ProjetoPack em revista Ed. 61

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TECNOLOGIA, DESIGN, GESTÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS, RÓTULOS E IMPRESSÃO

ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES Panorama geral e tendências

Apple e cilindros anilox - Pág. 32


A DIFERENÇA ESTA NOS DETALHES • Sistema para troca rápida de camisa porta clichê e camisa Anilox.

• Sistema a Laser para alinhamento das bobinas.

• Sistema “gearless” sem engrenagem com o motor montado no eixo do cilindro central.

• Sistema de troca simultânea automática com controle da emenda.

• CNC para posicionar o grupo impressor com motores de encoder absoluto. • Estrutura do grupo impressor em chapa de aço laminado e revestida com chapa de aço inox. • Mancais de impressão c/ duplo fuso de esfera e dupla guia linear.

• Dispositivos elétricos e eletrônicos montados em um container climatizado. • Unidade Central de água para controle da temperatura do tambor central, motor principal e das calandras. • Sistema de vídeo inspeção com auto registro.

• Ajuste de pressão progressiva.

• Sistema de autolimpeza totalmente automático com viscosímetro automático acoplado.

• “POWEROFFSET” – Registro de cores com ajuste de pressão nos clichês com a impressora parada.

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/// SUMĂ RIO

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 3


/// Editorial

Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15

Nesta segunda edição “especial” de 2017, tecemos um panorama geral sobre o insumo mais importante da impressão gráfica (e também o mais polêmico): a tinta. E, claro, ao nos referirmos aos sistemas convencionais a base de solvente, de certo o incluiremos também.

anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica

O fato é que muita inovação tem surgido. E é muito difícil a um convertedor acompanhar todos os avanços mais recentes em tintas base solvente, água, curáveis por ultravioleta, feixe de elétrons, nanotintas, tintas eco sustentáveis e assim por diante.

e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

Anuncie na ProjetoPack em Revista A ProjetoPack em Revista é uma publicação especializada no mercado de conversão e impressão de embalagens

Encaramos o desafio mais uma vez, portanto, de compilar os principais vetores deste insumo tão relevante, com a maior abrangência e tecnicidade quanto nos foi possível – sem, contudo, apresentarmos algo por demais acadêmico. São insights que orientarão você, estimado leitor, a procurar informação em maior profundidade junto aos vossos fornecedores. Agradeço especialmente a dois bons amigos: Wilton (Tupahue) e Gilberto (Verti), pela gentil atenção em corrigir-me e sugerir alguns pontos chave para o artigo. Temos ainda um artigo que discorre a respeito de uma inovação na maneira de medir e controlar a capacidade volumétrica e as condições dos cilindros e camisas anilox, utilizando como medidor um aplicativo instalável em iPhone.

flexíveis, etiquetas e rótulos, a mais respeitável revista técnica do segmento no país. Acesse o código QR e solicite nosso Mídia Kit!

Como prometido na edição anterior – ProjetoPack em Revista Especial: Pré-impressão e Clicheria – iniciamos a publicar, na íntegra, os artigos que nos foram enviados e que compuseram o painel tecnológico da matéria principal. Por ordem de recebimento, trouxemos o artigo de Paulo Brunatti, supervisor gráfico na Zaraplast, no qual nos conta um pouco e com base em seus longos anos de experiência à frente do departamento, algumas das vantagens de se ter uma verticalização da clicheria ou bureau de cilindros. Como sempre, a edição está recheada com informação técnica exclusiva. Esperamos que, ao fim destas 60 páginas (impressas ou em formato digital, disponível em nosso site), o leitor tenha uma visão bem mais rica e atualizada sobre tintas e solventes do que antes de ter iniciado sua leitura. Até a próxima edição!

+55 11 3258-7134 revista@projetopack.com

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/// SUMÁRIO

EXPEDIENTE Editor Aislan Baer Diretor de conteúdo Prof.° Lorenzo Baer Gerente de marketing Douglas T. Pereira

08 /// CAPA

8-31

32 /// ARTIGO TÉCNICO

ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES PARTE 1 - AS TINTAS Desde os primórdios da espécie humana, aprendemos a extrair dos elementos disponíveis no meio-ambiente – rochas, sedimentos, plantas, frutos, raízes e sementes (até mesmo de animais) – substancias corantes...

32-37 APPLE E CILINDROS ANILOX A novidade fica por conta de um novo APP, disponível na AppleStore, que nos permite medir o volume celular dos Anilox... 38-51 ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES PARTE 2 - OS SOLVENTES A única novidade relevante nos últimos anos no Mercado de Impressão no que concerne aos solventes de diluição foi a introdução da mistura propílica... 52-55 A IMPORTÂNCIA DA PRÉ-IMPRESSÃO Nos dias atuais, muitos empresários do ramo gráfico ainda se perguntam: É melhor montar um setor interno de pré-impressão ou simplesmente terceirizá-lo? 56-57 ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES PARTE 3 - OS SEGREDOS DAS EMPRESAS NACIONAIS O mercado nacional, além de ser atendido pelas grandes empresas multinacionais de tintas anteriormente citadas, possui inúmeras opções de empresas genuinamente brasileiras. 58

A TRÍADE DA EFICIÊNCIA Atualmente as indústrias de plásticos, possuem deficiências em treinar, avaliar, monitorar, gerenciar, promover ou substituir colaboradores de forma ágil e sem gerar grande impacto...

6 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

Gerente de contas Caio Demare Deise Moraes Roberto Lemes Marcelo Santos Projeto Gráfico e gestão de mídias sociais Agência Convertty Revisão dos textos Ricardo Teodoro Alves C

Comitê editorial Andrê Gazineu André Kenji Prof.° Antônio Cabral Prof.° Bruno Cialone Débora Higino Sodré Eudes Scarpeta Francisco dos Santos Joaquim Morais Liliana Rubio Prof.° Lincoln Seragini Marco Marcelino Nestor Pires Filho Rafael Melo Pedreira Wagner Delarovera Wilson Paduan Wilson Ramos Júnior Contratos de publicidade e assinaturas Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação, contate-nos: E-mail: revista@projetopack.com Fone: (11) 3258-7134 Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização da reprodução, contatar a publicação por e-mail em atendimento@ projetopack.com. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.

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/// SUMĂ RIO

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/// ARTIGO DE CAPA

ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES - PARTE 1

AS TINTAS D

esde os primórdios da espécie humana, aprendemos a extrair dos elementos disponíveis no meio-ambiente – rochas, sedimentos, plantas, frutos, raízes e sementes (até mesmo de animais) – substancias corantes que nos permitiram, de forma rudimentar e indelével, impressionar as paredes das cavernas com lampejos da nossa história. Talvez estas primeiras tintas tenham sido uma descoberta tão importante quanto a própria invenção da escrita, do papel e dos tipos móveis, permitindo aos nossos ancestrais dar seu primeiro passo cognitivo para o desenvolvimento da linguagem.

Desde então, esses corantes tornaram-se uma indústria poderosa e multibilionária, precisamente porque nós humanos aprendemos, munidos de uma tecnologia cada vez mais avançada, a extrair das diversas matérias-primas existentes uma infinidade de novas substâncias, líquidas ou pastosas, dotadas da capacidade de atribuir o que designamos como sendo “cor” às mais variadas superfícies. Um dos setores que mais consome tintas é o nosso segmento gráfico. Tintas para a impressão offset, rotogravura, flexografia, serigrafia, tipografia, jato-de-tinta e outros tantos processos digitais e analógicos existentes são utilizadas na confecção de rótulos, etiquetas, embalagens, displays e peças de apoio, livros, revistas, jornais, impressos comerciais,

8 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

peças de comunicação visual e tantos outros materiais. A indústria de tintas gráficas em 2016 superou os 17 bilhões de dólares de faturamento em todo o mundo, segundo dados divulgados pela P&S Market Research (uma consultoria de mercado especializada neste setor). Quanto mais sofisticada a tecnologia de impressão, maior o desafio aos profissionais gráficos acompanhar a evolução das tintas e solventes ou mesmo compreender os prós e contras na adoção de um sistema ou outro. Base água, solvente, óleo, ultravioleta convencional ou LED, cura por feixe de elétrons, nanotecnologia, grafeno, solventes convencionais ou propílicos e tantos outros temas é o que pretendemos cobrir nesta edição especial sobre tintas e solventes, direcionando a abordagem, evidentemente, ao setor de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos.


/// ARTIGO DE CAPA Aislan Baer Editor Chefe Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é diretor técnico adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

Fusões e aquisições Como todo setor da indústria ligado ao ramo gráfico, tintas também é um mercado que está, pouco a pouco, se consolidando mundialmente. A bem da verdade, desde o final do último quadrimestre de 2015 até o presente instante, houve quase vinte aquisições – desde as de menor porte até as grandiosas, tais como a aqui-

sição total da American Inks & Coatings (oitava maior indústria de tintas gráficas dos Estados Unidos) e Xeikon (segundo maior fornecedor de sistemas digitais para banda estreita do mundo) – ambas pela Flint Group. A propósito, a Flint Group tem sido a empresa mais ativa no que concerne às aquisições setoriais. (Tabela 1)

Tabela 1: Fusões e aquisições globais em tintas Data

Empresa adquirida

Empresa adquirente

Mercados-chave

Out/2015

JK Group

Dover Corporation

Tinta inkjet para tecidos

Nov/2015

Xeikon

Flint Group

Impressoras digitais e toners

Dez/2015

Dyo Printing Inks

Toyo Ink Group

Todos os tipos de tintas

Dez/2015

Colmar

Sun Chemical

Tintas líquidas

Jan/2016

Creative Tintas

Sakata INX

Tintas roto e flexo

Jan/2016

GFI

SICPA

Tintas para impressão de segurança

Fev/2016

Advanced Color Systems

Flint Group

Tintas para embalagens

Fev/2016

Siegwerk

Flint Group

Divisão de offset rotativa e para jornais

Mar/2016

Actega Colorchemie

Siegwerk

Tintas base água

Mai/2016

American Inks & Coatings

Flint Group

Tintas para embalagens

Jul/2016

Engineering Printing

Xaar

Tintas inkjet

Jul/2016

Collins Inkjet

Kao Corporation

Tintas inkjet

Jul/2016

Chimigraf Holdings

Kao Corporation

Tintas inkjet e flexográficas

Jul/2016

Druckfarben

Flint Group

Tintas offset plana

Ago/2016

Flint Group

Sun Chemical

Divisão europeia de tintas roto editorial

Set/2016

Ink Mill

Avery Dennison

Tintas inkjet

Out/2016

Printec

Flint Group

Tintas roto e flexo

Out/2016

Gwent Electronic

Sun Chemical

Tintas condutivas

Fev/2017

Landa (Metallography)

Actega

Acabamentos especiais

Mar/2017

Hi-Tech Products

Siegwerk

Tintas base água

Abr/2017

Alden & Ott

Huber Group

Todos os tipos de tintas

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 9


/// ARTIGO DE CAPA

almente (dados oficialmente divulgados ou estimados pelo portal Ink World). É importante salientar que a receita anual apresentada se refere somente ao negócio “tintas de impressão” em seus respectivos portfólios. A Sun Chemical, um grupo com faturamento anual na ordem de USD 6,83 bilhões, por exemplo, têm mais de USD 3,5 bilhões de sua receita total na venda de pigmentos e outros revestimentos que não relacionados à impressão. (tabela 2)

Cada passo dado por uma das grandes companhias de tintas visa, além do objetivo de angariar maiores ganhos com economias de escala e escopo, um ou mais componentes estratégicos – tais como a presença em determinados mercados, ampliação do leque de produtos ofertados, elevação das margens com produtos de maior valor agregado, hedge cambial (de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, o Euro caiu 10% em relação ao dólar, por exemplo), aquisição de tecnologia e acesso barato a determinadas matérias-primas, eminentemente resinas e pigmentos. Analistas preveem que neste ano ainda ocorrerá uma maior concentração de mercado, principalmente na área de tintas para impressão digital. A seguir, listamos as maiores empresas de tintas do mundo atu-

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É notório que a maioria das companhias globais de tintas está no eixo Eurasiano, principalmente no Japão e Alemanha. Além da excelência industrial destes países, está o fato de que a maior parte das matérias-primas necessárias à fabricação das tintas de impressão está na China, Índia ou Japão. As pressões geopolíticas têm, portanto, grande relevância na flutuação dos preços das tintas. O aumento do protecionismo em diversos países e o menor impacto ambiental exigido por diversos países para com a China são só dois dos inúmeros aspectos diretamente relacionados à elevação de preços. No Brasil, a concentração dos fabricantes de tintas de impressão tem se dado mais pela “seleção natural” das operações mais eficientes do que propriamente por processos de fusão ou aquisição. Com exceção das multinacionais, poucas empresas genuinamente brasileiras têm resistido à crise econômica, deterioração dos


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

Tabela 2: As maiores empresas globais de tintas de impressão #

Empresa

Origem

Receita anual

Número de colaboradores

1

DIC/Sun Chemical

Japão

USD 4,59 bi

Aprox. 20.000

2

Flint Group

Luxemburgo

USD 2,40 bi

Aprox. 7.900

3

Toyo Ink

Japão

USD 1,26 bi

8.116

4

Sakata INX

Japão

USD 1,23 bi

3.877

5

Siegwerk Group

Alemanha

USD 1,22 bi

Aprox. 5.000

6

Huber Group

Alemanha

USD 925 mi

Aprox. 3.600

7

T&K Toka

Japão

USD 460 mi

1.600

8

Tokyo Printing Ink

Japão

USD 440 mi

680

9

Fujifilm North America

Japão

USD 400 mi

Aprox. 1.250

10

SICPA

Suíça

USD 400 mi

Aprox. 3.000

11

ALTANA AG

Alemanha

USD 300 mi

6.096

12

Dainichiseika Color

Japão

USD 236 mi

Aprox. 3.500

13

Yip’s Chemical Holdings

Hong Kong

USD 193 mi

1.000

14

Epple Druckfarben

Alemanha

USD 185 mi

228

15

Wikoff Color

EUA

USD 180 mi

473

16

Royal Dutch Van Son

Holanda

USD 130 mi

Aprox. 275

17

Sanchez SA de CV

México

USD 111 mi

1.150

18

Marabu GmbH & Co. KG

Alemanha

USD 100 mi

500

19

XinXiang Wende Xiangchuan

China

USD 100 mi

Aprox. 250

20

Zeller+Gmelin

Alemanha

USD 100 mi

900

21

Daihan Ink

Coréia do Sul

USD 85 mi

200

22

Letong Chemical

China

USD 70 mi

Aprox. 500

23

Bordeaux Digital PrintInk Ltd.

Israel

USD 60 mi

Desconhecido

24

RUCO Druckfarben

Alemanha

USD 40 mi

165

12 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

“Com exceção das multinacionais, poucas empresas genuinamente brasileiras têm resistido à crise econômica, deterioração dos preços e aos calotes milionários de convertedores em processos de recuperação judicial ou concordatas.” ­ reços e, principalmente, aos cap lotes milionários de convertedores em processos de concordata ou recuperação judicial. Falaremos delas mais adiante.

impressão digital. Outras áreas incluem o desenvolvimento de tintas para impressão funcional (painéis solares, baterias, etiquetas de rádio frequência etc.).

Tendências do mercado

Tinta sem dúvida tem o mais importante papel em qualquer processo de impressão. E como tal, deve atender e antecipar-se às necessidades tanto dos seus clientes impressores, quanto dos criativos (designers), donos das marcas e os próprios usuários das embalagens. Estes quatro grupos de consumidores é que direcionam as inovações em tintas de impressão.

Em linhas gerais, as receitas anuais de tintas para offset e rotogravura vem declinando ano após ano, enquanto os da flexografia e principalmente, os sistemas digitais vem crescendo vertiginosamente. Precisamente por este motivo, a maioria das empresas tem realizado incursões no mundo da

Gerenciamento de cores das marcas Os donos das marcas, por exemplo, preocupam-se com o gerenciamento das cores de suas embalagens, rótulos e demais materiais impressos. Empresas como a Coca-Cola, Unilever, P&G, J&J, Ambev etc. precisam assegurar que a sua identidade de marca seja reproduzida com fidelidade em todos os produtos, por qualquer fornecedor, em qualquer lugar do mundo e a todo momento. Por este motivo, conforme visto na edição anterior da ProjetoPack em Revista (especial pré-impressão e clicheria), em 14 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

pouco tempo proliferaram companhias especializadas na gestão de marcas, tais como a Schawk, SGS, Trident e Diadeis. Iniciativas como o PantoneLIVE, um serviço de digitalização e endereçamento de cores das marcas em um ambiente de computação na nuvem vem ganhando mais força a cada dia. Ninguém discute que o catálogo Pantone é a principal referência em cores. No entanto, padrões e normas distintos, limitações dos substratos e até mesmo diferenças sutis na impressão dos próprios catálogos é algo que dificulta muito o processo de padronização em escala global. A PantoneLIVE usa a tecnologia CxF (Color Exchange Format) para associar todos os metadados de cores que necessitam ser compartilhadas entre os diversos agentes da cadeia de impressão, com medições espectrais previamente verificadas, cadastradas e validadas junto a fabricantes de tintas (atualmente Sun Chemical, INX, Flint Group e Toyo são os fabricantes acreditados no sistema).

A iniciativa PantoneLIVE já está caminhando também em fabricantes de impressoras roto e flexo, a exemplo da alemã Windmöller & Hölscher, que vem integrando o seu sistema automático de controle de viscosidade e ajuste automático de tintas e cores EASY COL™, para que este possa acessar remotamente as livrarias PantoneLIVE e, com isso, reduzir a zero (meta deste trabalho) o tempo de ajuste das cores especiais.

Proteção das marcas A falsificação de produtos é quase uma “pandemia”. Põe em risco a saúde humana (e animal) ao apresentar medicamentos, alimentos e bebidas de qualidade inferior, além de se apropriar de uma parcela expressiva da receita de vendas dos produtos originais sem pagar impostos. Algumas indústrias são particularmente vulneráveis à cópia ilegal, dentre as quais peças automotivas, aparelhos eletroeletrônicos, bebidas alcóolicas, fármacos controlados, cigarros, vestuário, brinquedos, games e acessórios de moda, tais como bolsas e óculos escuros. Apenas para se ter uma ideia do tamanho do problema que é a pirataria, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou em sua mais recente pesquisa que aproximadamente 30% dos medicamentos vendidos no mundo são falsificados. As tintas têm um papel fundamental como agente inibidor de falsificação. Existem basica-

16 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017


/// ARTIGO DE CAPA

ProjetoPack em Revista - Ano XI - - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 17


/// ARTIGO DE CAPA

tos”, microchips, microtextos etc., as tintas especialmente desenvolvidas para a segurança e proteção das marcas constituem-se numa ferramenta essencial para a sobrevivência das empresas. É possível que empresas fabricantes de tintas e vernizes anti-falsificação sejam impactadas, a médio e longo prazo, pela disseminação das criptomoedas (moedas digitais como o BitCoin) e utilização de smartphones como meios para pagamento, acesso e intercambio de dados de identidade. Em contrapartida, há uma necessidade crescente de garantir a autenticidade de embalagens, principalmente com o aumento do bioterrorismo.

Proteção ao meio-ambiente

mente duas tecnologias principais em tintas de impressão para combater a falsificação: 1. Tintas invisíveis a olho nu, que podem ser evidenciadas em um determinado comprimento de onda; 2. Tintas que modificam o seu estado original, alterando por exemplo a sua cor quando exposta a um determinado range de temperatura ou em contato com algum elemento específico; Associados a outros elementos de combate à falsificação tais como a holografia, imagens e textos “ocul18 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

Entende-se por migração, a liberação para a atmosfera ou para o produto, de certos elementos químicos presentes nas tintas, solventes, adesivos e outros materiais usados na fabricação de embalagens, etiquetas e rótulos. A migração pode ser física (penetração ou contato indireto) ou em estado gasoso (evaporação ou condensação). Cada vez mais, os donos das marcas preocupam-se (e sofrem pressão das autoridades) acerca da migração que, quando parte do impresso para o produto, pode afetar as propriedades organolépticas de alimentos, bebidas e medicamentos, pondo até mesmo em alguns casos bastante raros, a saúde do consumidor em risco. Quando a migração


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/// ARTIGO DE CAPA

Vanguarda no fornecimento de Tintas e Solventes Propílicos

TINTAS: Atendimento personalizado Alta concentração de pigmentos Assistência técnica especializada SOLVENTES: Qualidade com economia Aumento da velocidade de impressão Diminuição de paradas de máquinas

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/// ARTIGO DE CAPA

“Certos componentes das tintas e solventes são permitidos em países com legislação mais amena e proibidos em outros, mais criteriosos”

parte do impresso para o meio-ambiente, também afeta a saúde dos seres vivos e do planeta. Todo o grande fabricante de tintas tem investido recursos no desenvolvimento de produtos com baixa migração para atender a demanda dos seus clientes e consumidores. Já existem inclusive, tintas isentas de emissões de componentes orgânicos voláteis (chamados de VOC-free). Com clientes mais exigentes e pressionados por uma legislação cada vez mais restritiva e heterogênea, o resultado final é uma balbúrdia nas chamadas listas restritivas. Certos componentes das tintas e solventes são, portanto, permitidos em alguns países de legislação mais amena e proibidos ou restringidos em outros mais criteriosos – o que dificulta bastante o gerenciamento das fórmulas aos fabricantes de tintas, particularmente no atendimento das grandes contas globais.

origem europeia, mas com subsidiárias em território nacional, acabam exigindo a mesma receita aos fabricantes locais ou acabam permitindo o uso do produto em suas tintas por aqui. A confusão gera, no mínimo, perda de tempo e dinheiro no gerenciamento do problema. Outro efeito colateral é que este controle mais rígido de migração e VOC’s impulsiona o mercado à adoção de sistemas de tintas aquosos ou curáveis por ultravioleta e feixe de elétrons. É importante que se diga que o tema “migração” ainda não possui um entendimento profundo, normatizado e uniforme pelo mercado mundial de impressão e embalagens. No que concerne à possibilidade de migração de componentes para o produto, há entre a película filmogênica das tintas e o material embalado ou envasado, um substrato ou acoplamento de substratos (filmes, papéis ou folha de alumínio) com função de barreira. Cabe ao convertedor definir uma condição ótima de estrutura de embalagem que coíba a migração, de acordo não só com o conteúdo e características do produto a proteger, mas também da natureza do sistema de tintas, adesivos, aditivos e substratos empregados.

Baixo consumo de energia Somente para exemplificar, um tênue traço de um isômero específico, presente no solvente Dowanol™ PM, co-solvente bastante utilizado em thinners para impressão no Brasil e Estados Unidos, é proibido na Europa. Impressores de 20 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

A tinta ultravioleta cura instantaneamente, assim que é exposta à energia U.V. O consumo energético para promover esta cura, no entanto, é elevado. Ao reduzir a demanda energética de cura das


/// ARTIGO DE CAPA

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Inventor alemão, Johannes Gutenberg desenvolveu um método inovador de tipo móvel e utilizou-o para criar um dos primeiros grandes livros impressos do mundo ocidental, a Bíblia de Gutenberg (B-42). Fonte: Biography.com

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ProjetoPack em Revista - Ano XI - - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 21


/// ARTIGO DE CAPA

“Quanto maior o número de linhas de tinta em um cliente, maior será o custo associado ao retorno de máquina e recuperação destas tintas retornadas.“

A tecnologia de cura U.V. LED, além do benefício direto advindo da economia na conta de energia elétrica, faz com que se imprima muito mais rapidamente, tendo em vista que em muitos dos casos, a eficiência da cura é o limitante da velocidade na impressora. Há ainda aspectos de segurança ao operador (como a não exposição aos perigosos raios UVB e UVC), a não geração de ozônio no processo (elemento que, dentre outros malefícios, degrada o equipamento e as chapas de fotopolímero) e o aumento da vida útil das estações de cura.

Racionalização de produtos Quanto maior o número de linhas de tintas em um cliente, maior será o custo associado ao retorno de máquina e recuperação destas tintas retornadas para a produção. Por este motivo, as indústrias de tintas vêm, ano a ano, trabalhando no aperfeiçoamento de seus produtos para um sistema único, de excelente performance. Estação de cura UV-LED em funcionamento

tintas U.V., os fabricantes contribuem não apenas para uma redução de custos significativa nos seus clientes impressores, mas também melhoram outros fatores importantes como eventuais problemas de contração dos materiais por excesso de calor (tais problemas são eliminados) e de cunho ambiental (redução de CO2, por exemplo). O mesmo princípio dá-se com as tintas curáveis por feixe de elétrons (Electron Beam ou simplesmente, E.B.). 22 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

Alguns desafios, no entanto, estão sendo superados somente agora, com a evolução tecnológica das resinas, associada a um melhor entendimento dos solventes ou mistura de solventes utilizados para a diluição destas tintas. Apenas para exemplificar, há bem pouco tempo não se conseguia unificar uma linha de tinta para a impressão de embalagens flexíveis “normais” e as aplicações de retort (embalagens cujas tintas serão submetidas a temperaturas


/// ARTIGO DE CAPA

muito elevadas, a partir de 130°C). Historicamente, as tintas convencionais, quase sempre a base de resinas poliuretânicas, conviveu com uma outra família de resinas base PVC para estas aplicações de elevada resistência térmica (como as embalagens estáveis em prateleira, que dispensam a cadeia do frio).

gestão do thinner para os impressores – mas com vistas ao aumento da eficiência das taxas de recuperação, às empresas que dispõe de sistemas de reaproveitamento destes solventes.

A busca pela simplificação das fórmulas, quantidade de cores e bases de formulação espelha também uma tendência da área de impressão (principalmente a rotogravura e flexografia em banda larga) de automatizar mais os processos de preparação e ajuste de tintas e cores, desde a casa de tintas até a máquina impressora, algo que na maioria dos casos ainda é bastante manual e dependente da habilidade individual de coloristas e preparadores.

Outra problemática ligada às tintas diz respeito à degradação parcial dos pigmentos em algumas condições específicas do processo de impressão – por exemplo, o amarelamento ou acinzentamento do branco, após receber a metalização à vácuo em embalagens para café – e a consequente baixa da força de laminação na referida estrutura.

Na impressão em banda larga, há em muitas das vezes convertedores que reúnem as capabilidades de flexografia e rotogravura numa mesma planta industrial – isso também tem levado fabricantes de tintas a desenvolver linhas bivalentes, que podem ser aplicadas com alguma aditivação e solvente específicos aos dois sistemas de impressão. Falando ainda em complexidade, esta nova geração de tintas tem sido desenvolvida desde o início buscando uma dissolução em sistemas solventes também simplificados (em rotogravura, idealmente sistema mono solvente) - não só visando a melhoria na

Tintas isentas de nitrocelulose (NC free)

A tinta base NC também não é recomendada para embalagens que serão submetidas a processos de esterilização e pasteurização, em virtude da limitada termo estabilidade da nitrocelulose. Os primeiros sistemas alternativos às tin-

À esquerda, fábrica realizando a montagem de moinhos convencionais; à direita, moinhos para nanotinta

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/// ARTIGO DE CAPA

tas nitrocelulósicas foram de base PVC, mas há uma exigência cada vez maior para a erradicação da clorina por motivos ligados à saúde (diversos estudos científicos relatam que a clorina é carcinogênica). Estas restrições impeliram as indústrias de tintas a desenvolver outras linhas baseadas inteiramente em resinas polieuretânicas ou de base PVB (polivinilbutiral). É importante salientar que estas tintas tem um nicho limitado de aplicação no momento, dada uma série de efeitos colaterais como a printabilidade inferior, especialmente em flexografia e, não menos importante, o preço significativamente elevado em relação às tradicionais resinas nitrocelulósicas puras ou modificadas.

Nanotecnologia aplicada às tintas Quem foi à última Drupa e pôde pessoalmente ver a palestra do brilhante Benny Landa, CEO da Landa (ex-CEO e inventor da tecnologia digital Índigo, adquirida pela HP), ouviu diversas vezes que a base da nanografia, processo proprietário de impressão que intenta ocupar uma fatia do mercado de impressão digital nos próximos anos, é a nanotecnologia. O conceito básico de levar o tamanho das partículas de pigmento a uma escala ínfima, nanométrica, é de que certas propriedades tradicionais como cor, brilho, poder tintorial, printabilidade, viscosidade e alastramento seriam significativamente melhoradas. É claro que para tudo, há prós e contras e esta tecnologia de miniaturização dos pigmentos também ocupará um determinado nicho de aplicações. Nicho este que pode ser ampliado, quando além da nanoestrutura, são adicionados nanomateriais funcionais ((nanoprata, nanocarbono, nanoargila, grafeno etc.) que agregam novas propriedades técnicas específicas às tintas, usadas por exemplo, em materiais de eletrônica impressa.

Tintas de alta performance para as altíssimas velocidades As impressoras, em todos os sistemas e processos de impressão, estão cada vez mais velozes.

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/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

impressão e outras variáveis inter-relacionadas, tais como o thinner, clichê e substrato. Todos querem, mas poucos conseguem uma tinta de alta performance equilibrada e a custos competitivos.

Acabamentos especiais

Isso leva ao desenvolvimento de linhas de tintas aptas a manter a boa printabilidade mesmo em face destas condições adversas. Quanto maior a velocidade do equipamento, menor o tempo de transferência da tinta do clichê ou cilindro para o substrato e pior a sua resolubilidade. E com um agravante: normalmente os clientes impressores que podem imprimir a tais velocidades – acima de 400 ou 500 metros por minuto, possuem máquinas diferenciadas e estão orientados a produzir trabalhos de altas lineaturas, o que cria ainda mais dificuldade para o insumo tinta. As tintas de alta performance são, de fato, uma combinação inteligente de matérias-primas, processos de fabricação e controle de qualidade, somado a um amplo conhecimento por parte do fabricante de tintas em relação ao processo de 26 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

Uma frase comum aos fabricantes de tintas e aos próprios convertedores é “agregar valor” aos produtos. Uma forma relativamente fácil de se fazer isso é com vernizes e tintas “de efeito”. Produtos que atribuem texturas, aromas e reflexos, evocando sensações ao consumidor final da embalagem. Normalmente, estes produtos são impressos em condições especiais, demandando películas mais espessas do que as tintas convencionais, controles precisos acerca da viscosidade, temperatura e secagem na aplicação.

Tintas curáveis por UV, HUV (High Efficiency), UV LED e EB A cada ano, a tecnologia de tintas curáveis vem sendo aperfeiçoada e ocupa uma fatia cada vez maior no mercado, graças a sua eficiência energética, sustentabilidade (VOC free), alta qualidade e ampla gama de aplicações. Problemas antigos como o amarelamento e o cracking (quebra ou textura indesejável da película impressa) foram completamente suplantados. O surgimento de sistemas UV curáveis com iluminação LED (Light Emitting Diode) trouxe aos


/// ARTIGO DE CAPA

impressores de rótulos e etiquetas uma fonte confiável de tintas plenamente curáveis, mesmo em altas velocidades de impressão. Por ser um sistema “frio”, o UV LED possibilita a produção de lotes pequenos de embalagens flexíveis e rótulos termoencolhíveis, sem grande dificuldade.

“A Nestlé determinou que suas embalagens sejam isentas de BPA e muitos donos de marcas acompanharam o movimento”

Assim que empresas de banda estreita e média passaram a imprimir embalagens flexíveis, deram boas-vindas à pressão regulatória do governo e donos das marcas para o controle de migração dos componentes das tintas em alimentos. No entanto, o risco migratório é bastante reduzido em sistemas curáveis UV LED e EB. Fabricar tintas curáveis de baixa migração é uma tarefa complicada. A cada dia que passa, a lista de foto iniciadores permitidos para embalagens alimentícias encolhe. A Nestlé, por exemplo, determinou que as suas embalagens sejam isentas de BPA (Bisphenol A). Muitos donos de marcas acompanharam o seu movimento. Diversos químicos utilizados na fabricação de tintas curáveis (mesmo as de baixa migração) contém pequenas concentrações de BPA. Em muitos dos casos, mesmo ao se usar tintas de baixa migração, ainda há contaminação do tipo NIAS, uma sigla inglesa para “substância adicionada não intencionalmente” (Not Intentionally Added Substance). Em nossas experiências de consultoria, presenciamos traços de contaminação oriundos até mesmo do tipo de lubrificante utilizado para reduzir o atrito mecânico nas engrena-

Impressora flexográfica imprimindo com tinta UV-LED

gens da impressora ou do produto utilizado para realizar a limpeza de cilindros anilox. Esta dificuldade abriu uma janela para a tecnologia por feixe de elétrons, onde a cura ocorre em uma câmera inerte por atmosfera de nitrogênio, propiciando uma condição mais segura à impressão de embalagens alimentícias. Como o sistema não requer fotoiniciador, também se elimina mais um risco de migração no processo, de forma geral. ProjetoPack em Revista - Ano XI - - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 27


/// ARTIGO DE CAPA

Como toda tecnologia, a cura por feixe de elétrons também traz suas desvantagens técnicas tais como a alteração de cor e odor em determinados substratos, o alto investimento de aquisição e até mesmo o risco de quebra parcial das cadeias moleculares de alguns substratos, quando expostos à radiação eletrônica. Estes problemas, evidentemente, estão sendo estudados e aperfeiçoados pela indústria. A escassez de determinados monômeros e oligômeros e a concentração do mercado criam alguma instabilidade de preços em relação aos demais sistemas de tinta, o que apesar de não ser algo impeditivo para o crescimento da sua participação, mas é digno de menção nesta breve apresentação sinóptica do estado atual das tintas curáveis.

Tintas oriundas de matérias-primas renováveis (eco-friendly inks) Uma das maiores tendências mundiais do mercado de embalagens é a produção de materiais com a maior quantidade possível de matérias-primas provenientes de fontes renováveis. No caso de substratos, os chamados bio polímeros são sintetizados a partir de produtos como a cana-de-açúcar (o chamado polietileno verde), por exemplo. Há um aumento gradual pela busca de tintas com este mesmo conceito eco sustentável. Livres de glicóis, silicones, metais pesados, VOC’s e outras substâncias, as tintas “verdes” são formuladas a partir de elementos naturais como a soja (uma das soluções mais conhecidas), amido, açúcares, dextrina, resinas de árvores e plantas, celulose e outros polissacarídeos. Ceras naturais substituem as sintéticas e óleos também naturais são empregados como antiespumantes no lugar de óleos minerais e silicones. Até onde se sabe, as soluções disponíveis atualmente no mercado conseguiram diminuir em até 80% das matérias-primas sintéticas não-renováveis de sua formulação, mas não as eliminar por completo. A escala ainda muito reduzida de produção torna a maioria destas soluções onerosas, e ainda há, assim como nos filmes a base de bio polímeros, divergências

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/// ARTIGO DE CAPA

metodológicas para quantificar o quão “verde” é a solução, mas como na maioria das inovações, há um caminho a trilhar, arenoso, mas transitável, desde que com cautela redobrada.

UV baixo odor Um dos fatores que mais causou atrasos até hoje, na adoção das tintas curáveis por ultravioleta foi o seu odor forte característico. Existem basicamente duas soluções disponíveis aos fabricantes de tintas para este fim: o uso de acrilatos DEO (DEOdorized, do inglês “desodorizado”) e os do tipo LEO (Low Extractable / Low Odor, do inglês baixa extratibilidade e baixo odor). A cada dia, novas soluções estão sendo aprimoradas e os custos, em consequência, diminuídos.

Últimas palavras sobre as tintas e o mercado O mercado brasileiro anseia (ao menos diz que anseia) por novidade. Mas, infelizmente, ainda é refém de uma cadeia inteiramente orientada para custos, do dono da marca ao convertedor. Portanto a inovação tem como algoz uma verba bastante escassa. Nos últimos anos, enquanto consultoria especializada em impressão, temos visto um movimento sutil, mas crescente, de entendimento do insumo tinta como algo estratégico e que requer controle acurado e diário. Acreditamos que este seja o primeiro passo de uma jornada para a “descomoditização” das tintas de impressão. Ao controlar melhor o

uso deste insumo, o convertedor provoca dois fenômenos muito importantes: o primeiro é expandir a consciência para avaliar as tintas pelo seu rendimento, e não por uma comparação simples de preços. Esta compreensão do rendimento das tintas leva ao segundo estágio – exigir mais do produto e do fabricante. Ao fazê-lo, ele impõe uma seleção natural das empresas mais capazes de fabricar produtos mais eficazes, ao menor custo possível. Isto só ocorre com bastante pesquisa, na bancada e em campo. E a pesquisa, por fim, culmina em inovações outras, num ciclo virtuoso e benéfico a todos os agentes da cadeia. Outra observação não menos importante no curso do último triênio, em nossas atividades de consultoria, é que tivemos a oportunidade de empreender junto à Oxea Chemicals e Brenntag um trabalho técnico para a disseminação dos solventes propílicos para a impressão flexográfica e, mais recentemente, em rotogravura.

No início, com pouco volume de vendas no Brasil e um preço inicial consideravelmente mais elevado que o tradicional thinner base etanol, os convertedores demonstraram forte resistência à mudança para um solvente mais nobre. Em pouco mais de dois anos, houve uma mudança de postura das empresas para algo diametralmente oposto, com os convertedores pró ativamente em busca de avaliar o rendimento dos propílicos em relação ao thinner da casa. Hoje, o thinner propílico em flexografia é uma realidade e em rotogravura, passou a integrar a agenda de testes e avaliação dos setores de compras e P&D. Imagino que esta mudança abrupta do comportamento possa corroborar a tese de que a crise e a nova postura das empresas em “fazer melhor as contas” venha a convergir para um mercado mais preparado, exigente e que compra pela eficiência e rendimento, e não somente por preço. No fim, todo mundo ganha.

ProjetoPack em Revista - Ano XI - - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 29


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/// ARTIGO TÉCNICO

APPLE E CILINDROS ANILOX

N

ão, você não entendeu errado! A gigante Norte Americana também não está fabricando cilindros Anilox. A novidade fica por conta de um novo APP, disponível na AppleStore, que nos permite medir o volume celular dos Anilox, bem como validar alguns elementos da geometria, tais como lineatura, parede e abertura dos alvéolos.

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/// ARTIGO TÉCNICO Marcos Samsoniuk Programador e físico, atua há 20 anos no mercado gráfico com sistemas de pré-impressão, controle de processos e medição. storeflexo@gmail.com

Como isso funciona? A ideia é criar uma ficha do cilindro num banco de dados, usando um dispositivo IOs (Iphone ou Ipod Touch). O processo é muito simples e intuitivo, mesclando interfaces comuns no IOs, tais como email, câmera e redes sociais. Você cadastra o cilindro, informando seu código (interno ou do fabricante), volume e lineatura nominal, informações normalmente estampadas no cilindro. Isso cria um registro inicial, para que, numa próxima fase, possa se fazer a verificação volumétrica. Utiliza-se uma micro-pipeta, tinta e uma lamina raspadora para medir a sua volumetria. O procedimento já é bastante antigo e largamente conhecido na indústria flexográfica.

Caso queira complementar o relatório, o APP tem ainda um modulo de microfotografia. Acopla-se o Iphone/Ipod num microscópio e tira-se uma foto. Nessa mesma operação, com poucos toques na tela, consegue-se validar a lineatura, medir parede e abertura das células. A ficha do Anilox comporta duas fotos, organizadas como “antes“ (cilindro novo) e “depois“ (cilindro já usado).

APP mantém todas as datas eletronicamente e toda foto recebe uma marca d’água, impedindo seu uso em relatórios de outros cilindros.

Variáveis

Benefícios

Sim, elas existem! O método da gota é tão amado quanto odiado pela indústria, devido a diversidade de ferramentas e grande intervenção do operador, podendo gerar grandes distorções nos resultados.

O APP, se corretamente utilizado, permite monitorar o desgaste superficial do cilindro, bem como verificar se o que foi entregue pelo fabricante realmente corresponde ao pedido. O

Um fato indiscutível é que o método da gota é o mais barato disponível no mercado até hoje, mas se, e somente se, for corretamente executado e padronizado. Daí então

Uma mancha gerada pela raspagem da micro gota pipetada é transferida para uma folha de papel. É aqui que a mudança começa. Ao invés de se medir a mancha de tinta com o auxílio de um planímetro, o APP tira uma foto da mancha e calcula automaticamente o seu volume, criando um registro da operação na ficha eletrônica do cilindro. Num toque, o relatório já está pronto, para impressão ou envio eletrônico por e-mail ou redes sociais e serviços mensageiros como o WhatsApp. ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 33


/// ARTIGO TÉCNICO

pode-se gerar resultados constantes e próximos dos mais sofisticados microscópios eletrônicos.

muito constante, embora algumas operações mecânicas tais como a geração da mancha requerem aperfeiçoamento constante.

Melhorando as variáveis O kit para medição A Flexostore, empresa com mais de 10 anos no desenvolvimento de software, com larga experiência em microscopia eletrônica, observando que diversos convertedores ao redor do mundo se encantam com os resultados da microscopia eletrônica, mas são barrados devido aos altos custos dos aparelhos, criou o APP AniloxSearch. Um banco de dados para inventário de Anilox, com calculo do volume e microscopia 2D. Em parceria com a Apex, durante quase dois anos, fizemos a validação dos resultados usando técnicos de campo da Holanda, USA e Brasil. Nesse período de maturação, notamos que o APP é

Foram ouvidos diversos técnicos de campo, que reportaram desde a dificuldade se em despachar a bagagem no aeroporto, secagem da tinta de teste, diferenças de resultados obtidos por empresas concorrentes (usando inclusive o mesmo método da gota) e assim por diante. Compilada toda essa informação, montamos um conjunto de ferramentas de campo que além de proporcionar conforto e facilidade, lhe permitirá obter resultados mais constantes. Uma maleta de 25x33 cm, pesando apenas 2250g, carrega todas as ferramentas necessárias à obtenção

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do volume e validação geométrica dos cilindros anilox. O objetivo é padronizar essa nova roupagem do método da gota. Kits não são novidade. Assim como uma boa cesta de Páscoa ou Natal, procuramos usar os melhores itens disponíveis no mercado. No conjunto, você encontrará: Pipeta: De repetição, tão precisa quanto as outras oferecidas no mercado, usa a ponteira plástica descartável de longa duração, exigindo menos pericia do operador. Como bônus, tem-se ainda o display eletrônico, que mostra o tamanho da gota aplicada, dispensando cálculos matemáticos. Fizemos diversos testes de repetibilidade do volume, usando balança eletrônica e o resultado é idêntico a de ponteira capilar, mas muito mais rápido. O operador carrega alguns mililitros na ponteira, limpa


/// ARTIGO TÉCNICO

e descarta a primeira gota, a pipeta divide essa carga, gerando varias micro gotas idênticas. Microscópio: Elegemos o microscópio tubular de lente única e iluminação coaxial, com ampliação de 200 ou 400x. Essa peça é pequena e leve, permitindo que o operador utilize com ou sem smartphone acoplado, gerando imagens perfeitas e sem complicações. Tinta: Uma grande reclamação ouvida era quanto a rápida secagem de algumas tintas de teste oferecidas no mercado. Para resolver este problema, desenvolvemos uma tinta que responde a todas essas questões, facilmente lavável, funciona em altos ou baixos volumes e lineaturas, com melhor resposta de secagem. O Kit contempla ainda a lâmina raspadora, ponteiras de reposição, acoplador do telefone ao microscópio, base para fotos das manchas, suporte do microscópio e cartões de calibração do APP de fotografia.

Calibração Uma pergunta que sempre fiz em minhas visitas a usuários de planímetro: “Está calibrado? “ Além da imperícia do operador ao usar o planímetro (paralaxe), a não comprovação da operação (o planímetro mostra a área, mas isso não fica registrado), temos que nos preocupar se, quando e como o planímetro foi calibrado. O APP AniloxSearch responde isso de maneira confiável, simplesmente fotografando um cartão com

uma área conhecida (e verificável com uma simples régua), essa operação pode ser feita a qualquer momento, antes ou durante a avaliação das manchas.

A variável Sim, nada é perfeito e uma das inúmeras variáveis nós não conseguimos eliminar definitivamente, pois depende diretamente do operador e faz toda a diferença no resultado. Esta variável é a velocidade de raspagem da gota sobre o cilindro, utilizando a lamina. O fato de usar uma lamina ou carrinho (tractor) não gera grandes variações, mas a velocidade sim – algo ao redor de 25% no volume calculado. Já tinha ouvido muitas lendas a respeito disso, portanto decidi ser o “MythBuster” da flexo, tentando entender como isso afetava os resultados. A explicação é simples. Imagine um balcão de bar, fileiras de copos alinhados onde você vai enche-los usando um balde (a imaginação é sua: pode ser agua, cerveja, vinho etc). Primeiramente, faça isso muito rápido, virando o balde e correndo na direção do final da linha de copos. Numa outra linha idêntica de copos, encha o balde novamente e, vagarosamente, derrame o conteúdo nos copos, andando cadenciada e lentamente, verificando que ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 35


/// ARTIGO TÉCNICO

“Técnicos que realizaram as medições, na prática, obtiveram redução de tempo de inspeção na ordem de 75% em relação ao método tradicional”

os copos estão sendo enchidos corretamente. Na primeira situação, você certamente atingiu mais copos, mas muitos destes copos certamente não foram enchidos completamente. Na segunda situação, o conteúdo do balde terminou antes, você andou menos, mas seguramente mais copos foram preenchidos completamente.

Essa situação hipotética ilustra o resultado obtido. Quando raspamos rápido ou devagar, ao fazer o procedimento lento, você permite que as células sejam corretamente preenchidas, acabando antes a tinta e gerando uma mancha menor. Resultado: volume maior. Se o procedimento é feito mais rapidamente, a mancha será maior, indicando porém um volume celular menor. Para quem tem uma pipeta e planímetro, o teste é simples. Faça uma mancha e raspe o mais lento possível, em seguida faça novamente, raspando o mais rapidamente possível. O resultado será surpreendente. Para quem não tem equipamentos, uma rodada de chopp com os amigos pode ser reveladora.

Relatórios Qualquer método de gota disponível atualmente depende de um computador, impressora, scanner, habilidades em processadores de texto e planilhas e

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por aí vai. No APP, basta um toque na tela e o relatório está pronto. O banco de dados permite ainda diversos filtros, tais como: • • • •

elatório por fabricante; R Relatório individual por Anilox; Relatório por data/hora; Relatório por perda volumétrica.

Todos PDF, por email, redes sociais, impressora wireless ou outra forma de compartilhamento do IOs.

Tempo é dinheiro Na prática, técnicos que realizam as medições reduziram o tempo gasto nos processos de inspeção em 75%.

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ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES - PARTE 2

OS SOLVENTES

A

única novidade relevante nos últimos anos no Mercado de Impressão no que concerne aos solventes de diluição foi a introdução da mistura propílica, inicialmente em flexografia e, mais recentemente, na rotogravura. Nas edições da ProjetoPack em Revista de números 52, 53 e 54, publicamos uma série de artigos que explanaram a tecnologia e os seus principais benefícios aos convertedores. Aproveitando esta edição especial, republicamos uma compilação dos textos para complementar o entendimento de alguns dos tópicos abordados na matéria de capa, a respeito da evolução em tintas de impressão.

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/// ARTIGO DE CAPA

Solventes convencionais e solventes propílicos – a base da formulação Um solvente tradicional de flexografia é uma mistura (thinner) formada por diversos solventes: 1. Acetato de etila (geralmente o segundo maior percentual da fórmula); 2. Etanol anidro (a base do thinner); 3. Isopropanol (o terceiro maior componente em participação); 4. Glicóis (o “ajuste fino”); 5. Outros solventes, tais como Sec-butanol, Sec-butila, DAA etc. (em percentuais variados). A experiência nos mostra que tudo o que agrega um número amplo de componentes gera uma série de fatores complicadores, tais como a pouca repetibilidade do resultado (muita variabilidade na formulação impede uma consistência entre dois ou mais lotes de thinner), muitas interações distintas (cada solvente tem uma afinidade molecular maior ou menor entre si e para com os componentes das resinas das tintas e adesivos de laminação), maior instabilidade em relação à temperatura e umidade relativa do ar na sala de impressão e assim por diante. Quando se trata de produtos químicos, o ideal é a simplificação de fórmulas. O convertedor presencia isso todos os dias. A maior parte das indústrias de embala-

gens era abastecida ou produzia internamente dezenas de linhas de tintas diferentes, uma para cada aplicação. Hoje, todas as empresas vêm sistematicamente otimizando estas formulações a uma ou duas linhas “universais”. O mesmo para adesivos de laminação, primers, vernizes etc. Os solventes a base de etanol possuem formulações mais variadas, precisamente porque o produto base – o etanol – apesar de ser muito barato e abundante, é um solvente instável para a impressão, devido a sua alta volatilidade e higroscopia. Isso acaba requerendo solventes auxiliares, mais pesados, com melhores taxas de resolubilidade e viscosidades mais equilibradas e baixas, que possam diminuir as deficiências do etanol. A mistura propílica, por outro lado, é bi componente: somente ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 39


/// ARTIGO DE CAPA

“... para manter o equilíbrio dos solventes na tinta, a mistura de ajuste deve ter uma concentração constante do ativo (acetato), pois este é o primeiro a evaporar-se.” Acetato de Propila, de evaporação mais lenta (dissolvendo a nitrocelulose das resinas por mais tempo) e baixa viscosidade e o n-Propanol, com taxa de evaporação ideal, contribuindo para uma transferência de tinta eficiente, boa resolubilidade e ganhos variados no processo, principalmente em relação ao menor número de paradas para limpar os odiosos entupimentos de clichês e cilindros anilox. Uma formulação ideal recomendada seria de apenas 20% de Acetato de Propila e 80% de n-Propanol, resultando num thinner altamente balanceado.

Por que estes solventes funcionam tão bem juntos? Na “bíblia da flexografia”, o manual de princípios e práticas flexográficas editado pela associação americana de flexografia, há uma frase emblemática: “... para manter o equilíbrio dos solventes na tinta, a mistura de ajuste deve ter uma concentração constante do ativo (acetato), pois este é o primeiro a evaporar-se.” A forma mais precisa de se manter a concentração constante do 40 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

acetato no thinner é através de um azeótropo. Esta palavra difícil, de origem grega, significa uma mistura de duas ou mais substancias (no nosso caso, dois ou mais solventes) que, numa certa proporção, possui uma taxa de evaporação (ponto de ebulição) constante e fixa, como se fosse uma substância pura. O azeótropo formado por Acetato de Propila e N-Propanol (na proporção de 65:35) permite um ajuste de viscosidade da tinta em máquina muito mais balanceado, rápido, estável e com menor perda de solvente, numa viscosidade bastante inferior do que a mesma tinta ajustada com o azeótropo formado por Acetato de Etila e Álcool (69:31). Na prática, uma tinta diluída com um produto bi componente, mais lento, estável e equilibrado se traduz numa impressão de qualidade e eficiência muito superiores e uma economia considerável no consumo de tinta e no preço da tinta por metro linear impresso.

A simplicidade é a alma do negócio Trabalhar com dois solventes numa fórmula ao invés de um thinner com três a seis solventes também significa liberdade. A operação de comprar dois solventes a granel e formular internamente passa a ser economicamente muito mais viável do que estocar cinco ou seis produtos, gerenciar seus volumes, tomar medidas para garantir a dosagem


/// ARTIGO DE CAPA

adequada de cada um no thinner, fazer a inspeção no recebimento e assim por diante. Manusear dois produtos é muito mais simples e rápido e, ao formular, além da liberdade de efetuar um pequeno ajuste quando necessário, tornando a mistura mais rica ou não em relação à formulação ideal recomendada, há economia potencial no custo de aquisição, uma vez que o processo de estocagem e manuseio pelo fornecedor ou distribuidor são agregações de valor incutidas a cada litro de solvente vendido.

Melhor printabilidade

“printability” (poderíamos traduzir como “imprimibilidade”, mas penso que não soaria bem) – uma junção de “print” (imprimir) e “ability” (habilidade ou capacidade). Em suma, é a capacidade de imprimir o mais próximo possível dos padrões originais. Imprimir bem também é um conceito que pode facilmente confundir o leitor. É muito comum as empresas buscarem uma qualidade de impressão superior às referências ou padrões e, não raro, acabam frustradas quando, na opinião do cliente, desagrada por justamente não ter a fidelidade requerida. Uma impressão adequada deveria:

Uma das grandes vantagens do processo de impressão flexográfico é justamente a sua versatilidade em imprimir uma ampla gama de substratos – papéis revestidos e não-revestidos, folha de alumínio soft e blister, plásticos de superfície uniforme como BOPP e Poliéster e os mais dificultosos como o Polietileno. A flexografia imprime desde a etiqueta autoadesiva de papel que identifica produtos, passando pela caixa de papelão ondulado até a embalagem laminada mais sofisticada. Todos os processos de impressão possuem uma capacidade de imprimir com sucesso determinados materiais mais ou menos favoráveis em termos de superfície. A palavra técnica que descreve este conceito vem do inglês ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 41


/// ARTIGO DE CAPA

Este é um desafio de grandes proporções, pois existe uma infinidade de variáveis que afetam negativamente estes objetivos. A umidade relativa do ar, a temperatura da sala de impressão, a energia ou tensão superficial do clichê, do cilindro entintador anilox, da tinta e do filme, a resiliência da fita dupla-face e assim por diante. Quando falamos de impressão em papel, ainda há toda a variação da superfície do papel, seu grau de absorção maior ou menor e tantos outros fatores que poderíamos ficar horas ponderando a respeito.

• Atender às especificações de registro ou encaixe de cores; • Possuir contornos vívidos, principalmente nos elementos mais críticos da imagem como o código de barras; • Atender às especificações de cores determinadas pelo cliente; • Ser “limpa” – isto é, isenta de manchas, borrões, respingos e outros grafismos indesejados; • Apresentar sólidos (chapados e traços) completamente cobertos, sem áreas brancas ou parcialmente impressas; • Reproduzir o mais fidedignamente os pontos da retícula (com o menor ganho de ponto possível). 42 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

Uma destas variáveis – aquela que é o escopo deste artigo – diz respeito ao solvente empregado na diluição, transporte e fixação da película de tinta sobre a superfície do substrato. Estas três fases críticas da impressão têm como principal responsável o thinner. Uma tinta de impressão é constituída por pigmentos, resinas, aditivos e uma mescla de solventes. É sabido que as resinas, os pigmentos e a maioria dos aditivos são partes sólidas das tintas. Portanto a primeira função de um solvente é diluir estes elementos em um fluído estável e capaz de ser transportado. O solvente também precisa: • Solubilizar a resina ou a mistura de resinas em um fluído reologicamente adequado ao transporte em todas as fases do processo de impressão; • Ser facilmente removido por evaporação ou absorção;


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/// ARTIGO DE CAPA

“Trabalhar com a viscosidade mais baixa traz dezenas de outros benefícios de qualidade à impressão”

• Resultar no menor odor possível após a impressão;

no processo de impressão?

Diluição da tinta • Promover a umectação do substrato e a adesão da película de tinta; • Não degradar as chapas flexográficas e os cilindros ou camisas anilox; • Interagir o menos possível com outros componentes das tintas, mantendo a sua estabilidade; • Cumprir com as exigências dos clientes e atender à legislação pertinente (ambiental, de saúde e segurança). No dia-a-dia, não percebemos a importância do solvente e a grande responsabilidade que um thinner carrega para atender a todos estes requisitos. Vamos falar um pouco mais sobre os três momentos mais delicados na interação do solvente

As tintas de impressão flexográficas (mais propriamente as resinas) são diluídas em uma mistura de solventes. A taxa de diluição e a natureza do diluente afetam diretamente a performance da tinta durante a impressão. Arguimos um pouco, algumas páginas atrás, sobre azeotropia. De forma muito simplificada, um azeótropo é uma mistura de duas ou mais substâncias que, em certa proporção, assemelha-se a um elemento puro (e isso se reflete na taxa de evaporação, constante e fixa). O azeótropo formado por Acetato de Propila e N-Propanol (65:35) é mais balanceado que o composto por Acetato de Etila e Álcool (69:31). A estabilidade possibilita uma menor viscosidade de trabalho e implica em uma taxa de diluição com maior rendimento em relação ao thinner base Etanol. Português claro: redução de tinta a olhos vistos – uma economia expressiva em se tratando de um dos dois insumos mais caros da impressão. Trabalhar com a viscosidade mais baixa também traz dezenas de outros benefícios de qualidade. O maior deles é a obtenção de uma impressão mais limpa (normalmente, um dos principais motivos de reclamação dos compradores de embalagens e rótulos é a presença de manchas, respingos e “descargas” de tinta nas bordas das retículas) e uma

44 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017


/// ARTIGO DE CAPA

menor incidência de paradas durante o processo (preventivas ou corretivas) para a limpeza de anilox e clichê. Lembre-se que cada parada de máquina gera uma emenda e uma quantidade de aparas significativa. O processo de impressão flexográfico não é fácil em muitos aspectos. Um deles é que a tinta segue um árduo caminho até virar a película seca sobre o substrato. Ela deve ser bombeada do reservatório sob forte agitação, percorrer um trajeto sinuoso na mangueira até o doctor blade encapsulado, ser dosada pelas lâminas raspadora e retentora para o interior dos alvéolos do anilox,

ser transferida em alta velocidade e temperatura elevada numa fração de segundo para o substrato. O excedente deve ser resolubilizado de forma que não provoque entupimentos no clichê ou anilox. O thinner propílico, de menor viscosidade, isento de retardantes e com azeótropo mais equilibrado também favorece a resolubilidade da tinta após a dosagem pela lâmina raspadora.

Transporte da película

“O azeótropo formado por Acetato de Propila e N-Propanol é mais balanceado que o composto por Acetato de Etila e Álcool”

O transporte da película filmogênica da tinta ainda não acabou. A despeito de toda a aventura que ela percorreu no trajeto do recipiente da bomba até os alvéolos

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/// ARTIGO DE CAPA

do anilox, ela ainda será transferida ao clichê e, por fim, ao substrato. Este é um dos momentos mais críticos de todo o processo. É uma batalha de tensões superficiais. Lembremos que a tensão superficial (medida em dinas por centímetro) nas diversas interfaces de um sistema de impressão – por exemplo entre a o anilox e a chapa e entre a chapa e o substrato – faz com que a tinta se desprenda total ou parcialmente e determina para qual superfície ela será transportada. Pela lógica, o substrato (por exemplo um filme de polietileno) deve sempre apresentar a maior tensão entre todos os elementos. Normalmente, os filmes plásticos recebem uma descarga eletrostática Corona que os modifica para tensões entre 38 a 42 dinas por centímetro. As chapas flexográficas devem ter tensão de superfície ligeiramente menor que o substrato para que possam transferir integralmente a película de tinta recebida do anilox (por exemplo algo entre 34 e 36 dinas/cm). Os cilindros anilox também são críticos neste sentido e devem apresentar tensão superficial ainda inferior às chapas, de modo que possam entintar todo o seu volume sem gerar entupimentos. É por este motivo que fabricantes de cilindros ou camisas anilox cerâmicos estão sempre em busca de novos aperfeiçoamentos que possibilitem modificar a tensão superficial no interior das células para maximizar a transferência da tinta.

Legenda: imagem superior mostra problemas de printabilidade da mistura base etanol; a imagem inferior evidencia a melhor qualidade de reprodução da mistura propílica.

Por fim, a tinta (costumeiramente com tensão entre 28 a 30 dinas/ cm) deve não apenas ser compatível com esta “escada” de tensões superficiais, mas ser equilibrada o suficiente mesmo sob influência das mudanças no ambiente de impressão, tais como a elevação ou queda da temperatura ambiente e umidade relativa do ar. Aqui entra novamente as enormes vantagens do thinner propílico.

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/// ARTIGO DE CAPA

Além de sua já mencionada estabilidade e a não utilização de retardantes, a blenda propílica é muito menos higroscópica que a mistura a base de etanol (extremamente higroscópica, por sinal). A higroscopia o acúmulo de umidade do ambiente gera, dentre outros problemas, a espuma na tinta. A espuma, além de ser um contaminante que pode ocasionar entupimentos, modifica temporariamente a tensão superficial da tinta, elevando-a significativamente e reduzindo a sua capacidade de transferência. A mistura propílica também agride menos o clichê em relação à mistura base de etanol, justamente por não conter retardantes. A ação destes produtos ao longo

da impressão também modifica a tensão superficial da chapa, que perde a capacidade de transferência da película pouco a pouco até que áreas sólidas como chapados e traços não sejam mais plenamente cobertos e retículas finas exibam os conhecidos “pin holes” ou “missing dots” – pontos pequenos que não conseguiram ser transferidos e simplesmente ficaram em branco no substrato.

Fixação da película O último estágio da entintagem diz respeito à fixação da película de tinta sobre o filme. Outra característica crucial do thinner propílico em relação ao de base etanol é que, posto que dispensa o empre-

go de retardantes, possui menor incidência de retenção de solvente após a secagem final. Um dos maiores responsáveis pelos problemas de adesão das tintas é o resíduo de solvente após a secagem, que se dá normalmente na etapa entre cores. Como a secagem final é sempre mais potente (não só em termos caloríficos, mas dado o comprimento do túnel e o auxílio das “facas de ar”), por vezes ocorre uma secagem plena da última película de tinta depositada sobre o filme enquanto as anteriores ainda estão úmidas. Com o embobinamento do filme, a pressão exercida nas cama-

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 47


/// ARTIGO DE CAPA

“Um dos itens de maior criticidade nas embalagens é o percentual de solvente residual após a impressão e laminação”

das externas para o centro do tubo, o cisalhamento entre as camadas da bobina e tantas outras variáveis de manuseio, armazenagem e processamento pós-impressão, o solvente retido começa a se manifestar e reagir com as películas de tinta secas, gerando problemas sérios como o blocking (afetando inclusive a força de laminação, no caso dos materiais acoplados) e desprendimento da tinta em testes como adesão com fita (Scotch Test) e resistência ao atrito. Uma entintagem mais segura permite rodar a máquina com menor incidência de paradas, geração de aparas e com mais estabilidade. Quando se trata de impressão, estabilidade significa segurança para imprimir com maior velocidade sem a incidência de defeitos, tudo aquilo que almeja um convertedor hoje em dia, num ambiente de negócios altamente competitivo como o nosso.

Solventes propílicos: eliminando retardantes e diminuindo a retenção nas embalagens flexíveis Um dos itens de maior criticidade nas embalagens (especialmente as de alimentos, ração animal e produtos da indústria do fumo) é o solvente retido após a sua produção, originário das tintas de impressão e adesivos de laminação com base solvente. Quando esta retenção é medida, monitorada e continuamente 48 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

trabalhada para manter-se dentro das tolerâncias especificadas por cada cliente ou segmento, não é um problema. Todavia, quando há um excesso de solvente retido, isso resulta em inúmeros problemas – o mais grave deles é a possível alteração de propriedades organolépticas dos produtos embalados (cor, sabor, aroma e textura) e um decréscimo da força de laminação, no caso de estruturas acopladas. Não raro, ocorre uma delaminação, principalmente nas áreas mais críticas como as regiões de solda ou vinco. Os sentidos do paladar e olfato são muito sensíveis. Isso significa que níveis de retenção de solvente entre uma a cem partes por milhão podem ser detectados pelo consumidor do produto. Mesmo nas estruturas laminadas, a barreira física existente entre a camada de tinta ou adesivo, o último filme acoplado e o produto embalado não é suficiente para conter 100% da migração das moléculas de solvente ainda presentes na embalagem para o espaço livre (headspace) e diretamente ao produto. Fornecer hoje embalagens para a indústria alimentícia torna-se praticamente impossível sem uma estrutura de controle de qualidade dedicada a estas verificações – o analista ou técnico de cromatografia gasosa (GC). Ano após ano, os donos das marcas restringem os limites totais aceitáveis de solventes residuais e proíbem a presença de alguns elementos, conforme pesquisas mais aprofundadas os diagnosticam como sendo prejudiciais à saúde.


/// ARTIGO DE CAPA

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/// ARTIGO DE CAPA

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“A quantidade de tinta aplicada também tem relação direta com a eficiência da secagem”

Além da tolerância para o nível total de solvente retido, há limites individuais por tipo de solvente, estabelecidos com base na tendência de apresentar alterações de odor e sabor. Apenas como exemplo, o limite de Acetato de Etila costuma ser um décimo do limite para Álcool Etílico. Esta tolerância também se modifica em virtude da sensibilidade do produto embalado em sofrer alterações na presença destes contaminantes. As análises das embalagens neste quesito são realizadas de duas formas complementares: com base em cromatografia gasosa e com ensaios de cunho sensorial – as avaliações de odor (painel de odor). O mercado de embalagens flexíveis discute e troca muita informação a respeito dos níveis aceitáveis de solvente residual. Existem clientes e produtos com criticidade maior e é notório que um destes se destaca dos demais pelo rigor de sua especificação, sendo comumente citado como “referência a ser atingida” – o pa50 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017

Diversos fatores de processo afetam diretamente os níveis de solvente residual das embalagens, tais como a baixa velocidade de impressão, problemas de ajuste e eficiência dos sistemas de secagem ou uso excessivo de solventes retardantes (Dowanol, Etil Glicol, DAA, Etoxi-propanol etc.). A quantidade de tinta (película) aplicada também tem relação direta com a secagem. Quanto maior a espessura da camada aplicada, mais difícil se torna a secagem efetiva antes da deposição da próxima camada sobreposta. O chamado trapping ou aceitação de uma tinta (cor) sobre a outra fica comprometido e, com ele, a secagem final do conjunto impresso. Na rotogravura este fenômeno é ainda mais crítico, dada a maior camada de tinta aplicada por metro quadrado impresso (em relação à flexografia). Outros fatores menores, mas não menos importantes se referem ao emprego de tintas metálicas (que demandam camadas mais espessas), que dificultam mais a evaporação plena dos solventes. A adoção de primers e vernizes também eleva a taxa de solventes residuais e a laminação base solvente. Existem muitas alternativas para combater a retenção excessiva dos solventes, num âmbito mais macro (menos operacional). Os dois principais remédios são a migração para


/// ARTIGO DE CAPA

tintas à base de água e o outro, a substituição dos solventes base etanol por uma mistura propílica. No caso das tintas à base de água, além dos inúmeros ajustes de processo e máquina necessários (estufas e peças adequadas para evitar a oxidação, por exemplo) e o decréscimo de produtividade em relação às tintas base solvente, o problema de retenção não some por completo: aminas solubilizadas podem também ficar retidas e ocasionarem alterações organolépticas (principalmente odores indesejáveis), não sendo detectáveis em ensaios cromatográficos.

A outra solução é a adoção de uma mistura propílica. Com azeotropia mais equilibrada em relação aos solventes base etanol, a mistura entrega a melhor condição técnica para a impressão possível, dispensando o uso de co-solventes retardantes – os principais causadores do acúmulo residual na estrutura da embalagem. Sua taxa de evaporação mais lenta que o etanol é facilmente compensada por um incremento substancial de produtividade (velocidade) na impressão, uma vez que o principal limitante do processo é a baixa printabilidade com

thinner etanol, gerando constantes paradas para limpeza de clichês e cilindros. É importante salientar que, contudo, alterações organolépticas nos produtos embalados nem sempre ocorrem no processo de impressão e laminação. Aditivos, agentes deslizantes e outros componentes presentes nos próprios substratos podem migrar ou reagir com certos elementos presentes nos próprios alimentos embalados, como óleos e ácidos graxos presentes em snacks, por exemplo, e as oleamidas e erucamidas presentes nos filmes poliolefínicos.

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/// ARTIGO TÉCNICO Paulo Brunatti Supervisor gráfico - Zaraplast brunatti@zaraplast.com.br

A IMPORTÂNCIA DA

PRÉ-IMPRESSÃO N

os dias atuais, muitos empresários do ramo gráfico ainda se perguntam:

É melhor montar um setor interno de pré-impressão ou simplesmente terceirizá-lo? Um dos motivos pelo qual as empresas historicamente terceirizaram seu departamento de pré-impressão é o paradigma de que este só traria maior complexidade ao processo produtivo. Uma visão distorcida sobre as dificuldades de se manter o parque de pré-impressão atualizado e uma preocupação até exacerbada em relação às escolhas que a atividade carrega: • Qual tipo de equipamento usar? • Qual a plataforma ideal (Mac ou PC)? • Como manter um banco de dados confiável? • Onde encontrar bons profissionais? • Qual o investimento necessário para montar o departamento e mantê-lo? 52 - ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017


/// ARTIGO TÉCNICO

São todas questões válidas, mas que precisam ser ponderadas numa balança, onde o outro prato diz respeito às inúmeras vantagens competitivas e de custos que a sua verticalização também agrega. Não é, diferentemente do que se pensa, algo que só reduziria o tempo de entrega das fôrmas (cilindros ou clichês). Me lembro como se fosse hoje, quando em 2001 foi apresentado ao nosso departamento o software ArtPro, para substituir as preparações de arte no Photoshop. Isso foi uma mudança significativa, pois finalizávamos todas as artes rasterizando cor a cor, geradas no Illustrator e salvas com a extensão EPS, um processo manual muito demorado e pleno de retrabalhos!

“Outra mudança imprescindível é de cunho cultural e demorada. Diz respeito ao perfil do profissional que atual na pré-impressão moderna”

No ano seguinte, recebemos uma impressora Kodak (Filme) e um RIP Best Color, para imprimir as nossas primeiras provas contratuais. Tudo era desconhecido e dificultoso, não tínhamos conhecimento suficiente para aplicar as inovações e nos sentíamos se tivéssemos recebido um presente bacana, mas sem o manual de instruções. Tivemos que aprender “na raça” cada uma das funções e atalhos da tecnologia.

Mas isso mudou muito. Atualmente, as melhorias trazidas com a evolução tecnológica nos permitem garantir processos mais precisos e automatizados, especificamente na área em que trabalho – a impressão de embalagens em Rotogravura. Um dos maiores desafios foi a implantação de uma prova impressa em substrato flexível, capaz de reproduzir fielmente as capabilidades de uma impressora rotativa.

ProjetoPack em Revista - Ano XI - Ed. 61 - Mai/Jun 2017 - 53


/// ARTIGO TÉCNICO

Essa barreira foi felizmente superada. Atualmente, possuímos provas de cor impressas nos mesmos substratos de impressão utilizados em máquinas impressoras rotativas, com suas características próprias de processo e de espaço de cor, possibilitando antecipar ao nosso cliente em horas ou até mesmo dias, a maior parte dos eventuais problemas de um projeto novo, sem os custos gerados na gravação de cilindros.

Nada disso seria possível sem um avanço no entendimento da colorimetria e do estudo e implantação dos preceitos do gerenciamento de cores, associado evidentemente à tecnologia. Sistemas para leitura de espaços de cor, rotinas de calibração, softwares de gerenciamento de cores, elaboração de perfis contemplando desde a tela dos monitores até as características particulares de cada substrato flexível. Outra mudança imprescindível é de cunho cultural e demorada. Diz respeito ao perfil do profissional que atual na pré-impressão moderna – outrora

um executor de tarefas de certo qual modo repetitivas e mecânicas para um novo tipo, capaz de compreender todo o fluxo de trabalho, da concepção da imagem original até a impressão, servindo como um elo de ligação e ajustando as imagens sem descaracterizá-las, porém, priorizando o custo, a produtividade e a repetibilidade na impressão. Este profissional participa ativamente em reuniões de planejamento dos novos trabalhos, tem influência direta, por exemplo, na redução dos tempos de setup e no desperdício de materiais, horas produtivas e estresse geral quando da confecção de cartelas de cores (máximo, mínimo e nominal). Cartelas digitais, inclusive, representativas e fidedignas ao resultado real encontrado nas impressoras convencionais. Por fim, é importante que se diga que toda escolha carrega vantagens e desvantagens. Mas, tendo lido muitos artigos em revistas técnicas como a ProjetoPack em Revista, particularmente penso que há muitos defensores das vantagens de uma terceirização (clicherias, por exemplo) e pouco se fala sobre as vantagens de verticalizar o departamento. Pensei que a melhor forma de fazê-lo foi contar um pouco a minha experiência prática de como os desafios foram, gradualmente, superados. Vale, portanto, fazer uma análise mais séria e robusta sobre o assunto em questão.

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/// ARTIGO TÉCNICO

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/// ARTIGO DE CAPA

ESPECIAL TINTAS E SOLVENTES - PARTE 3

OS SEGREDOS DAS EMPRESAS NACIONAIS

O

mercado nacional, além de ser atendido pelas grandes empresas multinacionais de tintas anteriormente citadas, possui inúmeras opções de empresas genuinamente brasileiras. Em banda larga, as tradicionais Tupahue e Verti são dois bons exemplos, enquanto a Nathalgraf, em banda estreita, é quase um sinônimo para o produto.

As três companhias dão pistas acerca da receita para resistir tanto tempo à pressão das grandes multinacionais sem esmorecer – pelo contrário, crescendo em participação no mercado. A Verti Produtos Químicos, por exemplo, especializou-se na confec-

ção de vernizes, primers e tintas especiais, produzidas sob medida para seus clientes. Uma versatilidade que só uma empresa enxuta consegue praticar, ao passo em que as multinacionais têm muita dificuldade em oferecer algo fora do que já está consolidado como um produto “de prateleira”. Essa mesma flexibilidade também possibilita à companhia trabalhar com matérias-primas para cada aplicação específica, não se limitando aos contratos de fornecimento globais com poucos fornecedores, algo comum para as gigantes do setor. Poder preparar uma fórmula especialmente desenhada para atender um cliente, produto ou aplicação únicos é

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um privilégio que, dentre algumas vantagens importantes, traz a modulação ideal de preços – tinta mais cara e de alta performance para aplicações que demandam e remuneram, tinta mais barata e de qualidade aceitável para os produtos mais comoditizados. As gigantes multinacionais de tintas com operações fabris e vendas em diversos países precisam escolher um dos dois caminhos: ou nivelam suas linhas de tinta por cima (o que geralmente ocorre, dado o risco envolvido e a reputação a zelar) ou por baixo. No primeiro caso, o cliente paga uma tinta superdimensionada (e mais cara) para aplicações menos exigentes e no segundo, tem uma tinta mais econômica atendendo aplicações que precisam de melhor qualidade e performance.


/// ARTIGO DE CAPA A redação Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias, críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail revista@projetopack.com

A Verti conseguiu, com a experiência do modelo “tailor-made”, vender também o serviço de terceirização das tintas. O cliente recebe as recomendações para as melhores e mais confiáveis fontes de fornecimento para cada matéria-prima, as compra e repassa à Verti para a industrialização, o que permitiria inclusive alguma economia tributária adicional. A Tupahue Tintas, uma das mais tradicionais empresas de tinta do país com quase 30 anos no mercado, também dá pistas de quais competências fazem com que uma companhia consiga, de forma tão longeva, prosperar concorrendo com as grandes multinacionais. Seu modelo de negócios cresceu com a montagem de operações no cliente (In House) e um robusto investimento em assistência técnica “preventiva”. As visitas para acompanhar o processo de seus clientes, trocar experiências e levar periodicamente seus formuladores, preparadores e inspetores de qualidade ao campo atribuiu duas vantagens competitivas valiosas: fomentou uma cultura técnica em toda a empresa, o que contribuiu para a excelência em todo o processo produtivo e no desenvolvimento dos novos produtos; também retroalimentou o aperfeiçoamento dos produtos a partir do histórico das dificuldades e necessidades observadas nos clientes. Em síntese, os clientes têm a percepção de uma tinta que funciona e que atende a sua realidade.

A Nathalgraf tem um modelo similar, ao prover soluções em tintas e vernizes para banda estreita. O seu empenho em compartilhar informação técnica com os clientes e ajuda-los a melhorar seu processo de impressão culminou na elaboração de um newsletter – talvez uma das iniciativas digitais de maior alcance e público deste segmento atualmente – o “Casos e Soluções Flexo”, lido por mais de dois mil profissionais de rótulos e etiquetas.

A disposição em esclarecer dúvidas em todos os meios de comunicação (telefone, e-mail, site e serviços mensageiros como whatsapp) tem feito da Nathalgraf uma solucionadora de problemas, associando positivamente a marca em seu mercado de atuação. Isso é particularmente positivo no segmento de banda estreita, normalmente pior atendido que a banda larga por conta dos pequenos volumes e elevada exigência técnica.

Verti Produtos Químicos Primers, vernizes e tintas especiais para impressão digital, rotogravura e flexografia; sistemas de tintas base solvente, água e curáveis por ultravioleta ou feixe de elétrons. Para saber mais sobre a empresa, acesse o site: www.verti.com.br.

Tupahue Tintas Primers, vernizes e tintas para impressão em rotogravura e flexografia. Para saber mais sobre a empresa: acesse o site: www.tupahue.com.br.

Nathalgraf Primers, vernizes e tintas para impressão em banda estreita. Para saber mais sobre esta empresa, acesse o site: www.nathalgraf.com.

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/// ARTIGO TÉCNICO Fabiano Lúcio de Oliveira e equipe (Wesley Pacheco Calixto, Márcio R. da Cunha Reis e Carlos L. Borges da Silva)

Administrador de Empresas, Coach em Gestão da Produção e Desenvolvimento pessoal, Mestrando em Tecnologia de Processos Sustentáveis pelo IFG - Instituto Federal de Goiás, 25 anos de experiência em indústrias, passando por vários departamentos, onde acumulou considerável experiência, realizou diversos trabalhos e treinamentos com foco no ganho de produtividade. profissionaldegestaoindustrial@gmail.com

A TRÍADE DA EFICIÊNCIA Existe muita coisa escrita, por vezes desconexa, sobre as melhores práticas e metodologias para gestão das pessoas. Gostaria de sintetizá-las, da forma mais clara e simples possível, com base nas minhas observações de empresas do nosso ramo de atuação. Espero que estes “lampejos” sejam úteis aos leitores da revista que atuem direta ou indiretamente na gestão dos colaboradores em suas respectivas empresas. • A tarefa mais difícil de todas é a contratação. Currículos são somente referências e “o papel aceita tudo”. Muitas pessoas vão a uma entrevista de emprego interpretando um papel e, como somos todos vendedores, focadas em passar a melhor impressão possível para conquistar a vaga. Um entrevistador experiente pode captar se o candidato tem mesmo os conhecimentos, habilidades e competências que afirma possuir. No entanto, perceber a sua índole é uma tarefa quase impossível. Só o tempo e as adversidades vão mostrar a verdadeira índole do profissional. Foque a entrevista e a avaliação do profissional pautando, antes de qualquer coisa,

no seu caráter. Todo o restante pode ser ensinado e aprendido; • Realize a integração dos colaboradores. Muitos dos problemas ocorrem porque pessoas novas são lançadas, sem qualquer orientação, à rotina de trabalho. Evidentemente, elas vão buscar ajuda com colegas mais velhos, muitas vezes com vícios, cultura prejudicial ou desmotivados. O profissional, novo e cheio de gás, vai acabar se contaminando. No momento da integração, a empresa precisa deixar claro também qual a sua expectativa em relação ao profissional e entender as dele para com a empresa. Este diálogo será positivo e motivador, criando laços mais firmes com a companhia. • As empresas de plástico não atribuem a devida importância

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ao tema da capacitação dos seus profissionais. A formação é um dos únicos processos do negócio que deve ser ininterrupto. É preciso desenvolver competências novas e aperfeiçoar as existentes, com escopo abrangente, de forma a ter um time polivalente e com uma visão sistêmica da empresa e seus processos de negócio. Ao treinar, é preciso encontrar um equilíbrio entre a teoria e a prática e sempre acompanhar a assimilação do conteúdo de cada colaborador no seu ambiente de trabalho. A adoção de um modelo de gestão que priorize a contratação (e retenção) dos melhores profissionais, a sua integração na empresa e a sua formação contínua só pode resultar em uma coisa: sucesso absoluto.



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