ProjetoPack em Revista - Edição 63

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TECNOLOGIA, DESIGN, GESTÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS, RÓTULOS E IMPRESSÃO

ESPECIAL LÂMINAS, FITAS DUPLA-FACE E OUTROS INSUMOS ACESSÓRIOS Saiba ainda: • Balanço CIF 2017; • Pré-impressão; • PackExpo 2017; • LabelExpo Europe 2017; • E muito mais!

Entrevista com a Flexoprint - Pág. 42


A DIFERENÇA ESTA NOS DETALHES • Sistema para troca rápida de camisa porta clichê e camisa Anilox.

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• Ajuste de pressão progressiva.

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/// SUMÁRIO

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017 - 3


/// SUMÁRIO

Aislan Baer

Chegamos à penúltima edição de 2017 – “Especial Lâminas,

Editor Chefe

fitas dupla-face e outros insumos acessórios”. Quando se trata

Sócio-diretor da ProjetoPack &

de impressão, cada variável, por menor que pareça, faz toda a

Associados e editor da ProjetoPack

diferença para que se possa obter um resultado final excelente

em Revista. Atua há mais de 15

ou medíocre. E, quanto menos relevante é o insumo (no que

anos na área de embalagens

tange à representatividade de custos em relação ao que compra

flexíveis, rótulos e impressão,

mensalmente uma indústria convertedora) na percepção de quem

ministrando cursos, palestras e

compra, maior a tendência de trata-lo como uma commodity, tendo

consultoria por todo o hemisfério

como critério basicamente o preço mais barato possível.

sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela

Isso pode trazer consequências devastadoras. Uma escolha de

USP, é diretor técnico adjunto da

fita dupla-face ruim, por exemplo, incorrerá em inúmeras paradas

ABTG (Associação Brasileira de

no processo (levantamento de borda dos clichês, bolhas, problemas

Tecnologia Gráfica) e especialista

ligados à cobertura dos chapados e traços, borrões e assim por

na implantação de normas

diante), provocando grande prejuízo financeiro em aparas, retrabalho

flexográficas pela FTA - Associação

e improdutividade. “Comprar pelo rendimento, e não pelo preço” é

Americana de Flexografia.

um lema que deve ser seguido pelas empresas, afinal.

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importantes ocorreram, no cenário da tecnologia gráfica mundial:

A ProjetoPack em Revista é

as feiras LabelExpo Europe e PackExpo. Ambas estão reportadas,

uma publicação especializada

de forma bastante resumida, nas páginas a seguir. Evidentemente,

no mercado de conversão e

também

impressão de embalagens

Intercontinental de Flexografia, organizada e promovida pela

flexíveis, etiquetas e rótulos, a

ProjetoPack nos dias 14 e 15 de setembro (aliás, um grande sucesso

mais respeitável revista técnica

de público e aprovação geral).

Durante o período de edição deste número 63, dois eventos

trouxemos

um

apanhado

geral

da

Conferência

do segmento no país. Com a recente aquisição da Rhoss Print, tradicional convertedor Acesse o código QR e solicite

de rótulos e etiquetas sediado em Indaiatuba, São Paulo, pela

nosso Mídia Kit!

Flexoprint, entrevistamos o seu diretor Laércio Stange Warmeling, que nos contou um pouco sobre seus planos de expansão e visão do mercado – num dos raros casos de consolidação setorial encabeçado por uma companhia nacional. A respeito da nossa “saga” percorrendo as principais variáveis da impressão, estaremos chegando em breve na mais complexa e desconhecida variável de qualquer processo – o ser humano. Que competências, habilidades, formação acadêmica e experiência profissional são desejáveis para o impressor do futuro? Fica aqui o spoiler e, enquanto isso, desejamo-lhes uma ótima leitura da presente edição!

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/// SUMÁRIO

EXPEDIENTE Editor Aislan Baer Diretor de conteúdo Prof.° Lorenzo Baer Gerente de marketing Douglas T. Pereira

08 /// CAPA

36 /// ARTIGO TÉCNICO

08-29 ESPECIAL LÂMINAS, FITAS DUPLA-FACE E OUTROS INSUMOS ACESSÓRIOS Dedicamos as três últimas edições da ProjetoPack em Revista a três elementos cruciais para se obter sucesso na Impressão flexográfica: a pré-impressão e os clichês, as tintas e solventes e a máquina impressora, respectivamente.

30-35 CIF 2017 - BALANÇO GERAL Dias felizes os da Conferência Intercontinental de Flexografia. Não há melhor forma de expressar o sentimento geral da equipe, patrocinadores, palestrantes e a todos os presentes no evento.

36-41 PRÉ IMPRESSÃO –MACRO TENDÊNCIAS DA PRÉ-IMPRESSÃO NA FLEXOGRAFIA E ROTOGRAVURA Nas últimas décadas, a pré-impressão e os profissionais a ela ligados tem assistido e participado de incríveis mudanças tecnológicas, as quais vieram influenciar e modificar o próprio comportamento da indústria gráfica.

42-47 ENTREVISTA COM A FLEXOPRINT Em 29 de setembro deste ano, a convertedora de rótulos e etiquetas Flexoprint, sediada em Marialva, Paraná, anunciou ao mercado a aquisição definitiva da concorrente Rhoss Print, uma tradicional companhia que atua há mais de 24 anos na cidade de Indaiatuba, São Paulo.

48-53 LABELEXPO EUROPE 2017 – BALANÇO GERAL Terminou mais uma edição da maior feira de etiquetas e rótulos do mundo. Ao longo de quatro dias intensos, 650 expositores, distribuídos em 9 pavilhões, apresentaram suas soluções aos convertedores oriundos de todos os cantos do planeta.

54-58 PACKEXPO LAS VEGAS REESCREVE A SUA HISTÓRIA, COM PÚBLICO RECORDE Encerrando um ano sem precedentes de quebra de recordes em todo o seu portfólio de feiras e eventos, a PACK EXPO recebeu aproximadamente 1.000 participantes a mais do que em 2015 durante toda a Pack Expo Las Vegas e a Healthcare Packaging Expo 2017, fazendo desta edição a maior PACK EXPO Las Vegas da história.

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Gerente de contas Caio Demare Deise Moraes Roberto Lemes Marcelo Santos Projeto Gráfico e gestão de mídias sociais Agência Convertty Revisão dos textos Ricardo Teodoro Alves Comitê editorial Andrê Gazineu André Kenji Prof.° Antônio Cabral Prof.° Bruno Cialone Débora Higino Sodré Eudes Scarpeta Francisco dos Santos Joaquim Morais Liliana Rubio Prof.° Lincoln Seragini Marco Marcelino Nestor Pires Filho Rafael Melo Pedreira Wagner Delarovera Wilson Paduan Wilson Ramos Júnior Contratos de publicidade e assinaturas Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação, contate-nos: E-mail: revista@projetopack.com Fone: (11) 3258-7134 Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização da reprodução, contatar a publicação por e-mail em atendimento@ projetopack.com. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.


/// SUMÁRIO

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/// ARTIGO DE CAPA

ESPECIAL LÂMINAS, FITAS DUPLA-FACE E OUTROS INSUMOS

D

edicamos as três últimas edições da ProjetoPack em Revista a três elementos cruciais para se obter sucesso na Impressão flexográfica: a pré-impressão e os clichês, as tintas e solventes e a máquina impressora, respectivamente. No entanto, quando o tema é flexografia, cada detalhe conta. Existem diversos insumos que não nos damos conta da importância no nosso dia-a-dia, mas que estão ligados diretamente à qualidade do impresso e à produtividade da máquina. Fitas adesivas dupla-face, fitas para troca automática da bobina, fitas ou adesivos para a selagem das bordas, lâminas raspadoras, soluções de limpeza, vedações e assim por diante. Nesta edição de número 63, vamos discorrer um pouco a respeito destes materiais, bem como tentar despertar-lhes a consciência de que, mesmo em insumos acessórios como estes, comprar usando como critério o preço mais baixo ao invés do melhor desempenho pode acabar custando caro. Talvez caro demais.

Lâminas raspadoras A cada ano, gastam-se milhares de reais na compra ou recuperação de cilindros e camisas anilox. O anilox torna-se cada vez mais preciso, com inovações voltadas ao maior aproveitamento possível da tinta (mediante melhores taxas de transferência), durabilidade e produtividade na impressão (melhorando, por exemplo, a geometria dos alvéolos e a característica da cerâmica para minimizar entupimentos ao longo do processo). Não nos apercebemos, mas a tarefa da dosagem de tinta pelo anilox à superfície do clichê é árdua: deve transferir com precisão uma película de alguns bilhões de micras cúbicas por metro quadrado, em velocidades muitas vezes superiores a 300 metros por minuto, num ambiente desfavorável – com temperatura elevada e presença de agentes contaminantes. Neste contexto, ele não trabalha

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só: requer, via de regra, de uma lâmina raspadora e uma lâmina retentora cuidadosamente montadas em um estojo ou cápsula chamada de doctor-blade. O termo “doctor blade”, por sinal, pode ter sido um mau uso do termo “ductor blade” (do inglês “lâmina condutora”) que acabou, com o passar dos anos, suplantando o termo original. A lâmina raspadora tem, portanto, a responsabilidade de assegurar uma camada homogênea de tinta no interior dos alvéolos e sobre a superfície do anilox (diminuindo o atrito) sem, contudo, danificar a sua superfície. Nas palavras de Sérgio Cividanes, sócio-diretor da Steelserv – tradicional distribuidor de insumos para flexografia: “Na briga entre anilox e lâmina, é a lâmina quem deve pagar a conta”. Na rotogravura, a lâmina raspa-


/// ARTIGO DE CAPA Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

dora é ainda mais crítica: ao passo que na flexografia, ela dosa a tinta ao clichê indiretamente (depositando a película no anilox), no processo de rotogravura ela delimita a tinta diretamente aos alvéolos do cilindro de impressão. Na prática, uma raspagem deficiente fará com que pontos das áreas de mínimas sejam transferidos parcialmente, outros pontos não sejam sequer transferidos ou, ao contrário, pode acabar passando tinta nas áreas de contra-grafismo – um defeito de impressão conhecido como velatura, bastante agravado em cilindros com rugosidades elevadas.

dades específicas tais como elevada pureza e estabilidade dimensional. O perfil de borda e o tipo de fio também fazem diferença na qualidade da raspagem. Existem no mercado lâminas raspadoras com extremidades afiadas em ângulos de 2° a 45°, lâminas com extremidades arredondadas e as chamadas lamelas auto-afiantes, que mantém um fio

“Na briga entre anilox e lâmina, é a lâmina quem deve pagar a conta”

Precisamente por isso, as lâminas devem apresentar algumas proprie-

Diferentes perfis de lâmina raspadora

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/// ARTIGO DE CAPA

dade e cobertura de sólidos, principalmente em chapados grandes. “A italiana CBG possui em seu portfólio um produto muito inteligente e que explora o conceito do fio auto-afiante com um aspecto adicional: enquanto todas as lâminas raspadoras do mercado possuem rebaixo no sentido longitudinal, a lâmina Wing é produzida no sentido transversal. Na prática, isso aumenta a durabilidade e melhora a distribuição da pressão sobre o fio, diminuindo inclusive a deflecção por excesso de pressão do operador”, explica Sérgio Cividanes. “O tipo de contorno e a natureza da composição de uma lâmina raspadora fazem toda a diferença na flexografia, principalmente quando se imprime com tintas à base de pigmentos mais críticos como o branco”, conclui Emerson Thiago, sócio-diretor da Steelknife, outra empresa reconhecida no mercado de distribuição de insumos para flexografia e uma das únicas produtoras de lâminas raspadoras para rotogravura e flexografia do país.

constante até o seu desgaste total. O ângulo de contato, também conhecido como ângulo de desgaste, determina a transferência de tinta do anilox ao clichê: quando superior a 40°, pode resultar em trepidação e deflecção, além de impressão “suja”; quando inferior a 26°, pode dificultar ou mesmo impedir o preenchimento total dos alvéolos e diminuir a densi10 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017

As lâminas empregadas em flexografia são, na maioria das vezes, de aço. Este material assegura uma excelente qualidade de raspagem, minimizando os danos ao anilox. O aço carbono agrega também dureza e resistência química excelentes, além de grande flexibilidade (algo crucial na flexografia, principalmente em sistemas encapsulados). Lâminas de aço inoxidável são comumente utilizadas com tintas à base de água, justamente para evitar a ferrugem. “Para a Swedev, o item mandatório é a qualidade do aço. O mercado é muito orientado para o


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“Determinados tratamentos podem afetar positivamente a dureza das lâminas raspadoras”

preço, e uma alternativa muito comum a alguns concorrentes é buscar um aço mais barato lá fora. Nós, da Alternativa Flexo, distribuidores das lâminas raspadoras SwedCut, nos preocupamos justamente em importar um aço superior. Isso se reflete não só na qualidade da raspagem, mas na decomposição mais uniforme da lâmina ao longo da impressão, evitando danos à superfície do anilox”, afirma Henrique Gomes, sócio-diretor da empresa. Lâminas raspadoras sintéticas, fabricadas em plásticos variados (poliéster é o mais utilizado), são mais seguras para o manuseio por parte do operador e geram menos riscos ao anilox. No entanto, comparadas às lâminas de aço, possuem uma precisão de dosagem inferior, em velocidades mais elevadas (muito embora alguns fabricantes aleguem o contrário). O fato é que as lâminas plásticas são mais empregadas no mercado de papelão ondulado, onde as velocidades e as lineaturas são sensivelmente menores do que nos segmentos de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos.

Quantidade de tinta aplicada x tipo de fio da lâmina

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“Muitos testes e acompanhamentos em máquina já demonstraram que a lâmina de poliéster possui alta resistência térmica e mecânica, tendo resistido à impressão flexográfica banda larga em altas velocidades, sem derretimento. O problema é cultural. Desde a escola técnica, os futuros impressores aprendem que a lâmina raspadora é de aço – um paradigma difícil de ser rompido, anos mais tarde”, conclui Marcus Goulart, da KRG, distribuidor exclusivo de lâminas sintéticas da fabricante inglesa Esterlam para o Brasil. Existem ainda as lâminas “tratadas” química ou termicamente. O objetivo primário é reduzir a tensão superficial no ponto de raspagem, evitando o acúmulo de sujidades (partículas ou corpos estranhos e pigmentos das tintas) e o consequente entupimento dos alvéolos em anilox ou cilindros de rotogravura. Determinados tratamentos podem ainda afetar positivamente a dureza das lâminas, melhorando a qualidade da raspagem e a durabilidade das mesmas. Um dos pioneiros na execução destes tratamentos foi a alemã MDC Daetwyler com a lâmina “Long life” (vida longa). Com o passar dos anos, o nome comercial tornou-se sinônimo para lâminas tratadas (também chamadas de “coated” ou revestidas) e a maioria dos grandes fabricantes de lâminas de aço do mundo possuem produtos equivalentes em seu portfólio. “Durabilidade é um tema tão significativo para a lâmina raspadora que, em 2017, fechamos uma parceria com a sueca PrimeBlade Sweden AB, com uma tecnologia proprietária chamada XM-Technology, voltada ao aumento expo-


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

nencial da vida útil da lâmina”, complementa Sérgio Simone, diretor técnico-comercial da Soléflex.

Deflecção da lâmina, ocasionando excesso de entintagem

Ângulo de raspagem x quantidade de tinta transferida

Pressão de raspagem x quantidade de tinta transferida

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“Um dos maiores problemas das lâminas raspadoras comercializadas atualmente no Brasil é a baixa precisão dimensional do rebaixo auto-afiante. Se o cliente, no recebimento, medir a espessura do rebaixo ao longo da lâmina, verá diferenças significativas na maioria dos produtos. Se um lado apesenta uma espessura maior ou menor do que o outro, isso implica em um desgaste prematuro e uma raspagem desuniforme. Raspagem desuniforme, por sua vez, acarreta em diferenças de cobertura e densidade no impresso e, consequentemente, alto risco de perdas no processo”, completa Sérgio Cividanes. “A CBG, empresa italiana representada com exclusividade pela Steelserv, investe em controle de qualidade e processos de fabricação para assegurar a homogeneidade do rebaixo e a pureza da sua composição”. Nenhuma lâmina funcionará bem sem um estojo, contra-facas (no caso da rotogravura) ou uma câmara encapsulada (para flexografia) adequados. Nestes casos, “adequados” refere-se à dimensão correta e boas condições de manutenção e limpeza. “As lâminas raspadoras da alemã TKM Meyer, distribuídas com exclusividade pela Soléflex ao Brasil, convergem para as necessidades específicas da flexografia e da rotogravura. A série OptiPrint é fabricada com 5 vezes mais cromo em sua composição, diminuindo o atrito mecânico contra o cilindro ou camisa anilox. Pos-


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/// ARTIGO DE CAPA

“Mais de 70% dos entrevistados admitiram usar uma lâmina diferente para o branco”

suem também um tratamento eletroquímico na área do rebaixo, para prover uma maior perfeição do início ao fim da raspagem. A série CeraPrint, no entanto, lançada na última Drupa, apresenta uma maior homogeneidade e quantidade de partículas cerâmicas e agentes lubrificantes no revestimento do rebaixo, prevenindo o aparecimento de velaturas, riscos e cometas, mesmo em trabalhos bastante críticos”, orienta Sérgio Simone. Uma pesquisa recente conduzida nos EUA pela Associação Técnica de Flexografia (FTA), entrevistou diversos impressores de flexografia (de banda larga e estreita), visando traçar um perfil do rendimento de lâminas em uso: • Aproximadamente 80% dos entrevistados imprimem no máximo a 300 m/min; • Mais de 85% adquirem lâminas pré-cortadas, já na largura útil para impressão; • Mais de 50% dos entrevistados imprimem por alguns turnos 16 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017

ou dias até trocar de lâmina; • Mais de 15% recebem treinamentos periódicos do fornecedor para o melhor uso do produto; • Mais de 70% dos entrevistados admitiram usar uma lâmina diferente para o branco; Ao observar algumas destas conclusões iniciais, é compreensível o valor agregado por um distribuidor de lâminas raspadoras: • Entregando as lâminas cortadas aos convertedores; • Fracionando as entregas num modelo Just-In-Time; • Realizando treinamentos aos convertedores para otimizar o consumo de lâminas e aperfeiçoar o seu uso; • Avaliando lâminas desgastadas para contribuir na identificação de problemas no processo dos clientes; • Recomendando tecnicamente produtos para cada necessidade específica.


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/// ARTIGO DE CAPA

Fitas adesivas dupla-face

“Fita dupla-face não é um insumo de prateleira, cujo critério de seleção é somente o preço”

No cômputo geral dos insumos flexográficos, a fita dupla-face é o mais difícil de se escolher. Não só pela infinidade de marcas, conceitos e tecnologias, mas até pelo portfólio amplo de produtos de cada fabricante. Não é um insumo de prateleira ou algo a se comprar baseado somente no preço: uma boa fita dupla-face é meio caminho andado para a impressão de qualidade em flexografia. As fitas dupla-face cumprem o papel vital de aliviar a pressão de impressão, facilitando a transferência integral da tinta da superfície do clichê para o suporte de impressão. Todas as fitas adesivas dupla-face possuem uma certa variação na sua espessura – de um rolo

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para outro, num mesmo rolo, num mesmo lote e entre lotes distintos. Estas variações podem afetar significativamente a qualidade da impressão. Algumas marcas e fabricantes possuem variações menores do que outros e este é, portanto, um fator crítico na escolha de um fornecedor. Uma boa fita dupla-face também contribui muito para se obter uma impressão com altas densidades, maior uniformidade na cobertura dos sólidos (chapados e traços), menor ganho de pontos, esmagamento dos contornos (squash) e marcas longitudinais (“costelas” ou “batidas”). As fitas dupla-face acolchoadas ainda corrigem, até certo ponto, variações de espessura das chapas ou mesmo irregularidades na geometria das camisas porta-clichê. Quanto mais fina a espessura de uma fita, menor a sua variação.


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“Outra propriedade muito importante é a resiliência, a capacidade de uma fita voltar ao seu estado original após sofrer compressão” As fitas dupla-face acolchoadas são categorizadas pela sua densidade estrutural: baixa, média e alta densidades e, em alguns casos, variações intermediárias (média-baixa, média-alta etc.). Apesar das fitas dupla-face de baixa densidade possibilitarem uma impressão com menor ganho de pontos, elas podem ocasionar falhas (pinholing) nas áreas sólidas (chapados e traços) ou em partes de uma imagem combinada (textos, linhas, traços e outros elementos sólidos). Fitas acolchoadas de média densidade produzem uma impressão

mais suave, mas quase sempre ocasionam um maior ganho de pontos; fitas de alta densidade são mais recomendas na impressão de grandes áreas sólidas como chapados. É exatamente por este motivo que os fabricantes de fitas adesivas dupla-face possuem um range amplo de produtos – para atender as diferentes combinações de uma imagem impressa: chapados, traços, retículas, retículas finas e combinações variadas destes elementos. Outra propriedade muito importante de uma fita dupla-face acolchoada é o que chamamos “resiliência” – a habilidade de uma fita voltar à sua espessura e forma original (ou o mais próximo disso) após ser pressionada. As fitas acolchoadas possuem estrutura em células – que podem ser abertas ou fechadas. As de estrutura fechada geralmente apresentam uma memória melhor e tendem a voltar mais rapidamente à sua forma original. Isso é algo bastante positivo principalmente em dois aspectos: durante a etapa de setup, no ajuste da pressão: fitas com melhor resiliência alcançam uma estabilidade quase imediata após o ajuste da pressão, reduzindo o número de metros lineares desperdiçados para o acerto do trabalho. Elas também imprimem um maior número de metros lineares mantendo uma condição ótima de impressão – evidentemente, estas fitas “mais nobres” tendem a custar mais caro. “A tesa recentemente lançou uma inovação focada justamente na resiliência. A linha Softprint Flex traz pela

20 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“A maioria das fabricantes de fitas duplaface possui em seu portfólio produtos com graus de adesividade diferentes” primeira vez uma fita acolchoada 100% produzida em Polietileno. Tanto a espuma, quanto o liner (que geralmente é de Poliéster) são de polietileno, favorecendo a resiliência e ajudando especialmente a estabilizar a impressão mais rapidamente durante os momentos iniciais do setup”, explana Sérgio, distribuidor exclusivo para o Brasil da linha tesa ­Softprint Flex. “As fitas acolchoadas Lohmann - Linha Duploflex, foram desenvolvidas para o perfeito alcance de resultados impressos em até 600 m/ min. Além de ser a referência por sua facilidade de montagem e desmon-

tagem livre de resíduos de adesivos, as fitas Duploflex possuem revestimento de PE Coex em ambas as faces da espuma. Esta tecnologia oferece compressão das áreas de grafismo com resiliência otimizada, proporcionando a excelência nos resultados de impressão e manutenção do ganho de ponto ao longo de toda tiragem”, argumenta Sérgio Simone, da Soléflex, distribuidora exclusiva da Lohmann para o Brasil. Normalmente, as empresas não dão muita atenção ao processo de limpar e desengordurar a superfície das camisas ou cilindros porta-clichê. Isto acaba ocasionando diversos problemas, dentre os quais o levantamento das bordas dos clichês (principalmente em diâmetros de porta-clichê menores). Porquanto, a força de colagem ou adesividade da fita é outra grande diferença entre produtos de um mesmo fornecedor e entre fornecedores diferentes. A maioria das fabricantes de fitas adesivas dupla-face possui em seu portfólio materiais com adesão mais fraca ou mais forte (alguns possuem inclusive produtos com adesão intermediária). Isso permite ao convertedor de flexografia selecionar, por exemplo, uma fita mais fraca para trabalhos montados sobre diâmetros regulares ou clichês muito grandes como os de ração animal (evitando danos na descolagem) e fitas com adesão elevada, para diâmetros pequenos ou montagens de pistas e “tacos” ou pedaços de clichês, como ocorre por exemplo, aos impressores de sacolas de supermercado. “Alta qualidade de impressão

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flexográfica e melhor desempenho dos clichês é o sonho de todos que trabalham no setor. Pensando nisso, a 3M do Brasil apresentou a nova fita de montagem Cushion-Mount Plus Fita Dupla Face Série L, com design exclusivo desenvolvido nos Estados Unidos. A Série L é desenhada de forma inovadora para entregar impressão superior em sólidos, cromia, meio-tom e impressão combinada, aumentando a rentabilidade do processo. Sua composição gera melhor adesão, o que facilita a desmontagem de clichês, mesmo os de grandes proporções, e a remoção da fita do cilindro/camisa. Com isso, são reduzidos os danos nos clichês e ocorre uma extração limpa e fácil”, detalha Dennise Delbue Moro, gerente de produto de fitas flexográficas da 3M. Um último aspecto interessante sobre as fitas adesivas dupla-face são os liners anti-bolha (em inglês, bubble-free). Boa parte dos fabricantes de fitas possui alguma solução para evitar a geração de bolhas de ar no momento da colagem. Usualmente, isso é feito aplicando micro canaletas ou sulcos que ajudam a conduzir o ar entre o porta-clichê e a fita para as extremidades, até a sua eliminação total. Isso é muito importante, uma vez que bolhas são a origem da maioria dos problemas de impressão ligados à colagem. “A Scapa Exafit® HP, da fabricante italiana Scapa, foi aperfeiçoada para atender as novas tecnologias de pré-impressão e rodar em altas velocidades. Possui um liner texturizado, o que inibe a formação de bolhas na montagem e assegura maior eficiência no processo”, com-

“Um recurso muito útil são os liners bubble-free, que evitam a formação de bolhas de ar durante a colagem” pleta Sérgio Simone. A Solefléx também é distribuidora exclusiva das fitas adesivas Scapa para o Brasil.

Soluções de limpeza A remoção de tinta incrustrada nos clichês e partes removíveis da máquina impressora, tais como bombas, banheiras, doctor-blades, mangueiras etc., é uma tarefa complicada e morosa. Se mal executada, pode acarretar em grande prejuízo financeiro, com a contaminação das tintas, a geração de aparas e o desperdício de preciosas horas de acerto de cores na impressão. No entanto, a maioria das empresas despreza a importância desta atividade, infelizmente. ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017 - 23


/// ARTIGO DE CAPA

“Quando se trata de limpadores, o pH é uma variável bastante delicada” Muitas empresas fazem a limpeza das tintas com solvente – um solvente recuperado, mais barato e, se possível, mais retardado. Isso teoricamente ajudaria, aumentando o tempo de residência do solvente e diminuindo a taxa de evaporação, otimizando, portanto, o processo. O solvente recuperado, apesar de mais barato, nem sempre é garantia de uma boa limpeza e pode deixar traços (contaminações) de produtos críticos, até mesmo proibidos, nas embalagens impressas. Além do mais, cada elemento a ser limpo tem uma demanda diferente. Clichês de fotopolímero, por exemplo, degradam-se muito rapidamente na presença de co-solventes retardantes e câmaras doctor blades de alumínio se deterioram, quando limpas com certos tipos de detergentes. Estas demandas por produtos de limpeza mais adequados, sustentáveis, econômicos e com performance elevada deram origem a diversas empresas especializadas na fabricação de detergentes 24 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017

especiais e um amplo portfólio de soluções – desde os concentrados para limpeza em máquina até os produtos para limpeza em tanques e sistemas automáticos de lavagem. Como todo insumo, é preciso testar e comparar diferentes produtos, buscando o melhor rendimento e relação custo x benefício. Quando se trata de limpadores, o pH é outra variável delicada. Por exemplo, para limpar anilox cerâmico sem causar danos, o pH de uma solução de limpeza deveria ser algo entre 5.5 e 11.5 (há alguma discordância para um range ainda mais estreito – até no máximo 10.5, por alguns fabricantes de anilox). “Nos últimos anos, observamos um crescimento na venda de produtos de limpeza. Com os requisitos técnicos de qualidade e desempenho cada vez mais altos, os clientes têm investido mais na manutenção de seus processos de impressão. Além disso, com o alto custo dos materiais, sabe-se que a correta manutenção e limpeza dos componentes de uma impressora gera uma grande economia ao final do processo. O que se observa no Brasil ainda é uma falta da cultura de limpeza. Temos à disposição excelentes produtos e equipamentos em nossas mãos, porém, muitas empresas ainda são deficitárias em implementar políticas e métodos de limpeza, bem como de estabelecer uma periodicidade para tal. Acreditamos que ao conseguirmos incutir na cabeça dos operadores a necessidade da limpeza periódica e eficiente, passaremos a ter um ganho de qualidade no


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

processo de impressão, seja para qual mercado for”, complementa Otavio Augusto Ronconi, da Laserflex, empresa que representa exclusivamente ao Brasil a linha de produtos de limpeza Flexoclean. A potência da limpeza também difere muito de um produto para outro. Quando mais eficaz o limpador, menor o tempo de imersão do anilox, clichê ou peça. Isso também potencializa a vida útil dos mesmos, uma vez que muito tempo de imersão favorece a infiltração do detergente, acarretando em inchamento e endurecimento dos clichês, cracking da cerâmica do anilox dentre outros vários problemas. “Muitas das paradas de máquina por problemas de entupimento do anilox podem ser evitadas com uma limpeza periódica na própria impressora, além de uma limpeza profunda a cada turno ou dia de produção, em máquinas ou tanques apropriados. O CeramClean™, desenvolvido pela americana Harper e comercializado pela Steelserv, é uma solução bastante eficaz para a limpeza do dia-a-dia”, afirma Antônio Veroneze, sócio-diretor da companhia.

Vedações É incrível como um elemento tão aparentemente insignificante quanto um par de vedações pode melhorar tanto a produtividade na flexografia. Usar uma vedação de má qualidade certamente aumentará a incidência de vazamentos e diminuirá o tempo de vida dos anilox e das próprias lâminas raspadoras. Muitas empresas fabricam vedações a partir de desenhos ex26 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017

traídos de outras vedações (quase um decalque). Isso é bastante arriscado – a cada cópia, perde-se precisão com respeito ao desenho original. A melhor forma de comprar uma vedação é a partir do desenho original, em formato CAD ou equivalente, especificado pelo fabricante da máquina impressora ou da câmara do doctor blade em uso. Existem muitos materiais, de durezas e compressibilidades diferentes. Opta-se muitas vezes por um material muito barato – normalmente um tipo de espuma – e descartável. Entretanto, tais materiais podem deixar a desejar principalmente na resistência à abrasão, ao ataque dos solventes das tintas e na absorção de vibração, algo costumeiro em máquinas mecânicas. Vedações mistas – por exemplo, sanduíches de Neoprene, EPDM e SBR ou mesmo vedações mono componente, mas fabricadas com materiais mais “nobres” como Neoprene preto, EPDM cinza e Polietileno cross-linked podem melhorar muito o processo.

Selantes para as bordas Muitas vezes, mesmo uma boa fita adesiva dupla-face pode requer uma “ajuda extra”. Existem basicamente, três alternativas disponíveis no mercado: fitas de borda (normalmente, metalizadas ou de alumínio, vinil colorido e poliéster), selantes ou primers para clichês e uma solução caseira, mas que vale a citação: alguns operadores simplesmente pintam o verso das chapas na região da emenda do clichê com tinta branca retardada – isso


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/// ARTIGO DE CAPA

“As fitas para troca automática de bobinas deve possuir um tack inicial relativamente alto”

também favoreceria, ao menos um pouco, o fechamento.

pactar muito negativamente nos índices de produtividade.

A região da emenda dos clichês é o local mais crítico de todos. Gradualmente, o solvente das tintas vai penetrando e reagindo com o adesivo da fita adesiva dupla-face até o seu descolamento. Os selantes ajudam a blindar o local, diminuindo a incidência do levantamento das bordas.

Segundo a fabricante tesa, o atributo da sustentabilidade também é muito importante no caso das fitas repoupáveis. Para atender as demandas técnicas de reciclagem do papel, o papel precisa ter como características a fácil remoção da tinta após a impressão. Também deve ser fácil remover materiais estranhos, tais como grampos de metal e resíduos de fitas adesivas. O material restante deve ter qualidade suficiente para ser utilizado como matéria-prima para a produção de papel reciclado. A fita tesa EasySplice® possui um certificado chamado INDEGE (Associação Internacional da Indústria de “Desentintagem”).

Fitas para troca automática de bobina Outro insumo muito utilizado pelos convertedores são as fitas para a troca automática de bobinas. Normais ou repoupáveis (para bobinas de papel), elas têm um papel crucial na melhoria do OEE da impressão, uma vez que, dependendo da frequência de saída de bobinas, a perda de uma troca automática (seja pela interrupção ou pela própria baixa de velocidade) pode im-

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As fitas para troca automática de bobinas de outros suportes que não papel (plásticos e alumínio) são produzidas quase sempre em poliéster. Os adesivos devem ter


/// ARTIGO DE CAPA

um tack inicial (pegajosidade) relativamente alto, para colar inclusive substratos de espessura maior.

lizá-lo como padrão pode mascarar problemas mais sérios com as tintas ou mesmo as chapas de fotopolímero em uso.

Primer para clichês

Existem ainda muitos outros insumos menores a serem abordados. E oportunamente o faremos, numa edição da ProjetoPack em Revista mais adiante. Insumos como panos de limpeza, tubetes, filtros magnéticos (que deveriam ser trocados com certa periodicidade) das tintas e por aí vai. Mas entendemos que os mencionados neste artigo cobrem bem a categoria de insumos acessórios, em termos de seu impacto na qualidade e produtividade da impressão, tanto pela sua relevância como “variável do processo”, quanto pela sua frequência de uso.

Algumas empresas habituaram-se a utilizar vernizes (comercializados em embalagem do tipo aerossol) desmoldantes sobre a superfície das chapas flexográficas, para melhorar a transferência da tinta – principalmente em cromias muito finas – e evitar entupimentos. Existem diversos produtos no mercado, formulados especialmente para não causar danos ao fotopolímero ou mesmo afetar as tintas de impressão. Todavia, é preciso salientar que o primer é uma ajuda eventual. Uti-

“É preciso salientar que o primer para clichês é uma ajuda eventual”

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/// CONFERÊNCIA INTERCONTINENTAL DE FLEXOGRAFIA 2017

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/// CONFERÊNCIA INTERCONTINENTAL DE FLEXOGRAFIA 2017

A redação Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias, críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail revista@projetopack.com

BALANÇO GERAL

D

ias felizes os da Conferência Intercontinental de Flexografia. Não há melhor forma de expressar o sentimento geral da equipe, patrocinadores, palestrantes e a todos os presentes no evento.

Durante dois dias inteiros, profissionais altamente reconhecidos em todo o mundo flexográfico compartilharam seus conhecimentos e visões, mostraram tendências e provocaram reflexões as quase 500 pessoas presentes. E, para nós da ProjetoPack, uma das coisas mais significativas foi ouvir, em uníssono, que as empresas que investiram no evento fizeram negócios (vendas, no sentido literal), recuperaram seu investimento plenamente e tiveram suas expectativas mais do que atendidas. No curso das próximas edições da ProjetoPack em Revista, traremos artigos das empresas patrocinadoras e dos próprios palestrantes, para que o estimado leitor, tendo ido ou não à Conferência, possa aprofundar-se um pouco mais nos temas apresentados. Aproveitamos também para agradecer mais uma vez aos patrocinadores, a todos os que estiveram presentes, aos fornecedores, ao SENAC (em especial, à incansável e eficientíssima Maria Lygia), à ABFLEXO FTA/Brasil, aos palestrantes e a toda a nossa empenhada equipe. Esperamos que o próximo evento seja ainda melhor. ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017 - 31


/// CONFERÊNCIA INTERCONTINENTAL DE FLEXOGRAFIA 2017

Palestra da jornalista e comentarista de economia Denise Campos de Toledo

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/// CONFERÊNCIA INTERCONTINENTAL DE FLEXOGRAFIA 2017

Mais de 200m² de expositores no Foyer do evento

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/// CONFERÊNCIA INTERCONTINENTAL DE FLEXOGRAFIA 2017

BATE-PAPO COM CRISTIANO FREITAS, GERENTE DE VENDAS PARA O BRASIL DA EFI METRICS ProjetoPack em Revista: Em sua palestra, você falou sobre a importância de uma solução de software de gestão voltada para o mercado de embalagem. Quais são os benefícios desta tecnologia para uma indústria gráfica ou convertedora?

o operacional para decisões que podem não ser as mais adequadas ou necessárias. O investimento em uma solução de gestão é tão importante quanto os equipamentos.

Cristiano Freitas: O empresário e colaboradores do setor de embalagem contam com inúmeros benefícios, quando passam a utilizar um software de gestão (ERP). A solução ajuda as empresas no controle total de suas informações, integrando e gerenciando dados, recursos e processos para que as companhias tenham maior poder de tomada de decisão e êxito nos negócios. Em termos práticos, o empresário percebe o aumento do rendimento, a maior integração dos departamentos e a redução dos erros no processo de produção. Tudo isso influencia diretamente, no aumento da produção e na lucratividade. ProjetoPack em Revista: Os países latino-americanos já reconhecem a eficácia deste conceito? Cristiano Freitas: No Brasil e na América Latina em geral, as indústrias de embalagem investem em bons equipamentos, porém ainda estão começando a entender a relevância de um ERP e o quanto essa solução traz de economia nas operações elevando os resultados. Muitas vezes a subutilização dos recursos atuais direciona

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/// CONFERÊNCIA INTERCONTINENTAL DE FLEXOGRAFIA 2017

SÉRIE L É O NOVO ADESIVO INTELIGENTE PARA FLEXOGRAFIA Alta qualidade de impressão flexográfica e melhor desempenho dos clichês é o sonho de todos que trabalham no setor. Pensando nisso, a 3M do Brasil apresenta a nova fita de montagem Cushion-Mount Plus Fita Dupla Face Série L, com design exclusivo desenvolvido nos Estados Unidos. A Série L é desenhada de forma inovadora para entregar impressão superior em sólidos, cromia, meio-tom e impressão combinada, aumentando a rentabilidade do processo. Sua composição gera melhor ade-

são, o que facilita a desmontagem de clichês, mesmo os de grandes proporções, e a remoção da fita do cilindro/camisa. Com isso, são reduzidos os danos nos clichês e ocorre uma extração limpa e fácil. Quem utiliza esse produto evita o levantamento de bordas, por causa do adesivo inteligente que mantém o clichê em forte contato com a camisa. “A Série L possui liner microreplicado que forma microcanais no adesivo, permite a eliminação do ar, previne a formação de bolhas e evita borrões na impressão”, detalha Dennise

Delbue Moro, gerente de produto de fitas flexográficas da 3M. As fitas dupla-face colaboram para uma precisão consistente durante o processo de impressão. Já a diversidade de espumas e adesivos contribuem para uma impressão perfeita. A Série L é a grande novidade da 3M divulgada durante o Congresso Internacional de Flexografia – CIF 2017. Além dessa linha, a empresa possui um extenso portfólio de fitas para o setor, como: fitas de fechamento de bordas, alumínio, teflon, fitas para empacotamento e emenda de bobinas.

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/// ARTIGO TÉCNICO

PRÉ IMPRESSÃO – MACRO TENDÊNCIAS DA PRÉ-IMPRESSÃO NA FLEXOGRAFIA E ROTOGRAVURA

N

as últimas décadas, a pré-impressão e os profissionais a ela ligados tem assistido e participado de incríveis mudanças tecnológicas, as quais vieram influenciar e modificar o próprio comportamento da indústria gráfica. Para aqueles que possuem suas origens nos tempos dos fotolitos e prensas de contato, se, transportados ao passado, facilmente julgariam os dias de hoje como inimagináveis. Mas ainda assim, a genialidade inventiva do ser humano conseguiu o inimaginável. Na pratica, mesas de luz foram substituídas por computadores e softwares, que reduziram tempos de entrega e aumentaram a qualidade dos impressos a níveis impensáveis, 20 ou 30 anos atrás.

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/// ARTIGO TÉCNICO Roberto Brandi Gerente geral da Rotocrom r_brandi@rotocrom.com.br

O antigo estúdio de fotolito se viu, de repente, imerso em um universo que atendia pelos nomes de prepress, repro, computação gráfica e por aí vai. De certa forma, a evolução foi tão brusca que até mesmo a própria conotação da palavra pré-impressão acabou perdendo um pouco de sua identidade. Mas, se tão poucos anos foram responsáveis por mudanças tão profundas, o que esperar do futuro? Automação e commodities, talvez? De certa forma sim, se consideramos que ambos já são, em parte, uma realidade. Contudo, o futuro e evolução da pré-impressão tem um freio. Para evoluir mais, a pré-impressão dependerá, basicamente, do desenvolvimento das tecnologias de impressão e dos custos de manutenção, sejam eles humanos ou tecnológicos.

cada vez mais tecnologia, para diminuir a influência humana. Muitas empresas recorrem, com o auxílio da internet, a terceirização (outsourcing) em países de menor custo de remuneração e proteção trabalhista. Todos estes fatores impulsionam a pré-impressão digital a uma forte tendência de automação e, consequentemente, a uma grande padronização. Sob o ponto de vista estritamente tecnológico, a pré-impressão hoje oferece em termos de ganho de qualidade, mais do que os sistemas de impressão convencionais possam, de fato, desfrutar.

“Sob o ponto de vista tecnológico, a pré-impressão oferece hoje uma qualidade superior ao que os sistemas podem, de fato, reproduzir”

De uma forma simples, podemos resumir que os investimentos feitos na pré-impressão nas últimas duas décadas formam tão massivos para as empresas que hoje existe uma previa cautela e melhor avaliação frente a necessidade de investimentos. O know-how humano vem sendo posto de lado em favor da redução de custos e/ou de estratégias de marketing que sobrepõe a tecnologia, em detrimento da experiência humana. As proteções trabalhistas e salários impactantes ao custo fixo impulsionam empresas a buscar ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017 - 37


/// ARTIGO TÉCNICO

“Muitas vezes nos esquecemos ou relegamos o fator humano e a sua influência no processo”

Os motivos dessas limitações são muitos. A impressão precisa combinar diversos elementos que, por si só, são complexos, tais como o anilox, tintas, solventes, substratos, know-how, máquina, parâmetros diversos como pressão, velocidade etc. O controle desses múltiplos elementos não é uma tarefa fácil, tão pouco é simples combinar o avanço tecnológico e custos de investimentos em maquinas impressoras, que tem por objetivo ter uma vida útil de décadas, uma vez que seu investimento inicial se situa na margem de milhões de reais. É fato que a pré-impressão tem uma influência muita representativa nesta equação, mas que

na maioria das vezes não consegue ser plenamente explorada. Nesta batalha tecnológica, limitada pela percepção de que a impressão não pode absorver plenamente e refletir os esforços que o mercado de pré-impressão exige, os investimentos as vezes buscam preencher outras lacunas para ofertar ao cliente impressor, normalmente, tempo e know-how. É no aspecto tempo que a tecnologia busca hoje a via mais acessível; ou seja, automação – visando a otimização máxima da produção. Junto à automação, os desenvolvedores de softwares dão passos largos em direção a um maior entendimento e flexibilização das necessidades da pré-impressão, o que podemos sintetizar na expressão: customização tecnológica. Nesta explosão tecnológica, as vezes esquecemos ou propositalmente deixamos de lado o fator humano e sua influência, neste caso, podendo ser positiva ou negativa, segundo o know-how envolvido.

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/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

“Não é difícil imaginar um futuro onde a impressão digital será comum e amplamente difundida nos convertedores”

Computadores e softwares ainda não nos podem oferecer a solução completa; o julgamento humano amparado por suas experiências, capacidade de improvisação, criatividade entre outras das muitas capacidades humanas ainda são uma importante e estratégica ferramenta para as empresas que buscam ou já tem destaque em seu mercado. Obviamente, não deixamos a tecnologia como vantagem mercadológica, mas tecnologia se compra e know-how, nem sempre. Dessa forma, o caminho futuro da pré-impressão, enquanto existirem maquinas impressoras convencionais, será composto na verdade por uma inversão de valores. Sob um ponto de vista objetivo e simples, no passado a pré-impressão dependia quase que totalmente de Know-how com pouca tecnologia envolvida, atualmente e no futuro, a tecno-

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logia cada vez mais irá se sobrepor ao know-how. Esta visão simplista é obviamente uma visão macro, sendo a visão estratégica de cada empresa a que determinará de que maneira ela pode-se diferenciar junto ao cliente. A pré-impressão, contudo, terá em um futuro longínquo, quiçá talvez um fim melancólico. Seu destino está vinculado as tecnologias de impressão. Dessa forma, não é difícil imaginar um mundo futuro onde a impressão digital será comum e amplamente difundida entre impressores de flexografia e rotogravura. Neste hipotético mundo futuro, a pré-impressão perderá sua relevada influencia atual, tornando-se uma tecnologia de baixo custo e acesso comum. Resta saber se, ou quando, as barreiras da física e principalmente os interesses econômicos, permitirão este avanço tecnológico na impressão.


/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

ENTREVISTA COM A FLEXOPRINT

E

m 29 de setembro deste ano, a convertedora de rótulos e etiquetas Flexoprint, sediada em Marialva, Paraná, anunciou ao mercado a aquisição definitiva da concorrente Rhoss Print, uma tradicional companhia que atua há mais de 24 anos na cidade de Indaiatuba, São Paulo. Com a aquisição, a Flexoprint passa a contar com três unidades produtivas: a matriz em Marialva e suas filiais em Tubarão, Santa Catarina, e agora, Indaiatuba. Batemos um papo sobre mercado e algumas questões ligadas à aquisição e à nova estrutura da empresa com o seu diretor, Laércio Stange Warmeling, o “Lesso”, como é conhecido no mercado.

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/// ARTIGO TÉCNICO A redação Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias, críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail revista@projetopack.com

ProjetoPack: Com esta aquisição e as ampliações recentes das outras unidades da Flexoprint, qual a posição da empresa em termos de participação de mercado? Lesso: Ao adquirirmos a RhossPrint, nos tornamos a maior empresa nacional de rótulos e uma das maiores da América Latina. ProjetoPack: Há mais alguma aquisição em vista para os próximos meses? Lesso: A priori, a aquisição da Rhossprint estava em nossos pla-

nos principalmente em função da necessidade de estarmos próximos aos nossos clientes de São Paulo, além de atender aos clientes da empresa e eventuais novos clientes que certamente surgirão. Estamos focados em criar uma sinergia forte e estratégica entre as três unidades, consolidando de forma robusta e sustentável o nosso crescimento. Para o próximo ano, continuaremos reforçando nosso parque industrial com a aquisição de novos equipamentos, principalmente na matriz, mas

“A aquisição da Rhoss Print estava em nossos planos, principalmente em função da necessidade de estarmos próximos de nossos clientes de São Paulo”

: vanguarda em Solventes Propílicos NPP (n-Propanol e Acetato de n-Propila)

Excelência na relação custo/benefício Maior qualidade de impressão Mais brilho Menor viscosidade na aplicação Maior força de laminação devido à menor retenção de solventes Redução no custo da impressão devido à economia no volume consumido de tinta e solvente

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/// ARTIGO TÉCNICO

“Ao conquistarmos a certificação FSSC 22000, nos preparamos para a conquista de novos mercados e clientes” sempre abertos e antenados em boas oportunidades de negócios. ProjetoPack: É possível revelar o valor da transação? Lesso: Por conta de um acordo de confidencialidade, não podemos revelar tal informação. No entanto, tudo ocorreu com normalidade e agilidade entre as partes. ProjetoPack: Vocês possuem a certificação FSSC 22000 (Sistemas de Gestão de Segurança Alimentar). Como isso tem agregado valor ao negócio da Flexoprint? Lesso: Ao conquistar a certificação FSSC 22000, nos preparamos para a conquista de novos clientes e mercados. Esta certificação demonstra que a empresa está preocupada com a segurança dos produtos que fornece, os quais irão refletir positivamente na saúde do consumidor. Também atribui maior confiabilidade na cadeia produtiva e melhora as boas práticas de fabricação, pois identifica perigos e controla os mesmos desde o processo de aquisição até sua saída, além de estabelecer uma padronização do sistema de gestão de segurança de alimentos. Somos a primeira empresa do segmento a obter este certificado. ProjetoPack: A Flexoprint possui hoje praticamente todos os 44 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017

processos gráficos existentes para a produção de rótulos e etiquetas. Como vocês veem hoje a viabilidade de produção de rótulos em flexografia, digital e offset? Existem uma tiragem economicamente viável para cada um deles? Lesso: A nossa clicheria interna, configurada para a fabricação de chapas de alta performance nos ajuda muito a manter nossa área de flexografia extremamente competitiva. O custo do digital, no entanto, é basicamente o mesmo. Definir uma tiragem de corte para cada processo é algo muito complexo. Apuramos cada trabalho de forma individual, buscando a melhor solução para cada cliente e projeto. ProjetoPack: A Flexoprint é uma das poucas detentoras de uma máquina de corte a laser para rótulos. Isso tem permitido algum diferencial competitivo de custos em relação ao sistema convencional de facas? Lesso: O processo corte laser é usado para serviços rápidos, seja impresso em digital ou flexografia, ambos para tiragens pequenas e, portanto, não substitui o sistema de facas. É uma solução complementar no nosso portfólio. ProjetoPack: Como a Flexoprint enxerga hoje o mercado de rótulos e etiquetas? Quais os nichos hoje considerados mais rentáveis? Lesso: Acreditamos que a rentabilidade de um nicho está no que você conhece sobre ele, e quais processos podem ser apli-


/// ARTIGO TÉCNICO

cados para se obter qualidade e velocidade. ProjetoPack: Há algum plano de expansão internacional à vista? Lesso: Nenhum empresário pode deixar de sonhar e trabalhar com esta estratégia, seja adquirindo alguém, seja em aliança com parceiros estratégicos ou mesmo outros modelos de negócios, como o que aconteceu com a Baumgarten, por exemplo. ProjetoPack: Como a Flexoprint tem resolvido o “apagão” de mão-de-obra qualificada em nosso segmento? Lesso: Marialva é nossa base principal e aqui se instalou, desde 1996, uma das maiores indústrias

“Acreditamos que a rentabilidade de um nicho está no que você conhece sobre ele e quais processos podem ser melhorados, para se obter qualidade e eficiência” de embalagens flexíveis do país (banda larga), na qual atuei por 23 anos. Ali formamos muitos profissionais de impressão, que hoje atuam na banda estreita. A unidade de Tubarão é ainda melhor, pois há inúmeras empresas do setor de impressão setor banda larga. A nova unidade de Indaia-

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­ irtualmente, plantas espalhadas v em todos os continentes, para atender aos clientes. No entanto, há também muitas vantagens a uma empresa estruturada e local como a Flexoprint, principalmente por conta do conhecimento de mercado, agilidade e um atendimento personalizado de alto nível.

“A nova unidade de Indaiatuba possui uma equipe madura e técnica, o que possibilitou sinergia imediata”

tuba tem uma equipe madura e técnica, o que possibilitou sinergia imediata com as outras operações do grupo. ProjetoPack: Como brigar hoje com as grandes companhias globais como CCL, Brady, MCC, Sato etc.? Lesso: As maiores dificuldades são nas grandes contas, onde contratos são discutidos globalmente e estas grandes companhias tem,

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ProjetoPack: Há algum projeto para abrir o capital a fundos de investimento, assim como a maioria das grandes companhias de rótulos e etiquetas internacionais? Lesso: Temos um enorme trabalho pela frente e é muito cedo para pensar nisso. Porém, sempre estive aberto ao diálogo, com um único intuito, que é crescer de forma sustentável a nossa companhia.


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LABELEXPO EUROPE 2017 BALANÇO GERAL

T

erminou mais uma edição da maior feira de etiquetas e rótulos do mundo. Ao longo de quatro dias intensos, 650 expositores, distribuídos em 9 pavilhões, apresentaram suas soluções aos convertedores oriundos de todos os cantos do planeta. Um evento que, embora não tenha trazido uma quantidade exorbitante de inovações tecnológicas, apontou claramente algumas tendências do setor.

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/// ARTIGO TÉCNICO A redação Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias, críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail revista@projetopack.com

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os custos elevados dos clichês e a variedade exorbitante de produtos nas gôndolas, a impressão em máquinas menores tornou-se uma alternativa financeiramente interessante aos donos das marcas, especialmente para o lançamento de produtos ou atendimento a nichos específicos. A primeira delas é de que não há mais uma fronteira distinguível entre os mercados de embalagens e rótulos. A tecnologia embarcada na maioria das impressoras de banda estreita ou média existentes permite aos convertedores de rótulos aventurar-se no setor de embalagens, uma vez que tintas curáveis adequadas para utilização em embalagens alimentícias já não são mais um verdadeiro problema. A propósito, com a redução gradual dos lotes,

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A impressão digital está se tornando, como os demais processos gráficos, comoditizada. Há uma infinidade de novos fabricantes, ofertando soluções de entrada econômicas, com qualidade e produtividade razoáveis. A diferença de tiragem que separa e pauta a escolha entre flexografia e impressão digital, com o avanço tecnológico de ambos os processos, também está diminuindo a cada ano. Diminuindo a tal ponto que passa a fazer sentido integrá-las em um mesmo


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equipamento, incorporando um módulo standalone de impressão jato-de-tinta em uma máquina flexográfica modular tradicional (como foi, de fato, apresentado por alguns grandes fabricantes de impressoras modulares flexográficas este ano). A impressão digital, em seu estágio atual, aliada ao estado da arte da impressão analógica (principalmente a flexografia), permitirá aos convertedores de etiquetas e rótulos adotar mais rapidamente os conceitos da indústria 4.0 – automatizando o fluxo de trabalho desde a pré-impressão e gestão de ordens de produção até a sua entrega, algo demonstrado na chamada “Arena da automação”. O conceito da impressão digital também passou a ser adotado em técnicas de acabamento. Uma das mais tradicionais fabricantes de películas de foiling, por exemplo, apresentou um processo de acabamento onde o material é pré-impresso e a película, aplicada em seguida via comando digital, sem deformação e sem set-up (Digital Metal®). A tecnologia Linerless (sem liner) voltou à tona durante o evento, como uma alternativa mais sustentável à indústria de rótulos e etiquetas, mais alinhada com a filosofia do “desperdício zero”. Um grupo de empresas fornecedoras juntou-se, em um evento intitulado “Linerless Trail” (trilha do linerless), com demonstrações ao vivo da tecnologia e distribuição de amostras aos visitantes.

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A formação de mão-de-obra na nossa indústria é um problema mundial. Diversas iniciativas foram discutidas ao longo do evento. A Academia de Rótulos (Label Academy), montada em um dos pavilhões da LabelExpo, foi palco de alguns cursos de curta duração, abordando desde a gestão de ordens de produção até as melhores práticas para cálculo de custos e formação do preço de venda – sendo este último tema algo crítico à indústria, especialmente com a variedade de processos, máquinas e tecnologias para produção de rótulos em uma mesma planta. Já é difícil encontrar um impressor com

boa bagagem na impressão flexográfica banda estreita. É quase impossível, no entanto, encontrar um impressor banda estreita com um background em impressão flexográfica, serigrafia rotativa, impressão digital, acabamento, acabamento digital e por aí vai. É preciso lembrar que se o hardware for 2.0, mas o “sistema operacional” estiver desatualizado, travamentos continuarão ocorrendo, o tempo todo. Principalmente se a “demanda do usuário” estiver mais crítica ainda, multitarefa e empregando tarefas mais complexas. Para bom entendedor, meia palavra ou uma analogia inteira bastam.

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PACKEXPO LAS VEGAS REESCREVE A SUA HISTÓRIA, COM PÚBLICO RECORDE (Traduzido do original de Sean Riley, diretor sênior da Media and Industry Communications)

E

ncerrando um ano sem precedentes de quebra de recordes em todo o seu portfólio de feiras e eventos, a PACK EXPO recebeu

aproximadamente 1.000 participantes a mais do que em 2015 durante toda a Pack Expo Las Vegas e a Healthcare Packaging Expo 2017, fazendo desta edição a maior PACK EXPO Las Vegas da história. Números preliminares apontam 29.500 participantes e 2.000 empresas expositoras, que cobriram quase que integralmente os quase 900.000 metros quadrados Centro de Convenções de Las Vegas.

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“Com quase 4% a mais em tamanho em relação ao evento de 2015, a Pack Expo Las vegas foi marcada por um público de alto nível decisório” A associação proprietária e produtora do evento, a PMMI (The Association for Packaging and Processing Technologies), deixou o melhor para o final, ao realizar de forma bastante ambiciosa neste ano de agenda complicada, quatro grandiosos eventos que elevaram o padrão das feiras e exposições de embalagem na América do Norte. “O esmagador sucesso da PACK EXPO Las Vegas e Healthcare Packaging EXPO, veio no embalo do sucesso que também tivemos ao realizar a PACK EXPO East, ProFood Tech e EXPO PACK Guadalajara, o que confirmou nossa crença de que a indústria vê a marca PACK EXPO como eventos obrigatórios” diz Jim Pittas, diretor de operações da PMMI. “Nossos expositores e participantes esperam que a PACK EXPO realize eventos de primeira classe, e esse não foi uma exceção”. O expositor Gary Bach, diretor de vendas e marketing da Digital Design – uma empresa do grupo Matthews Company, participou de cada edição da PACK EXPO Las Vegas desde a primeira PACK EXPO West, no Sands Convention Center, no ano de 1995. E afirma que “A PACK EXPO Las Vegas está melhorando e recebendo mais gente a cada ano”. 56 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 63 - Set/Out 2017

Com quase quatro por cento a mais no tamanho em relação à PACK EXPO Las Vegas 2015, o úblico presente, em sua maioria, continuou sendo composto por profissionais de alto nível e grande poder de decisão em suas respectivas empresas. O engenheiro mecânico Kevin Bennett, da Cosmetic Essence LLC, participou da PACK EXPO Las Vegas em busca de equipamentos de preenchimento e rotulagem, baseado em sua experiência positiva durante a PACK EXPO International 2016. “Fiquei impressionado com a minha primeira visita à PACK EXPO, na edição de Chicago, em 2016; então visitar a PACK EXPO Las Vegas foi uma obrigação”, diz Bennett. “Não há muitos programas comparáveis, e este se destaca em tamanho e pela gama de soluções que você pode esperar ver”. Para acompanhar o crescimento contínuo, a PMMI continua a oferecer as tecnologias on-line mais atualizadas disponíveis, tais como o My Show Planner on-line (através de um aplicativo para dispositivos móveis), que inclui visualização de estandes virtuais, aprimorados para garantir que os participantes e expositores venham ao show preparados para aproveitar ao máximo cada minuto. “Foi ótimo ver o número de pessoas que vêm ao show com aplicativos [do mundo real], prontas para fazer negócios”, diz Stacy Johnson, diretora de marketing e planejamento estratégico, Dorner Mfg. Corp. “Nós pudemos encontrar tanto qualidade como quan-


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tidade de participantes durante a PACK EXPO Las Vegas, o que é ideal. O planejamento do pré-show conduzido pela PMMI aos expositores nos foi muito positivo. Aproveitamos a atualização do estande online e recebemos um feedback positivo”. A ação PACK gives BACK (PACK dá de volta), patrocinada pela Rockwell Automation, estabeleceu outro marco ao evento, pois produziu a maior multidão jamais vista em todos os sete anos de Pack Expo Las Vegas. Não só a sala de estar estava tomada de uma verdadeira multidão entretida pela lendária banda de rock and roll “The Doobie Brothers”, mas além da exímia performance, combinada com doações da indús-

tria e um aporte de US $ 100.000 da própria PMMI, a PACK EXPO arrecadou mais de US $ 325.000 para as vítimas do furacão. “A generosidade dos participantes e expositores da PACK EXPO foi realmente inspiradora”, disse Chuck Yuska, no fechamento de sua última PACK EXPO, após mais de um quarto de século como presidente e CEO da PMMI. “A nossa indústria tem aumentado consistentemente a participação em ocasiões como essa, pronta a ajudar os outros em momentos de verdadeira necessidade”. Além de contribuir com as vítimas do furacão, a PMMI reconhece a importância da educação na

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indústria, tendo oferecido US$ 30 mil em bolsas estudantis ao longo do evento. Yuska anunciou os beneficiários de 2017 das referidas bolsas de estudo PACK EXPO com os seis alunos das escolas parceiras da PMMI. A PACK EXPO Las Vegas, pela primeira vez, recebeu o Serviço de Emprego e Treinamento de Veteranos do Departamento de Trabalho (VETS) para a NextGEN Networking Fair, que ofereceu uma oportunidade

“Além de contribuir com as vítimas do furacão, a PMMI distribuiu USD 30 mil em bolsas estudantis ao longo do evento”

única de matchmaking para expositores e participantes de se conectar com a força de trabalho emergente. Com tantos veteranos talentosos e qualificados fora do mercado de trabalho, este evento foi a oportunidade perfeita para os empregadores contatarem esses profissionais qualificados e orientá-los em carreiras no setor de embalagens. Uma nova adição à experiência do evento recebeu ostensiva cobertura da mídia e foi a primeira parada para muitos na PACK EXPO Las Vegas. O PACK EXPO DRONE DEMO forneceu informações sobre a última fronteira logística da cadeia de suprimentos: entrega de pacotes por intermédio de drones, pela Workhorse. A cada hora, os participantes testemunharam Drones decolando do topo de caminhões elétricos e realizando entregas, para simular casas que povoavam a exposição de 15 mil pés quadrados, no Hall do Norte. A PACK EXPO Las Vegas também hospedou seu primeiro café da manhã sobre Liderança da Mulher na Indústria de Embalagem e Processamento (PPWLN). Mais de 500 participantes aproveitaram a oportunidade de socializar e ouvir o discurso de abertura da Vice-Presidente da Caterpillar, Tana Utley, intitulado “Dançando no teto de vidro”. Em seguida, no portfólio PACK EXPO, ocorrerá a PACK EXPO East, de 16 a 18 de abril de 2018, no Centro de Convenções da Pensilvânia, na Filadélfia. Informações e registro para o próximo evento poderão ser encontradas em packexpoeast.com.

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