ProjetoPack em Revista Edição 64

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TECNOLOGIA, DESIGN, GESTÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS, RÓTULOS E IMPRESSÃO

ESPECIAL MÃO-DE-OBRA Saiba ainda: • O ROI da pré-impressão; • Uma análise das falhas operacionais; • O novo papel das clicherias; • A falta de impressores; • E muito mais!

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/// SUMÁRIO

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INOVAÇÃO • QUALIDADE • CREDIBILIDADE • SUCESSO Encerramos mais um ano com a certeza do dever cumprido, atendemos todas as expectativas e superamos os desafios. Isso não seria possível sem a cumplicidade e o empenho dos nossos parceiros: Clientes e Fornecedores (todos nossos amigos também). Em 2018 continuaremos nossa constante evolução, investindo ainda mais na nossa vocação: inovação e excelência em atendimento e qualidade.

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Em 2018 nosso SUCESSO será ainda MAIOR

Av. Francisco Matarazzo,1752 - Cj 1116, Água Branca, São Paulo, - CEP 05001-200 ProjetoPack emSP Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017 - 3 Tel.: 55 11 3868-5090 • comercial@fotograv.com.br • fotograv.com.br


/// SUMÁRIO

Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

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Enfim, chegamos à sexta e última edição da ProjetoPack em Revista de 2017. Trezentos e sessenta páginas publicadas e aproximadamente 150 mil laudas redigidas de material inédito – contando inclusive os cinco artigos especialmente dedicados às principais variáveis do processo flexográfico, que convergem para o principal deles e tema deste número 64 – “A mão-de-obra”. Evidentemente, não esgotamos o tema (nenhum deles). Portanto, ainda devem ilustrar nossa pauta em 2018, complementando a temática central, que será sobre a gestão operacional e estratégica de indústrias convertedoras. Nesta edição, temos um artigo bastante interessante e que suscita a discussão da superficialidade nas análises das causas raízes, no dia-a-dia da flexografia. Seria este suposto hiato de investigação profunda, um dos motivos pelos quais os problemas reincidem com tanta frequência em nosso segmento? Ou um mero efeito colateral da crescente complexidade do processo? Temos ainda uma reflexão sobre o novo papel consultivo da pré-impressão e clicheria, num abrangente panorama tecnológico que demonstra a factibilidade de se conciliar interesses conflitantes tais como a pressão por redução de custos de pré-impressão, versus as elevadas exigências de qualidade e confiabilidade impostas pelos donos das marcas atualmente. Consoante a esta visão, o artigo “O ROI da pré-impressão” apresenta argumentos diversos para sustentar a hipótese de que calcular o retorno sobre o investimento em tecnologias e soluções de pré-impressão é algo mais complexo do que uma simples conta na calculadora científica: é condição sine qua non de maximizar o ROI da própria impressão. Aproveitamos esta última edição para saudar os novos anunciantes de 2018 – as gigantes globais Bobst e Comexi e as nacionais Reinaflexo e Perfil Consultoria – e agradecer a todos os habituais anunciantes que estiveram conosco em 2017, dando condições financeiras e suporte técnico para produzirmos um conteúdo técnico de alto nível aos que nos acompanham, tanto na revista impressa como em sua versão digital. Nosso muito obrigado também a todos os colaboradores – principalmente aos que dispuseram de uma parcela de seu precioso tempo e conhecimento para nos enviar artigos, opiniões, críticas e sugestões, sempre lidas, consideradas e, conforme a disponibilidade de páginas e sinergia de temas, publicadas. Obrigado à nossa empenhada equipe, que mesmo em meio à balbúrdia dos eventos, treinamentos e consultorias, jamais deixou a peteca cair. E não poderíamos deixar de destinar o último agradecimento do ano a quem nos motiva a seguir adiante sempre: vocês, estimados leitores.

+55 11 3258-7134 revista@projetopack.com

Desejamos-lhes, por fim, um fim de ano pleno de momentos felizes junto aos entes queridos e amigos, com renovação total de energia e esperanças, para enfrentar com serenidade e força os desafios cada vez mais árduos que as externalidades nos impõem. No que tange às restrições que estão sob nosso comando, reiteramos que podem contar conosco por mais um ano; continuaremos nos esforçando sobremaneira, para trazer conhecimento técnico que possa contribuir na formação profissional e resolução de problemas, quer através das páginas da nossa revista, ou nos nossos serviços de consultoria, diagnósticos, treinamentos e eventos. Boas festas e nos vemos em 2018!

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/// SUMÁRIO

EXPEDIENTE Editor Aislan Baer Diretor de conteúdo Prof.° Lorenzo Baer Gerente de marketing Douglas T. Pereira

08 /// CAPA

34 /// ARTIGO TÉCNICO

08-27 ESPECIAL MÃO-DE-OBRA Chegamos à última edição de 2017 e concluímos, enfim, uma verdadeira saga que abordou as principais variáveis do processo flexográfico. Passamos pela tríade “artes, pré-impressão e clichês”, a não menos problemática dupla “tintas e solventes”, a máquina impressora e o conjunto de insumos acessórios (lâmina raspadora, fita adesiva dupla-face, vedações, limpadores etc.).

28-33 O ROI DA PRÉ-IMPRESSÃO Tive uma vez o privilégio de assistir a palestra de um dos ícones da nossa indústria, Sr. Frank Romano, numa ocasião que ele esteve aqui no Brasil. Uma frase ficou na minha mente, e se não me engano, passou desapercebida nas análises do evento...

34-43 FALHA OPERACIONAL OU PREGUIÇA DE PENSAR? A prevenção da falha operacional geralmente é vista como um contribuinte importante para a confiabilidade e segurança de sistemas complexos, como no caso da produção industrial ou, mais especificamente, da flexografia.

44-49 O NOVO PAPEL DA CLICHERIA E PRÉ-IMPRESSÃO AO SETOR FLEXOGRÁFICO A confecção de chapas, nos primórdios da Flexografia, caracterizava-se como um processo artesanal, dominado por profissionais que desenvolveram suas competências após anos de experiência na indústria.

50-57 A FALTA DE IMPRESSORES QUALIFICADOS NO MERCADO FLEXOGRÁFICO Em nossas atividades de consultoria, é corriqueiro nos depararmos com a falta de mão-de-obra generalizada, no entanto se existe uma área na indústria gráfica e convertedora que carece de profissionais em quantidade e qualidade é, sem dúvida alguma, a operação de impressoras flexográficas em todos os formatos e tecnologias.

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BERRY ASSINA ACORDO PARA AQUISIÇÃO DA CLOPAY A gigante Berry Global entrou em acordo definitivo para adquirir a Clopay Plastic Products, uma subsidiária da Griffon Corporation, por USD 475 milhões e de acordo com a regra DFCF (Debt Free Cash Free).

6 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

Gerente de contas Caio Demare Deise Moraes Roberto Lemes Marcelo Santos Projeto Gráfico e gestão de mídias sociais Agência Convertty Revisão dos textos Ricardo Teodoro Alves Comitê editorial Andrê Gazineu André Kenji Prof.° Antônio Cabral Prof.° Bruno Cialone Débora Higino Sodré Eudes Scarpeta Francisco dos Santos Joaquim Morais Liliana Rubio Prof.° Lincoln Seragini Marco Marcelino Nestor Pires Filho Rafael Melo Pedreira Wagner Delarovera Wilson Paduan Wilson Ramos Júnior Contratos de publicidade e assinaturas Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação, contate-nos: E-mail: revista@projetopack.com Fone: (11) 3258-7134 Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização da reprodução, contatar a publicação por e-mail em atendimento@ projetopack.com. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.


/// SUMÁRIO

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/// ARTIGO DE CAPA

ESPECIAL

MÃO-DE-OBRA

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/// ARTIGO DE CAPA Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

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hegamos à última edição de 2017 e concluímos, enfim, uma verdadeira saga que abordou as principais variáveis do processo flexográfico. Passamos pela tríade “artes, pré-impressão e clichês”, a não menos problemática dupla “tintas e solventes”, a máquina impressora e o conjunto de insumos acessórios (lâmina raspadora, fita adesiva dupla-face, vedações, limpadores etc.). Nada mais justo do que dedicarmos, no desfecho desta primeira temporada (e no bom estilo Netflix), algumas páginas ao ator principal de qualquer processo industrial, o que inclui a impressão: o ser humano.

empresas perdem muito por não considerarem o capital humano como o seu principal diferencial para a produtividade e competitividade, e a área de recursos humanos age, via de regra, como um burocrático departamento pessoal. Evidentemente, este menosprezo geral , somado ao crasso problema endêmico da falta de mão-de-obra qualificada no Brasil, dos aspectos prejudiciais da nossa cultura, da frágil relação entre trabalhadores e empregadores só faz aumentar, a cada dia, o abis-

“As empresas perdem muito, por não considerar o capital humano como o seu principal diferencial para a produtividade e competitividade”

Em qualquer fábrica, mesmo as bastante automatizadas (o que certamente não é o caso das indústrias transformadoras e convertedoras de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos), as pessoas têm uma função vital na limpeza e conservação das máquinas e equipamentos, na coordenação dos fluxos de materiais, no controle de qualidade, no planejamento da capacidade e assim por diante. Talvez isso explique porque determinadas operações com recursos mais limitados atinjam uma eficácia muitas vezes superior respeito a alguns concorrentes altamente estruturados. Sempre que a temática envereda para o ser humano, a conversa fica subjetiva e tendenciosa. As ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017 - 9


/// ARTIGO DE CAPA

“São as pessoas, e não as organizações, que podem melhorar a si mesmas”

mo entre a rotina de R.H. e as suas funções estratégicas e prioritárias, tais como a busca e a retenção de talentos, a identificação de perfis adequados a determinadas tarefas, a integração dos novos colaboradores ao sistema e cultura da empresa, a formação de líderes e o estímulo da criatividade e saudabilidade do clima organizacional. Há mais de 300 anos, o poeta e dramaturgo inglês John Dryden já afirmara que “A autopreservação é a mais importante das leis”. Hoje, grande parte dos coaches e gurus da gestão de pessoas são categóricos em repetir o mantra de que “São as pessoas, e não as organizações, que podem melhorar a si mesmas”. O fato é que a primeira grande lei da gestão de pessoas para se

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ter em mente é a de que a gestão da empresa é uma resultante destes vetores chamados “escolhas ou preferências individuais” (com um viés cultural adicional). É este instinto de autopreservação tão básico que faz com que um engenheiro de desenvolvimento de novos produtos atribua, muitas vezes, uma complexidade de fabricação desnecessária – para valorizar a sua importância ou a de seu trabalho ou mesmo porque, em termos de projeto, era mais cômodo ou conveniente. Um vendedor ou representante tenderá a empurrar aos seus clientes produtos com menor margem, porque seu interesse particular é maximizar suas vendas e ganhar a sua comissão. Um gerente de produção pode querer mudar, a revelia, a programação, priorizando os maiores lotes ou a menor dificuldade de manufatura, atingindo sua meta pessoal de produtividade e penalizando os colegas dos outros turnos ou de processos subsequentes. Um impressor pode querer estender o tempo de impressão de um determinado produto para que o próximo setup (e limpeza dos tinteiros) inicie no turno seguinte. Um operador de empilhadeira pode burlar todo o sistema FIFO porque lhe é mais confortável puxar o pallet de filme mais próximo, mesmo que ele ainda não tenha sido devidamente inspecionado pela área de recebimento de materiais. Esta divergência de interesses pessoais cria diversas anomalias, percebidas cotidianamente nos gargalos (algo sistematizado, de forma brilhante, na Teoria das Res-


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“A diferença de produção está, muitas vezes, em quão preparados e motivados estão os operadores”

trições de Eliyahu Goldratt, em seu livro “A Meta”, de 1984) de uma operação qualquer. Correndo o risco de parecer simplista, na maioria esmagadora das vezes, um gargalo é o que acontece quando um ou mais interesses pessoais consoantes numa organização prevalece sobre um ou um grupo distinto de interesses da mesma organização. Isso ocorre quando, por exemplo, a área de vendas, avalizada pela diretoria, atravessa todo um conjunto de regras de planejamento e programação racional de produtos em prol de um determinado cliente, criando tumulto e prejuízo geral aos demais clientes e a fábrica em si. Neste caso, possivelmente o interesse pessoal do representante (de não deixar de receber certa quantia em comissões naquele período), soma-

explicariam porque o objetivo uno de uma empresa – a maximização do lucro – muitas das vezes é esquecida ou relegada. Ainda continuando a explorar o “óbvio ululante”, as pessoas são diferentes e performam diferentemente umas das outras. Estas diferenças ocorrem em virtude das experiências, conhecimento, condição física e mental, cultura, interesse e postura para o trabalho. É por este motivo que operadores de uma mesma máquina, produzindo com os mesmos insumos, os mesmos produtos, apresentam resultados tão discrepantes. Numa linha de tempo mais longa, a diferença não reside só nas diferenças de qualidade dos insumos, produtos produzidos ou estado da máquina e condições ambientais, mas principalmente no quão preparado e motivado está um operador em comparação com os demais naquele período. Os aspectos motivacionais são obscuros. “Temos a prova, não a convicção”, como diria o procurador da Lava-Jato. É um tema tão complexo que até hoje, o melhor que se tem é um framework cheio de furos chamado “Teoria da hierarquia das necessidades”, de Abraham Maslow (oportunamente, vamos esmiuçar melhor o tema).

do ao interesse pessoal do diretor em não se indispor com o cliente ou com o representante (que concentraria parcela significativa da receita de vendas da empresa), venceu os demais. Essas diferenças também 12 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

Já os aspectos de habilidade para a tarefa são um pouco mais concretos. Há 161 anos, o norte-americano Frederick Winslow Taylor, considerado o pai da chamada Administração Científica, deu sua valiosa contribuição ao empregar métodos científicos cartesianos e esquemas pioneiros


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“Há um investimento nulo ou ínfimo de tempo e recursos, por parte das empresas, na formação de sua mão-de-obra” de motivação (remuneração por desempenho produtivo) para sistematizar e maximizar o desempenho individual. Teóricos como Henry Mintzberg e uma miríade de intelectuais socialistas criticaram o Taylorismo como um sistema que leva o trabalhador ao esgotamento progressivo e à degradação (curiosamente, Vladimir Lenin e Stalin rapidamente incorporaram o Taylorismo à indústria soviética) social. Certamente, não há receita pronta ou que sempre dure e o contexto histórico no qual se desenvolveram todas as correntes de pensamento ligadas à administração científica devem sempre ser reavaliadas à luz das novas gerações e a sua atitude para o trabalho. No entanto, parte das diferenças de desempenho são, ipso facto, dadas ao investimento nulo ou ínfimo de tempo e recursos por parte das empresas em aprimorar as habilidades dos colaboradores às suas tarefas diárias.

Pessoas de idade mais avançada, por exemplo, podem apresentar um senso maior de responsabilidade, uma vez que o seu nível de empregabilidade é possivelmente inferior ao de alguém mais jovem (em algumas atividades). Todavia, podem também tender a uma maior resistência na assimilação de novos conceitos ou mudança de opinião. Colaboradores com famílias para sustentar podem ser mais suscetíveis a incentivos financeiros, ao passo que jovens recém-contratados talvez priorizem outros benefícios como

As pessoas também diferem pelo seu momento atual e visões de vida. Certas pessoas querem assumir responsabilidades, novos desafios ou funções; outras não se incomodam em assumi-las e uma terceira parcela de pessoas preferem estabilidade, previsibilidade e a capacidade de deixar seu trabalho para trás no fim do expediente. 14 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

­ obilidade, conforto e crescimenm to profissional. Estas abstrações já permeavam, desde 1960, os escritos de Douglas McGregor e suas teorias de motivação X, Y, embora traduzissem a complexa questão da motivação humana em uma dicotomia entre os ávidos por desafios e os temerários de sanções ou ansiosos por incentivos financeiros. A base de todo o sistema de


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“Um gerente que estabelece, deliberadamente, metas inalcançáveis, pode desestabilizar o ambiente e a moral dos colaboradores”

produção enxuta japonês está sedimentada em uma mão-de-obra absolutamente dedicada, que em boa parte das vezes atribui ao trabalho o mesmo peso da religião e da própria família (e encara a falha como uma desonra inaceitável) e, principalmente – que anseia por maiores responsabilidades. Um impressor japonês quer imprimir, controlar a qualidade do que está imprimindo, cuidar da limpeza e da manutenção da sua máquina, ferramental e ambiente de trabalho e parar a linha em caso de falha; quando uma empresa brasileira tenta implantar esta cultura no fórceps, certamente se depara com uma resistência firme de uma mão-de-obra em cuja lista de prioridades ou preferências, mais responsabilidade e autorida-

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de não estão pontuadas (claro, há sempre boas exceções). Complementarmente às ideias de Taylor e seus contemporâneos, é inegável que o trabalhador não pode ser sintetizado a um mero homo economicus, unicamente movido pelo incentivo ou penalidade financeiros. Hugo Munsterberg, Lilian Gilbreth, Elton Mayo, Mary Parker Follett e tantos outros estudiosos forneceram argumentos convincentes de que aspectos sociais também pesam muito na motivação dos colaboradores. Na prática, significa dizer que a área de recursos humanos, mais do que nunca, precisa compreender os diferentes perfis de seu capital humano e o peso individualmente atribuído para os componentes financeiro e social, de forma a criar


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/// ARTIGO DE CAPA

“Um pequeno tirano gerencia com arbitrariedade e por conflito” políticas assertivas, sustentáveis e de alto impacto na motivação e engajamento do referido capital. A motivação das pessoas (e, por conseguinte, a sua produtividade) são afetadas diretamente pelas pessoas, com o perdão da redundância. Um gerente que estabelece, deliberadamente, metas inalcançáveis (“Afinal, se a gente não definir metas altas, o pessoal não se esforça”) pode desestabilizar o ambiente e esgotar, física e emocionalmente, a sua equipe. Empresas onde não há, por exemplo, uma atuação de recursos humanos no intuito de integrar os novos funcionários, pode acabar “jogando os novatos aos leões”. De forma bastante parecida, é o que por vezes ocorre com os calouros em uma faculdade, que precisam submeter-se a toda uma sorte de humilhações, para obter a aceitação dos colegas – algo que ocorre principalmente quando a reitoria não é presente no campus. Na prática, colaboradores promissores acabam esgotados ou vencidos pela vertente negativa da c ­ ultura organizacional, 18 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

desperdiçando a oportunidade de trazer as novas ideias, conhecimentos e valores tão necessários à oxigenação da companhia. E daí, chegamos a outro aspecto do componente humano fundamental: a atuação dos líderes na fábrica. Talvez, um dos pontos mais nevrálgicos do nosso mercado de embalagens flexíveis, rótulos e etiquetas. A primeira lei básica da liderança diz respeito à responsabilidade. Atribuir a alguém uma certa responsabilidade, sem ceder-lhe a autoridade para tal, é algo desmoralizante e contraproducente. A melhor analogia para a responsabilidade sem plena autoridade é uma empresa que remunera ou bonifica um funcionário pelo volume produzido (quantidade de toneladas extrudadas ou metros lineares impressos). Se, por qualquer razão, o colaborador não receber matéria-prima suficiente, produzir uma quantidade maior de setups ou lotes médios menores do que os colegas, será injustamente penalizado. Isso acarretará, cedo ou tarde, em desmotivação generalizada. Temos exemplos diários destes fatores extrínsecos influenciando e penalizando bons colaboradores, em detrimento de outros, de desempenho inferior. Muitos líderes que temos visto por aí, conduzindo os destinos das indústrias convertedoras nacionais, tocam a sua equipe como “pequenos tiranos”, termo alcunhado por Blake Ashforth em seu livro “A pequena tirania nas organizações”. Um pequeno tirano gerencia com arbitrariedade e por conflito, pra-


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“Todo tipo de variável que se possa eliminar ou mitigar em uma fábrica, deve ser perseguida”

tica o auto engrandecimento, desencoraja a iniciativa e assedia moralmente os colaboradores. É claro que o resultado desta forma inapropriada de gestão resultará em um ambiente estressante e elevará os custos da empresa – com demissões e admissões (maior rotatividade de pessoal), curvas de aprendizagem morosas, absenteísmo e queda de produtividade, por conta da falta de engajamento e motivação de todos. Imagine o que ocorre quando somamos estes dois aspectos: uma liderança tirana com interesses pessoais conflitantes aos da organização? A empresa deteriora-se em pouquíssimo tempo. Há

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muitos exemplos no nosso segmento – aos quais não seria ético citar o nome – que já se foram ou que estão em processo de “erosão cultural”. Voltando um pouco à teoria dos dois fatores de Herzberg, um ponto que achamos muito interessante é o componente “fatores higiênicos” da sua hipotética equação. Ele afirma que o indivíduo é afetado por, basicamente, dois deles: os motivacionais, que levam à satisfação e são mais subjetivos e individualizados e os higiênicos, que culminam em insatisfação, são abrangentes e estão mais sob controle de uma organização. Temas como um salário justo (ou minimamente compatível


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“O indicador OLE traz o mesmo raciocínio do OEE, mas com foco no operador do equipamento” com o mercado), boas condições físicas e ambientais (por exemplo, adoção de ergonomia), boas políticas e diretrizes da empresa (por exemplo, com clareza de informações e fluidez na comunicação entre os vários níveis da cadeia de comando) e assim por diante. Gostamos de pensar que todo tipo de variável que se possa eliminar ou mitigar em um processo complexo como o da manufatura, deve ser perseguido. Se ainda não temos o entendimento claro dos fatores motivacionais – embora o avanço da psicologia aplicada à indústria e

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a neurociência estejam dando passos largos neste sentido – podemos ao menos atacar com maior contundência os fatores higiênicos. Diminuir a fadiga no trabalho, com a aplicação da ergonomia, pode contribuir para que um impressor tenha o mesmo vigor físico do início ao fim do seu turno operacional. Diminuir o ruído, melhorar a qualidade do ar, tornar a temperatura o mais amena possível, prover uma luminosidade ideal (especialmente à impressão), manter a higiene e atentar-se a tantos outros temas diretamente ligados ao aumento ou queda da performance da mão-de-obra. Há alguns anos, finalmente as indústrias de transformação e conversão de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos passaram a compreender a importância da adoção do OEE (Eficiência Global do Equipamento) como métrica de desem-


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penho para as suas linhas de produção. Porém, é sempre importante lembrar que as máquinas não se atrasam para o trabalho, não ficam doentes ou perdem produtividade por indisposição ou descontentamento. Também não diminuem seu ritmo por falta de treinamento. O indicador OLE (Eficiência Global da Mão-de-obra), traz o mesmo raciocínio do OEE, mas põe foco no operador. É o produto da disponibilidade, desempenho e qualidade, tal e qual o conceito de OEE. Apesar da relevância do OEE como uma ferramenta de gestão e comparação de resultados, há uma crítica acadêmica recorrente de que, na realidade industrial atual, onde é vigente uma quantidade cada vez maior de setups (personalização em massa) e lotes sempre menores, o OEE estaria gradualmente perdendo o seu propósito como indicador de produtividade. Outro aspecto em discussão é que o OEE só é válido onde há uma máquina ou equipamento para medi-lo. Numa indústria, há, todavia, processos ainda não automatizados, como no caso de uma gráfica o acabamento manual. Em suma, para se obter uma fotografia plena da performance industrial, o caminho é adotar ambas. Ao falarmos de disponibilidade humana, a avaliação é o quanto um operador está, de fato, disponível em seu equipamento, desde a hora da sua chegada à empresa até a sua saída, levando em consideração seus atrasos, ausências e intervalos programados e não-programados. Quando pensamos em desem-

“Para se obter uma fotografia plena da performance industrial, o caminho é adotar tanto o OEE, quanto o OLE” penho, devemos questionar se o mesmo foi, ao longo do turno, acima ou abaixo da capacidade prevista, considerando o ritmo normal esperado. Ele começará com um desempenho baixo no início do turno, mas depois compensará produzindo mais rapidamente até o seu término? Qual o impacto dessa flutuação na produção da linha? Um exemplo clássico é o revezamento entre um impressor e seu meio-oficial ou auxiliar durante as refeições. Já é um grande avanço que um auxiliar possa conduzir uma máquina previamente em curso, mantendo padrões aceitáveis de conformidade. Mas, na maioria esmagadora das vezes, ele produzirá com um ritmo inferior ao operador do equipamento, por conta da falta de experiência e capacitação. O tempo todo, e em todos os setores de uma empresa, níveis de desempenho oscilam por conta de temas dessa natureza. Ao considerarmos a qualidade, os metros impressos por um certo impressor estão sendo totalmente aproveitados ou descartados na revisão? Qual a quantidade de refugo ou retrabalho? O grande benefício do OLE é identificar quais problemas estão decrescendo a lucratividade da fábrica e como o investimento em recursos humanos pode corriProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017 - 23


/// ARTIGO DE CAPA

“O grande benefício do OLE é identificar quais problemas estão decrescendo a lucratividade da empresa e como o investimento em pessoas poderá diminuir ou estancar estas perdas”

gi-los ou mitiga-los. Vamos a um exemplo simples: Imagine um fabricante com a folha plenamente preenchida, demanda suficiente para rodar a fábrica a pleno vapor e máquinas funcionando em perfeito estado. Embora pareça um cenário prolífico, a experiência diz ao supervisor que algo não está certo. As margens estão boas, mas poderiam estar melhores? Como o indicador OLE poderia ilustrar que a mão-de-obra está afetando ou diminuindo o ganho potencial desta operação? Vamos considerar alguns detalhes simples para cada componente do OLE: Disponibilidade: a utilização é prejudicada por vários fatores em uma planta. Primeiro, o absente-

ísmo corresponde a um déficit de capacidade de aproximadamente 2% a cada período. Além do mais, o mau planejamento de materiais e o excesso de movimentação causam cerca de uma hora de ociosidade por turno produtivo. Performance: o resultado também vem sendo prejudicado. Um número insuficiente de auxiliares para ajudar nas etapas de setup acabam mantendo a máquina paralisada por mais tempo do que o necessário, a cada cambio. O impacto é uma perda de performance de aproximadamente 5%. Qualidade: dado o tempo perdido nos setups por conta da falta de mão-de-obra de apoio, os supervisores tentam compensar a queda de desempenho produzindo em velocidades maiores. O resultado é que a qualidade começa a piorar, muito por conta do cansaço, estresse e falta de atenção dos colaboradores. Neste caso, 4% a mais do que os índices usuais. O impacto cumulativo: o OLE da planta vai a 78,2% - muito abaixo das expectativas do supervisor. (Tabela 1) O ponto é que esta planta converteu somente 78,2% de seu potencial humano em atividades de agregação de valor, algo que jamais será recuperado. A implantação complementar do OLE ajuda a desenvolver uma força de trabalho motivada e efetiva, identificando e atuando nas necessidades de se obter melhores processos (mais fluídos e melhor desenhados), materiais, treinamento ou suporte indireto.

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/// ARTIGO DE CAPA

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017 - 25


/// ARTIGO DE CAPA

Tabela 1

CATEGORIA

Disponibilidade • Absenteísmo • Tempo ocioso

Performance • Tempo de espera técnica

Qualidade • Rapidez e fadiga

PERFORMANCE INDIVIDUAL

PERFORMANCE TOTAL

98% 87,5%

85,8%

95%

95%

96%

96%

OLE CUMULATIVO

78,2%

(Uso efetivo da mão-de-obra)

e as decisões de todos os colabo-

“Sequer abordamos o tema dos vieses, dissonâncias e paralaxes cognitivas, que afetam o julgamento e as decisões individuais dos colaboradores”

radores de uma empresa são os vieses, dissonâncias e paralaxes cognitivas, mas estes, reservamo-nos no direito de abordar num artigo exclusivo, muito em breve. Lembramos

ainda

que

a

ProjetoPack & Associados com­ Este assunto é bastante amplo e seria ingenuidade ou pretensão tentar esgotá-lo em algumas páginas. Mas, seguindo a lógica dos especiais deste ano, esperamos que o estimado leitor tenha, ao fim deste artigo, o sentimento de urgência e importância de tratar a variável humana como a principal, não apenas na indústria, de forma geral, mas principalmente no nosso segmento de atuação.

pleta, em 2018, 15 anos de ativi-

Uma seara que sequer abordamos e que afeta o julgamento

impressão – especialmente em

26 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

dades de treinamento técnico e prático aos impressores, auxiliares, coloristas, clicheristas, supervisores e gerentes, vendedores e todos os profissionais ligados, direta ou indiretamente, ao universo de impressão, embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos. E que desenvolvemos e implantamos, pioneiramente, programas para aumento do OEE e OLE da flexografia e rotogravura.


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO TÉCNICO

O ROI DA PRÉ-IMPRESSÃO

T

ive uma vez o privilégio de assistir a palestra de um dos ícones da nossa indústria, Sr. Frank Romano, numa ocasião que ele esteve aqui no Brasil. Uma frase ficou na minha mente, e se não me engano, passou desapercebida nas análises do evento, e foi quando ele disse algo como: “A indústria de impressão deixou de ser apenas responsável por imprimir o produto e sim também preparar o arquivo do produto para imprimir”.

28 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017


/// ARTIGO TÉCNICO Heysler Hey Pico Gerente de novos negócios para o Brasil - Hybrid Software heyslerh@hybridsoftware.com

Para uma pessoa que viveu praticamente toda sua vida profissional nesse departamento específico, a frase foi praticamente uma redenção. Finalmente alguém tinha dito em alto e bom som que a pré-impressão é tão importante quanto a impressão. A conclusão vem como resultado de uma mudança de mercado tão notória que praticamente já virou um cliché, a de que a quantidade de SKUs vem aumentando e as tiragens diminuindo. Um segundo dado tão importante quanto esse e deixado claro pelo Sr. Romano é que com o advento da internet, a quantidade de designers está expandindo rapidamente enquanto a reação da indústria foi a de aumentar o parque gráfico, sem exatamente avaliar a sua capacidade de transformar os arquivos desses designers em um produto de impressão.

não para de consumir recursos. Talvez esse seja o aspecto que mais assusta e inibe os empresários de manter uma pré-impressão com a melhor tecnologia disponível no mercado ou, ainda, de trazer através da pré-impressão uma mudança no modelo de negócio e comunicação com os clientes. Antes de se precipitar e ao cortar custos da empresa pensar em “quem da pré-impressão vamos demitir”, será que pré-impressão é um investimento de onde se espera um retorno? E, para definir isso, vamos analisar como uma empresa espera retorno de um investimento.

“A avaliação de retorno da pré-impressão acaba muito focada somente no aspecto da redução de tempos operacionais”

E aqui finalmente cabe a pergunta, a pré-impressão é custo ou investimento? E antes que você possa responder, aqui vai uma verdade dolorosa, quando se decide investir em pré-impressão, esse investimento é constante, pois novas versões de softwares exigem computadores com maior capacidade de processamento, servidores, bancos de dados, enfim, estruturas de TI muitas vezes maiores que a área administrativa que o próprio cliente possui, dando a “impressão” que a pré-impressão é um elefante branco que ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 29


/// ARTIGO TÉCNICO

Quando se trata de uma máquina de impressão ou acabamento, a coisa parece simples: basta saber que a capacidade produtiva irá aumentar ou um novo produto será oferecido aos clientes, aumentando o mercado e pronto! Fazendo os cálculos de quanto vai custar e quanto a mais irá se faturar, o retorno do investimento é demonstrado facilmente. E naquele setor obscuro? Muitas vezes mal interpretado? A tal da pré-impressão, coitada, sofre por um problema crônico que é

“Ninguém se pergunta, ao comprar um computador, por que deveria comprar o Windows”

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a falta de elementos que permitam avaliar a sua performance. A diferença na dificuldade em executar cada trabalho devido a diversidade de fontes (designers) que o produzem, não torna fácil a tarefa de produzir uma métrica cabível e, portanto, analisar se um investimento em determinada ferramenta tem um retorno garantido. Então, a avaliação de um retorno acaba focando em tempos de trabalho, que é apenas uma parcela da contribuição de melhorias possíveis na pré-impressão, ao se fazer investimento em novas tecnologias. Essa visão de retorno de investimento baseado em tempos de produção, ainda que válida, torna duvidoso todo o processo de avaliação, pois ao mesmo tempo que pode faltar uma ferramenta, pode


/// ARTIGO TÉCNICO

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 31


/// ARTIGO TÉCNICO

Eu mesmo tenho que fazer um mea culpa e dizer que, ao falar com clientes sobre novos investimentos em pré-impressão, acabo focando demais em diminuição de tempos de produção, e ainda que não seja um erro, admito que na minha experiência não é fácil convencer um cliente a fazer um investimento, baseado num argumento único e com dificuldade de comprovação.

ser também que falte capacitação ao uso de ferramentas existentes pelo pessoal operacional; pode ser que seja melhor treinar os clientes para que os arquivos cheguem “mais redondos”, por exemplo. Enfim, tantas alternativas ao investimento que todo o processo em si fica nebuloso e difícil. 32 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

Conversando com um grande amigo, aprendi uma nova perspectiva. Há ferramentas que são cruciais para o bom funcionamento de um processo. “Ninguém se pergunta, ao comprar um computador, porque deve comprar o Windows” foi a frase correta que ele me disse. E com base nesse ensinamento eu diria: ninguém que gostaria de imprimir um trabalho corretamente, com menos desperdício, menos atrito com clientes, com qualidade e confiança no que está fazendo, deveria questionar a importância da pré-impressão nesse processo e o uso dela como ferramenta crucial para garantir que investimento seja bem feito. E não estou dizendo que não se deve questionar um investimento em pré-impressão e sim, não somente basear o mesmo no quanto vai “economizar ao mandar embora metade dos operadores”. E, para chegar a essa conclusão, nem precisam dar ouvidos a mim: ouçam o Frank Romano para saber que, hoje, a pré-impressão é uma das ferramentas mais importantes para garantir a rentabilidade de toda a empresa.


/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO Andrê Gazineu Engenheiro de produção pela PUCRS com pós em gestão da produção e qualidade na IMED, mestrando em ciências matemáticas na UPF. Passagem pela Ipiranga Produtos de Petróleo, é atualmente engenheiro de produção na Plastimarau e ministra engenharia de produção na CESURG andre.gazineu@acad.pucrs.br

FALHA OPERACIONAL OU PREGUIÇA DE PENSAR?

A

prevenção da falha operacional geralmente é vista como um contribuinte importante para a confiabilidade e segurança de sistemas complexos, como no caso da produção industrial ou, mais especificamente, da flexografia. A falha operacional ou falha da mão-de-obra, como definido por Kaoru Ishikawa em seu método de classificação de tipos de falha, é altamente incidente em análises de causa raiz. Melhor dizendo, é o fator mais citado como causa fundamental. Por conceito, esta análise tem por

objetivo destinar-se a revelar relações-chave entre um grande número de variáveis, e as possíveis causas que fornecem informações adicionais sobre o comportamento do processo. É uma verdade muito certa de que, quando não está em nosso poder determinar as relações de causa e efeito verdadeiras, seguimos o “mais provável” e frequentemente, incorretamente. Primeiramente, se faz necessário ressaltar que este tema é amplo. É importante, aqui, conceituar o que este módulo de falha

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 35


/// ARTIGO TÉCNICO

“Se a causa real do problema não é identificada, tratar-se-á apenas os sintomas e o problema continuará a existir”

representa. A falha operacional significa que algo realizado, mas não pretendido pelo ator, não desejado por um conjunto de regras destinadas a fixar características e necessidades do processo ou requisitos de um produto (tangível ou não), ocorreu. Esta falha resulta em uma operação fora de seus limites aceitáveis. Em suma, é um desvio de intenção, expectativa ou desejabilidade. Logicamente, as ações humanas podem deixar de atingir seu objetivo. Neste caso, há duas maneiras diferentes: as ações podem ser planejadas, mas o planejamento pode ser inadequado, levando a erros, ou, o planejamento pode ser satisfatório, mas o desempenho pode ser deficiente, levando a falhas e lapsos. No entanto, uma mera falha não é um erro se não houvesse ne-

nhum planejamento para realizar algo em particular. Em um cenário onde há alta complexidade das tecnologias de clichês, variabilidades intrínsecas da tinta e dupla-face, substratos diferentes e um ambiente não controlado, a não padronização dos procedimentos operacionais influencia e potencializa cada uma dessas variáveis. Mas e quando há planejamento do trabalho para que as tarefas operacionais sejam bem executadas e mesmo assim desvios ocorrem? Aqui, uma dicotomia é observada com base na análise comportamental. A falha operacional e o desempenho humanos são dois lados da mesma moeda: os mecanismos de “erro humano” são os mesmos que os mecanismos de “desempenho humano”. O desempenho, mais tarde categorizado como “erro”, é feito de forma retrospectiva. Portanto, as ações posteriormente denominadas “erro humano” são, realmente, parte do espectro comum do comportamento humano. Um exemplo prático é a atividade de montagem de clichês. Vejamos quantas tarefas estão dependentes de uma execução operacional eficiente: a aplicação correta da fita dupla face no cilindro porta clichê, a eventual ocorrência de bolhas e vincos por manuseio inadequado, mau posicionamento dos micropontos. Todas estas ativi-

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/// ARTIGO TÉCNICO

dades estão ligadas ao “desempenho humano”. O estudo da distração na vida cotidiana fornece ampla documentação e categorização de tais aspectos do comportamento. Embora a falha operacional esteja firmemente enraizada nas abordagens clássicas de investigação de acidentes e avaliação de risco em operações, nas abordagens mais recentes como a da engenharia de resiliência, existem muitas maneiras de interpretar o que origina as inconsistências lógicas na execução de tarefas. O ponto é que tais origens fujam da possibilidade real de tratamento por emprego de ações para eliminar sua raiz (o que na realidade é impossível). Para resolver um problema, é preciso primeiro reconhecer e entender o que está causando o

problema. De acordo com pesquisadores como Paul F.Wilson, uma causa raiz é a razão mais básica para uma indesejável condição ou problema. Se a causa real do problema não é identificada, tratar-se-á apenas os sintomas e o problema continuará a existir. Novamente, o grande mal-entendido não está na conceituação da falha operacional e sim em sua real existência nas análises de causa. Essa avaliação errônea da situação, em confronto com as distinções relacionadas a erros na detecção de problemas, é um dos motivos principais da não resolução efetiva e permanente das problemáticas enfrentadas no processo industrial. O estudo cognitivo da falha operacional é um campo de pesquisa muito ativo, incluindo o t­ rabalho re-

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 37


/// ARTIGO TÉCNICO

lacionado aos limites de memória e atenção e também a estratégias de tomada de decisão, tais como a disponibilidade heurística e outros vieses cognitivos. Tais heurísticas e tendências são estratégias que são úteis e muitas vezes corretas, mas podem levar a padrões sistemáticos de erro. O ponto é que na análise da causa raiz, na abordagem estruturada e tão popularizada nas organizações que adotaram certificações do grupo “normas ISO 9000” (sistemas de gestão da qualidade), a falha operacional é elencada como a mais frequente, não em consideração à variabilidade do desempenho humano e sim por interpretação superficial da causa. É de suma relevância destacar o contexto operacional para a compreensão dos fatores e riscos 38 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

de falha que operações complexas como o processo flexográfico está sujeito. O incremento tecnológico constante e a consequente complexidade como todo, de insumos de grande interdependência com equipamentos construídos para funcionar entregando alto desempenho, demanda a supressão ou minimização de falhas operacionais e aumento significativo da confiabilidade. É quase inexistente a literatura vinculada à confiabilidade operacional e análise de falhas que considera as atividades operacionais. A realidade é que a grande maioria das organizações passa a “apagar incêndios” por não focar esforços na análise de causa (ainda mais no nicho flexográfico, onde o termo “falha” é tão familiar). E qual a alternativa para contornar-se essa realidade? Vamos figu-


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/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

“Outro âmbito a ser analisado é o desenvolvimento de um design tolerante a erros” rar três esferas do conhecimento. Primeiramente, a análise de causa raiz com propriedade. Em seguida, o desenvolvimento de um design tolerante a erros. Por fim, a adoção do maior número de mecanismos poka-yoke possível. Todo sistema de análise de causa raiz baseado no modelo japonês construído por Ohno é voltado para o combate de todo tipo de perdas que impactam diretamente no resultado final das organizações e seus sistemas produtivos. Tem-se um exemplo bastante prático do próprio Ohno: “Imagine uma investigação sobre uma máquina que parou porque sobrecarregou e o pequeno fusível

explodiu. A investigação mostra que a máquina estava sobrecarregada porque tinha um rolamento que não estava suficientemente lubrificado. No entanto, a investigação prossegue ainda mais e verifica que o mecanismo de lubrificação automática tinha uma bomba que não estava bombeando o suficiente, daí a falta de lubrificação. A investigação da bomba mostra que ela tem um eixo gasto. A investigação do porquê o eixo estava desgastado descobre que não há um mecanismo adequado para evitar que as escórias de metal entrem na bomba. Isso permitiu que a sucata entrasse na bomba até danificá-la. A causa raiz do problema é, portanto, a de que a sucata de metal pode contaminar o sistema de lubrificação.” É perceptível que esse problema deve impedir que toda a sequência de eventos seja recorrente. Compare isso com uma investigação que não encontra a causa raiz: a substituição do fusível, do rolamento ou da bomba de lubrificação provavelmente permitirá que a máquina volte a funcionar por um tempo. Mas existe o risco de o problema simplesmente se repetir, até que a causa raiz seja tratada. Em uma sequência lógica de raciocínio, um fator é considerado uma causa raiz se a remoção dele da sequência de falha evita que o evento final indesejável seja recorrente. Enquanto um fator causal é aquele que afeta o resultado de um evento, mas não é uma causa raiz. Embora a remoção de um fator causal possa beneficiar um resultado, isso não impede sua

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/// ARTIGO TÉCNICO

recorrência com certeza. Neste sentido, todas as ações sopesadas para falhas operacionais são casuais, e não causas raiz. Outra âmbito a ser analisado é o desenvolvimento de um design tolerante a erros ou design tolerante a erros humanos. O uso de funções de restrições de ações é uma técnica em design tolerante a erros. Um exemplo é o bloqueio do engate da marcha ré na transmissão de um carro em movimento. Isso evita erros e consequências desastrosas, além de um enorme prejuízo! Devido ao fato da flexografia abranger vários elementos complexos sob vários aspectos, fica virtualmente impossível o desen-

volvimento de um design tolerante a erros, mas isto não significa que ações para mitigação dos efeitos de erros não possam ser aplicáveis em boa parte das situações. Um exemplo é uma função de verificação ou confirmação, como uma caixa de diálogo, “confirma a opção?” em alguns softwares e portais web para uma ação que pode ter graves consequências se houver a ocorrência de erro, como excluir um arquivo. No decorrer de operações repetitivas que dependem de vigilância ou memória, ações de mitigação podem economizar tempo e liberar a mente do trabalhador para operações mais criativas e aumentar seu valor. Adicionar um fator de mitigação muito grande

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/// ARTIGO TÉCNICO

em algumas circunstâncias pode se tornar um obstáculo, onde a confirmação torna-se mecânica, isso pode tornar-se prejudicial. E esta confirmação mecânica é um fator que gera erros na adoção de dupla conferência em um acerto de impressão por exemplo. Por fim, a adoção do máximo possível de dispositivos poka-yoke, mesmo que seu emprego pareça improvável para a maioria das atividades onde haja deliberação humana. Este é um termo japonês que significa “prova de erros” ou “prevenção de erro inadvertida”. A palavra-chave na segunda tradução, muitas vezes omitida, é “inadvertida”. Não há uma solução poka-yoke que proteja contra a sabotagem de um operador, mas a sabotagem é um comportamento raro entre as

pessoas. Um poka-yoke é qualquer mecanismo em um processo de fabricação enxuta que ajuda um operador de equipamento a evitar erros. Mais amplamente, o termo pode se referir a qualquer restrição de modelagem de comportamento projetada em um processo para evitar operação incorreta pelo usuário. O termo “poka-yoke” foi aplicado por Shigeo Shingo na década de 1960 aos processos industriais destinados a prevenir erros humanos. Shingo redesenhou um processo em que os trabalhadores das fábricas, ao montar um pequeno interruptor, muitas vezes esqueciam de inserir a mola requerida sob um dos botões do interruptor. No processo redesenhado, o trabalhador executaria a tarefa em duas etapas, primeiro preparando as duas molas necessárias e colocando-as em um espaço reservado, depois inserindo as molas do espaço reservado na chave. Quando uma mola permaneceu no espaço reservado, os trabalhadores sabiam que tinham esquecido de inseri-lo e poderiam corrigir o erro sem esforço. Shingo distinguiu entre os conceitos de erros humanos inevitáveis e defeitos na produção. Os defeitos ocorrem quando os erros podem alcançar o cliente. O objetivo do poka-yoke é projetar o processo para que os erros possam ser detectados e corrigidos imediatamente, eliminando defeitos na fonte. Uma análise em três etapas dos fatores de riscos a serem gerenciados, identificação da necessidade, identificação de possíveis

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/// ARTIGO TÉCNICO

erros e gerenciamento de erros antes de satisfazer a necessidade. Esta abordagem pode ser usada para enfatizar o aspecto técnico de encontrar soluções efetivas. Os benefícios da implementação de poka-yoke envolvem: • Menos tempo gasto em treinamento de trabalhadores; • Eliminação de muitas operações relacionadas ao controle de qualidade; • Destruição de operadores de operações repetitivas; • Promoção da abordagem e ações orientadas para a melhoria do trabalho; • Um número reduzido de rejeições; • Ação imediata quando ocorre um problema;

“A confirmação mecânica, por parte do operador, é um fator que gera erros” • Controle de qualidade incorporado a 100%. Como descrito, a análise de causa raiz como sistemática diária minimiza a conclusão lugar-comum de “falha operacional”, além de possibilitar caminhos para a mitigação ou eliminação dos módulos de falha de um processo. As organizações não aproveitam a oportunidade de realizar uma análise de causa com propriedade para gerar soluções efetivas.

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/// ARTIGO TÉCNICO

O NOVO PAPEL DA CLICHERIA E PRÉIMPRESSÃO AO SETOR FLEXOGRÁFICO

A

confecção de chapas, nos primórdios da Flexografia, caracterizava-se como um processo artesanal, dominado por profissionais que desenvolveram suas competências após anos de experiência na indústria. Por conta disso, a qualidade do impresso dependia muito mais da habilidade do impressor no domínio e controle das variáveis do processo. Felizmente, esse cenário ficou para trás.

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/// ARTIGO TÉCNICO

Fidel F. Fernandes Formado em Administração de Empresas , Socio - Diretor da Fotograv fidel@fotograv.com.br

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 45


/// ARTIGO TÉCNICO

“A pré-impressão e clicheria agem como mediadoras no conflito de interesse entre donos de marcas e convertedores”

Atualmente, a matriz de impressão flexográfica, em sintonia com a escolha adequada do cilindro anilox, a competência do impressor, a qualidade das matérias-primas e os recursos tecnológicos disponíveis, dividem o protagonismo da alta qualidade de impressão na Flexografia. O reconhecimento da importância da forma de impressão ao processo flexográfico justifica-se pelo maciço investimento em tecnologia, que atualmente permite a obtenção de resultados completamente diferentes, com pequenas variações na gravação da matriz. Desfrutamos, em função destes avanços tecnológicos tão expressivos, plenamente o conceito WYSIWYG (do inglês What You See Is What You Get ou “O que você ve é o que você obterá”).

Um dos reflexos destas novas tecnologias é o aumento da complexidade na pré-impressão. Por conta disso, observam-se hoje muitas clicherias assumindo o papel de verdadeiros consultores no processo de desenvolvimento de artes para conversão, uma vez que representam o elo entre marcas e convertedores na materialização da imagem original idealizada à fôrma física, para posterior reprodução. Harmonizando, inclusive, limitações do processo de impressão e expectativas dos donos de marca, quanto ao resultado a ser obtido. Entende-se como necessidades dos players envolvidos nesta cadeia produtiva: As marcas querem suas embalagens sem variações de cor no ponto-de-venda, com a melhor resolução e contraste de impressão possíveis, além de cores mais vivas e brilhantes. Ou seja, exigem requisitos mínimos para que a embalagem cumpra um de seus papéis, que consiste em permitir a comunicação da marca com o cliente, de uma maneira positiva. Já os convertedores querem otimizar ao máximo sua produção. A palavra “otimização” pode ser traduzida como redução de cores, menor consumo de tinta com manutenção de altas densidades, menos paradas de máquinas, repetibilidade e produção na mais alta velocidade possível. Entretanto, percebem-se incoerências nessas demandas, uma vez que alta densidade e elevado contraste não combinam, por

46 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017


/// ARTIGO TÉCNICO

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ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 47


/// ARTIGO TÉCNICO

te na adoção de cores adicionais (como por exemplo, laranja, verde e azul ou roxo) às cores de escala ou processo, com o objetivo de ampliar o gamut de impressão, reduzindo a necessidade de impressões com cores especiais. Esse recurso, além de minimizar custos com fôrmas de impressão, permite ao convertedor racionalizar seu estoque de tintas e reduzir tempos de setup (ajuste de cores, principalmente), em função de manutenção das mesmas cores nos grupos impressores, dentre outros benefícios.

“É natural, saudável e desejável que a pré-impressão atue em todas as etapas do processo de produção, da concepção do projeto de embalagem à impressão” exemplo, com redução da carga de tinta e alta velocidade de impressão. Repetibilidade de cores, muitas vezes, pode antagonizar com redução de cores. Neste “impasse” de interesses, como a Pré Impressão conseguiu equalizar essas necessidades dos dois lados, na geração do arquivo e gravação da forma de impressão flexográfica? A redução do número de cores é uma possibilidade, com a adoção de algum método de paleta fixa de cores, tal como a heptacromia ou gama estendida. Esse termo, há muito conhecido no mercado gráfico, consis48 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

A redução do consumo de tinta pode ser atingida com a utilização de clichês de fotopolímero com superfície modificada ou texturizada. A possibilidade da geração de microfuros na superfície dos grafismos possibilita uma melhor transferência de tinta e obtenção de imagens com alto contraste, aliando redução do consumo e alta densidade de impressão. A adoção da tecnologia digital de confecção de clichês de fotopolímero foi um fator primordial na obtenção de repetibilidade e qualidade da imagem impressa em Flexografia, uma vez que a eliminação do fotolito em muito contribuiu para a redução da perda de detalhes no processo de cópia da matriz. A utilização de retículas híbridas, por sua vez, colaborou principalmente na melhoria da qualidade de reprodução de degradês e imagens onde há a necessidade de variação tonal suave, o que por muito tempo foi um verdadeiro calcanhar de Aquiles da flexografia, com gradações duras e perceptíveis.


/// ARTIGO TÉCNICO

O desenvolvimento de placas de fotopolímero com alta latitude de exposição permitiu a exposição das chapas em maiores tempos, sem, contudo, prejudicar a reprodução das áreas de meio tom, fato esse que permitiu a redução de paradas de máquina para limpeza de clichês com imagens combinadas de traços, chapados e retículas finas. Conclui-se, portanto, que esses recursos, dentre tantos outros avanços, permitiram à Flexografia conquistar novos nichos de mercado e ter a sua qualidade de reprodução reconhecida

tal qual processos consolidados no mercado, como a Rotogravura e Offset. E, frente a esses argumentos, é natural, saudável e desejável que a Pré-Impressão atue em todas as etapas do processo de produção, da concepção do projeto de embalagem à impressão propriamente dita, uma vez que possui as ferramentas que contribuem para o atendimento às expectativas de todos os componentes da cadeia produtiva. Saudações à tecnologia e sejam bem-vindos aos novos tempos da Flexografia!

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 Nov/Dez 2017 - 49


/// ARTIGO TÉCNICO

A FALTA DE IMPRESSORES QUALIFICADOS NO MERCADO FLEXOGRÁFICO (Originalmente publicado na ProjetoPack em Revista, Edição 41, com novos acréscimos)

E

m nossas atividades de consultoria, é corriqueiro nos depararmos com a falta de mão-de-obra generalizada, no entanto se existe uma área na indústria gráfica e convertedora que carece de profissionais em quantidade e qualidade é, sem dúvida alguma, a operação de impressoras flexográficas em todos os formatos e tecnologias. Esta lacuna no mercado de trabalho é fruto de inúmeros fatores, que iniciam com a escassez de programas de formação técnica, focados em flexografia em todo o país, como por exemplo o curso técnico em artes gráficas (Senai Theobaldo de Nigris), com especialização em rotogravura e flexografia, que alguns tiveram o privilégio de participar, em período integral, algumas décadas atrás (e hoje, em formato part time).

50 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017


/// ARTIGO TÉCNICO A redação Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias, críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail revista@projetopack.com

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/// ARTIGO TÉCNICO

Outro fator relevante é que, no passado, ao se comprar uma máquina impressora, empresários e fabricantes do equipamento encaravam o investimento com maior seriedade (tratavam-no verdadeiramente como um “projeto”) e incluíam em sua pauta a pré-formação do profissional, enviando o futuro operador à fábrica do equipamento para acompanhar a sua montagem, compreender e homologar em conjunto os seus recursos operacionais e, em boa parte das vezes, imprimir previamente alguns trabalhos para familiarizar-se na prática com a impressora.

“Mais um ponto que contribui para a falta de impressores bons no mercado é a alta rotatividade de pessoal”

Isso encurtava em muito a curva de aprendizagem do profissional e preparava um impressor muito mais consciente e preocupado com a manutenção correta do equipamento. Infelizmente, por questões culturais e preocupações financeiras de curto prazo, esta filosofia foi caducando até tornar-se uma completa exceção à regra. A propósito, nas raríssimas vezes em que ocorre alguma iniciativa para a formação de impressores por parte da contratante, quase sempre é algo de baixo custo. Ao invés de se buscar provedores qualificados para treinamentos técnicos (empresas como a ProjetoPack e outros concorrentes, escolas técnicas e associações), as empresas acabam solicitando isso aos seus fornecedores de matérias-primas. O problema não reside em chama-los para uma explicação técnica sobre seus produtos ou serviços. O ponto crítico é chamar somente a eles, corroborando para uma visão fragmentada do processo (cada qual é especialista em um tema ou tecnologia específicos) e, nos piores casos, enviesada e plena de conceitos embasados não em estudos científicos, normas setoriais ou pesquisa de campo, mas em defesas comerciais de soluções particulares. Impressores acabam, portanto, virando garotos-propaganda involuntariamente, de empresas e marcas. Mais um ponto que contribui para a falta de impressores bons no mercado é a alta rotatividade de pessoal nas indústrias gráficas e convertedoras (turnover). A alta

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/// ARTIGO TÉCNICO

rotatividade é fruto de um conjunto de fatores de mercado, mas principalmente os seguintes:

• As condições de trabalho da organização;

• Ofertas mais atraentes de outras empresas;

• A cultura organizacional da empresa;

• Instabilidade econômica;

• A política de recrutamento e seleção de recursos humanos;

• Ambiente e imagem organizacional; • Insatisfação quanto à política salarial da organização; • Política de benefícios insuficiente; • Insatisfação com a supervisão; • Falta de política e estratégias de crescimento, aprendizagem e carreira; • O tipo de relacionamento humano dentro da organização;

• Rotina sem maiores desafios;

• Falta de reconhecimento, dentre outros. Temos a certeza que o leitor deve reconhecer, na lista acima, muitos itens comuns ao dia-a-dia da sua empresa. Mas, se tentarmos reduzir esta lista para o que é mais comum à realidade da flexografia, poderíamos dizer em linhas gerais que os impressores flexográficos no Brasil estão ganhando pouco e não possuem

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/// ARTIGO TÉCNICO

“Numa indústria convertedora, a impressão é a operação onde ocorre a maior agregação de valor”

perspectivas de crescimento, aprendizagem ou carreira. Os profissionais que não estão buscando esta inércia acabam seduzidos por ofertas melhores (até mesmo em outras áreas da indústria e serviços) ou saem por conta própria em busca de novos desafios. Os remanescentes são impressores acomodados, que vão “ficando até que alguém os mande embora” e cujo ritmo de trabalho é devagar, quase parando. Você reconhece este perfil na sua produção? É preciso dizer que a supervisão também influencia muito sim. Em muitas empresas no merca-

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do, a gerência ou supervisão de produção atua muito à distância do chão-de-fábrica, e gerencia os colaboradores pela imposição de regras e comunicação ríspida, dura. Muitos estudos conduzidos nas últimas décadas concluíram que, especialmente para profissionais envolvidos diretamente com atividades de produção industrial, a liderança deve ser assistencialista e orientadora, ganhando a equipe pela ascendência do seu conhecimento. Estamos ainda bem longe disso em boa parte das empresas no país. Falar, como fizemos há pouco,


/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO TÉCNICO

“A perspectiva de progressão na carreira não é algo importante hoje, mas essencial” que um impressor ganha pouco no Brasil é algo polêmico. Mas ganhar muito ou pouco hoje em dia é algo complexo e também relativo. “Complexo”, pois envolve inúmeros fatores como o custo de vida e as perdas causadas pela inflação e impostos. “Relativo” pois deve se considerar o nível de responsabilidade do cargo, o valor econômico adicionado pela atividade ao negócio e a sua contribuição para o resultado da empresa. Numa indústria fabricante de embalagens flexíveis e rótulos, a impressão é uma área estratégi56 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 64 - Nov/Dez 2017

ca, que agrega valor, apresenta os maiores custos, na maioria das vezes é o gargalo da produção e em boa parte dos produtos, é o diferencial competitivo do negócio. O operador sênior ou pleno, responsável pelo equipamento e pela tarefa de imprimir deve ser remunerado justamente, deve também ser cobrado pela sua eficiência e responsabilidades e principalmente, deve receber investimento contínuo em sua formação profissional. A perspectiva de progressão na carreira não é algo importante hoje, mas essencial. Não precisamos nem entrar no mérito das discussões sobre a Geração Y (a chamada geração da internet) e a Geração Z (os nativos digitais) com toda a dificuldade em mantê-los motivados e focados em uma tarefa (principalmente de cunho in-


/// ARTIGO TÉCNICO

dustrial) para compreender o quão importante é desenhar um plano de cargos e salários que possibilite a rápida evolução profissional e a possibilidade de comer algumas cenouras pelo caminho. A ProjetoPack em sua divisão de consultoria têm as suas próprias convicções e sugestões de como deveria ser um plano de cargos e salários para a formação rápida e eficiente de um novato ajudante em um operador sênior e, possivelmente, um líder, supervisor, auditor do processo de impressão e finalmente um gestor desta área em uma indústria. Vamos prosseguir abordando este e outros temas em edições futuras, fazendo comparativos salariais, discutindo as necessi-

“Outro aspecto importante é o desenho adequado de um plano de cargos e salários” dades da indústria convertedora e trazendo sugestões, opiniões ou mesmo dúvidas de empresas e profissionais (portanto mande pra nós a sua contribuição no e-mail revista@projetopack.com). O intuito é enriquecer ainda mais a revista ao nosso estimado leitor e fornecer subsídios técnicos a uma área totalmente relegada da indústria gráfica e convertedora: o departamento de recursos humanos.

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/// FUSÕES E AQUISIÇÕES

BERRY ASSINA ACORDO PARA AQUISIÇÃO DA CLOPAY “A aquisição da Clopay faz da Berry uma líder mundial em tecnologia para o mercado de higiênicos” A gigante Berry Global entrou em acordo definitivo para adquirir a Clopay Plastic Products, uma subsidiária da Griffon Corporation, por USD 475 milhões e de acordo com a regra DFCF (Debt Free Cash Free).

A Clopay é um fornecedor global de filmes respiráveis impressos, bem como uma companhia inovadora no desenvolvimento de filmes elásticos e laminados para mercados específicos como higiene, saúde, construção, proteção e transporte etc. Com aproximadamente 1500 funcionários e unidades industriais nos EUA, Alemanha, Brasil e China, a Clopay obteve receita de vendas na ordem de USD 461 milhões, com USD 53 milhões de EBITDA no seu último ano fiscal, encerrado em 30 de setembro deste ano. “A proposta de aquisição da Clopay está diretamente alinhada com nossos objetivos estratégicos”, afirma Tom Salmon, CEO da Berry. “Nós estamos bastante excitados com o que as capacidades globais e tecnologias exclusivas da plataforma deles adicionará a nossa organização. A combinação da Clopay com as divisões da Berry de higiênicos e especialidades nos permitirá crescer muito mais rapidamente. A Clopay irá aportar novas capabilidades na produção de filmes técnicos, onde eles são mundialmente conhecidos como inovadores, detentores de patentes protegidas em filmes respiráveis para o setor de higiênicos.”, conclui. Para conhecer um pouco mais sobre a companhia Berry, acesse o site: http://www.berryglobal.com.

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