MORE magazine #2 - muito mais que uma revista

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m ui t o m a i s q ue uma r e vist a edição 02 • nov/dez 2008 • Ano 1• R$ 10,00

muito mais que uma revista

Os maiores astros do mundo estão invadindo sua TV.

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Minimal Lovers Porque o luxo não reside em extravagâncias

Ata-me Enrole-se nas transformações que uma gravata pode fazer pelo seu visual edição 02 • nov/dez 2008 • Ano 1

Assine Já 3074 8383 tva.com.br

Comportamento

Razão ou emoção? Como as mulheres equilibram as duas quando o assunto é trabalho

On the road Holanda. Casas cubo. Design. Chico. Van Gogh.

A arte do lixo Efigênia Rolim: a interessante história de uma artista com a sua matéria prima




0,5% é o q ue Floresta c resta da om Seria um ó Araucária. timo número se fosse impo sto.


Apoio:

Most r resp e que s onsa ua e Seja b m um A ilidade presa t ssoc e Com iado ambient m apen a C o rpor l. empr a ativ esa s uma d o da e po a SPVS de g juda a oação p o . o se a lo “ nhar o preserv r ano, a E o s Asso d r ua ire a v Impo alor ai ciado C ito de naturez o u sto a n r s da por ar A na d ture e Renda pode se ativo”. r za a . grad Partic deduzi www. do d e ipe c e a s o pref . 41 3 pvs.org e rênc .br/ 339ia. doa 463

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coes /


: : expediente : :

Publishers César Benitez Garcia Danielle Cruz Melissa Castellano

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Colunistas Daniela Prosdocimo Caldeira Fernanda Viana Dias Mariella Vieira Dias Mauricio Medeiros Ruy Barrozo Colaboradores desta edição Antonio Wolff Daniel Ernst Diana Moro Fernanda Ávila Julio K Kátia Michelle Pires Mariana Basen Mirko Krzesinski Narah Julia Paulo Chiquiti Patricia Papp Rafael Lopes Rudy Sarnovski Tuti Maioli Neto Vicente Frare Projeto, Conteúdo e Desenvolvimento Gráfico Projeto Comunicação – www.projetocomunicacao.com ID-ART – www.id-art.com.br

Financeiro Claudia Moreira Fortes financeiro@moremagazine.com.br Departamento Comercial César Benítez comercial@moremagazine.com.br Danielle Cruz danicruz@moremagazine.com.br

Contato MORE magazine Curitiba - PR - Tel.: 41 3082 8632 Publicidade: publicidade@moremagazine.com.br Comercial: comercial@moremagazine.com.br Redação: redacao@moremagazine.com.br

A MORE magazine é uma publicação bimestral da ID-ART. Todos os direitos reservados. O conteúdo dos artigos e matérias publicadas é de responsabilidade de seus autores. Estão autorizadas a falar em nome da MORE magazine ou a retirar qualquer tipo de material apenas quem tiver em seu poder um documento timbrado, registrado em cartório, assinado pelos diretores da publicação. ISSN 1983-4268 Tiragem: 10.000 exemplares

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Antonio Wolff

Diagramação Tiago Ferrari

1. Camisa/Top Dolce Gabbana para Capoani, sapatos ConBase 2. Camisa/Body Louise Alves, calça Dolce Gabbana para Capoani e sapatos Melissa/Alexandre Herchcovitch

Capa Minimalismo, androginia e sofisticação. Foto de capa: vestido Dolce Gabbana para Capoani e anel de diamantes Bergerson


40 Arte

Nosso trend forecaster Mau Medeiros aponta, direto da terra da rainha, as tendências do velho mundo.

14 Trends A Pulp Idéias e Conteúdo gira o planta e conta o que acontece de bom por aí. Nesta edição: Dubai, Medelín, Berlim e Cidade do México.

16 Perfil

A delicadeza e a molecagem de Efigênia Rolim, que conquistou seu espaço transformando lixo em arte.

46 Dias/Cult

: : índice : :

10 4 narrativas

Fernanda Dias dá o toque sobre o que é imperdível e necessário.

48 Cinema

Conheça Markos Novak, o designer paranaense que já é sucesso na Europa com suas bolsas incríveis.

A nova safra de filmes paranaenses.

50 Exposições

18 Pequenos prazeres Descubra o que uma gravata bacana e bem atada pode fazer pelo seu visual.

20 Design A Egg Chair faz cinqüenta anos e ganha edição limitada.

22 Moda More magazine apresenta: Minimal Lovers. Minimalismo, androginia, sofisticação e atitude. Afinal, como já dizia Chanel: “o luxo não reside em extravagâncias.”

30 Antena Confira a tendências para a Primavera/Verão 2009 apresentadas na décima nona semana de moda do Shopping Crystal Plaza.

Um giro pelas artes em exposição em Londres, Curitiba e Nova Iorque.

52 Sex Desejo, sexualidade. Fetiches, paixão e voyerismo na lente de mais de 150 fotógrafos na mostra “Darkside”, no Fotomuseum de Winterthur, na Suíça.

57 Motor O segredo da velocidade sob o capô do superesportivo SLR McLaren 722 S Roadster da Mercedes-Benz.

62 Tecnologia Prepare a wish-list: gadgets muito mais que necessários.

64 Turismo Holanda, Chicos e Tulipas.

36 Comportamento Razão ou emoção? Como as mulheres equilibram as duas quando o assunto é trabalho.

: : editorial : : A palavra é longa, mas simples: comprometimento. Esta é uma das mais emocionantes lições que levamos deste ano. Por isso, pedimos sua permissão para registrar aqui o quanto nos sentimos felizes ao lançar a segunda edição da MORE magazine, tendo a oportunidade de dizer obrigado. De agradecer a todos que se dedicam ao nosso projeto e que contribuem para o nosso crescimento e sucesso. É nesse ritmo de constante evolução, que dá sintonia a tudo o que estamos criando, que preparamos o que você vai ver nas páginas a seguir. Boa leitura! Melissa Castellano Editora-Chefe

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m ore • t endências

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narrativas 4 narrativas por Mau Medeiros, trend forecaster, de Londres

1. Viktor & Rolf/Espaços imersivos Em sua primeira exposição na Inglaterra, que foi uma das principais atrações do verão Londrino e no verdadeiro estilo Viktor & Rolf, a dupla holandesa tomou partido da sua fixação por casas e lançou as mesmas para um outro nível de percepção. Como elemento central, uma insana casa abrigou 70 bonecas de porcelana com 70cm de altura, todas vestidas com versões miniatura das peças das coleções que eram apresentadas ao decorrer da exposição.

retratando todo o caráter inovador, autêntico e muitas vezes

Uma incrível restrospectiva, que na verdade é mais um show artístico do que uma exposição de moda propriamente dita,

se tudo isso não bastasse, paralelamente rodas de debate

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subersivo que a dupla sempre fez questão de encapsular em suas coleções. Complementando toda a celebração em torno do tema, às quintas-feiras, acontecia o Dolls Nite Out (Noite das Bonecas) onde o público era convidado a vestir seus trajes mais provocativos e experenciar a exposição de forma plena. Como traziam para discussão temas como: “As bonecas têm alma?”


te n d ên c i a s

2. From Us With Love/Design escandinavo O trio sueco From Us With Love, formado pelos designers Jonas Pettersson, John Löfgren and Petrus Palmér, começou seu estúdio criativo em 2005, com foco em produtos inovativos, mobiliário, lighting design e espaços customizados. Em exposições em Stolcomo, Milão, Nova Iorque, Tóquio e Barcelona, eles atraíram atenção mundial pelo conceito e design. O grupo trabalha no seu escritório e showroom no charmoso e medieval

centro velho de Estocolmo, Gamla Stan. Super receptivos, eles fazem questão de explanar a missão do estúdio: “Nós somos determinados a explorar novos caminhos na nossa busca por inovação. E se inspiração é nossa religião, nosso livro sagrado é chamado interação. Nossa maior fonte de inspiração vem da interação entre o homem e o artefato, e é aqui que temos nossas idéias e buscamos nossas respostas”, diz Jonas. Dentro dos mais reconhecidos trabalhos do FUWL, a aparentemente impossível Cord Lamp, inspirada nos

nada desejáveis cabos resultantes da parafernália tecnológica que nos cerca, aqui ganha status de objeto de arte, provocador e intrigante. Outro destaque é o pioneiro Bendable Interior Objects (Objetos de interior dobráveis) criados para a B-I-O, em 2005, onde folhas de alumínio cortadas a laser são dobradas transformando-se em ojetos para o consumidor final. O design escandinavo é bastante peculiar na liguagem, nas soluções utilitárias e na sofisticação, como se literalizando a cultura do país.

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3. Mídias Não Convencionais/Cerâmica Nem a porcelana, que sempre foi símbolo de status, nobreza e requinte na mesma proporção em que é vista como kitch, resistiu a incessante busca da arte por novos meios de expressão. O ceramista britânico Barnaby Bardford é o perfeito exemplo deste movimento que cria peças com narrativas únicas. O artista resgata os personagens comuns do mundo da cerâmica – animais fofinhos, pratos decorativos, figuras elegantes em trajes de época – e os

Então, em que número eles estão agora?

4. Narrativa/Flagrante

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transforma em sinistras, cínicas mas invariavelmente satíricas esculturas. Como as sentimentais figuras se tornam personagens na narrativa distorcida do artista, Bardford aproveita a vulgaridade muitas vezes percebida e a transforma numa vulgaridade ainda mais explícita. A palavra chave aqui é subversão através do humor, mesmo que seja o britânico.

Mary tinha um carneirinho…

Espere até eu chegar em casa, eles vão pirar!



m ore • t endências

Pulptendências Trends pulp Inaugurada em fevereiro de 2007, a Pulp Idéias e Conteúdo trouxe para Curitiba um conceito diferente. O trio Vicente Frare (administrador de empresas), Patrícia Papp (publicitária) e Fernanda Ávila (jornalista) vendem idéias. Eles viajam pelo mundo em busca de novidades e tendências de mercado para aplicar o que vêem de mais interessante em empresas daqui.

Na Casa Lamm, pausa para um um ceviche

Visitam museus, lojas, shoppings, amigos, empresas e lugares desconhecidos. Antes de suas viagens, as pessoas sempre perguntam se estão indo a passeio ou a trabalho. Difícil separar, afinal, eles juntaram o útil ao agradável. Aqui deixam algumas dicas.

Livros e michelada na livraria El Pendulo

O interior grafitado do Hotel Habita

Michelada A Cidade do México impressionou bastante. Achávamos que seria uma São Paulo mais pobre e suja. Pelo contrário. Os mexicanos são antenadíssimos e a cidade fervilha com idéias e conceitos diferentes. O hotel Habita, por exemplo, que é o point dos bacanas, foi inteiro coberto de grafite. A “cafebrería” (mistura de café com livraria) El Pendulo, em Polanco, foi eleita uma das dez mais bonitas do mundo. Dá para escolher os livros que quiser, sentar no bar, pedir uma michelada (cerveja com suco de limão) e ficar horas se divertindo com eles. No centro de cultura Casa Lamm, o conceituado restaurante Lamm serve um dos melhores ceviches do planeta. Hotel Habita: Presidente Masaryk 210, Polanco www.hotelhabita.com Cafebrería El Pendulo: Nuevo México 115, Polanco www.pendulo.com Restaurante Lamm: Álvaro Obregón 99, Roma www.lamm.com.mx

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O exterior do Hotel Habita


te n d ên c i a s

Arte A Tacheles, em Berlim, é um prédio meio decrépito na região de Mitte, que foi ocupado por artistas. Foi transformado em um centro livre de arte contemporânea. Um pouco caótico, inteiramente grafitado e sem uma organização aparente tem ateliês, lojas de arte, galerias de exposições e uma área boêmia no térreo, onde os modernos se encontram para ouvir música e tomar cerveja. Traduz bem o espírito da nova Berlim, que se transforma no grande centro cultural da Europa. Tacheles: Oranienburger Str. 54, Mitte www.tacheles.de

O centro livre de arte contemporânea Tacheles reflete o espírito da nova Berlim

Consumo A capital mundial do superlativo, Dubai, acaba de ganhar mais um “maior do mundo”. Com 1.200 lojas, o Dubai Mall promete ser a maior experiência de consumo do planeta. Dentro do complexo, uma pista de patinação no gelo olímpica, um aquário com 85 espécies de vida marinha, 220 lojas de ouro e pedras preciosas e um sistema multimídia capaz de projetar imagens no chão, teto e paredes. Dubai Mall: Downtown Dubai www.thedubaimall.com

Quente Tivemos uma grande surpresa ao visitar Medelín, na Colômbia. Selecionada pela consultoria de tendências inglesa WGSN como um dos trendy hotspots do planeta, fomos até lá para conferir. A Zona Rosa e a Via Primavera são o centro da revolução da cidade. Como a cidade voltou a ser segura, as pessoas passaram a sair mais à noite e a comprar em lojas de rua. Jovens colombianos aproveitaram para criar marcas legais, como a Divino, que tem roupas bem coloridas. A Via Primavera funciona como uma cooperativa de marcas locais, que se juntaram para deixar a rua mais bonita e para vendê-la como um centro de compras descolado. Divino: Via Primavera www.divinoputamentenamorado.com

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m ore • pe r fi l

Marcos Novak:

na contramão do óbvio perfil por Narah Julia O designer de bolsas Marcos Novak conquista novos mercados. Depois de Curitiba, São Paulo e Paris, Nova Iorque e Los Angeles já estão na mira

j

osé Marcos Novak é arquiteto por formação. Por 17 anos se dedicou a atividades acadêmicas na área de arquitetura, lecionando nas melhores instituições da cidade. Uma carreira bem estabelecida, de sucesso, mas ainda assim, volta e meia, rondava aquela pergunta: É isso mesmo?

Nesse momento, Novak tomou uma

Essa inquietação vinha da vontade de fazer algo diferente, que desse espaço ao livre exercício da criação – bem diferente do trabalho burocrático, e de certa forma cíclico, exercido até então. A guinada em sua carreira começou com um trabalho desenvolvido em uma comunidade carente. Na época, as bolsas despontavam como um acessório ícone nas coleções, então Novak começou a desenvolver modelos que pudessem ser produzidos manualmente pelas mulheres do projeto comunitário, sem uso de maquinário expressivo. As bolsas começaram a ser vendidas e o projeto, que a principio era realizado de forma despretensiosa, acabou se tornando um sucesso.

próprio ateliê e suas criações tem se

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atitude que muitos não teriam coragem: largar tudo, mudar de carreira e apostar num sonho. Há dois anos montou seu destacado em publicações internacionais, como a Marie Claire francesa. “Desde pequeno tinha um olhar muito atento à moda, gostava de ver minha tia costurando, adorava ter um papel à mão, desenhar, precisava criar”, conta.


p e r fi l

Na contramão do fast-fashion Em seu ateliê, Novak produz bolsas que primam pela qualidade absoluta, e resgatam o charme e a individualidade que apenas objetos produzidos manualmente possuem. Alem dessa preocupação com a criação, o trabalho do ateliê continua vinculado a projetos sociais e subsidiando o desenvolvimento sustentável. A tônica de seu trabalho é apostar no design, inovar e fugir do obvio da indústria da moda, na qual a copia virou um hábito generalizado, produzindo produtos massificados. “A idéia é fazer um acessório que valorize o artesão, o trabalho com as mãos, um mix entre indústria e artesanato. Claro que não aquela concepção brejeira da palavra artesanato, mas, sim, produtos de luxo, trabalhados com muito esmero, com acabamento de qualidade, agregando valor justamente por essas características. Bem diferente dos produtos que vem da China, inclusive, acho horrível pessoas que compram produtos fakes”, comenta Mesmo com essa política diferente de mercado, faturamento sempre é um fator importante, é claro – e as vendas vão muito bem. As bolsas MNovack podem ser encontradas em lojas multimarcas como a Goa e a Con Base, no shopping Novo Batel, em Curitiba, na Rebeca Guerberoff, em São Paulo, e, em Paris, na boutique Pur’Suco. Seus produtos também estão à venda no show-room do ateliê MNovak e logo estarão desfilando em três outras cidades – Rio de Janeiro, Nova Iorque e Los Angeles. E outros acessórios, você pensa em fazer? “Não, só bolsas. Não tenho interesse em fazer outra coisa, quero focar no que sei fazer. Disciplina, conduta de trabalho e a repetição exaustiva da técnica – assim como na arte – levam a perfeição do trabalho”, afirma. E pode-se ver no delicadíssimo e sofisticado trabalho da nova coleção, feito com fitas de cetim trabalhadas em tear, que as bolsas são realmente peças únicas, verdadeiras pequenas obras de arte portáteis.

Serviço: Ateliê Marcos Novak Av. Iguaçu, 833, cj 02 – Rebouças Telefone (41) 3232 9187

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m ore • pe quenos prazeres | h o m ens

Desate o onó desate nó por Katia Michelle Pires fotos: Paulo Chiquiti

Amadas ou odiadas as gravatas sempre (sem bem usadas) conseguem transformar o visual do homem

n Gravata de seda Daslu Homem (R$ 191,00 ) e camisa de algodão Daslu Homem (R$ 437,00) para Bazzar Fashion

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ão dá para dizer que ela é uma unanimidade. Há quem torça o nariz, quem abomine, quem necessita e quem é amarrado a ela. O fato é que, gostando ou não, as gravatas são acessórios indispensáveis no guarda-roupa masculino (e, há controvérsias, no feminino também). Nascida como um acessório de guerra – há indício de que guerreiros chineses usavam uma espécie de lenço amarrado ao pescoço ainda no terceiro século a.C – e popularizada pelos europeus, a gravata já atuou em vários papéis na história da moda. Alguns especialistas defendem que o objeto teria surgido inspirado nos acessórios utilizados pelos guerreiros croatas (daí sua etimologia), no século 17, que eram nada mais que pedaços de pano envoltos ao pescoço. A partir daí, a gravata passou por uma longa fase de adaptação para chegar ao que se vê hoje: aparentemente uma tira de tecido que, bem atada, pode transformar o visual do homem.


p e q u e n o s p ra z e re s | h om e n s

Para Fernando Capoani, da multimarcas curitibana Capoani, o acessório é imprescindível quando se tem um compromisso que pede elegância. “É uma questão histórica. A gravata era sinônimo de nobreza”, revela o empresário que é referência quando o assunto é luxo na cidade. Ele ressalta que a tendência atual pede nós mais finos, inspirados na tendência inglesa e com ar mais despojado. O empresário salienta, no entanto, que tudo depende da personalidade da pessoa e também do tipo de camisa que se está usando. “Um nó depende muito do colarinho da camisa”, salienta, complementando que não há regras na hora de escolher o nó, mas sim no momento de decidir a gravata, a própria camisa e terno que se vai usar. Capoani ensina que eventos mais clássicos pedem gravatas maiores, de 8,5 ou 9,5 centímetros de largura e que locais e eventos contemporâneos permitem a ousadia que a gravata mais estreita, de 5 ou 6 cm, confere. “Estas podem ser usadas até por mulheres, mas eu, particularmente, não gosto. Acho que a gravata representa o masculino”, salienta. Andréa El Omeiri, da Bazzar Fashion, única loja curitibana que vende a cobiçada Daslu (incluindo a linha masculina) defende que a gravata é capaz de “complementar” o homem. “A gravata e o sapato diferenciam os homens tanto quanto a bolsa e o sapato diferenciam as mulheres”, opina. Sobre a dificuldade em escolher e usar o acessório, ela revela que os homens modernos estão superando isso. “Eu percebo que até na escolha eles estão mias ousados, como na cartela de cores, por exemplo”, conta. E para evitar qualquer constrangimento na hora de provar o acessório, a Bazzar costuma ministrar um mini-curso aos vendedores masculinos com todos os tipos de nós, para que eles possam ensinar – caso necessário – a um cliente com pouca habilidade nessa arte. “Temos um quadro à disposição dos vendedores e clientes com o passo a passo dos nós mais comuns”, avisa ela. Assim fica mais fácil.

Gravata de seda Daslu Homem para Bazzar Fashion, R$ 189,00

Gravata de seda Daslu Homem para Bazzar Fashion, R$ 187,00

Desenrole: Nó Clássico (ou Windsor): Para ser utilizado em camisas com colarinhos largos ou onde a distância entre as duas pontas é grande. Nó Semi Clássico (ou semi-Windsor): Indicado para ser utilizado nas camisas de colarinho padrão, nem largo nem estreito. É um nó adequado para gravatas de seda ou de outro tecido leve. Nó Esportivo (ou four-in-hand): Este tipo de nó possui um visual mais descontraído. É utilizado para colarinhos estreitos e golas pouco pontudas Nó Americano: É o mais usado atualmente. Combina com colarinho americano. Nó Italiano: Apropriado para colarinhos italianos, que são mais largos.

Gravata de seda Daslu Homem para Bazzar Fashion, R$ 187,00

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m ore • de s i gn

Cinqüentona de classe design da redação

C

om design atemporal, a famosa Egg Chair criada, em 1958, pelo arquiteto dinamarquês Arne Jacobsen e produzida por Fritz Hansen, ganha uma edição limitada de 999 modelos para comemorar seu cinqüentenário. A nova linha inclui um modelo feito de camurça marrom na parte traseira, couro cor de chocolate na frente e pés de bronzes polidos à mão. Cada um dos modelos da edição limitada recebe ainda uma gravação individual, embaixo do assento, com numeração e um breve histórico e origem da Egg Chair. Um livro comemorativo também acompanha cada peça. Destaque ainda para os 50 modelos criados pelo designer israelita Tal R, queridinho da família real dinamarquesa, para a comemoração. Tal R renovou o guarda-roupa da cobiçada Egg. Apostou no patchwork de tecidos reciclados e deu a cada uma das cadeiras uma personalidade inusitada e multicolorida. Cada versão da Egg, by Tal R, foi batizada com um nome ligado ao universo do psicanalista Freud, homenageando a capacidade de reinvenção e renascimento As cadeiras produzidas por Hansen estão no mercado por cerca de US$ 6 mil. Exemplares manufaturados na década de 50, que se encontram nas mãos de colecionadores, não saem por menos de US$ 70 mil.

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de s i g n


m ore • moda

fotografia: Antonio Wolff (LUXLAB) assistente de fotografia: Paulo Goes (LUXLAB) tratamento de imagem: Cleverson Cassinelli concepção: Coletivo Ponnei + More magazine coordenação de Styling: Julio K e Rudy Sarnovski (coletivo Ponnei) stylist convidada: Mariana Basen produção de moda: Mariana Basen + Julio K, Rudy Sarnovski, Rafael Lopes (coletivo Ponnei) modelos: Alisson Remmer e Estéfane Mayer (Ford Models) e Thalidy Tomasi (Nass Models) beauty: Hair por Sherlock Palmieri (Vimax) e Make-up por Hill Mafra (Vimax) 22 • 02 • novembro/dezembro 2008



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moda

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Mariana Weickert para TNG

Dedorah Secco para Puramania

Joana Balaguer para Calvin Klein

XIX Crystal Fashion moda fotos: Ricardo Pacak

a

décima nona edição da semana de moda do Shopping Crystal Plaza, que apresentou ao público as últimas tendências para as estações Primavera-Verão 2008/2009, teve a tradicional correria no backstage e a movimentação intensa entre passarela, sala de imprensa e espaços conceito. Comandada pela gerente de marketing do Shopping Crystal, Lylian Vargas, e com coordenação geral de produção de Paulo Martins e equipe, a semana fashion reuniu cerca de 40 mil pessoas durante os seis dias de desfile. A multimarcas Croqui apostou em listrados, xadrezes e estampas com flores, com peças da Carmim, Houis Clos, PIN e Cavendish. A Puramania, que trouxe a atriz Deborah Secco, apresentou micro-vestidos, cintura alta bem marcada, jeans lavados e babados.

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moda

Cori

Calvin Klein

Croqui

Triton

Forum Tufi Duek

A Triton foi de rock, muito preto e branco,

branco e tons claros de bege com off-

Lio, Green, Zebraejoaninha e Lilica &

correntes, zíperes, listras, estrelas, guitar-

white, terminou com looks em longos

Tigor levaram às passarelas do Crystal

ras e acessórios dourados. Já o desfile da

pretos. O salto alto, com sandálias gla-

Fashion as tendências para a criançada.

Forum Tufi Duek começou explorando

diadoras que subiam acima da altura do

A TNG trouxe a top Mariana Weickert e

com bastante força a combinação do

tornozelo, dominou a passarela.

inspirou-se no mar. A coleção apresen-

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m ore • moda

tou listras e mais listras e os tons mais vistos nesta coleção foram o vermelho, o azul e o branco. Shorts com laços, jeans com lavagens super claras, calças presas à cintura por cordas, blazer jeans, estampas listradas e âncoras bordadas foram visuais recorrentes. A colombiana Liliana Castellaños trouxe um conceito de peças ecologicamente corretas, feitas de fibra de bambu. Flores, babados, laços, flores e estrelas personalizam as peças. Os cortes irregulares e as transparências foram responsáveis por valorizar as curvas femininas. A Evidence levou para as passarelas clientes da marca, que desfilaram junto com as modelos e com a atriz Nívea Stelmann. Destaque para as estampas florais, que reinam absolutas na primavera e no verão.

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Forum

TNG

Evidence

Liliana Castellaños


moda

Nívea Stelman para Evidence

Triton

A Calvin Klein chegou casual e sofisticada. As linhas jeans e underwear foram inspiradas no visual nova-iorquino de verão. A estrela do desfile foi a atriz Joana Balaguer, que fez duas entradas. A Calvin Klein Jeans priorizou peças leves, com tecidos especiais para o verão, looks suaves e sofisticados, mas sem perder o estilo casual da marca. A Cori veio com fortes influências da cultura mexicana. Cores e estampas geométricas foram destaques da coleção. Os acessórios vieram extravagantes, com brincos e colares em tamanhos ousados.

Green

Lilo

Lilica & Tigor

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m ore • pe quenos prazeres | m u lh eres

Beauty belaza Givenchy A marca lança para o verão o pó Prismissime Mat & Glow com uma paleta de 9 cores que esquentam o bronzeado em duas texturas diferentes. As cores foscas tem filtro UV e pigmentos refletivos, que protegem a pele e dão um acabamento sem brilho. Você pode misturar a paleta para uma maquiagem natural ou usar toques dourados e acobreados das texturas brilhantes para acentuar olhos e bochechas.

Body Shop A Body Shop é mais uma que aposta no prático e descolado tubinho de blush. Aperte o botão e pronto! O pó está no pincel para ser aplicado nas bochechas, colo e ombros, garantindo um bronzeado delicado.

Dior O Dermo System Homme Serum é mais um lançamento voltado exclusivamente para os homens. O produto é um gel anti-rugas que repara pequenas lesões cutâneas, estimula a regeneração celular e tem proteção contra os radicais livres.

Clinique O hidratante de absorção imediata, Repairwear Lift SPF 15 Firming Day Care, promete ajudar na reconstrução da estrutura de suporte da pele estimulando a produção natural de colágeno. Com proteção dos raios solares UVA/UVB e três fórmulas, uma para cada tipo de pele.

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Pronta para o

verão

CAPITOLLIUM Av. Presidente Getúlio Vargas, 3365 | Batel | (41) 3015-3365 Rua São Pedro, 42 | Cabral | (41) 3026-3300 www.capitollium.com.br


m ore • me r cado

A difícil arte

de tomar decisões arte -tomar decisões por Kátia Michelle Pires fotos: Paulo Chiquiti

u

ma das frases mais conhecidas do filósofo francês René Descartes (1596 – 1650) é a que diz que “a razão ou o juízo é a única coisa que nos faz homens e nos distingue dos animais”. Já na sua época, Descartes defendia a razão como um diferencial essencial para o ser humano, a despeito de todo o sentimentalismo e emoção que ao homem é atribuído. Mas trabalhar a razão e a emoção e equalizar as duas questões têm sido muito mais do que um desafio filosófico ao longo do tempo. É uma questão de sobrevivência. Quando se trata do mercado de trabalho, é ainda um fator determinante para quem quer alcançar o sucesso, independente do significado que a palavra tenha para cada profissional. Medir quanto cada homem ou mulher utiliza da razão ou da emoção em seu dia-a-dia não é exatamente uma tarefa fácil. Porém, saber a necessidade de utilizar a faculdade de avaliar questões (ou de usar a razão) dentro do mundo corporativo é uma exigência cada vez maior. Uma pesquisa realizada recentemente pela Acta – Educação e Carreira avaliou o quanto as mulheres, cujo estereótipo é o de usarem muito mais o lado emocional, tomam decisões baseadas na razão. O resultado revela que as mulheres têm um perfil decisório baseado mais no pensamento do que nas emoções. A pesquisa avaliou um universo de 460 profissionais entre 30 e 50 anos em cargos de coordenação e gerência, de Curitiba e São Paulo, e comprovou que apenas 14% das executivas tomam decisões baseadas na emoção. Ou seja, a grande maioria das executivas consultadas decide e julga pelo pensamento, muito mais do que pela emoção. “O resultado surpreendeu principalmente aos homens que estão na liderança. Já as mulheres já estão se dando conta que o processo de decisão é mais racional”, explica

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a idealizadora da pesquisa e diretora da Acta, Carla Virmond Mello. Para ela, o fator mais importante da pesquisa é comprovar que a mulher tem uma capacidade maior de equalizar a razão e a emoção, o que é essencial para o mundo corporativo moderno. Carla acredita que o resultado da pesquisa pode garantir mais e melhores espaços para as mulheres no mundo corporativo. “Apesar da grande preferência por um estilo de decisão mais racional, a emoção sempre está presente, mesmo que em doses menores. O importante é saber flexibilizar, usando cada uma na dose certa. Até porque, decisões puramente mecanicistas não cabem mais num mundo dinâmico e cheio de imprevistos, em ambientes incertos, com situações e problemas que não demandam apenas um padrão de resolução”, defende.


m er c a d o

Pesquisa derruba o mito de que as mulheres são mais emotivas na hora de tomar decisões. No ambiente corporativo, elas consideram mais a razão

Razão X emoção A médica Ruth Graf, referência em cirurgia plástica no país, acredita que a mulher é capaz de assumir uma tarefa com mais responsabilidade e utilizar ainda mais a razão porque precisa quase sempre dividir o trabalho com outras funções, como as da casa e dos cuidados da família, por exemplo. Para a médica, essa característica inerente ao sexo feminino faz com que a mulher tenha mais flexibilidade na hora de trabalhar razão e emoção no trabalho. “Como médica, tenho sempre que usar a razão, mas também não posso deixar a emoção de lado”, frisa.

Ruth Graf: “Como médica, tenho sempre que usar a razão, mas também não posso deixar a emoção de lado na hora de lidar com os pacientes.”

Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a médica se formou em Cirurgia Geral pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, e em Cirurgia Plástica pelo Hospital Municipal Barata Ribeiro, no Rio de Janeiro. Também acumula especializações em cirurgia plástica fora do país, como na Universidade da Califórnia, (EUA). Com uma agenda repleta de compromissos, ela diz que está acostumada a utilizar o lado racional, mas se emociona quando um paciente revela que ela ajudou a transformar a vida dele por conta dos seus serviços. “Contribuir para a mudança de vida de um paciente é algo muito emocionante”, diz.

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m ore • me r cado

A empresária Eviete Dacol, da Inove Design, acredita que a razão é imprescindível para as decisões no mercado de trabalho, mas que não é possível focar apenas no racional. Ela já se viu em situações em que precisou deixar o emocional de lado para garantir bons resultados profissionais, como quando teve que demitir um parente, por exemplo.

Eviete Dacol: “Na hora de tomar decisões no trabalho, sou bem objetiva. A razão impera.”

A empresária, que já foi indicada ao Prêmio de Mulheres mais Influentes do Brasil, criou a Inove há mais de 20 anos, em sociedade com o marido, o que fez que ao longo do período ela não só aprendesse a trabalhar a razão e emoção como também a dividir as duas questões. “É preciso separar as duas coisas. No lado profissional, a razão impera”, defende. Já quando o lado familiar pede uma decisão, ela confessa que não consegue ser tão racional assim. “Minha filha pediu uma festa de aniversário com coisas que eu achava supérfluas, mas é claro que não consegui dizer não. Na hora de tomar decisões no trabalho, sou bem objetiva, mas quando o assunto é família, o lado emocional fala mais forte”.

Dani Moro: “Preciso usar a razão para criar uma ferramenta emocional.”

A economista Dani Moro, gerente de marketing corporativo da empresa Battistella, sabe o quanto é difícil equalizar razão e emoção no dia-a-dia, mas concorda com o resultado da pesquisa feita pela Acta. Acostumada a trabalhar com as situações rígidas que a economia pede, ela migrou para a área de marketing quando percebeu a importância de equalizar razão e emoção no mercado de trabalho. “Agora preciso usar a razão para criar uma ferramenta emocional”, salienta. Exemplo de que o número de mulheres ainda é pouco em cargos de gerência, Dani trabalha numa empresa com quase dois mil funcionários. Dentro da sua área, são oito os gerentes corporativos. Apenas duas mulheres. “A cobrança certamente é maior, mas nunca tive problemas. Tenho um perfil mais objetivo, mas como qualquer mulher fico de bico de vez em quando. O bom é que passa logo”, brinca.

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m er c a d o

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m ore • bat e papo

Vida feita de papel e cor papel e cor por Katia Michelle fotos: Daniel Ernst produção: Mirko Krzesinski maquiagem: Studio Fabiano Santos 40 • 02 • novembro/dezembro 2008


b a te p a p o

Efigênia Rolim conquistou o título de artista plástica transformando lixo em arte. Com a prática ganhou a merecida alcunha de “rainha do papel”

e

la já tinha visto muito lixo pelas ruas e pela vida antes de prestar atenção em um papel de bala que estava jogado pelo chão. Pensou que fosse uma jóia e logo imaginou o dinheiro que a venda do valioso objeto poderia render. Não era. Hoje se orgulha de ter encontrado apenas um papel. Começava ali uma das histórias mais interessantes de uma artista com sua matéria prima. Pois foi no chão de uma fria Curitiba que a mineira Efigênia Rolim encontrou uma verdadeira “jóia”: papéis de bala que se transformariam em ouro em suas mãos. São com eles que ela constrói bonecos, bichos, esculturas e – muito mais do que seres animados – constrói as histórias que fizeram dela uma contadora peculiar e reconhecida além da terra das araucárias que escolheu para viver. Em outubro, Efigênia recebe das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma das maiores honras que um artista brasileiro pode esperar: a Ordem do Mérito Cultural. Selecionada entre mais de 700 artistas de todo o país, ela não esconde a satisfação com a entrega da comenda, mas também não deixa a honesta modéstia de lado: “Porque eu, meu Deus?”, não cansa de perguntar. Mas a história de sua vida responde por ela. Nascida em Abre Campo, em Minas Gerais, ela mudou-se para o interior do Paraná em meados da década de 60, com sete, dos nove filhos que teria ao longo da vida. No Estado, viu a lavoura ser levada pela geada e o marido e os filhos serem castigados com a fome. Com o companheiro doente, mudou-se com a família para Curitiba para tentar tratamento médico, mas se viu diante da miséria. “Eu ficava diante da igreja sem saber o que fazer, até que as pessoas começaram a me dar dinheiro. Eu ia acertar as contas com o santo lá dentro e entregava tudo para o padre”, conta. Mas Efigênia sempre teve um dom especial: o de inventar histórias e músicas. Tem milhares delas no repertório. “Faço isso desde criança, minha mãe achava que eu era louquinha”, brinca. Até para contar a forma como nasceu prematura, de sete meses, a pequena Efigênia, do alto de seus 77 anos, lança mão da música e da prosa: “Eu estava dentro da barriga da minha mãe. Ela abriu a boca assim aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh e eu espiei o mundo lá fora e disse: `mãe, como é bonito, deixa eu sair´. E nasci”. Não é difícil se envolver com as histórias contadas por ela. Pequena, de cabelos brancos como a neve, magra como só as pessoas que sofreram podem ser e ágil como só aqueles que se divertem conseguem, ela envolve a todos com sua voz de alento e farra. Sabe dar cambalhotas, gritar quando preciso, chorar quando necessário e sorrir sempre que lhe convém. E muitas vezes, o sorriso sem dentes acompanha a artista. Quando foi fazer as fotos para essa matéria estava inconformada de não ter refeito a dentadura que tinha perdido. “Não podemos fazer uma de isopor, só para as fotos?”, sugere. É que o sorriso dessa artista autodidata vai além da boca. Nasce no espírito como algo que só é concedido a poucos. Não importa se há dentes ou não.

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m ore • bat e papo

Mas voltemos para a história da vida dela. Depois de passar fome e frio na capital paranaense. Muito frio, por sinal – ela lembra: “Quando via a geada, achava que o fogo tinha queimado tudo. Deu uma confusão na minha cabeça” –, Efigênia sobrevivia de bicos e mendicância. Nada, porém, a afastava da arte. Um dia foi editar um livro na Feira do Poeta, contendo suas músicas e poesias. Olhou a “jóia” do papel de bala no chão e teve a idéia de fazer bonecos com papéis coloridos que recolhia pelo caminho. Os que mais gostava era os papéis de ovos de páscoa. Mas muito mais do que cor, encontrou uma analogia para as embalagens. “Pensei no ser humano. Tanto o papel de bala como o de ovo de páscoa só servem quando estão com o recheio. Depois são descartados. Com a gente também”. Juntos, papéis coloridos e sucatas se transformavam nos peculiares personagens das histórias inventadas (ou vividas, nunca se sabe) por Efigênia. Ela andava pelas ruas com as esculturas de papel e começou a chamar a atenção. No final da década de 90, foi personagem do documentário “Rainha de Papel”, curta com direção assinada pelo cineasta Estevan A. de Silveira. E, em 2007, quase dez anos depois, lá está Efigênia de volta às telas. O diretor argentino Sérgio Mercúrio filmou a vida e obra da senhora que transforma lixo em arte. O resultado foi “O filme da Rainha”, selecionado para festivais nacionais e internacionais, como o III Festival Internacional de Cine Documental de la ciudad de México, o filme ajudou a projetar o trabalho de Efigênia para o Brasil e o resto do mundo. Mas até o reconhecimento, muitos papéis foram amassados. “Eu sofri muito preconceito. Até minhas filhas tinham vergonha e diziam: o que você quer com tanto papel, mãe. Larga disso”. Efigênia não largou. Pelo contrário. Chamou tanta atenção que hoje tem até um museu com suas peças, que fica na casa dela, na Vila Oficinas, em Curitiba. Lá também mora com o filho Geraldo, de 57 anos, com deficiência mental. Para fundar o museu, ela ganhou uma verba de R$ 10 mil dos cofres públicos. “Foi pouco. O resto eu fui colocando dinheiro meu”, conta. Hoje ela sobrevive da venda das suas esculturas e de cachês que conquista com suas performances. Vendeu nove obras para um médico paulista por R$ 200,00. Estava precisando. “Eu disse para minha girafa de papel, antes de despachá-la pelo correio: vai, girafinha. Vai conhecer o mundo. Depois você volta e me conta”. Para se deslocar pela cidade, Efigênia lança mão de uma mala com rodinhas, com os objetos cuidadosamente arrumados dentro dela. “Essas rodinhas me ajudam muito. Foi a melhor coisa que inventaram”, conta. Mas a melhor coisa mesmo, não são as rodas, e sim a inspiração que está dentro dela. E isso, ela sabe, vai demorar a parar de rodar.

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Serviço: O museu “A Vida do Papel de Bala”, de Efigênia Rolim, fica na Rua Alceu José Guadagnin, n° 71. Vila Oficinas. Telefone (41) 3365 5406.



m ore • obj e t os

Girls toys Luxo e tecnologia Le Million é o nome do celular mais caro e exclusivo do mundo. O nome não poderia ser mais apropriado. O brinquedinho é revestido com 150 gramas de ouro 18 quilates, coberto com diamantes e pode ser personalizado ao gosto do cliente. Produzido pela Goldvich, empresa suíça especializada na fabricação de celulares de alto luxo, o Le MIllion foi criado pelo designer de relógios e jóias Emmanuel Gueit e ainda vem com a opção de couro de crocodilo nas costas do produto. (www.goldvish.com)

Ametista As jóias de Silvia Döring deixam qualquer um em dúvida. São mais de 150 modelos de anéis, brincos, pulseiras, braceletes e uma linha de anéis masculinos. Nossa dica: anel com banho de ródio e ametista. Loja: Alameda Augusto Stelfeld, 1513, telefone: 41 3324 0808.

Exótico A empresária Sylvia Sartorelli, da Impelle, apresenta a coleção AltoVerão 2009 com peças exclusivas de grande grifes nacionais como Thelure, Beachcouture, Aquadelic, Theó e a nova coleção própria da marca. Vale conferir a coleção de acessórios em couro exótico de Cris Pineroli. São 20 peças entre bolsas, carteiras de mão e acessórios de luxo que mesclam couro exótico, como phyton (cobra) e crocodilo, ao couro tradicional. Rua Carlos de Carvalho, 2073

Flowery A designer de jóias Ivy Lipsky acaba de lançar a coleção Flores. Todas as peças foram produzidas a partir da sobreposição de madeira com strass e chaton. Edição limitada. Onde encontrar: nas lojas Namix, Folie, Balangam - New Torriton, Goa Store, Three e Fernanda Cavalcanti.

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objetos

Boys will be boys Nos ares Com o foco cada vez maior na aviação executiva, a Embraer lançou o jato Phenom 100. A aeronave tem capacidade para acomodar até seis pessoas, incluindo o piloto. O acabamento sofisticado do interior foi criado pela BMW Group Designworks USA, braço da montadora BMW, que cria também interiores para carros, motocicletas e objetos de decoração. O jatinho foi projetado para percorrer distâncias curtas, sendo capaz de chegar até a 41 mil pés (12.500 metros) de altitude. Seu preço é estimado em US$ 2,98 milhões.

Empório Armani dresses up Samsung O novo celular da Samsung, Night Effect, foi desenvolvido pelo estilista Giorgio Armani após uma viagem a Tóquio, onde ele recentemente inaugurou uma loja conceito. O modelo, dedicado aos apaixonados por música, tem menos de 12 mm de espessura e é equipado com câmera de 3 megapixels e leds coloridos nas laterais – inspirados nos neons da capital japonesa – que acendem toda vez que o usuário recebe ou faz uma chamada. “As pessoas que amam Emporio Armani geralmente amam a vida noturna – gostam de sair depois que anoitece, quando as luzes da metrópole moderna iluminam as ruas, fazendo com que todos os lugares se pareçam com uma glamorosa casa noturna. Para essa pessoa, jovem, descolada e social, o Night Effect é o acessório perfeito. Permite estar em contato com amigos, com um visual moderno e elegante, e foi idealizado para ter um gerenciamento fácil dos arquivos de música. É um celular projetado para uma conversação com muitas cores e música”, disse Giorgio Armani.

Singing in the rain Você escolhe: uma suave garoa ou uma cortina de chuva na hora do banho. A empresa alemã Dornbracht é a responsável pela façanha. Lançou os chuveiros RainSky, que adaptam o volume e força da água à sensação da chuva. Um sistema controla a temperatura e três sprays de água, direcionados para a cabeça, o rosto e o corpo. Para completar, um jogo de luzes embutidas ilumina a cortina de chuva e garante um banho relaxante.

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m ore • por aí

DIAS/CULT

por Fernanda Dias

No País das Maravilhas A atriz Anne Hathaway (a bela protagonista de “O Diabo Veste Prada”) confirmou sua participação no elenco de "Alice no País das Maravilhas", a nova versão cinematográfica que será dirigida por Tim Burton, do clássico de Lewis Carroll, e produzida pelos estúdios Disney. O filme contará também com as atuações de Johnny Depp (parceiro constante de Burton em vários projetos, entre eles: “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça”, “A Noiva Cadáver”, entre outros) e Helena Bonham Carter – esposa de Burton e atriz sempre presente em suas obras.

Daniel Katz

AFBpress

Hathaway viverá a Rainha Branca, sendo que o papel título caberá à novata Mia Wasikowska. Já Depp interpretará o papel do Chapeleiro Maluco, e Helena Bonham Carter será a Rainha Vermelha. O filme será um mix de atuação e animação em 3D e tem previsão de estréia para o segundo semestre de 2009.

Como manda o Figurino Orgulho local, Marisol Urban Grossi foi uma das três finalistas do Prêmio Moda Brasil, na categoria melhor figurinista, concorrendo pelo seu trabalho no longa “Estômago”. O evento de premiação e a festa de gala aconteceram no começo deste mês Teatro Municipal de São Paulo.

2009, “comme il-faut” Durante o período de 21 de abril a 15 de novembro e com cerca de quinhentos eventos, teremos o início do projeto do Ano da França no Brasil, com um espetáculo na Lagoa Rodrigo de Freitas para celebrar a abertura oficial. Faltam ainda muitas confirmações e patrocínio, mas o objetivo é a promoção de parcerias que promovam a futura relação cultural

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entre os dois países em programações

em parcelas de 25% por conta da Fran-

diversificadas, como teatros, um festival

ça, 25% pelo Brasil e 50% pela iniciativa

de ópera no Teatro de Manaus, uma ex-

privada por meio das leis de incentivo

posição de Matisse na Pinacoteca de São

cultural de ambos os países. Aqui a orga-

Paulo, uma mostra de Chagall no MASP

nização do evento é de Danilo Santos de

e uma série de vários outros shows e exibições. O financiamento do projeto será feito

Miranda, diretor do Sesc de São Paulo, e lá, de Yves Saint-Geours, presidente do museu Grand Palais de Paris.


por ai

Tem que VER Estômago

O longa é sobre Raimundo Nonato, o protagonista que nas cozinhas de um boteco, um restaurante italiano e na prisão vive uma intrigante história, uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária. (www.estomagoofilme.com.br)

divulgação

Uma semana após ter recebido o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Biarritz, na França, o filme Estômago, do diretor paranaense Marcos Jorge, recebeu a premiação de Melhor FIlme Estrangeiro na 16ª edição do Raindance Festival, o maior e mais importante festival independente de cinema do Reino Unido, que acontece anualmente em Londres. O filme já recebeu 16 prêmios, 11 deles internacionais.

Elementar, meu caro Jude Jude Law viverá Dr. Watson na mais recente adaptação do diretor Guy Ritchie (ex-sr. Madonna) sobre o famoso detetive do clássico de Sir Arthur Conan Doyle.

Bahia no seu tempo

Gus Benke

Já Robert Downey Jr., que interpretará Sherlock Holmes, informou recentemente em entrevista à imprensa que seus ensaios já começaram, principalmente no que se refere ao seu british accent que, de acordo com ele mesmo, será impecável para estar convincente na pele do protagonista.

O fotógrafo curitibano Gus Benke está com uma exposição no Shopping Rio Design, na loja da Billabong, no Rio de Janeiro, sobre suas experiências de viagem à Bahia. O foco da mostra é o jeitinho baiano de viver, sempre em outro ritmo, mais lento e nunca, nunca com pressa. Como ainda não há previsão da chegada da exibição aqui, segue um dos clicks. Lisa: “As pessoas andam com medo de compromisso”

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m ore • ci nema

O Paraná nas telas cinema por Diana Moro

Cantoras do rádio O documentário longa-metragem, com direção de Gil Baroni e Marcos Avellar, foi produzido por Laurinha Dalcanale e a equipe da Arte Lux Produções, na cidade do Rio de Janeiro. O filme conta a era de ouro da música popular brasileira, mais especificamente, a fase dos sucessos da

entrecortado por depoimentos de im-

O documentário tem uma narrativa diferenciada apresentando como pano de fundo o musical “Estão Voltando as Flores”, dirigido por Ricardo Cravo Albin,

dível, para quem desconhece o início da

divulgação

Rádio Nacional. Quatro grandes intér-

pretes daquela época são o fio condutor da narrativa: Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Ellen de Lima e Violeta Cavalcanti.

“Cantoras do Rádio” conta sobre a era de ouro da música popular brasileira.

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portantes figuras como Chico Anysio, Marlene, Luiz Vieira, Miltinho e outros. Para os saudosistas um programa imperhistória de sucesso da música popular brasileira, “Cantoras do Rádio” é um filme obrigatório...


cinema

Vencedor do Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo do Paraná, o filme teve seu roteiro baseado no livro de contos “O Mez da Grippe”, de Valêncio Xavier, que narra o desaparecimento da jovem Jucélia Ramos no mesmo momento que o homem pousa na Lua pela primeira vez.

divulgação

Misteryos

Na busca por seu paradeiro o personagem VX, interpretado por Carlos Vereza tenta descobrir o que teria acontecido com esta jovem, sua jornada leva o espectador a percorrer os mais diversos ambientes: igrejas, shows de magia, ruas misteriosas, parques e filmes antigos.

Stephany Brito também atua em “Misteryos”

“Misteryos” conta com um atrativo visual diferenciado, as lentes anamórficas da Panavision, um belo efeito visual traduzido com maestria pelo diretor de fotografia Alziro Barbosa, além da primorosa direção de arte de Zenor Ribas. O elenco do filme é uma atração a parte, junto a Carlos Vereza, o público poderá deliciar-se com a sensualidade juvenil de Sthefany Brito, as participações de Leonardo Miggiorin e Jayme Periard, e rever a última participação da saudosa Lala Schneider nas telas.

divulgação

Carlos Vereza e Leonardo Miggiorin estão no elenco de “Misteryos”

O menino quadradinho Livremente inspirado no personagem de Ziraldo, o curta-metragem “O Menino Quadradinho” é uma animação infanto-juvenil. Produzido pela Oger Sepol Produções e dirigido por Diego Lopes, o filme brinca com a linguagem

da animação em 2D e 3D, além das dublagens de Kayky Brito e Sidney Magal.

drinhos e nada mais a sua volta. Deste

O curta conta as aventuras de uma criança que vive dentro de um gibi, um universo onírico e controlado, um dia, ele acorda no meio do nada, sem qua-

com as palavras e aprende a utilizá-las

momento em diante, ele passa a brincar para contar sua própria história.

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m ore • expos i ções

divulgação

exposiçoes exposições Arte conceitual brasileira na Tate A Tate Modern, em Londres, um dos mais importantes museus do mundo, expõe até 11 de janeiro 80 obras do carioca Cildo Meireles. Meireles é um dos principais representantes da arte conceitual brasileira e é cada vez mais reconhecido internacionalmente. O artista recebeu este ano, das mãos do rei Juan Carlos, da Espanha, o 7º Prêmio Velázquez de Artes Plásticas 2008, em reconhecimento por sua trajetória artística. A mostra tem como foco principal oito instalações de grande porte, que envolvem o público devido ao seu grande apelo sensorial. Depois da Tate, a obra de Cildo desembarca em Barcelona, Houston, Los Angeles e Toronto.

“Eureka/Blindhotland”, 1975, instalação de Cildo Meireles em exposição na Tate Modern

“São Paulo”, 2008, técnica mista sobre madeira, é uma das obras de OSGÊMEOS em exposição no MON

Gustavo e Otávio Pandôlfo, também conhecidos como OSGÊMEOS, consagrados com mostras em espaços nobres como a Deitch Gallery (Nova Iorque), Museum Het Domein (na cidade holandesa de Sittard) e Galeria Fortes Villaça (São Paulo), apresentam seu universo delirante, tátil e interativo no Museu Oscar Niemeyer. “Vertigem” é a primeira exposição individual da dupla em um grande espaço público brasileiro. OSGÊMEOS iniciaram seus trabalhos em grafite nos muros de São Paulo, mas há tempos ampliaram sua arte para outros suportes, o que os levou às galerias e museus mundo afora. Em cartaz até 1º de fevereiro.

Colors of the night Ao longo de sua carreira, o pintor holandês Vincent van Gogh (18531890) tentou a paradoxal tarefa de representar a noite pela luz. Para ele, “freqüentemente, a noite parecia muito mais viva e ricamente colorida do que o dia”. A exposição “Van Gogh Colors of the Nigth”, em cartaz no MoMA, de Nova Iorque, até 5 de janeiro, faz um recorte curatorial sobre o tema e apresenta 24 obras de todos os períodos da carreira do artista, muitas das quais nunca foram vistas juntas. Depois de Nova Iorque, a exposição segue para o Museu Van Gogh, em Amsterdã. O catálogo da exposição, feito pelo MoMa, já está à venda nas livrarias brasileiras.

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divulgação

divulgação

OSGÊMEOS

“O Semeador”, 1888, óleo sobre tela, Fundação Vincent van Gogh, em exposição no MoMA


água

A essência da

faz bem para

pele

A pele é um tecido que dá avisos bruscos sobre quanto o organismo necessita de água. Uma pele ressecada e com rugas é sinal de que o corpo precisa de mais água do que a consumida normalmente. A água Timbu ajuda no transporte de nutrientes, na circulação sangüínea e na eliminação de toxinas, refletindo assim, em uma pele macia e com uma elasticidade natural. Experimente o prazer de sentir-se bem. Água Timbu, faz bem para a vida.

w w w. ag u atim b u. co m . br


m ore • fot ogr af ia

Sex on theexposições walls por Tuti Maiolli

Ed van der Elsken “Simon Vinkenoog com parceira”, Paris, 1950 Silbergelatine-Abzug, 40 x 30 cm © Ed van der Elsken / Nederlands Fotomuseum Courtesy of Galerie Kicken, Berlin

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f o tog r a fi a

o

Fotomuseum de Winterthur, na Suíça, coloca o sexo na parede. Literalmente. Com 300 trabalhos de mais de 150 fotógrafos como Brassaï, Man Ray, Robert Mapplethorpe, Andy Warhol, Nobuyoshi Araki, Daido Moriyama, Noritoshi Hirakawa, a mostra “Darkside I – Photographic Desire and Sexuality Photographed” segue até o final de novembro.

Segundo o diretor Urs Stahel, este projeto quer colocar a discussão da fotografia como instrumento de representação e como um importante catalizador visual de sexualidade. Daí entram em cena fantasias, desejos, poder, violência. Fetiches. A editora alemã Steidl publicou o catálogo-livro com mesmo título.

Mark Morrisroe “Sem título (Abraço)”, 1985 C-Print, 40.5 x 50.6 cm Nachlass Mark Morrisroe (Sammlung Ringier), Fotomuseum Winterthur © The Estate of Mark Morrisroe, Winterthur

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m ore • fot ogr af ia

Sylvia Plachy “Memórias de amor”, Malibu, 1996 (Liebesandenken) aus: Red Light – Inside the Sex Industry Silbergelatine-Abzug, 50,8 x 61 cm Courtesy der Künstlerin © Sylvia Plachy

Nobuyoshi Araki “Sem título”, 1993 aus: Erotos Silbergelatine-Abzug, 57,5 x 38 cm Sammlung Thomas Koerfer © Nobuyoshi Araki

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f o tog r a fi a

Entre as mulheres vem a fotógrafa americana Nan Goldin que há anos se ocupa deste tema. Não sem provocar polêmicas. Goldin que começou sua carreira com a mostra “The Ballad of Sexual Dependency”, coloca as suas objetivas em portraits intímos e diretos do seu círculo de amigos. Ainda este ano a sua exposição “Heart Beat”, na Holanda, mostrou retratos de casais e amantes. Outra presença americana é a fotógrafa Cindy Sherman, conhecida pelo seu trabalho em que ela se retrata em vários personagens. Já a holandesa Innes van Lamweerde manipula fotos e apresenta discussões sobre sexualidade e identidade. Circula também nas área de moda e música, inclusive realizou o vídeo “Hidden Place” para Björk. Do Japão vem Nuboyoshi Araki o nome mais conhecido e ao mesmo mais controverso O seu universo gira entre sexo, morte e beleza. A mostra “Darkside”, além de dar um panorama fotográfico sobre sexo, nas entrelinhas é quase um convite ao lado yoyeur do público.

Jeff Burton “Sem título” #176 (Rods and Clamps), 2003 Cibachrom, 67,3 x 101,6 cm Sammlung Julia Stoschek, Düsseldorf. Courtesy Casey Kaplan, New York City © Jeff Burton

Francesca Woodman “Sem título”, Boulder, Colorado, 1972-1975 (Ohne Titel) Silbergelatine-Abzug, 20,3 x 25,4 cm Courtesy of George und Betty Woodman und Marian Goodman Gallery, New York © George Woodman

Serviço Fotomuseum Winterthur www.fotomuseum.ch

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more • gour me t

O prazer de comer bem gourmet por Daniela Prosdocimo Caldeira

Pescada amarela com purê de maçã e sálvia crocante Para o purê de maçã com fava de baunilha Ingredientes: 2 colheres de sopa de manteiga sem sal 500g de maçã descascada e cortada em cubos pequenos suco de 1 limão 1 xícara de açúcar ½ fava de baunilha Modo de preparo: Derreta a manteiga e acrescente a maçã picada. Refogue. Regue com o limão e acrescente o açúcar e a fava de baunilha. Cozinhe até que fique macia e dourada. Para a pescada Amarela Ingredientes: 2 pedaços do lombo da pescada amarela de 200g cada Sal, pimenta fresca Limão Modo de preparo: Tempere a pescada com limão, sal e pimenta fresca. Seque em papel toalha e doure em azeite bem quente de todos os lados. Termine de assar em forno pré aquecido.

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Para a sálvia crocante Ingredientes: 50 g de manteiga sem sal 1 pitada de sal 6 folhas de sálvia fresca Modo de preparo: Derreta a manteiga em uma panela pequena , acrescente uma pitada de sal e as folhas de sálvia. Deixe em fogo baixo até que as folhas estejam crocantes. Montagem: Sirva o purê de maçã com a pescada amarela em cima e regue com a manteiga de sálvia. Bon Apétit!


mo r e • m o t o r

E

xclusividade. Luxo, desempenho e esportividade. Uma equação muito bem equilibrada no superesportivo SLR McLaren 722 S Roadster da Mercedes-Benz.

fotos: divulgação

Na velocidade domotor luxo

As vendas do modelo começam em janeiro do ano que vem e a Mercedes informa que apenas 150 unidades do SLR 722 S serão produzidas. A transmissão automática Five-Speed criada pela fábrica alemã foi planejada para a alta performance. Como resultado, o desempenho do SLR 722 S é muito superior aos carros do mesmo segmento. A máquina chega a 335 Km/h graças ao seu motor 5.5 V8 equipado com turbo compressor, que gera 650 cv de potência. Para atingir os 100 Km/h bastam 3,7 segundos. Os 200 Km/h? 10,6. Provavelmente o conversível mais rápido já produzido no mundo. Para quem procura mais do que velocidade, o roadster alemão não desaponta. O acabamento interno é feito em couro e fibra de carbono, garantindo conforto e esportividade. A capota de lona, com acionamento automático, abre e recolhe-se em 10 segundos. A dianteira lembra os carros da Fórmula 1 e as portas asa de gaivota, presentes já no primeiro SLR feito pela montadora em 1955, complementam o visual agressivo.

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m ore • s oci al

Ruy Barrozo

rb@ruybarrozo.com.br ruy barrozo

Fernando e Marli Corrêa de Oliveira, da Porto a Porto, estiveram abraçando a chef de cuisine Geraldine Miraglia, durante as comemorações dos três anos de atividades da Oli Gastronomia. Geraldine preparou surpresas maravilhosas e brindou seus convidados com um verdadeiro festival gastronômico. Tudo harmonizado com excelentes vinhos.

Diego Pisante

Kraw Penas

O arquiteto Frederico Carstens, sócio-proprietário da Realiza Arquitetura, assinou o espaço “Colunista Convidado” da nova edição da revista LUSH (www.revistalush.com. br). Nesta edição, a revista eletrônica trouxe as principais tendências em arquitetura e decoração para primavera/ verão 2008-2009.

Wilson e Sônia Elias, proprietários da Ton Sur Ton, receberam clientes, jornalistas, arquitetos e decoradores durante o coquetel de lançamento do Espaço Design – uma área de 120m² com produtos da Kartell, Clássica Design e Studio Nada Se Leva. Na foto, a arquiteta Bárbara Sganzerla e Sônia Elias.

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André Gruby/F22 Studio Fotográfico

A cantora italiana Mafalda Minnozzi recebeu de nossas mãos, uma sandália Havaianas, modelo slim. Adorou!


Ana Gandara, Orlando Pessuti, Mafalda Minnozzi, Regina Pessuti, Conceição Barindelli e Paul Ricci (NY), fotografados por André Gruby, durante o jantar de despedida de Conceição, frente a Sociedade dos Amigos do Museu de Imagem e Som (SAMIS), realizado no Hotel Bourbon. A noite contou com aplaudidíssimo show da internacionalíssima Mafalda Minnozzi.

André Gruby/F22 Studio Fotográfico

social

Rafael Danielewicz

Marcelo Almeida comemorou seus 42 anos reunindo familiares e amigos na residência de sua família, na Rua Mateus Leme. Na foto, o aniversariante com seu irmão Beto Almeida.

As empresárias Ana Carolina Staben, Fabiana Staben e Laurize Ruzza realizaram movimentado coquetel de abertura de sua loja Isadora, especializada em roupas femininas, instalada no coração do Batel, à Rua Carmelo Rangel, 99. Vale conferir!

Com projeto baseado na ilha tailandesa de Bali, os arquitetos Giancarlo Rocco e Juliana Fleury, da F.A.R. Arquitetos Associados (www.fararquitetura.com.br), assinaram o projeto do stand da Ruy Barrozo Comunicação & Marketing/ Havaianas, que participou da XIX edição do Crystal Fashion – coleção primavera/verão 2008-2009, realizado na semana de 20 a 25 de outubro. O espaço mais uma vez bombou, e muito, todas as noites, repetindo o sucesso dos anos anteriores. O ponto alto da semana ficou por conta do delicioso e elogiado catering preparado pelo fantástico e competente, chef de cozinha César Monteiro, parceiro de longa data.

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m ore • s oci al

por Mariela Dias f otos: David Peixoto

Auto-retrato Conheça Fernando Nogari, vinte e dois años, nascido em 12 de julho. Ele integra a gang Banzai, quarteto criativo que tem assinado um montão de trabalhos gráficos, vídeos, fotos, obras de arte, instalações, you name it. São os queridinhos do momento! Estuda Artes Gráficas na UTFPR e pretende se especializar fora do país. Diz: “Queria fazer tantas coisas... Grrr”. Gosta de combinar cores, pizza Chicago Style e se considera dorminhoco. Ambientes fechados com todo mundo fumando tiram o menino do sério. Argh! Quando esteve em Istambul o que mais chamou a atenção foi a distância que existe entre homens e mulheres. Das artes com as quais trabalha, tem alguma preferida? Eu gosto de fotografar, gosto de fotografar com filme, tenho uma coleção de máquinas analógicas. Esta semana fiz um ensaio pra uma revista chinesa (hilow.cn/). Ultimamente tenho feito uns vídeos também. Na verdade não tenho preferência, estou entre a fotografia e o vídeo. Qual a trilha do momento? Esaú Mwamwaya. Fui ao show dele em Londres, é demais. http://www.myspace.com/esaumwamwaya Gata de verdade tem que ter... O swing proibido.

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Calcinha O personagem é a calcinha. Quem é ela? A escolha do lingerie revela muito da personalidade e por isso recomendo atenção. Tem meninas bem humoradas, usam calcinhas engraçadas, desenhos divertidos. Também existem as eternas românticas, não abrem mão da renda, laçinho, frufru. E o que dizer das práticas, exigem conforto, nada de fio dental, afinal, incomoda! É uma peça tão reveladora, mas ao mesmo tempo só se revela para quem a gente escolhe. Por isso, invista nelas. Renove o estoque. Be chic, baby!


Anaïs Capistrano, à la Anaïs Nin A gata garota acaba de embarcar para a Índia e conseguiu atender nosso convite para um registro rápido antes da viagem. O que vai fazer na Índia? Trabalhar, ou seja, modelar. Bebe, fuma e sempre fala palavrão. Odeia gente arrogante, mas adora cachorros. Quando está em Curitiba vai ao Karaokê Jack in Bar, toda quinta-feira, e o momento cultura rola no Museu do Olho. Vício? “Ilegal, imoral ou engorda... Roberto Carlos conhecedor da vida!” Um lugar pra voltar... “Ir pra onde for, voltar pra casa.” Ótimo, sorte nossa!

Emperole-se Símbolo de elegância máxima, a pérola já foi ícone fashion de Coco Chanel, preciosidade nas produções de Jackie O. e até inspirou a tela mais famosa do pintor holandês Johannes Vermeer. Mesmo com jeitinho vintage, ela continua mais atual do que nunca e compõe looks super delicados. Apostem na idéia ao lado das rendas, regatas básicas, peças com babados e vestidos.

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fotos: divulgação

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In motion Pode colocar na wish-list. A soundstation inMotion T612, da Altec Lansing, chega ao país para turbinar o som de IPhones e IPods. Compacta, tem quatro alto-falantes e produz um som de com qualidade e potência apesar dos 60 watts RMS. Destaque para a blindagem dos fios que evita a interferência de sinais GSM do celular. Não é preciso colocar o celular no modo avião para evitar ruídos, assim que o iPhone toca, a T612 pausa a música. A dock vem com controle remoto, ajustes de graves e agudos e entrada para ser usada com outros MP3 players. Preço sugerido: R$ 699,00.

Mobilidade

Bolachão Para aqueles que não querem se desfazer dos seus bons e velhos LPs, mas também querem as músicas on the go em seus MP3 players, o toca-discos DP200 USB, da Denon, é a solução. A vitrola moderna grava as músicas dos bolachões em MP3 direto para um pen drive conectado à porta USB. Já a venda no Japão: US$ 300,00.

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A Positivo informática lançou quatro novas versões do mininotebook MOBO. Ideais para quem quer mobilidade, portabilidade e capacidade. Disponíveis com telas de 8,9 e de 10 polegadas, disco rígido de 60 GB a 160 GB e pesando pouco mais de 1 quilo, eles chegam ao mercado na versão white. Preço sugerido: de R$ 1300,00 a R$ 1500,00.


te c n o l o g i a

Pen drive TV A Rede Paranaense de Televisão (RPC) lançou sua transmissão digital no final de outubro, para aqueles que querem assistir a programação da emissora no computador, já está no mercado o Mini Receptor de TV digital da Multilaser. O sintonizador tem formato de pen drive e uma antena dobrável para captar o sinal digital das TVs abertas. Um software que acompanha o produto permite a reprodução de TV em tempo real com a tecnologia time-shifting, que grava a programação no momento da transmissão e permite ao espectador pausá-la no momento que quiser. Preço sugerido: R$ 399,00.

Mini TV Ainda sobre a TV Digital. Para os aficionados por mobilidade e TV, a Mini TV Digital Semp Toshiba, com tela de 3.5 polegadas e 2 GB de memória flash é o começo. O aparelho permite ao consumidor assistir seus programas favoritos em qualquer lugar. Válido, claro, apenas para as regiões onde o sinal digital foi lançado. A memória também permite o armazenamento e reprodução de vídeos, fotos, músicas e arquivos em formato TXT. Preço sugerido: R$ 900,00.

Retro Cansado do design moderno dos telefones celulares e saudoso da época em que um telefone servia apenas para conversar? O brinquedinho ao lado, pode matar sua vontade. O Retro Handset recebe e faz ligações utilizando o seu aparelho celular via Bluetooth. Difícil vai ser guardar no bolso. Preço sugerido: US$ 29,00.

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fotos: Tuti Maioli

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Holanda:

Tulipas, Chicosturismo e Design por Tuti Maioli Neto

v

iajar, segundo a língua portuguesa, por ironia ou paradoxo, é um verbo intransitivo. No vamos ver, as bagagens são outras. Tudo transita. O on the road, seja aéreo, por mar ou terra, tem algo a ver com cinema. Road movie. Cenas de aeroporto. Cartões postais. Os bilhetes escritos e não mandados pelas janelas dos trens. A estação, hoje, é Zurique. O destino: Amsterdã. E quando se pensa em Holanda, vêm vacas, os coffee-shops, Van Gogh, prostitutas em vitrines. Uma nuvem vem, diz até logo e o piloto informa que o tempo é nublado, céu parcialmente coberto. Terra firme: Aeroporto Schiphol, um projeto da firma holandesa Concrete, que assina

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também o bar b2o em Singapura e o escritório da Hyundai em Seul. Dizem que o lounge do aeroporto é o que há, mas é um território não permitido aos plebeus. Mais conhecido por Royal Center, a ele só têm acesso os membros da família real, ministros e secretários de Estado. Os móveis são todos feitos por designers


tu r i s m o

Flanar em Haia é outro lance. Segundo os nossos cadernos escolares, Rui Barbosa esteve aí em 1907, na Convenção de Paz. A cidade, capital da Holanda e sede dos Tribunais dos Criminosos de Guerra, tem uma presença aristocrática. Galerias de arte, brechós de luxo, cafés em que você pode ficar horas, entre um cappuccino e revistas de moda, e checando a vitrine humana.

Amsterdã, a nossa próxima estação, são outras cenas. Se é sábado, tudo circula, Vespas, milhares de bicicletas, pedestres, carruagens. Um mercado total, bebidas, legumes, tecidos, comida tailandesa. Música que rola pelas estradas, jazz, rappers nórdicos, um Elvis Presley loiro. No famoso Red Light District (distrito da luz vermelha), tem polêmica rolando pelos caminhos. O prefeito começou uma ação de “limpeza da área”, justificada pela criminalidade e escravidão sexual. As reações de protesto contra a prefeitura partiram de um comitê Plataforma 1012 (código postal da área). No lugar do sexo, a administração política de Amsterdã quer colocar moda. Quando os neons

Mesa “Cinderella”, da Demakersvan, label da nova geração de designers holandeses: Judith de Graauw, Joep e Jeroen Verhoeven

vermelhos se acendem, passa um outro filme. Um tal Chico, que por coincidência poética se chama Hollanda, cantarolava Ana de Amsterdã. Cinema: quando se fala em cinema na Holanda vem o nome de Theo Van Gogh, que sempre carregou a fama de enfant-terrible. Além da sua própria produção, provocava sempre polêmicas. Um dos seus últimos filmes, “Submission”, com roteiro de Ayaan Hirsi Ali, contava os abusos sofridos por quatro mulheres islâmicas O filme provocou violentas reações, inclusive a ameaça de morte a Ali. Não parou por aqui: o cineasta foi assassinado por um fundamentalista islâmico, em 2004, em uma rua de Amsterdã.

da casa, como o pop star Piet Hein Eek, que, em outras, faz livros em madeira. Próxima parada: Roterdã. Bombardeada na Segunda Guerra Mundial, hoje é um centro maior da arquitetura moderna na Europa. E ela arranha o céu e se delicia em várias formas. Foi aqui, na Overblaak 70, próxima à estação de metrô Blaak, que o arquiteto Piet Blom colocou as suas Cube Houses. Uma outra visita recomendada é o Kunsthal (Hall de Arte) , um projeto de Rem Koolhaas. É em Roterdã que ele dirige os escritórios, The Office for Metropolitan Architecture (OMA) e AMO, este pensado para áreas auxiliares, como sociologia e tecnologia. Uma viagem de

barco pelo porto, um dos maiores da Europa, dá a idéia do volume de carga transportada diariamente. Quem vai à cata de design, o lance é a rua Witte de Withstraat, onde também está localizado o Museu de Arte Moderna e à noite rolam os bares.

Fotografia: Os holandeses têm uma tradição firmada nesta área. Entre os pop

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stars figura o nome de Anton Corbin que transita entre a moda, cinema e música. Mais recentemente dirigiu o filme “Control”, todo em branco e preto, sobre Ian Curtis, líder da banda Joy Division. Já Erwin Olaf circula com suas câmeras também com moda e design com trabalhos realizados para a Diesel e Ingo Maurer.

Uma Cube House, em Roterdã, projetada pelo arquiteto Piet Blom

Serviço: Hotel Qbic. Vale a pena conferir. Segundo o slogan; “cheap & chic”. É um projeto pioneiro de turismo e hotelaria. O hóspede tem o básico, mas com design. O projeto do banheiro tem a assinatura de Phillip Starck. Freqüentado por managers, pessoal de imprensa. Stravinskylaan 241, no sul de Amsterdã. Reserva somente online: www.qbichotels.com.

Kunsthal. Situado numa área interessante, com parques e outros museus.

Restaurantes Sampurna (cozinha Indonésia). Nos finais de semana melhor reservar. Singel, 498 ( Mercado das Flores, Amsterdã C). Stockholm. Ideal para a happy hour. Perto das Casas Cubo. Spaanse Kade 12, Roterdã.

de Graauw, Joep und Jeroen Verhoeven. Seu best-seller é a mesa “Cin-

Design Shopping Haring Design. Aqui se encontra o melhor do design holandês. Lampadários da Ilu Design, Artdelight. Móveis. Tapetes. Schilderstraat 34 A, prolongamento da Witte de Withstraat, Roterdã. (www.haringdesign.nl) DOM Christian Koban. Um delírio a store. Toda em preto, ideal para a casa, gadgets, presentes. Tem lojas na Alemanha e em Paris. Spuistraat 281 A, Amsterdã.

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Sempre com programa de mostras interessantes. O café é uma sala ampla. Westzeedijk 341, Roterdã. Concrete. Image store. Spuistraat 250, Amsterdã. (www.concrete.nl) Designers Demakersvan. Label da nova geração de designers holandeses: Judith derella”. (www.demakersvan.com) Piet Hein Eek. (www.pietheineek.nl) Arquitetura Escritório 24H. Os arquitetos Maartje e Boris Zeisser têm como referência a natureza. Projetos de casas de férias em formas de répteis. Planejam um Spa em Amsterdã e um Ressort de férias ecológico na Tailândia. OMA (Office for Metropolitan Architecture). Liderado pelos arquitetos Rem Koolhaas, Ole Scheeren, Ellen van Loon, Reinier de Graaf e Shohei Shigematsu. Projetos: Fondazione Prada (Milão, Itália), SNU Museum of Arte, Seul. (www.oma.nl)


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