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#COLUNASPLANT

Alface nas alturas

Apesar do hype ao redor do modelo de produção vertical, recentemente algumas startups desse segmento precisaram apagar as suas luzes no exterior, mesmo tendo recebido volumes consideráveis de investimento. Isso gerou um ponto de atenção para uma equação importante em relação ao potencial de mercado versus o capital necessário para manter operações com sistemas de iluminação, climatização, ventilação, inteligência artificial para controle das condições e um alto consumo de energia elétrica.

As usinas de energia solar são uma possível alternativa para melhorar esse custo e aumentar a escala. Porém, outro fator relevante são os consumidores e a sua real disposição a pagar por produtos com valor agregado.

Isso porque as fazendas verticais são direcionadas para nichos e têm como diferenciais a sua produção com menor uso de água, menos insumos para fertilização e zero aplicação de defensivos contra pragas, por não haver insetos nos ambientes fechados, algo que também colabora com uma qua-

Contêiner da portuguesa Raiz: soluções urbanas lidade estética e de higiene para o que é produzido.

Apesar do dilema custo versus demanda das vertical farms, alguns exemplos já mostram como esse negócio está decolando, literalmente. Como a joint venture Emirates Crop One, formada entre a Emirates Flight Catering (EKFC) e a startup Crop One, para a criação do complexo de produção vertical Bustanica, de 30 mil m2 em Dubai, para servir aos passageiros da companhia aérea Emirates e de outras companhias atendidas pela EKFC.

Reconhecida como uma das maiores fazendas desse tipo no mundo, essa receita de inovação na prática também apoia o branding da Emirates, com acesso à matéria-prima diferenciada para refeições aéreas e reforço de sua oferta de valor com hortaliças que, segundo a JV, requerem 95% menos de água do que na agricultura convencional.

Saladas e cloud kitchens

O que antes ficava restrito aos polos de produção agrícolas tradicionais, como o Cinturão Verde em Mogi

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