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A TIM SEMEIA O FUTURO

Projetos de implantação de tecnologia 4G no campo se expandem pelo País, ajudando a melhorar a produtividade das fazendas e a transformar vidas no meio rural

Na safra 2022/23, os agricultores brasileiros cultivaram mais de 73 milhões de hectares. Ao final dela, devem colher mais de 310 milhões de toneladas de grãos, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Trata-se de um volume recorde, obtido graças a muito trabalho e investimento. Também tem peso relevante nesse desempenho a adoção crescente de tecnologias, sobretudo digitais. Nos últimos anos, uma série de iniciativas lideradas por empresas do agronegócio e de tecnologia ajudou a levar a conectividade 4G para as principais regiões produtoras do País. Atualmente, a TIM tem mais de 12 milhões de hectares de propriedades rurais com 4G – e ainda há muito a se fazer.

“Fazemos parte da transformação digital do agronegócio, um setor que estava em grande medida desconectado”, afirma Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT e 5G da TIM. A operadora foi uma das pioneiras em levar soluções de conectividade ao campo. Já em 2018, equipes da empresa percorreram o País com o objetivo de conhecer a realidade do produtor brasileiro e entender as dores que enfrentam para digitalizar seus processos de trabalho. A principal conclusão foi de que o agro é muito avançado tecnologicamente, mas pouco conectado. Ou seja, há muita tecnologia embarcada nos equipamentos, mas as lacunas de conectividade impedem que seja extraído todo o potencial dos recursos.

Desde então, a TIM desenvolveu uma série de projetos personalizados, com equipamentos e infraestrutura desenhados sob medida para atender às demandas do ambiente rural. Embalados na solução 4G

TIM no Campo, esses projetos ganharam espaço no setor, permitindo que empresas agrícolas e produtores conseguissem conectar suas propriedades, potencializando a coleta de dados e o monitoramento

M

DATAGRO Markets

Oportunidade De Recupera O Da Ind Stria Automotiva

Em 2022, a produção de autoveículos -- automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus -- no Brasil fechou o ano com 2,37 milhões de unidades, aumento de 5,4% sobre 2021, indicando ligeira melhora na cadeia de suprimentos depois de amargar dificuldades com o fornecimento de microprocessadores e outros componentes críticos importados, devido à crise do covid. Em 2022, as vendas encerraram com cenário de estabilidade a 2,104 milhões de unidades, variação de -0,7% em relação ao ano anterior. Mais precisamente, a recuperação ocorreu no segundo semestre de 2022, quando houve crescimento de 29% sobre o primeiro, e de 13,5% em relação ao mesmo período de 2021. Nas exportações, 2022 foi o ano de melhor resultado desde 2019, com 481 mil unidades embarcadas, superando 2021 em 27,8%, com destaque para exportações destinadas à Argentina, México, Colômbia e Chile.

As vendas em 2022 segundo o uso de combustíveis foram distribuídas em 83,4% para veículos flex fuel etanol-gasolina; 2,3% para híbridos; 2,2% para veículos somente a gasolina; 0,4% para elétricos a bateria; e 11,6% para diesel. As vendas de veículos eletrificados – híbridos e a bateria -- alcançaram 46.868 unidades, ou 2,7% das vendas totais, contra 2,4% no ano anterior. Os veículos elétricos equipados com baterias (BEV, ou battery electric vehicles) representaram 0,4% das vendas totais, e no segmento de híbridos, os maiores destaques foram alcançados pelas montadoras TOYOTA e CAOA, com os modelos Corolla Cross, Corolla, Tiggo 5X PRO e Tiggo 7. A nível global, nos últimos dez anos desde 2012, chama atenção o crescimento da produção de autoveículos na China e na Índia, e a redução da produção no Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Brasil e Tailandia. Entre 2012 e 2022, a produção de veículos na China passou de 18,2 para 26,1 milhões de unidades. Na Índia, a produção passou de 3,8 para 5,1 milhões de unidades, transformando-a no quarto maior produtor, e nos EUA, Mexico e Espanha a produção tem se mantido praticamente estável, com pouca variação. Além da China que é em si um enorme mercado, a Índia desponta como um país em acelerado crescimento, sendo já o maior mercado da Suzuki fora do Japão. A Índia também figura entre os três principais mercados para Hyundai e Kia e Skoda (do grupo VW) e já aponta entre os cinco principais mercados globais para a Renault desde 2021. As apostas na Índia aumentaram especialmente após a crise Rússia-Ucrânia -empresas como Hyundai, Kia, Renault, Nissan e Skoda-Volkswagen saíram da Rússia, e o potencial de crescimento futuro está em poucos mercados selecionados. Portanto, é muito relevante o fato de que o governo e a indústria indiana estejam abraçando a tecnologia do etanol para alcançar objetivos de redução de emissão e aumento de eficiência.

Enquanto isso, no Brasil, nos últimos dez anos a produção de autoveículos caiu de 3,4 para 2,37 milhões (-30,3%). No mesmo período, as vendas ou licenciamentos totais caíram de 3,80 para 2,10 milhões (-44,6%), comportamento observado também no mercado de motocicletas. Entre 2012 e 2022, a produção de motocicletas no Brasil caiu de 1,69 para 1,46 milhão (-13,7%), e as vendas caíram de 1,64 para 1,35 milhão

(-17,4%). E é por conta da participação da indústria automotiva em toda a cadeia industrial, que essa retração na produção e nas vendas de autoveículos e motocicletas explica parte da desindustrialização sendo observada no país. Não precisava ser assim, pois o Brasil possui todas as condições de se posicionar como supridor de tecnologia de mobilidade sustentável para o mundo, como está fazendo nesse momento para a Índia. Nas últimas quatro décadas o Brasil desenvolveu uma bem-sucedida tecnologia automotiva calcada na utilização de combustíveis líquidos de baixa pegada de carbono, capazes de utilizar eficientemente etanol e biodiesel, e já se encontra tecnologicamente pronto para deslanchar o uso de biometano em ônibus e veículos pesados, todos com muito baixa pegada de carbono. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de minério de ferro, matéria prima básica para a produção de aço. Tem uma competente indústria local de produção de plásticos e elastômeros, inclusive com relevante produção de plásticos verdes. Além disso, dentre as maiores economias do mundo possui a matriz energética mais renovável, capaz de produzir aço, componentes e peças com baixa pegada de carbono que podem alavancar o processo de eletrificação com motorizações que otimizem o uso de combustíveis limpos e renováveis, acelerando a adoção de tecnologias híbridas que associam essas vantagens à adoção de uma eletrificação que utiliza a infraestrutura já instalada de distribuição de energia na forma de combustíveis limpos. Uma tecnologia que é ao mesmo tempo limpa e acessível em preço para o consumidor, e que permite às montadoras atingirem o tão sonhado objetivo de emissão zero até 2050. remoto das lavouras, criando assim condições para uma melhor gestão de seu negócio.

Uma política industrial alicerçada na valorização da tecnologia desenvolvida no Brasil, para produção local de veículos de baixa emissão e elevado rendimento, e a exportação desse modelo de mobilidade para outros países, é uma oportunidade que o país, seus empresários e trabalhadores, devem reconhecer, valorizar e aproveitar. Estímulos à conversão de veículos antigos e mais poluidores, por novos com menores emissões, associados à devida reciclagem de materiais e recompensas aos consumidores pelo uso de combustíveis renováveis, poderão recuperar e alavancar uma indústria estratégica e de grande impacto para o desenvolvimento econômico e social por seu elevado efeito multiplicador.

“Hoje conseguimos adotar melhores estratégias com base em dados”, afirma Edgar Alves, gerente agrícola da Jalles, segunda maior produtora de açúcar orgânico do mundo e cliente da TIM desde 2018. Para ele, a conectividade é fundamental para o progresso do agronegócio principalmente por permitir a tomada de decisões em tempo real.

Na solução 4G TIM no Campo os projetos de cobertura são feitos sob medida para os clientes, utilizando a frequência de 700 MHz. A tecnologia é a mesma já instalada nas cidades, o que permite plena integração entre terminais e projetos. Mas, para ampliar a cobertura tradicional e assim atender às necessidades de levar conectividade IoT a grandes áreas, a solução 4G TIM no Campo incorporou a tecnologia NB – IoT (Narrow band – também conhecida como Banda larga estreita e Internet das Coisas). Com ela, a cobertura aumenta em até 40%, além de ser uma tecnologia com baixo consumo de bateria, fundamental para aplicações em setores IoT.

Parceria Pela Conectividade

A missão de ampliar a conectividade no meio rural é compartilhada com outras empresas. Em 2019, a TIM foi uma das fundadoras da ConectarAGRO, associação que reúne empresas de diversos segmentos ligados ao agro, como as indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas e de serviços de tecnologia, para fomentar o acesso à internet móvel 4G nas áreas rurais de todo o País. A associação ajudou a levar aos produtores uma visão mais ampla dos benefícios do investimento em conectividade.

A instalação de antenas posicionadas em pontos estratégicos da propriedade fornece acesso à internet móvel 4G e habilita a integração de tecnologias que permitem acompanhar e correlacionar, remotamente, informações de um pulverizador e dados climáticos, garantindo o uso eficiente da aplicação de agroquímicos. Assim, colabora para melhorar o desempenho de todas as operações agrícolas. O uso de tablets ou smartphones permite a colaboradores controlar equipamentos remotamente, agilizando a transmissão de dados e a tomada de decisões. A conectividade, combinada a aplicações e equipamentos, ajuda a acompanhar, monitorar e avaliar as atividades em toda a propriedade.

A internet 4G facilita ainda a integração de máquinas, o uso de câmeras e chips para acompanhamento de animais à distância, o rastreamento de vacinas e medicamentos, os ciclos de gestação e de abate, a nutrição e o ganho de peso dos rebanhos. Com o uso de drones, é possível monitorar a propriedade em tempo real, acessando imagens que auxiliam em tarefas cruciais como análise de falhas em plantio e detecção de pragas. Sensores de agricultura de precisão colaboram no acompanhamento, também em tempo real, de indicadores como umidade do solo, facilitando eventuais decisões dos gestores.

Inclus O Digital

A conectividade não transforma apenas a gestão das fazendas. Ela é fundamental para transformar a vida de quem depende delas ou mesmo habita no seu entorno. Ao levar a tecnologia 4G para o campo, promove-se a inclusão digital das famílias, ajudando a manter a nova geração no campo e estimulando o ensino à distância. Gestores ganham novas ferramentas de comunicação entre a sede da fazenda e as equipes de campo, permitindo decisões mais assertivas e melhor controle da execução de tarefas. Tudo fica mais ágil, da notificação sobre uma máquina quebrada na lavoura ao acionamento do suporte técnico, que pode ser feito à distância. Nas grandes empresas do setor, esses avanços são claramente percebidos. A Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, conectou todas as suas indústrias, fazendas e terminais logísticos com a TIM. O resultado? Uma melhor gestão das atividades produtivas e a modernização dos sistemas de monitoramento de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas. “É preciso ter tecnologia e aporte de conectividade para manter a produção e o transporte de suco para mais de 100 países ao redor do mundo”, diz Claudio Coelho, diretor de Operações da companhia.

Hist Rico De Inova O E Investimentos

Detentora da maior rede de Internet das Coisas do Brasil, com 4.714 cidades com a tecnologia NB-IoT, conectando máquinas e pessoas para apoiar a transformação e inclusão digital no campo, a TIM foi pioneira ao oferecer a funcionalidade aos clientes corporativos. A solução TIM 4G no Campo alcançou a marca de 12 milhões de hectares cobertos com o 4G e mais de 24 milhões de hectares cobertos com o NB-IoT, uma funcionalidade que permite ampliar a cobertura tradicional em até 40%, com baixo consumo de bateria, fundamental para aplicações de IoT. Hoje, são beneficiadas, potencialmente, 1,1 milhão de pessoas, em 12 estados diferentes e 485 cidades em território rural. A meta da operadora é chegar a 16 milhões de hectares, ou 20% do total da área agricultável do Brasil.

Além da Jalles e da Citrosuco, citadas, a TIM tem projetos de conectividade implementados com outros grandes produtores rurais do País, como Adecoagro (MS), Amaggi (MT), SJC Bioenergia (GO), Agropalma (TO), SLC Agrícola (BA), Usina Santa Vitória (MG), Usina Santa Adélia (SP) e Usina São Martinho (SP), entre outros. A TIM trabalha com empresas vinculadas às verticais-chave para o crescimento do País, desenvolvendo propostas de valor específicas (Agronegócio, Mobilidade, Utilities e Mineração).

As iniciativas da TIM no agro vão além da implantação de rede e conectividade. A companhia tem o primeiro marketplace IoT de uma operadora no Brasil, com ofertas de parceiros inclusive para o agronegócio. O produtor pode consultar as soluções disponíveis no marketplace e solicitar o contato de um representante TIM, que fará a ponte com a empresa. São 11 soluções para o agronegócio, conectando escritórios, fazendas ou máquinas, capazes de otimizar a gestão de equipe, o monitoramento de lavouras e acompanhamento, em tempo real, do transporte de mercadorias tanto para centros de distribuição quanto para o cliente final.

Com todas as iniciativas, a operadora torna cada vez mais sólido e efetivo um ecossistema de inovação no agronegócio: a TIM desenvolve alianças estratégicas e parcerias com hubs de negócios e aceleradora de startups para fomentar o desenvolvimento de soluções e promover, por meio do uso das tecnologias móveis e IoT, a digitalização e automação do campo. O agro representa 1/4 do PIB nacional quando se considera toda a cadeia de produção e, com a conectividade, tem potencial de multiplicar esses números. A conectividade no campo transforma processos que antes eram manuais em digitais, com informações sendo transmitidas em tempo real. Isso coloca a produção em outro patamar. Consegue-se produzir mais (aumentar a eficiência) com menos recursos empregados e muito mais responsabilidade com o meio ambiente. A TIM entende que o setor é estratégico para o País e traduz essa importância olhando para o futuro e investindo no avanço tecnológico do segmento.

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