saúde
sugestão do mês
84 Cardiologia
10 Génifique
88 Holmes
luxos
auto
12 Jóias e relógios 14
92 Audi
electrónica e net
pet 94 Cão d’Água Português 96 Famous Pet 97 Diva Pets
capa
18 Clive Owen 24
agenda
empresária
98 Granja
livros 28 Princesa Michael de Kent 30 Maria Del Hierro
102
gourmet
106
restaurantes
112
diz quem sabe
116
horóscopo
32 Paolo Giordano
16
política 36 Jóhanna Sigurðardóttir
investimento
viagem
40 Horta à Porta
118 Macau
reportagem
interessante
44 Tratamento Hormonal
124 Cineteka
beleza
50 Cabelos
128
58 Cosmética
as escolhas da directora
moda
68 Preto & Branco a cores 80 Os Indispensáveis
spa 82 Sesimbra Hotel & Spa
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LUXURY & GLAMOUR FEVEREIRO 2009
SUMÁRIO 6
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Editorial
As DUAS FACES da (mesma) verdade não esqueçamos a lei cósmica: a verdade não existe num só homem, num só povo ou numa só época. nem o Sol nem a Terra estão no centro do universo. Porém, para alguns, todo o cosmos gira à sua volta. Tal como uma moeda, em tudo há duas faces, dois pesos e medidas, duas verdades ou meias mentiras… nem sempre temos acesso aos dois lados da verdade. quantas vezes ouvimos uma amiga ou uma colega de trabalho contar situações da sua vida, que claro, adoptamo-la como nossa, vivemo-la como nossa, tomando como nossa a sua dor. Mas o que nos deve demarcar dos demais animais e da matéria bruta em geral, é a racionalidade, a consciência da medida do nosso próprio ego. Podemos, e bem, assumir o papel passivo de ouvinte ao termos acesso a uma das partes. Mas é só isso – uma das partes. e essa, por mais nossa amiga e confidente que seja, conta a sua verdade! e, erradamente, escusamo-nos a ouvir o outro lado… Claro que não nos compete assumir o papel de advogados de defesa de ninguém, mas basta racionalizar – cada acto tem uma consequência, assim sendo, e face aos relatos, há que questionar – Porquê? O que originou todo o processo? A nossa amiga, ao ver-se confrontada com essas questões, regra geral, dá respostas interrogativas: estás a duvidar de mim? Ou: pensei que eras minha amiga, afinal de que lado está? Ou então atribuiu ao outro lado todo o tipo de termo, no mais puro vernáculo, que se possa imaginar, passando assim a compactuarmos a uma desigual luta de leões. e nessa luta, como em todas, ambos ficam feridos. e é aí que se apura as duas faces da mesma verdade. enquanto um dos leões fica a lamber as suas feridas, o outro levanta-se, ergue a cabeça e segue o seu percurso. não que seja vitorioso. Ao levantar-se e exibir as suas feridas, prova que lutou. Lutou pela verdade. Lutou porque tem coluna vertebral, e nem para tomar balanço ousou recuar um passo. é a essa estirpe que pertencemos! Façam o favor de ser felizes!
Paula Martin (Directora) Edição e Concelho de Administração Mike Schweitzer e Phil Martin (ceo@bastidoresmag.com) Direcção Executiva Paula Martin (paula.martin@bastidoresmag.com)
Direcção Paula Martin (paula.martin@presscoast.com.pt) Sub-Direcção Pedro Silva (pedro.silva@presscoast.com.pt) Redacção Tiago Gonçalves (tiago.goncalves@presscoast.com.pt), Bruna Raposo (bruna.raposo@presscoast.com.pt), Rui Miguel Costa (rui.costa@presscoast.com.pt), Teresa Vasconcellos (redaccao@presscoast.com.pt ) Colaboradores Mike Miller, Peter Robertson, Joana Serra Produção Maria João Horta, Sophia Viccari Fotos, Imagens e Fontes António Murteira da Silva, Paulo Ribeiro, Peter Foley, Augusto Brázio, Mati Stern, Aaron M. Sprecher, Shawn Thew, Ahmad Gharabli, Jens Kalaene, Jan Woitas, Albert Olive, Barbara Walton, Lucas Dolega, Lusa, AP, Hollywood Repórter, eFe Reuters, Ansa, Arquivo Press Coast Arte Pedro Silva (arte@presscoast.com.pt), nelson Valadas (nelson.valadas@presscoast.com.pt) Marketing e Gestão de Produto Phil Martin, Paula Martin (correio@presscoast.com.pt) Secretariado e Expediente Geral João Rebelo (info@presscoast.com.pt) Redacção Rua Bernardo Lima, 47 – 2º esq. 1150-2078 Lisboa - Portugal Geral: +351 21 402 55 15 (redaccao@bastidoresmag.com) Publicidade Paulo Almeida (paulo.almeida@presscoast.com.pt), Alessandro iuliano (alessandro.iuliano@presscoast.com.pt), André Silva (comercial@presscoast.com.pt) Tel: +351 214 025 515 Distribuição VASP MLP - quinta do Grajal, Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém Tel: 214 337 000 Pontos de Venda contactcenter@vasp.pt Tel 808 206 545 – Fax 808 206 133 Periodicidade Mensal Tiragem 30 000 exemplares Depósito Legal nº 283759/08 Copyright Press Coast Ltd © é proibida a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotos, imagens e ilustrações, sob quaisquer fins, inclusive comerciais, sem autorização expressa do editor. www.presscoast.com.pt
CUIDE DO MEIO AMBIENTE Colabore com a sua reciclagem
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Génifique A ciência ao serviço da eterna juventude
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Texto: Paula Martin; Foto: Lancôme
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recente lançamento do produto jóia Génifique – Activador de Juventude, de Lancôme, tem como base mais de 10 anos de investigação e sete patentes registadas. A apresentação em Portugal foi feita pela Directora Científica da L’Oréal, Drª Ana Sofia Amaral, e a responsável de Formação Lancôme, Maria de Lurdes Azevedo. “A juventude está nos genes… com a idade, a actividade dos genes varia… A juventude da pele está ligada à actividade dos genes – vamos, portanto, reactivá-los!” Embora pareça um serum, Génifique é nada mais nada menos que um “concentrado activador de juventude”, actuando em todos os tipos de pele, independentemente da idade e sexo. Após quatro semanas de utilização, e segundo testes in vivo, comprovou-se uma melhoria significativa na textura, elasticidade e luminosidade da pele. A fórmula de Génifique contém Bio-Lysat, Phystosphingosine-SLC e Hepes, que actuam como um “despertador” - produzindo mais “proteína de juventude”. Utilizando o doseador, a juventude está a uma distância de três a quatro gotas - o são suficientes para rosto, pescoço e colo. Frasco doseador de 30ml (€87)
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Sophia Loren
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s conceituados joalheiros italianos Damiani baptizaram uma das últimas colecções com o nome da actriz Sophia Loren, que apareceu na abertura da nova loja da marca em Tóquio, com um colar da colecção com o seu nome, em ouro branco e diamantes, no valor de 254.800 euros. Um verdadeiro luxo, digno de uma grande mulher, como você! 12
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1 Relógio D&G, linha Likki (€189); 2 Pendente Bel Circolo de Swatch Bijoux (*); 3 Anel Gil Sousa (*); 4 Pulseira em prata, linha The Icon de Monblanc Star Collection (*); 5 Bracelete com várias correntes, linha Women’s Stainless de Burberry (*); 6 Anel Orbital de Damiani, em ouro branco e amarelo (*); 7 Relógio D&G, linha Estelle (€173); 8 Pendente Safari de Just Cavalli (€128); 9 Pendente com duas tonalidades de ouro e diamantes, linha Scarlett de Oro Vivo (€249); 10 Aneis Don’t Chenge Your Essence de Goms, em ouro branco com diamantes e cristal de rocha translúcido (€4.470) e ouro rosa com safiras e cristal rosa (€3.840); 11 Colar Aurora de Damiani, em ouro branco e diamantes (*); 12 Pendente linha Sofia de Oro Vivo, em ouro branco com pérola (€199); 13 Anel Lotus, de Van Cleef & Arpels; 14 Brincos linha Grace, em ouro branco e diamantes, de Oro Vivo (€549); 15 Brincos Bvlgari em ouro banco com diamantes e esmeraldas (*); 16 Anel em ouro amarelo e branco com diamantes, de Maria Julieta (€12.000) e anel em ouro branco com safiras e diamantes (€12.800); 17 Relógio linha Rêve de Versace (€590); 18 Anel Plume de Van Cleef & Arpels (*); 19 Colar Bvlgari (*); 20 Colecção Chamonix de Pulsar, com cristais Swarovski (€139); 21 Brincos Boucheron (€4.200) (*) Preços sob consulta
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Texto: Paula Martin; Fotos das marcas referidas
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uma altura em que tanto se fala na necessidade de ajudar o planeta terra a sobreviver e a torná-lo num lugar melhor para todos os seres que nele habitam e na tentativa de unir o mundo neste esforço e também em alertar os malefícios que tem o consumo de energia eléctrica a nível mundial, a iniciativa Earth Hour (http://www.earthhour.org/) pretendeu unir mais de mil milhões de pessoas em mais de mil cidades por todo o mundo com um único objectivo: apagar as luzes durante uma hora. Com o objectivo de mostrar que a humanidade pode alterar o rumo das alterações climatéricas, juntámo-nos a este movimento no passado dia 28 de Março às 20:30h. Ainda no campo de como ajudar o ambiente, poupando até na factura da electricidade, a EDP dá-lhe sugestões de como aumentar a eficiência energética do seu lar. Sabia que: Reduzir a intensidade do ar condicionado em um grau Célsius representa 10% de poupança energética? E que se optar por computadores portáteis, que são energicamente mais eficientes, pode reduzir o consumo de energia até 90%? Estes e muitos outros conselhos estão a um clique de distância em www.eco.edp.pt. O site da Apesen (www.apesen.pt) mostra-lhe como tornar a sua casa numa micro-produtora de energia, seja através da produção de Energia Solar Térmica ou de Energia Solar Fotovoltaíca, que reencaminhada e vendida para a rede eléctrica lhe trará um benefício 6 vezes superior à energia que compra a essa mesma rede eléctrica. Em www.energiasrenovaveis.com irá encontrar tudo o que precisa saber sobre o assunto, desde a energia eólica passando pela biomassa, ou pela hídrica até à geotérmica. Participe no blogue, saiba os próximos eventos, a legislação correspondente a cada energia renovável, e se toda esta informação não chegar fique atenta ao campo “Formação” podendo ter cursos online direccionados para estas energias. Um site muito completo que não pode deixar de visitar. No mundo da bio-esfera também existem comunidades locais bastante activas como é o caso da plataforma Sabor Livre (http://www.saborlivre.org/), constituída por ONGA’s (Organizações Não Governamentais do Ambiente), que se manifestam contra a construção da barragem do Baixo Sabor, na região de Bragança, devido aos seus impactos no habitat e nas espécies que habitam toda a zona que a barragem irá inundar. O Movimento de Cidadãos de Alto Tâmega, apresenta no blog: http:// artigosediscussao.blogspot.com/2008/12/ contra-construo-da-barragem-de-frido. html o seu descontentamento contra o Plano Nacional de Barragens e mais especificamente contra a barragem de Fridão, por alegarem que as “cinco barragens, a construir na sub-bacia do rio Tâmega, irão ‘artificializar’ o rio, destruir o equilíbrio dos ecossistemas e interromper a vida natural, tal como a conhecemos, em torno do rio.”
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Electónica L&G Outra das vertentes da protecção do meio-ambiente está a ser divulgada pela organização Endcap – End Captivity (http:// endcaptivity.org/). Junte a sua voz à causa da libertação dos animais em cativeiro espalhados pelo mundo. Milhares de animais são retirados do seu habitat natural e mantidos em zoo, aquários e em colecções particulares. A Endcap pede a sua ajuda na libertação destes animais. O site TV Energia, irá decerto surpreendê-la pelo grafismo e pelas cores que apresenta. Totalmente dedicado à utilização sustentável da energia em Portugal este site posiciona-se como um canal de Televisão online subordinado apenas às energias e ao seu uso moderado. Assista a este canal em http://www. toolstochange.net/tvenergia/. Em tempos de mudança climatérica mude também os seus hábitos diários, ajude o planeta para que ele a continue dar-lhe tudo o que gosta.
Samsung e o meio ambiente
A Quercus dispensa apresentações, o site da Associação Nacional de Conservação da Natureza (http://www. quercus.pt/) mostra-lhe tudo o que se passa em termos ambientais no nosso país, a nível dos grandes projectos de obras públicas, a nível local e também das acções que a associação toma para preservação do ambiente português. Sob alçada do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, o site da APA – Agência Portuguesa para o Ambiente (http://www.apambiente.pt/Paginas/default.aspx) que tem por missão propor, desenvolver e acompanhar a execução das políticas de ambiente. Neste site pode ainda ver diariamente a qualidade do ar na sua cidade. A World Wide Fund (http://www.wwf.org/) também conhecida pelo seu logótipo com um panda, mostra-lhe como pode tomar acção a nível mundial, quais as espécies em risco de extinção, pode ainda dar um presente… no mínimo invulgar e amigo do ambiente.
Conforto e segurança Bio
A Samsung tem na sua gama aparelhos amigos do meio ambiente, como são o caso dos telemóveis W510, F268 e o E200 Eco. As caixas dos aparelhos, aparentemente de plástico, são produzidas usando um bio-plástico conseguido a partir do milho em vez do tradicional petróleo. Em adição a isso a caixa e manual do telemóvel serão produzidos usando materiais reciclados, tudo para reduzir o impacto do mesmo no meio ambiente.
a visitar
A Venture Vehicles desenvolveu um veículo de 3 rodas revolucionário - o VentureOne. Este triciclo tem capacidade para 2 ocupantes e atinge uma velocidade máxima de 160km/h. Existe uma versão exclusivamente eléctrica e uma híbrida, combinando energia eléctrica e gasolina. A versão eléctrica terá uma emissão zero de gases poluidores e alcançará a velocidade máxima de 120 km/h, com uma autonomia de 321 km. O design do VentureOne pertence ao BMW Group Designworks USA. Ao nível do chassis, a tecnologia usada, patente da Carver, permite que o corpo do triciclo se incline nas curvas, mantendo as três rodas em contacto com o solo.
Este aparelho permite carregar telemóveis, aparelhos de GPS, máquinas fotográficas e mais uns quantos aparelhos electrónicos, utilizando a energia solar. E é tão versátil que também o pode utilizar como carregador em casa – ligando-o a uma tomada – ou no carro – ligando-o ao isqueiro. E se necessário, enquanto espera, o Coleman Portable Power Kit pode servir de iluminação, pois vem com lanterna incorporada e ainda a possibilidade de ouvir rádio. O verdadeiro canivete suíço dos carregadores solares.
Tempo médio de leitura: 6 minutos Luxury
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Texto: Joana Serra; Fotos: D.R.
Texto: Rui Miguel Costa; imagens: D.R.
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CLIVE OWEN “A mulher atinge a sua verdadeira essência aos 40 anos” Desde “Closer - Perto Demais” (2004), que sermpre que se diz o seu nome ouve-se, no mínimo um suspiro feminino. Alto, elegantemente e extremamente simpático, em Berlim fala-nos da sua carreira, da mulher e filhas.
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live Owen é um dos actores britânicos mais versáteis. Formado pela prestigiosa escola de representação, a Royal Academy Dramatic Arts, o actor nascido em Coventry rapidamente firmou o seu nome na televisão inglesa ao participar em “Derek Love” no “Chancer”, no início dos anos ‘90. Uma interpretação em televisão e pequenos papéis no cinema se seguiram, antes do filme “The Rich Man’s Wife” com Halle Berry. O seu primeiro grande papel, “Croupier”, surgiu em 1996, dirigido por Mike Hodges, onde Owen interpreta um escritor que aceita um trabalho num casino em Londres como fonte de inspiração para o seu trabalho, apenas para conseguir apanhar um esquema de roubo. O filme foi muito bem acolhido entre os realizadores de Hollywood e Owen depressa se viu a protagonizar uma série de excelentes interpretações, como “Gosford Park”, “The Bourne Identity”, “Beyond Borders”, “King Arthur” e “Sin City”. Versátil, o actor interpretou “Closer” no teatro, no West End e na Broadway, escrita por Patrick Marber, e na versão cinematográfica que lhe valeu uma nomeação para Oscar, e recebeu um Globo de Ouro e um BAFTA, como “Melhor Actor Secundário”. “Inside Man”, “Os Filhos do Homem”, “Shoot Em Up” e “The Golden Age”, antecedem novos desafios para este ano: “Duplicity”, “The International” e “The Boys Are Back in Town”. Para 2010 já estão previstas as estreias de “Sin City 2” e “Inside Man 2”. L&G - Tem sido divertido trabalhar na indústria cinematográfica? Clive Owen – Muito. Tem sido muito divertido. Cada vez a responsabilidade é maior, mas compensa sempre. Faz sempre as suas cenas de acção, certo? Quase sempre, sim. Um dos trabalhos que gosto, como Luxury
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actor, é a interpretação corporal… gosto muito quando uma personagem exige uma maior entrega física. Recorda-se de alguma cena que considere que tenha sido a mais difícil de fazer? Em toda a minha carreira tem havido muito e surpreendentes desafios, que abraço e defendo com toda a minha força. Embora tenham existido muitos desafios, a nível físico, o objectivo de tudo tem de ser muito claro, então não são complicados. Duras, sim. Mas não difíceis. “The Internacional”, um filme casualmente actual sobre a crise financeira Quando começou a rodar o thriller “The Internacional”, os produtores imaginaram um complexo mundo financeiro depois de um escândalo no início da década de 1990, mas a crise económica global acabou por dar a este filme uma actualidade impactante. Clive Owen e Naomi Watts protagonizam este filme sobre o mundo das finanças, com estreia mundial no 59º Festival de Berlim, onde foi exibido fora de competição. A longa-metragem é inspirada no escândalo da queda do Bank of Credit and Commerce International (BCCI), que em Londres arruinou cerca de seis mil corretores, em 1991. “O filme tornou-se incrivelmente pertinente pela crise mundial financeira actual”, começou por nos dizer Clive Owen, verdadeiramente surpreendido com a actualidade dos factos. “Durante todo o filme fala-se deste banco sem face, que vale biliões de dólares e que penso - a minha personagem - que está corrompido, e tento convencer as pessoas disso e acabar com a situação”, resume em traços largos. “As grandes questões são: os bancos utilizam o nosso dinheiro de forma inapropriada? Podemos confiar neles? Estão corrompidos? Estas questões tornaram-se muito importantes nos últimos seis meses pelo que tem acontecido na actual crise bancária”, destaca o actor. O filme, dirigido pelo alemão Tom Tykwer, e o argumento de Eric Warren Singer, foi muito bem recebido em Berlim e “Louis Salinger” – a personagem de Owen, um agente da Interpol obcecado em revelar as práticas fraudulentas do banco que chega a colocar em risco a própria carreira – aplaudido pelo público e crítica. “O BCCI faliu depois de ter concedido vários empréstimos de risco. Mais tarde foi comprovado que a instituição lavava dinheiro, tinha envolvimento no tráfico de armas e até mesmo participado na proliferação nuclear. Qualquer semelhança com a actualidade é pura ficção” – brinca Owen.
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Houve rumores que tinha sido convidado para ser o novo James Bond, e que não aceitou. É verdade? Não, não é verdade. (risos) De uma vez por todas: não é verdade! Tem contracenado com muitas actrizes, mulheres fantásticas. Sente-se inibido nas cenas mais íntimas? Muitos homens adorariam estar no meu lugar (risos). E tive essa certeza quando fiz o “Shoot Em Up”, com a Monica Bellucci. Ouvi, e cheguei a ler, tudo o que possa imaginar (risos). Para ser bem sincero, e enquanto actor, ter de me despir ou interpretar cenas mais íntimas não é de todo a minha prioridade. A preocupação de um actor não passa por aí. Porém, devo dizer-lhe que ficar tão perto de Monica Bellucci nunca será um problema (risos). E falo da Monica em especial, porque considero que, além da excelente actriz que é, ela é o protótipo “da mulher”! É o exemplo da essência da mulher. A mulher atinge a sua verdadeira essência aos 40 anos. Não quero com isto dizer que não me sinto honrado em ter trabalhado com todas as outras actrizes, mas a Monica é especial. Aliás, a Julia, a Naomi, a Angie … enfim, todas têm sido especiais (risos). Depois disto, a sua mulher, Sarah-Jane, não vai ficar com ciúmes? A Sarah-Jane é bem resolvida. É a minha alma gémea. Fizemos uma peça, “Romeo & Juliet”, juntos, em tournée. Viajamos juntos durante muito tempo. E essa “viagem” continua há mais de 20 anos. Sarah-Jane é muito reservada… Muito. Tenho que a arrastar para uma estreia. É uma óptima companheira e uma excelente mãe. Vive para as nossas filhas… É completamente desinteressada com esta coisa chamada de “fama”. E curioso, a minha vida está cheia de mulheres (risos), até em casa! [Clive tem duas filhas] Tem medo de envelhecer? Tem cuidados especiais? Não, não de todo. Bem, tenho cuidados básicos. E desde que fiz a campanha da Lancôme, passei a adoptar uns quantos rituais quotidianos, mas nada de extraordinário. Parei de fumar. Fumava desde os 14 anos… horrível, eu sei. Costumava dizer a mim mesmo, que iria morrer de cancro do
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Sinto-me honrado em ter trabalhado com todas as outras actrizes, mas a Monica é especial. Aliás, a Julia, a Naomi, a Angie … enfim, todas têm sido especiais (risos)”
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Desde que fiz a campanha da Lancôme, passei a adoptar uns quantos rituais quotidianos”
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Owen e Roberts em “Duplicidade”
pulmão. Não é uma estupidez? Enfim. Depois a Sarah-Jane ficou grávida, e tive um pesadelo horrível, via-me a deitar o fumo do cigarro para a cara do bebé, horrível. E quando a Hannah nasceu, já tinha parado de fumar. Gostaria de escrever ou dirigir um dia? Sim, mas tenho que achar algo que eu queira realmente fazer. Quando encontrar um texto que me faça parar para o dirigir, fá-lo-ei. E quero também, voltar a fazer teatro. Preciso de pisar o palco. Desde que fiz o “Closer”, que curiosamente em teatro fiz a personagem que no filme é interpretada pelo Jude Law, que não tenho parado de trabalhar em cinema. Sinto falta da magia e o grande desafio do teatro - é como ir na linha da frente, numa batalha. É um verdadeiro desafio… Quais os seus filmes preferidos? Adoro os filmes de Scorsese, e acho que “Taxi Driver” e “Raging Bull” são simplesmente fenomenais. Mas gosto de toda uma série de coisas, adoro filmes como “Casablanca”, sou um grande fã de Chaplin e Keaton (risos)…
Com que Directores gostaria de trabalhar? Obviamente, há Scorsese, e toda uma série de pessoas. Sinto-me afortunado por, ao longo dos últimos anos ter trabalhado com alguns deles. Alfonso Cuaron, Spike Lee, tantos… Gosto essencialmente de trabalhar com pessoas inteligentes. E tenho tido muita sorte com as pessoas com quem tenho trabalhado. Não só os Directores, mas também os actores, os técnicos, que sem eles não podemos trabalhar, todos, sem excepção. Sente-se orgulhoso pelo reconhecimento dos actores britânicos em Hollywood? Claro que sim! Mas não só os britânicos, os espanhóis, os portugueses, como o Joaquim de Almeida, os actores indianos… Acho que bons actores não têm de ser vedados à industria cinematográfica por questões geográficas. E em Hollywood, felizmente, também há bons e menos bons actores (risos)! tempo médio de leitura: 11 minutos Luxury
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Texto: Teresa Vasconcellos, Paula Martin; Fotos: Tom Munro for Lancôme, Reuters, D.R.; Agradecimentos: Lancôme
Cinco anos depois de fazerem par em “Closer”, Clive Owen e Julia Roberts voltam a trabalhar juntos em “Duplicidade” (Duplicity), de Tony Gilroy. Em entrevista concedida à L&G durante o Festival de Cinema de Berlim, o actor inglês disse que, assim como na primeira produção, divertiu-se muito com sua colega de cena. “Nós conseguimos fazer o outro rir. E isso é muito importante”, comentou. “Acredite ou não, mas, durante as filmagens de ‘Closer’, rimo-nos muito. Apesar das cenas serem muito pesadas, entre nós sempre houve muito sentido de humor. E nesse (Duplicidade) também nos rimos muito. Gostamos um do outro e respeitamo-nos muito, como profissionais, colegas e acima de tudo amigos”, afirmou Owen. Para ele, Julia Roberts tem um talento natural. “Admiro e aprendo com a sua habilidade... e ao mesmo tempo a naturalidade que vai muito além da técnica. Há uma luz na sua actuação. Sou um grande fã de Julia. Ela faz tudo parecer tão fácil e isso é o maior presente que um actor pode receber. Julia tem um talento natural e, por isso, é tão boa no que faz”. Owen considera mesmo que a intimidade existente entre ele e a actriz torna o trabalho entre os dois mais fácil. “É muito fácil relacionar-me com ela. Ela faz-me sentir livre para fazer o que quiser. Tenho muito respeito por ela e gosto muito dela. Adoro trabalhar com Julia”. No suspense, escrito e dirigido por Gilroy, Owen e Julia interpretam agentes de corporações rivais, envolvidos emocionalmente, que se juntam para dar um golpe nas duas empresas.
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AGENDA CULTURAL Maria João quadros Fado Mulato
28 de Maio – Coliseu de Lisboa Maria João Quadros é, há muitos anos, figura de proa no meio fadista. Nos retiros e nas casas de fado, Maria João foi construindo, noite a noite, um prestígio que a coloca actualmente como uma das mais importantes figuras do Fado.
Carmina Burana
EAGLES - Long Road Out of Eden
16 de Maio – Campo pequeno A palavra Carmina é o plural de Carmen (Canção), sendo o significado literário de “Carmina Burana”: Canções dos Beurens. Esta obra tem como símbolo a roda da fortuna que gira eternamente, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana em constante mudança. Esta obra revelou o significado do todo: só o Desejo e o Amor podem capacitar o Homem a viver, lutar e crer.
Uma das maiores bandas americanas de todos os tempos, com cinco singles e seis álbuns que alcançaram o primeiro lugar do top de vendas, os Eagles, actuam no Pavilhão Atlântico dia 22 de Julho.
O 9º CÍRCULO
O CONDENADO
No passado de Gabriel Antaeus há algo de obscuro e, ao jantar as peças do puzzle, descobre que tudo aponta para uma fabulosa guerra entre anjos e demónios pelo destino do mundo das almas. A estreia de Alex Bell no romance, reporta o leitor para uma aventura intrigante entre 8 de Agosto a 31 de Dezembro.
Este é o mais poderoso romance de Jeffrey Archer. Ainda que a crítica internacional o veja como uma versão actualizada da história do Conde de Monte Cristo, a personagem Danny Cartwrinht manter-se-á viva na mente do leitor durante muito tempo. Apaixonante.
O VENDEDOR DE SONHOS
A FILHA DO PARTISAN
Augusto Cury já dispensa apresentações. O criador do projecto Escola de Inteligência, cria neste livro uma fábula urbana – um vendedor de sonhos – uma fascinante personagem entre o sábio e o louco, mas que garantidamente muda a nossa vida!
Chris cruza-se com Roza numa paragem de autocarro, em Londres nos anos 70, e confunde-a com uma prostituta, não previa que a sua vida mudaria para sempre.
Alexandre Pires
Com uma voz quente, sensual e romântica, Alexandre Pires (ex-vocalista da banda Só Pra Contrariar) é hoje um dos mais talentosos e adorados músicos brasileiros seja no seu país, seja na América Latina, seja na Europa. O músico regressa com o espectáculo “Em Casa” para dois concertos imperdíveis: 23 de Abril no Coliseu dos Recreios; no dia seguinte, o palco estará no Pavilhão Rosa Mota.
Mamma Mia
18 de Abril – Cine-teatro de Alcobaça DoAmor, o mais recente álbum de Paulo de Carvalho, dá origem ao seu novo espectáculo. Apostando numa abordagem musical diferente, baseada no jazz, DoAmor marca o regresso aos palcos de uma das mais bonitas e marcantes vozes de sempre no panorama musical português.
ABUSADORES SEXUAIS DE CRIANÇAS – A VERDADE ESCONDIDA Através de cuidada e meticulosa pesquisa, Mauro Paulino, psicólogo, põe o dedo na ferida, num país que se diz de brandos costumes. Não falar deste tema, é compactuar com os abusadores.
De 25 a 28 de Junho no Pavilhão Atlântico Inspirada pela magia das músicas intemporais dos Abba, a escritora Catherine Johnson conta uma história de família e de amizade que nos é desvendada numa pequena ilha grega. Na véspera do seu casamento, uma filha em busca da identidade do seu pai, traz três homens do passado da sua mãe à ilha que vinte anos antes tinham visitado.
A GEOGRAFIA DAS COMPRAS
LOUCA POR COMPRAS
Paco Underhill conta tudo o que sempre quis saber sobre os centros comerciais. Desde a confusão do parque de estacionamento, ao estado geral das casas de banho, à disposição das lojas e produtos num comercialismo desenfreado. Este é o livro que responde a muitas questões.
Rebecca Bloomwood é louca por compras e está enterrada em dívidas. Mas o seu único consolo é comprar alguma coisa – uma coisinha… Esta hilariante comédia, agora adaptada ao cinema, é o retrato da sociedade consumista, pois segundo Rebecca uma carteira nova, nunca é demais.
TOM CRUISE Finalmente chega a Portugal a polémica BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA, que muitos tentaram impedir a sua publicação. Porém a perseverança de Andrew Morton já é conhecida para não se deixar intimidar. Uma viagem ao submundo da estrela de cinema.
Coordenação: Paula Martin
Paulo de Carvalho
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A Corte do Norte
De: João Botelho; Com: Ana Moreira, Rogério Samora, Ricardo Aibéo Esta é a história de Emília de Sousa, a maior actriz que o teatro português conheceu nos finais do séc. XIX, que abandonou por uns anos a carreira para se casar com o rico madeirense Gaspar de Barros e transformar-se na baronesa Madalena do Mar. Tão bela quanto Sissi, a imperatriz da Áustria, com quem conviveu no Inverno de 1860/61, decidiu construir um mistério que perdurou por quatro gerações e por mais de um século.
Il Divo
Em quatro anos os Il Divo - David Miller, Carlos Marín, Urs Buhler e Sébastian Izambard, já realizam duas tournées mundiais com concertos totalmente esgotados, apresentando-se ao vivo em mais de 30 países e para cerca de milhão e meio de fãs.
De: P.J. Hogan; Com: Isla Fisher, Hugh Dancy, Krysten Ritter, Joan Cusack No glamour da cidade de Nova Iorque, Rebecca Bloomwood é uma jovem que adora divertir-se e uma expert na arte de fazer compras - talvez até demais! Ela sonha trabalhar na sua revista de moda preferida mas nem consegue entrar no edifício até que, ironicamente, esbarra num trabalho como colunista de uma revista de Economia publicada pela mesma empresa. À medida que os seus sonhos começam, finalmente, a tornar-se realidade, ela vai desencadear cenas hilariantes e colocar-se em situações extremas para assegurar que o passado não irá arruinar o futuro…
O EMPREENDEDOR-MINUTO Se pensa que este é mais um livro de auto ajuda igual a tantos outros, está enganada! A mensagem é transmitida através da personagem Jud, um jovem empreendedor que vai anotando máximas de vida, e é essa “bíblia” que o ajuda a ter o seu próprio negócio, a vê-lo crescer e atingir o sucesso. Mas, ficção à parte, a nossa personagem cruza-se com figuras reais, empresários bem sucedidos, que o vão advertindo que os fracassos também fazem parte da aprendizagem. Desde o “Quem mexeu no meu queijo” que não lia um livro assim! 26
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As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz
09 de Abril – Centro Cultural Olga Cadaval A obra composta por Joseph Haydn, em 1786, tornou-se num paradigma da música sacra instrumental. Escrita originalmente para orquestra, para as celebrações da Semana Santa em Cádiz, a obra é constituída por uma sucessão de nove andamentos musicais, que intercalam e ilustram a palavra falada, reforçando a profundidade, contemplação e solenidade da ocasião.Aversão que se apresenta neste concerto é a de quarteto de cordas.
A MORTE ÀS VACAS SAGRADAS A lermos este livro, repleto de humor, vamos a pouco e pouco identificando as “vacas sagradas” que se cruzam connosco. E aqui o “sagrado” não é no sentido lato, daí os autores declararem a sua “morte”. Este é o livro mais hilariante e divertido sobre o mundo dos negócios, e das “vacas” que literalmente andam por aí a pastar. Esta é a prova que o humor é uma arma muito poderosa. Imprescindível!
Coordenação: isabel Prates
Louca Por Compras
Entrevista
Michael de Kent 28
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“O amor pode transformar-se a vários níveis” Durante a visita, de uma semana a Portugal, a Princesa esteve em Lisboa, Porto e Viseu, para promover a sua mais recente obra literária “A Serpente e a Lua”. Encontramo-nos na Fundação Medeiros e Almeida, onde S.A.R. apresentou a obra
O
romance “A Serpente e a Lua”, escrito pela Princesa Michael de Kent agarra o leitor desde o primeiro momento, transportando-o para o triângulo amoroso protagonizado por Henrique II, Catarina de Médicis e Diana de Poitiers, no século XVI. Uma história verídica marcada pelos jogos intensos e perigosos de sedução, traição e morte com consequências políticas e militares para a França e para uma Europa envolta na cultura Renascentista. Mas se no século XVI a maioria dos casamentos eram “arranjados”, actualmente esse panorama mudou e, segundo a Princesa, “porque depois da primeira grande guerra as pessoas começaram a casar por amor. Mas apesar de muitos desses casamentos se fazerem dentro da família, entre irmãos ou familiares próximos, muitos deles foram um grande sucesso”. Casamentos de sucesso justificados pelo facto de “um casamento arranjado não ser necessariamente algo de mau, pois existem tantas formas de amar! O amor pode transformar-se a vários níveis, e quando se é casado após mais de 30 anos como eu sou com o meu marido, o amor muda para uma grande amizade, companheirismo e partilha, ao ponto de darmos a nossa vida por essa pessoa.” A obra agora publicada “demorou 5 anos a ficar concluída. Pesquisei durante quatro anos e escrevi-a durante um ano”, como afirmou a Princesa, revelando ainda que “todos os meus livros me levam ao próximo, todos com a mesma base: as mulheres no poder e a sua influência na sociedade”. A Princesa Michael de Kent revelou ainda, que já está a preparar o
seu quinto livro com incidência na vida da francesa Agnès Sorel, “considerada a primeira meretriz real de França, pertencente ao rei Carlos VII. Oficialmente ela não estava escondida, não era casada com outra pessoa, ele não a deixou casar, teve 3 filhas com ela e legitimou-as”, algo que para a época era impensável. A Princesa Michael de Kent (nascida baronesa Marie-Christine Agnes Hedwig Ida von Reibnitz, a 15 de Janeiro de 1945) é um membro da família real britânica e a esposa do Príncipe Michael de Kent, neto do rei George V. A Princesa Michael tem publicado diversos livros sobre as famílias reais da Europa. A Princesa, ela própria descendente tanto de Catarina como de Diana, dá vida a esta história clássica com a perspicácia de quem sempre conviveu com a vida da Corte. “A Serpente e a Lua” é uma narrativa fascinante, finamente entretecida na história de uma época extraordinária. S.A.R., a Princesa Michael de Kent, publicou antes dois livros, “Cupid and the King” e “Crowned in a Far Country”. Vive com o marido, o Príncipe Michael de Kent, no Palácio de Kensington, em Londres.
Ao apresentar o livro na Fundação Medeiros e Almeida, a Princesa aproveitou a visita para saber mais sobre a Fundação e apreciar as obras ali expostas.
A lenda continua não só porque a vemos hoje disfarçada na sua imagem de deusa criada pelos maiores mestres do Renascimento francês, mas também porque ela era uma mulher de espírito independente que fez da arte de viver a mais alta qualidade da vida, preservando a juventude do espírito, do corpo e da personalidade. Foi uma feiticeira que inspirou um jovem pouco promissor a tornar-se um magnífico rei. Que este a tenha amado toda a vida, apesar de ela ser vinte anos mais velha do que ele, é a prova da sua permanente aura de mistério. Omnium Victorem Vici – Diana, a deusa da lua, conquistou verdadeiramente o Rei, o Amor e o Tempo. Aos catorze anos, Henrique casou-se com Catarina de Médicis, da mesma idade, uma não muito atraente mas riquíssima herdeira que traria no seu dote metade da Itália. Catarina conheceu Henrique no dia do seu casamento e de imediato se apaixonou por ele, mas Henrique não tinha sentimentos senão pela bela Diana. Depois de coroado rei, Henrique governaria a França com Diana a seu lado. A relegada Catarina tomou como divisa “Odiar e Esperar” a morte de Diana para conquistar o amor do esposo e finalmente reinar a seu lado. Mas o destino seria outro... O triângulo amoroso protagonizado por Henrique II, Diana de Poitiers e Catarina de Médicis ficou marcado por um intenso e perigoso jogo de sedução, traição e morte com incalculáveis consequências políticas e militares para a França e para a Europa do Renascimento. Nunca uma história com um pendor tão claramente passional teve contornos tão vincadamente políticos como este amor desmedido de Henrique II por Diana de Poitiers. “A Serpente e a Lua”, Civilização Editora € 16,90 tempo médio de leitura: 5 minutos Luxury
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Texto: Rui Miguel Costa; Fotos: António Murteira da Silva
A lenda de Diana de Poitiers
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Entrevista
Memórias da Rainha Santa
A MuLHER MÍStICA que marcou Portugal Isabel de Aragão, rainha de Portugal, mulher corajosa, humilde e generosa. uma rainha que marcou o nosso país pela sua dedicação aos mais desfavorecidos e que vê retratado no livro “Memórias da Rainha Santa”, de Maria Pílar Queralt Del Hierro, o seu lado humano.
A
Rainha Santa Isabel, como ficou eternamente conhecida para a história, nascida em terras espanholas de Saragoça sob o nome de Isabel de Aragão, foi uma mulher que em nada se assemelhou às rainhas do seu tempo. Sensível, apaixonada e de uma cultura imensa, algo que ao tempo era invulgar no seio das mulheres da corte, tornou-se a protectora dos mais carenciados. Mãe, esposa e, consideramo-la, governante, foi uma mulher que venceu num mundo dominado pelo espectro masculino. Maria Del Hierro, que já havia escrito dois romances, também eles sobre duas figuras da história de Portugal - Inês de Castro e Leonor Telles - encontrou em Isabel de Portugal os traços da sua terceira obra. Para a autora desta trilogia, “Inês era muito romântica, Leonor Telles era a mulher poderosa e, por último, a Rainha Santa era a mulher mística”. Apesar de ter sido este misticismo o responsável pelo despertar do interesse na rainha Isabel, a autora refere que quando se envolveu com a personagem, atraiu-lhe “mais a sua parte humana que a sua transcendência mística. É uma personagem apaixonante”. Conhecida na história pelo milagre das rosas que, mais tarde, lhe veio a conferir o título de Santa, a Rainha Isabel foi uma mulher dividida entre dois países. Espanha, onde se encontrava a sua família e as memórias da sua infância, e Portugal, região que aprendeu a amar e que tomou no coração como sendo seu. Passou a sua vida de rainha em várias cidades do país, mas foi em Coimbra que viveu alguns dos momentos mais marcantes do seu percurso, mesmo antes de ingressar na vida religiosa. Coincidentemente, foi também nesta cidade que a escritora María Del Hierro encontrou inspiração para este terceiro romance. “Descobri Coimbra através de ‘Inês de Castro’. Coimbra, onde está a fundação Inês de Castro, acolheu-me quando escrevi o livro, convidaram-me a fazer parte da fundação e a verdade é que encontrei na Quinta das Lágrimas uma espécie de refúgio, de paz e tranquilidade que é muito apetecível”.
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Premonição de sucesso garantido ou simplesmente coincidência, Saragoça foi outra cidade que a incentivou à escrita de “Memórias da Rainha Santa”, da Esfera dos Livros. “Quis a casualidade que, no mesmo ano em que entrei em Coimbra, Saragoça me oferecesse lugar na Associação dos Escritores Aragoneses. Curiosamente, já tinha começado a pensar na Rainha Santa, e como também ela nasceu em Saragoça e viveu algum tempo em Coimbra, achei por bem arriscar”. Para a autora deste romance histórico, que pouco conhecia da Rainha Santa de Portugal, a pesquisa revelou-lhe uma mulher “culta, preparada, muito preocupada com os mais humildes e que me foi cativando pouco a pouco”. Uma rainha que se destacava por ser diferente, quer em atitudes quer em pensamentos e, no fundo, por ser “uma mulher muito valente, muito generosa e de alguma forma, eu diria, adiantada no seu tempo em relação à política social que era muito importante”. Longe de ser uma biografia tradicional, a autora pretende mostrar com este romance, sobretudo, a rainha enquanto mulher. “Claro que interessa o seu aspecto político, porque interveio muito na política peninsular, mas sobretudo o seu lado humano”. María Del Hierro diz mesmo que o que mais lhe agradou neste livro foi poder distanciar o mito pelo qual é conhecida a Rainha Santa Isabel, e “trazer à tona a mulher que estava por detrás dele”. Historiadora de profissão, a autora deste maravilhoso romance promete mais explorações históricas para breve, quem sabe sobre “Carlota Joaquina, por exemplo, que com todos os seus defeitos me parece uma personagem muito interessante”. Senhora de um espírito forte mas ao mesmo tempo delicada, Isabel de Aragão, rainha de Portugal, foi sem dúvida o pilar do seu reinado, a grande mulher que, apesar de estar à sombra do seu rei, conseguiu mostrar o verdadeiro significado do que é ser-se humano. tempo médio de leitura: 5 minutos
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: Paulo Ribeiro; Imagens Esfera dos Livros
Entrevista
Número Primo A Solidão de um
Paolo Giordano é tal como a personagem Mattia, um homem contido no seu próprio pensamento, de palavras bem pensadas e certeiras. Falamos com o mais recente fenómeno da literatura italiana aquando o lançamento do seu primeiro livro “A Solidão dos Números Primos”.
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&G – Explique-nos o significado do título. Paolo Giordano - Começou como uma metáfora, porque todos os matemáticos quando pensam em números têm uma ideia concreta sobre eles, e na maioria das vezes os números primos são mais escuros e têm uma aura escura, têm uma certa suspeição e tristeza à sua volta. Numa das páginas do livro escrevi essas palavras, e o editor encontrou nessa expressão a metáfora com mais significado e mais profunda para representar o livro. No início apenas os achamos intrigantes e esquisitos com um certo fascínio, porque não é algo que compreendemos, mas quando fechamos o livro o título diz algo mais sobre o que lemos. O título é um prolongamento do livro, que mesmo meses depois de ter sido lido continua a significar algo. Onde se inspirou para este livro? Não houve um único momento ou ideia, foi mais uma colecção de várias situações e detalhes. Para a primeira parte só tinha a ideia de uma menina, a Alice, que ia esquiar e queria fazer xixi e mais nada, fiquei com essa ideia durante semanas na cabeça e foi crescendo. Disse que começou por imaginar Alice, e como concebeu o Mattia? Na realidade comecei com a irmã de Mattia, porque a minha mãe é professora e lida com muitas crianças que têm problemas mentais. Um dia falou-me de uma menina que na sua classe começou a agitar os braços como se quisesse voar. Pensei que poderia escrever uma história sobre ela, mas era demasiado difícil entrar na sua mente, então decidi criar-lhe um irmão, para que fosse mais fácil construir a personagem. A personagem Mattia tem muito da sua personalidade? Sim. Especialmente quando é mais velho e não tanto quando em criança mas, ele é uma versão mais extrema e dramatizada de mim. Aquilo a que mais se assemelha a mim, é a maneira como vê as coisas, ele tem sempre uma maneira de reconhecer as geometrias e focar-se obsessivamente nas pequenas coisas, de uma forma natural como uma maneira de organizar a realidade. 32
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Afirmou que foi mais fácil entrar na mentalidade do Mattia do que na de Alice, porquê? Foi mais difícil porque ela é mulher, porque sendo homem é difícil dar-lhe um ponto de vista realista, por estarmos presos de alguma maneira à fascinação que temos pelas mulheres, temos de nos afastar dessa fascinação para contarmos as coisas com honestidade, e temos de ser tão cruéis com a nossa personagem feminina como com a personagem masculina. Contei com a ajuda de várias amigas para criá-la, e tive a sorte de ter uma irmã mais velha, que me manteve em contacto com o mundo feminino desde muito novo, ela era o meu ponto de vista desse mundo. Juntei ainda pedaços de outras pessoas, especialmente de uma amiga que tinha problemas com comida, e foi ela que me apresentou a todo esse mundo louco e estranho que é difícil de imaginar sem estereótipos. Grande parte do livro é focada na passagem das personagens pela fase da adolescência, a tatuagem feita por Alice e as cicatrizes feitas por Mattia, acha que essas são formas de os adolescentes mostrarem o que sentem interiormente? Acho que o verdadeiro problema é ver os problemas dos adolescentes como algo louco, perigoso e que não podemos entender, à medida que crescemos temos a tendência para adquirir essa atitude para com os adolescentes. É a falta de memória de como na realidade foi para nós e a falta de mantermos as mesmas perspectivas que tínhamos na altura que fá-los parecer ter uma maneira louca de ver a realidade. Pensa então que isso advém de problemas na infância? Sim, e essa é a grande questão descrita no livro, a maioria dos problemas acontecem antes da adolescência, e vejo essa altura como a mais relevante. Para mim tudo o que acontece a seguir é como uma repetição. Teve de fazer muitas pesquisas para estas personagens? Não, para este livro estava tudo dentro da minha cabeça, conhecia bem os ambientes e os lugares, a única questão problemática foram as doenças que têm, mas fui um pouco às cegas. Foi muito ingénuo.
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Entrevista
algo onde pudesse ter as minhas próprias regras algo que me deixasse livre. Na física encara-se o mundo real e temos de dizer as coisas de maneira que todas as pessoas possam confirmar e na escrita não é assim. Como se sente ao ver o seu livro traduzido em tantas línguas? Eu precisava de sair de Itália, porque passei um ano em Itália a falar do livro, e precisava de expandir e ver como resultaria fora do meu país, e é estranho não poder entender o que se escreveu. Mas depois vemos que as pessoas sentem todas o mesmo. Acredita que as suas histórias podem unir as pessoas, tal como esse silêncio une as personagens? Limitamo-nos a construir o nosso próprio personagem e a nossa própria história à medida daquilo que vivemos, mesmo assim esse silêncio emocional que há entre eles é algo que é partilhado por todos. Quando terminou o livro sentiu que ainda havia algo por contar? Julgo que o Mattia poderá voltar, ou partes dele poderão voltar porque é parte de mim, mas tenho a certeza que não pensarei nele da mesma maneira.
Pensa que a dor pode criar um laço de união entre as pessoas? Para mim é a maneira mais poderosa de unir as pessoas, sente-se realmente que uma pessoa se tornou um verdadeiro amigo, quando lhe confidenciamos algo, quando lhes contamos coisas tristes sobre nós. Normalmente o contacto com a dor é mais poderoso. Em algumas partes do livro os personagens não falam, acha que esse silêncio também potencia a ligação? Algumas pessoas têm níveis diferentes de comunicação, por vezes é até inapropriado usar palavras com alguém, estando apenas perto da pessoa pode-se partilhar algo, e isto é raro, só acontece com algumas. A escrita é algo que descobriu recentemente? Foi uma descoberta muito recente, comecei há quatro anos, e estava um pouco farto de fazer só física… Precisava de fazer 34
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Já tinha estado em Portugal? Da primeira vez estive em Trás-os-Montes, mas já percorri Portugal de Norte a Sul, e gosto especialmente do norte. Podemos esperar que inclua Portugal num próximo livro? Talvez, sou fascinado pelo facto de Portugal ser o país mais ocidental da Europa, e de terem o local mais ocidental da Europa, como se estivesse à beira de algo. Está a escrever um novo livro? O que podemos esperar da nova obra? O que posso adiantar para já que será contado na primeira pessoa por uma voz adulta, por um homem, mudarei da perspectiva do livro “A Solidão dos Números Primos” para uma perspectiva mais adulta. Penso que reflectirá a procura de uma vida estável e o desejo de pôr tudo em ordem. Talvez seja editado durante este ano.
tempo médio de leitura: 9 minutos
Texto: Rui Miguel Costa; Fotos: Paulo Ribeiro; imagem: Bertrand editores
Sofreu muito a escrever este livro? Em parte sim, mas eu consigo confinar o momento da escrita, houve páginas em que tive mesmo de recuar e voltar a entrar em contacto com uma dor que senti.
Que livros está a ler de momento? Leio maioritariamente autores americanos Stephan Block, Tom McCarthy, e todos perto do estilo em que escrevo apesar de estar a tentar expandir o tipo de literatura. Aquele que me fez decidir ser escritor foi o livro de David Foster, “The Broom of the System“, e após tantos anos ele é o autor para quem olho.
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Política
Numa Islândia à beira do abismo
“Santa Jóhanna” toma as rédeas do país A Islândia viu-se à beira do abismo, com o seu sistema financeiro a entrar em colapso, e, órfã de Governo, foi obrigada a procurar a “mãe” e a entregar o seu destino nas mãos de Jóhanna Sigurðardóttir.
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Vida privada Jóhanna Sigurðardóttir casou com Þorvaldur Steinar Jóhannesson em 1970 e tiveram dois filhos (nascidos em 1972 e 1977). Depois do divórcio do casal, Jónina Leósdóttir (nascida em 1954), autora e argumentista, tornou-se a parceira de Jóhanna. Em 2002 o casal juntou em União civil.
tempo médio de leitura: 4 minutos
Texto: Tiago Gonçalves; Foto: Reuters
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óhanna Sigurðardóttir, ou Santa Jóhanna, como é apelidada na sua terra natal pelo seu trabalho em prol dos mais desfavorecidos, ficará nos anais da história islandesa como a primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro do país, e na história do mundo como o primeiro líder político, abertamente Gay, de uma nação. Esta antiga hospedeira de bordo da companhia aérea Loftleidir, onde fundou o sindicato desta empresa, é um dos políticos mais populares islandeses. De 66 anos, a ex-ministra dos Assuntos Sociais assumiu o Governo interino da ilha, após a demissão de Geir Haarde, a 1 de Fevereiro de 2009 e até 25 de Abril cumprirá o primeiro mandato feminino à frente do destino da Islândia. Após a sua nomeação, Sigurdardottir afirmou que a prioridade do Governo será substituir a administração do banco central, que falhou na prevenção do colapso do sistema bancário. A primeiraministra islandesa também referiu que iria pedir a um comité parlamentar que verificasse os prós e contras de uma entrada na União Europeia. O senso comum diz que nos momentos de crise é a competência das pessoas o factor mais importante para o desempenho das suas funções, e segundo a comunicação social islandesa o facto de “Santa Jóhanna” ser lésbica, foi a questão menos preocupante para o povo. Numa entrevista à BBC, Ingo Sigfusson, jornalista de rádio da RUV (estação pública), afirmou que as questões privadas da
primeira-ministra não influenciam em nada o desempenho das suas funções. “Não é nada de mais. Foi mencionado, mas não se tratou, de todo, do ponto mais importante para o público”, afirmou o jornalista islandês à BBC. “Por um lado, a Islândia é um país bastante tolerante e liberal no que toca à homossexualidade. Por outro lado, ela nunca se referiu publicamente à sua vida privada, apesar de a sua parceira estar presente na lista online do parlamento”. Ingo Sigfusson acrescentou que “com quem a primeira-ministra se deita de noite, é um assunto que está muito abaixo das actuais prioridades das pessoas”. Jóhanna Sigurðardóttir nasceu a 4 de Outubro de 1942, em Reiquiavique. Formou-se no Colégio Comercial da Islândia e foi ministra dos Assuntos Sociais e da Segurança Social de 1987 a 1994, e de 2007 a 2009. É membro do Althing (parlamento islandês) desde 1978, sendo de todos os deputados o que mais tempo se tem mantido em activo. A 26 de Janeiro de 2009, o primeiro-ministro Geir Haarde apresentou a sua demissão do Governo de coligação, ao Presidente da Islândia, Ólafur Ragnar Grímsson. Esta atitude foi precedida de 16 semanas de protestos sobre o modo como o Governo lidou com a crise financeira. Após várias conversações no Althing, o Presidente pediu à Aliança Social Democrática e ao Movimento Verde de Esquerda para que formassem um novo governo e para que se preparassem para as eleições em Abril. Jóhanna Sigurðardóttir foi apresentada como hipótese para Primeira-Ministra do novo Governo, muito por causa da sua popularidade entre o público em geral e pelas suas boas relações com o Movimento Verde de Esquerda. Numa sondagem efectuada em Dezembro de 2008, 73 por cento das pessoas aprovavam as suas acções enquanto ministra, mais do que qualquer outro membro do Governo. Ela foi também o único ministro a ver a sua taxa de aprovação aumentada durante 2008.
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Investimento
Horta à Porta Produtos biológicos de alta qualidade
De uma situação de trabalho incerto e temporário, Cristina Couto Soares conseguiu alcançar a sua independência com a criação de um projecto inovador e, em todos os aspectos, ecológico, que consiste na distribuição de cabazes de legumes e frutas inteiramente biológicos.
J
á todas nós ouvimos falar em agricultura biológica, nomeadamente nas questões relacionadas com o bem-estar e a saúde, uma constante preocupação no quotidiano das pessoas. Cada vez mais se procura um estilo de vida que vá de encontro a práticas saudáveis, sobretudo ao nível da alimentação. Mas, afinal, o que é a agricultura biológica? De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, “a agricultura biológica é um sistema de produção que promove e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a actividade biológica do solo. Privilegia o uso de boas práticas, em lugar do recurso a factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção devem ser adaptados às condições regionais. Isto é, conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos”. Foi neste sentido que surgiu o projecto Horta à Porta. Aliando a sua formação em Engenharia Agronómica com o facto de estar sem trabalho certo, Cristina Couto Soares optou por arriscar num negócio que ainda não tinha grande expressão em Portugal. Segundo a sua mentora, este projecto começou de forma espontânea e inesperada. “A história da ‘Horta à Porta’ começa com a mudança de um amigo para Celorico de Basto, para alugar um terreno e praticar agricultura biodinâmica. (A agricultura biodinâmica é um passo em frente da agricultura biológica, uma vez que incorpora não só as práticas desta mas também outras complementares). Ora, o Filipe Antunes, o meu amigo, começou a ter alguns produtos hortícolas, que vendia no Porto, mas o tempo não lhe chegava para tudo e comecei eu, a seu pedido, a entregar os produtos dele aos seus clientes. Tudo isto em Maio de 2003.” De um grupo inicial de sete clientes, rapidamente aumentou para mais do dobro, o que obrigou a readaptações várias. “Uma vez que o Filipe não tinha grande variedade hortícola, comecei a procurar outros produtores que pudessem satisfazer os pedidos dos clientes que, em pouquíssimo tempo, já eram 20…”. Com o aumento da procura deste tipo de serviço, Cristina viu uma oportunidade para investir a fundo num projecto que parecia ter pernas para andar. Enquanto desempregada tomou conhecimento 40
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de que poderia criar o seu próprio negócio, bastando para isso entregar um projecto na ILE - Iniciativa Local de Emprego. Apostada em fazer sucesso desta ideia, informou-se de todos os passos a seguir no IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) do Porto. “Estudei a legislação, frequentei duas a três sessões de esclarecimento e apresentei a minha ideia de fazer entrega ao domicílio de produtos biológicos, ao responsável pelas ILE no IEFP. Este considerou que o projecto preenchia os requisitos necessários e aconselhou-me a procurar uma empresa de gestores que preparassem a componente financeira do projecto”. Finalmente, em Janeiro de 2004, Cristina assinou o contrato com o IEFP e, através do financiamento disponibilizado para o projecto, conseguiu expandir horizontes e melhorar a qualidade do serviço aos seus clientes, que eram cada vez mais. Comprou uma carrinha frigorífica, uma balança profissional e outros materiais que lhe permitiram garantir condições térmicas adequadas aos produtos hortícolas. Dois anos mais tarde, em 2006, registou a marca Horta à Porta -, criou o site e certificou-se como distribuidora de produtos biológicos. Actualmente, conta já com 98 clientes, a maior parte deles conquistados pelo “passa a palavra”, se bem que para esta agora empresária de sucesso, o momento em que avançou com os seus planos foi crucial para os frutos que agora está a colher. “Provavelmente, também tive a fortuna de iniciar este trabalho numa altura propícia em que o mercado estava bastante receptivo.” Em jeito de retrospectiva, Cristina nota uma melhoria em termos de oferta de produtos e também em termos de qualidade dos mesmos, com produtores cada vez mais interessados em aderir ao projecto. “Há maior oferta de produtores, com quem mantenho uma comunicação aberta e constante e uma relação de confiança… e sentimo-nos todos parceiros de trabalho, o que é muito bom”.
“A Horta Biológica” Surpreendente e de fácil consulta este pequeno mas grande livro de Vincent Gerbe, apresenta técnicas fundamentais da agricultura biológica: aplicação de compostos, preparação do solo, adubação verde, fertilizantes e insecticidas naturais, rotação de culturas e adaptação aos diversos tipos de solos, e muito mais, para uma alimentação saudável e mantendo as leis da Natureza. Editora: Publicações Europa-América Preço: €16,50
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Investimento
Sempre atenta às necessidades dos seus clientes, a empresária procura, a cada dia, melhorar a qualidade do serviço, pondo em prática várias ideias e tentando sempre tirar o máximo partido do contributo da agricultura biológica, numa preocupação constante em alertar para os benefícios do uso destes produtos hortícolas. “É muito mais agradável trabalhar num segmento do sector agrícola que tem um objectivo não menos empresarial que a agricultura convencional mas que é consciente, em termos da qualidade do produto e da qualidade de vida em geral.” Para isso conta com a ajuda de uma colaboradora, a nutricionista Margarida Nazareth, que providencia consultas de nutrição para esclarecer qualquer tipo de dúvidas em relação a métodos alimentares e a este tipo de agricultura. Para Cristina, o melhor deste projecto é o contacto directo com os seus clientes e, para além disso, o facto de “poderem usufruir de um serviço de entrega ao domicílio, com garantia de qualidade dos produtos, sem terem que pensar o que vão comprar nem terem que se deslocar.” Como apoiante deste tipo de cultura, que não utiliza adubos químicos, herbicidas ou hormonas, Cristina garante a entrega de “alimentos sem produtos tóxicos, com maior valor tradicional e mais saborosos”. Aliado a estas características, este serviço é também muito diversificado com a entrega de produtos variados de semana para semana, consoante os produtos disponibilizados pelos produtores e a época sazonal. “Na Primavera começa a estar disponível o tomate, o feijão verde, mais para a frente a beringela, a courgette, etc. Enquanto no Inverno há todo o tipo de couves como a penca, grelos, nabiças, brócolos, abóbora, couve flor…” Os clientes, sejam eles famílias, restaurantes ou lares, têm a possibilidade de aceder a um serviço que vai de encontro às suas necessidades semanais, já que podem seleccionar, de entre três opções, o tipo de cabaz que mais se adequa à sua satisfação. “O nosso serviço baseia-se na entrega de 3 tipos de cabaz de legumes - pequeno, médio ou grande, em que semanalmente eu faço uma selecção de 8, 10 a 11 e 12 legumes, respectivamente, para cada tamanho de cabaz, mediante a oferta dos produtores nessa semana. Mas o mais importante é garantir um cabaz diversificado, sempre pensado de forma a ter legumes para sopa, saladas, acompanhamentos e com um certo equilíbrio entre raízes e folhas”. Desde o seu início que o objectivo do projecto é proporcionar um serviço de qualidade, sem que os clientes tenham que se deslocar ou preocupar com compras e ao, mesmo tempo, incutir a ideia de uma alimentação mais equilibrada e saudável através da agricultura biológica. Assim sendo, todas as semanas ou quinzenalmente (consoante os pedidos de cada cliente) e sempre à quarta-feira, Cristina faz a entrega, porta a porta, dos seus produtos.
que está sempre disponível e implícito nas receitas concebidas pela Margarida Nazareth, e mais um serviço que a ‘Horta à Porta’ pode prestar de forma profissional, numa clínica, sob a forma de consulta”. Questionada pela L&G sobre como tem sido a aceitação do seu trabalho, Cristina mostra-se bastante satisfeita. “A aceitação tem sido muito boa. Comecei há 5 anos com 7 clientes e hoje tenho 98, com marca registada, ‘site’ e publicidade na carrinha há 2 anos. O ‘passa palavra’ foi decisivo no crescimento, sem sombra de dúvida”. O projecto tem tido tanto sucesso que apesar de, inicialmente, a expansão não fazer parte dos seus planos, Cristina tem actualmente algumas propostas. “Tenho 3 propostas de ‘franchising’ em diferentes zonas do país, de pessoas que me contactaram. Ainda não decidi”. Este projecto, além de enaltecer as bases da cultura biológica na sua vertente ecológica, sustentável e socialmente responsável, contribui para alertar os benefícios na saúde e bem-estar que podem advir da inclusão dos produtos biológicos na alimentação diária. www.hortaaporta.com
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: D.R.
“Os produtos são colhidos na terça-feira, chegam-me durante a tarde, eu e a minha colaboradora preparamos os cabazes até à noite e no dia seguinte às 8 horas em ponto, saio com a carrinha carregada para começar a primeira ‘tranche’ de clientes”. Para garantir a qualidade dos produtos e a satisfação dos seus clientes, “todos os produtos vendidos pela ‘Horta à Porta’ são certificados, e provenientes de produtores certificados em ‘Modo de Produção Biológica’”. Como operadora certificada de produtos biológicos, que a limita à comercialização de apenas produtos bio, Cristina está sempre atenta às novas regras de preservação e à segurança alimentar dos seus clientes, uma vez que está, ocasionalmente, sujeita a auditorias de controlo. Para além do tradicional cabaz recheado de legumes, a Horta à Porta aposta também na divulgação de outros produtos, como frutas variadas, que devem ser encomendadas à parte do cabaz, mas também carne de vitela certificada, azeite, compotas e algumas especialidades. Sempre a pensar no cliente e de modo a facilitarlhe, ainda mais, o dia-a-dia, Cristina expandiu recentemente o seu serviço com a adição do serviço de Nutrição, garantido por uma nova colaboradora, nutricionista, que é quem elabora as receitas que acompanham o cabaz. Mas mais do que isso, “as vantagens da nutricionista prendem-se com um aconselhamento
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Reportagem
Tratamento Hormonal de Substituição Como, quando e quem pode fazer
Nem poção da juventude nem veneno. Depois de tanta polémica, os médicos concordam num aspecto: os riscos da terapia hormonal não são os mesmos para todas. E quando os benefícios superam as complicações?
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os próximos meses, milhares de mulheres na faixa dos 45 anos, idade em que a produção hormonal começa a entrar em declínio (culminando com a última menstruação e o início da menopausa, que acontece, em média, aos 51 anos), estão perante um grande dilema: repor ou não as hormonas que o corpo está a deixar de produzir? Até algum tempo atrás, não havia discussão. Num procedimento quase automático, as mulheres passavam a repor as hormonas que
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começavam a parar de circular naturalmente pelo organismo - o estrógeno, que combate as ondas de calor e assegura a saúde dos ossos, a juventude da pele, a lubrificação vaginal e a protecção cardiovascular, e também a progesterona, nos casos em que é necessário evitar o risco de cancro do endométrio, a mucosa que reveste a parede uterina. Mas, em meados de 2002, com a divulgação dos resultados do Women’s Health Iniciative (WHI), um estudo feito a 16 mil mulheres nos Estados Unidos, tudo mudou, provocando um
debate mundial sobre os prós e os contras da terapia de reposição hormonal. Na época, não faltaram motivos para alarde: de acordo com o estudo, as mulheres tratadas apresentavam riscos maiores de desenvolver cancro de mama, doenças coronarianas, AVCs (acidente vascular cerebral) e tromboses. Por causa disso, a pesquisa foi interrompida três anos antes do prazo. De uma hora para outra, o que era remédio passou a veneno, terapia hormonal passou a sinónimo de cancro e enfarte, provocando ansiedade nas mulheres de todo o mundo. Depois do terramoto, tudo ficou suspenso, mas a poeira foi baixando e trouxe à luz do dia alguns “problemas” com o estudo, como o método, as doses utilizadas e o facto de que as mulheres analisadas tinham, em média, 63 anos - por isso, apresentavam coronárias já comprometidas. Cerca de seis anos e muitos estudos depois, a maior parte dos médicos concorda que nem todas as mulheres podem recorrer à terapia hormonal, pois há, sim, contra-indicações. Mas também é verdade que muita gente pode tomar esta medicação, quando há necessidade, e dar-se bem com ela. O importante é colocar na balança de cada caso os riscos e os benefícios da terapia hormonal. Vamos tentar perceber, tudo o que diz respeito ao Tratamento Hormonal de Substituição (THS) e efeitos em cada mulher.
Como, quem e quando?
No início da menopausa: o THS pode ser a diferença entre uma vida com ou sem qualidade para algumas mulheres. São as que estão no período que começa dois anos antes da última menstruação e vai até cerca de dois anos depois disso (em média, entre os 48 e os 52 anos). Caso não tenham um perfil de risco, não há por que não recorrer ao THS para aliviar os incómodos dessa fase. De acordo com os médicos, é justamente nesse período que os sintomas do climatério - ondas de calor frequentes, secura vaginal, insónia, alterações de humor e de peso - geralmente chegam ao pico. Para quem tem osteoporose: o tratamento também é indicado quando já há sinais de densidade mineral óssea próxima de um nível crítico, com risco de fractura, por exemplo. Há uma diferença significativa - para o bem - entre as mulheres com osteoporose que fazem e as que não fazem THS. Segundo os médicos, sol, vitamina D, cálcio e caminhar todos os dias funcionam como coadjuvantes, mas só o tratamento hormonal de substituição consegue recuperar massa óssea. Para as hipertensas: segundo um estudo publicado na revista científica “Hypertension”, o tratamento à base de drospirenona (substância similar à progesterona produzida pelo corpo) reduz a pressão arterial nas mulheres hipertensas. A pesquisa demonstrou também que essa substância ajuda a evitar a retenção de líquidos e o aumento de peso. Para os “patchs”: nesse formato, a dose por THS pode ser menor. Quando é ingerido por via oral, o medicamento sempre passa pelo fígado, onde sofre uma transformação e torna-se menos eficaz. Assim, para obter o mesmo efeito, a dosagem por via oral é sempre maior do que a do gel ou “patch”. Para os tratamentos coadjuvantes: todas as mulheres devem adoptar um novo estilo de vida nessa fase. Os calores, o aumento
de peso, a insónia e outros sintomas do período são amenizados com exercícios diários, técnicas de relaxamento, como yoga, e uma alimentação saudável (que exclui cafeína, vinho e pratos muito condimentados, e inclui alimentos à base de soja). Dependendo dos casos, os médicos podem prescrever desde medicação homeopática até anti-depressivos e lubrificantes vaginais. Para as dosagens não personalizadas: o que é adequado para uma pessoa pode ser excessivo ou insuficiente para outra. Por isso, o tratamento tem que ser formulado sob medida para cada paciente. Em qualquer caso, porém, a menor dose efectiva, a que alivia os sintomas, sempre é a mais indicada. Para o tratamento preventivo: alguns especialistas defendem o chamado tratamento precoce, em que as mulheres começam o tratamento hormonal antes dos 45 anos, para organizar o ciclo menstrual e aliviar os primeiros sintomas do climatério. Aqui, o THS serviria para prevenir doenças ligadas ao envelhecimento, como o Alzheimer. Para muitos médicos, porém, não há essa necessidade, especialmente quando a mulher não sente calores, insónia ou falta de lubrificação vaginal.
Alerta
Para o grupo de risco: o tratamento hormonal de substituição é totalmente desaconselhado para mulheres com antecedentes de trombose, cancro de mama e doenças crónicas. Também deve ser evitada por quem tem ou teve problemas uterinos, endométrio (e se há ou houve casos na família, mãe ou irmã com cancro de endométrio e de mama), ou ainda, problemas cardiovasculares. Para as mais velhas: quem já entrou na menopausa há muitos
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Reportagem
anos tem, pela própria idade, condições cardiovasculares mais frágeis e por isso deve evitar o THS. Segundo os médicos, após cinco anos, em média, de menopausa, o risco cardiovascular aumenta de forma significativa. Para tratamentos hormonais longos: ainda não existe um consenso nesta matéria, relativamente a qual é a duração do tratamento hormonal, mas a continuação ou interrupção do tratamento sempre vai depender de uma avaliação individual. Segundo a Sociedade Brasileira de Climatério (Sobrac), é mais seguro manter a terapia por (no máximo) cinco anos, e sempre com a menor dose efectiva. Estudos mostraram que os efeitos prejudiciais (aumento do risco de cancro de mama e de trombose) foram mais intensos em mulheres que tomaram hormonas durante um período maior do que esse.
Afinal onde está a verdade sobre o tratamento da menopausa?
Poucos assuntos da Medicina da Mulher têm sido objecto de tanta controvérsia durante os últimos anos como o tratamento da menopausa. Muitos médicos que aconselhavam o THS, depois das notícias mais recentes, estão a dizer às suas pacientes para reduzir o THS a cinco anos, no máximo. Manuel Neves-eCastro diz ser “um disparate, que até foi alimentado por algumas sociedades médicas, como a Sociedade Norte-americana de Menopausa, mas não tem fundamento. E a tal ponto assim é, que essa mesma prestigiada Sociedade acaba de corrigir os seus anteriores conselhos e veio afirmar, há meses, que não há qualquer limite para a duração desse tipo de tratamento! A IMS (1) e a EMAS (2) são da mesma opinião. Ora, o que é importante e não tem sido devidamente explicado, é que os tratamentos hormonais, quando indicados e se não houver contra-indicações, devem iniciar-se logo na menopausa. Se forem começados tardiamente, os seus efeitos já serão diferentes e até poderão causar problemas. A regra de ouro é que quaisquer tecidos ou órgãos (sejam os vasos sanguíneos, as células do cérebro ou outros) só beneficiam do tratamento preventivo, que é dado principalmente pelos estrogénios, se estiverem ainda sãos, sem 46
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lesões. Se essas lesões já existirem, como por exemplo as placas de aterosclerose, já não há benefício e pode até surgir risco. A razão de ser desses alegados riscos aos cinco anos deve-se a que alguns dos estudos publicados sobre a prevenção das doenças cardiovasculares em mulheres com mais de 63 anos, e já com patologia cardíaca, indicavam que podia haver agravamentos após cinco anos de tratamentos. Há semanas, os mesmos investigadores fizeram nova análise desses estudos e concluíram finalmente que entre os 50 e 60 anos os tratamentos evitam as doenças cardíacas, se iniciados após a menopausa”.
Segundo Manuel Neves-e-Castro - presidente honorário e fundador da Sociedade Portuguesa de Menopausa e fundador e membro honorário da Sociedade Europeia de Menopausa e Andropausa – em nota publicada no site da Sociedade Portuguesa de Menopausa (3), esclarece que “a menopausa, pelas alterações biológicas (hormonais e idade) que a acompanham marca o início de riscos (preveníveis) para doenças que têm a maior incidência na segunda metade da vida (por ex. aterosclerose, osteoporose, obesidade, cancro da mama, cancro do cólon, doença de Alzheimer, etc). Estas discussões têm sobretudo afectado, por esse mundo fora, a classe médica não especializada e até mesmo a que deveria saber interpretar criticamente os resultados de vários estudos epidemiológicos feitos principalmente nos Estados Unidos da América. Estes estudos pecaram, logo que foram concluídos, por terem sido transmitidos à informação social antes de, como é obrigatório, serem divulgados à classe médica. Tanto bastou para que, em segundos, surgissem na imprensa de todo o mundo títulos em caixa alta, absolutamente errados, em que se anunciava o perigo do uso de hormonas porque causavam um aumento de cerca de 30% de cancros da mama! Isso fez logo pensar, a leigos e a médicos mal informados, que 30% das mulheres sob esses tratamentos iriam ter cancro da mama! O erro, por ignorância, está em que 30% seria (numa população idosa e tratada em excesso, que não era representativa das mulheres que entram em menopausa) o aumento em termos de risco relativo e não em risco absoluto. Ou seja, que 3 dessas 1000 mulheres, com uma média de idades de 63 anos ,irão ter durante 1 ano um diagnóstico de cancro da mama, sem que tivessem
feito qualquer tratamento hormonal. Se nesse mesmo grupo estudado pelos Americanos for feito um tratamento com a combinação de duas hormonas femininas (estrogéneo + progestagéneo) haverá mais 0,8 mulheres em 1000 com esse diagnóstico, (ou seja apenas mais 8 em 10.000), com risco aumentado devido aos tratamentos. Se, por outro lado, nas mulheres já sem útero se fizer o tatamento durante 1 ano apenas com o estrogénio, em vez de 3/1000 casos de cancro da mama espontâneos havia menos 0,6 mulheres em mil, o que significa que o risco relativo até diminuiu! Veja-se bem como a falta de interpretação correcta dos resultados pode criar em todo o mundo um pânico absolutamente injustifcado! O outro alarme que surgiu, também injustificadamente, foi o de que não se deve manter por mais de 5 anos um tratamento hormonal. Outro disparate, até alimentado por algumas Sociedades Médicas, como a Norte Americana de Menopausa, e que não tem fundamento. E a tal ponto assim é que essa mesma prestigiada Sociedade acaba de corrigir os seus anteriores conselhos e vem afirmar, há meses, que não há qualquer limite para a duração desse tipo de tratamento desde que correctamente indicado e controlado. Ora, o que é importante e não tem sido devidamente explicado, é que os tratamento hormonais, quando indicados e se não houver contra-indicações, devem iniciar-se logo na menopausa. Se forem começados tardiamente já os seus efeitos são diferentes e até podem causar problemas. A regra de ouro é que quaisquer tecidos ou orgãos (sejam os vasos sanguíneos, as células do cérebro, ou outros) só beneficiam do tratamento preventivo, que é dado principalmente pelos estrogéneos, se estiverem ainda sãos, sem lesões. Se essas lesões já existirem, como por exemplo as placas de aterosclerose, já não há benefício e pode até surgir risco. No final de Julho passado cai mais uma ‘bomba’ !... Numa notícia divulgada à Imprensa mundial (e não à classe médica ...) por uma Agência(IARC) da Organização Mundial da Saúde afirma-se que tanto os tratamentos hormonais da ‘menopausa’(?) como as ‘pílulas’ contraceptivas podem causar o cancro de vários órgãos! Foi o que concluiu (?!) um grupo de trabalho (cujos membros são epidemiologistas e raros médicos, de vários países) que teve a presença de 4 especialistas convidados (só 1 era médico ,grande autoridade na matéria, que foi autorizado a discutir, mas não a escrever !...). Das opiniões contrárias nada se publicou... Contactei nesse mesmo dia essa Agência pedindo que me fosse enviada uma acta da reunião com os fundamentos das conclusões. Responderam-me que isso não era possível e que lá para o início do próximo ano seria publicada uma monografia sobre o assunto ... Resolvi então escrever e enviar-lhes um documento crítico manifestando a total discordância da Sociedade Portuguesa de Menopausa e estranhando que nenhuma das Sociedades de Luxury
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Menopausa (a Internacional, a Europeia, a Norte Americana, etc.) tenha sido ouvida sobre esta matéria ! É óbvio que não houve qualquer novo estudo sobre este assunto. Os Membros dessa Agência limitaram-se a ler o que já estava publicado há mais de um ano e que já fora objecto de vários Consensos de Opinião publicados pelas sociedades internacionais competentes, que são contrários às ‘conclusões’ (?!) agora divulgadas! Segundo tudo leva a crer, pelas informações ainda confidenciais que tenho recebido, a reunião foi uma farsa de ‘epidemiologia política’no seu mais alto grau. Porquê? Não faço a mínima ideia. Mas o problema é ainda muito mais grave no que se refere à pílula anticonceptiva. A propósito, recebi de um colega latino-americano um e-mail bem elucidativo. Diz ele: ‘É criminoso por parte da IARC afectar desta forma os países em desenvolvimento, uma vez que uma diminuição na cobertura dos programas de planeamento familiar tem um impacto tremendo na mortalidade materna e neonatal, na desnutrição e, em geral, no desenvolvimento dos nossos 48
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países (...) este é um crime contra a humanidade’! A pesar de tudo isto, não há qualquer razão para pânico entre as mulheres.” Consultores: Wladimir Taborda, coordenador de ginecologia e obstetrícia do Hospital Albert Einstein (SP); Lucas V. Machado, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina de Minas Gerais; Paulo R. Reginato, ginecologista e obstetra e Manuel Neves-e-Castro, ginecologista – endocrinologista, presidente honorário e fundador da Sociedade Portuguesa de Menopausa e fundador, membro honorário e ex-vice-presidente da Sociedade Europeia de Menopausa e Andropausa (PT). A consultar: (1) IMS:www.imsociety.org; (2) EMAS: www.emas.obgyn. net ; (3) SPM: www.spmenopausa.pt
tempo médio de leitura: 16 minutos
Texto: Joana Serra, Paula Martin e Marina Morena Costa; Fotos e imagens: D.R.
Reportagem
Cabelos
Eduardo Beauté Uma vida dedicada à estética
O olhar de Eduardo Beauté brilha quando fala da sua infância, as dificuldades que passou desde que descobriu a sua vocação até conquistar o seu espaço no mundo da Beleza em Portugal, tornaram-no num artista empenhado, reconhecido e único. O espelho deste espírito é o seu novo espaço no Palacete Lambertini e a comemoração dos seus 25 anos de carreira. Venham outros tantos.
L
&G - Quando descobriu a sua vocação? Eduardo Beauté - Desde muito cedo que senti uma vocação para o mundo da estética, em criança era o irmão mais velho e tomava conta dos meus irmãos depois do infantário, eles serviram muitas vezes de cobaias, brincava com os seus cabelos, vestia a minha irmã com as roupas da nossa mãe e maquilhava-a… Desde criança sentia “o bichinho” da estética, da beleza. Qual a reacção da sua mãe quando via o que fazia aos seus irmãos? Quando via os cabelos cortados ela ia a correr para um cabeleireiro formado acertar as desgraças que eu tinha feito, até porque eu usava a tesoura da cozinha ou da costura, eram disparates que eu fazia como criança. Ela não gostava muito da brincadeira. Hoje recordamos e brincamos com a situação com alguma graça, depois dos disparates hoje o reconhecimento e consideração que tenho no meu mundo é motivo de brincadeira e chalaça quando estamos reunidos em família.
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Chegou a fazer experiencias na sua mãe? Eu penteava-la muitas vezes quando comecei, como iniciante de cabeleireiro, para praticar. Fiz-lhe as primeiras permanentes, as primeiras madeixas. Ainda hoje ela é a minha melhor “cobaia”, a minha melhor amiga, a minha melhor companheira. Como começou a sua carreira? Com 16 anos fui estudar à noite e trabalhar num cabeleireiro, foi um período difícil pois tinha de me levantar muito cedo e às nove da manhã já tinha de estar no cabeleireiro, deitavame todos os dias por volta da uma da manhã, sem horários para refeições. Valeu a pena o sacrifício, e consegui durante alguns anos conciliar os estudos com aquilo que realmente queria, que era estar no mundo da estética. Acho que quando tudo é feito com amor, os sacrifícios são uma maisvalia para o futuro. Hoje sinto-me profissionalmente quase realizado, porque há sempre algo para aprender, mas tenho sempre a preocupação de ter bases para estar integrado numa sociedade que nos exige o mínimo de conhecimentos.
Depois de estar estabelecido integrei-me numa associação internacional francesa, que foi a minha escola e onde recolho as técnicas que se adaptam à mulher portuguesa. Sendo uma associação parisiense, eles adaptam as suas técnicas e tendências a um nível internacional mas muito francês. E nós temos que readaptar essa realidade à mulher portuguesa, com outras características capilares.
manter os dois espaços, e optei por ficar só na capital, e é só aqui que quero continuar, e mesmo que estejamos num país onde nos faltam algumas coisas é o país que amo.
Como foi o seu início na Marinha Grande? Foi muito complicado na altura porque a Marinha Grande era uma vila com bastantes preconceitos, e um homem que tentava enveredar por esta carreira era logo à partida discriminado, ainda para mais eu que era um bocado ousado. Não era um metro sexual mas era um “avant garde”, um termo que se usava muito na altura, um homem que se vestia com uma visão de futuro, por exemplo na época quase ninguém punha brincos e eu aos 16 anos já os usava. Eu acho que sempre gostei de provocar nesse sentido, se ninguém punha ou usava algo eu ia contra essa tendência e era um bocado irreverente, nesse sentido. E sempre fui muito forte para encarar essas situações, mas se calhar foi mais difícil para as pessoas aceitarem-me do que eu entender que me aceitavam como eu era, uma pessoa diferente dos rapazes da minha idade. Acho que por vezes sentia prazer em as chocar, para as alertar que o mundo não era só aquilo, que tínhamos de alegrar os nossos horizontes e tirar do mundo esses cinzentões. Infelizmente ao fim de 25 anos, pouco evoluímos.
Fala-se muito da mulheres no campo da estética, e os homens? Quando comecei cerca de 90% em todas as áreas eram domínio da mulher, hoje é mais 60% para as mulheres e 40% para os homens, acho que o homem evoluiu muito no campo da estética. Estamos quase num equilíbrio e mais uns aninhos esse equilíbrio é atingido em Portugal, até porque nos outros países, como Itália, o homem é muito mais cuidado, e daí que sejam chamados de metrossexuais. Depois do 25 de Abril estivemos parados no tempo, e hoje sofremos esse atraso de 15 a 20 anos, mas felizmente espero que estas novas gerações venham compensar essa paragem.
Está, por ora, excluída a internacionalização? Só se for em situações pontuais, porque não creio que saia daqui para trabalhar noutro lugar, porque gosto muito deste país.
O que tem de mudar para atingir o nível dos outros países? Essencialmente abrir as mentes, porque acho que as pessoas que se dizem de mente aberta, dizem-no porque é moda. Grande parte daqueles que assim falam, estão muito aquém.
Como é que essa irreverência se traduzia nos seus penteados? No início queremos fazer coisas diferentes para sermos notados, e ao fim de pouco tempo apercebi-me que isso não era comercial e tinha que me adaptar a uma realidade que era a sociedade. Até para ganhar dinheiro e sobreviver tive de me tornar comercial e fazer aquilo que as pessoas queriam usar no seu dia-a-dia. Hoje quando me convidam para participar em apresentações, espectáculos e eventos passo a minha irreverência nesses momentos, porque há poucos acontecimentos sociais em Portugal onde possamos explorar esse lado estético, ousado e elegante. E como foi a sua vinda para Lisboa? Eu estive durante alguns anos na Marinha Grande, e foi onde me estabeleci pela primeira vez, em seguida trabalhei muitos anos em Leiria. Depois de Leiria regressei à Marinha Grande com o meu salão e, dois anos mais tarde, abri também outro salão em Leiria onde tinha muitos clientes. Tive dois salões a funcionar ao mesmo tempo. Só que os meus horizontes iam muito além daquilo. Se aqui em Lisboa já me sinto muito limitado por não poder explorar, sempre que quero, a minha imaginação, imagine como não era na Marinha Grande. Depois fechei o salão da Marinha Grande para manter o de Leiria e abrir o de Lisboa, mas a distância não me permitia Luxury
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Cabelos
Como surgiu a possibilidade do Palacete Lambertini para o novo espaço? Aconteceu por acaso, numa altura que precisava de encontrar um espaço por não estar feliz com a situação anterior. Deus e o destino fizeram-me passar aqui em frente e perceber que este espaço estava vazio, e disse “esta casa vai ser minha”. Também por ser um palacete com história, foi mandado construir por um maestro do São Carlos em 1900, já era a casa de um artista, e 100 anos depois esta casa vê ser praticada arte, não a da música, mas a da beleza e da estética. Espero que o Michel Angelo Lambertini se sinta muito feliz, orgulhoso e honrado por eu estar aqui. Onde se inspirou para esta decoração? Noventa por cento da decoração tem o meu cunho pessoal, embora tenha muito apoio do meu amigo João Rolo. Tentámos manter o conceito do palacete adaptado ao estilo moderno sem tirar os traços do palacete, e que fosse um espaço acolhedor e confortável para as clientes.
Onde vai buscar a inspiração para os seus penteados? Eu acho que a arte vem da alma, e a arte nasce com as pessoas. Há uns anos fui convidado para uns workshops de cabeleireiros e passar-lhes os meus conhecimentos, e descobri que me era muito fácil passar às pessoas a parte técnica de ser cabeleireiro - como fazer uma ondulação, o diagnóstico do cabelo, etc. Agora tudo o que é a parte artística, é difícil de passar e vai-nos nascendo no momento, e descobri que não conseguia explicar como é que aquilo me saía das mãos. É como fazer uma escultura, pintar um quadro, nós sabemos o que pretendemos com aquilo mas não sabemos como vai acabar. Costuma ter alguma conversa prévia com os clientes? Sim. Gosto sempre de saber um pouco da pessoa através de uma pré-entrevista, para ver o que as faz sentir bem, como elas se sentem melhor, a sua profissão, a sua maneira de vestir, etc. Tudo isso tem influência no que devemos aconselhar a fazer. É importante analisar bem a pessoa para não a descontextualizar. É um atendimento personalizado. Quais os penteados que mais gostou de criar? Um dos penteados mais marcante no nosso país, e sei que também no mundo inteiro, foi o da Mariza, cuja imagem passou a ser um cartão-de-visita. Uma fadista é vista como uma mulher muito clássica, com cabelos aos caracóis ou enrolado e de repente aparece uma mulher fantástica, com cabelo diferente, com roupas nada convencionais numa fadista. 52
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Como gostaria de ser recordado no futuro? Quando morresse queria ser tão considerado como Michel Angelo Lambertini ainda hoje é, e queria ter a honra de ter feito justiça ao palácio que ele deixou. Qual a figura pública a quem mudaria o penteado, e as que estão bem? As que estão fantásticas diria que são a Mariza, a Fernanda Serrano, a Fátima Lopes - que já as acompanho há anos e acho que estão fantásticas. Havia uma que eu adorava ter penteado e cuidado da sua imagem, porque sempre a achei muito elegante, muito bonita, com uma sensualidade angelical e por vezes usava uns cabelos que a envelheciam imenso, que era a princesa Diana. Uma mulher que acho lindíssima, das mulheres mais bonitas dentro da sua geração, e que gostaria de pentear é a Isabel Preysler. Que penteado faria a Michelle Obama? Acho que ela usa um cabelo demasiado “armado” para uma senhora tão bonita e elegante quanto ela, acho que deveria ter um cabelo mais contemporâneo. Deveria modernizar um pouco a imagem. tempo médio de leitura: 12 minutos
Texto: Rui Miguel Costa; Fotos: Paulo Ribeiro
Há preconceitos, e é tudo muito bonito quando é na casa dos outros, porque quando é na sua própria casa sentem vergonha. Nós não temos só de dizer que somos mentes abertas, temos de as ter!
O que se pode esperar nos próximos 25 anos? Espero poder estar a trabalhar e sentir a mesma vontade e o mesmo desempenho que tenho sentido até agora. Claro que por vezes desanimo porque vivemos num mundo onde nem tudo é o que queremos, mas se fosse tudo como queremos as coisas não tinham o sabor da luta e da conquista, e eu quero continuar a sentir isso durante os próximos 25 anos. Porque é sinal que estou feliz, envolvido e que não me estou a deixar ultrapassar, quero continuar com a mesma garra e com a mesma energia.
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ANTES
SERVIÇO HAIR LIFTING
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s mulheres que estão hoje na década dos cinquenta, cresceram com os avanços sociais dos últimos cinquenta anos – são activas, decididas, e têm o controlo total da sua vida e da sua carreira. Ao atingirem a meta dos cinquenta mantêm todo o poder de sedução – são belas e querem continuar a sê-lo. Mas existem alguns factores que podem e têm de ser tomados em conta. Dois dos principais problemas do cabelo relacionados com a idade são a perda de densidade que torna o cabelo mais fino e mais seco, e a despigmentação que dá aos cabelos brancos um aspecto translúcido e enfraquecido. Em consequência, os cabelos ficam mais sensíveis às agressões luminosas e à colorações repetidas. O serviço Hair Lifting conjuga os produtos e serviços indicados 54
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para atenuar os sinais da passagem do tempo: um serviço exclusivo no salão, desenvolvido pela L’Oréal Professionnel que associa habilmente 4 passos para um resultado excepcional: 1º - Diagnóstico adequado para uma proposta personalizada; 2º - Corte personalizado, aconselhamento profissional que favoreça os melhores traços de cada mulher; 3º - Inteligente jogo de luz e sombra criado com os Highlights de Hair Lifting – duas tonalidades que criam não só um efeito óptico de volume, como iluminam o rosto e redensificam o cabelo, dando-lhe um toque extremamente natural; 4º - Tratamento anti-idade, Age Densiforce da gama Série Expert, um cuidado especifico para redensificar e dar volume aos cabelos.
Texto: Paula Martin; Fotos cedidas pela marca
Hair Lifting é o primeiro lifting capilar anti-idade: um serviço completo e personalizado de L’Oréal Professionnel que conjuga corte, coloração e tratamento para as mulheres exigentes e determinadas.
Age Densiforce A 1ª gama de Styling anti-idade A força redensificante com Ómega 6
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partir dos 40 anos, os sinais da passagem do tempo fazem-se notar com mais intensidade e os cabelos não são excepção: surgem os primeiros brancos, os cabelos começam a perder densidade, tornando-se mais frágeis, quebradiços e baços. Isto deve-se a vários factores, como a baixa produção de melanina, a diminuição da renovação celular, alterações hormonais, redução do funcionamento das glândulas sebáceas, agressões externas, etc. A complementar o eixo de cuidados redensificadores Age Densiforce, a L’Oréal Professionnel lança a 1ª gama de Styling anti-idade, Age Densiforce, com Omega 6, proporcionando diariamente o reencontro de volume, flexibilidade, brilho e suavidade nos seus cabelos. A gama fica composta pelo champô e máscara Age Densiforce e pelas novas lacas redensificadoras de longa duração - fixação normal e forte - e a mousse redensificadora de longa duração, apoia-se numa inovadora fórmula que associa Lípidos Estéres , que formam uma fina camada em torno da fibra capilar restaurando o seu brilho e tonicidade e Ómega 6 , ácido gordo essencial que fortifica a estrutura interna da fibra capilar e redensifica a matéria do cabelo. Polímeros de fixação cosméticos proporcionam uma fixação duradoura mantendo toda a leveza e naturalidade do cabelo e Vitamina E, proporciona uma protecção anti-radicais livres. No caso da mousse, a sua fórmula incorpora ainda Ceramidas, que suavizam a cutícula e proporcionam uma intensa sensação cosmética.
A origem da caspa O stress, a fadiga ou os desequilíbrios no couro cabeludo aceleram a produção de um fungo microscópico chamado Malassezia Ovalis que provoca irritação no couro cabeludo, desencadeando a descamação da camada superior da epiderme e a perda de peles mortas. Gera-se então um ciclo vicioso de produção de películas de caspa que afecta quase metade da população europeia. Um quarto destes casos são considerados severos e persistentes: O ciclo de aparecimento de partículas é ininterrupto, as partículas de caspa são persistentes e resistentes, o reaparecimento é rápido e requer um cuidado e tratamento intensivos. Pela primeira vez a L’Oréal lança no circuito profissional a tecnologia Selenium AP (Dissulfureto de Selénio), um poderoso activo anti-caspa que elimina as partículas desde a primeira aplicação, prevenindo a sua reaparição até quatro semanas após o fim do tratamento, que deverá ser prolongado em casa, duas vezes por semana com o champô Power Clear. O Dermofix Champô, dos Laboratórios Azevedo, é um antimicótico dotado de uma actividade fungicida, enriquecido com Nitrato de Sertaconazol, para os casos mais persistentes. tempo médio de leitura: 5 minutos Luxury
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Texto: Paula Martin; Fotos: Paulo Ribeiro, L’Óreal
Cabelo suave, brilhante e livre de caspa
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Cabelos
Cabelos Com a chegada da Primavera, prepare os seus cabelos por forma a não se danificarem com o calor e praia. ter cabelos longos obriga a apresentá-los bem cuidados. Independentemente do tamanho do seu a regra é unânime: cabelos bem tratados e look cuidado. A palete de produtos existente no mercado permite a escolha adequada para o seu tipo de cabelo e necessidades do couro cabeludo.
Tratar e Proteger Composta por champô, condicionador e máscara hidratante, a colecção Repara e Protege Pantene Pro-V restaura o nível de hidratação do cabelo, selando-a no interior da cutícula. O champô e mascara Kérastase Nutritive fornece hidratação e nutrição aos cabelos mais secos.
Com Hair Repair, uma vasta gama, Valmont revoluciona os cuidados anti-envelhecimento do couro cabeludo e do cabelo. A gama Real Control de Redken Chemistry actua na reparação do cabelo danificado.
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Anti-Queda A queda de cabelo pode derivar de causas várias como a hereditariedade, o stress, características ambientais e as mudanças sazonais. O Programa Anti-Queda Completo de Matrix Biolage é composto por champô Normalizing de Scalpthérapie e formula com Aminexil®, estimulando o couro cabeludo e os cabelos ficam naturalmente suaves. (venda em cabeleireiros a partir de €43,90)
O programa de Kérastase, prima pelo tratamento do cabelo e couro cabeludo por via nutricional. O prático coffret Prevenção Aminexil de 10 ampolas do eixo Spécifique, oferece um Bain Prévention e um duo de Force, Nutritive ou Age Recharge. (venda em cabeleireiros €47,20)
tempo médio de leitura: 4 minutos Luxury
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Por Maria João com marcas
O programa completo anti-queda Aminexil Advanced e Ómega-6 de L’Oréal Professionnel, confere vigor e densidade aos cabelos e favorece a implantação da fibra no couro cabeludo, ajudando a estimular a actividade da raiz, combatendo a queda. (venda em cabeleireiros. Na compra de uma caixa de 10 ampolas oferta do champô €44,60)
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Cosmética
OLAY DEFINITY
Com a qualidade que já nos habituou, OLAY vai além do combate às rugas e linhas de expressão do rosto, recuperando o tom uniforme e eliminando as manchas da idade.
O
s últimos avanços científicos na área da investigação sobre o envelhecimento da pele do rosto conduziram a um novo patamar que ultrapassa as rugas e as linhas de expressão. Um estudo bio-psicológico desenvolvido por especialistas da Universidade de Viena, em parceria com o Dr. Matts, cientista P&G Beauty, revela que a luminosidade e o tom uniforme da pele do rosto são fundamentais para um aspecto jovem. Esta descoberta redefiniu a forma como passou a ser encarado o envelhecimento da pele, ou melhor, o anti-envelhecimento. O resultado da pesquisa foi o ponto de partida para OLAYdesenvolver Definity - uma nova linha de produtos anti-envelhecimento que reduz a aparência da pele do rosto descolorada e as indesejadas manchas da idade, ajudando a recuperar a luminosidade e o aspecto saudável. Composta por 7 luxuosos produtos - Creme de Limpeza Iluminador (€12,90), Exfoliante para Redefinição de Poros (€12,90),
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Sérum Reparador Intensivo Anti-Envelhecimento (€36,50), Espuma Hidratante de Acção Profunda com FPS15 (€36,50), Creme Intensivo com FPS15 (€35,00), Creme Nutritivo de Noite AntiEnvelhecimento de Acção Profunda (€35,50) e Creme Iluminador de Olhos (€35,00) - OLAY Definity foi desenvolvida com base num Complexo Essencial de Glucosamina exclusivo, concebido para penetrar até 10 camadas da epiderme, permitindo melhorar a aparência de uma pele sem brilho e de tom pouco uniforme. Em apenas 8 semanas OLAY Definity permite reduzir até 78% (comparativamente com o uso de um creme hidratante comum), as consequências visíveis da descoloração da pele, tais como a perda de brilho e as manchas da idade, ao mesmo tempo que a hidrata em profundidade e melhora a sua textura. tempo médio de leitura: 2 minutos
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Texto: Paula Martin com Olay; Fotos cedidas pela marca
Cosmética
e r t c d e S e
micro esferas de Extrait de Vie™ (estimula o metabolismo das células em 118%) ao coração das células, transformando a pele instantaneamente num milagroso “renascimento celular”. Segundo os resultados de auto-avaliação no teste clínico realizado a 93 mulheres: 98% sem linhas de expressões; 96% mais firmeza; 94% visivelmente reavivada; 91% radiante; 98% mais suave; 96% hidratação; 89% uniforme. Modo de usar: Aplicar sob a pele limpa e tonificada, no rosto e pescoço. (€284) Luxury
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Por: Paula Martin com Lancôme
Vie
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gama Secret de Vie, de Lancôme, fica completa com o lançamento de Secret de Vie Nuit – Tratamento de Noite Activador Celular Completo - , para mulheres dos 30 aos 50 anos. Uma jóia tecnológica capaz de reactivar funções essenciais da pele de dentro para fora: renova, reafirma, uniformiza, fortalece, reaviva e suaviza. Uma textura sensacional que ganha vida em contacto com a pele. Tecnologia de nano partículas que levam três milhões de
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Cosmética
Máscara de pestanas
Para um olhar sedutor e poderoso
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á quem diga que os olhos são o espelho da alma. Verdade ou não, sei que um olhar pode dizer muito mais que palavras. Grandes Divas utilizaram-no como arma. Mae West disse que “tanto posso seduzir como destruir”, os olhos de Bette Davis continuam a ser uma inspiração, o olhar magnético de Maria Callas bastava “para que essa pessoa saiba que não a quero voltar a encontrar”. Já o olhar misterioso de Greta Garbo, emoldurado por longas e sedosas pestanas, encantou homens e mulheres, que também queriam ter umas iguais. A máscara de pestanas foi criada em 1913, por um químico, quando a irmã o questionou como poderia valorizar as pestanas. A ideia de misturar vaselina com pó de carvão foi imediatamente comprada e ainda hoje muita gente chama à máscara de pestanas rímel, por ter sido a Rimmel a primeira marca a comercializá-la em Portugal. Claro que a rudimentar mistura deu lugar a sofisticados produtos, e actualmente as marcas existentes no mercado apostam nas tecnologias e efeitos imediatos. Há um grande número de escovas patenteadas para resultados diferenciados. Seja qual for a sua escolha e para melhores resultados, uma sugestão: Em frente ao espelho, incline ligeiramente a cabeça para trás, para que os olhos fiquem semi-cerrados, e comece a maquilhar as pestanas - sempre do canto exterior para o interior, e o mais perto possível da raiz, e vá subindo com movimentos firmes da raiz às pontas. Se necessário aplique outra camada, antes de secar. Caso tenha esborratado a pálpebra, não limpe de imediato, deixe secar e sairá com facilidade com ajuda de um cotonete seco. Para umas pestanas com aspecto bonito e saudável, nunca retoque durante o dia. Está completamente out pestanas coladas e com grumos. Quando aplicar a sua máscara e esta deixe resíduos, deve substituí-la pois perdeu propriedades e está seca.
Extra-Volume Collagene de L’Oreal, enriquecida com colagénio estruturante, garantindo volume extra, graças à escova patenteada com o dobro da espessura
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Bette Davis
le escultura , volume e v a u s ultra máscara timista e ancôme, L e d e ulher op s m a Hypnô ra a nso , ideal p negro inte ascara de YSL s a d ra a M p se Everlong longas e pestanas futurista,
Mae West
Lash Queen Feline Blacks de Helena Rubinstein, para um olhar misterioso, sedutor e enigmático Volume Glamour ultra Curl de Bourjois, pestanas duplamente mais volumosas e sem resíduos
Phenomen’Eyes d Givenchy, máscara com efeito panorâmico de alta precisão tous Colors Magic Night, da tous, com proteínas de seda, para reforçar e regenerar as pestanas Wonder Volume de Clarins, volume imediato e de longa duração Volume Nanodefinition de Make-Up by NIVEA realça as pestanas ao extremo, mais volume e separação de alta precisão
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Texto: Paula Martin; Fotos: DR; imagens cedidas pelas marcas
Smoky Lash da Make up Forever, máscara de negro profundo, para um olhar intenso
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Cosmética
Pernas de Luxo Contornos definidos O Verão está a chegar, as saias substituem as calças e as pernas nuas saem à rua. Na praia e piscina, os biquínis deixam o corpo à mostra. Está na altura de se preparar e aproveitar o estímulo da nova estação para procurar os melhores tratamentos para reduzir a celulite, gordura localizada e flacidez. Os especialistas afirmam que as mulheres, em geral, têm uma predisposição genética para armazenar maior quantidade de gordura nos membros inferiores. A fórmula infalível da boa alimentação associada à actividade física e a produtos de qualidade, são os mandamentos para melhorar a forma física. Além disso, alguns tratamentos médicos e estéticos são armas poderosas para lapidar os contornos, tratando e prevenindo os problemas. O toque final fica com os cosméticos, grandes aliados da beleza das pernas ajudando a ficar linda da cintura para baixo. 64
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CELULITE Os nódulos que se formam nas camadas internas da pele atacam principalmente a região dos glúteos e das coxas. Têm origens diferentes -hereditariedade, disfunções hormonais, acúmulo de toxinas e gordura, além de problemas circulatórios. Pede prevenção constante, cuidado na alimentação e estilo de vida, evitando tabaco e sedentarismo. A celulite é classificada em quatro graus: No grau I não se notam as depressões na pele e as ondulações suaves só aparecem quando a região é pressionada. O grau II, além das ondulações, apresenta leves depressões, visíveis sob pressão. No III, a celulite é visível, e as depressões são vistas mesmo sem pressionar a região. E o IV, mais grave, tem ondulações visíveis e profundas. EXERCÍCIOS Caminhada, natação, bicicleta ou aulas de aeróbia melhoram os problemas circulatórios, uma das causas da celulite, e queimam gordura, ajudando a combater os nódulos. A musculação também ajuda. Com o aumento da massa muscular, a região fica mais lisa e firme, o que disfarça e ajuda a reduzir o problema. ALIMENTAÇÃO É importante eliminar excessos de gordura e fritos e evitar açúcar. Beber muita água melhora a circulação. Sumos artificiais e refrigerantes pioram o problema. Aumentar a ingestão de soja é uma boa medida para quem luta contra a celulite. COSMÉTICA MÉDICA O Laboratório Oenobiol apresenta três soluções para uma silhueta perfeita: Aquadrainant para uma drenagem eficaz (€28,50), Remodelant para redução de massa gorda na cintura, barriga e coxas (€28,50), e no combate à celulite o Cellu-Réducteur (€28,50)
Supermince+, de Jeanne Piaubert Paris, um tratamento de choque baseado em 4 acções: neurocosmética, conceito anti-io-io, eliminação em massa gorda e açucares e firmeza (€44,50) Body Excellence Slim (gel Amincissant Anti-Cellulite), de Chanel, para uma acção drenante e reafirmante, tonifica os tecidos e remodela os contornos(€97)
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BONS PRODUTOS
CelluMetric, de Vichy, apresenta-se num coffret de 28 saquetas monodose diárias dia e noite, para resultados duas vezes mais rápidos (€30). LipoMetric, com sistema lipomassajador, para uma perda centimétrica de volume (€25)
FLACIDEZ A flacidez afecta as pernas e glúteos nos músculos e na pele. Para firmar músculos, os exercícios são a principal arma. Os tratamentos que funcionam como uma ginástica passiva (tipo eletroestimulação) também fazem um bom trabalho. Já a pele flácida pede cuidados de hidratação e reestruturação das fibras de colágeno e elastina - o que pode ser conseguido com alimentação adequada, uso de cosmética de boa qualidade e tratamentos feitos em clínicas. EXERCÍCIOS Os músculos ganham firmeza na ginástica localizada com pesos e na musculação. Esses exercícios fazem com que os músculos fiquem cada vez mais fortes e firmes. Além disso, os músculos tonificados acabam por esticar a pele ao seu redor. ALIMENTAÇÃO Dietas drásticas de emagrecimento são as grandes causadoras da flacidez. Quanto mais rápida é a perda de peso, maior a flacidez. A fazer uma dieta, aconselhe-se sempre com alguém especializado. Não é recomendado fazer actividade física em jejum, nem por um período muito longo. “Isso pode fazer o organismo utilizar a musculatura como fonte de energia”, diz Marta Campos, personal trainer.
GORDURA LOCALIZADA A gordura localizada é um problema hereditário e pode se agravar com a má alimentação, distúrbios hormonais e sedentarismo. “São células de gordura difíceis de serem destruídas e que se podem acumular nas coxas e barriga”, salienta a endocrinologista Eliane Pupin. Nesses casos, a fórmula “exercícios e dieta” é mais eficiente, e há cosmética de tratamento que ajuda a dissolver a gordura persistente. Luxury
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EXERCÍCIOS A gordura, localizada ou não, é um prato cheio para a actividade física. “Ela é solicitada como fonte de energia pelo organismo, quando há uma rotina de exercícios constante e de longa duração”, diz Rita Antunes, professora de educação física. Os exercícios aeróbios são os mais indicados para combater as gordurinhas extras. É um engano pensar que a ginástica localizada elimina gordura localizada. Esse exercício fortalece os músculos e a actividade aeróbia queima a gordura em excesso. São actividades complementares, que devem ser praticadas em dias alternados, para se obter bons resultados. ALIMENTAÇÃO Seguir uma dieta saudável é fundamental, mas sozinha não elimina a gordura localizada. “A dieta para emagrecer faz perder um pouco de tudo, inclusive músculos, e não só gordura”, explica Gláucia Figueiredo, nutricionista. É preciso fazer um balanço entre diminuição de alimentos gordurosos e calóricos, como molhos e fritos, e a prática constante de actividades físicas para que haja redução da gordura localizada sem perda de massa muscular. Outra dica importante é fraccionar as refeições. “Se ingere duas mil calorias por dia, por exemplo, o ideal é dividi-las em seis pequenas refeições”, diz. Assim, o organismo aproveita todas as calorias e estas não ficam acumuladas em forma de gordura.
Celluli Laser Intensive Night, da Biotherm, um programa completo, de alta-precisão, no combate à celulite em 10 noites! (Leg Laser €38,01; Decollete Laser € 51; Celluli Laser €54,45; Celluli Laser Nuit €47,06)
NUTRIÇÃO E BELEZA Da perfeita fusão das pesquisas avançadas em nutrição da Nestlé e os Laboratórios L’Oréal, nasce Innéov Drenante e Tonificante - o primeiro concentrado nutricional remodelador de pernas, e Innéov Celulite na luta contra a pele “casca de laranja”, proporcionando uma silhueta mais tónica. (€ 25,70)
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Texto: Maria João; imagens cedidas pelas marcas
PerfectSlim Lifting Pro, da L’Oreal Paris, o primeiro lifting para o corpo com sistema anticelulite e anti-relaxamento com Pro- -Elastina (€22,30)
Moda
Preto & Branco
a cores
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inda que o preto e o branco façam parte de qualquer guarda-roupa, nesta Primavera as cores que alguns dizem representar o negativo e positivo, respectivamente, estão fortemente presentes em todas as colecções. Consideradas cores neutras, complete o quadro com pinceladas de cor, nos acessórios, e brilhe em qualquer ocasião!
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Elena Mir贸 Luxury
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Carolina Herrera
Nuno Baltazar
Lacroix
Mochino
Lavin
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Oscar De La Renta
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Dior
Lanvin
Versace
Yves Saint Laurent
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Tommy Hilfiger
Chanel
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Alber Elbaz
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Marc Jacobs
Chanel
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Roberto Cavalli
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DSquared2
Sergio Rossi
Sergio Rossi
CaractĂŠre Luxury
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DKNY
Caractère
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Marc Jacobs
Versace
Chanel
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Por: Paula Martin; Fotos: Copyright/Direitos Reservados
Lavin
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Preto & Branco a cores
OS INDISPENSÁVEIS Pink Punk & Back Palett, de Lancôme – edição limitada (*), o luxo da estação!
Notebooks Sony Vaio (*) Chapéu Bimba & Lola (*) O novo HuGO BOSS Mobile Phone by Samsung (*) Ruge Allure Laque, de Chanel (€30)
Lady Dior, sempre à mão para retoque de lábios e maçãs do rosto (*)
Etoile de Montblanc, uma jóia na esctrita – edição limitada (*)
Jaguar XF (*) Vernis e Gloss Piha Black, de Lancôme – edição limitada (*)
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(*) Preços sob consulta
Coordenação: Paula Martin; Fotos: Direitos Reservados
Bag Emporio Armani (€380)
Spa
Sesimbra Hotel & Spa Camuflagem perfeita entre o Homem e a Natureza
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Situado na modesta mas harmoniosa aldeia piscatória de Sesimbra, o Sesimbra Hotel & Spa oferece um espaço de encontros perfeitos, onde a natureza, o mar e o clima se misturam numa combinação irresistível de cores e sensações!
O maravilhoso e quente banho de leite e mel de aroma exótico, qual Cleópatra! Um banho que vai relaxar os seus músculos e revitalizar a sua pele com as vitaminas e minerais essenciais para obter o mais suave dos toques. No Spa do Sesimbra Hotel & Spa os seus desejos são uma ordem. Não se iniba, dedique um dia ao seu bem-estar e mime-se. Usufrua de um ambiente perfeito, onde a harmonia e equilíbrio são palavras de ordem e brisa do mar é música de fundo. Praça da Califórnia 2970-773 Sesimbra Informações e reservas: +351 212 289 800 info@sesimbrahotelspa.com
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: Gentilmente cedidas pelo Sesimbra Hotel & Spa e D. R.
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m Sesimbra pode encontrar o cantinho ideal para recuperar energias e usufruir de tratamentos dignos de uma deusa. Tudo isto a troco, apenas, da sua total satisfação. E se precisa de relaxar, de dar uma escapadela ou simplesmente refugiar-se e entregar-se aos prazeres da vida, o Spa do Sesimbra Hotel & Spa compromete-se a tornar os seus sonhos realidade… porque ser o centro das atenções é um direito! Dedicado ao relaxamento total, este espaço oferece um ambiente idílico à experiência de boas sensações que a vão deixar em estado zen e pronta para os desafios do dia-a-dia. Porque mimar-se a si mesma nunca é demais, pode optar por massagens, terapias ou outro tipo de tratamentos. Dividido em cinco salas, o Spa tem à disposição inúmeras experiências, desde a piscina de relaxamento, duche vichy, ginásio, banho turco, entre muitas outras tendências no universo do bem-estar. É só deixar-se levar e entregar-se aos cuidados dos profissionais que a tratarão como uma verdadeira obra de arte. Imagine-se deitada confortavelmente numa mesa de massagens envolta num ambiente calmo e relaxante enquanto usufrui das propriedades minerais, proteicas e amino-ácidas do pó de pérola. Uma massagem facial e corporal que transforma a sua pele, tornando-a mais delicada e livre de impurezas, como uma verdadeira pérola. Ou, então, se prefere um tratamento mais guloso, por que não render-se às delícias do chocolate, tão invejado pelas suas propriedades regenerativas e hidratantes. O ideal para quem está exposto a agressões diárias, principalmente derivadas da exposição ao sol. Para quem procura sensações únicas, o Spa apresenta um leque extenso de ofertas acessíveis a qualquer um. Porque não a melhor massagem de relaxamento de sempre? De uma esfoliação corporal com sal marinho, o duche vichy contempla, de seguida, uma massagem com óleos aromáticos… duas combinações indescritíveis, sob uma chuva delicada e morna capaz de transportar o mais comum dos mortais para um nível de relaxamento total e tão raras vezes conseguido. Ou ainda um tratamento digno de uma verdadeira rainha.
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Saúde
Cardiologia
“Com a entrada na menopausa, a mulher passa a ter a mesma probabilidade que o homem de apresentar doença coronária” 84
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Sabia que os problemas cardíacos são a uma das principais causas de morte no sexo feminino e que a doença coronária sofre mais investigação nos homens do que nas mulheres? Pois é, de facto estas informações alarmam qualquer um, o que nos leva a reflectir sobre a forma como tratamos o nosso coração.
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L&G foi falar com a cardiologista Ana Aleixo que nos falou sobre os comportamentos de risco que temos no dia-a-dia. No que toca ao quadro clínico, aos 40 anos, normalmente, a condição cardíaca da mulher não apresenta qualquer risco em particular. Pois, nesta idade, a mulher, se for saudável, “apresenta uma incidência muito baixa de doença das artérias coronária” afirmou a especialista. Algo que pode ser diferente caso “apresente factores de risco como hipertensão arterial, dislipidémia, hábitos tabágicos, história familiar e obesidade. Nestas circunstâncias a mulher pode, precocemente, apresentar sinais clínicos de doença das artérias coronária (principalmente se tomar anticoncepcionais) ”, avisou Ana Aleixo. É a finalizar a faixa etária da década dos quarenta anos, início dos cinquenta, que os cuidados passam a ser mais prementes e a condição cardíaca da mulher torna-se muito mais fragilizada. “Com a entrada na menopausa, a mulher passa a ter a mesma probabilidade que o homem de apresentar doença coronária. Esta situação é devida ao facto de perder o efeito protector coronário das hormonas femininas (estrogéneos)”, referiu a professora. Sinais dos tempos As mulheres portuguesas, muito por causa do frenesim que é a vida moderna, não têm fama de boas “utilizadoras” do seu coração, antes pelo contrário, alerta a cardiologista. “A mulher portuguesa tem o problema do excesso de peso e a falta de exercício físico que provoca situações ósseas degenerativas, mas também pode ter doença das artérias coronárias, mas num quadro clínico diferente do quadro clínico da doença coronária nos homens. Por exemplo a dor no peito provocada pelo esforço (sintoma mais importante) é muito pouco típica”. No mundo em que vivemos a falta de tempo é também uma das causas de falta de saúde, pois não são as novas tecnologias e o maior acesso a medicamentos ou tratamentos que aumentam a qualidade de vida de cada um de nós. Pode-se mesmo afirmar que mudança da estrutura da família (com o desvanecimento da dona de casa) trouxe uma série de problemas de saúde que, noutras épocas, não afectavam com tanta frequência o sexo feminino. Segundo a especialista “as mulheres mais novas, antes dos cinquenta anos, devido a transformações na sociedade portuguesa, apresentam mais factores de risco que as mulheres das décadas anteriores, porque sucedeu em Portugal, uma mudança de estilo de vida: inserção no mundo do trabalho, stress profissional, tabagismo, hábitos alcoólicos”. Boas notícias Mas nem tudo é irreversível e de facto a prevenção é possível desde que se efectuem várias alterações ao nosso estilo de vida.
Os conselhos de Ana Aleixo avisam-nos para a necessidade de cuidados de conteúdo preventivo: “evitar o que pode ser evitável e tentar mudar o estilo de vida. Sem dúvida que a abstenção tabágica tem uma importância fundamental. Sabe-se também, por estudos clínicos, que a doença coronária da mulher é menos investigada que a doença coronária no homem. Daí que só seja evidente na fase de acidente agudo de enfarto do miocárdio inaugural”. As boas notícias dadas pela cardiologista, indicam-nos que “a insuficiência cardíaca é um quadro clínico perfeitamente caracterizado e sucede quando a doença coronária ou a hipertensão arterial (são as principais causas) provocam deficit de funcionamento do músculo cardíaco, habitualmente cursando com a dilatação das cavidades do coração, nomeadamente o ventrículo esquerdo”. Os sintomas são facilmente detectáveis pois esta situação provoca cansaço, falta de ar e edemas (inchaço) dos membros inferiores entre outros sintomas. “Este problema pode ser tratado, depois de identificada a sua causa, com terapêutica médica (inibidores da enzima de conversão, diuréticos, β-bloqueantes, antiagregantes plaquetários) e terapêuticas cirúrgicas ou com intervenção mecânica (abertura de uma artéria coronária ocluída ou com redução do seu lúmen através de procedimento percutâneo)”, descreveu a especialista. O que fazer ou evitar Ana Aleixo também nos desmitificou os benefícios da terapia hormonal, referindo que apesar de minimizar os efeitos da menopausa não é uma prática segura para o coração. A cardiologista referiu que “durante muito tempo pensou-se que a terapêutica de substituição hormonal, dado que mantinha níveis de estrogéneos no sangue, protegia a mulher de doença coronária apesar da idade. Hoje sabe-se que não é assim. Múltiplos ensaios clínicos demonstraram que estas terapêuticas podem desencadear episódios de enfarto agudo do miocárdio”. A única solução para uma condição cardíaca segura e sem surpresas é, para a professora, a prevenção. “Fundamentalmente, acho que a mulher que entra na menopausa deve ser observada com regularidade, verificar e tratar, se for caso disso, os valores tensionais, as alterações de colesterol principalmente da fracção LDL, evitar o aumento de peso, andar a pé e não fumar”, aconselhou a médica. Para terminar, Ana Aleixo não deixa as mulheres, que ainda não atravessam a menopausa, relaxarem no que toca aos comportamentos a ter do foro cardíaco. “Antes dos cinquenta anos (isto é antes de entrar na menopausa), deve cuidar em manter o peso ideal, fazer exercício físico, evitar fumar, corrigir desvios da tensão arterial para valores mais altos e combater o stress profissional” estes são alguns dos segredos para uma qualidade de vida superior. Luxury
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Saúde
palavras-chave Hipertensão arterial A hipertensão arterial é um reconhecido factor de risco das doenças cardiovasculares. Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, apenas um quarto está medicado e apenas 16 por cento estão controlados. Hoje sabe-se que a adopção de um estilo de vida saudável pode prevenir o aparecimento da doença e que a sua detecção e acompanhamento precoces podem reduzir o risco de incidência de doença cardiovascular. Dislipidémia A dislipidémia ou sangue gordo é um factor de risco cardiovascular extremamente importante, sobretudo quando há subida dos níveis de colesterol e triglicéridos com baixos níveis de HDL colesterol (também chamado bom colesterol). O colesterol é uma gordura ou lípido que existe no sangue e em todas as células do organismo. O colesterol é necessário para a produção de hormonas, vitaminas, constituição das células, funcionamento do sistema nervoso e formação de bílis, ele é indispensável a vida. A maior parte do colesterol é fabricado pelo fígado, outra parte vem dos
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alimentos (manteiga, natas, queijo, banha carne gorda gema de ovo, marisco). O colesterol é transportado no sangue por lipoproteínas (gordura e proteína) sendo as principais a LDL e a HDL. O colesterol LDL ou “mau colesterol” em grande quantidade no sangue pode levar à formação de placas de aterosclerose, enquanto o HDL ou “bom colesterol” é mais benéficos, porque permite a eliminação do colesterol em excesso das artérias e o leva de volta para o fígado. Quando nas análises de sangue se mede o colesterol total, o valor inclui a soma do HDL e do LDL. Os triglicéridos formam a maior parte das gorduras alimentares, são indispensáveis para um normal funcionamento do organismo. Eles são constituídos por ácidos gordos de três tipos: Saturados presentes nas gorduras de origem animal (manteiga, natas, queijo, banha), monoinsaturados (azeite, óleo de amendoim oleaginosas), polinsaturados (óleo de milho, girassol). A ingestão excessiva de ácidos gordos saturados aumenta o risco cardiovascular através do desenvolvimento de placas de aterosclerose, ao contrário dos ácidos monoinsaturados e polinsaturados que têm um efeito favorável sobre as paredes das artérias.
A mulher que entra na menopausa deve ser observada com regularidade, verificar e tratar, se for caso disso, os valores tensionais, as alterações de colesterol principalmente da fracção LDL, evitar o aumento de peso, andar a pé e não fumar.” 86
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Diuréticos Os Diuréticos são o grupo de fármacos que actuam no Rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sanguíneos, sendo usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou cirrose hepática.
Há dois tipos de diuréticos, os que actuam directamente nos túbulos renais, modificando a sua actividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indirectamente a reabsorção da água e sal. β-bloqueantes Os bloqueadores beta ou antagonistas beta são um grupo de fármacos que têm em comum a capacidade de antagonizar os receptores β (beta) da noradrenalina. A principal indicação dos bloqueadores beta é como protectores cardíacos após infarto agudo do miocárdio, sendo também utilizados como antiarrítmicos em determinadas situações. Recentemente deixaram de constar entre os fármacos de primeira linha no controlo da hipertensão arterial, pois embora exerçam essa função, existem alternativas mais eficazes e que não acarretam risco de desenvolver diabetes mellitus tipo II. Os bloqueadores beta também se encontram indicados no tratamento da angina de peito, certas perturbações do ritmo cardíaco (arritmias), hipertiroidismo, cardiomiopatia hipertrófica, certas formas de trémulo e, em alguns casos, na prevenção da enxaqueca.
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Texto: Tiago Gonçalves; Fotos: D.R.
Inibidores da enzima de conversão (IECAs) Os IECAs são compostos que inibem a enzima conversora da angiotensina que converte a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II é um potente vasoconstritor e estimula a produção de Aldosterona, que promove a retenção de sódio e água. A enzima é estimulada pela secreção de renina pelos rins quando estes reagem a diminuição da sua perfusão sanguínea. Ao inibir essa enzima, os IECAs produzem vasodilatação periférica, diminuindo a pressão arterial. A enzima de conversão de angiotensina é igualmente responsável pela inibição da degradação das cininas, como a bradicinina, que são vasodilatadoras. Alguns dos efeitos não desejados dos IECAs, como a tosse, são devidos ao acúmulo destas cininas. Entretanto, o efeito vasodilatador da bradicinina é actualmente investigado como coadjuvante na efectividade dos inibidores da enzima de conversão.
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Saúde
Holmes Place Ibéria Uma década em boa forma
Dez anos depois de ter chegado a Portugal, o Holmes Place assume-se como a maior cadeia de fitness do nosso país revolucionando os conceitos de bem-estar e saúde. Em entrevista exclusiva para a L&G, Mafalda Marques, Directora de Comunicação e Imagem do grupo desvendou-nos os segredos de tanto sucesso.
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Holmes Place comemorou, recentemente, o seu 10º aniversário. Que retrospectiva faz deste projecto? Mafalda Marques - Foram dez anos de muita luta, principalmente na educação dos nossos utilizadores e da sociedade em geral. Quando nós chegámos ao mercado português de fitness não existia o conceito de health club, existiam os ginásios. E há uma grande diferença entre eles. Os ginásios são locais onde existem máquinas de treino cardio-vascular e de musculação. O nosso conceito de health club implica não só esse espaço de treino, mas também toda uma série de serviços que vão servir os seus utilizadores, como a restauração, o kidsplace, uma área de estética, como o spa. Toda uma série de serviços que vão compor o conceito de health club. Ou seja, o nosso primeiro desafio foi alterar o conceito. Depois também tivemos uma dificuldade adicional do conceito de personal trainer que as pessoas associavam apenas a grandes estrelas. Isso também foi um trabalho difícil porque as pessoas tinham um conceito de que era um serviço de elite, para pessoas extremamente especiais. Nós, 10 anos depois, conseguimos provar que o personal trainer é acessível a qualquer pessoa, desde que seja dentro das nossas instalações, apesar de existirem também actividades outdoor. Nós podemos adaptar o serviço de personal trainer aos objectivos de cada pessoa, ou seja, nós criámos as “PT Solutions”, tanto para emagrecer, tonificar e para reabilitar (no caso de acidentes também acontece, temos que fazer um trabalho diferente, de postura). O terceiro desafio para nós, e que foi muito bem ultrapassado, teve a ver com a localização. Tentámos sempre ao máximo estar perto de pólos empresariais e também áreas residenciais, com um
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aglomerado populacional que justificasse a instalação de um health club de 5000m². A meta definida no início do projecto já foi alcançada? As metas iniciais vão-se sempre alterando ao longo do percurso. A meta inicial era entrar no mercado de fitness português e sermos reconhecidos como especialistas e líder em Portugal. No início foi relativamente fácil, porque as cadeias que existiam não tinham a nossa estrutura, uma estrutura internacional. Hoje, já somos reconhecidos como líder no mercado fitness. E a nossa prioridade em termos de meta alterou-se e está, agora, na expansão. Ou seja, nós começámos com um clube em 1998 na Quinta da Fonte, em Oeiras. Hoje já temos 18 unidades abertas. Em 2009 teremos 22 unidades abertas (estão 4 clubes muito próximos da abertura). Somos a maior cadeia que existe em Portugal. Qual é a missão do Holmes Place? A missão do Holmes Place consiste em ajudar as pessoas a melhorar a qualidade de vida através do exercício físico. Esta é a nossa missão e continuará a ser. Como temos esta consciência, em Janeiro de 2008 criámos um projecto de responsabilidade social que se chama “Fit Family”, que consiste em dar um maior contributo à comunidade onde nós nos inserimos. Basicamente, é ajudar as pessoas a melhorar a qualidade de vida através do exercício físico. Nós abrimos as portas para as pessoas entrarem nos nossos clubes, mas também vamos à comunidade: às escolas (fazemos trabalho com população júnior, infantil), aos centros de dia, fazemos trabalho com algumas instituições de solidariedade, onde
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Saúde
angariamos não só fundos como também fazemos uma divulgação da instituição. Ou seja, é um trabalho que tem uma missão de solidariedade. Nós passámos de uma missão base que justifica a nossa existência, para uma missão de querer contribuir activamente para a comunidade, dez anos depois. O que é que as pessoas podem encontrar nos vossos espaços? Para além do verdadeiro conceito de health club, encontram um serviço realista, cuidado, um nível de serviços muito atento à necessidade dos nossos associados. Mas também uma empresa que está muito empenhada em corresponder às suas expectativas. Qual o target do Holmes Place? No início, quando chegámos a Portugal, o nosso conceito era mesmo o de um serviço que nos distinguisse de toda a concorrência que existisse. Ou seja, há 10 anos atrás éramos vistos como um clube de elite que trabalhava, sobretudo, para a classe A. Continuamos a ser uma marca que trabalha para as classes A e B, nós queremos ser um clube aspiracional, não de elitismo. Cada vez mais, estamos a modelar o nosso serviço às camadas mais abaixo da classe A, ou seja, as classes B e C1. Nós queremos ser uma marca aspiracional. Ou seja, não queremos ter aquela imagem a que as pessoas associaram de preços altos, nós queremos divulgar o conceito de qualidade de vida, saudável, a prática de exercício físico, cuidados com a alimentação, ou seja, queremos que as pessoas se inspirem em nós. A escolha da equipa é um processo criterioso, suponho. Como é que essa selecção é feita? A escolha da equipa dos colaboradores do Holmes Place é feita internamente, pelo próprio Holmes Place… não recorremos a qualquer tipo de agência. Em 2005 criámos a academia de formação do Holmes Place, que é a Training Academy. Surgiu como uma necessidade interna de procurarmos personal trainers, de os formarmos para garantir um bom serviço. Essa necessidade, intrínseca à nossa actividade extrapolou-se para a criação de uma academia tão profissionalizada e certificada, que nós começámos a organizar cursos de formação internos e externos. Nós somos os responsáveis pela selecção dos profissionais, mas também damos formação para empresas. Especializámo-nos na área da formação, sabemos as nossas necessidades e colmatamos essas necessidades. Estão previstas aberturas de novos espaços, quando e onde? Estão previstas 4 aberturas, que vão ser muito importantes. No primeiro semestre de 2009, vamos abrir duas unidades: uma em Lisboa e outra na periferia. Ou seja, a primeira vai ser na Expo, que é uma localização que toda a gente procurava, toda a gente pedia uma abertura neste local. Mas é uma localização difícil, não só por ser um aglomerado empresarial e residencial muito bom, como também por já 90
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existirem dois ou três do género no local e também porque o metro quadrado é caríssimo. Nós tivemos muito cuidado a escolher a localização. Esta á a primeira abertura oficial. A segunda abertura oficial do semestre será no Dolce Vita Tejo. É um centro comercial que está a ser construído na zona da Pontinha/Odivelas, no grupo Dolce Vita, da Chamartín - um dos nossos parceiros estratégicos. Vai ser o maior centro comercial da Península Ibérica. A localização foi bem escolhida porque está no limite de Lisboa, tem uma série de serviços inovadores e o Holmes Place está presente! No segundo semestre de 2009, nos meses de Setembro/Outubro vamos abrir em Almada, finalmente. Vai ser muito bem localizado, perto da rotunda principal de Almada. A quarta abertura vai ser em Mem-Martins, uma zona muito habitada. Quatro aberturas que vão ter um impacto brutal em termos de negócio. Em média, um ginásio com dimensões de 3000m², com esta qualidade, materiais, equipamento, custa cerca de 4 milhões de euros. Com 5000m2 pode chegar aos 8 milhões. É um investimento que tinha que ser feito, porque as pessoas pedem este tipo de investimento.
de figuras públicas que são embaixadores de marca junto do público. O papel do Holmes Place não é patrocinar figuras públicas. Nós escolhemos, estrategicamente, figuras públicas, que são conhecidas do público e que sejam portadoras das nossas mensagens. Ou seja, se nós divulgamos e promovemos o conceito de qualidade de vida, nós temos que ter embaixadores activos fisicamente, que tenham bons níveis de condição física, que tenham estilos de vida saudáveis. Nós desafiamos embaixadores para atingir resultados. Pelo cargo que exerce mudou alguns hábitos? Não, eu não mudei hábito nenhum. Sou uma pessoa muito discreta, trabalho mais em backstage. Eu sou a profissional do trabalho, de arregaçar mangas, de construir projectos. Sou muito focada na comunicação. Antes de me tornar colaboradora do Holmes Place, onde já estou há mais de 5 anos, eu já praticava exercício físico. Já era uma pessoa muito activa, fazia muito desporto. Não mudei nada em termos de imagem, contínuo activa… faz parte de mim.
A que tentações não consegue resistir? O Holmes Place é conhecido pela sua constante inovação. Eu não sou uma pessoa de vícios. Sou uma pessoa muito Nós tentamos sempre inovar ao longo do percurso. fiel a mim mesma, estou na minha frequência, faço o meu Queremos sempre trazer novas modalidades trabalho. Só não resisto a uma música… de outros países para cá. Este ano vai haver eu tenho que bater o pé, tenho que uma nova modalidade, mas não posso dançar um bocadinho. Adoro música, O exercício revelar já. Só posso dizer que tem a ver a música faz parte da minha vida… eu físico para mim com danças e tanto homens como mulheres trabalho com música. é uma forma de podem experimentar. Portanto, calorias a mais, nunca? estar na vida.” Quais são os mandamentos do Holmes Eu sou uma pessoa muito regrada, não Place? só a nível profissional. Tenho disciplina Nós temos uma série de critérios internos e externos. A comigo mesma. Treino todos os dias à hora de almoço. Faz missão é ajudar as pessoas a melhorar a qualidade de vida parte da minha rotina. Gosto de treinar e sinto-me feliz em através do exercício físico. O mandamento é melhorarmos treinar, o corpo pede. O exercício físico para mim é uma sempre, ao longo do nosso percurso, sermos os melhores forma de estar na vida. Tento gerir a minha agenda de forma no mercado em que estamos, rodearmo-nos das melhores a cumprir todos os meus compromissos sem deixar de pessoas, que façam acontecer e que sintam paixão e energia treinar, de estar com a família. Tenho muito cuidado com a no que fazem. minha alimentação… faço 6/7 refeições por dia. Sou regrada Eu acredito muito nesta marca. Não só porque trabalho a comer, mas não sou pessoa de seguir dietas. Se me apetece com ela, mas porque vesti completamente a camisola. Eu comer um chocolate, como. identifico-me com este conceito. Tem a ver com tudo o que é bom: vida saudável, exercício físico, boa alimentação, ou Considera que o ideal de beleza da mulher moderna seja, coisas boas que nos ajuda a viver melhor como pessoas. passa, necessariamente, pela prática de exercício? O que eu desejo para a marca é que continue a crescer, que Eu dou um conselho a todas as mulheres: não vale a pena ser se mantenha fiel aos seus valores. Por isso eu desejo que linda por fora se por dentro estão um caco. A beleza tem de a marca se expanda com muita qualidade e que continue a vir de dentro para fora. É claro que o exterior é muito apostar na inovação. importante, a imagem é muito importante, mas eu aconselho a todas as pessoas a prática do exercício físico, que se Qual o seu papel enquanto imagem da marca “Holmes Place”? estimulem e cultivem o seu interior, ou seja, preparem-se Sou Directora de Comunicação da Holmes Place, sou a Press fisicamente porque o reflexo será sempre no exterior. Cada Manager e relações públicas da instituição. Trato de tudo o que pessoa é responsável pela sua qualidade de vida. é comunicação interna, externa e institucional, a relação com os media, a gestão das figuras públicas. Nós temos um painel tempo médio de leitura: 12 minutos Luxury
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: Paulo Ribeiro, D.R.
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Auto
Audi Q5
O SUV de elevadas prestações para uma forma de vida activa A versatilidade, a elegância e o dinamismo do novo Audi Q5 tornam este SuV em algo de único que não vai querer deixar de experimentar. Este modelo da Audi é uma autêntica montra tecnológica e um automóvel de elevadas prestações vestindo “a pele de cordeiro por cima de um espírito de lobo”.
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Q5 pode levar toda a família, mas também pode satisfazer os caprichos de apenas uma pessoa, seja dentro ou fora de estrada, tornando-se num autêntico veículo dos sete ofícios. As três motorizações de elevada potência e eficiência, a tracção integral permanente quattro e um ágil trem de rodagem são os maiores atributos do segundo SUV da Audi após o Q7. Outros elementos a destacar são, por exemplo, o inovador sistema de transmissão com dupla embraiagem S tronic e o sistema Audi drive select para uma melhor dinâmica em
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andamento. O Audi Q5 é, entre os SUV, o desportivo por excelência e o veículo perfeito para uma forma de vida activa. É moderno e dinâmico, amplo, multi-funcional e confortável. O Audi Q5 encontra-se disponível no mercado nacional com preços a partir de 51 700,00 euros. Uma configuração ímpar O Audi Q5 possui um comprimento de 4,63 metros e uma largura de 1,88 metros, mas apenas uma altura de 1,65 metros. O desenho do Q5 é elegante e esbelto, característico
deslocado 100 milímetros longitudinalmente, incorporando ainda uma abertura de carga.
Um SUV para tudo Nada foi deixado ao acaso no Q5 e seja na cidade, autoestrada ou em todo-o-terreno os seus atributos de segurança e conforto permanecem intactos, assim como a sua agilidade e robustez transmitem uma sensação de que este SUV é mais pequeno do que aquilo que parece. Estas qualidades são perfeitas para atacar o dia-a-dia urbano, sem o problema da dificuldade de estacionamento já que o Q5 ajuda o condutor nesta acção, ao mesmo tempo que, sempre que preciso, podemos transformá-lo num verdadeiro autocarro para toda a família, isto tudo com a potência e rapidez de um verdadeiro coupé desportivo.
tempo médio de leitura: 6 minutos Luxury
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Texto: Tiago Gonçalves; Fotos: D.R.
da Audi. A zona frontal é dominada pela generosa grelha Singleframe; os grupos ópticos podem ser equipados, com faróis xénon plus e com luz de andamento diurna em tecnologia LED. Os elementos exteriores estão disponíveis em três versões diferentes: preto (de série); em cor contrastante ou na tonalidade da cor da carroçaria. Por outro lado, a Audi coloca à disposição do cliente dois pacotes para a carroçaria. O pacote exterior S Line transmite ao veículo uma imagem ainda mais desportiva, enquanto o pacote Offroad Style, com protecção inferior quer na dianteira quer na traseira e jantes de 19 polegadas, consegue uma imagem mais robusta. Os 2,81 metros de distância entre eixos também são um recorde nesta categoria de mercado, traduzindo-se numa generosa oferta de espaço a bordo do Audi Q5 para toda a família. Basta accionar os mecanismos de desbloqueio posicionados no porta-bagagens para rebatê-los sobre os assentos. Deste modo, o volume do porta-bagagens aumenta de 540 para 1.560 litros. Sob o plano de carga está disponível um segundo espaço de arrumação. Além da rede divisória (de série), o equipamento opcional oferece olhais de fixação para as bagagens, uma cobertura para utensílios sujos e um accionamento eléctrico para o portão traseiro. E para poder desfrutar de todas as inegáveis virtudes do Q5 desde o aspecto desportivo até aos momentos de lazer com a família - a Audi propõe um banco traseiro plus, que pode ser
Motores potentes e eficientes O Audi Q5 chega ao mercado com três motorizações diferentes, um bloco a gasolina e dois diesel. Todos incorporam um sistema de injecção directa com sobrealimentação. O bloco 2.0 TFSI apresenta um desenvolvimento completamente novo. Este motor de quatro cilindros alia três funções tecnológicas de vanguarda: a sobrealimentação, a injecção directa a gasolina e o inovador sistema Audi valvelift system para o controlo variável da abertura das válvulas. A potência máxima atinge os 211 CV (155 kW). O Audi Q5 2.0 TFSI acelera dos 0-100km/h em 7,2 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 222 km/h. O consumo médio de combustível é de apenas 8,5 litros aos 100 kms. Também com dois litros de cilindrada, o bloco 2.0 TDI incorpora um novo sistema de injecção common-rail que lhe proporciona o melhor rendimento. Este Diesel evidencia uma força impressionante, para o que contribui uma potência de 170 CV (125 kW). O consumo médio de apenas 6,7 litros aos 100 kms é uma amostra evidente da estratégia de eficiência da Audi. Equipado com o bloco 2.0 TDI, o Audi Q5 acelera dos 0-100 km/h em 9,5 segundos e alcança uma velocidade máxima de 204 km/h. O actual motor mais potente da gama é o bloco 3.0 TDI. Este V6 Diesel possui uma expressiva potência de 240 CV (176 kW) e 500 Nm de binário máximo entre as 1.500 e as 3.000 rpm. Estes valores de excepção permitemlhe acelerar dos 0-100km/h em escassos 6,5 segundos e atingir uma velocidade máxima de 225 km/h. O consumo médio de combustível não ultrapassa os 7,5 litros aos 100 kms. A Audi equipa o Q5 com tracção integral permanente quattro. Este sistema de tracção distribui a força motriz entre o eixo dianteiro e o traseiro numa relação de 40:60; uma linha característica desportiva com uma carga algo superior no eixo traseiro. Mas, em caso de necessidade, a transmissão quattro é capaz de desviar até 65 por cento o binário para o eixo dianteiro ou até 85 por cento para o eixo traseiro.
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Pets
Cão d’Água Português A
Leal, sensível, corajoso e trabalhador… assim é o Cão d’Água português!
té aos dias de hoje, ninguém sabe exactamente qual a origem desta raça que tem feito as delícias de muitas pessoas pelo seu carácter altamente sociável e personalidade activa. Pensa-se que esta raça terá surgido na Ásia Central onde terá sido usada como cão pastor e, posteriormente, trazida para a Península Ibérica pelos povos bárbaros. Vestígios arqueológicos mostram mesmo a existência de cães de gado que, através de cruzamentos consanguíneos, terão dado origem a um tipo semelhante ao Cão d’Água. Por outro lado, outros estudos revelam que esta raça terá entrado em Portugal por alturas das invasões dos povos do Norte de África. Esta incerteza não fica, no entanto, por aqui. Existem, ainda, registos do tempo da civilização romana que constatam a presença de antepassados do Cão d’Água denominados, na altura, de “canis piscator” ou “canis leo”, por apresentarem um corte de pêlo semelhante ao de um leão. 94
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História A vida desta raça secular está intimamente ligada ao período das descobertas portuguesas. Estes cães eram fiéis companheiros dos navegadores e pescadores, muito apreciados pelo seu trabalho, esforço e dedicação nas campanhas marítimas. À semelhança de todos os membros da tripulação, também este animal tinha direito a um salário (um quinhão de peixe para comer e outra quarta parte em dinheiro) que ficava a cargo de um marinheiro, responsável por alimentá-lo e tratá-lo como se de uma pessoa se tratasse. Pelo seu à vontade em ambiente marítimo, o Cão d’Água era um óptimo ajudante nas naus, fazendo constantemente de mensageiro ao transportar missivas com ordens ou informações urgentes entre navios. Para os pescadores artesanais estes cães eram companheiros insubstituíveis. Melhor do que qualquer humano, este animal conseguia, em pouco tempo, e com grande agilidade
procurar e encaminhar para as redes cardumes enormes de peixe. Para além desta tarefa, tinham ainda como função recuperar redes ou objectos caídos ao mar, bem como a guarda das embarcações e do seu conteúdo. A mais antiga referência a esta raça de que há conhecimento em Portugal data de 1297. Um monge regista o salvamento de um pescador por um cão que descreve de “pêlo comprido e preto, tosquiado até à primeira costela, e com um tufo na ponta da cauda”. Descrição que corresponde, na perfeição, com os registos datados do tempo romano em relação ao “canis leo”. Com o desenvolvimento dos instrumentos piscatórios, o Cão d’Água deixou de ser apreciado e, no início do século XX, o seu posto de trabalho passou a estar ameaçado o que levou à diminuição do seu número com grande rapidez. Por volta dos anos 30, deixaram praticamente de se ver cães desta raça a bordo das embarcações e a sua existência passou a ser quase exclusiva da região do Algarve. Anos mais tarde, nas décadas de 1950 e 1960, o Cão d’Água português encontrava-se à beira da extinção e foi apenas recuperado devido a um grupo de pessoas, que enquanto apreciadores das características únicas desta raça, se empenharam na sua salvação, dando origem às actuais linhagens.
Características Cão de porte médio, o Cão d’Água é equilibrado na sua constituição, robusto e bem musculado. Pode apresentar uma pelagem comprida e ondulada ou então curta e encarapinhada. Relativamente às cores do pêlo, podem variar entre o preto, o castanho e o branco, mas também são aceites malhas brancas em algumas partes do corpo. No que diz respeito à altura, os machos devem ter entre 50 a 57 cm, mas a ideal está fixada nos 54 cm. Já as fêmeas são um pouco mais baixas, entre 43 e 52 cm, sendo que a altura ideal está estabelecida nos 46 cm. O seu peso pode variar entre os 19 e 25 Kg para os machos e entre 16 e 22 Kg para as fêmeas.
Conhecida pelo seu à vontade dentro de água, esta raça apresenta algumas vantagens em relação a outras por possuir características especiais. Entre elas destacam-se a existência de membranas interdigitais nas patas, que lhes facilita o acto de nadar, e ainda a capacidade única de efectuar apneia. Daí a sua utilização em actividades ligadas ao mar. tempo médio de leitura: 5 minutos Luxury
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: D.R.
Temperamento O Cão d’Água português é visto como um animal de carácter muito dócil, calmo e, fisicamente, dono de uma energia inesgotável. Está sempre atento e disposto a aprender, sendo considerado por muitos, um dos cães mais inteligentes e fáceis de ensinar. Conhecido por ser extremamente obediente, o cão d’água apenas pede em troca muito carinho e um lugar no seio da família. É especialmente cuidadoso com crianças, participando nas brincadeiras mas assumindo, também, o papel de guardião e protector. Conhecidos pela sua facilidade em socializar, estes cães rapidamente estabelecem relações com desconhecidos. É uma raça que usa um sistema de comunicação algo diferente da de outros cães, por usarem vocalizações ou outros sons ou ruídos que não o ladrar. Aliás, o cão d’água ladra apenas se for realmente necessário.
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Um luxo! P
aris Hilton dispensa apresentações. E por mais irreverente que seja, Bambi, o chihuahua acompanha a herdeira dos hotéis Hilton para todo o lado. Quando não o pode levar consigo a um evento, Bambi fica com uma ama. Vida de cão!
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Texto: Paula Martin; Foto: Justin Lane
Pets
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erucas para cães e gatos. É esta a nova aposta da Total Diva Pets, uma empresa sediada na Califórnia, mas ao alcance de qualquer clik em www.totaldivapets.com. As proprietárias, Jenny e Crissy Slaughter, desenharam as perucas para desfiles, mas o sucesso foi tal que decidiram começar a vendê-las em maior escala. “Sabemos que os animais não precisam de perucas, mas são acessórios divertidos para aqueles que já têm tudo”, disse Jenny Slaughter. Paris Hilton e Bettie Page foram as musas de inspiração para os primeiros modelos. Actualmente, já há perucas “afro” e coloridas e outras já estão a ser usadas em gatos. Cada uma custa mais de 20 euros. Grandes marcas já entraram também no mercado dos acessórios luxuosos para animais de estimação. Perucas, sapatos, óculos de sol, coleiras personalizadas e roupas são as opções mais procuradas. Luxury
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Por Joana Serra com Total Diva Pets
Diva Pets
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Empresária
Granja
Um caso sério na Consultadoria
Maria Filomena Ramilo, uma empresária de sucesso na contabilidade, não dispensa a ginástica, transmite o conhecimento e boa disposição a quem com ela se cruza nos corredores da sua empresa, Granja – contabilidade e consultoria Fiscal, um caso de sucesso que comemora este ano o seu 30º aniversário.
C
omo começou a sua carreira? Eu entrei na faculdade com 16 anos em matemáticas no Instituto Superior de Contabilidade e Administração, e com 21 anos já tinha o curso acabado. Os meus pais tinham um prédio em Cascais que alugavam a estrangeiros, e um dia veio um empreendedor estrangeiro que queria alugar o prédio todo, eu disse-lhe que não poderia fazê-lo porque os meus pais perdiam o direito ao edifício, alugámoslhe, no entanto, o prédio ao senhor para habitação e depois o senhor daria o destino que quisesse. O homem achou tanta graça a uma miúda de 21 anos com tanto despacho que me entregou a sua contabilidade e pagava-me um montante, passado um mês e meio dobrou-me esse valor, e num espaço de meses já tinha 8 clientes estrangeiros. Foram estes clientes que passaram a palavra a outros , e assim se iniciou a minha carreira . São na verdade os investidores Estrangeiros em Portugal e médias Empresas Portuguesas, os nossos principais clientes. Como descreveria a actividade exercida pela Granja? Gosto muito de escutar os empresários, de perceber quais são 98
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as suas necessidades quando querem fazer um investimento, estudar o tipo de investimento e aconselhá-los na melhor maneira de legalizar o investimento. Fazemos a contabilidade, a análise fiscal, a análise contabilística e damos todo o apoio no campo de aconselhamento laboral. Quando teve a sua empresa? Comecei a primeira empresa cliente em 1979, tendo sido um marco da empresa devido ao rápido crescimento a mudança de instalações para a GranjaPark em Sintra, em 1980. No entanto a Granja foi iniciada á 11 anos com a candidatura ao projecto da união europeia R.I.M., este projecto subsidiava a empresa em 100 mil euros, aproveitei e transportei os empregados da outra empresa para esta juntamente com a carteira que tinha anteriormente. Já teve de certeza casos difíceis, descreva-me um deles. Um caso difícil é entrar numa empresa que tem 200 empregados e não há sequer um “Job Description”. Posso-lhe dar o caso de uma empresa, que tinha os escritórios em Almancil e outros em Lagos, estamos a falar em duas pontas do Algarve.
A empresa tinha 200 empregados, 100 dos quais tinham de ir a Lagos picar o ponto e voltar novamente para Almancil, isto foi o auge da desorganização. Entravam nos viveiros e não havia ninguém responsável por uma área específica. E quais as razões para essa desorganização? Houve uma fase em que as empresas cresceram muito rapidamente sem estrutura, uma fase que coincidiu depois com a altura da recessão, e essa recessão fez com que as empresas entrassem num desespero gerando duas situações: a de que se vende tudo a qualquer preço, ou a de que venha alguém ajudar-me. É nesta altura que eu entro, em que me reúno com todos desde a base da empresa até ao topo, entro na realidade da empresa. Quanto tempo leva a reorganizar uma empresa? Cerca de seis meses é o tempo que levo para reorganizar a empresa. E qual foi a empresa mais difícil até hoje? O caso que lhe falei á pouco . .. A empresa tinha pessoas muito antigas com muitos vícios, mal organizadas, sem formação , e acabei por exercer um pouquinho de coaching, mesmo sem ser coach e dei-lhes formação, claro. E como é que as pessoas reagem a essa mudança? Elas ficam muito assustadas quando aparece alguém para alterar o que quer que seja. Mudar à partida tem uma resistência enorme. Começam por dizer que é impossível, que é difícil. O que é certo é que depois de uma intervenção deste tipo cerca de 30% das pessoas vão embora, porque não querem a mudança. Não conseguem perceber que é necessária. O problema é exclusivamente das bases da empresa? Claro que não. As mudanças têm de vir do topo. Mas o facto de mudar a rotina é muito complicado, seja para os que têm poucas habilitações literárias como para aqueles que têm um grau académico mais elevado. Se já se sentem muito bem instalados, sentem-se acomodados e acham que não é necessária a mudança. E muitos deles não conseguem mesmo compreender a razão da mudança. Ninguém gosta da mudança dentro de uma empresa, excepto os mais jovens, que têm uma mentalidade mais aberta, e ainda sem vícios. E acha que esse é um problema no nosso país? Sim, e penso que se pode dar a volta aceitando-se as pessoas como elas são, dando formação, confiando e supervisionando. Na sua experiência ao longo destes anos acredita que as empresas estão disponíveis para dar formação? Há dois tipos de empresários: há o empresário que diz, estamos em crise vamos enfrentá-la não há problema nenhum, é preciso dar formação vamos dar formação, vamos investir - eu estou nessa postura. E depois há empresário que diz, não vale a pena, os impostos são caríssimos, os encargos com o pessoal são
caríssimos, o melhor é reduzir o pessoal e sobrecarregá-lo com trabalho. O que desmotiva as pessoas. Tem de se arranjar aqui um meio-termo, e cada vez mais as empresas têm de estar mais bem estruturadas, com objectivos específicos, é fundamental as empresas terem reuniões com o staff que está à frente de cada departamento e reunir com os departamentos para que as pessoas se sintam importantes, reconhecidas e com confiança nelas. Sente falta desse reconhecimento? Actualmente as pessoas em Portugal não reconhecem o trabalho, as entidades patronais querem impor, e nós já não vivemos no tempo dos empregados e dos patrões, estamos no tempo dos Luxury
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Entrevista
colaboradores. Estamos numa fase em que não somos donos da verdade, mas em que os colaboradores também têm muita verdade e temos de os escutar para poder evoluir. Como foi essa mudança na Granja, com novas instalações...? Foi excelente! As mudanças quando bem preparadas são sempre excelentes. Estou muito satisfeita! Aproveitámos a mudança do espaço físico, para dar mais-valia à equipa, com a entrada de jovens técnicos oficiais de contas. Precisava de acrescentar à empresa uma equipa mais jovem, com formação superior e também experiência. Como mantém a sua relação com as empresas clientes? Mantenho uma boa relação através de seminários, através de reuniões mensais ou bimestrais, dando também formação ao sector administrativo. Essa constante comunicação é a sua fórmula de sucesso? É muito importante, eu adoro ensinar e talvez por isso eu sinta que o facto de levar as empresas aos meus seminários ajuda-me a estudar fazendo também com que esteja perto deles. Onde está localizada a maioria dos seus clientes? Cerca de 40% dos meus clientes estão no Algarve, porque são ingleses e como há poucos consultores a dar apoio fiscal, eu consigo assim reunir a vertente que eles precisam. Os restantes estão no Centro, e no Norte do país, sendo na sua maioria investidores estrangeiros em Portugal.
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Investe muito em actualização e formação profissional? Invisto em média anualmente cerca de 50 mil euros.
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Qual a diferença entre os clientes nacionais e os internacionais? Os estrangeiros são muito bem organizados e têm muito medo de fazer contabilidade criativa, e os portugueses adoram fazer Luxury
Quantos colaboradores têm neste momento? Tenho dez e quero ter mais dois técnicos oficiais de contabilidade, recruto-os através do net emprego, faço a primeira selecção por Curriculum, os que saírem daí faço outra selecção por telefone em português e em inglês, e aqueles que gosto mais faço uma entrevista presencial. Para ter uma ideia, de cem respostas vou buscar cerca de dez pessoas para entrevista e dessas pode ficar uma ou nenhuma. Não é fácil, mas quando faço o recrutamento raramente me engano.
Quais eram os objectivos iniciais quando começou? Sempre foi ser uma excelente profissional, muito honesta, conseguir que os clientes gostassem de mim e acreditassem no meu trabalho. Temos 85 clientes/empresas e neste momento com tanta burocracia, e ao aumentar o número Sempre acreditei de clientes tenho de aumentar o número de em mim e não TOC’s (Tecnicos Oficias de Contabilidade), porque me estão a aparecer empresas muito perco tempo com grandes com um nível de empregados a rondar coisas negativas” os 200. Mas temos de tudo, desde clínicas médicas, a restaurantes, etc.
Adapta-se bem a clientes tão diferentes? Isso é o mais engraçado, quanto mais diferentes são os clientes melhor, porque a monotonia mata, não gosto de trabalhar com a rotina, gosto de trabalhar com problemas diferentes. Um cliente que tem uma empresa, precisa que eu forme o seu staff, que faça a sua contabilidade mensalmente, receba os balancetes e mapas de gestão mensalmente, este cliente está sempre a par da realidade da sua empresa. Se tem dúvidas de impostos, na área laboral, etc., sabe que aqui tem sempre a resposta atempada. Isto dá muita segurança aos empresários. E muita satisfação a mim e à minha equipa pelo reconhecimento do nosso cumprimento. Por vezes ocupa-se muito o cérebro com preocupações. O importante é seleccionar e discernir os assuntos importantes dos supérfluos. Há que parar para pensar, há que ter esperança e confiança. Há que escutar, e trabalhar no “aqui e agora”. Há que distinguir o urgente, o importante, e o menos importante. As empresas têm de olhar para os colaboradores, como seres humanos e não como máquinas com objectivos muitas vezes desumanos. Volto a insistir: há que parar e ouvir os funcionários.
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contabilidade criativa, esta é a grande diferença, e o governo anda sempre atrás da criatividade da empresa. Aos estrangeiros não passa pela cabeça não pagar tudo, mas também estão muito mentalizados que legalmente podem poupar impostos utilizando os benefícios fiscais dados pelo governo.
Qual o maior desafio para a Granja neste momento? Vamos entrar agora nas Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) em 2010 e quero chegar ao final de 2009 com tudo preparado e em condições de não ter trabalho nenhum atrasado para no dia 2 de Janeiro de 2010 entrarmos nas NIC’s como entrámos no Euro. Não gosto de trabalhar nada em cima da hora, gosto de me preparar sempre atempadamente. Quero ainda formar muito bem os técnicos e staff que aqui tenho. Que conselho daria a quem está a começar nesta área? Estudem muito, porque a actualização em todas as áreas é fundamental. Que gostem muito do que fazem. Serem disponíveis, honestos, responsáveis, cumpridores e saibam trabalhar em equipa. E, para terminar: acreditem nos seus projectos. Para quem trabalha nesta área: terem a noção que somos empregados do Estado. Nós somos o banco do Estado, os cobradores do Estado, os porta-voz do Estado. Como escapa do stress do dia-a-dia? Vou ao ginásio, todos os dias sem falhar, tenho uma ou duas aulas de dança por semana~, para esquecer os problemas do escritório, tento não ter refeições pesadas à noite e entro em
estado “alfa” antes de dormir. Em casa não se fala de assuntos relacionados com trabalho.
de soluções e não um local para dizer mal das coisas. Vamos construir soluções e não perder tempo com o que não interessa.
De todas as viagens que fez qual a viagem que a marcou mais? A que me marcou mais foi a Goa. Tive de lá ir reunir com um cliente. Achei Goa extremamente pobre e quando dobrei a esquina para ir jantar a casa dos meus clientes eles tinham um palácio super luxuoso, chocou-me imenso o contraste entre a pobreza e a riqueza.
Quando começou achou difícil ser mulher nesta área? Nunca! E pelo facto de ser mulher sempre me senti muito acarinhada, bem recebida e passava á frente em muitos assuntos.
Tem alguma filosofia que conduz a sua vida? Estar sempre bem com a minha consciência, não me deixar perturbar por nada negativo, acreditar nos projectos e estabelecer objectivos mais altos mas sem a ambição de ganhar mais e mais, pensando sempre que cada conquista é um voto de confiança que nos traz felicidade. Sempre acreditei em mim e não perco tempo com coisas negativas e com assuntos que não interessam.
tempo médio de leitura: 13 minutos Luxury
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Texto: Rui Miguel Costa; Fotos: Paulo Ribeiro
Como reage se algum cliente traz alguma carga negativa? Quando isso acontece eu digo-lhe sempre que aqui é um local
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Gourmet
Um t oque de classe Charuto
Não se pense que fumar charuto é somente um hábito masculino. Cada vez mais a mulher partilha do prazer da degustação e do ritual que envolve o acto.
A
s mulheres também aderiram ao hábito de fumar charutos. Greta Garbo sempre admitiu preferir os charutos por companhia, a alguns homens. Existem charutos recomendados ao público feminino como as cigarrilhas e os charutos de fumo claro - são mais suaves.
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Os mais puritanos aconselham as mulheres a levar o charuto à boca somente depois de acesa a sua ponta, para que a sucção forme a brasa. O charuto tem associado a si todo um ritual de apreciação e degustação que transforma o acto de fumar charuto
Os charutos agora apresentados representam toda uma história onde nenhum detalhe foi deixado ao acaso:
WINSTON CHURCHILL «BLENHEIM» O primeiro tipo de charuto apresentado pelo grupo Davidoff dá pelo nome de Blenheim, denominação dada ao palácio onde nasceu Wiston Churchill em 1874. Formato: Churchill Dimensões: L: 17,8 cm, 7”; Ø 1,9 cm, RG 48 Embalagem: Caixas de 4 e 25 unidades Preço: € 80 e € 500, respectivamente
WINSTON CHURCHILL «CHEQUERS» Chequers é a mansão de campo do Primeiro-ministro britânico. Formato: Corona Extra Dimensões: L: 14,0 cm, 51/2”; Ø 1,8 cm, RG 46 Embalagem: Caixas de 4 e 25 unidades Preço: € 44 e € 275, respectivamente
WINSTON CHURCHILL «NO. 10» 10 Downing Street tem sido a residência oficial do primeiroministro há mais de 275 anos. Formato: Robusto Dimensões: L: 13,3 cm, 51/4”; Ø 2,1 cm, RG 52 Embalagem: Caixas de 4 e 25 unidades Preço: € 48 e € 300, respectivamente
WINSTON CHURCHILL «MARRAKESH» Muitos dos quadros de Winston Churchill foram inspirados na paisagem à volta de Marraquexe. Formato: Toro Dimensões: L: 15,2 cm, 6”; Ø 2,0 cm, RG 50 Embalagem: Caixas de 4 e 25 unidades Preço: € 58e € 362,50, respectivamente
Legenda: equipa Swedish Match Portugal, da esquerda para a direita: Nuno Roberto, Manuel Valente, Marques da Silva, Konstanze, Ramiro Veladas, Vítor Ribeiro e Gonçalo Antunes.
tempo médio de leitura: 3 minutos Luxury
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Texto: Rui Miguel Costa; Fotos: Sérgio Martins
numa acção mais complexa que começa no estímulo proporcionado pela caixa, passando pelo aroma que deles emana e pelo alinhamento que têm. O corte feito no charuto, segundo informações divulgadas pelo grupo Davidoff, deverá ter um diâmetro inferior ao do charuto, a própria forma de acender o charuto deverá ser feita com o mesmo inclinado sobre a chama rodando-o em pequenos círculos para que queime uniformemente. Evite acender o charuto com isqueiro, prefira sempre o fósforo, pois este preserva o aroma, e no campo de degustação mantenha-o paralelo ao chão saboreando-o entre duas a três vezes por minuto, dependendo sempre do charuto e do gosto do fumador. Todo este universo de sensações é preservado nos novos charutos Winston Churchill, marca do Grupo Davidoff, que apresenta no mercado português quatro novos produtos. De nome “Blenheim”, “Chequers”, “No. 10” e “Marrakesh”, os novos charutos representam locais que foram importantes na vida de Churchill e incorporam quatro misturas de tabaco diferentes, os sabores encorpados e aromáticos destinam-se a fumadores apaixonados com um sentido de tradição e preferência por charutos fortes. Segundo informações divulgadas pelo grupo, os charutos estão a ser desenvolvidos, exclusivamente, pelo Grupo Oettinger Davidoff e são produzidos na sua fábrica na República Dominicana. Na Primavera de 2007, os descendentes de Sir Winston Churchill concederam ao grupo Davidoff o direito a fabricar e comercializar charutos com o nome de marca Winston Churchill. A partir dessa data começou a produzir misturas de tabaco com esta denominação na fábrica Davidoff, para fumadores com o gosto pela tradição. Crie os seus próprios rituais com a nova colecção de charutos “Sir Winston Churchill”.
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Gourmet
Cit iZ Nespresso A Nespresso lança uma linha de máquinas composta por três novos modelos - Nespresso CitiZ (máquina de Espresso automática €179,99), Nespresso CitiZ&Milk (com aeroccino incorporado que produz espuma de leite €249,99) e Nespresso CitiZ&Co. (a primeira máquina de Espresso automática com duas cabeças concebida para uso doméstico €329,99) As máquinas Nespresso CitiZ seguem uma linha de design correspondente aos valores inerentes à marca: um estilo minimalista cujo formato e função se complementam harmoniosamente. Estreitas, compactas e elegantes, são concebidas para se inserirem no espaço urbano. As novas CitiZ poderão ser high-tech ou retro agradando a todos os aficcionados da Nespresso, com materiais luminosos em cores vibrantes, como 60’s White, Limousine Black, Fire Engine Red e Steel Grey.
O Expresso Portát il Boas notícias para os amantes de café: chegou a revolucionária máquina de café expresso portátil, o que permite degustar do seu café em qualquer lugar e circunstância! Não está à venda em Portugal, porém pode ser adquirida no site www. handpresso.fr, por 99€. Nós adoramos!
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Luxury
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A Vodka em forma de perfume Pinky é descrita como a vodka mais bonita do Mundo e por uma razão: a de ter sido criada por alguns dos melhores provadores de vinho da Europa que misturam, à mão, flores frescas na vodka após a destilação - as violetas e as pétalas de rosa, morangos selvagens, manga, o citrino italiano e um toque surpreendente de pimenta verde. Criaram deste modo um processo de destilação original que proporciona uma vodka distinta e diferente. Esta vodka Premium é diferente, o que explica o gosto e o aroma originais. A Pinky Vodka traz a beleza e a fragrância ao mundo dos cocktails. Apresentase num frasco de perfume cor-de-rosa, que destaca a beleza real de Pinky. No site www.pinkyvodka.com pode consultar várias sugestões de cocktails.
Bebidas com gelo já toda a gente conhece. Bebidas no gelo, faz toda a diferença – gelo em forma de copos! Basta ter as formas no congelador, e sempre que precise, é só servir. As bebidas ficam frescas e não tem que se preocupar com falta de copos ou mesmo ter de os lavar depois de uma festa em casa. Gostámos da ideia e fizemos algumas experiências, na água juntámos algumas gotas de laranja e limão, para servir com vodka ou gin. Pode adquirir estas magníficas formas (cada dá para 4 copos) em www.perpetualkid.com, por 5€ cada forma.
tempo médio de leitura: 3 minutos Luxury
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Texto: Paula Martin; Fotos: D.R.
In t he rocks
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Restaurante
Restaurante basco em Lisboa
“No Txakoli é como se as pessoas estivessem de férias noutro país”
Depois de um dia stressante ou de uma semana muito cansativa todos nós gostaríamos de tirar umas férias. Mas por variadas questões não podemos cumprir esse desejo, o máximo que tentamos fazer é descontrair num local que nos transporte para fora da rotina.
E
se lhe dissermos que no topo do Elevador da Glória, em Lisboa, pode dar um saltinho ao País Basco... Sim, é impossível! Basta entrar no restaurante Txakoli para que os lenços ao pescoço, as cores quentes, os pintxos (tapas) e as cañas (cerveja a copo) nos levem até uma qualquer taberna/bodegon de Bilbau.
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Um dos sócios gerentes do Txakoli, Pedro Vasconcelos, promete “um ambiente de ‘salero’, de festa e de muita alegria. Temos um ambiente onde as pessoas se conseguem descontrair num local público e sentir-se praticamente em casa. Onde não é obrigatório consumir muito, não é obrigatório gastar muito dinheiro. É obrigatório é estar
presente, estar bem-disposto, com uma taça de vinho ou com uma cerveja e comer uma tapa”. Segundo Armando Apetato, o outro sócio do Txakoli, o segredo deste negócio “é a informalidade do espaço. As próprias pessoas podem tirar os pintxos, sem estarem a pedir. E a qualidade, obviamente se não houvesse qualidade as pessoas não vinham”. Este pedaço do País Basco, em Lisboa, é o segundo de dois estabelecimentos de Pedro Vasconcelos e de Armando Apetato. O primeiro é o Txiriboga, situado na rua Castilho, aberto após o final de contrato com a cadeia de restaurantes Lizarran. “Começámos a andar sozinhos e percebemos facilmente que tínhamos asas para voar um bocadinho mais, foi quando nos comprometemos a abrir este segundo ponto de venda. O primeiro abriu há dez anos, este foi aberto em Abril de 2008 e tem sido um sucesso. O objectivo de abrir este segundo ponto de venda era fazer face às nossas ambições, nós sabíamos que tínhamos capacidade para abrir mais do que uma loja e assim surgiu”, relembrou Pedro Vasconcelos.
O País Basco no coração de Lisboa O Txakoli está aberto no Bairro Alto em frente ao miradouro, no número 65 da rua São Pedro de Alcântara. Mais do que uma loja, os donos de restaurante consideram que aquele espaço estava à espera deles. Aliás Pedro Vasconcelos afirmou, entre sorrisos, que já andavam “a sonhar com uma loja assim. Há uns anos, andámos a estudar várias zonas, mas a vontade foi sempre o Bairro Alto. Nós ambicionávamos ter uma loja grande no Bairro Alto. Não sabíamos onde, nem como, nem quando, mas sabíamos que íamos ter uma e a loja grande apareceu”. Os tons quentes da decoração desta taberna basca também não foram obra do acaso, pois os autores desta recriação de ambiente de bodegon são Pedro Vasconcelos e Armando Apetato. “Fomos nós que fizemos a decoração. Temos aqui um espaço fantástico e tentámos tirar o máximo proveito dele. As próprias mesas, a barra e a contra barra foram fabricadas por quem já nos tinha feito o Txiriboga. São indivíduos que trabalham muito bem, e nós achámos que este tipo de concepção se adaptava perfeitamente ao País Basco”, revelou Armando Apetato. No que toca à comida do Txakoli, mais propriamente aos pintxos, tudo foi idealizado pelos dois sócios. Pedro Vasconcelos confessou-nos que eles são “uma sociedade” e “isto é como um casamento” daí que haja “um trabalho de investigação feito por mim e pelo Apetato, dia a dia, onde estudamos e desenhamos. Um lembra-se de fazer um pintxo de determinada maneira, ensaiamos, o outro levanta-se e vai para a cozinha e vamos fabricando. Nós temos um amor por pintxos há muitos anos”. Armando Apetato reforçou a ideia do seu sócio e referiu que “a partir do momento que fizemos a transição do Lizarran para o Txiriboga, e abrimos este segundo restaurante, demos um salto qualitativo muito grande. Pintxos destes só podem ser encontrados no País Basco”. Luxury
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Longe da rotina mas perto da carteira Segundo nos foi dito, não há neste restaurante um prato característico, pois “o espírito aqui é as pessoas poderem partilhar a comida”. O preço é também muito variável pois segundo Pedro Vasconcelos “uma coisa boa das nossas tabernas é que elas não são caras, apesar do aspecto pomposo, aspecto chique ou até um aspecto mais inibidor, no fundo o cliente é que escolhe. Aqui tanto se pode gastar 12,5 ou 15 como 18, 20 ou 40 euros. Temos comida e vinho para todas as carteiras”. No Txakoli respira-se boa disposição e, ao mesmo tempo que temos a noção de estarmos num local de qualidade, também nos sentimos descontraídos é como nos disseram um local para “perder a máscara” de uma semana ou dia de trabalho de cansaço. Se procurar um local diferente para organizar um jantar entre um grupo de amigos, este restaurante proporciona um espaço onde cabem até 40 pessoas, completamente independente do restaurante em si, mas onde o ambiente continua a ser o mesmo. Não faltam também, às sextas-feiras, espectáculos de Flamenco e Sevilhanas, algo que Pedro Vasconcelos e Armando Apetato pretendem prolongar para os sábados. Mas apesar de todo o ambiente criado pelo próprio restaurante, são os clientes o segredo da alma deste negócio, pois segundo os dois sócios aqui “as pessoas descontraem, batem o pé e parecem mesmo que estão de férias noutro país”. Os dois empresários asseguram-nos de que o Txakoli “é um espaço fantástico para as pessoas visitarem, e está no Bairro Alto sem estar na confusão”. Na nossa opinião, quem goste de conversar, de petiscar e de um ambiente diferente, tem nesta taberna basca um excelente local para frequentar. tempo médio de leitura: 6 minutos
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Texto: Tiago Gonçalves; Fotos Paulo Ribeiro e D.R.
Restaurante
Restaurante
Restaurante Tágide A FuSÃO PERFEItA ENtRE O GLAMOUR E A HISTÓRIA
O
requinte, o charme e o bom gosto reúnem-se num só local em Lisboa, como uma ninfa do Tejo, o restaurante Tágide, no Chiado, surpreende-nos pelas iguarias da sua cozinha – de raiz portuguesa e influências internacionais (ou não tivesse o Chef vivido 15 anos na Suíça) – encantando quem lá entra como as ninfas seduziam quem navegava no Tejo. Situado num edifício de arquitectura pombalina, este restaurante destaca-se pelo serviço requintado, com uma vista sem igual sobre Lisboa, aliando a tradição à modernidade O espaço renovado conta com apontamentos inusitados como os quadros de Maria João Brito e o candeeiro colorido de Tim
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Madeira. Este restaurante é um espaço que traduz o que o Chiado é: um pot pourrit de cultura, tradição, modernidade e actualidade. Os pratos mais emblemáticos deste restaurante não ficaram esquecidos, pode continuar a deliciar a “Santola à Tágide” ou o “Bacalhau à Casa”, se preferir pode preparar uma das receitas que deliciam quem vai ao Tágide, e que a L&G tem lhe traz nesta edição. A Tágide abre para almoços e lanches de Terça a Sábado, e à Sexta-feira e Sábado também para o jantar, oferecendo uma panorâmica única sobre a noite Lisboeta. Deixe-se encantar pelos pratos únicos deste restaurante tal como as tágides enfeitiçavam quem por elas passava.
As receitas SERICAIA COM CARPACCIO DE ANANÁS
Preparação: Misturar leite, gemas, farinha, açúcar e casca de limão Levar ao lume mexendo sempre
deixando cozer até engrossar. Deixar arrefecer. Bater as claras com um pouco de sal. Incorporar as claras ao preparado. Pôr em prato de barro untado e levar a cozer cerca de 15 minutos coberto de canela em pó. Cortar o ananás previamente descascado finamente. Montagem: Cobrir o fundo do prato com o ananás e pôr sericaia por cima.
VIEIRAS SALTEADAS COM CITRINOS E FIOS DE BETERRABA
TIRAMISU DE PERAS BÊBADAS EM VINHO DO PORTO
Ingredientes: 3 Vieiras grandes 1 Laranja 1 Lima 2 kumquats 1 Beterraba Flor de Sal Sal Pimenta Azeite Vinagre balsâmico
Ingredientes: 4 pêras rocha 1L de vinho Porto jovem 1pau de canela Duas estrelas de anis 150gr açúcar amarelo Creme: 250gr de mascarpone 3 Ovos 3 Colheres de sopa de açúcar Sal
Preparação: Retira-se a pele aos citrinos finamente. Põem-se no forno cerca de 2horas a 60°/70°. Quando secas, picam-se. Cozer a beterraba bem e descascar em água temperada. Limpam-se as vieiras
deixando só o branco. As “barbas” que se retiraram servem para fazer um óptimo fumet. Lavam-se bem por causa das areias sem as ter dentro de água mas lavando sobre água corrente. Montagem: Cortar a beterraba previamente descascada em fios (esparguete), temperar com flor de sal, azeite, vinagre balsâmico e gotas de sumo de laranja. Temperar as vieiras com sal e pimenta, saltear em azeite quente 1 2 minutos de cada lado. No meio do prato colocar esparguete de beterraba, as vieiras de lado com o pó de citrinos por cima.
Preparação: Descascar as pêras e retirar o interior. Pôr a ferver o vinho do Porto e quando ferver deitar fogo para queimar álcool. Juntar ao vinho a canela, anis, açúcar amarelo e as pêras. Deixar cozer aproximadamente 30minutos. Retirar as peras. A calda vai de novo a lume ate reduzir e atingir um ponto de xarope. Creme: Bater claras em castelo com pouco de sal. Fazer creme batendo as gemas com o açúcar ate ficar cremoso. Juntar mascarpone, incorporar o preparado e para finalizar juntar claras batidas em castelo. Montagem: Cortar as pêras às rodelas, intercalar com o creme. Para finalizar, pôr um fio de calda por cima. Dica: Deixe arrefecer as pêras na calda e só depois retira-as tempo médio de leitura: 4 minutos Luxury
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Texto: Rui Miguel Costa; Fotos: Paula Paz e Tágide
Ingredientes: 3, dl leite 5 Ovos 3 Colheres de sopa de farinha 250gr de açúcar Canela em pó Casca de ½ limão Sal Ananás
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Diz quem sabe...
Dietas e auto-dietas
Perigos & Resultados O aparecimento dos primeiros raios de sol, o aumento da temperatura, as roupas justas e leves que realçam a silhueta e a ideia de umas férias de Verão passadas à beira-mar, levam muitas pessoas, na sua maioria mulheres, a procurarem métodos rápidos e eficazes de perda de peso. Dietas relâmpago e/ou milagrosas são as mais procuradas num mundo em que a estética e a beleza tomaram conta do quotidiano. 112
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A
guerra contra a celulite, a flacidez e a gordurinha localizada começa, nesta altura, a fazer parte das preocupações das mulheres e é uma das prioridades na lista de “como preparar a chegada do Verão”. Certo é que, se algumas se empenham em contactar os melhores profissionais para se informarem de como podem emagrecer
de uma forma saudável, a maioria prefere aderir a programas de emagrecimento rápido, sem aconselhamento e com esperança em resultados relâmpago e duradouros. De acordo com a Dra. Teresa Pires, dietista do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, há ainda muitas mulheres que, recusando os métodos mais banais e disponíveis ao click de um dedo, se sentem mais seguras em fazer dietas quando seguidas, de perto, por um médico especialista. Mas realça também que, enquanto médica dietista, o pico dessa afluência às consultas de nutrição se verifica mais no Verão. “Aí as pessoas preocupam-se mais com a dieta”. Mas afinal, que razões estão inerentes à vontade e à necessidade que se sente em fazer dieta? Poder-se-á dizer que devido aos estereótipos criados nas sociedades modernas, da mulher magra, alta, sem celulite, estrias ou qualquer outra dita alteração física, impulsionou a procura pelo corpo perfeito. Aliás, tal como nos revelou a professora Isabel do Carmo, nutricionista no Hospital de Santa Maria, “as razões são muitas vezes de origem ‘plástica’”. Contudo, também há quem recorra à ajuda de profissionais por questões de saúde “ou seja, relacionadas com alguma patologia como o caso da Diabetes, Hipertensão, Dislipidemias, entre outras”, acrescentou Teresa Pires. O que se tem vindo a revelar frequentemente, é a urgência que existe em perder peso sem grandes esforços, sobretudo na época que antecede o Verão. Dietas milagrosas e tratamentos que prometem a perda de centímetros em poucos dias são a receita mais procurada e aquela a que quase ninguém fica indiferente, mas nem por isso são as mais indicadas. “O facto é que medidas radicais para emagrecer rapidamente podem até levar a uma perda de peso nos primeiros dias, mas na maioria dos casos esse emagrecimento é temporário, pois foi resultado de uma alteração brusca na composição alimentar que causa perda de água do corpo e não gordura”, diz a dietista Teresa Pires. Um outro método que, ainda hoje, e apesar dos vários alertas para os perigos, detém muitos adeptos é a dieta por supressão. Ou seja, deixar de se comer aquilo de que mais se gosta, e que normalmente faz mal à saúde, em prol de uma figura invejável. Segundo Teresa Pires, “quem deseja emagrecer, o que deverá fazer é seguir orientações de um profissional qualificado. O Dietista fará uma dieta, de acordo com os gostos alimentares, mas sempre de uma forma balanceada e em quantidade calórica adequada ao seu peso”. Aliás, acrescenta mesmo que, “as pessoas devem sempre desconfiar das ‘fórmulas milagrosas’, pois estas podem ter derivados diuréticos ou laxativos que promovem uma rápida perda de peso, em grande parte causada pela desidratação, havendo um aumento da diurese, diarreia e podem até mesmo causar gastrites ou úlceras”. Fazer dieta é, para muitos, incluir nos hábitos alimentares novas receitas e produtos que, pela sua baixa composição calórica, funcionam como um atractivo para uma perda de peso mais rápida e, supostamente, também mais eficaz. Luxury
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Não obstante, esta ideia não tem o apoio de muitos médicos, uma vez que dietas de baixas calorias não significam, necessariamente, uma dieta equilibrada. “Uma dieta para emagrecer tem de ter menos calorias do que aquelas que se gastam, mas a restrição não pode ser muito grande”, diz Isabel do Carmo. E Teresa Pires acrescenta, “podem provocar uma desnutrição proteica. Este facto acarreta a desnutrição muscular, a perda da matriz óssea e um grave envelhecimento da pele, acompanhado ainda por alterações de funcionamento do sistema nervoso, coração…”. Assim, e se está a pensar em fazer dieta, lembre-se que a sua preocupação não se deve resumir à ingestão de produtos de baixas calorias, pois não é aí que reside o segredo de uma boa dieta. “Para uma dieta ser saudável, tem de começar com um bom pequeno-almoço. Beber água, para além de hidratar, ajuda a eliminar toxinas e não tem calorias. Dizer sim a alimentos com alto teor em água e fibras, como a fruta e os vegetais, fará com que satisfaça o seu apetite, dando a sensação de saciedade. Fazer seis a sete refeições diárias, é o ideal”, aconselha Teresa Pires. A juntar a estas 114
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preciosas indicações, é fundamental a prática de exercício, pois para além de ajudar no consumo de energia, aumenta a massa magra. Emagrecer de forma saudável pode ser um processo bastante simples. Basta que haja ambição e vontade em assumir um compromisso consigo mesma. Pode-se comer um pouco de tudo, mas sempre com “conta, peso e medida”, como refere Teresa Pires. Uma alimentação regrada, natural e progressiva ajuda a manter o peso alcançado com a dieta durante mais tempo. Os resultados podem não ser imediatos, mas são garantidos. É essencial disciplinar-se e evitar a todo o custo aquilo que são, segundo a dietista Teresa Pires, os oito erros mais comuns em termos de nutrição são: “o abuso de gorduras, escassez de consumo de produtos hortícolas e frutícolas, reduzido consumo de leite e seus derivados, excesso de doces, abuso de bebidas alcoólicas, uso excessivo de sal, omissões de refeições e comida em excesso”. Se feitas adequadamente, as dietas podem ser uma valiosa ajuda no aumento da qualidade de vida, tanto a nível profissional, social, físico e até sexual. Desligue-se de tudo o que promete “mundos e fundos” em tempo recorde. Mais importante que isso é procurar orientação junto de um nutricionista ou dietista, que fará um plano dietético personalizado e adequado ao seu estilo de vida.
tempo médio de leitura: 7 minutos
Texto: Bruna Raposo; Fotos e imagens: Press Coast
Diz quem sabe...
HORÓSCOPO
A mulher do signo de Carneiro é muito prática, decidida e original. É a mulher do Zodíaco mais semelhante ao sexo oposto. Gosta de fazer o que os homens fazem, de ir onde eles vão e de viver como eles vivem. Portanto dificilmente se vai deixar enredar por uma relação que no futuro próximo lhe pode trazer sofrimento, problemas e obstáculos que ela considera desnecessários. No que se refere a metas profissionais é muito determinada. Depois de estabelecer os objectivos nada a vai deter.
CARNEIRo
Este é um período relativamente tranquilo que poderá aproveitar para restaurar as suas energias. No entanto, poderá sentir uma grande necessidade de rever algumas formas de actuar que naturalmente o conduzirão a um maior equilíbrio profissional. A sua relação sentimental passa, ou poderá passar, por uma fase caracterizada por algum melindre. Não crie situações delicadas e deixe que tudo se desenvolva de uma forma natural.
TOURO Não se deixe influenciar por algumas divergências com colegas de trabalho. Provavelmente, são um aviso para que repense os seus métodos. Por outro lado, tente ser positivo na análise das suas tarefas e objectivos. Alguma ansiedade e vontade de mais e mais poderão trazer alguns amargos de boca. Não exija demasiado do seu par. Por outro lado, seja dialogante e tente manter um clima de ternura e carinho. Tentativas externas para complicar a sua relação poderão surgir, esteja atento a este aspecto. GÉMEOS Não se deixe influenciar por algumas divergências com colegas de trabalho. Provavelmente são um aviso para que repense os seus métodos. As suas potencialidades são grandes. Aproveite-as da melhor forma. E este período pode caracterizar-se pela alternância entre o bom e mau. No aspecto de relações com amigos poderá encontrar um equilíbrio que lhe anda a faltar. Recomendado que reduza um pouco os seus maus hábitos alimentares. CARANGUEJO Este mês não se deverão verificar alterações importantes na sua actividade profissional. Será uma boa altura para que 116
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LEÃO O seu ambiente profissional continua a ser motivo para alguma preocupação da sua parte. Tente não encarar os assuntos de uma forma tão radical. A necessidade de se adaptar a novas metodologias têm constituído o seu maior problema. Não leve os problemas profissionais para o seu ambiente familiar. Um relacionamento sentimental muito agradável é o que este mês lhe reserva. O diálogo, a compreensão e o prazer de estar com quem gosta deverá ser aproveitado da melhor forma. Utilize o diálogo como forma principal de aproximação. VIRGEM Durante este período começará a beneficiar dos esforços que tem feito no sentido de desenvolver a sua actividade profissional em campos mais rentáveis. No entanto, não se deixe iludir por uma aparente facilidade na forma como as coisas irão sucedendo. Esteja atento à evolução e proceda a alguns ajustes. O resultado deverá ser uma franca melhoria da sua posição laboral. A área sentimental é caracterizada por um grande entendimento e uma perfeita sintonia com o seu par. No entanto, mantenha bem presente que uma relação é construída a dois e os silêncios não contribuirão em nada para a estabilidade da relação. Não deverá escutar as tentativas de terceiros no sentido de destabilizar a sua relação. BALANÇA O seu trabalho poderá ser questionado por colegas caso não coloque as questões de uma forma profissional e objectiva. Poderá ser colocada em dúvida a sua competência profissional. Fique atenta a este aspecto. Conserve os níveis de confiança independentemente de algumas contrariedades. Este período, nos seus momentos livres deverá ser virado para o seu lar. O desenvolvimento espiritual poderá ser alcançado com a meditação. O amor deverá ser regido com confiança e muita fé no seu par. ESCORPIÃO O êxito profissional depende muito da sua postura. Tente ser um pouco mais humilde e verificará que tudo se torna mais
simples. Durante este período poderá concretizar pela positiva alguns projectos que têm sido idealizados por si. Conviva com o seu par, abra o seu coração e divida com ele a sua vida. O retorno será, naturalmente, muito carinho e amor. A sexualidade dos nativos deste signo é muito forte durante todo este período.
SAGITÁRIO Mês caracterizado por uma possível concretização de projectos que se encontravam dependentes da aceitação pela parte de terceiros. Não se deixe iludir por esta aparente facilidade pois irá exigir de si toda a sua força e capacidade. Poderá ser confrontada perante a necessidade de fazer uma escolha motivada por uma oferta de mudança de actividade. Não tome decisões impensadas. Os relacionamentos de ordem sentimental poderão ser prejudicados por manifestações de ciúme e dúvida. Não dê ouvidos a pessoas mal intencionadas, seja mais confiante em si e no que o seu par representa para si. CAPRICÓRNIO Os aspectos de ordem profissional caracterizam-se por muito trabalho. No entanto, é a sua ocupação que vai contribuindo para o seu equilíbrio emocional. Não se afogue em trabalho como forma de fugir a outras realidades. Aproveite a companhia de quem ama para se sentir um pouco mais em paz. Novos conhecimentos poderão contribuir para se equilibrar um pouco mais e para ver as questões sobre uma óptica menos pessimista. AQUÁRio No aspecto profissional deverá ser regida uma forma equilibrada e não exija de si mais do que pode dar. Esteja atenta ao seu relacionamento com colegas, sócios e cliente e não crie situações complicadas e com consequências desagradáveis. Também na área das amizades e na sua vida social deverá manter uma atitude prudente e não se deixar levar por impulsos que lhe poderão trazer algumas situações difíceis. PEIXES Deverá esforçar-se para encontrar um pouco de tempo para restaurar forças. Novas propostas para mudança de actividade poderão surgir e deverão ser analisadas com muita atenção. O aspecto social está mais voltado para o lazer, o que poderá parecer um pouco estranho uma vez que o trabalho lhe vai ocupar muito do seu tempo. Mantenha uma atitude de afecto e carinho com o seu par e ele saberá reconhecer. Caso não tenha par este não é o momento mais favorecido para iniciar um novo romance. Luxury
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Texto: Del Carmen – delcarmen.previsoes@gmail.com
analise a sua forma de agir e que corrija o que não estiver certo. Poderá ser-lhe feita uma proposta que deverá ser vista por si com alguma reserva. Uma forte ligação e entendimento com o seu par poderá abrir-lhe a mente para situações que criou sem necessidade. Uma nova visão da sua relação, um pouco mais de compreensão e tudo dará certo. Os que não têm par deverão manter alguma reserva à possibilidade de nova relação.
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Viagem
MACAU Um cantinho Asiático com sabores Lusitanos
Durante cerca de 450 anos, fez parte do território português. Depois, a China tomou este pedaço de terra nas mãos, transformando-a aqui e ali. Contudo a herança portuguesa ainda continua presente, e ninguém a quer perder. Entre edifícios de traço lusitano e templos taoistas, entre o cozido à portuguesa e o Ta Pin Nou, uma espécie de fondue à chinesa, ou entre o cantonense e o por vezes audível “bom dia”, Macau segue enfrentando o futuro sem esquecer o passado. Mesmo que cada vez mais viva em função dos mega hotéis que albergam uma nova e crescente realidade e à volta da qual tudo gira: os casinos. Irão as tradições lusas e europeias resistir ao abraço cultural e aos costumes vindos do outro lado do delta do Rio das Pérolas ou do lado de lá das Portas do Cerco? Há quem acredite que sim...
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ituado a apenas a 65 quilómetros de Hong Kong, na margem oposta do estuário do Rio das Pérolas, no outro lado do mundo, numa pontinha de uma planície do sul da Grande China, encontramos a mais antiga colónia europeia na Ásia: Macau. Uma particularidade que se deve aos intrépidos 118
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e aventureiros navegadores portugueses que começaram a percorrer no século XVI, os oceanos da costa do Pacífico com os seus ágeis galeões. Era o início de uma bela história de amor, incluindo a de Luís de Camões, mas que também passava por uma história de
favores e contra-partidas, com a China a permitir que o reino de Portugal, em 1557, criasse um pequeno entreposto comercial no seu território em troca da expulsão dos piratas que infestavam os mares do sul do império. E assim foi durante quase três séculos, com Macau a transformar-se no principal ponto de comércio com os chineses até que em 1842, quando os ingleses, vitoriosos nas guerras do ópio, anexaram uma área do continente chinês e estabeleceram a colónia de Hong Kong. Mas os portugueses por lá continuaram por mais alguns séculos, protegendo e governando esta pérola do oriente, até se tornar Região Administrativa Especial em 1986, com total autonomia, excepto nos assuntos de defesa e política externa para, em 1999, ser transferida definitivamente para o controle chinês. Hoje, passados todos estes séculos de história, os portugueses continuam a olhar para Macau com uma certa ternura e alguma nostalgia. E os que visitam este bocado de terra no outro lado do mundo, que cada vez são mais, não deixam de ser invadidos por uma sensação estranha. A de ver nomes portugueses identificando as ruas, em conjunto com nomes em chinês, edifícios no mais profundo estilo colonial português, puramente neoclássicos, palácios e igrejas que bem poderiam estar numa qualquer rua de uma qualquer cidade ou vila portuguesa. E há aquela sensação não menos estranha de pisar, a milhares de quilómetros de distância, a genuína calçada portuguesa. Uma sensação estranha que mais se acentua quando olhamos à nossa volta e dificilmente identificamos feições que tenham qualquer ligação com Portugal entre o meio milhão de pessoas que ocupam esses escassos 28 km2. Todavia continua a ser visível e sentida, principalmente para quem tem como língua materna a de Camões, a memória do convívio entre o Ocidente e o Oriente, entre portugueses e chineses. A exemplo do que acontece com a maioria dos ocidentais que visitam Macau, a principal porta de entrada para os portugueses é feita pelo mar do sul da China, usando a ligação de barcos rápidos - turbojet - que funcionam quase 24 horas por dia, de hora a hora, a partir de Hong Kong. E é estranho, ou talvez não, que a ansiedade de observar o mais antigo legado arquitectónico europeu em solo chinês, logo que se pisa Macau, mesmo para os não portugueses, nos leve a apanhar um táxi ou um autocarro directamente para a Praça do Senado, indicado em língua portuguesa nos mapas de caracteres chineses. É este o centro de Macau, em calçada portuguesa, com o edifício do Leal Senado a impor toda a sua beleza. Um lugar também marcado por outras construções que oferecem no seu conjunto uma unidade tradicionalmente lusitana, como a igreja de Santo Agostinho, o teatro D. Pedro V, o edifício da Santa Casa da Misericórdia, a igreja da Sé ou a igreja de S. Domingos, enquanto ali ao lado o templo taoista de Sam-Kai-Kun reforça a dualidade arquitectónica da cidade. É aqui, na Praça do Senado, que continua a ser o local mais popular para eventos públicos e festejos, que desaguam centenas
de turistas, chineses e macaenses de aparência marcadamente cosmopolita, sendo igualmente o principal ponto de encontro de jovens namorados com cabelos pintados, roupas coloridas e muita descontracção. Macau não é apenas este legado histórico e arquitectónico centrado à volta da Praça do Senado, das não menos admiradas ruínas de S. Paulo, talvez a mais internacional e conhecida imagem do território, ou da Fortaleza do Monte, de onde se tem uma vista geral de Macau e que se estende já pela China continental. É também a Macau que mereceu as honras de ser consagrada em 2005 como Património da Humanidade pela UNESCO, a
Macau, Património Mundial da Humanidade Em Julho de 2005, o centro histórico de Macau passou a fazer parte da lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Merecidamente, os espaços urbanos como o Templo de A-Má, o Quartel dos Mouros, o Largo do Lilau, a Casa do Mandarim, a Igreja de São Lourenço, o Seminário e Igreja de São José, o Teatro D. Pedro V, a Biblioteca Sir Robert Ho Tung, a Igreja de Santo Agostinho, o Edifício do Leal Senado, o Templo de Sam Kai Vui Kun, a Santa Casa da Misericórdia e a Igreja da Sé fazem parte dessa lista. Mas também a Casa de Lou Kau, a Igreja de São Domingos, as Ruínas de São Paulo, o Templo de Na Tcha, o Troço das Antigas Muralhas de Defesa, a Fortaleza do Monte, a Igreja de Santo António, a Casa Garden, o Cemitério Protestante, incluindo a Capela Protestante, a Fortaleza da Guia e o Farol, o Largo da Sé, o Largo de São Domingos, o Largo da Companhia de Jesus e o Largo de Camões, foram igualmente reconhecidos como fazendo parte da história mundial, pois ilustram bem os primeiros e mais duradouros encontros entre a China e o mundo ocidental.
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Viagem
A igreja de São Paulo Desde 1565, os jesuítas estabelecidos em Macau envolveramse em acções educativas e missionárias. Criaram o Colégio Madre de Deus, a primeira universidade de modelo ocidental do Extremo Oriente, Em 1602, o colégio passou a contar com uma nova Igreja, construída por chineses e japoneses, impressionando diversos visitantes do século XVII. Com a expulsão dos jesuítas em 1762, instalou-se no colégio um batalhão militar. O incêndio de 1835, que teria começado na cozinha do quartel, destruiu a igreja e quase todo o complexo originai do colégio. Restou a fachada da maior igreja construída no mais longínquo território colonizado pêlos portugueses, tornando-se uma das mais emblemáticas imagens de Macau.
Macau do Jardim de Camões, do Jardim Hong Kong Miu ou Lou Lim Leoc, verdadeiros oásis de tranquilidade, bucolismo e exotismo, onde os chineses se encontram para jogar dominó, passear as suas gaiolas por entre pequenos percursos rodeados de bambus e lagos onde proliferam flores de lótus, exercitarem-se aos primeiros raios de sol em doces e suaves movimentos de Tai Chi e Chi Kung ou interpretar peças da ópera chinesa. Existe também a Macau das lamparinas chinesas que iluminam velhos bazares rodeados de modernas vitrinas com os mais internacionais griffes, dos mega neons em caracteres chineses que anunciam ali existir mais um casino, das casas de penhores, dos pagodes e templos envoltos em fumos e odores de incenso, como o de Á-Má, o mais venerado de todos eles. A Macau das ruas estreitas percorridas por tendas e bancadas onde tudo 52 negoceia e se come, do Mercado Vermelho, dos pequenos altares discretamente colocados ao longo das ruas, esquinas ou à porta das casas, para afastarem os maus espíritos, dos prédios protegidos por grades para que os bons espíritos não saiam... A Macau do bairro de fantasia de “The Fisherman’s Wharf” que reproduz edifícios e cenários de diversos países, desde uma praça tipicamente portuguesa com o inevitável restaurante Camões, a um hotel da Louísiana ou ao Rock’s, do Coliseu de Roma, ao Royal Ópera House ou mesmo a um tradicional e romântico café parisiense. Ou a Macau do Museu do Vinho, que testemunha todas as regiões demarcadas da vinicultura portuguesa identificadas por manequins vestindo a rigor os trajes das diversas regiões, ou do Museu do GP de Macau, o único que tem direito a ter GP no seu nome sem pertencer ao circuito da Formula 1, ou de outros vinte museus e da Torre de Macau. A décima torre mais alta do mundo, nos seus 318 metros, com um restaurante rotativo que permite uma vista única sobre todo o território e as luzes brilhantes dos casinos e hotéis, um vertiginoso passeio à sua volta sobre uma plataforma suspensa ou uma adrenalínica escalada. É também a Macau das ilhas de Taipa e Coloane. Pedaços de terra conquistados ao mar, unidas por um istmo e ligadas à península por um conjunto de modernas pontes. 120
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A ilha de Taipa de intensa vida nocturna, dos grandes hotéis e casinos, dos bares onde dançam jovens tailandesas, vietnamitas e russas, das ruas e calçadas onde imperam nomes portugueses entre lojas e pequenos templos chineses, do aeroporto internacional, do jockey club, da avenida da praia ou da tasca do 0-Manel onde se pode degustar tradições da gastronomia portuguesa. Ou a ilha de Coloane dos espaços verdes, os poucos quase encontram em Macau, dos miradouros, das aldeias que já foram exclusivamente de pescadores, do Macau Golf & Country Club, da pequena igreja de São Francisco Xavier e dos restaurantes onde moram e resistem o cozido à portuguesa, o bacalhau à Gomes de Sá, bacalhau assado, a carne de porco à alentejana ou as sardinhas assadas, sempre acompanhadas de um Dão, Borba ou João Pires e onde não falta a “serradura”, os “papos de anjo” ou o “toucinho do céu”. Mas, entre histórias, patrimónios e tradições, entre pastéis de nata e Char Siu Pau - pãezinhos no vapor recheados com carne de porco -, amêijoas à Bulhão Pato e Tsun Guen - crepes de camarão recheados com pedaços de carne de porco, galinha, cogumelos, rebentos de bambu e feijão - um Herdade do Pinheiro e um Pou Lei - chá vermelho - uma nova Macau tem emergido na última meia década. A Macau que se dirige para reinar no mundo dos casinos e cada vez mais seja vista como a nova capital mundial do jogo e dos congressos.
Grande Prémio de Macau Uma das atracções de Macau é o seu Grande Prémio. Uma série de provas de automóveis e de motos que se realiza anualmente, em Novembro, desde 1954, que tem na prova de Fórmula 3 a mais esperada de todas, sendo a única prova automobilística do mundo que tem a sigla GP sem pertencer ao calendário da Formula 1. Uma prova em que os melhores pilotos do mundo são convidados a participar e um dos circuitos mais emocionantes do Mundo. Um circuito que percorre o meio da cidade, intercalando longas rectas - Porto Exterior - com as sinuosas curvas do Monte da Guia ou a curva do Hotel Lisboa. Uma prova por onde já passaram os mais famosos pilotos de Fórmula 1 e que utilizaram o GP de Macau como trampolim para a prova rainha dos desportos motorizados. Ayrton Senna, Michael Schurnacher, Mika Hakkinen, Gavid Coulthard, Ralf Schumacher, Pedro Lamy ou Pedro Couceiro são alguns dos nomes que preenchem a sua história.
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A Macau, ou a Las Vegas do Oriente, que ao tradicional, emblemático e mundialmente conhecido Hotel e Casino Lisboa, inaugurado nos anos 60, e mais uma vintena de casinos, juntou o Grand Lisboa, o Sands, o Winn, o Venetian - actualmente o maior casino do mundo e uma recriação da cidade de Veneza, com canais, gôndolas, 3000 suites e que albergará o Cirque du Soleil -, e o MGM Grand Macau, o mais recente casino de Macau com uma decoração e design inspirado na arquitectura que faz a história de Lisboa. E tudo isto enquanto mais um bocado de terra roubado ao mar, Cotai, uma zona entre Coloane e Taipa, continua a reafirmarse e a preparar-se para receber outros mega empreendimentos para fazer companhia ao ali já existente Venetian. Mega hotéis-
-casino ligados a não menos mega grupos que incluem o Four Seasons, Shangri-La, Traders, Sheraton, St. Reggis, Hilton, Conrad, Fairmont e Raffles que, no total, representarão mais de 40 mil quartos. Números incontornáveis que direccionam esta nova Macau no caminho de se tornar um dos mais procurados destinos turísticos, tendo recebido em 2007 mais de 22 milhões de turistas, contra dois milhões em 1999 e que já ultrapassou Las Vegas em volume de negócios. É Macau à conquista do mundo oriental e ocidental muitos séculos após a chegada dos primeiros europeus idos da ponta mais ocidental da Europa, o povo de Camões, levados em frágeis galeões à procura da árvore das patacas.
Como ir Sem voos directos entre Lisboa e Macau, com a melhor opção a passar por Hong Kong e aí atravessar o delta do Rio das Pérolas nos rápidos jetfoils, a Lufthansa, via Frankfurt, com uma tarifa de 660 euros com taxas incluídas, apresenta-se como uma boa escolha para ligar Portugal ao seu antigo território oriental. Para maior comodidade, contacte: travel@across.pt - www.across.pt
Contactos Centro de Promoção e Informação Turística de Macau Av. 5 de Outubro, 1 15 R/C - 1069-204 Lisboa Telef.: +351 21 793 65 42 www.macautourism.gov.mo Across – Luxury Travel & Safaris Campo Grande, 220 B – 1700-094 Lisboa Telef.:+351 217 817 470 www.across.pt
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: Paulo Ribeiro
Onde ficar Com 54 hotéis, ligados às mais famosas cadeias hoteleiras internacionais e 31 pensões, num total de 17 mil quartos, Macau oferece uma das maiores concentrações de hotéis por metro quadrado. Logo, a dificuldade estará na escolha. Uma dificuldade que ano apôs ano será aumentada peia simples razão que nos próximos dez anos essa capacidade será aumentada com a construção de 70 novos hotéis de quatro e cinco estrelas, correspondendo a um total de 40 mil quartos. A sugestão da Across fica pelo inevitável Hotel Lisboa, o Mandarin Orientai a Pousada de São Tiago, o Wynn, “italiano” Venetian, o novíssimo e muito lisboeta MGM Grand Macau e o belíssimo Rocks Hotel, no estilo belle époque, situado na tranquila Doca dos Pescadores.
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Alvarรก 1321/06
Campo Grande, 220 B 1700-094 Lisboa Portugal Telef.:+351 21 781 74 70 Fax:+351 21 781 74 79
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Cineteka – um novo conceito de vídeo clube Num mundo completamente rendido às novas tecnologias da informação e da comunicação não há quem não se deixe influenciar e se sinta tentado a arriscar um negócio totalmente inovador. Foi o que aconteceu com os fundadores da Cineteka que fizeram da Internet o meio mais simples e eficaz de aluguer de filmes. A L&G esteve à conversa com dois dos sócios, Gonçalo Relego e Bruno Mendes, para tentar desvendar as vantagens deste projecto, no mínimo, arrojado.
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m que contexto surgiu este novo conceito de aluguer “sem sair de casa”? Gonçalo Relego - O conceito surge com a necessidade que sentimos que havia e pelo fosso que havia no mercado de alguma forma de tornar o aluguer de filmes o mais democrático possível. As empresas que estavam a aparecer em Portugal e as que todos nós conhecemos e começámos a usar estagnaram no que diz respeito a essa evolução, tanto do ponto de vista tecnológico como da oferta. Nós sentimos necessidade, e à semelhança do que já acontece nos outros países, de liberalizar um pouco essa tendência e tornar o aluguer de filmes o mais acessível possível a toda gente e de uma forma mais cómoda também. Qual é o primeiro passo para aderir a este novo serviço? G.R - É tão simples quanto ir ao computador pessoal, aceder ao nosso site que é o cineteka.com e lá têm rigorosamente tudo explicado. Portanto, é um processo bastante simples, aliás como tudo na cineteka, é projectado para ser simples e funcional. Basicamente, as pessoas, para se inscreverem,
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podem aceder ao site e fazer a inscrição no site ou dirigiremse à nossa loja, no Parque das Nações. O procedimento é bastante simples. Que condições oferecem? Quais são os planos disponíveis? Bruno Mendes - Basicamente, nós temos dois tipos de planos. Temos o plano livre, que é considerado o plano tradicional, em que as pessoas cada vez que fazem o aluguer de um filme, fazem o pagamento desse aluguer. Um plano que está desenhado para pessoas que fazem poucos alugueres por mês. Quem quiser alugar mais do que um por semana convém, se calhar, aderir a um plano mensal e no plano mensal nós temos duas situações: um que tem acesso a filmes mais antigos, que fica em 0,36 € por dia e a pessoa pode fazer a troca do filme todos os dias, e o plano com acesso às últimas novidades que saem no mercado, por 0,49€ por dia, e através do qual a pessoa pode também fazer uma troca todos os dias. Ou seja, mesmo que não venha cá todos os dias e se em média fizer um aluguer de 3 em 3 dias, se levar 10 filmes ao final do mês ficará largamente a
ganhar, porque estamos a falar de um plano que permite que as pessoas possam ficar com o filme durante vários dias sem pagamento de multa. Este tipo de aluguer dura quanto tempo? B.M - O plano é mensal, mas a pessoa pode ficar com os filmes o tempo que quiser e não paga multa. Ou seja, nós aqui tentámos também, de certa maneira, tapar uma das grandes lacunas do aluguer tradicional. Nós aqui damos a hipótese às pessoas de ficarem com os filmes durante o tempo que quiserem, por um preço quase que simbólico e não sendo prejudicadas com multas. E a partir de que altura é que há multas? B.M - No plano tradicional há multas. Nos planos mensais apenas as estreias é que estão sujeitas a uma obrigatoriedade de entrega no dia seguinte. Que vantagens estão associadas a este género de serviço? G.R - Basicamente, o que foi criado aqui e que é inovador no nosso país, foi a criação de planos com o objectivo de serem o mais económicos possível e os mais justos também. A nossa vocação são mais os planos mensais. O plano mais económico, o de 9,90€, permite que as pessoas, por esse preço, possam alugar um filme por dia sem qualquer custo adicional. Todos os dias as pessoas podem ver um filme diferente por 9,90€. Podem ficar com o filme o tempo que for necessário, sem ter que pagar multas. Quanto mais trocarem de filme, mais rentabilizam a sua mensalidade. Nós quisemos acabar com as multas e somos, neste momento, o único clube de vídeo em Portugal, tanto online como fisicamente, que tem esta política. Nós permitimos que as pessoas tenham o filme em sua casa tanto tempo quanto as pessoas desejarem, sem que sejam penalizadas por isso. As principais vantagens de aluguer de filmes na cineteka são a isenção de quaisquer jóias e de multas por entrega tardia.
envelope preenchido para fazer o retorno. O cliente vê o filme e a única coisa que tem que fazer é colocar o filme dentro do envelope que nós mandámos e deixá-lo em qualquer estação de correios ou marco de correios e, automaticamente, o filme chega até nós. O nosso site tem características bastante funcionais. Ao nível do aluguer de filmes está muito bem projectado, facilita ao máximo o aluguer aos clientes. Aliás, estes podem mesmo fazer uma lista de filmes para durante esse mês, que fica guardada em data base e nós vamos enviando os filmes consoante a lista preferencial do cliente. Por outro lado, actualmente, estamos a negociar o serviço de estafeta que funcionará na área de Lisboa. Esse serviço é mais eficaz do ponto de vista de entrega. O cliente faz uma encomenda do filme online e nós temos a possibilidade de colocar o filme na casa do cliente nesse mesmo dia. O filme tem que ser entregue em mãos? G.R - Se for pelo correio não. Se for por estafeta, ai sim terá que estar alguém em casa para receber o filme. Considera este tipo de serviço economicamente mais vantajoso? Porquê? G.R - Sem dúvida mais vantajoso do ponto de vista operacional. Tudo o que é o aluguer de um filme fica muito mais facilitado com esta filosofia. As pessoas, para além de terem acesso online a toda a panóplia de filme que nós temos disponível para aluguer também têm a possibilidade de vir à loja. Por outro lado, do ponto de vista económico, não há dúvida que os nossos planos estão feitos para que não exista, a nível nacional, concorrência nenhuma que tenha preços tão competitivos.
Como é que é feita a entrega dos filmes? E quanto tempo depois do pedido? B.M - Nós, actualmente, temos apenas a funcionar o serviço de entrega por correio em que a entrega é feita sempre de um dia para o outro. A entrega é feita por correio verde, que é considerado prioritário. De manhã recolhemos na estação os filmes que chegaram, processamos e damos logo saída dos próximos filmes. Ou seja, recebemos um filme de um cliente de manhã e nessa mesma manhã já está a sair esse filme para outro cliente que pode ser de outra zona do país. Nós temos clientes de Norte a Sul, incluindo Madeira e Açores. De uma maneira geral o serviço funciona bastante bem. Estamos muito satisfeitos com a prestação dos correios. E o sistema de devolução como é que funciona? B.M e G.R - Uma vez mais nós tentamos facilitar ao máximo, ou seja, dentro do envelope onde vai o dvd já vai um outro Luxury
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Já se verificaram casos de extravio de dvd’s no processo de entrega/devolução? B.M - Já existiram 1 ou 2 casos. Obviamente que quando estamos dependentes de uma entidade terceira para fazer uma entrega há sempre um risco associado. Felizmente, a nossa experiência diz-nos, ao longo do tempo, e depois de fazermos muitas centenas de envios, que a coisa corre bastante bem. Quando acontece, obviamente, o cliente não pode ser prejudicado. Mas de uma maneira geral, a taxa é de uma satisfação bastante grande. 126
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Futuramente, como vê o sistema de vídeo clube? G.R - Futuramente, a nossa tendência é disponibilizar aos nossos clientes o aluguer através de outros formatos que actualmente já se estão a verificar noutros países, com muita qualidade e também a preços bastante melhores do que os praticados por essas empresas de televisão. Como é que caracterizam este projecto? G.R e B.M - É um projecto inovador, sem dúvida alguma! Uma nova experiência de cinema.
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Texto: Bruna Raposo; Fotos: Paulo Ribeiro
Considera que os serviços de vídeo clube fornecidos pelas empresas de televisão por cabo são uma ameaça ao seu negócio? G.R - Não são de todo! Não o são logo pelo factor económico. Não preciso de referir aqui os preços de um e de outro serviço. São coisas completamente distintas. O aluguer de um filme da essência do sofá nós também o fazemos e com uma qualidade boa também. Mais importante que isso, o formato CD é, até ver, o melhor formato disponível no mercado para se visualizarem filmes, tanto o blu ray como o normal. Não há dúvida que esse tipo de produto é um produto interessante, mas que à partida tem logo uma sentença lida com os preços que são praticados e até com a oferta dos títulos que têm, que ainda é muito limitada.
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As escolhas da directora
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1 Candeeiro linha Royal is Actual, de Vista Alegre (€1.500); 2 Hydroptimale de Sothys, linha completa de rosto (*); 3 Programa de Páscoa do 5 estrelas M’AR De AR Aqueduto Historic Design Hotel & Spa (www.mardearhotels.com); 4 Conjunto de viagem Beren de Segue (*); 5 Flora by Gucci; 6 Vaucher Eduardo Beauté - Coiffeur et Esthetique (valor à sua escolha/ value of your choice: +351 213 467 190); 7 Eaux de Soin Biotherm (€49,12); 8 Amor Amor Sunrise, de Cacharel (*); 9 “Praças Reais – Passado, presente e futuro” (*); 10 Trufas de Aguardente da Vidigueira, de Mestre Cacau (em lojas gourmet); 11 ABSOLut Masquerade (€12); 12 LG Cookie, na Optimus (€179,90); 13 “O GRANDE LIVRO DOS CHEFS” (*); 14 “RUI PAULA – UMA COZINHA NO DOURO” (*); 15 Edição limitada de 750 esferográficas de Cuervo Y Sobrinos (*); 16 “Estado de Alma”, de Marina Mota, edição de autor em exclusivo em www.marinamota.pt (€20); 17 Absolute Radiance LightBox de Orlane, em 7 minutos a magia acontece (€135); 18 Almofada Bombay (€14) e Savanna (€23) na Area; 19 Latte Macchiato e Chococino de Nescafé Dolce Gusto (*); 20 Sofá individual em pele, na Area (€1.195) (*) Preços sob consulta
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Coordenação Paula Martin; Fotos cedidas pelas marcas
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