O Manual do Diácono

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Rio de Janeiro, RJ

O manual do diácono: Um guia prático para servir

Traduzido do original em inglês: The Deacon Ministry Handbook: A Practical Guide for Servant Leadership

Copyright © 2023 Kentucky Baptist Convention

Publicado originamente por B&H Publishing Group

Brentwood, Tennessee

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por PRO NOBIS EDITORA

Rua Professor Saldanha 110, Lagoa, Rio de Janeiro-RJ, 22.461-220

1ª edição: 2023

ISBN: 978-65-81489-38-0

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo citações breves, com indicação da fonte.

Gerência editorial

Judiclay Silva Santos

Conselho editorial

Judiclay Santos

David Bledsoe

Paulo Valle

Gilson Santos

Leandro Peixoto

Tradução: Maiza Ritomy

Preparação de texto: Cesare Turazzi

Revisão de provas: Cinthia Turazzi

Capa: Filipe Ribeiro

Diagramação: Marcos Jundurian

Nesta obra, as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA), salvo informação em contrário.

As opiniões representadas nesta obra são de inteira responsabilidade do autor e não necessariamente representam as opiniões e os posicionamentos da Pro Nobis Editora ou de sua equipe editorial.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

O Manual do diácono : um guia prático para servir / tradução Maiza Ritomy ; prefácio Hélder Cardin. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Pro Nobis Editora, 2023.

Vários autores.

Título original: The deacon ministry handbook: a practical guide for servant leadership.

ISBN 978-65-81489-38-0

1. Diáconos 2. Diáconos – Brasil 3. Eclesiologia 4. Liderança – Aspectos religiosos – Cristianismo I. Cardin, Hélder.

23-166705

Índices para catálogo sistemático: 1. Diáconos : Manuais : Cristianismo 262.14

Aline Graziele Benitez – Bibliotecária – CRB-1/3129

Tel.: (21) 2527-5184 contato@pronobiseditora.com.br www.pronobiseditora.com.br

CDD-262.14

Sumário

Sobre os autores

▶ Dr. Paul R. Badgett

O Dr. Paul R. Badgett é o consultor da regional leste da Kentucky Baptist Convention desde 2014. Antes disso, foi pastor de três igrejas batistas de Kentucky por 24 anos. Paul é um forte defensor do apoio à missão por meio do programa cooperativo da Kentucky Baptist Convention e tem o desejo de liderar congregações para melhorar a saúde da igreja na região leste de seu estado. Ele recebeu diplomas da Eastern Kentucky University (BS), do Luther Rice Seminary (MDiv) e do Liberty Baptist Theological Seminary (DMin). Paul tem uma filha adulta e atualmente reside com sua esposa, Regina, em Flatwoods, Kentucky.

▶ Dr. Alan Dodson

O Dr. Alan Dodson é marido de Amy, pai de Allistair e Andrew, formado no The Southern Baptist Theological Seminary (do qual recebeu o prêmio Francisco Preaching) e no New Orleans Baptist Theological Seminary. Ele atualmente é consultor regional para a região sul da Kentucky Baptist Convention.

▶ Dr. Todd Gray

O Dr. Todd Gray é diretor executivo e tesoureiro da Kentucky Baptist Convention. Lá ele atuou por dez anos, três dos quais em sua função atual. Antes de ingressar na equipe da KBC,

Todd atuou como pastor principal de três igrejas por um período de vinte anos em Kentucky e Indiana. Ele fez mestrado em divindade e doutorado em ministério no The Southern Baptist Theological Seminary, em Louisville.

▶ Rick Howerton

Rick passou treze anos como especialista em pequenos grupos/discipulado na Lifeway Church Resources, três anos na NavPress como especialista em pequenos grupos e cinco anos como consultor de igrejas para a região centro-sul de Kentucky na Kentucky Baptist Convention. Atualmente, Rick atua como pastor do grupo central na Lakepointe Church em Rockwall, Texas.

Ele foi plantador de igrejas, pastor, pastor de grupos, ministro em universidades, pastor de ensino e consultor de igrejas. É um instrutor e palestrante muito procurado e autor de vários livros e estudos bíblicos.

▶ Andy McDonald

Andy McDonald atuou previamente em quatro igrejas durante 26 anos, principalmente como ministro estudantil ou numa combinação de estudos e discipulado. Ele atuou oito anos na Kentucky Baptist Convention, seis como estrategista de evangelismo e agora serve como consultor regional para a região centro-norte.

Andy é formado pelo William Tyndale Bible College (BA) e pelo The Southern Baptist Theological Seminary (MA).

▶ Dr. Larry J. Purcell

Larry J. Purcell tem PhD em liderança, atuou como professor no Southern Baptist Theological Seminary e no Southeastern Baptist Theological Seminary, e como pastor de igreja por mais de vinte anos, antes de vir para a Kentucky Baptist Convention como consultor de igreja.

▶ Dr. Stephen C. Rice

O Dr. Stephen C. Rice é o líder da equipe de consultoria e revitalização da igreja na Kentucky Baptist Convention. Antes de vir para a Kentucky Baptist Convention, ele atuou como pastor principal em quatro igrejas batistas de Kentucky. Steve é formado pela Morehead State University (BA), pelo Luther Rice Seminary (MDiv) e pelo Mid-America Baptist Theological Seminary (DMin).

▶ Alan Witham

Alan Witham atuou como pastor principal por dezenove anos, liderando três igrejas em revitalização. Ele atuou por 22 anos como consultor, ajudando igrejas a tomar medidas que levam a uma maior saúde e revitalização. Alan Witham é formado pela Campbellsville University (BA) e pelo The Southern Baptist Theological Seminary (MDiv).

Prefácio à edição brasileira

A memória mais distante e ao mesmo tempo vívida que tenho do diaconato é a do Sr. Natalino. Um homem muito simples, calmo no andar e falar, temente a Deus e significativo no serviço diaconal na igreja em que eu congreguei durante boa parte da minha juventude. Em certo diálogo com ele às portas da igreja, após um culto em que eu havia pregado (nesta ocasião, lá pelos anos de 1996 ou 1997, eu era um jovem seminarista da igreja), conversamos brevemente sobre o privilégio de servir a Deus e a capacidade com que ele nos dota. Perto do fim da conversa, o Sr. Natalino me disse: “Irmão, se Deus não me desse força e capacidade para abrir as portas desta igreja, nem para isso eu serviria”.

Em um primeiro momento, não levei tão a sério o que ele disse, e confesso que até achei meio exagerada aquela ideia. Mas, com o passar destes quase 25 anos de ministério pastoral (fui ordenado em 2000), como aquele pequeno diálogo faz cada vez mais sentido para mim, especialmente por ter convivido com aquele homem por pelo menos nove anos de minha vida naquela igreja.

Sem a força e capacidade de Deus, nem para as atividades mais básicas do ministério os diáconos (e todos nós) serviriam. Não estou falando simplesmente sobre zeladoria patrimonial, preparar a Ceia do Senhor, arrumar cadeiras, abrir portas, manter a ordem

nos ambientes e reuniões da igreja, recepcionar pessoas ou mesmo distribuir alimentos e outros tipos de ajuda a pessoas em necessidade.

O ministério diaconal, antes de ser a simples execução de atividades assistenciais, diz respeito ao serviço do corpo de Cristo, que é o povo de Deus, segundo os propósitos e capacidades dadas pelo próprio Deus. Sem esta convicção de estar servindo a Jesus e seu corpo, tais atividades, por mais legítimas e benéficas que sejam, estarão esvaídas de significado espiritual e ministerial.

Diz respeito ao nobre ministério de assistir pessoas em suas necessidades, estabelecendo empatia e expressando misericórdia e amor por aqueles que precisam não apenas do auxílio material e da representação do amor e da provisão de Jesus em suas vidas bem como da demonstração das bênçãos de seu pertencimento à família na fé (Gl 6.10).

Resumidamente, nisto consiste o ministério diaconal segundo a Bíblia. No entanto, com certa segurança digo que o momento em que nos encontramos como igreja batista em relação ao ministério diaconal é significativamente nebuloso, para não dizer de desprestígio. A confusão sobre o significado bíblico e prático do ministério de diaconia e até mesmo o sumiço de tal ministério em boa parte de nossas igrejas não são incomuns.

Infelizmente, em muitas de nossas igrejas, os diáconos servem mais para impedir crianças de correrem no templo, vigiar os carros que os membros estacionam na rua, ou até mesmo para ser o primeiro filtro de pessoas que chegam à igreja para pedir dinheiro ao pastor, do que propriamente para, como homens de caráter aprovado (At 6.3) e pertencentes à liderança da igreja (Fp 1.1), serem instrumentos nas mãos de Deus para o serviço e sustentação do corpo de Cristo.

Cristãos que congregavam em igrejas batistas algumas décadas atrás sabem quão atuantes eram os diáconos no serviço do dia a dia na igreja, bem como no apoio ministerial aos seus pastores. Estávamos certos de que eram homens separados e capacitados por Deus, resolutos no exercício de sua função, firmes em suas convicções

teológicas e ministeriais, e abnegados no auxílio a membros da igreja, quaisquer que fossem suas necessidades (da visitação a enfermos e do atendimento a viúvas e desfavorecidos até ao arranjo necessário para o sepultamento de algum membro da igreja).

Não, definitivamente não sou um saudosista irrefletido ou alguém deslocado da história, mas também não posso deixar de expressar minhas preocupações com a falta da prática de uma verdade bíblica indicadora de uma igreja saudável: alguns membros do corpo capacitados pelo próprio Deus a fim desempenharem fiel e especificamente o ministério diaconal, para o qual Deus os chamou e designou no corpo, segundo sua graciosa vontade.

Ainda que todos os crentes sejam servos de Deus (Rm 6.22, 12.11; 1Pe 2.16) e devam servir mutuamente no corpo de Cristo (1Pe 4.10,11; 1Co 12.5; Gl 5.13; Ef 4.12), não podemos pensar que por este motivo todos os membros sejam diáconos, fazendo com que este ofício ministerial específico seja genérico e/ou opcional no contexto e estrutura de uma igreja.

Embora alguns textos bíblicos (por exemplo, At 6.4; 12.25; 20.24; 1 Co 3.5; 2 Co 3.6; 5.18; 8.4,19; 9.12,13; 11.8,15,23; Rm 16.1; Ef 4.12; Cl 1.23,25; 1 Tm 4.6; Hb 1.14 e 6.10) empreguem o termo διάκονος (diákonos) em seu sentido mais amplo (servir, ministrar), esta palavra também é utilizada no Novo Testamento de forma técnica, designando uma categoria específica de homens que desempenham o ofício, ou ministério, diaconal no corpo de Cristo. Juntamente dos presbíteros/pastores, estes dois grupos perfazem o que chamaríamos de liderança ministerial e espiritual da igreja. Neste caso, “ofício” significa a posição, a função e a responsabilidade primárias que estes homens pertencentes à liderança da igreja (cf. Fp 1.1; Rm 12.7; 1Tm 3.8-13) têm no corpo. Esta posição primária, juntamente dos presbíteros/pastores, não os faz serem maiores ou mais importantes que os demais membros da igreja que servem em outras oportunidades. Pelo contrário. Como visto anteriormente, diáconos são servos, ministros de Cristo, com

o propósito de atender/suprir as necessidades dos membros da igreja. Neste caso, são líderes que lideram pelo serviço. São os verdadeiros líderes-servos por natureza, os quais servem enquanto lideram e lideram enquanto servem.

Como um dom concedido a determinados membros do corpo (cf. 1Pe 4.10,11; At 6.1-6), o diaconato também partilha e depende de uma capacitação especial do Espírito Santo para o desempenho do seu serviço (1Co 12.7-11,27; Ef 4.11-16). Assim, esta capacitação sobrenatural operada pelo Espírito Santo coloca tais homens não simplesmente em uma posição de destaque ou distinção na igreja, mas, antes de tudo, deposita sobre eles a tremenda e fundamental responsabilidade de servir o corpo de Cristo na força que o próprio Deus lhes concede, estendendo aos membros do corpo cuidado, assistência, misericórdia e amor, sobretudo aos que padecem alguma necessidade (At 6.1-6; 1Tm 5.3-16; cf. 1Tm 3.8-13, etc.).

Em essência, a aplicação prática do amor e da mutualidade cristãs aos demais crentes.

Pelo propósito e argumento da primeira carta de Paulo a Timóteo, eu diria que diáconos não existem para serem simples executores de um serviço assistencial a pessoas em necessidade, mas também organizadores, catalisadores, promotores e maestros deste serviço na igreja. Pela sequência temática de 1Timóteo 3.8-13 (qualificações dos diáconos) e 1Timóteo 5.3-16 (auxílio às viúvas), vemos que o amparo às viúvas seria primordialmente promovido pelos diáconos da igreja, mobilizando todo o corpo nesta mesma direção e cuidado, dando, assim, o privilégio e a responsabilidade à igreja de cuidar dos seus membros.

Esta responsabilidade mais ampla de administração dos recursos da igreja parece fazer muito sentido pela própria sequência da narrativa de Atos 5 e 6. Em Atos 5.2, um homem e sua esposa depositam aos pés (colocam sob os cuidados) dos apóstolos um valor financeiro referente à venda de uma propriedade. Na sequência, em Atos 6, dada a demanda do cuidado de pessoas em necessidade, os apóstolos

o manual do diácono

designam aquela que entendemos ser a origem do diaconato na igreja: homens de caráter, cheios do Espírito Santo e com reconhecimento da comunidade, exercendo a função da administração dos recursos e demandas das pessoas da comunidade que estavam em necessidade.

Pela graça e capacitação que vêm de Deus, vemos que diáconos servem para muitíssimos ministérios e funções no corpo de Cristo, bem como para o apoio ao próprio ministério pastoral. E é exatamente para explorar esse tema que este precioso manual foi escrito.

Trata-se de uma obra que é tanto biblicamente fundamentada quanto ministerialmente prática ao lidar com tópicos tão corriqueiros em uma igreja batista, como: Para que servem e como devem ser conduzidas as reuniões de diáconos? Como deve ser a relação entre o pastor e os diáconos? Como encorajar o pastor? Como fazer visitas hospitalares? Como agir em casos de falecimento? Como preparar e pregar um sermão ou ministrar ensino? Como equipar futuros diáconos? Como responder a críticas e calúnias? Entre muitos outros tópicos

Percebo que quando diáconos entendem seu papel biblicamente e se dispõem a praticar esta capacitação divina no serviço à congregação, a igreja torna-se muito bem assistida em suas necessidades, bem como o próprio ministério pastoral aliviado ao ter seus pastores livres, à semelhança do contexto de Atos 6, para o ministério da Palavra, da oração e do cuidado pastoral e espiritual da membresia da igreja. Ao menos, é isso que temos experimentado em nossa igreja ao longo dos últimos anos.

Em nossa igreja, a Primeira Igreja Batista de Araras (SP), costumamos definir o serviço “às mesas” (cf. At 6.2) em três âmbitos:

• “Mesa pastoral”: apoio ao ministerial pastoral (acompanhando e visitando membros enfermos, enlutados ou com outras necessidades/dificuldades), bem como pessoalmente aos pastores e suas famílias (por meio do cuidado, amparo em alguma necessidade específica, sustentação em oração e partilhar da vida). Assim, ainda que a liderança pastoral da igreja recaia sobre os pastores, os diáconos são

estes auxiliares pastorais que desempenham na vida dos membros da igreja o cuidado, o amor e a misericórdia.

• “Mesa da igreja”: preparo e serviço da Ceia do Senhor, zelo e preservação patrimonial, logística e arrumação de ambientes para a realização dos cultos e demais atividades da igreja, presença em todas estas atividades para garantir a ordem e segurança necessárias, entre outros serviços.

• “Mesa dos necessitados”: captação e distribuição de alimentos e outros recursos de primeira necessidade, promoção e organização do engajamento da igreja no cuidado de membros da comunidade que necessitam de algum cuidado específico (de uma carona para que viúvas e idosos venham aos cultos, até a mobilização de pessoas da comunidade para a compra de medicamentos de alto custo para pessoas doentes e carentes. Em geral, quando nós pastores ficamos sabendo destas situações, elas já chegam com a resolução proposta e/ou executada pelos diáconos).

Estes âmbitos distintos de “serviço às mesas” têm nos ajudado a ter uma perspectiva mais integral e integrada das oportunidades para o exercício do ministério diaconal, bem como dá aos diáconos o foco necessário para que cumpram com dedicação e zelo o que entendemos ser o propósito bíblico para o diaconato e as demandas de nossa comunidade.

No entanto, de algum tempo para cá, tenho percebido certas tensões e realidades conflitantes, para não dizer distorções ou desvios, surgindo em algumas de nossas igrejas, de modo a sobrecarregar, desprestigiar ou até mesmo fazer desaparecer o ministério diaconal:

• Conceito de voluntariado: ainda que possamos discutir muito o emprego deste termo em nossas igrejas, sobretudo por causa da legislação brasileira em relação a pessoas contratadas e/ou voluntárias na execução de uma atividade ou serviço na igreja, parece-me que o termo “voluntariado”

não permite que muitas pessoas criem a convicção de que seu serviço na igreja é fundamental e que, portanto, sua prática não se torna uma questão de voluntariedade, mas, sim, de certa obrigatoriedade, tendo em vista a designação e capacitação específicas de Deus para seu pertencimento e vivência como membro do corpo de Cristo (1Co 12.15-26).

• Profissionalização e terceirização de muitas das oportunidades de serviço no contexto da igreja, descaracterizando e desprestigiando, assim, o exercício do dom e serviço do diaconato na administração e execução de muitas das atividades da igreja.1

• Mentalidade empresarial na gestão/administração da igreja dissociada da natureza ministerial/espiritual da igreja cristã,2 ou mesmo a criação de ONGs na igreja com vieses quase que exclusivamente assistenciais, em detrimento do amparo espiritual, além do material, que diáconos costumam prestar a pessoas necessitadas.

• Por sua quantidade e representatividade em relação ao número de pastores em uma comunidade, ainda mais quando vários membros do corpo diaconal precedem cronologicamente tais pastores, muitos diáconos acabam servindo como entraves para o avanço ministerial destas igrejas, defendendo mais interesses particulares e certo tradicionalismo saudosista do que sendo suporte e incentivo

1 Isso é real não apenas em relação ao diaconato, mas também em muitos outros âmbitos e oportunidades de serviço na estrutura ministerial de uma igreja.

2 Isso não significa que a igreja não deva prezar pela qualidade, eficiência ou excelência na gestão e execução de determinadas atividades e/ou ministérios. Meu ponto, aqui, diz respeito a tais especializações em detrimento da pessoa e função do diácono como oficial e servo da igreja cristã. Não creio que haja esta dicotomia: ou diáconos, ou profissionais terceirizados. É possível, sim, termos eventualmente ambos, sem, contudo, perdermos a funcionalidade orgânica do diaconato no serviço à igreja.

para seus pastores. Com isso, muitas vezes os diáconos acabam travando a liderança e a função visionária que os pastores têm para a igreja.3

• Por outro lado, muitas igrejas batistas sobrecarregam seus diáconos com funções pastorais, as quais deveriam ser de responsabilidade e prerrogativa dos pastores/presbíteros. Quanto a isso, por mais bem-intencionadas que possam ser estas igrejas, precisamos entender que um bom diácono não precisa se tornar um presbítero. O diaconato não é um trampolim para o presbiterato. Cada qual tem dons, perfis, esferas e propósitos de atuação, justificativas e orientações bíblicas distintas. Sendo assim, tais distinções precisam ser respeitadas/preservadas. Deus capacita pessoas diferentes com dons diferentes para que, servindo em funções/posições distintas no corpo, possam cooperar mutuamente para a edificação e para o crescimento espiritual e ministerial da igreja, como vemos em Efésios 4.11-16.

• Em várias circunstâncias, diáconos acabam tendo seu ministério reduzido às atividades presenciais na igreja, como cultos e outras reuniões. Para muitos destes diáconos, isso acaba sendo bastante cômodo, pois estão em circunstâncias e ambientes razoavelmente controlados, onde lidam mais com atividades/eventos que propriamente com pessoas. Não podemos nos esquecer de que, ainda que o ministério diaconal administre recursos no contexto da igreja e lide com seu ministério, tais elementos existem por causa de pessoas e para elas. Assim, diáconos existem para atender pessoas, não simplesmente para lidar com coisas.

3 É por causa de desvios funcionais e posicionais como estes que, em muitos contextos batistas, surge a malfadada piada entre pastores e diáconos: “Resisti ao diácono e ele fugirá de vós”, demonstrando completo desentendimento sobre a perspectiva bíblica para o diaconato e sua relação com o ministério pastoral.

O fim último de tudo o que fazem, administram, coletam e distribuem é a provisão de pessoas e a edificação da igreja.

Diante de tudo isso, e a fim de lidar com esses desvios e despropósitos, eu convido o leitor a apreciar e estudar (não apenas ler de forma corrida) este livro que está em suas mãos. Caso seja um diácono lendo, desejo que você seja instruído biblicamente e desafiado ministerialmente a servir como um verdadeiro membro da diaconia do corpo e companheiro de ministério de seus pastores. Caso seja um membro, desejo que você entenda os deveres e a autoridade do líder-servo, a fim de que possa interceder por seus diáconos e ajudá-los em seu serviço. Por fim, aos pastores fica a dica para utilizarem este material como um guia de estudo e formação de diáconos em suas igrejas.

Em Cristo e por Cristo, o servo por excelência (Mc 10.45),

Helder Cardin, pastor na PIB Araras-SP e chanceler das escolas teológicas da Palavra da Vida Brasil.

Prefácio à edição original

O ofício de diácono ainda é relevante e bíblico no século 21. Embora a ênfase no ofício de presbítero tenha aumentado nas congregações batistas, a maioria delas ainda precisa do ofício de diácono e a ele presta honra. Quando penso em meus anos de pastorado, penso nos homens com quem o Senhor me cercou. Deus colocou homens no diaconato que me encorajaram, me desafiaram, me aconselharam e oraram por mim. Esses homens eram parceiros no ministério do evangelho, eram irmãos em Cristo e eram amigos quando eu mais precisava deles. Eu os admiro e considero um privilégio especial ter servido com eles e ter servido pessoalmente como diácono no início da minha vida. Existem muitos bons recursos para diáconos, mas poucos são recentes e atualizados. Os autores deste manual trabalham regularmente com diáconos e acreditam que estes desempenham um papel crucial no sucesso do pastor e da igreja local. Nós escrevemos este livro pensando em fornecer orientações concisas e práticas a pastores e diáconos. Nosso conhecimento ministerial combinado produziu uma ferramenta que pode beneficiar todo pastor e todo diácono, especialmente os batistas.

Prólogo

Alguns dos seguidores mais devotos e fiéis a Jesus que conheço são diáconos. Em meus quase trinta anos de liderança no ministério, os diáconos muitas vezes me encorajaram quando eu estava deprimido, me corrigiram quando eu estava errado ou me desafiaram quando eu não tinha uma visão abrangente da situação. Lembro-me de diáconos que foram ganhadores de almas, guerreiros de oração, servos fiéis, e de muitos que forneceram conselhos gentis e consistentemente sábios. Esses diáconos viveram muito do conteúdo deste manual para diáconos.

Este livro foi escrito por praticantes do ministério que conhecem e amam a igreja local e que também respeitam e valorizam o ofício diaconal. O manual do diácono é um livro para o coração e para a saúde. É um manual no sentido de que a obra aborda e descreve muitas das situações que serão encontradas por um diácono na igreja local. É um livro para o coração, pois mostrará aos diáconos como ministrar de uma maneira que honre seu pastor e sua igreja local, enquanto demonstra seu amor a Cristo. É um livro para a saúde no sentido de que, se seus conselhos forem seguidos, o pastor, a igreja e os diáconos poderão desfrutar de grande saúde ministerial.

Leitores deste manual receberão instruções para a seleção de diáconos dentre a congregação, sua ordenação de modo a destacar o

valor de seu papel e a organização dos diáconos para um ministério eficaz. Oro para que este livro seja de grande valor, não apenas para os diáconos da igreja local, mas também para as igrejas e os pastores por eles servidos.

Como usar este manual

O propósito deste livro é dar orientações concisas a pastores e diáconos. Esta obra serve como um guia de referência, bem como um manual de treinamento.

Outra maneira de usar este livro é como um manual de treinamento para diáconos, tanto novos quanto experientes. Ler um capítulo antes de cada reunião e depois discutir seu conteúdo é uma maneira eficaz de equipar diáconos experientes, novos e aspirantes ao ofício.

As qualificações de um diácono

Qualificações do Novo Testamento para diáconos

Em relação aos servos em sua igreja, Deus está preocupado não apenas com o que eles fazem, mas também com quem eles são. Em outras palavras, o caráter conta e a moralidade importa. Quando surgiu a necessidade de servos da congregação em Atos 6, as primeiras instruções sobre como escolhê-los continham qualificações. Além disso, quando instruiu seu pupilo Timóteo acerca da administração da igreja, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, delineou nove qualificações para aqueles que servem no diaconato. Desde o início deste recurso, vamos examinar cada uma das qualificações descritas em Atos 6 e em 1Timóteo 3. Lembre-se de que aquele que se entrega ao agir do Espírito Santo para que desenvolva essas características em si mesmo achará muito mais fácil servir. O quem vem antes do quê.

Reserve um momento para ler cuidadosamente duas passagens importantes que descrevem claramente as qualificações de um diácono.

Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço. (At 6.3)

um diácono

Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. (1Tm 3.8-12)

“Boa reputação”

Os primeiros servos do Novo Testamento tinham que ter uma boa reputação. Como veremos mais tarde, esses homens foram chamados para ajudar a igreja a lidar com um sério problema de comunhão. Se eles não tivessem uma reputação confiável, teriam apenas agravado o problema. Da mesma maneira, os diáconos de hoje devem ser homens de boa reputação dentro e fora da igreja. Membros de uma igreja não podem ter dúvidas de que os homens que os servem são dignos de seu respeito.

“Cheio do Espírito e de sabedoria”

Ser “cheio do Espírito” pode ser a qualificação mais importante de um diácono. A pessoa que está cheia do Espírito Santo certamente terá uma boa reputação, sabedoria espiritual e será capaz de cumprir cada uma das qualificações morais estabelecidas em 1Timóteo 3.8-12. Em razão da natureza crítica dessa qualificação, vamos nos certificar de entender o que ela significa. Como cristão, no momento de seu novo nascimento, o diácono recebeu um maravilhoso dom pela habitação do Espírito Santo. Romanos 8.9 diz: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. Poderia ser mais claro? O Espírito Santo vem habitar em cada cristão. Paulo enfatiza que, se alguém não tem o Espírito, esta pessoa não pertence a Jesus.

Portanto, o cristão nunca precisa perguntar: “Eu tenho o Espírito Santo?”. A pergunta apropriada é: “Eu estou cheio do Espírito, que já habita em mim?”.

Observe o final de Efésios 5.18: “Enchei-vos do Espírito”. O verbo “encher” é interessante, implicando que um objeto está tão completamente preenchido que nenhum espaço fica vazio. Imagine segurar em uma das mãos um copo vazio e na outra uma jarra de água.

Ao começar a encher o copo com água, você observa o nível subir. A certa altura, o copo está um terço cheio, depois dois terços. Assim, você continua colocando água até um ponto em que o copo está tão cheio que outra gota faria a água começar a transbordar; neste momento, o copo se encontra tão cheio que nenhum espaço nele permaneceria vazio. A. B. Simpson disse que esse enchimento “não significa ter certa medida do Espírito Santo e conhecer bastante de Cristo, mas estar totalmente cheio e possuído pelo Espírito (Santo), absolutamente absorto pela vida e pela plenitude de Jesus”.4

A construção “enchei-vos” está escrito no presente. Esse recurso indica ação contínua. Em outras palavras, embora o Espírito habite no cristão desde o momento da redenção, o ato de encher-se do Espírito precisa ser repetido. Quando cheia do Espírito, a pessoa se encontra vazia de si. Diácono, você está servindo como alguém cheio do Espírito ou está servindo na carne? Talvez você devesse separar um momento agora, confessar ao Senhor seus pecados e pedir ao Espírito Santo um novo enchimento. Quando estiver cheio, você não terá problemas para servir à sua igreja e atender a todos os outros requisitos pessoais para este serviço.

“Respeitáveis”

Mudando o foco de Atos 6 para 1Timóteo 3, vemos as demais qualificações do Novo Testamento para os diáconos. Esta lista de nove requisitos diz respeito ao caráter moral destes oficiais.

4 A. B. Simpson, Filled with the Spirit. OChristian. Disponível em: http:// articles.ochristian.com/article6351.shtml. Acesso em: 31 jul. 2023.

As qualificações de um diácono

Primeiro, ele deve ser um homem respeitável. Suas ações e reações são dignas do respeito daqueles a quem ele serve.

“De uma só palavra”

A palavra grega traduzida por hipócrita significa literalmente “de dupla língua”. Um homem dado à hipocrisia tende a dizer coisas diferentes a várias pessoas. O diácono deve dar um relato único a todas as pessoas a quem serve, sendo-lhes um homem de uma só palavra. A dubiedade enfraquece o respeito.

“Não inclinados a muito vinho”

Esta é uma proibição à embriaguez. Com a tendência a todos os tipos de vícios da cultura de hoje, a igreja deve incentivar uma vida sóbria e ajudar aqueles que estão nas garras da ebriedade. As Escrituras se apresentam repletas de advertências contra bebidas fortes e embriaguez. Diáconos, que são líderes-servos, devem dar o exemplo nessa área. Além disso, como um homem pode servir ao corpo de Cristo sendo que seu pensamento está obscurecido pelo abuso de substâncias?

“Não cobiçosos de sórdida ganância”

O diácono não deve usar sua posição como um meio de cobiça ou ganho material. O único motivo que um homem deve ter para servir como diácono é o chamado de Deus para fazê-lo por meio de sua igreja. O diaconato nunca deve ser visto como um modo de ascender em posição social. Muitos de fora da igreja são céticos em relação à maneira como a igreja lida com as finanças. Se essas pessoas suspeitarem dos motivos dos líderes, isso pode prejudicar gravemente o testemunho da igreja.

“Conservando o mistério da fé com a consciência limpa”

Doutrina importa! Os líderes-servos da igreja devem considerar a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 1.3)

o manual do diácono

como fundamental, não incidental. Essa característica descreve um homem que acredita de todo o coração nos ensinamentos bíblicos.

O diácono não deve apenas ter convicções bíblicas; ele deve vivê-las. Além de ser um estudioso das Escrituras com um coração ensinável e zeloso, estudar declarações doutrinárias, confissões ou catecismos, como A confissão de fé batista de Londres 1689, 5 ajudará o diácono a “conservar o mistério da fé”. Assim como mantém para si uma base doutrinária biblicamente clara, ele deve ter o cuidado de vivê-la.

As pessoas observam também o comportamento de um diácono, não apenas suas percepções.

“Experimentados” e “irrepreensíveis”

Em relação a esses componentes da moralidade de um homem, o diácono deve ser provado e encontrado irrepreensível. A ideia de ser testado significa que, durante um período, à medida que um homem passou por diversas circunstâncias e provações, seu caráter foi experimentado. Aqueles que observam devem considerar irrepreensível a jornada de vida de um diácono. A palavra grega traduzida por irrepreensível literalmente significa “não acusado”. Isso quer dizer que, quando a igreja chama um homem para servir como diácono, sua conduta é isenta de acusação no que diz respeito a essas qualificações. Nas palavras de David Guzik: “Um homem demonstra sua aptidão para o cargo na igreja por sua conduta. Seria mais adequado dizer que os diáconos são reconhecidos, não nomeados”.6

Sua esposa é piedosa

Embora a palavra grega traduzida por “esposas” (ACF) em 1Timóteo 3.11 também possa ser traduzida por mulheres (ARA),

5 No original, o autor cita The Baptist Faith and Message. Em português, recomendamos nosso título Confissão de fé batista de Londres 1689 (Rio de Janeiro: Pro Nobis Editora, 2023).

6 David Guzik. 1 Timothy — Qualifications for Leaders. Enduring Word. Disponível em: https://enduringword.com/bible-commentary/1-timothy-3. Acesso em: 25 jul. 2023.

As qualificações de um diácono

parece se encaixar melhor, no contexto e no fluxo da escrita, a tradução esposas. Observe que, imediatamente após o versículo 11, Paulo continua lidando com a vida doméstica do diácono no versículo 12. De acordo com esta tradução, Paulo apresenta expectativas quanto às esposas casadas com diáconos. Elas devem ser “respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. O termo “respeitáveis” tem o mesmo significado daquele empregado no versículo 8. Assim como a vida do diácono exige o respeito dos outros, se ele é casado, a de sua esposa também o exige.

A palavra traduzida por maldizentes significa literalmente “diabólicas”, e baseia-se no mesmo termo frequentemente usado para descrever Satanás. Em outras palavras, a esposa do diácono não pode ser conhecida por caluniar, descredibilizar ou fofocar.

“Temperantes” significa que a esposa do diácono está no controle de seus pensamentos, palavras e ações. Finalmente, “fiéis em tudo” quer dizer que sua vida demonstra compromisso contínuo com o Senhor.

“Marido de uma só mulher”

Dentre as qualificações exigidas, esta é a mais discutida e, francamente, a mais debatida. O que significa dizer que os diáconos devem ser maridos de uma só mulher? Para começar nossa discussão, vamos tentar entender a fraseologia que Paulo usa. A tradução literal do texto expressa que o diácono deve ser homem de uma mulher só. Em outras palavras, exige-se que cada diácono casado seja devotado singularmente a uma esposa.

Ao tentar compreender as Escrituras, é importante entender não apenas as palavras e frases usadas no texto, mas também o contexto em que o emissário e o destinatário estavam inseridos. Lembre-se, Paulo primeiro enviou esta carta a Timóteo, pastor em Éfeso. Uma regra primária de interpretação é que o texto bíblico não pode dizer agora o que já não disse em seu contexto original. Portanto, vamos ter em mente as palavras e seu contexto enquanto exploramos o que elas significavam naquela época e o que significam hoje.

Marido

Alguns intérpretes da Bíblia abordaram esse texto de modo tão literal a ponto de acreditar que um homem não está qualificado para servir como diácono a menos que esteja casado. Assim, eles argumentam que ao homem não casado — seja ele solteiro, divorciado ou viúvo não compete servir de diácono. Isso provavelmente não é o que Paulo tinha em mente. Novamente, esta é uma lista dos atributos de um homem de alto calibre moral. O estado civil de um homem dificilmente é indicativo de sua moralidade. Além disso, com esse entendimento, Paulo e Jesus não poderiam ter servido como diáconos.

Não é polígamo

Outros intérpretes da Bíblia creem que esta frase proíbe um polígamo de servir como diácono. O contexto nos ajuda a entender que esta interpretação não é precisa. Embora a poligamia seja vista no Antigo Testamento, ela não era uma característica da cultura romana que dominou o primeiro século. Além disso, um homem vivendo com um harém não seria aceito na igreja.

Uma só esposa por toda a vida

A visão de uma esposa para toda a vida proíbe os homens de servirem como diáconos se forem viúvos ou divorciados recasados. Com relação aos viúvos recasados, nada nesta expressão o proibiria de servir como diácono. Quanto aos divorciado, Paulo estava familiarizado com o termo grego para essa situação. Na verdade, ele o usou repetidamente quando discutiu os princípios para o casamento em 1Coríntios 7. Se o Espírito Santo o tivesse inspirado a tratar do divórcio no contexto de 1Timóteo 3, ele certamente teria usado aquele mesmo termo.

Um homem de uma mulher só

Agora voltamos à tradução literal desta parte. O que significa ser um homem de uma mulher só? Simplificando, o diácono casado

As qualificações de um diácono

deve ser devoto à sua esposa. Um mulherengo não está qualificado para servir como diácono. Um homem cuja vida demonstra uma visão irreverente do matrimônio — manifestada por uma série de divórcios e novos casamentos antibíblicos não está qualificado para servir como diácono. Um homem de uma mulher só que foi testado há de provar que leva seu casamento a sério.

Governa bem os filhos e a própria casa

“Governar bem seus filhos e a própria casa” significa que o diácono casado e com filhos lidera com zelo e esmero a sua família. Afinal, este homem está sendo chamado a servir a família de Deus. Se sua casa estiver fora de ordem, ele não poderá servir à igreja como deveria.

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