E lisabete Matos D P la iva ortuguesa
XXIII Cimeira Ibero-Americana no Panamรก Calรงada P ortuguesa P atrimรณnio N acional # 20.2013
Livros para executivos e empresas de Excelência O Protocolo é essencial na gestão de uma carreira de sucesso feita de reuniões, encontros, apresentações, jantares sociais, comunicação aos órgãos de comunicação social entre tantos outros eventos que fazem, cada vez mais, parte do dia-a-dia de um profissional exigente e conhecedor.
5 | Editorial 7 | Entrevista, Elisabete Matos 24 | O Sentido
do
Paladar, Aura Lounge Café
28 | Património, O Real Paço - Da Fundação 40 | Cultura, “O Brilho Azulejo”,
na
das
às
de
Mafra -
Lutas Liberais
Cidades - A Rota
do
Fundação Calouste Gulbenkian
46 | Cultura, Calçada Portuguesa 56 | Cultura, Exposição “Livros
de
Horas:
o imaginário da devoção privada”, na
64 | Cultura, na
Biblioteca Nacional
palestra
“O Chá,
a
de
Planta Divina”,
Fundação António Medeiros
69 | Cultura, Inauguração “Metamorphosis”
da
Portugal
e
Almeida
da exposição
ExperimentaDesign 2013
72 | Protocolo, XXIII Cimeira Ibero-Americana, na cidade do
Panamá
PORTUGAL PROTOCOLO Edição Digital Nº 20 | 2013
Director
João Micael
Jornalista Convidada Maria Dulce Varela Arte
Portugal Protocolo Design
Propriedade João Micael - Protocolo, Imagem e Comunicação
Unipessoal, Lda.
Rua Actor Augusto de Melo, Nº 4, 3º Dto. 1900-013 Lisboa Portugal Tel. +351 21 410 71 95 | Telem. +351 91 287 10 44 protocolo@portugalprotocolo.com www.portugalprotocolo.com
Registo ERC Nº 125909 INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS POR QUAISQUER MEIOS
Por
vontade expressa do editor a revista respeita a ortografia
anterior ao actual acordo ortográfico. nº20
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www.p ort u galp rot oc olo.c om
E
d i t o r i a l
Na sua última edição de 2013 Portugal Protocolo encerra o ano com uma das maiores figuras femininas portuguesas do firmamento operático, Elisabete Matos, numa entrevista plena de sensibilidade, que confirma a sua reputação artística, mas, também celebra os 25 anos da sua carreira internacional nos melhores teatros de ópera do Mundo. O Património Português, como sempre, tem um lugar privilegiado nas nossas páginas, e assim, o Palácio de Mafra é apresentado sob uma perspectiva mais humana, na vivência da família real portuguesa sob o seu tecto, através de várias gerações. Também a Calçada Portuguesa, uma das maiores atracções internacionais da Cultura Portuguesa, e que agora corre o perigo de ser destruída e mantida como uma “montra turística” em locais predeterminados, é contada nesta edição a sua história e a sua presença em vários locais no planeta como um testemunho indelével da nossa Arte e Cultura ímpares. A superior qualidade das exposições patentes na Biblioteca Nacional de Portugal e na Fundação Calouste Gulbenkian, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada” e “O Brilho das Cidades - A Rota do Azulejo”, respectivamente, enriquece desmedidamente o conteúdo desta edição, e que serve, apenas, de uma pequena amostra daquelas obras. A ExperimentaDesign 2013 “Metamorphosis”, confirma a importância as potencialidades e a expansão dos limites de um material
profundamente português, a cortiça, onde se analisam as utilizações inovadoras, criativas e de vanguarda desta matéria. É uma exposição que já ocupa um lugar de referência na área do design internacional. A XXIII Cimeira Ibero-Americana, realizada no Panamá, com a presença
dos Chefes de Estado e Chefes de Governo dos países de expressão portuguesa e espanhola, teve como destaque o desenvolvimento de uma estratégia de comunicação para maior visibilidade dos projectos nascidos da cooperação daqueles países, bem como a criação de um novo modelo organizacional.
João Micael Director de Portugal Protocolo nº20
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Mais
uma vez, o
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Aura
foi
palco de mais uma conversa à mesa, desta vez com a soprano
Elisabete Matos. Ao sabor das iguarias, decorreu uma conversa amena. Percorremos os caminhos do seu sucesso, ficámos a saber dos seus anseios, de algumas mágoas, mas também ficámos a saber a
fibra e a coragem que a definem enquanto mulher e artista, que
25 anos de internacional. É obra!
comemora agora os carreira
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E n t r e v i s ta , Violino .... e canto ... foram as duas vertentes da sua educação musical. Como é que acabaria por fazer esta opção pelo canto e porquê? De certa maneira, aparece, um bocadinho acidentalmente, não porque não existisse a vontade e um gosto pelo canto e pela música lírica. Essencialmente, desde criança, estava sempre presente o gostar de cantar, mas, realmente, a primeira escolha, a primeira paixão, foi um instrumento, o violino, que também “canta”, portanto ... Já isso era um elo de ligação com aquilo que mais tarde viria a ser a minha opção, não só porque gostava de cantar, mas pela constatação de que também tinha um instrumento - a minha voz -, um instrumento de qualidade, que toda a gente apreciava e que toda a gente dizia que, eventualmente, iria marcar a minha carreira. Depois comecei a compaginar uma coisa com a outra. Evidentemente, quando tomei contacto não só com o canto em si, mas com a voz, com a possibilidade da junção e interpretação de personagens diferentes das óperas, de poder despertar sentimentos que, de outra maneira, não me parecia que pudesse fazer... com esta “descoberta”, veio rapidamente a constatação de que que o canto iria ser aquilo que eu queria fazer na minha vida. De alguma maneira, separou-se do violino ou continua actuamente a tocar violino? Não toco. Na actualidade, não toco, porque o violino é como o canto. É um instrumento que precisa de muita dedicação, de muito trabalho e se não houver uma disciplina diária que assegure um grande estudo, começa a desaparecer a possibilidade de tocar 8 | Portugal Protocolo 2013 |
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bem. E uma das coisas que eu tenho presente na vida é que aquilo que eu decido fazer, tenho de fazer bem. Não fazer duas coisas, mais ou menos. Para fazer uma coisa bem, acabei por decidir .... embora, tenha ficado sempre essa formação que eu acabei por adquirir, como violinista, e que é, evidentemente, uma mais valia para a minha carreira de cantora. Podemos dizer, por exemplo, - isto é um exagero! - que a música é a sua vida ou há mais vida para além da música? Evidentemente, que há mais vida para além da música. Mas a música é a minha vida. Não sei se me explico bem .... Claro que sim... ... Uma pessoa pensa sempre equilibrar as coisas e pensar que a música está sempre presente, mas que o canto, enquanto instrumento, terá, um dia, que acabar. Desde o princípio, é preciso estar consciente desta realidade e, assim, conduzir a vida de uma maneira natural ... é como uma pessoa que nasce, cresce, é adolescente, é jovem ... depois vai amadurecendo e vai adquirindo a sabedoria que os anos nos trazem. É necessário pensar que o canto é algo que se tem de construir, que se tem de começar quando se está no apogeu das condições físicas e mentais, que atingem uma escala importantíssima com a maturidade da mulher, do homem, do cantor, enfim, mas depois, quando as condições físicas e intelectuais começam a mudar, há que dar espaço a outra coisa. Pergunta se há mais vida? Certamente, a beleza, a música é a beleza, a harmonia, a felicidade ter consciência daquilo que eu posso fazer de mais imediato, saber que posso ser feliz a fazer outras
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coisas. Não posso dissociar, sabe? A pessoa que se centra num único instrumento, seja ele qual for, não perde o passo. É como o sacerdócio, é preciso uma grande atenção ao instrumento - neste caso, a voz - como a qualquer outro ... este exige mais do que tudo, porque é um instrumento que nós não vemos, não tocamos, por isso, tem uma particularidade mais específica;. não é como o violino, que se se partir uma corda, depois eu posso mudar. Mas a minha voz não pode ser mudada. Se eu não estiver a funcionar em condições, tenho de esperar, tenho de me tratar até que recupere. De qualquer das maneiras, eu sinto-me feliz a fazer isto, sintome em condições. Todo o empenho que eu imprimo à minha carreira é fundamental, mas há sempre muitas outras coisas que eu, desde o princípio, tenho sempre intenção de valorizar. Até porque, quando uma coisa acaba, tem de haver outras coisas ... os amigos ... a arte em geral, tudo aquilo que me chamar a atenção, a leitura, para que quando começar a falhar... Para que a transição não possa ser tão difícil ... Sim, mas não só por isso. Até porque eu procuro, por exemplo, que os meus amigos não sejam só cantores, não sejam só músicos, porque eu gosto, quando acaba uma récita ou quando acaba um concerto, de falar de outras coisas, por que quero centralizar-me só no canto ... Vamos, então, falar da sua carreira internacional, que é uma carreira, a b s o l u ta mente, espantosa. Gostaria que me falasse de alguns dos pontos especiais que a tenham marcado, calculo que todos a tenham marcado, mas
tem de haver, com certeza, alguns momentos, que são especiais para si? Sim, particularmente o arranque da carreira. Depois da preparação académica, os primeiro estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Giulbenkian de Braga, onde acabaria por ganhar uma Bolsa, que me permitiu terminar os meus estudos em Madrid. Depois, um segundo lugar num Concurso Europeu de Canto, que foi verdadeiramente o início da minha carreira internacional. Lancei-me com os papéis de Donna Elvira em Don Giovanni, de Mozart, e Alice Fordda, na ópera Falstaff, de Verdi, na Ópera de Hamburgo. Em 1977 fiz a minha estreia na reabertura do Teatro Real Ópera de Madrid, com o papel principal de Marigaila, na abertura das Divinas Palabras, ao lado de Placido Domingo. Placido acabaria por convidar-me para contar com ele a Massenet le Cid e Dolly from Sly, ao lado de José Carreras, em Washington. E depois? Bom, depois os grandes palcos do mundo operático abriaram-se e cantei, claro, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, no Scala de Milão, na Maestranza de Sevilha, no Teatro Regio de Turim, no Teatro di San Carlo, em Nápoles... Em Portugal foi tudo um bocadinho mais lento. Mas foi em 2010 que se estreou no Metropolitan de Nova Iorque, interpretando o papel principal da ópera de Puccini, La Fanciulla Del West, que sei que foi um enorme sucesso... Foi realmente, tivemos mesmo que interromper o segundo acto devido aos aplausos! Mas vou ainda referilhe dois momentos especiais. Um ano nº20
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depois estreei-me no papel de Isolda, no Teatro Campoamor de Oviedo, ao lado de Robert Dean Smith (Tristão) e participei nas comemorações do centenário de Giuseppe Verdi, cantando ao lado de Placido Domingo e José Carreras, em Roma. Voltemos a Portugal, como foi a sua carreira num país que não dá muito apoio aos artistas? Não posso dizer que não tive um grande apoio. O apoio da Fundação Gulbenkian foi muito importante e preciso dizê-lo, porque se metemos tudo no mesmo saco e depois ....
“…vi
reacções de pessoas que
nunca tinham ouvido ópera, extremamente comovidas, tocadas por uma coisa que não conheciam.
As
pessoas reagem,
a sensibilidade desperta...”
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Mas em termos globais, no nosso país ... Em termos globais sim. Principalmente ao nível da ópera. Porque nós temos um único teatro de ópera e não há mesmo dos nossos artistas. Mas isso é a nível geral, não só no campo lírico. Quando pensamos que temos uma artista da talha da Maria João Pires e que ela precisa de abandonar Portugal, porque não se sente acarinhada, ou quando penso no Gerardo Ribeiro, que continua a viver nos Estados Unidos, quando penso numa Anabela Chaves, que foi violinista da orquestra de Paris ... e tantos outros, como um grande amigo, o Artur Pizarro, com quem muito gosto de trabalhar. Portugal tem imensos nomes, grandes talentos, que devia acarinhar, talvez mais do que aqueles que, mediaticamente, num momento determinado, fizeram parte de uma ... situação ideal (só posso pensar dessa maneira) e que esses, sim, conseguiram, que Portugal os apoiasse ... São caso esporádicos. Não preciso de dizer de uma maneira agressiva, mas é verdade é que, nisso há um bocadinho de mágoa. Porque penso que Portugal cresce, se valorizar aquilo que nós temos cá dentro. E
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mais ainda, se valorizar aqueles que nos representam lá fora. Acha que há mais apoio, mais visibilidade, quando chegamos à arte popular , ao contrário dos que têm uma maior erudição? Penso que toda a gente, desde pequena, abriu o rádio e ouviu, entrounos no ouvido toda a música popular, que toda a gente repete ... Como acontece com o futebol... Eu não tiro valor ao futebol, porque para se fazer sucesso no futebol, como em qualquer outro desporto, é preciso realmente ser-se alguém de muita qualidade. Portanto, não se deve minimizar, nem aquilo que é popular, nem o futebol, nem qualquer das outras áreas... O que eu acho mal é que, por uma questão de cultura e de educação, as pessoas não tenham acesso à música erudita, não tenham acesso a muitas outras coisas e, claro, acabam por escolher aquilo... Que é mais fácil... Quantos estádios de futebol nós temos no nosso País? Não sei quantos são, mas são muitos. Quantos teatros de ópera nós temos no nosso País ... temos um! Não preciso de dizer mais nada. As pessoas acabam por aderir àquilo que percepcionam, àquilo que a televisão e outros meios divulgam. A nossa precisa de um certo conhecimento, de uma certa vontade de perceber o que é que se lá diz, mas o mesmo se passa na literatura. A maior parte das pessoas lêem aquilo que está na moda, aquilo de que ouviram falar ... Penso que a literatura não é tão marginalizada. Como a ópera ... É também uma questão educacional
... as pessoas, quando estudam matemática, ciências, música, arquitectura, tendem a gostar mais daquilo que aprenderam e, mais tarde, isso permite-lhes fazer as suas escolhas. De forma mais consciente... Exactamente ... muita gente descobre a música erudita muito tarde. Temos que ser correctos na nossa avaliação. Não podemos pedir a uma pessoa de Trás-os-Montes ou de Guimarães que venha, de uma maneira regular, ao Teatro Nacional de S. Carlos ver uma récita de ópera, até porque não há uma companhia itinerante que vá até tão longe. É difícil para estas pessoas, porque é preciso pagar um bilhete de comboio, ficar a dormir em Lisboa ... Eu já vi reacções de pessoas que nunca tinham ouvido ópera, nem música em geral, extremamente comovidas, tocadas por uma coisa que não conheciam. As pessoas reagem, a sensibilidade desperta...No nosso país o problema é sobretudo educacional ..... E Pavaroti, nunca teve a oportunidade de trabalhar com ele ? Não, nunca tive. Assisti a muitas récitas dele, mas nunca se proporcionou, até por uma questão, se calhar,de repertório... Nunca cantou em Caracala ? Em Caracala, fui convidada para fazer uma estreia da Abigail, do Nabuco. Mas como sabe, Caracala tem uma problemática acústica, imensamente grande. Tudo tem de ser feito com uma megafonia e eu recusei-me estrear um papel com a megafonia. Porque quando se tem um papel, é preciso encontrar todas as armas para desenvolver uma vida inteira. Mas se nº20
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E n t r e v i s ta , eu tenho um microfone ao pé, eu já não vou poder construir uma coisa de base, como deve ser construida. Teria sido uma grande experiência ... Mas também tive grandes estreias, como foi no Festival de Mérida, no Festival Macerata, no Japão, em Chicago... Com classificaria a sua estreia em Madrid, ao lado de Plácido Domingo ? Foi um momento muito importante .... Mas queria saber só a sua opinião ... estar ao lado dele ... a cantar ... É preciso eu dizer isto antes, para que o público tenha a compreensão de quem é Placido Domingo. A ideia que se faz de um cantor que não se conhece... isto vem, no fundo também reforçar a primeira pergunta que me fez - há muita coisa para além do canto lírico na vida e ele é um ser humano. Um ser humano, neste caso, com muito menos “ manias”, que, se calhar outros, até mais jovens, têm.Com estrutura para poder ser tão exigente, mas que é uma pessoa muito dedicada ao seu trabalho, que vive o seu trabalho de uma maneira visceral, que tem sempre uma palavra de incentivo, aprecia aquilo que tem ao lado ... Para mim, foi um surpresa muito agradável, do ponto de vista humano e do ponto de vista de colega de trabalho.Foi uma pessoa fantástica, porque não houve absolutamente nada que impedisse um contacto absolutamente fluente e normal com ele. Como é que a Elizabete vê o trabalho dos três tenores ... aquela abordagem que eles faziam às músicas mais ligeiras ? Como dizemos em Portugal, tudo 16 | Portugal Protocolo 2013 |
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cabe dentro do mundo da música .... Vindo de diferentes partes do mundo, eles pegaram, de certa maneira, num repertório mais imediato, mais conhecido do grande público ... para fazer chegar a música erudita a menos privilegiados. Houve uma parte que é absolutamente positiva, mas, evidentemente, que não é aquilo que nós fazemos, que é a ópera por excelência. O teatro, o teatro para nós é cantar no teatro, é quase um acto religioso. Um local onde o culto acontece. Nós precisamos de um palco directo, sem a megafonia, para comunicar de uma maneira directa, para uma verdadeira comunhão com o público. Mas é evidente que foi importante, o que eles fizeram foi importante, um deles já não está cá, .... estes três artistas levaram ao grande público a possibilidade de conheceram a música, para mais tarde passarem a fazer parte do canto lírico. Sei que esteve recentemente na Coreia do Sul. Como é que foi essa experiência? Foi um experiência bonita. Era a minha primeira vez na Coreia. Não tive muito tempo para ver para além do teatro e do hotel. Mas evidentemente que eles estão agora a criar aquilo que já nós temos por tradição, de há uns anos para cá. Com armas e bagagens estão a tentar tudo aquilo que nós conhecemos e que cá é normal, para depois fazerem eles a seu modo. Há abertura. Tiveram uma situação política em que a ópera não foi permitida, não foi tratada e falo da Coreia, falo da China. No Japão há uma aproximação diferente, que também tem a ver com o regime, tem a ver com a política existente. Noto que eles têm uma grande necessidade
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de trazer para eles o Ocidente. Mas, de imediato, querem aprender e fazer por eles próprios. Todos sabemos que na China, mesmo no nosso país, encontramos qualquer coisa, dá-se uma volta e vemos “made in China”. Eles acham que têm que valorizar os seus intérpretes, os seus compositores. Ao nível da ópera, a coisa estava um bocadinho mais atrasada, ainda não têm grandes intérpretes, mas ao nível instrumental, de grandes orquestras, eles têm grandes instrumentistas. Agora, ao lidarem com o Ocidente de uma maneira mais assídua, se calhar, conseguirão misturar tudo o que é tecnológico ... tudo o que é ... muito certinho, com a parte criativa, com
“Ficarei
muito mais feliz,
sabendo que um dia partirei e que, na geração que me precederá, não vá haver só uma
Elizabete Matos, mas vão haver várias.”
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sim que
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E n t r e v i s ta , a alma ... faz parte de uma cultura, da maneira como eles cresceram, da maneira como viveram .... Como é ser conhecida no Mundo como a maior e mais conhecida cantora de ópera portuguesa? Por um lado, evidentemente, é motivo de orgulho, mas por outro lado, é de tristeza. Porque eu não sou daquelas pessoas que deseje andar no mundo sozinha, não quero ser a única em Portugal .... aliás é minha intenção ajudar as gerações que vêm atrás de mim, para que, no futuro, não exista só uma Elizabete Matos. Falo do nosso século,do nosso tempo .... houve uma única Luisa Tody e um Tomás Alcaide, em tempos que já lá vão. Mas a minha intenção é realmente, passar o meu testemunho, ajudar, naquilo que posso, as gerações que vêm atrás de mim para que eu seja recordada, com certeza, toda a gente gosta de ser recordada no futuro, mas quero deixar a minha marca. Ficarei muito mais feliz, sabendo que um dia partirei e que, na geração que me precederá, não vá haver só uma Elizabete Matos, mas sim que vão haver várias. Esse trabalho que está a ter, esse legado que gostava de deixar, acha que está a ter uma correspondência em termos oficiais, do Estado português ...? Para já, há da minha parte, ... começar a dedicar uma parte da minha carreira, tudo aquilo que eu gostaria e que seria necessário para os jovens de hoje. Mas, se Deus quiser, a muito breve prazo poderá haver mais. poderei dedicar-me mais a esse sonho. Estou no auge da carreira, mas aproxima-se a minha vontade de um dia desfrutar do que foi a minha carreira, de ter aquele tempo para os amigos, para a 18 | Portugal Protocolo 2013 |
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família, para a leitura, para viajar, mas sem obrigatoriedade, para ir aonde eu quero ir e não aonde sou obrigada a ir. Para já, é realmente importante, essa decisão da minha parte. Se depois, a nível de Estado, venha alguma ajuda ... logo se verá ... E a Gulbenkian ... não poderia ajudar ...? A Gulbenkian não tem a intenção de criar uma orquestra, ... eles já têm um serviço e têm intenção, um objectivo de criar um serviço para os jovens .... Eu penso que seria mais importante fazer isso no Teatro Nacional de S. Carlos, por exemplo, mas penso que haverá, com certeza, a curto prazo, novidades, de que não gostaria de falar, porque as coisas devem ser comunicadas quando as coisas já estiverem mais ou menos alinhavadas. Nós somos um país onde toda a gente diz que faz, toda a gente diz que acontece, toda a gente tem muito boas intenções ... mas depois “mudam-se os tempos mudam-se as vontades”. Eu aprendi a ser cautelosa, neste sentido, ... quando as coisas estiverem seguras ou mais ou menos seguras, falaremos delas. Dos prémios que já recebeu, cá e lá fora, qual foi aquele que mais a marcou? Não posso dizer ... É um bocado como perguntar qual é a ópera que mais gosto? É muito difícil de dizer. Tem a ver com muitas coisas. Depende do momento que se está a viver. Depende da maneira como as coisas estão organizadas. Porque razão essas pessoas escolhem dar-nos um prémio! .... eu digo que o que se passa com os prémios é como os mimos ... são sempre ...
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Elisabete Matos e o marido Augusto Alvarez
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“O Metropolitan foi um grande palco para mim … pelo acolhimento, pelo calor humano. Até porque foi a primeira vez na vida em que eu conheci um titular, que dizia
The Queen Elizabeth is born !!!”
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E n t r e v i s ta , ... bem vindos .... São sempre bem vindos, são todos bem recebidos. Portanto, isolar, dizer que este ou aquele prémio é mais importante, é injusto. Penso que a felicidade é que, quando nos dão os prémios, as pessoas pensam em nós!! Não é justo assinalar que este prémio é mais importante que o outro. Dizia-nos, há pouco, que não estava muito próxima da música contemporânea vocal, quer explicar-nos? Evidentemente que a nossa sociedade evolui, a todos os níveis, na pintura, na arquitectura, na literatura ... nós acompanhamos a nossa geração, acompanhamos o nosso tempo. Só que, no canto lírico, na música contemporânea na componente lírica, também há o vocal, pois também há a música coral sinfónica e canções líricas, não só de ópera... eu queixome é de um grande desconhecimento, por parte dos compositores, do que é a vocalidade. Do que é esse instrumento tão complicado. Cada um de nós escolhe um repertório determinado, porque esse repertório está dentro da especificidade do nosso instrumento. Por exemplo, a Maria João Pires toca bem tudo o que quiser tocar mas, essencialmente, escolhe Mozart, Chopin, Beethoven. Raramente ouço a Maria João Pires tocar Rachmaninov ou tocar outras obras. No meu caso pessoal também eu, por exemplo, neste momento não posso escolher dar um recital de Schubert. Com certeza haverá outras pessoas mais idóneas do que eu para o fazer. Porquê? Simplesmente pela especificidade do instrumento. Um recital de Schubert está concebido para uma voz mais recolhida, para uma voz menos corpórea, para uma 20 | Portugal Protocolo 2013 |
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voz com menos raça. Porque eu, com certeza, que vou estar ali a por um travão no meu volume e sem dar tudo aquilo que está dentro de mim ... Nesse contexto, o que é que sente em relação à ópera alemã? Não percebi bem a pergunta, mas sempre lhe digo que a mesma coisa que sinto em relação à ópera italiana. A questão é que o instrumento tenha especificidade para interpretação desse repertório. No meu caso, a minha voz, tem uma parte, porque eu sou latina, tem uma especifidade. uma doçura latina, muito própria, mas tenho um vocal que me permite abordar o repertório alto soprano, ou seja, o equivalente a soprano lírico no repertório italiano, seja a soprano dramática do soprano alemão. No meu caso eu sou um soprano, que têm a sorte de de poder abranger tudo, os dois campos, sempre com o cuidado de que eu não atrapalhe o caminho do outro. Não exagerar, digamos, no repertório alemão já muito dramático, para poder conservar emotividade, aquela suavidade, que mesmo o soprano dramático precisa de ter. Se eu não tenho conseguido algumas “Electras” desde o princípio, ou algumas “Brunildes” desde o princípio, com certeza que seria muito difícil eu continuar a cantar a “ Manon Lescaut” ou a Tosca. A questão está em que nós temos de conhecer muito bem o nosso instrumento (e agora vou voltar atrás outra vez). Como eu tenho que conhecer muito bem o meu instrumento, também quem escreve deve conhecer o instrumento em geral ... numa orquestra há um ... pífaro ... há uma flauta transversal ... há um clarinete ... há um oboé ... há segundo violino ... há um primeiro violino ... há um contra-baixo ... há um violoncelo
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... e todos estes instrumentos têm uma particularidade diferente. Portanto, se eu tenho que ter cuidado em escolher um repertório adequado à minha voz, também os compositores Têm que ter a preocupação relativamente a determinados tipos de instrumentos ... Senão as coisas não funcionam ... Exacto, as coisas não funcionam. Não posso agarrar, não posso abraçar certas obras como abraçaria uma ópera de Puccini ou de Verdi. Não é não querer acompanhar os nossos tempos ... no nosso tempo tudo tem de ser imediato, ser rápido, e não é assim, as coisas para se fazerem bem ... nós estamos sentados á mesa para beber um bom vinho ... esse copinho precisa do tempo, precisa das condições climatéricas ideais. A mesma coisa acontece com a música. Nós precisamos das condições ideias para transmitir aquilo que foi escrito. Mas aquilo que foi escrito tem de estar pensado para uma voz, para um determinado instrumento, para que esse instrumento possa dar o seu melhor. Depois é muito fácil quando um crítico se senta à frente de um cantor a julgá-lo– e isto é uma lança que eu vou atirar em favor dos nossos cantores do momento, aqueles que a todo o custo tentam fazer a sua carreira... Evidentemente que seria bom que todos fossem Pavarotis ou .... poderia dizer um sem número de nomes .... Mas num país onde há só um teatro de ópera, não lhes é dada a possibilidade de pisar um palco, onde não existe sequer uma escola que tenha tudo aquilo que um cantor lírico necessita para a sua formação e onde não se acredita nos artistas e que estes não sejam levados aos palcos para que os erros, quando aconteçam, aconteçam
no nosso país. O que é importante é que eles possam trabalhar, que eles possam desenvolver-se, que as vozes que tornem conhecidas, que esses repertórios possam ser feitos para os nossos jovens cantores. Mas de uma maneira sã, para que eles não hipotequem, não ponham em risco o seu instrumento. Falou do Teatro Nacional de S. Carlos ... mas qual é o seu palco favorito? Tem um palco favorito, onde se sinta particularmente bem? Eu não me sinto bem num palco específico. Isso depende do trabalho, das pessoas com quem se trabalha, do ambiente que se gera. Até posso sentir-me hoje bem num palco que no passadonão me agradava em especial. Evidentemente que ée desejável sentir-se bem em casa. É difícil, nós somos um povo que é difícil, somos um povo corajoso, mas que não se alegra com os êxitos dos nossos ... Se me perguntasse o que é que eu mudava, eu diria que é preciso ser feliz com o êxito dos nossos, mas isso só é possível se nós acreditarmos neles e criarmos as condições para que eles possam ser os melhores. É evidente que eu me sinto muito bem com o meu público do S. Carlos. Eu sintome em casa no S. Carlos, enquanto Teatro, não estou a falar .... é evidente e é satisfatório para mim, também em Espanha, é a mesma coisa, ... Espanha é o meu segundo país .... é o país que me acolheu, que me deu as oportunidades que Portugal não deu ... não posso mais do que estar grata e ter uma palavra importante a dizer ... E o Metropolitan ...? Sim! O Metropolitan foi um grande nº20
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E n t r e v i s ta , palco para mim, desde a primeira vez que estive lá em palco, pelo acolhimento, pelo calor humano. Até porque foi a primeira vez na vida em que eu conheci um titular, que dizia “The Queen Elizabeth is born !!!” Eu não gosto de dizer estas coisas, porque parecem muito petulantes, mas estamos a falar de um palco em que eu tive a oportunidade de ensaiar no palco com a orquestra e todos os colegas a demonstrar o quanto .... ... A apreciavam ..... ...O quanto estavam empolgados pelo o que eu tinha feito, sem ter pisado o palco antes, principalmente, na ópera que não é propriamente uma ópera ....... é um libreto em alemão e, no final - isto era a quarta ou quinta récita -, ter a orquestra toda de pé ... para me aplaudir ... é um palco que eu não vou esquecer. Eu diria que se tivesse que escolher, escolhia esse. Como é que gostaria de cantar os portugueses que nós somos agora ......... falou na falta de carinho ... Eu nunca me queixo do público. É preciso ser muito clara. Sempre fui muito apreciada e acarinhada. Eu penso que não há nada contra mim ... um conjuro contra mim, é a nossa maneira de estar... eu penso é que uma pessoa, só porque cantou com o Plácido Domingo e com o José Carreras, é que passa a ser importante ..... é importante ter estado ao lado de grandes individualidades, tenho muito orgulho nisso .... mas é importante, e é apreciável, quando se sobe ao palco com o Plácido Domingo ou com o Zé da esquina .... Como é que se sentiria a cantar uma temática de matriz portuguesa, o que fomos o que somos, como 22 | Portugal Protocolo 2013 |
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à me s a c o m
E l i s a b e t e M ato s
povo, como é que se sentiria ... ? É muito difícil responder a essa pergunta. É muito abstracto .... Se calhar seria mais fácil escolher um fado, do que propriamente outro tipo de música, não sei... Sabe que eu ouvi da boca do Prof. Hermano Saraiva que gostava muito do fado ... mas jamais o julgaria como sendo a essência do povo português. O fado tem cem anos, o povo português tem .... Mas é mais fácil falar de nós ... é mais fácil falar de nós, daquilo que nós somos para o bem e para o mal, com uma letra do fado, do que propriamente, .... Sim... Voltamos novamente à pescadinha de rabo na boca .... eu acabei de dizer há bocado que nós não gostamos de nós, nós não nos acarinhamos ... Se calhar poderíamos encomendar uma obra que falasse de nós ... sim, por que não escrever sobre o nosso presente? A questão é que, ao não gostarmos de nós, ao não procurarmos saber o que os nossos fazem de bem, acabamos sempre por escrever, de uma maneira, não sabemos para quem ... Nós temos muita facilidade de falar de vizinho do lado ... temos muita facilidade de falar dos outros povos, mas temos dificuldade em falar de nós. Se calhar teríamos de nos dar conta do quanto nos temos abandonado ... Nós somos um povo com uma das linguas mais faladas no mundo inteiro... e, afinal, continuamos a ser aquele país ... aquela coisinha ali ... Eu não tenho côr política, mas, analiso o que de bem fazem uns e outros. Penso que seria muito mais salutar, muito mais benéfico, se nós
E n t r e v i s ta ,
à me s a c o m
E l i s a b e t e M ato s
tivessemos essa capacidade de não nos fecharmos só porque é esta côr ou aquela côr . O importante é que a política seja feita por pessoas que, independentemente da côr a que pertencem, sejam válidas naquilo que fazem, que tragam pensamentos, que tragam ideias, que realmente funcionem, para fazer funcionar o nosso país ... para não chegarmos à situação em que estamos. Que não venham agora dizer que são estes que estão cá que fizeram todo o mal ... não é verdade, nós sabemos que os imediatamente antes e outros e outros (é uma coisa de muitos anos) têm responsabilidades da situação em que estamos. E é o não admitir
- o não querer admitir - que é preciso eliminar a corrupção ... que é preciso não ter medo de apontar... O problema é que nós temos muitos poucos políticos vocacionais ... temos é muitos profissionais da política.
Texto de Maria Dulce Varela Fotografias de João de Sousa nº20
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O Sentido
No Aura
é assim.
Fica-se
rendido à boa cozinha, ao requinte com que ela nos é apresentada.
Foi
o caso deste
almoço com a cantora lírica
Elisabete Matos, conversa foi
em que a
“suavizada”
por uma sucessão de iguarias absolutamente irresistíveis! 24 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
do
Paladar
O Sentido
do
Paladar
Comecemos… pelo princípio. E o princípio foi um Carpaccio de Novilho queijo de cabra e rúcula, bem acompanhado com um branco Três Bagos Sauvignon 2012. As fatias fininhas da carne de vaca, temperadas soberbamente com sumo de limão e azeite, pimenta e flor de sal “casaram” na perfeição com este vinho de cor viva, amarelo citrino. Um vinho equilibrado, muito, muito agradável.
Texto de Maria Dulce Varela Fotografias de João de Sousa
E que dizer do Magret de Pato com batata crocante e espinafres salteados? Absolutamente maravilhoso e também ele crocante. Os espinafres salteados estavam no ponto e a batata crocante (tipo tortilha) derretia-se na boca. Um belo tinto da Quinta do Gradil nº20
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O Sentido
do
Paladar
Cabernet Sauvignon, de rubi intenso, foi a escolha perfeita para acompanhar o magret. Um vinho de corpo médio, fresco e direto. E fechando com chave-de-ouro este delicioso almoço, tivemos como sobremesa o Macaron com Framboesa (este recheio, feito com framboesas frescas, pois claro, derretia-se na boca). O creme sabayon dava o toque especial a esta maravilhosa sobremesa, a que o Aneto Colheita tardia 2010 dava ainda maior realce. Um vinho de cor dourada escura, muito meloso, com um final de boca guloso. Aguardamos, com a maior curiosidade, o nosso próximo encontro. 26 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
O Sentido
do
Paladar
nยบ20
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
João V
foi, talvez, um dos
monarcas que menos desfrutou do
Paço por
Edifício
Mafra. Fundado vontade sua, o Real de
esteve em construção
durante a maior parte da vida do
Rei,
embora este se
deslocasse frequentemente a
Mafra
para acompanhar
as obras de perto, ficando
Palácio dos Ponte de Lima.
alojado no
Marqueses
de
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nº20
D. José I Pierre-Antoine Quillard (atrib.), séc. XVIII, óleo sobre tela Fotografia de Arnaldo Soares
Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
A construção foi dada por concluída cerca de 1735 e D. João V adoeceu com gravidade em 1742, pelo que as vindas a Mafra se tornaram muito escassas até à sua morte, em 1750. Após a morte de seu pai, D. José manteve o hábito de vir a Mafra, quase sempre para caçar na companhia de sua mulher D. Mariana Vitória de Bourbon. Foi aliás na Tapada de Mafra que fez a sua primeira caçada enquanto Rei. Mas, como desde o terramoto de 1755 não gostava de habitar em construções de pedra, instalava-se numa grande tenda montada perto do Palácio. Isto apesar de o terramoto não ter feito aqui grandes estragos.
Em cima, Sala de Audiências ou do Trono, destinada às audiências régias. Nas paredes as oito Virtudes Reais, da autoria de Domingos Sequeira. Fotografia de Henrique Ruas Páginas seguintes, Tecto da Sala dos Destinos onde Wolkmar Machado representou a Providência Divina entregando a D. Afonso Henriques o Livro dos Destinos da Pátria. Em redor os antepassados deste rei e todos os seus sucessores até D. João IV. Fotografia de Paulo Andrade
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
E m cima, S al a de Di a n a , d e si gn a çã o d e vi d a à pi ntura d o t e c t o q u e r e p r e s e n t a a d e u s a da caça, a c o m p a n h a d a d e n i n f a s e sá tiros. N a p a r e d e , t a p e ç a r i a A l e x a n d r e r e c e b e T halestris R a i n h a d a s A m a z o n a s p e r t e n c e n t e à c o l e c ção que r e v e s t i a a s p a r e d e s d o Pa l á c i o a o t e m po de D. J oã o V. F o t o gra f i a d e H e n ri q u e R u as/I P PAR 32 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
P á g i na a o lado, Bib lioteca ( pormenor ) Fotog ra fia d e L ucia no Pedic ini P á g ina s seg uintes, Biblioteca Uma da mais impor tante biblioteca das L uz es, com c. d e 3 6 .0 0 0 v olum es d e encomenda rea l, v erd a d eiro repositóri o d o sa b er d o tempo. Fotog ra fia d e Ped ro Y g lesia s O liveir a
Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
P á g ina s seg uintes,
Em ci m a , R e t á b u l o d a A n u n c i a ç ã o, E s c o l a d e E s c u ltura de M a fra F o t o gra f i a d e M a n u e l S i l v e i ra R a m os P á g i n a ao lado, S a l a d a B e n ç ã o - S i t u a d a n o m e i o d o Pa ço R eal, d o s s e u s v a r a n d i n s p o d i a a Fa m í l i a R e a l a ssistir às c e r i m ó n i a s r e l i g i o s a s e , d a v a r a n d a q u e a b re sobre o Te r r e i r o, o R e i a p a r e c i a a o p o v o. A o centro b u s t o d e D . J o ã o V e m mármore, A l e ssa n d ro G i u sti, 1 7 4 8 F o t o gra f i a d e H e n ri q u e R u a s/I P PAR 36 | Portugal Protocolo 2013 |
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Oratório Nor te ou do R ei – Capela privada dos aposentos do rei. Pintura do tecto representando o voto de gratidão de D. João VI e D. C arlota Joaquina pelo nascimento da primeira filha. Sob re o a lta r N ossa Senhora , o M eni no e S . José ca rpi ntei ro, I ná ci o O liv ei ra Bernar des, c. 1 7 3 0 , óleo s / tela. Fotog ra fi a d e L uí sa O li v ei r a/IMC O ra tório Sul ou d a R a i nha C a pela priv a da dos a posentos d a ra inha . Sob re o a lta r, N ossa Senhor a do Livramento, Inácio Oliveira Bernardes, c. 1 7 3 0 , óleo s / tela Fotog ra fi a d e Henri q ue R ua s/IPPA R
Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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Património, O Real Paço de Mafra - Da Fundação às Lutas Liberais
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C ultura , O B rilho
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das
C idades - A R ota
do
A zulejo
C ultura , O B rilho
Exposição
das
C idades - A R ota
inédita totalmente
do
A zulejo
Fotografias das peças da exposição cedidas por Fundação Calouste Gulbenkian
dedicada ao azulejo que reúne mais de uma centena de peças produzidas por culturas tão diversas como o Império
Otomano, a Pérsia, a Índia, Inglaterra, Espanha, a Itália e a Flandres, a Holanda e Portugal.
P á g i na a nteri or, Miner va. Painel mitológico M useu N a ci ona l d o Az ulejo, L i sb oa © D i recçã o-Gera l d o Pa tri m ónio C ultura l/Ar quivo de Documentação Fotográfica (DGPC/ADF) – Luísa O li v ei ra , 2 0 1 1 L isb oa , 2 º q ua r tel d o século X VI I I ( c. 1 7 2 5 -1 759) Em ci m a , Pa v ã o Alem a nha , K a nd ern, 1 9 0 8 -1 9 1 0 © N ed erla nd s Teg elm useum , O tterlo Prov eniênc ia: Casa Kareol em A erdenhout (Haarlem, Holanda), construí d a entre 1 9 0 6 -1 9 1 0 , d em oli d a em 1 979 M a x L a eug er ( 1 8 6 4 -1 9 5 2 )
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C ultura , O B rilho
das
C idades - A R ota
do
A zulejo
Uma fascinante viagem pelo mundo do azulejo é a proposta de uma exposição inédita que o Museu Calouste Gulbenkian apresenta desde 25 de Outubro até 26 de Janeiro e que junta quase duas centenas de peças desde a Ásia Central até à Europa Ocidental, oriundas de museus e colecções nacionais e internacionais de referência. O objectivo da mostra “O Brilho das Cidades - A rota do Azulejo” não é oferecer uma panorâmica histórica no sentido académico, mas sim evidenciar os atractivos de um património comum e partilhado e que simboliza uma fértil ponte cultural entre oriente e ocidente, que tanto fascinou Calouste Gulbenkian. A exposição compreende cinco núcleos temáticos que juntam obras de variada procedência geográfica e que revelam como, apesar de diferenças de natureza social, política, religiosa e cultural, há muitas vezes confluências nas abordagens e nos resultados.
P á g i n a a o lado, Pa i n e l d e a zulejos M u se u C a l o u st e G u l be n k i a n, L isb oa © Fu n d a çã o C a l o u st e G u l benk i a n/ F o to gra f i a d e C a t a ri n a G o m e s Ferreira I z n i k , Tu rq u i a , c . 1 5 7 5 42 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
A exposição “O Brilho das Cidades - A rota do Azulejo” é organizada pelo Museu Calouste Gulbenkian, e comissariada pelo seu director, João Castel-Branco Pereira, e por Alfonso Pleguezuelo, professor catedrático da Universidade de Sevilha.
C ultura , O B rilho
das
C idades - A R ota
do
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A zulejo
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C ultura , O B rilho
das
C idades - A R ota
do
A zulejo
N esta página, Az ulejo representa nd o b usto d e jovem M useu C a louste Gulb enk ia n, Lisboa © Fund a çã o C a louste Gulb enk i a n/Foto: C a ta ri na Gom es Fer r eir a P érsia , I spa ã o, c. 1 6 2 0 , períod o saf ávida Página ao lado, Pa i nel d e ti jolo v i d ra d o « Arq ueir o» Musée d u Louv re, D épa r tem ent d es Anti q uités O ri enta les, Par is © M usée d u Louv re, D i st. RM N -Gra nd Pa la is/ R a pha ël C hipault I rã o, Susa , reina d o d e D á rio I , períod o a q ueménida 44 | Portugal Protocolo 2013 |
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C ultura , O B rilho
das
C idades - A R ota
do
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A zulejo
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P at r i m ó n i o , C a l ç a d a P o r t u g u e s a
A
calçada portuguesa,
originária de
Portugal,
é o
calcetamento com pedras de calcário e basalto, em padrões decorativos formados pelo contraste entre as pedras de distintas cores, sendo as mais tradicionais o preto e o branco, embora sejam populares também o castanho e o vermelho. 46 | Portugal Protocolo 2013 |
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Em c ima, R a i nha Sa nta I sa b el, U ni v ersid a d e d e C oimbr a Fotog ra fia d e M a nuel Matos A o lado, Entra d a d o C onv ento d a Gra ça , Lisboa Fotog ra fia d e Por tug a l Prot oc olo
P at r i m รณ n i o , C a l รง a d a P o r t u g u e s a
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P at r i m ó n i o , C a l ç a d a P o r t u g u e s a
P á gi n a ao la d o, Pal ác i o d e S ã o Pa u l o, I l h a d e M o ç am b iq ue F o t o gra f i a d e R osino P á gi n a s se g uintes, P l a z a d e Esp a ñ a , O l i ve n ç a , E spa nha F o t o gra f i a d e Ta g i d o Gi b ra lta r F o t o gra f i a d e N a t h an Ha rig 48 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
Foram as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores. Nessa época, foi determinado que o material a utilizar deveria ser o granito da região do Porto, que, pelo transporte implicado, tornou a obra muito dispendiosa. O terramoto de 1755, a consequente destruição e reconstrução da cidade lisboeta tornou a calçada algo improvável à época. Contudo, já no século seguinte, foi feita em Lisboa no ano de 1842, uma calçada calcária, muito mais próxima da que hoje mais conhecemos e continua a ser utilizada. O trabalho foi realizado por presidiários - chamados "grilhetas" na época -, a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenentegeneral Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples - tipo zigzag - mas, para a época, a obra foi de certa forma insólita, tendo motivado
P at r i m รณ n i o , C a l รง a d a P o r t u g u e s a
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P at r i m รณ n i o , C a l รง a d a P o r t u g u e s a
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P at r i m ó n i o , C a l ç a d a P o r t u g u e s a
P á gi n a ao la d o, L a r go d o S e n a d o, M a ca u F o t o gra f i a d e Ii d xplus P á gi n a s se gui ntes, Pa s s e i o c e n t r a l d a Pr a ç a d o s R e s t a u r a d o r e s , Lisboa, p o r Jo ã o A bel M a nta F o t o gra f i a d e G a bri e l e L uv a ra “ S t r a w b e r r y Fields” me m o r i al a Jo h n Le n n o n n o C e n t ra l Pa r k , N ov a I orq ue F o t o gra f i a d e C rea tor 2 2 52 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
cronistas portugueses a escrever sobre o assunto. Logo foram concedidas verbas a Eusébio Furtado para que os seus homens pavimentassem toda a área da Praça do Rossio, uma das zonas mais conhecidas e mais centrais de Lisboa. A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por todo o país e províncias ultramarinas, subjacente a um ideal de moda e de bom gosto, tendo-se apurado o sentido artístico, que foi aliado a um conceito de funcionalidade, originando autênticas obras-primas nas zonas pedonais. Bastou, então, somente mais um passo, para que esta arte ultrapassasse fronteiras, sendo solicitados mestres calceteiros portugueses para executar e ensinar estes trabalhos no estrangeiro. Em 1986, foi criada a Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa, situada na Quinta Conde dos Arcos. A Calçada Portuguesa é, certamente, um dos mais dignos e artísticos elementos do Património Nacional, e que deve ser preservado para memória das gerações vindouras e como marca da Cultura Portuguesa no Mundo.
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P at r i m รณ n i o , C a l รง a d a P o r t u g u e s a
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Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
Esta
exposição, de iniciativa conjunta da Biblioteca Nacional de Portugal, do Instituto de Estudos Medievais, do Centro de Estudos Históricos e do Departamento de Conservação e Restauro da Universidade Nova de Lisboa, apresenta um conjunto notável de Livros de Horas dos acervos da Biblioteca Nacional de Portugal e da Biblioteca Pública de Évora, cuja importância justifica o seu estudo e divulgação.
Fotografias de Biblioteca Nacional de Portugal 56 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
Os livros que se expõem foram produzidos em grande escala durante os séculos XIV e XV, altura em que atingiram o auge da sua popularidade. Na primeira metade do século XVI verificou-se um novo e fugaz impulso criativo que levou à introdução de novas soluções iconográficas e ornamentais. De conteúdo religioso, não é um livro litúrgico, mas destinase à devoção privada dos leigos, traduzindo a importância que o culto mariano assume nesta época. O imaginário dos Livros de Horas combina imagens sagradas, com evocações do quotidiano medieval e do mundo natural. Flores, frutos e animais reais e imaginários ocupam as iniciais ou deslizam pelas margens em explosões de cor e criatividade. Esta exposição integra 25 Livros de Horas manuscritos em diálogo com exemplares impressos, estando maioritariamente estruturada de acordo com as principais secções que constituem esta tipologia de livro: Calendário, Perícopes evangélicas, Horas da Cruz, Horas do Espírito Santo, Horas da Piedade e do Sacramento, Horas da Virgem, Orações várias, Salmos Penitenciais e Ofício dos Defuntos. No que respeita aos manuscritos, a investigação que suporta esta exposição resulta dos projectos de doutoramento de Ana Lemos e Delmira Espada Custódio que, no trilho dos estudos pioneiros de Mário Martins, Aires Augusto do Nascimento, Dagoberto Markl e Teresa Botelho Serra, dão continuidade ao estudo desta tipologia de manuscritos. A exposição encerrará com um colóquio internacional, nos dias 13 e 14 de Fevereiro de 2014, e com a edição de um catálogo.
Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
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Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
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Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
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Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
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Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
Imagens seguintes
Imagens anteriores Livro de Horas, 1476-1500 AUTOR(ES): Igreja Católica. ANT.POSSUIDOR(ES): Gallandius, Guillelmus, fl. 1553, ant. possuidor; Gounon, ant. possuidor PUBLICAÇÃO: [1476-1500] DESCR. FÍSICA: [IV], [152] f. (18 l.) : perg., il. color. ; 96x68 mm REF.EXT.: Descrito em: Inventário do Património Cultural Móvel - Inventário dos códices iluminados: até 1500. Lisboa. Inst. da Biblioteca Nacional e do Livro,1994-2001. Vol. 1, n. 357; Francisco Correia-Inventário da colecção dos manuscritos iluminados da Biblioteca Nacional. Lisboa: [Ministério da Educação e Cultura], 1986 NOTAS: Texto em latim com calendário em francês Letra gótica Iniciais coloridas; cercaduras ornamentadas com motivos florais, representação de animais fantasiosos e cenas bíblicas; ilustrações representando cenas da vida de Cristo e da Virgem TÍT. UNIF.: Liturgia e ritual. Livro de Horas
LIVRO DE HORAS MANUSCRITO / ILUMINADO PELO MAÎTRE DE L ÉCHEVINAGE DE ROUEN AUTOR(ES): Igreja Católica.; Maître de l Échevinage de Rouen, fl.14761500, ilumin. ANT.POSSUIDOR(ES): Manuel, Francisco de Melo, 17731851, ant. possuidor; Garção, José Caetano Mazziotti Salema, 18861961, ant. possuidor PUBLICAÇÃO: [1476-1500] DESCR. FÍSICA: [77] f. (15-16 l.) : perg, il. color. ; 143x100 mm REF.EXT.: Descrito em: Inventário do Património Cultural Móvel - Inventário dos códices iluminados: até 1500. Lisboa. Inst. da Biblioteca Nacional e do Livro,1994-2001. Vol. 1, n. 362; Francisco Correia-Inventário da colecção dos manuscritos iluminados da Biblioteca Nacional. Lisboa : [Ministério da Educação e Cultura], 1986. P.11 NOTAS: Texto em latim com calendário em francês Letra gótica Iniciais ornamentadas a cores e a ouro; cercaduras ornamentadas com motivos florais estilizados; ilustrações representando cenas da vida de Cristo e da Virgem Maria TÍT. UNIF.: Liturgia e ritual. Livro de Horas nº20
| Portugal Protocolo 2013 | 61
Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
62 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
Cultura, “Livros de Horas: o imaginário da devoção privada”
nº20
| Portugal Protocolo 2013 | 63
C u lt u r a , P a l e s t r a
na
C a s a -M u s e u M ede i r o s
A Casa-Museu da Fundação Medeiros e Almeida, em Lisboa, acolheu a segunda palestra “O Chá, A Planta Divina – História e Cerimonial”, proferida por João Micael, especialista em Protocolo, no dia 12 de Novembro, integrada na Comemoração do 5º Centenário da chegada dos Portugueses aos Mares da China, após a qual os convidados saborearam o chá e doçaria açoriana oferecidos pelo Turismo dos Açores. Fotografias Portugal Protocolo 64 | Portugal Protocolo 2013 |
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e a l me i d a
C u lt u r a , P a l e s t r a
na
C a s a -M u s e u M ede i r o s
e a l me i d a
Joรฃo Micael, Teresa Vilaรงa, Karina Montorfano Villalba e Gustavo Miranda Valenzuela
Clementina Paiva e Rosarinho Couto dos Santos nยบ20
| Portugal Protocolo 2013 | 65
C u lt u r a , P a l e s t r a
na
C a s a -M u s e u M ede i r o s
e a l me i d a
João Paulo Sacadura, Natália Correia e Luísa de Paiva Boléo
Karina Montorfano Villalba e Adelaide Freitas 66 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
C u lt u r a , P a l e s t r a
na
C a s a -M u s e u M ede i r o s
e a l me i d a
Hans e Maria Antonieta Hay
Teresa Vilaรงa e Gustavo Miranda Valenzuela nยบ20
| Portugal Protocolo 2013 | 67
Cultura,“Metamorphosis”, ExperimentaDesign 2013
A exposição “Metamorphosis”, integrada na ExperimentaDesign 2013, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, foi inaugurada pelo Presidente da República no dia 7 de Novembro.
Fonte: © 2006-2013 Presidência da República Portuguesa nº20
| Portugal Protocolo 2013 | 69
Cultura,“Metamorphosis”, ExperimentaDesign 2013
70 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
Cultura,“Metamorphosis”, ExperimentaDesign 2013
nº20
| Portugal Protocolo 2013 | 71
P r o t o c o lo ,X X III C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
O Presidente da República interveio, no dia 19 de Outubro, na Primeira Sessão Plenária da XXIII Cimeira IberoAmericana de Chefes de Estado e de Governo, que se realizou na Cidade do Panamá. Após a primeira reunião, os líderes ibero-americanos participaram num almoço/retiro, onde prolongaram o debate sobre os temas da Cimeira. De tarde, decorreu a Segunda Sessão Plenária, tendo o Presidente Aníbal Cavaco Silva realizado uma conferência de imprensa. 72 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
Fonte: © 2006-2013 Presidência da República Portuguesa
P r o t o c o lo ,XXIII C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
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| Portugal Protocolo 2013 | 73
P r o t o c o lo ,X X III C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
Fonte: © 2006-2013 Presidência da República Portuguesa 74 | Portugal Protocolo 2013 |
nº20
Os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Ibero-Americana reuniram-se no dia 18 de Outubro, no Centro de Convenções Figali, assistiram a uma apresentação cultural e às intervenções do Presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, do Presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique Iglesias. À noite, os líderes presentes para a Cimeira visitaram o novo Museu da Biodiversidade, onde o Presidente panamiano ofereceu um jantar em honra dos Chefes de Estado e de Governo e dos seus cônjuges.
P r o t o c o lo ,XXIII C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
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| Portugal Protocolo 2013 | 75
P r o t o c o lo ,X X III C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
Fonte: © 2006-2013 Presidência da República Portuguesa 76 | Portugal Protocolo 2013 |
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À margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana, o Presidente da República encontrou-se com o Príncipe Felipe de Espanha, que representou o Rei Juan Carlos em algumas das actividades da reunião.
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O Presidente da República participou, como convidado, no encerramento do Encontro Empresarial Ibero-Americano, com a presença de alguns empresários portugueses, que decorreu na Cidade do Panamá, no âmbito da XXIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade formada por Portugal, Espanha, Andorra e os países da América Latina.
Fonte: © 2006-2013 Presidência da República Portuguesa 78 | Portugal Protocolo 2013 |
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P r o t o c o lo ,X X III C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
À margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, o Presidente da República reuniu-se com o seu homólogo do Paraguai, Horacio Cartes.
Fonte: © 2006-2013 Presidência da República Portuguesa 80 | Portugal Protocolo 2013 |
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P r o t o c o lo ,XXIII C i me i r a I b e r o -A me r i c a n a
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