Salad Creations: logística do início ao fim com a Luft Food Service Libra soluciona fluxo logístico internacional da Flextronics capa final_final.indd 1
Entrevista: Erik Klönhammer conta seus primeiros meses frente à Katoen Natie no Brasil 20/12/2010 18:03:17
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SUMÁRIO
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Destacamos o seminário promovido pela Secretaria Especial de Portos em Fortaleza, em dezembro, que debateu soluções logísticas para aproveitar todo o potencial de negócios da região Nordeste
MERCADO Veja todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção
CROSS-DOCKING
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ARTIGO POLI Artigo da Poli/USP descreve a proposta de formação de indicadores logísticos para uma grande empresa, ajudando-a a acompanhar seus objetivos e estratégias de forma mais automatizada
Acompanhe o vai e vem dos profissionais no movimentado mercado de logística brasileiro
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EVENTO
ENTREVISTA O novo presidente da Katoen Natie no Brasil, Erik Klönhammer, mostra a visão da empresa para o Brasil, que considera um dos mercados de maior potencial de crescimento
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TERCEIRIZAÇÃO
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ILOS Artigo mostra as conclusões da Pesquisa Nacional de Transporte Rodoviário feita pelo ILOS em 2010, trabalho realizado com os principais transportadores de carga neste modal no país
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Divulgação Salad
Num exemplo de serviços estendidos de logística, a Luft Food Service participou de todas as etapas de implantação da Salad Creations no Brasil, desde o desenvolvimento de fornecedores até a programação de compras e a logística fiscal
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Obras que abordam competitividade da indústria marítima brasileira e um panorama do setor de cabotagem; o abandono da aduana brasileira, com base em pesquisa de campo; e as técnicas de armazenagem e movimentação de materiais são os destaques desta edição
IMPORTAÇÃO Ao utilizar seu porto seco para a importação dos componentes utilizados pela Flextronics no Brasil, a Libra Logística conseguiu reduzir o estoque da empresa de 70 dias para apenas três
LIVROS
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PRODUTOS Conheça os lançamentos e os principais produtos, serviços e sistemas voltados à logística
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AGENDA Os mais importantes cursos, seminários, feiras e demais eventos do setor de logística estão em nossa Agenda
Capa: Carol Ermel Fotos: Istockphoto e Luiz Machado
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EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br
Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br
Jorge Roberto Simão
Que se cumpram as promessas
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no novo, época de renovação de metas, de resoluções e, por que não dizer, de promessas. Isso vale para o plano pessoal, empresarial e até mesmo para o país. No caso do Brasil, a renovação é completa, com a entrada do novo (novo?) governo da presidente Dilma Rousseff. Ter a chamada “mãe do PAC” à testa do Executivo traz esperanças para o setor de logística e infraestrutura que continua sendo o calcanhar de Aquiles do Brasil. Mesmo com os inegáveis avanços, é claro que a infraestrutura brasileira não acompanhou o crescimento expressivo que o país teve nos últimos anos. Mais do que isso, os projetos previstos pelo PAC e PAC 2 perpetuam um problema atávico do país, que é pensar a estrutura e os modais de forma isolada, sem considerar a necessária integração de todo o sistema. O multimodalismo ainda é pouco contemplado pelos projetos, as ferrovias carecem do empenho do governo em cumprir sua parte nos contratos de concessão e os dutos sequer são considerados, e isso num país que está prestes a se tornar um dos maiores produtores de combustíveis do mundo. Sem contar o setor aeroportuário, que chegou ao final do ano às voltas, mais uma vez, com uma situação de caos. Continuamos sofrendo de uma crônica incapacidade de planejar a longo prazo e executar o planejado no prazo. Exemplo disso é o estádio que supostamente abrirá a Copa do Mundo de 2014, que ainda não tem sequer projeto. Louvável exceção foi a atuação da Secretaria Especial de Portos, capitaneada pelo ministro Pedro Brito, que impulsionou de forma expressiva o setor portuário brasileiro embora, é claro, não tenha resolvido todas as suas questões. Mas este primeiro editorial de 2011 não é para apontar os problemas. Isso a Tecnologística fez bem durante todo o ano de 2010, da mesma forma como vem fazendo em seus quase 16 anos de mercado. Esta é uma mensagem de esperança. Esperança de que a nova presidente possa pensar mais em um projeto de país do que de poder; que invista nos setores básicos, como o da educação, em que o Brasil acumula fracassos; e que ao final de seu mandato entregue aos brasileiros um país melhor, mais justo e mais competitivo no cenário internacional. Um país – como diz o slogan do atual governo – que seja de todos. Que possamos deixar de ser a eterna promessa que nunca se cumpre. Um excelente começo de ano a todos. Shirley Simão
jorge@publicare.com.br
Ano XVI - N.º 182 - Janeiro/2011 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP
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Reportagem Fábio Penteado Fernando Fischer
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Periodicidade Mensal Circulação Nacional Conselho Editorial Antônio Galvão Novaes; Arthur A. Hill; César Lavalle; Hugo Yoshizaki; Marcos Isaac; Paulo Fleury; Pedro F. Moreira; Robert Caracik; Rodrigo Vilaça; Walter Zinn. A Revista Tecnologística não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados, bem como pelas opiniões emitidas pelos entrevistados. Reprodução total ou parcial permitida, desde que citada a fonte. Registrada no 1.º Cartório de Reg. de Tit. e Doc. sob n.º 219.179, nos termos da Lei n.º 5.250/67 (Lei de Imprensa). Marca Registrada INPI n.º 818.454.067. Tiragem auditada pelo Associada à
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MERCADO
Mercado de implementos cresce expressivamente em 2010 Setor rodoviário deve encerrar o ano com faturamento de R$ 6,8 bilhões
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essa meta, o setor estará registrando crescimento acima de 40% em relação a 2009, quando foram comercializadas 115.107 unidades”, diz Cesar Pissetti, vice-presidente da entidade. Da produção esperada para 2010, Pissetti estima que os implementos da linha pesada deverão responder por 59 mil unidades e os da linha leve, por 113 mil unidades. “O mercado interno continua sendo muito representativo para o setor. Creio que as vendas domésticas ficarão com 168 mil unidades emplacadas do total e as exportações responderão por quatro mil unidades”, explica. Embora de uma forma geral todos os segmentos abrangidos pela entidade tenham apresentado ganhos significativos, o vice-presidente considera preocupante a situação do câmbio que, segundo ele, está comprometendo a competitividade do país. De acordo com Pissetti as exportações estão sendo mantidas apenas para preservar a estrutura de distribuição existente. Com capacidade instalada para fabricar cerca de 200 mil implementos rodoviários por ano (65 mil da linha pesada e 135 mil da linha leve), o setor
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egundo o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), o ano de 2010 foi um dos melhores da história para a indústria de implementos rodoviários, tanto que a estimativa dos empresários do setor era encerrar o ano com um faturamento de R$ 6,8 bilhões, ante os R$ 5 bilhões de 2009. O bom desempenho é creditado ao aquecimento da economia brasileira, com destaque para o agronegócio, produção agrícola, construção civil e infraestrutura. Mas fatores como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zero; linhas de financiamento como Finame, PSI (Programa de Sustentação do Investimento) e Procaminhoneiro, além do Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) também contribuíram positivamente para o crescimento do setor. Em números absolutos, até o final de dezembro passado, a produção brasileira do segmento de implementos rodoviários previa alcançar 172 mil unidades (reboques, semirreboques e carroçarias sobre chassis) para atender aos mercados interno e externo. “Alcançando
Setor rodoviário vendeu 172 mil unidades no ano passado
responde atualmente por 68 mil empregos diretos e indiretos. “Acredito que até 2013 estaremos com um quadro profissional da ordem de 80 mil colaboradores, entre diretos e indiretos”, projeta Pissetti.
Crescimento no ferroviário O Simefre divulgou também dados relativos à indústria ferroviária, com expectativa de faturamento para o final de 2010 em torno de R$ 3 bilhões, ante R$ 2,1 bilhões do ano anterior. De acordo com as previsões, a indústria de vagões mais que triplicará o volume produzido em 2009. “Começamos o ano com uma previsão de fabricar 2.500 vagões, mas projetamos encerrar o exercício com 3,3 mil unidades produzidas e entregues ao mercado. O volume é bastante significativo, considerando que, em 2009, comercializamos apenas 1.022 vagões devido à crise internacional”, comenta Luiz Fernando Ferrari, vice-presidente do Simefre. Com capacidade instalada para fabricar mais de cem locomotivas por ano, os fabricantes devem terminar 2010 com 65 unidades comercializadas, sendo 25 para exportação. Em 2009, as 22 locomotivas produzidas no país destinaram-se ao mercado externo. Segundo Ferrari, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lançado em 2009 por conta da crise econômica e prorrogado até 31 de março de 2011, alavancou as vendas de vagões e locomotivas. “Registramos também uma reação dos mercados externos de minérios, grãos e açúcar”, complementa. Até o final de 2010, a indústria de carros de passageiros deve fabricar 421
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1.200 carros de passageiros, 150 locomotivas e nove mil vagões para os próximos dois anos, além de serviços de reparação e modernização de todos estes equipamentos. De acordo com o Simefre, os empresários do setor projetam colocar no mercado cerca de cem locomoCarteira ferroviária está aquecida para 2011 tivas, 450 carros de passageiros e cinco mil vagões em da malha ferroviária, com a incorpo2011. O bom momento é fruto do ração de novos trechos da Ferrovia aquecimento dos setores de minera- Norte-Sul, por exemplo. ção, grãos, açúcar e carga geral conSimefre: (11) 3289-9166 teinerizada, bem como da expansão Magrão Scalco
unidades, das quais 41 deverão ser exportadas. O desempenho fica abaixo do resultado do ano passado, quando foram produzidos 434 unidades, das quais foram exportadas 374. O dólar baixo frente ao real tem prejudicado a competitividade da indústria ferroviária brasileira, que também sofre, como outros setores, os efeitos negativos decorrentes da elevada carga tributária, dificultando as exportações. Para Ferrari, com a entrada do novo Governo Federal, a indústria fabricante de carros de passageiros deve aguardar investimentos substanciais, devido à crescente demanda nas grandes capitais com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que fazem do sistema metroferroviário uma prioridade. A indústria ferroviária brasileira possui uma carteira de encomendas de
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MERCADO
Terminal de Paranaguá terá expansão nas próximas décadas
Rodrigo Leal / APPA
Projeto prevê um complexo formado pelo porto paranaense e pelos futuros portos em Imbucuí e na Ilha Rasa da Cotinga perspectiva é de ampliar ainda mais o complexo com a criação de um terminal portuário na Ilha Rasa da Cotinga. De acordo com a conselheira Maria do Socorro Oliveira, relatora da comissão que elaborou os estudos, a região de Imbucuí já está prevista pelo Zoneamento Municipal de Paranaguá como área de interesse de expansão portuária. “O novo terminal vai dar fôlego renovado ao sistema atual, que chegará ao limite com o ritmo crescente das movimentações”, explica.
Investimento
Objetivo é permitir ao terminal acompanhar o crescimento do setor
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Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá (CAP) – composto por representantes do Poder Público, dos operadores, dos trabalhadores e dos usuários dos serviços portuários – aprovou por unanimidade, em novembro, a proposta de macrozoneamento da área do porto. O projeto trata das possíveis expansões do terminal paranaense nas próximas décadas, previstas pelo Plano Diretor do município e pelo Plano Estratégico dos Portos do Paraná. A aprovação é o primeiro passo para dar início aos estudos de ocupação estratégica e de delimitação de espaços destinados a cargas específicas no cais de atracação. Segundo o superintendente dos Portos Públicos do Paraná, Mario Lobo Filho, o objetivo é permitir que o terminal acompanhe o crescimento do setor portuário mundial e que as mudanças necessárias sejam feitas de forma plane-
jada e organizada, sem prejudicar a comunidade local. “O macrozoneamento é importante para garantir que o porto consiga responder às demandas do comércio marítimo internacional e também para não deixar que isto ocorra de maneira negativa para quem mora na cidade. A ideia é não permitir que o porto seja pressionado pela área urbana e viceversa”, explica o superintendente. A última discussão do CAP a respeito das expansões portuárias de Paranaguá aconteceu em 2002, quando foram delimitadas as áreas primárias, secundárias e terciárias ocupadas atualmente.
Ampliação O projeto de expansão para o período compreendido entre 2010 e 2020 prevê um complexo formado pelo Porto de Paranaguá e pelo futuro Porto de Imbucuí/Imbuguaçu. Até 2030, a
Melhorias de curto prazo na infraestrutura do Porto de Paranaguá também foram apresentadas durante a reunião do CAP. De acordo com o superintendente da Associação dos Portos Paranaenses (Appa), uma reunião na Secretaria Especial dos Portos, em Brasília, discutiu estratégias imediatas e obras urgentes para o terminal, que devem ser incluídas entre os investimentos do Governo Federal no PAC 2. “A nossa prioridade é o repotenciamento do corredor de exportações para aumentar a capacidade de embarque de granéis e responder ao aumento da demanda natural e reprimida da exportação de soja, farelos, açúcar e milho. Para tanto, propusemos a construção de novos silos públicos”, adianta Lobo Filho. “Debatemos, ainda, a necessidade de construir um quarto berço de atracação para navios de contêineres, além de um novo berço com flexibilidade para atracação de navios de carros e de passageiros”, completa. Appa: (41) 3420-1100
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MERCADO
Braspress adota controle móvel de poluentes Divulgação
Veículo equipado especialmente para realizar o controle de emissões passará por todas as filiais da companhia
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Braspress designou um técnico de manutenção que percorrerá todas as cem filiais da companhia espalhadas pelo Brasil para realizar testes e vistorias de emissão de poluentes em todos os 985 caminhões que compõem sua frota. Para realizar a operação, a Braspress conta com uma unidade móvel de controle equipada com opacímetro (aparelho que mede a emissão de poluentes), balanceador e alinhador de rodas. O
objetivo do projeto é aprimorar a gestão ambiental da companhia. “Adotamos uma política de sustentabilidade ambiental que controla a emissão dos gases poluentes de nossos caminhões, contribuindo para a preservação do meio ambiente e da qualidade do ar que respiramos. Agora, passamos a adotar essa política com a unidade móvel, numa experiência-piloto”, conta Urubatan Helou, diretor-presidente da Braspress. Segundo ele, a companhia tem planos de expandir o serviço para cinco veículos com as mesmas funções. Além do novo projeto, a Braspress conta ainda com outras medidas que
visam a sustentabilidade de suas operações, como a utilização, desde 2006, do biodiesel em toda sua frota de caminhões. “A decisão de utilizarmos o biocombustível foi uma medida pioneira e uma excelente oportunidade da companhia contribuir para a redução da poluição”, explica Helou. “Utilizamos também veículos que atendem à norma Euro III, dotados de gerenciamento eletrônico de combustível, que proporcionam maior desempenho com baixo consumo de óleo diesel”, finaliza o diretor-presidente. Braspress: (11) 2188-9000
KK Logística aumenta área de armazenagem Armazém abriga peças de reposição das empilhadeiras fabricadas pela multinacional Komatsu
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KK Logística, representante das empilhadeiras Komatsu Forklift no Brasil, investiu na duplicação de seu CD, localizado na cidade de Barueri (SP), destinado à armazenagem de peças de reposição. A KK comercializa empilhadeiras com capacidades entre uma e 45 toneladas – com maior volume de vendas no modelo de 2,5 t – além de prestar suporte técnico às máquinas da Komatsu em funcionamento no Brasil. A ampliação tem como objetivo oferecer melhores serviços de manutenção para os usuários dos produtos
da marca em todo o Sudeste do país e tornar mais dinâmicos os processos de recebimento e entrega dos equipamentos ao cliente final. De acordo com José Storino, diretor da KK Logística, os investimentos estão de acordo com a estratégia da companhia de ampliar a venda de peças de reposição para a base de clientes Komatsu. “No mês de junho, passamos a importar as peças diretamente dos Estados Unidos, e isso vem gerando o aumento da procura por esses itens originais de fábrica. Com a ampliação do espaço, passa-
remos a contar com uma gama de produtos ainda maior para pronta entrega”, explica o executivo. Storino ressalta que essa nova modalidade de comercialização de peças originais traz uma série de benefícios para o cliente. “Além de aumentar a disponibilidade, a importação direta vem representando redução de custos de manutenção dos equipamentos e competitividade ainda maior para as empilhadeiras Komatsu no mercado”, completa. KK Logística: (11) 4191-6612
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Toyota BT inaugura unidade e muda porto de importação Novidades fazem parte da estratégia da empresa para atender ao possível aumento da demanda
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e olho na crescente demanda de mercado, a Toyota BT inaugurou uma nova unidade em São José dos Pinhais (PR), visando aumentar a capacidade de armazenagem e agilizar seus processos logísticos. Instalada dentro de um moderno condomínio logístico, a nova unidade tem mais de três mil m² e conta com completa infraestrutura para carregamento e descarregamento de máquinas e peças, além de bom Nova sede unifica processos de recebimento e liberação espaço para estoque. De acordo com o gerente de Peças e “A determinação de iniciar este projeto Serviços, Naoto Hiramatsu, além de se representa uma importante otimização preparar para o crescimento do merca- na logística de importação e distribuição do brasileiro e o consequente aumento das empilhadeiras, com foco em atender de pedidos, a inauguração da unidade melhor aos consumidores de todo o Bratambém foi motivada pela necessida- sil, uma vez que acreditamos no potende de otimização das operações logís- cial de crescimento do mercado brasileiticas da empresa que, com a estrutura ro como um todo, e não somente o de anterior, contava com várias bases di- São Paulo”, destaca Ueda. ferentes de armazenamento. “PrecisáComo a nova sede e a mudança de vamos de um espaço maior que nos porto também permitirão que os propermitisse concentrar em um só local cessos de recebimento e liberação das o recebimento, a armazenagem e a dis- máquinas aconteçam em um mesmo tribuição das máquinas importadas”, local, os executivos da companhia esdetalha Hiramatsu. peram, ainda, reduzir sensivelmente o Outra decisão importante da empre- tempo de entrega das máquinas e reposa visando facilitar e agilizar os proces- sição de peças para os clientes. “Temos sos foi a mudança de recebimento das a convicção de que poderemos adotar máquinas do Porto de Santos para o de um planejamento eficiente de atividaParanaguá. O gerente de Vendas da em- des, bastante estruturado e definido, de presa, Roberto Ueda, conta que, antes da acordo com as nossas expectativas e neiniciativa, a Toyota BT estudou durante cessidades”, acrescenta Hiramatsu. meses toda a estratégia logística de disToyota: (11) 3511-0400 tribuição das máquinas em todo o país.
Jamef amplia atuação em Goiânia
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Jamef Encomendas Urgentes, companhia que oferece serviços de transporte de carga fracionada de alto valor agregado para todo o Brasil, anuncia que ampliou suas atividades na filial de Goiânia. Hoje a unidade conta com veículos de grande, médio e pequeno portes que dispõem de sistema de rastreamento e monitoramento total, além de uma equipe especializada para atender aos clientes de todo o estado. Entre as principais praças de atuação da Jamef em Goiás estão Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Jataí, Jaraguá de Goiás, Goianésia, Catalão e Itumbiara, além de Goiânia. “O investimento na ampliação da filial de Goiânia é parte de um plano de expansão que tem como principal objetivo integrar mercados e oferecer aos clientes um serviço de alta qualidade. Além disso, acreditamos no potencial da região e temos boas perspectivas de crescimento para os próximos anos”, afirma Paulo Nogueirão, diretor Comercial da Jamef. Segundo a companhia, os prospectos positivos para o estado foram determinantes para a ampliação. De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pela PricewaterhouseCopers (PwC), Goiás é um dos destaques nacionais em termos de potencial de negócios e crescimento econômico, devido a incentivos fiscais e à localização geográfica. Jamef: (62) 3605-5500
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MERCADO
Cabo Frio atrai empresas cargueiras ABSA inicia segunda frequência no aeroporto fluminense
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ABSA inaugurou, no início de dezembro, seu segundo voo semanal ligando Miami, na Flórida (EUA), ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio (RJ). De acordo com a companhia aérea, a ampliação das operações, realizadas às segundas e sextas-feiras, se deve à forte demanda por movimentação de cargas de projeto no segmento de petróleo. Nas duas frequências, a ABSA opera Boeings 767-300 cargueiros, com capacidade para 60 toneladas. Hoje, a empresa manipula em Cabo Frio cerca de 60 t por semana e a meta com a introdução de mais um voo Empresa usa cargueiros com capacidade para 60 t nas operações é dobrar este número. O Aeroporto de Cabo Frio vem se de 16 mil m². Sua pista tem 2.560 me- nas instalações administrativas, no tornando uma importante base de im- tros de comprimento por 45 metros de estacionamento de veículos, e no sisportação para a indústria petrolífera largura. O Aeroporto está localizado a tema viário interno. O Aeroporto Internacional de Cabo de Campos, graças à sua localização e 60 km de Macaé, onde se concentra a às áreas disponíveis de alfândega e ar- indústria do petróleo, e a 140 km do Frio teve um crescimento de 65% em volume de cargas de 2008 para 2009, mazenamento. Vale lembrar que o ter- Rio de Janeiro. o que resultou em um faturamento de minal localizado no litoral fluminense Desempenho R$ 40 milhões, apesar da crise muné o único aeroporto público brasileiro dial. Em 2007, sua receita bruta era administrado pela iniciativa privada A cifra recolhida em tributos no de pouco mais de R$ 9 milhões. Em com voos internacionais regulares de ano passado pelo Aeroporto de Cabo 2008, a cifra aumentou para R$ 14,5 carga e de passageiros. Outras companhias especializa- Frio é superior a todos os investi- milhões, chegando aos R$ 40 milhões das em carga também apostam em mentos públicos e privados feitos no ano passado, mais do que o dobro Cabo Frio, como a Volga Dnepr e a em suas instalações desde 1998, ano do ano anterior. Em volume, foram transportadas Kalitta Air. Prova disso, foi o recebi- de sua inauguração. O Poder Público mento, no último dia 25 de novem- (governos federal, estadual e munici- 15,7 mil toneladas em 2009, contra 9,5 bro, de um Antonov – maior avião pal), investiu aproximadamente R$ mil toneladas em 2008. Também em cargueiro do mundo – operado pela 50 milhões em pistas, pátios de aero- 2009, o aeroporto movimentou mercaVolga, que trouxe um helicóptero naves, desapropriações e no primeiro dorias no valor de US$ 525 milhões, o HC 225, destinado ao transporte de módulo do terminal de passageiros. que gerou uma receita tributária de R$ pessoal para as plataformas da Bacia Já a Costa do Sol Operadora Aero- 157 milhões (valor dos impostos sobre portuária, empresa que administra as mercadorias movimentadas). de Campos. O Aeroporto Internacional de Cabo o aeroporto por meio de concessão, Frio conta com um pátio para aerona- investiu aproximadamente R$ 30 miABSA: (19) 2138-4400 ves de 30.400 m², além de 60 mil m² de lhões no terminal de cargas, na amAeroporto Internacional de Cabo Frio: (22) 2647-9500 área alfandegada e um galpão coberto pliação do terminal de passageiros, 12 - Revista Tecnologística - Janeiro/2011
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Grupo Localfrio expande atuação no país Companhia adquire quatro empresas no Porto de Suape e estabelece presença na região Nordeste
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Grupo Localfrio, que atua com soluções logísticas integradas, anunciou a conclusão da compra de quatro empresas no complexo Portuário de Suape, em Pernambuco: a Suata Terminais, a Suata Transportes, a Suata Log e a Atlântico Terminais. Segundo Marcelo Orpinelli, presidente do Grupo, as compras visam atender à meta da companhia de atuar em todo o território nacional. “Com essas aquisições, estabelecemos presença significativa no Nordeste. Suape foi escolhido por ser um dos melhores portos do Brasil, com grande potencial de crescimento”, afirma o executivo. As aquisições também fazem parte do plano estratégico da empresa de dobrar o faturamento nos próximos cinco anos. O grupo promove agora a integração dos processos de tecnologia da informação, recursos humanos, administrativo, financeiro e de operações. Segundo Orpinelli, o quadro com cerca de 400 colaboradores das empresas será mantido. O executivo afirmou também
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que não há a intenção de trocar os nomes das companhias adquiridas.
As empresas A Suata Transportes, que já opera em Pernambuco com frota própria de 81 caminhões para cargas gerais, contêineres, materiais químicos e cargas especiais, passa a complementar as operações da Translocal, transportadora do Grupo Localfrio, que atua no transporte dos Portos de Santos, em São Paulo, e de Itajaí, em Santa Catarina. A expectativa é que os valores envolvidos na movimentação da transportadora superem os R$ 10 milhões até o final de 2010. A Suata Terminais, situada na zona primária do Porto de Suape, tem instalações alfandegadas e está habilitada a operar em sistema de entreposto aduaneiro. Com 40 mil m2 de área total, sendo 11 mil m2 para armazenagem geral, a empresa conta com 2.600 TEUs de capacidade estática (incluindo contêineres refrigerados). A Suata Terminais deve fe-
char 2010 com um faturamento de R$ 40 milhões. No ano passado, a empresa registrou R$ 33 milhões. Já a Atlântico Terminais, que espera faturar R$ 13 milhões – ante cinco milhões de reais registrados no ano passado –, conta com 50 mil m2 de área total, sendo cinco mil m2 de armazenagem geral e 2.500 TEUs de capacidade estática. A Suata Log, companhia pré-operacional de logística integrada e armazém geral, conta com uma área total de 90 mil m2 no complexo portuário de Suape. Atualmente, estão em andamento obras para a ampliação do pátio de armazenagem de contêineres e do armazém para carga geral. A Localfrio também anunciou que pretende investir cerca de R$ 20 milhões na modernização e na ampliação das operações das companhias. Com as aquisições, o grupo estima uma receita de R$ 300 milhões para 2011, representando um crescimento de 50% perante 2010. Grupo Localfrio: (13) 3228-2400
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MERCADO
Infraero investe em terminais de carga Aeroportos de Manaus, Porto Alegre e Guarulhos receberão obras de infraestrutura
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Infraero Cargo anunciou, no mês de novembro, obras de ampliação em seus Terminais de Logística de Carga (Teca), que deveriam ter início no final de 2010. Os investimentos têm por objetivo garantir melhorias no fluxo de cargas nos aeroportos da rede. O terminal de Manaus ganhará um estacionamento para caminhões em uma estrutura aberta de mais cinco mil m2, com área exclusiva para liberação de cargas. A obra, que será entregue no primeiro semestre de 2011, conta com investimentos de cerca de R$ 1,32 milhão. Segundo Rubem Ferreira Lima, a ampliação representa um grande passo para o fortalecimento da cadeia logística da companhia. “A construção do estacionamento é mais um exemplo do trabalho que a Infraero vem realizando para prestar serviços de logística com eficiência e atender com conforto aos diversos segmentos de público que utilizam nossos terminais”, explica o executivo.
Além do estacionamento, a Infraero investe em outras obras de infraestrutura para aumentar a capacidade do Teca de Manaus. Desde dezembro de 2009, os terminais um e dois passam por reformas, com término previsto para julho de 2011. Entre as melhorias estão a ampliação dos espaços de armazenamento, a implantação de novas instalações elétricas, a criação de um novo espaço de 720 m2 para a Receita Federal e a construção de uma passarela elevada de 72 m interligando os Tecas Um e Três.
Tegma dobra capacidade de armazenagem
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Tegma Gestão Logística inaugurou, no início de dezembro, um novo armazém no município de Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Com o novo espaço de 16 mil m2, que contou com investimentos de R$ 3 milhões, a companhia dobra sua capacidade de armazenagem no estado do Rio e passa a contar com um total de 33 mil m2. O novo armazém foi projetado para potencializar a capacidade de gestão logística da companhia, cen-
tralizando todos os processos e serviços de armazenagem, gestão de estoque, logística reversa e distribuição. A área será totalmente dedicada ao setor de bens de consumo, como eletroeletrônicos, telecomunicações e artigos de moda. 200 colaboradores já foram contratados para as operações do armazém de Belford Roxo. “Estamos padronizando nosso modelo de gestão e refinando nossa inteligência em integrar as três grandes áreas da logística: transporte, ar-
Já o aeroporto de Porto Alegre receberá um novo complexo logístico, que deverá ser entregue no prazo de 24 meses, a contar de novembro de 2010. O projeto do Terminal de Logística do Aeroporto Salgado Filho prevê a construção de edificações de apoio, estacionamento de veículos, salas para abrigar órgãos públicos e privados, pátio de aeronaves, entre outras obras de infraestrutura. O terminal terá uma área total de 23 mil m2 e a expectativa é de que movimente cem mil toneladas ao ano. A Infraero assinou ainda um contrato para a construção, a partir do mês de dezembro de 2010, do Terminal de Cargas Modular Estruturado no Aeroporto de Guarulhos (SP), que aumentará a capacidade de armazenagem do Teca em aproximadamente 25%. A nova instalação, que deve custar R$ 23 milhões, terá 14 mil m2 e deve ficar pronta em aproximadamente sete meses. Infraero: (61) 3312-3400
mazenagem e distribuição”, diz o diretor-presidente da Tegma, Gennaro Oddone. “Com isso, nos empenhamos em crescer de forma exponencial em vários segmentos da economia, sobretudo os de bens de consumo e de insumos industriais”, completa o executivo. A Tegma conta, atualmente, com um total de 2.673 colaboradores diretos e 3.741 equipamentos próprios e de terceiros em 64 filiais espalhadas por todo o território nacional, que somam uma área de 1,9 milhão m2 em pátios e 76 mil m2 de área coberta. Tegma Gestão Logística: (11) 4346-2500
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MERCADO
Saur traz gruas automontantes para o Brasil
Julio Simões agora é JSL Empresa unifica marca com a Lubiani e o Grupo ABC para ampliar visibilidade
Com o término da fusão, a nova empresa soma uma frota de 23 mil veículos e equipamentos, dos quais sete mil são caminhões e carretas, e aproximadamente 14 mil colaboradores. A nova marca foi desenvolvida de forma a preservar os traços da identidade construída pela companhia ao longo de seus 55 anos de atividades e reforçar suas principais características, como a simplicidade, a agilidade, o trabalho e o foco no atendimento das necessidades dos clientes. O nome ficou mais simples e os elementos gráficos foram mantidos. A empresa terá também novo slogan: “Entender para Atender”, que traduz a cultura e uma prática diária da JSL: entender as necessidades do cliente para melhor atender às suas expectativas. JSL: (11) 4795 7000
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Saur Equipamentos, por meio de uma parceria com a companhia irlandesa Mantis Cranes, passa a oferecer no Brasil o serviço de venda e locação de gruas automontantes destinadas ao ramo da construção civil. Segundo a empresa, os equipamentos trazem ao país as mais novas práticas de movimentação de material para canteiros de obra, garantindo às construtoras aumento de produtividade e segurança nas operações, substituindo processos realizados com carrinhos de mão, retroescavadeiras, guinchos, elevadores e movimentações manuais. As gruas automontantes, com configuração de elevação até oito pisos, apresentam maior agilidade nos processos de montagem e desmontagem, em ciclos que variam de duas a seis horas, em oposição aos ciclos de quatro a seis dias das gruas de torre convencionais. Além disso, elas possuem maior mobilidade, podendo se deslocar montadas pelo canteiro de obras. O equipamento permite ainda que o operador faça a colocação da carga no ponto de uso utilizando um controle remoto, facilitando o posicionamento correto da carga em casos em que o operador está distante. Os processos de montagem e desmontagem da grua também são realizados por meio de controle remoto e por apenas um operador, que fica a alguns metros do equipamento. Além do segmento de construção civil, a Saur atua no projeto e na fabricação de soluções de movimentação de materiais para diversos setores industriais brasileiros, como mineração,
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Julio Simões Logística anunciou que, a partir do dia 13 de dezembro, passa a centralizar suas atividades em uma única marca: a JSL. O objetivo da empresa é unificar a marca Julio Simões com as das empresas Lubiani e a Grande ABC, adquiridas, respectivamente, em junho de 2007 e em maio de 2008, para ampliar a visibilidade e a presença nacional da companhia.
Equipamentos importados são fabricados pela irlandesa Mantis Cranes
Gruas apresentam ciclo reduzido de montagem e desmontagem
siderurgia, metalurgia, óleo e gás, automotivo, papel e celulose e agronegócio, entre outros.
Demonstração A Saur concluiu, no início de novembro, a montagem de uma grua do modelo 35.10 da Mantis. Para ser acomodado em contêineres o equipamento, importado da Irlanda, teve de ser totalmente desmontado. As primeiras demonstrações da grua automontante foram realizadas no mesmo dia do término da montagem. Uma semana depois, o equipamento foi apresentado na cidade de Campinas (SP), em canteiros de obras das construtoras Rossi Residencial e MRV. A grua automontante 35.10 possui raio de alcance de 35 m, elevação de 23 m, capacidade de carga de mil kg a 35 m e de quatro mil kg a 12 m. Saur Equipamentos: (11) 2148-1012
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forte aquecimento do setor florestal brasileiro rendeu à Guerra, empresa de implementos rodoviários de Caxias do Sul (RS), a venda de 42 conjuntos de tritrem toras para o grupo paulista Gafor. Os conjuntos serão entregues a partir de janeiro de 2011. O modelo concebido para a Gafor tem algumas configurações específicas. Cada conjunto conta com três pinos (num total de 126) com caixa de carga de 6.300 cm, adequado ao comprimento das toras nas regiões onde o equipamento vai operar, no Espírito Santo e Sul da Bahia. Cada conjunto tem 74 toneladas de Peso Bruto Total
Combinado (PBTC) e é rebocado por veículo trator 6 x 4. Também pode trafegar em rodovias asfaltadas, mesmo com 25,9 m de comprimento (incluindo o caminhão). “Esta customização, aliada à qualidade técnica e durabilidade dos equipamentos, foi decisiva para a escolha da marca Guerra”, pontua Sergio Maggi Júnior, diretor do Grupo Gafor, cuja área de transporte e logística é destaque entre as cinco maiores do país, com uma frota de 2.600 equipamentos de transporte com idade média de dois anos. O gerente Comercial da Guerra, Gilmar Marinho, comemora o franco
Fernando Demore
Guerra vende 42 conjuntos florestais para a Gafor
aquecimento do segmento florestal. “Estamos preparados para atender a este setor com produtos especializados em todos os modelos de composição – semirreboque, bitrem, tritrem e rodotrem”, salienta o executivo. O valor da negociação não foi revelado pelas empresas. Gafor: (11) 2107-3100 Guerra: (54) 3218-3500
Encontro discute rumo dos setores portuário e hidroviário Representantes dos principais portos do país definiram ações para 2011
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cidade de Paranaguá (PR) sediou no início de dezembro, a última reunião da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph) em 2010. Representantes dos principais portos do país foram recebidos pelo superintendente dos Portos do Paraná, Mario Lobo Filho, para a assembleia que definiu metas e estratégias de ação conjunta para o próximo ano. Lobo destacou a importância do evento. “Esse encontro permite a troca de conhecimento, informações e experiências importantes. Juntos, debatemos alternativas, soluções e novas ideias, que podem tanto ser implantadas aqui, como levadas para os outros estados”, diz.
Além de abordar questões operacionais e manter uma agenda conjunta de discussões sobre o setor de transporte aquaviário, o grupo tem a missão de buscar melhorias para diferentes demandas. De acordo com o presidente da Abeph e da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra, o maior desafio é discutir os temas de forma concreta e manter uma pauta de propostas que não se restrinja apenas à área portuária. Na reunião final deste ano, os integrantes da associação aprovaram, ainda, um manifesto de apoio à Secretaria de Portos (SEP) e uma menção de agradecimento ao ministro Pedro Brito. Uma carta assinada pelos 35 integrantes da Abeph será enviada diretamente à presidente eleita Dilma Rousseff. “A Secretaria
de Portos foi concebida para solucionar entraves e nos seus breves quatro anos de existência muito colaborou para o fortalecimento do setor portuário nacional”, diz um dos trechos do documento, que pede a manutenção da SEP no próximo governo. Na pauta de discussão para 2011 estão, também, mudanças nas fiscalizações portuárias, tanto legislativas quanto ambientais. “Atualmente, são 28 órgãos fiscalizadores que interferem direta e indiretamente no ambiente portuário. É preciso definir competências e articular apoio dos parlamentares para criação de um marco regulatório do setor”, defendeu Lobo Filho. Abeph: (21) 2544-1462
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MERCADO
Grupo Martins recebe Iveco Vertis
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Atacadista adquiriu 225 unidades do novo caminhão médio da montadora italiana
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Iveco entregou, no dia 25 de novembro, em Uberlândia (MG), um lote com 55 unidades do Iveco Vertis ao Grupo Martins Atacadista, completando 175
veículos – o primeiro recebimento foi realizado em setembro – de um total de 225 unidades negociadas do novo caminhão médio. Os 50 veículos restantes serão entregues este ano. No total, o atacadista adquiriu 64 unidades do modelo com capacidade para 13 t e o restante de veículos para nove t. Durante a entrega, o CEO do Grupo Martins, Walter Faria Junior, explicou que os caminhões serão utilizados no transporte de mercadorias entre os 39 Centros de Distribuição Avançados que a empresa possui em todo o Brasil. Dos centros, as mercadorias são movimentadas até o cliente final. “Os caminhões Vertis trazem flexibilidade
Vix Logística fecha parceria exclusiva com a Baterias Moura
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Baterias Moura acaba de fechar um contrato para ser fornecedora exclusiva de baterias para a Vix Logística. A Moura já fornecia para a Vix do Espírito Santo através da Comercial de Acumuladores e Componentes (Comal) e agora, ao renovar a parceria, a negociação foi ampliada para todo o Brasil. Segundo explicou o diretor da Moura no Espírito Santo, Célio de Carvalho, a Vix costumava comprar aproximadamente 70 baterias por ano. “A frota nacional da Vix é composta por 4.848 equipamentos, entre ônibus, veículos leves, semirreboques e cavalos mecânicos, mas ainda não temos como precisar a quantidade e periodicidade do fornecimento. Ire-
mos atender de acordo com a necessidade da empresa”, explica. Ele conta que a Vix realizou uma pesquisa para constatar o desempenho da bateria LOG Diesel, modelo mais utilizado pela empresa de logística, uma vez que foi especialmente projetada para equipar veículos de grande porte movidos a óleo diesel. “A Vix realiza trabalhos bastante pesados, como, por exemplo, a retirada de eucalipto da floresta para fornecê-lo às indústrias de celulose, o que exige bastante da performance do caminhão. Nesse caso, a LOG Diesel atende perfeitamente às necessidades da empresa”, detalha o executivo. Baterias Moura: 0800 7012021
e eficiência às entregas. Podemos fracionar as cargas e entregar nos centros urbanos”, diz o executivo. Já o gerente de Operações de Frota do Martins, Marcos Amaral, destacou o menor consumo de combustível e o atendimento de pós-venda como diferenciais da marca italiana. “Hoje, 82,3% de nossa frota própria, composta por 800 veículos, é Iveco”, ressaltou. Vale lembrar que o atacadista possui outros modelos da montadora europeia em operação. Segundo Amaral, o Grupo Martins teve participação efetiva na concepção do caminhão. “Além de algumas alterações no interior da cabine a fim de garantir mais conforto ao motorista, sugerimos a instalação de tanques duplos de combustível para otimizar a operação de abastecimento e a melhor posição de fixação do estepe”, detalhou. O presidente do Conselho de Administração do Martins, Alair Martins, ressaltou a parceria entre as empresas, o bom atendimento prestado pela Iveco e a tecnologia embarcada nos veículos que, segundo o executivo, se ajusta às necessidades da companhia. Presente na entrega dos veículos, o presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, salientou que o Vertis é o caminhão ideal para as atividades de distribuição de depósitos regionais até a porta do cliente. “É ágil e econômico”, completou. Voltado para coleta e distribuição urbana, o Iveco Vertis foi lançado em outubro e marcou o ingresso da montadora italiana no segmento de caminhões médios (veja em http://www.tecnologistica.com.br/ site/5,1,16,27299.asp). Iveco: 0800 7023443 Martins: (34) 3218-1122
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MERCADO
Veloce Logística comemora crescimento 10% acima do projetado em seu primeiro ano de operação Empresa superou previsão de faturar R$ 140 milhões em 2010
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seus armazéns, foram manuseados aproximadamente 540 mil m³ de peças automotivas – principal segmento atendido pela empresa – e, na área internacional, mais de 17 mil viagens foram realizadas. Outra amostra do rápido crescimento da Veloce foi a mudança de endereço de seu CD. Em apenas quatro meses de funcionamento, a empresa já precisou migrar para Em apenas quatro meses de operação, a empresa teve de migrar para um CD maior um centro de operam apenas um ano de atuação, a ções com uma área de armazenagem de Veloce Logística, que entrou no 22 mil m² e 18 docas, em Diadema, na mercado para atender às neces- Grande São Paulo, passando a ocupar o sidades logísticas de grandes empresas dobro do espaço da unidade anterior, em de diversos segmentos, comemora cres- São Bernardo do Campo. cimento de 10% acima da expectativa O presidente da empresa, Paulo inicial de faturamento para 2010, que Guedes, acrescenta que, hoje, além de era de R$ 140 milhões. espaço para armazenagem bem maior, Criada em agosto de 2009 pela Pátria a base operacional da empresa conta Investimentos, a empresa oferece serviços com pátio de estacionamento e lavade milk run, armazenamento, embala- gem de carretas com seis mil m² e escrigem, reembalagem, controle de estoques, tório com área de 600 m². “Buscávamos inventário, administração e controle de um local que comportasse o aumento embalagens, logística reversa, sistema de do volume de operações esperado em documentação internacional, gerencia- 2010 e que, ao mesmo tempo, atendesmento e gestão de transporte e transporte se a requisitos importantes para o nosso internacional, e já contabiliza números negócio, como infraestrutura e localizabastante expressivos em todas as suas ope- ção”, acrescenta o executivo. rações. Para se ter uma ideia, somente no Ele conta que a empresa também amsistema milk run, serviço programado em pliou a quantidade de bases operacionais, que são recolhidos componentes em for- de 14 para 15, e contratou novos funcionecedores em sequência para entrega ao nários, passando de 460 para 493 colabocliente, foram realizadas 72 mil coletas em radores. “Além disso, temos 260 prestado18 milhões de quilômetros percorridos. Em res de serviços distribuídos em empresas
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parceiras”, salienta Guedes. Segundo ele, em 2010 a empresa investiu cerca de R$ 5 milhões entre reforma e adaptações da unidade e novas instalações. Atualmente, a empresa tem sedes em São Paulo e Buenos Aires, na Argentina. As 15 bases operacionais também estão distribuídas nesses dois países, nas cidades de Betim (MG); Diadema, São Caetano do Sul, São José dos Campos, Indaiatuba, Sorocaba e São Bernardo do Campo (SP); São José dos Pinhais (PR); Gravataí, Uruguaiana, São Borja e Canoas (RS); e em Zárate e Rosário, Argentina.
Expansão Com uma carteira de clientes que inclui companhias como General Motors, Toyota Brasil e Argentina, Fiat, Renault, Volkswagen Brasil e Argentina, SanCor e Procter & Gamble, a Veloce pretende manter um ritmo acelerado de crescimento. “Estamos preparados para crescer mais e rapidamente, seja por meio da ampliação de oferta de serviços logísticos ou desenvolvimento de novos negócios”, afirma Guedes. Segundo o executivo, aquisições de empresas que tragam sinergia e complementaridade às operações também não estão descartadas, embora ressalte que ainda não foi fechado nenhum negócio nesse sentido. Ainda fazem parte da estratégia de crescimento da empresa investimentos em estrutura e equipamentos. Segundo o presidente, em 2011 a Veloce pretende aportar cerca de R$ 14 milhões na compra de novos veículos, equipamentos de TI, softwares, melhorias das instalações físicas da empresa e treinamento. “Também estaremos
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focados no desenvolvimento conjunto de novas e melhores soluções logísticas, de forma que possamos atender nossos clientes de maneira ainda mais personalizada”, salienta. Ele acrescenta que, entre os objetivos da empresa, também estão o redesenho de processos já existentes, introdução de novas práticas e estabelecimento de KPIs (Key Performance Indicators) mais apropriados e condizentes com as atuais realidades operacionais e de produtividade. “Estamos reestudando as cadeias de abastecimento e as redes de fornecimento, com o objetivo de diminuir ociosidades, seja na armazenagem ou no transporte de mercadorias”. Além disso, a empresa está desenvolvendo novos sistemas que irão gerar melhorias operacionais, aumento da visibilidade e da rastreabilidade em
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tempo real, tais como telemetria (tecnologia embarcada para aperfeiçoar monitoramentos operacionais e de desempenho), comunicação (com voice picking e aumento da mobilidade) e integração de sistemas (aumento da agilidade e rapidez nas informações e na tomada de decisões).
Frota Especificamente no transporte, a Veloce pretende introduzir equipamentos de maior capacidade de carga, de forma a aumentar a produtividade da frota que, atualmente, conta com 375 carretas. “Mantemos, ainda, parceria com 75 empresas do setor de transporte e mais de 250 transportadores agregados”, acrescenta Guedes. Segundo ele, embora a frota atual permita
oferecer aos clientes agilidade no deslocamento de produtos, boa organização dos materiais nos veículos, eficiência na elaboração de rotas e entrega no destino final dentro dos prazos, a empresa deve fazer novos investimentos preparando-se para o aumento da demanda e ingresso de novos clientes. “Vamos adquirir mais 50 carretas siders, que deverão entrar em operação já no primeiro trimestre do próximo ano”. Diante do rápido crescimento de seu primeiro ano de vida e os investimentos previstos para 2011, as expectativas da Veloce para o próximo ano não podiam ser mais positivas. A empresa espera crescer mais de 15% sobre os resultados de 2010, ou seja, alcançar uma receita bruta ao redor dos R$ 185 milhões. Veloce Logística: (11) 3818-8000
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MERCADO
Mafi entrega tratores à Multirio Aquisição faz parte do processo de modernização do terminal tracionar na quinta roda entre 25 e 30 toneladas e até cem toneladas quando tracionada uma carreta. Possui chassi com perfis de aço e solda reforçados que trazem durabilidade, além de cabine do motorista com certificação ROPS/FOPS de segurança Europeia. Além do diretor da Mafi, a entrega contou com a presença do diretor Comercial da empresa na AlemaPires, Penteado, Guimarães e Konopatsch na entrega dos equipamentos nha, Edwin Konopatsch. Para receber os equipamentos estavam seu terminal de contêineres nos nío diretor Operacional da Multirio, An- veis de operação de similares eurotonio Guimarães e o gerente de Manu- peus e asiáticos. O valor do investimento não foi revetenção, José Luiz de Oliveira Pires. A aquisição faz parte de um pro- lado por nenhuma das duas empresas. cesso de modernização promovido Mafi: (11) 3045-1460 pela Multiterminais, para colocar o Divulgação
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m novembro, a Mafi do Brasil entregou cinco tratores terminais para a Multirio (Terminal de Contêineres no Porto do Rio de Janeiro, pertencente ao Grupo Multiterminais). O MT25/30YT, específico para a movimentação de todos os tipos de chassis de contêineres, inclusive o sistema multitrailler, foi especialmente desenvolvido para as operações portuárias. Claudio Camargo Penteado, diretor de Operações da Mafi, detalha que o trator foi projetado para suportar esse tipo de operação, no qual o arranque e a frenagem são executados centenas de vezes por dia. “Seu desenvolvimento mecânico e estrutura robusta garantem um funcionamento preciso e maior durabilidade do equipamento, além de mais eficiência e economia nas operações”, explica. O modelo atinge velocidade máxima de 50 km/h e tem capacidade para
Iveco cria condomínio para fornecedores de autopeças Empreendimento será instalado ao lado do complexo industrial de Sete Lagoas
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Iveco anunciou, no último dia 30 de novembro, a construção de um condomínio de fornecedores ao lado de seu complexo industrial integrado em Sete Lagoas (MG). O empreendimento, que tem o início das operações previsto para o final de 2011, receberá numa primeira fase 14 empresas de autopeças para montar subconjuntos que serão entregues no sistema just in time às linhas de produção da montadora de caminhões. Ao todo, os fornecedores investirão cerca de R$ 60
milhões no complexo. Uma segunda fase do projeto já está prevista, mas sem data para ser implementada. O condomínio é resultado de um acordo realizado entre a Iveco Latin America e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), que será responsável pelas obras de terraplenagem, pavimentação, saneamento básico, drenagem das águas pluviais, redes de energia elétrica e de iluminação pública e vias de acesso. A licitação para as obras irá durar 90 dias. Após isso, serão oito meses até a conclusão do projeto.
Segundo o presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, a iniciativa faz parte do plano de expansão da empresa no Brasil e vai potencializar a capacidade produtiva, gerando maior eficiência e competitividade. “Os ganhos de sinergia logística e flexibilidade produtiva aumentarão a velocidade de resposta da Iveco às demandas dos clientes que, cada vez mais, querem produtos fabricados de acordo com suas necessidades específicas”, resume. Iveco: 0800 7023443
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Kimberly-Clark Brasil, multinacional de produtos de higiene pessoal e doméstica, foi reconhecida pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN) por sua atuação na redução de impacto ao meio ambiente. A companhia adotou, com exclusividade para o Walmart, empresa amplamente reconhecida como sustentável, um caminhão movido a Gás Natural Veicular (GNV) na operação de entrega de produtos. O transporte é feito do centro de distribuição da Kimberly, em Mogi das Cruzes, para os centros de distribuição do Walmart, em Jandira e Embu, o que significa um trajeto, incluin-
Kimberly-Clark faz transporte ecológico para o Walmart Empresa utiliza caminhões movidos a GNV na transferência do ida e volta, de aproximadamente 150 km para Jandira e 80 km para Embu. Com o projeto, a Kimberly-Clark Brasil teve como resultado emissão zero de CO e redução de até 90% de CO2 na atmosfera. A empresa contou com o apoio da ADG Logística, que foi responsável pela conversão do caminhão – anteriormente movido à diesel – para GNV, como por todos os procedimentos exigidos para o licenciamento desse tipo de veículo junto aos departamentos governamentais competentes. Segundo informou a Kimberly-Clark, todo o investimento para a transformação do caminhão foi assumido pela ADG e,
em contrapartida, a Kimberly viabilizou o retorno do investimento por meio de frete diferenciado para a operação em questão. Vale destacar que o veículo movido à GNV, cuja entrada em operação ocorreu em julho passado, após a autorização do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), até então não tinha sido utilizado para transporte de grandes cargas. Até janeiro de 2011, a Kimberly espera ter um total de três veículos GNV atendendo ao Walmart. Kimberly-Clark: (11) 3475-2100
GKO abre nova empresa para terceirização da gestão de transporte
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GKO Informática, companhia que oferece soluções tecnológicas para a área de logística, anunciou no início de dezembro a criação da Logpartners, novo braço de negócios destinado à terceirização da gestão de transportes. A nova empresa contou com um investimento inicial de R$ 500 mil e tem em seu portfólio serviços como auditoria de fretes, acompanhamento de entrega de mercadorias, planejamento de estratégias para gestão de frete e planejamento de rotas para transportadoras, utilizando softwares como o GKO Frete e o Roadshow, da companhia paulista Routing, parceira da Logpartners.
Segundo Ricardo Gorodovits, diretor Comercial da GKO Informática, a nova empresa garantirá resultados a seus clientes sem que eles precisem lidar com a complexa fase de implantação de softwares. “Trabalharemos com indicadores de desempenho, entregando ao cliente as informações tratadas para a tomada de decisões e auditadas para pagamento dos fretes”, explica o executivo. “E toda essa estrutura estará funcionando um mês após a contratação do serviço”, completa. De acordo com Nicolau Mandia Neto, gerente nacional de Distribuição da Xerox Brasil – uma das primeiras clientes da Logpartners – a nova parceria já reduziu
em 2% os custos da companhia com transportes. “Tivemos uma melhora da qualidade da informação em relação à atividade física e ao controle das entregas. Mas o maior ganho ocorreu com a auditoria do pagamento do frete”, conta o gerente. A própria Logpartners executa a análise das notas fiscais, cruza os dados dos produtos com as tabelas das transportadoras e pede a correção em caso de erro nas faturas. Não quero ter de me preocupar com um trabalho que não é o foco de negócio da Xerox, por isso contratamos uma empresa especializada”, justifica Neto. GKO Informática: (11) 3086-0213
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Santos Brasil comemora desempenho e planeja 2011
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Companhia amplia investimentos em 2010 e anuncia novas ações para este ano
Investimentos no ano somaram R$ 173 milhões
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mbora em 2009 algumas empresas ainda tenham sofrido reflexos da crise que assolou o mundo a partir do final de 2008, a Santos Brasil comemora o fato de ter conseguido manter seus investimentos durante o período e colher os benefícios em 2010. Alguns números comprovam a tese da companhia. Os investimentos para o ano passado, por exemplo, estimados em R$ 137 milhões, foram revistos e a empresa encerrou o ano com aplicações da ordem de R$ 173 milhões. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Antônio Carlos Sepúlveda, 2010 trouxe uma surpresa positiva. O Tecon Santos, a principal unidade operacional de contêineres da Santos Brasil – que ainda conta com terminais em Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) – encerra 2010 com movimentação de 1,3 milhão de TEUs, cerca de 52 movimentos por hora, crescimento de 30 % se comparado ao ano anterior. Instalado na mesma área portuária, o Terminal de Veículos (TEV) computou no mesmo ano 135 unidades operadas, acréscimo de 80% frente a 2009. O Tecon Imbituba, que recebeu R$ 230 milhões, é outra aposta. “Con-
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cluímos as obras civis do berço de 300 metros. O local, agora, está apto para se tornar uma ferramenta de comércio exterior e receber grandes navios que atracam na Costa Leste da América do Sul”, salienta. Já no Tecon Vila do Conde, o destaque fica por conta da operação semanal realizada pela CMA CGM. Quanto à unidade de logística, o diretor-presidente é sucinto. “Essa unidade dobrou nos últimos três anos”. Algumas recentes iniciativas da Santos Brasil Logística são destacadas por Sepúlveda, como a inauguração, no último mês de outubro, do segundo centro de distribuição da companhia no estado de São Paulo, no bairro do Jaguaré, na capital paulista – o primeiro está localizado em São Bernardo do Campo. “Estes CDs prestam todo o apoio às operações portuárias. Nossa ideia é agregar valor e oferecer uma logística integrada”, afirma. Segundo Sepúlveda, o ano de 2011 seguirá o ritmo de crescimento. Para suportar este cenário, o executivo divulga que a companhia investirá R$ 20 milhões na aquisição de 12 RTGs aplicados no Tecon Santos. Hoje, a organização conta com 34 equipamentos no terminal. “No total, investiremos R$ 36 milhões no próximo ano na unidade santista”, diz. Outras ações previstas para o próximo anos são investimentos na modernização das atuais operações e a participação em licitações em novas áreas, como Prainha, em Santos, e Manaus. “Em qualquer lugar do Brasil onde houver concorrência para instalar um terminal de contêineres, nós vamos participar”, define Sepúlveda. Santos Brasil: (11) 3897-1111
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MERCADO
Plimor investe em novas rotas Transportadora gaúcha visava atender à demanda de final de ano Divulgação
Desde setembro de 2010, a companhia opera novas rotas entre Porto Alegre e Joinville (SC), Porto Alegre e Biguaçu (SC) e Curitiba, Pato Branco (PR) e Francisco Beltrão (PR), além de instalar um segundo horário na linha entre São Paulo, Campinas (SP) e Londrina (PR). Com o incremento, as operações diárias da Plimor passam a contar com um total de 128 linhas com horários fixos para entrega e transferência de carga. “Estas adequações foram feitas para nos ajustarmos às necessidades dos clientes, para que o
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Plimor informa que ampliou seu quadro de linhas fixas de entrega para atender ao crescimento da demanda de final de ano.
cronograma de distribuição não seja prejudicado”, adianta Metrioni de Borba, gerente-geral de Logística da transportadora. Além das novas rotas, a Plimor passou a disponibilizar também cinco veículos reserva para uso volante, sem vínculo a linhas específicas. Os caminhões ficam disponíveis em pontos estratégicos para auxílio em operações com carga excessiva. “O importante é atender bem e encaminhar o fluxo de cargas onde ele estiver, independentemente de haver ou não linhas estabelecidas. Isto nos dá flexibilidade e nos torna mais ágeis”, explica Borba. Plimor: (51) 2131-7000
Banco Mercedes-Benz estimula opções de crédito De janeiro a outubro passados, CDC apresentou crescimento de 118% frente ao mesmo período de 2009
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Banco Mercedes-Benz vem reforçando as alternativas de crédito para seus clientes. Prova disso são as iniciativas realizadas por meio do Crédito Direto ao Consumidor (CDC). De janeiro a outubro de 2010, a instituição liberou R$ 317,6 milhões para novos financiamentos por meio dessa modalidade, 118% acima do registrado em igual período de 2009, quando foram financiados R$ 145,4 milhões com este produto. Consequentemente, a participação do CDC subiu de 6% para 12% na carteira do banco. Segundo o diretor Comercial do Banco Mercedes-Benz, Angel Martínez, a instituição tem procurado
oferecer opções diferenciadas para os clientes e concessionários da marca. “Com taxas bastante atrativas, o CDC é uma possibilidade para os consumidores que precisam de um financiamento mais rápido ou querem adquirir um veículo que não se encaixa nas regras do BNDES/Finame”, diz. De acordo com dados do banco, esta última modalidade manteve-se como a mais utilizada, responsável por 85% dos novos negócios. Foram liberados R$ 2,3 bilhões pelo BNDES/ Finame de janeiro a outubro de 2010, ante R$ 1,9 bilhão negociado nos mesmos meses de 2009, acréscimo de 21%. Já o Leasing registrou queda de 79%, passando de R$ 396,7 milhões libera-
dos nos primeiros dez meses de 2009 para R$ 83,4 milhões em igual período do ano passado. A participação do Lea-sing nos novos financiamentos do Banco Mercedes-Benz foi de 3%. No total liberado no período, a instituição apresentou alta de 8%. Foram financiados R$ 2,7 bilhões de janeiro a outubro de 2010 para novos negócios, contra R$ 2,5 bilhões nos mesmos meses de 2009. Em unidades, o crescimento foi de 11%, saltando de 13.928 veículos zero-quilômetro da marca financiados nos primeiros dez meses de 2009 para 15.513 unidades em igual período de 2010. Banco Mercedes-Benz 0800 722 8499
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Parceria visa transferência de tecnologia, qualidade e conhecimento técnico para empresa chilena
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AmstedMaxion, empresa de fabricante de vagões de carga e fundição, assinou em novembro último um acordo de transferência de tecnologia e licenciamento com a MG&T, empresa com mais de 20 anos de atuação no Chile. Através do acordo, a AmstedMaxion irá transferir sua tecnologia, qualidade e conhecimento técnico para a MG&T na fabricação e manutenção de vagões, que passará a fornecer produtos seguindo as normas da AAR (Associação Americana de Ferrovias).
Com ampla atuação no mercado ferroviário, a MG&T oferece soluções integradas nas áreas metalmecânica e de engenharia e possui todas as certificações ISO. O ponto forte da empresa é a combinação de tecnologia requerida para a construção de equipamentos de grande tonelagem e, agora, com o acordo, vai começar a trabalhar com os mesmos sistemas de engenharia da AmstedMaxion. Com duas fábricas no interior de São Paulo – nas cidades de Hortolândia e Cruzeiro – a fabricante alcança
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AmstedMaxion assina acordo com MG&T no Chile
uma capacidade anual de mais de 120 mil toneladas de peças fundidas de aço, 92 mil rodas ferroviárias e dez mil vagões de carga. Para a empresa, esta aliança permitirá estar mais presente no mercado chileno, para o qual já exporta seus produtos. O acordo com a MG&T também faz parte da estratégia da AmstedMaxion de expandir sua atuação no mercado global. AmstedMaxion: (12) 2122-1400
Pernambuco tem novo Redex para despacho de frutas Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação em Petrolina agiliza os processos envolvendo cargas dos portos de Suape, Pecém e Salvador
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Distrito Industrial Paulo Coelho, em Petrolina (PE) acaba de inaugurar formalmente o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex) Vale do Rio São Francisco, que irá otimizar o despacho de frutas da região através do desembaraço dos contêineres pelo Ministério da Agricultura e pela Receita Federal. Inaugurado no dia 2 de dezembro pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, o Redex recebe cargas conteineirizadas que são inspecionadas e, após liberadas pelos dois órgãos, seguem lacradas diretamente para
os portos de destino. “Essa nova unidade é um instrumento importante para ampliar a competitividade do produtor no envio de frutas”, comentou Coelho. Cada contêiner leva uma média de 37 minutos para ser despachado e lacrado. A implantação do Redex Vale do Rio São Francisco, que ocupa uma área de um hectare, custou cerca de R$ 1 milhão. “Oito funcionários se revezam em dois turnos que se estendem até às 20h. Nossa ideia é que funcione 24 horas, todos os dias”, afirma Geraldo Lobo, um dos empreendedores responsáveis pela implantação da unidade, juntamente com o empresário Roberto Forne.
“Nossa expectativa inicial é recuperar o investimento em até dois anos. Em um cenário otimista, sem chuvas, isso deve ocorrer em um ano”, analisa Lobo. As obras do Redex do Vale do São Francisco foram feitas em três meses e empregaram cerca de 90 pessoas. A estrutura contempla uma plataforma com docas, escritórios para despachantes aduaneiros, Receita Federal e Ministério da Fazenda, dormitórios, banheiros e estacionamento.
Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco: (81) 3182-1700
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CROSS-DOCKING • Ivens Encarnação é o novo diretorgeral da Terex para o segmento de Guindastes na América Latina. Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas em Curitiba (FGV-PR) e pósgraduação em Gestão e Planejamento Estratégico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), o executivo possui 12 anos de experiência na indústria de máquinas para construção, tendo atuado como gerente corporativo de Locação e Vendas Industriais da Pesa, com sede em Curitiba. Ivens chega à Terex Latin America para liderar o processo de estruturação do segmento de Guindastes da empresa, visando atender ao aumento da demanda de equipamentos para a indústria da construção e infraestrutura. (11) 4082-5600 • Danni Mnitentag acaba de assumir o cargo de gerente Comercial da TNT, empresa de transporte de carga expressa. Formado em Engenharia da Computação pelas Faculdades Integradas de São Paulo (FISP) e pós-graduado em Gestão Empresarial pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), o executivo possui mais de 13 anos de experiência em grandes empresas do ramo de serviços e telecomunicações. No cargo assumido na TNT, Mnitentag será responsável pelas áreas de Produtos Doméstico e Internacional, Preços e Administração de Vendas. (11) 3573-7700
meado CEO da Lufthansa German Airlines e membro do Conselho Executivo do Grupo Lufthansa, cargos nos quais também toma posse a partir de 1º de janeiro. Garnadt iniciou sua carreia na Lufthansa como trainee em 1982, tendo passado por várias áreas operacionais e executivas da empresa. Ele é membro do Conselho desde janeiro de 2007. A companhia aérea apontou, ainda, KarlRudolf Rupprecht como Membro do Conselho de Operações da Lufthansa Cargo, em substituição a Karl-Heinz Köpfle, que se aposenta após 42 anos de serviços no grupo. (11) 2161-7500 • O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra, foi reeleito no último dia 3 de dezembro, para ocupar o cargo de presidente da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph). O executivo ocupará o cargo durante o biênio 2011/2012 e terá como vice-presidente o superintendente do Porto de Itajaí (SC), Antonio Ayres dos Santos Junior. (13) 3202-6565 • A Standard Logística contratou Fuat Gazi Kuci, para o cargo de gerente-geral da Unidade de Itajaí (SC). Formado em Administração de Empresas com ênfase em Marketing, pelo Instituto Cenecista Fayal de Ensino Superior (IFES), de Santa Catarina, Kuci atua há 20 anos no setor logístico, tendo passado por grandes empresas do segmento. (41) 2118-2800
Falecimento • O Conselho de Controle da Lufthansa Cargo nomeou Karl Ulrich Garnadt como sucessor de Carsten Spohr como presidente e CEO da empresa aérea cargueira. O executivo, que assumirá o novo cargo em 1º de janeiro de 2011 por um período inicial de três anos, está atualmente à frente da área de Gerenciamento de Hubs e Serviços de Passageiros da Lufthansa Airlines. No último mês de setembro, Spohr havia sido no-
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Comunicamos o falecimento, em dezembro, do empresário Márcio Alves Martins, da Jamef Encomendas Urgentes, que fundou, com o pai e o irmão, em 1963. Importante liderança do cenário do transporte mineiro, Martins apoiou a profissionalização da gestão da Jamef em maio de 2007, quando a empresa passou a ter uma diretoria executiva. (31) 2102-8888
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Um grande potencial e alguns gargalos
Tecnologística – Nesses três meses em que o senhor está à frente das operações da Katoen Natie no Brasil, o que já deu para perceber sobre o país? Quais as diferenças de operação em relação à Europa? Erik Klönhammer – Primeiro, podemos falar do país especificamente. É interessante porque acabo de sair da Espanha e vejo muitas similaridades entre aquele mercado, quando ainda ia bem, e o Brasil agora. É um país com muito consumo, o crescimento econômico aqui está muito relacionado com o consumo interno, que está bem sustentado pelos créditos dos bancos. Acho que, por um lado, isso
é muito similar. Por outro lado, o que mais difere os dois países é que, na Espanha, a economia era bastante baseada num só setor, que era o de construção. E eu vejo que aqui é bem mais diversificado, não é só a construção, tem também a indústria, a produção, a fabricação. No Brasil vemos algo que há tempos não se vê mais na Europa, que é a implantação de fábricas de automóveis. Quer dizer que o desenvolvimento se dá em muito mais setores. Acho que o crescimento brasileiro está bem mais sustentável. Tecnologística – Que outros aspectos lhe chamaram a atenção no país?
Fotos: Luiz Machado
Há apenas quatro meses no país, o novo diretor-presidente da Katoen Natie do Brasil, o belga Erik Klönhammer, fala dos planos de expansão da empresa no mercado brasileiro – que hoje considera um dos de maior potencial – e conta de maneira franca suas primeiras impressões do país. Após dez anos à frente das operações da empresa na Espanha, o executivo fala das similaridades dos dois mercados e alerta para o fato de que o Brasil deve prestar atenção a alguns setores importantes para não comprometer seu crescimento Klönhammer – Um deles é o mercado de trabalho, que com este crescimento está muito aquecido. Os salários, principalmente das pessoas de maior nível, estão crescendo muito. Acho que também porque há pouca oferta e muita demanda. A consequência dessa mão de obra mais cara é que encarece a produção também. Para o mercado nacional, isso não é um problema, pelo contrário, pois as pessoas terão maior poder aquisitivo. Mas esse crescimento irá se estabilizar, então o Brasil teria que se preocupar com a situação no mercado internacional. Se a mão de obra vai encarecendo, isso afeta a competitividade do Brasil no mundo.
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Tudo isso não está relacionado com a Katoen Natie diretamente, mas ela se insere neste contexto, neste ambiente. A logística acompanha de perto a economia do país onde estamos, por isso a relação acaba existindo. Tecnologística – E suas impressões sobre a empresa e o mercado de logística nacional? Klönhammer – Existem diferenças com relação à Katoen Natie como a conheço na Europa, que fazem com que aqui ainda tenhamos muito potencial de crescimento. No Brasil, por razões históricas – porque quando viemos para cá compramos uma empresa que era focada em operações on-site, dentro das fábricas dos clientes –, a logística off-site não é a atividade mais desenvolvida pela Katoen Natie. No restante do mundo temos um maior equilíbrio entre a logística off-site e a on-site. Isso faz com que tenhamos aqui ativos, terrenos, que ainda podemos explorar melhor. Acho que o on-site é uma atividade importante e que queremos desenvolver também, mas acredito que temos mais potencial de crescimento no off-site. Apostamos também na multimodalidade, pois os Centros de Distribuição Multimodal da Katoen Natie em todo o mundo, inclusive no Brasil, possuem essa característica. Tecnologística – O senhor acredita que o país ainda tenha bastante espaço para crescer nesta atividade? Klönhammer – Sim, sobretudo por tudo aquilo que eu falei, sobre o consumo forte, uma economia que está crescendo e um mercado que está muito aquecido, onde alguns fabricantes, dependendo do setor, têm quase um monopólio. Tudo isso faz com que, no futuro, haja mais importação. E a Katoen Natie é muito mais conhecida e especializada na importação. Na Europa, por exemplo, fazemos a logística de importação para vários clientes. São produtos que chegam de
fora da Comunidade Europeia, que podem ser da China ou da América do Sul, que recebemos em contêineres, descarregamos, mantemos em estoque e enviamos ao cliente final, sejam as lojas ou os centros de distribuição mais regionais. Então, é um modelo que aqui também podemos replicar. É o potencial que vejo.
Existem diferenças com relação à operação da empresa na Europa que fazem com que tenhamos muito mais potencial aqui
Tecnologística – Esta tendência muito maior de importação que de exportação é uma deficiência do Brasil? Klönhammer – Essa questão está diretamente ligada aos Brics. A Índia tem um custo de mão de obra muito baixo, mas também não tem consumo, porque as pessoas não têm poder de compra, então a economia está toda dependente das exportações. Acho que a China está mais bem equilibrada; tem um mercado nacional muito importante, mas ainda tem um custo trabalhista baixo, que faz com que seja muito competitiva também na exportação. E o Brasil ainda tem muito a desenvolver em seu mercado interno. Se possui 198 milhões de habitantes, dos quais apenas cerca de 40% têm poder de compra, então ainda há um público grande a ser atingido. Assim, acho que o governo deveria se preocupar um pouco mais com a condição competitiva no país
no mercado internacional. E desenvolver mais a educação, para formar mais mão de obra especializada e ter uma oferta maior. Tecnologística – E com relação aos contratos trabalhistas, como o senhor vê a situação no Brasil? Klönhammer – Eles não são flexíveis, se compararmos com a Europa. Acredito que isso também seja algo para se trabalhar, pois temos poucas ferramentas aqui de flexibilização. Porque a logística não é como a produção, que tem um plano anual, mensal, semanal e em teoria você pode planejar também o uso das pessoas durante todo o ano. A logística acompanha o consumo, a sazonalidade, então temos muito mais variações. No Brasil existe também a tendência, principalmente no B2B, de comprar no final do mês, então sempre temos picos fortes neste período, e realmente existem poucas ferramentas de flexibilização da jornada de trabalho. Tecnologística – Os empresários aqui costumam reclamar mais dos impostos do que do custo da mão de obra. Klönhammer – Bem, é verdade que o Brasil tem um nível de impostos muito alto. Enquanto se olha o mercado nacional, os impostos não fazem muita diferença, porque são iguais para todos. O problema é quando se fala da competitividade dos fabricantes fora do país. Tecnologística – Como você vê essa questão da infraestrutura de transportes brasileira, que influencia diretamente o setor de logística e da qual as pessoas também reclamam muito? Klönhammer – Acho que isso também é uma coisa importante para o novo governo, olhar para a infraestrutura. Por exemplo, o uso do trem é um elemento muito menos desenvolvido Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 31
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aqui se comparado aos Estados Unidos e alguns países da Europa, como Alemanha e Itália, onde o trem funciona muito bem. No Brasil, principalmente, que é um país grande, este é um modal importante. Temos operações em Curitiba e perto de Recife, cuja distância é de cerca de 3.800 km; para fazer isso de caminhão é como ir de Paris a Moscou. Isso não se faz na Europa. O meio de transporte mais adequado é o trem. Outra questão é o investimento na cabotagem. A costa brasileira é extensa e este modal também deve ser explorado. Tecnologística – A ferrovia é estratégica para vocês, não? Klönhammer – Sim. Todos os nossos CDs são multimodais. Temos um ramal ferroviário que chega ao terminal de Paulínia e também temos um depot para contêineres vazios, então contamos muito com o trem, justamente porque estamos falando de logística de importação e não estamos no porto. Assim, precisamos da ferrovia para nos conectarmos com Santos, com o Rio de Janeiro. Contamos muito com a conexão ferroviária para colocar Paulínia como ponto de entrada das mercadorias, como um hub de importação. Hoje, temos problemas de serviços e não somos apenas nós que percebemos isso, mas também os nossos clientes. Acho que, por um lado, existe o problema de falta de alternativa de operadores e, por outro, de falta de infraestrutura mesmo. O operador tem de trabalhar com a estrutura que ele tem disponível. É uma questão importante para se resolver. Tecnologística – Falando mais especificamente da Katoen Natie, com relação aos segmentos em que vocês atuam, em qual vê mais possibilidades? Tem algum que não atendam aqui e que pretendam desenvolver?
Klönhammer – No Brasil, trabalhamos muito com o setor químico, e pretendemos continuar investindo nele também, mas enxergamos grande potencial nos setores de indústria e os bens de consumo. Sobretudo a indústria, já que temos CDMs em Araucária e Paulínia. O serviço para este segmento é a logística de entrega de peças para a produção, de abastecimento da linha de montagem. É onde acho que poderíamos crescer mais num futuro próximo. E em segundo lugar, os bens de consumo, que podem ser têxteis, brinquedos, móveis e bricolagem. Estes são os principais setores em que mais podemos crescer, nos apoiando na experiência que já temos na Europa. Tecnologística – De que maneira pretendem atacar estes novos mercados? Klönhammer – A maneira de crescer da Katoen Natie no plano internacional é seguir os clientes com quem já temos uma relação no exterior. O que raramente fazemos é construir um centro de distribuição e depois ir atrás dos clientes. Aqui no Brasil também chegamos por convite de uma grande indústria Petroquímica, que era nosso cliente em Antuérpia; na Espanha, começamos por um chamado da Leroy Merlin; então em cada país fomos convidados por algum cliente que já atendíamos. No Brasil, a linha de atuação para desenvolver novas atividades também será, em primeiro lugar, com clientes do grupo existentes em outros países. Há um cliente que acabamos de começar a operar aqui, que é a Volvo Cars, para quem fazemos a logística das peças de reposição para as concessionárias. Esta empresa veio para
cá como resultado de um serviço que já fazemos para ela na Europa. É um bom exemplo de cliente que já está conosco, está contente e começou agora a operar aqui no Brasil também. Tecnologística – Além desses setores, há algum em que vocês ainda não atuam lá fora, mas que acham que no Brasil tem potencial? Klönhammer – Sim, temos aqui o setor de commodities para exportação: café, algodão e ferro, que possuem fluxos de exportação do Brasil para Europa e Estados Unidos. Já temos também uma operação de açúcar em Paulínia e estamos tratando com aço. Novo, novo para nós não é, porque “Katoen” quer dizer algodão no idioma flamengo. Ou seja, a empresa nasceu trabalhando com uma commodity, mas dentro do grupo esta linha de negócio já não é tão importante. Só que aqui é diferente, porque o Brasil é um grande produtor de commodities, que depois exporta ao restante do mundo. E dessa maneira podemos equilibrar os fluxos de importação e exportação, o que seria excelente para nós, dado o foco nas importações que já mencionei. Aí é outro valor agregado da Katoen Natie, de ser parceiro logístico no Brasil e na Europa também, fazendo a exportação e a importação como um circuito fechado.
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Tecnologística – E como a matriz vê o país em relação aos outros mercados em que atua? Klönhammer – Ela o vê com muito potencial, mas também com cautela. Temos história aqui e já passamos por momentos diferentes do mercado. Outras empresas que não têm essa vivência poderiam investir desenfreadamente, mas nós vamos com precaução. Este
também é o estilo da Katoen Natie; não queremos multiplicar as vendas por cinco em um ano. Preferimos um crescimento sustentável a um rápido que depois não sejamos capazes de manter. O Grupo olha bem o Brasil. E é normal, porque atuamos na Europa, na Ásia (Japão, Cingapura, Tailândia e Vietnã) e nos Estados Unidos, México, Uruguai – com uma operação portuária – e Ca-
Multinacional belga tem 12 anos de atuação no Brasil
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undada em 1855 e com matriz em Antuérpia, na Bélgica, a Katoen Natie provê soluções logísticas integradas e de engenharia para os segmentos petroquímico, de química fina, bens de consumo, automotivo, commodities e operações portuárias. Com mais de nove mil funcionários no mundo, a empresa atua em 25 países da Europa, América do Norte, Oriente Médio, Ásia, América Latina e África. No Brasil desde 1997, a empresa opera atualmente 27 plataformas logísticas em seis estados brasileiros onde executa operações como recebimento de matéria-prima, embalagem, reembalagem dos produtos finais, armazenagem, expedição, controle de estoque, administração de almoxarifados, manutenção das linhas de embalagem e transporte multimodal. A Katoen Natie executa estes serviços tanto dentro da fábrica de seus clientes (operações on-site) como em seus centros de distribuição (operações off-site) localizados na região de Curitiba (PR), no Vale do Paraíba e na região de Campinas (SP). A empresa triplicou a área de operações de seu Centro de Distribuição Multimodal (CDM) Paulínia, investiu na ampliação de seu ramal ferroviário e iniciou as obras de um terminal multimodal completamente novo para atender os fluxos de contêineres. Com
isso, será possível receber até duas composições de 65 vagões por vez, possibilitando a movimentação de mais de dez mil TEUs por mês. Foi concluída também uma estação de lavagem e reparo de contêineres e mais um pátio de estocagem ao ar livre. No final de 2009, concluiu a construção de um novo armazém e já começou as obras de mais dois módulos, aumentando a sua capacidade de armazenagem em 28 mil toneladas. O CDM de Paulínia oferece as vantagens de estar ao lado do Aeroporto de Viracopos e de possuir uma ligação ferroviária direta com o Porto de Santos, o Sul, Centro-Oeste e Nordeste do país, e de ser um depot de contêineres das grandes companhias marítimas. Em março de 2010 inaugurou também seu novo CDM Araucária na grande Curitiba, consolidando a operação de alguns dos cinco CDs que vinha operando na região. Desde o último mês de setembro, o comando da empresa passou para o belga Erik Klönhammer, que substituiu a Benoit Somers. Engenheiro Civil de formação, Klönhammer está no grupo desde 1997 e já passou pelas unidades de Petroquímicos, Bens de Consumo e Automotivo. Nos últimos dez anos, esteve à frente das atividades da Katoen Natie na Espanha.
nadá, e acabamos de começar uma operação na África também. Se olharmos hoje, na Europa não se faz nada; ao contrário, a atividade só diminui. Nos Estados Unidos ocorre o mesmo, não há crescimento no momento. Então falamos de Ásia e Brasil como os eixos de desenvolvimento para a companhia. Tecnologística – E com relação ao nível de lucratividade, como o Brasil se posiciona? Qual é a participação do país dentro da empresa? Klönhammer – Acredito, uma vez que desenvolvamos mais a logística de importação, o valor agregado para os clientes será maior e nossa margem na operação também irá crescer. Agora a estratégia é realmente oferecer um pacote total de transporte inbound, de armazenagem, picking, transporte outbound até o destino final, e oferecer também instalações, armazéns, silos e sistemas, então aí o valor agregado será maior para o cliente e ele aceitará pagar mais por este serviço. Tecnologística – Estão planejando abrir novos sites? Klönhammer – Estamos investindo, principalmente com clientes existentes. Então claramente as zonas que estamos olhando mais são aquelas em que já temos atividades, sejam on-site ou CD existente, que nos permitam aproveitar sinergias. Nesse sentido, falamos de Curitiba, onde já estamos em Araucária; falamos aqui da região metropolitana de São Paulo; do Rio de Janeiro, onde já estamos em Duque de Caxias; e também no Nordeste, em Camaçari, em Recife, com o Porto de Suape, onde começamos a atuar em 2010. São todas operações na costa, o que vem ao encontro da nossa estratégia de logística de importação e de utilização da multimodalidade. Silvia Marino Katoen Natie: (19) 2116-1550
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Aposta certa Ao encarar o desafio de atender a um cliente que não tinha ainda aberto sua primeira loja no país, a Luft Food Service fez uma aposta num projeto que, após apenas três anos, cumpriu o prometido: a rede Salad Creations já tem hoje 19 lojas em várias regiões do Brasil e credita grande parte de seu sucesso ao acerto na escolha do operador logístico
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o abrirem sua primeira loja no país da rede americana Salad Creations – que aposta no conceito de fast food saudável – quatro jovens recém-saídos da universidade tiveram o bom senso de iniciar suas operações já com a logística a cargo de um especialista: a Luft Food Service, que tem hoje em sua carteira as principais redes de fast food do país. E, pela primeira vez em sua história de atendimento ao setor, a empresa fechou contrato com um
cliente que sequer tinha aberto sua primeira loja, não tinha ainda seu cardápio estruturado e nem sabia quais seriam seus fornecedores. A aposta das duas empresas – uma no projeto dos jovens, e outra, no operador logístico – mostrou-se acertada. Apenas três anos depois da abertura da sua primeira loja, no Shopping Pátio Higienópolis, na capital paulista, a Salad Creations já possui 19 lojas em todas as regiões do país – exceto a Norte – sendo quatro delas abertas
no último mês de dezembro e mais duas previstas para janeiro de 2011. E prova do quanto o projeto deu certo, a rede espera ter mais que o dobro de lojas até o final deste ano. Victor Giansante, um dos sócios franqueadores da rede no Brasil, fala do início do processo e do que levou ele e seus sócios a optarem por trabalhar com um operador logístico. “Antes mesmo de fecharmos o negócio com o franqueador nos EUA, fomos conhecer as operações da Salad
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Para combater as cópias, a estratégia da rede foi acelerar a abrangência geográfica, com o auxílio da logística
tem de ir para a loja sabendo exatamente a experiência que vai ter. Tudo, desde as lojas até as embalagens, passando pelo cardápio, o que ele encontrar em uma loja deve ser idêntico ao das outras. E vimos que, sem um operador integrado, não conseguiríamos esta padronização, pois a maioria de nossos fornecedores não atende em todo o país”, coloca o executivo. A compra consolidada, segundo ele, é um dos pulos do gato para os franqueados, que sem isso teriam de
administrar o recebimento, na loja, de várias notas fiscais a cada entrega, de diferentes fornecedores, com prazos diferentes. “Seria insano. O franqueado necessitaria ter uma pessoa dedicada a fazer o seu controle financeiro e de fluxo de caixa. E isso é um custo que não cabe no orçamento dele. Trabalhamos com margens apertadas, com os custos dos shoppings extremamente altos. Sem contar que não teríamos volume para atender ao pedido mínimo de certos fornecedores. São tiragens grandes e a consolidação no operador logístico viabiliza a operação”, reforça.
Crença no projeto Para Henrique Costa, diretor da Luft Food Service – empresa do Grupo Luft voltada ao atendimento do mercado de alimentação fora do lar – o case da Salad Creations é único na história da empresa, pois foi seu primeiro cliente a assinar contrato sem ter nenhuma loja. Segundo ele, além da experiência da empresa no segmento de food service, com grande ênfase no atendimento
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Creations no México, e aquilo foi um aprendizado do que não deveríamos fazer”, conta. “Era uma operação extremamente confusa, que não tinha logística. Eles tinham uma só loja, mas nós percebemos que, sem ter a consolidação de fornecedores, a coisa se complicava e muito, porque a parte de compras neste negócio é realmente complexa. Eles tinham muito produto faltando, muitos problemas. Tanto é que acabaram perdendo a marca e hoje a rede não está mais no México”, continua o empresário. Outra preocupação que levou os sócios a dar grande importância à logística foi a consciência de que estavam lançando um produto inovador, uma tendência – já que as pessoas mais e mais se preocupam em manter uma alimentação saudável, mesmo fora de casa. Sendo assim, havia grandes chances de surgirem “clones” da Salad, e em algumas praças até mesmo antes do original. “Sabíamos que estávamos inovando e que, quando começássemos a difundir este conceito e ele começasse a dar certo, viriam muitas cópias. E nossa preocupação era como combatê-las, principalmente em cidades onde ainda não estivéssemos instalados. Nós somos a maior rede de franquias de saladas do mundo e queríamos que o mercado soubesse disso antes de conhecer as cópias. E a resposta para isso era fincar nossa bandeira nos principais mercados antes dos outros”, ressalta Giansante. Para conseguir essa abrangência territorial em pouco tempo, eles perceberam que precisariam ter uma logística que conseguisse atender ao Brasil todo com a mesma qualidade. “Outro aspecto que pesamos bastante para trabalhar com um operador logístico foi o padrão. Porque uma franquia não é uma franquia se não tiver padrão em todos os restaurantes do Brasil e do mundo. O cliente
A manutenção da temperatura é preocupação constante, da armazenagem ao embarque, até a entrega final Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 37
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lhe seja mais interessante. Tudo isso propicia uma captação de pedidos sem erros e sem retorno, o que acaba se revertendo em redução de custos. Além dos serviços tradicionais de logística, a Luft Food Service presta também serviços agregados, como negociação e programação de compras, contas a pagar, logística fiscal, captação de pedidos, contas a receber, análise de crédito e customer service. Com isso, ela oferece um leque completo, permitindo ao franqueador se preocupar com o crescimento da marca, e ao franqueado focar-se na loja e nas vendas, sem se preocupar com O site do operador é dotado de câmaras em três temperaturas, com controle feito de forma remota a administração de coma redes de franquia, pesou na decisão formatação e a tropicalização do car- pras, de fornecedores e da logística. dos jovens empresários a confiança de- dápio, da formação do portfólio de A homologação do fornecedor e positada no projeto pela Luft. produtos até o desenvolvimento de a negociação de compras são rea“A contratação de um operador fornecedores. “Por exemplo, eles pre- lizadas pelo franqueador. Uma vez logístico pressupõe uma escala pré- cisavam de queijo – que já compramos estabelecidos os parâmetros e conexistente, um grande número de lo- em grande escala – então nós demons- dições comerciais, parte-se para a jas, um volume considerável de itens tramos como funciona este mercado, programação de compras, que fica e uma distribuição geográfica ampla. como é a sazonalidade, com safra e en- a cargo do operador. “É uma tarefa Normalmente, um cliente procura um tressafra, a concentração da produção, mais operacional mesmo. Diariaoperador porque já tem um problema. enfim, demos todo o suporte para eles mente, enviamos a projeção de neA Salad Creations não esperou o pro- iniciarem a operação com os melhores cessidade de consumo mensal para blema acontecer, e isso foi uma grande fornecedores e produtos, dentro da o fornecedor, colocamos pedidos sacada. Eles entraram neste mercado qualidade e das condições comerciais semanais e fazemos o acompanhacom base na nossa expertise. E, desde adequadas”, explica Costa. mento do que tem em estoque e dos o início, nós achamos a ideia genial. A rede pode também se beneficiar pedidos em carteira, para garantir É realmente uma tendência das pesso- da tecnologia para captação de pedi- que não falte produto na loja nem as hoje buscar uma refeição rápida e dos que a Luft Food Service já dispo- haja excesso de estoque”, explica o ao mesmo tempo saudável”, coloca o nibiliza aos seus outros clientes. Atra- diretor da Luft Food Service. As lodiretor. “Na verdade, nós fizemos um vés do portal da empresa, com login e jas fazem seus pedidos diretameninvestimento nessa ideia. Quando há senha, o cliente tem acesso a todas as te para o operador e têm nele seu poucas lojas, nosso retorno é mínimo. informações que necessita para abas- grande fornecedor. A Luft investiu na projeção do cresci- tecer sua loja, dentro das regras estaSem histórico mento que a rede alcançaria, pois só belecidas para seu negócio específico, com isso teríamos retorno. Foi uma com informações sobre promoções, Como a Salad Creations não tiaposta mesmo”, reforça. lotes mínimos e também sobre lotes A Luft participou de toda a estru- econômicos de compra, para que o nha ainda um histórico de vendas turação da Salad Creations, desde a franqueado possa fazer a opção que aqui no Brasil, a formação de esto38 - Revista Tecnologística - Janeiro/2011
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ques para a primeira loja foi feita com base num modelo recebido da franqueadora nos Estados Unidos, que depois foi sendo ajustado com os dados reais de demanda do Brasil. Mas, antes mesmo da abertura da loja, os empresários brasileiros já perceberam que o potencial do negócio era maior que o inicialmente imaginado, então o volume inicial teve de ser reajustado. Segundo Henrique Costa, a primeira loja, inaugurada em dezembro 2007, foi um grande sucesso, mas exigiu também muitos ajustes, como era de se esperar. “Nos bastidores, fi-
zemos vários acertos. Por ser uma só loja, alguns itens giravam e outros não. Existe um lote mínimo do fornecedor, e assim alguns produtos sobraram em estoque e tiveram de ser descartados. Mas, com o tempo, fomos adaptando o sortimento e até mesmo os utensílios utilizados nas lojas de acordo com as características da demanda e do público brasileiro”, conta o diretor da Luft. Atualmente, quando abre uma nova loja, a Salad Creations busca também informações de outras franquias de alimentos que já estejam
instaladas no mesmo local, para um parâmetro de demanda. “Felizmente, hoje as redes de franchising se falam
Duas empresas inovadoras
A
Luft Food Service surgiu, como FBD, de um spin-off da rede de sanduíches Bob’s, no Rio de Janeiro. Em 1998, o Grupo Luft adquiriu a empresa, sentindo o potencial do mercado de logística voltada para o Food Service no país. Hoje, o operador gerencia um estoque de cerca de dois mil itens em câmaras de três temperaturas. Fazendo a consolidação de compra para os clientes – em sua maioria grandes redes nacionais e internacionais de fast food, a Luft Food Service fornece hoje cerca de 99% dos itens utilizados por seus clientes, que são entregues em caminhões também compartimentados nas três temperaturas. Partindo de um único cliente, a rede Bob’s, a empresa tem em sua carteira mais de dez marcas, com duas mil lojas em todo o Brasil, atendendo a clientes como Casa do Pão de Queijo, Subway e Pizza Hut. Para este último, ela presta um serviço raro entre os operadores logísticos, que é a negociação de compra com os fornecedores. Para
toda a carteira, além das atividades tradicionais de logística, como recebimento, armazenagem, controle de estoque e distribuição, ela fornece serviços voltados especificamente para o segmento.
Estilo saudável A Salad Creations foi criada em 2004, na Flórida (EUA), concebida para atender à demanda por uma alimentação aliada a um estilo de vida mais saudável, oferecendo refeições com excelência em nutrição e frescor, mas sem esquecer do sabor. A proposta se espalhou rapidamente pelos Estados Unidos, onde a empresa já possui por volta de 60 lojas nas principais cidades e estados norte-americanos e pelo mundo, com a marca presente atualmente em dez países, incluindo o Brasil. No país, a empresa atua desde 2007, quando os sócios Victor Giansante, Bruno Bueno, Fernando Bueno e Alexandre Botelho abriram a primeira loja, após obterem a licen-
ça de franqueadores master para o Brasil e América do Sul. Com crescimento acelerado, a rede faturou R$ 7 milhões em 2009, com projeção de chegar a R$ 12 milhões em 2010. Este crescimento está baseado no conceito de franquias e, nos Estados Unidos, a Salad Creations foi classificada em 2007 como a 1ª rede de franchising que mais crescia pela RestaurantChains. Seu perfil é o público das classes A e B, que deseja uma refeição rápida, mas saudável. Por isso, a marca hoje se concentra principalmente em shoppings e business centers, e agora busca outros formatos de atendimento. No cardápio, são oferecidos 40 ingredientes, 15 tipos de molhos e saladas exclusivas, além da opção “Crie sua própria Salada”, em que o cliente escolhe seus ingredientes prediletos. Para combater a sazonalidade, a rede acrescentou ao cardápio opções quentes, como wraps, minipães e coockies, além de sopas.
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muito, há um bom networking. E Brasil, ele possui várias rotas que A experiência da isso é benéfico para todos”, diz Vicsão atendidas regularmente. Esta tor Giansante. estrutura foi fundamental para o Da mesma forma, o cardápio iniLuft foi importante crescimento da Salad Creations em cial da marca no Brasil foi feito com outras regiões. “Se fosse uma opebase no americano e foi sendo tropiração dedicada, seria inviável. A na tropicalização do calizado. “No início, tivemos de ser maioria dos fornecedores não atenfieis ao que já existia nos EUA, a pede em todas as regiões do país. Tecardápio, pois ela já dido da franqueadora. Então, havia mos vários casos de franquias que produtos como palmito, queijo micomeçaram a crescer regionalmenconhece a demanda nas e tomate seco, por exemplo, que te e depois se retraíram, porque não não estavam no cardápio, mas são conseguiram abastecer fora de São do público brasileiro fundamentais aqui no Brasil quando Paulo”, coloca Costa. se pensa em salada. E nisso também Giansante concorda com ele e De lá, os produtos vão diretamen- vai além, dizendo que o fato de a a Luft foi muito importante porque, já estando neste mercado de food te para as lojas dos clientes em todo Luft atender a outras redes de franservice por tantos anos, conhece o país, exceto para os estados do Rio quias de alimentos também traz oubastante a demanda do público, tem de Janeiro e Espírito Santo, para os tros benefícios. Um deles é a sinero volume das outras redes e foi um quais é feito um cross-docking no gia, já que nem todos os produtos bom termômetro para a escolha dos CD da Luft Food Service na capi- são exclusivos e alguns podem ser tal fluminense, uma área de 6.500 comprados para vários clientes. ingredientes”, elogia o empresário. “Para mim, isto é o que os dife- m 2 adequada para as operações do Outra vantagem é que, tendo rencia no mercado. Eles trabalham segmento. “A partir daí fazemos o um operador como a Luft por trás toda a gerência do nosso estoque, transbordo para outros veículos, que fez com que a Salad Creations tivesna consolidação de pedido míni- completam a distribuição para estes se maior confiabilidade por parte mo e no desenvolvimento de no- locais”, explica o diretor da Luft. dos fornecedores, além do interesse Como o operador atende a vá- deles em fazer parte da carteira do vos produtos. Quando vamos fazer alguma auditoria em fornecedores, rios outros clientes espalhados pelo operador. “Quando nós chegávamos alguém da Luft nos acompanha também. E até hoje mantemos este trabalho de busca de fornecedores”, continua Giansante. O estoque da Salad Crea-tions fica todo concentrado no novo site da Luft Food Service em Jandira, na Grande São Paulo. É um centro de distribuição de 10.200 m2 já projetado para atender às exigências do varejo alimentar, dotado câmaras compartimentadas em três temperaturas – congelada a -18º C; resfriada a +5º C, e ambiente – com antecâmaras e câmaras de segurança, além de docas vedadas e monitoramento remoto O novo site da Luft Food Service concentra todo o estoque do cliente de temperatura. Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 41
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para contratar um fornecedor tendo apenas uma ou duas lojas e ele via o nome da Luft por trás e o nível dos clientes que ela atende, que são os maiores do food service, além de dar uma tranquilidade bem maior, isso também criava uma perspectiva de ganho de clientes para eles. Os fornecedores sabem que, se nos atenderem bem dentro da Luft, podem ser indicados para outras empresas que operam lá dentro, e isso faz muita diferença”, ressalta Giansante.
Hoje, todas as lojas da rede estão localizadas em praças de alimentação dos shopping centers, uma estratégia para firmar a marca e o conceito, que então era novo no Brasil. “Quando a pessoa sai de casa para ir a um restaurante de rua, já sabe onde vai. Mas quando está em uma praça de alimentação, sempre dá uma olhada para ver se tem alguma novidade. Nós apostamos nesse fluxo para nos firmarmos”, coloca o executivo. Embora acertada, esta decisão traz mais um complicador para a logística, já que os shoppings têm muitas restrições para entrega, com janelas bem curtas. Até nisso ter a Luft como operadora ajudou, já que ela possui experiência e, não raro, no mesmo shopping atende a vários clientes. “Com todas as restrições, qualquer problema que ocorra pode acarretar a perda da entrega, e aí, só no dia seguinte. Por isso, estamos tentando convencer os franqueados a ter um estoque de segurança, que mesmo assim não pode ser grande, porque os espaços dos shoppings são muito caros e têm de ser aproveitados em área de venda. Até por isso é importante ter um operador confiável”, explica Victor Giansante. Além disso, a Luft faz a entrega em veículos compartimentados nas três temperaturas – seca, congelada e resfriada – o que evita que a loja te-
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Dos shoppings para as ruas
Todas as lojas da rede estão dentro de shoppings, o que complica ainda mais a logística
nha muitos caminhões encostando para entregar e muitas notas fiscais para receber. Hoje, a Luft é responsável pela entrega de cerca de 99% dos itens dos clientes e, no caso da Salad Creations, é tudo organizado para haver o mínimo de manipulação dos produtos, o que facilita bastante a vida do franqueado. A Salad Creations prepara agora uma nova fase de expansão, além das novas lojas a serem inauguradas. A rede prospecta espaços para as lojas de rua, para viabilizar o serviço de delivery. Já houve uma experiência nesse sentido, na loja do Shopping Higienópolis, que não deu certo, apesar da enorme demanda. “Vimos que a estrutura do shopping, com escadas, elevadores e muito tempo para sair do prédio, não funciona para o nosso produto, que não pode ficar muito tempo fora da temperatura ideal, pois perde qualidade e frescor. Temos então de montar uma logística muito mais rápida, fechar bem uma deter-
minada região para atender com qualidade”, explica o executivo. O crescimento ainda não para por aí, pois a rede pretende ter, até o final de 2011, entre 40 e 50 lojas em todo o país. “Nós precisamos ter esta expansão rápida e estamos satisfeitos porque conseguimos fazer a rede crescer de maneira saudável. Isto é fundamental para combater as cópias, que por um lado nos deixam preocupados, mas, por outro, indicam que estamos no caminho certo. E a logística tem sido fundamental para este crescimento. Acreditamos ter sido uma tacada certíssima já termos começado com um operador logístico do porte da Luft. Conversando com outros franqueadores, eles concordam que foi a melhor coisa que nós fizemos”, finaliza o Giansante Silvia Marino Luft Food Service: (11) 3602-8911 Salad Creations: (11) 2367-9617
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Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil Mercado atual e próximas tendências João Guilherme M. E. de Araujo
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transporte rodoviário de cargas (TRC) é responsável por mais de 60% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil, com o seu custo representando cerca de 6% do Produto Interno Bruto do país. Para as empresas, o deslocamento de carga pelas estradas nacionais equivale a mais da metade da sua receita líquida, chegando a mais de 60% da receita na Agroindústria (62%) e entre as indústrias de alimentos (65,5%). Nada mais natural, portanto, que o crescente interesse das companhias por novas soluções logísticas e por um estudo mais aprofundado do setor no Brasil. Acompanhando essa tendência, o ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain – apresentou, no XVI Fórum Internacional de Logística, em setembro de 2010, uma pesquisa inédita1 sobre o mercado brasileiro de transporte rodoviário de carga. Através do estudo com os principais transportadores rodoviários do país, pudemos analisar a situação do mercado, bem como suas restrições de oferta, a pressão para aumento dos preços e a sua busca pela melhoria de eficiência. Neste artigo, falaremos um pouco sobre a metodologia da pesquisa para, em seguida, discorrermos sobre os dados secundários utilizados e, por fim, apresentarmos seus principais destaques, as conclusões e o desenho de tendências.
A pesquisa e o panorama do setor No intuito de criar massa crítica e estatisticamente relevante, a equipe de Inteligência de Mercado do ILOS ouviu 61 das principais empresas atuantes no mercado de transporte rodoviário de cargas brasileiro. A amostra foi importante para trazer as principais questões sob o ponto de vista dos fornecedores brasileiros de TRC e quais os principais desdobramentos esperados para o setor no curto
prazo. Objetivando uma análise evolutiva, foi feita, ainda, a comparação dos dados obtidos com os levantados em pesquisa similar conduzida pelo Centro de Estudos em Logística da Coppead/UFRJ em 2008. Algumas características da atual amostra2 • 61 operadoras de transporte rodoviário; • Abrangência regional ou nacional, garantindo cobertura integral do cenário brasileiro; • Fornecedores de transporte dos principais segmentos de negócio do PIB brasileiro; • Exclusão de qualquer outra atividade não relacionada ao transporte rodoviário de cargas. Apesar da natureza qualitativa da pesquisa com os transportadores, a metodologia desse estudo foi desenvolvida para que as informações levantadas nas entrevistas com os representantes das empresas fossem compiladas e comparáveis também em forma numérica. É importante ressaltar que este trabalho não teve por objetivo ser uma pesquisa quantitativa (estatisticamente). De maneira complementar à interpretação qualitativa, utilizamos uma avaliação quantitativa de alguns casos, permitindo aprofundamentos nas comparações. Por fim, incluímos dados secundários e outras fontes relevantes de informação que viabilizaram o enquadramento da pesquisa e alinhamento de suas conclusões principais. A Figura 1 mostra a dimensão média de faturamento das transportadoras rodoviárias do mercado brasileiro (apenas na atividade de transporte rodoviário de cargas). Além da caracterização da pesquisa e do panorama do setor, foram buscados dados secundários para ilustrar o cenário macroeconômico atual. Esse é fator-chave para o correto entendimento das conclusões da pesquisa, além de trazer as condições de contorno sob as quais nossos entre-
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transportadores a situação real e atual do setor. Na Figura 3, é apresentada uma comparação entre o momento atual dessas empresas e o vivido durante a crise financeira.
Análise dos resultados da pesquisa
Figura 1 – Evolução da receita média dos transportadores brasileiros
vistados responderam as perguntas e permitiram subsídios para o traçado de tendências do setor. O cenário macroeconômico identificado é de absoluta recuperação, após acrise internacional do final 2008 e início de 2009. Foram cruzados dados e informações de diferentes instituições, visando traçar o cenário que foi reforçado no resultado das respostas dos transportadores pesquisados. Para deixar a absorção desse cenário mais confortável a todos, foram explicitados alguns dos indicadores e suas fontes de informação. Grande parte dessas informações apresentamse disponíveis para estudo em diversos sites de instituições de pesquisa, bem como no próprio site do ILOS (www.ilos. com.br). Neste artigo, foram listados parte deles para não tomar tempo e espaço com gráficos marginais ou apenas de suporte às constatações da pesquisa. Pode-se destacar como principais indicadores da completa recuperação econômica do setor: • Venda total de caminhões no Brasil (Fonte: Anfavea); • Aumento dos emplacamentos de caminhões no Brasil (Fonte: Fenabrave); • Produção de caminhões no limite da capacidade instalada (Fonte: Anfavea); • Aumento do fluxo de caminhões pesados nas estradas (Fonte: ABCR); • Aumento das vendas de diesel no mercado doméstico (Fonte: ANP). Com base nessa série de indicadores e nas respostas das entrevistas com transportadores, foi possível concluir que o cenário macroeconômico do setor é de retomada absoluta dos padrões de movimentação pré-crise internacional. Na Figura 2, observa-se o panorama do setor. Adicionalmente ao cenário macroeconômico, se buscou entender qualitativa e diretamente com os
O grande mote da pesquisa é a equação de balanceamento entre oferta e demanda de transporte rodoviário. Tomando-se em conta que o TRC representa algo em torno de 63% da matriz de movimentação de carga nacional, essa análise permite conclusões bastante robustas e que podem trazer, inclusive, impactos de ordem macroeconômica para o Brasil. Tomando a referência entre oferta e demanda, podemos afirmar que lá atrás (nos anos 1990) havia um ciclo vicioso no transporte rodoviário de carga. A oferta era superior à demanda, e as barreiras de entrada eram baixas (baixo requerimento dos embarcadores). Os fretes tinham valores achatados, gerando baixa capacidade de investimento e manutenção da frota, acarretando sobrepeso e sobrejornada de trabalho, realimentando a alta oferta de transporte e criando barreiras de saída, por falta de opção ou condição por parte do transportador, muitas vezes motorista autônomo ou agregado. Esse cenário se modificaria na tomada de pesquisa feita no início de 2008. No entanto, a crise internacional teve um grande impacto em todos os setores da economia e o que se apresentava como uma curva positiva e tendência de revitalização do setor foi bruscamente interrompido por fatores externos ao TRC. Passados os piores momentos da crise, no estudo de 2010 observa-se uma fotografia muito positiva sobre a possibilidade de revitalização do setor de transporte rodoviário de cargas. Para melhor entender o quadro traçado, a
Figura 2: Recuperação das vendas de caminhões no Brasil Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 45
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capacidade adicional de transporte no curto prazo, e a demanda atual já pode ser maior que a disponibilidade de ativos para determinados setores e/ou serviços de transporte. Por fim, houve a retomada da prática de seleção de clientes. Essa prática havia aparecido no início de 2008, tendo se extinguido assim que se iniciou a crise internacional. Ela agora reaparece trazendo consigo a perspectiva de alavanca na revitalização do setor e de uma melhor segmentação e profissionalização de atuação por parte dos operadores de transporte rodoviário. Uma pergunta específica é muito simbólica e ajuda a subsidiar o quadro de seleção proaativa de cliente no transporte, como pode ser visto na Figura 5.
Pressão para aumento de preços
Figura 3: Perspectiva dos transportadores na pesquisa realizada
abordagem foi dividida em três grandes blocos de conclusão: restrição de oferta, pressão para aumento de preços e busca por melhoria de eficiência operacional.
Restrição de oferta
Existe também a percepção de uma eventual pressão para aumento de preços por parte dos transportadores, dado o quadro de recuperação da demanda por parte dos embarcadores e a reduzida possibilidade de investimentos de curto prazo que possam fazer frente à recuperação dessa demanda. É claro que se trata de um tema sensível e controverso, além de depender de atuações e negociações casuais. Para não ficar preso apenas às opiniões nem sempre imparciais dos entrevistados, procurou-se sensibilizar diferentes dimensões nas respostas obtidas, que ajudam a entender a real dimensão desse bloco. Uma tomada direta e simples de opinião com os transportadores apontou um mencionado cenário de compressão de margens e baixo preço de tarifas de fretes. Não obstante se tratar de resultado previsível, visto a parte entrevistada, buscou-se conduzir outros questionamentos adicionais e dados secundários de suporte para permitir ser esse, pelo menos parcialmente, um cenário realista.
Primeiramente, a pesquisa buscou entender como os transportadores estão percebendo o mercado, como estão se preparando para atendê-lo e que tipo de modificação pode estar acontecendo por parte dos embarcadores no que diz respeito aos volumes embarcados e aos serviços pretendidos. De imediato, foi possível perceber que há um risco de falta de capacidade de transporte, como pode ser visto na Figura 4. Além da percepção dos transportadores, colocamos questões adicionais que nos permitiram concluir que há uma tendência à restrição de oferta de transporte no curto prazo e que a ociosidade do sistema já começou a ser explorada. Entretanto, isso pode não ser suficiente para suportar o quadro de reaquecimento dos embarques, mesmo havendo uma retomada significativa de investimentos do setor em frota, seja essa dedicada ou de uso compartilhado. Foi constatado, ainda, que há pouca folga para o atendimento dos invesFigura 4 – Respostas dadas pelos transportadores a respeito da oferta de transporte rodoviário timentos necessários para entrega de 46 - Revista Tecnologística - Janeiro/2011
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No que diz respeito aos custos de transportes, é necessário colocar nas contas adicionais, ou de maior pressão, os componentes de regulamentação cada vez maiores e que ajudam a profissionalizar o setor, mas que inevitavelmente trazem novos componentes de custos. É possível adicionar, ainda, as pressões ambientais, as trocas de motores e combustíveis mais “verdes”, e potencialmente caros, e os impactos de insuficiente infraestrutura instalada, acarretando acidentes, custos de não qualidade, seguros adicionais e, por que não mencionar também, as constantes e recorrentes restrições de circulação veicular. No que diz respeito ao panorama do setor, há em curso um processo de profissionalização e consolidação, com recorrentes e recentes casos de fusões e aquisições que trazem para a agenda de negociação novos atores, com maior poder de barganha e escala de negociação também por parte dos transportadores. Portanto, independentemente das dificuldades e dos desafios de eficiência, já está ocorrendo pressão pontual de preços nas tarifas de fretes. Isso se dá por motivos que variam da maior concentração dos atores de transporte,
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passando pela má qualidade de infraestrutura, maior regulamentação do setor e indo até o aumento das restrições de circulação e a maior exigência de serviço por parte dos embarcadores, dado que o aumento da demanda já foi listado anteriormente.
Busca por melhoria de eficiência O terceiro e último bloco de conclusão da pesquisa procura equalizar os dois blocos anteriores, haja visto que não há como resolver imediatamente a necessidade de oferta adicional de capacidade de transporte e, muito menos, repassar integralmente eventuais aumentos de custo simplesmente como inflação direta do setor. Foi possível identificar um comportamento muito saudável e que gerou subsídios para a aposta na revitalização do setor. Esse comportamento ocorre sempre que os ciclos são de aumento de demanda sem a contrapartida de oferta na mesma dimensão. Em outras palavras, sempre que ocorre esse fenômeno, o dono da demanda (no caso de nossa pesquisa, os embarcadores) torna-se sócio do dono
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da oferta (transportadores) para buscar as melhores soluções para esse desequilíbrio. Sempre que isso ocorre, as perspectivas de busca de eficiência operacional e produtividade são potencializadas, pois além da produtividade interna dos transportadores e suas operações, os embarcadores também participam das iniciativas de eficiência, aumentando alavancas produtivas como o transporte colaborativo, o compartilhamento de ativos e o investimento compartilhado e de longo prazo. Há, no detalhamento da pesquisa, uma série de informações e respostas que reforçam essa leitura, mas não há nada mais representativo do que a própria opinião direta dos transportadores para respaldar a conclusão (Figura 6).
Conclusões finais Ao longo deste artigo, buscamos caracterizar a metodologia utilizada na pesquisa de transporte rodoviário realizada pelo ILOS, subsidiar dados secundários relevantes às suas conclusões e ilustrar as mais importantes análises em blocos interligados, porém abordados de maneira isolada. No início, foi contextualizar a amostra da pesquisa, sua metodologia e representatividade de respostas. Em paralelo, traçou-se um mapa do cenário macroeconômico e de como esse cenário se relacionou com o setor de transporte rodoviário. Dados adicionais e diversos institutos foram pesquisados para oferecer robustez e representatividade ao que viria de conclusão desse trabalho. A partir desse material, foi possível separar três grandes blocos de conclusões, que foram então detalhados e apresentados sempre dentro de um contexto qualitativo e liderado pelos entrevistados – os transportadores – mas tam-
Figura 6 – Respostas dadas pelos transportadores da pesquisa ILOS 2010
bém testados, com informações e números, e concluídos por visão imparcial e bem subsidiada pelo Instituto ILOS. É importante ressaltar que a pesquisa compila respostas qualitativas e dados secundários quantitativos, sendo sua entrega tão mais rica quanto as discussões que os mesmos possam permitir. Parece-nos razoável concluir que os efeitos da crise mundial ficaram para trás e que a economia brasileira já se recuperou nesse setor. Os transportadores retomaram os investimentos para buscar atender ao aumento de demanda. A demanda em si está mais alta, não apenas em volume mas também em características de serviço. De outro lado, o transportador está se profissionalizando cada vez mais e também já começa a selecionar seus clientes. A eficiência operacional é a agenda do setor e os dois lados da balança – demanda e oferta – encontram-se juntos e desafiados a buscar os melhores resultados sempre com os menores custos. E é exatamente isso que o ILOS chama de revitalização do setor de transporte rodoviário brasileiro.
João Guilherme M. E. de Araujo joao.araujo@ilos.com.br Tel.: (21) 3445-3000 1
Figura 5 – Respostas dadas pelos transportadores da pesquisa ILOS 2010
Pesquisa Nacional de Transporte Rodoviário feita pelo ILOS em 2010. 2 Por motivo de confidencialidade, informações como nome, marcas no mercado, faturamento, etc. foram omitidas. Os segmentos de atuação citados são os principais, pois há casos em que as linhas de transporte da empresa pertencem a mais de um segmento.
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Libra Logística implementa solução de VMI na Flextronics
Ao implantar as funcionalidades do serviço VMI no cenário de negócios da Flextronics, o estoque médio da empresa que era de 70 dias foi reduzido para três dias.
C
om matriz em Cingapura, a Flextronics International é uma das principais fornecedoras de serviços de manufatura de produtos eletrônicos do mundo. Sua unidade industrial em Sorocaba (SP) emprega mais de cinco mil pessoas e desenvolve projetos, montagem e entrega de equipamentos, que podem ser smartphones, notebooks, impressoras, PCs e outros produtos do setor de eletrônicos. Em sua carteira de clientes figuram gigantes da indústria de TI. Já a Libra Logística – divisão de negócios de logística do Grupo Libra,
conglomerado brasileiro com 65 anos de existência e especializado em operações portuárias e logística de comércio exterior – é responsável por uma sofisticada rede de operações de carga geral e contêineres voltados para exportação e importação. É o caso do Porto Seco Libra Logística de Campinas (SP). Há cerca de um ano, a Libra foi convocada para solucionar um grave problema no fluxo logístico da Flextronics, que depende 100% de fornecedores internacionais de componentes eletrônicos, localizados em sua grande maioria na Ásia e nos Estados Unidos, e que utiliza trans-
porte aéreo ou marítimo para fazer esses produtos chegarem ao Brasil. Assim como ocorre nos dias atuais, a Flextronics fazia seus pedidos de compras de peças (placas, chassis, microprocessadores, memórias, etc.) para os fornecedores estrangeiros de acordo com as vendas pré-definidas de seus clientes. Depois de feito o pedido, a mercadoria levava, entre sua produção e o transporte por navio, cerca de 70 dias para chegar ao Brasil, para então começar a ser montado o produto final. Se, nesse ínterim, houvesse alguma mudança de expectativa do cliente, ou se ele solici-
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tasse um novo lote, a manufatureira tinha de fazer um novo pedido, gerando assim um novo tempo de espera. Outra dificuldade era quando a Flextronics fazia o pedido para um fornecedor na Ásia, por exemplo, os produtos já passavam a fazer parte do seu estoque no momento em que eram embarcados para o Brasil. Ou seja, ainda mesmo sem ter os componentes para fabricar o produto, a Flextronics já arcava com o ônus do alto volume de estoque por mais de dois meses. E a própria multinacional é quem coordenava todo este processo.
Porto Seco Qual foi a grande mudança que a Libra Logística conseguiu implementar junto à Flextronics? De acordo com Daniel Brugioni, gerente-geral Comercial e de Marketing da Libra Logística, a grande mudança que a empresa conseguiu implementar junto a este cliente foi que, após uma negociação, com os fornecedores internacionais, eles passaram a fazer um estoque avançado aqui no Brasil, no Porto Seco da Libra em Campinas, que passou, em alguns casos, a ser consignatária desta carga. No novo modelo, a Flextronics faz, por exemplo, um grande pedido de mercadoria junto à sua cadeia de fornecedores. Essas empresas produzem e embarcam no navio os produtos solicitados, que só entram no inventário da Flextronics no momento em que ela nacionaliza essa mercadoria aqui no Brasil. Tal estratégia foi criada porque a maioria desses fornecedores não possui uma condição fiscal estabelecida no país. “Por esse motivo, eles precisam enviar a carga consignada a alguma empresa, neste caso a um Porto Seco”, explica Brugioni. A Libra Logística é praticamente dona dessa mercadoria no Brasil, pois, como ela ainda não foi nacionalizada, faz parte do estoque do fornecedor. Este produto fica numa área alfandegada, dentro de um estoque mí-
A Flextronics depende 100% de fornecedores internacionais de componentes, que ficam na Ásia e nos Estados Unidos
nimo estabelecido pela Flextronics. E, o que é melhor: os componentes ficam estocados a cerca de 50 km de distância da zona de produção, à disposição da empresa manufatureira. Na base de to-do este programa de gestão implementado junto à Flextronics está um serviço deno-minado VMI (Vendor Management Inventory – ou Inventário Gerenciado pelo Fornecedor), no qual o este último se responsabiliza pela gestão dos níveis de estoques do cliente e assume as decisões sobre reabastecimentos, a partir de parâmetros pré-estabelecidos com o cliente. Na Flextronics, por uma questão de política interna, este serviço tem outro nome: SMI (Supply Management Inventory), mas na sua essência mantém a mesma função. “O VMI é nada mais do que o regime do entreposto aduaneiro, já que é uma ferramenta que permite que as empresas criem um estoque estratégico, façam liberações parciais das mercadorias e recolham, também parcialmente, os impostos de acordo com tais liberações. Tudo é feito sem comprometer o atendimento da produção e sem impactar a gestão de custos da produção”, diz Brugioni. Com o sistema VMI, a Libra Logística administra todas as peças necessárias para a montagem do produto final. Ela recebe os itens, faz o controle do estoque e abastece a linha de produção dos seus clientes para que eles possam
montar, nas fábricas locais, os produtos destinados ao consumidor final. “O novo modelo gerou mais flexibilidade para nossos clientes e também deu maior visibilidade e segurança aos fornecedores”, observa Sergio Sosa, gerente de Materiais da Flextronics. Entre os vários benefícios resultantes do novo processo, o executivo cita ainda redução de espaço para armazenamento de mercadorias, o que gerou mais valor para as operações da empresa; a redução significativa do inventário financeiro e também das paradas de linha de produção por falta de componentes. Praticamente todos os clientes da Flextronics estão utilizando o VMI. “Hoje estamos com cerca de 30 empresas estrangeiras operando neste modelo, e o envolvimento delas é fundamental para a nossa companhia, especialmente na implantação de novos fornecedores neste programa”, ressalta Sosa.
Regime de entreposto No caso da Flextronics, quando ela embarcava a mercadoria de algum país para o Brasil, emitia automaticamente um proform invoice lá fora, e a mercadoria, ao ser embarcada, já se tornava sua propriedade. Os produtos enco-
Brugioni: estoque estratégico não compromete a produção nem impacta nos custos Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 51
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IMPORTAÇÃO
mendados passavam 40 dias dentro de um navio com destino ao Brasil. Ao chegar, havia ainda o tempo de trâmites dentro do porto e o tempo de transferência dos produtos para uma zona secundária, para então ser dada entrada num regime de entreposto, o que perfazia os 70 dias. “Durante todo esse tempo, a mercadoria estava sob inventário da Flextronics, ou seja, pertencia a ela, embora estivesse passado a maior parte do tempo em alto-mar”, salienta o executivo da Libra Logística. Agora, a mercadoria estrangeira só passa a ser da Flextronics quando é nacionalizada. Antes disso, fica consignada. Para isso, estabelece-se um tempo máximo em que esse item vai ficar dentro do regime de entreposto, que normalmente gira de zero a 90 dias, conforme o acordo entre as partes. Com a Flextronics, o acordo, na maioria das vezes, é de 60 dias. Mas grande parte dos clientes opta pelos três meses. Ao findar o prazo, a empresa que solicitou a mercadoria precisa mandar o pagamento, nacionalizar, devolver ou reexportá-la para outro país. Por trás do serviço VMI e do Porto Seco, em Campinas, que permite reali-
VMI da Libra movimenta bilhões
A
s operações anuais de VMI da Libra Logística em Campinas (SP) estão na casa do US$ 1,4 bilhão/ano. Ali são movimentados anualmente 300 mil m 3 de mercadoria de clientes como Dell, HP, Caterpillar e Motorola, além da própria Flextronics. São 146 fornecedores que compõem a cadeia de fornecimento dessas cinco companhias e que utilizam o serviço VMI e a plataforma Libra HUB para gerenciar sua cadeia logística.
Com a utilização do Porto Seco, a Libra passa praticamente a ser a dona dessa mercadoria no Brasil
zar esse tipo de trâmite fiscal de nacionalização de apenas parte dos produtos, existe um sistema robusto chamado Libra HUB. Ele controla todo o processo e permite a seus clientes ‘enxergar’ o volume total de estoque e cada lote de peças de seus fornecedores. Estes, por sua vez, lá da Ásia ou da América do Norte, também conseguem saber como está o inventário do cliente aqui no Brasil e podem trabalhar com um estoque mínimo de segurança. “Quando esse volume vai baixando, automaticamente, os fornecedores fazem a reposição dos componentes”, diz Brugioni. O Libra Hub é uma plataforma Web em que cada cliente e, cada fornecedor, tem um login e uma senha para acessar uma gama variada de informações armazenadas no sistema, indispensáveis para o cliente administrar todo o fluxo de carga, o tipo de mercadoria, estoques, trâmites aduaneiros, transporte, e assim ter um controle total da operação contratada. O sistema permite uma visibilidade completa da cadeia logística.
Sistema alerta a cadeia Para isso, ele busca informações em todos os sistemas internos do Grupo Libra, como WMS, ERP, sistema de monitoramento de transportes entre outros, e consolida tais informações. “Com base nelas, de forma customizada, o cliente consegue enxergar aquelas informações que são pertinentes ao seu negócio. Todo o elo da cadeia de abastecimento tem acesso ao Libra HUB”,
explica o executivo da Libra Logística, acrescentando que existe uma troca de informações via EDI entre Libra, despachantes, Flextronics e fornecedores. O sistema foi desenvolvido internamente pela área de TI, mas as soluções que abastecem a plataforma são de mercado. O Libra Hub é um consolidador de dados que coleta e recebe as informações de EDI do despachante da Flextronics, ou de algum fornecedor da cadeia, por exemplo, e as reúne num mesmo painel de controle. O sistema permite desenvolver EDIs com outros elos da cadeia logística para disponibilizar dados importantes para o cliente. O software solta avisos do tipo “o estoque abaixou” quando este chega a certo nível, alertando por e-mails as pessoas responsáveis em toda a cadeia, avisando que o estoque de determinado produto desceu a nível ‘x’ e que é preciso fazer a reposição. O sistema já calcula todo o transit-time da mercadoria de forma a haver tempo hábil para ela ser fabricada lá fora, ser colocada aqui no país, via área ou marítima, para não faltar componente na linha de produção da Flextronics. “Nossa solução permite que o cliente trabalhe com um estoque regulado, num nível que jamais possa comprometer o atendimento de seus pedidos”, conclui Brugioni. Alexandre Augusto Flextronics: (15) 4009-6200 Libra Logística: (11) 3563-3606
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Pedro Danthas
EVENTO
Logística para o novo Eldorado Seminário promovido em dezembro pela Secretaria Especial de Portos debate as soluções e apresenta as iniciativas para transformar a região Nordeste, tida por muitos como o novo Eldorado para o desenvolvimento de negócios no país, num importante instrumento para o comércio exterior brasileiro
I
ntegração. Esta foi a palavra que norteou todas as palestras, discursos e encontros informais durante a realização do V Seminário SEP de Logística e Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste, evento promovido pela Secretaria Especial de Portos (SEP), entre os dias 8 e 11 de dezembro, em Fortaleza. Mais uma vez, a Tecnologística acompanhou os debates e conversou com diversos profissionais, tanto do setor público quanto do privado, a fim de traçar um panorama da atual situação
logística da região e saber quais são os projetos para torná-la, de fato, um instrumento de comércio exterior. Para o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, o grande desafio regional é a integração dos diversos modais. “Tivemos poucos avanços. Nossa meta é que, no futuro, rodovias, ferrovias e hidrovias estejam integradas às operações portuárias. Se isso não for feito, perderemos todos os investimentos que realizamos. Ou aplicamos na integração ou o Nordes-
te não acompanhará o crescimento do restante do país”, afirma. Na opinião de Brito, a região merece destaque, uma vez que conta com diversos portos importantes. Ele, porém, faz uma ressalva. “Temos de olhar a logística como um todo. Ela é um caminho importante para construirmos bases sustentáveis para o crescimento”, diz. Algumas providências para dotar de infraestrutura a região, em particular o estado do Ceará, já estão em andamento. A Secretaria, anuncia o
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Foco na região O Ministério dos Transportes, por meio da Secretaria de Política Nacio-
nal de Transportes, também divulgou seus investimentos para a região. O secretário Marcelo Perrupato diz que, dos R$ 400 bilhões que serão aplicados no setor de transporte no Brasil pelos próximos 15 anos – recursos federais, estaduais e da iniciativa privada –, 25% serão destinados à região Nordeste, divida em duas no ministério: meridional e setentrional. “A demanda é equilibrada. Vamos investir em rodovias, como é o caso da duplicação da BR-101, na ampliação das ferrovias e na continuação da recuperação dos portos”, define. Perrupato é outro que reforça o pensamento de que o crescimento na região passou um bom tempo reprimido em relação ao restante do país devido à falta de uma logística eficiente. Agora, o secretário está otimista. “Temos uma boa expectativa e um quadro de possibilidades”. As perspectivas positivas do executivo se devem ao fato de os portos industriais do Pecém e Suape (PE) estarem se consolidando; do estado da Bahia estar investindo na construção de um porto; e da Transnordestina ampliar sua malha. “A região Nordeste é a bola da vez da próxima década”, ressalta.
Julio Fernandes
Iniciativa estadual
Brito: integração é o grande desafio
No Governo do Estado do Ceará, as ações para estimular a logística e o comércio exterior também são debatidas com frequência. O presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Francisco Zuza, conta que o órgão criou 13 câmaras setoriais nas quais são abordados os mais variados temas, entre eles a logística. O setor merecerá mais destaque na agência. “Nossa ideia é criar, no próximo ano, uma câmara setorial específica de logística”, diz. Apesar de ainda não haver uma unidade e discussão própria para o segmento, Zuza indica algumas das reivindicações. “Precisamos, no caso
Divulgação
ministro, já discute com a Transnordestina, antiga Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), e com o Governo do estado a melhoria dos acessos ao Porto de Fortaleza. Entre as iniciativas estão a construção de viadutos, túneis e a reconstrução de trechos deteriorados. “Um pré-orçamento indica que serão necessários R$ 100 milhões para remodelar a malha ferroviária”, conta. O Porto do Pecém (CE) também faz parte dos esforços da SEP. Brito calcula que o terminal esteja recebendo investimentos de R$ 500 milhões, destinados ao prolongamento dos moles de proteção, construção de dois berços e ampliação das esteiras transportadoras. “Em fevereiro de 2011, essa primeira fase estará concluída”, garante. Num segundo momento, ainda sem data definida, uma nova ponte de acesso ao píer será construída. Além de anunciar os recursos, o ministro aproveitou a presença no evento e foi enfático. “Não temos risco de apagão portuário no Brasil nos próximos anos”, salienta.
Perrupato: Nordeste é a bola da vez
dos aeroportos, de linhas regulares de carga para transportar a produção de frutas e rosas”, frisa. A solicitação tem um motivo. “Estamos num impasse. Temos um volume menor do que a capacidade de um navio cargueiro e maior do que o espaço oferecido nos porões das aeronaves de passageiros”, conta. No caso do aéreo, há outro agravante devido à falta de cargueiros: a ociosidade das estruturas instaladas. O presidente conta que o estado do Ceará, em parceria com a Infraero, instalou três câmaras frias no terminal de cargas do aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, para a operação de flores, frutas e pescados. O local tem capacidade para abastecer seis aviões ao mesmo tempo. “Estamos discutindo com os empresários da aviação para que uma aeronave venha duas ou três vezes por semana à Fortaleza e, assim, possamos diminuir o vácuo de transporte”, diz. O setor portuário também é tema de debates na Adece. Isso porque os terminais cearenses atraem cada vez mais variados tipos de carga, exigindo uma constante atualização do layout dos portos. “Em Pecém, estamos recebendo clínquer – insumo para a fabricação de cimento Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 55
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–, mas também houve crescimento na movimentação de frutas. Cada novo produto exige adaptação logística”, admite. Para o executivo, não existem culpados e ineficiências, apenas a necessidade de ajustes operacionais. Na opinião de Zuza, contudo, a grande novidade quanto ao comércio exterior do Ceará fica por conta da criação, em junho de 2010, da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), sob gestão da Empresa de Administração da Zona de Processamento (Emazp). Trata-se de uma área alfandegada no Porto do Pecém na qual as empresas instaladas têm isenção de impostos na compra de insumos e na exportação. Vale lembrar, porém, que para ter estes benefícios as companhias devem embarcar 80% de sua produção pelo local.
Porto da capital Importante instrumento logístico do estado do Ceará, o Porto do Mucuripe, em Fortaleza, encerra o ano comemorando o desempenho – 4,2
Os portos estão diversificando a gama de produtos movimentados, o que exige adaptação no seu layout milhões de toneladas operadas no período – e as ações realizadas. Segundo o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo Holanda, as atividades portuárias foram destaque devido aos recursos destinados ao terminal pela SEP. “Recebemos R$ 54 milhões para a dragagem, que aumentou o calado do canal de acesso e da bacia de evolução de 10,5 metros para 14 metros, e R$ 25 milhões para obras de infraestrutura, como reforço do cais, troca dos dutos do píer petroleiro, restauração da es-
trutura do píer e nova pavimentação do cais”, enumera. Para 2011, os recursos, orçados em R$ 130 milhões, já estão assegurados na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). “Cerca de R$ 60 milhões serão aplicados na nova iluminação industrial e no aprofundamento do berço 103, de 11,5 metros para 13 metros”, informa. O diretor-presidente lembra que os outros quatro berços já estão com o calado de 13 metros. Além disso, anuncia, a verba será utilizada na construção de um novo armazém de seis mil m² para carga geral. Os R$ 70 milhões restantes, serão destinados à construção de um terminal de contêineres. Holanda aproveitou a oportunidade e divulgou que o antigo plano para definir a vocação dos portos de Fortaleza e do Pecém, sob administração da Ceará Portos, vinculada ao Governo do estado, está para ser concluído. “O projeto de integração portuária está sendo elaborado pela SEP e pela Universidade de Santa Catarina, conveniada da secretaria. A meta é que, em março deste ano, a vocação de cada um deles esteja definida”, diz.
Pedro Danthas
Nordeste Meridional
Porto do Mucuripe: desempenho maior com a ajuda dos recursos da SEP
Na região Sul do Nordeste também estão sendo desenvolvidas ações a fim de estimular o comércio exterior e reforçar a infraestrutura logística. Um dos destaques é o chamado Complexo Logístico Intermodal Porto Sul (Clips). Instalado na região de Ilhéus (BA), o projeto, com custo estimado em R$ 15 bilhões, contempla uma série de iniciativas. De acordo com o chefe de gabinete da Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária do Estado da Bahia (Seinp), Adary Oliveira, umas das metas do Clips é realizar a descentralização econômica no estado que, ainda hoje, concentra o
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Uma das metas do Clips é descentralizar as atividades econômicas, hoje concentradas em Salvador e Recôncavo
Pedro Danthas
maior nível de atividade econômica na Região Metropolitana de Salvador e no Recôncavo. “Nossa ideia é integrar o litoral à Zona Oeste do estado e ao Centro-Oeste do Brasil”, define. O Clips envolve uma série de projetos que estão sendo implementados pelo Governo Federal, estadual e iniciativa privada. O primeiro, orçado em R$ 6 bilhões, é a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que terá 1.520 km de extensão, começando em Ilhéus e terminando em Figueirópolis (TO). O primeiro trecho, que teve a ordem de serviço
assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês de dezembro, tem 537 km, consumirá R$ 2,4 bilhões e chegará até a cidade de Caetité (BA). O segundo trecho vai ligar Caetité a Barreiras (BA), ainda sem previsão. Após essa fase, o terceiro trecho interligará Barreiras a Figueirópolis, onde ocorrerá a integração com a Ferrovia Norte-Sul. O segundo projeto é a construção, numa área de 1,7 milhão de m², de dois portos graneleiros, que têm a previsão de movimentar 75 milhões de toneladas por ano. O primeiro, o Porto Sul, é público e irá operar grãos, algodão e minérios em quatro berços divididos em dois píeres. O segundo é denominado TUP, Terminal de Uso Privativo, e será gerido pela Bahia Mineração. Este terminal, offshore e com um píer, contará com uma ponte de 3 km dotada de correias pela qual os produtos serão transportados até os navios. “O investimento total nestes portos é de R$ 2 bilhões. O início das obras aguarda a liberação da licença ambiental por parte do Ibama, mas é difícil prever quando este processo estará concluído”, admite.
Ilhéus: região é foco de uma série de iniciativas e investimentos
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Ainda na área portuária, o Clips prevê a construção de uma Zona de Apoio Logístico (ZAL). Neste local, armazéns, pátios de armazenagem e um sistema viário prestarão suporte às operações. Outros projetos são a construção do novo aeroporto de Ilhéus, estimado em R$ 270 milhões, e a criação da zona industrial e de uma ZPE. Estas ações ainda não têm datas definidas.
Interligação nordestina Modal de grande capacidade de transporte, a ferrovia ganha cada vez mais espaço na região e agrega serviços aos usuários. Sóstenes Bernardes, gerente Comercial da Transnordestina Logística – empresa que desde 1997 é concessionária da malha anteriormente pertencente à Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) –, faz questão de frisar que a companhia não se resume a uma operadora ferroviária. “Somos um operador logístico completo. Atuamos nos principais portos; recebemos o navio, realizamos a descarga, carregamos as composições, armazenamos em estoques próprios e fazemos o transporte rodoviário por meio de parceiros, até a operação porta a porta”, salienta. A atual Transnordestina, que conta com três mil km, sendo 90% operacionais, opera desde o Porto de Itaqui (MA) até a divisa do estado de Alagoas com Sergipe, na cidade de Porto Real do Colégio. “Este é um trecho de bitola métrica que opera em todos os portos do Nordeste, transportando minério, alumínio, bobinas e cimento, além de cargas conteineirizadas. Ao todo, movimentamos 60 milhões de TKUs por mês”, revela. Para integrar os serviços logísticos oferecidos e eliminar os entraves, a companhia investe na melhoria da malha. Bernardes não divulga os nú-
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Transnordestina: ferrovia ganha cada vez mais espaço na região
meros, mas informa que a empresa efetuou a troca de dormentes e trilhos. Entre os principais problemas está a velocidade. “Operamos a 30 km/h em função da infraestrutura existente”, reconhece. Outros gargalos, e que também contribuem para a diminuição da velocidade, são as invasões próximas à linha e algumas passagens de nível clandestinas. Quanto a estes pontos, o executivo se limita a dizer que cabe ao poder público resolver a situação. Apesar dos problemas, a malha também está sendo ampliada. “Estamos construindo uma linha de 1.700 km que será finalizada em 2012”, sentencia. O trecho tem início em Eliseu Martins (PI), corta todo o estado de Pernambuco, chegando ao Porto de Suape. Antes de chegar no porto industrial pernambucano, na cidade de Salgueiro (PE), a nova malha se interliga à antiga linha, o que permite acesso até os portos do Pecém e Itaqui (MA). “Com esta malha entramos em novos mercados, como grãos – principalmente soja – e gesso”, comemora. Fábio Penteado Adece: (85) 3244-7980 Companhia Docas do Ceará: (85) 3266-8800 Ministério dos Transportes: (61) 2029-7000 Seinp: (71) 3115-7962 SEP: (61) 3411-3765 Transnordestina: (85) 4008-2525
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Fotos: Christian Leinz
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Uma proposta de indicadores de desempenho logístico voltados para a indústria Denise Aparecida Botter e Erika Clara Mazeu Belmonte
O
presente trabalho tem como objetivo descrever uma proposta de indicadores logísticos para uma grande empresa, para que a mesma possa acompanhar seus objetivos e estratégias de forma mais automatizada a fim de melhorar seu processo de tomada de decisão. O mesmo é resultado de pesquisa da primeira autora, sob orientação da segunda, no âmbito do Curso de Especialização em Logística Empresarial (Celog), sob responsabilidade de docentes do Centro de Inovação em Engenharia de Sistemas Logísticos (Cislog) da Escola Politécnica da USP e operado pela Fundação Vanzolini. Os indicadores foram criados com foco apenas em clientes situados no Brasil, avaliando os custos logísticos envolvidos, o grau de satisfação dos clientes com o nível de serviço e a performance da empresa nas atividades operacionais. Antes de sabermos o que acontece na prática com os indicadores logísti-
cos, é importante entender um pouco o que eles significam, como eles funcionam e por que são importantes. Os indicadores podem ser chamados de Medidas de Performance, Métricas de Desempenho, Indicadores de Performance ou ainda, em inglês, KPIs – Key Performance Indicators. Eles representam um conjunto de métricas focadas nos aspectos de performance organizacional dos processos mais críticos da empresa. Os indicadores de desempenho são baseados em informações válidas e, com isso, espera-se o máximo de acurácia delas. Além disso, os indicadores devem ser compreendidos e validados por todos os stakeholders1 envolvidos, de forma que a meta seja alcançada. Algumas características importantes a serem levadas em consideração são: a) indicadores de performance devem ser medidos frequentemente; b) possuem um impacto significativo
(afetam um ou mais fatores críticos de sucesso); c) estimulam decisões mais apropriadas; d) são métricas que geram responsabilidades interligadas entre as equipes; e) mostram claramente quais são as ações a serem tomadas pela equipe. Analisando a situação recente da empresa estudada, foi percebido que ela não conseguia ter uma visualização rápida dos resultados para tomar decisões mais assertivas. Através da construção de um dashboard, foi possível acompanhar o desempenho da Logística dentro da empresa e detectar os gargalos de forma que fossem reparados com maior agilidade e inteligência. O dashboard é um painel que contém todos os indicadores previamente acordados e desenvolvidos e que ajudam o usuário a ter uma visão geral da situação atual da empresa naquele dado momento. Diante de tantos processos e atividades envolvidos desde a colocação
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do pedido até a entrega do mesmo ao cliente, a área de Logística se tornou um grande alvo de críticas, levando grande parte da responsabilidade pelos problemas surgidos frente aos clientes. Ao visualizar o dashboard, o gestor de Logística consegue enxergar tais problemas com mais propriedade e verificar se os mesmos realmente competem única e exclusivamente à Logística, ou se eles surgiram anteriormente, na produção, ou ainda na área de liberação de crédito, por exemplo. O nível de decisão para um indicador de desempenho logístico é considerado tático, uma vez que ele deve ser acompanhado pelos gerentes da área com uma periodicidade bastante curta, principalmente por eles serem responsáveis pelos indicadores que estão diretamente ligados ao foco da empresa: o cliente. Alguns exemplos desses indicadores são: Tempo de Ciclo de Pedido, OTIF (On Time In Full2), Custos Logísticos, Acurácia de Entrega, Lead Time3 da Logística, etc. Para que os gestores ajam e decidam com mais cuidado frente aos indicadores, é importante que estes tenham algumas características básicas, como a independência (cada um mede um caso específico), mas, ao mesmo tempo, que haja conexão com outros indicadores, envolvendo todos os pontos e gaps4 a serem medidos, e a existência de fórmulas simples, englobando o realizado versus o planejado, além de uma base histórica condizente com a necessidade. Como são considerados quantitativos, os indicadores tornam-se mais atraentes quando são visualizados por meio de tabelas, gráficos e pequenos relatórios, mencionando sempre a sua finalidade e as metas a cumprir. O período em que o indicador será mensurado deverá ser tratado com bastante cautela, pois ele precisa estar diretamente alinhado com o tempo de resposta do processo em questão.
O estudo contemplou a criação de indicadores de desempenho logísticos de nível de serviço, custos e operacionais. Foram definidos referenciais comparativos para os mesmos, suas fórmulas de cálculo, frequência de atualização e visualização dos dados, os responsáveis pelo conceito e performance dos resultados, processo medido e a sinalização do indicador quando este for comparado ao seu respectivo referencial. A partir disso, o dashboard de indicadores foi trabalhado de forma que os responsáveis conseguissem ter acesso às informações com mais agilidade do que acontecia anteriormente, permitindo-lhes uma tomada de decisão mais precisa e ágil. A necessidade de a empresa melhorar seus processos na logística para atender ao cliente de forma cada vez mais satisfatória, e ainda reduzir custos com um gerenciamento da cadeia mais adequado, mostrou que o acompanhamento através dos indicadores de desempenho logísticos é fundamental para o sucesso da estratégia, principalmente quando eles são desenvolvidos com o objetivo de atacar cada parte do processo. Para gerenciar um processo, como a cadeia de suprimentos, por exemplo, é relevante que se tenha acesso aos dados e essa é a gran-
DEFINIR
de vantagem de um dashboard com os indicadores logísticos – o acompanhamento dos resultados. O diretor da Logística Integrada, por sua vez, decidiu que o departamento precisava de um painel informativo que mensurasse cada etapa da logística e os problemas que elas estavam enfrentando. Assim, seus analistas criaram alguns indicadores e diariamente atualizavam e imprimiam os resultados a fim de serem expostos nesse painel informativo. Mas, para o responsável pela logística, esta situação ainda estava muito aquém do que ele imaginava. O que a empresa realmente precisava era de um dashboard de indicadores que fossem atualizados automaticamente, gerando resultados mais imediatos e com menor intervenção humana, reduzindo possíveis erros de fórmulas ou digitação ou ainda inconsistências nos dados. No esquema abaixo, é apresentada a metodologia que foi usada para implantar os indicadores logísticos e o dashboard na empresa. A necessidade da área de Logística da empresa estava voltada para a construção de um dashboard no qual fosse envolvido todo o processo pelo qual os responsáveis são avaliados e cobrados. Esse processo foi definido internamen-
DETALHAR
IMPLANTAR
indicadores 9 Levantar 9 medidos atualmente
Definir responsáveis pelos indicadores
9
9
Definir metodologia de cálculo e captura de dados
9
9
Desenvolver material para dashboard
Desenvolvimento de interface para ferramenta de medição de indicadores
9
Implantação do dashboard
Definir novos 9 indicadores baseados na nova estrutura
Definir indicadores 9 para 9 visualização no dashboard
Definir ferramenta para medição dos indicadores
Construção da ferramenta de cálculo de indicadores
Figura 1 – Dashboard: painel contendo os indicadores acordados e desenvolvidos Janeiro/2011 - Revista Tecnologística - 63
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te e concluiu-se que a Logística seria a responsável desde o momento do recebimento do produto da fábrica até a data de entrega efetiva no cliente. O início desse estudo se deu quando foram encontrados alguns gaps na área, sendo eles pontos que deveriam ser melhorados e/ou implantados e, a partir disso, foram levantadas soluções e sugestões de melhoria. Ao validar a necessidade da Logística frente a esses indicadores, os mesmos foram construídos a partir de fichas detalhadas contendo informações como objetivo, definição, unidade de medida, fórmula, processo medido, pessoa responsável por administrar o dashboard, pessoa responsável pela performance do indicador, fonte de dados, nível de consulta, referencial comparativo e sinalização do resultado. O nível de consulta foi padronizado para todos os indicadores, de maneira que ficassem organizados da seguinte forma: período (mês, ano, acumulado do mês, acumulado do ano), produto, local da fábrica e de armazenagem. Com base na necessidade da Logística da empresa, verificou-se a importância de levantar os pontos mais críticos dessa área para que, através dos indicadores, os problemas fossem vistos com mais transparência por todos e medidas pudessem ser propriamente tomadas para a minimização dos mesmos. Os indicadores foram estruturados de maneira resumida para monitoramento gerencial, e de forma detalhada em forma de árvore para identificação das causas-raízes quando divididos entre os processos da Logística. O objetivo da frente era definir, desenvolver e medir indicadores de performance de nível de serviço, custos e operacional das diferentes áreas e níveis dentro da logística. Sabemos que existe uma quantidade muito grande de indicadores logísticos e que eles variam de empresa para empresa e conforme a necessidade e ambição de cada uma. As Figuras de dois a quatro mostram al-
guns dos indicadores de desempenho que foram definidos para a área de Logística. Eles são apresentados sob uma hierarquia; entretanto, cada indicador pode ser analisado individualmente. Os indicadores foram trabalhados de forma bem detalhada para que todos os envolvidos soubessem exatamente o que, como e onde estão sendo medidos e tivessem ciência da sua responsabilidade e comprometimento perante os indicadores. Ademais, é de extrema relevância que os indicadores estejam claros o suficiente para que, quando o departamento de Tecnologia da Informação da empresa implantar uma ferramenta computacional de visualização mais sofisticada, ela consiga desempenhar essa tarefa com sucesso. Entretanto, neste momento, será apresentada uma solução inicial do dashboard, em Microsoft Excel, que, apesar de possuir uma alimentação de dados manual, conse-
gue viabilizar o resultado desse trabalho conforme desejado pela empresa. Abaixo, podemos ver informações mais detalhadas sobre alguns desses indicadores implantados: OTIF – On Time In Full Descrição: Percentual de pedidos entregues dentro do prazo e com as quantidades e especificações acordadas atendidas com o cliente – em percentuais. Order Cycle Time Descrição: Tempo decorrido entre a data de criação do pedido e a data de entrega, incluindo tempos de criação, produção, liberação, programação, faturamento e transporte do pedido – em dias. Número de reclamações logísticas Descrição: Número de reclamações procedentes relacionadas à Logística, dividido pelo peso líquido faturado contra clientes – em quantidades.
Figura 2: Indicadores de Nível de Serviço
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ARTIGO POLI
Custos de M&A5 Descrição: Custos de movimentação e armazenagem de produto acabado nos armazéns fabris e externos para cada tonelada produzida – em R$/tonelada. Drop Size das entregas Descrição: Peso líquido médio por entrega realizada a cliente – em tonelada/entrega. Ocupação do veículo na distribuição Descrição: Percentual médio de utilização da capacidade de carga dos veículos de transporte contratados – em percentuais. Percentual de alocação de veículos na distribuição Descrição: Percentual de peso líquido CIF transportado em cada tipo de veículo – em percentuais. Figura 3: Indicadores Operacionais
Custos logísticos Descrição: Custos totais da logística da fábrica ao cliente no mercado interno para cada tonelada faturada – em R$/tonelada. Custos de transporte Descrição: Custos de transferência entre fábricas e de distribuição para clientes para cada tonelada faturada contra cliente – em R$/tonelada.
O aplicativo em Microsoft Excel foi desenvolvido de forma que haja inicialmente duas telas gerenciais com os indicadores e metas mais importantes, como OTIF, Custos Logísticos e Volume Expedido, e um cockpit onde o usuário tem a possibilidade de ter um controle geral das informações. Para
finalizar o dashboard, foram desenvolvidas telas onde constavam dados mais detalhados dos indicadores e suas quebras. Com o dashboard, ainda é possível ter um acompanhamento mais visual através dos gráficos, onde são informados não só os resultados mensais, mas também o acumulado do ano, a média do ano anterior e também as respectivas metas. A importância de se ter um dashboard é que se consegue unificar e padronizar a visualização das metas e resultados de forma rápida, de modo a se conseguir tomar uma decisão importante em menor tempo e com mais embasamento, ou, ainda, captar anomalias de processos ou inputs errôneos no sistema. A partir disso, é possível desenvolver planos de ação para correção imediata desses problemas. Para que essa alternativa fosse possível, foi desenvolvida no dashboard uma tela intermediária na qual, através de fórmulas e chaves, pode-se obter o valor final de cada parte para formar um indicador. Esta mesma tela intermediária é encontrada nas bases manipuladas. A lógica desenvolvida é que o dashboard puxa as informações
Custos de distribuição Descrição: Custos de distribuição a partir de fábricas e armazéns para os clientes no Brasil em cada tonelada CIF faturada (frete sem PIS/Cofins, pedágio e seguro) – em R$/tonelada. Custos de transferência Descrição: Custos de cada tonelada transferida para armazéns (frete sem PIS/Cofins, pedágio e seguro) – em R$/tonelada.
Figura 4: Indicadores de Custos
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Referências
Figura 5 – Tela de visualização dos indicadores do dashboard
da tela intermediária e esta puxa informações de todas as bases necessárias. Na Figura 5 temos uma parte do dashboard desenvolvido. Logo após o primeiro mês de utilização do dashboard de indicadores, a empresa já começou a sentir os resultados positivos desse trabalho. Anteriormente, a área de Logística da empresa costumava acompanhar seu desempenho através de informações atualizadas e manipuladas por alguns funcionários-chave, impressas e expostas em um painel informativo. Hoje, essas e muitas outras informações podem ser visualizadas e manipuladas facilmente através do Excel, no qual o usuário pode não só acompanhar o valor realizado, mas também o seu comparativo planejado, além de possíveis quebras do indicador que permitem maior detalhamento de informação e, consequentemente, maior velocidade
nas tomadas de decisão, com base em dados reais e acurados. Outra vantagem levantada pela empresa ao ver o resultado do trabalho é que se tornou muito fácil ter um bloco de informações diferentes da Logística em um único lugar. Em suma, o gerente de Logística Integrada e sua equipe perceberam a real importância de se ter um dashboard de indicadores mais automatizado e centralizado, além de sentirem, desde o primeiro mês de uso, os benefícios que o mesmo trouxe à empresa. Este mesmo trabalho foi desenvolvido em outras frentes da empresa (áreas de Planejamento e Comercial) e o departamento de TI se sentiu tão confortável com o projeto que está viabilizando um software mais sofisticado, para que as informações do dashboard possam ser vistas e atualizadas online e diariamente.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 616 p. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001, 602 p. FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de Custos Logísticos. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2008, 431 p. HARVARD BUSINESS. KPIs in action. Disponível em http://ww3.harvardbusiness.org/corporate/demos/hmm10/ performance_measurement/a_tool_to_assess_performance.html. Acesso em 05 dez. 2009. NEVES, M. A. O. Tudo sobre indicadores de desempenho em logística. Revista Mundo Logística, 2ª ed., 2009. pp. 30-45. PARMENTER, D. Key Performance Indicators – Developing, Implementing and Using Winning KPIs. Second Edition. New Jersey: Wiley, 2010, 299 p. Erika Clara Mazeu Belmonte Consultora de Logística, pós-graduada em Logística Empresarial pela USP e autora do blog Logística na Veia erikabelmonte@gmail.com Tel.: (11) 6211-8262 Denise Aparecida Botter Professora do Departamento de Estatística do Instituto de Matemática e Estatística da USP botter@ime.usp.br Tel.: (11) 3091-6231 1 Stakeholder – Pessoa ou organização que tenha interesse por um projeto e/ou seja afetada diretamente por ele 2 On Time In Full – pedidos entregues dentro do prazo e com as quantidades e especificações acordadas com o cliente, mais conhecido como Pedido Perfeito 3 Lead Time – período entre o início de uma atividade, podendo ela ser produtiva ou não, e o término da mesma 4 Gaps – falhas e/ou ausência de processos encontrados e que necessitam do uso do conhecimento e sensibilidade para a resolução 5 M&A – Movimentação e Armazenagem
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LIVROS
Manual da Chermont traz soluções práticas para M&A
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Chermont, empresa de consultoria de armazenagem e movimentação, disponibiliza ao mercado o seu “Manual das Técnicas de Armazenagem e Movimentação de Materiais”, destinado aos profissionais do segmento interessados em aprimorar os processos existentes em suas empresas ou provocar a criação de novos processos e KPIs. Com texto simples e didático para fácil compreensão, o manual também traz informações sobre como reduzir custos na armazenagem e logística, além de abordar soluções
práticas para os problemas que surgem no dia a dia, relacionados a armazenagem e movimentação de qualquer tipo de produto e material em recintos cobertos ou em pátios. Com 243 páginas distribuídas em dois volumes, o manual é resultado dos 45 anos de experiência da Chermont em consultoria, período em que apresentou mais de 300 seminários públicos e in company, em 48 cidades de 15 estados do Brasil e no exterior. Segundo Mauro V. de Chermont, sócio-gerente da empresa e principal
autor do trabalho, um de seus principais atributos é a forma clara e objetiva com que foi redigido, o que facilita a compreensão de profissionais de todos os níveis. Consultando a empresa, o “Manual das Técnicas de Armazenamento e Movimentação de Materiais” também pode ser disponibilizado na íntegra como seminário in company.
Chermont Engenharia e Consultoria: (11) 3803-8900
Construção naval brasileira é tema de livro da Poli/USP
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oi lançado no final de outubro o livro “Análise da competitividade da indústria marítima brasileira e um panorama do setor de cabotagem no Brasil e no exterior – Uma visão da construção naval brasileira e seus principais atores”, da Iglu Editora. Patrocinado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a publicação é resultado de um estudo pioneiro sobre competitividade nos segmentos de construção de navios de carga, de plataformas e reparo naval, e contou com a participação de pesquisadores do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica (PNV) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). A obra foi coordenada pelo professor titular do PNV, Rui Carlos Botter, e
pelo professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (Cecs) da Universidade Federal do ABC (UFABC), Delmo Alves de Moura. Nos capítulos iniciais do livro, Botter e Moura traçam um panorama da construção naval no Brasil em comparação com os principais players internacionais, tendo como base estudos de campo realizados em estaleiros brasileiros e europeus. Já no quinto capítulo, outro professor da Poli, Marcos Mendes de Oliveira Pinto, e o pesquisador do Centro de Estudos em Gestão Naval da USP, Julio Vicente Rinaldi Favarin, analisam a competitividade da indústria naval brasileira no atual contexto favorável ao surgimento de estaleiros no país, com a recente descoberta do
pré-sal. E, no último capítulo, Afonso Celso Medina, que atua como pesquisador da Poli, retrata o transporte de cabotagem no Brasil. “Análise da competitividade da indústria marítima brasileira e um panorama do setor de cabotagem no Brasil e no exterior – Uma visão da construção naval brasileira e seus principais atores” Afonso Celso Medina, Delmo Alves de Moura, Julio Vicente Rinaldi Favarin, Marcos Mendes de Oliveira Pinto e Rui Carlos Botter 205 páginas R$ 72,00 Iglu Editora Tel.: (11) 3873-0227 www.iglueditora.com.br
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Livro revela o abandono da aduana brasileira
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Sindicato Nacional da Carreira Auditoria da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), lançou em dezembro a obra “Fronteiras Abertas – Um Retrato do Abandono da Aduana Brasileira”. Do jornalista Rafael Godói, em parceria com o analista tributário Sérgio de Castro – respectivamente assessor de imprensa e diretor da entidade – o livro apresenta um retrato das condições de trabalho na aduana e mostra como as falhas na sua administração impactam negativamente na economia do país. Com o apoio da Frente Parlamentar pela Modernização da Aduana Brasileira, durante dez meses os autores percorreram mais de 15 mil quilômetros e visitaram os 31 postos aduaneiros mantidos pela Receita Federal nas fronteiras terrestres do país, além de rodovias federais e estaduais, estradas e rios que marcam a fronteira do Brasil. Constataram que, nesses pontos, caminhões entram no país diariamente sem passar por nenhuma fiscalização. O mesmo ocorre com embarcações que cruzam rios que marcam as fronteiras nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul sem serem fiscalizadas. Para cobrir uma extensão de mais de 16,8 mil quilômetros de fronteiras, a Receita Federal mantém apenas 31 postos aduaneiros, distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Amazonas, Amapá e Roraima. Nessas unidades, o efetivo de servidores é de apenas 596 funcionários – 245 auditores fiscais e 351 analistas tributários, segundo o estudo de lotação produzido pelo próprio órgão. Esse contingente representa apenas 3% da força de trabalho
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da Receita Federal que, segundo a legislação brasileira, tem a precedência sobre os demais órgãos no controle aduaneiro, ou seja, cabe prioritariamente à RFB e seus servidores controlarem a aduana brasileira. Segundo a obra, além de comprometerem o controle aduaneiro e a repressão ao contrabando, tráfico de drogas, armas e a pirataria, as deficiências da RFB também prejudicam e dificultam o comércio com os países vizinhos. Quem faz o transporte de cargas sofre com a demora no despacho das mercadorias e com a falta de segurança e de infraestrutura dos postos de controle aduaneiro. Mesmo em Áreas de Controle Integrado (ACI), que são unidades onde operam autoridades aduaneiras dos dois países fronteiriços, existem graves problemas como grande demanda de serviços e prazos elevados para despachos de importação e exportação. Os autores também sustentam que, sem a melhoria das estruturas destas unidades, a relação comercial do Brasil com os demais países do continente não tem como avançar. Na visão deles, é impossível ampliar as importações e exportações se na ponta transportadores sofrem com a falta de estrutura de portos, pátios de cargas e balsas que operam em condições precárias. Esses fatores tornam menos seguro, mais lento e, por consequência, mais oneroso o custo de transporte. “Fronteiras Abertas – Um retrato do abandono da Aduana Brasileira” Rafael Godói e Sérgio de Castro Sindicato Nacional da Carreira Auditoria da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) www.sindireceita.org.br (61) 3963-0088
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PRODUTOS
Caminhão 8500 TR, o primeiro cavalo mecânico da Agrale
Fotos: Divulgação
produzido no Brasil. Equipado com freio de acionamento totalmente a ar e capacidade de carga de 5.250 kg, o novo modelo possui motor MWM 4.10 TCA Euro III (quatro cilindros), com potência de 115 cv a 2.400 rpm e torque de 392 Nm a 1.500 rpm. Também é equipado com o eixo de tração Dana, caixa de câmbio Eaton de cinco mar-
A Agrale lança o seu primeiro cavalo mecânico, o Agrale 8500 TR, o menor caminhão com quinta roda
Coletor CS40, da Intermec A Intermec, companhia que atua mundialmente no segmento de soluções integradas de tecnologia para a identificação e transmissão de dados para a cadeia de suprimentos, está lançando mundialmente o CS40, um coletor de dados com tamanho e design baseados nos smartphones. O novo produto é destinado a profissionais que necessitam de mobilidade, proporcionando leitura de códigos de barras de alto desempenho e linha de aplicativos voltada aos negócios em aparelho robusto, preparado para suportar os rigores do uso diário, como variações de clima e eventuais quedas. O CS40 resiste a quedas de 1,20 m em concreto e possui proteção contra entrada de poeira e líquidos em todos os ângulos. Equipado com processador Qualcomm de 528 MHz, leitor de códigos de barras 1D/2D de alta performance, bluetooth, câmera colorida de 3.2 megapixels, acelerômetro, comunicação avançada de dados e voz 3.75G e plataforma Windows Mobile, o CS40 possui total compatibilidade com toda a linha de impressoras portáteis da Intermec, SmartSystems, acessórios e periféricos. Disponível em duas versões de teclado – numérico ou padrão QWERTY –, o coletor possui autonomia de dez a 12 horas de funcionamento contínuo com uma carga de bateria. (11) 3711-6770
chas e sistema de direção hidráulica ZF Servocom. O novo caminhão tem como principais vantagens baixos custos de aquisição, manutenção e operação, e foi projetado para ser uma nova opção às empresas que costumam adquirir veículos usados, com custos operacionais e de manutenção bem maiores e vida útil consideravelmente menor como, por exemplo, os cavalos mecânicos convencionais (PBT superior a 30 toneladas). Somente no quesito consumo de combustível a fabricante promete que a redução pode chegar a 70%. (54) 3238-8000
Bateria HDP para veículos tracionários, da Moura A Baterias Moura apresenta ao mercado novo produto voltado para o transporte metroviário e ferroviário: a Bateria Log HDP. Resultado de pesquisas e testes de campo realizados durante dois anos, a nova bateria utiliza a tecnologia HDP, que aumenta sua vida útil e resistência à vibração. Com garantia de cinco anos e estimativa de vida útil de dez anos, a Log HDP oferece elevado desempenho nas mais severas condições de uso, especialmente as resultantes das operações em pisos irregulares e em temperaturas extremas, do frio ao calor. No transporte metroviário, o objetivo do equipamento é assegurar o pleno funcionamento do veículo e suas funções (sistema de portas, ar-condicionado e comunicação, entre outros) em caso de falta de energia. Já para o sistema ferroviário, a tecnologia possibilita total segurança para uso em partidas de motores a diesel. 0800 7012021
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PRODUTOS
Software para gestão de TRC, da Totvs
Módulo de monitoramento, da Ailog
A Totvs lança no mercado o novo software ERP Série 3 Transportadoras, que tem como objetivo proporcionar uma gestão diferenciada nos processos administrativos de pequenas e médias empresas de transporte. A solução otimiza o ciclo de geração e emissão de documentos de transporte rodoviário de cargas (TRC), viabilizando redução de tempo na execução dos processos e maior acurácia, auxiliando as transportadoras na gestão dos documentos fiscais – em especial o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) –, na administração da política de preço, no cumprimento das obrigações legais e na eliminação de retrabalho e não conformidades. O software permite ainda acesso remoto e possibilidade de customização e adequação às necessidades da companhia. Segundo a Totvs, o EPR Série 3 proporciona ganhos de produtividade e qualidade, precisão de informações, agilidade no cumprimento das leis, contribui para a redução do custo fiscal e dá suporte ao planejamento estratégico das empresas de transportes. (11) 2099-7320
A Ailog Tecnologia lança, em seu roteirizador Web Router, o módulo de monitoramento de rastreados, que permite às empresas monitorarem sua frota diretamente na mesma ferramenta de roteirização. Uma das vantagens dessa integração é possibilitar o acompanhamento do percurso em tempo real mesmo que o veículo saia do trajeto planejado, mantendo o histórico da rota executada versus a planejada. A princípio, o novo módulo está disponível apenas na versão “In Loco”, atendendo empresas que necessitam ter ou fornecer as informações de localização de sua frota no mapa. Outras funcionalidades do Web Router são a roteirização sem limites de paradas e a possibilidade de informar gastos de combustível, valores de pedágios, fretes, cálculo atualizado de distância e tempo de percurso. (16) 2132-6060
Soluções para impressão móvel, da Zebra Technologies A Zebra Technologies coloca no mercado o aplicativo SDK ZebraLink e o Kit de Desenvolvimento de Software Multiplataforma para a Apple. Com o ZebraLink é possível criar aplicativos customizados que se integram a um sistema de impressão para atender às necessidades específicas de cada cliente. Os usuários têm opção de criar aplicativos
para imprimir uma grande variedade de conteúdos, incluindo registros de serviços de campo, tags para rastreamento, recibos e etiquetas. Com a nova ferramenta é possível imprimir arquivos em PDF ou etiquetas formatadas remotamente em uma impressora Zebra via WLAN (Wireless Local Area Network), recuperar e imprimir arquivos da web, tirar e imprimir fo-
tos, e verificar o status da impressora. Já o Kit de Desenvolvimento de Software Multiplataforma permite criar aplicativos para iPhone, iPad e iPod touch para recibos e etiquetas, inclusive as de identificação por radiofrequência (RFID), diretamente em impressoras portáteis, desktops, ou impressoras em quiosques. (11) 3138-1466
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Veículo para manipulação de cargas em contêineres, da F&F A F&F Comércio e Representações oferece no Brasil o veículo compacto de alcance variável ML1612R, fabricado pela finlandesa Meclift. O equipamento, destinado a terminais de contêineres, importadoras e exportadoras, é o único no mundo em sua classe capaz de entrar e manipular cargas de até 16 toneladas dentro de contêineres. Equipado com garfos, o veículo também pode erguer contêineres de 20 pés a três níveis de altura. A cabine com movimentação hidráulica permite uma melhor visibilidade mesmo quando o veículo está equipado com cargas que podem bloquear a visão do operador, como bobinas de aço ou blocos de granito. Com a cabine na sua posição mais baixa, é possível mover até contêineres de 40 pés. Com a opção de equipamentos de garfos duplos, o ML1612R pode movimentar quatro paletes simultaneamente, que podem ser deslocados lateralmente de forma independente, facilitando a operação e reduzindo o tempo de carregamento dos contêineres. (11) 3097-0736
AGENDA
INTERNACIONAL ProMat 2001. 21 a 24 de março, Chicago, EUA. Organização, informações e inscrições: Material Handling Industry of America – MHIA. www.promatshow.com CeMat 2011. 2 a 6 de maio, Hannover, Alemanha. Informações e inscrições: Deutsche Messe. www.cemat.de
NACIONAL Documentos Fiscais para Transportadoras e o ICMS no TRC. 15 de janeiro. Gestão de Frotas de Veículos. 15 de janeiro. Como Implantar o Departamento de Logística em sua Empresa. 21 de janeiro. Como Elaborar e Negociar Tabela de Fretes no TRC.
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29 de janeiro. Curso Básico para Analistas de Logística e de Transportes. 5 de fevereiro. Formação de Vendedores em Empresas de Transportes e Logística. 26 de fevereiro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Ceteal. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Transporte e Distribuição. 18 e 19 de janeiro. Movimentação e Armazenagem. 22 e 23 de fevereiro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Enaslog. Tel.: (11) 3668-5513 enaslog@enaslog.com.br www.enaslog.com.br Gestão de Operações Logísticas. 17, 18 e 19 de fevereiro. Gestão Integrada
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AGENDA
de Estoques. 24, 25 e 26 de fevereiro. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (19) 3289-0903 sac@cebralog.com www.cebralog.com Técnicas para a Otimização de Armazéns. 22 de fevereiro. São Paulo, SP. Organização e informações: Tigerlog. Tel.: (11) 2694-1391 vanessa.silva@tigerlog.com.br www.tigerlog.com.br
Cursos de Média e Longa Duração Pós-Graduação em Logística Empresarial. Duração de 18 meses. Campinas, SP. Organização e informações: Instituto Nacional de Pós-Graduação (INPG). Para inscrições e data de início, consulte a instituição. Tel.: (19) 2102-5656 campinas@inpg.edu.br www.inpg.edu.br Certificação Internacional em Logística e Transportes para o Gerente Executivo. Duração de 330 horas. Certificação Internacional em Administração e Negócios para o Gerente Executivo. Duração de 330 horas. Certificação Internacional em Gestão Estratégica da Competitividade e da Inovação para o Gerente Executivo. Duração de 330 horas. Todos semipresenciais, + 35 horas presenciais na Flórida, EUA. MBA em Logística, Mobilização e Meio Ambiente. Duração de 400 horas. Brasília, DF. Organização e
informações: Câmara Interamericana de Transportes. Tel.: (61) 3225-0055 getram@citamericas.org www.citamericas.org Tecnologia em Logística. Duração de 2 anos. Assistente em Logística Empresarial. Duração de 160 horas. Técnico em Logística. Duração de 800 horas. Administração de Armazenagem. Duração de 15 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Duração de 18 horas. Gestão da Distribuição. Duração de 15 horas. Gestão de Riscos Logísticos. Duração de 36 horas. Logística Integrada. Duração de 24 horas. Logística de Transportes. Duração de 15 horas. Logística em Comércio e Serviço. Duração de 15 horas. Logística, Marketing e Vendas. Duração de 15 horas. Previsão da Demanda para o Planejamento de Vendas e Operações. Duração de 15 horas. Serviços e Operações Portuárias. Duração de 36 horas. Tecnologia Aplicada à Logística. Duração de 15 horas. Transporte Aéreo Internacional de Cargas. Duração de 36 horas. Organização e informações: Senac. Para inscrições, local e data de início, consulte a instituição. Tel.: 0800 8832000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br MBA em Administração de Projetos com Ênfase em Logística. Duração de 435 horas. MBA em Gestão de Negócios com Ênfase em Logística. Duração de 435 horas. Pós-Graduação
em Gestão da Logística. Duração de 185 horas. Todas em Belo Horizonte, MG. Organização e informações: Ietec. Para inscrições e data de início, consulte a instituição. Tel.: (31) 3223-6251 cursos@ietec.com.br www.ietec.com.br
Feiras e Seminários II Fórum Internacional e Expo de Logística Reversa. 24 de março, Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp), São Paulo, SP. Organização: Conselho de Logística Reversa do Brasil – CLRB e Publicare Eventos. Informações e inscrições: Tel.: (11) 5505-0999 forum@publicare.com.br www.clrb.com.br/forum CeMat South America 2011. 4 a 7 de abril, Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo, SP. Organização e informações: Hannover Fairs Sulamérica. Tel.: (11) 3521-8000 cemat@hanover.com.br www.cemat-southamerica.tmp.br Intermodal South America 2011. 5 a 7 de abril, Transamérica ExpoCenter, São Paulo, SP. Organização: United Business Media – UBM Brasil. Informações: Tel.: (11) 4689-1935 www.intermodal.com.br Veja agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos no: www.tecnologistica.com.br/site/5,1,53.asp
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Águia Sistemas .........................................33 Assine Tecnologística...............................71 Brasif ..........................................................25 Cargopark .................................................35 Cargolift....................................................07 Capital Realty ..........................................05 Cemat ........................................................47 Consmetal ................................................61 Continental Pneus .........................3ª capa CTR Centro Empresarial .......................39
DHL Global ..............................................15 DVA Express.............................................28 Estrutezza..................................................60 Exata Logística.................................4ª capa Flash Sistemas ..........................................13 Fórum Logistica Reversa .......................65 GWI Empreendimentos ................19 e 43 ILOS ...........................................................49 Metropolitan............................................59 MRV Log ...................................................29
Nautika......................................................58 Prosperitas ................................................09 Sampa Logística ......................................57 Tecnologística Online...............................73 Top Flex ....................................................69 Tópico........................................................21 Total Express ............................................53 Toyota ...............................................2ª capa Vonder.......................................................23
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