Ministério de Mulheres - uma bênção para a igreja local

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Nestes dias em que valores são subvertidos e conceitos são facilmente alterados, Cathy Núñez nos deixa uma obra bem organizada e de muita relevância. Nela, ao nos narrar as experiências e os princípios que regem o trabalho feminino na igreja, deixa-nos forte legado de equilíbrio em sua mais clara acepção, enquanto reconhece e estimula um forte e frutífero trabalho das irmãs na comunidade local, ao passo que entende que há limitações claras por parte da Escritura. Então, temos as atividades organizadas e executadas pelas mulheres em diversas áreas, preservando a ordem deixada por Deus sobre os diferentes papéis que homens e mulheres devem ter na igreja local. E, por diferentes papéis, Cathy mantém a isonomia de importância e relevância de cada um deles, sem que haja maiores ou melhores funções na igreja: apenas a diferença de chamado, com a natural exposição de seus frutos. Ao lado de tudo isso, temos a parte central e mais importante, que é a intensa preocupação com a espiritualidade.

Rev. Joel Theodoro, ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil

Esta obra, organizada por Cathy Núñez, traz relevantes reflexões sobre os múltiplos aspectos do ministério de mulheres na igreja local em uma momento em que muito se tem dito a esse respeito, e nem sempre tão bem embasado biblicamente quanto vemos em Ministério de Mulheres. A abrangência desse ministério é abordado pelas autora, de forma concordante, evitando-se fórmulas pré-concebidas, mas colocando luz nos pressupostos que sustentam cada uma das áreas de atuação desse precioso ministério. Fica evidente ao longo dos capítulos o compromisso em evidenciar os benefício do envolvimento das mulheres na seara do Senhor: amadurecimento espiritual, o uso dos dons e talentos no serviço ao próximo, o discipulado e o aconselhamento bíblico, o avanço do Evangelho, no servir a igreja local com alegria e afinco.

Roberta L. Fonseca, conselheira bíblica

Ministério de

Uma bênção para a

igreja local

Ministério de Cathy Núñez

Uma bênção para a igreja local

Rio de Janeiro, RJ

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Núñez, Catherine Scheraldi de Ministério de mulheres : uma bênção para a igreja local / Catherine Scheraldi de Núñez ; [tradução Adriel Moreira Barbosa]. – Rio de Janeiro: Pro Nobis Editora, 2023.

Título original: El ministerio de mujeres

ISBN 978-65-81489-37-3

1. Cristianismo – Evangelismo 2. Igrejas Evangélicas 3. Ministério cristão 4. Mulheres – Aspectos religiosos – Cristianismo I. Título.

23-163030 CDD-253.082

Índices para catálogo sistemático:

1. Ministério feminino : Ensino bíblico : Teologia pastoral : Cristianismo 253.082

Eliane de Freitas Leite – Bibliotecária – CRB 8/8415

Ministério de mulheres:

Uma bênção para a igreja local

Traduzido do original em espanhol:

El ministerio de mujeres: Para bendecir la iglesia local

Copyright © 2020 Catherine Scheraldi de Núñez

Publicado originamente por:

B&H Publishing Group Nashville, TN 37234

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por PRO NOBIS EDITORA

Rua Professor Saldanha 110, Lagoa, Rio de Janeiro-RJ, 22.461-220

1ª edição: 2023

Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo citações breves, com indicação da fonte.

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Nesta obra, as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Almeida Revista e Atualizada, salvo informação em contrário,

Conselho Editorial

Judiclay Santos David Bledsoe

Paulo Valle

Gilson Santos Leandro Peixoto

Gerência Editorial Judiclay Silva Santos

Tradução: Adriel Moreira Barbosa

Revisão: Joel Theodoro

Capa: Filipe Ribeiro

Diagramação: Marcos Jundurian

ISBN: 978-65-81489-37-3

Tel.: (21) 2527-5184

contato@pronobiseditora.com.br www.pronobiseditora.com.br

Sumário

1. O que é o ministério de mulheres e por que ele é necessário? ........................................................ 27

2. A teologia por trás do ministério de mulheres ... 33

3. Como o ministério de mulheres pode ajudar o pastor e a igreja ................................................ 43

4. E na prática? A gestão de um ministério de mulheres ......................................................... 53

5. A necessidade da oração ..................................... 65

6. Identificando a liderança .................................... 77

7. A mentoria (Tito 2) ........................................... 87

8. A importância dos pequenos grupos ................... 103

9. Como ministrar às moças através de um ministério de jovens ............................................ 115

10. O ministério de aconselhamento bíblico: Uma ferramenta que desafia ao crescimento ...... 127

11. Mulheres solteiras, divorciadas e o ministério de mulheres ......................................................... 141

12. Como incluir evangelização e discipulado no ministério de mulheres ....................................... 151

13. Como usar as redes sociais .................................. 163

Prefácio à edição brasileira

A instrumentalidade do ministério de mulheres no transbordar da graça de Deus Era verão de 2005. Eu tinha trinta anos. Nossa primeira filha, Julia, estava com cinco anos, e Isabela, com apenas dezoito meses, já estava correndo para lá e para cá, encarando seu projeto de exploração do mundo ao redor. Mas não era só isso; para completar o combo, indo atrás das crianças onde quer que estivessem, estava a Fani (diminutivo de Faniquita — nome que caiu muito bem para aquela beagle que, com pouco mais de um ano, valia por dez crianças agitadas). Foi nesse cenário que a terceira flor do nosso jardim, a pequena Sara, estava para chegar.

Mamãe não me havia criado para a maternidade. Fui filha única até os treze anos e só tive um irmão depois de insistir muito por ele. Creio que, devido às suas experiências familiares, mamãe acabou por assumir uma postura um tanto à frente do seu tempo. Nos anos 1970 e 1980, ela não era como a maioria das mães; não gostava de ser considerada uma “mulher do lar”. Ela trabalhava fora de casa; fazia questão de ter seu próprio dinheiro, e era sempre ela a responsável por tomar as decisões mais importantes no que dizia respeito à

nossa família — ainda hoje ela é uma mulher de garra, que não se submete facilmente às circunstâncias. Quando meu irmão nasceu, embora eu já estivesse na adolescência, mamãe não me incentivou a ajudar nos cuidados com ele. Ela queria que eu focasse nos estudos (o que não estava errado; embora uma coisa não elimine a outra). O sonho de mamãe para sua filha não era o de uma dona de casa com três crianças pequenas e um cachorro serelepe. Mas ali estava eu. Então, agora, você consegue imaginar como estava meu coração? Eu, mãe de três “pititicas”? Talvez elas não sobrevivessem a tamanha inabilidade. Talvez eu não conseguisse dar conta de arrumar a Juju para a escolinha, preparar a lancheira do dia, fazer a mamadeira da Belinha, amamentar a pequena Sara, dar banho nas três, varrer a casa, lavar e passar as roupas, preparar as refeições, arrumar a cozinha. Definitivamente, eu acreditava não estar preparada para aquela missão. Quando Sarinha nasceu, fazia cerca de seis meses que estávamos congregando em uma nova igreja. Eu já vinha participando dos encontros semanais das mulheres, com estudos bíblicos centrados na Palavra e orações, mas ainda não conhecia profundamente aquelas irmãs com as quais vinha tendo contato. Por isso, qual foi a minha surpresa quando um chá de bebê foi organizado para a chegada de Sara. Como se isso não bastasse, ao voltarmos da maternidade com nossa caçulinha em nossos braços, começamos a receber o apoio das irmãs do ministério de senhoras. Dona Augusta esteve em casa por algumas vezes, lavando e passando as roupas das meninas; Vanda — uma querida amiga e irmã que era minha vizinha na época e hoje é líder do ministério de mulheres de nossa igreja — sempre que podia vinha lavar as louças que se acumulavam sobre a minha pia. Giovana, outra vizinha cristã, de vez em quando, levava Juju e Belinha para sua casa,

para eu ter “fôlego” em meio à correria do dia a dia. Sopas, tortas, bolos: nas primeiras semanas pós-parto, fomos muito agraciados com pratos quentinhos e saborosos que, mais do que suprir nossas necessidades físicas, eram expressões do cuidado do Senhor para conosco.

Passado o tempo, pudemos novamente experimentar o favor do Senhor quando meu esposo ficou desempregado e algumas mulheres de nossa igreja se moveram em ação diaconal. Vimos o amor de Deus por nossa família sendo manifesto em cada gesto de nossos irmãos, especialmente, por meio das irmãs que preparavam a “cesta do amor”. Ainda hoje, como esposa de um dos pastores de nossa igreja e como responsável por um grupo de estudos bíblicos voltado para mulheres, em minha própria experiência de vida posso testemunhar das muitas bênçãos que podem fluir de um ministério de mulheres, um ministério no qual podemos colocar em prática os ensinamentos transmitidos do púlpito por nossos pastores, um ministério no qual as mulheres podem servir umas às outras, à família e à comunidade, objetivando a edificação mútua e, principalmente, a glória de Deus.

É por isso, querida irmã, que fui tomada de grande alegria e entusiasmo quando li as páginas desta preciosa obra que você tem em suas mãos. Posso imaginar que, se você tomou este livro para ler, é porque nutre um desejo de, cada vez mais, crescer no ministério, ou seja, no serviço à igreja de Cristo. E, se essa é mesmo a sua intenção, você encontrou o material que procurava. Ao longo dos próximos capítulos, você se deparará com ensinamentos e princípios valiosos que a ajudarão a compreender não apenas o que é o ministério de mulheres firmado nas Escrituras, mas a sua importância para o transbordar da graça de Deus sobre a vida dos membros da igreja local. Você será guiada em uma jornada significativa,

explorando os diferentes aspectos desse serviço cristão, bem como receberá orientações e conselhos práticos para a sua implementação, sob uma perspectiva que está em conformidade com a Palavra de Deus.

O ministério de mulheres pode ter uma atuação abrangente, pois há muitas formas com as quais nós, mulheres cristãs, podemos servir não só a nossa família na fé, mas expandir essas ações e alcançar outras mulheres em nosso país, sem que, para isso, tenhamos de nos engajar em disputas por cargos e posições com aqueles que receberam da parte de Deus o chamado para estarem à frente do rebanho, a saber, os presbíteros e diáconos. Antes, com uma atuação aprofundada nos conhecimentos teológicos acerca do papel e das funções dos homens e das mulheres na igreja, podemos ser vasos úteis nas mãos do Senhor e, ainda, usadas para aliviar as cargas que os líderes do rebanho levam sobre seus ombros.

À luz de Colossenses, revestidas como eleitas de Deus e como membros do corpo de Cristo, podemos expressar o amor do Senhor, atuando como braços e mãos estendidas para servir, para acolher, para sustentar, para interceder. Podemos ser as pernas daquelas que estão enfraquecidas ou cansadas. Podemos caminhar lado a lado e servir de apoio àquelas que se sentem sozinhas e desamparadas (Cl 3.12-14). Mulheres jovens ou maduras, casadas, viúvas e divorciadas, cada uma de nós, segundo a graça que nos foi concedida e tendo a Palavra habitando ricamente em nossos corações, podemos e devemos nos instruir e nos aconselhar mutuamente em toda a sabedoria (Cl 3.16). Podemos nos colocar sob a autoridade e a orientação de homens piedosos, fazendo tudo como para o Senhor, cientes de que estamos servindo a Cristo (Cl 3.23,24). Usufruindo dos meios de graça disponíveis a nós, podemos perseverar na oração não só para a criação, mas também para a

manutenção de um ministério de mulheres atuante, vigiando para que esse serviço permaneça fiel aos princípios bíblicos, mantendo sempre corações gratos (Cl 4.2).

Pessoalmente e utilizando também as redes sociais, ao nos portarmos com sabedoria e aproveitarmos as oportunidades (Cl 4.5,6), podemos ser testemunhas vivas da obra de Cristo. Por meio de uma palavra temperada com sal, os ensinamentos que anunciam o evangelho podem ir além e impactar tanto a vida das mulheres que estão perto, fortalecendo os vínculos relacionais, quanto daquelas que estão em outros cantos do Brasil; desta forma, podemos ser instrumentos para abençoar mulheres que já professam Jesus como Senhor tanto quanto para alcançar aquelas que ainda estão fora da igreja.

Como isso tudo é possível? É isso que este livro pretende responder. Esta maravilhosa obra não é um trabalho de uma só mão nem de um só coração. Em conformidade com o ponto defendido por Catherine, de que um ministério de mulheres não deve estar centrado em uma só pessoa, mas que deve ser formado por uma equipe levantada pelo Senhor, você perceberá a instrumentalidade de Deus por meio da vida de diversas irmãs que, ao longo dos treze capítulos, se revezam para trazer suas contribuições, cada qual de acordo com o talento que recebeu, e isso é o que torna essa obra tão singular e muito enriquecedora. Obviamente, rogando a sabedoria do alto, você poderá utilizar esse material como um norte que pode ser adaptado à realidade da sua igreja, suprimindo algumas dicas e acrescentando outras.

Meu desejo é que, à medida que for recebendo dessa fonte, você possa jorrar dela, regando a terra onde quer que você tenha sido plantada para servir. Que Deus use sua vida para encorajar e estimular outras irmãs a participarem da implementação ou da revitalização de um ministério de mulheres

enraizado em Cristo e nutrido por ele, pois dessa maneira os frutos desta obra serão agradáveis ao Senhor, visto que apontarão para aquele que é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação (Cl 1.15). Que sua vida possa revelar a glória de Cristo no serviço à igreja do Senhor, para a edificação dos santos.

Que a graça e a paz estejam com você, minha querida irmã, enquanto lê as palavras que virão a seguir e delas se apropria.

Laise H. Oliveira é casada com o Pr. Alexandre Oliveira, e mãe de Julia, Isabela e Sara. Atualmente, ela contribui com o ministério de mulheres da Igreja Batista da Graça, em São José dos Campos, como professora de Bíblia e na condução de um devocional matutino. Formada em pedagogia, em teologia (intra-corpus) e pós-graduando em aconselhamento bíblico (FTBSP), há mais de 12 anos, ela coordena os cursos de teologia on-line do Ministério Fiel. Além de ser uma das professoras dos cursos “Mulheres da Palavra” e “Feminismo vs. Feminilidade Bíblica”, Laise ministra palestras em eventos, conferências e congressos voltados para mulheres cristãs.

Introdução

O que nos levou a escrever este livro sobre como começar um ministério de mulheres na igreja foi por uma pergunta que ouvimos de muitas mulheres enquanto viajávamos pela

América Latina e Estados Unidos: Como iniciar um ministério de mulheres em nossa igreja?

O modelo

Na igreja anglo-americana há diferentes formas de começar um ministério de mulheres, mas, embora sejamos uma família em Cristo e tenhamos algumas necessidades comuns, existem diferenças culturais que exigem nossa atenção, quando pensamos em um ministério de mulheres para mulheres da América Latina. O objetivo do ministério é ajudar as mulheres a crescer na fé e santificar sua cosmovisão (Rm 12.2), por isso, antes de iniciarmos um ministério como este é vital conhecer a cultura do grupo com o qual iremos trabalhar. Embora cada cultura tenha sua própria cosmovisão, todas são governadas

Catherine Scheraldi de Núñez

pelo príncipe deste mundo (Ef 2.2) e tamanha é sua astúcia que ele apresenta o mesmo pecado de diferentes formas para impedir que o incrédulo veja a glória de Cristo.

É isso que torna a elaboração deste livro ainda mais desafiadora, porque existem muitas culturas na América Latina e não podemos falar apenas sobre um determinado modelo de ministério, pois cada igreja precisa avaliar seus pontos fortes e fracos e, então, adaptar o ministério à sua necessidade. Não podemos apenas “copiar e colar” um ministério que está dando certo em outro lugar; o que cada igreja precisa fazer é estudar o que outras igrejas estão fazendo e adequar às suas próprias necessidades.

Para dar um exemplo, nos Estados Unidos, quando uma mulher dá à luz, as mulheres da igreja se organizam para levar comida para aquela mãe, para que ela não tenha que se preocupar com esta tarefa logo nos primeiros dias do bebê em casa. Algumas até vão à sua casa para ajudar com a limpeza. Na República Dominicana, onde moro, as famílias têm pessoas contratadas para estas tarefas, então, a menos que a pessoa não tenha condições de contratar alguém, tais visitas não serão feitas. No entanto, há outras necessidades, como levar as crianças para a escola, já que não há serviço de ônibus escolar como nos Estados Unidos.

A ideia é avaliar e oferecer ajuda onde as necessidades são detectadas. Por isso, temos que ser criativas e não devemos ter medo de errar, isso faz parte do processo de aprendizagem; se nossas motivações forem santas e humildes, Deus as usará para o nosso bem e para o bem da igreja. Jesus nos diz em Mateus 7.7-8: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”. E se isso não bastasse, ele nos adverte em Tiago 4.2: “Nada tendes, porque não pedis”.

Portanto, vamos ao Senhor da seara buscar a sua vontade para tudo o que fizermos. Todavia, quando pedirmos, que o façamos com motivações santificadas, porque Tiago 4.3 nos adverte: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”.

A motivação

Nossa motivação nunca deve ser dar visibilidade para nossa igreja ou competir com outras igrejas. Como família da fé, muitas vezes será possível trabalhar em conjunto com outras igrejas para realizar um trabalho mais eficaz, mas nunca devemos competir com elas. Nosso objetivo também não deve ser de atender às necessidades das mulheres em nossa igreja, mas glorificar a Deus ao fazê-lo.

A finalidade

Jeremias 29.11-13 nos diz:

Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.

Portanto, nosso dever é buscar o propósito de Deus para o ministério. Efésios 2.10 nos assegura que Deus tem um plano para cada cristão, por isso, se trabalharmos em equipe, nos dirá qual é o plano que ele tem para nossa igreja. Devemos entender qual é o seu plano. Cristo é o cabeça da igreja (Ef 5.23), e como 1Coríntios 12.18 nos afirma, Deus coloca cada membro na igreja como ele quer; ele mesmo orquestra sua obra em nossa igreja local. Ele traz quem ele quer, porque conhece as necessidades deles e as nossas, e é fiel para enviar

os obreiros que precisamos e as pessoas com necessidades que podemos atender. Nosso Senhor é infinitamente sábio; ele é capaz de fazer tudo o que quer, como Efésios 3.20-21 nos ensina: “Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”

O mais importante

Devemos buscar a direção de Deus, e a única maneira de fazê-lo é em oração. O fundamento de todo ministério é Cristo; então, antes de fazer qualquer coisa, devemos orar e deixar que ele nos guie através do Seu Espírito. Ele está mais interessado em nos usar do que nós estamos em fazer o que ele quer; portanto, não devemos parar de buscar sua face. Romanos 8.26-27 nos assegura que:

O Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.

Confiemos, portanto, que ele responderá nossas orações no seu tempo e à sua maneira. Avaliar o sim e o não de Deus nos ajuda a reconhecer seu caminho para nós.

E de que maneira nos conduz? Como eu disse antes, se queremos sabê-lo, a primeira e mais importante coisa a ser feita é orar. O único que pode nos dar a sabedoria que precisamos, a direção para onde devemos ir e o poder para fazê-lo, é o próprio Deus.

A forma de nos comunicarmos com ele é por meio da oração. Quando oramos, o Espírito Santo nos orienta, como

João 14.26 nos ensina: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”. Podemos estar certas de que o Consolador está mais interessado nas mulheres de nossa igreja do que nós, e ele é o único que conhece suas necessidades e o que o futuro nos trará.

O ministério feito em nossa própria força nunca terá o mesmo impacto daquele que Deus faz por nosso intermédio.

A sujeição

Quando recebemos a confirmação de Deus em oração para iniciarmos um ministério de mulheres, devemos procurar nosso pastor e pedir sua autorização. Uma das formas de entender o que Deus quer é trabalhar com o pastor e com a visão que o Senhor lhe deu para sua igreja. Todas as igrejas têm a mesma missão: glorificar a Cristo por meio da evangelização e do discipulado, ajudando a santificar e encorajar os cristãos a “combater o bom combate” e serem fiéis até o fim. No entanto, a forma como cada igreja implementa esta missão é determinado pela visão que cada uma tem.

Devemos trabalhar sob a autoridade do pastor e junto com ele para completar essa missão de acordo com a visão que sua igreja tem, pois Deus tem um plano não só para cada igreja, mas para cada pessoa dentro dela, como dissemos antes ao citar

Efésios 2. 10. Isso é muito importante, porque o ministério de mulheres não é um ministério isolado, mas uma parte da igreja, e cada ministério, inclusive o de mulheres, deve ajudar a cumprir a visão integral da igreja.

Como formar uma equipe de liderança

Tendo a confirmação do Senhor e do pastor, você deve começar a avaliar os dons e habilidades que percebe nas

mulheres de sua igreja. Como 1Coríntios 12.18 nos ensina: “Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve”. Portanto, se Deus coloca as pessoas em nosso caminho, podemos confiar que essa é uma maneira de reconhecer o que ele quer que façamos. Servimos a um Deus de propósitos. Se seguirmos esses passos, caminharemos em direção ao alvo, “para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).

Obviamente, cada igreja tem uma missão diferente que dará um caráter diferente a cada ministério. Além disso, há muitos fatores a serem considerados ao realizarmos esta obra. Por exemplo, o tamanho da igreja pode determinar quantos líderes e quantos grupos serão necessários para dar suporte ao ministério. Na minha opinião, se você precisa somente de uma líder, ela deve ser alguém de fácil trato, que ouça e busque a opinião de outras mulheres.

Podemos encontrar na igreja dons e talentos em diferentes áreas, o que a levará a desenvolver departamentos do ministério de mulheres nos quais elas possam trabalhar. Uma das maneiras que Deus usa para dirigi-la é pela forma como as necessidades que você encontra dentro e fora de sua igreja se alinham com os dons, talentos, oportunidades e paixão que você encontra nas mulheres do ministério. Efésios 4.12 afirma que os santos (homens e mulheres) devem ser equipados para a obra do ministério e disso podemos inferir que as mulheres de uma igreja local, desde que aprovadas pelo corpo pastoral, estão encarregadas de equipar outras mulheres, conforme está instruído em Tito 2.3-4: “Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos”.

Em relação à liderança do ministério, há fatores que devem ser levados em consideração na escolha, como o número de mulheres com o dom de liderança, com sólidos conhecimentos bíblicos e com maturidade espiritual e sabedoria bíblica, pois isso determinará o tamanho e o caráter do ministério.

Adapte o ministério às necessidades da igreja

Se a igreja for de primeira geração de convertidos, talvez seja necessário treinar as líderes antes de iniciar o ministério. É importante procurar pessoas com o dom de liderança para capacitá-las na doutrina bíblica, na visão da igreja e, em liderança feminina bíblica, pois a eficácia do ministério diminui consideravelmente quando as líderes não estão alinhadas nessas três áreas. Em nossa igreja, temos um pacto que as líderes precisam ler e assinar de tempos em tempos. Se uma liderança não consegue caminhar em concordância com as demais, não importa quantas habilidades, dons ou talentos ela tenha, isso é sinal que Deus não a está chamando naquele momento. Quando cada uma delas é humilde o suficiente para aceitar que as sugestões das demais podem ser melhores do que as suas e é capaz de admitir suas fraquezas e erros, o Espírito Santo pode derramar suas bênçãos sobre a equipe e trazer paz (veja 1Co 1.10).

Para um ministério que já está atuando, se alguém apresenta ideias para novos projetos, mas você não encontra as pessoas certas para liderar, isso pode ser um sinal que essa ideia ainda não é para sua igreja ou não é para o momento atual. Só Deus é onisciente e como ele tem um propósito em tudo, devemos confiar que ele fará sempre o melhor.

Existem outros fatores que podem afetar o rumo do ministério e merecem nossa atenção. Por exemplo, qual é o orçamento disponível e quanto os membros podem pagar pelos

eventos do ministério. Se a igreja for composta de pessoas com poucos recursos financeiros, será difícil trazer uma pregadora conhecida para um retiro, enquanto igrejas com pessoas com mais recursos, podem. Nesse sentido, é necessário que a liderança das igrejas grandes e abastadas não esqueça das igrejas menores e com menos recursos e as inclua em seus eventos para a edificação de todo o corpo de Cristo.

Outro fator importante é a faixa etária das mulheres da igreja. Os tipos de eventos para as jovens podem ser diferentes daqueles realizados para as mulheres da melhor idade, embora devamos incluir todas no ministério. Também devemos levar em conta que nos eventos as mulheres de diferentes idades devem interagir, porque cada uma pode aprender com a outra, edificar e encorajar a outra e enriquecer não apenas a si mesmas, mas a toda a igreja.

Ademais, é necessário compreender as diferentes situações que existem na igreja, que podem ter relação com sua história. Por exemplo, igrejas que tiveram divisões, muitas vezes têm feridas que precisam ser curadas. Nesses casos é vital direcionar o ministério para ministrar especificamente a essas feridas para trazer cura, para depois começar a ministrar outras áreas.

A realidade é que todos esses fatores são oportunidades para ouvir a voz de nosso Senhor e só depois edificar sua igreja.

Um pouco da história do ministério de nossa igreja

No caso de nossa congregação, a Iglesia Bautista Internacional (IBI), a visão do pastor titular é de ter uma igreja sem muros, que impacte a vida de seus membros para que eles impactem a cultura na qual estão inseridos. Diante disso, pudemos notar que as pessoas que o Senhor enviava à igreja eram precisamente aquelas de que precisávamos para concretizar esta visão. Mesmo antes de chegar à República

Dominicana, o Senhor fez o pastor entender que o ministério para o qual ele o estava chamando era para toda a América Latina e não apenas para uma região da República Dominicana. Anos depois, isso se confirmou pelas pessoas que Deus colocou na igreja.

O Senhor tem abençoado nossa igreja com pessoas que têm não apenas dons e talentos, mas também a capacidade e o chamado para realizar essa visão. A igreja começou a desenvolver gradualmente seus diferentes ministérios, incluindo o ministério de mulheres. Deus enviou muitas mulheres de diferentes idades, com dom da liderança, com sabedoria, com habilidades e talentos dados pelo Senhor, com amor a Deus e ao seu povo, dispostas a glorificar a Cristo em suas vidas e passar este legado para outras mulheres. Entendemos que devíamos dar-lhes a oportunidade de servir, pois não usar esses dons e talentos seria agir como o servo mau e negligente, que escondeu seu talento na terra em vez de investi-lo no reino de Deus (Mt 25.14-30). Filipenses 2.13 nos ensina que “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”, então, nosso dever é agradar ao Senhor reconhecendo a liderança das mulheres que ele nos enviou. Nosso ministério de mulheres mudou ao longo dos anos. Começamos comigo como encarregada, mas sempre buscando a participação de outras mulheres. Após alguns anos, passamos a alternar a pessoa responsável pelo ministério de tempos em tempos, mas percebemos que isso não estava funcionando como desejávamos. Então, formamos um comitê de mulheres que se reuniam para discutir os assuntos e chegávamos a acordos e depois passávamos as decisões para os pastores. Isso funcionou muito bem por um bom tempo, mas, como era um trabalho voluntário, achamos que poderia sobrecarregar as mulheres do comitê de liderança e ainda nos faltava incluir todas as

mulheres que serviam como líderes nos pequenos grupos. Como pertencemos a uma grande igreja com muitos grupos, o pastor decidiu que precisávamos de uma mulher que fosse funcionária da igreja, encarregada de acompanhar e aplicar as ideias que tínhamos. Atualmente temos uma equipe feminina com diferentes níveis de participação. No primeiro nível estão duas de nós, ambas esposas de pastores, com a coordenadora do ministério. Reunimo-nos e definimos ideias, metas etc. O segundo nível é composto por várias mulheres com dons, talentos e habilidades em diferentes áreas para nos ajudar a decidir para onde queremos ir durante o ano. Levamos as ideias para este segundo nível e elas nos ajudam a refinar e melhorar as ideias. No terceiro nível estão as mulheres que trabalham como líderes de grupos de estudo bíblico para mulheres, líderes de grupos de casais juntamente com seus maridos, aconselhamento, intercessão, ministério de misericórdia, diaconia, entre outros, com quem compartilhamos as informações para que possam nos dar sua perspectiva sobre as questões que precisamos melhorar no ministério. Como você pode ver, nosso ministério de mulheres está em constante transformação porque os tempos, as necessidades e a curva de aprendizado mudam. Deus não muda, como lemos em Hebreus 13.8, mas nós mudamos; então, à medida que continuamos a buscar seu propósito, vemos nossos erros e acertos e continuamos a crescer nele.

Nosso desejo com este livro é compartilhar o que aprendemos e contribuir “com um grão de areia” para ajudar a equipar nossas irmãs no trabalho que nosso Senhor lhes confiou. Não estamos interessadas em ser vistas como especialistas, porque realmente não somos, mas como mulheres que querem honrar a Cristo e usar nossos dons para que ele seja glorificado em toda a Terra.

Nos próximos capítulos, cada um escrito por diferentes mulheres, entraremos em mais detalhes sobre os diferentes aspectos do ministério de mulheres. Oramos para que Deus use nossas palavras para sua glória e para a edificação de sua igreja.

Prostra-se toda a terra perante ti, canta salmos a ti; salmodia o teu nome. Vinde e vede as obras de Deus: tremendos feitos para com os filhos dos homens! (Salmos 66.4-5)

Capítulo 1

O que é o ministério de mulheres e por que ele é necessário?

Engrandecei o Senhor comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.

(Salmos 34.3)

Deus criou Adão e Eva à sua imagem (conforme lemos Gênesis 1.27) e, embora lhes tenha dado papéis diferentes, o propósito de cada um era de representar a Deus na terra. Nosso Deus é infinito, mas nós não somos. Ele tem as virtudes de ambos os sexos (masculino e feminino), mas criou o homem e a mulher com diferentes características. Por isso, individualmente, não somos capazes de refletir tudo o que Deus é, mas, quando nos complementamos, o mundo tem uma imagem mais completa dele.

Com a entrada do pecado no mundo, algo que era natural antes disso — representá-lo — tornou-se não apenas difícil,

mas impossível, porque o coração humano se tornou enganoso e sua mente foi obscurecida. Isso distorce sua maneira de pensar e impede que ele reflita a Deus em sua natureza. Desde então, temos a necessidade de aprender a glorificá-lo, porque é impossível para nós fazê-lo naturalmente. Por isso, Deus nos deu seu Espírito Santo para habitar em nós (1Co 3.16) nos dar a mente de Cristo (1Co 2.16).

Embora os princípios bíblicos sejam os mesmos para cada sexo, o fato de sermos tão diferentes torna a maneira de alcançar o coração das mulheres diferente dos homens, por essa razão, o ministério das mulheres pode ajudá-las em seu processo de santificação de maneira mais eficaz do que somente as reuniões mistas. Isso complementará o que aprendemos nos cultos de adoração dominicais. Não quero dessa forma diminuir a relevância do culto dominical, apenas desejo mostrar que o ministério de mulheres pode ajudar as mulheres a colocar em prática corretamente o que se prega a cada domingo.

A essência da mulher é a conexão. O Salmo 144.12 nos ensina: “Que nossos filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas, e nossas filhas, como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio”. A palavra hebraica para colunas é zaviyth, 1 que significa “pedra angular, canto” e carrega o sentido de sermos “conectoras”. Deus nos criou como ezer;2 que significa “auxiliadora” e obviamente isso é algo que não pode ser feito isoladamente. Portanto, se limitarmos nossa participação ao culto dominical, privaremos a nós mesmas e à igreja das bênçãos que Deus pretende conceder por meio dos dons que ele colocou em nós e pelo fruto do Espírito que ele desenvolve em cada um de seus filhos.

1 Dicionário Bíblico Strong, palavra #h2106. 2 Strong, palavra #h5828.

Entendemos que o nível de participação de cada mulher na vida da igreja dependerá muito do estágio em que ela se encontra e do desenvolvimento de sua família. Mulheres com filhos pequenos ou doentes, com familiares dependendo de sua ajuda, por exemplo, têm menos tempo para participar das atividades da igreja. Tais mulheres não devem se sentir culpadas por isso, nem se afastar completamente, porque elas precisam manter sua comunhão com os membros de sua igreja e receber a ajuda que suas irmãs em Cristo podem lhes oferecer. Isso certamente tornará sua vida mais produtiva e agradável. Homens e mulheres precisam aprender a sã doutrina e ao mesmo tempo saber como aplicá-la em suas vidas (veja Tito 2.3-5), pois somos “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1Pe 2.9); e para vivermos esta realidade precisamos aprender a viver “de modo digno da vocação” a que fomos chamados (Ef 4.1). Embora Deus seja onipresente, uma das formas de ele se manifestar é através do seu povo, e o contato com nossas irmãs enriquece nossa vida cristã (veja Hb 10.23-25).

Qual seria a melhor maneira de aprender umas com as outras à medida que vivemos para Cristo? A resposta é: em um ministério de mulheres! Nele temos a oportunidade de partilhar as experiências do nosso relacionamento comum com Cristo com o propósito de fortalecer o relacionamento com Deus e de umas com as outras, enquanto passamos nosso legado para a geração seguinte (Tt 2.3-5).

Se a missão da igreja é glorificar a Cristo pela evangelização e discipulado, ajudando a santificar e encorajar os cristãos a combater o bom combate e serem fiéis até o fim, então precisamos de oportunidades de fazê-lo. É óbvio que o homem e a mulher podem realizar as mesmas tarefas, porém as fazem de maneiras diferentes; portanto, fornecer oportunidades distintas

para cada grupo fortalecerá a igreja. As mulheres precisam de oportunidades para aprender as Escrituras, nas quais possam fazer perguntas, compartilhar dúvidas, confessar e pedir ajuda e depois aplicar o que aprenderam. Como cristãs que creem na complementaridade, entendemos que as mulheres não apenas podem, mas devem contribuir para o cumprimento da visão da igreja de certas maneiras que os homens não fariam. Mulheres com doutrina cristã sã e sólida podem ajudar os líderes trazendo uma perspectiva feminina para as diferentes situações nas quais se encontram.

Nas Escrituras, a expressão do grego para ministério é diakonéo,3 que significa “ser servo, servir”. Assim, o ministério de mulheres é um ambiente no qual as líderes servem às mulheres e, ao mesmo tempo, ensinam outras a servir segundo o que a Bíblia ensina. Embora tenhamos momentos de descontração, o ministério não é um clube, mas um espaço no qual aprendemos a fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10.31). Cada uma de nós aprende estudando a Palavra, ouvindo as Escrituras na pregação e conversando umas com as outras, mas quando vemos tudo o que lemos e ouvimos em ação, o aprendizado se solidifica em nossas mentes e corações. Mas também é verdade que, em muitos casos, as ações falam mais alto que as palavras. O ministério das mulheres deve criar ambientes seguros para as mulheres feridas encontrarem cura, aceitação e conselho. Ambientes onde mulheres confusas ou perturbadas precisam encontrar auxílio, correção, aconselhamento, fortalecimento, oração (Tg 5.16) e alguém que caminhe com elas nas tribulações da vida (Gl 6.2); ambientes onde amizades profundas possam crescer e florescer para glorificar a Deus (Pv 18.24); onde as mulheres podem identificar seus

3 Strong, palavra #g1247.

dons e habilidades e ser equipadas e encorajadas a usá-los (1Co 12.7); e, finalmente, o ministério de mulheres deve criar ambientes para o aprendizado das Escrituras. O ministério não é um fim em si mesmo, mas uma ferramenta para ajudar as mulheres a cumprirem o chamado que Cristo tem para cada uma delas (1Co 12.12).

Como dissemos na introdução, cada igreja é diferente, por isso, o ministério terá características próprias em cada uma delas. Eles podem trabalhar com pequenos grupos, retiros, estudos bíblicos, grandes ou pequenos grupos de oração e diferentes equipes de trabalho, como de escola dominical, evangelismo, missões, aconselhamento, prisões, creches, ministério de adolescentes, idosos, doentes, misericórdia, casais com filhos pequenos, recém-casadas ou mulheres grávidas, artesanato etc. A lista é interminável e dependerá das oportunidades de serviço que o Senhor apresenta para cada igreja. Em resumo, um ministério de mulheres deve incluir todas as idades, independentemente da nacionalidade ou situação econômica; deve oportunizar o aprendizado da Palavra de Deus (2Tm 2.15) e a aplicação do que é aprendido (1Pe 4.10); deve oferecer apoio mútuo (Ec 4.10), tempo para socialização e cultivo de amizades piedosas com outras irmãs (Hb 10.25); tempo para passar o legado bíblico para a próxima geração (Tt 2.3-5) e evangelização (Mt 28.19-20).

Nosso objetivo pessoal e para todo o ministério de mulheres deve ser a glória de Deus em tudo, ministrando e equipando as pessoas para que elas o exaltem, e, ao fazê-lo, cumprirmos o que lemos no Salmo 86.12: “Dar-te-ei graças, Senhor, Deus meu, de todo o coração, e glorificarei para sempre o teu nome”.

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