FORMAÇÃO PERMANENTE
TRABALHO EM EQUIPE: Dante R Quadros
Introdução Na perspectiva do modelo VUCA (Ambiente Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), estamos vivendo tempos difíceis, onde o ser humano tem-se encontrado em permanente alerta de mudança. Essa situação exige diferentes respostas e comportamentos em momentos e tempos assimétricos. Todas essas ameaças e transformações impactam, sobremaneira o sistema produtivo e a vida das pessoas e, por consequência, impõe às organizações a adaptação a um ambiente turbulento e competitivo (Motta, 1998). Essas inesperadas alterações, nas diferentes organizações públicas e privadas, ocorrem e estão centradas nas pessoas, em especial naquelas com qualificação e cultura, e que, na sua grande maioria, trabalham em equipes. E é nesse conjunto de pessoas organizadas que ultimamente vem se desenvolvendo e intensificando vínculos sociais interativos e com maior frequência de compartilhamento e troca de conhecimentos. Diante deste novo cenário competitivo e em rede, para que as empresas adquiram agilidade operacional, torna-se necessária a ação efetiva do trabalho coletivo, onde as relações precisam ser coesas, objetivas e determinadas, favorecendo a execução de tarefas e, em consequência, o alcance dos melhores resultados esperados. Ao longo do tempo, aprendeu-se a trabalhar e a cooperar com um número diversificado de pessoas, maneira pela qual as equipes têm sido utilizadas como mecanismos para alavancar as diversas alterações que ocorrem nos arranjos de trabalho, promovendo o equacionamento dos processos, da hierarquia, da adaptabilidade e da agilidade, e da criação da vantagem competitiva (Molina; Sbra-
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gia, 2005). “Nunca houve uma necessidade tão grande de dominar a aprendizagem em equipe nas organizações quanto à de hoje” (Senge, 2002).
Perdas e ganhos no Trabalho em Equipe Equipes de trabalho são aquelas em que os integrantes buscam a sinergia, onde o resultado alcançado pelo grupo como um todo tende a ser maior do que a simples soma dos resultados individuais de cada participante isoladamente em sua área de atuação (Robbins, 2001). Em geral, as equipes superam a performance de outras modalidades de interação como os bandos e os grupos de interesses, nem sempre alinhados com os propósitos da organização. O trabalho compartilhado na equipe representa uma das melhores formas de se alcançar resultados e apoiar as amplas mudanças que se fazem necessárias em qualquer empreendimento que almeje um desempenho considerado de alta performance. As equipes de trabalho efetivas não emergem do nada e começam a funcionar. Elas necessitam de treinamento e compromisso com a estratégia adotada. O sucesso real de uma equipe