e insumos utilizados nas lavanderias domésticas, industriais e especialidades no Brasil em prol do desenvolvimento do segmento. Direção Geral: IEP - Instituto de Estudo e Pesquisa Stort & Farias. Conselho Editorial: Walter Stort Junior; Roberto Maia Farias

TPM - Total Productive Maintenance ou Manutenção Total Produtiva

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Manutenção focada para a qualidade

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Classificação do tipo de manutenção

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Comercial/Marketing e Publicidade:

NEWBRAND SOLUTION Rua Caiubi, 490 – Perdizes – São Paulo – SP Fone (11) 3676-0801 - Cel. (11) 998966-4142.

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Gestão do Processo de Manutenção

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Plano de qualidade para produção de batatas fritas

Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores e não haverá alteração em seu contéudo sem prévia autorização. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Revista Planeta Lavanderia.

21 Baixe nosso aplicativo Planetalavanderia Acesse nossos sites: www.portaldalavanderia.com.br www.planetalavanderia.com.br

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Manutenção de soft

23 Sustentabilidade financeira com redução de custo sem perder a qualidade

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Jornalista responsável: Jornalista Roberto Maia Farias. (MTE 3543/CE)

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Gestão na manutenção predial

Cuidados na remoção de manchas em tecidos

Liderança nas organizações


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A manutenção é um conjunto de ações necessárias para manter ou restaurar um bem, uma peça, equipamento, máquina ou sistema, de forma a estabelecer uma condição operável objetivando atender a sua capabilidade e vida útil.

Editorial Manutenção Manutenção é isso: Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe. Quando algo vai mal, dizem que não existe. Quando é para gastar, dizem que não é preciso que exista. Porém, quando realmente não existe, todos concordam que deveria existir. A manutenção tem um finalidade direta: Manter a estrutura produtiva em operação enquanto está planejada para operar. Todos os equipamentos param, mas, nenhum pode parar no período progamado para funcionar.

estritamente críticos na gestão da lavanderia no tocante a manutenção; o primeiro é a não realização de manutenções preventivas. o segundo é a ausência de redundância para alguns equipamentos e estrutura. Nesta edição o enfoque da revista eatá na necessidade da manutenção seja ela estrutural (civil, hidraulica, sanitária, elétrica etc.), equipamentos e acessórios (dosadores e diluidores); sistemas de geração de calor, soft de

gestão e emissão de registros etc. O que pode parar na lavanderia? Nada. Não se compra um equipamento para deixá-lo improdutivo. Você deve decidir se quer ser empresário de sucesso ou colecionador de máquinas.

O Editor

• uma atividade operacional com status estratégico;

de

qualidade

a

• uma medida da eficácia da gestão no todo organizacional; • uma atividade com foco nos recursos da organização. A manutenção envolve diretamente os recursos da organização. Um quadro de manutenção é oneroso. É oneroso na composição dos profissionais, dos insumos utilizados para reparos, assim como as falhas originadas por falta de planejamento preventivo, preditivo e detectivo.

Vamos fazer uma analogia com a formula 1. Uma corrida pode ser decidida no box se o carro não parar no momento adequado para troca de pneus e reabastecimento. Isto é manutenção preventiva e preditiva.

Numa empresa é comum a expressão máxima “quem tem 1 não tem nenhum e quem tem 2 tem 1”. Isto é redudância. Existem dois pontos

A manutenção sem qualidade tende a apresentar deficiência competitiva e baixa rentabilidade ou prejuízo por item produzido

Um grande abraço

Quando o equipamento para correse o risco de não atender o cliente no momento certo, na quantidade certa e na qualidade definida.

Na lavanderia, falhas na manutenção pode representar atraso na entrega da roupa (mínimo efeito) e pode ocorrer a não entregar a roupa (máximo efeito) pela parada total do equipamento.

A manutenção com qualidade garante alta competitividade no mercado pela maior rentabilidade por item produzido.

No conceito manutenção é:

Em que impacta a manutenção no processo produtivo? No lucro.

A ação preventiva faz o reparo no momento planejado. A preditiva (por instrumentação) avalia se o momento é adequado ou, se pode ser antecipado ou adiado.

Manutenção focada para a qualidade

Os recursos de uma organização compreendem: • Patrimoniais: o Instalações (móveis, imóveis); o Equipamentos e veículos; oTítulos de financeiros.

crédito,

recursos

• Tecnológicos:

Ao parar um equipamento corre-se o risco de atrasar ou não atender o cliente no momento certo e na quantidade definida.

o Estratégias e conhecimento (knowhow); o Métodos e processos utilizados; o Visão, missão e plano estratégico da organização; o Stakeholders externos. o Competência sustentabilidade.

ambiental

• Pessoais – recursos humanos: o Stakeholders internos; o Competências pessoais (CHAVE);

e

o Liderança, foco, valores e clima organizacional.

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Roberto Farias

Esses recursos são primordiais para a organização produzir produtos e serviços e atender às demandas do mercado. As organizações transacionam e movimentam seus recursos com o objetivo de otimizar os processos e proporcionar maior satisfação, tanto para o cliente interno como o externo. Os recursos devem estar “prontos” para esse atendimento. A manutenção deve ter domínio suficiente para que a sua gestão possa decidir suspender, interditar, revisar e alterar o que não for suficientemente seguro e responsabilizar-se sobre a decisão como: • Acesso a organização; •Operação sobre equipamentos e bens da organização; • Planos e ações de melhoria em segurança, produtividade e qualidade; • Projetos e seleção de instalações e equipamentos; • Condições de higiene e segurança no trabalho; • Controle ambiental na redução da poluição e desperdícios de produtos;

• Controle sobre bens patrimonial. A manutenção gera lucro, pela redução de despesas, desperdícios e falhas produtivas. A concorrência acirrada alterou a relação de Custo, Lucro e Preço. O cliente, é quem dita o preço dos produtos gerando competitividade na concorrência. Qualquer que seja o desperdício/ despesa impacta no preço do produto e na competitividade. Portanto, para se reduzir os custos, deve-se reduzir ou eliminar as perdas com o Custo Operacional e estrutura da organização. A manutenção pode contribuir com ampla margem contributiva na redução de desperdícios e aumento da produtividade.

Manutenção é uma atividade operacional com status estratégico.


6 O quadro a seguir apresenta os principais custos empresarias e sua Estrutura de geração com foco no custo de produção, custo de manutenção e custos de competência. A manutenção deve focar-se em objetivos claros e plano preventivos adequados.

Estrutura dos custos operacionais com foco na manutenção Mão de obra (inclusive perdas) Matérria prima (inclusive perdas) Custo de

Insumos (inclusive Perdas)

produção

Custos empresariais

Processos (inclusive perdas) Refugos (inclusive perdas) Custo de

Conservação das máquinas (inclusive perdas)

manutenção

Manutenção (inclusive perdas) Estratégicos Administrativos

Custo de competência

Financeiros Vendas

1.1 Objetivos da manutenção São objetivos diretos da manutenção com qualidade, checar e manter os menores riscos e a produtividade produtiva. Checar: • Fiabilidade: Probabilidade de um bom funcionamento; • Manutenibilidade : Probabilidade de duração de uma reparação; • Capabilidade: produção com o mínimo de variação. (desvio padrão). Manter:

custos de paradas não programadas e; • A velocidade no atendimento dos serviços e da necessidade do cliente. 1.1.1 Objetivos Gerais

• Foco humano: Garantir a segurança ocupacional;

• Evitar desperdícios de recursos por falhas na manutenção;

• Foco Técnico: Garantir a operação e a capabilidade dos equipamentos;

• Instalações e equipamentos com disponibilidade de uso;

1.1.2 Objetivos Específicos

por

desperdícios

• Manter o custo do uso de acordo com o plano orçamentário; • Manter e garantir a taxa de vida útil conforme depreciação programada;

• Foco Econômico: Garantir a vida útil e o custo de desempenho.

• Os custos reduzidos;

• Garantir desempenho e padrão dos produtos e serviços produzidos;

São objetivos gerais da manutenção com qualidade a garantia de segurança do ser humano, o desempenho da técnica e o resultado econômico.

• Instalações e equipamentos operando com eficiência;

• Segurança ocupacional com zero risco;

equipamentos na operação;

São objetivos específicos da manutenção com qualidade a segurança do ser humano, o desempenho produtivo e o econômico.

• Pronto para atender as áreas produtivas do negócio;

• Evitar acidentes ocupacionais no trabalho;

• Contínuo desenvolvimento dos serviços reduzindo o tempo e os

• Manter a funcionalidade dos

• Evitar riscos aos usuários;

• Evitar danos e acidentes por falhas operacionais;

• Evitar pequenas paradas e defeitos de qualidade; • Evitar perdas financeiras e despesas não orçadas; • Garantir o desempenho no ambiente com segurança e conforto. A manutenção tem um foco único: reduzir desperdícios, potencializar a produtividade e eliminar o risco operacional ao ser humano. As ações de manutenção devem promover a harmonia produtiva, a segurança ocupacional, a rentabilidade e a competitividade da organização.

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TPM - Total Productive Maintenance ou Manutenção Produtiva Total A TPM teve origem na metodologia do “Sistema de Produção” (EUA) em empresas de grande porte com produção seriada (autopeças e montadoras). Posteriormente à todo tipo de indústria de pequeno, médio e grande porte, de produção seriada e contínua. Para Suzuki (1994, apud Sena, 2002) [...] O TPM surgiu na indústria de automóvel e rapidamente passou a formar parte da cultura corporativa de Empresas tais como Toyota, Nissan, e Mazda, seus fornecedores e filiais, e posteriormente em indústrias de eletrodomésticos, microeletrônicas, máquinas, ferramentas, plásticos, fotografia, etc. A Manutenção da Produção se desenvolveu gradativamente

Roberto Maia Farias Walter Stort Junior iniciando com a Sistematização da Manutenção Preventiva (1951). Nesta época a manutenção Preventiva já existia mas não era padronizada. A disfunção dessa operação provocou substituição indiscriminada de peças e componentes antes do fim de suas vidas úteis, gerando paradas onerosas, falhas produtivas, desconforto e custo para as empresas. A “Manutenção por Melhorias” (1960) tem por finalidade evitar quebras e falhas gerando a confiabilidade. Segundo a NBR 5462: 1994 [...], é “a capacidade de um item

desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante um intervalo de tempo; e de facilitar a Manutenção incrementando a manutenibilidade”. Segundo Ribeiro (1995, apud Nascimento, 2002) Neponuceno (1989, apud, Nascimento, 2002), manutenibilidade é a técnica dedicada a facilitar o diagnóstico e reparo, diminuindo os tempos de parada. É a facilidade de manutenção. A Manutenção Preventiva, a Manutenção por melhorias e a Prevenção da Manutenção passam a conviver com o equipamento.


8 Denominou-se “Manutenção do Sistema de Produção” a atividade destinada à elevar a produtividade do equipamento, englobando estes diferentes tipos de manutenção. Apesar de desenvolvida nos EUA, os japoneses aplicaram melhor e desenvolveram bases teóricas que resultaram na gestão TPM que têmse hoje. Os pontos que forçaram o Japão a gerar a competitividade de produção para exportação nas suas fábricas são: • Avanço da tecnologia antipoluição devido às rígidas exigências do governo japonês à emissão de poluentes (sustentabilidade). • O desenvolvimento de novas tecnologias de conservação de energia causada pela crise do petróleo. Por causa desse avanço tecnológico muitos processos industriais sofreram alterações ocasionando no surgimento dos processos manufaturados de fluxo contínuo com o intuito de garantir maior e melhor flexibilidade. PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO Existem 2 grupos de atividades de manutenção. São chamados de: • atividades de manutenção e; Consistem em impedir e/ou corrigir a quebra ou falha, portanto foca seus conceitos na operação adequada e na manutenção preventiva.

Ao zerar as perdas, o rendimento operacional é atingido implementando as melhorias para obter um equipamento sem quebras e falhas. Para tal proposito foi desenvolvida uma metodologia chamada de Total Productive Maintenance (TPM) ou Manutenção Produtiva Total (MPT). Total Productive Maintenance (TPM) / Manutenção Produtiva Total O que é a TPM? É um conjunto de atividades de manutenção que visam melhorar a performance e a produtividade dos equipamentos. A TPM é a melhoria da estrutura empresarial mediante o melhoramento da qualidade do pessoal e do equipamento. Seus objetivos são: • Melhorar a qualidade do pessoal para realizar a Manutenção Autônoma; • Promover a melhoria do equipamento atingindo a eficácia global; • Constituir uma empresarial eficaz;

estrutura

•Eliminar as perdas visando:

Consiste em prolongar a vida útil do equipamento, reduzir o tempo de manutenção e eliminar a necessidade de maior frequência de manutenção.

o “zero acidente”;

As atividades de melhorias consistem em melhorar a confiabilidade e a manutenibilidade do equipamento e buscar melhorias de projetos que resultam em diminuição da manutenção. A manutenção deve se preocupar em auxiliar as atividades de manutenção autônoma da operação, restaurar a deterioração através da inspeção e diagnóstico e detectar os pontos fracos do equipamento esclarecendo as condições de uso e

•Zero Defeito no produto. As perdas são pontos improdutivos na gestão da manufatura. (JIPM www.jipm.org). As grandes perdas são classificadas como: • Perdas por paradas; • Perdas por ajustes e preparações; • Perdas por defeitos; • Perdas por acidentes; • Perdas por paradas curtas; • Perda por queda de velocidade de trabalho (Nakajima ). Ao zerar as perdas, o rendimento operacional é atingido (Nakajima, 1986). A meta global da empresa é a produtividade. A TPM é uma metodologia participativa. Mirshawka (1993, apud Nascimento, 2002), afirma que a TPM busca a eficácia da própria estrutura organizacional da empresa, pela capacitação das pessoas e das melhorias incorporadas às máquinas, equipamentos e dispositivos. Também pode ser visto como uma forma de reduzir os custos globais da manutenção mostrando que muitas das tarefas de manutenção podem ser realizadas pelos operadores de máquinas como: • Medidas de prevenção contra os focos de sujeiras e; • Lubrificações.

o “zero defeito”; o “zero quebra/falha” • Alcançar o ciclo total de vida útil do sistema de produção; • Minimizar as perdas diretas e indiretas da produção; • Criar documentos e procedimentos de registros de manutenções; • Reduzir as responsabilidades do setor de manutenção; • Ambiente de trabalho segurança e conforto;

• Perda Zero no equipamento e;

• Limpeza das máquinas;

• Inexistência de retrabalho;

• atividades de melhoria.

• Ciclo de vida útil controlado de equipamentos e materiais;

com

• Ambiente de negócios seguro e confortável;

Conforme Junior (2005), [...] mesmo que a carga de trabalho permaneça a mesma, reduzir-se-á a carga de trabalho global do departamento ou do setor de manutenção. Consequentemente, o custo global de manutenção cairá. Portanto a diminuição na manutenção ocorre pelo aumento do conhecimento do operador em relação à máquina. Pilares da TPM Nakagima (1986, apud Nascimento, 2002) considera a existência de apenas cinco grupos de atividades na implementação da TPM, conhecidas

9 como pilares.

manutenção:

defeitos;

Hoje já se fala em 8 pilares que auxiliam na objetividade das ações proposto pelo JIPM (Japan Institute of Plant Maintenance) conforme Suzuki (1992, apud Wyrebski, 1997).

• Quebras e falhas;

• Manter atualizada a documentação técnica dos equipamentos

A TPM segundo Tavares conforme descritos a seguir:

(sd),

• Pilar 1 – Manutenção Autônoma; • Pilar 2 – Melhorias Específicas e Individuais; • Pilar 3 – Manutenção Planejada; • Pilar 4 – Educação e Treinamento; • Pilar 5 – Fase Inicial de Controle; • Pilar 6 – Manutenção da Qualidade; • Pilar 7 – Eficiência das áreas Administrativas e Indiretas; • Pilar 8 – Segurança, Higiene e Meio Ambiente. Foco do manutenção

planejamento

da

Prevenir e eliminar desperdícios produtivos e financeiros, visíveis ou invisíveis. Evitar que as disfunções da manutenção possam provocar a insegurança ao trabalho, ao equipamento e ao meio ambiente ecológico e produtivo. Principais focos do planejamento da

•Segurança operacional; • Controle de desperdícios de tempo; • Controle e desperdícios do equipamento – redução da vida útil; • Pequenas paradas (chokotei); • Defeitos de qualidade do produto final; • Operações em baixa velocidade;

• Prolongar o ciclo de vida dos produtos; • Optar por terceirização ou equipes internas. O planejamento de manutenção deve prevenir por: • Identificar pontos críticos;

• Operações em vazio;

• Identificar e corrigir pontos de perigo;

• Perdas Administrativas; • Perdas financeiras;

• Treinar operadores;

• Perdas da imagem institucional; • Desperdício e lixos ao meio ambiente; • Perdas de clientes. Problemas e desafios planejamento da manutenção

•Definir critérios de revisão;

do

Problemas e desafios: • Consertar defeitos; • Analisar as causas dos defeitos; • Especificar materiais adequados; • Controlar e reduzir custos dos defeitos; • Conservar energia gasta nos defeitos; • Definir o ponto de recuperação dos

• Sinalizar ambientes; • Adotar plano de redundância; • Adotar regras clara sobre planos de contingências. A implantação do “Círculo de Qualidade – CQ”, a avaliação PDCA e o gráfico de Ishikawa “espinha de peixe” são ferramentas que podem contribuir para minimizar os efeitos dos problemas de manutenção. A TPM é uma ferramenta de produtividade e rentabilidade e segurança.


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Classificação dos tipos de manutenção A identificação (ficha técnica) dos equipamentos e da criticidade operacional dos mesmos, estabeleceu metas cronológicas e estratégicas para a implantação de um programa de manutenção eficaz. O cronograma de manutenção é composto por atividades desenvolvidas em forma e tempo, utilizado para direcionar a atuação da equipe seguindo uma lógica proativa, e antecipando-se às quebras. O plano estratégico pode ser desenvolvido para todas as tarefas de manutenção, por classificação e tipos de manutenção, estimando o tempo de realização e o tempo previsto de reposição em funcionamento. O custo e o estoque de peças de reposição podem ser programado e controlado pela aplicação dessa estratégica. Classificação e tipos de manutenção A manutenção é classificada como Manutenção corretiva; Manutenção preventiva; Manutenção preditiva; Manutenção detectiva. Manutenção corretiva É a manutenção realizada após a falha e pode ser: • Manutenção corretiva planejada ou programada: Realizada a partir do diagnóstico de falha, antes da quebra e sem interrupção do processo produtivo. Ocorre mediante cronograma (troca de peças desgastada pelo tempo). • Manutenção corretiva não planejada ou Imprevista: Realizada em equipamentos que apresentam desempenho menor do que o esperado ou mediante falha inesperada e de maneira aleatória. É realizada sem programação, por quebra inesperada e com interrupção

da função no processo produtivo. Pode provocar pequenas paradas, longas paradas, paradas temporárias ou definitivas, com ou sem acidentes.

Roberto Maia Farias Walter Stort Junior

Preventiva condicional: Inspeção realizada sem interferir no estado operacional do equipamento. Visa coletar dados sobre o estado do equipamento. É subordinada a um tipo de acontecimento predeterminado que

osciloscópios, estetoscópios etc. Pode variar em função sensibilidade de cada operador.

da

Preventiva Sistemática: Ocorre com cronograma de frequência sendo efetuada segundo programa estabelecido em tempo ou unidade de uso. Manutenção preditiva

Manutenção preventiva • Manutenção preventiva: Define prazos de substituição de componentes em equipamentos ou orienta a atuação de serviços em função de sua vida útil, visando a redução no número de falhas e do tempo parado. Obedece a um plano previamente elaborado com periodicidade definida. É realizada com a intenção de reduzir a probabilidade de falhas de um bem ou a degradação de um serviço prestado (AFNT – Associação Francesa de Normas Técnicas). Pode ser:

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pode provocar um intervenção. Pode ser: • Instrumentada ou de inspeção (objetiva): realizada com instrumentos que fornecem dados com padrões uniformes e permitem o diagnóstico mais objetivo e conclusivo. (análise de vibrações, nível de óleo etc.). Permite informações ordenadas para o operador realizar inspeções periódica no equipamento. Envolvem geralmente serviços de limpeza, lubrificação e inspeção básica. • Sensitiva (subjetiva): realizada pela percepção usando os sentidos humanos (audição, tato, visão e etc.) É, por vezes, auxiliada com instrumentos como termômetros,

• Manutenção preditiva: “Significa sentir, avaliar ou controlar as mudanças físicas das instalações, prevendo e antecipando falhas e tomando as medidas reparadoras apropriadas” (TAKAHASHI, 1993, p.198). São realizadas por modificação de parâmetro de condição ou desempenho. É programada para evitar a falha (poka yoke) ou por cronograma de prevenção. Utiliza instrumentos de medição / detecção de anormalidade operacionais (ruídos, faíscas etc). É realizada com o equipamento em operação e pode ser: Controlada: Instrumentos de medição no equipamento. Programada: Instrumentos de medição móveis / portáteis com medições programadas. Manutenção detectiva • Manutenção detectiva: É a atuação efetuada buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Fluxo de trabalho da manutenção A manutenção obedece diferentes padrões, dependendo da característica dos equipamentos e da linha de produtos ou serviços. Alguns padrões são considerados “Boas Práticas” e seguidos pela busca da excelência operacional. O uso de métodos e ferramentas como instruções de trabalho (IT), procedimentos operacionais padrões (POP), cronograma de manutenção e fluxogramas permitem que a

organização obtenha o máximo proveito dos recursos técnicos da manutenção. As ferramentas de fluxo são efetivas no controle e gestão da manutenção. A ferramenta de “puxar” a manutenção, deve ser empregada para manutenções não programadas. O manutentor não define a prioridade, é o cliente aciona a manutenção para corrigir falhas já ocorridas. A ferramenta de “empurrar” a manutenção, ocorre para manutenções programadas, preventivas e preditivas. O manutentor define a prioridade com o cliente antes que ocorram as falhas. A prioridade é definida em função da situação: • Emergência: Defeito / falha com sérios riscos a operação. • Crítica: Não emergenciais. Programadas e executadas em um prazo não emergencial. Ex. até sete dias da emissão da ordem. • Normal: Planejada e programada com execução a partir do prazo da Prioridade Crítico. Ex. Após os sete dias da emissão da ordem. Se a falha exige uma manutenção emergencial, a ordem de manutenção de serviço (OSM) é emergencial. O formulário da OSM gera registro de ocorrências, estatística, análise de falhas, danos etc. Os registro podem ser: • Pedido de Trabalho: Sem caráter emergencial, planejada e programada.

• Nota de Operação: Utilizada pelo solicitante para descrever e registrar os serviços operacionais executados pela própria produção. • Nota de Ocorrência: Gerada a partir da ordem corretiva, registrando o histórico da manutenção. Refere-se ao registro de um serviço corretivo de emergência. • Nota de Inspeção: Utilizada para valores coletados na execução de rotas, emitidas automaticamente quando os valores confirmados estiverem fora dos parâmetros estabelecidos. As OSM podem ser: • Ordem Corretiva: Emergenciais, execução imediata sem planejamento e programação prévia. • Ordem Planejada: Solicitados pelo cliente que não possuem caráter emergencial ou fazem parte do plano de manutenção preventiva. • Ordem de Rota: Manutenção preditiva (inspeção, lubrificação etc). • Ordem de Parada Geral: Realizados em paradas setoriais ou total, com a mesma sistemática da Ordem Planejada. Os inputs da manutenção alocam os recursos: • Humanos: (quantidade e especialidade) • Materiais: Equipamentos e utensílios (Necessários e adequados). Após a preparação dos recursos, executar o serviço no equipamento selecionado e registrar na OSM (ou nota de manutenção - depende do sistema) o trabalho, tempo, peças


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Rotas de manutenção As manutenções preditiva e de inspeção utilizam planos de rotas para sistematizar tarefas de manutenção que devem ser executadas baseadas em uma periodicidade definida conforme a seguir: • Rotas de manutenção preditiva e inspeção: Periódicas (diária, semanal, mensal, bimestral, etc) executadas para detectar falhas antes que elas ocorram. A inspeção pode ser visual ou aparelhos para detectar ruídos, desalinhamentos, aquecimento, vibração, temperatura, pressão, aceleração, etc. • Rotas de lubrificação: Atividades necessárias para manter os

equipamentos lubrificados e em funcionamento. Podem possuir periodicidade semanal, mensal, etc. O plano de rotas é elaborado pela criticidade dos equipamentos com o objetivo de estabelecer procedimentos para evitar que as falhas ocorram. Uma vez gerada a rota, a mesma deve ser executada. Durante execução podem ser encontradas anomalias que necessitam de tratamento. Caso encontradas anomalias o processo segue exatamente como uma manutenção planejada. Serão geradas notas, que se transformarão em ordem que por sua vez fará parte de um plano de trabalho e programada para execução até o encerramento do fluxo. O intuito das rotas é levantar possíveis falhas minimizando a manutenção corretiva e maximizando as manutenções programadas, pois as anomalias detectadas serão programadas para execução na prioridade devida.

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utilizadas etc. é possível gerar históricos de manutenção e analisar as falhas ou verificar se as intervenções foram eficazes e principalmente os custos de cada manutenção e seus benefícios. A urgência somente deve ser registrada para manutenções do tipo emergencial ou corretiva.

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GESTÃO DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO CLASSIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO É importante entender que existem diversas formas de classificação dos tipos de manutenção. Segundo Gomide et al. (2006), uma possibilidade de classificação é com relação a estratégia de manutencão a qual é, basicamente, a ideologia do plano, ou seja os aspectos teóricos que são considerados para que seja definida uma forma de materialização de objetivos, baseados em etapas de planejamentos. Outra forma é de acordo com o tipo de intervenção de manutenção adotada. Tipo de Estratégia De acordo com Pinto & Xavier (2001), existe uma variedade muito grande de denominações para classificar a estratégia de manutenção adotada pelo edifício, contudo os conceitos são análogos, muitas vezes divergindo apenas na terminologia ou nomenclatura adotada. Gomide et al (2006) aponta como as principais estratégias de manutenção: a manutenção corretiva não planejada, a manutenção corretiva planejada, a manutenção preventiva, a manutenção preditiva e a manutenção detectiva. É importante evidenciar a particularização da estratégia a fim de permitir uma melhor identificação e detalhamento da manutenção, a escolha da estratégia definirá o grau de sofisticação do programa de manutenção adotado. (FERREIRA, 2010) A coerência entre a estratégia de manutenção, o uso da edificação e as expectativas do usuário é pautada na análise e verificação da aderência entre as atividades e intervenções realizadas com as necessidades da operação dos sistemas, equipamentos e máquinas existentes no empreendimento. (PUJADAS, 2009) O Documento Nacional de 2011 realizou uma pesquisa, a fim de determinar qual estratégia de manutenção era a mais adotada nas

indústrias brasileiras, chegando ao resultado apontado na figura a seguir Fonte: Abraman, 2011.

Marina Miranda Villanueva RJ: 2015

Aplicação dos recursos na manutenção % ANO

Corretiva

Preventiva

Preditiva

Outros

2011

27,40

37,17

18,51

16,92

2009

29,85

38,73

13,74

17,68

2007

25,61

38,78

17,09

18,51

2005

32,11

39,03

16,45

12,38

2003

29,98

35,49

17,76

16,77

2001

28,05

35,67

18,87

17,41

1999

27,85

35,84

17,17

19,14

1997

25,53

28,75

18,54

27,18

1995

32,80

35,00

18,64

13,56

Hh (serviços de manutenção) / Hh (total de trabalho)

Manutenção Corretiva Como foi dito anteriormente, a manutenção corretiva foi a primeira estratégia de manutenção a ser adotada pelo meio profissional, esta pode ser definida pelo ciclo “esperar quebrar para consertar”, ou seja, o reparo dos equipamentos apenas após a ocorrência da falha. Constitui a forma mais cara de manutenção quando encarada do ponto de vista global da manutenção do sistema. E impossível eliminar completamente este tipo de manutenção, em vista da imprevisibilidade de certos eventos, entretanto pode-se observar que existem ações a fim de reduzi-las, tal como, pessoal previamente treinado para atuar com rapidez e proficiência em todos os casos de defeitos previsíveis. Esse tipo de manutenção é amplamente difundida no Brasil, em função do seu custo com peças e materiais até a falha ser zero, gerando uma falsa noção de economia. Porém geralmente o custo após a falha é muito maior que na manutenção preventiva e em outros tipos de manutenção, devido a compras e contratação de profissionais em caráter emergencial.

Gomide et al. (2006) define Manutenção Corretiva: como sendo a atividade que visa à reparação ou restauração de falhas ou anomalias, seja ela planejada ou não. Implica, necessariamente, a paralisação total ou parcial de um sistema. É o tipo de manutenção que apresenta os custos mais elevados de execução. A partir de um ponto de vista mais técnico a NBR 5674:2012 estabelece que a Manutenção Corretiva é caracterizada por serviços que demandam ação ou intervenção imediata a fim de permitir a continuidade do uso dos sistemas, elementos ou componentes das edificações, ou evitar graves riscos ou prejuízos pessoais e/ou patrimoniais aos seus usuários ou proprietários A Manutenção Corretiva pode ser classificada de duas formas distintas, de acordo com a estratégia adotada, a Corretiva Estratégia Adotada e a Manutenção corretiva planejada A corretiva planejada é a correção que se faz em função de um acompanhamento preditivo, detectivo, ou até pela decisão gerencial de se operar até a falha. Esta decisão, para ser eficaz, deve ser calcada em estudos técnico-financeiros. Decidese pela manutenção corretiva porque,


14 no equipamento ou componente específico, o custo será menor que outros métodos. A Manutenção corretiva não planejada é a correção da falha de maneira aleatória, , ou seja, é a manutenção atuando no momento da falha do equipamento, agindo de forma impulsiva. Caracteriza-se pela ação, sempre após a ocorrência da falha, que é aleatória, e sua adoção leva em conta fatores técnicos e econômicos. Segundo Silva (2004), é comum a adoção da manutenção corretiva para algumas partes menos críticas dos equipamentos, porém é preciso dispor dos recursos necessários – peças de reposição, mão-de-obra e ferramentas para agir rapidamente, ou seja, a manutenção corretiva pode ser aplicada para equipamentos que não comprometam o sistema ou a integridade física do usuário. (Fonte: Marques, 2010). Entretanto Xenos (1998) repudia essa visão ao afirmar que mesmo que a manutenção corretiva tenha sido a adotada por ser mais vantajosa, não podemos simplesmente nos conformar com a ocorrência de falhas como um evento já esperado e, portanto, natural. Araujo e Santos9, afirmam que a manutenção corretiva conduz a uma baixa utilização anual dos equipamentos e máquinas, a uma diminuição da vida útil dos equipamentos, máquinas e instalações além de paradas para manutenção em momentos aleatórios e, muitas vezes, inoportunos. Portanto essa estratégia se constitui como a menos vantajosa devendo ser evitada quando o gestor visa adoção de uma gestão estratégica da Manutenção Predial. Manutenção Preventiva Manutenção preventiva é uma manutenção planejada, que é baseada nos históricos de quebras em funcionamento, ou das revisões periódicas realizadas. A idéia central é reduzir, evitar a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo, que geralmente

são estabelecidos em manuais técnicos. A Manutenção Preventiva estabelece paradas periódicas com a finalidade de permitir a troca de peças gastas por novas, assegurando assim o funcionamento perfeito do equipamento por um período prédeterminado. Segundo Martins (2008), a manutenção preventiva representa um conjunto de atividades que visa evitar falhas nas instalações, com o comprometimento do seu desempenho. Ela depende diretamente de informações a respeito da edificação, sendo alimentados por dados dos fabricantes, históricos de manutenção e avaliações das instalações através de rotinas periódicas e de vistorias de inspeção predial. (9 Projeto Apostila virtual. Disponivel em: <http://www.caee. ufrn.br/manut/cap03.htm) Para a NBR 5674:2012 Manutenção Preventiva é caracterizada por serviços cuja realização seja programada com antecedência, priorizando as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade esperada dos sistemas, elementos ou componentes das edificações em uso, gravidade e urgência, e relatórios de verificações periódicas sobre o seu estado de degradação. Gomide et al. (2006), além de elaborar um completa definição da manutenção preventiva, este ressalta a importância de se fazer o registro de todas as atividades de manutenção realizadas , a fim de criar um histórico, o qual seja possível usar como base para a elaboração de um plano de manutenção preventiva, a fim de otimizar a mesma. Manutenção preventiva é a atividade que atua antecipadamente para que não haja a reparação. São atividades programadas em datas preestabelecidas obedecendo, portanto, a critérios técnicos e administrativos, baseados em dados estáticos ou do próprio histórico da manutenção realizada. Pode ser determinada, também, através das horas de funcionamento dos sistemas e equipamentos, mediante parâmetro de confiabilidade e disponibilidade das instalações. A manutenção preventiva pode

ser definida, também, como o conjunto de atividades que visa evitar problemas (falhas) nos componentes das máquinas e equipamentos, comprometendo sua performance. A manutenção preventiva feita sem critérios de analises e estudo de históricos, bem como falta de atividades preditivas, pode gerar custos elevados; sendo assim, efetuar substituições antecipadas de componentes, sem analise de desempenho e de causas, é uma solução inadequada ao plano de manutenção. Parâmetros de programação das manutenções preventivas podem ter origens nas informações dos fabricantes, históricos de manutenção e, ainda, na avaliação sistêmica das instalações, através de rotinas periódicas simples e de vistorias de Inspeção predial abrangentes. Com o emprego da manutenção preventiva, estima-se aumentar a vida útil das partes do edifício, suas instalações e equipamentos. Podese, também, reduzir o custo final dos serviços de manutenção, se esta estiver associada a aspectos de manutenção Proativa.(Gomide, Neto, Pujadas; 2006) Procedimentos regulares e programados de manutenção são essenciais para a conservação e eficácia da destinação da edificação. Evitam o surgimento dos problemas e deteriorações inesperadas, permitindo previsão segura de gastos periódicos. Há, portanto, que estabelecer-se um programa sistemático de manutenção predial que ao mesmo tempo em que reponha os sistemas deteriorados, permita o prolongamento da vida útil dos edifícios, através de serviços periódicos e de sua conservação global. Para alcançar tal objetivo, deve-se designar um funcionário que seja capacitado. Os trabalhos programados de Manutenção Preventiva consistem, em muitos casos, em inspeções e verificações que, apesar de aparentemente simples, podem evitar altos custos de reforma. (RODRIGUES, 2009) Ainda de acordo com essa apostila se o controle desses serviços puder ser informatizado, haverá um ganho

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A manutenção preditiva é uma filosofia ou atitude que usa a condição operacional real de equipamentos e sistemas para otimizar a operação total. sensível em termos de rapidez, eficiência e redução de custos. Quando não for possível, deve ser adotado um bom controle através de quadros, cronogramas e fichas são aceitáveis. Serviços que ultrapassem o âmbito da manutenção preventiva devem ser contratados com firmas especializadas. Araujo e Santos listam como vantagens, da Manutenção Preventiva a diminuição do numero total de intervenções corretivas, reduzindo o custo da corretiva; a grande diminuição do numero de intervenções corretivas ocorrendo em momentos inoportunos como, por exemplo: em períodos noturnos, em fins de semana, durante períodos críticos de produção e distribuição; além do aumento considerável da taxa de utilização anual dos sistemas de produção e de distribuição. Manutenção Preditiva A manutenção preditiva é uma filosofia ou atitude que usa a condição operacional real de equipamentos e sistemas para otimizar a operação total. O objetivo deste tipo de manutenção é prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas através de acompanhamento de diversos parâmetros, assim quando o grau de degradação se aproxima ou atinge o limite estabelecido para

a variável monitorada, é tomada a decisão de intervenção. Normalmente esse tipo de acompanhamento permite a preparação prévia do serviço, além de outras decisões e alternativas. Trata-se de um meio de se melhorar o desempenho do empreendimento, reduzir os prazos e custos de manutenção e prever falhas com maior antecedência. Desse modo, Corrêa e Corrêa (2006) explicam que a manutenção preditiva é geralmente aplicada quando existe a possibilidade de monitoramento de condições que determinem a falha, como ruídos, temperaturas ou vibrações, ou ainda, quando a manutenção for excessivamente dispendiosa. Com relação ao aspecto econômico desse tipo de manutenção, Assis (2010), afirma que a manutenção preditiva preza pela realização do menor número possível de intervenções, programando tarefas específicas de manutenção somente quando forem de fato necessárias, reduzindo assim o custo global da manutenção. Essa situação é possível, pois ao monitorar regularmente as condições reais dos sistemas e seu rendimento/ desempenho, com o uso de programas e equipamentos específicos, o processo assegurará o intervalo máximo das ações de manutenção e reduzirá as paradas não programadas. A PINI Serviços de Engenharia realizou um estudo a fim quantificar uma possível economia na adoção da manutenção preditiva, diante das informações estudadas, a revista chegou a conclusão que a economia gerada pela adoção de processos de gestão de Manutenção Preditiva não será inferior a 30%. (Revista Construção e Mercado, 2006) A diferença entre a manutenção preventiva e preditiva, como destaca

Resende (2004), é que a primeira é realizada de maneira rotineira, obedecendo a uma periodicidade estabelecida previamente conforme as características de cada componente, enquanto a preditiva possui um caráter mais ativo, dinâmico, pois as ações são tomadas a partir do monitoramento contínuo do estado de conservação, diminuindo as perdas devidas a substituições prematuras. Já Viana (2002) enquadra a manutenção preditiva como sendo uma vertente da manutenção preventiva ao afirmar que a primeira consiste em uma seqüência de tarefas da manutenção preventiva que juntas, visam acompanhar um determinado equipamento, por monitoramento, medições ou ainda, através de um controle estatístico com a intenção de predizer a proximidade da ocorrência da falha. Ainda dentro desta lógica, Tavares (1987), define controle preditivo da manutenção,como sendo a determinação do ponto ótimo para execução da manutenção preventiva num determinado equipamento. Assim, muitos autores estabelecem que a Manutenção Preditiva também pode ser denominada como Manutenção Preventiva baseada na condição. O mecanismo da manutenção preditiva pode ser dividido em três etapas distintas. a) Condições de intervenção (Intervenção condicionada pelos dados de um parâmetro significativo); b) Dados para o diagnóstico (Os recursos utilizados permitem fazer análise da evolução dos parâmetros de funcionamento) e c) Aplicações (Otimiza os custos dos materiais substituidos um pouco antes da ruptura. Aumenta a produtividade das paradas programadas). (O funcionamento da Manutenção Preventiva. Fonte: Araújo e Câmara, 2010)

Reduzir custo é reduzir retrabalho.


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A Manutenção Detectiva é focada em sistemas de proteção, que não podem falhar quando solicitados, visando a aumentar sua confiabilidade. Para a implementação de uma manutenção preditiva na edificação os objetivos e resultados esperados de cada sistema predial instalado devem ser claros, para que assim seja assegurada a qualidade da instalação, operação e desempenho. Manutenção Detectiva Esse tipo de manutenção (detectiva) é relativamente nova, surgiu a partir da década de 90, e por isso mesmo ainda é muito pouco conhecida no Brasil. Assim como a manutenção preditiva, a manutenção detectiva gera corretiva planejada, ou seja, uma vez detectada a falha, é programada a sua correção A Manutenção Detectiva é focada em sistemas de proteção, que não podem falhar quando solicitados, visando a aumentar sua confiabilidade. São sistemas que, geralmente, se falharem, colocam em risco a segurança ou a continuidade operacional. Um exemplo simples e objetivo de aplicação da Manutenção Detectiva é o teste de lâmpadas de sinalização e alarme em painéis. (SENAI, 2008) “A identificação de falhas ocultas é primordial para garantir a confiabilidade. [...] O que diferencia a manutenção preditiva da manutenção detectiva é o nível de automatização. ‟‟ (KARDEC; XAVIER). Gomide et al. (2006) define a Manutenção Detectiva como sendo a atividade que visa identificar as causas de falhas e anomalias, auxiliando nos planos de manutenção, com o objetivo de atacar a origem do problema, e não apenas o sintoma do mesmo. Já de acordo com Pinto & Xavier (2001), a Manutenção Detectiva: é a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Caracteriza-se por permitir a detecção

e correção das falhas, mantendo o sistema operando. Sua importância cresce a cada dia, em virtude da maior automação dos sistemas. Em suma pode-se dizer que a manutenção detectiva é uma ação que analisa as causas de falhas e problemas, com o objetivo de auxiliar os planos de manutenção. Tem uma ação efetiva na gênese do problema, para que este não ocorra novamente, antecedendo a própria manutenção preditiva. Uma das grandes dificuldades na implantação da Manutenção Detectiva é a definição da periodicidade das verificações. Isto porque o que se pretende é detectar falhas ocultas de equipamentos que falham aleatoriamente. Tipo de Intervenção Gomide et al. (2006) estabelece que a manutenção pode ainda ser classificada com relação ao tipo de intervenção realizada, podendo essas ser denominadas de: conservação, reparação, restauração e modernização. Busca facilitar a compreensão a cerca do tema, elucidando a diferença entre estas intervenções, a partir de um gráfico de desempenho x idade da edificação. Conservação Segundo Barbosa e Pusch (2011), no dia- a- dia proprietários ou síndicos devem tomar ações de conservação do edifício, que se configuram como atividades simples, de operação diária, como limpeza e remoção de resíduos, e nem sempre são consideradas como atividades de manutenção. No entanto, tais atividades são importantes quando integradas aos demais tipos de manutenção, e contribuem para a obtenção de bons resultados na conservação do ambiente construído. O texto ainda ressalta que infelizmente, é comum que os proprietários e síndicos não sejam devidamente orientados quanto aos procedimentos mais eficientes e recomendáveis. Na definição dada por Gomide et al. (2006) para esse tipo de atividade, se estabelece que a Conservação é a atividade rotineira , realizada

diariamente ou com pequenos intervalos de tempo, relacionada com a operação e limpeza dos edifícios. Ainda é destacado que na conservação pode-se estabelecer os procedimentos para que o operário esteja atento a outras falhas, observando se os procedimentos relacionados a reparação estão ou não apresentando o desempenho esperado. O autor aponta também a importância desse tipo de feedback da equipe de conservação, uma vez que essa atitude proporcionará avaliações e análise, além de tempos de atuação mais eficientes e redução de retrabalhos. Entretanto Quando a conservação é improvisada, poucas são as informações fornecidas quanto ao feedback e, as vezes, a equipe de manutenção não esta preparada para a realização dos procedimentos, resultando em problemas e atritos entre cada responsável das etapas de manutenção. Portanto a conservação está relacionada com aquelas atividades rotineiras realizadas diariamente ou então, com pequenos intervalos de tempo entre intervenções, diretamente relacionada à operação e à limpeza do edifício, criando condições adequadas para seu uso. (BONIN, 1988) Reparação Segundo Gomide et al. (2006) Reparação é a atividade preventiva ou corretiva, realizada antes de se atingir em um sistema, instalação ou elemento o nível de qualidade mínimo aceitável, o qual está vinculado com parâmetros de desempenho estabelecidos pela manutenção, observando aspectos de disponibilidade e confiabilidade dos sistemas, além de parâmetros de projeto. Essa atividade envolve substituições localizadas de antigos elementos e componentes das instalações com planejamento e controle detalhado, vinculados ao prolongamento da vida útil do edifício. Numa definição mais simplificada Bonin (1988), interpreta a Reparação como atividades preventivas ou corretivas realizadas antes que o edifício ou seus sistemas atinjam o nível de desempenho mínimo aceitável, estabelecendo ainda, que

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Mariana Muller Wille1 Orientador: Jeferson Carlos Born2


18 não se deve ultrapassar o nível de qualidade inicialmente construído. Restauração Segundo uma reportagem de maio de 2013 do site da revista Infra, é comum que se confunda “retrofit”, “reforma” e “restauração”, pois esses conceitos têm uma essência em comum, porém há diferenças substanciais entre eles. A restauração consiste na restituição do imóvel à sua condição original, a reforma por sua vez visa a realização de melhorias, sem compromisso com as características anteriores. Já no retrofit a intenção é conciliar ambos, renovação e manutenção, pois ao mesmo tempo em que se deve manter características originais da edificação é preciso modernizá-la. A partir de um conceito mais amplo Vale (2006) define Restauração como um conjunto de ações desenvolvidas de modo a recuperar a imagem, a concepção original ou o momento áureo da história da edificação em questão. A expressão tem sua utilização no que se refere a intervenções em obras de arte. Já com o foco na área de manutenção, Bonin (1998) conceitua a Restauração, como sendo um conjunto de atividades corretivas que são realizadas quando o elemento esta abaixo do nível mínimo de qualidade aceitável. Também ressalta que neste tipo não se deve ultrapassar o nível de qualidade inicialmente construído. De acordo com Barbosa e Pusch (2011), os serviços de conservação e restauração de edifícios históricos demandam técnicas especiais de planejamento, projeto, execução e conservação, que necessariamente devem ser realizadas por profissionais de diversas áreas especializadas. Para que seja possível a execução dos serviços de conservação e restauração, é necessário que o projeto de intervenção seja precedido por uma vasta pesquisa, tanto histórica, cronológica, iconográfica e até mesmo arqueológica, quando necessária. A restauração é um tipo de intervenção predial que tem como objetivo possibilitar a readequação e a reinserção de edifícios antigos à

estrutura da cidade, contribuindo para a maximização e otimização do espaço construído. Assim como a preservação dos valores arquitetônicos e paisagísticos das cidades. (CIANCIARDI e BRUNA, 2004) É possível concluir assim que a maior parte das restaurações é realizada em prédios com valor histórico que foram deteriorados pela ação do tempo, a restauração pode ser caracterizada por um conjunto de intervenções que visa conservar tanto quanto possível suas características formais e construtivas originais, porém permitindo que a edificação possa apresentar um bom desempenho e condições próprias de ser utilizada. Modernização De acordo com a Revista Infra (2012), a modernização predial é caracterizada como uma busca da atualização dos equipamentos e sistemas de um edifício, para tal realiza as reformas necessárias para manter tudo atualizado, substituindo aparelhos desgastados e obsoletos por novos e mais eficientes, possuindo assim uma liberdade de ação maior do que a restauração e o retrofit por exemplo. A revista ainda ressalta que esse processo auxilia na redução de gastos com água e energia e em resíduos gerados, além de atrair novos investidores e prolongar a vida útil da edificação. O conceito de manutenção de edifícios não pode ser definido apenas no objetivo de manter as condições de desempenho originais

do edifício construído, mas também em acompanhar a dinâmica das necessidades dos seus usuários, incluindo também a consideração de aspectos de modernização e desenvolvimento da edificação. E quando fala-se em modernização, pode-se entender que está se superando o desempenho original do edifício.( SEELY apud BONIN ,1988) Compartilhando a visão apresentada por Seely, Gomide et al.(2006), define modernização como sendo uma a atividade preventiva e corretiva, visando que a recuperação de qualidade ultrapasse o nível inicialmente construído e projetado, fixando um novo patamar de qualidade e desempenho para a edificação e seus sistemas. É a atividade que envolve estreito acompanhamento das necessidades dos usuários e do desenvolvimento tecnológico, procurando manter atualizado o edifício com suas condições de uso. Essa atividade, normalmente não esta vinculada diretamente à rotina de manutenção, a fim de possibilitar estudos e avaliações quanto a sua viabilidade. Portanto, a modernização tem o objetivo de atender a evolução das necessidades do usuário, retardando a obsolescência da edificação e aumentando assim a vida útil da edificação.

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Plano de Qualidade para produção de batatas fritas cada produto da sua organização, é uma forma de se padronizar e controlar mais a produção dos seus produtos.

José Ricardo Rigoni www.totalqualidade.com.br

I - Processo de realização do produto

Neste artigo José Ricardo Rigoni do site www.totalqualidade.com. br, descreve de maneira didática um plano de qualidade com base na ISO 9000 dando como exemplo um processo de produção de batatas fritas. O exempo vem mostrar que a qualidade é antes de tudo uma questão de manter a disciplina produtiva. Veja como ficou: O objetivo do plano de qualidade é descrever o passo a passo da produção do produto, como fazer, os recursos necessários, instruções de trabalhos, documentos pertinentes, requisitos para recursos humanos. Ou seja, é uma conpleta receita de bolo. A ISO 9000:2005 define plano da qualidade como documento que especifica quais os procedimentos e recursos associados devem ser aplicados, por quem e quando, a um empreendimento, produto, processo ou contrato específico. Vamos ver um exemplo de plano da qualidade para produção de batatas fritas. Ainda não tentei fazer batatas fritas utilizando este plano, não sei se as batatas ficariam crocantes e saborosas. Nosso objetivo é dar uma idéia do que sera um plano da qualidade para esse produto. Eu acho importante fazer um plano da qualidade (independente de ser certificado ou não em ISO 90001) para

1. Início do processo O processo inicia quando o gerente do fast-food realiza um pedido de produção. Nesse pedido deverá conter a quantidade em quilos da remessa a ser produzida, um registro descrevendo a quantidade e hora solicitada deverá ser gerado e entregue ao produtor de batatas. 2. Descascar as batatas São retiradas do freezer a quantidde de batatas suficientes para produzir

a ordem de produção emitida. Decido as experiências anteriores os funcionários sabem que 1 quilo de batatas cruas vão render 700 gramas de batatas fritas, por isso, nesse momento uma conversão deve ser realizada. para que a quantidade de batats descascadas seja suficiente. O operador deverá utilizar luvas, touca e avental apopriados e certificar-se de que os equipamentos de segurança estão disponíveis. A máquyina a ser utilizada é o descascador automático. 3. Picar a batata

Depois de descascadas, as batatas serão picadas no cortador de batatas. O operador deve estar de luvas, touca e avental. 4. Aquecer o óleo O óleo deverá ser aquecdio a uma temperatura de 180° C e mantido num intervalo de mais ou menos 5° C. Deve

ser utilizada uma panela de 35 cm de diâmetro (panela padrão da empresa) e utilizar uma relação de 10 litros de óleo para cada 1 quilo de batata por remessa. O processo de aquecimento de óleo leva aproximadamente 3 minutos. Importante: AS BATATAS SÓ PODERÃO SER FRITADAS QUANDO O ÓLEO ESTIVER NA TEMPERATURA INDICADA. 5. Verificar a temperatura do óleo. Quando a temperatura estiver na faixa aceitável, as batatas fritas poderão ser fritadas. Para tal, usar medidor de temperatura do óleo. 6. Frita a batata Colocar as batatas no escorredor


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os lanches adquirido depois de confirmado os pedidos.

II - Máquinas

7. Retirar a batata Deve ser retirada a batata com o escorredor e esperar 1 minuto para que ela seque o suficiente. Deverá ser feita uma inspeção visual para identificar se a batata está ou não queimada, havendo não conformidade. Utilizar o procedimento Controle de Produtos Não Conforme (CPNC).

VI - Equipamentos Individuais e

8. Temperar batata Aplicar sal com o slaeiro. Recomendase utilizar uma dosagem de 400 mg de sal para cada 100 gramas de batata frita. 9. Verificar o teor de sal Utilizar o medidor de teor de sal das batatas. Havendo Não Conformidade, utilizar o procedimento Controle de Produtos Não Conforme. 10 Embalar a batata Utilizar as embalagens padrão da empresa com a medida correta. 11. Realizar a pesagem das batatas Cada embalagem deve conter 100 gramas de batata frita. 12. Distribuir a batata A batata frita será distribuida com

a) Fogão industrial; b) Descascador de batatas; c) Cortado de batatas; d) Panela de diâmetro superior a 35 cm e inferior a 45 cm; e) Escoredor Insdustrial

Luvas, touca, avental para o preparador de batatas. Extintor de incêndio nas proximidades do fogão.

III - Instrumentos de Medição

requisitos gerais

a) Medidor de temperatura do óleo; b) Medidor de volume de líquidos; c) Medidor de teor de sal das batatas; d) Balança de precisão.

Neste caso pesquisar a legislação aplicável a limpeza e higiene dos alimentos, composição e recomendações para a saúde.

IV - Matérias-Primas a) Batata inglesa de fornecedor credenciado; b) Sal refinado; Óleo de soja refinado; OBS: Todos os produtos deverão ter certificados do INMETRO e ANVISA V - Recursos Humanos Os funcionários deverão ter as seguintes competências: - Educação; - Experiência; - Treinamento; - Segundo Grau Completo; - 2 anos produzindo batatas fritas;

Manutenção de Soft

- Curso de culinária; - Habilidade para cozinhar.

Coletivos

e fazer a imersão no óleo quente. O processo leva aproximadamente 3 minutos. Não fazer nenhuma movimento nelas até que estejam fritas.

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VII - Legislação aplicável -

Artigo postado por: José Rigoni Jose.rigoni@yahoo.com.br www.totalqualidade.com.br www.twitter.com/RigoniRJ

Nos meus vinte e cinco anos de trabalho com tecnologia da informação nenhuma assunto é tão significativo quanto a manutenção dos projetos de tecnologia implementados. Grandes projetos são concluidos, muitas vezes, sem se perceber que um “elefante branco” acaba de nascer! Projetos que tem a sua concepção em altíssima qualidde mas não foram pensados em seu estado naturais, em 20 anos teremos sistemas de informática que, na sua maioria, não poderão receber melhorias e inovações, gerando um único destino básico: sua reposição por um sistema mais novo e consequentemente gerando novos gastos. Aboradarei alguns tópicos importantes na hora de escolher a forma de adquirir tecnologia da informação (software de gerenciamento, no caso) para sua empresa e mais importante, como garantir a manutenção de sua informação. Para entender o conceito de manutenção veja as seguintes estatísticas de custo segundo Lientz e Swanson1: Lientz e Swanson Desenvolvimento

43,30%

Manutenção

48,80

Outros

7,90%

Mesmo estas informações serem os primeiros estudos de custo, sobre desenvolvimento e manutenção de tecnologia da informação, suas informações ainda podem ser levadas em consideração para montar uma planilha de custos de referência Nota-se que praticamente metade do custo de um projeto de tecnologia vão para a manutenção do software. Se este dado não for observado, montamos uma solução em software com data de validade justa: este programa será usado até o momento em que mudanças de mercado exijam

alterações, melhorias ou mesmo inovações de sua operação. Neste momento serão necessários novos investimentos em tempo, proficiência e recursos financeiros, para que sua empresa se atualize e mantenha seu programa de gerenciamento moderno e em funcionamento. A seguir vou listar os tipos de manutenção de software que sua empresa precisa se atentar e colocar em seu planejamento: * Manutenção Preventiva Antecipar os pontos de riscos iminentes é uma tarefa que pode evitar grandes gargalos de operação. Pensar nos pontos críticos de sua operação diminui a perda de tempo e emergências desnecessárias. A manutenção preventiva acontece hoje em todas as áreas de uma empresa, principalmente nas lavanderias, hospitais e hotéis e muitas vezes os administradores deixam de lado a manutenção preventiva de seus softwares, o que acarreta perda de dinheiro com imprevistos que podem, por sua vez, afetar fatalmente suas organizações. Tenham sempre a manutenção de suas soluções em T.I., atualizadas e com empresas que prestam serviços especializados. Evite técnicos avulsos, estes podem desaparecer e deixar a sua organização na mão em uma hora crucial. * Manutenção Corretiva Todo tipo de sistema informartizado por depender de hardware (computadores, estrutura de internet, parte elétrica etc.) estará sujeito a correções de emergência, tais como arquivos comrropindos, queda de servidores, mal funcionamento da comunicação com outros pontos e dezenas de outras possibilidades. Para isto, sua empresa precisa de assistência no momento em que estas intempéries aparecem, uma manutenção demorada pode causar

David de Souza Equipe Soluções Inteligentes A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a eficiência. A segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente aumentará a ineficiência Bill Gates - Fundador da Microsoft. perda rápida de recursos e problemas de relacionamento com o cliente. * Manutenção de Customizações e adaptações. Uma coisa é certa, o mundo muda! E junto com ele seus clientes, fornecedores e até mesmo o governo. Por esta razão seu sistema pode exigir mudanças para se adequar às exigências do mercado. O quesito fiscal é um bom exemplo, os governos estaduais e federais, constantemente, mudam as regras de notas fiscais, tributárias e operacionais. Desta forma, seu sistema vai precisar de adequações, que chamamos de customizações. Estaaas customizações podem ocorrer de forma simples ou drástica, exigindo grandes adequações ao sitema de gerenciamento de sua empresa. Quando contratar uma empresa para desenvolver seu software ou mesmo para comprar seu software pronto, verifique e valide se ela tem condições de fazer estas modificações no futuro. Isto pode garantir sua paz em momentos difíceis. * Manutenções Obrigatórias Durante a operação dos negócios, as instituições estaduais ou federais podem exigir checagem juntos a mecanismos fiscais da receita. Um bom exemplo disto é o SAT ISS2 da prefeitura de São Paulo, que obriga as empresas de lavanderia (comercial/ doméstica) a possuir um equipamento para fazer o tráfego de notas fiscais,


22 balizando as operações. Esta manutenção obrigatória definida pelo estado, precisou ser feita para as empresas que estão situadas em São Paulo e ocasionou grande troca de sistemas antigos pelo software da Equipe Soluções que estava pronto para realizar esta transação de dados obrigatória. Ao contratar empresa de desenvolvimento, valide se no contrato existe proteção a este tipo de operação, pois a sua ausência desta cláusula pode custar algumas centenas de reais em uma hora inapropriada. * Manutenção de melhorias e inovações Chegamos a um assunto que é muito falado, mas pouco implementado na prática. Inovação (criação ou melhoria exponencial de seus produtos e serviços e processos). Uma inovação bem implementada pode mudar a história de uma empresa colocando sua marca em novos patamares. Para isto, é crucial que seu sistema de gerenciamento participe desta nova fase. Mesmo se seu sistema de gestão não faz parte diretamente desta inovação, ele será parte crucial para que os resultados sejam calculados, geridos e acompanhados. Quando pensar em inovar, pense em como medir os resultados. Sem bons sistemas de gestão uma inovação pode não receber os créditos devidos, ou mesmo, ser uma inovação que não foi tão boa assim para o seu negócio, fique de olho! Conclusão Leve em consideração que seu sistema precisa de manutenção para continuar ativo e produtivo. Quando procurar um sistema de informática (T.I.) para sua organização, levante os dados do fornecedor, veja a sua classificação junto aos órgãos validadores como o Serasa, SPC etc. Veja se possui reclamações em sites específicos como o Reclame Aqui, pesquise sua forma de trabalho, tempo de mercado, suas especialidades e se sua base é sólida. Outro detalhe crucial é seu nicho de mercado.

Compre sistemas de empresas que são especialistas em seu negócio, elimine da sua procura quem adapta um software de um segmento para o outro, isto quase nunca acaba bem. Técnicos avulsos e “aquele funcionário” que pode criar um sistema para você, podem até aparecer uma saída, mas na prática podem lhe causar muita dor de cabeça quando seu celular (muitas vezes é o único contato que se tem desta pessoa) der ocupado quando seu cliente está esperando aquela nota fiscal e o sistema está fora do ar... Sua paz e a de seus cliente não tem preço, fique de olho! Referências: Lientz, E.B; Swanson, G. E. Tompkins, Caracteristic of Application Software Maintenance Defense Technical Information Center, 1976. David de Souza: Engenheiro Eletrônico pela Universidade Cruzeiro do Sul (São Paulo - BR). Especialista em automação utilizando o código de barras e RFID. Consultor em projetos para automação e infomatização de empresas de higienização e implantação de processos ISO 9001. Atua também como Gerente de Negócios Industriais na Eempresa Equipe Soluções (E.S.I. Desenvolvimento.

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Gestão na Manutenção Predial

O homem vem adquirindo um conhecimento sobre a construção de edifícios desde o início da civilização, visando sempre atender suas necessidades e desejos. Mas, em alguns casos, as construções apresentam problemas nos quesitos de durabilidade, conforto e segurança, sendo necessário procurarem soluções para esses e melhoria dessas construções. Conforme KLEIN (1999), desde os tempos remotos por volta de 1700 A.C., o Código de Hamurabi, trazia regras severas para os construtores, tais como: a) Caso algum construtor fizesse uma moradia para um homem e esta viesse a colapso, causando a morte do morador, o construtor deveria morrer; b) Caso quem viesse a falecer fosse o filho do morador, quem morria deveria ser o filho do construtor; c) Caso um escravo do proprietário da casa que morresse, um escravo do construtor também deveria falecer; d) Se a casa fosse destruída, o construtor deveria restaurar todos os danos por sua própria conta; e) Se uma moradia fosse construída e estivesse diferente das especificações e uma parede desmoronasse, o próprio construtor deveria reconstruir a parede com recursos dele próprio. Desde o último século, vem se usando comumente o termo patologia das construções, em analogia com as enfermidades da medicina. Patologia, de acordo com os dicionários, é a parte da Medicina que estuda as doenças. Com a definição dada pelo portal Wikipédia, a palavra patologia é derivada do grego de

pathos, que significa sofrimento, doença, e de logia, que é ciência, estudo. O Portal cita como sendo “o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados”. O dicionário Michaelis informa que é a “Ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças”. A engenharia veio a utilizar o termo “patologia” para estudar nas construções as manifestações, suas origens, seus mecanismos de ocorrência das falhas e seus defeitos que alteram o equilíbrio pré-existente ou idealizado. Conforme CANOVAS (1988), a Patologia das Construções não é uma ciência moderna, mesmo que tenha se ganhado proeminência recentemente. A presença de problemas nas edificações nas primeiras casas construídas rusticamente pelo homem primitivo já eram relatadas, como se pode constatar pelo próprio Código de Hamurabi. Ter um conhecimento da Patologia das Edificações é indispensável para todos

HEINECK, Luiz Fernando; MEIRA, Alexsandra Rocha que trabalham na construção, indo desde um operário até o engenheiro e o arquiteto. Segundo VERÇOZA (1991), quando se conhece os problemas ou defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, a chance de se cometer erros reduz muito. O autor citado menciona que esse conhecimento é tão mais importante quanto maior a responsabilidade profissional na construção/obra. Conforme VERÇOZA (1991), as características construtivas modernas favorecem muito o aparecimento de patologias nas edificações. Hoje, sempre se está à procura de construções que sejam realizadas com o máximo de economia, reduzindo assim o excesso de segurança, em função do conhecimento mais aperfeiçoado e aprofundado dos materiais e métodos construtivos. Com o conhecimento preciso de que até que ponto pode se confiar e utilizar um material tem-se a redução do seu


24 consumo. Mas, com isso, o mínimo erro pode gerar diversas patologias. KLEIN (1999) ainda cita a má qualidade da mão-de-obra como favorecimento do surgimento de patologias. Segundo este autor, a vida útil de uma construção irá depender e ser relacionada, assim como o ser humano, aos cuidados que forem tomados na fase de projeto, execução e na sua manutenção. A obra está submetida à ação de diversos agente agressivos como calor, umidade, ação de ventos, sobrecargas, que irão, com o passar do tempo, produzir sua fadiga e aparecimento de problemas em seus elementos construtivos. 1.1 Patologia de Umidades Já a palavra Umidade, segundo o dicionário Michaelis é “qualidade do que é ou está úmido, quantidade de líquido no organismo. Relento, orvalho, garoa”. Dentro da temática para a engenharia, relacionando com as patologias temse umidade como sendo “qualidade ou estado úmido ou ligeramente molhado”, KLEIN (1999). A umidade na lavanderia pode ocasionar odores de mofo e mofo no enxoval em estoque, contrariando o objetivo da lavagem que é a obtenção de roupa limpa e confortável. O odor de mofo não é confortável. Conforme PEREZ (1985), a umidade nas construções representa um dos problemas mais difíceis de serem corrigidos dentro da construção civil. Essa dificuldade está relacionada à complexidade dos fenômenos envolvidos e à falta de estudos e pesquisas. Essa carência ainda é percebida hoje, mais de 20 anos após elaboração do trabalho do autor citado. Os problemas de umidade quando surgem nas edificações, sempre trazem um grande desconforto e degradam a construção rapidamente, sendo as soluções caras. Conforme citado anteriormente, como fatores que geraram aumento do número e intensidade de patologias, o aparecimento frequente de problemas ocasionados

por umidade é decorrente de características construtivas adotadas pela arquitetura moderna assim como os novos materiais e sistemas construtivos empregados nas últimas décadas. Com o uso do concreto armado, as paredes passam a ter como função principal a de vedação, deixam de serem portantes, resultando assim em paredes mais esbeltas. Há também a utilização de préfabricados e de novos materiais que trouxeram consigo as juntas. Esse conjunto de materiais de diferentes tipos nas fachadas e coberturas apresenta o problema de desgaste diferencial, pois cada um tem uma durabilidade específica e deste modo o envelope externo fica vulnerável (PEREZ, 1985). Por outro lado, as técnicas de projetar trabalhos de manutenção continuaram as mesmas, dando importância por parte dos interessados na construção civil, apenas ao projeto estrutural e o das instalações elétricas e hidráulicosanitárias. Essa postura já está sendo modificada atualmente, surgindo a cultura de realizar manutenções e investir em novas técnicas para a mesma. Este texto visa contribuir com engenheiros, arquitetos, e demais profissionais da área de construção civil, com informações que levem

ao entendimento das patologias ocasionadas pela umidade nas edificações, de modo a evitá-las e, não sendo possível, ser uma base para buscar uma forma de saná-las. E possui os seguintes objetivos específicos: Indicar as origens da umidade nas edificações e a natureza dos problemas ocasionados; Citar as principais patologias decorrentes; Apresentar alguns mecanismos de proteção visando evitar patologias ocasionadas pela umidade. Origem da Umidade nas Construções Na construção civil, os defeitos mais comuns são decorrentes da penetração de água ou devido à formação de manchas de umidade. Esses defeitos geram problemas bastante graves e de difíceis soluções, tais como: • Prejuízos de caráter funcional da edificação; • Desconforto dos usuários e em casos extremos os mesmos podem afetar a saúde dos moradores; • Danos em equipamentos e bens presentes nos interiores das edificações; • E diversos prejuízos financeiros. Os problemas de umidade podem se manifestar em diversos elementos das edificações – paredes, pisos, fachadas, elementos de concreto armado, etc.

25 Geralmente eles não estão relacionados a uma única causa. Segundo VERÇOZA (1991) a umidade não é apenas uma causa de patologias, ela age também como um meio necessário para que grande parte das patologias em construções ocorra. Ela é fator essencial para o aparecimento de eflorescências, ferrugens, mofo, bolores, perda de pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes estruturais. Por isso, estas inúmeras causas e manifestações de umidade e a frequência de ocorrência da mesma tornam um estudo à parte sobre ela necessário. Têm-se as seguintes origens as umidades nas construções, conforme VERÇOZA (1991): • Trazidas durante a construção; • Trazidas por capilaridade; • Trazidas por chuva; • Resultantes de vazamentos em redes hidráulicas; • Condensação. VERÇOZA (1991) e KLEIN (1999) afirmam que a umidade oriunda pela execução da construção é aquela necessária para a obra, mas que desaparece com o tempo (cerca de seis meses). Elas se encontram dentro dos poros dos materiais, como as águas utilizadas para concretos e argamassas, pinturas, etc. Em se tratando da umidade por capilaridade, os autores citados anteriormente, expõem que se trata da umidade que sobe do solo úmido (umidade ascensional). Ela ocorre nos baldrames das edificações, devido às próprias condições do solo úmido, assim como a falta de obstáculos que impeçam a sua progressão. Também ocorre devido aos materiais que apresentam canais capilares, por onde a água passará para atingir o interior das edificações. Têm-se como exemplos destes materiais os blocos cerâmicos, concreto, argamassas, madeiras, etc. A chuva é o agente mais comum para gerar umidade, tendo como fatores importantes a direção e a velocidade do vento, a intensidade da precipitação, a umidade do ar e fatores da própria construção

(impermeabilização, porosidade de elementos de revestimentos, sistemas precários de escoamento de água, dentre outros). Este tipo de umidade pode ocorrer ou não com as chuvas. O simples fato de ocorrer precipitação, não implica em patologias de umidades com esta causa. Sobre a origem devido aos vazamentos de redes de água e esgoto, VERÇOZA (1991) comenta que é de difícil identificação do local e de sua correção. Isso se deve ao fato destes vazamentos estarem na maioria das vezes encobertos pela construção, sendo bastante danosos para o bom desempenho esperado da edificação. Já a umidade de condensação possui uma forma bastante diferente das outras já mencionadas, pois a água já se encontra no ambiente e se deposita na superfície da estrutura e não mais está infiltrada. Umidade ou Infiltração no Telhado A umidade originada por infiltrações nos telhados das edificações tem como fonte geradora a água da chuva. Isto se deve ao fato das coberturas de telhas apresentarem muitos vazamentos no sistema de escoamento dessas águas pluviais (calhas e tubos de queda) ou no próprio telhado. Estes vazamentos, são os mais fáceis de localizar e de efetuar a correção, segundo VERÇOSA,1991. Vazamentos na rede pluvial Conforme VERÇOZA (1991) são bastante comuns os vazamentos em calhas, condutores, algerozes e outros aparelhos que são utilizados com a finalidade de se coletar a água vinda de chuvas. Estes vazamentos são manifestados através de manchas nos forros ou paredões que lhe ficam abaixo, assim como por goteiras. Nesse tipo de vazamento, a localização, a identificação e o diagnóstico deste defeito é muito simples, podendo se feito através de uma inspeção visual logo após uma chuva. Mas, conforme o autor citado anteriormente, através de um teste pode-se constatar o problema sem a presença de chuva. Para isso basta dividir a calha em

trechos com buchas de pano e papel formando barreiras, represando a água. Em seguida, se enche cada trecho de uma vez, observando possíveis vazamentos e a causa dos mesmos. Caso fique verificado que o motivo são soldas incompletas ou danificadas, a solução será uma nova solda no local. Para garantir uma maior segurança, é aconselhável acrescentar uma cinta envolvendo a parte que estava com vazamento. A ferrugem de pregos pode causar furos nas calhas. Nesta situação, uma nova solda pode não trazer resultado. Aconselha-se a efetuar a troca de toda a peça. Mas existe um tipo de vazamento em calhas e em condutores que não é verificado com este teste de inspeção por trecho: quando se trata de seção insuficiente. Deste modo, quando chove muito, ocorrerá o transbordo de água. A dificuldade de identificar é o fato de acontecer apenas com fortes chuvas, que ocorrem poucas vezes, dependendo da região. A solução desse tipo de vazamento será a troca da peça inteira por uma com maior seção, que irá suportar uma maior quantidade de água. Para se determinar o tamanho da seção é necessário recorrer a um cálculo de hidráulica. Segundo VERÇOSA, 1991, em média, quando se tem um caimento de 1%, a seção útil da peça (calha) deverá possuir no mínimo a 1 cm² de seção por m² de projeção horizontal do telhado, mas levando em consideração situações que podem requerer outros valores, principalmente porque para áreas pequenas o valor é pouco e para áreas grandes é excessivo. Não é incomum casos que podem ocorrer em que o caimento encontra-se invertido, ou com bacias de acumulação. Essas situações apresentadas também terão como consequência, em chuvas fortes, o extravasamento de água. Outro problema, que pode não ser observado em algumas situações, é o fato do desenho das calhas estarem mau feito. O lado interno delas pode estar mais baixo que o externo, onde


26 haverá extravasamento para dentro no caso de transbordo. O amassamento das calhas pode gerar vazamentos. Mesmo possuindo uma ótima seção, quando forem abertas, naturalmente ou acidentalmente, elas terão a seção insuficiente. Devido a este fato, é aconselhado que as bordas das calhas tenham uma virola ou uma melhor situação, ou possuam virolas com reforço com fio de aço. Também, após um intervalo de espaços é interessante acrescentar uma chapa fina ligando às faces opostas da calha. Os condutores (tubos pluviais) apresentam como problema comum o entupimento. Um teste que pode ser realizado é a inspeção simples, nos mesmos moldes da citada anteriormente para calhas. Um defeito pouco frequente, mas que, quando surge, pode trazer consequências graves, é o vazamento no tubo, principalmente quando ele se encontra embutido na alvenaria. A mancha fica abaixo do local onde a água vaza. Isso se deve ao fato de que a água corre entre o condutor e a parede e o problema tenha se manifestado em outra região. Para detectar esse caso, devem ser realizados sondagens e testes em pontos cada vez mais superiores desde a mancha. Estes vazamentos nos tubos são gerados por furos, soldas realizadas erradamente, quebraduras, etc., e são casos idênticos às calhas, devendo ser adotadas as mesmas soluções para os tubos. Vazamentos nas uniões de tubos de ponta-e-bolsa podem acontecer quando há um grande volume de água (em chuvas fortes). Este maior volume sobe no tubo e extravasa na união, conforme a figura abaixo que mostra muito bem a situação. Isso pode ser evitado com uma perfeita selagem da parte mencionada. O autor ainda cita o fato de que os elementos possuem diferentes dilatações, principalmente por serem feitos de diferentes materiais (calhas, alvenarias e madeiras). Com isso, as calhas não devem ser embutidas diretamente na alvenaria. As calhas devem ser fixadas de forma que tenham uma livre dilatação. Caso continuem embutidas na alvenaria,

poderá acontecer o estouro do reboco, gerando um caminho para entrada de água, gerando diversas patologias. Vazamentos e goteiras nos telhados A área coberta pelas telhas deveria ser estanque, porém os telhados apresentam diversos vazamentos sendo contrário a esta propriedade. Há vazamentos, conforme VERÇOZA (1991), que ocorrem em determinados tipos de telhas e outros que são comuns a todos os tipos. Um defeito comum que acontece é o caimento inadequado: as telhas possuem ângulos limites, fora dos quais os vazamentos são improváveis. Diversos fatores influenciam estes ângulos, tais como: sistema de fixação das peças, sistema de encaixes longitudinais e laterais, impermeabilidade das telhas, etc. A qualidade das telhas também faz diferença na contribuição pra vazamentos. Telhas porosas, finas demais, ou até mesmo tortas. Estes defeitos de qualidade da telha são facilmente identificados através de ensaios simples, observando sempre o que as normas informam. A utilização de pintura com vernizes impermeabilizantes é uma saída, assim como a alteração do caimento, sendo, porém, solução geralmente mais cara. O autor coloca um ponto interessante: esses defeitos relatados no parágrafo anterior podem desaparecer com o tempo. Isso ocorre por causa da colmatação pelo pó, limo, etc. O mofo é um defeito muito constante em telhados, interferindo nas características estéticas dos mesmos. A pintura será uma saída prática para esta patologia. O madeiramento mau feito também é um problema que contribui para vazamentos. Quando este é fraco, gera flechas que irão deixar as telhas fora de seu plano, contribuindo para o aparecimento de goteiras. Conforme VERÇOZA (1991), nos telhados de telhas de fibro-cimento são freqüentes os vazamentos por fissuras nas peças. Aconselha-se então a trocar a telha danificada.

Outro problema são os parafusos mal colocados e/ou má vedação dos furos de passagem, uma falha de projeto/execução deste tipo implica na substituição da peça. O autor traz a informação de que os parafusos devem sempre estar na parte elevada das ondas, nunca na parte baixa. O recobrimento pequeno é outro problema comum nos telhados de fibro-cimento. Assim, deve-se adotar um recobrimento tanto no sentido lateral como no longitudinal. Os caimentos podem variar de poucos graus e irem até a posição vertical, desde que observados as normas e os catálogos dos fabricantes. Quando os trespasses não são levados em consideração, ocorrem os problemas de infiltração. Quando este problema acontece, a solução é aumentar o trespasse. Isso pode ser feito através do acréscimo de novas telhas (que é caro) ou a colocação, entre as peças, de uma tira de espuma plástica embebida em alcatrão, bem prensada. VERÇOZA (1991) sugere afrouxar-se um pouco a telha que está na parte superior para que se possa acrescentar a tira dita, sempre acompanhando a ondulação das telhas. Outro defeito que pode acontecer e que é citado pelo autor mencionado é o da deformação lenta, que faz com que as telhas verguem em vãos exagerados. Isso é frequente em telhados que possuem telhas autoportantes, em telhas muito longas e nos balanços. Os telhados de telhas metálicas podem apresentar problemas idênticos ao de telhas de fibro-cimento. Mas podem apresentar um defeito particular deste material, que é o de ferrugem, a qual pode ser originada quimicamente ou eletroquimicamente. Neste caso, a solução segundo VERÇOSA (1991) é a troca. Em se tratando de telhas, de forma geral, tem de ser levado em consideração que elas são feitas de materiais e que estes apresentam suas próprias patologias, deste modo, conhecendo-se bem o material que será empregado, pode-se evitar o surgimento de vazamentos oriundos de defeitos citados anteriormente.

27 Vazamentos em lajes de cobertura terraços O grande problema que contribui para vazamentos em lajes de cobertura e terraços é o defeito na impermeabilização. A impermeabilização neste caso é mal feita ou nem se quer foi realizada. Existindo a infiltração através de uma laje de cobertura, deve-se inicialmente ter a certeza se existe ou não sistema de impermeabilização. Caso a resposta seja negativa sobre a existência do sistema, a solução será realizá-la por completo e com perfeição para a não ocorrência de problemas futuros. Conforme VERÇOZA (1991), caso exista impermeabilização, deverão ser realizadas duas verificações. A primeira consiste em verificar se paredes e platibandas adjacentes possuem rachaduras. Conforme o autor, na maioria das vezes, a água entra pela rachadura da platibanda e vai para baixo do sistema de impermeabilização, onde ocorrem e aparecem os sintomas idênticos à impermeabilização perfurada. A correção a ser feita deverá adotar mástiques próprios para a situação com epóxi ou argamassa expansiva. A segunda verificação é nas redes pluviais ou hidráulico-sanitárias. Geralmente essas tubulações, conforme o autor comenta, correm dentro da laje ou entre duas lajes e apresentam vazamentos, ou estes acontecem nas ligações entre ralos e tubulações. Em se tratando de redes pluviais, as manchas de umidade só aparecem nos dias de chuva ou logo após, levando a deduzir que se trata de defeito de impermeabilização. Um teste prático é colocar uma mangueira dentro do ralo, em quantidade definida em que o ralo fique cheio de água, mas não chegue a tingir o nível de extravasamento. Caso as duas verificações não identifiquem a causa da infiltração, o autor conclui que esta deve estar na impermeabilização. Constatando que há vazamento, um outro teste deve ser realizado para descobrir se está ocorrendo no

ralo ou na tubulação. A maneira de fazê-lo é bem simples: fecham-se as saídas do ralo e enche-o de água até o limite. Após certo tempo, observa-se o aparecimento de mancha. Caso seja positivo, o problema é no ralo; caso contrário, tubulação. Grande parte dos defeitos de impermeabilização acontece nas juntas de dilatação. Com o conhecimento desta informação, deve-se então efetuar um teste primeiramente sobre as mesmas. Este teste consiste na construção de uma barragem com tijolos, a qual será cheia com água. Caso ocorra vazamento, as juntas deverão ser calafetadas e um profissional deverá ser chamado. VERÇOZA, 1991, relata que a segunda maior causa de defeitos em impermeabilização é devido a rodapés mal executados. Toda impermeabilização de lajes tem de possuir remate, nas platibandas e paredes vizinhas, por um rodapé que estenda até 30cm ou 20cm acima do piso depois de pronto. Quando isso não é feito, segundo o autor, a água penetra sob a impermeabilização. Deste modo, o rodapé deve ficar bem fixado, com a dobre arredondada (as maiores tensões ocorrem nas quinas, local onde certamente a impermeabilização poderá quebrar). Em todos os casos é de suma importância não deixar que ocorra arrestas vivas, pois, conforme VERÇOZA (1991), “em impermeabilização, ângulo vivo é fatal”. Outro ponto de falhas em impermeabilização é nos ralos pluviais e outras passagens de tubulações. Ele afirma que os ralos devem sempre se situar sob a impermeabilização, esta deve penetrar uns 10cm para dentro deles e permanecer fixada em todo o perímetro, conforme dito anteriormente, sem arestas vivas. Na correção da impermeabilização de um ralo com emulsão, quando for refeita, deve-se realizar a proteção dentro e em torno do ralo, adotandose uma área de 1m². Esse procedimento é para garantir que não ocorrerá vazamento entre as duas impermeabilizações. Dependendo do tipo de

impermeabilização a ser feita ou corrigida, é de suma importância o material a ser utilizado. A correção do sistema deve ser feito, utilizando o mesmo material da impermeabilização de origem. Quando os vazamentos forem generalizados e constatar falha do sistema escolhido, a impermeabilização deverá ser toda refeita. VERÇOZA (1991) afirma que a correção de defeitos em impermeabilização deve ser feita no nível apropriado, sendo este abaixo do contra piso protetor. Qualquer impermeabilização deverá ser protegida com piso ou contra piso, mesmo que ela não sofra cargas de trânsito. Os raios solares incidindo sobre o sistema imperabilizante o estragam. Vazamentos em pisos e paredes Segundo KLEIN, 1999, a umidade em parede e pisos pode se originar conforme esses três meios: • Por vazamentos pela ruptura de canalizações de água fria, quente, esgoto pluvial, cloacal; • Pela penetração de água da chuva; • Pela percolação de água oriunda do solo, por ascensão capilar. Um tipo de infiltração em parede, de acordo com VERÇOZA (1991), é o que acontece em muros e platibandas na parte superior. As manchas aparecem nos forros, bem junto à parede, ou na própria. É de fácil percepção essa mancha pela sua posição elevada. A solução para este caso será o capeamento do cimo da parede, que poderá ser realizado com uma cerâmica apropriada, com chapas metálicas ou com telhas cumeeira. Outra forma de vazamento em paredes é o tipo de umidade generalizada, quase permanente que acontece logo após chuvas vindas de determinadas direções. Uma causa poderia ser o reboco poroso, outra o reboco salpicado, que é capaz de reter água, que irá atravessar a parede. Em se tratando de paredes de tijolo à vista, a causa de infiltração é devido às juntas mal


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29 feitas. Outro tipo de infiltração bastante encontrado em parede é a umidade que sobe do solo por capilaridade, quando não há impermeabilização da base da parede ou em casos que a mesma é mal feita. Existe ainda um tipo de umidade que aparece e engana leigo. Trata-se da umidade de condensação, presente em cozinhas, garagens, banheiros, áreas com pouca ventilação. A solução para estes casos será a correção da ventilação deficitária, seja com acréscimo de janelas ou exaustores, venezianas, etc. Vazamentos em reservatórios Este tipo de vazamento, em reservatórios, barragens e piscinas, é de fácil solução, mas difícil de se atingir um bom resultado. A solução segundo, VERÇOZA, 1991, é refazer a impermeabilização. Caso seja generalizado o problema, a impermeabilização para esta situação não está funcionando bem e deve ser analisada e verificado se é a melhor opção. Vazamentos deste tipo, frequentemente. possuem manchas ou estalactites de carbonato, brancas, que indicam externamente o local do fluxo de água. Esse fluxo ocorre geralmente nas juntas de concretagem. Se for uma mancha circular ou elipses, geralmente o vazamento está no centro, originado por falha de concretagem e pode se constatar que geralmente neste local há um oco. Já as manchas lineares indicam fissuras na impermeabilização. Fissuras causadas por movimentações higroscópicas Conforme THOMAZ (1996), as mudanças higroscópicas ocasionam modificações nas dimensões dos materiais porosos que integram os elementos e componentes da construção. Com o aumento da umidade, há uma expansão do material e com a redução, ocorre o contrário, uma contração do mesmo. Existindo então vínculos que irão impedir ou restringir essas

movimentações por umidade, ocorrerão fissuras. As vias as quais a umidade pode penetrar nos materiais já foram mencionadas no início deste capítulo. Propriedades higroscópicas dos materiais de construção THOMAZ, 1996, informa que a quantidade de água absorvida por um material tem a relação direta com dois fatores, que são a porosidade e a capilaridade. O mais importante dentre este dois é o segundo, pois na secagem de materiais porosos, ela provoca o surgimento de forças de sucção, que atuam na condução da água até a superfície do elemento, onde após um período de tempo, sofrerá evaporação. O autor considera ainda que essas forças de sucção citadas no parágrafo anterior são inversamente proporcionais às aberturas dos poros. Exemplificando, caso dois materiais diferentes são postos em contato, o que possui maior número de poros fechados absorverá água do outro com mais poros abertos. Sabe-se que os materiais apresentam variações no tipo de poros, possuindo os mesmos em várias aberturas. A umidade higroscópica de equilíbrio do material ocorre quando um material poroso se encontra exposto por um período de tempo em situação constante de umidade e temperatura (através do fenômeno de difusão) e este estabiliza seu teor de umidade, atingindo, então, um equilíbrio. As variações no teor de umidade provocam movimentações de dois tipos: irreversíveis e reversíveis. As primeiras são aquelas que acontecem logo após a fabricação do material e se originam pela perda ou ganho de água, chegando à umidade higroscópica de equilíbrio. As segundas ocorrem por mudanças do teor de umidade do material, ficando delimitadas a um determinado intervalo, mesmo ocorrendo a situação de secagem ou saturação completa do material. Tem-se o exemplo do concreto. Para este material há uma contração inicial por perda da água em excesso, que

foi utilizada no processo de fabricação (este acontecimento não é a retração originada das reações químicas entre o cimento e a água). Depois de finalizada esta fase inicial, o concreto, sujeito aos variados teores de umidade, apresenta movimentações que permanecem dentro de um intervalo. Apesar de se saturar o concreto por completo, este material não retornará ao seu volume inicial, segundo THOMAZ (1996). Para os materiais de construção civil que possuem contração inicial por secagem, no âmbito geral, os movimentos reversíveis são inferiores aos irreversíveis. Isso, porém, não pode ser aplicado para as madeiras, pois estas são suscetíveis a grandes variações dimensionais, em se tratando de seus teores de umidade presentes. Alguns fatores vão interferir nas movimentações higroscópicas dos produtos à base de cimento, tais como: quantidade do cimento e agregados, dosagem da mistura e condições de cura. Os materiais cerâmicos geralmente apresentam movimentações pequenas, reversíveis com as variações de umidade e temperatura. De forma geral, os materiais de construção movimentamse com a variação do teor de umidade. Configurações típicas de trincas provocadas por movimentações higroscópicas Segundo THOMAZ (1996), as trincas provocadas por variação de umidade dos materiais de construção civil são muito parecidas com as provocadas por variações de temperatura. Podem acontecer, em casos específicos, aberturas variando em função das propriedades higrotérmicas dos materiais e das amplitudes de variação da temperatura ou umidade. Para tijolos maciços de solo-cimento, a fissura acontece mais em paredes relativamente longas, com cerca de 6 a 7 metros e ela pode ser causada tanto pela contração de secagem do produto como por suas movimentações reversíveis. Este tipo de material é altamente suscetível às variações de umidade. “Movimentações reversíveis ou


30 irreversíveis podem originar também destacamentos entre os componentes da alvenaria e a argamassa de assentamento” THOMAZ (1996). As trincas horizontais aparecem também na base de paredes, onde geralmente a impermeabilização dos alicerces foi mal-realizada. Deste modo, os componentes da alvenaria, os quais estão diretamente em contato com o solo, absorvem umidade, apresentando movimentações diferenciadas em relação às fiadas superiores, estas as quais estão em contato com insolação direta e à perda de água por evaporação. O autor ainda menciona que este tipo de trinca geralmente vem acompanhada por eflorescências, o que auxilia o seu diagnostico. Um outro tipo de fissura ocasionada por umidade, conforme THOMAZ (1996) é a que está presente no topo de muros, peitoris e platibandas, que não estão protegidos por rufos. A argamassa do topo da parede absorve água e movimentase diferencialmente ao corpo do muro, tendo como consequência o destacamento do mesmo. THOMAZ (1996) ainda menciona que outro material que também apresenta movimentações higroscópicas acentuadas é o gesso. Um problema específico neste caso, que é observado, é o fato de que nos edifícios ocorre o fissuramento de placas de gesso constituintes de forros, pela inobservância de juntas de movimentação entre as paredes e o forro. Uma informação colocada pelo autor de suma importância para conhecimento é o fato de que em se tratando de variações higroscópicas, as madeiras são os materiais de construção que apresentam a maior sensibilidade em relação à movimentação de suas fibras. Eflorescência Segundo UEMOTO (1985), o termo eflorescência tem como significado a formação de depósito salino na superfície de alvenarias, isto sendo resultado da exposição de intempéries.

Este fenômeno pode ocorrer em qualquer elemento da edificação. Ela pode trazer modificações apenas estéticas ou ser agressiva. No primeiro comportamento, ela altera a aparência do elemento onde está depositada e, no segundo, devido aos sais constituintes, pode até causar degradação profunda. Observa-se um contraste de cor maior quando se tem sais (eflorescência branca) e uma base de tijolos vermelhos. Quimicamente, conforme o autor citado, a eflorescência é constituída por sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-terrosos (cálcio e magnésio), solúveis ou parcialmente solúveis em água. Diante disso, pela água da chuva ou do solo, o elemento irá estar saturado e os sais serão dissolvidos. Depois a solução migra para a superfície e, por evaporação, a água sai, deixando, na base do elemento, um depósito salino. A eflorescência é originada por três fatores, que possuem o mesmo grau de importância. São eles: o teor de sais solúveis presentes nos materiais ou componentes, a presença de água e a pressão hidrostática, que faz com que a migração da solução ocorra, indo para a superfície. Todos os três fatores devem existir e, caso algum deles não esteja presente, não haverá a formação desta patologia. Alguns fatores externos também ajudam para que este tipo de manifestação patológica ocorra, tais como: a quantidade de solução que irá aflorar; o aumento do tempo de contato que atua na solubilização de maior teor de sais; a elevação de temperatura, a qual aumenta a velocidade de evaporação e gera um favorecimento na solubilização dos sais; e fechando, a porosidade dos elementos, permitindo que esta migração da solução para a superfície ocorra. Existem alguns procedimentos que podem ser adotados para o reparo desta patologia. Conforme UEMOTO (1985), caso a eflorescência ocorra em alvenaria externa de edificação recém-terminada, ela geralmente irá desaparecer sozinha. Isto porque ainda estão ocorrendo reações e também devido ao fato desta patologia possuir solubilidade

em água, sumindo após a ação de chuvas. O que se deve fazer na maioria dos casos é usar uma escova de aço para limpar o local, lavando com bastante água abundante. Pode-se também utilizar algum produto químico para efetuar a retirada, principalmente em determinados tipos de eflorescências, devendo ser estudado antes o elemento químico a ser usado, pois poderá intervir na durabilidade do elemento construtivo. Bolor em edifícios Conforme ALUCCI & FLAUZINO & MILANO (1985), o desenvolvimento de bolor ou mofo em edificações pode ser considerado como um grande problema com grandeza econômica e ocorrência comum em regiões tropicais. Essa patologia provoca alteração na superfície, exigindo na maioria das vezes a recuperação ou até mesmo a necessidade de se refazer revestimentos, gerando gastos dispendiosos. O crescimento de bolor está diretamente ligado, conforme os autores citados acima, à existência de umidade (alto teor no elemento o qual estão ou no ar). É comum o emboloramento em paredes umedecidas por infiltração de água ou vazamento de tubulações. O emboloramento nada mais é do que uma alteração que pode ser constatada macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendo conseqüência do desenvolvimento de microorganismos pertencentes ao grupo dos fungos. Assim, como todos os organismos vivos, estes possuem seus desenvolvimentos afetados com as condições ambientais, sendo a umidade um fator essencial. Os fungos precisam sempre de um teor de umidade elevado no material onde se desenvolvem ou uma umidade relativamente bastante elevada no ambiente. As formas dessa presença de água nos componentes internos e externos da edificação já foram citadas nos itens anteriores, tais como, por exemplo, umidade proveniente de vazamentos, da obra, do solo, etc.

31 Para se evitar que o bolor aconteça nas edificações, já na fase de projeto, medidas devem ser tomadas. Essas medidas visam garantir uma ventilação, iluminação e insolação adequada aos ambientes, assim como idealizar a diminuição de risco de condensação nas superfícies internas dos componentes e também evitar riscos de infiltração de água através de paredes, pisos e/ou tetos, ALUCCI & FLAUZINO & MILANO (1985). Caso não seja possível prevenir, e a patologia ocorra, a limpeza da superfície é necessária, com emprego de soluções fungicidas podendo até ocorrer a troca de materiais, que estavam contaminados por outros que resistam a ação de crescimento do bolor. Conforme PEREZ (1985), “a umidade nas construções representa um dos problemas mais difíceis de serem resolvidos dentro das ciências da construção civil”. As patologias de umidade quando surgem nas edificações, geralmente acarretam grande desconforto e degradam a construção muito rapidamente. Além de que, as soluções para correções desses problemas envolvem muito dinheiro. O mesmo autor menciona que um dos fatores que mais contribuiu para o aparecimento constante de problemas envolvendo a umidade foram as características construtivas adotadas pela arquitetura moderna, bem como os novos materiais e sistemas construtivos introduzidos. Peças mais esbeltas, utilização de juntas devido aos novos materiais e pré-fabricação de componentes, o conjunto de diferentes materiais nas fachadas e coberturas, cada um destes tendo um desgaste diferencial (cada material com uma durabilidade). A maneira pela qual a água escoa pela superfície de um edifício tem sido deixada de lado. Detalhes nas fachadas deixaram de ser utilizados tendo como finalidade a retirada dos mesmos apenas para melhorar a estética. Com isso, os detalhes que antes acabavam com as concentrações de fluxos de água de chuva e descolavam laminas de água que se formavam nas

superfícies das paredes, sumiram dos projetos. O segredo para que se evite a deterioração das fachadas expostas à água de chuva é o controle eficiente da água que escorre; a dissipação da concentração da mesma e a proteção das partes vulneráveis da edificação. A geometria e dimensões das saliências introduzidas sobre as superfícies das fachadas vão determinar o maior ou o menor grau da dissipação dos fluxos de água de chuva que se formam na superfície. O autor ainda informa que os fluxos de água verticais e horizontais que se formam nas superfícies das paredes podem ser controlados com estes detalhes construtivos de modo que estas descontinuidades propositais minimizem o volume de água que passa sobre uma junta. “Os problemas de estanqueidade nas juntas são frequentemente complexos” afirma PEREZ (1985). Elas são tornadas estanques por meio de materiais que vão permitir esta propriedade, evitando-se o ar e água, formando barreiras (ou uma barreira). O sistema barreira única compreende um só plano de estanqueidade que é geralmente feito através da utilização de um mástique. Este irá impedir simultaneamente a ação da água da chuva e a penetração do vento. O problema na escolha do material é que, caso este apresente algum defeito, irá comprometer todo o sistema de vedação. O sistema de barreira dupla consiste em dois planos de proteção: um párachuva e outro pára-vento, e no meio deles há um espaço, que se comunica com o espaço exterior através de um dreno. Este tipo de barreira é a mais empregada por ser mais durável e segura, além de eficiente. Segundo PEREZ (1985), as funções do espaço que separa os dois planos são: • “Opor-se à infiltração de água ou limita-la aplicando uma contrapressão sobre o plano pára-chuva, (tendo o espaço vazio ligação com o exterior, tem-se um equilíbrio de pressões)”; • “Exercer uma ação anticapilar e evacuar para o exterior a água eventualmente infiltrada”. O assentamento de bloco de concreto e juntas entre partes fixas e móveis de

caixilhos pode ser feito utilizando este conceito de barreira dupla. Análise crítica As manifestações patológicas ocasionadas pela umidade são muito comuns no mundo da construção e estas podem gerar danos elevados, gerando gastos enormes em recuperação e reparo, que poderiam ser evitados com medidas simples preventivas. Percebe-se que as construções antigamente possuíam características construtivas as quais afastavam a água. Os telhados eram projetados de tal modo que criavam um beiral suspenso que protegia a edificação, como exemplo. Novos seguimentos estéticos aboliram vários dispositivos que atribuem tais características, tornando assim o edifício atual mais propício a desenvolver patologias de umidade do que os antigos. Conclusão Os problemas referentes à ação da umidade estão presentes em todas as fases da vida de uma edificação. É fato concluir que a prevenção é a melhor solução. Corrigir erros na fase de projeto é primordial. A escolha de materiais empregados e tipos de sistemas construtivos podem evitar o surgimento de patologias de umidade, assim como uma boa impermeabilização. A impermeabilização deve ser muito bem escolhida. Também tem de ser considerado o micro clima que atua na edificação. A incidência de chuva e vento pode variar de uma fachada para outra, exigindo características especiais e cuidados. “Prevenir é melhor que remediar”: seguindo este lema preventivo e aplicando-o contra as patologias de umidade, além de ser mais eficaz e sem gastos econômicos, garante uma maior segurança e durabilidade da estrutura. Deste modo, será benéfico não só para a edificação em si, mas também para todas as pessoas que a utilizam. Um estudo sobre a impermeabilização e atuação de micro climas nas edificações é recomendado para um maior aprofundamento do tema e enriquecimento da literatura sobre a área.


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Sustentabilidade financeira com redução de 33 custo sem perder a qualidade Edson Mello O crescimento e o sucesso de sua empresa estão diretamente ligados à uma gestão dinâmica e consciente que combine saúde financeira com redução de custos, decisões assertivas e bons investimentos, levando à sustentabilidade financeira. A organização e o planejamento devem fazer parte do dia a dia do seu negócio. De acordo com o Sebrae, um dos motivos que levam ao fechamento prematuro de uma empresa é a falta de gerenciamento da gestão básica. Muitas vezes, a falta de conhecimento, o comportamento, maus hábitos e as más decisões tomadas pelo gestor, o obrigarão a repensar e buscar soluções junto a terceiros, porém de nada adiantará se não houver uma mudança profunda de comportamento, principalmente com relação a sua gestão. Quando o gestor não esta preparado para ser um empresário, e assume de forma empreendedora, pode

O grande problema é que se pensa em redução de custo quando a receita cai. sim ter sucesso, mas o sucesso só se sustentará se o empreendedor tiver o pleno conhecimento das necessidades de seu negócio, habilidades e competência para gerencia-lo, sabendo separar muito bem a questão financeira da empresa com as suas necessidades financeiras particulares. A grande maioria das empresas que se encontram com problemas financeiros, tem como motivo o descontrole na sua gestão financeira, levada pela falta de controle financeiro de seus gestores, o que vai impactar diretamente na perda da qualidade. Um gestor com problemas financeiros da ordem pessoal conseguirá fazer uma gestão com foco na qualidade

em sua empresa? A busca da qualidade pelas empresas tem sido uma constante, sendo o principal requisito para uma empresa de sucesso. Um produto ou serviço de qualidade representa mais clientes, e mais importante que isso, clientes satisfeitos. Porém quando falamos em redução de custos, os empresários brasileiros logo passam em cortes, sem visualizar a qualidade e a busca para uma solução financeira, podendo acarretar mais problemas, levando a empresa para o fundo do poço. O grande problema é que se pensa em redução de custo quando a receita cai. Neste sentido deve-se entender que é importante para qualquer empresa, seja ela de porte pequeno, médio ou grande, um programa de redução de custo antes de passar por uma crise, pois isso garantirá uma saúde financeira sustentável, que permitirá se manter sólida, assegurando seus compromissos com


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seus colaboradores, fornecedores e clientes. A redução de custos implementada antes de qualquer sinal de crise atingir a empresa é chamada de redução de custos espontânea. Visa manter ou conseguir uma vantagem competitiva. Tem efeitos expansionistas e, em geral, tem a adesão dos colaboradores. Segundo Porter 1986, uma empresa consegue vantagem competitiva sustentável por meio de seus custos ou de diferenciação. Ele ressalta que nunca devemos esquecer os custos. A empresa, após ter se conscientizado da importância da competitividade em custos, deve implantar um programa de redução de custo estabelecendo metas e este é um dos grandes desafios estratégicos para qualquer organização e uma missão maior para seus gestores. Podemos pensar em várias opções para obtenção de resultados para atingir a meta estabelecida, entretanto, temos que priorizar

algumas em todo processo de redução de custos. As principais são: 1. Otimização de todos os processos com qualidade; Temos que entender que qualidade é aquela que atende às expectativas dos clientes ao menor custo. Não podemos confundir com o conceito de qualidade a custo mínimo ou qualidade máxima ao custo que for necessário. A qualidade abrange pessoas, processos, produtos e serviços. Empresas que acreditam que tentar assegurar a satisfação total dos clientes é economicamente inviável, está fadada ao fracasso. Devemos estabelecer um nível mínimo de qualidade a ser oferecido sob pena de incorrer em perdas marginais, uma vez que o custo de recuperar um cliente insatisfeito é comprovadamente maior do que o custo de conquistálo.

2. Sempre de olho no custo total Não devemos esquecer que os custos de uma empresa estão interligados à meta estabelecida, porém há de se levar em conta que sempre existe restrições para redução de determinados custos, uma vez entendida e atendidas determinadas restrições, deve-se focar na minimização do custo total. Devemos estar atentos, além das restrições qualitativas, aos custos tributários, de logística, de pessoal, etc. 3. Saber a relação entre custo, preço e receita. É sabido que o custo influi na decisão de vender a determinado preço e este afeta o volume vendido por meio da demanda. Sendo assim, a receita da empresa é afetada. Quando a empresa reduz o custo de um produto ou serviço, também pode reduzir o preço de venda, aumentar a quantidade vendida e obter um acréscimo na receita líquida.

35 Deve-se procurar a redução de custo, buscando sempre o aumento de receita. 4. Acreditar que todo custo é passível de redução Quando se fala em redução, a principal restrição vem por parte do pessoal que não entendeu a importância do processo e você poderá ouvir que: o custo está no limite, não há mais o que reduzir. Toda empresa que tenha enfrentado e vencido uma crise financeira sabe que não há custo irredutível. Este tipo de reação será dos setores envolvidos (produção, vendas, administração, etc.) que se encarregarão de boicotar o programa de redução de custos. Um programa formal de redução de custos é a ferramenta clássica usada pelas empresas para obter competitividade em custos. Num programa típico de redução de custos são estabelecidas metas e responsabilidades. Mesmo sem um programa de redução de custos oficialmente estabelecido, as empresas podem

obter resultados expressivos com a adoção de medidas isoladas de redução de custos. Mais importante que reduzir custos, é entender o porque isso é importante, e neste aspecto muitas vezes se faz necessária uma reflexão por parte dos gestores de como estão conduzindo sua empresa. Toda e qualquer medida de redução de custos, quando não for espontânea, será classificada como compulsória, ou seja, a situação financeira da empresa está comprometida e esta, por meio de seus gestores, passa a tomar decisões muitas vezes irracionais, buscando saídas para a situação que na verdade está levando-a para o fundo do poço. Entendemos que o desequilíbrio financeiro pessoal, é o principal motivo para pequenos e médios empresários fracassem em seus negócios, neste sentido, recomendamos que busquem sua sustentabilidade financeira pessoal e empresarial por meio de uma consultoria especializada, com metodologia comprovada e foco em resultados.

Referências: AAKER, David A. Administração Estratégia de Mercado. 7ª Edição. Porto Alegre : Bookman, 2007. BATEMAN, T. Snell, S. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo : Atlas, 1998. DAFT, Richard. Administração. São Paulo : Pioneira Thomson Learning, 2005. PORTER, M. Estratégia Competitiva, RJ. Elsevier, 1986.

Consultor e Palestrante WF, Educador Financeiro, Bacharel em Direito, Administrador, Mestre em Administração de Empresas, Especialista em Economia, Marketing e Sistema de Gestão Integrada com experiência nas áreas públicas e privadas. Contato: edsmello@hotmail.com


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Liderança nas organizações

Profa. Gardênia Lima

reproduzindo um comando, orientado pela empresa? Quando a empresa deixa o líder agir com sua própria personalidade, ele pode usar seu comportamento para ter seguidores fiéis, que o valorizam como pessoa, portanto escutam e praticam suas ordens de forma natural e positiva. Ou se esse líder não tiver um conhecimento real de suas atitudes, poderá influenciar negativamente na organização. Segundo a teoria DISC, criada pelo

cientista William Moulton Marstson, todos temos capacidade de liderança, mas temos atitudes diferentes de acordo com o nosso padrão comportamental. Portanto podemos ter um líder firme, audacioso, inflexível e sua liderança está no COMANDO, seus liderados irão segui-lo por sua autoridade, firmeza em seus atos. O líder pode ser também comunicativo, alegre, persuasivo, dinâmico, e esta liderança será por

autoconhecimento é muito mais importante do que ensinar a essas pessoas como comandar seus liderados.Pois a empresa precisa de seguidores, pessoas que a representem e tenham conexão uma com as outras. Para ganhar qualquer causa, independentemente do estilo do

líder, é necessário o envolvimento das pessoas, o líder precisa conquistá-las para avançar em seu propósito. Empresas podem ser iguais, vender produtos iguais, terem estruturas parecidas, mas nunca terão líderes e seus seguidores iguais. O que vai fazer o diferencial são as pessoas. As conexões trabalhando juntas para o sucesso de todos. Liderança a chave para o funcionamento harmonioso, eficiente e eficaz nas organizações.

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Muito se fala em liderança dentro das organizações, percebe-se que seus diretores, gerentes, chefes e até suas lideranças informais muitas vezes tem o PODER, mas será que estão aplicando suas lideranças de acordo com suas personalidades? Ou atuam de forma: eu tenho que mandar e você que obedecer. A liderança tem o poder de trazer as pessoas para um objetivo comum, e dependendo de quem a executa, pode levar seus seguidores para seu próprio objetivo, e este ser diferente da organização, assim a empresa irá tomar um rumo totalmente ao contrário do que ela espera para seu futuro. É muito comum encontramos funcionários insatisfeitos com seus trabalhos, pois não encontram em seus líderes inspiração para serem melhores. Não conseguem ver exemplo de carreira nem de comando. É neste momento que perguntamos será que estes líderes estão usando sua personalidade em seu benefício, fazendo o seu melhor? Ou estão

CONEXÃO, as pessoas estarão ligadas ao líder pelo poder de persuasão, este tipo de líder é totalmente voltado para pessoas e sua motivação está no reconhecimento da organização e de seus liderados. Quando o indivíduo que tem um comportamento mais calmo, equilibrado, metódico, pode também executar uma boa liderança. Seus liderados o admirarão por sua capacidade de PLANEJAMENTO, sua sensatez e paciência consegue trazer a razão para as horas mais difíceis. Existe um estilo que é sistemático, organizado, voltado para tarefas e altamente disciplinado, este líder tem seguidores através de seu CONTROLE, por ser organizado seus liderados se espelham em suas qualidades de execução das tarefas. O líder pode ainda mudar seu comportamento em virtude de situações que exijam outro tipo de atitude. Exemplo um líder alegre, comunicativo, pode em alguns momentos passar a ser sério, firme, decido, conforme a situação exigir. Portanto a importância da empresa em desenvolver suas lideranças, capacitá-las e incentivá-las ao


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as h s? c o ic an . s á r M pa s b e u ov ro do m na ida e R u c os s i ua Q

Na lavanderia, a roupa com manchas trazida pelo cliente ou não, removidas na lavagem, são pontos críticos da atividade, principalmente as não imediatamente identificadas. A tecnologia desenvolve e lança no mercado produtos para uso pessoal, alimentícios, de cosméticos, higiene, limpeza, medicamentos, etc., que são cada vez mais utilizados por todos os segmentos da sociedade, de uso contínuo ou intermitente. Estes produtos podem contribuir para o surgimento de manchas em roupas e, consequentemente, dificultar a sua remoção somente pelo processo de lavagem. Influência do tipo de fibra têxtil na sujidade A capacidade de um detergente, para remover sujidades, não depende somente dos fatores da sujeira, mas também do tipo de substrato têxtil. As fibras têxteis, que têm um elevado teor de cálcio na sua superfície (por exemplo, algodão), comportam-se de forma muito diferente do que aquelas com baixo teor de cálcio (por exemplo, fibras sintéticas). O tipo de fibra tem uma influência no grau de hidrofobicidade, hidrofilicidade, molhabilidade e na extensão da remoção de sujidade.

A composição do detergente, contendo inibidores de incrustação, aumenta o poder de limpeza e a remoção das sujidades. A Física e a Química, no processo de lavagem, demonstram claramente, em termos de remoção de sujidade, os diversos efeitos que os agentes complexantes e tensoativos têm sobre uma série de fibras. Estes exemplos demonstram a forma sinérgica com a qual os surfactantes e agentes complexantes são complementares, não só no caso de sujidades mistas, mas também no que diz respeito à remoção das sujidades, a partir de diferentes fibras têxteis. Para lavar roupas e, principalmente, para remover manchas provocadas por sujidades, que não foram eliminadas nas lavagens, a ciência é um fator fundamental na seleção dos métodos, processos e produtos. O empirismo provoca despesas e pode provocar danos irreversíveis aos tecidos. Consulte sempre um especialista. A evolução e o bem-estar produzindo manchas A contribuição tecnológica dos produtos para a saúde, beleza, etc. continua avançando, inovando e deixando a lavanderia com graves problemas, principalmente

se alguns desses “produtos” provocarem “novas e desconhecidas” manchas nos tecidos. Os hábitos e costumes dos usuários são fatores fundamentais para provocar ou evitar essas manchas. Remover manchas é, sem dúvida, o maior tormento da lavanderia e, pensando nisso, catalogamos alguns métodos, processos e produtos e os procedimentos indicados pelos fabricantes de produtos químicos e as “descobertas” ocorridas na lavanderia, para remoção de manchas. As manchas catalogadas foram pesquisadas em manuais técnicos dos fabricantes, lavanderias industriais e profissionais da área, com ênfase especial a duas empresas: a Henkel e a Áurea Industrial. Embora a tecnologia química (dos produtos de lavanderia) evolua continuamente, não é possível admitir a existência de um produto especifico destinado à remoção de manchas ou da maioria das manchas Normalmente, utilizam-se produtos convencionais à lavagem; ou outros, tais como álcool, solvente, acetona, etc. A mancha mais facilmente removida, pela sua característica química

Hidrofobicidade: está associada à sua baixa/nenhuma afinidade com a água, ou seja apolar. Hidrofílicidade: está associada à sua maior/total afinidade com a água, ou seja, polar. Molhabilidade: habilidade de um líquido “molhar” uma superfície sólida. O grau de umectação (molhabilidade) é determinado por um equilíbrio das forças de aderência e coesivas.


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Manchas na roupa

definida, é a de ferrugem. Essa mancha poderá ser removida facilmente com o produto “tiraferrugem”. O processo de remoção de manchas numa lavanderia efetuase, normalmente, nas operações de lavagem manual ou no molho. É com certeza o processo mais oneroso e por vezes não satisfatório. Gasta mais insumos, mais tempo e pode ocorrer o dano na peça Devemos considerar algumas regras básicas para a remoção de manchas, pois, se nenhum cuidado for exigido, fatalmente teremos a mancha e o tecido danificado (desgastado ou desbotado). É necessário, principalmente, um treinamento especializado para a aplicação dos produtos na remoção de manchas, uma vez que, normalmente, as concentrações, nessa operação, são muito altas e podem danificar irreversivelmente o tecido. A maneira encontrada para corrigir esse problema é evitar que certas manchas (de difícil remoção) possam ocorrer. É importante buscar essas origens e, consequentemente, corrigir os hábitos ou os abusos. A lavanderia pode orientar o cliente sobre manchas que podem ser evitadas, como por exemplo manchas de arraste (quando a peça é arrastada no piso).

Cuidados na remoção de manchas A remoção de manchas não é um sistema definido apenas com a seleção de produtos e processo. A experiência também pode determinar o sucesso da remoção de manchas, pois essa operação exige tecnologia, conhecimento e tempo de ação dos produtos. Na remoção de manchas, por vezes é necessário repetir o processo de remoção ou até combinar alguns produtos e processos. A experiência é fundamental na observação dos riscos dos danos no enxoval. Independentemente do processo utilizado para a remoção de mancha, é necessário que, para reduzir os danos físicos e químicos no enxoval, cada peça seja enxaguada, acidulada e amaciada. A remoção das manchas requer uso

prolongado de produtos químicos e, portanto, medidas de segurança ocupacional devem ser aplicadas. A utilização EPI é importante, assim como os procedimentos para descarte desses produtos ou soluções no meio ambiente. Os fabricantes de produtos químicos podem (devem) apresentar as Fichas de Emergência (FE) e as Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), com informações sobre os riscos aos usuários e sobre os métodos de neutralização dos efeitos degradantes à natureza, pela descarga direta dos produtos no meio ambiente. Procedimentos para evitar mancha São cinco passos importantes para evitar-se uma mancha: a) identificar, tecnicamente, as fontes de manchas; b) verificar se as fontes podem ser originadas por negligência, imperícia ou imprudência dos manipuladores da roupa. O treinamento e o comportamento da equipe podem contribuir para a redução da incidência de manchas; c) avaliar se o tipo de tecido é compatível com a utilização do mesmo. Tecidos coloridos, não resistentes às temperaturas, etc., não podem ser utilizados em ambientes de alto índice de manchas, que são removíveis por produtos em altas temperaturas; d) registrar e controlar a origem da mancha, se ocorre na hotelaria ou na lavanderia. O registro e o controle são

ferramentas de apoio à gestão, pois contribuem para verificar se existem pontos de risco e se são passíveis de redução/eliminação; e) criar indicadores de qualidade e auditar se os procedimentos técnicos e comportamentais estão contribuindo para a redução das manchas. Evitar peças manchadas é um procedimento que deve ser conduzido por toda a equipe da hotelaria e da lavanderia. Essa acão deverá ser preventiva. Não se removem manchas sem danificar os tecidos. Qualquer que seja o procedimento, ele sempre provocará desgaste nas fibras. Algumas manchas abaixo podem ser evitadas, pois, além de serem consideradas de difícil remoção, o método e o uso de produtos para essas manchas são agressivos aos tecidos: • arraste; • clorexidina; • corantes; • gorduras; • graxas e óleos lubrificantes; • tintas de caneta; • tinturas, etc.

Cuidados podem reduzir/eliminar esses tipos de manchas e contribuir com a vida útil dos tecidos. Procedimentos para remoção de manchas • verificar o tipo de mancha; • classificar a roupa por tipo de mancha, cores e fibras; • verificar as instruções na etiqueta do fabricante do tecido; • testar a firmeza da cor em amostras do tecido; • evitar ressecamento da mancha: o molho evita o ressecamento; • molhar o tecido com água fria – nunca água quente (> 60º. c); • evitar a lavagem convencional com outras peças não manchadas; • escolher e orientar sobre qual o tipo de produto para remoção da mancha; • solicitar informações claras e objetivas dos fabricantes de produtos; • evitar “mágicas”.

Rotina de remoção de manchas em “molhos”: • molhar o tecido imediatamente; • selecionar o produto químico; • preparar o molho (solução do químico); • colocar a roupa na solução; • aguardar o tempo de molho; • verificar o resultado; • repetir se necessário. IMPORTANTE – Recomendamos: • evitar os molhos prolongados e as soluções concentradas de produtos; • intercalar a remoção das manchas sempre com enxágues; • cuidado ao misturar produtos: podem ocorrer reações com risco ao homem e ao substrato (tecidos);

• evitar que as peças passem no secador ou calandra manchadas; • verificar a probabilidade de haver sangria das cores; • lavar bem os recipientes, após uso • não misturar produtos puros ou concentrados; • evitar ações “mágicas”. IMPORTANTE Uso de alvejantes clorados em lavanderias: algumas manchas podem ocorrer durante o processo de lavagem em peças pessoais, domésticas ou industriais pelo uso de alvejantes clorados (hipoclorito, água sanitária, cloro orgânico) em pias e bancadas. mesmo sem o uso do cloro nesta lavagem específica. Alguns resíduos de cloro não neutralizados podem manchar peças de roupas coloridas. Recomendamos: que os ambientes estejam separados fisicamente (com cloro e sem cloro); que o ambiente seja acidulado (acidulantes) após o uso de alvejantes clorados; aplicar a fita de teste de cloro, para verificar se a superfície ficou isenta de cloro Principais removedores de manchas: • Acetona; Álcool • Ácido Cítrico; Ácido Fosfórico; Ácido Fluorídrico; Ácido Oxálico • Ácido Peracético; • Ácidotricloro – Cloro Orgânico em pó; • Bissulfito de Sódio; Hidrossulfito de Sódio; Tiossulfato de Sódio; • Enzimas ou produtos enzimáticos; • Hipoclorito de Sódio; Peróxidos de Hidrogênio; Perborato de Sódio; • Permanganato de Sódio; • Querosene; Tolueno; Varsol; Xilol Produtos químicos podem provocar danos ao ser humano, a superfícies (tecidos, equipamentos, bancadas, etc.) e ao meio ambiente. O manuseio inadequado por negligência, imprudência ou imperícia do produto químico pode levar à punição “justa causa”. Portanto: somente profissionais especializados podem recomendar o uso e a aplicação e a manipulação dos produtos químicos. Qualquer outra forma pode ser considerada como exercício ilegal da profissão.


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