ProjetoPack em Revista (ano IX) - Edição 51

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www.projetopack.com | Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015 - R$ 15,00

O MODELO DE CO-PACKING

Entenda o modelo de negócio e como ele complementa a conversão RÓTULOS IN-MOLD LABEL

Matéria especial: entenda como funciona e para onde vai esse mercado

COMO AVALIAR UMA EMPRESA

O perigo dos passivos ocultos na aquisição de uma empresa

ENTREVISTA EXCLUSIVA

A direção da Label Latinoamerica fala dos seus resultados

CASE NATURA SOU

Quem disse que sustentabilidade é “modinha”?

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Nasce mais uma gigante global de flexíveis

Poliamida Bi-Orientada ou BOPA – dicas técnicas de aplicação e uso

Pág. 22


20 anos

Beta 8

Beta 8

Impressora flexográfica

• Set up rapidíssimo (sistema sleeve). • Estrutura do grupo impressor fechada (tipo monobloco). • Camisa porta clichê. • Camisa anilox. • Fusos de esfera pré-carregado e guias lineares que garantem altíssima precisão das unidades de impressão. • CNC para posicionamento dos cilindros do grupo impressor com acionamento por servomotor com encoder absoluto. • Sistema “Gearless” (sem engrenagem) com motor principal montado no eixo do cilindro central. • Sistema “doctor blade” com posicionamento automático e revestimento antiaderente. • Troca automática de bobinas na entrada e saída dotadas de elevador para posicionamento e descarga das bobinas. • Altíssimo controle de tensão do filme mediante controle por células de carga, eixo eletrônico, balancim e “taper tension” nas diversas unidades da impressora.

• Tela de comando de 15 pol. e sensível ao toque. • Secagem final e entre cores de altíssimo rendimento podendo se fornecido por aquecimento elétrico ou a gás. • Cilindro central e calandra dupla de saída dotadas de sistema para refrigeração do liquido refrigerante. • Central eletroeletrônica montada em container climatizado. • Lubrificação centralizada automática e pré- programada. • Botoeira moveis sem fios. • Gerenciador de produção. • Sistema de vídeo inspeção com auto registro. • Sistema de controle automático de viscosidade. • Assistência técnica remota via internet.

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12/08/13 17:32


PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

ESPAÇO DO LEITOR

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índice PROJETOPACK

6

EDITORIAL

8 14 16

ARTIGO

Em meio à maior crise político-econômica nacional em décadas, o mercado segue assustado, contraído, avesso a empreitadas, contratações, investimentos e qualquer novidade que possa acarretar em novos custos e riscos ao negócio.

08

Rótulos In-Mold Label

ARTIGO “Nós e eles”

ACONTECE AQUI Conferência Intercontinental de Flexografia 2015 Filme plástico com nano partícula tem efeito bactericida

22 ARTIGO ARTIGO 26 30 CAPA ARTIGO 42 FUSÕES E AQUISIÇÕES 44

16

O que é BOPA?

Passivos ocultos: os escabrosos esqueletos nos armários

Conferência Intercontinental de Flexografia 2015

O modelo de co-packing no Brasil

Você se considera lúcido?

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Fusão entre Prolamina e Ampac cria nova gigante global de flexíveis

4

Berry Plastics Group deve adquirir AVINTIV por USD 2,45 bilhões

48 ARTIGO 52 56 ARTIGO

ARTIGO

PANTONE: 8 coisas que provavelmente você não sabia!

A visão do brand owner: Redução de peso em embalagens é sustentável?

Um bate-papo com Luis Augusto Alcantara Machado, diretor da AM3 Feiras e Promoções e realizador da feira Label Latinoamerica

30


ESPAÇO DO LEITOR

Dicas aos leitores

N

a última edição da ProjetoPack em Revista, inauguramos um projeto feito a várias mãos. E você, estimado leitor, pôde acessar com seu dispositivo móvel (smartphone ou tablet) um código QR, cujo link era para download de uma imagem original, sem nenhum tipo de manipulação. Nesta edição, a imagem sofreu poucas operações de pré-impressão. De acordo com o especialista Robson André Esperança, Gerente de Novas Tecnologias da Zanatto Soluções Gráficas, boa parte das diferenças de qualidade entre as imagens originais e impressas ocorre já na sua manipulação digital durante a pré-impressão. “Há muitas vezes um retoque exagerado. Ao entregarmos a mesma imagem em RGB a dois operadores de pré-impressão, os resultados serão completamente diferentes, algo mais artístico do que industrial”, completa.

aplicada uma técnica “anti-furo”, elevando as áreas de 0% para 1%, e no K, exatamente o oposto para eliminar sujeiras da fotografia. O meio-tom amarelo (50%) foi atenuado em 45% para reduzir contaminação do original; 3. As sombras foram elevadas em 5% para melhorar o contraste. Agora, após estes três comandos, a imagem poderá ser fielmente convertida em chapas flexográficas com o processo Kodak Flexcel NX. Faça o download e compare as duas versões. Veja que é possível obter imagens com acurácia e qualidade de reprodução com apenas alguns cliques, otimizando o processo de clicheria! Muito em breve, esta imagem se materializará num impresso de alta definição, que empregará os recursos tecnológicos mais avançados da Kodak. Não percam as cenas dos próximos capítulos!

Ficha Técnica Projeto Editorial: ProjetoPack & Associados Projeto Gráfico: Agência Convertty Diagramação e Capa: Douglas Thiago Pereira Produção Gráfica: Silvamarts Gráfica e Editora Logística e distribuição: Correios Banco de imagens: Istockphoto

A fotografia disponível para download no QR Code ao lado, em RGB, foi manipulada digitalmente com apenas três comandos: 1. A imagem foi convertida para um perfil CMYK offset; 2. Nas cores de processo CMY, foi

Nós erramos! Na última edição da ProjetoPack

deixar o leitor com água na boca para

em Revista, publicamos uma matéria

testar o produto na sua impressora

especial sobre a tecnologia patenteada

banda larga ou estreita – falhamos e

Cast & Cure. Todavia, após citar as

esquecemos de divulgar o contato

vantagens, aplicações e elucidar o seu

comercial da empresa! Portanto, antes

princípio de funcionamento – em suma,

tarde do que nunca, segue ao lado:

A tecnologia Cast&Cure é comercializada no Brasil pela ATM Consultoria & Representação. A empresa pode ser contatada pelo site www.atm2806.com.br.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

O segundo capítulo da “novela” com Zanatto, Kodak e ProjetoPack

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EDITORIAL Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é membro dos comitês técnicos e consultivos da IoPP (Institute of Packaging Professionals) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

EDITORIAL

E

m meio à maior crise políticoeconômica nacional em décadas, o mercado segue assustado, contraído, avesso a empreitadas, contratações, investimentos e qualquer novidade que possa acarretar em novos custos e riscos ao negócio. Um cenário nebuloso, de estresse generalizado em toda a cadeia produtiva e em todos os seus agentes econômicos – a indústria, o comércio, serviços, terceiro setor e governo, chegando, por fim, a você leitor e a nós aqui, meros trabalhadores - consumidores.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Com receio de ser repetitivo, mas o chavão “toda crise é uma oportunidade” nunca foi tão atual. Toda crise é um processo de seleção natural no ambiente econômico – empreendedores, empresas, estatais e governos mais bem preparados, com maior inteligência da situação, com dados para análise disponíveis num espaço mais curto de tempo e pautados pelas melhores estratégias vencem. Aos demais, os dissabores do insucesso.

6

Aos setores de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos, isso não será diferente. Este ano e nos próximos, até que tudo volte aos eixos, se extinguirão definitivamente diversas convertedoras. Outras serão adquiridas por fundos de investimento ou compradores estratégicos, aproveitando-se do fato que, neste momento, boas empresas brasileiras estão literalmente valendo um pouco menos que um quarto, fruto de uma desvalorização cambial real – dólar sem precedentes. Empresas médias e pequenas talvez “juntem os trapos” em acordos de fusão, joint-venture ou simples consórcios colaborativos para compra de matériasprimas, com o intuito de ganhar um pouco mais de musculatura para sobreviver. A ProjetoPack continua um “radar” apurado do mercado. Em 14 anos de existência, nunca estivemos tão assoberbados, prestando consultoria

às convertedoras para diminuir custos, aumentar a produtividade e vislumbrar novas oportunidades de negócio. E seguindo esta filosofia, esta edição de número 51 da ProjetoPack em Revista traz alguns artigos que intentam dar visões complementares ao leitor, talvez despertar a criatividade para algum insight valioso. O primeiro deles – o artigo de capa – fala sobre as indústrias de co-packing. Uma parte integrante na cadeia de embalagem, que cresce a taxas chinesas (as antigas taxas chinesas...) mundo afora e cuja proposta de valor se desdobra em tantas soluções aos donos de marca que vale a pena entender a natureza destes participantes, que ganham dinheiro “cuidando da embalagem alheia”. Trouxemos um primeiro artigo de uma extensa série, que tratará dos principais substratos de embalagem – suas aplicações, possibilidades e mercados potenciais. Aos leitores atuantes em rótulos e etiquetas, um artigo especial sobre in-mold label, uma das aplicações de crescimento mais expressivo do setor atualmente. Discorremos ainda sobre o panorama geral das fusões e aquisições setoriais no período entre setembro e outubro, data de fechamento desta edição. Abordamos lançamentos de produtos, artigos técnicos e de gestão, noticiamos eventos findados no período etc.; tudo isso está intercalado a páginas de publicidade de “bravos guerreiros”, empreendedores que não arrefeceram nem o ânimo, nem o ritmo e tampouco, a fé de que a economia é um ciclo e que a melhor forma de lidar com as externalidades é focar-se naquilo que se pode controlar: a gestão interna do seu negócio. Nos vemos logo mais, na última edição de 2015!

PROJETOPACK EDITOR Aislan Baer diretoria@projetopack.com DIRETOR DE CONTEÚDO Lorenzo Baer GESTORA DE CONTAS E ESTRATÉGIA DE MÍDIA Deise Moraes PROJETO GRÁFICO E GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS Agência Convertty contato@convertty.com JORNALISTA RESPONSÁVEL Fabio Silberstein (MTB 49036) COMITÊ EDITORIAL Alexandre Zanolini Genicola Grupo CBS Elos André Rezende HP do Brasil Prof. Antonio Cabral Universidade Mauá Enio Koetz ProjetoPack & Associados Eudes Scarpeta Scarpeta Treinamentos Joaquim Morais Trenton Consultoria Prof. Lincoln Seragini Seragini Farné Guardado Prof. Lorenzo Baer SENAC Lapa Scipião Wilson Paduan Tecnosolutions Wilson Ramos Junior Inovagraf CONTATOS DE PUBLICIDADE E ASSINATURAS (Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação) E-mail: revista@projetopack.com Fone: (11) 3258-7134 Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização de reprodução, contatar a publicação no e-mail atendimento@projetopack.com. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.


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ARTIGO

IML – (In-Mold* Labelling) e IMD (In-Mold Decoration)

A

saga para encontrar um “nicho”

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

ainda rentável às indústrias de

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embalagens flexíveis, etiquetas

e rótulos é um percurso árduo, que praticamente todos os empresários do setor percorrem diariamente. Stand-up pouches, retortable pouches, sleeves, stickpacks e, claro, o rótulo “in-mould” (ou in-mold), uma fatia do mercado que vêm crescendo bastante em todo o mundo, inclusive no Brasil, e que ainda agrega boas margens aos fabricantes. Neste breve artigo, trazemos uma visão geral deste mercado e das principais características do processo de decoração IML.

Assim como foi o rótulo termoencolhível há alguns anos, a decoração IML é a bola da vez no mercado de banda estreita no Brasil e no mundo. A técnica consiste na aplicação de um rótulo previamente impresso (normalmente em flexografia, offset ou impressão digital) que será aplicado no interior de um molde com a forma do produto final - o frasco ou pote plástico – antes de sua formação, que ocorre por processo de sopro, injeção ou termoformagem. Após este processo, o rótulo funde-se ao frasco ou pote,

*“In-Mold ou In-Mould Label”


Redação Equipe de Redação da ProjetoPack em Revista revista@projetopack.com

já não é mais possível enxergar os seus “contornos” ou abas. Evidentemente, este processo não requer máquinas de rotulagem e tem, como todo processo, suas vantagens, desvantagens e nichos de aplicação.

Principais vantagens da decoração IML De forma geral, a decoração IML agrega benefícios relevantes ao usuário final. Especialmente nas aplicações mais “inóspitas” à rotulagem, tais como

Resistência do produto O rótulo IML é muito resistente à umidade e oscilações da temperatura, o que o torna uma opção bastante interessante para produtos congelados, resfriados e frescos. A sua fusão com o frasco torna a decoração resistente a riscos, rasgos e enrugamento.

Menor custo de armazenamento para o cliente No processo do IML, as embalagens

produtos que vão para o congelador,

são produzidas e decoradas no mesmo

ambientes úmidos demais ou

instante, em uma operação única.

expostos a produtos excessivamente

Isso significa que o cliente não precisa

contaminantes como óleos lubrificantes,

estocar embalagens vazias aguardando

tintas, insumos para jardinagem, ração

os rótulos impressos para a operação de

animal etc.

rotulagem: menores custos de logística

Qualidade de impressão

e armazenagem. Nos processos de decoração direta como serigrafia, heat transfer ou tampografia, há necessidade

Diversas técnicas de impressão

de um tratamento de superfície para

podem ser utilizadas no In-Mould. Uma

a impressão – geralmente corona ou

parcela expressiva de convertedores

chama – algo que também é irrelevante

imprime em máquinas offset U.V. planas,

na decoração IML e na rotulagem

com uma lineatura alta e qualidade

tradicional com autoadesivo.

fantástica. O mesmo rótulo pode decorar todos os lados da embalagem, com uma área de promoção tão boa quanto a decoração sleeve.

No processo do IML, as embalagens são produzidas e decoradas numa única operação, diminuindo sensivelmente os custos logísticos e os lead times”

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

tornando-se uma peça única, onde

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ARTIGO

A inserção e o correto posicionamento dos rótulos nas cavidades dos moldes é um dos maiores desafios no processo de rotulagem IML”

Apelo para a sustentabilidade Um dos argumentos mais fortes das empresas galgadas em decoração IML diz respeito à sustentabilidade: normalmente o rótulo e o frasco são confeccionados do mesmo material (por exemplo, polipropileno ou, simplesmente, PP), o que torna possível a sua reciclagem. Os rótulos autoadesivos, à exceção

e uma complexidade de ajuste nas rotuladeiras).

Os desafios do processo IML Em virtude dos custos elevados dos equipamentos de moldagem e dos próprios moldes, somado aos gastos para modificação e ajuste que permitam a inserção e o correto posicionamento dos rótulos nas cavidades (a estática

(rótulo sem liner) agregam uma perda

é um dos maiores problemas do

significativa de material – desde o refile

processo), a decoração IML ainda

do esqueleto até o liner siliconado.

ocupa uma fatia pequena do mercado

Ampla gama de opções de acabamento

de decoração – algo estimado em 2

vernizes e acabamentos possíveis ao IML, que maximizam o apelo visual e a promoção do produto no pontode-venda.

Setups mais ágeis na troca de modelos Quando o processo está ajustado

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

que quase sempre requer maior tempo

da ainda “incipiente” tecnologia linerless

Existe uma infinidade de tintas,

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da troca entre modelos diferentes (o

a 3% do total de rótulos impressos mundialmente. Tiragens significativamente maiores são necessárias para viabilizar economicamente os investimentos em uma linha completa de IML. Entretanto, dois fatores importantes têm mudado pouco a pouco a regra deste jogo para melhor: a) A cada vez maior demanda por produtos ambientalmente corretos por

de acordo, basta trocar um rótulo por

parte do consumidor final, “puxando”

outro e a automação da linha faz o

mais toda a cadeia de manufatura;

resto. A perda na produção é muito pequena quando comparada à perda média de rótulos autoadesivos quando

b) A impressão digital de rótulos IML, possibilitando tiragens menores com maior variabilidade de itens, a preços mais competitivos; c) As linhas de moldagem e os moldes asiáticos, de custos mais acessíveis e qualidade crescente. A Europa continua líder mundial, com 54% de participação no mercado de IML, seguido pela América do Norte, com 26%.


Porém, dos diversos nichos no setor de rótulos e etiquetas, ainda é um dos que apresenta maior taxa anual de crescimento: 5,1% - uma “terra de oportunidades”. A maioria das aplicações de In-Mould é no sistema por injeção (69%), enquanto a termoformagem não passa de 1%. A extrusão balão (sopro) já beira os 30%. A cadeia do rótulo IML ainda é muito complexa é fragmentada, o que acaba desestimulando um número maior de novos projetos nos grandes brand owners. É preciso conectar o designer do molde, o convertedor do rótulo, o fabricante da máquina, o fornecedor do filme e o fabricante do molde e das máquinas de maior ou menor automação.

In-Mold Decoration (IMD) – qual a diferença? A diferença básica entre o In-Mold

Como o rótulo é posicionado na máquina para a aplicação? O rótulo é basicamente preso à cavidade do in-mold por dois processos distintos: vácuo e eletrostática. Na fixação do rótulo por vácuo, este é posicionado na cavidade por um braço robótico, o vácuo é acionado e o processo de moldagem ocorre. O desenho de todo o ferramental é diferenciado para incorporar o sistema do vácuo, o que torna a ferramenta mais cara. O rótulo precisa ser “encorpado” o suficiente para resistir à pressão do vácuo (mesmo que haja certo nível de ajuste) sem sofrer deformações que afetem a qualidade final do produto. A passagem do vácuo entre as superfícies do molde e do dorso do rótulo também pode acarretar em temperatura desuniforme no interior da cavidade, podendo afetar a performance da moldagem. É imprescindível que o robô não

Label e o In-Mold Decoration é simples:

deixe nenhum rótulo para trás. A

os produtos que recebem decoração

injeção do molde ou sopro sem um

IML são produtos de giro rápido; os produtos que recebem decoração IMD são bens “duráveis” – de utilidades domésticas a painéis de carros, coolers, aparelhos eletroeletrônicos e até cortadores de grama.

A diferença entre In-Mold Label e In-Mold Decoration é que os primeiros são aplicados em produtos de giro rápido, enquanto os últimos, em bens duráveis, tais como utilidades domésticas, painéis de carros, coolers etc.”

rótulo resultará em perda de tempo e custo excessivo para remover o ferramental e limpar todos os orifícios que promovem o vácuo na cavidade. Uma boa parte dos equipamentos já dispõe de um monitoramento em tempo real do desempenho do vácuo e da falha de rotulagem, que permite parar a moldagem em tempo hábil. O processo de posicionamento à vácuo é mais indicado na moldagem de rótulos com formas mais complexas ou quando um dos dois elementos – rotulo ou frasco – requer superfície texturizada.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

A Ásia detém 13% e o Brasil, 3%.

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ARTIGO

A superfície do rótulo que entrará em contato com a parede metálica da cavidade do molde deve ser uma boa isolante para aceitar e manter o nível de carga eletrostática recebida no processo”

Para potencializar a economia no processo por carga eletrostática, é preciso: ● Um robô com um desenho de término do braço (EOAT – End-OfArm-Tool) adequado;

Na fixação por carga eletrostática, a ferramenta é mais barata. Quando a carga é aplicada, o rótulo será imediatamente atraído para a superfície metálica da cavidade e ficará retida por até alguns minutos. Neste tipo

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

de equipamento, o braço robótico

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pega o rótulo do magazine por algum sistema de sucção. Uma carga estática é direcionada ao rótulo no momento em que este se aproxima da superfície da ferramenta de moldagem ou ainda na entrada do cabeçote. Alguns usuários do processo

● Um magazine para os rótulos; ● Uma fonte de alta tensão DC com 30 kV e saída ajustável; ● Um material (substrato) adequado para aceitar e manter a carga eletrostática. A superfície do rótulo que entrará em contato com a parede metálica da cavidade do molde deve ser uma boa isolante para aceitar e manter o nível de carga eletrostática recebida no processo – idealmente apresentar uma resistividade de 1012 ohms/sq ou acima. Quanto maior a resistividade,

de injeção fazem a descarga no

melhor o rótulo aceitará receber a

rótulo, porém posicionam cada um

descarga sem que a mesma o atravesse

individualmente à mão na cavidade – o

e vá para o solo ou o equipamento. A

que obviamente encarece o processo e

medição de resistividade do material

antagoniza com a economia de partida

pode ser efetuada com um multímetro

com o ferramental.

comum.


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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015


ARTIGO

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

“Nós e eles”

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H

ouve um tempo (e não faz tanto tempo assim) que o efeito dos fatos e movimentos externos não

Novos fatos como a padronização mundial das embalagens de produtos de consumo cosmético,

eram tão determinantes de nosso dia a

alimentar e farmacêutico, para citar

dia, atitudes e decisões que tomávamos

só três, e o aumento dos SKU’s desses

por aqui. Todos sabem que hoje temos a

produtos, provocando um enorme

maioria de nossas ações (falo como nós, empresários) pautadas por uma agenda coalhada de consequências e efeitos do mundo globalizado. Olhando ainda esse nosso segmento, da conversão gráfica, dinâmico como é, a coisa é mais dramática ainda.

espaço para a tecnologia flexográfica e digital, exigem de nossas empresas agilidade, flexibilidade e recursos para investimento. As duas primeiras, temos de sobra. O terceiro item, simplesmente não temos. Ilustro com dois exemplos:


Davi Domingues

consultor de empresas no setor gráfico e de conversão e diretor da Plano Assessoria gestão e negócios

fontes de capital para investimentos em tecnologia e um estado que não esteja

sua totalidade, entrou recentemente de

permanentemente pensando em como

forma definitiva em nosso mercado.

se locupletar do esforço alheio.

No início, foi um festival de

Essa é uma enorme diferença

erros, improvisos e dinheiro jogado

entre Nós e Eles. De resto, estamos

fora. Conheço convertedores tão

inseridos num contexto que pouco

decepcionados pela aventura que

tem de local ou regional e muito

hoje não podem nem ouvir falar

exige de mudanças e capacidade de

nesse produto. Será que com “Eles”

assimilar novos produtos, tecnologias

ocorreu o mesmo?

e materiais. Aliás, em se tratando

O fato é que não dá para escapar. Se um amaciante da Unilever é apresentado num frasco revestido de sleeve no mercado mundial, aqui também o será. E mais: sendo a marca líder, todos seus concorrentes locais e menores terão de apresentar seus

de materiais, nossas industrias de substratos (papeis e filmes), químicos (resinas, tintas, primers) e máquinas são muito lentas pela natureza dos próprios investimentos que demandam e sofrem dos mesmos males que “Nós” sofremos. Aí floresce o papel de países como

produtos da mesma forma, numa

Índia e China, adicionando ainda, como

gôndola de supermercado.

brinde, mais o risco pela distância dos

O mesmo acompanhei com o IML, In Mold Label. Essa tecnologia apareceu primeiro há 15 anos atrás. Não “vingou”.

fornecedores, maior custo na sua busca e gestão, além dos longos trânsitos marítimos. Toda a complexidade desses

De cinco anos para cá, já tem

fatos justifica o forte movimento

empresa gráfica 100% dedicada

da chamada “consolidação do setor

para esse produto e até

conversão”. Ou seja, empresas se

fabricantes de potes plásticos que

fortificando através de fusões e

decoram seus produtos impressos

aquisições, dentro do próprio país

em máquinas digitais próprias.

ou de dimensão transnacional. Já

Vivemos assim... em ciclos cada vez mais curtos e rápidos plenos de mudanças. Para “nadar bem nesse mar”, temos que manter a mente aberta e estabelecer canais

vimos diversos eventos desses por aqui, mas, devo ressaltar, estamos só no começo desse fenômeno no Brasil. Há estudos na área de embalagens

adequados para perceber essas

sobre as influencias das mudanças

mudanças antes da concorrência

nas empresas sob o ponto de

direta.

vista ambiental, fontes de energia,

As velhas e de difícil solução “dificuldades” são justamente aquelas que não dependem diretamente de nós, quais sejam,

Toda a complexidade desses fatos justifica o forte movimento da chamada consolidação do setor conversão”

legislação regulatória, e-commerce, sustentabilidade, entre outras. Mas cada um mereceria uma abordagem própria. Estejam atentos e preparados.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

O sleeve, rótulo termoencolhível que envolve um frasco quase que na

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NOTÍCIAS DE MERCADO

Acontece aqui

Conferência Intercontinental de Flexografia 2015

C

o

om dezoito palestras técnicas

expôs os desafios contidos no cenário

Blumenau, Tesa, NDS Nano Digital

ligadas diretamente à

econômico atual à atividade industrial,

Systems e MMI.

flexografia, a ABFLEXO/FTA

propondo por fim uma conduta mestra

Brasil teve êxito na seleção do conteúdo ministrado aos mais de 500 profissionais

entidade com o público presente, o índice de aprovação dos participantes

SunChemical, DuPont™ Cyrel, Kodak,

superou os 90%. Júlio Cezário, consultor

São Paulo, nos dias 2 e 3 de setembro.

Zanatto, Oxea Chemicals, Biesse,

de marketing da associação atuou como

Dentre os palestrantes, técnicos

MacDermid, Xeikon, EFI, Clicheria

coordenador de conteúdo do evento.

e colegas sul-americanos. A conferência teve como palestra de abertura a do Sr. Guilherme Renato Caldo Moreira, gerente do DEPECON (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que

Sr. Guilherme Renato C. Moreira, do DEPECON PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Patrocinaram o evento as empresas

Segundo pesquisa realizada pela

que passaram pelo espaço APAS em

brasileiros, europeus, norte-americanos

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para o seu enfrentamento.

Sr. Miguel Troccoli, presidente da ABFLEXO FTA/Brasil


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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015


NOTÍCIAS DE MERCADO

Acontece aqui

Filme plástico com nano partícula tem efeito bactericida (Fonte: Agência USP Notícias / Blog do Plástico / Site da ABRE)

Acredita-se que uma reação de ionização junto à membrana celular da bactéria cause danos no processo de respiração e leve as nano partículas a penetrarem em seu interior”

de valor relativamente baixo, o que favorece sua utilização nos filmes. A ação bactericida das nano partículas de prata acontece no contato direto com os micro-organismos. “Acreditase que uma reação de ionização junto à membrana celular da bactéria cause danos no processo de respiração e leve as nano partículas a penetrarem em seu interior”, explica o pesquisador Washington Oliani, que realizou o estudo no Laboratório de Polímeros do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) do IPEN. “Ali dentro, as nano partículas na forma iônica interagem com componentes celulares vitais, como o DNA, impedindo a divisão celular e consequentemente levando a morte da bactéria”. A colocação das nano partículas

esquisa do Instituto de

processamento por extrusão. “O

Pesquisas Energéticas e

polipropileno, a prata e outros

Nucleares (IPEN), instituição

componentes, no formato de grãos,

associada a USP, desenvolveu filmes

são inseridos em uma máquina

plásticos com nano partículas de

extrusora, aparelho que faz a fusão

prata que possuem efeito bactericida.

dessas substâncias por meio de

Os testes realizados com o material PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

P

nos filmes acontece por meio do

aquecimento”, relata Oliani. “A partir

demonstraram sua eficácia na

desse processo é obtido um material

eliminação de bactérias causadoras

em forma de fios finos”.

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polipropileno, um tipo de plástico

de infecções em seres humanos, sem apresentar toxicidade. Os filmes poderão ser utilizados em embalagens de alimentos, para aumentar a vida útil dos produtos à venda. Futuramente, seu emprego

Os fios obtidos na primeira etapa do processamento são resfriados em água e novamente transformados em grãos, com dimensão entre 2 e 3 milímetros. “Os grãos são colocados em outra parte da extrusora, que

pode ser estendido a instalações

realiza uma nova fusão e forma o

hospitalares e materiais cirúrgicos,

filme”, diz. “No final do processo é

como cateteres.

obtida uma película com espessura

A pesquisa utilizou o

de 0,03 mm, que contém as nano partículas de prata. Cada nano


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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015


Acontece aqui

há uma grande preocupação com

www.fraunhofer.de

NOTÍCIAS DE MERCADO

o risco de contaminação. Por esse motivo é necessário averiguar se existe toxicidade”, aponta o pesquisador. “Os testes realizados em laboratório mostraram que os filmes não são tóxicos para células de mamíferos, como os seres humanos”. A pesquisa de Oliani é descrita em tese de doutorado defendida no Programa de Tecnologia Nuclear, realizado conjuntamente pelo IPEN e pela USP. O trabalho teve orientação da pesquisadora Duclerc Fernandes Parra, do CQMA. “O estudo terá continuidade no

C

pós-doutorado, com o objetivo

M

partícula mede entre 22 e 42

de aprimorar as propriedades do

Y

nanômetros, sendo milhões de vezes

material, de modo a obter o mesmo

menores do que um centímetro”.

efeito bactericida com uma menor

O efeito bactericida dos filmes com nano partículas de prata foi no Instituto de Ciências Biomédicas

organismos marinhos, para verificar

(ICB) da USP, supervisionados

se há liberação de partículas no

pelo professor Nilton Lincopan.

meio ambiente”. A pesquisa de pós-

Inicialmente, o material foi colocado

doutorado terá apoio da Capes.

Staphylococcus aureus, associadas a infecções em seres humanos. “Após ajustes na formulação, foi possível eliminar quase 100% de Staphylococcus”, ressalta Oliani. Experimentos posteriores com a bactéria Pseudomonas aeruginosa também tiveram eficiência próxima de 100%. No IPEN foram realizados testes

MY

CY

CMY

aponta Duclerc. “Também serão realizados testes de ecotoxicidade em

das bactérias Escherichia coli e PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

patente e a colocação no mercado”,

comprovado em testes realizados

em contato direto com culturas

20

quantidade de prata, viabilizando a

CM

A principal utilização prevista para os filmes com nano partículas de prata é a aplicação em embalagens de produtos alimentícios. “Com o efeito bactericida das nano partículas seria possível aumentar a vida útil dos produtos embalados, especialmente os de origem orgânica”, afirma Oliani. Outro possível emprego do material está na área hospitalar. “Futuramente, os filmes poderão ser colocados em divisórias e janelas de hospitais, além

de citotoxicidade, em culturas de

de serem utilizados em materiais

células de camundongos. “Durante o

cirúrgicos, como cateteres”, conclui

desenvolvimento de novos materiais,

Duclerc.

K


PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

final.pdf 1 10/02/2015 09:55:52

C

M

Y

CM

MY

CY

MY

K

21


ARTIGO

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

O que é BOPA?

22

E

streamos nesta edição uma sessão patrocinada pela APG – Alliance Packaging

Group – a maior trader do mundo de filmes especiais. Serão apresentados breves informativos técnicos sobre cada tipo de substrato utilizado individualmente ou acoplado em estruturas multicamada nas embalagens flexíveis, de forma a

Um pouco de história No último dia de fevereiro do ano 1.935, o cientista americano, inventor e líder de química orgânica na DuPont, o professor doutor e Ph.D. Wallace Carothers produziria pela primeira vez a poliamida 66 no centro de pesquisas experimentais da DuPont. Em 1.940, John W. Eckelberry,

auxiliar o convertedor a ter uma visão

também da DuPont informou que o

mais ampla das opções disponíveis

prefixo “nyl” foi dado ao acaso e o sufixo

para cada aplicação demandada por

“on”, copiado de outras patentes da

seus clientes e mercados de atuação.

companhia como o ryon.

Professor doutor Wallace Carothers, no centro de pesquisa experimental da DuPont, em 1935.


Service and R&D Team - APG Americas Equipe de suporte técnico e desenvolvimento de produto da APG Americas, uma divisão da APG Globe – trader global especializada em substratos para embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos, com sede na China e focada em especialidades. tecnico@inovagraf.com.

O processo de orientação biaxial

empresa datada de 1.978, há menção de

do filme pode ocorrer em duas etapas

que o registro do nome Nylon adveio de

consecutivas ou de forma simultânea,

“No-run”, tendo a expressão a acepção de

o que acarreta em diferenças sutis nas

algo que “não emaranha”.

propriedades mecânicas e ópticas dos filmes.

Seja como for, o “copolímero

O BOPA é amplamente utilizado em

condensado formado da reação entre

diversos mercados, especialmente em

partes iguais de aminas e ácido carboxílico”

estruturas de embalagens para alimentos,

ganhou o mundo, à época, numa

cuidados com o lar, fármacos e balões

campanha publicitária de meias femininas

decorativos inflados com gás Hélio.

e ocupa hoje uma parcela relevante das vendas de materiais termoplásticos “especiais”, com projeção de USD 30 bilhões em vendas globais até 2.020. A Ásia é o maior produtor de poliamida biorientada do planeta na atualidade.

O que é BOPA e quais as suas propriedades O filme de BOPA (sigla para Biaxially Oriented Poliamide) é produzido a partir da poliamida PA6 (“Nylon”) durante o processo de polimerização da Caprolactama (CPL). Ao derreter-se os pellets da resina PA6 e estirando o filme

BOPA nas embalagens alimentícias O BOPA é empregado em diversas estruturas de embalagem para condimentos, principalmente azeite, óleos, catchup etc.; também é bastante utilizado nos produtos shelf stable do tipo “retort”, a exemplo de carnes processadas e peixes, frango assado, comida cozida, sopas dentre outros. No caso dos congelados, o BOPA integra estruturas de embalagens para carnes, peixes e frutos do mar. Há aplicações de BOPA em laticínios

simultaneamente em ambas as direções

como queijo mozzarella, massa fresca,

(longitudinal e transversal), obtém-se

vegetais pré-cozidos e arroz.

um filme bi-orientado, de características aprimoradas: 1. Resistência à tração e punção inigualáveis; 2. Barreira a gás e aromas superior (O2, N2, CO2); 3. Amplo range de temperatura de trabalho (-60°C até 150°C); 4. Excelente performance na impressão e laminação; 5. Boa flexibilidade e difícil de “trincar”; 6. Alta transparência e brilho; 7. Alta resistência ao ataque por ácido, álcalis, gordura e vários solventes orgânicos.

O BOPA ocupa hoje uma fatia importante na venda global de termoplásticos especiais, com projeção de USD 30 bilhões em vendas até 2020”

BOPA nas embalagens de produtos para uso doméstico O filme é utilizado nas embalagens de detergente líquido, sabão em pó e abrilhantadores para louça e objetos de metal. Também é usado nas embalagens de produtos agroquímicos, fertilizantes e sementes.

BOPA nas embalagens farmacêuticas De bolsas de sangue a embalagens para nutrição, o BOPA é amplamente

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Todavia, numa publicação histórica da

23


ARTIGO

utilizado nas estruturas para cold forming

afeta a performance, especialmente na

– as chamadas embalagens ALU/ALU.

laminação. Portanto é muito importante

BOPA para balões decorativos e outros usos

abrir a embalagem das bobinas

O filme pode ainda ser empregado nas embalagens de proteção de instrumentos precisos e material eletrônico com demanda anti-estática, assim como balões de festas e envoltórios para encadernar / proteger capas de livros.

Características e cuidados no uso O filme BOPA é muito higroscópico

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

e a absorção prematura da umidade

24

Alguns exemplos de estruturas que utilizam BOPA ESCOPO DO PRODUTO

ESTRUTURAS (com espessura por camada)

somente quando for utilizar o produto. Idealmente, embalar as bobinas com uma folha de alumínio ou filme metalizado e depois envolver tudo com filme plástico, bem hermético e protegido da luz e agentes contaminantes é crucial para garantir a qualidade do produto. É recomendável não processar o BOPA quando a umidade relativa do ar exceder 75%.

O futuro do BOPA Cada vez mais, inovações estão surgindo nos processos de produção para tornar os plásticos mais sustentáveis. Com o BOPA, não seria diferente. Para mitigar a poluição oriunda da caprolactama, gerada nas

BOPA 15/ALU 7/PE 15/PEBDL 25 Envase de líquidos

BOPA 15/PE 20/EVA 25 BOPA 15/EVOH 15/PEBDL 25

Produtos para pré-cozimento

Produtos congelados Produtos pesados

linhas de produção de filmes BOPA (ou mesmo na coextrusão de filmes barreira com poliamida), estão sendo

PET 12 /ALU 7/BOPA 15/CPP 70

aprimoradas resinas poliamídicas de

BOPA 15/ALU 7 ou 9/CPP 70

baixo teor de oligômeros (LOPA – Low

PET 12/BOPA 15/R-CPP 50

Oligomer Poliamide).

BOPA 15/PE 30 BOPA 15/PEBL 50 BOPA 15/PE 60 a 100

Estes materiais poderão inclusive substituir, a custos competitivos, filmes de celulose empregados nas embalagens de carnes defumadas.


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ARTIGO

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Passivos ocultos: os escabrosos esqueletos nos armários

26

C

erta vez, um empresário

“... cada gaveta, cada armário que abrimos

nos procurou para fazermos

aqui na empresa, sai um “esqueleto” de

uma avaliação completa

dentro e um novo problema surge”!

dos ativos tangíveis da empresa

O significado deste desabafo

que havia recém adquirido. Este

certamente tem a ver com o título

empresário necessita valorar seus

deste artigo. Um dos fatos mais

ativos para servirem de garantia a

preocupantes nos casos das fusões e

captações financeiras futuras. Até

aquisições, como já falado em artigos

aqui, fato normal e corriqueiro, em

anteriores, é a existência de passivos

tempos difíceis ou não. Acontece que,

ocultos, os “esqueletos” identificados

durante o processo de fechamento

pelo nosso cliente.

do contrato de prestação de serviços, este empresário nos disse assim:

As empresas possuem vidas muito dinâmicas e, consequentemente, vão


André Mombach Weber Economista e sócio na Controle Avaliação de Ativos. andre@controleavaliacoes.com.br

ocorrendo fatos durante os anos que

“obrigações a pagar” que podem vir a

nem sempre fazem parte das melhores

ser concretizadas ou não no futuro da

práticas de gestão. E isso contribui para

empresa. São problemas potenciais

que, os tais esqueletos, mais cedo ou

que podem prejudicar o bom

mais tarde, acabem por virem à tona e

andamento dos negócios.

surpreender o administrador da vez.

Decorrem de atos mal pensados

Constantemente nos deparamos

ou descuidos de administração, que

com situações semelhantes. Isso

em geral acarretam em despesas

acontece muitas vezes por motivos

acessórias não previstas de valores

pessoais, econômicos, autoconfiança,

muitas vezes vultuosos. Ocultos

falta de planejamento, pressa,

porque numa análise comum aos

emoção, etc., que levam investidores a

demonstrativos contábeis da empresa,

adquirirem um negócio antes mesmo

pode não ser detectado.

de ter sido feita uma análise completa

A definição de passivo oculto

da situação geral da empresa com

não é normatizada, porém presente

a intenção de encontrar os passivos

na doutrina contábil. O Conselho

ocultos e, desta forma, minimizar os

Federal de Contabilidade regulamenta

problemas à nova administração.

as diretrizes para o tratamento de

Adquirir uma empresa, um negócio em andamento, pode ser a realização de um sonho. Mas, também pode ser um grande pesadelo, com problemas surgindo do nada para minar todo o esforço e, pior, escoar o resto dos recursos financeiros existentes, fazendo com que o empresário tenha que

Passivos ocultos são compromissos ou obrigações a pagar que podem ou não vir a ser concretizadas no futuro da empresa. São problemas potenciais que precisam ser contingenciados num ato de compra”

contingências ativas e passivas (NBC T 19.7). De qualquer forma, a principal definição para Passivo Oculto é que “é uma obrigação que existe de fato, mas cuja informação acerca de sua existência permanece encoberta ao usuário externo e, em alguns casos, até dos próprios dirigentes”.

A analogia feita propositalmente entre o título deste artigo com “esqueletos” nos remete a uma dúvida: - O que são e no que consistem, exatamente, os passivos ocultos de uma empresa? Podemos definir simplesmente como sendo atitudes e decisões administrativas fora das melhores práticas de gestão que podem gerar no futuro, encargos e despesas não previstas e indesejadas. Passivos ocultos são compromissos ou

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

captar onerosos recursos com terceiros.

27


ARTIGO

Um dos casos de passivos ocultos orbita a esfera trabalhista. A nossa Constituiçao Federal estabelece como prazo prescritivo às ações trabalhistas dois anos corridos, bem como cinco anos para prescrição de créditos em haver resultantes de contratos de trabalho”

Assim como, em contrapartida, temos também a figura do Ativo

não atuam somente no processo de

Oculto, que nada mais é do que

reparação, mas também, orientam a

“um direito ou bem que, de forma

população, de modo geral, em como

análoga ao explicado anteriormente,

proceder no seu cotidiano para que,

existe de fato, mas cuja informação

caso venha a ocorrer algum problema

acerca de sua existência não está

desta natureza, as evidências sejam

revelada adequadamente ao usuário

absolutas para o êxito rápido em

externo e em alguns casos até dos

um acordo ou ação judicial. E, em

próprios dirigentes”.

contrapartida, equipes especializadas

Diante disso, podemos crer que as empresas operam e estão sujeitas a gerarem passivos ocultos, através de ações operacionais ou condutas as quais os gestores possuem conhecimento e que podem ocasionar acidentes, deterioração ambiental ou de saúde para a comunidade ou seus colaboradores. No entanto, continuam operando dessa forma e contando que tais anormalidades passem desapercebidas (atos de negligência)

geração de passivos ocultos, que se utilizam de métodos de prevenção. Tais equipes atuam juntamente com a empresa produtora, adotando e analisando medidas que possam evitar danos aos consumidores e ao meio ambiente. Atuam de maneira a evidenciar em caso de acidente ou danos a terceiros, não o foi por negligência ou falta de estudos, ações e mesmo esforços para evitá-lo. Um dos casos mais comuns

tem gerência, passíveis de ocorrência

de passivos ocultos orbita a esfera

independente da vontade dos gestores

trabalhista. A nossa Constituição

(ações involuntárias).

Federal estabelece como prazo

um artigo de duas páginas é temerário, visto a complexidade e extensão do assunto e não possuímos a pretensão PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

em empreendimentos passíveis de

ou ainda, ações para as quais não se

Tratarmos de passivos ocultos em

28

em defesa dos prejudicados que

de esgotar o tema. Assim, podemos assumir como fonte geradora de passivos ocultos os empreendimentos que, por negligência ou desconhecimento, produzem produtos e ou serviços que venham a prejudicar terceiros, de forma direta ou indireta, e em alguns casos de maneira irreparável e que, por sua vez, poderão sofrer os efeitos de suas próprias atitudes. Ao mesmo tempo, fazendo com

prescritivo às ações trabalhistas dois anos corridos, bem como cinco anos para a prescrição de créditos em haver resultantes de contratos de trabalho retroativos à data do protocolo da demanda. Isso implica em dois anos de “amarração”, em caso de venda ou fusão, destes passivos ao comprador e sua nova administração. Em particular, a área de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos (a indústria gráfica em geral) possui uma incidência consideravelmente alta de ações de reparação de danos no Judiciário (inclusive dano moral), acrescidas de pleitos adicionais

que os próprios geradores de passivos

tais como insalubridade (bastante

ocultos assumam seus próprios

comum na questão do manuseio de

“esqueletos”, há equipes especializadas

químicos como tintas e solventes),


periculosidade etc. Isso também vale para os contratos com representantes comerciais,

passivos indesejados acarretem no bom desempenho dos negócios. Assim, quando empresários

outra fonte geradora de problemas

e investidores atuarem de forma

trabalhistas.

antecipada na prevenção de passivos

Um risco tão grande quanto o

ocultos, de forma organizada e

trabalhista advém da área de gestão

planejada e com o apoio de equipes

tributária da empresa com a sonegação

técnicas especializadas, tais problemas

de impostos ou o recolhimento

efetivamente deixarão de rondar o dia

irregular, fruto do desconhecimento

a dia das organizações.

da mutante e complexa legislação tributária, da negligência ou da intenção escusa dos administradores. Voltando-se ao início do artigo, quando o empresário se depara com

Os riscos valem também para os contratos junto a representantes comerciais u empresas de representação, outra fonte geradora de problemas trabalhistas conhecida em nossa área de atuação”

“esqueletos” por toda a parte, significa que as ações adotadas no passado começam a vir à tona e a empresa provavelmente obterá aprendizado suficiente para a aplicação de novas técnicas administrativas que impeçam

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

os impactos negativos que possíveis

29


ARTIGO DE CAPA

O

modelo de negócios de “co-packing” é uma outra vertente da cadeia de

embalagens, etiquetas e rótulos – um outsourcing (serviço terceirizado) focado em embalar / envasar

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

produtos para os donos das marcas,

30

fabricantes e varejistas. A atividade de contract packaging surgiu da necessidade de desafogar a produção, especialmente nos picos da sazonalidade das indústrias FMCG (bens de giro rápido, como alimentos, medicamentos, bebidas, cosméticos etc.) ou ainda, em casos de envase e empacotamento que demandassem equipamentos especiais, a exemplo de insertadoras de brindes e material promocional.


Aislan Baer Editor Chefe Diretor executivo da ProjetoPack & Associados. Atua há mais de 10 anos na área de embalagens flexíveis e rótulos, ministrando cursos, palestras e consultorias por todo o País. Especialista em gestão do capital humano para as Indústrias Gráfica e Convertedora.

O modelo de co-packing no Brasil Tipos de empresas de co-packing

O que oferecem?

As especialidades

de valor destas empresas. A oferta

de co-packing é diferente uma da outra. Isso se dá, em parte, no fato de que este ainda é um mercado

pode ser bem ampla e começa pelo espaço – normalmente um ou mais galpões industriais estrategicamente localizados, construídos ou adaptados para operações de envase críticas

fragmentado e “tem nicho para todo

– alimentos, bebidas e fármacos. A

mundo”. Todavia, a maior parte delas

maioria dos co-packers importantes

está orientada para uma destas três

possui certificação ISO, GMP (Boas

especialidades:

Práticas de Fabricação), HAACCP dentre

• Envase de líquidos e pastosos em embalagens comuns ou de conceito “mono-dose”; • Embalagem secundária, normalmente shrink / stretch; • Embalagem blister.

Como elas operam? No mercado, há empresas mais voltadas à automação, com equipamentos de alta velocidade e outras que se utilizam de mãode-obra intensiva. Seja qual for o modelo, servem basicamente às indústrias oriundas dos seguintes mercados: • Farmacêutico; • Alimentos e bebidas; • Cosmético; • Bens de consumo.

outras tantas licenças de operação.

Executam tarefas manuais como a montagem de kits, peças e partes, inserção de materiais, codificação, etiquetagem e rotulagem, embalagem ou re-embalagem, inspeção, projeto, design, gestão de inventário de embalagem, compras e/ou gerenciamento de fornecedores de material de embalagem e até mesmo a produção vertical das embalagens do cliente. Vamos percorrer um pouco mais a fundo o portfólio de serviços dos copackers para compreender como esta terceirização se integra ou sobrepõese aos convertedores na cadeia de embalagens flexíveis.

Embalagens para presente Seja Natal, Páscoa, Dia das Mães, Pais, Namorados, Crianças ou outra data comemorativa do calendário

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Virtualmente, cada empresa

Esta é a questão central da proposta

No mercado, há co-packers mais voltados à automação, com equipamentos de alta velocidade e outros que se utilizam de mão-de-obra intensiva”

31


ARTIGO DE CAPA

Oc co-packers também podem aconselhar no design de embalagens e gerenciar não somente os materiais, a logística e distribuição, como também assumir o atendimento aos clientes da ponta, eventualmente”

promocional, embalar para presente

de uma sobre embalagem ou rótulo,

é uma tarefa importante da indústria

inserção de um componente que

e é realizada normalmente de

ficou para trás ou ainda, a verificação

forma bastante manual. Embalar

e triagem de produtos defeituosos.

para presente exige mão-de-obra

Esta é mais uma atribuição frequente

qualificada, manuseio de componentes,

dos co-packers.

armazenagem e distribuição. Os copackers também podem aconselhar no design das embalagens e gerenciar não somente os materiais, a logística e

Muitos produtos, como

distribuição, como também assumir o

por exemplo eletroeletrônicos

atendimento aos clientes da ponta.

(computadores, tablets e celulares)

Embalagem manual e retrabalho

e brinquedos possuem uma grande

Existem muitos projetos onde a automação da operação de envase

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

ou empacotamento não é viável

32

Montagem de kits, partes e separação

quantidade de componentes – manuais de instrução, pequenos acessórios, fios e cabos, baterias etc. É preciso reunir cada um deles,

técnica ou economicamente falando.

embalar individualmente, proteger

Isso requer, no entanto, mãos hábeis

de choques (com cantoneiras e

e experientes para embalar de

espuma, por exemplo), etiquetar,

forma rápida e segura, sem danos

conferir, organizar no berço, fechar

ao produto e à própria embalagem.

a caixa, lacrar etc. Este serviço

Retrabalhos também ocorrem com

também é oferecido pelas empresas

frequência – especialmente a inclusão

de co-packing.


Processamento de itens de vestuário Um nicho de serviços do setor de co-packing em franca expansão é o de processamento de itens de vestuário às grandes redes varejistas. Ele envolve toda a preparação das roupas para a venda e inclui a segregação por tamanhos ou cores, etiquetagem ou colocação de chip RFID, codificação, embalagem (normalmente envoltórios de PE ou PP), inclusão de acessório para cabide ou exposição em “arara”, dobra, cola ou fixação de peças, inspeção de qualidade, detecção de metal, relatório de estoque danificado e logística até o ponto-de-venda, podendo ou não incorporar também o envio de shopping bags.

Montagem de display POS (Ponto-de-venda) Displays de ponto-de-venda são uma excelente maneira de exibir produtos na loja, com um alto impacto visual. Eles podem ser fornecidos embalados e planos (dobrados) ou pré-montados, embora cada vez mais varejistas exijam o fornecimento destas peças entregues nas lojas montadas e com o produto

perfurações). Os co-packers acabam gerenciando todo este processo.

Design e impressão Um bom design de embalagem é essencial para o sucesso de qualquer produto. Uma discussão exploratória entre o cliente e o co-packer na fase inicial do projeto de embalagem pode contribuir positivamente para que a embalagem não apenas cumpra o papel do apelo visual, mas também todos os requerimentos de

Os co-packers gerenciam todo o processo de montagem das embalagens de papelão ondulado, micro-ondulado ou cartão chamadas de displays POS ou Point-Of-Sale”

envase, empacotamento e logística, competências bastante dominadas pelos co-packers atualmente. Estes podem ainda recomendar soluções interessantes de rotulagem, etiquetagem, codificação e folhetos.

Rotulagem e etiquetagem Rótulos dos produtos, etiquetas de preços, datas de validade, código de barras, tags RFID etc. são críticos não apenas na identificação, mas no monitoramento do fluxo de produtos, custo do transporte e outras perdas ao longo da cadeia logística a qual cada produto está integrado. A rastreabilidade também

ofertado também pelos co-packers.

Embalagem Pronta para a Prateleira (SRP ou ShelfReady Packaging) Uma das embalagens que mais cresce no mundo são as chamadas “Prontas para a Prateleira”. São geralmente caixas de papelão ondulado pré-impresso em offset ou flexografia, que vão do armazém às prateleiras dos supermercados diretamente. Todavia, há um processo de montagem ou “armação”, com destaque de partes da embalagem e vincos (facilitados por picotes ou

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

organizado, um serviço que tem sido

33


ARTIGO DE CAPA

Os co-packers executam funções de unitização de produtos para fins logísticos ou promocionais, aplicando filmes esticáveis ou termoencolhíveis”

é imprescindível, especialmente quando se fala no envase / embalagem de alimentos, bebidas, fármacos e agro defensivos. Aplicados de forma manual, semiautomática ou totalmente automática, os rótulos, etiquetas ou sistemas de codificação direta são tarefa recorrente no dia-a-dia do co-packer.

Unitização de produtos mediante aplicação de filme

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Muitas vezes é preciso juntar

34

Embalagem em fluxo contínuo O envase / empacotamento em fluxo contínuo ocorre, na maioria das vezes, em máquinas do tipo “Form, Fill and Seal” (formar, preencher e selar). Normalmente o material de embalagem em bobina percorre um trajeto com o produto entrando na vertical (VFFS) ou horizontal (HFFS), sendo pesado ou contado, inserido no pacote e fechado ao

produtos, seja para uma melhoria

final, com selagem a quente ou a

logística, seja para uma promoção

frio. Cada tipo de produto e material

do tipo “pague 1 e leve 2”. Algumas

de embalagem requer uma linha ou

superfícies permitem a aplicação

determinadas características e cada

de filmes esticáveis (stretch),

tamanho de lote exige uma certa

enquanto outras demandam

performance no empacotamento.

materiais termoencolhíveis (shrink ou

Portanto, esta versatilidade de

poliolefínicos), a exemplo da indústria

maquinário está no cerne da

de bebidas.

proposta de valor dos co-packers.


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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

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35


ARTIGO DE CAPA

Envoltório externo (Over Wrapping) O processo de envoltório externo

co-packer é a paletização. Embora pareça simples, há diversos aspectos

alta qualidade e transparência, selável

técnicos inestimáveis para garantir

a quente, sobre um produto quadrado

a segurança do produto e o menor

ou retangular (cartuchos de perfumes

custo logístico ao cliente final.

e cosméticos, dvd’s, resmas de papel,

Também há peculiaridades para

caixas ou maços de cigarros etc.),

cada segmento, como alimentos,

com aplicação de fitilhos, notches ou

fármacos e bebidas. Co-packers

marcas para início do rasgo, facilitando

estão habituados a lidar com toda a

a abertura para o consumidor ou

sorte de nuances nos processos de

Blister / Clamshell packaging (embalagem “concha”) O blister é muito utilizado pela indústria farmacêutica como sistema de embalagem para comprimidos. A outra aplicação mais comum é o formato “clam” – onde o produto é exibido de forma segura, por baixo de uma concha de plástico termoformado, fixada a uma chapa de cartão pré-impresso, o que evita não apenas danos ao produto, mas furtos que se dão nas gondolas dos supermercados. Muitos co-packers tem se especializado no serviço de “blistagem” de produtos. PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Um dos serviços mais triviais do

consiste na aplicação de um filme de

repositor do produto.

36

Paletização

Enredamento / Presilhas metálicas ou plásticas As redes plásticas são uma forma barata de transporte e exposição dos produtos – de batatas a brinquedos e objetos para levar à praia. Presilhas metálicas ou plásticas não só lacram a embalagem como também podem afixar instruções, tags, cabides e outros acessórios para apresentação e conveniência. Há co-packers oferecendo este tipo de serviço.

unitização de produtos e cargas, tanto para o mercado interno, como para a exportação.

A fronteira do CoPacking: Contract Manufacturing


37

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015


ARTIGO DE CAPA

Até aqui, o Co-Packer cumpriu seu papel de terceirizar o “problema da embalagem” ao usuário na ponta, gerenciando o seu estoque e incorporando a embalagem ao produto, fechando o ciclo logístico com os processos de unitização, armazenagem e entrega. Todavia, a evolução natural do negócio de alguns co-packers que acabam se especializando num determinado segmento – por exemplo, o envase de cosméticos e dermocosméticos em sachês – é a terceirização parcial ou total dos processos de manufatura de seus clientes, um “plus” na oferta de serviços, tais como: • Formulações de produtos; • Processamento e misturas; • Serviços de laboratório e metrologia;

Os co-manufacturers prestam serviços de envase, empacotamento e fabricação terceirizada de produtos ao brand owner ou marcas próprias das redes varejistas”

• Desenvolvimento de novos produtos; • Sala limpa;

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

• Testes clínicos;

38

sistemas de embalagem (flexíveis, vidro, cartão, cartão laminado para envase asséptico, tubos, aerossóis, ampolas, plástico rígido etc.) também

• Congelamento, resfriamento;

é uma competência de diferenciação

• Pasteurização / retort;

entre os co-packers.

• Injeção de gás inerte (atmosfera

Logística terceirizada

modificada ou M.A.P.); • Envase*. Sim. O asterisco colocado após

O Co-packer pode oferecer ainda o armazenamento não apenas de embalagens, mas do produto.

a palavra “Envase” é porque, de fato,

E agregar, especialmente às lojas

este serviço também extrapola o

virtuais, o serviço de “Pick & Pack”,

portfólio da atividade de co-packing,

onde os pedidos são recebidos

muito embora hoje seja bastante

através da plataforma e-commerce

raro encontrar empresas que já não

do cliente e profissionais do

o integrem na solução ofertada ao

warehouse fazem a coleta,

cliente. Envasar produtos líquidos,

embalagem e despacho.

pastosos e cremosos, pós e grãos, capsulas e tabletes nos mais diversos

É um grande desafio gerir a cadeia logística a um conglomerado


39

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015


ARTIGO DE CAPA

Para compreender mais sobre o modelo de co-packing no Brasil e no mundo, a ProjetoPack em Revista conversou com César Saber, diretor da Saberpack”

de clientes com perfis diferentes,

ProjetoPack em Revista – Como

frete rodoviário, aéreo, marítimo, com

você vê a atividade de Co-Packing

produtos estocados localmente ou

no Brasil, em termos de crescimento,

recebidos via drop shipping, dentre

oportunidades e ambiente

outras modalidades.

concorrencial?

Processamento de encomendas

César Saber – Entendo o co-packing

Como etapa anterior que pode ou não ser verticalizada pelo co-packer / co-manufacturer, os pedidos precisam ser endereçados e o resultado da “campanha” precisa ser mensurado, o que pode ser conseguido com software adequado e centrais de atendimento telefônico. As operações de “fulfillment” agregam estas etapas e também têm sido oferecidas como um diferencial de serviços pelos copackers, principalmente no mercado norte-americano.

no Brasil como uma atividade em processo de amadurecimento, com algumas poucas empresas muito bem estruturadas e atendendo grandes competidores, principalmente em cosméticos, home e personal care. Um número mais limitado de empresas na área de alimentos com estas características e uma vasta gama de empresas prestando serviços de baixo valor agregado. ProjetoPack – A sua empresa atua na produção e envase para o cliente final. Quais as vantagens de um usuário contratar uma empresa de co-packing? César – Posso lhe responder esta questão com exemplos concretos que temos aqui dentro: 1) O cliente final que não quer ter fábrica. Ele cuida do marketing, desenvolvimento e vendas. Nós contribuímos com o

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

desenvolvimento de processo

40

e embalagens e fazemos a produção; 2) O cliente final que não tem mais por onde crescer ou quer reduzir mão-de-obra e custos internos; Para compreender mais sobre o modelo de co-packing no Brasil e no mundo, a ProjetoPack em Revista

3) O cliente final que quer lançar um produto com baixo investimento para testar o mercado.

conversou com César Saber, diretor

ProjetoPack – A Saberpack escolheu

da Saberpack, uma das empresas

uma proposta mais ampla em

especializadas em co-packing no

alimentos. Você vê a especialização

país, sediada em São Paulo, capital e

como um diferencial às empresas

focada no setor alimentício.

de co-packing? É possível manter


anuncio2.pdf 1 25/04/2013 10:50:13

César Saber, diretor da Saberpack

a competitividade atendendo uma

César – Temos um foco, uma equipe

indústria com necessidades tão

treinada e motivada, estrutura enxuta

heterogêneas quanto a alimentícia?

e expertise no desenvolvimento de

César – Certamente a especialização

embalagens e equipamentos, além de

neste caminho: atuamos com dosagem e selagem de bandejas, potes e SUP´s, que poderão conter vácuo e atmosfera modificada, termoformadoras e seladoras de

muita gana de crescer. Iniciamos as atividades como co-packer, oriundos da área de equipamentos de envase e embalagens. Isto permite ao cliente explorar os desenvolvimentos de modo amplo.

pouches também com possibilidade de vácuo e atmosfera modificada, assim como linhas de envase de SUP automáticas com aplicação de spouts (bicos) e linhas semiautomáticas com zíper. Dentro destas linhas podemos atuar com sólidos, granulados ou em pó, líquidos e pastosos. ProjetoPack – Como enfrentar a

A Saberpack Sistemas de Embalagem

concorrência das multinacionais?

pode ser contatada no telefone

Possivelmente com contratos

11 3062-7631 ou no site da

amarrados em contas globais?

empresa: www.saberpack.com.br.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

é estratégica e estamos focados

41


ARTIGO

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Você se considera lúcido?

42

P

odemos entender a lucidez

Esta condição de baixa lucidez

como uma condição mental,

prejudica nossos desempenhos em

que nos prepara para atingir

todos os níveis, porque deixamos de

melhores desempenhos em nossa

ver oportunidades e deixamos de

vida. Lucidez vem da palavra luz e

aproveitar nosso tempo evolutivo.

quer dizer clareza, claridade. Entretanto, todos nós estamos, de

Quando estamos mais lúcidos temos melhores chances de compreender as

alguma maneira, sujeitos a lacunas

situações, as circunstâncias, as ideias

em nossa lucidez. São pequenos

e principalmente a nós próprios.

gestos diários; às vezes olhamos

Mas, está comprovado por inúmeras

sem ver; muitas informações nos

pesquisas na área da psicologia e do

escapam; vivenciamos a condição

parapsiquismo que dificilmente nos

do vigilambulismo, que é o

mantemos completamente lúcidos.

sonambulismo durante a vigília física;

Sofremos ao longo de um dia centenas

há falta de clareza quanto aos nossos

de lapsos de lucidez. Isso nos dificulta

próprios conflitos.

perceber a realidade e o que está por


Christina Queiroz Desenvolve trabalho clínico há 30 anos, atuando principalmente à luz da Psicologia Analítica Junguiana, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Campinas e Gonçalves. É consultora empresarial, especialista em Assessment, Treinamento e Gestão por Competências, Professora de Pós-graduação em disciplinas na área de Humanas e Psicoterapeuta atuante em atendimento individual de adultos, casais e grupos.

Porque o corpo emocional

de perda de lucidez durante uma

não pensa, não elabora com a

vida, é fácil constatar que passamos

complexidade de que nossa mente

parte significativa da vida de forma

é capaz. Daí porque as ações

semiconsciente.

puramente emocionais podem ser

Um dos fatores que causa baixa condição de lucidez é a pressão monopolizadora de nossas emoções

atitudes precipitadas, das quais vamos nos arrepender amargamente.

A O hábito reativo e pouco questionador também influi diretamente em nosso nível de lucidez”

A sociedade destes últimos

sobre o que pensamos e fazemos.

séculos supervaloriza o processo

Nossa vida emocional e instintiva

emocional e trabalha em função

como associações de ideias, uso

é ainda muito instável e nos

dele. Existe manipulação política,

da intuição, hábito de pensar com

desestabiliza frequentemente.

comercial, pessoal, através do uso das

prumo, o exercício de olhar as coisas

emoções de paixão, prazer, suspense

sob diversos ângulos, as maneiras

e excitabilidade emocional. Muitas

novas em tudo.

As pessoas tendem a manifestar suas emoções em primeiro plano, muitas vezes, desequilibradas ou instáveis. Nossas manifestações emocionais funcionam como quando se abre um dique que inunda as capacidades mentais,

vezes é este o critério de avaliação de uma obra: livro, show, filme, obra de arte: se o filme conseguiu emocionar é bom. Muitos equívocos também são

Uma das práticas que mais nos ajuda a desenvolver a lucidez é o exercício da pesquisa aplicado a nós mesmos, a auto pesquisa. Quem detém as melhores ferramentas

impossibilitando seu uso eficiente.

cometidos por profissionais de saúde

de pesquisa sobre nossa realidade

Ocorre uma obnubilação de uma

que fazem a apologia da catarse, em

íntima somos nós mesmos.

de nossas áreas mais nobres e

que o mais sadio passou a ser sempre

sofisticadas, a Mental, onde estão

SENTIR, soltar as emoções. Muitas

os atributos da atenção, memória,

vezes não se passou da catarse. Eis a

lucidez, concentração, raciocínio

pseudo-cura psicológica.

lógico e analítico, cognição entre inúmeros atributos importantes. Expressões do senso comum evidenciam o que se torna uma pessoa inundada pelas emoções: “ O indivíduo ficou uma fera ”, “ O rapaz virou bicho ”, “ Eu perdi a cabeça ”, “Fiquei louco de raiva”, “Ele ficou cego de ódio”. Na prática quando somos rotineiramente invadidos por nossos instintos e emoções, tendemos a ficar de fato “cegos mentalmente”. Sob fortes emoções perdemos nossa

Existem algumas atitudes que dificultam o exercício da lucidez: A preguiça mental é uma delas. Quando nossos recursos mentais se tornam preguiçosos, tendemos a nos tornar acomodados, conformistas. Outra atitude que alimenta a falta de lucidez é a ausência de curiosidade intelectual. O hábito reativo e pouco questionador também influi diretamente em nosso nível de lucidez. O que por outro lado fortalece

O papel do psicoterapeuta em nossa autopesquisa é essencial. Ele caminha lado a lado, operando como uma lanterna que lança luz (lucidez) sobre o que está obscuro. Sozinhos em nossa autopesquisa, tendemos a cometer equívocos porque acionamos mecanismos de defesa ou pontos cegos que nos impedem de ver de fato como funcionamos. Daí, produzimos loops que nos mantém na mesma condição. De toda forma, sós ou acompanhados, o caminho que descortina os mais amplos horizontes de ação é o estado de lucidez. O botão que acende essa luz está ao alcance de nossos dedos. Mas, é o

capacidade de raciocinar com clareza,

e desenvolve nossa condição de

atributo da vontade o que impulsiona

daí a perda do discernimento.

lucidez são práticas diárias tais

de fato a lucidez dentro de nós.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

trás do óbvio. Somados os segundos

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FUSÕES E AQUISIÇÕES

Fusões e Aquisições

C

om o real perdendo mais de 50% de seu valor ante à moeda americana (fechando às vésperas desta edição a mais de R$ 4,05), as empresas estão baratas aos grandes fundos de investimento

e investidores estratégicos globais do setor de embalagens. Todavia, a atividade por aqui diminui, fruto da crise de confiança que o nosso país atravessa – perda do grau de investimento, alta dos juros, aumento da dívida pública e, claro, o nebuloso cenário político. Lá fora, a consolidação continua a passos largos, com dois eventos dignos de nota: a fusão entre Prolamina e Ampac (nasce aí uma nova gigante de flexíveis) e a compra da Avintiv, pela Berry Plastics, uma das maiores transações do setor este ano.

Fusão entre Prolamina e Ampac cria nova gigante global de flexíveis

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

O

44

private equity sediado em Nova York, EUA – Wellspring Capital Management LLC – anunciou a criação de uma nova liderança no setor de embalagens flexíveis, com a fusão de duas companhias de seu portfólio: a Prolamina Corporation e a recém-adquirida Ampac Holdings, LLC. Os termos da transação não foram declarados. Ambas configuraram na última lista “Top 25 Convertedores de Embalagens Flexíveis 2015” da revista norte-americana Flexpack Magazine. A nova companhia, com base estabelecida em Cincinnati, Ohio, nasce com uma presença geográfica estratégica e um leque de produtos sem paralelo na indústria de conversão. A Ampac possui capabilidades de laminação, impressão rotogravura e inovações importantes em acabamentos, uma oferta totalmente complementar às capabilidades de laminação por extrusão e flexografia da Prolamina. Matthew Harrison, diretor da

Wellspring, completa: “A aquisição da Ampac e sua combinação com a Prolamina reflete a atratividade da indústria de embalagens global. Nós acreditamos no potencial crescente do setor e estamos bastante satisfeitos de ter iniciado nossos investimentos nessa área há alguns anos já e, confesso, excitados em expandir nossa presença em uma plataforma que atenderá diversos mercados”. Greg Tucker, CEO da Prolamina, assumirá o papel de CEO da nova companhia. Ele conclui: “Estou honrado em liderar a companhia com mais de 2 mil colaboradores dedicados e 16 fábricas ao redor do mundo, com qualidade e escala excepcionais para atender nossa base de clientes e prospects. Estamos engajados e comprometidos em aprimorar nossa oferta de soluções e desenvolver embalagens criativas aos clientes e às suas necessidades. Alvarez & Marsal Capital Partners

participou como investidor direto nesta fusão. William Blair atuou como advisor financeiro líder e Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison LLP, juntamente com Jones Day, no conselho legal da Wellspring. A Ampac Holdings LLC foi atendida pela Lincoln International.

www.prolamina.com

www.ampaconline.com


Transcontinental adquire Ultra Flex Packaging Corporation operacional antes de depreciação e

anunciou acordo definitivo para

amortização, apurado em seu último

aquisição da norte-americana

ano fiscal.

Ultra Flex Packaging Corp., localizada em NY. A Transcontinental pagará USD 80 milhões no fechamento, mais um adicional pré-estabelecido em contrato para alguns indicadores que serão monitorados após o início da operação. A Ultra Flex emprega

“Esta aquisição construirá, juntamente com a aquisição da Capri Packaging, em 2014, boa parte da nossa estratégia para garantir o crescimento

www.tctranscontinental.com

e a diversificação dos negócios”, disse François Olivier, presidente e CEO do grupo Transcontinental. A divisão

aproximadamente 300 funcionários

de embalagens flexíveis do grupo já

e gera USD 72 milhões em vendas

reporta vendas anuais superiores a USD

anuais, com USD 12 milhões de receita

150 milhões.

www.ultraflex.com

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

A

canadense Transcontinental

45


FUSÕES E AQUISIÇÕES

Berry Plastics Group deve adquirir AVINTIV por USD 2,45 bilhões

A

gigante global Berry Plastics e

No último período de apuração,

a também portentosa AVINTIV

a AVINTIV gerou receita de vendas na

Inc. entraram em acordo para

ordem de USD 2,1 bilhões e EBITDA de

a aquisição total da AVINTIV pela Berry

USD 303 milhões, respectivamente.

Plastics, por aproximadamente USD 2,45 bilhões em cash, livre de débito e numa base de cash livre.

“Estamos muito empolgados em receber o time da AVINTIV e acomodar as suas capabilidades na nossa organização”,

A AVINTIV é uma das maiores

afirma Jon Rich, CEO da Berry Plastics.

indústrias do mundo de filmes especiais

“A combinação destas empresas cria de

utilizados na prevenção de infecções,

imediato uma líder global de embalagens

cuidados pessoais e aplicações

plásticas voltada às especialidades,

industriais e agrícolas. Com 23 fábricas

tecnologia, materiais e força de vendas

em 14 países, ela emprega ao redor

para atender com excelência nossos

de 4.500 colaboradores e possui

clientes e o mercado”, completa.

capabilidades amplas, especialmente na extrusão. Suas unidades estão estrategicamente posicionadas e atendem muitos dos clientes da Berry, o que aponta para ganhos sinérgicos interessantíssimos, que podem chegar a superar os USD 50 milhões já no www.berryplastics.com

primeiro ano pós aquisição.

www.avintiv.com

Pedido de assinatura da ProjetoPack em Revista

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

(por favor envie por e-mail em revista@projetopack.com ou Fax, para (11) 3258-7134).  Sim, por favor faça a minha inscrição. 1 ano  R$ 90,00

2 anos  R$ 170,00

3 anos  R$250,00

 Quero pagar via depósito em conta corrente.

 Quero pagar via boleto bancário.

 Quero pagar via PagSeguro.

Data: ______________________________________

Assinatura: ______________________________________________________

Nome: Função:

Empresa:

Endereço de recebimento da revista:

46 Cidade: Fone:

Estado: E-mail:

CEP:


InterFlex Group adquire Star Packaging 2014), investindo adicionalmente

nos EUA e Reino Unido,

em capacidade com a compra de

a Interflex adquiriu a

duas novas impressoras flexográficas

totalidade das ações da Star

10 cores, três novas laminadoras,

Packaging (empresa em que já havia

duas linhas de acabamento pouch e

adquirido cotas significativas em

quatro rebobinadeiras.

www.interflexgroup.com

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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

U

ma das líderes em flexíveis

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ARTIGO

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

PANTONE: 8 coisas que provavelmente você não sabia!

48

P

rezado amigo leitor, o Catálogo

1.963, mas se transformou em uma

PANTONE® é o mais usado na

força global do design em meados

indústria gráfica mundial como

da década de 2.000, em boa parte

a “referência de cor”. Até os Minions

graças aos esforços de marketing

entraram nessa! No entanto, poucos

calculados e iniciativas. Não estamos

sabem dizer, por exemplo, quantas

falando apenas sobre a Pantone

cores possui o catálogo, como ele

Matching System (PMS); mas também

surgiu ou mesmo como funciona. E você, saberia responder a estas perguntas? A Pantone de hoje começou

é a cor do ano, a Pantone Color Institute, os hotéis Pantone, cafés da Pantone, Pantone canecas, teclados iPhone Pantone, Pantone batom, acessórios e moda Pantone e até na

como um sistema de normas gráficas

indústria do cinema (Viu o Minion

para designers profissionais em

amarelo?) a Pantone participa!


Eudes Scarpeta Possui formação superior em Planejamento Estratégico e Pós-Graduação em Administração Estratégica de Recursos Humanos. Técnico gráfico formado pelo SENAI/SP, especializado em Flexografia e Rotogravura. Atua no mercado há mais de 30 anos.

2) A cor Pantone mais usada no mundo é o Vermelho 485C; 3) No final do catálogo há um Indicador de Luminosidade D50: para quem não sabe, o indicador é usado para verificar se a luz ambiente ou de uma cabine de luz está correta para se avaliar a cor. O iluminante ideal é chamado D50 e a cor desta luz se assemelha à luz do dia. Muitas cores do catálogo podem apresentar metameria;

4) O Parlamento da Escócia debateu uma medida para definir que a Bandeira escocesa seja definida como Pantone 300. Da mesma forma, outros países como Canadá e Coreia do Sul indicam cores Pantone específicas para utilização, quando da produção de suas bandeiras. Será que os legisladores sabem que as cores Pantone podem variar ou que a ciência da cor tem hoje formas muito mais precisas de se definir uma determinada cor? Com a espectrofotometria (L*a*b*), por exemplo, que obviamente é muito mais precisa;

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

1) A Pantone foi fundada em 1962 por Lawrence Herbert, que foi o diretor da companhia. Inicialmente, Pantone era uma pequena empresa que fabricava cartões de cores para companhias de cosméticos. Rapidamente, Herbert desenvolveu o primeiro sistema de cores em 1963;

49


ARTIGO

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

K

50

5) Em outubro de 2007 a X-RITE Inc., um fabricante de espectro densitômetros e softwares para medição da cor comprou a Pantone Inc. por 180 milhões de dólares. A X-RITE por sua vez pertence a um grupo americano maior, chamado de Danaher (que apenas a título de informação, adquiriu mais de 400 empresas ao redor do mundo desde 1.984). Mais uma curiosidade é a de que a Esko, que faz uma enorme gama de softwares e detém a linha de hardware CTP “CDI flexo”, também pertence ao conglomerado; 6) Todo o catálogo é produzido a partir de 14 tintas ou cores, que são chamadas de bases e incluem

o preto. Todas são compostas por pigmentos puros, sem misturas; 7) Há várias referências do catálogo na internet, com todas cores para uma consulta rápida inclusive no celular. Acesse o link com a câmera do seu tablete ou smartphone. 8) O Catálogo Pantone inteiro possui 1.755 cores e está sempre aumentando. Nos últimos tempos, para conter mais cores e não aumentar o volume do catálogo (que está mais para um livreto), a espessura do papel foi diminuída, causando um pouco de desconforto ao manusear as páginas que, estando mais finas, rasgam ou vincam com maior facilidade.


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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

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PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

ARTIGO

52


André Kenji Engenheiro de materiais formado pela Escola de Engenharia Mackenzie, gerente de operações e P&D na WiseWaste, com mais de 15 anos de experiência de trabalho em empresas como Vitopel e Celulose Irani. Um apaixonado pelo assunto “embalagens”. akenji@wisewaste.com.br

A visão do brand owner: Redução de peso em embalagens é sustentável? sempre trabalharam com embalagens rígidas começam a

considerar embalagens flexíveis como uma opção de apelo mais sustentável. Menor quantidade de matéria-prima utilizada, conjugada a altas tecnologias de barreiras a umidade, oxigênio e etc., formatam embalagens mais inteligentes do ponto de vista de construção. Reduzir o peso de uma embalagem é importante, vide os 3Rs da sustentabilidade (Reduzir, Reciclar e Reutilizar). Gastar menos recursos em tempos de escassez faz total sentido. Alguns segmentos como a indústria

A tecnologia avançou e o formato das embalagens stand-up pouch também evoluiu. Hoje é possível trabalhar “shapes” (formatos) diferenciados, novos sistemas de fechamento e impressão, garantindo um produto mais bonito para expor nas gôndolas.”

na comunicação, enfatizando o fato de utilizar menos matéria-prima para produção de suas embalagens. Segurança é ponto fundamental para este caso também. Diferente do caso dos atomatados, Capri Sun utiliza o formato de FS (form and seal – embalagens pré-formatadas são entregues aos clientes que envasam o

de atomatados já trabalham com

produto e selam). O Sucesso do produto

embalagens flexíveis do tipo stand-

se traduz nas milhões de unidades de

up pouch (Embalagem tipo “bolsa”

Capri Sun que são vendidas pelo mundo

desenvolvida para que o produto

mensalmente.

possa ficar em pé nas gôndolas) em

A tecnologia avançou e o formato

substituição as latas de aço. Neste

das embalagens stand-up pouch

caso, produtores de molho de tomate

também evoluiu. Hoje é possível

verticalizaram o envase em suas plantas

trabalhar “shapes” (formatos)

(FFS – form, fill and seal – formatação,

diferenciados, novos sistemas de

envase e selagem num só processo) e

fechamento e impressão, garantindo

criaram embalagens parrudas, afim de

um produto mais bonito para expor

evitar potenciais vazamentos.

nas gôndolas.

Um caso de sucesso mundial de

Trabalhar uma embalagem

substituição de embalagens rígidas

mais sustentável, mais atrativa ao

(garrafas plásticas) por embalagens

consumidor e, consequentemente,

stand-up pouch, é o refresco Capri

que venda mais, agora é objetivo

Sun. Capri Sun tem uma proposta

de criação de conceitos de novos

de estar disponível ao consumidor

produtos desde sua geração. Vejam o

de formas diferentes e ainda investe

caso de SOU da Natura.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

E

mpresas que tradicionalmente

53


ARTIGO

comparado aos frascos/garrafas plásticas rígidas. Toda esta redução ajuda muito a preservar recursos, não somente em relação a consumo de matérias-primas, mas também em diminuição de custos logísticos e etc. Para Melissa Barbosa, da área de tecnologias sustentáveis da Natura, apenas reduzir peso das embalagens não é suficiente. Segundo Melissa, “As embalagens, sendo flexíveis ou não, interagem com o meio ambiente desde a sua criação até sua disposição final, seja consumindo recursos naturais, energia, lançando substâncias no ar, água e solo. Portanto, quando pensamos numa embalagem mais sustentável, é interessante considerarmos estas etapas do ciclo de vida do produto e avaliarmos como podemos minimizá-las”. Pensar em como fazer esta redução é bastante importante. Reduzir e entender o que será do resíduo após o consumo é fundamental. Para Melissa, “Não adianta reduzir tanto o peso de uma embalagem a ponto de ela comprometer a segurança do produto, danificando-o e/ou aumentando PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Tradicionalmente as embalagens

54

perdas na cadeia logística. Também

de produtos cosméticos são

é importante saber como esta

rígidas (plástico, vidro, cartão,

embalagem será coletada, tratada e

etc). Historicamente esses tipos

destinada, quando estiver no papel de

de materiais garantiam um ar mais

resíduo”

refinado aos produtos, além de serem

No passado concebíamos projetos

embalagens mais caras (adequadas

de embalagens com apenas um tipo

ao perfil dos produtos citados, com

de material (Monomaterial), pois não

mais valor agregado). Já SOU é um

havia tecnologia disponível para fazer

produto que foi desenvolvido para

diferente.

ser mais sustentável, desde o produto até sua embalagem. SOU propõe uma redução de 70% em peso da embalagem quando

Hoje temos laminações múltiplas, filmes plásticos com barreiras enormes e espessuras mínimas, e por aí vai. Porém, toda essa tecnologia


precisa conversar com o problema

ambiental foram minimizadas e como

de aumento drástico nas populações

toda a cadeia está sendo afetada.

(que consomem cada vez mais) e a

Melissa diz que “quando a solução

que ajudem a tornar a economia

consequente escassez de espaço físico.

de embalagem flexível envolve um

“mais circular” é nosso grande desafio

racional de minimizar impactos em

para o futuro.

Apenas levar em conta a aplicação das novas tecnologias para

toda a cadeia, o consumidor tem a

embalagem e pensar em como o

opção de compra de um produto mais

produto virará resíduo após consumo

comprometido”.

é suficiente para termos um sistema

Grandes empresas estão

de embalagem mais sustentável?

convergindo para uma tendência forte

No Brasil, temos índices de

gerada pelo novo comportamento do

coleta e reciclagem baixíssimos.

consumidor: a economia circular. O

Em muitos casos os expoentes de

modelo atual é linear e descartável. É

coleta de resíduos são cooperativas

preciso pensar em embalagens mais

de catadores. Pessoas à margem

inteligentes do ponto de vista de

da sociedade, com problemas de

sustentabilidade e na reintrodução

saúde e sem a menor capacitação

das embalagens pós-consumo em

para poder transformar resíduo em

forma de matéria-prima para novos

dinheiro.

produtos.

Embalagens flexíveis nas

sustentabilidade fazem

atualmente não tem valor comercial.

parte dos valores das

Trata-se de um resíduo leve (dá

grandes corporações,

mais trabalho para agregar maiores

desde a escolha das

volumes), muitas vezes multi

matérias-primas,

material (plásticos de diferentes

passando por

materiais que não se “conversam”). Para SOU, a importância de

processos mais eficientes até a escolha de fluxos

trabalhar todos os elos da cadeia é

logísticos mais

ponto chave. Trabalhar uma forma

inteligentes. No

de garantir a logística reversa desse

caso da Natura,

resíduo e garantir aplicações para

a ambição é

ela fazem parte de ações internas

tanta, que somente

tomadas pela marca.

a minimização dos impactos

A Natura comunicou como o SOU foi pensado, que etapas de impacto

Portanto pensar em embalagens

Este canal tem por objetivo discutir assuntos e não propor regras ou mandamentos, por isso teremos amigos e parceiros (todos envolvidos na cadeia) para nos ajudar a refletir um pouco mais.

A Sustentabilidade e a não

cooperativas de catadores

características, folhas de alumínio,

impactos positivos até 2050.

ambientais e sociais não é mais suficiente. A meta agora é gerar

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

A Sustentabilidade e a não sustentabilidade fazem parte dos valores das grandes corporações... No caso da Natura, a ambição é tanta, que somente a minimização dos impactos ambientais e sociais não é mais suficiente. A meta agora é gerar impactos positivos até 2050.”

55


ARTIGO

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

Um bate-papo com Luis Augusto Alcantara Machado, diretor da AM3 Feiras e Promoções e realizador da feira Label Latinoamerica

56

ProjetoPack em Revista – Temos

menos 3.500 anos, então naturalmente

visto o mercado de feiras, especialmente

elas passam e passarão por diversos

no nosso segmento, diminuir a cada

modelos para se adaptarem à realidade

dia. Estão sobrando apenas as grandes.

em que se encontram. As feiras de

Como você vê essa consolidação das

nichos, acredito sempre existirão, até

feiras gráficas? Há ainda espaço para

porque é o momento inicial de cada

feiras de nicho menores ou a tendência

uma delas, que ao crescerem podem

é que sejam absorvidas ou integradas

ser absorvidas pelas maiores, ou não.

aos grandes eventos? Luis Augusto – As feiras foram inventadas pelos fenícios há pelo

Já vimos aqui no Brasil isso acontecer e o desfecho de algumas é que foram incorporadas e sobreviveram, tornando-


Redação Equipe de Redação da ProjetoPack em Revista revista@projetopack.com

Nossa equipe ouviu as considerações do diretor da feira Label Latinoamerica (Feira e Conferência Internacional de Etiquetas Adesivas, Rótulos e Identificação de Produtos – RFID), Luis Augusto Alcantara Machado, a respeito do resultado do evento e das suas perspectivas para a próxima edição em 2017, numa entrevista exclusiva. ProjetoPack em Revista -

crescimento foi de 9%, ou seja, neste ano

outras morreram, pois se perderam no

Percebemos um fluxo razoável de

o perfil de público que aprova, compra,

contexto. Esse movimento “sanfona” é

visitantes de outras nacionalidades.

especifica ou recomenda, representou

sempre salutar para o mercado.

Existe algum evento similar para o setor

88% do público presente. A Label sempre

de labels na América do Sul ou este já

foi uma feira muito focada com poucos

ocupa o posto referencial na categoria?

curiosos, o que faz dela um sucesso e

ProjetoPack em Revista – Uma das grandes vedetes da feira foi a Etirama e o lançamento de sua parceria junto

Luis Augusto - Depois de 11 anos

à Nilpeter. Percebemos que a sineta

desde a sua primeira edição, estou

tocou bastante durante o evento. Você

muito satisfeito com o resultado desta

poderia nos dar uma ideia do volume

7ª edição. Acredito que ela passa a ser

de negócios gerado nesta edição do

daqui para frente em um referencial

evento aos expositores?

em nosso continente. Mudamos a

Luis Augusto - Os expositores são muito cautelosos em informar aos promotores o montante de suas vendas, até para não despertar nos mesmos a vontade de trazer logo o pedido para a próxima edição, mas quando ocorre um momento inesperado em que todos os que estavam com máquinas expostas acabaram se surpreendendo com as vendas, mediante o quadro econômico

data, o local e o esforço em trazer os grandes players para a feira e o apoio das entidades criaram o ambiente para que a feira se consolidasse.

uma meta a ser mantida, pois prefiro stands cheios do que corredores cheios, então o que aumentou foi a quantidade de pessoas qualificadas que voltaram a frequentar ou novos, em função do aumento significativo do número de expositores representativos do segmento. ProjetoPack em Revista – Quais os planos para a Label Latinoamerica 2017? Luis Augusto – Complementando

O promotor não consegue fazer

uma pergunta anterior, nosso esforço

a divulgação por completo sem o

será trazer outros segmentos que

apoio dos próprios expositores e isso

não foram tão representativos nesta

também foi fundamental para que

edição, bem como também reforçar

tivéssemos a participação do público

nossa divulgação internacional,

de diversos países.

principalmente no continente Sul

ProjetoPack em Revista – Qual foi

em que nos encontramos, ficou

o perfil de público, em termos de poder

evidente o sorriso no rosto de todos

de decisão nas empresas, que frequentou

eles. Estimar um número é muito

esta edição do evento? Há algum

arriscado, de difícil comprovação,

comportamento ou tendência que se

mas conhecendo um pouco os

pôde verificar desta edição para a anterior,

valores dos equipamentos expostos

com relação ao perfil destes visitantes?

Americano, tanto de expositores como para atrais mais visitantes. A ProjetoPack em Revista foi media partner do evento. Você acompanha a contagem regressiva para a próxima edição da Label Latinoamerica no site

e as informações que circularam na

Luis Augusto – Tivemos um

feira, posso dar um palpite de que o

crescimento de público de mais de

br e as informações das edições

montante foi da ordem de pelo menos

200% com relação à edição anterior,

anteriores.

R$ 30 milhões.

mas em termos de poder de decisão o

www.labellatinoamerica.com.

PROJETOPACK • Ano IX - Edição 51 - Set/Out 2015

se um setor dentro delas enquanto

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