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De onde vem o canto coral?

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Referências

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Um dos registros mais antigos de formação de um coro de vozes remonta à Antiguidade clássica. Nos séculos VI e V a.C., coletivos de cantores e dançarinos participavam da dramaturgia da tragédia grega, o primeiro dos gêneros teatrais. Esses coletivos entoavam melodias, intercalando ou acompanhando a fala dos atores, e eram chamados de choro, palavra grega que originou o nosso “coro”.

Nas suas primeiras manifestações religiosas, o coro estava muito relacionado aos rituais pagãos, mas o cristianismo também se rendeu ao poder da música. Em 312 d.C., quando o imperador Constatino I aboliu a perseguição aos cristãos, os religiosos dessa fé passaram a usar a música como forma de atrair mais seguidores e de tornar a liturgia mais interativa, a exemplo do que se fazia nos cultos de adoração ao Sol — de que os cristãos se recusavam a participar.

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A introdução do canto no ritual católico teria sido uma iniciativa de São Silvestre, que foi papa durante o reinado do imperador Constantino. A este papa também se atribui a criação da Escola Romana de Canto. Um pouco depois, no início da Idade Média, os católicos passam a incluir na liturgia um tipo de oração em forma de canto que ficará conhecida como canto gregoriano, devido aos papas aos quais está relacionada (Gregório I, no século VI, e Gregório II, no século VIII).

Por volta do século XI, a difusão e normalização do canto gregoriano faz surgir nos mosteiros e comunidades religiosas europeias os coros mais assemelhados aos que conhecemos hoje. Os primeiros registros de música feita para coro datam do século XII. Após a Reforma (século XVI), o canto coral se desenvolve nos cultos festivos das Igrejas protestantes.

Nos séculos seguintes, o canto coral é influenciado pela valorização dada ao canto folclórico no contexto dos ideais nacionalistas de países como França, Inglaterra, Alemanha e Itália. Além de estar presente nos rituais sacros, o coro era integrado em obras mais amplas, servindo de acompanhamento em óperas, balés e teatro. Peças autônomas para canto coral podiam ser segmentadas em três categorias: canções para pequeno conjunto vocal e outras peças breves, para o canto à capela ou acompanhado por piano ou órgão; canções associadas à liturgia e outros serviços religiosos; e obras para coro e

Vozes do bem-querer orquestra que, mesmo compostas sobre textos dramáticos, eram voltadas para apresentações em concertos, não em encenações. Estas últimas são denominadas oratórios.

Entre os séculos XVII e XIX são compostas as mais importantes peças arranjadas especialmente para o canto coral, como fizerem os seguintes compositores: o italiano Antonio Vivaldi (1678–1741), o alemão Johann Sebastian Bach (1685–1750), o alemão (naturalizado inglês) Georg Friedrich Händel (1685–1759), o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (17561791), o francês Hector Berlioz (1803–1869), o húngaro Franz Lizt (1811–1886) e os alemães Felix Mendelssohn (1809–1847) e Johannes Brahms (1833–1897).

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