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FAMA, BEBIDA E MILHÕES...

Um conhaque francês, uma multinacional das bebidas com sede e Porto Rico e uma estrela americana da música. Misture bem e o que você vai obter é um embroglio milionário, que parece ter chegado ao fim. A disputa foi em torno da marca D’Ussé, produzida na França, mas que tinha como sócios a Bacardi –uma das maiores produtoras de bebidas do mundo – e o astro do hip-hop Jay-Z. O músico, incluído na lista de bilionários da Forbes, propôs vender sua participação de 50% à empresa por US$ 1,5 bilhão, mas recebeu uma contraproposta de US$ 460 milhões. O desencontro de cifras levou o caso aos tribunais e só foi resolvido após um processo de arbitragem. Os valores finais do acordo não foram revelados, mas sabe-se que a Bacardi aumentou sua participação na D’Ussé – que se posicionou entre as mais cobiçadas marcas de conhaque e cujas vendas crescem a taxas superiores a 30% ao ano – para 75% e que Jay-Z manteve uma participação significativa no negócio.

Não é a primeiro bom negócio do astro no setor de bebidas. Em 2014 ele tornou-se dono da marca de champanhe Armand de Brignac, Desde 2021, tem como sócio a Moët Hennessy Louis Vuitton, para quem vendeu metade da empresa. Jay-Z também não é a primeira celebridade a faturar milhões com marcas próprias de bebidas. O ator George Clooney foi uma espécie de precursor dessa tendência ao investir na marca de tequila Casamigos, no México, negociada em 2019 com a Diageo por nada menos que um US$ 1 bilhão. O chamado Efeito Clooney movimentou a classe artística. Confira algumas outras estrelas que movimentaram o setor de bebidas:

Casamigos: negócios

GBOB DYLAN – o sucesso Heaven’s Door, composto por ele, batiza também a marca de uísques lançada em parceria com o empreendedor Marc Buschala. Eles comercializam três uísques no estilo americano -um bourbon de sete anos, outro com duplo envelhecimento em barricas e um uísque de centeio, envelhecido em barris de carvalho da cordilheira dos Vosges, na França.

KATE HUDSON – no copo e no cofre da atriz a preferência é pela vodka. Ela investiu em uma marca artesanal, a King St. Vodka, é comercializa com o apelo de ser livre de glúten e de grãos transgênicos, além de ser produzida com água alcalina.

DWAYNE “THE ROCK” JOHNSON – o Astro de films de ação também investiu em tequilas e se deu bem. No ano passado, fechou um acordo de distribuição global de sua marca Teremana com a gigante alemã Mast-Jägermeister.

KENDALL JENNER – a modelo lançou o rótulo de tequilas 818, que se tornou uma das mais requisitadas nos Estados Unidos e ganhou prêmios de qualidade. Mas lhe rendeu processos de ativistas, que a acusaram de promover “apropriação cultural”.

RYAN REINOLD – o ator de Hollywood tinha uma participação na marca Aviation American Gin. A Diageo adquiriu em 2020 por US$ 610 milhões.

BRYAN CRANSTON E AARON PAUL

– protagonistas da série Breaking Bad, os atores criaram a Dos Hombres, marca de mezcal. Em 2021, negociaram, por valor não revelado, uma participação minoritária com a Costellation Brands.

CHINA PORCOS NO ARRANHA-CÉU

De fora, edifício lembra um condomínio popular, como tantos outros na China. Nos arredores da cidade de Ezhou, na margem sul do rio Yangtze, ele se eleva a 26 andares e é plenamente habitado desde outubro passado. Outro semelhante está sendo erguido ao lado e, quando estiver pronto, os dois juntos abrigarão 1,2 milhão de “moradores”, permanentemente monitorados por câmeras de alta definição a partir de uma central de controle high-tech. As megafazendas verticais são a solução encontrada pelo governo chinês para turbinar a produção de suínos no país – que consome nada menos que metade de toda a carne suína produzida no mundo. Cada andar deles funciona como uma granja independente para cada fase da vida dos porcos. Ali eles são criados e alimentados até o abate, em uma escala industrial. A ração (mais de 450 mil quilos por dia) é transportada em correias até o último andar e depois distribuída pelos andares por um sistema automático. Com esse sistema, a China pretende também modernizar a suinocultura local, antes dependente de milhões de pequenos produtores praticamente sem nenhum controle sanitário. Por conta disso, o país sofreu perdas com constantes infestações, como a febre suína africana que devastou mais de 40% de seu rebanho em 2018. Mas é exatamente a alta concentração de suínos em um só local que preocupa os críticos do sistema: não ficariam, assim, ainda mais vulneráveis em caso de uma nova peste?

Estados Unidos Vacina Para Abelhas

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em ingês) aprovou, em caráter condicional, a primeira vacina destinada a insetos. O produto mostrou-se eficaz na proteção das abelhas contra a loque americana, uma doença destrutiva e mortal que pode acabar com colônias inteiras e que tem trazido grande prejuízo a agricultores, que depende desses polinizadores em sua produção. A vacina é administrada oferecendo às abelhas uma irresistível substância açucarada, que lembra a geléia real. Essa substância é misturada pelos apicultores na comida fornecida às abelhas operárias, que secretam a geleia real para alimentar sua rainha. Uma vez que a rainha ingere a vacina, imuniza as futuras gerações que ela trará ao mundo. A vacina foi desenvolvida em uma parceria entre a Dalan Animal Health e a Faculdade de Ciências Agrícolas e Ambientais da Universidade da Geórgia (UGA). “As pessoas não entendem como é difícil manter as abelhas vivas”, afirma Keith Delaplane, professor de entomologia e diretor do Programa de Abelhas da UGA, em um comunicado. “Não consigo imaginar um ramo da agricultura mais assustador. Requer atenção incessante.”

M Xico

Contrabando De Ovos

Uma alta sem precedentes no preço dos ovos nos Estados Unidos – onde a dúzia subiu, nos últimos meses, de US$ 2 para US$ 5 em função da quebra de produção provocada por surtos de febre aviária –criou uma preocupação adicional nas fronteiras do país com o México, onde eles custam metade do valor. Autoridades alfandegárias mexicanas afirmam que tem sido cada vez mais frequente encontrar viajantes transportando grandes quantidades de ovos em direção ao vizinho do Norte. Nos últimos três meses, houve um aumento de 180% nas apreensões de ovos frescos, sobretudo na rota entre as cidades de Juarez, no México, e El Paso, no estado americano do Texas. Para quem é pego, o risco para economizar não tem compensado. Além da apreensão dos produtos, as multas aplicadas variam de US$ 300 a US$ 1 mil, em caso de compra para uso próprio. Se a intenção for revender nos EUA, a sanção pode ultrapassar US$ 10 mil.

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