ProjetoPack em Revista Edição 66

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TECNOLOGIA, DESIGN, GESTÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS, RÓTULOS E IMPRESSÃO

ESPECIAL NICHOS: RÓTULOS TERMOENCOLHÍVEIS Leia ainda: • Acurácia e consistência de cores • Aumentando a produtividade e reduzindo o tempo de parada com a solução de limpeza correta dos substratos • Responsabilidade da indústria • As seis etapas críticas para se gerenciar a manutenção • E muito mais!

A “jornada” da tecnologia Flexcel NX - Pág. 34


A DIFERENÇA ESTA NOS DETALHES • Sistema para troca rápida de camisa porta clichê e camisa Anilox.

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/// SUMĂ RIO

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018 - 3


/// EDITORIAL

Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

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Nesta edição especial de número 66 da ProjetoPack em Revista, ainda relacionada à pauta “nichos de Mercado”, trazemos aos nossos estimados leitores uma visão geral sobre os rótulos termoencolhíveis – um segmento em franca expansão no Brasil e no mundo, e que ainda agrega margens relativamente superiores à média geral dos seus parentes, os rótulos autoadesivos. O que são, quais as principais vantagens e desvantagens, vetores de crescimento, aplicações e estrutura necessária para ingressar nesse nicho de mercado é o que intentamos cobrir, ao escrever o artigo. Trouxemos ainda um brilhante texto de um dos nossos habituais colaboradores, Andrê Gazineu (Plastimarau) – bastante técnico e minucioso – sobre o desafio de se manter a acurácia e a repetibilidade do fenômeno físico, bioquímico e psicológico ao qual chamamos rotineiramente “cores”, com enfoque nas mudanças de comportamento da luz ao iluminar superfícies distintas (distintas como são, de fato, os materiais de embalagens encontrados nas prateleiras dos supermercados). Nosso amigo filósofo eticista Francisco Santos aborda o quão árdua é a missão de incorporar os preceitos da ética nas empresas, em todas as suas atividades; um tema atemporal e deveras conveniente para o momento político que o país está enfrentando. A Meech, empresa especializada em soluções de limpeza de banda (dentre outros produtos), colaborou conosco exclusivamente em função de uma demanda que temos visto em algumas de nossas consultorias, para esclarecer as principais dúvidas sobre as tecnologias existentes atualmente, prós, contras e aplicações de um acessório como esse. Quando e porque manter o substrato isento de contaminantes antes e durante a impressão? O leitor encontrará esta e outras respostas no referido texto. O leitor encontrará ainda muito mais informação preciosa e aplicável em sua empresa. No entanto, quero salientar que você não precisa esperar dois meses para receber mais um exemplar da nossa publicação. Mais material pode ser acessado periodicamente no blog contido em nosso site institucional ou assinando o nosso informativo gratuito. Mantenha-se atualizado de graça, com apenas um clique. Acesse o QR Code ou envie-nos um e-mail para ­­atendimento@projetopack.com, solicitando o cadastro no newsletter. Use o código QR Boa leitura e até a próxima edição!

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/// SUMÁRIO

EXPEDIENTE Editor Aislan Baer Diretor de conteúdo Prof.° Lorenzo Baer Gerente de marketing Douglas T. Pereira

08 /// CAPA

24 /// ARTIGO TÉCNICO

08-23 ESPECIAL NICHOS: RÓTULOS TERMOENCOLHÍVEIS Dando continuidade à pauta especial deste ano – nichos de mercado – abordaremos a seguir os principais aspectos do segmento de rótulos termoencolhíveis, um mercado em ascensão no Brasil e no mundo e que traz, dentre outros tantos benefícios, um apelo promocional diferenciado às embalagens, com um aproveitamento quase total da área ou painel do frasco.

24-33 ACURÁCIA E CONSISTÊNCIA DE CORES Quando todas as embalagens produzidas em cima de uma única marca se juntam na prateleira de uma loja, é um momento da verdade: as embalagens do tipo stand-up pouch, caixa de papelão, flowpacks, frascos, bandejas, bisnagas, sachês...

34-35 A “JORNADA” DA TECNOLOGIA FLEXCEL NX Durante o segundo dia da feira Expoprint e em razão do aniversário de uma década de vida da tecnologia Flexcel NX, tivemos a oportunidade de realizar uma entrevista exclusiva com o Sr. Grant Blewett, diretor mundial e vice-presidente da divisão de flexografia da Kodak.

36-45 AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE E REDUZINDO O TEMPO DE PARADA COM A SOLUÇÃO DE LIMPEZA CORRETA DOS SUBSTRATOS As melhores convertedoras que imprimem rótulos e etiquetas hoje em dia compreendem que um substrato limpo, isento de contaminantes, implica em uma impressão mais produtiva.

46-47 RESPONSABILIDADE DA INDÚSTRIA A ideia dessa coluna é de contribuir com o pensamento ético nas atividades das indústrias em geral. Procurarei dar foco específico nas indústrias gráficas e de embalagens, com objetivo de criar sintonia com os agentes.

52-58 AS SEIS ETAPAS CRÍTICAS PARA SE GERENCIAR A MANUTENÇÃO Não é fácil convencer diretores (donos) de empresas a implantar um sistema de gestão de manutenção, mesmo sabendo que isso pode reduzir algo em torno de 60% de horas de manutenção. Isto mesmo, 60% de tempo, o que propicia um aumento da disponibilidade de horas para o processo produtivo.

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Gerente de contas Caio Demare Deise Moraes Roberto Lemes Marcelo Santos Projeto Gráfico e gestão de mídias sociais Agência Convertty Revisão dos textos Ricardo Teodoro Alves Comitê editorial Andrê Gazineu André Kenji Prof.° Antônio Cabral Prof.° Bruno Cialone Débora Higino Sodré Eudes Scarpeta Francisco dos Santos Joaquim Morais Liliana Rubio Prof.° Lincoln Seragini Marco Marcelino Nestor Pires Filho Rafael Melo Pedreira Wagner Delarovera Wilson Paduan Wilson Ramos Júnior Contratos de publicidade e assinaturas Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação, contate-nos: E-mail: revista@projetopack.com Fone: (11) 3258-7134 Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização da reprodução, contatar a publicação por e-mail em atendimento@ projetopack.com. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.


/// SUMĂ RIO

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/// ARTIGO DE CAPA

ESPECIAL NICHOS

RÓTULOS TERMOENCOLHÍVEIS

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/// ARTIGO DE CAPA Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

D

ando continuidade à pauta especial deste ano – nichos de mercado – abordaremos a seguir os principais aspectos do segmento de rótulos termoencolhíveis, um mercado em ascensão no Brasil e no mundo e que traz, dentre outros tantos benefícios, um apelo promocional diferenciado às embalagens, com um aproveitamento quase total da área ou painel do frasco.

“A possibilidade de se aproveitar toda a área do frasco é uma das grandes vantagens dos rótulos termoencolhíveis”

Os rótulos termoencolhíveis são produzidos a partir de filmes plásticos suscetíveis ao encolhimento biaxial (encolhimento ou contração nos dois sentidos de fabricação: direção transversal e direção longitudinal ou “de máquina”). A aplicação de calor, em túneis de encolhimento, faz com que estes materiais se ajustem perfeitamente ao formato do produto a ser rotulado. A tecnologia de rótulos termoencolhíveis não é nova, muito pelo contrário. Ela teria surgido em meados dos anos 60, no Japão, na produção de lacres que evidenciassem abertura e eventual adulteração de garrafas de saquê. Muito rapidamente, a tecnologia foi aprimorada e usada para a junção de dois ou mais produtos para fins promocionais e de marketing. Com a evolução dos processos de impressão (inicialmente a rotogravura ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018 - 9


/// ARTIGO DE CAPA

“Parte do sucesso reside na préimpressão, que deve distorcer um design planificado em uma superfície 3D, sem perda de qualidade”

e mais tarde, a flexografia), era possível imprimir com alta qualidade estes materiais e decorar em 360° garrafas de bebidas já nos anos 80. Ano após ano, as aplicações de rótulos termoencolhíveis abocanharam novos segmentos do mercado, principalmente na área de cosméticos, farmacêuticos, cuidados pessoais, alimentos e limpeza doméstica, dentre outros. A priori, todo produto onde a rotulagem tradicional com material autoadesivo apresenta dificuldades é um campo fértil para os termoencolhíveis. De acordo com a consultoria norte-americana AWA (Alexander Watson Associates), o mercado de rótulos termoencolhíveis cresce a uma taxa composta anual de 5,5%, podendo chegar aos 12.750 milhões de metros quadrados vendidos em 2018. Os rótulos termoencolhíveis, também chamados de “sleeve”, são geralmente impressos em rotogravura (impressão interna em até 9 cores) e flexografia (na maioria das

vezes, em impressoras modulares com cura ultravioleta). Há ainda os convertedores que os imprimem em offset UV, em máquinas impressoras modulares híbridas e, mais recentemente, em impressoras digitais do tipo HP Índigo. Grande parte do sucesso de um rótulo termoencolhível está na pré-impressão. Para que o design original, planificado, possa adequar-se ao formato tridimensional do objeto a ser rotulado, é necessária a utilização de um software de distorção (ou plugin) e de operadores experientes.

Materiais utilizados Inicialmente, tais rótulos eram fabricados com PVC termoencolhível transparente. Barato e versátil, este material ainda representa uma parcela significativa do mercado de sleeves e é confeccionado em extrusoras tubulares (blown) ou planas (cast). Atualmente, há uma gama mais ampla de materiais, que incluem o OPS (poliestireno orientado, bastante indicado para frasco compressível ou “squeezable”), o

Material

Preço

Encolhimento típico

Aplicação

PVC Blown

*

40 – 55

Formas simples

PVC Cast

**

56 – 68

Formas complexas

BOPET-G

***

70 – 80

Formas complexas

BOPP

*****

56 – 68

Latas

BOPLA

*****

50 – 60

Abordagem sustentável

OPS / SBS

****

45 – 60

Frascos compressíveis

PO

****

56 – 68

Abordagem sustentável

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“Um dos problemas atuais é a reciclabilidade dos frascos rotulados”

PET-G (poliéster glicol biorientado), o BOPP termoencolhível, o BOPLA (ácido polilático biorientado) e o SBS (estireno butadieno estireno). As espessuras costumam variar de 35 a 90 microns. Alguns aditivos especiais como bloqueadores de raios ultravioleta, agentes anti-estáticos, retardantes de chama ou mesmo elementos que se tornam fluorescentes quando expostos à luz UV podem ser incluídos, atribuindo propriedades específicas a determinadas aplicações. Com o aumento da preocupação com o meio-ambiente em todo o mundo, tem ocorrido uma mudança perceptível na participação de cada um dos filmes, com uma redução gradual do PVC e maior emprego de PET-G, BOPLA (um material que pode ser sintetizado 100% a partir de fontes renováveis) e filmes mistos, com um percentual de resinas provenientes de fontes renováveis. Outro problema ligado ao tema diz respeito à reciclabilidade dos frascos rotulados. Na maioria dos países, o processo de separação do rótulo termoencolhível e o frasco se dá por flotação – os materiais são triturados e colocados

em água e a diferença de densidade separaria os plásticos usados para a fabricação dos rótulos dos utilizados na confecção dos frascos. Na Europa, por exemplo, o PET-G é preferido justamente pela maior facilidade dos flakes serem separados, comparativamente ao PVC (mais usado nos EUA) e OPS (o número um no Japão). Há ainda bastante informação controversa a respeito e uma quantidade considerável de estudos técnicos acerca da reciclabilidade dos diversos materiais termoencolhíveis – mas é inegável o fato de que este é um dos vetores mais importantes do mercado de sleeves atualmente e para os anos vindouros. Por conta disso, diversos fabricantes de filmes termoencolhíveis passaram a desenvolver soluções que flutuam mais facilmente, fabricadas a partir de polieolefinas de baixo peso molecular (Pentalabel ClearFloat, Rafshrink PO MDO 45 LS e HS, TDS65 são exemplos de algumas destas soluções, dos fabricantes Klöckner Pentaplast, UPM Raflatac e Taghleef Industries, respectivamente). Uma das líderes mundiais na produção de rótulos termoencolhíveis – a francesa Sleever International (com subsidiária no Brasil) lançou, no ano passado, o primeiro rótulo com LDPET (um PET-G de baixa densidade) para as águas Evian e Volvic, da Danone Waters, voltadas ao público infantil com motivos relacionados à franquia Star Wars e personagens da Disney. Esta seria a mais recente inovação do mercado de sleeves, na bus-

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/// ARTIGO DE CAPA

ca por materiais de fácil reciclabilidade, uma vez que os flocos de LDPET flutuam, ao passo que as garrafas de PET afundam nos tanques de água na etapa de flotação.

Diversas especificações estão disponíveis a uma ampla gama de especialidades, tais como filmes termoencolhíveis para rótulos que serão acondicionados em baixas

temperaturas (geladeira ou freezer), alto grau de encolhimento (muito usado em frascos com gargalos muito longos e finos), com proteção à luz etc.; além da decoração, uma série de acabamentos como perfuração ou elementos para facilitar a propagação do rasgo (notches) podem ser utilizados em produtos como lacres antiviolação de medicamentos controlados. A solução de rótulos termoencolhíveis costuma ser considerada “de custo elevado”, quando comparada aos rótulos autoadesivos tradicionais. Isso se deve, em boa parte, ao fato de que os materiais fílmicos são quase sempre importados (alguns deles exigem transporte em contêineres refrigerados) e as máquinas impressoras e de acabamento são tecnologicamente superiores à média utilizada

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/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“A escolha do túnel depende de uma série de fatores, além da produtividade em si”

para se imprimir rótulos e etiquetas autoadesivos – equipamentos modulares com sistemas de inspeção automáticos, controladores de tensão e alinhadores de banda, calandras refrigeradas e tratadores corona em linha são alguns dos itens primordiais para quem vai imprimir estes materiais. Mesmo a despeito disso, o mercado é crescente e as margens ainda são atraentes. Muitos donos de marca têm diminuído custos de ferramental padronizando suas embalagens rígidas e agregando

valor com a decoração por meio de rótulos termoencolhíveis “full body” (usam toda a área do frasco), apenas para citar um exemplo. Em sendo a maioria dos materiais extremamente sensível ao calor, a qualidade do armazenamento (temperatura) é crucial para o seu funcionamento. É preciso também atentar para a umidade relativa do ar e a presença de contaminantes (sujeira), que pode influenciar negativamente na performance dos filmes e até mesmo alterar o seu coeficiente de deslizamento.

Algumas palavras sobre o processo de encolhimento Outra etapa crítica do processo é o encolhimento dos rótulos sobre os frascos. A aplicação previa dos rótulos nos frascos pode se dar de forma manual (processo mais lento, ideal para pequenos lotes ou amostras) ou automática. A escolha do túnel aquecido depende de uma série de fatores além da produtividade esperada: se o frasco será de vidro ou plástico, o tipo de filme termoencolhível em uso, se o produto será rotulado com o frasco cheio ou vazio etc. Existem muitos fabricantes, tecnologias e níveis de investimento para túneis de encolhimento, o que requer um estudo mais técnico por parte do

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/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“Cada filme demanda um selante e um sistema aplicador específicos”

cliente. A geração de ar quente via resistências elétricas, placas de cerâmica ou vapor e o fato de o produto rotulado permanecer estático ou girar parcial ou totalmente no ato do encolhimento são bons exemplos de variáveis diretamente ligadas à qualidade da conformação dos rótulos e ao nível de perda associado ao processo. Não raro, um túnel mais caro pode inclusive permitir o uso de rótulos mais baratos, com eficiência de decoração tão boa quanto um produto premium. O mais comum são túneis aquecidos por ar quente ou infravermelho, ou mesmo uma combinação destes dois. Há ainda um aumento no número de túneis aquecidos por vapor. Cada uma das tecnologias apresenta prós e contras e é recomendada a um perfil de produto específico. Todavia, os túneis de ar quente têm sido cada vez mais utilizados para rotulagem de frascos vazios, ao passo que os de vapor, para frascos cheios. Os rótulos sleeve são assim chamados por conta de seu formato, que lembra uma “manga” de camisa (tubular). Um detalhe pequeno e vital do produto é o ponto onde as abas ou bordas do rótulo se encontram e são selados com adesivo (na verdade, com um solvente ou mistura de solventes que funde quimicamente o filme). Cada filme possui um selante específico e um conjunto de aplicação recomendado (entende-se por conjunto de aplicação o dosador de solvente no ponto de selagem,

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que pode ser um tipo de escova ou “agulha”, por exemplo). Grandes produtores de rótulos termoencolhíveis, entendendo a importância do processo de selagem e outros pontos críticos da sua manufatura, investem em máquinas revisoras e outros recursos para garantir a maior qualidade possível do produto. Isso inclui a adição de elementos fluorescentes à luz UV nos solventes de selagem, de forma que uma variação durante a aplicação possa ser facilmente detectada.

Fornecedores A demanda nacional de filmes termoencolhíveis para rótulos é concentrada na mão de poucos fornecedores. Ela é atendida principalmente pela Bonset Latin America S/A (uma subsidiária da norte-americana Bonset Corporation e da japonesa Takiron, subsidiária da também japonesa Itochu), a alemã Klöckner Pentaplast, a árabe Taghleef Industries (do grupo Al Ghurair), a coreana SKC e uma miríade de grandes fornecedores asiáticos (China, Índia e Taiwan, majoritariamente), importados e distribuídos por empresas nacionais como a Furnax, Inovagraf, Tecnatronic e outros. Os solventes (selantes) para fechamento do tubo – o popular THF (Tetrahidrofurano), a Ciclohexanona, o 1.3 Dioxolano e combinações destes solventes podem ser adquiridas junto a empresas como a Nathalgraf, Uniplastic e uma série de distribuidores da Merck, espalhados por todo o território nacional.


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

Existem muitos fabricantes de máquinas para o mercado de termoencolhíveis – desde revisoras, aplicadoras, formadoras, túneis de aquecimento até linhas completas e totalmente integradas. Mundialmente, as norte americanas Karville, Accraply (do grupo Barry-Wehmiller) e Marburg (comercializada pela Epet do Brasil), a italiana P.E. Labellers (comercializada no Brasil pela P.E. Labellers Latina) e a alemã Krones ocupam posições de destaque no fornecimento destas soluções, embora haja uma série de equipamentos fabricados no país, a exemplo da Dramaq, Polisul, Tecnatronic e outros. É preciso levar em conta diversos aspectos técnicos ao se optar por uma linha ou fornecedor, principalmente o pós-venda, o custo com manutenção, a dispo20 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018

nibilidade de peças para reposição e, claro, a sua produtividade.

Os convertedores A complexidade técnica e a premiunização do mercado de sleeves faz uma “seleção natural”: é um mercado para poucas e competentes empresas. No Brasil, ele é disputado pelas grandes multinacionais como a CCL Industries, All4Labels (Baumgarten) e Sleever, bem como as nacionais tão bem estruturadas quanto, como BR Films Etiam, Flexoprint, Gráfica 43 S/A, Kromos, Uniflexo e outras tantas. Desde que os rótulos termoencolhíveis surgiram e consolidaram-se como uma solução promocional interessante aos donos


/// ARTIGO DE CAPA

A Siegwerk uma das maiores fornecedoras internacionais de tintas de impressão para aplicações e rótulos de embalagens, assinou um contrato de compra da Tupahue Tintas. Localizada em Diadema, São Paulo, a Tupahue Tintas é uma das empresas líder no mercado brasileiro de tintas e vernizes de flexografia e rotogravura. Com essa aquisição, a Siegwerk amplia sua presença na região latino-americana e fortalece sua capacidade de atender às demandas específicas do mercado local. Desde sua fundação, em 1989, a Tupahue Tintas tem oferecido produtos especialmente concebidos para atender às necessidades do mercado de embalagens local. "Com a aquisição da Tupahue Tintas, a família Siegwerk ganha mais uma fornecedora de tintas bem estabelecida, com produtos de alta qualidade para aplicações de embalagem", declarou Christian de Almeida, Diretor Geral da Siegwerk Brasil. "É possível ver uma crescente demanda por aplicações personalizadas e embalagens de alta qualidade. A combinação de nosso know-how e tecnologia com os da Tupahue, agregará muito valor à nossa oferta no mercado." O portfólio da Tupahue Tintas abrange tintas e vernizes de flexografia e rotogravura que são ideais para uma ampla gama de substratos, como LDPE, HDPE, BOPP, PP, poliolefina, poliéster, alumínio, filmes metalizados e outros. A oferta de aquisição feita pela Siegwerk inclui a transferência de todo o conhecimento técnico e portfólio de produtos, bem como dos equipamentos de fabricação pertencentes à sede da Tupahue, em Diadema. As duas empresas trabalharão em estreita colaboração para garantir uma integração harmoniosa dos negócios, sem causar nenhuma interferência aos atuais clientes de ambas as empresas. "Investir em mercados emergentes como América Latina ou Ásia é um pilar fundamental da nossa estratégia de crescimento", explica Herbert Forker, CEO da Siegwerk. "Aproximar-se dos clientes e oferecer soluções e serviços com a mesma alta qualidade em todo o mundo são alguns dos nossos objetivos estratégicos. Vamos continuar investindo principalmente em recursos que deem suporte a todos os diferentes segmentos do mercado de embalagens." Para o futuro, a Siegwerk continuará investindo em infraestruturas e no desenvolvimento local de competências. O foco é fortalecer suas posições no mercado local, para então expandir suas ofertas nos mercados de embalagens de todo o mundo. Combinando a tinta de melhor qualidade do setor, produtos com segurança apropriada, suporte e direcionamento contínuo, a Siegwerk está fazendo todos os esforços para dar suporte aos clientes em todo o mundo e, assim, atender às futuras tendências e às necessidades individuais, sempre com soluções de ponta. As partes concordaram em não divulgar nenhum detalhe financeiro relacionados à aquisição. Sobre a Siegwerk Siegwerk Siegwerk, empresa há seis gerações na mesma família, é uma das maiores fabricantes internacionais de tintas de impressão e soluções individuais para embalagens, rótulos e catálogos. Há mais de 180 anos no ramo, a empresa tem sólida experiência e conhece bem os vários procedimentos de impressão. Com sua network global de fabricação e serviços, garante aos clientes produtos e serviços de alta qualidade. Seguindo a filosofia da empresa, "Ink, Heart & Soul", a Siegwerk busca uma cooperação em longo prazo com seus parceiros de negócios. Sediada em Siegburg, perto de Colônia, a Siegwerk emprega cerca mund Para obter mais informações sobre a Siegwerk, visite www.siegwerk.com de 5.000 pessoas em mais de 30 países em todo o mundo.

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/// ARTIGO DE CAPA

quirir empresas no Brasil (principalmente no segmento gráfico) serão superadas, só o tempo dirá.

Últimas palavras

“Os rótulos termoencolhíveis são uma das soluções mais próximas do departamento de marketing atualmente”

das marcas, muitos dos pioneiros que inauguram este mercado ficaram pelo caminho. Num produto tão técnico e de valor agregado considerável, não há espaço nem para perdas, nem para uma venda unicamente baseada em preços baixos. Os rótulos termoencolhíveis talvez sejam hoje uma das soluções mais próximas dos departamentos de marketing e promoção dos donos das marcas do que qualquer outra solução de rotulagem, o que requer vendedores qualificados, um serviço técnico eficiente e uma capabilidade elevada na fábrica, em especial na área de impressão. Acreditamos que ainda há espaço para a consolidação deste nicho no Brasil, uma vez que o “meio da pirâmide” ainda está pulverizado em uma quantidade significativa de empresas menores, voltadas às marcas B e C ou aos mercados locais. Se as dificuldades de se ad-

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O mercado de sleeves avança de mãos dadas com o de frascos. Cada vez mais, os fabricantes de frascos e garrafas buscam inovar em formas mais orgânicas, de design mais exclusivo e refinado aos donos das marcas. A “pegabilidade” é outro atributo importante, uma vez que um número cada vez maior de consumidores consome alimentos e bebidas em trânsito, enquanto caminha, dirige ou pedala sua bike. Isso faz com que os frascos e garrafas se tornem cada vez mais anatômicos – o que muitas vezes dificulta o processo de rotulagem tradicional com material autoadesivo. Tudo isso favorece o mercado de rótulos termoencolhíveis. O último e não menos importante aspecto é o chamado shelf appeal (apelo de venda na prateleira). Ser suficientemente atraente para capturar a cada vez mais escassa atenção dos consumidores é o sonho de todas as marcas e um rótulo que, bem executado, consegue comunicar e aproveitar melhor a área útil do produto, traz uma inquestionável vantagem competitiva de marketing. Esperemos, portanto, que os rótulos termoencolhíveis continuem galgando uma fatia cada vez maior no mercado de embalagens e rótulos no Brasil e nas gôndolas mundo afora. ▪


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO TÉCNICO

ACURÁCIA E CONSISTÊNCIA DE CORES

24 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018


/// ARTIGO TÉCNICO Andrê Gazineu Engenheiro de produção pela PUCRS com pós em gestão da produção e qualidade na IMED, mestrando em ciências matemáticas na UPF. Passagem pela Ipiranga Produtos de Petróleo, é atualmente engenheiro de produção na Plastimarau e ministra engenharia de produção na CESURG andre.gazineu@acad.pucrs.br

Q

uando todas as embalagens produzidas em cima de uma única marca se juntam na prateleira de uma loja, é um momento da verdade: as embalagens do tipo stand-up pouch, caixa de papelão, flowpacks, frascos, bandejas, bisnagas, sachês e, ainda por cima, em diferentes substratos como BOPP pérola, metalizados, foscos ou embalagens cartonadas com sofisticados recursos de acabamento apresentam a mesma fidedignidade à tonalidade da marca? Neste caso, quão próxima é a cor de cada embalagem do seu design original? Certamente, em situações assim, haverá incoerências visuais. Uma escolha apropriada de cores será o fator crucial na compra de um produto, na lembrança e associação de uma marca, na geração de empatia num primeiro contato e no ato de escolher ou rejeitar um produto. A cor pode afetar o estado físico e psicológico, transmitindo ansiedade, alegria, cansaço, estresse e humor, por exemplo. Assim sendo, o poder de definir uma cor corretamente e controlar a sua reprodução, em qualquer meio, tecnologia e processo é incomensurável. Sabe-se que é empregada uma grande quantidade de energia (tempo e dinheiro) projetando, realizando provas, amostragens, inúmeras impressões e uma apro-

vação final. Então, onde a não representação da cor pretendida ocorre? Este é um problema que a diretora de vendas da X-Rite Pantone, Cindy Cooperman, chamou de “precisão e consistência de cor”. Em seu artigo, define a precisão da cor como sendo a produção de cores dentro de níveis de tolerância aceitáveis e a sua consistência, como o ato de reproduzi-las (imprimir) continuamente, de forma mais ou menos estável e previsível.

“Uma escolha apropriada de cores é fator crucial na compra de um produto”

A problemática descrita verdadeiramente necessita de dois termos (e deve ser tratada em dois níveis). No entanto, por serem termos muito comuns e específicos em estudos de controle de processo, este artigo manterá uniformidade com a Associação Brasileira de Normas Técnicas. Trataremos por exatidão a proximidade do valor verdadeiro e precisão, a dispersão dos valores encontrados, independente do alvo. Aqui, analisaremos alguns dos principais problemas subjacentes em um gerenciamento de cores, para que você possa tomar medidas corretivas com os fornecedores e obter a cor da sua marca, a primeira vez, com precisão e exatidão. A embalagem única, inequívoca, auxilia o produto a se destacar, a conceituar a marca, demarcar território, mas a variedade de processos de impressão, tintas, formatos e substratos necessários ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018 - 25


/// ARTIGO TÉCNICO

“A cor do substrato pode interagir com a tinta e alterar a sua aparência”

para que isso ocorra cria um verdadeiro desafio para os donos de marcas e designers gráficos obter cores consistentes. Ao projetar layouts e aprovar cores, as empresas detentoras das marcas precisam considerar todas as variáveis que afetam a cor final. Um mesmo processo de reprodução, valendo-se da mesma formulação de tinta depositada em substratos distintos apresenta variações significativas na cor. É importante reconhecer o fato de que cada substrato tem propriedades físicas diferentes e valores de cor mensuráveis, produzindo um efeito diferente da gama de cores geral, que pode ser produzida dentro de uma determinada tolerância. Figura 1 O plástico, o metal, o vidro, o cartão e o papelão ondulado são substratos muito diferentes. Alguns, como o papel e o BOPP pérola são mais porosos e absorverão tinta, enquanto o metal ou vidro não a absorvem. Dependendo da quantidade de absorção, a cor do

Figura 1

substrato irá interagir com a tinta e alterar a aparência da cor. Uma cor que é aprovada em um substrato branco parecerá bastante diferente, e provavelmente, será inatingível com a mesma proporção de tintas, quando impressa em papelão de coloração pardo ou em um substrato metalizado (um problema bastante corriqueiro nas indústrias de embalagens flexíveis que aprovam em filmes monocamada que serão laminados a posteriori, com filmes metalizados por exemplo). Figura 2 Em embalagens laminadas, seja com um substrato idêntico ao utilizado na lâmina impressa ou de um material diferente, a diferença tonal é perceptível. Por exemplo, uma embalagem laminada com PET apresentará níveis maiores de densidade tonal do que uma laminação com PE. Já o efeito do adesivo entre as lâminas em si resultará em uma aparência mais fosca e perda de densidade tonal.

Figura 2

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/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO Figura 3

Para ilustrar a situação, vamos imaginar a necessidade de imprimir o amarelo mais puro dentro do espaço de cor CIE L*a*b*. De tal modo, a camada de tinta necessária para atingir o amarelo em um substrato branco absoluto é maior do que necessária em um substrato amarelado. Figura 3 A diferença entre os substratos não é a única fonte de variação na busca pela consistência de cores. Diferentes processos de impressão também afetam a cor impressa. A impressão offset, flexográfica, rotogravura e digital utilizam diferentes tipos de pigmentos e corantes; alguns são à base de água, outros são derivados do petróleo, e os métodos de cura e os níveis de brilho podem resultar em cores que variam substancialmente. Além disto, substratos com maior brilho tendem a aumentar a saturação de todas as cores. Figura 4

Figura 4

O fator crítico de sucesso aqui é considerar, na fase do planejamento, tantas variáveis quanto possível e refletir sobre como elas afetarão a cor final. Por exemplo, no controle do processo as densidades tonais são comumente utilizadas parar mensurar os níveis de entintamento, estando diretamente ligadas ao substrato, tipo de impressão e formulação de tintas. Logo, em marcas impressas em múltiplos substratos, para atingir uma uniformidade tão desejada na impressão da marca, necessita-se de diferentes densidades tonais para que se possa atingir uma mesma coordenada em um determinado modelo de espaço de cor. 28 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018


/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

“A intensidade e a parcela de luz incidente são influenciadas pela distribuição dos pigmentos das tintas” Os objetos contidos em nosso ambiente visual possuem pouquíssimas superfícies que são de uma cor verdadeiramente uniforme. Além disso, essas superfícies são feitas de uma ampla gama de materiais. Diferentes materiais exibem diferentes propriedades de reflexão, e essas propriedades introduzem variações na luz refletida. A cor é um fenômeno importante na percepção dos materiais. A luz refletida a partir de um objeto depende da geometria e distribuição espectral da luz incidente, da forma do objeto e do material (ou materiais) a partir do qual o objeto é feito. O material determina de que maneira a luz incidente é refletida pelo objeto. Ao lidar com objetos opacos não uniformes ou dielétricos, ocorrem dois tipos de refletâncias: refletância superficial e refletância corporal. A refletância da superfície ocorre quando a luz encontra uma alteração no índice de refração na superfície do material e explica os destaques especulares sobre o objeto. As reflexões especulares são influenciadas pela rugosidade da superfície, o comprimento de onda da luz e os efeitos de auto sombreamento na superfície. 30 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018

Para ilustrar este fato, uma curiosidade interessante é que, embora algumas pessoas tenham olhos azuis, e muitos bebês nascem com íris azuis particularmente profundas, ninguém realmente tem pigmento azul em sua íris. Eles são apenas um truque da luz. Quando as pessoas dizem que os olhos de seus filhos são celestiais, eles estão dizendo a verdade. Os olhos azuis são azuis pelo mesmo motivo que o céu é azul: luz dispersa. É na superfície onde a luz é dispersa e absorvida seletivamente, por exemplo, por pigmentos, antes de sair do corpo do material. A intensidade e a cor da luz são influenciadas pela distribuição dos pigmentos. Num mesmo material, estudos sugerem que há interações complexas relativas entre forma e cor que são induzidas por inter-reflexões, compensadas pelo sistema visual. Este é o fenômeno de efeito de superfície. Seus resultados indicam que a percepção da cor interage fortemente com a percepção de forma tridimensional. Outros estudos investigaram o efeito da distribuição espacial de luminâncias e cromaticidades sobre a percepção de saturação, cor e brilho. É uma observação comum, embora não evidente, de que os observadores não têm problema em atribuir um único nome de cor a um objeto, apesar de suas variações de cromaticidade e luminância, pelo menos se a variação cromática do objeto pertencer à mesma categoria de cores. Figura 5 Há um segundo viés na busca pela fidedignidade da cor. Quando


/// ARTIGO TÉCNICO

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ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018 - 31


/// ARTIGO TÉCNICO

vermelho ao verde) e b* (coordenada do canal amarelo ao azul).

Figura 5 Figura 6

Figura 7

você está trabalhando com vários fornecedores em um arranjo produtivo ou em uma cadeia de suprimentos, a cor é ainda mais difícil de gerenciar. Em uma rede interligada na provisão de embalagens para um negócio, na necessidade de reduzir custos, atender a variações de demanda e gerar vantagem competitiva, é comum possuir vários fornecedores de embalagens até mesmo em âmbito global. Figura 6 e 7 A representação tridimensional acima demonstra exatamente o que ocorre com a tonalidade de uma embalagem em função de mudanças no material ou devido a variações de iluminação causadas pela reflectância superficial. Neste exemplo, as coordenadas no espaço de cor CIE L*a*b* apresentam uma peculiaridade: as variações na identidade de cor ocorrem no eixo “L”, chamado de leveza e que representa a “luminosidade” da cor para os eixos a* (coordenada do canal

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Nas alterações de tonalidade por diferença de materiais, as variações na luminosidade do eixo “L” são significativamente menores para objetos vermelhos e amarelos do que para objetos verdes e azuis. Em ensaios espectrodensitométricos, houve uma diferença significativa na luminosidade entre diferentes materiais. Esta diferença parece não ser devida aos materiais, mas devido às diferentes estruturas de superfície desses objetos, que resultam na percepção de brilho. Em termos matemáticos, essa diferença perceptual de “luminância” é normatizada em valores de 1 a 100 e é a raiz cúbica para um branco de referência. Como a definição fotométrica, ela está relacionada à densidade do fluxo luminoso em uma determinada direção, que é a densidade do fluxo de luz. Assim, este é um parâmetro de controle impraticável na consistência de cores em prateleiras. Na pré-impressão para mídia impressa, a luminância absoluta da luz refletida na impressão depende da iluminação e, portanto, a reprodução absoluta não pode ser assegurada. Por exemplo, a lã e os objetos de papel têm superfícies onduladas, enquanto as superfícies das velas, canecas e esponjas eram relativamente lisas. Independentemente da cor do objeto, os resultados da percepção de luminosidade dos materiais apresentarão fortes distorções.


/// ARTIGO TÉCNICO

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/// PRESS RELEASE

A “JORNADA” DA TECNOLOGIA FLEXCEL NX so ou outro passou a uma pauta diferente: ao invés de se escolher em função do “limite” da reprodução, os compradores começaram a enxergar o benefício de um processo de impressão mais versátil e apto em atender tiragens mais curtas, alinhadas à proliferação das SKU’s e à tendência da personalização em massa dos produtos aos consumidores. A flexografia cresceu desenfreadamente e ocupou o primeiro lugar como o processo de impressão de embalagens e rótulos preferido.

Durante o segundo dia da feira Expoprint e em razão do aniversário de uma década de vida da tecnologia Flexcel NX, tivemos a oportunidade de realizar uma entrevista exclusiva com o Sr. Grant Blewett, diretor mundial e vice-presidente da divisão de flexografia da Kodak, e a Sra. Emma Schlotthauer, diretora de marketing e comunicação da mesma divisão. Falamos sobre muitos temas relacionados não somente à flexografia e ao futuro das soluções da companhia para o nosso segmento, mas também sobre inovação disruptiva, tendências de consumo, a visão dos donos das marcas e tantos outros assuntos fascinantes. Como toda conversa frutífera, acabamos pensando e tendo insights alguns dias depois. O primeiro deles é o de que realmente não há como precisarmos o verdadeiro impacto transformacional que a tecnologia NX provocou no mercado flexográfico global. Desde que surgiu, ela não só estabeleceu o ponto plano (e

todos os benefícios econômicos e de produtividade ligados à sua adoção) como o padrão da indústria, impelindo inclusive a todos os competidores a buscarem soluções tecnológicas equivalentes e elevando consideravelmente a qualidade da impressão flexográfica em si – mas também permitiu à flexografia, estigmatizada como um processo inferior à rotogravura a brigar, de igual para igual e pela primeira vez, por uma fatia mais nobre e rentável de mercado. Flexcel NX permitiu, portanto, aos clientes e early adopters (os primeiros a adquirirem o sistema) a venderem embalagens impressas de maior valor agregado por um lado, produzindo com economia (redução no consumo de tintas, setups mais rápidos, velocidades maiores e chapas mais duráveis, por exemplo), do outro. Um ganho efetivo nas duas pontas. Pari passu os donos das marcas viram que a flexografia evoluíra, a questão da escolha por um proces-

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Mas acho que o ponto mais emblemático desta “jornada” – palavra usada pelo Sr. Grant para descrever tudo o que a Kodak percorreu até emplacar uma tecnologia que, uma década após o seu lançamento, permanece vigorosamente up-to-date, é o fato de que a aposta em uma tecnologia que, quando proposta, foi sumariamente taxada de “retrocesso” (voltar a laminar um filme sobre a chapa numa época de gravação direta e usar o tradicional ponto plano quando toda a indústria tinha se acomodado no ponto redondo soavam mesmo um retrocesso) por muitos agentes do mercado pudesse prosperar tão bem e transformar a indústria positivamente. O caso da “miopia” da Kodak com suas fotos Polaroid, frequentemente citado em aulas de marketing – em que a empresa insistia na tecnologia enquanto o mundo caminhava em direção diametralmente oposta (o que quase culminou na sua bancarrota) foi, de alguma forma, vingada por Flexcel NX. Parabéns à Kodak por estes dez anos de transformação.


/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE E REDUZINDO O TEMPO DE PARADA COM A SOLUÇÃO DE LIMPEZA CORRETA DOS SUBSTRATOS

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/// ARTIGO TÉCNICO A redação Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias, críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail revista@projetopack.com

Introdução As melhores convertedoras que imprimem rótulos e etiquetas hoje em dia compreendem que um substrato limpo, isento de contaminantes, implica em uma impressão mais produtiva. Com a contaminação sendo um subproduto inevitável dos materiais impressos em altas velocidades, é importante ter um sistema de limpeza eficaz para aumentar a performance, reduzindo o tempo de parada e diminuindo também as perdas ou aparas. Os tipos e níveis de contaminação diferem na impressão de rótulos e etiquetas, assim como as razões pelas quais a limpeza do material a ser impresso é necessária. É apenas um problema de manutenção (prevenção) ou um requisito do cliente final? Dado que qualquer solução de limpeza terá que se encaixar em uma linha de produção existente, como isso influencia a escolha do sistema?

Quais são as principais causas da contaminação? A contaminação assume a forma de poeira, sujeira e partículas variadas no ar, que se depositam na superfície do material durante o processo de impressão. Existem duas razões principais pelas quais o substrato atrai contaminação: a camada criada por “arraste” em qualquer material em movimento e a geração de estática (cargas eletrostáticas). Uma solução efetiva de limpeza deve ser capaz de enfrentar a ambos.

“Sendo a contaminação do suporte um subproduto inevitável, é preciso pensar numa solução de limpeza de banda”

O atrito ou a separação entre dois objetos pode levar à geração

Esses são fatores cruciais que contribuirão para a escolha final do limpador de banda do filme ou papel, e é por isso que é fundamental entender os conceitos básicos de contaminação, por que isso acontece e como lidar com isso. ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018 - 37


/// ARTIGO TÉCNICO

Quanto mais lento o substrato em movimento, mais fina será a camada limite, enquanto que a espessura da camada aumentará, à medida que a velocidade se intensificar.

Contato ou sem contato? Existem duas tecnologias básicas de limpeza de banda para quebrar a camada limite em uma linha de impressão: limpeza de banda por contato e limpeza de banda sem contato (a palavra “banda” expressa a película de papel ou filme que será desbobinada e impressa).

de eletricidade estática, criando uma carga elétrica na superfície do material, que atrairá contaminação para a banda do filme.

Os sistemas de contato normalmente incorporam dois tipos de métodos de limpeza: tecnologia de vácuo ou rolos adesivos. Vários projetos diferentes de sistema de vácuo de contato estão disponíveis no mercado. Um emprega um componente de baixo atrito do coletor de limpeza, uma placa frontal de aço altamente polida, por exemplo, para entrar em contato com a banda do filme ou papel, quebrando a camada limite e liberando os contaminantes, que são posteriormente aspirados.

A contaminação por arraste, no entanto, é causada pelo ar que o material carrega consigo, quando em movimento. Este movimento desencadeia a contaminação do substrato, prendendo-o por baixo da camada, portanto, diretamente na sua superfície ou segurando o mesmo na própria película.

Outros sistemas de vácuo de contato incorporam escovas para libertar detritos antes de aspirar. Embora esta abordagem seja efetiva quando partículas grandes precisam ser removidas de superfícies fortemente contaminadas, pode ser um método de limpeza muito difícil para uso em materiais sensíveis (embora

“Pode-se limpar o material a ser impresso com sistemas de contato ou sem contato direto com a sua superfície”

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/// ARTIGO TÉCNICO

“Além de limpar, é importante evitar que a banda suje, incorporando soluções de controle da estática” alguns sistemas tenham escovas retráteis para evitar uma abrasão prejudicial). Além disso, a necessidade de remover contaminantes das escovas aumenta a possibilidade de contaminação cruzada. Os sistemas de escova se qualificam como consumíveis e, portanto, exigem um investimento de capital significativo. Os sistemas que utilizam rolos adesivos incorporam rolos elastômeros duplos, que estão em contato com a largura total da banda, quebrando a camada limite e levando a contaminação da superfície da mesma. Isso é 40 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018

então transferido para um segundo rolo com uma alta massa adesiva, que remove detritos do primeiro rolo, evitando a contaminação. Os sistemas de rolos de adesivo funcionam bem em pequenas partículas (até 0,5 mícron), mas não são projetados para aplicações mais exigentes onde estão envolvidos níveis mais altos de contaminação, já que os rolos adesivos podem rapidamente ficar contaminados. Por este motivo, os sistemas de rolos adesivos também exigem um monitoramento mais próximo pelo operador do que outras soluções de limpeza. Outra limitação dos sistemas de rolos adesivos é a velocidade da máquina, normalmente limitada a menos de 250mpm, o que pode ser problemático para aplicações de etiquetas, para as quais altas taxas de produção são uma prioridade. A escolha das tecnologias sem contato é entre as soluções de “sopro e vácuo” e de camada limite. Os sistemas de sopro e vácuo empregam facas de ar em ambos os lados da banda, para remover a camada limite e todos os vestígios de contaminação de sua superfície. A presença de vazões de vácuo garante que o ar turbulento seja capturado e posteriormente removido. É um método eficiente e os sistemas são geralmente compactos, o que favorece a integração nas linhas de conversão de etiquetas existentes. Os sistemas de camada de fronteira são um desenvolvimen-


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/// ARTIGO TÉCNICO

“A tecnologia de controle estático usa o princípio da ionização”

to relativamente recente. Os rolos sem contato de alta velocidade rodam a uma distância entre 0,5 e 1 mm da superfície da banda e na direção oposta. O design do rolo é otimizado para gerar sua própria camada limite de alta velocidade, cuja maior energia destrói a camada limite transportada pela banda entrante. Isso expõe até mesmo as partículas menores na banda para uma força de limpeza muito poderosa. A região de baixa pressão e alta velocidade criada pelos rolos emove as partículas e as leva a uma câmara de extração de vácuo.

Controlando estática Um limpador de banda por si só não é suficiente para garantir uma banda isenta de contaminação, razão pela qual deve ser combinado com uma solução de controle estático eficaz, para combater as cargas na superfície do substrato que também causam contaminação Uma carga estática geralmente é gerada pela separação (como quando a banda se desenrola) ou fricção (como a banda viaja sobre rolos de ligação não condutores, por exemplo) entre dois objetos. Essas cargas são mais prováveis de ocorrer ao processar o filme e, se não neutralizadas, puxarão a contaminação diretamente à superfície do material. As cargas podem ser positivas ou negativas em polaridade, sendo o papel geralmente positivo e o filme, negativo. O controle estático ativo fornece o meio mais eficaz de neutralizar 42 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018


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/// ARTIGO TÉCNICO

tulos e etiquetas devem poder

“Uma banda limpa do substrato é a chave para uma impressão limpa e de qualidade”

cumprir essa promessa e fazê-lo de forma lucrativa. A instalação de uma solução de limpeza de banda pode aumentar a produtividade da linha de conversão e garantir que os produtos sejam processados de forma consis-

as cargas. A tecnologia usa a ionização. Uma tensão é alimentada a uma série de pinos emissores montados em uma barra ionizante, criando uma “nuvem” de íons positivos e negativos de alta energia. Qualquer superfície estaticamente carregada, de qualquer polaridade, passando perto da nuvem, é rapidamente neutralizada.

tente e com alta qualidade.

Conclusão

rão no futuro. Só então, se pode

Observamos, desde o início, que uma banda limpa de substrato é a chave para a produtividade. As impressoras de ró-

assertiva sobre qual das diferen-

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Chegar à escolha correta do sistema de limpeza de banda, no entanto, significa considerar uma grande variedade de fatores, analisar a origem da contaminação para entender como as necessidades de seus clientes provavelmente se desenvolvetomar uma decisão informada e tes abordagens para limpeza de banda é ideal para a sua indústria e processo.


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RESPONSABILIDADE DA INDÚSTRIA

A

ideia dessa coluna é de contribuir com o pensamento ético nas atividades das indústrias em geral. Procurarei dar foco específico nas indústrias gráficas e de embalagens, com objetivo de criar sintonia com os agentes. Espero que gostem, critiquem e sugiram reflexões a partir dos temas: ética, moral, governança, responsabilidade e visão sistêmica. Vamos nessa!

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/// ARTIGO TÉCNICO Francisco Santos (Xiko Acis) Filósofo-eticista e consultor. Sócio-diretor da Aprendendo a Pensar e consultor associado da ProjetoPack francisco@aprendendoapensar.com.br

Em 2006, ou seja, há 12 anos, fiz uma pesquisa com um grupo de gerentes de produtos de médias e grandes empresas sobre sua responsabilidade na criação de produtos que sejam éticos em seus conceitos e não produzam maiores danos residuais à sociedade. Eram empresas no setor dental, alimentos, embalagens e assim por diante. Num primeiro momento, todos os gerentes informaram que tomavam os devidos cuidados com a concepção dos produtos, desde a parte técnica/conceitual e as devidas aprovações e órgãos competentes, até suas embalagens e disposição nos pontos de vendas. Após as explanações individuais, fizemos uma reflexão ética e moral sobre o papel fundamental dos mesmos e suas responsabilidades com o entorno. A conversa fluiu sobre se o pensamento ético mudava agora sua forma de pensar e defesas feitas anteriormente. Todos, sem exceção, falaram que, sabendo dos conceitos éticos e morais (que não sabiam profundamente antes) mudariam a forma de conceber produtos e seus processos, pois não tinham pensado desta forma. Entenderam que na sua formação intelectual não foram expostos aos dilemas éticos contemporâneos e por isso, não pensavam no tema no momento de conceber. Além disso, a pressão predadora

“Deve-se cobrar uma postura ética desde o desenvolvimento de um produto ou serviço” das indústrias que representavam, para conseguir novos mercados e lançar produtos na frente da concorrência não dava margem de tempo para pensar eticamente.

Preocupante isso, não é mesmo? As reflexões éticas foram feitas com base na seguinte questão: Imagine que sua indústria fosse totalmente responsável pelo uso do produto, embalagem e demais componentes, pelos usuários finais e intermediários, desde sua concepção até o descarte final do mesmo, não causando nenhum dano ao ambiente e ao entorno. Diante desta reflexão, após a explicação sobre os conceitos corretos de ética e moral, os agentes viram que sua responsabilidade no processo era muito pequena, mas que poderia ser mais abrangente. Para isso seriam necessários alguns pontos importantes: • A direção da empresa deve conhecer ética e moral profundamente; • A discussão do propósito da empresa (para que ela existe?) deve ser constante;

• Mais agentes da empresa devem estar envolvidos na criação de produtos; • O holograma da empresa (clientes, consumidores, fornecedores, distribuidores, colaboradores e demais) deve estar comprometido com o pensamento ético e moral; • Deve-se divulgar a postura da empresa em relação aos seus produtos para a sociedade; • Deve-se cobrar uma postura ética para criação de produtos. São muitas questões que não se esgotaram nessa reflexão. O principal é que, cada um que participou, nunca mais foi o mesmo. Tenho contato com eles até hoje e percebo que estão preocupados com sua responsabilidade. Alguns até mudaram de área pois não conseguiram mudar o modelo mental de seus líderes. O importante é que essa discussão comece e não se esgote. Em breve ela deve atingir em cheio os parceiros das empresas. Neste caso, a sua empresa e você. Está preparado para essa discussão?

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/// NOTÍCIAS DE MERCADO

COMEXI E TOTALFLEX AMPLIAM SUA PARCERIA ESTRATÉGICA A empresa brasileira adquiriu a nova impressora Comexi F2MC, 2 laminadoras e um equipamento periférico logístico

A

Comexi, especialista em prover soluções para indústria de embalagens flexíveis, e a empresa brasileira Totalflex ampliam sua parceria estratégica. A relação entre as duas empresas se iniciou em 2002, quando o convertedor brasileiro comprou sua primeira impressora, uma Comexi Flexo. “Nosso longo relacionamento de negócios vem sendo um sucesso, Totalflex foi nosso primeiro cliente que comprou a primeira impressora flexográfica totalmente desenvolvida e construída no Brasil”, afirma André Perez, Gerente Comercial no Brasil.

Atualmente, esta empresa brasileira tem 5 impressoras flexográficas da Comexi instaladas e outras laminadoras, cortadoras e periféricos logísticos. Além disso, a Totalflex adquiriu mais quatro equipamentos da Comexi, sendo eles uma impressora flexográfica de 8 cores modelo F2 MC, uma laminadora modelo Comexi DUAL, uma laminadora modelo Comexi EVO e um sistema de limpeza de anilox a laser, o Comexi LCR. “Um dos nossos maiores esforços é a sa-

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tisfação dos convertedores. Somos gratos pela nossa parceria de longo prazo. A Totalflex tornou-se referência de convertedor no Brasil alcançando um crescimento e representatividade notáveis no mercado brasileiro e estamos satisfeitos em contribuir para sua evolução”, enfatiza Perez. Neste sentido, a Comexi do Brasil tornou-se o maior fornecedor de equipamentos para o setor de conversão de embalagens flexíveis e espera crescer cada vez mais neste mercado durante os próximos anos.


/// NOTÍCIAS DE MERCADO

Tecnologias de alto desempenho Seguindo a estratégia para se tornar uma empresa líder, Totalflex recentemente adquiriu tecnologias de alta performance produzidas pela Comexi. Totalflex adquiriu a impressora Comexi F2 MC, projetada para satisfazer as necessidades de médias e longas tiragens de produção no campo de embalagens flexíveis para varejo e atacado. A Comexi F2 MC traz os 2 mesmos avanços desenvolvidos em ergonomia e acessibilidade que já tem as outras impressoras da família F2 e F4, assim como a performance e robustez. Permite a impressão em larguras de 870 mm até 1270 mm, em 8 ou 10 cores e com passo de impres-

são máxima de 800 mm. Possui os mais avançados sistemas eletrônicos, a melhor qualidade de impressão e alta velocidade imprimindo em diferentes materiais, como filmes plásticos, papel e filmes laminados. Outra máquina adquirida e já entregue foi a Comexi DUAL. É uma máquina híbrida que os convertedores utilizam para todo o tipo de aplicação em embalagens flexíveis, promovendo uma resposta perfeita para todos os convertedores que querem expandir seus negócios. Ela permite aos convertedores usar diferentes tecnologias como adesivos a base de solventes e sem solventes, verniz, coldseal e trabalhos de impressão em cores. Além disso, esta laminadora

combinada com a tecnologia laser da Comexi foi reconhecida com o Worldstar Award 2017 como a inovação de maior destaque do ano em processos de embalagem e/ou maquinário. A Totalflex também já recebeu sua nova laminadora Comexi EVO que é a solução ideal para trabalhos com pequenas e grandes tiragens. Esta máquina pode ser configurada com sistema shaftless ou com troca automática no desbobinador e rebobinador de acordo com as necessidades de diferentes tipos de produção. A Totalflex também já está utilizando a Comexi LCR que é um sistema de limpeza de anilox e cilindros que usa a tecnologia laser que fornece limpeza detalhada e rápida.

RECUPERADORA DE SOLVENTE VRS

LAVADORA DE CLICHÊ VWP

VISCOSÍMETRO VS30 www.viscoflex.com.br

LAVADORA DE ANILOX VWA

vendas@viscoflex.com.br

SISTEMA DE LIMPEZA AUTOMÁTICO

Fone: (41) 3364-7853/99500-6056 ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018 - 49


/// NOTÍCIAS DE MERCADO

POLYMOUNT VENDE DIVISÃO DE CAMISAS TWINLOCK À TESA

A

holandesa Polymount International BV e a alemã tesa SE chegaram a um acordo defintivo para a aquisição da divisão de camisas Twinlock. “Estamos muito felizes e orgulhosos em fazermos parte de uma empresa tão proeminente e classe mundial como a tesa SE. A nossa nova parceria proverá uma

oportunidade excelente de crescer o negócio Twinlock em todo o mundo. A tesa está absolutamente comprometida com a expansão do uso dos sleeves Twinlock e eu estou particularmente confiante em nosso novo futuro”, concluiu Jan Willem Boers, CEO da Polymount. O doutor Norman Goldberg, membro do conselho diretivo da tesa complementou: “Esta aquisição estratégica complementará nosso portfólio atual de soluções à indústria flexográfica, e deve ainda suportar nosso compromisso em prover produtos inovadores e excepcionais aos convertedores de flexografia”. A divisão de máquinas da Polymount, fabricante dos sistemas de limpeza de chapas e do disruptivo sistema para limpeza de bobinas impressas continuará operando de forma independente, sediada em Nijkerk, Holanda.

Dr. Norman Goldberg

Jan Willen Boers

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/// NOTÍCIAS DE MERCADO

MX LINE

A linha MX reúne os mais recentes avanços eletrônicos dos modelos de “classe superior”, M1 e M3, usando a experiência anterior de centenas de instalações em todo o mundo. Uma impressora moderna com a mais alta confiabilidade do mercado. Para produção de etiquetas “premium” com mínimas perdas, com a melhor qualidade de impressão do conceito Flower ™.

- Modelo de "classe superior" - A melhor qualidade de impressão da indústria de etiquetas - Mínimas perdas - Tempos reduzidos de preparação de trabalhos - Excepcional estabilidade do registro - Alta flexibilidade com múltiplas configurações de impressão - Investimento eficiente

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/// ARTIGO TÉCNICO

AS SEIS ETAPAS CRÍTICAS PARA SE GERENCIAR A MANUTENÇÃO

N

ão é fácil convencer diretores (donos) de empresas a implantar um sistema de gestão de manutenção, mes-

mo sabendo que isso pode reduzir algo em torno de 60% de horas de manutenção. Isto mesmo, 60% de tempo, o que propicia um aumento da disponibilidade de horas para o processo produtivo. Logicamente, isto leva a empresa a fazer um “sacrifício” de aproximadamente um ano, numa disciplina que apregoa a realização das atividades necessárias para esta gestão. A dificuldade de fazer este processo nas empresas pode ser constatada no fato de que nem 10% delas tem um mínimo de gestão de manutenção. Se você acreditar e tiver disposto a empreender este processo de gestão, vamos apresentar um caminho completo.

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/// ARTIGO TÉCNICO Joaquim F. A. de Morais Joaquim Fernando Amâncio de Morais, é engenheiro químico (FEI), administrador industrial (USP) e tem ainda formação como auditor líder nas normas ISO 9001, ISO 14001, ISO 22.000, SA 8000, Atuação Responsável (ABIQUIM), ISO 17.025. revista@projetopack.com

A manutenção de equipamentos e de todas as demais instalações das empresas ainda tem muito do lado artesanal e amador do que, efetivamente, cunho técnico e profissional. Podemos dizer também que a qualidade dos serviços de manutenção só não é pior pelo fato das concepções técnicas dos equipamentos e instalações mais recentes não exigirem uma capacitação profunda para fazer com que os equipamentos ou suas instalações retornem à função as quais foram propostos. Ou seja, se um componente ou parte do equipamento (módulo) não funciona, basta substituí-lo; praticamente está se extinguindo o reparo propriamente dito.

a falta efetiva do recurso correto) e que não cause impacto significativo na qualidade, segurança, saúde e meio ambiente.

Adoram dizer que nós, brasileiros, somos criativos. Diria que sim, mas no sentido da “sobrevivência”. Ou seja, temos que ser criativos para conseguir que os processos funcionem sem recursos essenciais. Neste caso, temos um agravante nos processos produtivos em que a improvisação (gambiarra) se torna uma prática rotineira e muita das vezes, incentivada até pela própria direção da empresa. Esta prática de improvisação, repito, como rotina, é um agravante por mascarar a produtividade.

• Redução de custos de manutenção e perdas de processo;

Não quero dizer, contudo, que a “gambiarra” não possa ser feita. Esta prática só pode existir em situações emergenciais, em período de curto duração (durante

Com base neste cenário, afirmo ainda, com convicção, que nem 10% das empresas em nosso país tem um mínimo de gestão de manutenção. E esta afirmação é totalmente independentemente do porte da empresa. Se ainda assim separarmos as empresas de médio a pequeno porte, a coisa é muito pior. Se um empresário que se encaixa neste grupo tiver a percepção de que a gestão da manutenção é um caminho saudável para sua empresa, ele certamente terá os seguintes resultados:

“A improvisação ou gambiarra é uma prática que mascara a produtividade”

• Aumento da produtividade; • Melhoria na qualidade do produto; • Redução de impacto ambiental e perigos de segurança e saúde; • Outros benefícios em função do negócio. Para ilustrar os benefícios de um trabalho neste nível, veja um indicador de produtividade da manutenção em uma empresa da cadeia de embalagens: (Figura1) O caminho a ser adotado para uma boa gestão de manutenção, logicamente prevê a utiProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018- 53


/// ARTIGO TÉCNICO Figura 1

“Nosso sistema de gestão da manutenção compreende seis etapas fundamentais”

lização de sistemas eletrônicos para facilitar a gestão em si. Não quero aqui dizer que precise comprar aplicativos (softwares) complexos que podem custar muito caro em função de suas necessidades. Porém, estes aplicativos são sempre bem-vindos. No mercado existem muitos fornecedores destes softwares, sendo uma parte deles, considerada de boa qualidade, como em qualquer outra aplicação. Existem até softwares “gratuitos” para isto; eu coloquei entre aspas, pois estes softwares não cobram quando se começa a usar, mas a restrição de recursos e pressão de marketing incansável destes fornecedores vai empurrando o usuário para um sistema pago; e aí não param mais. Outra coisa a considerar é que muitos softwares não têm um alinhamento adequado com

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normas de gestão da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde. Para quem é certificado em normas de gestão, necessita-se muitas das vezes manter-se controles paralelos, com o intuito de satisfazer os requisitos das normas aplicadas, principalmente para a ISO 9001 (o que embora seja absurdo, é uma realidade). Neste caso, o uso de um determinado software de gestão terá que ser compartilhado principalmente com planilhas eletrônicas. Por isso, precisa-se estudar e avaliar bem o que adquirir. Ratificando: não estamos aqui afirmando necessariamente que se precisa ter um software para realizar uma gestão de manutenção. Pode-se notar que em nenhum momento foi abordada ainda o tipo de intervenção da manutenção. Gostaria de restringir o universo de atuação em apenas três tipos: correção, manutenção


/// ARTIGO TÉCNICO

corretiva e manutenção preventiva, alinhando aos conceitos de atuação com a ISO 9001:2015 (norma de gestão da qualidade). Reconhecemos que tem outras caracterizações, como a manutenção preditiva. Estas caracterizações dos tipos de intervenção serão naturalmente as partes integrantes do processo de gestão que vamos apresentar. Além do mais, se uma empresa nem tem um processo adequado de gestão de manutenção, ela deve primeiro tomar controle da situação e assim atuar de forma hierárquica, para a boa integridade do processo: preventiva => corretiva => correção. O que vamos apresentar daqui para frente é uma maneira de se fazer a gestão de manu-

tenção, dividindo e estruturando nosso sistema de gestão da manutenção em 6 etapas apresentadas a seguir: 1ª etapa – Sistema de Ordem de Serviço de manutenção (OS); 2ª etapa – Planejamento e Programação de Manutenção (PPM);

“Ter um sistema de ordem de serviço de manutenção funcional é o primeiro passo”

3ª etapa – Plano de Inspeção de Processo (PIP); 4ª etapa – Programação e Controle de Inspeção (PCI); 5ª etapa – Relatório de Inspeção de Processo (RIP); 6ª etapa – Relatório de Resultados do Programa de Gestão.

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018- 55


/// ARTIGO TÉCNICO

“Antes de começar a ler o texto deste ponto em diante, devemos considerar a premissa de que nenhuma empresa que conheço consegue ter e manter a médio e longo prazo, uma gestão da manutenção eficiente se não tiver alinhada rigorosamente com um programa de boas práticas como 5S, Housekeeping etc.” 1ª Etapa – Sistema de Ordem de serviço de manutenção (OS)

Figura 2

É a base de tudo. Um sistema de OS tem que ser feito, pois é o documento que deverá conter os dados mínimos e mais importantes para realização do processo de gestão. Estes dados mínimos são: • Nome do solicitante; • Processo envolvido; • Data da solicitação; • Descrição do problema / sugestão de solução; • Causa provável; • Solução aplicada – recursos envolvidos; • Especialidades de profissionais aplicadas; • Data da entrega; • Nome de quem entregou o serviço e de quem recebeu. Informações adicionais que podem ser agregadas: custos de materiais e mão de obra, ordem de compras, critérios de prioridade pela criticidade x intervenção (TPM – Manutenção Produtiva Total), tempos de execução do serviço, horas dedicadas por profissional etc. Uma sugestão adequada de uma OS pode ser vista na figura 2. 56 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018


/// ARTIGO TÉCNICO

Com um sistema de OS implantado, vá para a etapa 2. Se você não tiver um aplicativo eletrônico para OS’s, faça-as então em formulário impresso e crie uma planilha para lançamento de dados com colunas de filtros, prosseguindo à etapa 2.

2ª Etapa – Planejamento e Programação de manutenção (PPM) Nós temos 7 etapas propostas, mas a primeira e esta segunda etapas são o “coração” do sistema de gestão. Com a rotina de emissões de OS, através do critério adotado de prioridades, seja pelo TPM (criticidade x intervenção = prioridade) ou pela experiência do gestor, faça o planejamento de OS’s com distri-

buição dos serviços por complexidade, custo etc., numa programação semanal. Um recurso simples e prático é colocar um quadro com os dias da semana e escaninhos por especialidade de intervenção (elétrica, mecânica, civil etc.). Mesmo que você tenha somente um profissional na manutenção, o quadro funciona. Pode também manter uma planilha com a relação das OS’s e estas respectivas OS’s ficaria numa pasta com divisórias da semana. Veja o exemplo acessando o código QR no final do artigo.

Esta etapa consta de um mapeamento dos equipamentos / máquinas. Os dados principais podem ser vistos na planilha criada a seguir para uma área de flexografia. Com o PIP, você detalha:

Sugiro que se espere pelo menos 3 meses para operacionalizar estas duas etapas. Sendo assim, vá para a próxima etapa.

Nesta situação, é necessário que o profissional tenha conhecimento detalhado da máquina e outro profissional com habilidades de registrar, de forma clara e completa, as observações na planilha

3ª Etapa – Plano de inspeção de processo (PIP).

• As partes / componentes de uma máquina; • Quais pontos verificar; • Recursos necessários para inspeção; • Frequência da inspeção; • Tipos de intervenção (elétrica, mecânica etc.).

: vanguarda em Solventes Propílicos NPP (n-Propanol e Acetato de n-Propila)

Excelência na relação custo/benefício Maior qualidade de impressão Mais brilho Menor viscosidade na aplicação Maior força de laminação devido à menor retenção de solventes Redução no custo da impressão devido à economia no volume consumido de tinta e solvente

RESULTADO DE TESTES EM MÁQUINA ETÍLICOS

PROPÍLICOS DISTRIBUIDOR:

ETÍLICOS

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www.uniplastic.com.br

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018- 57 contato@uniplastic.com.br - Fone: (19) 3404.3240 / (19) 98373.0134 - Rua Abelardo Pinto de Lemos. 2258 - Distrito Industrial São Lucas II - Rod. Limeira/Cosmópolis - Limeira/SP


/// ARTIGO TÉCNICO

“Tem-se uma abordagem dos resultados obtidos com apresentação de indicadores que devem focar principalmente no tempo de parada/disponibilidade de máquina, custos e número de profissionais.” PIP. Veja o exemplo acessando o código QR no final do artigo.

4ª Etapa – Programação e controle de inspeção (PCI) Este PCI vai somente estabelecer semanalmente um plano para realização das inspeções. Veja o exemplo acessando o código QR no final do artigo.

5ª Etapa – Relatório de inspeção de processo (RIP) O relatório de inspeção de processos (RIP) é o executor da inspeção estabelecendo as ações a

serem tomadas, que podem ser preventivas, corretivas ou correções. Detalha ainda o tipo de intervenção por especialidade, prazo e tem ainda um controle da situação. Veja o exemplo acessando o código QR no final do artigo.

6ª Etapa – Relatório de Resultados do programa de gestão Nesta etapa, tem-se uma abordagem dos resultados obtidos com apresentação de indicadores que devem focar principalmente no tempo de parada/disponibilidade

58 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 66 - Mar/Abr 2018

de máquina, custos e número de profissionais. Resultados de qualidade intrínseca dos produtos também serão objetos de avaliação. Um plano de melhoria de processos é mais um recurso que pode ser adotado concomitantemente com todo este processo de gestão da manutenção, e que será objeto de apresentação na próxima edição. ▪ Acesse todas as imagens deste artigo através do código QR ao lado. Ou se preferir através do link: www.link.com.br




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