Revista Tecnologística - Ed. 193 Dezembro/2011

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Leonardo Barros conta os próximos passos do Grupo TPC

Nova ferramenta de TI agiliza operações da Wilson, Sons Logística

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SUMÁRIO

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MERCADO

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Primeira parte do artigo de Cesar Lavalle mostra os resultados da Pesquisa Benchmark – Serviço de Distribuição, feita pelo ILOS. A segunda parte discutirá as implicações das mudanças no ambiente competitivo

Veja todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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ILOS

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no movimentado mercado de logística brasileiro

ENTREVISTA O presidente do Grupo TPC, Leonardo Barros, fala do crescimento da empresa e da consolidação de dois novos negócios lançados em 2011: o de Óleo, Gás e Meio Ambiente e o de Logística Reversa

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E-COMMERCE Operadores logísticos se preparam para atender ao crescimento dos volumes do varejo eletrônico, setor que cresce 30% ao ano no Brasil, com a meta de garantir a entrega das compras de Natal

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Divulgação

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TECNOLOGIA Wilson, Sons Logística ganha produtividade e acurácia ao implantar a solução de WMS da RedPrairie, sendo a primeira empresa nacional a adotar a ferramenta

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EVENTO Veja as novidades para o setor ferroviário de cargas apresentadas durante a 14ª edição da feira Negócios nos Trilhos, realizada em São Paulo no último mês de novembro

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PRODUTOS Conheça os lançamentos e os principais produtos, serviços e sistemas voltados à logística

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AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, MBAs e demais eventos nacionais e internacionais do setor de logística

Capa: Emidio Pedro Fotos: Istockphoto e Divulgação

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EDITORIAL Publicare Editora Ltda. www.publicare.com.br

Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão

A logística por trás do click

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varejo prepara-se para o maior pico de vendas do ano com o período de Natal, sendo que, a cada ano, aumenta o número de consumidores que preferem trocar o burburinho do comércio tradicional pela comodidade das compras online. Desde 2000, após o estouro da primeira bolha da Internet, o setor de e-commerce tem crescido 30% ao ano no Brasil, com expectativa de fechar 2011 com crescimento de 26% sobre o exercício anterior, contabilizando 32 milhões de consumidores e um faturamento da ordem de R$ 18,7 bilhões, segundo dados da e-bit. Se a notícia já é boa, para o nosso setor ela é ainda melhor, visto que o comércio eletrônico é altamente dependente de uma logística eficiente para manter custos adequados e, principalmente, atender às expectativas dos clientes, que aumentam na mesma proporção. Acostumados à rapidez de um click, os “e-consumidores” são menos tolerantes a erros e atrasos na entrega de seus pedidos. De olho nesse mercado crescente, os operadores logísticos preparam-se para atendê-lo e previnem-se para evitar os problemas ocorridos no Natal de 2010, quando muitos Papais-Noeis ficaram de saco vazio e a ver navios, já que as compras não chegaram a tempo. A importância deste segmento pode ser medida pelo aumento de operadores logísticos voltados ao seu atendimento e também ao número de empresas que surgem com foco específico nele. No início do ano, houve o lançamento da Reversa Soluções Logísticas, do Grupo TPC, voltada à logística reversa com foco, inicialmente, no setor de e-commerce. E, no final de novembro, duas novidades relacionadas ao setor agitaram o mercado: a compra da Total Express pelo Grupo Abril e o lançamento, por esse mesmo Grupo, da Entrega Fácil, focada na entrega de pequenas encomendas, inicialmente para o atendimento... sim, do comércio eletrônico. Enfim, se final de ano é tempo de balanço, podemos dizer que 2010 foi excelente para a economia brasileira e para a logística, que está intimamente ligada ao crescimento econômico. E para 2012, esperamos que o otimismo continue – e se justifique – e que o Brasil não sucumba ao bunga-bunga da economia europeia. Um excelente Natal, com os presentes entregues, e um 2012 de muitos bons negócios a todos! Shirley Simão

jorge@publicare.com.br

Ano XVII - N.º 193 - Dezembro/2011 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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Tiragem auditada pelo

ISSN 1678-8532

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MERCADO

JSL aplica R$ 405 milhões na compra da Schio Com a aquisição, operadora passa a atuar com cargas de temperatura controlada

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JSL anunciou, dia 22 de novembro, a aquisição da Rodoviário Schio, transportadora especializada em cargas de temperatura controlada. Com a compra, que demandou investimentos de R$ 405 milhões, a JSL amplia sua presença no mercado nacional oferecendo novos serviços e expande suas operações para Argentina, Uruguai, Venezuela e Chile, onde a Schio já está presente. A negociação incorpora a expertise em logística no segmento de produtos com temperatura controlada da Schio ao portfólio de serviços oferecidos pela JSL. A companhia revela que espera oferecer seus serviços aos atuais clientes da Schio utilizando a estrutura da JSL e viceversa, aumentando as oportunidades de cross-selling. O montante envolvido na negociação será pago parte em dinheiro e parte em ações da JSL, estas passadas ao presidente da transportadora, José

Schio – agora acionista da JSL – que permanecerá no comando das operações adquiridas, integrando a direção executiva do operador logístico. “A demanda dos clientes vem crescendo muito. Eles mesmos vêm se fundindo. Por isso precisamos de mais musculatura para atendê-los. Chegamos à conclusão de que o melhor caminho era atuar junto à JSL”, conta Schio. Fernando Simões, presidente da JSL, aproveitou a ocasião para ressaltar o fato de que a empresa não atuava, até então, com cargas de temperatura controlada, e que o segmento de alimentos representa uma parcela muito pequena dos negócios da companhia (por volta de 1,5% do faturamento). “A Schio é líder neste setor e seus principais clientes são do ramo alimentício”, conta o executivo, explicitando as sinergias proporcionadas pelo negócio. Segundo Simões, em um primeiro momento as empresas continuarão suas atividades de forma indepen-

dente, mas, sem revelar datas, adianta que a marca Schio deverá ser incorporada à JSL. Com a aquisição, a JSL passa a contar com 1.400 veículos próprios da Schio – equipados para o transporte de carga seca, refrigerada e congelada – entre caminhões, cavalos mecânicos e carretas, que se unem à sua frota atual, de aproximadamente sete mil veículos. A JSL possui cerca de 14 mil colaboradores e apresentou um faturamento de R$ 2,6 bilhões nos últimos 12 meses. Já a Schio conta com um quadro de quatro mil funcionários, 18 filiais e operações em dez centros de distribuição no Brasil e seis pontos de apoio na Argentina, Chile e Uruguai e apresentou um faturamento R$ 391,8 milhões em 2010. “Juntas, as empresas atingem aproximadamente R$ 3 bilhões de faturamento e somam 18 mil colaboradores. São duas companhias que estão entre as dez maiores do Brasil em seus segmentos”, finaliza Fernando Simões.

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Nova estrutura

Simões: faturamento conjunto chega a R$ 3 bilhões

A Schio concluiu, no final de novembro, as obras de ampliação de sua unidade localizada na cidade de Contagem (MG). Com as melhorias, realizadas na modalidade build to suit, serão ampliadas as capacidades de armazenagem em temperatura controlada – multitemperatura e refrigerada –, além do número de posições-palete, do tamanho do pátio e de docas. Ao todo, R$ 10 milhões foram aplicados na obra.

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A filial passa de 3.038 m² de área construída para 6.272 m² e conta agora com 23 docas, frente às 14 então disponíveis. Quanto às posições-palete, a unidade chega a 6.500 posiçõespalete, ante as 3.500 que possuía antes da ampliação. O pátio também foi aumentado e ganhou mais 2.500 m², chegando a um total de 14 mil m². A grande aposta da companhia, porém, é no aumento da área destinada a produtos com temperatura controlada. O local multitemperatura passará a contar com 4.400 posi-

ções-palete, frente às 1.400 posições disponíveis. Com a obra, o objetivo é que a unidade instalada no Estado de Minas Gerais passe a movimentar 9.800 toneladas por mês, contra 6.500 t operacionalizadas por mês anteriormente. Cerca de 220 colaboradores (houve um aumento de 40 pessoas no quadro) serão responsáveis pela manipulação dos itens.  JSL: (11) 4795-7000 Schio: (11) 3376- 4000

Maestra firma joint-venture com armador japonês Acordo junto à NYK prevê serviços de cabotagem e transporte intermodal

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Maestra Navegação e Logística anunciou, no final de novembro, uma joint-venture com o armador japonês Nippon Yusen Kaisha (NYK). Pelo valor de R$ 10 milhões, a companhia nipônica passa a deter 10% das ações da Maestra, com possibilidade de elevar a participação para até 20% nos próximos 15 meses. Com o acordo, o armador estrangeiro passou a contar, já no mês de novembro, com serviços

de cabotagem e soluções logísticas e intermodais para seus clientes a partir das cidades de Navegantes (SC), Santos (SP), Rio de Janeiro, Salvador, Suape (PE) e Manaus, oferecidos pela Maestra. A NYK, que iniciou suas atividades em 1885 em Tóquio, possui uma frota de cerca de 800 embarcações e emprega mais de 55 mil funcionários em 27 países. Com a joint-venture, a Maestra – em operação desde abril de 2011 – tem o objetivo de agregar a tradição e a expertise do armador japonês à atividade de transporte marítimo, além de vislumbrar a oportunidade de estabelecer negociações comerciais com clientes globais. 

Maestra: (11) 2388-5100 NYK: (11) 3371-4300 Junho/2010 - Revista Tecnologística - 7

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MERCADO

Log-In assina com Eisa novo termo para construção de navios Estaleiro será responsável pela produção de mais duas embarcações sob encomenda

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Log-In Logística Intermodal informa que assinou, no último dia 28 de outubro, um termo aditivo ao contrato celebrado em 30 de novembro de 2007, para a construção de navios sob encomenda com o Eisa – Estaleiro Ilha S.A.

Dessa forma, a companhia exerce as opções de construção das embarcações 507 e 508, que completarão a frota de cinco navios porta-contêineres de 2.800 TEUs e dois navios graneleiros de 80 mil toneladas de capacidade. O prazo estimado para a construção das embarcações é de aproximadamente 24 meses. Os navios serão financiados com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), tendo como agente financeiro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme contrato assinado em 26 de maio de 2008. Além disso, a construção dos navios está incluída no Jacarandá foi o primeiro porta-contêineres da nova frota

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o diretor-presidente da Log-In, Vital Jorge Lopes, exercer as opções de construção de mais dois navios porta-contêineres demonstra a confiança na indústria naval brasileira e, principalmente, no crescimento do mercado brasileiro de transporte, em um modal mais eficiente sob o ponto de vista econômico, ambiental e de segurança para as cargas transportadas. “Esses navios são parte de nosso plano estratégico e de negócios, que prevê investimentos superiores a R$ 1,3 bilhão para a expansão da cabotagem, modal necessário ao desenvolvimento e consolidação da infraestrutura logística nacional”, conclui Lopes. 

Log-In: 0800 7256446

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MERCADO

UN Forklift terá fábrica no Brasil Fabricante de empilhadeiras planeja expansão dos negócios no mercado sul-americano com nova unidade

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bém tem planos para inaugurar filiais na Argentina e no Chile. “O Brasil será o primeiro país, além da China, a possuir uma fábrica da companhia”, conta Viveiros. Segundo ele, a unidade será instalada no Estado de São Paulo, que representa 50% do mercado da UN Forklift em solo brasileiro. “A estrutura faz parte do objetivo da empresa de ser uma das cinco maiores marcas de empilhadeiras do mundo nos próximos cinco anos”, diz o executivo. Presente no Brasil desde 2008, atualmente a UN atende a todo o território nacional a partir de três filiais, localizadas em São Paulo, Es-

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UN Forklift, fabricante sinoamericana de empilhadeiras, presente na Ásia, Austrália, Europa, Estados Unidos e Brasil, anunciou planos para a construção de uma estrutura própria para a fabricação dos equipamentos em território nacional nos próximos dois anos e meio. Em entrevista exclusiva à Revista Tecnologística, o presidente e CEO da UN Forklift do Brasil, Emerson Viveiros, revelou que serão investidos, no período, cerca de R$ 200 milhões para promover a estruturação da companhia no Brasil e nos países vizinhos, sob o nome de UN Forklift South America. A companhia tam-

Fábrica brasileira será a primeira da UN fora da China

pírito Santo e Santa Catarina, e por meio de representantes. “Estamos estudando a instalação de filiais no Rio de Janeiro e também em algumas outras regiões”, conta o CEO, sem revelar mais detalhes para o momento. “Vamos investir muito em estrutura, inclusive em unidades com espaço para showroom. A ideia é ter unidades espalhadas por todo o Brasil e contar com representantes exclusivos”, completa. A princípio, a fábrica do Brasil produzirá máquinas elétricas e movidas a GLP, com capacidade entre 1,8 e 3,5 toneladas. A UN Forklift, que atende a clientes como a Gafisa, Mills, SH Formas e Transportes Excelsior, possui em seu portfólio equipamentos com capacidades que variam de 1 t a 16 t. “Dentro de dois anos, a companhia pretende entrar no segmento de máquinas ainda mais pesadas, como reach stackers e empilhadeiras telescópicas”, conta Viveiros. Para o CEO, um dos maiores focos da UM, com as novas estruturas no País, será o investimento em serviços. “Já temos um nível de atendimento de mais de 95%, mas queremos melhorar ainda mais. Temos total apoio da fábrica da China que, muitas vezes, nos devolve peças em menos de uma semana. Com as novas estruturas, pretendemos realizar todos os atendimentos em menos de 24 horas”, finaliza Viveiros.  UN Forklift: (19) 3326-9925

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ABSA inaugura terminal em Manaus Companhia investiu US$ 500 mil para a abertura da unidade, com capacidade para estocar 32 mil m³

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Manaus-Guarulhos-Manaus. Hoje, são 14 voos semanais na rota, contra cinco no início das operações, com uma ocupação de 90%, 97% de regularidade e 95% de pontualidade. Segundo o diretor-executivo da ABSA, Pablo Navarrete, “Manaus é hoje um grande polo de produção dos mais variados segmentos, que abastece a todo o País. Com a ampliação da malha aérea e nossa presença cada vez mais fortalecida nesta rota, decidimos investir num terminal de cargas que possa suportar nosso fluxo local e, assim, oferecer um serviço diferenciado aos clientes”, afirma. ABSA: (19) 2138-4400

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ABSA Cargo Airline investiu US$ 500 mil na inauguração, dia 1º de dezembro, de seu terminal próprio de cargas domésticas na capital amazonense. A unidade tem como meta operar cerca de 40 mil toneladas já no seu primeiro ano. Instalada dentro do condomínio logístico Distribution Park, o terminal conta com 3.700 m² de área de armazenagem e capacidade para estocar 32 mil m³. São oito docas – cinco destinadas à entrega e recepção de carga a granel, duas para carga paletizada e outra para cargas perecíveis. A cidade foi escolhida pelo fato de a região ter superado as expectativas dos executivos da ABSA com a rota

Unidade conta com 3.700 m2 de área de armazenagem Junho/2010 - Revista Tecnologística - 11

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MERCADO

Canal da Galheta recebe autorização para dragagem Acesso aos portos de Paranaguá e Antonina terá profundidade original restabelecida Crescimento em Antonina O Porto de Antonina registrou, em 2011, aumento de 816% na movimentação de cargas. Em comparação a outubro de 2010, os números passaram de 20 mil toneladas para 1,15 milhão de t em 2011. “O aumento na movimentação de mercadorias é reflexo da facilidade para que o porto trabalhe. Nosso foco é incentivar o trabalho sem criar empecilhos. E esta postura tem sido percebida pelos usuários, que voltaram a utilizar Antonina”, afirma o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron.

Os fertilizantes lideram o ranking de mercadorias movimentadas. O terminal é utilizado como alternativa para a movimentação do produto, desafogando as operações em Paranaguá e permitindo que os navios consigam ser atendidos com maior agilidade. Além de fertilizantes, o porto ainda movimenta açúcar, contêineres e carga geral. “Nossa expectativa é já em 2012 passar a movimentar dois milhões de t de mercadorias em Antonina, chegando a três milhões de t até 2014”, conclui o diretor Empresarial da Appa, Lourenço Fregonese.  Appa: (41) 3420-1143

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o último dia 26 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) expediu uma licença de instalação para que a Appa – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (PR) – realize a dragagem de manutenção dos pontos críticos do canal da Galheta. Com isso, a Appa estaria apta a lançar o edital de licitação para a contratação da draga que irá realizar o serviço. A dragagem deverá custar em torno de R$ 25 milhões e será paga com recursos próprios da Appa. No total, deverão ser retirados cerca de 2,5 milhões de m3 de sedimentos das áreas críticas ao longo do canal. A área de despejo ficará 22 km distante do local dragado. A operação irá restabelecer a profundidade original do Canal da Galheta, que é de até 15 metros. No início de 2011, o Governo do Paraná determinou que fosse realizada a dragagem emergencial nos berços de atracação, trabalho que não vinha sendo feito há seis anos. Atualmente, a Capitania dos Portos autoriza que navios com calado de até 11 m naveguem pelo canal durante o dia e, durante a noite, navios com calado de 10,8 m. Após a dragagem, navios com até 12,5 m poderão voltar a navegar pelo Canal da Galheta. Para realizar o serviço, será contratada uma draga autotransportadora do tipo Hopper. O trabalho levará cerca de oito meses para ser concluído. Durante esse tempo não haverá restrições de navegação no canal, fazendo com que os procedimentos de entrada e saída de navios permaneçam inalterados.

Dragagem irá retirar 2,5 milhões de m3 de sedimentos

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MERCADO

Brasil é mercado prioritário para a Software AG Empresa aposta no foco em negócios para crescer também no segmento de supply chain

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uarta maior softwarehouse da Europa, com faturamento de 1.1 bilhão de euros em 2010, a alemã Software AG elegeu o Brasil como um de seus mercados prioritários. E isso mesmo sem ter sido muito afetada pela atual crise europeia, já que o maior volume de seus negócios não está centrado nos países mais atingidos. “Não estamos realmente presentes na China, mas temos negócios na Índia e Rússia. Entre os emergentes, o Brasil é, de longe, o mais importante”, diz o CEO da empresa, Karl-Heinz Streibich, afirmando esperar um crescimento no Brasil de 50% por ano em novos negócios, em todos os segmentos de atuação da empresa. Para o CEO, a indústria de tecnologia vem, nos últimos anos, mudando o seu foco, que antes era muito voltado a produtos e agora olha mais para os negócios. Isso vem ao encontro

Streibich: empresas no Brasil estão prontas para as soluções de supply chain

do anseio das empresas, que têm dificuldades em adaptar as soluções de TI às necessidades específicas de seu negócio. “Normalmente, quando algo dá errado na implementação de TI, as companhias culpam o CIO (Chief Information Officer), mas ele deve ser apenas o elo, o mediador entre as soluções e o negócio em si”, acredita. Apostando nisso, a empresa criou há três anos a área de Soluções Estratégicas de Negócios, focada em supply chain e finanças. De acordo com o gerente da área no Brasil, Leonardo Chies, ela foi criada justamente porque a empresa percebeu que muitos de seus produtos acabavam sendo implementados de forma equivocada e eram subutilizados ou substituídos. “Vimos que era necessário entender a área de negócios, sua real necessidade, para poder dar soluções mais customizadas aos clientes. O foco são as soluções e não os produtos”, reforça o executivo. Chies explica que a estratégia é entrar nos clientes, entender o negócio e montar a solução, que pode ser composta por uma parte de produtos da própria Software AG e também de outros fornecedores. Segundo Streibich, a ênfase em soluções voltadas ao supply chain se deu pelo nível de oportunidades detectadas no mercado brasileiro onde, segundo ele, “as empresas estão prontas e as necessidades são enormes”. A área de supply chain utiliza a plataforma de soluções BPE/BPM (Business Process Excellence e Business Process Managent), que abriga as subplataformas Aris e webMethods. Esta última olha para a parte de in-

tegração, enquanto a Aris contempla toda a gestão e desenho de processos, governança e gestão de riscos. A empresa oferece quatro plataformas formatadas para a área de supply chain. Uma é de Integração, que visa fazer a conexão da empresa internamente e com seus parceiros de negócios; outra é de fusões e aquisições, que além da integração de sistemas vai um pouco além, integrando o conhecimento das pessoas, processos e procedimentos. Uma terceira para a gestão da cadeia de suprimentos, que trata basicamente da gestão de indicadores-chave de performance, visando uma tomada mais ágil e assertiva de decisões; e finalmente uma de gestão de processos logísticos.

Grandes empresas De acordo com Streibich, o mercado típico da Software AG são grandes empresas, com faturamento em torno de 2 bilhões de euros. Ele justifica o foco neste nicho por acreditar que empresas deste porte apresentam um nível de complexidade que justifica a adoção dos produtos da empresa. Para Leonardo Chies, esta estratégia não dificulta a ação da Software AG no mercado brasileiro. “Por incrível que pareça, as grandes empresas têm ainda muitos problemas logísticos e ainda há um baixo índice de utilização de tecnologia específica. A Software AG acredita na estratégia de abordar primeiro as grandes, que depois viram cases de referência, o que ajuda a abrir mercados e possibilita, num segundo momento, abordar as médias”.

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Chies cita o setor de manufatura como mercado-alvo num primeiro momento, principalmente as indústrias automotiva, farmacêutica e siderúrgica, além do setor de ecommerce. “O automotivo tem a logística muito desenvolvida nos seus operadores logísticos, mas eles são terceirizados, e ela tem uma forte necessidade de integrar seus processos aos de seus fornecedores e o mercado, para prever a demanda. Já o varejo virtual tem seu sucesso cada

vez mais dependente da integração com os sistemas dos parceiros logísticos para ter controle de seus negócios. A princípio, nosso foco maior será nesses mercados”. O faturamento da Software AG no Brasil em 2010 foi de 75 milhões de euros e, para 2011, a empresa espera um crescimento de 15% a 20% sobre o ano passado. 

Software AG: (11) 2899-6600

MAN anuncia investimentos de mais de R$ 1 bi no Brasil Maior aporte da história da unidade latino-americana da companhia tem o objetivo de ampliar as operações no País

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MAN Latin America anunciou, dia 21 de outubro, seus planos de investimentos que ultrapassam a cifra de R$ 1 bilhão para ampliar as operações da empresa no Brasil entre os anos de 2012 e 2016. O principal objetivo do aporte é aumentar a oferta de veículos comerciais das marcas Volkswagen e MAN, aumentando a capacidade produtiva da companhia. O anúncio foi feito pelo presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, durante audiência com a presidente Dilma Rousseff em Brasília (DF). “Trata-se da maior soma já anunciada pela MAN em seus 30 anos de existência. Entre 1995 e 2011, tivemos três ciclos de grandes investimentos, totalizando R$ 3 bi-

lhões. Agora, somaremos mais de R$ 1 bilhão a esse valor, porque acreditamos no potencial da América Latina”, avalia Cortes. Sem revelar maiores detalhes, o executivo conta que o montante será destinado ao desenvolvimento de uma nova geração de veículos, novas motorizações e à pesquisa de tecnologias sustentáveis. Além disso, Cortes revela que a empresa pretende trabalhar também em novos nichos. “Faremos, inclusive, a prospecção de segmentos do mercado onde ainda não atuamos”, diz. Os recursos virão das próprias operações da MAN Latin America.  MAN Latin America: (24) 3381-1000

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MERCADO

Penske Logistics opera CD da Natura na região Sul Com 10.700 m², unidade será responsável pelo atendimento aos Estados do Paraná e Santa Catarina

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O CD opera com uma linha de separação com sistema semiautomático “picking by light”, em que os operadores são guiados por luzes, combinado com estações de separação totalmente automáticas. O trabalho da Penske é receber, armazenar, separar e faturar os produtos conforme os pedidos e enviá-los para as consultoras. Durante aproximadamente três meses, o operador logístico fez um trabalho de treinamento da força de trabalho, com acompanhamento do fornecedor do equipamento. A Penske mantém no CD uma farmacêutica que faz o controle de qualidade, validade e armazenagem dos produtos. Assim como os medicamentos, as empresas que operam com cosméticos também devem ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para funcionar. Segundo o diretor-presidente da Penske Logistics para a América do Sul, Paulo Sarti, a parceria com a Natura é importante para consolidar a estratégia de negócio da companhia, cada vez mais focada na ampliação regional. “Entramos no mercado logístico do Sul brasileiro com um cliente que exige um alto nível de qualidade de serviço e de comprometimento, o que reforça nossa expertise em operações logísticas de sucesso”, diz. O vice-presidente de Operações e Logística da Natura, João Paulo Ferreira, afirma que a companhia CD tem capacidade para separar 9,5 mil volumes/dia está orgulhosa do avanço Divulgação

Natura inaugurou, dia 26 de outubro, seu primeiro Centro de Distribuição no Paraná. Localizada em São José dos Pinhais, a nova unidade fornecerá suporte ao crescimento das vendas na região Sul, bem como aperfeiçoará o serviço prestado às consultoras. Ao todo, o CD irá operar com aproximadamente 200 novos colaboradores, divididos em dois turnos. O centro paranaense, desenvolvido e operado em parceria com a Penske Logistics, atenderá aos mercados dos Estados do Paraná e Santa Catarina. O local conta com 10.700 m², tem capacidade para 3.700 paletes e possibilidade de processar 9,5 mil volumes diariamente. O tempo estimado de entrega dos produtos para o canal de vendas – após o processamento do pedido – é de até um dia útil para Curitiba e Região Metropolitana, e de dois a três dias úteis para o interior do Estado e Santa Catarina.

nos últimos anos. “Esse processo é um desafio porque queremos crescer e, ao mesmo tempo, reduzir nosso impacto ambiental e fazer isso em conjunto com os fornecedores”, destaca. O compromisso ambiental foi um dos principais aspectos levados em consideração durante o desenvolvimento do CD. Esta nova operação possibilitará um menor impacto devido à redução na emissão de CO2 (Gás Carbônico) e outros gases poluentes emitidos pelos veículos usados no transporte de produtos. Isso porque, pelo modelo anterior, os produtos eram enviados de Cajamar (SP) para o Rio Grande do Sul e depois distribuídos no Paraná e em Santa Catarina. A partir de agora, os itens vão de São Paulo diretamente para o CD em São José dos Pinhais. Após a separação e embalagem, os itens são coletados pela transportadora parceira, que utiliza veículos leves na entrega até a casa das consultoras e consultores da marca. Segundo o diretor Comercial da Regional Sul da Natura, Alexandre Lemos, o fato de o Estado ocupar o quinto lugar na composição do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com participação de quase 6% da economia, também pesou na tomada de decisão para o investimento. “Este projeto vem para consolidar o relacionamento com o mercado paranaense e também agilizar a entrega dos pedidos para a nossa força de vendas”, diz.  Natura: 0800 115566 Penske: (11) 3738-8200

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Ramos implanta novo sistema operacional Sistema Chronus foi integrado ao ERP da Totvs em outubro

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Ramos Transportes mudou seu processo de gerenciamento operacional. Chronus, o novo sistema, foi integrado ao ERP (Enterprise Resource Planning) Protheus, da Totvs, utilizado nas 67 filiais distribuídas pelo Brasil. Desenvolvida pela equipe de gerenciamento operacional da Ramos e com acompanhamento da consultoria INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial), a tecnologia Chronus, que contou com um investimento de R$ 5 milhões ao longo de dois anos, combi-

na agilidade operacional com rapidez nos processos gerenciais. O grande benefício com a mudança foi a redução de 45% no tempo de triagem e manuseio da carga. O resultado pode ser visto nas operações dos mais de 2,5 milhões de volumes movimentados por mês, que passaram a ser totalmente rastreados por meio de código de barras, em todas as etapas da operação. A desburocratização da expedição de documentos também foi significativa, assim como o fluxo

de informações entre as demais áreas da empresa e o próprio cliente. “O Chronus colocou a operação da Ramos num outro patamar. A rastreabilidade dos volumes transportados pela empresa e o aumento da produtividade operacional tornaram a operação muito mais eficaz”, conclui Tibério Ramos, vice-presidente da Ramos Transportes. 

Ramos: 0800 172667

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MERCADO

Ferramenta automatiza processo de frete na Marcegaglia do Brasil Portal desenvolvido pela Lecom permite melhor gerenciamento do transporte de cargas e reduz custos e erros operacionais

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muito informais, que permitiam dupla interpretação e, por consequência, erros”, conclui Celi Luciano Gonçalves, gerente de Sistemas e Informações da Marcegaglia. Administrado pelos analistas da área de logística, o portal recebe todos os dados referentes às cargas, incluindo informações fundamentais como o dia e o horário em que os produtos deverão ser expedidos. Depois de finalizada, essa solicitação é disponibilizada no portal para todas as transportadoras credenciadas ou enviada para uma transportadora específica, que esteja mais adequada ao perfil da carga. Ao aceitar o serviço de frete, a transportadora precisa registrar no

portal o horário que irá retirar a carga na Marcegaglia. “A janela de tempo nos mostra a programação de retirada das cargas, otimizando o carregamento das mercadorias e permitindo um melhor gerenciamento das docas para os caminhões. Com isso, evitamos transtornos”, ressalta Gonçalves. O portal ainda apresenta outros benefícios, como transparência na solicitação, agilidade, redução de erros e de custos operacionais, agendamento inteligente, controle de entrega da mercadoria, cálculo automático do valor dos fretes e histórico das negociações.  Lecom: (11)4306-8900 Marcegaglia: (47)3431-6405

Divulgação

Marcegaglia do Brasil, filial da empresa homônima de origem italiana no segmento industrial do aço, implantou uma solução para controlar automaticamente os serviços de frete dos produtos fabricados pela companhia. Com a implantação, o processo de transporte de cargas ficou mais simples e a comunicação entre a empresa e seus fornecedores tornou-se mais segura. O portal foi desenvolvido pela Lecom, empresa especializada em soluções para comunicação digital. Antes da implantação da ferramenta, era necessário fazer contatos com as transportadoras de forma manual, por meio de solicitações telefônicas, em papel ou e-mail. “Eram processos

Sistema otimiza carregamento e permite melhor utilização das docas 18 - Revista Tecnologística - Dezembro/2011

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MERCADO

DHL promove encontro para debater ações globais Empresa divulga estudo sobre conectividade global e números sobre ações visando a sustentabilidade Mas, na opinião do professor de Estratégia Global do Centro Anselmo Rubiralta de Globalización y Estrategia, de Barcelona, na Espanha, e um dos responsáveis pela elaboração do GCI, Pankaj Ghemawat, a integração entre as grandes e pequenas economias ainda é um caminho longo a ser percorrido. Ele, porém, aproveita e faz um lembrete. “A globalização é a solução para a crise nos países e não o problema”.

Divulgação

Entenda o índice de conectividade

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s cidades de San Francisco e San Jose, no Estado americano da Califórnia, e a capital do Havaí, Honolulu, foram os cenários escolhidos pela Deutsche Post DHL para mostrar, entre os dias 8 e 11 de novembro, a um grupo de jornalistas, executivos da empresa e acadêmicos, suas ações para estimular o comércio internacional. Além disso, a companhia aproveitou e divulgou suas iniciativas voltadas ao meio ambiente e seus esforços para se aproximar de uma gama maior de clientes. Na ocasião, foram divulgados os resultados do DHL Global Connec-

tedness Index 2011 (GCI) – Índice Global de Conectividade, estudo que faz uma análise dos fluxos globais e como eles podem aumentar a prosperidade, tantos dos negócios quanto dos países. A Tecnologística esteve lá e traz os principais pontos abordados. O CEO da DHL Global Forwarding/Freight, Roger Crook, destacou os locais que continuam promissores e lembrou que a descentralização econômica continuará. Para ele, as oportunidades ainda estão concentradas nos países emergentes. “Temos um forte crescimento na América Latina e acredito que a globalização continuará”, afirma.

O GCI refere-se à profundidade e à amplitude da integração de um país com o resto do mundo, manifestada por sua participação nos fluxos internacionais de produtos e serviços, capital, informação e pessoas. O relatório divulgado pela DHL resume, baseado entre os anos de 2005 e 2010, os níveis gerais de conectividade global entre dez tipos diferentes de fluxos. Em 2010, os 125 países avaliados representavam 98% do PIB mundial e 92% da população. Crook conta que a DHL investiu no estudo, pois aposta que o aumento da conectividade terá um efeito positivo no bem-estar dos países e das pessoas no longo prazo. “Acreditamos que dados confiáveis e uma nova abordagem da pesquisa levarão a uma discussão diferente e talvez a novas soluções”, resume. Entre os resultados da análise, alguns pontos são destacados. Apesar de a Holanda ser a líder do índice global, Hong Kong lidera em termos de profundidade de suas ligações

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comparadas ao tamanho de sua economia interna. Já o Reino Unido se destaca com relação à amplitude de suas conexões com o mundo. O relatório mostra que os níveis absolutos de globalização, hoje, são mais baixos do que se imagina, permanecendo estáveis desde 2005. A maior parte das conexões internacionais ainda está concentrada entre os países que partilham fronteiras, laços culturais e históricos. Além disso, o estudo mostra que as nações que lideram possuem níveis elevados de desenvolvimento econômico e humano. Para Crook, a conectividade deve ser incrementada no País, que ocupa a 68ª posição no ranking. “A economia no Brasil está crescendo, mas as regulamentações existentes são uma barreira ao comércio exterior”. O CEO da DHL Express Brasil, Joakim Thrane, concorda com Crook que falta conectividade. “As importações e exportações representam 19% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, enquanto na China este índice é de 49%; na Rússia, 42% e na Índia, 37%”, informa. Para o executivo, o papel da DHL é, utilizando a sua expertise global, fomentar a participação de seus clientes no comércio exterior. “Vamos auxiliar para que essas empresas atuem em mercados não tradicionais, aumentando a amplitude e profundidade das relações comerciais”, afirma.

Ampliando a atuação Outro tema abordado durante os quatro dias de evento foi a atuação da DHL junto a companhias de médio e pequeno portes. Muitas vezes, o fato de ser conhecida como uma empresa global afasta potenciais clientes, que acreditam não poderem ser atendidos devido à pouca demanda. A operadora quer mostrar que oferece soluções para as mais variadas necessidades.

O vice-presidente de Vendas da DHL Express US, Mike Berger, calcula que, nos Estados Unidos, a participação das médias e pequenas empresas nos negócios da DHL cresce entre 20% e 25 % ao ano. Esta média se repete na chamada América Espanhola. No Brasil, o índice é maior. Thrane calcula que 80% do portfólio da companhia no País são compostos por pequenas e médias empresas, que apresentam a figura de um único dono e têm, no máximo, 50 funcionários. “Além de sermos operadores logísticos, trabalhamos como consultores. Nossa equipe auxilia, por exemplo, nos trâmites operacionais”, resume.

Ações ambientais Estruturar políticas ambientalmente corretas é outra ação da companhia. O CEO da DHL Express US, Ian Clough, conta que, em grandes cidades americanas, como Nova Iorque, para amenizar os efeitos das emissões e diminuir o consumo, a empresa tem aplicado veículos híbridos. “Em Manhattan, um dos distritos da cidade, reduzimos em 40% o consumo de combustível com a utilização dos híbridos”, anuncia. Já na Europa, a utilização de caminhões deste modelo resultou numa redução de 15% no consumo. Nas movimentações brasileiras, a utilização dos híbridos ainda não é uma realidade. De acordo com o Thrane, o País não possui estrutura de pontos de abastecimento para atender às necessidades operacionais destes tipos de veículo, que além de utilizar combustíveis tradicionais, são elétricos. “Nosso desafio é montar a estrutura para trazê-los”, frisa. Enquanto isso não acontece, o CEO informa que no Brasil a iniciativa para reduzir as emissões foi a adoção de veículos triflex – gasolina, álcool e gás.  DHL Express Brasil: (11) 3618-3200 Dezembro/2011 - Revista Tecnologística - 21

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MERCADO

Mil vagões utilizados pela FCA são modernizados

Divulgação

Melhorias nos equipamentos, empregados na movimentação de açúcar, ampliarão em 40% a capacidade de transporte

R$ 120 milhões estão sendo investidos na modernização

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Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) informa que está sendo realizada a modernização de mil vagões usados para o transporte de açúcar no chamado corredor paulista – complexo que integra Estados do Sudeste e Centro-Oeste do País ao Porto de Santos (SP). De acordo com a companhia, a melhoria nos equipamentos não irá significar apenas um avanço na qualidade da estrutura dos vagões, mas também um aumento de quase 40% na capacidade de transporte de açúcar pela FCA. Hoje, a companhia ferroviária transporta 1,5 milhão de toneladas do produto anualmente pelo corredor. A reforma dos equipamentos foi viabilizada por uma parceria entre a FCA e três clientes: Copersucar, Cargill e Louis Dreyfus, que subsidiaram a reforma, ganhando, em troca, des-

conto no frete de suas mercadorias. Ao todo, R$ 120 milhões serão aplicados nas melhorias. Segundo Frederico Oliveira, gerente Comercial da Vale-Carga Geral, companhia controladora da FCA, este é um negócio que atende aos interesses de todos os clientes, aumentando a competitividade do negócio, representada por maior rapidez e qualidade no transporte da mercadoria. Esta é a segunda vez neste ano que a empresa divulga um negócio do gênero, fechado também para obras em outros 500 vagões, iniciativa já concluída e que demandou R$ 60 milhões – verba aplicada pelos mesmos clientes. O objetivo das ações é, além de ampliar a operação com este tipo de produto, diminuir o tempo em que os vagões ficam parados para descarga. Números

da FCA dão conta de que, após as modernizações, o período estático cai de 40 minutos para cinco. Para o gerente, com uma capacidade de vazão maior para as mercadorias que circulam pelas ferrovias da empresa é possível garantir um ganho significativo na agilidade dos negócios. O executivo afirma que o trabalho nos vagões consistiu numa reestruturação completa. Ele faz uma analogia para explicar, dizendo que seria como trocar toda a carcaça de um carro, restando apenas o chassi. Oliveira conta que 150 equipamentos modernizados já estão em circulação nas ferrovias e que a operação será completamente concluída até o início da safra do próximo ano, no mês de maio.  FCA: (31) 3279-4900

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MERCADO

Codesp licita melhorias de acesso ao Porto de Santos Obras fazem parte de ações que a SEP vem realizando nos portos brasileiros; companhia inicia dragagem de navio naufragado em 1994

Sérgio Coelho - Codesp

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A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), sob a coordenação da Secretaria Especial de Portos (SEP), lançou mais duas licitações no início de novembro, para a realização de obras na região do Porto de Santos. Uma está relacionada à elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado Mergulhão. Já a segunda trata da execução de obras para a melhoria do complexo viário na região do Saboó. As ações contam com recursos da SEP, por meio do PAC e terão as propostas abertas ainda este ano. As melhorias fazem parte do bloco de ações que a SEP vem realizando nos portos brasileiros. Para Santos, o orçamento total destinado será de R$ 1,5 bilhão. O projeto do Mergulhão deve ser concebido para viabilizar o cruzamento em desnível entre os fluxos rodoviário e ferroviário existentes no local, com a harmonização da interface com a área urbana do centro antigo, garantindo a manutenção ininterrupta da operação do Porto e de seus acessos com a preservação dos locais de patrimônio histórico. A passagem subterrânea é parte integrante da avenida Perimetral da Margem Direita. Para o desenvolvimento do projeto estão previstas, em ordem prioritária de implantação, a própria passagem, que contará com três faixas de tráfego em cada sentido, com as respectivas alças de acesso, conexões e centro de controle operacional; o remanejamento do ramal ferroviário existente, com novo alinhamento, em via du-

Melhorias contemplam também acesso subterrâneo na região do Mergulhão

pla, transpondo a avenida Perimetral sobre o trecho rebaixado da passagem subterrânea, além da reurbanização da área de influência das obras. A execução de melhorias do sistema viário na região do Saboó, também integrante da avenida Perimetral, abrange a construção de uma via atrás da área do Tecondi, local de grande fluxo em função da alta movimentação de contêineres e por ser ponto situado próximo ao extremo do Porto, recebendo tráfego de praticamente todos os terminais. Dessa forma, a nova pista atenderá ao tráfego de passagem, sem impactar o fluxo viário do Saboó.

A concorrência para as obras tinha data marcada para abertura das propostas em 5 de dezembro e a de elaboração do projeto executivo do mergulhão para 21 de dezembro.

Investimento nos acessos A Codesp iniciou, no final de outubro, os serviços de remoção dos destroços do navio Ais Giorgis, que naufragou no estuário do Porto de Santos em 1974. A atividade tem como objetivo aprofundar o local para 15 metros, além de alargar o canal de navegação para 220 m.

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Os restos do Ais Giorgis, compostos pela casa de máquinas e por partes do casco do navio, estão situados em frente aos armazéns 15 e 16 do Porto, parcialmente cobertos por sedimentos. A Codesp realizará a remoção de 150 m 3 de sedimentos contaminados, que serão transportados por uma tubulação interligada a um canteiro de obras na margem esquerda do Porto. A dragagem, conduzida por mergulhadores, será feita por meio de uma bomba de sucção instalada em uma embarcação de apoio. O material é direcionado para duas caixas, onde ocorre a separação das partes sólidas e líquidas. Os resíduos sólidos passam por um processo de secagem e, após análise, recebem des-

tinação adequada juntamente com as partes líquidas. Além do material contaminado, a obra deve dragar aproximadamente 3.500 m 3 de sedimentos. Mergulhadores realizarão o corte dos destroços, que serão içados por um guindaste flutuante de grande capacidade e removidos por guinchos instalados no canteiro na margem esquerda. Os materiais serão descartados no polígono oceânico, espaço licenciado para receber material proveniente de processos de dragagem. As atividades, que devem ser concluídas até março de 2012, fazem parte das ações da Secretaria Especial de Portos para melhorar e adequar toda a infraestrutura portuária do País, e envolvem recursos de cerca de R$ 17,9 milhões, provenientes do Programa

de Aceleração do Crescimento (PAC) e da própria Codesp. O Ais Giorgis, pertencente à armadora Shipmeyr, naufragou no estuário do Porto de Santos no dia 8 de janeiro de 1974, após um incêndio a bordo, quando operava na descarga de caixas, sacos e tambores contendo leite em pó, óleo de pinho, resina e produtos químicos. Por oferecer risco a outras embarcações, na madrugada do dia seguinte, o navio foi puxado para o meio do estuário e encalhado próximo à margem esquerda do Porto. No dia 8 de julho de 1979, um violento vendaval quebrou as amarras e arrastou a embarcação para o meio do estuário. Codesp: (13) 3202-6565 SEP: (61) 3411-3765

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MERCADO

Itapoá atinge novo recorde Com apenas cinco meses de operação, porto alcança marca de 95,25 MPH

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a madrugada do dia 8 de novembro, o Porto Itapoá bateu novo recorde de produtividade, na operação com o navio Cap Jackson, do armador Hamburg Süd. As atividades com a embarcação duraram aproximadamente seis horas e registraram 562 movimentos, alcançando a marca de 95,25 movimentos por hora (MPH). O último recorde do terminal havia sido alcançado em outubro, no navio Cap San Nicolas, também da Hamburg Süd, com 82,26 MPH.

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“O resultado alcançado no Cap Jackson reforça o grande comprometimento que o terminal está depositando em todas as suas operações, proporcionando a satisfação dos clientes que veem suas embarcações sendo operadas de forma ágil, eficiente e segura”, conclui o gerente de Operações do Porto Itapoá, Sergni Pessoa Jr. O porto está em operação há pouco mais de cinco meses, com equipe, equipamentos e sistema operacional completamente novos. Porto Itapoá: (47) 3443-8500

Recorde anterior foi batido em outubro

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TCP adquire equipamentos de movimentação Dois portêineres e seis RTGs estão em operação.

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vimentar 1,2 milhão de TEUs em 2012, correspondendo a um aumento de 50% em relação à capacidade instalada atual. Os projetos começaram no início do ano, logo após o TCP receber duas novas linhas que atendem ao Caribe e Golfo do México, Costa Leste do EUA e Ásia (leia mais em www.tecnologistica.com.br/portuario/ porto-de-paranagua-tera-novas-linhaspara-conteineres/). Com elas, o terminal paranaense passa a contar com 17 linhas marítimas e os novos equipamentos chegam para dar vazão à demanda. Desde janeiro deste ano, o TCP movimentou 10% a mais de contêineres em relação a 2010 – 582 mil TEUS frente a 533 mil TEUs. O objetivo é fechar 2011 com 710 mil TEUs operados.  TCP: (41) 3420-3300 Divulgação

Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) recebeu, no final de outubro, novos equipamentos para a movimentação de contêineres. Os dois portêineres, da marca Liebheer, entraram de imediato em operação. Após as aquisições, o terminal passa a contar com três equipamentos deste tipo no berço, ampliando a capacidade para 50 movimentos por hora em cada embarcação atracada. Mais seis RTGs fabricados pela Kone Kranes e recebidos em novembro, serão destinados às movimentações no pátio. No total, com a chegada dos produtos adquiridos, serão 20 transtêineres disponíveis no TCP. Os equipamentos fazem parte do plano de investimentos de R$ 185 milhões para a ampliação do terminal e são necessários para que a empresa atinja a capacidade de mo-

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Aga Logística investe R$ 2 milhões em novo CD

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Terceira unidade do operador logístico, localizada em Marília, conta com armazém de 6.000 m²

Foram feitos investimentos pesados em frota durante 2011

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Aga Logística inaugurou, no mês de outubro, um novo centro de distribuição localizado na cidade de Marília (SP). A nova filial, que demandou investimentos de cerca de R$ 2 milhões, está situada em um terreno de 20.000 m² que abriga um armazém verticalizado de 6.000 m² e quatro docas cobertas. Com capacidade de armazenamento para 7.500 posições-palete, a unidade mantém o foco do operador logístico no atendimento a clientes do segmento alimentício. Para as operações no novo CD, que movimentará um total de 12 mil posições-palete por mês, a empresa adquiriu seis conjuntos rodoviários, duas empilhadeiras, 12 transpaleteiras e niveladores hidráulicos para as docas. “A nova unidade é responsável por toda a operação de expedição de produtos de um grande cliente do ramo alimentício. A companhia produz o alimento e transfere para a Aga, que realiza todo o trabalho de

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picking e de entrega aos clientes”, conta o diretor de Operações, André Frison. Para os trabalhos no novo armazém, a empresa contratou 25 colaboradores. A Aga conta, ainda, com dois outros CDs, localizados em Araraquara (SP), onde também está situada a matriz da empresa. Somados à nova unidade de Marília, os espaços de 12.000 m² (com 25 docas) e de 24.000 m² (com 15 docas) totalizam uma área de 42.000 m² destinados à armazenagem. Frison destaca que a Aga, que tem registrado crescimento de 30% no faturamento nos últimos três anos, vem investindo no transporte de cargas ao longo de 2011. “Trabalhávamos com carretas agregadas, mas em março deste ano começamos a investir mais em transporte. Já temos 28 conjuntos próprios e a projeção para 2012 é chegarmos a cerca de 70”, conta. Prestando serviços de armazenagem desde 2002, a Aga tornou-se operador logístico em 2008. Sem revelar mais detalhes, Frison conta que a Aga tem planos para a construção de outro CD em Marília, já no próximo ano, para atender à alta demanda de clientes. “Queremos explorar melhor o interior de São Paulo, que abriga grandes indústrias de alimentos. Além do cliente que atua no novo armazém, já fomos procurados por outras empresas da região”, completa o executivo. 

Aga Logística: (16) 3332-3660

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Jamef aposta nas regiões Norte e Sul Empresa estrutura unidades em Manaus e Caxias do Sul a fim de expandir sua presença

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Jamef Encomendas Urgentes, empresa especializada no transporte de cargas fracionadas, está ampliando sua atuação no mercado nacional com o início das operações, no último dia 17 de outubro, de mais duas filiais, Manaus e Caxias do Sul (RS). A companhia não divulga o valor do investimento. A filial da capital amazonense se caracteriza pela operação junto ao modal aéreo. De acordo com a empresa, o polo industrial onde se encontra a Zona Franca de Manaus é uma região estratégica, pois reú-

ne indústrias de informática e eletrônicos, cujos itens precisam ser distribuídos para todo o País. A outra unidade inaugurada está localizada no município de Caxias do Sul, região caracterizada por empresas do segmento metalmecânico, onde são industrializados desde parafusos até ônibus e caminhões. Além disso, o comércio regional oferece os mais variados produtos, como vinhos, confecções, pratarias, calçados, artigos em couro, móveis e artesanato. Por este motivo, a Jamef anuncia que a meta é aumentar sua participação

no mercado regional, dobrando o faturamento em 2012. O diretor Comercial da Jamef, Paulo Nogueirão, ressalta a importância da região Sul para a companhia. “Estamos investindo no interior do Rio Grande do Sul por se tratar de um mercado bastante estratégico para a Jamef. Com esta nova unidade, que é a 20ª da empresa, vamos atender diretamente à demanda de 90 municípios da região da Serra Gaúcha com maior competitividade e melhores prazos”, afirma.  Jamef: (31) 2102-8888

ANTT aplicará multa por utilização da carta-frete Empresas e caminhoneiros que insistirem em utilizar a carta-frete para pagamentos de carga estarão sujeitos a multa de até R$ 10,5 mil total ou parcelado, de forma diversa da prevista no documento, deverá ser multado em 50% do valor total

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Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já pode multar empresas e caminhoneiros que continuarem a utilizar o pagamento do transporte de carga via carta-frete. O novo sistema de pagamento eletrônico, previsto em lei desde 2007, foi regulamentado em abril deste ano com prazo de seis meses para começar a aplicar sanções por descumprimento. A resolução 3.658/11, de 19 de abril, estabeleceu que o contratante que efetuar o pagamento do frete, no

de cada frete pago irregularmente, limitado ao mínimo de R$ 550,00 e ao máximo de R$ 10,5 mil. O texto ainda prevê os mesmos valores de multa para quem realizar deságio no frete ou cobrança de valor para efetivar os devidos créditos. Os transportadores autônomos que permitirem o uso da carta-frete ainda correm o risco de ter o Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Cargas (RNTRC) cancelado. ANTT: 0800 610300

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Grupo Master tem nova filial no Rio Grande do Sul Unidade de Porto Alegre atenderá à crescente demanda da região Sul

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formática) e o Grupo Fleury (materiais biológicos). Donadio destaca que todos os motoristas da empresa possuem cursos para movimentação operacional de produtos perigosos (MOPP). “Além disso, a Master Express é a única empresa do segmento a possuir licenciamento ambiental para o transporte de materiais perigosos concedido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) do Rio Grande do Sul”, completa. Especializada no atendimento a laboratórios, a empresa conta também com consultoria ambiental e engenharia química. O Grupo Master, que atua em todo o território nacional, possui filiais também nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Paraná, além do Distrito Federal. A empresa presta serviços logísticos como distribuição, roteirização, expedição e armazenamento de materiais. Assim como as demais unidades, a filial de Porto Alegre realizará também serviços esporádicos e transportes avulsos. 

Grupo Master: (51) 3086-3937

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Master Express, empresa do Grupo Master que presta serviços de logística expressa, inaugurou uma nova filial na cidade de Porto Alegre (RS). A unidade de negócios gaúcha tem como objetivo atender às crescentes demandas dos clientes presentes na região Sul do País, onde a empresa realiza cerca de 18 mil operações todos os meses. A estrutura conta com uma área de 300 m², que abriga escritório e estacionamento para a frota de veículos utilitários da empresa, além de espaço dedicado ao treinamento de funcionários e a uma equipe de profissionais para prestação de suporte técnico e operacional 24 horas. “Estamos muito felizes com a oportunidade de expansão do Grupo Master na região Sul. Pelos estudos de mercado, estamos confiantes e focados em conquistar nosso espaço em Porto Alegre”, analisa César Donadio, gerente da nova filial. Dentre os principais clientes presentes na região, a Master Express presta serviços para empresas como a Burti (transporte de material publicitário), a Unisys (peças e equipamentos de in-

Estrutura abriga escritório e área de estacionamento para a frota

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DVA Express aumenta em 100% área de manuseio em São Paulo Impulsionada pela crescente demanda, empresa duplica capacidade em 2011, com ampliação de 2.000 m² para 5.100 m² no hub de São Paulo

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cia para a recepção e tratamento das mercadorias geradas por toda a rede. Com filiais e pontos de apoio e distribuição localizados nas cidades de Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos e São José do Rio Preto (SP); Rio de Janeiro, Curitiba, Jaraguá do Sul (SC), Porto Alegre e Manaus, além de São Paulo, a empresa tem como foco de atuação os diversos segmentos da economia que exigem rapidez na colocação do produto no ponto de venda e informação. 

DVA Express: (11) 2319-2001

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DVA Express, empresa de transportes de carga sediada em São Paulo, está adotando uma série de ações para acompanhar o crescimento da demanda. A empresa, que possuía 2.000 m² de área de manuseio no hub de São Paulo, com 12 docas de carga e descarga, passa a ter agora 5.100 m² e 30 docas. A empresa está duplicando a capacidade de seu terminal de cargas localizado na Vila Guilherme, na capital paulista, considerando o peso específico da cidade tanto no processo de geração de encomendas, como atuando como centro de confluên-

Terminal está localizado na capital paulista

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Lufthansa Cargo amplia capacidade de carga a partir do Rio de Janeiro

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Companhia tem nova frequência para Frankfurt cinco vezes por semana

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Lufthansa Cargo iniciou, dia 30 de outubro, um novo voo na rota Rio-Frankfurt, que acontece cinco vezes por semana. Com a novidade, a companhia passou a contar com maior capacidade de carga saindo e chegando ao Rio de Janeiro. A cidade, até então atendida apenas por meio dos voos cargueiros que saíam do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), conectados ao Estado do Rio de Janeiro pelo modal rodoviário, passa agora a contar com os porões do Airbus A 340-300

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em voos diretos, todos os dias da semana, exceto às segundas e quartas. A Lufthansa Cargo serve a cerca de 300 destinos em mais de cem países, utilizando aviões cargueiros e compartimentos de carga dos aviões de passageiros da Lufthansa e da Austrian Airlines, além de caminhões. A maior parte da carga é transbordada no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, principal hub da companhia. 

Lufthansa: (11) 2161-7500

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MERCADO

CROSS-DOCKING s Carlos Franco assumiu, em setembro, o cargo de gerente Comercial da Eadi São Bernardo do Campo, pertencente à Integral Terminais, empresa do Grupo Lachmann. Formado em Administração de Empresas e em Comércio Exterior pela Faculdade de Ciências Administrativas de Santos (SP), Franco possui mais de 30 anos de experiência em agenciamento de cargas e companhias marítimas. A empresa anunciou, ainda, a contratação de Renato Farina para a posição de gerente da mesma unidade. O executivo é formado em Administração de Empresas pela Fundação Lusíada (SP) e traz consigo a experiência adquirida em agências de navegação e companhias logísticas. (11) 4347-6244 s Maurício Barbosa Pastorello foi anunciado como o novo diretor de Logística da TGestiona, empresa do Grupo Telefônica. O executivo fica responsável pelas operações de transporte, logística e logística reversa da empresa. Formado em Física pela Universidade de São Paulo (USP) e com especialização em Automação de Processos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), o executivo tem 25 anos de experiência em logística, tendo trabalhado em empresas como Exata Logística, Transporte Mercúrio, Ferrero e Menlo Worldwide. 0800 7771010 s Com o objetivo de manter seu ritmo de crescimento e ampliar sua participação no mercado brasileiro, a Markem-Imaje agregou novos profissionais em sua equipe. Gláucio Ferreira chegou para assumir a gerência de Canal Indireto, novo cargo no organograma da empresa. Engenheiro Eletricista e Administrador de Empresas, com MBA em Gestão Empresarial e MBA Internacional em Empreendedorismo, em Babson, Massachusetts (EUA), Ferreira vem reforçar o

time trazendo a experiência adquirida durante cerca de 17 anos de atuação na área de codificação industrial. Já Fernando Santos, engenheiro mecatrônico, ocupa a gerência de Grandes Contas. O executivo possui especializações em Fundamentos de Marketing e em Estilo de Gestão e Liderança, concluídas na Fundação Getulio Vargas. (11) 3305-9455 s A Hyva, fabricantes de componentes para caminhões e semirreboques, anunciou, no final de outubro, a nomeação do novo CEO do grupo em âmbito mundial. O francês Brice de La Morandiere é graduado em Direito pela Université Panthéon Assas Paris II e pós-graduado em Gestão Estratégica pela Université Paris Dauphine. Morandiere ocupava anteriormente a posição de CEO da Honeywell, antigo Sperian Protection Group – onde atuava desde 1997 – e já passou por empresas como a indústria europeia de embalagens Carnaud Metal Box, no cargo de vice-presidente de Finanças da divisão de embalagens para alimentos. (54) 3209-3400 s Aline Silva assumiu, no último mês de outubro, a gerência de Marketing da DB Schenker Brasil, provedora de serviços de logística internacional. Formada em Jornalismo pela Unicsul – Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduada em Comunicação e Marketing pela FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas – e com MBA em Gestão Empresarial pela BBS – Brazilian Business School, todas localizadas em São Paulo, a executiva possui mais de seis anos de experiência na área de Comunicação e Marketing. Antes da Schenker, Aline atuava na UPS do Brasil. (11) 3318-9200 s A Locar, que atua no segmento de içamentos de cargas por guindastes, anunciou, no início de novembro, a criação de duas novas gerências com foco na gestão de equipamentos e engenharia de operações. O novo cargo de gerente de Equipamentos foi preenchido pelo engenheiro mecânico Alexandre Barbosa. Formado

pela Faculdade de Engenharia de Varginha (MG) e com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (MG), Barbosa fica encarregado da gestão da quantidade e diversidade de equipamentos da Locar. Já Salim Bechuate Filho foi nomeado gerente de Engenharia de Operações. Formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal de Minas Gerais, o executivo tem como objetivo realizar o serviço de inteligência na execução das operações da empresa. (11) 3545-0500 s Marcelo Silvestre do Nascimento foi anunciado como novo Chief Financial Officer (CFO) da Aqces Logística, onde será responsável pelas áreas financeira, jurídica e de tecnologia da informação. O executivo já teve passagem por empresas como Arthur Andersen, LochpeMaxion, L’Oréal, AkzoNobel e Vitopel. Formado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG) e pós-graduado em Gestão Financeira pela Fundação Dom Cabral (MG), Nascimento ainda possui MBA em Finanças pela Fundação Instituto de Administração (FIA-USP). (11) 3296-6900 s O conselho administrativo da companhia francesa de aviação Air France aprovou, no dia 16 de novembro, a nomeação de Alexandre de Juniac para a presidência da empresa. O novo chairman e CEO, graduado em Engenharia pela École Polytechnique de Paris e em Administração pela École Nationale de L’Administration, também na França, já atuou em empresas como Thomson, Sextant Avionics, CNS Avionics e Thales, além de ter ocupado os cargos de mestre de petições e secretário-geral adjunto do Conselho de Estado Francês, consultor técnico e diretor adjunto no Departamento de Orçamento do gabinete do presidente Nicolas Sarkozy e chefe de gabinete do Ministério da Economia, Indústria e Emprego do governo francês.

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O executivo assume a posição em substituição a Jean-Cyril Spinetta, que ocupava o cargo interinamente desde 17 de outubro. (11) 3049-0900 s A Ativa Logística anunciou a contratação de cinco novos gerentes especializados em operações logísticas para atuar nas filiais da empresa de Curitiba, Uberlândia (MG), São José dos Campos, Sorocaba e São Paulo. Formado em Logística Empresarial pela Organização Paranaense de Ensino Técnico (Opet-PR) e com MBA em Gerenciamento de Serviços Logísticos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rogério Oecksler assume a gerência da filial de Curitiba. O executivo atua há 13 anos em gestão e implanta-

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ção de projetos de operações logísticas de grandes empresas do Paraná, como a UPS Solutions e a Transportadora Javali. A filial de Uberlândia recebe Rosivaldo Santana, bacharel em Administração pelo Centro Universitário do Triângulo (Unitri-MG), com mais de 15 anos de experiência profissional. Santana vem de empresas como a Transportes Atlas, onde atuou como gerente, e também desenvolveu diversos projetos para a área comercial da Brilhante. Orlando Pinto foi contratado para gerir a logística da unidade de São José dos Campos (SP). Formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista (Unip-SP) e pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Anhanguera, Orlando atua no segmento de logísti-

ca desde 1991. Ao longo de sua carreira, o executivo participou de todas as etapas de logística de empresas como a Toniato e a Braspress. Para a filial de São Paulo, a Ativa contratou Cilene Freire. Formada em Gestão Financeira pela Universidade Nove de Julho (Uninove-SP), Cilene está no mercado de logística há 15 anos e já atuou como gerente, consultora e coordenadora em empresas do ramo. Jean Fogaça assume a unidade de Sorocaba (SP). O gestor cursa Administração de Empresas pela União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp-SP) e possui vasta experiência em execução de estratégias e operações logísticas inbound e outbound, além de cross-docking, armazenagem e transporte de cargas perigosas. (11) 2902-5000

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ENTREVISTA

Jovem, porém maduro

Fotos: divulgação

No ano em que completa dez anos, o Grupo TPC comemora o lançamento e a consolidação de dois novos negócios, nos setores de Óleo, Gás e Meio Ambiente e de Logística Reversa, segmentos que estão “bombando” no País. No segundo, a empresa prepara o lançamento de um site de e-commerce, para vender os produtos retornados. Com eles, aliado ao crescimento orgânico nos outros setores atendidos, a empresa espera dobrar o faturamento atual até 2014, conforme conta com exclusividade à Tecnologística o presidente do TPC, Leonardo Barros

Tecnologística – O Grupo TPC lançou, em 2011, dois novos negócios em áreas muito distintas. Como está o desenvolvimento deles? Barros – A área de Óleo, Gás e Meio Ambiente, que foi estruturada em 2010, mas começou a operar efetivamente neste ano, já tem R$ 27 milhões em contratos fechados para 2012. É um negócio que tem uma margem bem melhor, mas que é diferenciado e exige um longo caminho para uma empresa de logística se credenciar a atendê-lo.

Estamos replicando, neste setor, toda a experiência adquirida nesses dez anos de atuação em outros segmentos. E temos, como parte do business, a resposta a emergências – daí o “meio ambiente” no nome – que irá se tornar cada vez mais relevante não apenas no Brasil, com o aumento de operações com a exploração do pré-sal, mas em todos os países que operam no setor de petróleo. Vide o recente vazamento de óleo ocorrido na Baía de Guanabara. E o gran-

de diferencial no tratamento destes acidentes é a velocidade da resposta. Então, queremos aplicar todo nosso conhecimento em logística para dar essa resposta. Todas as empresas petrolíferas têm planos de contingência, mas muitas vezes não conseguem ter agilidade para cumprí-los. É essa agilidade que iremos oferecer. Já temos uma Base de Resposta a Emergências prestes a entrar em operação no Porto de São Sebastião, no litoral paulista, e queremos replicar esse

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modelo para outros lugares da costa onde há exploração de petróleo. Hoje, temos a Petrobras como nosso maior cliente e fazemos também a logística de solventes para poços de perfuração, com 21 carretas operando e já com aumento de frota previsto. Enfim, dentro dessa área de Óleo, Gás e Meio Ambiente há várias oportunidades de negócios que queremos explorar. Nossa meta é triplicar esse faturamento até 2014. Tecnologística – E navios? Vocês não pensam em prestar também apoio a plataformas offshore? Barros – Sim, consideramos muito fazer este serviço para atender à indústria de Óleo e Gás. Hoje, porém, a dificuldade é que não há vagas para construir navios. A capacidade de atendimento dos estaleiros brasileiros é inferior à demanda e a lei não permite trazer embarcações estrangeiras; há várias restrições. E, com o pré-sal, a demanda vai aumentar ainda mais. Acho que o governo deveria estudar a flexibilização dessas regras de contratação de navios enquanto a indústria naval nacional não aumenta sua oferta, o que não ocorrerá rapidamente, pois é complicado montar um estaleiro. Mas esta área offshore está em nosso radar.

“Até 2014, pretendemos triplicar o faturamento dos novos segmentos de Óleo, Gás e Meio Ambiente e de Logística Reversa” não estão preparados para atender a essa logística reversa e o que acaba ocorrendo é que um item que está bom, que poderia ser reutilizado, acaba virando sucata por falta de um tratamento reverso adequado. Nosso papel é receber de volta esse produto, fazer a triagem e encaminhálo ao canal de vendas adequado, que é diferente para cada item. Se ele estiver OK, vai para revenda normal como um produto zero-quilômetro; se estiver com a caixa rasgada ou avariada, que chamamos de Open-Box, mesmo estando zero, é vendido em outro canal de distribuição. E itens que estão avariados vão para assistência técnica. Nós fazemos toda essa triagem e encaminhamento para o cliente. E desenvolvemos um site, o Reversashop, onde colocamos de volta no

mercado esses produtos que retornaram de clientes da logística reversa. Eles ficam em consignação, são vendidos e nós somos remunerados por parte dessa venda. (leia mais sobre a Reversa Soluções Logísticas na matéria sobre o e-commerce, nesta edição) E temos um plano de tudo isso estar sob uma nova plataforma de ecommerce, que estará integrada a todos os nossos sistemas. Ela vai ao ar em 2012 e será uma plataforma mais ágil, que dará maior velocidade de disponibilização de itens, com mais ofertas diárias. Tecnologística – De quanto é o faturamento da logística reversa? Barros – Nesse segmento esperamos um faturamento, em 2012, da ordem de R$ 16 milhões, com planos de triplicar este número até 2014. Então, hoje, estes dois novos business estão entre nossos principais focos. São os dois negócios que inauguramos em 2011 e que vão se consolidar no próximo ano. Fora o crescimento normal de contratos que já temos no Grupo TPC, dentre os vários segmentos que atendemos. Tecnologística – E, na Logística Reversa, vocês têm interesse de atender a outros segmentos também?

Tecnologística – E com relação ao negócio de logística reversa? Barros – Em 2011, criamos também essa outra empresa, a Reversa Soluções Logísticas, com o conceito de atender à logística reversa, inicialmente voltada ao varejo eletrônico e ao segmento de eletroeletrônicos. E já temos grandes clientes do e-commerce trabalhando conosco, como Walmart e Eletroshop, bem como players de telecomunicações, como a Claro, por exemplo. Essa empresa funciona em Jundiaí (SP). Existe um percentual dos produtos do varejo eletrônico que retorna, por vários motivos. Os canais de vendas Dezembro/2011 - Revista Tecnologística - 41

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ENTREVISTA

Grupo está presente em 15 estados brasileiros

O

Grupo TPC foi fundado em 2001, em Salvador, e começou suas atividades como operador portuário, acrescentando, posteriormente, outras áreas e serviços a seu portfólio. Hoje, o Grupo conta com 3.300 funcionários e está presente em 15 estados brasileiros, com operações em áreas diversificadas como portuária, aeroportuária, desembaraço aduaneiro, armazenagem em unidades próprias ou de terceiros (in-house), além de transporte multimodal, distribuição, transferência e milk run – com frota própria e terceirizada, além de serviços especiais para o setor de Óleo, Gás e Meio Ambiente. A holding agrega cinco empresas: Pronto Express (operador

Barros – Sem dúvida. Agora, com a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos (LNRS), este é um caminho natural. Vamos replicar esse conceito nos setores de health care e de personal care, que também precisarão de um plano de logística reversa. Já estamos começando a fazer. O atendimento ao comércio eletrônico foi apenas o pontapé inicial, visando aproveitar o crescimento do setor. Tecnologística – Cada vez mais as empresas precisarão de um parceiro especialista nesta área, não é? Barros – Exatamente, porque não estão preparadas para isso. Como aconteceu na logística direta, elas passarão a atividade para um parceiro especialista. Para cada tipo de produto existe uma destinação específica e há empresas, hoje, se preparando para receber estes itens, o que antes não havia. São

logístico e aeroportuário); Cosmo Express (logística aeroportuária); C.Port (instalação portuária de uso privativo), Central de Soluções Logísticas (locação de armazéns para prestação de serviços logísticos) e Reversa Soluções Logísticas (logística reversa). A empresa tem hoje 41 filiais pelo País e opera 15 centros de distribuição, sendo três no Sudeste (SP, MG e ES); quatro no Nordeste (BA, SE, AL e PE); quatro do Centro-Oeste (DF, GO, MS e MT), três no Norte (PA, AC e RO) e um no Rio Grande do Sul. Os principais setores atendidos pela empresa são o automotivo, de telecomunicações, aeroportuário, per sonal care, saúde, e-commerce,

manufatura, agronegócios, petroquímico e logística reversa. A empresa operou, em 2010, um total de 3,9 milhões de toneladas, tendo faturado R$ 230 milhões, número que deve subir para R$ 250 milhões em 2011. 

novas atividades que serão impulsionadas pela LNRS. E as exigências só tendem a aumentar. Quando fazemos propostas para os clientes, já incluímos a sustentabilidade, como redução de CO2 nas operações, utilização de biocombustível no transporte e edifícios verdes, por exemplo. Os grandes clientes já estão exigindo e a tendência é isso passar para toda a cadeia. Acredito que a logística reversa, com o tempo, deixará de ser vista como um custo para passar a fazer parte da cadeia de suprimentos e, inclusive, gerar valor.

o Terminal Portuário Cotegipe, do Grupo M Dias Branco. É um terminal privativo na Baía de Aratu inaugurado em 2005 e ampliado em 2010, recebendo dragagem e novos equipamentos que o capacitaram a receber navios Panamax. Agora, está sendo concluída a instalação de mais sete silos verticais para 18 mil toneladas. Quanto aos aeroportos a situação tem que melhorar. Temos várias operações nesse setor, como o transporte de pessoas no aeroporto de Salvador, através de outra empresa do Grupo, a Cosmo Express. E operamos também o terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Há essa perspectiva de terceirização dos terminais de carga, os TECAs, hoje sob comando da Infraero. Acredito que a concessão para a iniciativa privada será um grande impulso para o setor aeroportuário, gerando mais receita pelo au-

Tecnologística – Outros setores em que o TPC atua também irão demandar bastante nos próximos anos, como o portuário e o aeroportuário. Vocês também têm planos para eles? Barros – Sim, no setor portuário temos o C. Port, uma parceria com

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mento de eficiência operacional. Temos conversado com alguns players interessados neste setor – que não posso revelar quem são – para explorar esse drive de logística dentro dos aeroportos. Tecnologística – Quanto o Grupo investiu nesses dois novos negócios? Os recursos foram próprios? Barros – Essas novas áreas exigiram investimentos de R$ 7 milhões, com recursos próprios. Nosso crescimento, até hoje, foi alavancado com capital próprio. Tecnologística – Vocês não pensam em fazer captação externa, ou abrir capital na Bolsa? Barros – Não; a empresa é ainda jovem. Mas apesar de não ter capi-

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tal externo, já vimos trabalhando há muito tempo a questão da governança. Temos investido tempo, pessoas e recursos para criar a cultura de governança dentro do TPC. Acho que temos tido sucesso em relação a isso. Mas não há plano de curto prazo para abertura de capital. Tecnologística – Uma questão da qual não podemos fugir no cenário atual da logística é a da consolidação. Vocês pensam em adquirir empresas? Fizeram já alguma aquisição ao longo desses dez anos? Barros – Na verdade, adquirimos três empresas em 2003, logo no início, quando fundamos o Grupo TPC. Começamos como operadores portuários e decidimos comprar essas três empre-

sas, que atuavam na logística geral, para abrirmos o leque de serviços. Foram as únicas aquisições. Depois disso, criamos novos negócios, mas sempre do zero. Quanto a novas aquisições, estamos atentos à movimentação intensa que vem ocorrendo no mercado, mas, se você me perguntar se temos alguma empresa na mira, direi que não. Se surgir alguma oportunidade interessante, claro que vamos estudar, seja dentro das áreas em que já atuamos ou algum negócio novo que queiramos atender. Tecnologística – O TCP está atingindo um porte que brincamos ser tamanho certo para ser comprado. Vocês têm sido assediados?

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Barros – Temos sido sim; o mercado, como já disse, está em forte consolidação e movendo-se para todo lado. Não estamos fechados nem à compra, nem à venda. Estamos atentos a essa possibilidade, mas também não temos nada planejado. Estar no nível médio é a fase mais difícil. Em 2011, o Grupo TPC completa dez anos e nos consideramos jovens. Atuamos em alguns nichos específicos de mercado, todos atendendo a grandes clientes, e em cada um deles há um executivo especialista dedicado. Acreditamos na especialização; temos que ser melhores e mais competitivos nesses mercados atendidos. Pulverizar demais não dá certo. E, ao mesmo tempo, não ficamos presos a um só setor, o que também é perigoso. Em 2009, traçamos um plano estratégico definindo os setores-alvo e estamos seguindo o planejado. Acho que este é um bom caminho. E estamos sempre analisando como estará o mercado daqui a alguns anos, para poder nos preparar. Tecnologística – Já existe alguma área nova em vista? Barros – Não. Temos de consolidar essas duas, de Óleo, Gás e Meio Ambiente e de Logística Reversa. Apenas nelas, estamos falando de quase R$ 100 milhões a mais de faturamento em três anos. Tecnologística – Como o senhor analisa o atual cenário econômico internacional? Acha que a crise vai afetar o Brasil? Barros – O Brasil está crescendo. A crise não o está afetando e acho que não vai afetar em 2012. O que sentimos, aqui de dentro do negócio, é que existe um apagão de mão de obra. Na logística, estamos sentindo muito este problema, até porque temos limitações

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de remuneração, por conta das margens estreitas, e acabamos perdendo gente para outros setores. A boa notícia é que há mais pessoas consumindo, como as das classes C e D que passaram a comprar mais. Isso gera mais negócios, a entrada de novos produtos no mercado, para atender à demanda dessas pessoas, e traz também o aumento da diversidade de canais de distribuição. É um cenário muito favorável ao nosso negócio. Tecnologística – Que medidas vocês estão tomando para fazer frente a este apagão de mão de obra? Barros – Temos, hoje, três mil funcionários e estamos investindo muito, internamente, em qualificação de mão de obra. Há diversos exemplos, aqui, de pessoas que começaram como estagiários e hoje têm cargos relevantes. Aquela coisa de feito em casa mesmo. E temos, lógico, que buscar gente no mercado, mas olhando para o nosso pessoal também. É o caminho que temos seguido. Em 2012, vamos inaugurar uma área de treinamento à distância, a Plataforma EAD, que estamos montando junto à nossa área de TI. O Brasil é enorme e temos estrutura em 15 estados. Então, vamos utilizar essa ferramenta para facilitar e unificar o treinamento de Norte a Sul. Queremos reter talentos. Eu digo sempre que a empresa é feita de pessoas. Se você perde gente, perde seu principal ativo e competitividade. Este trabalho está dando ótimos resultados, porque neste ano o turn over diminuiu muito. Mas não podemos parar. E, por conta dessa dificuldade com a mão de obra e diante do crescimento esperado, começamos a planejar, para os próximos anos, investir pesadamente em automação nos centros de distribuição. Acreditamos que nossa produtividade vai aumentar e vamos conseguir contornar parte do

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manter esse patamar de crescimento em 2012. E, até 2014, pretendemos dobrar nosso faturamento, chegando a R$ 500 milhões. Iremos investir, no próximo ano, em nosso crescimento orgânico, cerca de R$ 6 milhões. Caso surjam novos negócios ou aquisições, exigirão mais recursos.

problema com isso. Porque a questão não é somente a falta de mão de obra; é seu custo, que tem aumentado também. Temos projeto, no médio prazo, de consolidar boa parte das nossas operações num CD próprio, em São Paulo, que funcionaria como um hub, e nele pretendemos aplicar bastante a automação, com linhas de separação automáticas, sorters, coisas assim. Alguns setores com os quais trabalhamos são mais intensivos em picking e packing, que demandam muito manuseio. Já operamos linhas automatizadas nos CDs de alguns clientes e vimos que os ganhos de produtividade e redução de erros são imensos. Hoje, o custo ainda é muito alto, mas acreditamos que vai cair com essa crise do euro, porque a maioria dos sistemas é europeia. E talvez, futuramente, possamos ter uma linha de crédito para isso também, como um Finame, o que ainda não existe para esse tipo de equipamento. Então, a automação está em nosso radar, mas não vai acontecer imediatamente. Tecnologística – Existe também foco especial em alguma região específica do País?

Barros – A princípio, temos interesse em todas as regiões. Mas somos nordestinos. Nossa matriz está em Salvador; somos uma empresa baiana que cresceu em todo o País. Por isso, e também pela evolução apresentada, apostamos mais no Nordeste, que acreditamos ter grandes oportunidades de desenvolvimento, principalmente no setor portuário. Até porque a maior massa de população mais pobre está na região, e são justamente essas pessoas que estão ascendendo; é nessa faixa que o consumo, proporcionalmente, aumenta mais. Há grandes movimentos acontecendo lá. Em outubro passado inauguramos uma nova filial em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, com investimentos de R$ 3 milhões. Não que as outras regiões não tenham boas perspectivas também, mas acredito que o crescimento no Nordeste será mais acentuado. Tecnologística – Quais são os investimentos previstos para os próximos anos e quanto a empresa espera crescer? Barros – Este ano, devemos faturar R$ 250 milhões, um aumento de 15% em relação a 2010, e deveremos

Tecnologística – Na sua opinião, a criação da SEP tem ajudado a alavancar o setor portuário? Barros – A Secretaria Especial de Portos é um órgão público e tem as limitações do poder público. Talvez eles tenham boas ideias, boas intenções, mas não conseguem implementar na velocidade que o Brasil precisa. Os terminais privativos, em contrapartida, estão sendo implementados muito mais rapidamente e estão ajudando a desenvolver a economia. Acredito que o caminho seja a iniciativa privada passar a operar e o governo ficar apenas como regulador. Porque a velocidade dele é uma e a das empresas é outra, muito maior. Por isso, acho que as Parcerias PúblicoPrivadas, as PPPs, vão crescer em nosso setor. Dessa forma, se transfere a iniciativa ao capital privado, que tem maior capacidade de investimento e de captação de recursos. Não fosse por isso, não teríamos nenhum dos estádios da Copa do Mundo prontos até 2014. O Brasil está crescendo e vai crescer mais, e o PAC não aconteceu na velocidade esperada. E para continuar crescendo no longo prazo, temos que continuar investindo em portos, ferrovias, aeroportos e no incremento de novos modais. Talvez as PPPs sejam o melhor caminho para sustentar o investimento na logística e em outros setores.  Silvia Marino

Grupo TPC: (11) 3572-1700

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Divulgação

E-COMMERCE

Prevenir para não remediar Dispostos a auxiliar seus clientes de e-commerce a enfrentar a maratona de final de ano, muitos operadores logísticos traçaram planos estratégicos com antecedência, reforçaram suas equipes e infraestrutura. O objetivo é evitar os problemas vivenciados por algumas empresas desse setor em 2010, quando atrasos na entrega dos produtos frustraram as expectativas dos consumidores, gerando reclamações e danos à imagem das companhias

É

sempre assim. Nos dois meses que antecedem as festas de Natal e Ano Novo os centros comerciais são invadidos por hordas de pessoas enlouquecidas e ávidas em comprar presentes, ingredientes para as ceias, enfeites e demais artigos característicos desse período. A boa notícia é que, a cada ano, também aumenta o número de consumidores que preferem não engrossar o tumulto das lojas lota-

das nem o caos no trânsito, e optam por realizar suas compras – ou pelo menos uma parte delas – de forma mais tranquila, por meio da Internet. No Brasil, o comércio eletrônico iniciou suas atividades em 2000 e desde então vem registrando crescimento da ordem de 30% ao ano. “O País segue os passos do e-commerce americano, que funciona como um espelho para o setor”, destaca Cris Rother, diretora da unidade de Ne-

gócios da e-bit – Empresa de Inteligência de Comércio Eletrônico. Segundo a executiva, 2006 foi o ano em que o setor registrou a maior taxa de crescimento: 76%, sendo que nos anos subsequentes o desempenho tem se mantido em escala ascendente, ainda que em menor grau, mas comprovando que o brasileiro está perdendo o medo de usar esse canal e cada vez mais se deixa seduzir não apenas pela facilidade e co-

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No Brasil, o e-commerce vem registrando crescimento anual da ordem de 30% modidade propiciadas pelo comércio eletrônico, como também pela variedade das formas de pagamento e a possibilidade de parcelar as compras em número maior de vezes do que o oferecido pelo varejo convencional. “Outro benefício é a quebra das barreiras geográficas – é possível adquirir produtos de outras cidades e estados do País e do exterior –, e ainda utilizar ferramentas que permitem comparar preços e buscar a melhor oferta”, acrescenta Cris. Trata-se de um movimento sem volta, como confirmam os dados coletados pela 24ª edição do Webshoppers – estudo realizado semestralmente pela e-bit, com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e da Ecommerce School. A

estimativa é de que o setor de e-commerce fechará 2011 com faturamento da ordem de R$ 18,7 bilhões, superando em 26% o obtido no exercício anterior (veja gráfico 1). Apenas no segundo semestre, quando historicamente são realizadas 55% das vendas anuais em razão do maior número de datas comemorativas, como Dia dos Pais, Dia da Criança e as festas de final de ano, espera-se que o setor fature algo próximo a R$ 10,3 bilhões. Em 2010, somente na época do Natal, que dentre as datas sazonais é a mais relevante, foram faturados R$ 2,2 bilhões em vendas. Da parte dos operadores logísticos, parceiros imprescindíveis das empresas de comércio eletrônico, as projeções somente para os meses de novembro e dezembro de 2011 apontam para um crescimento médio de 30% a 40% em comparação ao restante do ano, e de cerca de 30% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. Para darem conta do desafio, muitas dessas empresas decidiram se preparar com antecedência, como

Evolução do faturamento (em bilhões) * previsão R$ 18,7*

R$ 14,8

R$ 10,6 R$ 8,2 Fonte: e-bit Informação

R$ 6,3

2007

2008

2009

2010

Gráfico 1: Estudo comprova o crescimento do setor ao longo dos anos

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Hudson: plano de operação foi iniciado em julho deste ano

foi o caso da JadLog, que começou a montar um plano de operação em julho. “Uma das medidas foi suspender as férias dos funcionários no período que antecede as festas e contratar temporários, correspondendo de 10% a 15% do quadro”, destaca Ronan Hudson, diretor Comercial da JadLog. Para garantir a entrega dos produtos e atender à demanda adicional esperada para os dois últimos meses do ano, a empresa, que já conta com uma frota própria composta por 31 aviões, 440 caminhões e carretas e 1.600 vans e utilitários, além dos 1.600 veículos da sua rede de franqueadas, contratou uma frota agregada de mais 60 veículos. “Esse esquema já foi testado na prática recentemente, no período em que os Correios estiveram em greve, que durou cerca de 28 dias, servindo para comprovar que estamos preparados para enfrentar o aumento do movimento no final de ano”, reforça Hudson. De forma geral, o volume de entregas da empresa é de aproximadamente sete milhões de produtos ao ano e a preDezembro/2011 - Revista Tecnologística - 49

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E-COMMERCE

Mesmo trabalhando de forma proativa com os clientes, podem ocorrer situações imprevistas, como o aumento da demanda em algumas regiões visão apenas para os meses de novembro e dezembro é de 1,5 milhão. Atualmente, a JadLog atende a 150 empresas de e-commerce, dentre as quais se incluem Submarino, Saraiva, Shoptime, Walmart, Polishop, Ricardo Eletro e Columbus, entre outras. Esse segmento representa 22% do total da sua carteira, composta por cerca de 35 mil clientes. Com relação aos problemas enfrentados por algumas empresas de e-commerce, referentes aos atrasos nas entregas dos produtos, ocorri-

dos em 2010, Hudson garante que a JadLog não teve nenhum contratempo. “Além de cumprirmos nossa quota, ainda socorremos alguns clientes que nos pediram ajuda para assumir parte da distribuição das mercadorias”, enfatiza o executivo. Na sua avaliação, os atrasos ocorreram porque muitos comerciantes, na ânsia de faturar mais nesse período, acabaram assumindo compromissos acima da capacidade de atendimento. “Com as grandes companhias do e-commerce, entre os quais se incluem os varejistas que possuem também lojas físicas, isso não costuma acontecer porque são bastante cuidadosas quanto a essa questão. De nossa parte, tudo é negociado com os clientes. Eles nos dão as previsões de vendas e nós analisamos o quanto será possível absorver da operação. Tudo é muito bem planejado e não temos surpresas”, assegura Hudson. Em 2011, apenas em tecnologia, a JadLog investiu mais de R$ 5 milhões, o que resultou na implantação de duas soluções na sua rede

Evolução do número de e-consumidores (em milhões) * previsão

*32 23

17,6 13,2

Fonte: e-bit Informação

9,5

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Gráfico 2: A quantidade de e-consumidores praticamente dobrou em dois anos

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franqueada, composta por cerca de 500 empresas. A primeira delas, que deverá estar operacional em toda a rede até o final deste ano, é uma ferramenta que permitirá disponibilizar para o cliente uma cópia escaneada da assinatura do consumidor, atestando que o produto foi entregue. A outra solução possibilitará ao entregador dar baixa no sistema da empresa, por meio do celular, no momento da entrega. Esse sistema será implantado em todas as franqueadas até o primeiro trimestre de 2012.

Planejamento conjunto Trabalhar de forma proativa com os clientes é mandatório para atender ao segmento de e-commerce, mas sempre podem ocorrer imprevistos, segundo avalia Cristiano Baran, diretor-executivo da Luft Logistics. Apesar de a empresa não realizar as entregas para o consumidor final, limitando-se a responder pela estocagem e preparação dos produtos para o transporte, que é feito por outras empresas, a Luft, que tem em seu rol de clientes de e-commerce empresas como a Saraiva, Carrefour, Fnac e Walmart, passou alguns apertos em 2010. “Naquele ano houve uma demanda maior do que a esperada, até porque 2009 foi muito tranquilo, e por isso tivemos problemas para contratar mão de obra especializada”, confessa Baran. Segundo o executivo, os clientes haviam passado uma previsão de vendas factível, mas a dificuldade foi encontrar pessoal qualificado adicional para atender a essa demanda. “Por conta disso, sofremos alguns atrasos e a nossa equipe interna teve que se desdobrar para dar conta do recado”, ressalta. Para prevenir que a situação não se repita este ano, a Luft, que estima um crescimento da ordem de

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Monteiro: crescimento do canal virtual obriga as empresas a reorganizações diárias

40% do volume estocado e de mais de 60% na movimentação das mercadorias, em comparação aos outros meses do ano, começou a contratar e a treinar, já no final de setembro, uma força de trabalho adicional de cerca de 20% do quadro, que poderá ser absorvida e realocada para outras áreas da empresa em 2012. “Vamos encerrar 2011 com 78% de crescimento do faturamento, só na divisão de varejo e e-commerce, e para 2012 já fechamos contratos que nos garantirão um crescimento de 75% so-

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bre 2011”, comemora Baran, completando que a empresa acabou de conquistar mais um cliente de comércio eletrônico, cuja operação começará em janeiro próximo. Na avaliação do executivo, o setor deverá continuar crescendo por mais cinco anos, de forma menos acelerada do que se verifica atualmente, mas ainda bem acima de outros segmentos. “Apenas em 2011 aumentamos 30 mil m² de área de armazenagem em função dos clientes de e-commerce”, destaca. E, para o final deste ano, a Luft contratou mais dois CDs na região de Barueri (na Grande São Paulo), onde atua, e abriu mais uma portaria nos armazéns para aumentar em 30% a entrada e saída de veículos, agilizando as operações. “O maior volume das compras ocorre no período entre 20 de novembro e 20 de dezembro, quando as pessoas recebem, respectivamente, a 1ª e a 2ª parcelas do 13º salário. Não dá para dizer que não haverá surpresas, mas a Luft trabalha de forma proativa com seus clientes para que isso não aconteça. Nesse período, enlouquecemos mesmo porque a demanda cresce e há prazo específico para o atendimento, já que o presente de

Natal não pode chegar no dia 26 de dezembro. Por isso as empresas de e-commerce têm que trabalhar em parceria com o operador logístico, de maneira a verificar a capacidade deste atender a sua demanda e fazer o melhor planejamento e dimensionamento das operações. Esse é um ponto crucial para evitar problemas”, enfatiza Baran. Para Marcos Monteiro, CEO da Total Express, apesar de a maioria das empresas que atuam no comércio eletrônico serem varejistas tradicionais – e, portanto, bastante experientes –, a taxa de crescimento do canal virtual é vigorosa a ponto de obrigá-las a reorganizações diárias. “Elas não têm tempo de depreciar os ativos, amadurecer processos e planejar com tranquilidade. Por isso recebemos dos nossos clientes todos os tipos de previsões de vendas para esse período do ano, das mais acertivas até as totalmente fora da realidade. Para atendê-las da melhor forma, fazemos nossas próprias previsões, que se baseiam nos nossos 18 anos de atuação no mercado, o que tem dado certo”, destaca o executivo.

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E-COMMERCE

Em 2010, a Total Express enfrentou problemas referentes à transferência aérea das mercadorias, por isso este ano optou por desenvolver novos parceiros como alternativa. Outras iniciativas foram a contratação de mão de obra adicional – foram abertas 170 vagas operacionais –, e de três locadoras de veículos de cargas leves que irão engrossar a frota com mais cem furgões, sem contar os investimentos em uma linha de indução automática, que trará um ganho de 40% na capacidade de processamento, e em novos equipamentos de armazenagem e movimentação, além da entrada em operação das filiais de Goiânia, Vitória, São José do Rio Preto (SP) e Recife. No total, os recursos investidos na operação somaram R$ 4,5 milhões. No final de novembro, foi anunciada a aquisição da Total Express pela DGB (Distribuição Geográfica do Brasil), holding de logística e distribuição do grupo Abril (leia mais sobre aquisição no box).

Prêmios e bônus De acordo com Monteiro, a empresa atende, atualmente, a 140 cli-

Bolzani Neto: otimismo e preparo para suportar eventuais surpresas de final de ano

Mais cem furgões irão engrossar a frota da empresa para atender ao e-commerce

entes da área de e-commerce, entre os quais estão Walmart, Saraiva, Netshoes, Americanas, Sack´s, Submarino e Compra Fácil. “Este ano, nossa base de clientes aumentou em mais de 30% em relação a 2010. O segmento vive um ótimo momento no Brasil, o que nos levou a grandes investimentos, além dos sites que nascem todos os dias”, completa o CEO. Para motivar seus colaboradores a incrementar a produtividade, a Total Express decidiu sortear dois carros zero-quilômetro e quatro motocicletas. Todos os funcionários dos setores que alcançarem as metas diárias de produtividade receberão um cupom para concorrer aos prêmios. Incentivo semelhante foi adotado pela TCI BPO. “Nesta época do ano, um dos problemas mais comuns, além dos atrasos na entrega e a falta de transportes, é a fuga de mão de obra para trabalhos temporários. Para mitigar este risco, contratamos 60 pessoas, o que permitiu criar mais turnos de trabalho, garantindo o rece-

bimento das mercadorias a qualquer hora. Além disso, daremos bônus de produtividade para que os nossos colaboradores deem aquele gás a mais no período, além de ser uma forma de retê-los na empresa”, explica Antonio Bolzani Neto, vice-presidente da Unidade de Negócios SCO (Gestão de Logística) da TCI BPO. Com relação ao transporte, o executivo destaca que a solução encontrada foi a criação e implantação de uma Central de Fretes, que permite gerenciar todas as transportadoras parceiras, o que assegurará a frota necessária para alcançar o bom desempenho da empresa no final do ano, além da utilização de roteirizadores e monitoramento das cargas até a entrega ao cliente final. A empresa espera um crescimento em torno de 25% em relação ao registrado no ano passado, correspondendo à movimentação de 145 mil produtos/mês no período das festas. “Com base nessa expectativa, fizemos investimentos da ordem de R$ 400 mil em

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pessoas, tecnologia e equipamentos. Estamos preparados e otimistas com a capacidade de ação da TCI para suportar eventuais surpresas de final de ano, uma vez que atender a períodos sazonais é uma das nossas principais características”, enfatiza Bolzani.

Especializada na distribuição fracionada para o e-commerce e detendo cerca de 30% do mercado nacional de entregas, a Direct Express Logística Integrada atende a cerca de 40 clientes desse segmento, que representam 70% da sua movimentação.

Seu diretor Comercial, Luiz Henrique Nascimento, explica que a demanda costuma aumentar não só nos meses de novembro e dezembro, quando são feitas as compras para as festas, como também em janeiro, em virtude da devolução ou troca dos produtos.

Natal em janeiro

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m média, de 4% a 7% dos produtos que são adquiridos em lojas virtuais acabam sendo devolvidos, e como no final de ano o volume de vendas costuma ser maior, o mês de janeiro promete ser bastante promissor para a Reversa Soluções Logísticas. Pertencente ao Grupo TPC, a empresa é especializada em logística reversa para o segmento de comércio eletrônico, respondendo pelo transporte, triagem, testes, armazenagem e também pela comercialização de produtos classificados como OpenBox – termo em inglês empregado para produtos novos que são devolvidos pelos compradores para as lojas virtuais sem terem sido utilizados (daí a classificação como “caixa aberta”). “O nosso Natal, na verdade, será em janeiro, porque o volume de devoluções costuma ser maior nessa época. Muita gente acaba comprando por impulso, ou por comodidade, ou mesmo se decepciona porque não viu o produto fisicamente, e o devolve para a loja, já que pelo Código de Defesa do Consumidor este tem até sete dias para desistir da compra”, explica Luís Fernando Martinez, diretor da Reversa. Essas mercadorias devolvidas podem ser adquiridas por qualquer interessado por meio do portal Reversashop – o site de comércio ele-

trônico da Reversa, que entrou em operação em abril deste ano e que foi criado com base no modelo de negócios da norte-americana Best Buy. “Nos EUA, essa prática é tida como uma ação sustentável e por isso a aceitação desses produtos é grande, sendo adquiridos pelos mesmos valores dos novos. No Brasil, trata-se de um nicho de mercado ainda a ser explorado e por isso estamos oferecemos essas mercadorias com preços, em média, 50% inferiores aos valores originais”. A proposta da empresa é possibilitar ao varejista recuperar a receita com o estoque de produtos retornados que até então, na maioria dos casos, eram vendidos como sucata, a 20% do valor médio de venda. “Ao revendermos essas mercadorias, transformamos esses 20% em 60%, sendo que 40% são devolvidos para o varejista e 20% ficam para a operação”, detalha Martinez. Mesmo não tendo sido usados, todos os produtos são testados pela Reversa antes de serem comercializados. No portal de e-commerce da empresa também são oferecidos produtos obsoletos e recondicionados. A expectativa para os meses de novembro a janeiro é de um incremento de 40% das vendas em comparação aos demais meses do ano. Por conta disso, a Reversa

Martinez: venda de produtos Open-Box é novo nicho a ser explorado no País

contratou mais quatro transportadoras, além das seis com as quais trabalha normalmente, e reforçou a equipe com mais 15% de profissionais temporários. Hoje, a empresa conta com um CD de 5.000 m², com capacidade para 5.000 posições-palete e 3.500 posições BIN. Os investimentos somaram R$ 1,5 milhão na montagem do CD e customização do WMS e demais sistemas da empresa. Os planos para 2012 incluem a abertura de um segundo CD, em região ainda a ser determinada. Atualmente, o portal de vendas da empresa comercializa eletrodomésticos, linha branca, informática e produtos mais procurados e de maior valor agregado. 

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Por conta disso, a empresa aumentou 20% do quadro de colaboradores e reforçou a frota com mais 115 furgões, totalizando 600 veículos nas unidades próprias e mais de mil nos parceiros homologados terceirizados. “O aumento das compras pela Internet tem sido explosivo nos últimos cinco anos e a Direct tem se saído muito bem. Para este final de ano, começamos a trabalhar em setembro junto aos nossos clientes para atualizar as expectativas em termos de volumes, que deverão ser 50% maiores que o registrado no mesmo período do ano passado”, informa Nascimento. Para suportar esse crescimento das operações e visualizando os próximos anos, a empresa investiu R$ 15 milhões. De acordo com o executivo, um dos problemas recorrentes no ecommerce, independentemente da época do ano, é a dificuldade de efetivar a entrega na casa do consumidor por falta de uma pessoa para receber o produto, e também porque costumam ser fornecidos endereços incompletos ou errados. “São fatores que impactam no prazo final das entregas. Como temos uma

escala de um milhão de entregas mensais, criamos mecanismos para diminuir os impactos negativos”, salienta Nascimento. Ele explica que, por meio da tecnologia WAP, inserida nos rádios de comunicação, cada entregador da Direct tem como registrar em tempo real se o destinatário está ausente, e essa informação é acessada, pela web, por um dos operadores do call center da empresa, que imediatamente telefona para aquele consumidor, possibilitando, em muitos casos, a entrega naquele mesmo dia. Segundo Nascimento, a meta da Direct é se consolidar como o maior operador logístico de entregas do e-commerce nacional, e também captar mercadorias em pequenos embarcadores, oferecendo a estes os serviços de encomendas expressas e fracionadas, tanto no B2C (business to consumer) quanto no B2B (business to business). Com relação à Tegma Gestão Logística, que adquiriu 80% do capital da Direct em março deste ano, o executivo salienta que a união de forças está sendo muito positiva, contribuindo para fazer frente aos desafios do mercado. “A solidez da Tegma garante a perenidade da Direct, disponibilizando maiores recursos para que possamos acompanhar o crescimento da área de e-commerce e oferecer serviços de qualidade”, conclui.

Presente e futuro

Pastorello: 97% de eficiência mesmo durante a greve dos Correios

Posicionar-se entre os melhores players que atendem as empresas de comércio eletrônico também é o objetivo pretendido pela TGestiona, pertencente ao Grupo Telefônica. “Temos dois focos principais e bem definidos: a logística reversa e a alta capilaridade para distribuição de produtos porta a porta e e-commerDezembro/2011 - Revista Tecnologística - 55

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E-COMMERCE

ce”, afirma Maurício Pastorello, que assumiu há pouco tempo a Diretoria de Logística da empresa. No segmento de comércio eletrônico, o principal cliente é a Vivo, mas a meta da TGestiona é ampliar a carteira nos próximos anos e diversificar a atuação. Para isso, estão sendo investidos anualmente cerca de R$ 5 milhões em novas tecnologias e processos. “Em 2012, deveremos investir mais do que esse montante se for necessário para nos destacar nesses novos mercados”, adianta o executivo. Vários passos nesse sentido já foram dados, segundo Pastorello: “Todos os processos são certificados pela ISO e muitos foram recertificados, o que é um diferencial importante”. A empresa também conta com forte aparato tecnológico composto por sistemas como ERP (gestão da empresa), WMS (gestão de armazéns) e TMS (gestão de transportes), entre outros totalmente integrados, além de call center com 54 posições de atendimento e sistema que envia torpedos para os celulares dos consumidores, informando cada passo da operação, desde o pedido até a entrega efetiva. “Só no Estado de São Paulo contamos com 20 hubs, que serão 40 até o final do ano, além dos 15 hubs espalhados pelo País”, salienta o diretor. Segundo José Wilson de Oliveira, gerente de Transporte e Distribuição da TGestiona, a empresa conta com uma frota terceirizada de 523 veículos e com uma equipe interna de 762 funcionários e mais 785 colaboradores terceirizados. Anualmente, são feitas dois milhões de entregas. “Menos de 5% desse volume é entregue via Correios e o nosso objetivo é zerar essa dependência”, revela. Pastorello lembra que esse é outro fator de sucesso: “Mesmo durante a greve dos Correios não deixamos de fazer uma entrega sequer e atingimos

Grupo Abril se posiciona para atender ao e-commerce DGB, holding de logística e distribuição do Grupo, adquire a Total Express e lança a Entrega Fácil, também voltada ao atendimento do comércio eletrônico

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m novembro, o Grupo Abril, por meio de sua holding de logística e distribuição DGB (Distribuição Geográfica do Brasil), anunciou dois movimentos que a capacitam a se tornar um dos principais players

do setor de encomendas expressas e projetos logísticos, com ênfase no atendimento ao mercado eletrônico. No dia 18, foi anunciada a compra da Total Express e, no dia 21, foi a vez do lançamento oficial da

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Entrega Fácil, nova empresa voltada para pequenas encomendas e que, num primeiro momento, também será focada no atendimento ao e-commerce. A Total Express atua há 18 anos no mercado de entregas expressas de pequenos volumes, tendo 140 clientes em sua carteira, dentre eles as principais empresas do varejo eletrônico (veja mais sobre a empresa na matéria principal). A aquisição, cujos valores não foram divulgados, foi de 90%, ficando os 10% restantes com Marcos Monteiro, um dos fundadores e CEO da Total Express. Com as duas empresas, a DGB pretende ampliar sua participação no segmento de distribuição, utilizando a estrutura que já possui para a entrega de revistas e outros impressos para o atendimento ao mercado de pequenas encomendas. Esta estrutura conta com 233 distribuidores e filiais espalhados pelo País, tendo como diferencial a presença, além das capitais, também no interior dos estados,

atendendo a 2.500 municípios com frequência de mais de duas vezes por semana. “Esta capilaridade será um grande diferencial, pois a maioria das empresas que atendem ao varejo eletrônico tem pouca presença no interior. E, além da capilaridade, temos também qualidade, pois a entrega de revistas já exige o cumprimento estrito dos prazos”, diz Alexandre Felix, diretor da Entrega Fácil. Atualmente, a DGB faz 450 mil entregas/dia na área de publicações e catálogos, em operações porta a porta. Até o final de 2012, a previsão é somar a essa quantia 200 mil entregas/dia a serem realizadas pela Total Express e pela Entrega Fácil. A DGB espera um faturamento de R$ 600 milhões no próximo ano, dos quais 25% virão das operações de entrega de pequenas encomendas. Isto representará um crescimento de 80% em relação a 2011. Embora não divulgue os valores envolvidos na compra da Total Express, a empresa informa que investiu mais de R$ 10 milhões na estruturação da Entrega Fácil e R$ 30 milhões na ampliação do seu centro de distribuição em Osasco, na Grande São Paulo, que passou de 10 mil m2 de área para 25 mil m2, dos quais mais de três mil m2 estão sendo ocupados pela Entrega Fácil, que já atende a um grande varejista do e-commerce. Desde o início de suas atividades, a DGB já investiu mais de 200 milhões em estrutura e formatação de novos negócios, incluindo a compra da Total Express, sendo mais de R$ 40 mil somente neste ano.

Unificação Mathias: esforços voltados à consolidação das operações

A DGB foi criada em 2008 e reúne quatro empresas, três ligadas à

distribuição (Dinap, FC Comercial e Magazine Express) e uma encarregada da logística, a Treelog. Agora, no organograma, a Total ficará abaixo da estrutura da DGB, respondendo a um Conselho de Administração. Já a Entrega Fácil responderá diretamente à DGB. Como tanto a compra da Total Express quanto o lançamento da Entrega Fácil são muito recentes, ainda está sendo estudado de que forma ambas irão atender ao mercado, que a princípio é o mesmo. “Por ora, não há previsões ou estudos para a unificação das operações”, garante Fernando Mathias, diretor superintendente da DGB. Segundo ele, a ideia é manter as duas empresas operando com posicionamentos complementares de serviços. Como a Total já atende aos principais varejistas do online, a Entrega Fácil poderá se posicionar de forma a atender aos mais de quatro mil sites ligados ao setor de e-commerce no Brasil, que faturam hoje mais de R$ 15 bilhões anualmente. Com a Total Express, a DGB poderá encurtar alguns caminhos com a ampliação da malha, aumento de frequência para todos os municípios e desenvolvimento de ferramentas de rastreabilidade, fundamentais para a operação com o varejo eletrônico. De acordo com Mathias, todos os esforços da DGB estarão agora voltados à consolidação das operações atuais e, embora afirme que há outros investimentos previstos para 2012, o executivo não adiantou se eles serão ou não aplicados na aquisição de outras empresas. 

Silvia Marino Dezembro/2011 - Revista Tecnologística - 57

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E-COMMERCE

Estima-se que 32 milhões de pessoas fizeram ao menos uma compra online em 2011 97% de eficiência”, comemora. Para o final do ano, a empresa espera um crescimento de 20% do movimento em relação aos outros meses do ano. Baseada nas estimativas das consultorias especializadas em e-commerce, que apostam em um crescimento do setor em 2011 superior a 30%, a Rapidão Cometa investiu este ano mais de R$ 15 milhões na ampliação de suas bases operacionais nas regiões Sul, Sudeste e no Distrito Federal, além de direcionar recursos em vários estados brasileiros. Na área de qualificação e capacitação de pessoal, foram aplicados R$ 5,5 milhões, de maneira a alcançar todos os 8,7 mil funcionários. “Foi o maior investimento do gênero já feito na história da empresa”, destaca Ricardo Araújo, diretor Comercial da Rapidão Cometa. Segundo o executivo, também estão sendo finalizados aportes que somam R$ 17 milhões na aquisição de 150 novos veículos (entre leves, semipesados e pesados), elevando a frota própria da empresa para um total de mais de 980 veículos desses portes. Contando com terceiros, a frota soma cerca de três mil veículos. “Com 45 filiais, 200 bases operacionais e uma capilaridade que alcança 5,3 mil municípios e localidades em todo o território nacional, estamos devidamente preparados para contornar qualquer eventualidade em função do crescimento da demanda no final do ano”, completa Araújo.

O executivo lembra que os clientes costumam fazer projeções tendo como base o crescimento da economia e dos próprios negócios. “Mas são estimativas e como tais estão sujeitas a imprevistos. Por conta disso, trabalhamos sempre levando em consideração o planejamento estratégico com base no crescimento orgânico dos clientes. Nesse sentido, são realizados estudos de demanda e simulações de forma periódica e sistemática, traçando todos os cenários possíveis”, conclui.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra O comércio eletrônico no Brasil deverá fechar 2011 contabilizando 32 milhões de pessoas que fizeram ao menos uma compra online, das quais 4,7 milhões utilizarão pela primeira vez esse canal até o final do segundo semestre do ano. A estimativa é da e-bit (24ª edição do Webshoppers) e esses dados são ainda mais relevantes se comparados a 2009, quando o total de e-consumidores somou 17,6 milhões, o que significa que o nú-

mero dobrou em apenas dois anos (veja gráfico 2). O estudo também revela que, no primeiro semestre deste ano, 86,54% dos consumidores ficaram satisfeitos com as compras feitas no meio virtual. No contraponto, os dados da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) demonstram que o número de insatisfeitos também é grande e tem crescido ao longo do tempo. Apenas no período entre novembro de 2010 e janeiro de 2011 foram registradas 4.834 queixas sobre atrasos na entrega de produtos adquiridos em lojas virtuais, representando um aumento de 79% em comparação a igual período do ano anterior. Em muitos casos, os presentes que deveriam chegar a tempo para o Natal foram entregues dias e até meses depois. Na avaliação de Juliana Vasconcelos, diretora de Vendas e Marketing da DHL Express Brasil, é bastante delicado apontar quem seria o principal culpado por essa situação. “Vale lembrar que existem gargalos de infraestrutura e há algumas questões burocráticas dos órgãos

TCI espera um crescimento de 25%, correspondendo à movimentação de 145 mil produtos/mês

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Investimentos foram direcionados para prevenir qualquer eventualidade

competentes que acabam impactando na operação logística do País como um todo, trazendo agravantes no resultado final. É necessário que se invista mais e continuamente na modernização dos aeroportos, na malha viária, rodovias e portos, o que irá contribuir para a maior eficiência das operações”. A executiva ressalta que os consumidores brasileiros são bastante exigentes, conhecem as leis básicas, sabem o que querem e como reivindicar para que produtos e serviços adquiridos sejam entregues conforme o prometido. Essa postura força as empresas, em especial as do setor de comércio eletrônico, a melhorar seus processos. “Vemos avanços nesse sentido e muitas companhias começam a se dar conta de que, se no momento em que houver uma falha no processo o cliente for informado sobre o que está acontecendo, com atenção e respeito, têm grande possibilidade de recuperar a estima desse consumidor”, reforça.

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Segundo Juliana, a área de e-commerce não tem sido foco da DHL Express. “Trabalhamos de forma mais intensa com esse segmento no passado e ainda realizamos algumas operações para o setor, como serviços customizados e que requerem velocidade na entrega, rastreabilidade e segurança. Mas hoje estamos priorizando as operações de alto valor agregado e não limitadas apenas à coleta e entrega de mercadorias, mas serviços mais complexos, como os de logística reversa, reparo e substituição”. Silvia Giurlani e-bit: (11) 3848-8730 Direct: (11) 3511-9090 DHL Express Brasil: 3618-3200 Entrega Fácil: (11) 3789-3000 JadLog: (11) 3563-2000 Luft Logistics: (11) 4772-8500 Rapidão Cometa: (11) 4002-5050 Reversa: (11) 3572-1797 TCI BPO – SCO: (11) 3077-0555 TGestiona: 0800 7771010 Total Express: (11) 2168-3200

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Fotos: Divulgação

TECNOLOGIA

Suporte adequado para crescer Operadora logística reafirmou sua vocação inovadora ao ter sido a primeira empresa brasileira a investir na solução WMS da RedPrairie, contribuindo, inclusive, para motivar a fornecedora a buscar um representante local para realizar novos negócios e ampliar sua presença no País

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anho de 18% na produtividade, que se traduziu na expedição de maior número de itens por hora, e uma acurácia de quase 100% foram alguns dos resultados obtidos pela Wilson, Sons Logística na operação do centro de distribuição da indústria farmacêutica Merck, no Rio de Janeiro, após ter implementado o sistema de gerenciamento de armazéns (WMS) da norte-americana RedPrairie. “Foi o primeiro cliente a se beneficiar da nossa decisão de trocar a solução proprietária que utilizávamos por um sistema mais robusto e flexível. Na verdade, o objetivo

principal era passar a dispor de uma ferramenta mais potente para suportar o nosso próprio crescimento e também o dos nossos clientes, o que foi plenamente atendido. Agora já estamos nos preparando para a segunda etapa”, explica Christian Sandke, diretor de Terminais e Transportes da Wilson, Sons Logística. O executivo lembra que o processo para a escolha do WMS foi bastante trabalhoso e detalhado. Nove empresas participaram da concorrência, das quais quatro ficaram para a etapa final, e a RedPrairie acabou ganhando porque sua solução foi a que apresentou

melhor desempenho no teste de conceito, em que foi simulada uma operação real, além de corresponder positivamente aos demais critérios, como capacidade de implementação, serviços pós-venda, custo de manutenção e preço. “Nossa equipe de TI (tecnologia da informação) também viajou para os EUA para obter mais informações sobre o sistema e para vê-lo funcionando na prática”, destaca Sandke. Com investimento da ordem de R$ 1 milhão, a implementação do WMS no datacenter da Wilson, Sons durou seis meses e contou com o auxílio de uma consultoria mexicana,

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Sandke: preparando-se para a segunda etapa de implantação

que colaborou para parametrizar o sistema e ajustá-lo às necessidades da operadora logística. “Na época (2008), fomos pioneiros ao adotar a

solução da RedPrairie no Brasil e por isso recorremos a uma consultoria estrangeira, já que não havia nenhuma local que tivesse expertise para nos ajudar nesse processo”, completa o executivo. Por conta desse pioneirismo, a Wilson, Sons é considerada pela fornecedora norte-americana não somente como cliente, mas como uma verdadeira parceira. “Eles acreditaram em nós e correram o risco de implantar uma solução que ainda não era conhecida no Brasil, naquele momento, e nem utilizada por nenhuma empresa local, à exceção de algumas multinacionais, embora no mundo o sistema já estivesse rodando em mais de 60 mil sites. E foram tão bem sucedidos que passaram a ser uma referência extremamente positiva do nosso produto para o mercado brasileiro”, salienta Alejandro José Phillips, vice-presidente de

Desenvolvimento de Negócios para as Américas da RedPrairie. “Arrisco até a dizer que, hoje, estamos no País, em grande parte, por causa da Wilson, Sons, que nos levou a perceber o grande potencial existente para a venda das nossas soluções e a procurar um parceiro local, como a Alcis, que desde julho deste ano passou a ser nossa representante no Brasil”, continua Phillips. (veja box).

Desafios A Merck foi eleita para o projeto piloto devido à complexidade de gerenciamento de seu centro de distribuição. “Diariamente, são vários itens que precisam ser armazenados de acordo com diferentes critérios. Há produtos perecíveis, outros que estão em promoção, os que têm a venda controlada, alguns que recebem etiquetas diferenciadas e são

Representante nacional

C

riada há 35 anos, no estado da Georgia (EUA), atualmente a RedPrairie possui escritórios em 25 cidades no mundo, emprega cerca de 1.700 pessoas e suas soluções (WMS, TMS e gestão de mão de obra) são utilizadas em mais de 50 países. Em julho de 2011, após um ano de negociação, a empresa firmou um acordo com a brasileira Alcis, especializada em softwares para logística, para representá-la no País e para que esta seja responsável não apenas pela venda dos seus produtos no Brasil, como também pelas implementações e suporte pós-venda. Segundo Alejandro José Phillips, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios para as Américas da RedPrairie, para a seleção da parceira

local foram analisadas 15 empresas brasileiras e a Alcis acabou sendo a escolhida devido ao seu amplo conhecimento do mercado brasileiro, à qualidade das suas soluções e serviços e, principalmente, a sua boa reputação. “Parcerias são feitas entre pessoas e, para nós, a ética profissional é fundamental”, justifica. O executivo acrescenta que a Alcis atuará como uma extensão da empresa no Brasil, inclusive auxiliandoa a prospectar novos clientes. A meta da RedPrairie para 2012 é fechar seis novos contratos no País. “A companhia é reconhecida como uma das líderes mundiais no fornecimento de soluções completas para o segmento de logística e sua presença já está consolidada em mercados mais ma-

duros, como o norte-americano e o europeu. No Brasil, cerca de 24 empresas multinacionais utilizam nossos produtos, por determinação de suas matrizes, mas nosso objetivo é conquistar um maior número de empresas nacionais. As perspectivas de vendas são animadoras, uma vez que o País está crescendo e atrai a atenção do mundo inteiro”, destaca Phillips. Nesse sentido, a participação da Alcis será muito importante. “Nosso compromisso não se limita a vender produtos, mas a transferir conhecimento, porque entendemos que, para sermos bem-sucedidos, precisamos mostrar ao mercado que somos os melhores e isso só é comprovado por meio da satisfação dos clientes”, conclui.  Dezembro/2011 - Revista Tecnologística - 61

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TECNOLOGIA

destinados ao governo, e assim por diante, o que mostra a dificuldade para gerenciar tudo adequadamente. Por isso optamos por fazer um piloto para cada etapa do processo: recebimento dos materiais, estocagem, separação e expedição”, lembra Sandke. Também foi necessário integrar o WMS ao sistema de gestão empresarial (ERP, da SAP) da Merck – porque ambos precisavam ter a mesma informação sobre o estoque – e ainda treinar o pessoal para usar corretamente a nova ferramenta. Tudo correu conforme o previsto e os resultados obtidos comprovaram a robustez do WMS e a sua capacidade para aumentar a visibilidade do inventário e permitir a comunicação e o monitoramento online para acompanhar as operações à distância. Para a operação da Merck, em particular, outros ganhos foram a redução do uso de papel e das planilhas que eram feitas em paralelo, e o aumento da produtividade dos operadores do CD, que passaram a

A robustez do WMS trouxe ganhos como aumento da visibilidade do inventário e comunicação online

receber as informações nos coletores, transmitidas diretamente por radiofrequência. “O sistema permitiu otimizar a disposição dos itens no CD, o que contribuiu para minimizar a quantidade de vezes que o operador tinha de se locomover para buscar os produtos. A solução também verifica quando o funcionário está ocioso e lhe envia uma mensagem para que ele faça a contagem do estoque daquele ende-

A solução permitiu maior controle sobre a movimentação de materiais

reço onde se encontra, o que é uma maneira de manter a acurácia”, destaca o diretor da Wilson, Sons. Em 2009, o WMS foi implementado em outro cliente – a MRS Logística – para atender às operações dos terminais ferroviários em Itaquaquecetuba (SP) e Arará (RJ), a cargo da Wilson, Sons. “Para esse cliente, o mais importante era ter maior controle sobre a entrada e saída de materiais e produtos siderúrgicos acabados, e como as principais companhias siderúrgicas operam nos terminais, com o WMS todas passaram a receber informações online sobre os estoques”, explica Sandke. No ano seguinte, a ferramenta da RedPrairie começou a ser usada também para gerenciar as operações do armazém geral da Wilson, Sons em São Paulo, que atende a 80 clientes aproximadamente. “A complexidade desse CD é grande, não só pela grande e variada quantidade de empresas, como também porque há produtos que ficam mais tempo armazenados, outros que saem rápido, aqueles que são guardados em caixas fechadas, e ainda os que precisam ser etiquetados unidade por unidade. Com o uso do WMS fica mais fácil determinar o local onde devem ficar os produtos no armazém, o que agiliza também a separação dos pedidos”, detalha o executivo. A ferramenta permite a troca de informações com os sistemas dos clientes e de suas respectivas cadeias logísticas. Qualquer movimentação é registrada pelos operadores, de forma que sempre se sabe de onde veio a mercadoria, qual o seu destino e demais informações pertinentes ao ciclo do pedido. Segundo o diretor, o trabalho do armazém se baseia na quantidade de paletes e no número de vezes que as mercadorias entram e saem, e ainda no que permanece em estoque. É

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Segunda etapa No primeiro trimestre de 2012 será iniciada a segunda etapa do projeto de implementação do WMS, com a vinda de consultores e técnicos da RedPrairie, que irão avaliar como o sistema está sendo utilizado pela Wilson, Sons e o que poderá ser feito para potencializar seu desempenho. Alejandro Phillips explica que todo software tem um tempo de maturação e, com o passar dos anos, é comum que muitas empresas Sistema permite o acesso simultâneo de 600 usuários deixem de aproveitar todo o com base nesses dados que a empre- potencial disponível. “Nossos especiasa pode fazer o cálculo correto para listas farão uma análise e uma pesquia cobrança dos serviços. “Com o sis- sa interna com os usuários na Wilson, tema, conseguimos gerar relatórios e Sons e, dependendo dos resultados, poverificar a taxa de ocupação de cada derão sugerir mudanças de processos e cliente, qual a lucratividade propi- a configuração de novas funcionalidaciada, entre outras informações que des. É um trabalho com duração aprocontribuem para avaliar os diferentes ximada de seis semanas”, justifica. perfis dos clientes e, com base nisso, Hoje, o sistema permite o acesso propor outros serviços de maior valor simultâneo de 600 usuários e é extreagregado”, destaca Sandke. mamente amigável. Segundo Phillips, Atualmente, o WMS da RedPrairie deverá ser integrado ao WMS outro está sendo implementado na Brasco software voltado à gestão de mão de Logística Offshore, outra empresa obra, também da Red Prairie, que pertencente ao Grupo Wilson, Sons, permitirá avaliar o trabalho dos opeespecializada na operação de termi- radores, estipular quantas pessoas denais portuários de apoio à indústria vem fazer determinadas tarefas e em petrolífera. O sistema também irá quanto tempo, comparar desempeatender ao novo centro de distribui- nhos e também indicar a necessidade ção da Wilson, Sons Logística que de contratação de pessoal extra para está sendo construído em Suape (PE), alguns períodos. “Mas a adoção desse com conclusão das obras prevista programa irá depender da análise que para o segundo semestre de 2012. iremos fazer no início de 2012, que irá “Nosso objetivo é criar novos centros mostrar se essa solução trará ou não de distribuição com perfil misto e de ganhos significativos para a Wilson, grande complexidade. Isso também Sons”, completa o executivo.  determinou a escolha do WMS. Teria que ser um sistema capaz de ser Silvia Giurlani replicado em diferentes locais com facilidade e, assim, atender ao escoAlcis: (11) 5531-7444 po de suportar o nosso crescimento”, RedPrairie: 281-298-8939 Wilson, Sons: (21) 2126-4222 completa Sandke. 64 - Revista Tecnologística - Dezembro/2011

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Pesquisa Benchmark 2011: serviço de distribuição Cesar Lavalle

Parte I

O

objetivo do artigo é mostrar os resultados da Pesquisa Benchmark – Serviço de Distribuição1, conduzida periodicamente desde 1994 pelo ILOS, sobre a evolução da importância e da qualidade do serviço de distribuição da indústria de bens de consumo na percepção dos supermercadistas2. A primeira parte deste artigo apresenta uma análise do cenário econômico, que condiciona o comportamento dos agentes integrantes das cadeias de suprimentos de bens de consumo. Em seguida, na segunda parte do artigo, serão discutidas as implicações das mudanças no ambiente competitivo em termos das necesidades dos supermercadistas, bem como do desempenho e da qualidade do serviço de distribuição praticado pela indústria. As análises que seguem estão baseadas nos resultados da referida pesquisa.

O ambiente econômico Chegamos ao final de 2011, com o ano marcado pelos recentes acontecimentos relacionados com a crise da dívida soberana na Europa e Estados Unidos, que têm afetado sobremaneira a atividade econômica global atual, lançando uma nuvem de incertezas para 2012. Mesmo assim, cabe uma análise sobre os oito anos anteriores, período de governo do presidente Luís Inácio Lula da

Silva, no que tange à economia e seus desdobramentos no poder aquisitivo dos consumidores e, consequentemente, no desempenho das vendas do varejo supermercadista. Durante o seu governo, a economia teve um forte crescimento de 37,2% do PIB, entre 2003 e 2010 – equivalente a uma taxa média anual de 3,3%. Nesse período, a inflação aumentou, em média, 5,8% e o dólar desvalorizou em 9,2% ao ano. Assim, o mercado interno se fortaleceu, com o crescimento da capacidade de consumo da população. Conforme observado na Tabela 1, o nível de desemprego, que era de 11,7% em 2003, alcançou sua menor taxa histórica, de 6,1%, em 2010. Pelo lado da remuneração do trabalho, o rendimento médio cresceu 5,3% no mesmo período. A conjugação dos efeitos positivos na renda e no nível de emprego impulsionou a massa salarial em 30% entre 2003 e 2010. Por conseguinte, o poder de compras do consumidor, medido pelo consumo das famílias, chegou a um aumento de 42,3% no período, turbinado pelo crescimento sem precedente do crédito, que equivalia a 24,0% do PIB em 2003 e chegou a 48,0% em 2010. Isto é explicado pelo aumento de prazo de pagamento dos empréstimos, aliado à maior confiança na economia por parte do consumidor. Estes efeitos positivos no poder aquisitivo do consumidor podem ser observados no crescimento das vendas do varejo supermercadista, de 23,4% no período considerado.

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Fonte: Conjuntura Econômica, IBGE, RAIS/MTE e ABRAS

É importante citar que o fortalecimento do mercado interno foi peça fundamental para o desempenho exemplar da nossa economia frente à crise financeira internacional iniciada no último trimestre de 2008, por conta do “estouro da bolha” imobiliária que colocou em cheque o setor privado bancário, acarretando no “derretimento” da economia mundial. Em 2009, a política econômica adotada no Brasil foi a de compensar os impactos da crise internacional através do estímulo ao consumo interno, que por sua vez trouxe efeitos positivos aos agentes econômicos integrantes das cadeias de suprimentos de bens de consumo. Neste sentido, o aumento do consumo das famílias, de 4,2% em 2009 e 7,6% em 2010, foi um importante motor para que o desempenho da economia brasileira fosse bem superior ao de países desenvolvidos, culminando no forte crescimento de 7,6% em 2010. O mesmo fenômeno aconteceu na China e na Índia, onde a pujança do mercado interno atenuou fortemente os impactos da crise global.

Ano

PIB

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

5,33% 4,42% 2,15% 3,38% 0,04% 0,25% 4,31% 1,31% 2,66% 1,15% 5,72% 3,16% 4,00% 6,10% 5,20% -0,30% 7,50% 3,80%*

929,32% 13,75% 21,98% 7,14% 9,12% 7,36% 4,34% 8,26% 2,49% 52,88% 8,43% 6,54% 5,27% 20,34% 9,44% 53,46% 14,74% -19,32% 10,38% -7,08% 6,13% -15,92% 5,05% -5,93% 2,81% -16,93% 5,16% 34,06% 6,48% -26,90% 4,11% -4,40% 6,47% 6,00% 6,40%*

37,2%

-53,9%

Variação entre 2003 e 2010

Real vs Dólar

INPC

57,0%

IPCA

Taxa de Salário Desemprego Mínimo

916,43% 22,41% 9,56% 5,22% 1,66% 8,94% 5,97% 7,67% 12,53% 9,30% 7,60% 5,69% 3,14% 4,46% 5,90% 4,31% 5,91% 6,48%*

11,66% 12,36% 11,48% 9,87% 10,00% 9,34% 6,80% 6,80% 6,10% 6,00%*

20,0% 8,6% 8,0% 5,8% 9,9% 17,3% 12,9% 17,9% 10,1% 13,2% 17,7% 10,4% 11,4% 12,0% 9,7% 6,9%

56,7%

-5,6 p.p.

161,3%

Observa-se que, na ponta do consumo, a crise internacional, apesar da atuação anticíclica do governo para estimular a economia, implicou na redução do ritmo de crescimento das vendas dos supermercados de 8,98% em 2008, para 5,51% em 2009, chegando a 4,18% em 2010, conforme Tabela 1. É interessante apontar, na Tabela 2, o efeito positivo das políticas do governo para estimular a economia em 2009 – o pior ano da crise internacional. Naquele ano, o desempenho das vendas mensais dos supermercados, com relação ao ano anterior, manteve-se em ritmo favorável e consistente. Em 2011, temos experimentado um ambiente econômico menos favorável, com um crescimento esperado do PIB ao redor de 3,8%, devido, principalmente, à recente crise da dívida soberana dos países da União Europeia. Isto, aliado às restrições de crédito impostas para conter a aceleração da inflação ao longo do ano, muito pressionada pelos alimentos e aluguéis, tem im-

Rendimento Real Médio (capitais)

Massa Salarial

Operações de Crédito (% do PIB)

Consumo das Famílias

Vendas Reais Supermercados

6,3% 10,6% 7,4% 2,1% -0,5% -5,5% -0,7% -3,9% -3,2% -11,9% -1,3% 1,5% 4,0% 3,2% 3,4% 3,2% 4,2% 4,0%*

8,6% 13,9% 9,7% 2,3% -0,7% -5,3% 3,6% -2,4% -0,5% -7,7% 2,4% 5,0% 6,5% 4,5% 7,0% 2,5% 7,3% 5,0%*

24,0% 24,5% 28,1% 30,7% 34,8% 40,5% 44,4% 48,0% 54,0%*

-0,8% 3,8% 4,5% 5,2% 6,1% 5,7% 4,4% 7,6% 5,5%*

n/d 16,90% 2,61% -0,27% 5,98% -2,70% -1,23% 0,40% 1,52% -4,50% 2,57% 0,66% -1,65% 5,92% 8,98% 5,51% 4,18% 4,10%*

5,3%

30,0%

24,0 p.p.

42,6%

23,4%

Tabela 1 – Evolução das taxas de crescimento do PIB brasileiro, taxa cambial, INPC, IPCA, taxa de desemprego, salário mínimo, rendimento real médio do pessoal ocupado, massa salarial, operações de crédito, consumo das famílias e das vendas reais dos supermercados *previsão Dezembro/2011 - Revista Tecnologística - 67

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Total Brasil (%) - REAL – 2009 Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Mês x Mês Anterior -22,96% -5,37% 6,45% 6,69% -4,12% -5,59% 5,66% 0,80% -4,00% 8,02% -2,64% 31,20%

Mês x Mês do Ano Anterior 6,54% 4,16% -4,22% 16,93% 4,01% 4,83% 6,66% 4,12% 6,00% 7,27% 3,53% 6,61%

Acumulado 6,54% 5,37% 2,12% 5,70% 5,36% 5,27% 5,47% 5,30% 5,37% 5,57% 5,38% 5,51%

Total Brasil (%) - REAL – 2010 Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Mês x Mês Anterior -21,55% -6,27% 10,17% -3,83% 0,03% -4,59% 4,20% -1,41% -0,56% 7,02% -5,22% 33,86%

Mês x Mês do Ano Anterior 8,53% 6,68% 10,39% -0,49% 3,81% 4,91% 3,45% 1,19% 4,81% 3,83% 1,08% 3,14%

Acumulado 8,53% 7,63% 8,58% 6,15% 5,67% 5,55% 5,25% 4,73% 4,74% 4,64% 4,31% 4,18%

Total Brasil (%) - REAL – 2011 Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Mês x Mês Anterior -21,15% -7,27% 9,28% 7,17% -11,34% -2,64% 6,24% -2,20% -0,75%

Mês x Mês do Ano Anterior 3,68% 2,77% 1,94% 13,60% 0,69% 2,75% 4,75% 3,91% 3,70%

Acumulado 3,68% 3,24% 2,79% 5,50% 4,54% 4,25% 4,32% 4,27% 4,21%

Fonte: ABRAS

plicado num aumento do consumo das famílias mais arrefecido do que o observado no ano anterior (ver Tabela 1). Recente pesquisa do IBGE aponta para um crescimento do consumo das famílias de 5,7% no 1º semestre de 2011, e 6,7% nos últimos 12 meses, o que indica uma tendência de menor crescimento para 2011 (cerca de 5,5%), quando comparado aos 7,6% de aumento verificado no ano anterior. Espera-se, portanto, um aumento das vendas dos supermercados em ritmo mais arrefecido para 2011, quando comparado aos quatro anos anteriores, o que por sua vez também deverá implicar em efeitos positivos, mas moderados, para a indústria de bens de consumo. O acumulado das vendas dos supermercados, de 4,21% até setembro de 2011, conforme Tabela 2, está menor em mais de 0,5 ponto percentual do que o observado no mesmo período do ano anterior. O ano de 2012 será cheio de incertezas e começa com uma Zona do Euro ameaçada por uma recessão originada do agravamento da crise da dívida soberana dos países da região. As medidas de austeridade impostas para enquadrar os países ao limite de déficit da UE poderão comprometer o crescimento das economias do continente, que por seu turno irão impactar negativamente o desempenho da economia global. Um desaquecimento da China por conta de uma forte redução da demanda mundial poderia desencadear “fortes abalos e tsunamis” na economia global, que reforçariam ainda mais um possível quadro recessivo generalizado. O Brasil não estaria imune a este contexto de crise econômica global que pode estar se formando para 2012, pois, certamente, se ressentiria de uma inevitável redução da demanda chinesa e da consequente queda dos preços das commodities. Mesmo assim, a economia brasileira teria boas chances de amenizar os efeitos negativos da crise por meio de intervenções do governo para incentivar a atividade econômica doméstica. De certa forma, o Brasil já se depara com boas perspectivas por conta de fortes investimentos em infraestrutura que já estão sendo realizados para a Copa 2014 e Olimpíadas 2016, e do recente afrouxamento das restrições ao crédito. Cabe ressaltar que o próximo aumento do salário mínimo, em cerca de 13,5%, tão alardeado como uma indesejável pressão inflacionária para 2012, poderia, de fato, também ter um importante papel de estímulo ao crescimento do mercado interno, ajudando a economia a manter um ritmo de crescimento razoável, em patamar equivalente a 2011, mas ainda assim invejável se comparado ao esperado desempenho recessivo global. A manutenção do nível de emprego e o aumento da renda, em 2012, podem gerar oportunidades interessantes à indústria de

Tabela 2 – Evolução das vendas mensais dos supermercados *previsão

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bens de consumo, da mesma forma que ocorreu durante o período de resposta à crise global de 2008/2009. Cabe às indústrias uma reflexão sobre as perspectivas econômicas e seus efeitos no perfil de consumo, para melhor posicionamento no mercado. Por exemplo, será que a manutenção da sobrevalorização do Real poderia aumentar o nível de exigência do consumidor em termos de qualidade e variedade dos produtos oferecidos?

O processo de decisão de compras do comércio Esta seção abordará os impactos das mudanças do ambiente econômico nas relações comerciais entre participantes da cadeia de suprimento de bens de consumo, conforme ilustrado na Figura 1.

Atacadista Consumidor Final Indústria Varejista

fluxo de bens

relacionamento avaliado

Figura 1 – A cadeia de suprimento de bens de consumo

A Figura 1 apresenta a lógica do fluxo físico de bens entre a indústria e o consumidor, que pode ser feito, diretamente, através de atacadista ou de rede varejista. Este último caso consiste no foco da pesquisa realizada. A Figura 2 mostra como a importância relativa das variáveis de decisão de compras3 (com base no “marketing mix” – produto, preço, serviço de distribuição,

promoção e propaganda) dos varejistas junto à indústria foi se alterando ao longo do período considerado pela pesquisa. Observa-se que, nos últimos quatro anos, houve recuperação da importância do serviço de distribuição no processo de decisão de compras dos varejistas, em detrimento das variáveis preço, promoção e propaganda. O produto se destaca como a variável mais importante nesse período. É importante verificar, na Figura 2, que a decisão de compras está centrada em cerca de 62% nas variáveis preço e produto, quando comparado com as demais variáveis – serviço de distribuição e promoção e propaganda. A crescente importância do serviço de distribuição, a partir de 2007, pode ser compreendida pelo período de crescimento expressivo das vendas dos supermercados, na medida em que o aumento de poder aquisitivo da população foi traduzido em maior consumo, ocasionando pressões no serviço prestado pela indústria. Entre 2007 e 2010, as vendas do comércio varejista aumentaram 27,3%, puxadas pelo efeito combinado do crescimento da massa salarial em 23,0%, da queda do desemprego, de 9,3% para 6,1%, e do aumento do crédito em 17,3 p.p., que impulsionaram o consumo das famílias em 25,7%. É interessante observar que durante o período do governo Lula, entre 2003 e 2010, enquanto a importância do preço caiu 6,2%, as demais variáveis de decisão de compras ganharam em relevância – o produto em 1,0%, o serviço de distribuição em 1,5% e a promoção e propaganda em 3,8%. Ou seja, ao longo deste período, os varejistas indicaram estar menos sensíveis a preço, dispostos a aceitar um aumento do mesmo em troca de melhores produtos, melhor serviço de distribuição e mais promoção e propaganda. O forte aumento do volume de vendas do varejo supermercadista, observado no período, certamente ocasionou pressões na capacidade das operações de distribuição das indústrias que, consequentemente, devem ter comprometido a qualidade dos serviços oferecidos. As perspectivas mais moderadas para a economia em 2011 devem manter a evolução do quadro observado, com produto e serviço ao cliente tendendo a ganhar força em detrimento do preço e da promoção e propaganda. No entanto, deve-se levar em conta que as medidas para o controle da inflação, ao longo de 2011, devem ter influenciado a importância relativa das varáveis de decisão de compras do varejista junto à indústria de bens de consumo com relação a 2010. A próxima parte do artigo procurará avaliar qual o nível de satisfação do comércio varejista com o serviço

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de distribuição prestado pela indústria de bens de consumo; qual o seu nível de exigência; e, finalmente, se as empresas detentoras das melhores práticas têm seu desempenho diferenciado pelo comércio varejista.

Conclusões

Importância distribuída em 100 pontos (média) Rio de Janeiro e São Paulo – Todas as classes 45% 40% 35% 30% 25%

20% O ambiente econômico favorável nos últimos anos, apesar da crise inter15% nacional ocorrida ao final de 2008, tem 10% influenciado positivamente os agentes 5% integrantes da cadeia de suprimentos de 0% bens de consumo. A atuação do governo 1994 1995 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2010 para mitigar os efeitos danosos desta criPreço Serviço de Distribuição se internacional resultou em medidas de incentivo ao consumo interno, que por Produto Promoção e Propaganda seu turno manteve o forte nível de atividades nas relações comerciais entre os Ano Produto Preço Serviço Promoção supermercadistas e as indústrias de bens de distribuição e propaganda de consumo. No entanto, devido à pressão infla1994 30,8% 38,5% 14,4% 16,4% 1995 31,9% 34,5% 18,3% 15,5% cionária ao longo de 2011, o governo 1997 33,0% 30,9% 18,7% 17,4% aumentou a restrição ao crédito, o que 1998 36,0% 32,9% 16,4% 14,7% impactou negativamente no poder aqui1999 36,9% 31,8% 16,9% 14,5% sitivo do consumidor em 2011. Nesse 2000 34,0% 32,5% 19,2% 14,2% sentido, o comércio supermercadista 2001 31,6% 32,6% 20,1% 15,6% 2002 30,3% 36,5% 18,1% 15,0% deverá experimentar um desempenho 2003 27,1% 35,0% 20,0% 18,0% de vendas em 2011 abaixo do observa2004 31,5% 30,5% 19,4% 18,5% do em 2010, pressionando a indústria 2005 30,4% 31,8% 23,6% 14,2% por um serviço de distribuição mais efi2006 31,1% 32,1% 16,8% 20,0% ciente. 2007 30,8% 30,8% 18,5% 19,9% 2008 30,9% 30,5% 19,2% 19,4% Em suma, para 2011, espera-se que 2010 31,3% 30,3% 19,6% 18,8% tanto o produto, quanto o serviço de distribuição, tenham continuado a gaFigura 2 – Evolução do processo de decisão de compras do comércio à indústria nhar relevância nas relações comerciais entre os agentes das cadeias de supriReferências mentos, o que, por seu turno, pode ter implicado em Bibliográficas aumento de exigência com relação ao nível de serviço oferecido pela indústria. FLEURY, P.F., LAVALLE, C.R. Avaliação do serviço de É importante salientar que 2012 deve ser um ano distribuição física: a relação entre a indústria de bens de contumultuado pela crise soberana dos países da União sumo e o comércio atacadista e varejista. Gestão e Produção, Europeia, que poderá levar o continente a um grave vol. 4, nº 2, agosto 1997. quadro recessivo, afetando negativamente a economia CHRISTOPHER, M. Logistics and Supply Chain Managlobal. No entanto, as indústrias de bens de consumo gement: strategies for reducing costs and improving service. devem estar atentas aos impactos dessas incertezas no Prentice Hall, 1998. ambiente de negócios, pois podem surgir oportunidaBOWERSOX, D.J., CLOSS, D.J. Logística Empresarial: des caso um conjunto de incentivos ao fortalecimento o processo de integração da cadeia de suprimento. Editora da economia, visando o crescimento do mercado inAtlas, 2001. terno, tenha os efeitos esperados. 

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1

– Informações Gerais: A pesquisa Benchmark - Serviço de Distribuição, conduzida periodicamente desde 1994 pelo Centro de Estudos em Logística, tem contado com o patrocínio de empresas industriais, líderes em seus respectivos setores de atuação. O escopo da pesquisa considera cerca de 600 entrevistas, efetuadas em cinco capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Recife), considerando três categorias de produtos: alimentos perecíveis, alimentos não-perecíveis e higiene e limpeza. A metodologia avalia oito dimensões (operacionalizadas através de seus respectivos atributos de serviço de distribuição): Disponibilidade de Produto, Tempo de Ciclo do Pedido, Consistência do Prazo de Entrega, Frequência de Entrega, Flexibilidade do Sistema de Entrega, Sistema de Remediação de Falhas, Sistema de Informação de Apoio e Apoio na Entrega Física.

(produto, preço, praça/canal – representado pelo desempenho do serviço de distribuição física, promoção e propaganda). Uma maior pontuação indica maior relevância. O resultado indica o peso relativo dessas variáveis no processo de decisão de compras do comércio junto à indústria. Com o objetivo de manter a compatibilidade dos dados, a análise que segue só considera São Paulo e Rio de Janeiro, pois estes são os únicos mercados que foram objetos de pesquisa durante as todas as etapas da mesma, entre 1994 e 2010. Outros mercados foram adicionados a partir da segunda fase da pesquisa.

2

– Pesquisa realizada periodicamente desde 1994; este artigo baseia-se em resultados de 2010. 3

– Solicitou-se aos entrevistados que distribuíssem cem pontos entre as quatro variáveis de decisão de compras consideradas

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Cesar Lavalle Diretor de Relações Internacionais Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS (21) 3445-3000 lavalle@ilos.com.br

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Divulgação

EVENTO

Negócios nos Trilhos reúne autoridades do setor ferroviário em São Paulo Feira traz ao Brasil as principais tendências mundiais em produtos e serviços destinados ao transporte sobre trilhos

A

cidade de São Paulo recebeu, entre os dias 8 e 10 de novembro, a 14ª edição da Feira Negócios nos Trilhos. O evento, que reuniu 180 expositores do setor ferroviário, contou com abertura comandada pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, além de visitantes ilustres, como o ministro dos Transportes da China, Xu Zuyuan. O crescimento do setor no País pode ser medido pelo aumento do número de fornecedores para a indústria ferroviária: 127 novas empresas instalaram fábricas ou unidades de negócios no Brasil nos últimos cinco anos.

Os expositores – vindos de 14 países, além do Brasil – levaram à feira as principais novidades em produtos e serviços voltados para o setor ferroviário. Focados principalmente no transporte de passageiros, os participantes do evento apresentaram, também, soluções dedicadas à movimentação de cargas. A AmstedMaxion levou à feira sua nova linha de vagões, desenvolvida pelo departamento de engenharia da empresa, destinada ao transporte ferroviário de contêineres, chamada Amax. Composta por três modelos de vagões, a novidade traz soluções para

a movimentação de contêineres tanto empilhados quanto alinhados. O AmaxTop, desenvolvido para transportar contêineres empilhados de 20’ e 40’ ou do tipo High Cube, apresenta altura final com carga de seis metros em relação ao nível dos trilhos e suspensão especial, fatores que proporcionam maior estabilidade em altas velocidades. Atualmente, o modelo está sendo testado pela MRS entre as duas margens do Porto de Santos. O AmaxTop possui, ainda, sistema de absorção de choques, que reduz os efeitos dos impactos em operações com trens lon-

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gos, e sistema de freio com aplicação automática de pressão variável de força com o vagão vazio ou carregado. O modelo tem capacidade para 32,5 toneladas por eixo, e apresenta um preso bruto máximo de 130 t. O modelo AmaxLong, destinado ao transporte de contêineres alinhados, foi desenvolvido especialmente para atender à Brado Logística. O vagão possui comprimento total de 26 metros, que exigiu estrutura simplificada para que a tara não fosse muito elevada, além de engate especial. O AmaxLong é capaz de transportar dois contêineres de 40’, quatro de 20’ ou três de 20’ em apenas um nível, igualmente espaçados. Em todas as posições, os contêineres contam com anteparos protetores das portas e dispositivos frigoríficos. o AmaxLong apresenta a mesma capacidade de peso por eixo e mesmo peso bruto máximo que o modelo para contêineres empilhados. A Brado adquiriu um total de 145 vagões do modelo, que tinham previsão de entrega até o final do mês de novembro.

Como alternativa para a circulação em linhas de bitola métrica, a AmstedMaxion apresentou os vagões do modelo AmaxFlex, capazes de realizar pequenos raios de curva. Composta por três vagões, a novidade tem como principal característica a conexão da plataforma intermediária com as demais por meio de um engate articulado. Com comprimento de 12 m e baixa tara de 11 t por unidade, o AmaxFlex tem capacidade para um contêiner de 40’ ou dois de 20’ por vagão no mesmo nível. A CTF Technologies, empresa voltada para a gestão de frotas de veículos, tratores, máquinas, equipamentos e embarcações – especializada no controle automático do consumo de combustíveis – esteve presente no evento apresentando uma solução desenvolvida para realizar a gestão de combustível no segmento ferroviário. A ferramenta, integrada ao sistema de abastecimento, registra, armazena, transfere, audita e processa eletronicamente e sem intervenção humana todos os dados referentes às operações com

AmaxTop permite empilhar contêineres e tem capacidade para 32,5 t por eixo

combustível realizadas na locomotiva. A principal característica do sistema é o controle de consumo por trecho, que avalia quanto combustível está sendo consumido pela locomotiva em cada parte do trajeto. A tecnologia proporciona uma avaliação da eficiência dos maquinistas em cada trecho, buscando um melhor desempenho, e permite a realização de treinamentos para disseminar as boas práticas de condução entre a equipe. O objetivo é permitir a obtenção de uma eficiência energética maior em toda a operação.

Otimismo O evento contou, ainda, com o Seminário Negócios nos Trilhos, encontro que uniu autoridades e empresas ligadas ao transporte ferroviário, que discutiram as melhores práticas, as tendências e as projeções para o segmento. Presente ao seminário, a mineradora Vale apresentou seu projeto para garantir a movimentação de cargas com ganhos de produtividade até 2016, quando a empresa prevê o transporte de 260 milhões de t de minério de ferro em Carajás (PA). Para atender ao volume, que representa quase o triplo das cerca de 100 milhões de t produzidas atualmente, a Vale encomendou o desenvolvimento, em parceria com a Amsted Maxion, de um vagão do modelo GDU (gôndola) com capacidade para transportar 37,5 t por eixo. O objetivo do projeto é aumentar em 20% a produtividade dos vagões da empresa nos 900 km da Estrada de Ferro Carajás (EFC), passando de 126 t para 150 t por vagão. Segundo Guilherme Mendonça, engenheiro da Vale responsável pelo projeto, somente a Austrália possui ferrovias que recebem o volume de carga nos patamares que a companhia pretende alcançar nos próximos anos. Mendonça revelou que, em setembro de 2008, a mineradora propôs Dezembro/2010 - Revista Tecnologística - 75

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a quatro fornecedores o desafio de criar este modelo de vagão – três nacionais e um chinês – com base em especificações que atendessem às necessidades da empresa e estivessem de acordo com as normas da American Association Railroad (AAR), utilizadas no Brasil, e fossem o mais semelhante possível aos vagões GDT, utilizados atualmente em Carajás, para que o O ministro dos Transportes, Paulo Passos, sistema operacional não preciparticipou da abertura da feira sasse ser alterado. A EFC já conta com dois mil vagões Henrique Aché, a companhia multicom capacidade para transportar 150 plicou por quatro o volume de carga t em operação, e a previsão é substi- transportada nos últimos 15 anos, tuir todo o restante, chegando a dez passando de 40 milhões de t para 153 mil vagões com a mesma capacidade milhões de t projetadas para este ano. elevada. Mendonça informou, ainda, Para isso, a MRS aplicou investimentos que a empresa também está testando de cerca de R$ 6 bilhões no período. A Transnordestina Logística apreprotótipos de outros fabricantes. “Nós propusemos o desafio e estimulamos sentou dados a respeito da construção os fornecedores. Eles aceitaram e de- da ferrovia Transnordestina, entre os senvolveram o produto de acordo com Portos de Itaqui (MA) e Suape (PE). Seas especificações definidas e o ganho é gundo o gerente Comercial da emprepara todo o setor ferroviário brasilei- sa, Miguel Andrade, os investimentos de R$ 5,4 bilhões têm recursos garanro”, concluiu o executivo. Representantes de outras concessio- tidos por capital próprio e de fundos nárias de transporte ferroviário, como a governamentais. Com um traçado América Latina Logística (ALL), a MRS praticamente plano, a ferrovia, além e a Transnordestina, também demons- de atender ao mercado de grãos, deritraram otimismo com o atual cenário vados de petróleo, fertilizantes e frutas do segmento no Brasil. Sérgio Nahuz, no próprio Nordeste, transportará cardiretor Comercial da ALL, expôs os nú- gas de exportação e importação entre meros da empresa no ano passado, que Itaqui e Suape. Andrade garantiu que a registrou um crescimento na receita de construção está a todo vapor e lembrou mais de dez pontos percentuais acima que a empresa mantém um programa do crescimento do próprio setor de de visitação às obras, com o objetivo cargas ferroviárias (16,6% ante 6,4%, de reduzir o ceticismo da opinião púrespectivamente). Nahuz falou tam- blica quanto ao projeto. A Feira Negócios nos Trilhos, que bém sobre os investimentos de R$ 700 milhões da ALL, destinados às obras acontece anualmente, já tem data da malha de Alto Araguaia a Rondonó- marcada para 2012: a 15ª edição aconpolis e do Terminal Itiquira, ambos no tecerá nos dias 6, 7 e 8 de novembro Mato Grosso, que entram em operação do próximo ano. já no próximo ano. A MRS também aproveitou a ocaFernando Fischer sião para expor seus números. SegunNegócios nos Trilhos: (11) 3059-6060 do o seu diretor de Desenvolvimento,

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PRODUTOS

Linha Fênix, da Noma

A Noma, quarta maior fabricante de implementos rodoviários do País, está oferecendo a Linha Fênix, novo projeto que traz conceitos de sustentabilidade, praticidade e durabilidade, agregando maior leveza aos equipamentos. O principal diferencial dos modelos da nova li-

nha é a tampa EcoTech, com placas de duas camadas de alumínio e uma de polímero, desenvolvidas para substituir o compensado naval. A nova tampa tem manuseio prático e é mais leve e durável, resistindo à corrosão. A EcoTech também incorpora maior responsabilidade ambiental, pois utiliza o alumínio como insumo, substituindo e poupando o uso de madeira. A redução de peso resultante dos novos materiais é uma

grande reivindicação do mercado, por permitir transportar mais carga com menor consumo, reduzindo custos e aumentando a lucratividade das empresas. A pintura da estrutura metálica da tampa também considerou os aspectos de sustentabilidade, sendo feita pelo processo E-Coat, um sistema de aplicação de tinta em circuito fechado, que permite reduzir próximo a zero o desperdício. Completando o perfil sustentável, a linha incorpora lanternas com Led, mais duráveis, que fazem parte dos produtos da Noma desde 2007. (45) 3231-2023

Portas para carretas e caminhões, da PPW A PPW Brasil lança no mercado duas portas para carretas e caminhões com design arrojado e alta durabilidade. Mais leves, de fácil manuseio e manutenção, os modelos Heckos PPW e Aluvan PPW, são fabricados com materiais nobres, têm formato roll-up (abrem para cima) e não utilizam madeira em sua composição. A Heckos PPW, reciclável, chega ao mercado com altura de 300 mm, própria para ser aplicada em carretas e caminhões de médio e grande portes. O lançamento é produzido com ABS (Acrinolitrila-Butadieno-Estireno) e policomposite de alta performance ASA (Acrinolitrila-EstirenoAcrilato), compostos termoplásticos leves, com alguma flexibilidade e resistência na absorção de impactos e à ação do tempo. A Heckos não conta

com rebites aparentes e possui face externa totalmente lisa, permitindo a utilização da área para comunicação visual. A outra novidade fica por conta da porta Aluvan PPW, fabricada a partir de painéis de alumínio extrudado, com altura de 35 mm e design côncavo. Por conta de seu formato, o modelo torna-se versátil, permitindo a utilização como porta lateral, além de possibilitar a aplicação em veículos especiais e de pequeno porte (sobre chassis). A Aluvan PPW tem, ainda, corrediças em nylon fixadas na lateral (nãorebitadas) e acabamento de alumínio anodizado. Sua face externa também é totalmente lisa e sem interferência de rebites ou recortes. (19) 2109-9900

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Porta FasTrax Clean, da Rite-Hite A Rite-Hite, empresa que atua com soluções em portas industriais e docas, disponibiliza no Brasil a porta FasTrax Clean, projetada especialmente para utilização na indústria de alimentos, reduzindo as chances de contaminação dos produtos em operações de processamento, preparação e armazenamento. A FasTrax Clean apresenta maior facilidade de limpeza, minimizando os locais de contato entre as superfícies que podem servir de pontos de acúmulo de bactérias. O produto possui cabeçote radial em uma só peça, fabricado a partir de um bloco sólido de plástico UHMW (polietileno de peso molecular ultra alto), painéis de

polipropileno liso com alta resistência a ácidos e baixa taxa de absorção de água, além de molduras laterais de resina termoplástica Lexan e UHMW resistentes à corrosão. A porta apresenta, ainda, velocidade máxima de até 100 polegadas por segundo, sistema Auto Re-feed, que orienta a volta da cortina nas molduras laterais por meio de canaletas em caso de impacto, e arestas que eliminam o atrito. Em acordo com as normas da USDA (The United States Department of Agriculture) e FDA (Food and Drug Administration), a FasTrax Clean, disponível também para câmaras frigorificadas secas, possui suporte total da Rite-Hite para instalação e assistência com técnicos certificados e treinados na própria fábrica. (11) 3527-9590

Empilhadeira Helli CPQD35, distribuída pela Ampla Import A Ampla Import, distribuidora oficial da marca chinesa Heli no País, agrega mais um produto à linha oferecida no Brasil, com a empilhadeira CPQD35, da Série G, com capacidade para 3,5 toneladas. Equipado com motor Nissan K25 movido a gasolina e GLP, o equipamento apresenta torre triplex de 4,7 metros, centro de carga de 500 mm e raio de giro de 2,420 mm. A empilhadeira CPQD35 apresenta velocidade máxima de 19 km/h com ou sem carga e velocidade máxima de elevação dos garfos de 450 mm/s com carga e 480 mm/s sem carga. Com peso total de 4,7 t, o modelo apresenta largura de 1,225 mm,

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comprimento de 3,783 mm com garfos e altura do protetor do operador de 2,090 mm. Além da distribuição do equipamento, a Ampla Import presta também serviços de assessoria pré e pós venda dos produtos Heli. (11) 2886-5862

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PRODUTOS

Serviço de aluguel de caminhões, da JSL

A JSL começa a oferecer o serviço de aluguel de caminhões. O novo negócio, que terá um investimento inicial de R$ 7,5 milhões, atenderá tanto a empresas quanto pessoas físicas. De acordo com a companhia, trata-se de um nicho de mercado ainda não explorado no Brasil. A JSL vai atender a clientes que precisam substituir veículos em revisão, ou atender ao aumento da demanda de construtoras, por exemplo, ou de qualquer outro setor. Além disso, o serviço também supre a ne-

cessidade de uma pessoa que deseja fazer uma pequena movimentação de carga ou uma mudança e que irá utilizar o veículo somente por aquele período. Além de contratos para diárias, semanais e mensais, o negócio também oferecerá aluguel para um prazo maior, a partir da necessidade de cada um dos contratantes e com preços diferenciados de acordo com o período. A ideia da companhia é levar para o aluguel de caminhões o conceito de atendimento customizado. A JSL resolveu entrar nesse segmento por ele ser ainda pouco explorado no Brasil, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e Europa. Para a empresa, com as pers-

pectivas de crescimento do País nos próximos anos, esse mercado se torna muito interessante. O cliente ganha em competitividade, uma vez que não precisa se preocupar com questões como manutenção, além de contar com o expertise de uma empresa reconhecida no mercado. Os modelos de caminhão que estarão disponíveis para locação são: Iveco 35S14 (baú e carroceria), Volkswagen 8.150 (baú e carroceria), Volkswagen 24.250 (baú, carroceria e caçamba), Volkswagen 26.260 (caçamba e pipa), Scania G380 (cavalo mecânico 6x2), Volkswagen 19.320 (cavalo mecânico 4x2) e outros modelos sob consulta. (11) 4795-7000

Nova empilhadeira Patolada, da Jungheinrich A Jungheinrich apresenta sua nova empilhadeira patolada modelo EJC 214/216. Econômica e sustentável, foi desenvolvida especificamente para aplicações em armazéns com trabalhos intensos. Com alta performance em movimentação e baixo consumo de energia, o modelo suporta longos turnos de operação com uma única carga de bateria. A máquina é equipada com motor de tração de 1.6 kw, com tecnologia AC trifásica da Jungheinrich de 24 v. Também possui um motor de elevação de 3 kw, controlado eletronicamente, permitindo que o operador eleve as cargas com maior precisão e suavidade. O equipamento pode suportar cargas de até 1.600 kg.

Também estão disponíveis na nova empilhadeira EJC 214/216 itens hidráulicos opcionais que permitem a proteção da carga durante a movimentação e depósito dos paletes pesados em corredores muito estreitos. A velocidade de descida dos garfos é automaticamente reduzida nos últimos 300 mm antes do depósito dos paletes. Além disso, com o modo “Crawl Speed”, o timão pode ser operado verticalmente com a velocidade reduzida, facilitando o acesso a espaços restritos. Vale lembrar que, em breve, o módulo LiftPlus – que está em fase final de testes na empresa – poderá melhorar a capacidade de elevação sem carga do modelo em até 80%. (11) 4815-8200

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AGENDA

INTERNACIONAL Modex 2012 – Expo for the manufacturing, distribution and supply chain industries. 6 a 9 de fevereiro de 2012, Georgia World Congress Center. Atlanta, Georgia, EUA. Organização: The Material Handling Industry of America. Informações e inscrições: www.modexshow.com Fruit Logistica 2012. 8 a 10 de fevereiro de 2012, Berlim, Alemanha. Organização: Messe Berlin. Informações: www.messe-berlin.de

NACIONAL Gestão de Frotas de Veículos. 19 e 20 de dezembro. Salvador, BA. Organização e informações: Treine Treinamento e Negócios. Tel.: (71) 3116-4629 treine@treine.com.br www.treine.com.br Formação de Vendedores de Empresas de Transportes e Logística. 14 de janeiro de 2012. Emissão e Regras de Documentos Fiscais para Transportadoras e a Incidência do ICMS. 21 de janeiro de 2012. Excelência em Atendimento ao Cliente no Setor de Transporte de Cargas. 28 de janeiro de 2012. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Ceteal.

Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com

Média e Longa Duração Administração de Armazenagem. Duração de 15 horas. Administração de Operações Logísticas. Duração de 30 horas. Administração e Planejamento da Produção. Duração de 15 horas. Compras e Administração de Materiais. Duração de 15 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Duração de 18 horas. Gestão da Distribuição. Duração de 15 horas. Gestão de Frotas. Duração de 30 horas. Logística Integrada. Duração de 24 horas. Logística de Transportes. Duração de 15 horas. Logística em Comércio e Serviço. Duração de 15 horas. Logística, Marketing e Vendas. Duração de 15 horas. Negociação em Compras. Duração de 15 horas. Previsão da Demanda para o Planejamento de Vendas e Operações. Duração de 15 horas. Tecnologia Aplicada à Logística. Duração de 15 horas. Todos em São Paulo, SP. A formação das turmas será iniciada em janeiro de 2012. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 8832000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br

Pós - Graduação em Logística Empresarial. 400 horas. Inscrições até 15 de janeiro. São Paulo, SP. Gestão de Operações Logísticas. 160 horas. Inscrições até 17 de janeiro. Campinas, SP. Gestão de Operações Logísticas. 160 horas. Inscrições até 8 de fevereiro. Valinhos, SP. Organização e informações: Fundação Vanzolini. Tel.: 0800-770-0608 cursos@vanzolini.org.br www.vanzolini.org.br Pós-Graduação em Logística. Duração de três semestres. São Bernardo do Campo, SP. Organização e informações: Centro Universitário da FEI. Tel.: (11) 4353-2909 iecat@fei.edu.br www.fei.edu.br MBA em Administração de Educação Tecnológica. Duração de um mês. Pós - Graduação em Gestão da Logística. Duração de seis meses. Ambos em Belo Horizonte, MG. Organização e informações: Ietec – Instituto de Educação Tecnológica. Tel.: (31) 3116-1000 cursos@ietec.com.br www.ietec.com.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Almi .................................................33 Alternativa.......................................64 Assine Tecnologística ......................81 Azul Cargo .......................................63 Brascargo .................................26 e 27 Buick Logística ................................23 Cargomax ........................................45 Cargosoft .........................................28 Consmetal .......................................17 Cursos LR ........................................79 DBTrans ...........................................65 DHL Global .....................................39 DVA Express ....................................07 Flash Sistemas .................................08 Fort Paletes ......................................72

GWI .................................................25 ILOS .................................................69 Localfrio ..........................................37 Maory ..............................................29 Matra do Brasil ................................30 MKS .................................................59 Morada Transportes ........................77 Myers ...............................................51 Nautika ............................................55 Otimis..............................................47 Vonder.............................................13 Patrus....................................... 4ª capa Polipisos ..........................................36 Prosperitas .......................................19 Rapidão Cometa ..............................73

Rayflex .............................................15 RDX .................................................34 Savik ................................................11 Site ...................................................76 Smartlog .................................. 3ª capa Tedesco ............................................21 Tegma ..............................................05 TNT Mercúrio ..................................09 Top Flex...........................................35 Tópico .............................................44 Tora Transportes .............................53 Toyota ..................................... 2ª capa Tradimaq .........................................43 Vix Logística ....................................31

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