ESPECIAL OPERADORES LOGÍSTICOS 2013 Abol: associação busca reconhecimento da atividade
Mão de obra: escassez de profissionais de logística vai de motoristas a vice-presidentes
Nivaldo Tuba fala do retorno da Columbia ao mercado de São Paulo
SUMÁRIO
06
MERCADO Veja todas as novidades do setor brasileiro de logística nesta seção
32
CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no movimentado mercado de logística
34
50
Crescimento da economia brasileira e consequente expansão do setor tornam difícil encontrar e reter os profissionais de logística nos vários níveis. Além de raros, eles ainda são mal preparados
56
ESPECIAL OPERADORES LOGÍSTICOS Operadores logísticos criam entidade representante, colaborando para que a atividade econômica seja reconhecida oficialmente e sua importância seja compreendida por autoridades governamentais e sociedade em geral
62
138
Tabela traz os principais operadores logísticos presentes no mercado brasileiro, mostrando seus serviços, abrangência geográfica, faturamento e principais ativos
ARTIGO Trabalho de Paulo Roberto Bertaglia e Antonio Grandini aborda o potencial dos conceitos vinculados ao 3PL e 4PL, mostrando os benefícios que sua adoção pode trazer para as empresas
MÃO DE OBRA Fatores conjunturais fazem com que a oferta de motoristas no país esteja escassa, justamente num momento de forte demanda. Empresas mostram o que têm feito para driblar o problema
ILOS Artigo trata da logística em situações de crise, que tem objetivos diferentes das cadeias de suprimento tradicionais, e apresenta resultado de pesquisa do Coppead-UFRJ que visa unificar conhecimentos de várias áreas para dar suporte prático e teórico à atividade
ENTREVISTA O presidente do Grupo Columbia, Nivaldo Tuba, conta a estratégia da empresa para retomar o mercado logístico de São Paulo, no qual a companhia havia deixado de operar depois da venda dos ativos em 2010
44
130
142
EVENTO Neste mês, trazemos a cobertura da quarta edição do Fórum Internacional de Logística Reversa, realizado em maio, em São Paulo, que contou com visitas técnicas, apresentação de cases e palestras nacionais e internacionais que mostraram o crescimento do setor
148
LIVRO Instituto ILOS lança seu Panorama Portos Brasileiros 2013, que reúne avaliações de profissionais de logística de importantes empresas e análises de especialistas no assunto
149
PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, serviços e sistemas voltados à logística
152
AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, MBAs e demais eventos nacionais e internacionais do setor de logística em nossa agenda
Capa: Anderson Maciel Ilustração: iStockphoto
Publicare Editora Ltda.
EDITORIAL
www.publicare.com.br
Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br
Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br
Lutando para existir
E
ste mês marca a entrada da revista em seu 19º ano e a 15ª edição de nosso Especial de Operadores Logísticos, um levantamento que foi feito pioneiramente pela Tecnologística e que tem ajudado a criar estatísticas sobre este importante setor no país. Com base nele, por exemplo, o Instituto ILOS faz sua pesquisa anual sobre a área, e nossa tabela também é referência para embarcadores em busca de prestadores de serviços logísticos e destes últimos em busca de benchmark. Todos esses levantamentos realizados ao longo dos anos mostram claramente a evolução desse segmento da economia, tanto em termos de número de empresas participantes quanto no seu faturamento e portfólio de serviços. Só que, na contramão desse crescimento, a atividade de operador logístico ainda não é reconhecida oficialmente, pois não possui sua CNAE – Classificação Nacional de Atividade Econômica –, espécie de “certidão de nascimento” de uma categoria. Para sanar esse paradoxo, dando representatividade ao setor nos vários fóruns de interesse e levando à sociedade conhecimento sobre a atividade, foi criada, há pouco menos de um ano, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), que hoje reúne 18 empresas entre as maiores do Brasil que, juntas, faturam anualmente cerca de R$ 9,2 bilhões e empregam 47 mil funcionários. A entidade acredita que, a partir da obtenção da CNAE, os operadores logísticos trabalhem com maior segurança jurídica, podendo fazer pleitos dentro das estruturas e planos de governo, o que colaborará com sua sustentabilidade. A Abol quer ainda que o setor seja ouvido nos fóruns de decisão que envolvam questões de seu interesse. Esperamos que o governo consiga enxergar a importância dessa atividade, que é fundamental para a eliminação de gargalos e o crescimento econômico do país. Outro tema desta edição é a escassez de mão de obra no segmento logístico no Brasil. Se o leitor está com a sensação de déjà vu é porque esse tema tornou-se recorrente dentro das matérias da Tecnologística, tendo merecido inclusive uma edição especial em julho de 2011. Nas duas reportagens que abordam o tema, veremos que, quase dois anos depois, praticamente nada mudou: faltam profissionais em todos os níveis, do mais operacional ao mais estratégico, com destaque para os motoristas de caminhão, uma profissão que passa por transformações profundas, como se vê em uma das matérias. Diante do quadro, as empresas investem pesadamente em treinamentos e programas de retenção. E o governo? Continua sem investir em cursos profissionalizantes e em cátedras sérias que ensinem logística nas universidades, dando corda a cursos ruins, que custam caro e formam mal. Mas pensa em trazer profissionais de fora para suprir nossa carência. Ah, bom! Uma ótima leitura a todos e até o mês de julho. Shirley Simão
Ano XIX - N.º 211 - Junho/2013 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP
Central de Atendimento: Tel./Fax: (11) 5505-0999 Assinatura assinatura@publicare.com.br Editora Silvia Antunes Marino Chefe de Redação Sônia Monfil Cardona Reportagem André Moraes Fábio Penteado Fernando Fischer redacao@publicare.com.br Revisão Patrick Parmigiani Arte Anderson Goes Maciel Renato Sales Publicidade Eládia San Juan Marcos Fornabaio Ricardo Nahorny Taís Coimbra Argentina V. y V.S.R.L. Nuñes - 2820 1429 - Buenos Aires - Argentina Tel./Fax: (0054 11) 4702-2800 Periodicidade Mensal Circulação Nacional Conselho Editorial Antônio Galvão Novaes; Arthur A. Hill; César Lavalle; Hugo Yoshizaki; Marcos Isaac; Paulo Fleury; Paulo Roberto Leite; Robert Caracik; Rodrigo Vilaça; Walter Zinn. A Revista Tecnologística não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados, bem como pelas opiniões emitidas pelos entrevistados. Reprodução total ou parcial permitida, desde que citada a fonte. Registrada no 1.º Cartório de Reg. de Tit. e Doc. sob n.º 219.179, nos termos da Lei n.º 5.250/67 (Lei de Imprensa). Marca Registrada INPI n.º 818.454.067. revistatecnologistica
@tecnologistica
Tiragem auditada pelo
4 - Revista Tecnologística - Junho/2013
MERCADO
MP dos Portos passa no Senado e mercado repercute
Divulgação
Representantes de entidades comemoram a aprovação, mas consideram que alguns pontos ainda podem ser revistos
A
pós ser aprovada no último dia 16 de maio pelo plenário do Senado Federal, a Medida Provisória 595/2012, popularmente chamada de MP dos Portos, seguiu para a sanção presidencial. A expectativa era de que, até o início deste mês de junho, fosse apreciada pela presidente Dilma Rousseff. Antes disso, a reportagem da Tecnologística foi ao mercado para repercutir a aprovação da MP e saber quais são os pontos de destaque e aqueles que ainda merecem atenção. O diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, diz que a entidade apoiou a medida e a considerava necessária e oportuna para destravar os investimentos e acabar com os gargalos do setor. “Nossas principais reivindicações foram aceitas”, resume. A primeira estava relacionada à concepção de terminais privados fora do porto organizado, que irão operar carga própria e de terceiros, apenas própria ou somente de terceiros. “Foi acrescentado na MP que, aquele que quiser operar um terminal, deve provar que é 6 - Revista Tecnologística - Junho/2013
titular da área. Isso afasta especuladores”, afirma. Outro aspecto favorável destacado por Manteli está no fato de que a MP manda adaptar os 54 contratos de arrendamento firmados antes da Lei 8.630/1993 e não contemplados por ela. “Seus contratos de vigência serão prorrogados uma única vez, mas com o prazo igual ao que era praticado antes de 1993. Então, a maioria vai ganhar mais dez anos”, anuncia. Mas há alguns pontos de crítica. O principal está relacionado à definição dos terminais-indústria, na opinião de Manteli, feita de forma equivocada e estabelecendo restrições. Ele cita que só poderão ser construídos terminais-indústria dos segmentos de hidrocarbonetos, mineração e agronegócio. Além disso, as estruturas não poderão estar localizadas em região de porto organizado. “Isso é para afastar qualquer eventual competição”, garante. Ele lembra, porém, que esse tipo de terminal gera a própria carga. O presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luis Henrique Baldez, também considera a aprovação boa, mas ressalta que alguns pontos mereceriam outra análise. “Na lei, ficou estabelecido que os armadores só podem participar com até 5% dos investimentos nos terminais privados. No mundo, é possível que um armador seja o único arrendatário”, diz. De acordo com Baldez, a Anut continuará acompanhando o setor, principalmente quanto à regulamentação por par-
te do governo federal e à fiscalização, sob responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “Estamos realizando um estudo de todos os pontos que precisam ser regulamentados e de que maneira enxergamos essa regulamentação”, ressalta. Além disso, continua o presidente, a associação irá acompanhar a fiscalização. “Se a Antaq não tiver um controle de poder concedente, de órgão regulador, de uma forma constante e ferrenha, poderemos ter casos de abusos de poder econômico. Corremos o risco de a empresa dona do terminal se tornar monopolista, criando problemas para os usuários”, salienta. O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, aproveita a oportunidade e faz uma cobrança. “A aprovação irá, sem dúvida, ajudar na modernização dos portos, mas o governo deve dar uma contrapartida e modernizar a infraestrutura de transportes do país, com melhor equilíbrio entre os modais”, enfatiza. Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf, lembra que o Brasil está pedindo um choque de competição. “A medida atende às reivindicações mais importantes dos setores produtivos, pois permite aumentar a oferta de operadores, promovendo maior concorrência e a consequente redução dos custos portuários”, diz. ABTP: (21) 2533-0499 Anut: (21) 2532-0503 CNT: (61) 3315-7000 Fiesp: (11) 3549-4499
Lançada licitação do VTMIS para o Porto de Santos Ferramenta possibilitará o monitoramento e o gerenciamento, em tempo real, do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio
Ferramenta O VTMIS é um sistema de auxílio, controle e monitoramento do tráfego de embarcações na área do porto e em suas imediações. Sua utilização permitirá o aprimoramento operacional das atividades de acesso
marítimo aos portos, possibilitando ganhos de capacidade e redução dos congestionamentos e, consequentemente, do tempo de espera dos navios, com uma gestão mais eficiente do tráfego das embarcações. A tecnologia será composta de quatro pontos de monitoramento, que coletarão dados sobre a localização e movimentação de embarcações e
O AIS e o radar ajudarão a câmera inteligente a focar em embarcações monitoradas. Continuamente, sensores meteorológicos coletarão dados climáticos e de visibilidade nas vias de navegação do porto, instalados em uma estação meteo-oceanográfica. A estação coletará dados sobre o clima e movimentos de maré com o auxílio de dois marégrafos. Assim, os operadores da central poderão estimar, de forma precisa, a profundidade dos berços, auxiliando a atracação de navios. A gestão ambiental do Porto de Santos também será beneficiada com dados coletados pela estação meteo-oceanográfica. Essas informações permitirão que a Codesp assegure o atendimento às obrigações da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Hídrica causada por embarcações (Marpol) na área do Porto Organizado. A instalação onde será implantado o Centro de Controle localiza-se na antiga Ponte de Inspeção Naval, na Ponta da Praia. Os pontos de monitoramento deverão ser instalados na Ilha da Moela, na Ponta de Itaipu, na região de Conceiçãozinha e na Ilha Barnabé. Imagens Aéreas
O
ministro dos Portos, Leônidas Cristino, anunciou, no dia 10 de maio, o lançamento da licitação do Sistema de Gerenciamento de Tráfego de Embarcações para o Porto de Santos (SP). O Vessel Traffic Management Information System (VTMIS) possibilitará o monitoramento e gerenciamento, em tempo real, do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do porto. Além disso, contribuirá para a segurança da navegação no estuário. O edital foi publicado na edição de 13 de maio do Diário Oficial da União (DOU). A iniciativa dá sequência às ações do Projeto de Inteligência Logística Portuária, juntamente ao Porto Sem Papel (PSP) e Porto 24 horas, ambos em funcionamento. O processo licitatório, com duração de três meses, será conduzido pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Autoridade Portuária de Santos e administradora do complexo, vinculada à Secretaria Especial de Portos (SEP).
abastecerão o Centro de Controle do VTMIS, que também abrigará a central de comunicação com as embarcações, executada mediante sistema de rádio VHF marítimo. O sistema contará com radar, câmera inteligente de longo alcance e sistema de identificação automática por meio de transponder AIS (Automatic Identification System), além de sensores meteorológicos. O radar, além de auxiliar a navegação, complementará o AIS na detecção de embarcações menores ou outras que não emitam sinais de transponder.
Porto de Santos: (13) 3202-6565 Junho/2013 - Revista Tecnologística - 7
MERCADO
Complexo Tecondi passa a se chamar Ecoporto Santos Grupo EcoRodovias cria marca para denominar empresas adquiridas em 2012
Estudo aponta desaceleração no mercado de condomínios logísticos
Divulgação
A O
Grupo EcoRodovias anunciou, na segunda quinzena de maio, a criação da marca Ecoporto Santos, nova denominação do Complexo Tecondi, adquirido pela companhia em junho do ano passado. A novidade faz parte do processo de integração do complexo ao grupo. Localizado na margem direita do Porto de Santos (SP), o complexo é formado pelo Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi), pela Terminais Marítimos Especializados (Termares) e pela Termlog Transporte e Logística. A partir de agora, as empresas passam a se chamar, respectivamente, Ecoporto Santos, Ecoporto Alfandegado e Ecoporto Transportes, todas tendo como marca principal a denominação Ecoporto Santos. As três empresas utilizarão também a identidade visual do Grupo EcoRodovias. Para o presidente do Ecoporto Santos, José Eduardo Bechara, a adequação dos nomes e da marca é importante para deixar claro que as empresas fazem parte da companhia.
8 - Revista Tecnologística - Junho/2013
De acordo com o presidente do Grupo EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras, assim como os nomes, iniciados pelo prefixo “eco”, a identidade visual – representada pelo desenho de uma folha – leva às empresas o pressuposto do grupo de reforçar seu compromisso com a sustentabilidade. As três empresas projetam investimentos de R$ 200 milhões na aquisição de equipamentos e em obras civis para os próximos cinco anos. Desse total, R$ 75 milhões devem ser aplicados já em 2013, com a compra de três portêineres e seis RTGs, com previsão de serem recebidos em um ano e seis meses. O Ecoporto Santos estuda ainda a aquisição de 30 terminal tractors. Já o aporte destinado à estrutura incluirá obras de reforço do cais e também de adequação para receber os novos equipamentos.
Ecoporto Santos: (13) 3213-0010
Colliers International Brasil, companhia que oferece consultoria em soluções imobiliárias, informa que houve uma desaceleração no mercado de condomínios industriais e logísticos em 2012. No ano passado, o índice de absorção foi de 870.862 metros quadrados, ante 1,094 milhão de m² em 2011. Apesar do desaquecimento, os preços médios de locação fecharam o ano em R$ 20,12/ m², aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. De acordo com a consultoria, o aumento é moderado diante de outros mercados, como a indústria. O estado do Rio de Janeiro segue com a maior média de preços – R$ 26,00/ m². Já em São Paulo, que ocupa a segunda posição, o índice é de R$ 21,90/m². Na Região Nordeste, o preço é de R$ 15,00/m². O inventário de condomínios logísticos existentes ao final de 2012 foi de 7,3 milhões de m², aumento de 28,1% se comparado ao ano anterior. Do total, 1,6 milhão de m² foram entregues em 2012, com o Sudeste recebendo 75,5% do espaço e o Nordeste, 13%. Ainda segundo os números divulgados pela Colliers, os anos de 2013 e 2014 devem receber 4,3 milhões de m², com o Sudeste respondendo por 80% do total e o Sul, por 15%.
Colliers: (11) 3323-0000
MERCADO
Emirates SkyCargo divulga receita recorde Desempenho do último ano fiscal contribuiu em 15% com a receita do grupo
A
Divulgação
SkyCargo, divisão de cargas da companhia aérea Emirates, registrou no ano fiscal 20122013, que terminou em março, receita recorde de US$ 2,8 bilhões, valor que representa um crescimento de 8% na comparação com o ano anterior. No período, a empresa transportou 2,1 milhões de toneladas, 16% a mais que o volume movimentado no ano fiscal 2011-2012. Os dados foram divulgados pela própria companhia, em seu relatório anual lançado no último dia 9 de maio.
Globalmente, a Emirates obteve um crescimento de 17% na receita, com US$ 21,1 bilhões, que proporcionou um lucro líquido de US$ 845 milhões, número 34% superior ao resultado do ano anterior. Esse foi o 25º ano consecutivo em que a Emira-
tes registra lucro recorde. De acordo com a companhia, o negócio de carga aérea segue desempenhando papel fundamental na expansão das operações. No ano fiscal aferido, a SkyCargo, que conta com dez aviões cargueiros em sua frota, atendendo a 12 destinos – incluindo o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) –, foi responsável por 15% da receita total da Emirates. Emirates SkyCargo: (11) 5503-5000
Jamef investe em Santa Catarina Divulgação
Empresa inaugura unidade em Itajaí e amplia filial de Joinville
A
Jamef Encomendas Urgentes, especializada no transporte de cargas fracionadas, conta com uma nova unidade em Itajaí (SC). Com cerca de 1.000 metros quadrados e 16 docas para cross-docking, a estrutura tem como objetivo atender ao crescimento de demanda observado na região. A empresa não divulga os valores
10 - Revista Tecnologística - Junho/2013
investidos na unidade, que deve garantir maior eficiência ao atendimento dos clientes, melhorando os prazos de entrega. A previsão é de que a unidade movimente 650 toneladas de cargas por mês. O diretor Comercial da Jamef, Paulo Nogueirão, conta que Itajaí é a nona estrutura inaugurada em menos de um ano e faz parte do projeto de expansão da
empresa. No fim de 2012, por exemplo, foram abertas as unidades de Fortaleza, Recife, Salvador, Aracaju, Maceió, Natal e João Pessoa. Para o executivo, investir em diferentes regiões do Brasil é essencial para oferecer um serviço de qualidade diante de uma demanda que aumenta a cada dia. A Jamef anuncia ainda que a filial de Joinville, também em Santa Catarina, passou por reformas. O novo espaço soma 3 mil m² e 18 docas e servirá como hub na Região Sul. Os valores investidos também não foram revelados. No estado, há mais duas unidades, em Blumenau e Florianópolis. Além das estruturas citadas, a empresa possui matriz em Belo Horizonte e 16 filiais nos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de Santa Catarina, e no Distrito Federal. Jamef: (31) 2102-8888
Setor ferroviário possui novo fornecedor de tecnologia Integração de três empresas forma a Alta Rail Technology
A
Divulgação
partir da união de três empresas brasileiras especializadas em tecnologia integrada para o setor ferroviário – a ALL Rail Technology, a Daiken Ferroviária e a Engesis Engenharia de Sistemas –, o segmento passou a contar, em abril, com um novo player: a Alta Rail Technology (ART). A formação da empresa teve investimentos do gestor de fundos de capital de risco em mercados emergentes Darby Private Equity, que terá uma parcela minoritária na ART. As negociações demandaram um aporte de cerca de R$ 30 milhões por parte do gestor. A empresa possui uma gama de produtos que abrange equipamentos, sistemas e serviços voltados para segurança, redução de custos e produtividade em todo o ciclo do transporte ferroviário de cargas. O portfólio da ART inclui computadores de bordo, módulos de comunicação e softwares para gerenciamento de ativos, indicadores de performance, planejamento, manutenção e centros de controle.
Corrêa: abrangência deve trazer oportunidades de negócios ao Brasil e exterior
Segundo o CEO da empresa, Carlos Henrique Corrêa, o domínio tecnológico da ART deve proporcionar grandes oportunidades de negócios tanto no Brasil quanto no exterior. De acordo com a atual carteira de clientes, aproximadamente 70% do faturamento de 2013 – previsto para R$ 50 milhões – deve ter origem fora do território nacional. Como parte de seu plano de crescimento, a companhia anuncia que buscará parcerias com integradores de soluções e consultorias ferroviárias em diversos países, além de estabelecer uma aproximação com potenciais clientes no mercado norte-americano. Corrêa destaca que a experiência e a forte presença na América Latina das três empresas originais, além de proporcionarem vantagem competitiva, contribuirão também para o desenvolvimento do modal ferroviário como um todo, colaborando com a padronização e trazendo inovações para o setor. Sediada na cidade de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, a ART conta com uma equipe de cem pessoas. A empresa já nasce com uma carteira de clientes espalhados pelas Américas, África, Ásia e Oceania, com mais de 1,8 mil locomotivas, 32 mil vagões e 25 mil quilômetros de malha ferroviária gerenciada por seus produtos. Sem revelar números consolidados, a ART projeta um crescimento superior a 100% no volume de negócios até 2015.
Alta Rail Technology: (41) 3621-8451
MERCADO
Merck tem novo CD no Rio de Janeiro Unidade será responsável pelo acréscimo de 60% da capacidade de armazenagem da fábrica
A
Divulgação
indústria química e farmacêutica Merck inaugurou, no último dia 18 de abril, seu centro de distribuição no bairro de Jacarepaguá, na capital fluminense. Com o aporte de R$ 21 milhões, a unidade aumenta em 60% a capacidade de armazenagem da empresa, dando o suporte logístico necessário para o aumento da produção na fábrica de Jacarepaguá. A companhia informa que, a partir do segundo semestre de 2013, a unidade passará a exportar medicamentos para toda a América Latina. A nova planta possui 5.762 metros quadrados de área construída, 2.836 m² de área útil de armazenagem climatizada, com temperatura em 25ºC, e uma câmara fria de 212 m², com variação entre 2ºC e 8ºC. O CD conta, também, com parede corta fogo e cobertura de sprinklers, de
proteção a incêndio, e tem estrutura para 6,5 mil posições-palete. As operações nesse CD, situado na Estrada dos Bandeirantes, uma das principais vias da região, serão realizadas pela AGV Logística. Segundo a Merck, a abertura da unidade é estratégica para a sustentabilidade dos negócios da empresa no Brasil, já que, com o aumento da produção, a fábrica brasileira deve
entrar para o time das plantas mais importantes do grupo no mundo. A Merck atingiu, em 2012, seu recorde na produção de medicamentos sólidos, ao alcançar a marca de 1,1 bilhão de comprimidos, ante os 768 milhões alcançados em 2011. Em agosto do ano passado, a empresa finalizou as obras de expansão na área de produção, que foi duplicada de tamanho, para 2 mil m², e ganhou três novas máquinas para a fabricação de medicamentos. Já para 2013, a companhia planeja produzir 1,2 bilhão de comprimidos, cerca de 10% a mais do que em 2012, e 66 milhões de embalagens, aproximadamente 11% a mais do que no ano passado.
Merck: (21) 2444-2000
Rodonaves adquire 40 caminhões Divulgação
Empresa busca renovar frota e aumentar produtividade com novos veículos
12 - Revista Tecnologística - Junho/2013
A
RTE Rodonaves, sediada em Ribeirão Preto (SP), adquiriu 40 novos cavalos Iveco Stralis 460S36T, que comportam baús tamanho carreta e tinham previsão de entrar em operação ainda no primeiro semestre de 2013. Com essa aquisição, a empresa passa a contar com uma frota de 1,8 mil veículos. Segundo a Rodonaves, os caminhões foram adquiridos com o objetivo de, a partir da renovação da fro-
ta, gerar mais agilidade na coleta e na entrega das encomendas. Além disso, o investimento vai contribuir com a preservação do meio ambiente, pois os caminhões novos exigem pouca manutenção e registram baixo consumo de combustível, além de menores índices de emissão. O valor da compra não foi revelado pela empresa. Rodonaves: (11) 2192-3100
Companhia estabelece parceria com a Hyster e com a Continental Pneus
A
Pesa (Paraná Equipamentos), fornecedora de máquinas, peças e serviços sediada em Curitiba, firmou acordos comerciais junto à Hyster e à Continental Pneus. Com a fabricante de empilhadeiras, o estabelecido é que a Pesa comercialize os produtos no estado do Paraná e preste serviços de locação em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O negócio também envolve a distribuição de peças e a realização de serviços de manutenção. Segundo o gerente de Marketing da Hyster no Brasil, Hugo Miotto, a empresa está disponibilizando, para as operações de venda e de locação a serem realizadas pela Pesa, a linha completa de equipamentos da montadora produzidos no país, além de modelos importados, com utilização de motores a gás, diesel e elétricos. A linha nacional possui desde máquinas Premium, que são empilhadeiras chamadas “Fortis”, modelos CT, mais robustos, até a máquina de 1,8 tonelada, concebida pela engenharia brasileira. Na gama de importadas, há empilhadeiras com capacidades variando entre 10 e 48 toneladas. O supervisor de Rental Services da Pesa, Diego Zito, diz que o acordo também traz benefícios quanto à negociação, uma vez que os clientes da Pesa poderão utilizar a linha de crédito Finame, concedida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para o financiamento de máquinas e equipamentos.
Para atender ao esperado aumento da demanda, a área comercial e os técnicos de manutenção da Pesa passaram por treinamentos aplicados por profissionais da Hyster. De acordo com Zito, a companhia já possuía colaboradores capacitados no serviço de pós-venda e esse trabalho foi realizado apenas para aperfeiçoar o atendimento aos clientes.
Pneus Já com a Continental, o trabalho consiste em comercializar a linha de pneus industriais da fabricante nos três estados da Região Sul. Pelo acordo estabelecido, a Pesa será responsável pela distribuição dos produtos em 16 pontos de venda. De acordo com o supervisor de Vendas de Pneus Industriais da fabricante, Vinícius Penna, a estratégia será trabalhar com alta disponibilidade de produtos, de forma a reduzir o prazo entre a compra e a entrega ao cliente final. A gama oferecida pela Continental é composta por diferentes modelos: pneumáticos radiais e diagonais, superelásticos (maciços) e sólidos. O emprego de cada um deles leva em consideração o tipo de carga transportada, as condições do ambiente e do pavimento, além de dados relativos ao equipamento, como velocidade, distância percorrida, peso e elevação.
Pesa: (41) 2103-2211
Rodrimar compra empilhadeiras da BMC
Divulgação
Pesa anuncia acordos comerciais
A
Brasil Máquinas de Construção (BMC), especializada em veículos pesados, revela que o Grupo Rodrimar é seu novo cliente na Divisão de Empilhadeiras Hyundai, com a recente aquisição de dez destes equipamentos. As empilhadeiras, modelo 70L7A, movidas a GLP, têm capacidade de 7 mil quilos e já estão em operação no projeto da Eldorado Celulose e Papel, no qual a Rodrimar está participando como administradora das operações portuárias, que incluem o recebimento de carga, armazenamento e embarque de celulose exportada pelo Porto de Santos (SP). Segundo a BMC, esse modelo de empilhadeira garante mais segurança e conforto às operações, por conta da visibilidade e ergonomia da cabine do operador. As inspeções diárias são mais rápidas, em virtude da facilidade de acesso na verificação do nível do óleo da transmissão e do fluido de freio, entre outros itens. BMC: (11) 3302-5450 Rodrimar: (13) 3202-8200 Junho/2013 - Revista Tecnologística - 13
MERCADO
Bridgestone lança e-commerce de pneus Fabricante inicia venda on-line, com entrega no domicílio do comprador e montagem gratuita em revendas autorizadas
A
fabricante de pneus Bridgestone anunciou, em abril, o lançamento de uma loja virtual para atender as Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Os pneus disponíveis para compra na loja eletrônica da empresa são destinados a caminhonetes, carros de passeio e utilitários esportivos (SUVs, na sigla em inglês para Sport Utility Vehicle). Os produtos adquiridos são entregues diretamente no domicílio do comprador a partir do centro de distribuição da Bridgestone no Rio de Janeiro, que apresenta capacidade para armazenar aproximadamente 10 mil pneus. As entregas são realizadas em um prazo de dois a sete dias, por um distribuidor credenciado pela empresa.
Dentre as vantagens da utilização do novo canal de vendas, destacam-se a opção de pagamento parcelado no cartão de crédito ou à vista, por boleto bancário, e a montagem gratuita do pneu em revendas autorizadas. A relação dos locais está disponível na loja virtual, que pode ser acessada pelo site da Bridgestone. O diretor de Vendas e Marketing da empresa, Alexandre Lopes, justifica a criação do serviço lembrando que o consumidor que acessa a página da fabricante na internet para buscar mais informações a respeito de um determinado produto encontra agora a facilidade de comprá-lo imediatamente. De acordo com ele, a Bridgestone é pioneira nesse tipo de serviço on-line no mercado nacional.
A novidade, além de incrementar as vendas da Bridgestone e aumentar o market share no país, tem como objetivo criar um banco de informações a respeito dos clientes brasileiros, que poderá orientar as estratégias de investimentos em tecnologias que atendam ao interesse do mercado nacional. Sediada em Tóquio, a Bridgestone vende seus produtos em mais de 150 países ao redor do mundo. No Brasil, produz pneus em suas fábricas localizadas em Santo André (SP) e Camaçari (BA), atingindo a marca de 42 mil pneus ao dia.
Bridgestone: 0800 161 718
Norbert Dentressangle abre escritório no Rio de Janeiro Objetivo é atender as indústrias de óleo e gás e construção naval, além de desenvolver o negócio de cargas de projeto
A
Norbert Dentressangle anuncia a abertura de seu segundo escritório de agenciamento de carga no Brasil. Localizada no Rio de Janeiro, a unidade surge para prestar suporte às atividades da companhia no segundo maior centro comercial brasileiro. Vale lembrar que o primeiro escritório da companhia no país foi montado na cidade de São Paulo, em 2011. 14 - Revista Tecnologística - Junho/2013
A unidade fluminense atenderá as indústrias de petróleo e gás e construção naval. Além disso, torna-se uma base para que a Norbert Dentressangle desenvolva negócios junto ao segmento de cargas de projeto. De acordo com o diretor da Divisão de Agenciamento de Carga, Antoine Pascual, a empresa busca desenvolver-se rapidamente na América Latina e o novo escritório demonstra
o compromisso em estabelecer presença nos mais importantes centros comerciais do continente. Para o executivo, além da prestação de serviços e do gerenciamento de frete marítimo e aéreo, a Norbert Dentressangle continua trabalhando para oferecer aos clientes soluções em cadeia de fornecimento porta a porta. Norbert Dentressangle: (11) 98236-7116
ID Logistics muda sede no Brasil
Divulgação
Empresa separa a área administrativa das operações
desenvolvimento de negócios. O diretor aponta, ainda, a diversificação das atividades e a ampliação da oferta de soluções como fatores que contribuem para esse aumento. Como exemplo, ele cita a entrada da ID Logistics no mercado de armazéns gerais em 2011. Hoje, são 25 mil m² disponíveis, espaço que deve dobrar em 2013. Derouin revela que, para este ano, a estratégia é também fortalecer a atuação nas regiões em que a companhia atua e nos segmentos atendidos, com especial atenção ao de e-commerce. Em 2012, o Grupo ID Logistics atingiu um volume de negócios mundial de 559,6 milhões de euros, crescimento de 21,1% em relação a 2011. Agora presente em 12 países, com o início das operações na África do Sul no fim do ano passado, a companhia aposta em mercados emergentes, como a Polônia e os países da América Latina. Apenas os negócios internacionais registraram, em 2012, volume de negócios de 218,8 milhões de euros, aumento de 34,2% em comparação ao ano anterior. Divulgação
M
anter o ritmo de crescimento das operações no Brasil. Este é um dos objetivos do operador logístico de origem francesa ID Logistics com a mudança de sua sede de Osasco para Barueri, ambas próximas à cidade de São Paulo. De acordo com o gerente Comercial e de Marketing da empresa, Rodrigo Bacelar, o novo escritório valoriza o compartilhamento de informações e o desenvolvimento de novas soluções entre os colaboradores, gerando expectativas positivas. Anteriormente, a sede administrativa estava localizada junto à operação de um cliente. A previsão da empresa é de aumentar em 20% a participação da América Latina (filiais do Brasil e da Argentina) nos negócios da companhia em 2013. O número consolidado não é divulgado. No Brasil, a evolução é constante. Em 2012, a ID faturou R$ 218 milhões, ante os R$ 155 milhões computados em 2011 e R$ 115 milhões no ano anterior. De acordo com o diretor-geral, Nicolas Derouin, o desempenho no país se deve ao crescimento orgânico das operações já existentes, somado ao
ID Logistics: (11) 3809-3400
MERCADO
Portonave tem novidades na operação Terminal ganha novos equipamentos, novo serviço e programa ampliação de área
Divulgação
Divulgação
Os equipamentos utilizados para movimentar contêineres à beira do cais são da marca Terex Fantuzzi, modelo Post Panamax. Cada portêiner tem capacidade de suspensão de 75 toneladas, o que capacita a Portonave a atender com maior eficiência navios com 48 metros de boca (19 rows – linhas de contêineres). Já os transtêineres são da marca Terex Noell e possuem capacidade de suspensão de 40 t. Com eles, o terminal agora tem um total de seis portêineres e 18 transtêineres. O terminal também ganhará, ao longo deste ano, mais espaço operacional. A área atual de 270 mil metros quadrados, na qual são movimentados 51,6 mil TEUs por mês, deve ser expandida para 410 mil m². Hoje, a
A
Portonave – Terminais Portuários de Navegantes (SC) – recebeu, no último dia 7 de abril, três portêineres e cinco transtêineres. A previsão é de que todos esses equipamentos estejam em operação até o fim do primeiro semestre. Sem revelar o valor do investimento, a companhia informa que essas aquisições fazem parte do plano de expansão das atividades.
Portonave suporta estaticamente 15 mil TEUs e tem capacidade de movimentação anual de 1 milhão de TEUs.
Escala Outra novidade fica por conta do novo serviço para a Ásia. Denominada Ipanema, a rota tem escalas semanais na Portonave e é operada com 11 navios pela MSC. A primeira embarcação desse novo serviço foi o MSC Jenny, que saiu de Xangai no dia 18 de abril e chegou a Navegantes no dia 27 de maio. Além do terminal catarinense, a rotação escala os portos de Buenos Aires (Argentina), Santos (SP), Cingapura, Yantian, Chiwan, Hong Kong, Ningbo e Xangai, estes cinco últimos em território chinês.
Portonave: (47) 2104-3300
DC Logistics inaugura escritório em Minas Gerais
A
DC Logistics Brasil, empresa que atua no gerenciamento logístico do transporte internacional, abre novo escritório em Belo Horizonte, como parte da estratégia de estar presente nos principais polos industriais do país. De acordo com o diretor da empresa, Ivo Mafra, o investimento em um novo escritório se deve à força de Minas Gerais no setor industrial e no fluxo de transporte. O executivo explica que o estado é um facilitador logístico 18 - Revista Tecnologística - Junho/2013
importante, por causa de sua localização central, fator que incentiva a instalação de indústrias que importam e exportam produtos, apresentando grande potencial para os serviços prestados pela DC. Impulsionada pela nova estrutura, a empresa prevê um crescimento de 20% no faturamento referente ao mercado mineiro para o acumulado de 2013. Os valores absolutos não foram revelados. Segundo Mafra, a inauguração do escritório faz parte dos planos
Divulgação
Com a nova unidade, empresa passa a contar com nove escritórios em território nacional da DC de tornar-se referência no agenciamento de cargas e logística integrada no país até 2017. Com o escritório de Belo Horizonte, a empresa passa a contar com nove unidades distribuídas pelo Brasil. Além de Minas Gerais, a DC está presente em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Amazonas.
DC Logistics: (11) 2227-2752
Grupo tornou-se um dos maiores frotistas do modelo na América do Sul
O
Grupo Bom Futuro, produtor de soja, adquiriu 158 veículos Iveco Stralis. Segundo a montadora, trata-se de uma das maiores vendas em um único pedido do modelo extrapesado. Com essa aquisição, a companhia tornou-se um dos maiores frotistas de Stralis da América do Sul. A Iveco informa que, atualmente, as vendas para produtores rurais representam cerca de 25% dos negócios totais da montadora italiana no Brasil, indicando
que a crescente complexidade das operações logísticas no agronegócio traz significativas oportunidades. E, de acordo com a montadora, nesse cenário, o Stralis tem se destacado por suas características de economia – consumindo até 7,5% menos combustível que a geração anterior – e força, já que o motor Iveco TurboBrake, com 415 cavalos nos motores de 13 litros, pode chegar a 978 cv no opcional Intarder. Iveco: 0800 702 3443
Kuehne + Nagel apresenta novo hub em Campinas Unidade com 1.500 m2 será inaugurada em junho
O
operador logístico Kuehne + Nagel inaugura, neste mês de junho, um hub em Campinas (SP), visando à expansão de suas operações rodoviárias no estado de São Paulo. A unidade localiza-se próximo à Via Anhanguera e aos trevos de acesso para as Rodovias dos Bandeirantes e Dom Pedro I, com fácil acesso ao aeroporto de Viracopos. O novo centro de distribuição conta com 1,5 mil metros quadrados, dos quais 50% serão destinados à armazenagem, com 600 posições-palete e pé-direito de 10 metros, e 50% serão dedicados às operações de cross-docking. A Kuehne + Nagel pretende otimizar
o fluxo operacional dos segmentos em que atua, ou seja, consolidar o volume de operações envolvendo o Porto de Santos (SP) e o aeroporto de Viracopos, assim como os embarques para o Mercosul e a distribuição no mercado nacional. Com três docas para carga e descarga, esse CD atuará inicialmente com frota dedicada de 15 veículos, que atuarão basicamente com o transporte em roteirizações diárias. A companhia revela que já possui clientes para as operações na unidade campinense, entre os quais estão empresas do segmento químico, automotivo e high tech. Kuehne + Nagel: (11) 3037-3300
ALL e Ferroeste anunciam acordo operacional Divulgação
Bom Futuro adquire 158 Iveco Stralis
A
América Latina Logística (ALL) e a Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste) firmaram, em maio, um acordo operacional que prevê o compartilhamento das malhas ferroviárias das duas empresas. Com a novidade, os trens poderão circular livremente no trecho entre Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, e Desvio Ribas, em Ponta Grossa, no centro do estado. O acordo tem como objetivo proporcionar ganhos de produtividade, reduzindo as paradas nos pontos de conexão entre as duas companhias. As operações acontecerão utilizando um pool de locomotivas da ALL e da Ferroeste e devem beneficiar produtores e cooperativas do oeste paranaense, agilizando o transporte de carga e diminuindo o ciclo de vagões no trecho. Segundo o gerente de Contêineres da ALL, Leonardo Dallegrave, a parceria proporcionará maior sinergia entre as empresas, fazendo com que a malha funcione como se fosse uma ferrovia única ao eliminar a necessidade de os trens pararem em Guarapuava. ALL: (41) 2141-7555 Ferroeste: (41) 3281-9800 Junho/2013 - Revista Tecnologística - 19
Locar montará módulos de navio-plataforma
Divulgação / Locar
A
Locar Guindastes e Transportes Especiais foi contratada pelo Estaleiro Brasa, situado em Niterói (RJ), para trabalhar na montagem de módulos do navio-plataforma FPSO Cidade de Ilha Bela, que atuará na exploração de petróleo na camada de pré-sal na região do campo Sapinhoá, na Bacia de Santos, a 300 metros da costa e a 2,14 mil m de profundidade. Para efetuar o serviço, a companhia utilizará dois guindastes com capacidade de 750 toneladas cada um – modelo Liebherr LR 1750. Ao todo, os guindastes vão operar em dez módulos, movimentando 15.785 t. O contrato para a construção do FPSO, que demandou investimentos de US$ 1 bilhão, foi firmado em abril do ano passado entre Petrobras, BG E&P Brasil e Repsol Sinopec Brasil. A unidade, que iniciará os trabalhos no próximo ano, será
operada pela Mitsubishi Corporation e por joint venture entre SBM Offshore e Queiroz Galvão Óleo e Gás. A sigla FPSO significa, em inglês, floating production, storage and offloading, termo utilizado para definir a unidade flutuante de armazenamento e transferência, usada na exploração de óleo e gás. Locar: (11) 3545-0500
Ultragaz compra máquinas da Marksell
A
Marksell, especializada em equipamentos para movimentação de cargas, forneceu 121 plataformas MKS-200PEG para a distribuidora Ultragaz. O equipamento é empregado para carga e descarga de cilindros de gás nos veículos de entrega, e foi desenvolvido para caminhões pequenos, que ficam fora da lei de restrição de circulação na cidade de São Paulo. Instalada na lateral do veículo, a plataforma é incorporada ao assoalho da carroceria, dispensando espaço extra. O equipamento tem capacidade para 200 quilos e acionamento eletro-hidráulico conectado ao sistema elétrico do veículo, permitindo seu funcionamento mesmo com o motor desligado. O piso é de aço corrugado an-
tiderrapante e mede 40 x 40 centímetros. Os veículos equipados com a plataforma fazem parte do programa de renovação de frota operacional da Ultragaz, em parceria com a empresa de transportes Julio Simões, para atendimento do segmento industrial e para distribuição de gás em média escala. As plataformas, que já estão em operação, trouxeram melhorias no desempenho operacional. Segundo a Ultragaz, houve redução de 5% nos custos de manutenção dos botijões e 10% em ganho de produtividade, o que significa 312 mil cilindros movimentados a mais no período de seis meses. Marksell: (11) 4789-3690 Ultragaz: (11) 3177-6677
Sulista contará com nova sede Grupo terá 35 mil m² na cidade de São José dos Pinhais
O
Grupo Sulista, formado pela Transportadora Sulista e pela Total Linhas Aéreas, contará com uma nova sede localizada em São José dos Pinhais (PR). A estrutura, que terá 35 mil metros quadrados de área total, faz parte dos planos de expansão da companhia para se consolidar como operador logístico. A previsão é de que a mudança ocorra até o fim de 2013, ano em que a Sulista comemora seu 30º aniversário. Ao todo, estão sendo investidos aproximadamente R$ 5 milhões na obra. Atualmente instalada em Curitiba, a companhia possui uma área total de 7 mil m². Na primeira fase da nova sede, serão 5 mil m² destinados somente à ar-
mazenagem, com possibilidade de ampliação de mais 10 mil m². A estrutura de São José dos Pinhais deverá ter pé-direito de 5 metros e 15 docas. A localização da nova sede deve permitir melhores oportunidades de negócios ao grupo, em razão da proximidade com as estradas que ligam a região a São Paulo e a Porto Alegre. Além disso, São José dos Pinhais é o terceiro maior polo automotivo do país, um dos segmentos em que a Sulista atua. No primeiro trimestre de 2013, a companhia transportou 72 mil toneladas, entre peças automotivas, malas postais e valores. O número representa um acréscimo de 6 mil t em relação ao
mesmo período do ano passado, quando foram transportadas 66 mil t. Sem revelar valores consolidados, a Sulista indica uma projeção de aumento de 15% no faturamento do acumulado de 2013 em relação a 2012. Além da sede, a Sulista conta com oito unidades operacionais e pontos de apoio localizados nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A frota da companhia é composta por 240 veículos, entre cavalos mecânicos, carretas, tocos, trucks e carros de apoio, com idade média de três anos e meio, além dos seis Boeings 727-200 Full-Cargo da Total. Grupo Sulista: (41) 3371-8200
MAN atrai fornecedores para Resende Divulgação
Montadora busca otimizar a logística de componentes automotivos
A
MAN Latin America inaugurou, no último dia 6 de maio, o que chama de parque de fornecedores, na sua unidade industrial de Resende (RJ). De início, o empreendimento já conta com a presença de duas fabricantes de autopeças: Meritor, que produz eixos, e Suspensys, pertencente ao Grupo Randon e especializada em suspensões. O objetivo da montadora com o parque é aproximar seus fornecedores da linha de produção, encur-
tando a cadeia de suprimentos e otimizando, assim, a logística dos componentes automotivos. A Meritor e a Suspensys, somadas, investiram em torno de R$ 90 milhões nas suas unidades dentro da MAN. As novas fábricas ocupam uma área total de 70 mil metros quadrados, sendo que a Meritor possui uma área construída de 9,8 mil m² e a Suspensys, de 14,4 mil m². As operações das duas plantas terão início com cem funcionários, 50 para cada empresa, e a estimativa das companhias é de que o quadro possa chegar a 780 funcionários quando atingirem a capacidade plena. No total, o parque de fornecedores da MAN conta com 100 mil m² de área, com uma infraestrutura e logística para garantir maior eficiência nos processos da linha de montagem dos veículos. Segundo a
montadora, até 2014 mais três empresas estarão instaladas no parque de Resende; são elas: Maxion, Master e Rassini. Segundo a companhia, a transferência desses fornecedores para o parque industrial é um dos fatores primordiais para a montadora alcançar sua meta de expandir a capacidade produtiva, chegando a 100 mil unidades por ano, entre caminhões e ônibus. Já nesta fase inicial, com a operação das unidades da Meritor e da Suspensys, a MAN planeja liberar 5 mil m² de sua fábrica, até então utilizada como área de armazenagem, para aumentar sua linha de montagem e instalar novos equipamentos. A companhia obteve redução de 100% no estoque de eixos e molas na fábrica. MAN: (11) 5582-5335 Meritor: 0800 555 530 Suspensys: (54) 3239-3000 Junho/2013 - Revista Tecnologística - 21
MERCADO
Volvo VM completa dez anos Para celebrar a consolidação dessa linha, a montadora lança série comemorativa
22 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Desde sua entrada no mercado, a linha VM foi ampliada e passou por evoluções, com novos itens relacionados ao desempenho, segurança e conforto. Em 2005, os modelos ganharam avançados motores eletrônicos e piloto automático. Tiveram como novidades o cavalo mecânico VM na configuração de eixos 4x2, com motorização eletrônica de 310 cv, e os VM rígidos rodoviários de 210 cv e 260 cv, além dos rígidos 6x4 de 260 cv e 310 cv, toda a linha com motores Euro 3. Em 2011, surge a terceira geração,
comemorativa, cujos modelos trazem selo aplicado na parte interna, no painel, e externa, nas portas, com pintura especial. A cabine é na cor prata e as portas receberam uma faixa azul metálica que remete à trajetória de sucesso do veículo. Além disso, o caminhão rígido, com motor de 270 cv e caixa de câmbio de nove marchas, tem espelhos retrovisores externos convexos com acionamento elétrico, espelhos auxiliares nos dois lados, ar-condicionado, para-sol externo e faróis de neblina, bancos de couro, vidros e travas elétricos, suspensão integrada da cabine e sistema de som com rádio CD com MP3, entrada USB e bluetooth. Os modelos exclusivos dessa série também possuem dois tanques de combustível com capacidade total para 560 litros, o que reduz a necessidade de paradas para abastecer e, assim, torna a viagem mais produtiva e mais segura, já que permite ao motorista escolher os locais de descanso. Em relação ao desempenho de mercado dos caminhões VM para este ano, a companhia espera se aproximar dos resultados obtidos em 2011, o melhor desde o lançamento da linha, quando produziu 7,1 mil unidades VM, entre semipesados e pesados. “No caso do VM pesado, devemos chegar perto do produzido em 2011; já no semipesado, um pouco menos”, declara Bernardo Fedalto, diretor de Caminhões da Volvo para o Brasil. Divulgação
L
ançada em 2003, a linha VM, de caminhões semipesados e pesados, representa hoje 40% das vendas totais da Volvo no Brasil. Com ela, a companhia marcava sua entrada no segmento de semipesados, introduzindo no mercado brasileiro, conforme destaca a montadora, itens até então adotados apenas nas linhas de pesados, como cabines mais confortáveis e motores mais potentes. Esses caminhões VM chegaram com motores Euro 2 de 210 cv e 240 cv, chassi rígido e opções de eixos 4x2 e 6x2. Segundo Álvaro Menoncin, gerente de Engenharia de Vendas da Volvo do Brasil, era o único na época a ter coluna de direção ajustável, sistema de basculamento hidráulico da cabine, dois tanques opcionais de combustível de maior capacidade, além de opcionais importantes para a operação de transporte, como imobilizador, climatizador e caixa de câmbio de nove marchas. Também o câmbio era um diferencial, já que o acionamento pneumático da embreagem possibilitava maior facilidade na troca de marchas. Os faróis foram outra novidade. Funcionavam com o sistema running day light que, após dada a partida do motor, ficam acesos durante todo o tempo em que o veículo permanecer funcionando. O gerente de Vendas da linha VM, Francisco Mendonça, ressalta a importante mudança proporcionada aos caminhões dessa categoria: “Baixo consumo de combustível, grande disponibilidade e conforto são os fatores que conquistaram os transportadores e, por consequência, impulsionam nossas vendas”.
com novo design e já com motores Euro 5, com as opções de veículos rígidos de 220 cv, 270 cv e 330 cv, e o cavalo mecânico também de 330 cv. No mesmo lançamento, a Volvo apresentava os VM vocacionais rígidos com propulsores de 270 cv e de 330 cv. A nova geração chegava com a tecnologia SCR para atendimento da legislação de emissões Euro 5/ Proconve P7, oferecendo ainda opções de caixa de câmbio e eixos traseiros para atender a todas as necessidades dos transportadores. E, mais uma vez, segundo a companhia, o VM se destacou pelo baixo consumo de combustível.
Especiais Para marcar os dez anos do Volvo VM, a montadora lançou uma série
Volvo: (41) 3317-8111
Divulgação
Ativa amplia unidade no Espírito Santo Mercado farmacêutico aquecido leva companhia a alterar sua estrutura
A
Ativa Logística, especializada no segmento de medicamentos e cosméticos, mudou o endereço de sua filial em Viana (ES), passando para uma estrutura maior, com mais espaço para o terminal de cargas e para carretas. A unidade, que em 2012 movimentou 8 milhões de toneladas, é responsável por 7% do total transportado pela empresa. A filial capixaba, uma das 22 da companhia, possui 1,84 mil metros quadrados de área construída, seis
docas para atendimento simultâneo de 18 veículos, sala climatizada de 60 m² para medicamentos, sala de treinamento, espaço de descanso para os motoristas, balança para pesagem e espaço para lavagem dos veículos, além de pátio para 20 carretas. A área de armazenagem está preparada para 120 posições-palete e possui controle de temperatura. A filial conta agora com monitoramento eletrônico, por meio de um avançado sistema de
câmeras e alarmes que funciona 24 horas por dia. A unidade vem atender à projeção de crescimento feita por entidades do setor como Abradilan e Abrafarma, segundo as quais o mercado de medicamentos deve receber um incremento entre 11% e 20% este ano. Em 2012, a indústria farmacêutica movimentou R$ 49,6 bilhões, faturando 15,8% a mais do que em 2011. Ativa Logística: (11) 2902-5000
Divulgação
MERCADO
Fábrica da Toyota na reta final
N
o último dia 16 de maio, a Toyota Material Handling Mercosur (TMHM) realizou a pré-inauguração de sua fábrica brasileira, que entra em operação em outubro, na cidade de Artur Nogueira (SP). Localizada em um terreno de 93 mil metros quadrados, com cerca de 31 mil m2 de área construída, a fábrica consumirá investimentos de US$ 101 milhões e terá capacidade de produção anual de 5 mil unidades de empilhadeiras a combustão da Série 8, com capacidades de 1,8 tonelada a 3 t, que hoje são importadas dos Estados Unidos. Posteriormente, a
empresa tem planos de aumentar a produção com outros modelos e capacidades. A fábrica, inclusive, já possui área prevista para possível ampliação. O prédio já está concluído e começou a receber o maquinário para produção. Muitos dos funcionários receberam treinamento no Japão e nos Estados Unidos, sendo esta a primeira fábrica da empresa a mesclar os métodos produtivos dos dois países. Durante a cerimônia, houve o hasteamento das bandeiras, além do descerramento da placa comemorativa, feito pelo presidente da TMHM, Hiroyuki Ogata. Também foi enterrada a cápsula do tempo, com objetos alusivos ao dia da colocação da pedra fundamental da fábrica. Foram ainda plantados três ipês amarelos
como símbolo do início da unidade. O evento contou com a presença do prefeito de Artur Nogueira, Celso Capato, de executivos internacionais da empresa, além de representantes da construtora Hoss, responsável pela obra, de empresas parceiras da Toyota, como a Kurita e a Mitsuba, também instaladas na cidade, e de colaboradores da companhia. Presente no Brasil desde janeiro de 2004, a TMHM possui sede em Diadema, na Grande São Paulo, e teve faturamento de R$ 135 milhões em 2012. Ela é controlada integralmente pela Toyota Industries Corporation e faz a fabricação, vendas e pós-vendas de uma ampla linha de empilhadeiras a combustão, a diesel e elétricas de diferentes modelos e capacidades. TMHM: (11) 3511-0400
Boticário premia seus melhores fornecedores
O
Divulgação
Grupo Boticário realizou, empresas DRS Transportes, Raem abril, em Curitiba, o pidão Cometa, Atlas, Bertolini e 16º Encontro de FornecePlimor, como fornecedoras Pradores, evento anual que faz parte ta, todas na categoria Insumos do Programa de Avaliação e DeIndiretos e Serviços. Entre os senvolvimento de Fornecedores demais segmentos que também (PADF) da companhia. foram premiados estão nomes O PADF tem como objetivo como Amil, Dell, Embratel, Mialinhar os trabalhos junto aos crosoft e IBM. principais fornecedores, avaDe acordo com a Patrus, foliando os serviços prestados sob ram realizadas, em 2012, mais Miguel Krigsner, presidente do Conselho Administrativo do Grupo Boticário; Marcelo Patrus, presidente da Patrus; Silvio Kasnodzei, diferentes aspectos e apontando de 47 mil entregas para o Boticágerente da filial de Curitiba da Patrus; e Arthur Noemio Grynbaum, rio, para mais de 700 pontos de as possibilidades de melhoria. presidente executivo do Grupo Boticário São analisados critérios finanvenda e 40 mil entregas porta a ceiros, como o impacto do fornecedor rior, dentre as 70 empresas participantes porta nos estados de Minas Gerais, Bahia nos resultados, e mercadológicos, como do programa. A premiação é dividida nas e Sergipe. A empresa foi condecorada o grau de inovação que ele pode trazer categorias Fornecedores de Insumos Di- ainda com um reconhecimento por suas para a empresa. retos e de Insumos Indiretos e Serviços. ações sustentáveis, promovidas por meio Do segmento de logística, foram pre- do Instituto Marum Patrus (Imap). Durante o encontro, o Boticário entrega ainda um prêmio em reconhecimento miadas a Patrus Transportes e a Expresso Grupo Boticário: 0800 413 011 aos melhores fornecedores do ano ante- Jundiaí, como fornecedoras Ouro, e as 24 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Metro-Shacman anuncia planta no Brasil
Divulgação
Unidade será inaugurada em Tatuí e terá capacidade instalada de 10 mil veículos por ano
A
Metro-Shacman, que representa a marca de caminhões chinesa Schacman, anunciou em maio que investirá R$ 400 milhões em uma unidade de montagem de veículos pesados e extrapesados em Tatuí (SP). A perspectiva é de que a produção seja iniciada em meados do próximo ano. A fábrica ocupará uma área total de 53 mil metros quadrados, sendo que 12 mil m² já existentes serão adaptados para receber a planta. A capacidade instalada será de 10 mil unidades por ano e a unidade chegará para atender à necessidade do mercado por caminhões de 380 a 440 cavalos. Vale lembrar que a montadora já começará a produção atendendo às demandas do Inovar-Auto (regime automotivo lançado para promover a competitividade da indústria automotiva nacional) referentes às exigências de produção local, ultrapassando a meta inicial de nacionalização de 65%, tornando os caminhões da marca produtos passíveis de serem financiados pelo Finame – linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A construção de uma unidade industrial no interior de São Paulo tem o apoio
da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), criada pelo governo do estado e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, com o intuito de atrair investimentos. Segundo o presidente da Investe São Paulo, Luciano Almeida, serão gerados cerca de mil empregos diretos com o início da produção. Já o gestor da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Luiz Carlos Quadrelli, lembra que parte da mão de obra será oriunda do Via Rápida Emprego, programa do governo paulista coordenado pela secretaria que oferece cursos básicos de qualificação profissional de acordo com as demandas regionais. Em Tatuí, 190 vagas serão oferecidas nos cursos de mecânica de manutenção, alimentação de linha de produção, metrologia, almoxarifado e assistência administrativa. Depois de consolidar as operações dessa unidade fabril de pesados e extrapesados, a Shacman planeja expandir a linha de produtos com a industrialização de veículos médios e leves.
Metro-Shacman: (15) 3251-6161
MERCADO
Vale obtém licenças para projetos Permissões são direcionadas a obras de expansão da malha ferroviária Agência Vale
panhia de projeto S11D. Com isso, está liberado o início da construção do ramal ferroviário de 101 quilômetros, que ligará o pátio de estocagem do projeto S11D à EFC, sendo 85 km da linha principal e 16 km da pera ferroviária. O ramal permitirá a expansão da capacidade logística de Carajás para 230 milhões de toneladas métricas por ano de minério de ferro. O S11D é o maior projeto da história da Vale, constituindo-se na principal alavanca de crescimento da capacidade de produção da empresa. Outra licença ambiental concedida à Vale foi para a operação do terminal ferroviário Ponta da Madeira, no
A
Vale recebeu a licença ambiental de instalação e a autorização de supressão da vegetação, emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para a construção do ramal ferroviário que ligará a Serra Sul de Carajás à Estrada de Ferro Carajás (EFC), no estado do Pará, chamado pela com-
estado do Maranhão, emitida pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais daquele estado. Esta permite o funcionamento das novas estruturas construídas, entre elas o pátio de recepção, a linha de acesso aos viradores de vagão (5 e 6), a pera exclusiva para o trem de passageiros, a sede de manutenção eletrônica e o prédio administrativo do abastecimento. Esse terminal faz parte do projeto CLN 150, que possibilita a expansão da capacidade de transporte de Carajás para 150 milhões de t métricas ao ano. Antes disso, no início de abril, a Vale já havia obtido a licença de operação portuária para o CLN 150, incluindo as partes onshore e offshore. Vale: (21) 3814-4477
CEBDS cria câmara voltada à mobilidade urbana Associação busca promover discussões e ações sustentáveis a respeito do tema nas grandes metrópoles
O
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) anunciou a criação, em abril, da Câmara Temática de Mobilidade Urbana, com o objetivo de discutir caminhos sustentáveis em busca de um sistema multimodal de mobilidade nos grandes centros, além de soluções para frotas mais eficientes, limpas e seguras. A câmara é presidida por Fátima Lima, superintendente executiva de Sustentabilidade do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre – resultado de uma união entre o banco estatal e a Mapfre Seguros. É composta ainda por 26 - Revista Tecnologística - Junho/2013
representantes das empresas Michelin, Siemens, Grupo Abril, EDP, Petrobras, Raízen, Shell, Pepsico e Ecofrotas. De acordo com Fátima, a mobilidade urbana é um tema de grande importância para o setor de seguros, por isso será possível contribuir ativamente com os assuntos discutidos na câmara, incentivando o debate e articulando ações com outros setores em busca de iniciativas que beneficiem a sociedade e reforcem os rumos da sustentabilidade no Brasil. Fundado em 1997, o CEBDS é uma associação que atua em prol do desenvolvimento sustentável, com articu-
lação junto aos governos, empresas e sociedade civil. Com 76 associados, conta com sete câmaras temáticas, criadas para promover o debate sobre biodiversidade e tecnologia, água, clima, comunicação e educação, construção e finanças, além da mobilidade urbana. O conselho é o representante brasileiro do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), presente em 36 países e com quase 60 conselhos formados por 200 grupos empresariais de todos os continentes. CEBDS: (21) 2483-2250
Novidades no Tecon Rio Grande Wilson Sons adquire seis RTGs e inicia projeto de conteinerização de soja para exportação Divulgação
O
Tecon Rio Grande, terminal de contêineres do Porto do Rio Grande (RS), do Grupo Wilson Sons, iniciou as operações de seus novos equipamentos para movimentação de contêineres. Os seis RTGs, com capacidade para 40 toneladas cada um, são resultado de um investimento de US$ 7,5 milhões, com financiamento do Finame. Os equipamentos foram encomendados no fim de 2011 à construtora chinesa ZPMC, a mesma fabricante dos portêineres utilizados no terminal, e chegaram ao Tecon em abril passado. Entre os benefícios trazidos pelos novos RTGs, estão o maior aproveitamento da área do pátio, já que os equipamentos permitem reduzir a largura dos corredores entre os contêineres e aumentar a altura de cada pilha, e mais agilidade na movimentação das cargas. Além disso, haverá redução no consumo de óleo diesel e na emissão de gases de efeito estufa, já que os seis RTGs substituem 18 reach stackers
ou trazer a soja por rodovia e fazer a estufagem na sua retroárea, trabalho feito pela Vanzin Serviços Aduaneiros.
Novo rebocador
que faziam o trabalho anteriormente. O Tecon informa também que iniciou, em maio, o projeto para conteinerização de novas cargas. A primeira etapa consiste no embarque para o mercado asiático de 56 contêineres de soja, grão que antes era exportado apenas em navios graneleiros. A carga foi dividida em dois lotes de diferentes exportadores. Para realizar o embarque, o terminal possui duas opções: estufar o contêiner na origem, utilizando o transporte ferroviário da Brado Logística até o Tecon,
A Wilson Sons Rebocadores recebeu, em abril, mais uma embarcação de apoio portuário. O rebocador Telescopium, construído pelo estaleiro Guarujá I, da própria companhia, demandou R$ 24,9 milhões em investimentos e chega para reforçar a frota da filial de Santos (SP) da empresa. Agora, são seis embarcações na unidade. Com 32 metros de comprimento, 11 m de boca e tração estática de 73 Bollard Pull, o rebocador conta com tecnologia e projeto de engenharia Damen e financiamento do Fundo da Marinha Mercante (FMM), concedido por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Wilson Sons: (21) 3504-4222
Baía da Babitonga apta a operar navios de 350 metros
Divulgação
Autorização foi emitida pela Marinha em maio
A
Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de Santa Catarina, em conjunto com a Delegacia da Capitania dos Portos de São Francisco do Sul, emitiu, no último dia 9 de maio, o Ofício nº 154/2013, que ratifica a capacidade da Baía da Babitonga de receber grandes navios, de até 350 metros de comprimento e 48,9 m de largura. Há quase um ano, a Capitania dos Portos, juntamente aos portos de Itapoá e São Francisco do Sul, vem realizando testes frequentes na baía, verificando as possibilidades para o recebimento dessas embarcações maiores. Em outubro de 2012, a primeira portaria emitida já elevava os parâmetros dos navios para 300 m de comprimento. Em janeiro deste ano, foi autorizada, também, a operação noturna de navios com essas dimensões. Vale lembrar que, hoje, essas embarcações ainda não estão operando no Brasil. Até agora, o maior navio de contêineres que atua no Brasil é o Aliança Itapoá, de 334 m de compri-
mento, que já atraca no Porto Itapoá. Contudo, a tendência da navegação mundial indica que os portos mundo afora precisam estar preparados para embarcações cada vez maiores. Em outros portos da Ásia, Europa e América do Norte, essas dimensões são uma realidade. O diretor de Operações do Porto Itapoá, Márcio Guiot, destaca que vem surtindo efeito positivo o trabalho que está sendo realizado, desde 2011, com a Praticagem, o Porto de São Francisco do Sul e a Capitania dos Portos. “Esse trabalho não é importante apenas para os terminais. Traz benefícios a toda uma cadeia produtiva que passa a ter na Baía da Babitonga sua porta de entrada para as diferentes regiões do mundo, com a utilização dos maiores navios que escalam a América do Sul. Ainda não atingimos o ponto esperado, mas temos certeza que muito em breve teremos mais razões para comemorar”, diz. Marinha do Brasil: (61) 3429-1831
MERCADO
BTP e Sindogeesp assinam acordo coletivo de trabalho 170 profissionais serão contratados para operar portêineres, transtêineres e empilhadeiras de grande e pequeno portes
A
Brasil Terminal Portuário (BTP) e o Sindicato dos Operadores em Aparelhos Guindastescos, Empilhadeiras, Máquinas e Equipamentos Transportadores de Cargas dos Portos e Terminais Marítimos e Fluviais do Estado de São Paulo (Sindogeesp), assinaram, em abril, um acordo coletivo de trabalho para o aproveitamento de profissionais desta categoria no quadro de funcionários da empresa. Esse foi o segundo acordo coletivo assinado pela BTP com categorias de trabalhadores avulsos. O primeiro foi firmado junto ao Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga, também em abril. Na ocasião, 48 profissionais foram contratados.
Com a assinatura junto ao Sindogeesp, 170 trabalhadores serão admitidos para operar portêineres, transtêineres e empilhadeiras de grande e pequeno portes. Os profissionais vão atuar como vinculados – contrato regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – por prazo indeterminado. Segundo o presidente da BTP, Henry Robinson, o acordo permitiu a requalificação dos trabalhadores, e que outras categorias já estejam sendo habilitadas em consonância com o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e com o Centro de Excelência Portuária (Cenep). Em 2012, a BTP firmou uma parceria com o Ogmo e o Cenep a fim de treinar e habilitar gratuitamente mão
de obra especializada na região para operar equipamentos portuários. A BTP é uma empresa constituída em 2007 para construir e operar um terminal multiuso para a movimentação de contêineres e granéis líquidos, localizado numa área total de 490 mil metros quadrados na região da Alemoa, no porto organizado de Santos. O investimento total no terminal é de cerca de R$ 1,8 bilhão e, na fase de operação, a empresa abrirá cerca de 1,5 mil empregos diretos e 9 mil indiretos, com prioridade para a mão de obra da região. BTP: (13) 3295-5000 Sindogeesp: (13) 3234-9097
DPaschoal inaugura centro de distribuição
O
Grupo DPaschoal apresentou ao mercado seu novo centro de distribuição de peças localizado no cidade de Pouso Alegre (MG). A unidade, que já se encontra em operação desde 15 de janeiro, foi inaugurada oficialmente em 25 de abril. Com a abertura, a DPaschoal passa a contar com 18 centros espalhados pelo Brasil. A companhia investiu R$ 12 milhões na nova unidade, que é a primeira a operar em um molde que abriga três divisões: loja e truck center; distribuidora de peças da DPK; e unidade de recapagem. O terreno onde está localizada a estrutura possui área total de 6,44 mil metros quadrados, sendo 1.287 m² para
30 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Divulgação
Nova unidade da companhia está localizada em Minas Gerais
Diniz: região tem alto potencial
a loja, 1.365 m² para o CD e 1.305 m² para a unidade de recapagem. Todas as estruturas têm pé-direito de 10 metros. Na unidade de Pouso Alegre, que conta com 25 colaboradores, são armazenados itens como pneus novos, material
para recapagem, corda, lona, óleos e baterias, entre outros, para automóveis e caminhões. Lá, há ainda um leque completo de produtos para a linha pesada que, segundo a DPaschoal, tem como um dos principais objetivos aumentar os serviços dedicados a estes veículos na região. Segundo o diretor-geral da companhia, Armando Diniz Filho, a região de Pouso Alegre possui grandes diferenciais e um centro industrial importante para o estado de Minas Gerais. A empresa pretende reforçar sua marca no sul do estado e mostrar a qualidade de suas divisões e negócios. DPaschoal: 0800 770 5053
Empreendimento demandou R$ 200 milhões
A
Retha Imóveis & Serviços e a incorporadora DVR Participações inauguraram, em 14 de maio, o condomínio Industrial e Logístico DVR Business Park. Localizado às margens da Rodovia Régis Bittencourt, no km 282, e distante 2,5 quilômetros do Rodoanel, em Embu das Artes (SP), o empreendimento ocupa uma área total de 240 mil metros quadrados, sendo 100.535 m² de área locável. O condomínio, que consumiu R$ 200 milhões em investimentos e levou um ano para ser construído – sob responsabilidade da WTorre –, possui nove galpões,
com áreas que variam de 8.118 m² a 14.345 m², pé-direito de 12 metros e capacidade do piso para 6 toneladas por m². Ao todo, são 243 docas. Além disso, o estacionamento dispõe de 34 vagas para veículos pesados, 78 para automóveis e 32 para motos. Segundo o diretor da Retha, Marino Mário da Silva, os galpões podem ser utilizados individualmente ou combinados, por operadores logísticos e indústrias leves. “Já contamos com três clientes e imaginamos que entre sete e oito empresas operem no condomínio”, diz. O di-
Divulgação Divulgação
Novo condomínio em Embu das Artes
retor ressalta, ainda, que cargas perigosas não serão movimentadas no local. De acordo com Silva, até o fim de 2014, início de 2015, serão inauguradas unidades em Vinhedo, Sorocaba e Sumaré (SP) e em Extrema (MG), com, respectivamente, 70 mil m², 33 mil m², 120 mil m² e 50 mil m² de área locável. DVR: (11) 3889-7332 Retha: (11) 4777-9800
CROSS-DOCKING • O diretor de Assuntos Institucionais da General Motors, Luiz Moan Yabiku Júnior, foi empossado em 22 de abril como presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea). O executivo, que irá gerir as entidades durante o triênio 2013-2016, chega com o objetivo de fortalecer o programa Inovar Auto, que visa aumentar a produção de veículos com conteúdo local. Além disso, tem a proposta de fomentar o Inovar Peças e o Exportar Auto, a fim de estimular a cadeia produtiva de peças no Brasil e reforçar as exportações de veículos produzidos no país, respectivamente. (11) 2193-7800 • A Somov, empresa pertencente ao Grupo Sotreq e detentora das marcas Hyster e Yale, está com novo diretor geral. Trata-se de Pawel MacNicol, de 37 anos, formado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), com larga experiência no setor automotivo, tendo atuado por 15 anos na multinacional canadense Magna International. Durante esse período, o executivo ocupou posições de liderança em diversas divisões da empresa no Brasil, na Itália e na Alemanha. (11) 4772-0800 • Desde o início de abril, a Kuehne + Nagel no Brasil tem Nadia Ribeiro como sua nova presidente. Formada em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Anhembi Morumbi, de São Paulo (SP), a executiva chega à companhia depois de liderar a área comercial para a América Latina de uma empresa global de logística. Outra mudança na empresa foi a contratação, em fevereiro, de Prabhakar Gopalan para atuar como vice-presidente Financeiro e Administrativo. O executivo atuou durante os últimos dez anos na Kuehne + Nagel México. (11) 3037-3300
• A Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada (Abiaf) elegeu, em assembleia realizada no último dia 23 de abril, em São Paulo, nova diretoria, com mandato para o período de 2013 a 2015. O cargo de presidente continuará a ser ocupado por Adriano Castro Rocha, diretor Comercial da Cefri. Já a vice-presidência passa a contar com Luiz Carlos de Jesus Aires, da Perfrio, direcionado às capitais da Região Sudeste do Brasil; Demetrius de Souza, da Frucamp, para as cidades do interior do Sudeste; Lindamir de Cássia Machado, da Brado, como vice-presidente Sul; e Fábio Galesi Starace Fonseca, da Friozem, para o Nordeste. A diretoria administrativa será ocupada por Vivianne Paiva Moreira Leite, da Central de Armazenagem Paraná (CAP); José Silvano Santana, da Sunplant, assume o cargo de diretor Financeiro; Tatiana Velasco Moreira Leite, da Bomfrio, é a nova diretora de Custos Operacionais; e Flavio Roberto Martins Martil, da Comfrio, assume a diretoria de Marketing. Na ocasião foi eleito também o Conselho Fiscal da entidade. (16) 3397-2040 • Peter Ulber ocupa, desde 1º de junho, o cargo de CEO global da Panalpina. O executivo é especialista na área de supply chain management e ex-membro do Conselho de Diretores da Kuehne + Nagel. Formado pela International School of Logistics de Hamburgo, Alemanha, Ulber assume a direção do grupo no lugar de Monika Ribar, que presidiu a empresa nos últimos sete anos. Ainda na Panalpina, Alberto Caputi alcançou, em maio, o cargo de diretor Marítimo para o Mercosul, região que engloba, além do Brasil, o Chile, a Argentina e o Uruguai. Caputi é bacharel em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e tem 20 anos de experiência no setor de agenciamento de fretes e logística, tendo exercido diversas posições de liderança em várias empresas do setor. (11) 2165-5700
• A Ceva Logistics anunciou, no início de maio, seu novo diretor para o segmento de transporte terrestre Ceva Ground. Paulo Rogério Mendes é graduado em Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP), e possui MBA em Comércio Exterior pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) e extensão em Gestão de Logística também pela Unicamp, além de Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). O executivo tem 23 anos de experiência em logística e já atuou em empresas como Masterfoods, Penske, DHL, Century Fox International e Unilever. (11) 2199-6700 • A Gefco Brasil está com novo diretor Financeiro. Recém-chegado ao Brasil, o
francês Nenoit Audhuy é formado em Administração de Empresas pela École des Hautes Études Commerciales de Paris (HEC Paris), na França, e acumula experiência nas áreas de transporte e logística e no setor automotivo, atuando em empresas como a consultoria francesa Mensia e a montadora Renault. (11) 2755-5500
com o objetivo de conquistar grandes clientes – contas de transporte de mais de R$ 50 milhões anuais –, com operações logísticas complexas que demandem um alto nível de sofisticação. A estratégia faz parte dos planos da companhia de dobrar de tamanho em 2013. (11) 3046-4050
• A Neolog, fornecedora de soluções tecnológicas para gestão logística, passou a contar, em maio, com Marcos Sá como diretor de Novos Negócios. Formado em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (Unip-SP), Sá possui ainda MBA Executivo pelo IESE Business School, da Universidade de Navarra, na Espanha. O executivo tem mais de 20 anos de experiência na área comercial e em consultoria de negócios. Sá assume
Errata Diferentemente do que foi publicado na edição 210 – maio/2013 – da Revista Tecnologística, a aquisição de dois reach stackers da Kalmar destinados a operações com contêineres vazios nos terminais retroportuários da Conlog demandou investimentos de R$ 1,5 milhão por parte da empresa, e não R$ 1,5 bilhão.
Fotos: Luiz Machado / Agência Imagem
ENTREVISTA
Tecnologística – Como a Columbia está se posicionando no mercado depois da venda de parte dos ativos de logística? Nivaldo Tuba – A venda se concretizou no fim de 2010, quando parte dos ativos foi vendida, em especial os negócios alfandegados da Região Sul e alguma parte dos negócios não alfandegados do estado de São Paulo. A venda foi um processo misto de vontade de vender e vontade de comprar. Foi uma grande oportunidade que os nossos acionistas viram, no sentido de diminuir a exposição do grupo junto a determinados marcos regulatórios, de capitalizar a empresa e poder utilizar esta capitalização para retornar 34 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Volta às origens Depois de vender grande parte de seus ativos de logística em 2010, o Grupo Columbia prepara a inauguração de um centro de distribuição próximo à cidade de São Paulo, primeiro passo para retornar ao mercado logístico do Sudeste. Nestes mais de dois anos desde o negócio com a Elog, a companhia adquiriu novas expertises, passando a atuar no setor portuário, na atividade de armazenagem frigorificada e na geração de energia sustentável, além de manter seu conhecimento na área de logística. E há muito mais nos planos, como conta nesta entrevista exclusiva o presidente do grupo, Nivaldo Tuba
a uma vanguarda de serviços de logística integrada. Ou seja, foi uma chance de podermos continuar oferecendo e ampliando com qualidade e alta tecnologia os serviços que a Columbia sempre se propôs a fazer ao longo do eixo do Atlântico, desde o Rio Grande do Sul até o estado de Pernambuco, que é onde operamos atualmente. O ano de 2011 foi de transição. Procuramos dar sustentabilidade àqueles negócios que permaneceram no bojo do Grupo Esteve e, acima de tudo, tivemos por objetivo manter vivo o nome Columbia, e conseguimos. O nome é bastante forte, vem desde 1942, e é sempre lembrado dentro do ramo de prestação de serviços de logística.
Visamos então dar sustentabilidade a esses negócios já existentes, investir neles no sentido de aprimorá-los, deixá-los com melhor tecnologia e provê-los de um capital humano adequado para, a partir de 2012, começarmos – dentro da estratégia traçada junto aos acionistas – a voltar para os mercados onde havíamos vendido os ativos, em especial o estado de São Paulo. Nesse ínterim, tivemos um grande desenvolvimento no Nordeste do país. No estado da Bahia, em Salvador, avançamos em operações portuárias, assim como em Pernambuco, com um centro de distribuição e uma divisão de transportes no Recife. Ratificamos nossos negócios
no Sul por meio de nossa área portuária em Santa Catarina e, paralelamente a tudo isso, tivemos um desenvolvimento muito grande na trading company, que se repercutiu num faturamento de R$ 2 bilhões, dentro de R$ 2,4 bilhões do total do grupo. Já a área de logística faturou R$ 400 milhões.
Vendemos os ativos porque julgamos haver insegurança nos marcos regulatórios; a nova MP traz uma regulação muito mais sustentável
Tecnologística – O retorno para o mercado paulista sempre esteve nos planos da companhia? Nivaldo Tuba – Tínhamos um pré-acordo com nossos acionistas de que, no fim de 2012, começo de 2013, iniciaríamos a busca do caminho para retornar ao mercado logístico de São Paulo, com atividades de armazenagem, distribuição e transporte. Alugamos uma área em Cotia, num armazém novo dentro de um condomínio industrial, dotado de toda a estrutura construtiva, de segurança e de localização, e temos a previsão de iniciar as atividades nele agora no meio do ano. Ou seja, retomamos o mercado de São Paulo. Aliado a isso, também estamos avaliando algumas alternativas no Paraná, em especial em Curitiba, também dentro da linha que já vínhamos trabalhando, de logística integrada.
Tecnologística – Não é contraditório vocês venderem os ativos para, pouco tempo depois, retornarem às mesmas atividades e terem de refazer a estrutura? Nivaldo Tuba – Fizemos a venda em 2010 porque os acionistas julgaram haver instabilidade no marco regulatório. Com a nova MP e a adoção da figura do Clia, essa regulamentação é muito mais sustentável. Temos prazos, assim como direitos e deveres, bem definidos contratualmente.
Tecnologística – Essa unidade de Cotia vai ser alfandegada? Nivaldo Tuba – Não. Ela é um centro de distribuição não alfandegado. Porque até então a legislação não nos permitia alfandegamento, não havia processos licitatórios para portos secos em andamento. Agora, com o advento da MP 612, existe a possibilidade do licenciamento de Clias – os Centros Logísticos e Industriais Alfandegados. Mediante estudos de viabilidade técnica e econômica, a Receita Federal pode outorgar esse licencia-
Tecnologística – O Clia não precisa ter uma atividade industrial agregada? Nivaldo Tuba – Não necessariamente. Ele é na verdade um porto seco, funciona exatamente da mesma forma, só que com parâmetros regulatórios mais bem definidos. E a grande diferença é que ele não passa por um processo licitatório, havendo apenas um licenciamento pela Receita Federal. O que pode vir a ser um problema, porque muitas empresas que não são do ramo de armazenagem e não conhecem a
mento às empresas que desejarem. E nós estamos avaliando algumas alternativas, seja no Nordeste, no Sudeste ou na Região Sul, para termos essas áreas alfandegadas.
área alfandegada podem se atrever a pedir um Clia. E, lamentavelmente, hoje a União não tem um corpo que possa dar um controle adequado a esses vários estabelecimentos que porventura venham a surgir. Tecnologística – O senhor acha que a Receita Federal não tem parâmetros para avaliar se uma empresa tem ou não a capacidade para operar nesse setor? Nivaldo Tuba – Tem parâmetros, mas nem sempre eles são suficientes. Muitas vezes uma empresa tem até estabilidade econômica, mas não tem a expertise de trabalho, sistêmica, para operar nesse segmento. Tecnologística – Em que setores o Grupo Columbia vem atuando? Nivaldo Tuba – São basicamente três áreas: a trading, com a atividade de compra e venda de mercadorias, que continua trabalhando bastante forte em mercados bem definidos, como o setor de moda, que nós nunca abandonamos; a parte de alimentação e bebidas; a de metais não ferrosos, em especial do cobre e aço inox; e também a comercialização do coque de petróleo, um produto que nós importamos de várias regiões do mundo para distribuição no Brasil. Criamos também uma divisão aeronáutica na trading, dedicada à comercialização de aeronaves e helicópteros, assim como partes e peças. Estamos investindo bastante nisso e trouxemos inclusive uma pessoa para trabalhar especificamente essa área. Na logística, nossa expertise é a mesma desde 1942, que foi evoluindo e crescendo, que são os setores de vestuário, de bens de consumo e alimentos e bebidas. E existe em nossos planos ter estrutura para a área de químicos e farmacêuticos. Ou seja, tudo o que a Columbia já fazia anteriormente. Junho/2013 - Revista Tecnologística - 35
ENTREVISTA
Na logística, houve ainda o desenvolvimento dentro de uma área que não tínhamos no passado recente e que abrimos na Bahia e em Santa Catarina, a de operação portuária. Outro negócio em que o grupo adentrou nestes últimos três anos foi
o de energia sustentável, por meio de reflorestamentos no interior da Bahia. Temos uma plantação de eucalipto, que se presta às indústrias de celulose e afins da região, para o fornecimento de energia. O primeiro corte desse eucalipto se dará em 2015.
Também adquirimos uma empresa fabricante de pellets de madeira. São aqueles toquinhos utilizados também para o fornecimento de energia sustentável, substituindo o carvão, o óleo combustível e a energia elétrica. E iniciamos um
Divulgação
Negócios diversificados
O
Grupo Columbia tem como controlador acionário o Grupo Esteve, de origem europeia, que desenvolve atividades mercantis há mais de 160 anos, sendo líder no trading de produtos como café, algodão e cacau. No Brasil desde 1942, a Columbia tem atividades diversificadas, nas áreas de trading, logística, reflorestamento, serviços florestais e bioenergia. E empresa atua com uma gama de estruturas logísticas ao longo da costa brasileira. Em Santa Catarina, a Interporti oferece serviços de logística portuária, alfandegada, terminal Redex, armazenagem geral e frigorificada, transporte e distribuição. Com terminal marítimo próprio e pátio para contêineres com
36 - Revista Tecnologística - Junho/2013
capacidade para 4 mil TEUs, a Interporti está instalada num espaço de 140 mil metros quadrados, com 50 mil m2 de área alfandegada. Na Bahia, a Columbia opera uma estrutura de 143 mil m2 distribuídos em armazenagem geral, porto seco, centro de distribuição, depósito avançado de contêineres e pátio. A empresa possui também uma área frigorificada de 53 mil m2, fornecendo serviços de distribuição para todo o país. Ainda na Bahia, a CMLOG – formada pela Columbia, Multilift e Bahia Modal – oferece serviços completos de logística portuária em Salvador, Aratu e Ilhéus. Em Pernambuco, a companhia conta com uma estrutura de 10,5 mil m2 na Grande Recife, onde funciona um centro de distribuição que atende
todo o Nordeste. No Espírito Santo, na região de Cariacica, um centro de distribuição às margens da BR 101 provê as operações no estado. Em São Paulo, a Columbia S/A funciona como holding do grupo e desenvolve logística integrada no estado. A empresa irá inaugurar em julho, na cidade de Cotia, uma nova estrutura logística de 14 mil m2, com previsão de ampliação em mais 3 mil m2 até o fim do ano. O CD marca o retorno da companhia ao mercado paulista, de onde havia saído após a venda de parte dos ativos, em 2010. Fechando o leque de serviços logísticos, a Columbia Distribuidora atua nas operações de compra, venda e distribuição de itens como metais não ferrosos, produtos agrícolas e moda, entre outros, aproveitando a ampla estrutura de armazenagem disponível. O grupo trabalha ainda nos segmentos de comércio exterior, com a Columbia Trading; de gerenciamento florestal, com o plantio e manuseio de florestas de eucalipto para a produção de biomassa; de serviços florestais, fazendo a coleta, corte, preparo, transporte e entrega de resíduos para indústrias; e bioenergia, que produz pellets de madeira como fonte de energia renovável, feitos a partir de madeira reciclada, com o objetivo de substituir os combustíveis fósseis na geração de energia para diversos setores.
trabalho com uma prestadora de serviços florestais, que estoca a madeira e retira as raízes para extrair o resto de caule que fica depois do corte. Isso é retirado, moído e se transforma em energia. É uma atividade distinta da logística, muito embora tenha muita logística envolvida. Tecnologística – Houve ainda a entrada no segmento de armazenagem frigorificada? Nivaldo Tuba – Sim, entre os negócios fechados no ano passado, está a aquisição da Cefrinor. É uma empresa de armazenagem frigorificada pertencente a um grupo aqui de São Paulo, a Cefri, que por uma definição societária resolveu vender a parte do negócio da Bahia. E a unidade deles lá é vizinha à Columbia em Salvador. Então, antes de colocarem a empresa no mercado, eles nos ofereceram. Fizemos um estudo e acabamos por comprar. É um trabalho específico, mas que vem complementar o leque de produtos e atividades que oferecemos lá no Nordeste. É um armazém frigorífico, não alfandegado, de onde fazemos a distribuição para o varejo. O gênero alimentício é um dos que vêm apresentando maior crescimento no Nordeste. Assim, estamos atuando também nesse setor, em que anteriormente não trabalhávamos. Nós temos em Itajaí uma área frigorificada, mas muito voltada ao mercado externo; recebemos as cargas de carnes do oeste catarinense e embarcamos para fora do Brasil. Mas são atividades bem diferentes. Em Itajaí, é uma área alfandegada dentro do nosso porto e cerca de 95% das cargas vão para exportação. Em Salvador, recebemos dos fabricantes nacionais e distribuímos na região. Tecnologística – Está nos planos da Columbia ter outras unidades frigorificadas? Nivaldo Tuba – Em princípio, não. Foi mesmo uma oportunidade. E pudemos levar para a Cefrinor a expertise de nossa atividade em Itajaí. Mais do que isso, havia uma sinergia com os negócios já existentes em Salvador. Em Cotia, por exemplo, não há nada planejado nesse sentido. Talvez apenas áreas climatizadas para atender os setores químico e farmacêutico, que às vezes demandam temperatura controlada. Mas nada de câmaras frias para alimentos, nada disso. Tecnologística – Com os novos marcos regulatórios do setor, vocês pretendem ampliar a atuação no segmento portuário? Nivaldo Tuba – Temos planos de ampliação dessa parte de movimentação de carga em Santa Catarina,
ENTREVISTA
em especial no que diz respeito ao coque de petróleo, e na Região Nordeste, na área de fertilizantes. Mas são investimentos grandes, temos algumas parcerias nesse sentido e estamos evoluindo. Mas tudo isso certamente é para 2014. Este ano, temos de consolidar o negócio de São Paulo. Tecnologística – Quanto está sendo investindo nessa unidade paulista? Nivaldo Tuba – Esse armazém é um built to suit, foi construído para nós e fizemos um contrato de locação de longo prazo. Então o investimento é basicamente em sistemas e na área de movimentação e armazenagem de mercadorias. Algo em torno de US$ 2,5 milhões. É importante frisar que toda a parte administrativa também vai para esse site, juntamente com a trading. Ou seja, estamos saindo do bairro de Pinheiros, na capital paulista, e vamos para Cotia, num escritório maior e mais confortável. Não abrimos mão de ter essa integração de todo o pessoal. Tecnologística – E, a partir dessa unidade, vocês pensam em ter outras em São Paulo? Nivaldo Tuba – A ideia é essa. Se formos ver, quando vendemos a nossa área de logística doméstica em São Paulo, tínhamos por volta de 50 mil, 60 mil metros quadrados de armazéns em Alphaville, mais 30 mil m 2 em Cajamar, o que somava algo em torno de 80/90 mil m 2. Éramos um dos maiores operadores logísticos em área disponível. Estamos recomeçando com 15 mil m 2 em Cotia e existe já a previsão de um novo módulo ao lado deste, de mais 3 mil m 2, completando 18 mil m 2 até o fim do ano. E a intenção é continuar crescendo. 38 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Mercado existe; porém, junto dele há também uma incerteza. O Brasil, lamentavelmente, às vezes troca os interesses econômicos pelos interesses políticos, então já existe um clima inflacionário. Tudo será feito em função da reeleição da presidente, em detrimento inclusive do crescimento econômico. Estamos atentos a isso para tomar nossas decisões. Tecnologística – O senhor acredita que depois das eleições podem vir momentos difíceis? Nivaldo Tuba – Sim, porque tudo será adiado para depois das eleições. A crise existe. A Europa parou de cair, mas está relativamente estagnada, com alguns pontos positivos, como a Alemanha, e outros negativos, como Grécia, Portugal e Espanha. E os Estados Unidos estão voltando a aquecer, mas bem devagar. Agora, a grande preocupação é o Brasil, com relação à política econômica e à infraestrutura. Nada está sendo feito. E quando falamos de infraestrutura logística num país deste tamanho, se começarmos a planejar e construir agora, daqui a cinco, dez anos é que as coisas vão começar a acontecer. Num país com as nossas dimensões e o nosso potencial, nada ocorre nas hidrovias ou nas ferrovias; os aeroportos são esse caos que todo mundo conhece bem. Já as rodovias, se sairmos da malha paulista, estão sucateadas. Enfim, tudo é difícil, é precário. Medidas não estão sendo tomadas para dar um horizonte de médio e longo prazos a fim
de formar uma infraestrutura logística adequada para o país. Tecnologística – Qual é o grande impeditivo para que isso aconteça? Nivaldo Tuba – A descontinuidade dos planos. A cada mudança de governo, seja municipal, estadual ou federal, os planos são mudados. Existem boas intenções e bons planos que são engavetados quando mudam os donos da cadeira. Isso é muito ruim, é fatal para o país. Tanto é que nós não temos nada. O Porto de Santos é totalmente engargalado. A mesma coisa ocorre com os outros portos, à exceção de alguns em que se vê alguma perspectiva de evolução, como Suape (PE), Itaqui (MA), Pecém (CE) e Imbituba (SC), por exemplo. Mas quando você vem para as áreas de maior demanda – São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Vitória –, há um gargalo total. Basta ver o escoamento da safra agrícola do país, com filas homéricas de caminhões. Há muito tempo que se fala disso e nunca se resolve. E o grande problema é a mudança
dos marcos regulatórios. Você atrai o investidor, ele faz o investimento – que no porto é uma coisa enorme –, aí muda o marco regulatório de uma hora para outra. Como fica o investidor? São inversões de alta monta e longo prazo e é preciso segurança jurídica. O processo de privatização das estradas basicamente andou bem apenas no estado de São Paulo e alguma coisa no Paraná e no Rio Grande do Sul, que ainda teve um retrocesso; mas, de um modo geral, nada aconteceu. Muitos reclamam do valor dos pedágios paulistas, mas acho que é o caminho. Se a União não tem condições de prover e manter essa infraestrutura, então que dê para a iniciativa privada cuidar e cobre resultados dela. Tecnologística – O senhor mencionou o crescimento do Nordeste. Há planos para outras unidades na região? Nivaldo Tuba – Recentemente, participamos de um processo licitatório de um porto seco no Recife, mas com o advento da nova MP, este processo foi cancelado. Possivelmente, solicitações de Clias ocorrerão na capital pernambucana e nós seremos certamente um dos solicitantes, porque temos grande interesse em ter área alfandegada no Recife. E a regra do Clia permite que se abra mais de uma unidade numa mesma região, desde que a demanda se justifique. Tecnologística – Além dessas regiões em que a Columbia já atua, vocês pensam em operar em outras? Nivaldo Tuba – Neste momento, o interesse do grupo está focado no Recife e em Salvador, e nas áreas circunvizinhas a estas duas capitais. No médio prazo, vamos estudar outras. Não temos atividades no Cen-
Nossa infraestrutura é precária principalmente porque não há continuidade nos planos de governo. Isso é fatal para o país
tro-Oeste e no Norte temos estudos em andamento voltados à área portuária. No passado, tínhamos uma participação societária na extensão da Zona Franca de Manaus em Resende (RJ), que também foi vendida para outro grupo. Estamos atentos às aberturas de outras extensões da ZFM, mas precisamos ter um certo cuidado porque, se quisermos abrir frentes do Sudeste, Sul, Nordeste, Norte, tudo ao mesmo tempo, corremos o risco de comprometer a qualidade do desenvolvimento das atividades. Estamos tentando ratificar os negócios novos, como o da Cefrinor, e temos de concretizar São Paulo, porque é onde conseguiremos maior visibilidade. Os grandes clientes estão aqui e podem fazer de nosso centro de distribuição de Cotia um trampolim para a utilização das operações da Columbia nas outras regiões. Tecnologística – O mercado brasileiro vem sendo bastante dinâmico em comprar e vender ativos de logística, processo do qual a Columbia é um dos exemplos. Como o senhor vê esse movimento? Nivaldo Tuba – Ele continua acentuado, mas a valorização das empresas diminuiu. Aquele “boom” que houve há dois, três anos, caiu
ENTREVISTA
um pouquinho. As coisas estão mais compassadas. É normal. Existe o interesse dos grupos internacionais em virem para o Brasil, e é muito mais fácil esta entrada se dar através da compra ou fusão com um grupo local. Há também os fundos de investimentos, os capitalistas puros, que buscam negócios e oportunidades no país em empresas já estabelecidas, muitas familiares. É o caso da Cefrinor: vimos uma oportunidade e compramos. Então essa onda continua. Eu diria que ela está mais seletiva e mais sólida na valoração das empresas. Antigamente, se comprava uma empresa de logística por dez vezes o valor Ebitda dela. Isso acabou; as compras estão efetivamente mais seletivas.
O movimento de consolidação do mercado continua, mas a valorização das empresas diminuiu. As compras estão mais seletivas
Tecnologística – Mas vocês não descartam a possibilidade de comprar mais alguma empresa caso surja outra oportunidade?
Nivaldo Tuba – Não descartamos. Quando vendemos parte de nosso negócio, não foi para aplicar o dinheiro no mercado financeiro. Houve o compromisso dos acionistas na continuidade das operações. E essa continuidade está ocorrendo de duas formas: primeiro, vamos selecionar e solidificar o que restou; daí em diante, vamos buscar novas alternativas, seja criando estruturas a partir do zero, como é o caso de Cotia, seja comprando empresas, como foi feito com a Cefrinor. Tecnologística – No contrato de venda da Columbia para a Elog não houve nenhum impeditivo nesse sentido, de vocês virarem concorrentes?
Nivaldo Tuba – Sim, existe esse impedimento. Nós não devemos atuar em áreas alfandegadas nos estados de São Paulo e Paraná dentro de um determinado prazo a partir da concretização do negócio. Mas esse prazo está acabando dentro dos próximos meses. Claro que procuramos manter o acordo. O relacionamento com a Elog continua o melhor possível. Tecnologística – Queria voltar um pouco à infraestrutura, que está patinando... Nivaldo Tuba – Quando falamos de infraestrutura, temos primeiro a urbana, que é caótica. Os grandes centros, como São Paulo e Rio, cotidianamente têm problemas no transporte em geral. Por quê? Por falta de planejamento. Por mais que os governadores e os prefeitos envidem esforços e existam pessoas preparadas, o problema vem do passado e está repercutindo agora. São Paulo virou uma colcha de retalhos; qualquer obra que se queira fazer de melhoria cria um caos na cidade. É um transtorno. O Bernardo Figueiredo (presidente da Empresa de Planejamento e Logística, do governo federal) disse muito bem: temos um grande empecilho, que é o meio ambiente. Aqui, não se pode matar o passarinho, o mico, nem cortar as árvores, mas é permitido matar pessoas. Veja o absurdo que é essa serra não duplicada de Curitiba para São Paulo; e não vai duplicar nunca. Olhe a dificuldade para concluir o Rodoanel por causa dos entraves ambientais. Isso só ocorre no Brasil. Então, se misturarmos o aspecto dos benefícios políticos, os ambientais, a falta de continuidade nos projetos em função das trocas governamentais, a extensão territorial de nosso país, as várias cul-
turas e as diferentes cargas tributárias, não é uma questão fácil de se resolver. É preciso muita dedicação, seriedade, responsabilidade, formação técnica e, acima de tudo, continuidade de planos. Senão, vamos estar daqui a 20 anos sentados aqui falando dos mesmos problemas ou de outros ainda maiores. Tecnologística – Essa mudança na parte tributária também influi muito no negócio de vocês, não é? Nivaldo Tuba – Sem dúvida. Hoje, a trading tem benefícios de ordem tributária dependendo do estado onde opera, e essa mudança que está ocorrendo, principalmente na parte de ICMS, de transferência de um estado para o outro com a alíquota de 4%, muda realmente o negócio. Os benefícios nominais diminuem, então obviamente nossos ganhos se reduzem e vamos ter de nos adaptar a este novo patamar de rentabilidade. Isso é ruim. Mas, por outro lado, busca-se uma homogeneização dos tributos no país, o que é justo.
exemplo, onde tinha benefícios fiscais. Agora, é mais lógico fazê-las entrar por Santos. Só que não vou conseguir operar em Santos, não há estrutura para isso. Então, não se pode mudar uma política tributária sem agir antes na infraestrutura. Pode ser que, por causa disso, a logística nem mude tanto, porque vai ficar muito caro deixar um navio esperando 20 dias no Porto de Santos para descarregar. É melhor trazer de Vitória ou Santa Catarina. Tecnologística – Mas isso pode gerar uma “guerra” mais saudável, ou seja, os estados oferecerão
Tecnologística – Mas, com essa unificação, a logística não vai ficar mais lógica? Nivaldo Tuba – Depende. As mercadorias para consumo em São Paulo, não vou mais deixar entrar por Vitória ou Santa Catarina, por Junho/2013 - Revista Tecnologística - 41
ENTREVISTA
uma boa infraestrutura para atrair as empresas, em vez dos benefícios fiscais. Nivaldo Tuba – Sem dúvida. De qualquer modo, essa questão ainda não está definida. A equação tributária não está resolvida. E, infelizmente, não temos boas perspectivas de resolução. Temos órgãos trabalhando, alguns defendendo São Paulo, outros defendendo os benefícios, mas é difícil. O volume é muito grande, o valor envolvido é muito alto e ninguém quer perder. E quando ninguém quer perder, é difícil achar um denominador comum. Tecnologística – E há a briga pelas novas indústrias que estão chegando.
Não se pode mudar a política tributária sem antes agir na infraestrutura. Pode ser que, por causa disso, a logística nem mude tanto
Nivaldo Tuba – Também, eu me lembro quando a indústria automotiva foi para o estado do Paraná, há 15, 20 anos. O governo Jaime Lerner deu subsídios muito interes-
santes para que as empresas fossem se instalar lá. E isso teve continuidade: o Lerner saiu e quem assumiu manteve o compromisso, coisa que nem sempre ocorre. E isso transformou o Paraná, que era agrícola, voltado à produção de grãos para exportação, num estado industrial. E o Lerner fez ainda o Plano Diretor de Logística para dar suporte a tudo isso. Ou seja, ele teve a visão do futuro, o que quase nunca ocorre por aqui. Lamentavelmente, a visão da maioria de nossos governantes é imediatista, até porque eles têm medo de perder a cadeira no próximo mandato. Tecnologística – O que o senhor poderia adiantar dos investimen-
tos previstos pela Columbia para este ano e o próximo? Nivaldo Tuba – A compra da Cefrinor foi um investimento da ordem de US$ 11 milhões e se deu em dezembro de 2012, então estamos pagando agora, em 2013/2014. Nosso foco, neste momento, é a estrutura paulista. Também temos investimentos previstos para 2014 na área portuária, em Santa Catarina e no Espírito Santo. E também num porto no Norte do país. Mas é um estudo que está sendo feito e não posso adiantar mais, ainda é sigiloso. Tecnologística – Tudo isso exigirá quanto de investimento? Nivaldo Tuba – É difícil precisar porque, dependendo do tipo de
composição societária que fizermos, os investimentos podem ser muito altos ou bastante diluídos, então não consigo precisar, mas são altos. Também continuamos a investir na área de energia, plantando no interior da Bahia. Já temos hoje 5 mil hectares plantados de eucalipto. E possuímos um constante investimento na modernização de nossos sistemas de gestão. Mas o importante é dizer que a Columbia está viva, forte e crescendo dentro destes três pilares: a logística, a trading e a energia sustentável. O grupo controlador continua acreditando muito no Brasil. A forma como o país se portou na saída da crise de 2008 trouxe uma credibilidade muito grande nos negócios
aqui. Por isso, o intuito de investir permanece. Os próprios negócios deste último ano, além das ampliações que ocorreram em Salvador e no Recife, retratam esse posicionamento do acionista. Internamente, procuramos manter nosso grupo de trabalho sempre motivado, capacitado, nunca esquecendo a força e a solidez do nome Columbia, que tem mais de 70 anos. Silvia Marino Columbia: (11) 3330-6700
Leia mais sobre a compra dos ativos da Columbia pela Elog em: www.tecnologistica.com.br/negocios/ aquisicao/noticia_4324/
JSL Fotos: Fot FFo ottDivulgação o os:: D o os Di Divulgação ivu vvul ullga u gaç g aç/ã ão o
Fot FFo otos o os:: Divulgação o Divu Di vvul ug gaç ação aç ão Fotos:
MÃO DE OBRA
Operador veicular, sim senhor Nova legislação, mudança econômico-social e tecnologia embarcada nos veículos mudam o cenário da atividade de motorista de caminhão no Brasil. Empresas investem em treinamento e apostam na melhoria da remuneração para atrair e – mais do que isso – manter os bons profissionais em seu quadro de colaboradores
A
lgumas profissões povoam a imaginação de muitas crianças, dos meninos em especial. Bombeiro, piloto de avião e motorista de caminhão são algumas delas. Sim, motorista de caminhão. Quem nunca se pegou, pelo menos uma vez na vida, falando que um dia iria sair pelo país a bordo de um desses veículos? Talvez pela presença maciça nas estradas brasileiras, fruto de uma cultura rodoviarista – dados do Ministério dos Transportes mostram que 58% da matriz de transporte nacional é composta pelo modal rodoviário –, a atividade de conduzir um caminhão pesado, por vezes, se mostrava bastante atrativa, e não apenas para os meninos. E um dia foi. Profissão que era herdada, indo de pai para filho, ela passa por um período de transição. Hoje, é ponto pacífico que há falta de mão de
44 - Revista Tecnologística - Junho/2013
obra, qualificada ou simplesmente interessada no seu exercício. São diversos os fatores que levaram à mudança tanto do perfil do profissional quanto do cenário do mercado. Podemos citar três: tecnologia, legislação e ascensão social. Antes, por exemplo, motorista bom se destacava muito mais pelos braços fortes e físico parrudo do que necessariamente pelo preparo para exercer a atividade. Hoje, contudo, a tecnologia embarcada nos veículos demanda condutores capazes de entender, interagir e solucionar as ocorrências apontadas pelas diversas ferramentas disponíveis. Outro ponto – o que mais gera discussão atualmente devido à falta de infraestrutura das estradas para o cumprimento, por exemplo, do período de descanso – está relacionado à Lei 12.619/2012, comemora-
da pelo setor e que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a fim de regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional, além de abordar outros aspectos inerentes à atividade. Para finalizar, há o aspecto social. Os filhos não se sentem mais atraídos pela atividade. O Brasil cresceu, é fato, e com isto jovens vindos de famílias estradeiras puderam vislumbrar literalmente outros caminhos que não aqueles por tantos anos percorridos pelos seus pais.
O debate sobre a escassez O diretor executivo de Operações e Serviços da JSL, Adriano
Divulgação / JSL Thiele: demanda na JSL é grande devido ao crescimento da empresa
O diretor de Operações da Golden Cargo, Ronaldo Silva, reforça o que diz Thiele. “Temos escassez e vagas para carreteiro em aberto desde o início do ano”, frisa, explicando que a empresa possui 200 profissionais registrados, com turnover na casa dos 14,5% por ano. Segundo ele, existe dificuldade ainda maior para contratar motoristas para rotas de longa distância. Entre os aspectos inibidores inerentes a essa categoria está o fato de estes profissionais ficarem, em certas operações, até dez dias longe da família. Já para movimentações
Apenas em 2012, a JSL contratou 2,7 mil motoristas. Deste total, 914 vieram do centro de formação da empresa
curtas e que não exigem pernoites, não há problema para a contratação. Silva ressalta outro ponto que resulta na falta de mão de obra: a pouca qualificação. O diretor de Operações da Total Express, Ives Uliana, concorda com Silva e destaca outro aspecto. “Com a melhoria de qualidade de vida no país, tivemos um aumento do nível educacional. Dessa forma, os filhos dos motoristas não querem exercer a função dos pais. Eles estão indo para a universidade e está cada vez mais difícil atrair jovens para se tornarem caminhoneiros”, define. Na Total Express, o quadro de motoristas próprios é composto por
Fabio Fávero
Thiele, reconhece que há falta de profissionais no mercado. “Existe uma dificuldade para encontrar motoristas capacitados e preparados”, diz. Para ele, o grande fator é o avanço tecnológico da frota. “O caminhão hoje está muito diferente do que era no passado e isso exige uma especialização profissional muito grande”, afirma. Thiele conta, porém, que na companhia essa falta está mais relacionada à taxa de crescimento. “Na última década, crescemos, em média, 28% ao ano. Por isso, nossa demanda é muito grande.” O executivo revela que, apenas em 2012, foram contratados 2,7 mil motoristas para suportar o desempenho positivo da empresa. Desse total, 914 eram oriundos do centro de formação estruturado internamente pela JSL. As demais posições foram preenchidas por profissionais da própria companhia que participaram do plano de carreira e por mão de obra vinda do mercado. O diretor executivo acredita que este cenário atual não será um gargalo para o contínuo crescimento da companhia. Na JSL, hoje, o quadro interno é composto por 7,5 mil condutores, sendo 4,7 mil de caminhão, 2,1 mil de ônibus e 700 de veículos leves. A empresa não divulga seu turnover anual.
Silva: vagas em aberto desde o início do ano
175 colaboradores, cerca de 50% do total empregado, com turnover variando anualmente entre 30% e 35%. “Sempre temos vagas em aberto”, salienta. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Manoel Sousa Lima Júnior, ratifica o que os diretores das empresas dizem. “Atualmente há, sim, uma demanda muito maior do que a oferta de motorista e isso é um entrave. Antigamente, a profissão passava de pai para filho, mas hoje os jovens não querem mais saber de guiar um caminhão”, admite. Segundo ele, a situação não é simples de ser resolvida e já causa reflexos nas operações. “Temos empresas associadas com caminhões parados por falta de motorista”, lamenta.
O que fazer para minimizar a falta Na opinião do presidente do Setcesp, é preciso criar condições favoráveis para atrair essa mão de obra e o recurso utilizado deve ser a boa remuneração. Aqui, outra peculiaridade. “Vamos mudar de patamar quanto ao frete. Temos que tê-lo ajustado com os contratantes para Junho/2013 - Revista Tecnologística - 45
MÃO DE OBRA
Divulgação / Total Express Uliana: filhos não querem mais seguir a profissão dos pais 46 - Revista Tecnologística - Junho/2013
a motorista de caminhões. Essa é uma estratégia muito adotada em cargos administrativos, mas conseguimos aplicar também na base”, comemora Thiele. Além disso, a companhia desenvolveu dois modelos utilizados na preparação das pessoas que conduzirão os veículos da JSL. Um é chamado de Centro de Formação de Profissionais. Ao todo, são 13 desses centros espalhados pelo Brasil. Nesses locais, os A Total Express tem como estratégia estreitar o colaboradores, que são ou relacionamento com os colaboradores não profissionais do volante e que acabam de entrar na companhia, são treinados para exercer primordial. “Nosso processo seletivo a função. “Já formamos, em cinco anos, dura de quatro a seis semanas e obe2,1 mil motoristas”, calcula. A forma- dece a uma série de etapas de avaliação, que pode ser de condutor de leve, ção, até porque nosso modelo de necaminhão ou ônibus, dependendo da gócio, que é o transporte de produto demanda, dura de 45 a 90 dias entre químico, requer várias qualificações aulas práticas e teóricas. do motorista, como o curso de MoO outro modelo de escola são os vimentação e Operação de Produtos Centros de Treinamento Profissio- Perigosos (Mopp)”, afirma Silva. nais. Nesse caso, são dez em todo o Após selecionados, os candidaBrasil, qualificando a mão de obra tos participam de um programa de há sete anos. “Preparamos aqueles treinamento, prático e teórico, com que se destacam e têm interesse para duração de até 120 horas. Se aprovamudar de função. Esse treinamento dos, são designados para a operação. varia de acordo com o equipamento, Já na Total Express, além da remumas demora, no mínimo, 26 horas”, neração por vezes acima do mercado, diz Thiele. O diretor ressalta, porém, a estratégia é estreitar o relacionaque se a preparação for para operar mento com os colaboradores. “Realibitrem, por exemplo, o treinamento zamos reuniões periódicas para estar tem duração de 45 dias. próximos, ouvi-los, recebermos suas O executivo faz um lembrete. Ele sugestões e aplicarmos as melhorias”, salienta que, além daqueles que irão destaca Uliana. De acordo com o exemudar de função, todos os demais cutivo, esse é o modo utilizado para motoristas do quadro de funcioná- trazer os motoristas para mais perto da rios passam, obrigatoriamente, por organização. “Estamos abrindo canais, esse centro de treinamento para reci- eles precisam se identificar e sentir que clagem – direção defensiva, condução fazem parte da empresa”, pontua. econômica e código de trânsito, cuja Impacto da lei carga horária é também de, no mínimo, 26 horas. O período do curso é Ponto de maior discussão hoje em de, no mínimo, 26 horas por ano. Na Golden Cargo, a formação também é dia no segmento, a Lei 12.619/2012 Divulgação / Total Express
que possamos absorver esse aumento de custo na mão de obra, atraindo, assim, bons profissionais”, frisa. Silva, da Golden Cargo, também aponta a questão salarial como uma das mais relevantes e demonstra o que vem acontecendo no mercado. “Os motoristas estão se movimentando entre as empresas e isso é uma dificuldade a mais, pois aumenta a competitividade na atração da mão de obra qualificada”, relata. Uliana, da Total Express, é enfático. “Acompanhamos o ritmo do mercado, vemos o quanto estão pagando para, às vezes, remunerar um pouco acima.” De acordo com ele, isso gera tendência de aumento salarial. O diretor reforça, ainda, o que diz Silva, da Golden Cargo. “Os motoristas têm mais opções de colocação e as empresas que querem bons profissionais acabam tendo de pagar um pouco mais”, conclui. Já a JSL aposta em programas de formação e treinamento para compor seu quadro e amenizar os impactos da escassez. O diretor executivo de Operações e Serviços explica o plano de carreira desenvolvido na empresa. “Contratamos motoristas de carros leves, que são mais fáceis de serem encontrados. Os melhores são promovidos para dirigir ônibus e os que se saem melhor nesta categoria passam
Fabio Fávero
Comunicação Setcesp
também trouxe reflexos à atividade. Para Thiele, o grande impacto foi que, de uma hora para outra, houve uma explosão da demanda por motoristas. Apesar disso, o executivo assegura que na JSL isso foi minimizado graças ao modelo de negócio da empresa. De acordo com ele, na maioria das operações, a companhia já trabalhava com mais de um motorista por caminhão. “São operações que chamamos de dedicadas, que rodam 24 horas e possuem três condutores por veículo”, explica. Ele continua dizendo que, nessas operações, houve aumento de controle, mas na rotina e na quantidade de motoristas ocorreram poucas alterações. Naquelas não dedicadas, que contam com um motorista por caminhão, o impacto também foi pequeno, pois a frota da JSL já não operava à noite. “Paramos às 22 horas e retomamos apenas na manhã seguinte”, conta. Na Total Express, Uliana diz que as características do negócio também fizeram com que a empresa passasse de maneira mais suave pelas novas imposições legais. “Não temos muitas operações de longa distância, que são as mais impactadas; realizamos mais distribuição local”, declara.
Lima Júnior: há associados com veículos parados por falta de motoristas
Na Golden Cargo, porém, o diretor de Operações afirma que o impacto foi imediato. “Tivemos um acréscimo de 8% em nosso quadro de motoristas próprios”, revela Silva.
A tendência da atividade
O momento de transição desse mercado, na opinião daqueles que atuam no segmento, traz uma série de oportunidades. Para Thiele, com a nova regulamentação profissional de motoristas, a diminuição da alíquota do Imposto de Renda para caminhoneiros autônomos e o fim da carta-frete, por exemplo, a expectativa é de que a atividade fique mais atraente. “O motorista passou a ser valorizado”, acredita. Silva, da Golden Cargo, aponta que há duas possibilidades para esse mercado. Ele concorda com Thiele de que as novas regras da atividade podem estimular a entrada de profissionais. Além disso, a tendência é a de que condutores urbanos sejam atraídos Por movimentar produtos químicos, a Golden Cargo requer qualificação diferenciada do motorista pela longa distância e se
Autônomos comemoram desoneração da categoria
U
ma das mais antigas reivindicações dos motoristas autônomos foi, este ano, finalmente atendida pelo governo federal. Isso porque a presidente Dilma Rousseff sancionou, no último dia 3 de abril, a Lei 12.794 que, entre outras medidas, beneficia os caminhoneiros autônomos com a redução da base de cálculo do Imposto de Renda e regulamenta a desoneração da folha de pagamento para diversos setores da economia. As empresas de transporte rodoviário de cargas ainda não foram desoneradas, mas seu pleito já está tramitando. Para os profissionais do volante autônomos, o benefício vem com a diminuição da base de cálculo do IR de 40% para 10%, gerando grande redução tributária. A Receita Federal estima que a redução implicará em uma renúncia fiscal de R$ 1,21 bilhão em 2013 e de R$ 1,34 bilhão em 2014. Segundo o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo “China” da Silva, a medida é um sonho antigo dos caminhoneiros e um projeto nascido da necessidade da categoria. “Era muito importante reduzir o imposto para a classe, que, com outras vitórias que tem conquistado,
como a regulamentação da profissão e o fim da carta-frete, passa a ser efetivamente contribuinte”, diz. O dirigente comemora outra conquista. Para China, com a comprovação de que há o pagamento dos tributos, os autônomos têm, agora, acesso aos programas de financiamento do governo federal para a renovação da frota. Entre eles, destaque para o BNDES Procaminhoneiro, que custeia – por meio das instituições financeiras habilitadas a operar com o BNDES FGI - Fundo Garantidor para Investimentos – a aquisição de equipamentos novos e usados, como caminhões, chassis, cavalos mecânicos, reboques e semirreboques, além de sistemas de rastreamento, quando adquiridos em conjunto com os equipamentos novos ou usados, e seguros do bem e prestamista (pagamento de prestações ou a quitação do saldo devedor de bens ou planos de financiamento adquiridos pelo segurado, em caso de morte, invalidez permanente, invalidez temporária e desemprego), quando contratados juntamente aos equipamentos novos ou usados financiáveis.
transformem em motoristas carreteiros. Para Uliana, os próximos anos devem ser marcados pela maior profissionalização e aumento da escolaridade dos motoristas. Na opinião do diretor da Total Express, acontecerá aqui o que já ocorreu nos Estados Unidos e em países da Europa, onde esta categoria é extremamente bem remunerada, mas que ainda assim é difícil encontrar bons profissionais. Manoel Lima Junior, presidente do Setcesp, concorda quanto à especialização. De acordo com ele, a cada dia será
preciso maior qualificação e conhecimento técnico das tecnologias embarcadas para que o profissional entenda as informações que são transmitidas. “Não existe mais motoristas no mercado, e, sim, operadores veiculares”, conclui.
Unicam: (11) 3935-6760
Fábio Penteado Golden Cargo: JSL: Setcesp: Total Express:
(11) (11) (11) (11)
2133-8800 2377-7000 2632-1000 3627-5900
iStockphoto
MÃO DE OBRA
A logística de gravata Expansão do setor e crescimento da economia brasileira causam um aumento na procura por profissionais cada vez mais qualificados para ocupar cargos executivos na área de logística. Mas será que eles existem realmente?
N
a edição 188 da Revista Tecnologística, publicada em junho de 2011, a matéria intitulada “Apagou geral” tratou de um problema que afligia o mercado logístico brasileiro na época: a falta de mão de obra qualificada. O gargalo, semelhante ao que se via em muitos outros setores em razão do crescimento acelerado da economia do país, mostrava-se mais grave nos níveis operacionais. Faltavam profissionais para ocupar cargos na base da atividade, como motoristas, ajudantes e operadores de empilhadeiras. Passados exatos dois anos, a procura por bons profissionais para preencher as posições disponíveis
50 - Revista Tecnologística - Junho/2013
no segmento ainda continua, mas ao que tudo indica, as áreas com maior demanda passaram a ser outras. De acordo com o diretor da Vantine Logistics & Supply Chain Consulting, José Geraldo Vantine, houve uma busca por profissionais mais qualificados nas posições citadas por conta de um temor que, com o tempo, revelou-se infundado. “A mão de obra na logística passou por um processo de maturação. Algumas funções eram totalmente manuais e rapidamente estão transitando para operações mais automatizadas. Isso fez com que surgisse um medo em relação aos profissionais que atuavam no setor, por tratar-se de pesso-
as com um nível de instrução mais baixo”, explica. Vantine compara a situação com algo que já havia acontecido há algumas décadas, quando a utilização dos códigos de barras se disseminou no Brasil. “Existia esse mesmo receio em relação à qualificação da mão de obra, mas depois o mercado percebeu que o ato de pegar um coletor e realizar a leitura do código não exigia maior qualificação por parte do operador.” Segundo ele, a recente onda de automatização de alguns processos, como a aplicação de tecnologias de picking by voice e picking by light em atividades de separação e preparação, por exemplo, trouxe novamente à tona
“A logística se alterou muito ao longo do tempo, passando de uma função estritamente operacional para outra mais tática e até estratégica”
perfil e na formação do trabalhador. “Estamos desenvolvendo dois grandes projetos que envolvem a tecnologia de picking by voice para operadores logísticos que atuam com cargas fracionadas de diferentes segmentos. Nossos estudos mostraram que, mesmo utilizando modelos de trabalho automatizados, o custo relacionado à mão de obra não é afetado. Os profissionais precisam somente passar por treinamentos simples.” De fato, Mendonça comenta que, com a forte demanda por profissionalização, a Luft passou a investir mais em treinamento de pessoal, bem como em recursos humanos. “Recebemos diariamente muitos currículos para operadores de empilhadeira, por exemplo. Mas, hoje, o colaborador não é mais pego a laço. Ele é muito bem selecionado e treinado.” Na Luft, o operador que se destaca passa a ocupar a posição de monitor, que tem como função acompanhar os demais trabalhadores até que estes alcancem níveis operacionais e de segurança satisfatórios. Segundo o executivo, é bastante comum também formar o profissional dentro da própria empresa. “Podemos pegar o colaborador que descarrega o caminhão, por exemplo, e treiná-lo para que seja um bom operador de empilhadeira.”
“Diante desses fatores, não vislumbro nenhum tipo de perigo de falta de mão de obra nessas atividades”, analisa Vantine. “Mas o buraco, nesse caso, não é mais embaixo. É mais em cima. O problema está nos níveis mais altos”, completa.
Abrangência Segundo Vantine, as maiores dificuldades relacionadas à mão de obra em logística são observadas nos cargos de liderança, desde o encarregado e o supervisor até os gerentes e diretores, por causa da recente expansão do setor. “A logística vem se alterando muito ao longo do tempo. Há poucos anos, ela tinha uma função estritamente operacional. Hoje, essa função é muito mais tática. Antes, o profissional simplesmente coordenava as atividades de transporte e armazenagem. Agora, ele precisa lidar com fatores como definição de malha, tempo de atendimento, multimodalidade e nível de serviço, por exemplo. Tudo isso demanda conhecimentos específicos em matemática, simulação, projetos e outras disciplinas.” Para Alessandra Rossi, diretora da área de Recrutamento da Mariaca – Divulgação
essa preocupação quanto à formação dos profissionais que atuam dentro dos armazéns. “São tarefas que deixam de ser basicamente mecânicas e passam a exigir um nível intelectual mais elevado”, analisa. O vice-presidente executivo da Luft Logistics, Mario Mendonça, conta que o temor é semelhante ao que se pode observar em relação aos profissionais da área de transporte. “A visão que os executivos do mercado tinham de que, com o aumento da tecnologia nos caminhões, os motoristas passariam a ser menos importantes, mostrou-se totalmente diferente na prática. A enorme evolução dessa tecnologia embarcada passou a demandar, na verdade, profissionais cada vez mais qualificados.” De acordo com o executivo, o perfil do motorista passou por algumas mudanças durante os anos. “Ele precisou buscar um nível educacional mais alto. De que adianta o caminhão dispor de uma enorme tecnologia se o condutor não souber trabalhar com ela?” Mendonça esclarece também que as empresas precisam que o motorista busque uma melhor qualificação por conta de outro fator: o preço dos caminhões. “Os veículos têm, hoje, um custo muito alto. Trata-se de um ativo caro para as empresas e elas não podem entregá-lo nas mãos de um profissional com um nível de qualificação baixo.” Diante disso, o mercado sofre com a escassez de bons motoristas na atividade. “A maioria dos operadores mantém parte de sua frota parada – mesmo com boas oportunidades de negócios – devido à falta de motoristas”, destaca Mendonça. Já na base das operações logísticas de armazenagem e distribuição, Vantine explica que, com o tempo, o segmento foi percebendo que a transformação dos processos com a utilização de novas tecnologias não demandava grandes mudanças no
Vantine: tarefas da logística passaram a exigir um nível intelectual mais elevado Junho/2013 - Revista Tecnologística - 51
Arquivo Publicare
MÃO DE OBRA
Mendonça: qualificação de motoristas é uma questão central para as empresas
empresa que atua em consultoria na gestão de capital humano –, o bom executivo de logística precisa, hoje,
ter uma visão muito mais abrangente da empresa em que atua. “Ele tem de entender completamente o negócio e ter uma visão muito estratégica. É preciso fugir daquele aspecto mais operacional, focado somente em transporte e armazenagem. Atualmente, o profissional de logística transita entre as mais diversas áreas da empresa”, diz. Alessandra revela ainda outra dificuldade encontrada na hora de recrutar profissionais para cargos de liderança em um mercado logístico globalizado como o que temos atualmente: os idiomas. “É uma deficiência bastante característica do mercado brasileiro. Os executivos precisam entender que é muito importante possuir um bom conhecimento da língua inglesa e, em muitos casos,
do espanhol também. De um modo geral, podemos observar que os profissionais estão correndo atrás disso, mas infelizmente ainda é um problema no Brasil”, analisa. A diretora conta que essas dificuldades não são exclusividade do segmento de logística, mas uma característica geral no cenário nacional. Porém, no caso desse setor específico, elas tomam maiores proporções em virtude da posição de destaque que a logística ocupa hoje na economia brasileira e da participação que ela exerce no desenvolvimento do país. “Temos visto vários planos de logística por parte do governo federal, por exemplo. As empresas do ramo estão crescendo muito e, por isso, precisam do profissional pronto. De 2011 para cá, o número de processos de procura por posições no merca-
Consultoria enfrenta escassez de profissionais
O
diretor da Vantine Logistics & Supply Chain Consulting, José Geraldo Vantine, conta que a falta de abrangência por parte dos profissionais de logística representa um problema ainda maior na busca por colaboradores para atuar nas empresas de consultoria. De acordo com ele, o consultor em logística precisa ser um profissional múltiplo, que conheça amplamente tudo aquilo que está envolvido no segmento, seja no aspecto operacional ou no estratégico e tático. “O que se encontra atualmente são profissionais especializados em uma única área. Se ele trabalhou durante anos na indústria de alimentos, eu não posso colocá-lo em um projeto de transporte de minério, por exemplo, porque ele não vai entender nada a respeito da atividade”, diz. Segundo ele, isso é causado pela formação acadêmica de má qualidade e também por características observadas no perfil do próprio profis-
52 - Revista Tecnologística - Junho/2013
sional. “O consultor de hoje – e preparado para o amanhã – precisa conjugar competência, experiência e criatividade. Ele deve ter velocidade de raciocínio para tomar decisões rápidas, capacidade para absorver rapidamente a sistemática do negócio do cliente e, sobretudo, sempre buscar muita informação.” Vantine destaca que, com as facilidades proporcionadas hoje pela internet, é inconcebível que o profissional de consultoria não tenha a habilidade de utilizar a enorme quantidade de informação disponível para se desenvolver na carreira. “O profissional sai da faculdade hoje, de um modo geral, achando que o mundo começou naquele momento. Ele não se preocupa em entender a história e a evolução da logística, por exemplo”, aponta. O consultor acredita que uma melhor oferta de cursos em logística, incluindo a criação da graduação específica na área, poderia trazer uma evolução para esse cenário.
Já para Bruno Zanni, diretor de Supply Chain da Integration Consultoria Empresarial, a graduação em supply chain formaria profissionais com um perfil estritamente técnico, o que apenas contribuiria para a falta de abrangência já apontada. “Uma formação em engenharia, por exemplo, com especialização em logística, faria mais sentido”, analisa. “A verdade é que o bom consultor precisa de uma extensa bagagem profissional para ser considerado realmente qualificado. O problema é que o mercado precisa desses profissionais hoje, mas infelizmente eles só vão estar prontos amanhã.” Vantine completa explicando que se trata de uma atividade que demanda os melhores e mais experientes profissionais disponíveis no mercado, sem a possibilidade de abrir nenhuma exceção no momento da contratação. “Por isso, teremos sempre poucos bons consultores de verdade”, finaliza.
Divulgação Alessandra: profissional de logística precisa ter visão abrangente do negócio
que muitas empresas de outras regiões, como Centro-Oeste e Nordeste, passassem a demandar profissionais qualificados.” São organizações de médio porte, muitas vezes familiares, que tinham como tradição ser menos profissionalizadas. “Elas contavam com uma pessoa que cuidava do centro de distribuição e outra do transporte, mas nenhuma delas tinha a visão integrada da cadeia que se faz necessária quando a empresa começa a crescer muito”, esclarece. Por ser um segmento relativamente novo e em ascensão, existem ainda poucos profissionais realmente qualificados atuando no mercado. De acordo com Zanni, são pessoas que aprenderam a profissão na prática, dentro das grandes empresas do ramo. “Os bons profissionais são aqueles que estão na área de supply chain há mais de 15 anos, quando o termo praticamente nem existia aqui no Brasil”, diz. E, segundo o diretor, por tratar-se de uma mão de obra rara de se encontrar, é feito um trabalho intenso e cada vez mais frequente por parte das companhias de ir atrás dos principais executivos para tirá-los de seus concorrentes. “Vemos as mesmas pessoas passando por várias empresas. Quando ocorre uma alta rotatividade de profissionais no mercado, temos duas possibilidades: ou há uma grande insatisfação com o desempenho dos executivos ou uma guerra das empresas pelos poucos e bons disponíveis no mercado.” Nesse caso, parece óbvio afirmar que a segunda opção é a correta. Alessandra Rossi conta que o mercado é tão restrito que os próprios players do segmento sabem quem são os bons profissionais. “Aqui, vale aquela história de que o mundo é pequeno. Os grandes executivos de logística já trabalharam juntos, um indica o outro, sabe para onde o colega está mudando. Mas isso acontece porque os bons profissionais são
Divulgação
do de logística praticamente dobrou na Mariaca. O colaborador tem de começar a trabalhar e apresentar resultados imediatamente. Na maioria das vezes, não há tempo para desenvolvê-lo internamente”, diz. O diretor de Supply Chain da Integration Consultoria Empresarial, Bruno Zanni, concorda. Segundo ele, essa falta de qualificação dos profissionais de logística já podia ser observada há algum tempo, mas ela não se configurava em um fator preocupante porque a logística possuía uma importância menor para os negócios. “Nos últimos anos, houve um crescimento muito grande da atividade e ela passou a ser essencial dentro das empresas. Hoje, os impactos positivos de uma boa gestão logística estão muito mais claros, e isso fez com que tivesse início uma busca pelos melhores profissionais do mercado.” Zanni aponta que essa falta de colaboradores qualificados é ainda mais preocupante quando as empresas estão localizadas fora dos grandes centros urbanos. “Os bons executivos da área de supply chain estão concentrados em grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Mas o crescimento da logística fez com
Zanni: crescimento de importância da logística tornou a falta de profissionais mais visível
aqueles que já tiveram espaço para se desenvolver dentro das grandes empresas do segmento”, esclarece. Ela conta que, durante os processos de busca por colaboradores, as próprias empresas contratantes acabam colaborando ao indicar quem são seus maiores concorrentes, porque é ali que os executivos de renome estão. Zanni lembra que a falta de bons profissionais de logística acaba sendo até maior nas próprias empresas do setor, pois aqueles que são qualificados migram para a indústria – onde essa carência também existe – em busca de maiores salários e melhores oportunidades de desenvolvimento profissional. “O executivo mais preparado e que tem uma cabeça mais voltada para os negócios dificilmente vai optar por uma carreira em um operador logístico em detrimento da indústria”, indica.
Formação “O que vemos, então, no segmento é uma dança das cadeiras. Não há executivos novos entrando no mercado”, resume Vantine. Mario Mendonça corrobora essa afirmação, Junho/2013 - Revista Tecnologística - 53
Divulgação
MÃO DE OBRA
Resende: há pouca oferta, e de cursos ruins
apontando que o grande problema de se investir na formação de um profissional é o risco que se corre de perdê-lo para outras empresas. E ele é categórico ao destacar o principal motivo para a falta de novos executivos qualificados na logística. “O Brasil ainda precisa formar esses profissionais. Nós não confiamos totalmente nas formações acadêmicas que existem”, diz o vice-presidente da Luft. Mendonça explica que as alternativas de ensino oferecidas hoje ainda não foram absorvidas pelas empresas como qualificação necessária. “Hoje, temos um ambiente social que exige que todo mundo tenha nível superior, mas a grande maioria das instituições ainda apresenta uma qualidade de ensino muito baixa.” Segundo ele, as melhores escolas de logística são as grandes empresas do segmento. “E isso é muito ruim, porque o mercado empresarial não deveria ter de patrocinar a formação do profissional. Ela deveria ser estruturada dentro das universidades”, completa. O coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, professor Paulo Tarso Resende, conta que a oferta de cursos em logística ainda é muito pequena. 54 - Revista Tecnologística - Junho/2013
“Além disso, a formação é fraca. E são sempre cursos apenas com ênfase na área, que oferecem capacitação na parte operacional. Para a alta administração, são poucos os cursos realmente bons. A quantidade não enche os dedos das mãos”, diz. Segundo ele, a formação acadêmica disponível hoje contribui para que o executivo de logística seja contaminado com essa visão operacional em detrimento de conhecimentos mais estratégicos. Vantine vai além. “Nós nem temos, no Brasil, uma graduação em logística. O que temos são cursos técnicos e de especialização, mas que sofrem com a baixa qualidade do ensino brasileiro. O consultor explica que as formações que mais se assimilam com o que seria uma graduação ideal em logística são os cursos de engenharia de produção e administração de empresas. “Mas, excetuando-se algumas poucas instituições de renome, temos faculdades muito ruins. Hoje, ensina-se engenharia com três horas de aula por dia. Como engenheiro de formação que estudava em período integral, não vejo a possibilidade de se formar bons profissionais dessa maneira.” Ele critica o fato de, atualmente, a escolha por uma faculdade ser muito mais baseada em fatores como preço e comodidade do que na qualidade do ensino. “Claro que nossos jovens vão sair com deficiências enormes. Como ele vai competir com um profissional formado nos Estados Unidos ou na França, por exemplo?”, questiona. Alessandra conta que a saída encontrada por muitos profissionais para ampliar seus conhecimentos é investir em estudos fora do país. “Esse é um diferencial que tem proporcionado destaque no mercado”, diz. Ambos os entrevistados apontam que o ideal seria que o Brasil contasse com um curso de graduação básica em logística. “Desse modo, o estu-
O ideal seria contar com um curso de graduação em logística que desse base ao aluno nos principais requisitos da profissão
dante teria sua base nos principais requisitos da profissão e depois teria a opção de ampliar seus conhecimentos com cursos de especialização que complementariam seu papel dentro das empresas”, explica Alessandra. Vantine considera um grande contrassenso o fato de o governo federal discutir tanto a logística do país, mas em contrapartida o Ministério da Educação (MEC) ficar inerte quanto à criação de cursos voltados ao segmento. “Ele não acompanha as necessidades, mudanças e evoluções do mercado e continua formando as mesmas pessoas como sempre formou.” O consultor sugere a criação do curso de engenheiro logístico, no qual o graduando aprenderia, basicamente, quatro ciências: engenharia de produção ou industrial, administração de empresas, marketing e economia. “O profissional sairia da universidade com uma formação muito mais abrangente para atuar em logística.” Ele acredita que somente assim será possível garantir que, no futuro, existam mais executivos qualificados atuando na logística brasileira para que a escassez de bons colaboradores não se estenda. Resende explica que alguns países, como Estados Unidos e Alemanha, já oferecem bons cursos de graduação voltados para o segmento. “O profissional que deseja uma for-
mação adequada, invariavelmente, precisa ir para fora estudar. E existe mais um problema nisso. Como em outros países as empresas também precisam de mão de obra qualificada, esse profissional pode acabar nem voltando”, ressalta. “A logística empresarial, com todas suas nuances, é um conceito muito novo; portanto cabe aos responsáveis pela educação darem maior atenção às graduações na área”, avalia o professor. Para Bruno Zanni, o mercado somente será abastecido de bons profissionais com o passar do tempo, pois a logística é uma carreira que só se tornou atrativa nos últimos anos. “Quem já estava nela teve a chance de crescer, mas os novos profissionais precisam de um tempo para ser for-
mados dentro das empresas, adquirindo o conhecimento e a experiência necessários”, diz. “O governo colocou a logística lá no topo, mas se esqueceu de preparar quem vai cuidar de tudo isso. Para que investir na infraestrutura dos portos, por exemplo, se não estamos formando bons administradores portuários para cuidar deles?”, questiona Vantine. “Enquanto isso não mudar, a grande maioria da mão de obra do segmento será formada por profissionais remendados”, afirma o consultor. Mario Mendonça vai ainda mais longe. “Estamos discutindo a formação do profissional de logística, mas precisamos nos lembrar de que nem mesmo a função da empresa em que ele vai atuar é reconhecida no país”.
O executivo refere-se à demanda dos players do setor pela regulamentação da atividade de operador logístico. As empresas ainda não contam com um código específico no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), tendo que optar pelo agrupamento de códigos para atividades que, juntas, correspondam às operações exercidas pelas empresas do setor, como armazéns gerais e serviços de transporte de carga. Fernando Fischer Fundação Dom Cabral: (31) 3589-7300 Integration: (11) 3078-1144 Luft Logistics: (11) 4772-3840 Mariaca: (11) 3844-6060 Vantine Logistics: (11) 3598-1200
iStockphoto
ESPECIAL
Em busca da identidade Criada há pouco menos de um ano, Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) busca dar representatividade e criar um marco legal para o setor, fazendo sua voz ser ouvida dentro dos vários pleitos em curso no país, que podem dar grande impulso à atividade
U
m segmento que tem alto faturamento e abriga grandes empresas, muitas delas multinacionais; que é intensivo no emprego de pessoas e de tecnologia de ponta; que arrecada um montante razoável de impostos para o país; que serve de elo entre os diversos agentes do mercado; e que está no cerne da questão que é hoje a menina dos olhos do governo federal – a eficiência logística –, sendo imprescindível para o desenvolvimento da indústria, para o funcionamento do comércio e para o escoamento a custos otimizados da enorme safra agrícola nacional. Em suma, um setor essencial para o país, que deveria ser tratado com deferên56 - Revista Tecnologística - Junho/2013
cia em todas as esferas. Só que ele, paradoxalmente, não existe. Ainda. Estamos falando dos operadores logísticos (OLs) que, apesar de tudo o que foi listado anteriormente, ainda não são reconhecidos como um setor de fato, já que a atividade não possui uma identidade oficial constituída – a chamada CNAE, Classificação Nacional de Atividade Econômica. Sem isso, ele não pode fazer, como operador logístico, seu planejamento estratégico, econômico, fiscal, tributário, previdenciário, trabalhista e sindical. Ou seja, existe de fato, mas não de direito, e os players do setor fazem hoje verdadeiros malabarismos jurídicos para operar, encaixando-se nos
várias CNAEs que regem algumas de suas atividades secundárias, como transporte e armazenagem, entre outros (veja no Quadro 1). Foi primordialmente para solucionar essa falta de representatividade legal que foi constituída, em julho de 2012, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), que agrega 18 empresas (leia na Tabela 1) que têm como atividade principal a operação logística, ou seja, exercem no mínimo três dos serviços que caracterizam um operador: transporte nos diferentes modais, armazenagem e gestão de estoques, sendo que todos os atuais associados agregam muitos outros itens a seu portfólio.
Representatividade A inexistência de um “registro geral” da atividade de operador logístico explica-se em parte pelo fato de ela ser muito nova no Brasil, tendo tomado impulso apenas depois da estabilização da economia pós-Plano Real. Antes disso, a alta inflação impossibilitava qualquer tentativa de uma gestão eficiente da logística, já que os ganhos financeiros se sobrepunham a qualquer outro. Na visão das empresas na época, a logística era muito mais uma agregadora de custos do que provedora de eficiência e otimização. Com a estabilização da economia e a crescente necessidade de exercer sobre a logística uma gestão eficiente e profissional, as companhias passaram a dar maior atenção à área. Muitos embarcadores começaram a enxergar que era mais vantajoso deixar a logística para um terceiro especialista e voltar-se à sua atividade principal, já que agora o ganho vinha do mercado real e não mais do financeiro. Diante desse quadro e da inexistência, no Brasil, de operadores logísticos constituídos, muitas empresas dos ramos de transporte, armazenagem, distribuição e comércio exterior, entre outros, viram aí uma oportunidade de
Um dos mentores da Abol foi Luís Augusto Ópice, na época presidente da Elog e hoje consultor do Grupo EcoRodovias, ao qual a empresa pertence. Ele conta que sempre sentiu falta de uma entidade que representasse o setor, já que as muitas outras associações existentes não contemplam a atividade principal do operador logístico. “Sempre me incomodou essa falta de representatividade de um setor tão importante. Eu participei da fundação da Associação Brasileira de Logística (Aslog), ainda nos anos 1990. Só que ela era muito aberta e mais voltada à pessoa física do que às empresas. Posteriormente, surgiu a Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML), que agregava fornecedores de equipamentos e serviços para a logística. Acho que elas foram importantes, fizeram parte do caminho, mas não representavam a atividade de operador logístico.” Ópice coloca ainda que outro problema era a desconfiança das demais associações em relação à atividade, que era nova e vista como ameaça a outras já estabelecidas há mais tempo. “Eu nunca senti entusiasmo das outras
entidades pelo operador logístico; pelo contrário. Elas achavam que corriam o risco de perder o papel de liderança.” O executivo conta que isso existia principalmente por parte dos transportadores rodoviários porque, quando surgiram os OLs, parte dos clientes que contratavam frete com as transportadoras passou esse papel para o operador logístico, que escolhia o parceiro que fosse mais vantajoso para a cadeia do cliente. “Eles nunca viram o operador como complementar, sempre como concorrente”, acredita Ópice. “A mesma desconfiança existe com relação ao operador de transporte multimodal, o OTM. Os transportadores sempre enxergaram essa figura de forma negativa, concorrencial, quando na verdade não é”, complementa. Ópice descobriu que essa insatisfação com relação à falta de representatividade jurídica dos OLs não era apenas dele; havia vários players do mercado com a mesma inquietação. No fim de 2011, alguns altos executivos de grandes operadores logísticos passaram a se reunir para discutir a situação. Deste movimento surgiu a Abol, em julho de 2012, tendo como prioridade definir a identidade do operador logístico. Radamés Jr.
Christian Lenz Ópice: as várias entidades existentes não contemplam a atividade do OL
ampliar seu escopo, passando a oferecer aos clientes os diversos serviços logísticos. E essas companhias já tinham suas CNAEs ligadas às atividades de origem, o que em parte pode explicar essa preocupação tardia pelo reconhecimento do operador logístico como categoria econômica. Agora, com o crescimento do mercado, a maior profissionalização e a consolidação em grandes empresas – sendo que muitas já nascem como operadores logísticos sem ter origem numa atividade secundária –, surgiu a necessidade de ter uma identidade própria. E uma entidade que represente exclusivamente os OLs.
Sarti: governo e sociedade desconhecem o papel e a importância do setor Junho/2013 - Revista Tecnologística - 57
Meireles: identidade oficial trará amplos benefícios ao segmento
Dessa forma, a entidade já nasceu com foco e objetivos bem definidos, além da preocupação de representar o setor como um todo e não interesses particulares. “Nascemos pequenos, com poucas empresas, porque acreditamos que assim seria mais fácil chegarmos a um consenso. Se quiséssemos partir já com muitos associados, correríamos o risco de dispersar”, explica Paulo Sarti, presidente da Penske Logistics América do Sul e do Conselho Deliberativo da Abol. “Mas nem por isso a associação é um ‘clubinho’. Não queremos que aconteça com a Abol o que vimos em várias outras entidades, que acabam atendendo a interesses deste ou daquele membro. Temos muita preocupação com relação a isso e nosso estatuto é bastante claro a este respeito”, afirma Sarti, explicando que as demandas da associação sempre têm em vista questões comuns. “Nem poderia ser diferente. Somos todos concorrentes, então o que beneficia um, também é bom para os demais.” A preocupação pela isenção é tanta que uma das condições para que Sarti aceitasse o cargo de presidente foi de que a duração do mandato fosse de apenas um ano. Outra premissa 58 - Revista Tecnologística - Junho/2013
adotada era de que a associação ti- para as empresas prestadoras do servivesse um executivo contratado, que ço e para sua sustentabilidade no loniria tocar as demandas acordadas por go prazo. “A partir do momento em todos os membros, que visam sempre que tivermos a identidade constituída, poderemos pleitear os direitos dentro ao setor como um todo. Os fundadores foram escolhidos dos planos do governo e das estruturas tendo em vista a representatividade das de desenvolvimento econômico.” Seempresas dentro do segmento, tanto em gundo ele, o fortalecimento da figura termos de faturamento como de abran- do operador logístico contribui, ainda, gência geográfica e número de funcioná- para o aumento da competitividade rios. Além disso, deveria haver, obriga- das cadeias produtivas e da atividade toriamente, a participação do mais alto econômica do país de um modo geral. E, segundo todos os entrevistados, executivo da companhia na associação. Essas premissas, de acordo com Sarti o momento é absolutamente pertinene com Ópice, são importantes para dar te para o surgimento da Abol, já que representatividade à entidade. “Este alguns marcos regulatórios importangrupo inicial que compõe a Abol fatura, tes e que influenciam a atividade estão junto, R$ 9,2 bilhões e tem 47 mil fun- sendo tratados na agenda de todos: gocionários. Com base em estudos como o verno federal, parlamento, associações realizado pelo Instituto ILOS, represen- patronais e de trabalhadores. Um dos pontos que estão sendo tamos hoje cerca de 20% do faturamento de todos os operadores logísticos do revistos é a lei do Código Comercial Brasil. Em número de funcionários, tal- Brasileiro que, de acordo com Ópice, vez até mais. E todos os políticos e enti- tem um capítulo de logística, mas tão dades governamentais, quando tomam pobre que não define nada. “Mas o conhecimento da Abol, AGV Logística ficam impressionados de como um segmenBrado Logística to com esse tamanho Bomi Brasil e faturamento não tem DHL Logistics Brasil representação política Ecoporto Santos nenhuma. A maioria dos setores do governo Elog nem sabe que a ativiGafor/NDG Logistics dade existe. É isso que Golden Cargo queremos sanar com a criação da entidade”, Grupo TPC ressalta Sarti. Libra Terminais
Momento propício Para Cesar Meireles, diretor executivo da Abol, a associação nasce com o propósito de contribuir para a regulamentação do setor na estipulação de um marco legal, na criação da segurança jurídica
Luft Solutions Nova Logística (Grupo Santos-Brasil) Penske Logistics do Brasil Rapidão Cometa (Grupo FedEx) TA Logística Tegma Gestão Logística Veloce Logística Wilson Sons Logística Tabela 1 - Empresas associadas à Abol
Fonte: Abol
Luiz Machado / Agência Imagem
ESPECIAL
OL já conseguiu essa chancela; ele está lá. Quando se quer falar de movimentação de carga, por exemplo, se fala em logística. Muitas pessoas não sabem sequer o que é a logística, mas quando querem falar de infraestrutura, usam o termo. É um começo, mas temos de trabalhar para que esse código traga uma definição melhor do que é o setor. Temos de colaborar para a criação de um capítulo sobre o operador logístico que discipline tudo o que fazemos, para dar um arcabouço legal à nossa atividade. Mas, para levarmos uma sugestão de texto para o Código Comercial, precisamos primeiro criar uma categoria econômica ou não conseguiremos ser atendidos. Por isso a urgência desse tema”, coloca Ópice.
Meireles acrescenta que o Plano Brasil Maior, que é a base da política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff, institui a Nomenclatura Brasileira de Serviços Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (NBS, criada pela Lei 12.456). “Essa norma é o classificador nacional para a identificação de serviços e também terá correlação com os CNAEs. E, se olharmos a NBS, ela não traz uma só citação ao operador logístico. Tem a descrição das várias atividades, mas não a figura do OL. É mais um ponto a que devemos dar atenção”, diz o diretor executivo da associação. A criação da Abol coincidiu também com a discussão de duas leis importantíssimas e que têm repercussão
direta no setor. Uma delas é a popularmente chamada Lei dos Motoristas Profissionais (12.619/2012). “Fomos praticamente atropelados por essa lei, e acabamos não sendo ouvidos, mas ela impacta muito na formação de nosso preço e na nossa responsabilidade como distribuidores de carga”, afirma Ópice. Outra lei recente é a que desonera a folha de pagamento de diversos setores (Lei 12.794). O segmento de operador logístico, claro, ficou de fora da desoneração, já que não existe oficialmente. Alguns associados até conseguem se encaixar numa ou noutra atividade secundária, mas a desoneração não contempla o setor como um todo. “Todas essas mudanças, que têm impacto direto na atividade e na
ESPECIAL
rentabilidade das empresas, de certa maneira serviram para mostrar a importância de termos uma entidade que nos represente e de inserir nossa categoria econômica nesses movimentos, seja do Legislativo, do Executivo e até, futuramente, do Poder Judiciário. Porque quem vai julgar uma causa que nos envolva tem de entender o que o operador logístico faz. Tudo isso acabou impulsionando a criação da Abol”, comenta Ópice.
Estímulos
Fonte: Abol
A partir do reconhecimento do OL como atividade econômica, a Abol espera que o setor seja incluído em todos os planos de estímulo econômico dos vários governos, em termos de desoneração tributária, concessão de crédito, regimes especiais, inovação, defesa comercial e financiamentos. “Por exemplo, um setor que eu acho que está muito bem estruturado no Brasil é o de terminais privados de contêineres. E, quando você tem uma estrutura bem
Quadro 1 – As CNAEs das atividades logísticas 60 - Revista Tecnologística - Junho/2013
organizada, pode demandar uma série de benefícios àquela atividade. Hoje, voltando a esse exemplo, há o Reporto, que prevê financiamentos a taxas especiais para a compra e importação de equipamentos e bens de capital para o setor portuário. Nós ainda não podemos pleitear isso para os operadores logísticos. Quem sabe depois de termos nossa identidade estabelecida não possamos ter também um ‘Relog’, um regime especial de benefícios para o nosso segmento?”, coloca Cesar Meireles. Ele usa o mesmo exemplo para outras facetas, como a parte securitária e sindical. “Somos grandes empregadores, temos relevância social e nem sabemos a que sindicato nos reportar, o que é um risco jurídico para as empresas; também somos muito demandantes de seguro, porque somos fiéis depositários, e não temos como pleitear apólices diferenciadas. Tudo isso poderia melhorar a partir da obtenção de nossa CNAE.” Ópice concorda com ele: “Hoje, já existem apólices de seguro que cobrem
todas as atividades do OL, mas é uma coisa ainda nova e somente as grandes empresas conseguem contratá-las”.
Sociedade Outra questão que está na mira das preocupações da Abol é a educação em logística que, de acordo com os executivos ouvidos, ainda é muito deficiente no Brasil. Isso ocorre em todos os níveis, desde a formação de mão de obra operacional, que é uma grande preocupação, até os níveis gerenciais e estratégicos. A ideia é discutir com o meio acadêmico como melhorar o ensino da disciplina logística no país, eventualmente até discutir a formação de cursos nos níveis técnico e superior. “Queremos que o estudante tenha a chance de fazer uma faculdade de logística de cinco anos e sair especialista na matéria. É importante orientarmos o meio acadêmico nesse sentido; do contrário, vamos ver uma proliferação de cursos ruins, que não formam ninguém para a atividade”, acredita Ópice. “E, além da parte acadêmica, falta formar uma cultura, disseminar a importância do operador logístico para a indústria, o comércio, enfim, para todos os setores que movimentam e distribuem mercadorias. Precisamos ter uma responsabilidade social mais abrangente. Por sorte, todas as fundadoras da Abol têm essa mesma visão, essa mesma preocupação”, conclui Ópice. A associação também pretende trabalhar em conjunto com as demais entidades representantes em prol de demandas comuns, mesmo diante da resistência de algumas, como já foi citado. “Quando uma nova atividade busca se estabelecer, é natural
que haja um movimento de acomodação e até uma curiosidade natural em torno dela. Acho que é mais isso que vem ocorrendo, e não uma resistência em si”, contemporiza Meireles. “Por isso, é importante já nascermos com a identidade bem determinada, para evitar dispersão de objetivos. Mas temos uma resolução muito clara dentro da Abol. Não vamos nos furtar a sentar na mesa com ninguém para tratar de agendas convergentes”, expõe o diretor executivo. De acordo com os entrevistados, muitos dos associados da Abol também fazem parte de outras entidades com propósitos específicos para algumas de suas atividades, o que acaba ajudando nessa convergência.
Visibilidade e legitimidade Por conta de tudo isso, a ideia é, a partir de agora, fazer um pouco mais de “barulho” para que a sociedade tome conhecimento da atividade de operador logístico, fazendo com que ela seja mais bem entendida. E as ações com esse propósito já vêm gerando frutos. Paulo Sarti conta que a Abol foi chamada para reuniões junto à Empresa de Planejamento Logístico (EPL), do governo federal. “Fiquei positivamente impressionado com o Bernardo Figueiredo, presidente da EPL. Conversamos bastante sobre ferrovias, a respeito da ideia de criar uma malha pública onde vários players possam operar. Colocamos que os operadores logísticos são complementares a essa ideia e ele entendeu bem o conceito. Isso é importante. Não queremos apenas ficar a reboque dos acontecimentos. Queremos influir, ser agentes de mudanças. Que o governo nos chame para conversar quando tiver projetos que tenham reflexos em nossa atividade. Que ouça a opinião do setor. Queremos fazer parte desses fóruns de decisões”, afirma Sarti. Com relação ao crescimento da Abol, com a entrada de mais associados, todos concordam que isto deva ocorrer no futuro, mas com critérios. “Não existe a pretensão de criar uma entidade que agregue todos os operadores logísticos do Brasil, mas reunir um percentual significativo, que possa ter influência e peso para representar o setor. Isso é importante para legitimar a entidade tanto no front interno, estimulando outras a tomar parte, como no externo, tornando a Abol um agente de ações junto a outros órgãos e entidades”, afirma Ópice. “E, de qualquer forma, as conquistas que a associação venha a obter serão benéficas para o setor como um todo, e não apenas para as associadas”, finaliza Sarti. Silvia Marino Abol: (11) 3192-3939
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
20 anos
Armazém geral
550
S
180
NF
Alimentícia, cosméticos, farmacêutica, química e varejo
73
NF
N
Abrange Logística (19) 2106-8100 imprensa@abrange.com.br www.abrange.com.br
27 anos
Operador logístico
732
S
26
Oji Papéis Especiais, GE Transportes Ferroviários e Grupo Endesa
Cimenteiras, energia elétrica, metalurgia, papel e celulose e fios esmaltados
NF
NF
N
Adezan Ind. de Embalagens e Serviços (11) 3956-4800 comercial@adezan.com.br www.adezan.com.br
14 anos
Produção de embalagens industriais
607
S
16
NF
Automobilística, autopeças, ferro e aço, metalurgia, papel e celulose, têxtil, varejo, química e vidros
43,3
7,34%
N
Aga Logística (16) 3332-3660 contato@agalogistica.com.br www.agalogistica.com.br
7 anos
Armazém geral
150
S
18
Nestlé Brasil, Marilan Alimentos e Leroy Merlin
Alimentícia, bebidas, sucroalcooleira, papel e celulose, pisos e revestimentos cerâmicos
34
55%
N
AGM Logística - Armazéns Gerais Murundu (21) 2107-6000 comercial@agmlogistica.com.br www.agmlogistica.com.br
19 anos
Armazém geral
520
S
25
Itaú, Petrobras - BR Distribuidora e GE Óleo e Gás
Alimentícia, bebidas, instituições financeiras e bancárias, lubrificantes e petroquímica
42,7
21%
N
AGV Logística (19) 3876-9000 agv@agv.com.br www.agvlogistica.com.br
15 anos
Operador logístico
3.330
S
130
Pernod Ricard, Suzano e Vivo
Bebidas, farmacêutica, prods. veterinários, telecomunicações e instituições financeiras
665
-8%
N
Alfalog Armazéns Gerais (19) 3836-5900 alfalog@alfaloglogistica.com.br www.alfaloglogistica.com.br
4 anos
Construção civil - inclusive de armazéns para operações logísticas
98
S
11
Renault, Nissan e P&G
Alimentícia, autopeças, cosméticos, higiene e limpeza e farmacêutica
NF
NF
N
ALL Brazil Soluções em Transporte (11) 5070-7000 diretorexecutivo@allbrazil100.com.br www.allbrazil100.com.br
11 anos
Operador logístico
137
N
11
DHL Logistics, Markem-Imaje e Laboratório Teuto Brasileiro
Eletrodomésticos, eletroeletrônicos, farmacêutica, fotográfica e materiais promocionais
20,8
14%
N
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
62 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Nº de funcionários
2 Alianças (21) 2139-9300 comercial@2aliancas.com.br www.2aliancas.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Origem
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Roteirizadores
Tecnologia de rastreamento
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
110.000
251.650
5
2
70.500
NF
Nordeste e Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
14.000
120.000
0
0
5.000
139.000
1
10
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
44.000
40.000
40.000
0
98.000
142.700
4
4
30 milhões
484.000
Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
55.000
0
0
0
135.000
190.000
3
0
NF
NF
Sul
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
46.000
83.000
0
3.600
46.000
188.600
6
8
15.000
750.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
N
N
S
N
308.000
NF
0
20.000
241.000
516.000
52
14
110.000
3 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
30.000
0
0
0
120.000
150.000
5
0
8.620
42.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
NF
NF
NF
NF
NF
6.931
2
3
NF
NF
Grande São Paulo
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
N
Distribuição
30.000
Armazenagem
Em peso (t/ano)
0
(in house)*
30.000
Clientes
81.650
Própria
Em itens/ano
Frota
De clientes
Frota
Próprios
por celular
Total
por satélite
Pátio
Frota
Refrigerada
Raio de atuação no território nacional
Alfandegada
(in house)*
Área de armazenamento em m
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 63
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros
Paletização
Cross-docking
JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa
Suporte fiscal
Desenvolvimento de projetos
Monitoramento de desempenho
Suprimento
Coordenação
Distribuição
Porta a porta
Transferência
Milk Run
Gerenciamento intermodal
Software de simulação e otimização
WMS
TMS
ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Tecnologias empregadas
2 Alianças
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
Abrange
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Adezan
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
N
N
Aga Logística
S
S
S
S
N
S
S
N
N
N
N
N
N
S
N
N
N
S
N
N
S
S
N
N
N
N
AGM Logística
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
AGV Logística
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Alfalog
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
ALL Brazil
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
N
S
S
S
N
S
N
S
S
S
N
S
S
S
S
N
Empresa
Serviços oferecidos
Transporte
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
64 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Origem
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
Amara Brasil (71) 3273-7887 sgonzalez@amarabrasil.com.br www.amarabrasil.com.br
15 anos
Operador logístico
750
S
NF
NF
Automobilística, energia elétrica, higiene e limpeza, papel e celulose e química
50
12%
S
Apoio Logística e Serviços (11) 3382-2249 henriqueguerra@grupoenar.com.br www.grupoenar.com.br
19 anos
Armazém geral
450
S
68
Braskem, Klabin e Mexichem
Eledromésticos, embalagens, madeiras e produtos florestais, papel e celulose e petroquímica
68
23%
N
Aqces Logística (11) 3296-6900 comercial@aqces.com.br www.aqces.com.br
3 anos
Operador logístico
1.600
S
58
Raízen, Braskem e Votorantim Metais
Agrícola, cimenteira, mineração, petroquímica e química
265
14%
N
Ativa Distribuição e Logística (11) 2902-5000 comercial@ativalog.com.br www.ativalog.com.br
10 anos
Transportadora
NF
N
400
NF
Calçadista, cosméticos, farmacêutica, médicohospitalar, vestuário e têxtil
NF
NF
N
Atlas Transportes & Logística (11) 2795-3000 atlas@atlastranslog.com.br www.atlastranslog.com.br
18 anos
Transportadora
3.623
S
2.422
Adidas, Fujifilm e Janssen Cilag
Autopeças, eletroeletrônica, farmacêutica, informática e materiais esportivos
591
8,2%
N
Austrália Armazéns Gerais (21) 2580-7448
3 anos
Armazém geral
18
N
3
NF
Petroquímica
3
12%
N
3 anos
Operador logístico
62
S
14
Ceras Johnson, Pernod Ricard e BDF Nivea
Alimentícia, bebidas, cosméticos, farmacêutica e materiais promocionais
15
57%
N
Empresa Fone E-mail Site
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
comercial@australiaarmazensgerais.com.br www.australiaarmazensgerais.com.br
Autolog (11) 4243-4133 flavio.augusto@autolog.com.br www.autolog.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
66 - Revista Tecnologística - Junho/2013
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Em peso (t/ano)
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
8.000
NF
NF
NF
NF
NF
3
NF
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
210.000
0
0
0
240.000
450.000
8
0
16.800
950.000
Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
N
N
28.300
0
0
0
0
28.300
4
0
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
NF
4.200
0
220
2.080
6.500
NF
NF
NF
NF
Grande São Paulo
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
N
N
260.000
42.000
0
5.000
76.000
530.000
56
22
200.000 SKUs
1,2 milhão
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
28.000
0
0
0
25.000
53.000
1
0
NF
NF
Grande Rio de Janeiro
N
N
N
N
N
N
N
N
11.750
0
0
0
3.000
14.750
3
0
17.527
10.386
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
N
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 67
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Amara Brasil S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Apoio S S S S S S S N N N S S S S N S N S N N S S S S S N
Aqces S S S N S S S S N N N S S S S N N S S S S S S S S S
Ativa S S S S S S S S N S S S S N N S S S N N N S N N S N
Atlas S S S S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S S S S
Austrália
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
N
N
N
N
N
N
N
S
S
N
N
S
S
Autolog
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
N
68 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
10 anos
Armazém geral
40
S
22
NF
Alimentícia, autopeças, eletroeletrônico, embalagens, ferro e aço, química, pisos e revestimentos
NF
NF
S
BMS Logística (11) 5180-2160 bms@bmslog.com www.bmslog.com
14 anos
Operador logístico
390
S
4
Volkswagen, Comil e MAN
Automobilística e autopeças
39,7
36,6%
S
Brado Logística (41) 2118-2800 contato@brado.com.br www.brado.com.br
13 anos
Operador logístico
1.500
N
100
BRF, Marfrig e Walmart
Alimentícia, agrícola, automobilística, autopeças, bebidas, papel e celulose e química
NF
NF
N
Brascargo Logística e Transportes (11) 4143-8520 comercial@brascargo.com.br www.brascargo.com.br
10 anos
Transportadora
450
S
35
NF
Agrícola, autopeças, brinquedos, eletroeletrônica, cosméticos, informática, moveleira e telecomunicações
120
18%
N
Brasilmaxi Logística (11) 2889-6100 mkt@brasilmaxi.com.br www.brasilmaxi.com.br
13 anos
Transportadora
355
S
52
Volkswagen, Basf e Bauducco
Alimentícia, automobilística, autopeças, bebidas, cargas perigosas e eletroeletrônica
NF
NF
N
Brucai Logística (11) 3658-7288 brucai@brucai.com.br www.brucai.com.br
16 anos
Armazém geral
120
S
15
NF
Alimentícia, cargas perigosas, combustíveis, embalagens, insumos industriais e agrícolas, petroquímica
12,69
-2,3%
N
CAM Brasil Multiserviços (19) 3344-8815 samancio@cambr.com.br www.cam-la.com
9 anos
Laboratório metrológico
240
S
7
Elektro, Comgás e Ampla
Autopeças, eletroeletrônica, eletromecânica, energia elétrica e telecomunicações
24
15%
S
Cargolift Logística (41) 2106-0714 markenson@cargolift.com.br www.cargolift.com.br
19 anos
Transportadora de contêineres
480
S
20
Volvo, Scania e General Motors
Automobilística, autopeças e eletrodomésticos
154
9%
N
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
70 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Nº de funcionários
Baselog Operador Logístico e Portuário (41) 3373-2323 antonio@baselog.com.br www.baselog.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Origem
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Em peso (t/ano)
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
30.000
0
0
0
65.000
95.000
14
0
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
N
N
S
S
S
S
30.000
45.000
0
0
0
75.000
2
1
405.000
NF
Sudeste e Sul
N
N
N
N
N
N
N
N
165.000
0
72.600
0
0
237.600
6
0
5.000
3 milhões
Sul, Sudeste e CentroOeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
N
N
70.000
0
0
0
NF
NF
15
0
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
S
S
S
20.000
6.000
0
0
75.000
101.000
3
4
NF
NF
Sudeste
Sudeste
S
S
S
S
S
S
S
18.000
0
0
1.000
20.000
39.000
4
1
5.000
110.000
Sudeste
Sudeste
S
S
N
S
N
S
N
9.100
40.000
0
0
36.000
69.500
3
2
46.671
22.540
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
N
N
S
S
6.000
0
0
0
20.000
26.000
3
0
NF
NF
Sul e Grande São Paulo
Sul e Grande São Paulo
S
S
S
S
S
N
N
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 71
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Baselog S S S S S S S S S S S S N S S S S S S S S S S N S N
BMS S S S S S S S S S S S S S N N N N N N N S S S S S S
Brado S S N S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S S S N
Brascargo S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Brasilmaxi S S S S S S S S S S N S S S S S S S S S N S S S S S
Brucai S S S S S S S S N S S S S S S S S S S S S S S N S S
CAM
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
N
S
S
S
Cargolift
S
N
S
N
N
S
S
N
S
S
N
S
N
N
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
N
72 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
7 anos
Operador logístico
800
S
9
Eldorado, Solvay Indupa e CNH/Iveco
Autopeças, máquinas e motores, química e petroquímica, papel e celulose
NF
NF
N
Celistics (11) 3173-3888 bcosta@celistics.com www.celistics.com
6 anos
Operador logístico
700
N
11
Grupo Telefônica, Samsung e Grupo América Móvil (Claro/ Embratel/ NET)
Eletroeletrônicos, eletrodomésticos, informática, telecomunicações e material promocional
50
267%
S
Ceva Logistics (11) 3556-2400 cevalogistics@cevalogistics.com www.cevalogistics.com
14 anos
Operador logístico
6.000
S
NF
Fiat, GM, HP
Automobilística, autopeças, eletroeletrônica, petroquímica e varejo
NF
NF
S
Cia.Bandeirantes de Armazéns Gerais (13) 2101-5050 comercial@ciaband.com.br www.ciaband.com.br
5
Armazém geral
600
S
400
Tetra Pak, Fertibéria Brasil, Suzano
Automobilística, autopeças, insumos industriais, papel e celulose, máquinas e motores
72
15%
N
Columbia (11) 3330-2190 rcordeiro@columbia.com.br www.columbia.com.br
3 anos
Armazém geral
1.000
S
900
NF
Automobilística, bebidas, eletroeletrônicos, farmacêutico, madeiras, máquinas e motores
2.400
2,85%
S
Comfrio Soluções Logísticas (17) 3344-7777 comfrio@comfrio.com.br www.comfrio.com.br
17 anos
Armazém geral
764
N
68
Outback, BRF e Marfrig
Alimentícia, perecíveis, produtos veterinários e varejo
60
70%
N
Completa Operações Logísticas (11) 3833-8300 comercial@gruposequoia.com.br www.completalog.com.br
2 anos
Operador logístico
500
N
30
Privalia, Eudora e Schutz
e-business, eletroeletrônica, cosméticos, vestuário e varejo
NF
NF
N
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
74 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Origem
Célere Logística (11) 5670-5673 gribeiro@celerelog.com.br www.celerelog.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
NF
NF
0
0
0
NF
0
8
424.667
2,3 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
N
N
N
N
N
65.000
0
0
0
5.000
70.000
6
0
12 milhões
6.000
Sudeste e Sul
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
148.500
431.000
0
0
477.000
1.050.000
30
38
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
NF
NF
NF
NF
NF
NF
7
7
NF
600.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
N
N
S
N
316.000
2.000
65.000
53.000
125.000
316.000
NF
NF
NF
NF
Sul, Sudeste e Nordeste
Sul, Sudeste, e Nordeste
S
S
N
S
N
N
N
36.641
0
0
31.790
NF
NF
7
1
30.000
580.000
Sul e Sudeste
CentroOeste, Nordeste, Sul e Sudeste
N
N
S
N
S
N
S
23.000
0
0
0
0
23.000
2
0
NF
NF
Todo o território nacional
Sudeste e Sul
S
S
N
S
N
S
N
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
Frota própria de transporte
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
(in house)*
Volume total de produtos gerenciados
Em peso (t/ano)
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 75
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Célere N S S S S S N N N S S S S N S N N N N S S S S S S N
Celistics S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N
Ceva S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N
Cia. Bandeirantes
S S S S S S S S S N S S S S S S S S S S S S S S S S
Columbia S S S S S S S S S N S S S S S S S S N S S S S S N S
Comfrio
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
S
S
Completa
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
N
S
S
S
S
N
N
S
S
S
N
S
S
76 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
1.400
S
10
Ambev, Ampex e Hamburg Süd
Agrícola, alimentícia, bebidas, cimenteira, combustíveis, pisos e revestimentos e química
270
10%
N
Coopercarga (49) 3301-7000 coopercarga@coopercarga.com.br www.coopercarga.com.br
23 anos
Transportadora
850
S
NF
Ambev, Bunge e L'Oréal
Alimentícia, bebidas, cosméticos, higiene e limpeza e papel e celulose
642
43%
S
CSI Cargo Logística (41) 3381-2300 comercial@csicargo.com.br www.grupocargo.com
19 anos
Transportadora
3.000
S
13
Volkswagen, Renault e CNH
Alimentícia, automobilística, autopeças, bebidas e vidros
187
47%
S
Custódia Armazéns Gerais (21) 2751-6226 silvio@snaplog.com.br www.snaplog.com.br
10 anos
Operador logístico
340
S
20
L'Oréal, Multilaser e Brown Forman
Alimentícia, bebidas, cosméticos, higiene e limpeza, eletroeletrônica
27
5%
N
Dallogis Logística (11) 2109-0650 marketing@dallogistica.com.br www.dallogistica.com.br
17 anos
Transportadora
98
S
12
NF
Cargas perigosas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, ferro e aço, metalurgia
NF
NF
N
DB Schenker (11) 3318-9200 info.br@dbschenker.com www.dbschenker.com.br
1 ano
Transportadora
600
S
NF
NF
Automobilística, eletroeletrônica, farmacêutica, higiene e limpeza e telecomunicações
NF
NF
S
DC Logistics Brasil (47) 3045-4000 priscila.costa@dclogisticsbrasil.com www.dclogisticsbrasil.com
19 anos
Agente de cargas
160
S
50
WEG, BRF e Hering
Alimentícia, eletroeletrônica, máquinas e motores, partes e peças e têxtil
NF
NF
N
Dex Log Operador Logístico (11) 4612-5050 roberto@dexlog.com.br www.grupodex.com.br
9 anos
Armazém geral
200
N
15
Dia Brasil, Restoque e Kyocera
Alimentícia, autopeças, eletroeletrônico, produtos veterinários e vestuário
16
34%
N
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
78 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Nº de clientes com contrato em vigência
Transportadora e terminal de contêiner
Três principais clientes
Certificações
7 anos
Origem
Conlog - Concórdia Logística (49) 3441-3333 conlog@conlogsa.com.br www.conlog.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Nº de funcionários
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Em peso (t/ano)
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
12.000
20.000
5.000
0
640.000
677.000
6
3
1.200
NF
Sul e Sudeste
Sul e Sudeste
S
S
N
S
N
S
N
27.000
0
0
7.000
200.000
430.000
3
0
3.200
300
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
N
N
136.000
564.000
0
0
100.000
800.000
4
9
NF
NF
Sul e Sudeste
Sul
S
S
S
S
S
S
S
20.000
0
0
0
10.000
30.000
2
0
516.137
1.586
Sul e Sudeste
NF
N
N
N
N
N
N
N
7.000
6.000
0
0
1.000
14.000
1
5
NF
NF
Sudeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
0
NF
0
0
0
NF
0
NF
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
10.000
30.000
0
0
0
40.000
2
3
NF
NF
Grande São Paulo
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 79
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros
Paletização
Cross-docking
JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa
Suporte fiscal
Desenvolvimento de projetos
Monitoramento de desempenho
Suprimento
Coordenação
Distribuição
Porta a porta
Transferência
Milk Run
Gerenciamento intermodal
Software de simulação e otimização
WMS
TMS
ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Tecnologias empregadas
Conlog
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Coopercarga
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
N
N
CSI
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Custódia
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
N
N
N
N
N
N
N
N
S
S
S
S
N
Dallogis
S
S
N
N
S
S
S
N
N
S
N
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
N
DB Schenker
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
DC Logistics
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
Dex Log
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
N
N
S
S
S
S
N
S
N
N
N
S
S
S
N
N
Empresa
Serviços oferecidos
Transporte
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
80 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Origem
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
DHL Supply Chain (19) 3206-2200 marketing.dsc@dhl.com www.dhl.com.br
15 anos
Operador logístico
8.000
S
100
NF
Alimentícia, automobilística, bebidas, combustíveis, cosméticos, farmacêuticos, pneus, química, varejo
NF
NF
S
DSR Logística (41) 3227-8700 comercial@grupodsr.com.br www.grupodsr.com.br
5 anos
Transportadora
1.044
S
NF
Rexam, Boticário e Lafarge
Alimentícia, autopeças, brinquedos, cosméticos, eletroeletrônica, embalagens, máquinas e motores
NF
NF
N
Ebamag Armazéns Gerais e Logística (24) 2106-3032 andre.facanha@grupotoniato.com.br www.grupotoniato.com.br
13 anos
Transportadora e armazém geral
1.300
S
NF
DuPont, Bayer e Basf
Agrícola, automobilística, insumos industriais, química e tintas
153
NF
N
NF
Movimentação de cargas
1.282
S
5
NF
Ferro e aço, mineração, resíduos industriais e siderurgia
102
26,48%
N
Elemar Logística (11) 5581-0077 adilson@elemar.com.br www.elemar.com.br
16 anos
Despachante aduaneiro
170
S
33
Nextel, Nitto Denko e Brother
Alimentícia, automobilística, brinquedos, eletroeletrônica, e telecomunicações
24
8%
S
Elog (11) 3305-9999 comunicacao@eloglogistica.com.br www.eloglogistica.com.br
16 anos
Operador logístico
1.800
S
NF
NF
Automobilística, brinquedos, eletroeletrônica, máquinas e motores, química e vestuário
393,9
10%
N
Enivix (11) 3032-1567 adebonis@enivix.com.br www.enivix.com.br
10 anos
Operador logístico
230
S
42
Puig do Brasil, Centro Atacadista Barão e Aldo Componentes
Automobilística, autopeças, brinquedos, cosméticos, eletroeletrônicos e têxtil
21
57%
N
Empresa Fone E-mail Site
Elba Equipamentos e Serviços (31) 3555-2600 elba@elba.com.br www.elba.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
82 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
20.000
NF
780.000
20
29
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
35.000
0
0
0
150.000
185.000
6
0
NF
NF
Sul, Nordeste e Grande São Paulo
Nordeste
S
S
S
S
S
S
S
140.000
20.000
0
0
50.000
190.000
10
1
4.596
486.056
Sudeste
Sudeste
S
S
S
S
S
N
N
0
64.000
20.000
0
335.000
419.000
0
40
250.000
NF
Sudeste
Sudeste
S
S
N
S
N
S
N
14.000
0
0
0
6.000
20.000
7
0
40.000
120
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
355.000
0
83.000
0
548.000
986.000
14
0
NF
NF
Sul, Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
36.000
0
0
0
8.000
NF
4
0
1.500.000
NF
Nordeste, Sul e Sudeste
NF
N
N
N
N
N
N
N
(in house)*
250.000
Clientes
600.000
Própria
Própria
Frota
Distribuição
Frota
Armazenagem
por celular
De clientes
por satélite
Próprios
Frota própria de transporte
Tecnologia de rastreamento
Total
Frota
Pátio
Em peso (t/ano)
Roteirizadores
Refrigerada
Raio de atuação no território nacional
Alfandegada
(in house)*
Volume total de produtos gerenciados
Em itens/ano
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 83
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
DHL S S S S S S S S N S N S S S S S S S S S S S S S S S
DSR S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N
Ebamag S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Elba S S S S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S S S S
Elemar S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S S
Elog
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Enivix
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
N
N
N
N
S
S
S
S
S
N
84 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
20 anos
Armazém geral e transporte
300
S
20
Dow Química, Simpress e Wahl Clipper
Automobilística, eletroeletrônica, higiene e limpeza, informática e química
NF
NF
S
Expresso Jundiaí (11) 2152-6000 vendas.log@expressojundiai.com.br www.expressojundiai.com.br
19 anos
Transportadora
1.800
S
4.000
Siemens, John Faber e Bic Brasil
Calçadista, cosméticos, farmacêutica, informática e vestuário
290
7%
N
Expresso Mirassol (11) 2141-1211 comercial@expressomirassol.com.br www.expressomirassol.com.br
13 anos
Transportadora
702
S
112
Volkswagen, Novelis e Embraer
Automobilística, autopeças, química, máquinas e motores, e siderurgia
NF
NF
N
Fassina Armazéns Gerais (13) 3298-3030 comercial@fassina.com.br www.fassina.com.br
27 anos
Transportadora
636
S
122
MercedesBenz, Ford Motor e Aliança
Autopeças, eletroeletrônica, insumos agrícolas, metalurgia e química
32,27
-2,73%
N
First Log (48) 3037-0500 cesar.seben@firstlog.com.br www.firstlogistica.com.br
5 anos
Operador logístico
60
S
14
Equipo, Leonora e Tiguana
Alimentícia, e-business, eletroeletrônico, pneus e varejo
12
30%
N
Flexsil - Sistema Sul Brasileiro (51) 3393-0272 comercial@flexsil-tad.com.br www.flexsil-tad.com.br
6 anos
Operador logístico
25
S
6
NF
Insumos industriais e agrícolas, química, produtos veterinários e tintas
3,24
-20%
N
FL Logística (11) 3109-2723 jesus.uresty@fl.com.mx www.fl.com.mx
15 anos
Transportadora
1.078
S
10
Coca-Cola, Fiat e Bimbo do Brasil
Alimentícia, autopeças, bebidas, eletroeletrônico e varejo
NF
NF
S
Gafor Logística (11) 2107-3100 comercial.logistica@gafor.com.br www.gafor.com.br
17 anos
Transportadora
1.591
S
184
Raízen, Linde e Fibria
Alimentícia, automobilística, papel e celulose, química e sucroalcooleira
NF
NF
S
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
86 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Origem
Exologística Transportadora (11) 3809-0100 lgermim@exologistica.com www.exologistica.com
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
0
5.000
NF
NF
NF
NF
NF
Sul e Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
98.000
12.000
0
0
170.000
280.000
47
7
69.346.030
660.742
Sul e Sudeste
Sul e Sudeste
S
S
S
S
S
S
S
25.000
0
0
0
120.000
145.000
9
0
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
35.723
0
0
0
399.173
445.113
3
0
5.000
170.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
45.000
0
0
0
5.000
50.000
3
0
NF
NF
Sul
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
10.000
0
0
0
2.500
12.500
3
0
200
45.168
Sul e Grande São Paulo
Sul e Grande São Paulo
S
S
N
S
N
N
N
15.000
0
0
0
NF
NF
3
0
NF
NF
Sul e Sudeste
Sul e Sudeste
S
S
N
S
N
S
N
0
45.000
0
0
57.000
102.000
0
NF
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
Distribuição
Em peso (t/ano)
60.000
Armazenagem
Em itens/ano
20.000
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 87
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros
Paletização
Cross-docking
JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa
Suporte fiscal
Desenvolvimento de projetos
Monitoramento de desempenho
Suprimento
Coordenação
Distribuição
Porta a porta
Transferência
Milk Run
Gerenciamento intermodal
Software de simulação e otimização
WMS
TMS
ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Tecnologias empregadas
Exologística
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
N
S
S
N
N
N
S
N
S
S
S
N
N
Expresso Jundiaí
S
S
N
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
Expresso Mirassol
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Fassina
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
First Log
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
N
S
N
S
S
S
N
N
Flexsil
S
S
S
S
N
S
S
N
N
S
N
N
N
S
N
S
S
S
N
N
N
S
S
S
S
N
FL
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
N
Gafor
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
N
N
S
N
S
S
N
N
S
S
S
S
N
Empresa
Serviços oferecidos
Transporte
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
88 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
365
S
19
Shell Brasil, Ipiranga Petróleo, ISP
Cosméticos, farmacêutica, lubrificantes, médico-hospitalar e química
72
22,78%
N
Gefco Logística do Brasil (21) 2103-8127 contatos_br@gefcologistica.com.br www.gefco.com.br
14 anos
Indústria automotiva
550
S
NF
PSA PeugeotCitroën, Ford e Mabe
Alimentícia, automobilística, autopeças, eletroletrônico e farmacêutica
320
NF
S
Geodis (19) 3501-1501 nelson.jr@geodis.com www.geodis.com
4 anos
Comércio exterior
200
S
3
IBM, Mattel e Barco
Brinquedos, automobilística, eletroeletrônicos, informática e telecomunicações
103,4
-0,61%
S
GM&C Logística e Transportes (12) 3903-9320 marcelo@gmclog.com.br www.gmclog.com.br
11 anos
Logística reversa
90
S
35
Sony Mobile e Brighstar
Eletroeletrônica e telecomunicações
NF
NF
N
Golden Cargo Transportes e Logística (11) 2133-8801 goldencargo@goldencargo.com.br www.goldencargo.com.br
18 anos
Transportadora
120
S
12
Dow Agroscience, Syngenta e Basf
Agrícola, cargas perigosas, insumos agrícolas e química
104,4
5%
N
Gold Logística (11) 4785-5555 gold@goldlogistica.com.br www.goldlogistica.com.br
12 anos
Operador logístico
130
N
40
NF
Alimentícia, bebidas, gráfica e editorial e pisos e revestimentos
NF
NF
N
Grecco Logística (11) 4512-6085 p.campos@greccolog.com.br www.greccolog.com.br
12 anos
Transportadora
160
S
10
Cabot Brasil, Bridgestone e Chep
Automobilística, autopeças, ferro e aço, mineração e petroquímica
38,4
19,05%
S
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
90 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Nº de clientes com contrato em vigência
Transportadora
Três principais clientes
Certificações
12 anos
Origem
GAT Logística (11) 2413-7700 comercial@gatlogistica.com.br www.gatlogistica.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Nº de funcionários
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Alfandegada
Refrigerada
Pátio
Total
Próprios
De clientes
Em itens/ano
Em peso (t/ano)
Armazenagem
Distribuição
Frota própria de transporte
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Roteiri-
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
30.000
0
0
1.000
20.000
51.000
5
0
15.000
200.000
Sul
Sul
S
S
N
S
S
S
S
8.200
4.000
0
0
894.000
906.200
3
1
NF
500.000
Sul e Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
40.000
35.000
0
0
NF
NF
2
1
124.840
2.698
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
5.000
0
0
0
NF
NF
6
0
250
500
Sul e Sudeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
69.000
0
0
0
350.000
419.000
9
0
1.200
180.000
Sul, Sudeste, CentroOeste e Nordeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
N
N
17.000
0
0
500
15.000
NF
5
0
300.000
21.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
N
N
N
N
N
80.000
0
0
0
40.000
200.000
5
0
2.728.012
360.000
Sudeste
Nordeste, Sul e Sudeste
S
S
S
S
S
N
N
Nº total de armazéns
(in house)*
(in house)*
Área de armazenamento em m2
zadores Frota
Tecnologia de rastreamento por satélite
por celular
Frota
Frota
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 91
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
GAT S S S S S S S S N N N S S S S S N S S N S S S N S N
Gefco S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Geodis S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
GM&C S S S S S S S N N S S S S S S S S S S S S S S S S N
Golden Cargo S S N S S S S S N S S S S S S S S S N N S S S S S
Gold
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
N
S
S
S
Grecco
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
92 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
21 anos
Armazém geral
48
N
32
NF
Bebidas, alimentícia, insumos, lubrificantes e papel e celulose
8
20%
N
GVM Logística (41) 3601-1500 comercial@gvmbr.com www.gvmbr.com
10 anos
Operador logístico
64
S
8
M. Dias Branco, Unilever e Cacau Show
Alimentícia, eletrodomésticos, higiene e limpeza e pneus
12,5
21%
N
ID Logistics (11) 3809-3400 marketing@id-logistics.com.br www.id-logistics.com.br
12 anos
Operador logístico
4.000
N
12
Ambev, Carrefour e Leroy Merlin
Bebidas, higiene e limpeza, autopeças, cosméticos e varejo
218
41%
S
Integra Logística e Transporte de Cargas (11) 2087-6600 rferreira@integralog.com.br www.integralog.com.br
3 anos
Transportadora
20
N
5
NF
Eletroeletrônicos, informática, farmacêutica, materiais promocionais e varejo
6
42%
N
Jetro Logística (16) 3397-8008 apparicio@jetrogrupo.com.br www.jetrogrupo.com.br
2 anos
Armazém geral
50
N
10
Mataboi, Sachs e Grupo Guarani
Agrícola, alimentícia, autopeças e sucroalcooleira
NF
NF
N
NF
Transportadora
20.062
S
350
Unilever, Suzano e Volkswagen
Energia elétrica, automobilística, mineração, papel e celulose e siderurgia
3.300
25,1%
S
Katoen Natie (19) 2116-1567 comercial@katoennatie.com.br www.katoennatie.com.br
16 anos
Operador logístico
1.320
S
36
Unilever, Braskem e Volvo
Alimentícia, autopeças, calçadista, eletroeletrônico, higiene e limpeza e química
NF
NF
S
Keepers Logística (11) 4151-9030 renato@keepers.com.br www.keeperslogistica.com.br
17 anos
Operador logístico
300
S
40
Pernambucanas,
Combustíveis, cosméticos, instituições financeiras, partes e peças e têxtil
25
10%
N
JSL (11) 2377-7000 comunicacao@jsl.com.br www.jsl.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
94 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Pioneer e Itaú
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Nº de funcionários
Grumey Armazéns Gerais Guardatudo (21) 2589-0355 comercial@grumey.com.br www.grumey.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Origem
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Refrigerada
Pátio
Total
Próprios
De clientes
Em itens/ano
Em peso (t/ano)
Distribuição
Frota própria de transporte
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
0
0
0
20.000
3
0
NF
NF
Grande Rio de Janeiro
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
7.500
0
0
0
1.000
8.500
5
0
6.000
105.000
Sul
Sul
S
S
S
S
S
S
S
41.170
460.500
0
13.000
0
514.670
4
23
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
15.000
500
500
50
2.000
18.000
15
1
5.000
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
40.000
0
0
5.000
0
45.000
4
0
500
60.000
Sudeste
Sudeste
N
N
N
N
N
N
N
NF
NF
NF
NF
NF
NF
11
NF
NF
47,6 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
112.000
320.000
0
0
30.000
462.000
8
20
36.000
16 milhões
Nordeste, Sul e Sudeste
Nordeste, Sudeste e Sul
N
N
S
N
S
N
S
NF
NF
0
0
0
25.000
1
5
300.000 SKUs
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
(in house)*
(in house)*
Armazenagem
Alfandegada
Roteiri-
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
20.000
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
zadores Frota
Tecnologia de rastreamento por satélite
por celular
Frota
Frota
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 95
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros
Paletização
Cross-docking
JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa
Suporte fiscal
Desenvolvimento de projetos
Monitoramento de desempenho
Suprimento
Coordenação
Distribuição
Porta a porta
Transferência
Milk Run
Gerenciamento intermodal
Software de simulação e otimização
WMS
TMS
ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Tecnologias empregadas
Grumey
S
S
S
S
S
S
S
N
N
N
S
S
S
N
N
N
N
N
N
N
S
S
N
N
S
S
GVM
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
N
N
ID Logistics
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
Integralog
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Jetro
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
N
N
N
S
JSL
S
S
N
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
N
N
N
S
S
S
Katoen Natie
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
Keepers
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
N
N
N
S
S
S
N
S
S
N
N
S
S
N
S
S
Empresa
Serviços oferecidos
Transporte
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
96 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
5 anos
Operador logístico
55
N
6
Crown Cork Embalagens, Amcor Pet Packaging e Klabin
Bebidas, embalagens, papel e celulose, partes e peças
19
19,5%
N
Kuehne+Nagel Serviços Logísticos (11) 3037-3300 info.brazil@kuehne-nagel.com www.kuehne-nagel.com
NF
Agenciamento de carga
1.536
S
NF
NF
Automobilística, eletroeletrônica, farmacêutica, partes e peças e varejo
NF
NF
S
Libra Logística (11) 3563-3600 libralogistica@grupolibra.com.br www.grupolibra.com.br
13 anos
Operador logístico
600
S
NF
NF
Eletroeletrônica, farmacêutica, máquinas e motores, papel e celulose e petroquímica
NF
NF
N
Limeira Logística (81) 2122-0070
13 anos
Transportadora
180
N
12
Walmart, Phelps Dodge e Tigre
Alimentícia, bebidas, eletrodoméstico, eletroeletrônico e varejo
6,12
16%
N
Localfrio (11) 3049-6570 comercial@localfrio.com.br www.localfrio.com.br
26 anos
Armazém geral
NF
S
400
Basf Poliuretanos, Nestlé Brasil e Cia. Brasileira de Distribuição
Alimentícia, automobilística, cargas perigosas, máquinas e motores e médico-hospitalar
241,57
29,7%
N
Loga Logística e Transportes (41) 3239-6100 comercial@logalogistica.com.br www.logalogistica.com.br
2 anos
Transportadora
15
S
5
Raízen, Unilever e Sudanfoz
Cargas perigosas, petroquímica e química
2,5
18,2%
S
LOG Fashion (11) 4169-5278 tavares.reis@logfashion.com.br www.logfashion.com.br
3 anos
Transportadora
115
S
22
Adidas, Zara e Tommy Hilfiger
Calçadista, têxtil, varejo e vestuário
9
80%
N
delano.carneiro@limeiralogistica.com.br
www.limeiralogistica.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
98 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Origem
KMC Logística (11) 4496-5577 comercial@kmclogistica.com.br www.kmclogistica.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Em peso (t/ano)
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
43.000
0
0
0
40.000
83.000
5
0
5.000
60.000
Nordeste, Sul e Grande São Paulo
CentroOeste, Sudeste e Sul
S
S
N
S
N
S
N
35.200
76.000
0
5.000
25.000
136.200
13
3
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
80.000
0
97.000
11.500
102.000
395.000
NF
0
NF
NF
Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
N
16.000
2.000
0
0
10.000
28.000
4
2
NF
NF
Nordeste e Norte
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
11.500
0
75.278
4.285
25.459
82.892
NF
NF
NF
NF
Todo o território nacional
NF
S
N
N
N
N
N
N
0
0
0
0
25.000
25.000
NF
NF
NF
NF
Grande São Paulo
NF
S
N
N
S
S
N
N
5.500
0
0
0
1.500
6.500
2
0
8.500.000
NF
Grande Rio de Janeiro
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
N
N
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 99
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
KMC S S S N N S S N N S S S S S S N S S N N S S S S N N
Kuehne+Nagel
S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Libra S S S S S S S N N N N S S S S S S S N S S S N S S N
Limeira Logística S S S S S S S N N S S S S S S S S S N S N S S S S N
Localfrio S S S S N S S N S N S N S S S N S S N S N S S S S N
Loga Logística
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
N
S
N
N
N
N
N
N
S
N
N
LOG Fashion
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
100 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
6 anos
Navegação de cabotagem
1.125
S
1.500
Monsanto, Dow, Alunorte
Bebidas, alimentícia, eletrodomésticos, higiene e limpeza e química
806,9
10%
S
Logistock Logística (41) 3204-4485 marcos@logistock.com.br www.logistock.com.br
12 anos
Armazém geral
81
N
22
Caixa, Prefeitura de São José dos Pinhais e Overseas
Alimentícia, cosméticos, farmacêutica, instituições e médico-hospitalar
12,6
14%
N
LSI Logística (11) 4225-5800 comercial@manserv.com.br www.manserv.com.br
12 anos
Operador logístico
4.750
S
22
Vale Fertilizantes, Valourec Sumitomo e Goodyear
Alimentícia, autopeças, higiene e limpeza, metalúrgica, mineração e pneus
236
25%
S
NF
Transportadora
1.450
S
230
NF
Agrícola, alimentícia, combustíveis, farmacêutica e insumos ind. e agríc.
NF
NF
N
M3 Logística (11) 4496-1651 contato@m3.com.br www.m3.com.br
21 anos
Armazém geral
50
S
22
Arch Química, Akzo Nobel e Coexpan Brasil
Alimentícia, cargas perigosas, química, tintas e plástico
NF
NF
N
McLane do Brasil (11) 2108-8867 contato@mclaneco.com.br www.mclaneco.com.br
16 anos
Operador logístico
1.100
S
38
Natura, Samsung e Unilever
Alimentícia, brinquedos, cosméticos, eletroeletrônica e automobilística
NF
NF
S
Modular Transportes (51) 3462-3500 rene@modular.com.br www.modular.com.br
10 anos
Transportadora
530
S
12
Braskem, Midea Carrier, John Deere
Embalagens, autopeças, eletromecânica, insumos industriais e papel e celulose
101,2
10%
N
Luft Logistics (11) 4688-0020 luft@luft.com.br www.luft.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
102 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Origem
Log-In Logística Intermodal (21) 2111-6500 ri@loginlogistica.com.br www.loginlogistica.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
190.000
500.000
8
1
500.000
1,5 milhão
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
16.200
0
0
0
12.000
28.000
4
0
11.500
32.000
Sudeste e Sul
Sudeste e Sul
N
N
S
N
S
N
S
57.000
541.000
0
0
0
NF
3
32
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
N
N
S
N
S
N
410.000
36.000
2.000
30.000
1.150.000
1.592.000
28
2
700.000 SKUs
5,5 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
12.000
0
0
NF
0
NF
1
0
1.693.431
35.197
Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
167.055
0
0
29.995
113.122
204.678
4
0
22.623
1 milhão
Todo o território nacional
NF
N
N
S
N
S
N
S
35.000
2.000
0
0
25.000
62.000
15
NF
NF
456.000
Nordeste, Sudeste e Sul
Nordeste, Sudeste e Sul
S
S
S
S
S
S
S
Alfandegada 160.000
(in house)*
50.000
Clientes
100.000
Própria
Distribuição
Frota
Armazenagem
Frota
Em itens/ano
por celular
De clientes
por satélite
Próprios
Frota
Total
Frota própria de transporte
Roteirizadores
Pátio
Raio de atuação no território nacional
Refrigerada
(in house)*
Volume total de produtos gerenciados
Em peso (t/ano)
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 103
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Log-In S S N N S S S S S S N S S S S S S N S S S S N S N N
Logistock S S S S S S S N N S S S S S N S S S N N N S S N S N
LSI S S S S S S N N N S N N S N S N S S N N S S S S S N
Luft S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
M3 S S N N S S S N N S S S S S S S N S S N N S S N N N
McLane
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
N
S
N
N
N
N
S
S
S
S
S
S
N
Modular
S
S
N
N
N
S
S
S
N
S
N
N
N
N
N
S
N
N
S
N
S
N
N
S
S
N
104 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
Motoliner Amazonas (85) 3411-0890 motoliner@motoliner.com.br www.motoliner.com.br
11 anos
NF
220
S
NF
Honda, Esmaltec e M. Dias Branco
Alimentícia, automobilística, eletrodomésticos e autopeças
NF
NF
S
Multiterminais (21) 3095-6600
25 anos
Terminal retroportuário alfandegado
NF
S
NF
NF
Automobilística, eletroeletrônicos e siderurgia
NF
NF
N
Orsi Logística (47) 3346-1355 oscar.ferreira@ollogistica.com.br www.ollogistica.com.br
2 anos
Operador logístico
135
S
32
Dow Brasil, GVT e Orica
Alimentícia, eletroeletrônicos, petroquímico, pneus e telecomunicações
30
355%
N
Pacer Transporte e Logística (11) 3648-4700 contato@pacer.com.br www.pacer.com.br
10 anos
Consultoria em logística
280
N
12
GVT, Nokia Siemens e Tok & Stok
Autopeças, eletroeletrônicos, moveleira, partes e peças e telecomunicações
NF
NF
N
Panalpina (11) 2165-5700 info.brazil@panalpina.com www.panalpina.com
20 anos
Agente internacional de cargas
400
S
22
NF
Automobilística, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças e telecomunicações
NF
NF
S
Panazzolo Logística (51) 3462-1800 www.panazzolo.com.br
12 anos
Transportadora
110
S
5
AGCO, Springer Carrier e Caterpillar
Agrícola, eletroeletrônica, insumos industriais, máquinas e motores e partes e peças
NF
NF
S
Penske Logistics (11) 3738-8200 leonice.barros@penske.com www.penskelogistics.com.br
15 anos
Arrendamento de caminhões
2.300
S
15
LG, Ford e HP
Automobilística, eletroeletrônicos e cosméticos
NF
NF
S
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Origem
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
henrique.carneiro@multiterminais.com.br
www.multiterminais.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
106 - Revista Tecnologística - Junho/2013
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
0
0
23.200
5
2
700.000
900
Nordeste, Norte e Grande São Paulo
Nordeste e Norte
S
S
S
S
S
N
N
150.000
NF
953.400
NF
870.000
1.070.000
19
5
NF
NF
Sudeste
Sudeste
N
N
S
N
S
N
S
118.000
0
0
4.000
120.000
238.000
8
0
NF
NF
Sul e Sudeste
NF
N
N
S
N
S
N
S
35.000
10.000
0
0
0
45.000
32
4
60.000
3.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
S
S
S
31.000
69.000
0
0
80.000
180.000
2
4
500.000 SKUs
3,6 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
150.000
14.000
0
0
280.000
444.000
7
3
57.000 SKUs
350.000
Sul e Sudeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
270.000
70.000
0
0
0
340.000
NF
NF
15.000.000
25 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
N
N
S
N
S
Distribuição
Em peso (t/ano)
200
Armazenagem
Em itens/ano
23.000
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 107
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Motoliner S S N S N S S N N S S N N N N S S S N S S N S S S N
Multiterminais
S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Orsi S S S S S S S S N S N S S N N N N S N S N S S S N N
Pacer S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
Panalpina S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N
Panazzolo
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Penske
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
108 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
11 anos
Armazéns gerais
3.215
S
19
Natura, Claro e Walmart
e-business, alimentícia, automobilística, cosméticos e farmacêutica
312
15%
N
Quality Logística (12) 3964-5554
7 anos
Operador logístico
800
N
15
Melhoramentos
Automobilística, autopeças, embalagem, eletroeletrônico e gráfica, editorial
18
20%
N
Quick Logística (62) 3269-1800 rivas@quick-logistica.com.br www.quick-logistica.com.br
13 anos
Armazenagem geral
1.265
S
11
Shell, Cosan e Ipiranga
Alimentícia, cosméticos, eletrodomésticos, eletroeletrônica e têxtil
38,1
2,2%
N
Rápido 900 de Transportes Rodoviários (11) 2632-0900 comercial@rapido900.com.br www.rapido900.com.br
17 anos
Transportadora
350
S
6
Akzo Nobel, Basf e Bauducco
Alimentícia, higiene e limpeza, lubrificantes, química e tintas
NF
NF
N
Rodoborges Express e Logística Integrada (11) 2195-3636 transportes@rodoborges.com.br www.rodoborges.com.br
11 anos
Transportadora
45
S
5
Osram do Brasil, SC Johnson e Johnson & Johnson
Alimentícia, eletroeletrônico, autopeças, cosmético e farmacêutico
NF
NF
N
Rodoplan Transportes (21) 9333-7375 william.ruffo@rodoplanvix.com.br www.rodoplanvix.com.br
8 anos
Transportadora
600
S
13
Ambev, CSN, Petrobras
Bebidas, combustíveis, cargas perigosas, embalagens e ferro e aço
78
NF
N
Roma Cargo Logística (51) 3347-3500 csilvano@romacargo.com.br www.romacargo.com.br
12 anos
Transportadora
35
S
3
NF
Bebidas, alimentícia, embalagens, eletroeletrônico e lubrificantes
NF
NF
N
Rumo Logística (13) 2101-3900 comu-rumo@rumologistica.com. br www.cosan.com.br/rumo
4 anos
Operador logístico
1.000
N
30
Raízen, São Martinho e Suden
Agrícola e sucroalcooleira
809,7
25%
N
Papéis, Diversey do Brasil e Carrefour
anderson.moreira@qualitylogistica.com.br
www.qualitylogistica.com.br
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
110 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Origem
Pronto Express Logística (11) 3572-1700 comercial@grupotpc.com www.grupotpc.com
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
200.000
4
10
NF
NF
CentroOeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul
CentroOeste, Nordeste, Sudeste e Sul
N
N
S
N
S
N
S
10.000
150.000
0
5.000
5.000
170.000
1
11
8.000
500.000
Todo o território nacional
Sul
N
N
S
N
N
N
N
84.000
26.000
0
0
240.000
324.000
18
5
NF
NF
CentroOeste e Norte
CentroOeste, Nordeste, Norte e Sudeste
S
S
N
S
N
S
N
100.000
0
0
0
220.000
320.000
13
3
NF
1,2 milhão
CentroOeste, Nordeste, Sudeste e Sul
CentroOeste, Nordeste, Sudeste e Sul
S
S
S
S
S
S
S
25.000
15.000
0
0
65.000
105.000
8
4
NF
NF
CentroOeste, Nordeste, Sudeste e Sul
CentroOeste, Nordeste, Sul e Gde. São Paulo e Gde. Rio de Janeiro
S
S
N
S
S
N
N
0
5.000
0
100
20.000
25.100
0
2
NF
NF
Grande Rio de Janeiro
Sudeste
S
S
S
S
S
S
S
12.000
0
0
0
25.000
37.000
4
0
NF
NF
Grande São Paulo
Todo o território nacional
S
N
N
S
N
S
N
133.000
0
106.104
0
150.000
301.104
18
0
NF
10.000
Sudeste
Sudeste
S
S
S
S
S
S
S
Distribuição
1.000
Armazenagem
0
(in house)*
130.000
Clientes
70.000
Própria
Em peso (t/ano)
Frota
Em itens/ano
Frota
De clientes
por celular
Próprios
por satélite
Total
Frota
Pátio
(in house)*
Roteirizadores
Refrigerada
Raio de atuação no território nacional
Alfandegada
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 111
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros
Paletização
Cross-docking
JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa
Suporte fiscal
Desenvolvimento de projetos
Monitoramento de desempenho
Suprimento
Coordenação
Distribuição
Porta a porta
Transferência
Milk Run
Gerenciamento intermodal
Software de simulação e otimização
WMS
TMS
ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Tecnologias empregadas
Pronto Express
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
N
N
N
S
S
S
S
S
N
Quality
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
N
N
Quick
S
S
S
S
N
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
N
N
S
S
Rápido 900
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
Rodoborges
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
N
S
S
N
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
Rodoplan
S
N
N
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
Roma
S
S
N
S
S
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
S
S
Rumo
S
S
N
N
S
N
N
N
N
N
S
S
N
N
S
N
S
S
N
S
S
N
N
S
S
S
Empresa
Serviços oferecidos
Transporte
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
112 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Origem
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
RV Logística e Transporte (11) 2404-7070 rvimola@rvimola.com.br www.rvimola.com.br
12 anos
Operador logístico
500
N
NF
NF
Informática, cosméticos, farmacêutica, materiais promocionais e médico-hospitalar
72
NF
N
Salvador Logística e Transportes (11) 3538-1777 salvador@salvadorlogistica.com.br www.salvadorlogistica.com.br
10 anos
Transportadora
360
S
15
Monsanto, Diversey e Sanofi Aventis
Agrícola, alimentícia, eletrodomésticos, farmacêutica, embalagens e química
74,8
22,26%
N
Santa Rita Logistic (11) 4166-6400 carlabutori@santaritalogistic.com.br www.santaritalogistic.com.br
10 anos
Operador logístico
50
N
10
Grupo CBD, Laticínios Bela Vista e Arvin Meritor
Alimentícia, bebidas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e varejo
6,5
12%
N
Santos Brasil (11) 2102-9000 www.santosbrasil.com.br
16 anos
Operação portuária
1.000
S
NF
MercedesBenz, Dow Química e Schaeffler
Automobilística, autopeças, bebidas, química e telecomunicações
216,1
15%
N
Sesé Logística (11) 2356-5990 rene.marques@gruposese.com www.gruposese.com
2 anos
Operador logístico
3.000
S
20
Volkswagen, Faurecia e Grupo Antolin
Automobilística, autopeças e eletromecânica
30
400%
S
Shuttle Logística Integrada (11) 3883-0200 comercial@shuttle.com.br www.shuttle.com.br
6 anos
Transportadora
35
S
17
Olympus, Siemens e Alcon
Eletroeletrônica, cargas perigosas, cosméticos, farmacêutica e médico-hospitalar
22,9
21,58%
N
Smartlog Distribuição e Serviços (31) 3361-2335 comercial@smartlogistica.com.br www.smartlogistica.com.br
10 anos
Operador logístico
250
N
8
Bunge, Unilever e Seara
Alimentícia, autopeças, cosméticos e higiene e limpeza e perecíveis
19
22%
N
Empresa Fone E-mail Site
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
114 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
2.000
28.000
64.000
17
1
NF
NF
CentroOeste, Nordeste, Norte e Sudeste
CentroOeste e Sudeste
S
S
S
S
S
S
S
44.100
100
0
0
60.000
118.000
8
NF
2.000 SKUs
500.000
Sudeste e Nordeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
18.000
0
0
0
12.000
30.000
3
0
5.000
300.000
Grande São Paulo
Sudeste
N
N
S
N
S
N
S
93.346
0
1,19 milhão
400
0
1.375.000
13
0
10.000
NF
Sul e Sudeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
417.000
0
0
0
0
417.000
NF
0
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
6.400
0
0
NF
NF
NF
1
0
3.400
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
24.700
0
0
3.100
40.300
65.000
5
0
NF
300.000
CentroOeste e Sudeste
CentroOeste e Sudeste
S
S
S
S
N
S
S
Distribuição
Em peso (t/ano)
3.000
Armazenagem
Em itens/ano
31.000
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
(in house)*
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 115
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
RV S S N S N S S N N S N S S S S S S S N N N S S S S N
Salvador S S S S S S S S N S S S S S S S S S S S S S S S S S
Santa Rita S S S S S S S S N S S S S S S S S S S N N S S S S N
Santos Brasil S S S S N S S S S S S S S N N S S S S S S S S N S N
Sesé S S S S S S S S S S N S S S S S S S S S S S S S S S
Shuttle
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
Smartlog
S
S
N
S
N
S
S
S
N
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
N
N
S
S
S
S
S
116 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Nº de funcionários
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
6 anos
Operador logístico
NF
N
18
Barilla, MAN Latin America e CNPH
Alimentícia, automobilística, cosméticos, médico-hospitalar e editorial
NF
NF
N
Stock Tech Armazéns Gerais (41) 3525-8228 comunicacao@stocktech.com.br www.stocktech.com.br
19 anos
Operador logístico
1.150
N
14
Unilever, BRF e Seara
Alimentícia, cosméticos, higiene e limpeza e perecíveis
86
59%
N
Support Cargo (11) 4343-2300 awrobleski@supportcargo.com.br www.supportcargo.com.br
14 anos
Operador logístico
202
S
11
Solvey Indupa, Electrolux e Goodyear
Eletrodomésticos, petroquímica, química e pneus
72,63
0,77%
N
Supricel Logística (19) 2105-6700 comercial@supricel.com.br www.supricel.com.br
17 anos
Transportadora
1.200
S
NF
Braskem, Acelor Mittal e Siemens
Ferro e aço, máquinas e motores, mineração, petroquímica e siderurgia
NF
NF
N
TA Logística (19) 2101-7100 talog@talog.com.br www.talog.com.br
19 anos
Transportadora
362
S
56
Givaudan, Eaton e YPF
Autopeças, eletroeletrônico, farmacêutica, partes e peças, médico-hospitalar e química
60
61%
N
TCI BPO (11) 4133-1000 andre.sarti@tcibpo.com www.tcibpo.com
7 anos
Armazém geral
600
N
20
NF
Autopeças, e-business, farmacêutica, editorial e médico-hospitalar
NF
NF
S
Tegma Gestão Logística (11) 4346-2500 ri@tegma.com.br www.tegma.com.br
15 anos
Transportadora
5.086
S
NF
General Motors, Volkswagen e Fiat
Automobilística, autopeças, e-business, eletroeletrônica e insumos industriais
2.200
18%
N
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
118 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Origem
Spaziolog Transp. e Armazéns Gerais (11) 3427-2020 spaziolog@spaziolog.com.br www.spaziolog.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Três principais clientes
Tempo de mercado
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
10.670
0
0
0
10.837
21.507
3
0
2.150
150.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
39.134
45.597
0
5.500
60.816
151.047
2
11
NF
1,73 milhão
Todo o território nacional
Sul, Sudeste e Nordeste
S
S
N
S
N
S
N
3.000
6.000
0
0
3.000
12.000
2
1
NF
NF
Sul
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
Norte, Nordeste e Sudeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
98.112
2.345
0
2.100
0
102.557
14
1
4,9 milhões
86,4 milhões
Nordeste, Sul e Sudeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
N
42.500
0
0
1.000
10.000
53.500
7
0
500.000
150.000
Nordeste, Sul, Gde. São Paulo e Gde. Rio de Janeiro
Nordeste, Sul, e Gde. São Paulo
S
S
S
S
N
S
S
125.000
0
354.000
1.200
2 milhões
2,4 milhões
5
0
NF
130.000
Nordeste, e Sudeste
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
Frota própria de transporte
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
(in house)*
Volume total de produtos gerenciados
Em peso (t/ano)
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 119
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Spaziolog S S S S S S S S N S N S S S S S S S S S N S S S S N
Stock Tech S S S S S S S N S N S S S S S S S S S N N S S N N N
Support Cargo S S S S S S S S N S N S S S S S N S S N S S S S S S
Supricel S S N S S N S S S S S S S S S S N S S N S S S S N S
TA S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S
TCI S S S S S S S S N S N S S S S S S S S S S S S S S S
Tegma
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
120 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Certificações
Nº de clientes com contrato em vigência
Três principais clientes
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
8 anos
Courier
400
N
10
Walmart, Magazine Luiza e Sephora
e-business, eletrodomésticos, eletroeletrônica, varejo e vestuário
20
15%
N
TGestiona Logística 0800 777 1010 falecom@tgestiona.com.br www.tgestiona.com.br
12 anos
Operador logístico
700
S
12
Vivo, Natura e Electrolux
Cosméticos, eletroeletrônica, informática, telecomunicações e varejo
127
12%
N
Total Service Logística (34) 3249-1600 detoni@totalservicelogistica.com.br www.totalservicelogistica.com.br
8 anos
Operador logístico
180
S
12
EBBA, BRF e Seara
Agrícola, alimentícia, bebidas, cosméticos e editorial
25
18%
N
Trafti Logística (11) 4358-7000 mkt@trafti.com.br www.trafti.com.br
25 anos
Operador logístico
342
S
NF
Unilever, Comdesp Despachos e Leroy Merlin
Alimentícia, eletrodomésticos, farmarcêutica, partes e peças e papel e celulose
73,3
12%
N
Transbrasa (13) 3257-1011 vendas@transbrasa.com.br www.transbrasa.com.br
16 anos
Transportadora
280
S
NF
NF
Agrícola, autopeças, bebidas, eletroeletrônica, máquinas e motores e têxtil
74,8
8%
N
TRA Transportes da Amazônia (92) 8415-8807 gilvan@tradaamazonia.com.br
5 anos
Transportadora
87
N
2
Semp Toshiba e Cia. Muller de Bebidas
Bebidas, eletroeletrônicos, embalagens, informática e fonográfica
1,2
24%
N
Tzar Logística (11) 3576-3250 www.tzarlogistica.com.br
11 anos
Transportadora
150
N
11
C&C, Telha Norte e Lojas Marisa
Alimentícia, gráfica e editorial, pisos e revestimentos e vestuário
NF
NF
N
UPS do Brasil (11) 5694-6600 mktbrasil@ups.com www.ups.com
18 anos
Transportadora
NF
N
NF
Merck, Seagate e Cisco
Automobilística, eletroeletrônica, farmacêutica, metalurgia e partes e peças
NF
NF
S
Origem
Tex Courier (11) 3627-5900 contato@totalexpress.com.br www.totalexpress.com.br
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Nº de funcionários
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
122 - Revista Tecnologística - Junho/2013
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Em itens/ano
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
25.000
NF
0
0
NF
NF
4
2
5 milhões
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
19.640
28.114
0
0
47.096
94.848
4
10
16.000.000
11
Nordeste, Sul e Gde. São Paulo
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
20.000
0
0
18.000
22.000
60.000
1
0
25 milhões
400.000
Sul
Sul, CentroOeste e Nordeste
S
S
S
S
S
N
S
36.000
0
0
0
194.000
200.880
2
0
3.472
186,6 milhões
Grande São Paulo
Grande São Paulo
S
S
S
S
S
S
N
7.350
0
7.350
9.600 m3
48.000
55.350
12
0
NF
NF
NF
NF
S
S
S
S
S
S
S
1.110
650
0
0
1.500
3.260
4
2
396.775
17.854
Norte e CentroOeste
Norte e CentroOeste
S
S
N
S
N
S
N
20.000
0
0
0
8.000
28.000
4
0
NF
NF
Grande São Paulo
Sudeste
S
N
N
S
S
S
S
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
N
S
N
S
N
(in house)*
De clientes
Frota
Próprios
Frota
Total
por celular
Pátio
por satélite
Refrigerada
Frota
Alfandegada
Frota própria de transporte
Roteirizadores
Clientes
Raio de atuação no território nacional
Própria
(in house)*
Volume total de produtos gerenciados
Em peso (t/ano)
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 123
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
Tex S S S S S N N N N S N S N N N S S N N N S S S S S N
TGestiona S S S S S S S N N S S S S S S S S S S S S S S S S S
Total S S S S S S S N N S S S S S S S N S N N S S S S S S
Trafti S S S S S S S S N S S S S S S S S S S S N S S S S N
Transbrasa S S N N N S N N S S N S S S S N S S N S N S S N S N
TRA S N N S S S S S N S N N N S N S S S N S S N S N S S
Tzar
S
S
S
S
S
S
S
S
N
N
S
S
S
N
S
S
N
S
N
N
N
S
S
S
S
N
UPS
S
S
S
S
S
N
S
N
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
S
S
N
N
N
S
S
124 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
Receita bruta anual no Brasil (em milhões de R$)
Crescimento da receita em 2011/2012
Escritórios próprios no exterior
N
820
General Motors, CNH Case e Dow Corning
Automobilística, autopeças, eletroeletrônica, farmacêutica e insumos industriais
NF
NF
S
Vax Transportes (81) 3476-4300 comercial@vaxtransportes.com.br www.vaxtransportes.com.br
1 ano
Transportadora
143
N
4
Hypermarcas, Santher e Pepsico
Alimentícia, eletroeletrônica, higiene e limpeza, papel e celulose e pneus
2,45
NF
N
Veloce Logística (11) 3905-7000 veloce@velocelog.com.br www.velocelog.com.br
3,8 anos
Operador logístico
600
S
40
General Motors, Toyota e Unilever
Automobilística, autopeças, higiene e limpeza e alimentícia
217
18%
S
Villanova do Brasil (31) 3517-4000 p.russo@villanovagroup.it www.gruppoargolvillanova.com
5 anos
Operador logístico
789
S
10
Fiat, Iveco e GE Power
Alimentícia, automobilística, eletrodomésticos, eletroeletrônico e pisos e revestimentos
39,8
10%
S
VLI (11) 5112-2400 integracao@vli-logistica.com www.vli-logistica.com
3 anos
Atividade ferroviária
6.000
S
50
NF
Agrícola, combustíveis, ferro e aço, madeiras e produtos florestais e siderurgia
NF
NF
N
Wilson Sons Logística (21) 3504-4136 logistica.matriz@wilsonsons.com.br www.wilsonsons.com.br/logistica
14 anos
Comércio exterior
1.900
S
30
BMW, GE Healthcare e L'Occitane
Automobilística, bebidas, cosméticos, farmacêutica e química
NF
NF
N
Yusen Logistics do Brasil (11) 3908-9701 edson.chiku@br.yusen-logistics.com www.yusen-logistics.com
9 anos
Operador de transporte multimodal
500
N
30
NF
Automobilística, calçadista, eletrodomésticos, eletroeletrônica e partes e peças
40
40%
S
Por questão de espaço, o nome de algumas empresas foi abreviado
126 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Tipo de indústria atendida (cinco principais)
Nº de clientes com contrato em vigência
320
Três principais clientes
Certificações
Operador logístico
UTI do Brasil (11) 5035-1000 gsilva@go2uti.com.br www.go2uti.com
Origem
NF
Empresa Fone E-mail Site
Tempo de mercado
Nº de funcionários
MERCADO BRASILEIRO DE OPERADORES LOGÍSTICOS
*Em razão de contratos de confidencialidade, algumas empresas não divulgam a área de clientes
Tecnologia de rastreamento
Armazenagem
Distribuição
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
Própria
Terceirizada
0
0
0
10.000
0
1
23.000.000
12.000
Todo o território nacional
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
S
13.500
5.000
0
0
13.000
NF
4
1
NF
NF
Nordeste e Norte
Nordeste e Norte
S
S
S
S
S
S
S
30.000
0
0
0
50.000
80.000
3
25
NF
935.500
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
S
S
50.000
40.000
0
0
103.000
193.000
10
3
120.000
96 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
N
N
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
NF
28,1 bilhões de TKUs
CentroOeste, Nordeste, Norte e Sudeste
CentroOeste, Nordeste, Norte e Sudeste
S
S
S
S
S
N
N
622.000
175.900
92.000
1.686
363.000
1.036.100
7
15
NF
29,6 milhões
Todo o território nacional
Todo o território nacional
S
S
S
S
S
N
N
30.000
50.000
0
0
0
80.000
2
6
NF
NF
Norte e Nordeste
Todo o território nacional
N
N
S
N
S
N
N
(in house)*
10.000
Clientes
0
Própria
Em peso (t/ano)
Frota
Em itens/ano
Frota
De clientes
por celular
Próprios
por satélite
Total
Frota
Pátio
(in house)*
Roteirizadores
Refrigerada
Raio de atuação no território nacional
Alfandegada
Volume total de produtos gerenciados
Frota própria de transporte
Nº total de armazéns
Área de armazenamento em m2
Junho/2013 - Revista Tecnologística - 127
Armazenagem Controle de estoque Embalagem Montagem de kits e conjuntos Gerenciamento de terceiros Paletização Cross-docking JIT Import. e export. des. aduaneiro Logística reversa Suporte fiscal Desenvolvimento de projetos Monitoramento de desempenho Suprimento Coordenação Distribuição Porta a porta Transferência Milk Run Gerenciamento intermodal Software de simulação e otimização
WMS TMS ERP Consulta pela internet Consulta por celular
Empresa
Serviços oferecidos
UTI S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S N
Vax S S N N S S S N N S N S S N N S S S N N N N S S S S
Veloce S S S S S S S S S S S S S N S S N S S S S S S S S N
Villanova S S S S S S S S N S N S S S S S N S N N S S S S S S
VLI S S S N S S N S S N N S S S S N N N N S S N N S S N
Wilson Sons
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
N
Yusen
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
128 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Transporte Tecnologias empregadas
(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) Sim; (N) Não
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
Logística em situações de crise Alexandre M. Rodrigues
Parte 1 Introdução
E
m termos gerais, três objetivos estratégicos necessitam ser avaliados e equilibrados para a maximização do desempenho de uma cadeia de suprimento operando em um ambiente empresarial: redução de custos operacionais, redução de investimento em capital e melhoria no nível de serviço. O objetivo de redução de custos está direcionado à minimização de custos associados primariamente às atividades de transporte, movimentação e armazenagem. A redução de capital foca na diminuição de investimentos nos recursos utilizados nas atividades logísticas, maximizando, desta forma, o retorno sobre ativos. O objetivo estratégico de melhoria do nível de serviço busca a maximização do valor provido ao cliente, associado à potencial maximização de receitas e à consequente sustentabilidade do negócio no longo prazo. Desse modo, o objetivo estratégico de uma cadeia de suprimento empresarial pode ser definido com base nos retornos financeiros providos aos acionistas e ao valor entregue ao cliente, ou seja, pela produção de lucro e produtos e/ou serviços de alta qualidade, alinhados aos objetivos e valores percebidos pelos clientes. Numa situação de crise, no entanto, os objetivos são particularmente diferentes. Cadeias de suprimento que operam em uma conjuntura emergencial possuem uma urgente prioridade na maximização do nível de serviço num ambiente no qual pressões para uma precisa acomodação no tempo estão presentes. Em situações de crise, o objetivo primário é a eficácia das operações. Especificamente, isso se traduz nas 130 - Revista Tecnologística - Junho/2013
necessidades de rápida movimentação e entrega de alimentos, água, abrigos, vacinas, redução do sofrimento humano, tratamento médico; na criação de estruturas temporárias para transporte, armazenagem e informação; no desenvolvimento de campanhas públicas, etc. Outra diferenciação com relação a cadeias de suprimento tradicionais é a necessidade de executar operações num ambiente de extremas restrições de recursos, capital e infraestrutura. Geralmente, em situações de crise, a infraestrutura encontra-se destruída (ou no mínimo amplamente danificada), resultando em dificuldades de transporte, comunicação, abrigo, condições alimentares e sanitárias básicas, tornando a realização das atividades logísticas um desafio. Iniciada em 2009, essa linha de pesquisa vem sendo desenvolvida no Instituto de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead-UFRJ), com o intuito de unificar os referenciais teóricos e práticos presentes em diferentes áreas do conhecimento: da logística humanitária e de resposta a desastres/crises, da logística militar e da logística empresarial. No âmbito comercial, o interesse encontra-se nas situações onde pressões no tempo estão presentes. Uma colaboração de pesquisa mais próxima entre essas áreas do conhecimento pode facilitar a estruturação de cadeias mais eficazes para lidar com as complexidades logísticas no contexto atual, tanto no setor privado quanto em situações de emergência. O objetivo deste artigo é apresentar resultados preliminares dessa linha de pesquisa. Nesse contexto, o presente estudo busca propor um referencial teórico que auxilie as organizações de assistência e resposta a situações de crise a alcançarem melhor desempenho. Para isso, o referencial teórico proposto destaca as capacita-
ções necessárias em cada etapa, bem como medidas de desempenho associadas. Em termos de validade conceitual, além do esforço acadêmico de extensa revisão da literatura, este referencial foi desenvolvido com o auxílio crítico de profissionais da área militar (mediante contatos com oficiais da Escola de Guerra Naval – EGN), da área empresarial (por meio de palestras em conferências especializadas – como o Fórum Anual do ILOS) e de profissionais diretamente envolvidos na antecipação e resposta a situações de crise (através de contatos com os órgãos administrativos presentes no Centro de Operações do Rio de Janeiro – CoR). O artigo está dividido em duas partes. Nesta primeira parte, serão apresentadas a motivação e a relevância para o desenvolvimento deste projeto de pesquisa, bem como a visão geral do referencial proposto em suas três fases (Preparação, Resposta Imediata e Reconstrução). A segunda parte do artigo detalhará o referencial proposto, apresentando os processos envolvidos e uma discussão sobre mensuração do desempenho.
Motivação e relevância Dois fatores motivadores para o desenvolvimento desta linha de pesquisa, além da direta melhoria dos
sistemas de resposta em situação de crise, são o aumento recente no número de desastres naturais e o fato de que as cadeias de suprimento comerciais também são afetadas quando estas catástrofes ocorrem. Nos últimos anos, o mundo observou um aumento no número de desastres reportados. Esses constituem um padrão de elevação de volatilidade e são comumente atribuídos a mudanças climáticas e de padrões de ocupação humana em locais perigosos. Se anteriormente essas mudanças eram consideradas anomalias, atualmente são constantes e com tendência a crescimento. O Cred (Centre for Research on the Epidemiology of Disasters), centro de pesquisa colaborador com a WHO (World Health Organization) e a UCL (Université Catholique de Louvain), na Bélgica, mantém um abrangente banco de dados com o objetivo de prestar apoio a ações humanitárias internacionais. A iniciativa procura racionalizar a tomada de decisões em preparação à catástrofe, bem como prover avaliações de vulnerabilidade e priorização de necessidades. O EM-DAT (Emergency Events Database) contém dados essenciais sobre a ocorrência e os efeitos de mais de 18 mil desastres no mundo desde 1900 até a presente data. O banco de dados é construído por intermédio de diversas fontes, incluindo agências das Nações Unidas, organizações não governamentais, empresas
500 400 300 200 100 0 1959
1969
1979
1989
1999
2009
Figura 1 - Número de desastres no mundo Junho/2013 - Revista Tecnologística - 131
Fonte: International Disaster Database - EM-DAT
Número de desastres reportados
600
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
seguradoras, institutos de pesquisa e agências de jornalismo. Nos últimos 50 anos, o número de desastres reportados cresceu mais de 1.000% (Figura 1). No caso do Brasil, utilizando as informações do EM-DAT entre os anos de 2000 e 2010, os desastres decorrentes de enchentes e secas são os mais representativos em termos do número de pessoas afetadas, conforme apresentado na Tabela 1. Esse padrão influencia as cadeias de suprimento comerciais, que também são afetadas pelas ocorrências. Além das catástrofes naturais, crises criadas pelo ser humano (guerras, atos de terrorismo, etc) possuem efeitos similares nas populações e interrompem essas cadeias de suprimento. Conforme apresentado anteriormente, cadeias de suprimento que operam numa situação emergencial possuem uma prioridade na maximização do nível de serviço em um ambiente no qual as pressões para uma precisa acomodação no tempo estão presentes. Como uma consequência dessas pressões, situações de crise requerem estratégias que considerem uma melhor antecipação a eventos de risco e, quando o evento está ocorrendo, a necessidade de estruturar rapidamente uma cadeia de suprimento temporária que seja ágil, adaptável e alinhada. Uma cadeia de suprimento ágil possui como objetivo responder rapidamente às alterações de curto prazo tanto em fluxos de demanda quanto em fluxos de suprimento, ao mesmo tempo em que amortece interrupções externas na cadeia. Para que esse objetivo seja alcançado, as soluções necessitam considerar a utilização de estratégias de antecipação (postergação de atividades, posicionamento estratégico de estoque e estruturação antecipada de sistemas logísticos flexíveis e resilientes) em equilíbrio com a utilização de estratégias de reação/adaptação (planos de contingência e equipes de gerenciamento da crise). Para alcançar o objetivo de adaptabilidade, a cadeia de suprimento necessita possuir a capacidade de ajustar
Tipo de desastre
sua estrutura (alterações nas relações de parceria, estratégias de fornecimento, utilização de tecnologias) para o melhor atendimento das necessidades. Essa capacidade é desenvolvida através do monitoramento de áreas de risco e fontes de suprimento, utilização de intermediários e provedores de serviços, que trazem aumento de flexibilidade nas operações, além do rápido levantamento das necessidades a serem atendidas. Finalmente, o objetivo de alinhamento busca o desenvolvimento de incentivos que almejam unificar os esforços em torno do desempenho desejado. Isso se dá por meio de uma eficaz troca de informações entre os responsáveis pelo fornecimento e demanda e o desenvolvimento de relações de colaboração que considerem uma clara definição de responsabilidades, papéis e tarefas, além do compartilhamento de riscos, custos e benefícios. O desenvolvimento de estratégias gerenciais que considerem as características de agilidade, adaptabilidade e alinhamento é um fator motivador para o desenvolvimento deste estudo. O setor privado pode e deve aprender essas capacitações com o gerenciamento de crises para melhor atingir os resultados estratégicos em termos sociais, ambientais e econômicos. Nas últimas décadas, as empresas têm focado suas iniciativas no aumento de velocidade e na redução de custos. Essa tendência de aceleração pode ser exemplificada pelo surgimento de arranjos comerciais, como gestão baseada em tempo, manufatura enxuta, gestão de alta velocidade, compressão do tempo de ciclo, tempo de ciclo rápido, produção ágil, etc. Exemplos comumente encontrados são: o just in time (JIT) e a resposta eficiente ao consumidor (ECR, da sigla em inglês). De maneira análoga, experiências obtidas na aplicação dessas práticas comerciais podem servir de fonte de conhecimento para o planejamento e a organização de operações em situações de crise. No entanto, somente focar nesses objetivos de aceleração e minimização de
Número de ocorrências
Número de mortes
Número de afetados
37
1.280
4.567.393
Enchente Seca
6
0
2.062.000
Epidemia
3
203
606.570
Deslizamento
5 5
162
Tempestade
26
149.670 15.768
Terremoto
1
1
286
Temperatura extrema
3
39
0
60
1.711
7.543.687
Total Tabela 1 - EM-DAT: Desastres naturais no Brasil 2000-2010 132 - Revista Tecnologística - Junho/2013
custos não assegura uma vantagem competitiva de longo prazo no dinâmico ambiente empresarial moderno. Cadeias de suprimento podem ser rápidas e eficientes em sua gerência de custos, mas possuir a dificuldade de adaptação a mudanças estruturais no mercado. Dessa forma, questões de sustentabilidade e resiliência no plano empresarial também podem ser melhoradas por intermédio do estudo de situações de crise. O crescente nível de complexidade na gerência de cadeias de suprimento globais requer que as empresas tenham as mesmas capacitações das agências humanitárias, como agilidade, adaptabilidade e flexibilidade. Cadeias globais possuem ciclos de desempenho mais longos e incertos do que cadeias domésticas, sendo mais suscetíveis a incertezas, interrupções, atrasos e maiores riscos.
Referencial proposto Seguindo uma visão hierárquica de processos, o referencial teórico proposto encontra-se demonstrado na Figura 2.
O referencial pressupõe que tanto os processos quanto suas relevantes medidas de desempenho necessitam estar alinhados com diferentes tipos de situações de crise. Embora existam diversas classificações de desastres e tipos de crise, uma conceitualização genérica considera a probabilidade de acontecimento do evento, o período que ele permanece, a magni tude ou o impacto das suas consequências e a forma como o sistema se recupera após a sua ocorrência. Utilizando essa abstração, a combinação desses fatores caracteriza diferentes tipos de crise. A gestão logística de crises pode ser vista como um processo dividido em fases, no qual o conjunto de processos e suas medidas de desempenho associadas mudam de prioridade, adaptando-se a cada fase específica. Desse modo, mais do que uma simples classificação, as diferentes fases implicam numa gerência mais dinâmica do sistema, traduzindo-se em diferentes priorizações de atividades ao longo do tempo. De maneira genérica, três fases distintas são comumentes especificadas: (1) Preparação; (2) Resposta
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
Imediata; e (3) Reconstrução. No Brasil, por exemplo, os planos diretores da Secretaria Nacional de Defesa Civil abrangem programas específicos para os chamados quatro “aspectos globais”: (1) prevenção de desastres; (2) preparação para emergências e desastres; (3) resposta aos desastres; e (4) reconstrução. As atividades logísticas estão presentes em todas as fases da gestão de crise e, em cada uma delas, diferentes recursos e habilidades são necessários. Na fase de preparação, o planejamento logístico é fundamental para a elaboração e execução de medidas de prevenção e planos de evacuação, quando é possível acompanhar a evolução do fenômeno. Durante a fase de resposta, a rapidez com que os itens básicos de sobrevivência (como água, alimentos, itens de higiene e remédios) alcançam as vítimas pode significar a preservação de milhares de vidas. Já na reconstrução, o suporte da logística é necessário para otimizar a utilização dos escassos recursos que normalmente são destinados à última fase. Adicionalmente, a fase de reconstrução antecipa-se à próxima ocorrência do mesmo evento, com o objetivo de mitigação de riscos e aumento de agilidade na presença do evento.
Strategy for Disaster Reduction (ISDR), das Nações Unidas, o termo mitigação é definido como “a redução ou limitação dos efeitos adversos de ameaças e desastres relacionados”. Trata-se, portanto, de ações como, por exemplo: reforçar diques de contenção, o que poderia ter evitado grande parte do alagamento que sucedeu o furacão Katrina; evitar a ocupação de encostas, que no caso do Rio de Janeiro é responsável pela maioria dos deslizamentos de terra; instalar cabos de eletricidade por baixo da terra (e não suspensos) em regiões que sofrem com tempestades recorrentes, o que pode evitar quedas de energia e acidentes com pessoas eletrocutadas. Assim como a mitigação, os planos de ação dependem, naturalmente, dos desastres que tipicamente acontecem em uma determinada região. Locais próximos a vulcões, como a Islândia, ou que passam por períodos de tempestades e furacões, como a costa do Golfo do México, precisam ter planos de evacuação bem elaborados. Além disso, é possível planejar os itens que serão necessários após a incidência de um desastre. Os principais produtos demandados são: água, remédios, comprimidos de cloração, tendas, cobertores e biscoiPreparação tos de proteína para as crianças desnutridas. Algumas agências humanitárias compram tais itens com tanta A fase de preparação envolve, principalmente, a frequência que desenvolveram relacionamentos mais prevenção de riscos e a elaboração de planos de ação fortes com seus fornecedores e acordos de compra de em caso de desastres. Pela definição da International longo prazo, além de posicionarem os itens em antecipação em áreas comumente atingidas por eventos críticos. Resposta A Federação InternaReconstrução Preparação imediata cional da Cruz Vermelha (IFRC) – e de sua similar no mundo islâmico Crescente Vermelho –, por exemplo, possui centros de armazenagem e distribuição ao reTipos de crise dor do mundo com Tipos de estoque de produtos desastres em antecipação a situações de desastres (Figura 3). Em termos acadêmicos, diversos sistemas e modelos de planejamento foram Figura 2 - Referencial proposto - Visão geral desenvolvidos para
Fases
Categorias
PROCESSOS
DESEMPENHO
Agilidade, Adaptação, Alinhamento
134 - Revista Tecnologística - Junho/2013
International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies Figura 3 - Centros logísticos da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para antecipação a crises
tornar a resposta a catástrofes mais ágil. Também podem ser encontrados na literatura complexos modelos matemáticos para o planejamento de estoques em casos de desastres e rupturas na cadeia de suprimento. Resposta Imediata Uma vez que ocorre um evento de crise, os planos elaborados pelas agências de ajuda são colocados em prática. Em termos de prioridades gerenciais, nessa fase o objetivo é velocidade a qualquer custo, pois as primeiras 72 horas são cruciais. Desastres de grande escala exigem uma resposta rápida de um conjunto de atores que devem colaborar entre si para criar uma cadeia de suprimento que forneça os bens necessários às vítimas, o mais rapidamente possível. Porém, com toda a complexidade envolvida, muitas vezes os planos de ação não são seguidos e a falta de coordenação e cooperação entre atores torna a gerência caótica. Muito se fala sobre os desafios de se estabelecer uma cadeia de suprimento ágil, flexível e temporária, sobre a função crítica da cooperação entre atores e sobre parcerias entre empresas privadas e agências humanitárias.
Por exemplo, após a ocorrência de uma catástrofe, as agências de ajuda local (ou global, dependendo da dimensão) enviam uma equipe de especialistas para realizar uma avaliação inicial da extensão dos danos e do número de pessoas afetadas. Essa avaliação constitui a base para a elaboração de listas de itens específicos e as quantidades necessárias para prestar socorro imediato às populações afetadas. No entanto, essa informação costuma ser bastante incerta e limitada, principalmente nos primeiros momentos e, consequentemente, muitas ações são guiadas por estimativas e suposições das necessidades. Quando o abastecimento chega, transporte local, armazenagem e distribuição devem estar organizados, o que é um desafio, pois os locais remotos em que os desastres tendem a ocorrer, a singularidade das necessidades de cada catástrofe em termos de conhecimentos e bens, e o fato de que o local está muitas vezes num estado de caos, com estradas, aeroportos e pontes destruídos, limitam extremamente a capacidade de distribuição. Diante de tanta complexidade, a cooperação entre atores se torna um fator crítico. As Nações Unidas, no Junho/2013 - Revista Tecnologística - 135
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
sentido de promover um mecanismo de coordenação entre agências de ajuda humanitária em desastres de grande escala, criou a United Nations Joint Logistics Center (UNJLC), que agrega parceiros-chave dentro e fora da ONU, com o objetivo de aumentar o alinhamento das operações. Uma reposta bem-sucedida também depende, em grande parte, das capacitações locais e da colaboração do governo local em possibilitar a entrada de pessoas e agências estrangeiras. Questões políticas são enormes entraves (ou alavancadoras) para a ação das organizações em situações de crise. Reconstrução Por fim, como as catástrofes de grande escala podem destruir substancialmente as moradias e a infraestrutura local, ou mesmo desencadear desastres de início lento, como fome e epidemias, a fase de recuperação é extremamente importante para reabilitar o local e promover o bem-estar da população. Essa é, porém, a fase que menos recebe atenção de estudiosos e da mídia. Consequentemente, também é reduzido o número de doações e a contenção de gastos se torna uma questão mandatória. Os principais desafios dessa fase incluem: a necessidade de reconstruir casas, pontes e hospitais sem o apoio de uma infraestrutura de transporte (um enorme desafio para engenheiros civis); a promoção do reencontro de familiares e amigos que foram separados pelo desastre; o aprovisionamento (de forma econômica) de alimentos, remédios, material de construção e outros itens que ainda não estão disponíveis em fornecedores locais; e a reabilitação da economia local. Uma apropriada gestão de crises deve, assim, considerar os acertos e os erros das fases de resposta e reconstrução para que os planos de ação sejam atualizados e os riscos que estiverem presentes mitigados, promovendo a integração do conhecimento e aprendizado ao longo dos vários eventos de crise. Na parte 2 deste artigo, a ser publicada na edição de julho da Tecnologística, serão detalhados os processos envolvidos e os sistemas de desempenho associados.
reference model. International Journal of Services Technology and Management, 12(4): 391. Bowersox, D. J.; Closs, D. J.; Stank, T. P. 2009. 21st Century Logistics: Making Supply Chain Integration a Reality. Council of Logistics Management (CLM): Oak Brook, IL. Ferreira da Silva, Luiza de Castro. 2011. Gestão da logística humanitária: um estudo de caso sobre as chuvas de abril de 2010 no município do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Coppead de Administração. Kovács, Gyöngyi & Karen M. Spens. 2007. Humanitarian logistics in disaster relief operations. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, 37(2): 99. Lee, H. 2004. Building the Triple-A Supply Chain. Harvard Business Review, October 2004:2. Taylor, D. & S. Pettit. 2009. A consideration of the relevance of lean supply chain concepts for humanitarian aid provision. International Journal of Services Technology and Management, 12(4): 430. Van der Laan, E.; M. De Brito, P.; Van Fenema, & S. Vermaesen. 2009. Managing information cycles for intra-organisational coordination of humanitarian logistics. International Journal of Services Technology and Management, 12(4): 362. Van der Laan, E.; M. De Brito, & D. Vergunst. 2009. Performance measurement in humanitarian supply chains. International Journal of Risk Assessment and Management, 13(1): 22. Van Wassenhove, L. N. 2006. Humanitarian aid logistics: supply chain management in high gear. The Journal of the Operational Research Society, 57(5): 475.
Referências Beamon, Benita M. & Burcu Balcik. 2008. Performance measurement in humanitarian relief chains. The International Journal of Public Sector Management, 21(1): 4. Blecken, A.; B. Hellingrath, W. Dangelmaier; & S. Schulz. 2009. A humanitarian supply chain process 136 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Dr. Alexandre Rodrigues, Ph.D. Professor de Supply Chain Management Instituto de Pós-Graduação em Administração Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead-UFRJ) rodrigues@coppead.ufrj.br Tel.: (21) 2598-9860
Divulgação
Divulgação
ARTIGO
Desmistificando o 4PL Paulo Roberto Bertaglia e Antonio Grandini
E
ste artigo tem como objetivo principal explorar o potencial dos conceitos vinculados ao 3PL e 4PL, bem como demonstrar genericamente os benefícios que tais iniciativas podem trazer às organizações modernas. Não é intuito dos autores esgotar alternativas sobre o tema, mas sim criar elementos para reflexão de como as empresas podem responsavelmente tirar proveito de implantações, mesmo que isto derive em quebra de paradigmas. O 4PL, tanto conceitual quanto tecnicamente, tem levado as organizações a discussões bastante interessantes. O estudo elaborado pela empresa The 4th, aqui comentado, apresenta informações importantes que auxiliam o pensamento dos executivos e os ajudam no questionamento da estratégia do Fourth Party Logistics.
Introdução Atualmente, as organizações empresariais enfrentam cada vez mais desafios importantes — desde aspectos estratégicos até condições operacionais que mobilizam e afetam o ecossistema, produzindo conflitos na organização, nos colaboradores e clientes, e no âmbito de mercado e seus concorrentes. Esses desafios envolvem ainda a resolu138 - Revista Tecnologística - Junho/2013
ção de interesses e conflitos com acionistas, os padrões de qualidade de vida dos funcionários e o foco no futuro sem perder contato com o presente. As empresas necessitam dar atenção aos seus clientes e consumidores, e se basearem em conhecimento e informação, investindo fortemente em processos colaborativos para gerar soluções próprias ou em conjunto com outras organizações. Ainda que o conceito de colaboração seja apregoado no mundo empresarial, a desconfiança nos relacionamentos continua sendo grande. Colaborar é um relacionamento e o começo sempre gera desconfiança. A nova economia, centrada no conhecimento, difere e muito das suas formas predecessoras — a economia com foco na agricultura e, posteriormente, a economia industrial. A economia centrada no conhecimento está relacionada à inovação, à criação de ideias e à sua colocação em prática. Intuição, imaginação e inteligência são conceitos mágicos para a nossa era. Isso significa mudanças frequentes e maior dinamismo, pois os ciclos de tempo se reduzem cada vez mais, os produtos levam menos tempo para ser desenvolvidos e lançados e temos menos tempo para processar as coisas. Vivemos mais e, contradito-
riamente, não temos tempo para nada. Processos e metodologias não são perenes. São mutáveis. Devemos ser todos criativos, todos inventores e colaboradores, se quisermos vencer. Para inovar continuamente e desenvolver negócios competitivos, as organizações precisam de líderes intuitivos, humanos e visionários. Sim, visionários e prudentes, que entendam o caminho a ser tomado, que analisem os riscos e criem estratégias para enfrentá-los. Para tanto, necessitam de parceiros que os apoiem e suportem nesses desafios não só no contexto tático e operacional, mas também no estratégico. Os caminhos são incertos. Como é possível antever mudanças cíclicas e radicais na economia, regras governamentais e políticas não previsíveis, além de outras forças que transformam e afetam as organizações? Como é possível antecipar tudo isso? Como é possível prever as restrições de energia elétrica, de infraestrutura logística em um país como o Brasil? Como é possível prever um atentado aos Estados Unidos, o qual abalou a economia do mundo globalizado? Como realizar estimativas confiáveis? Como reduzir as incertezas das decisões? Para isso, é necessário ter intuição e visão. E não necessariamente essas qualificações
necessitam estar em uma única pessoa, mas em colaboradores: internos e externos. O mercado se movimenta cada vez mais rapidamente. Nem todas as empresas terão o privilégio de possuir em seu bojo líderes estrategistas, inovadores e visionários. Empresas líderes, hoje, não necessariamente serão aquelas que liderarão amanhã.
Executivos e empreendedores são obrigados a lançar mão de métodos e práticas que possam trazer diferenciação, melhorias e vantagem competitiva de alguma maneira. A redução de custo por meio da operação logística tem sido uma alternativa viável. Contudo, ainda se questiona fortemente se tem ocorrido, de fato, a esperada melhoria na eficiência operacional.
Mudanças na cadeia de abastecimento
4PL (Fourth Party Logistics)
Após forte resistência no Brasil, sistematicamente as organizações passaram a fazer uso dos operadores logísticos (3PL – Third Party Logistics), que se especializaram basicamente em transporte, armazenagem e controle de estoques, e que colocam os seus ativos a serviço da logística. Essas atividades estão fortemente atreladas a um objetivo maior de redução de custo e foco da empresa em seu negócio principal. Os dados são muito variáveis, mas considera-se que, hoje, existam mais de 200 operadores logísticos no Brasil, num mercado extremamente pulverizado, oferecendo espaço enorme para consolidação tanto para empresas domésticas como para grandes operadores internacionais. Denominações como “gargalo logístico” e “apagão logístico” têm vindo à tona nos mais diversos debates. Já de longo tempo se fala dos problemas de infraestrutura do país e que, segundo levantamentos, para regularizar a situação, deveriam ser investidos entre R$ 500 bilhões e R$ 600 bilhões. Programas em discussão no governo levam a crer que investimentos em rodovias e ferrovias deverão ser feitos para os próximos anos. A competitividade além de nossas fronteiras é desafiante. Em função do famigerado custo Brasil, onde há exageros na burocracia, altos encargos, falhas na infraestrutura e o famoso “jeitinho” brasileiro, mover cargas independentemente de modal é muito dispendioso.
O 4PL administra os diferentes serviços oferecidos pelos operadores logísticos no âmbito do transporte e armazenagem, transformando-se no ponto focal entre os diversos operadores e o cliente. Seu diferencial está na capacidade e no conhecimento do processo, usando o capital intelectual para, estrategicamente, buscar a eficiência operacional desde o pedido até que o pagamento do produto se concretize. Normalmente, os operadores logísticos (3PL) utilizam seus veículos, equipamentos e armazéns, enquanto o objetivo do 4PL é buscar a melhor relação e o equilíbrio entre os melhores custos e os níveis de serviço. Adicionalmente à gestão, o 4PL tem a capacidade de diagnosticar, desenvolver, implantar, entregar, medir e comparar soluções logísticas globais, uma vez que sua expertise se baseia no conhecimento de estratégia, tecnologia, processos e inovação. A sua coexistência e complementaridade com a função operador logístico são fundamentais para obter ganhos e trazer a vantagem competitiva. Em um contexto no qual cada vez mais se busca o relacionamento colaborativo na cadeia de valor, o 4PL pode ainda atuar como um elo importante, facilitando o exercício desta função.
Pesquisa sobre 4PL Recentemente, a empresa The 4th realizou uma pesquisa com o objetivo de coletar informações relacionadas ao
conhecimento do conceito de 4PL. O público-foco foram empreendedores e gestores logísticos e o estudo trouxe alguns resultados bastante interessantes. Os conceitos de 3PL e 4PL ainda se confundem grandemente nas definições, levando os profissionais a conclusões que podem erroneamente interferir em alguns processos decisórios. Cerca de 14% dos entrevistados não conheciam o termo 3PL. Mas quando mencionada a expressão operador logístico, o tema ficava mais claro. Já no contexto do 4PL, 22% preferiram mencionar que desconheciam o termo. Porém, as definições foram mais alinhadas com o 3PL, numa clara demonstração de que o tema deve ser mais bem debatido dentro das empresas e externamente em eventos institucionais, tanto empresariais quanto acadêmicos. O desconhecimento se eleva a mais de 40% quando se avalia a qualidade das respostas oferecidas. No entanto, algumas delas estavam bastante alinhadas com a função estratégica do 4PL, citando a visão holística empresarial, o conhecimento como diferencial e, deveras importante, uma atuação muito similar ao conceito do BPO (Business Process Outsourcing), que é a terceirização do ponto de vista de negócio. O papel da tecnologia da informação – e como a mesma pode ser um diferencial competitivo – foi inúmeras vezes abordado, demonstrando uma vez mais que os sistemas, embora devam atuar de forma transparente na retaguarda, são elementos essenciais no contexto da agilidade e visibilidade da cadeia de abastecimento. Quando se toca no tema das restrições que se impõem à implantação dos 4PLs, aparecem claramente os elementos de experiência, conhecimento e competência. Muitas foram as colocações de que as organizações necessitam se mover na direção do 4PL, mas o mercado precisa de pessoas qualificadas Junho/2013 - Revista Tecnologística - 139
ARTIGO
para exercer tal função. Diversos entrevistados entendem que, se as empresas 3PL se associam a um 4PL, podem ter um diferencial adicional a oferecer a seus clientes na cadeia de valor, além dos ativos e da gestão dos estoques. Esse raciocínio pode ser a mola mestra para conduzir organizações a uma estratégia de resultados visando seguramente a melhores níveis de serviços com preços adequados à competitividade. Muitas dúvidas, contudo, pairam ainda sobre dois elementos: a competência para se fazer a implantação e, por outro lado, quão complexo seria implantar o conceito integralmente na organização, tanto em inbound quanto em outbound. Logicamente, isso requer um estudo mais amplo e vai depender da complexidade logística da organização, desde a chegada dos insumos até a distribuição de seus produtos acabados, bem como o tamanho da organização e seu escopo geográfico: se local, regional ou global. Em paralelo, modelos de entrega devem ser visitados e eventuais “pilotos” devem ser efetuados para testar e refinar modelos, e não mais no contexto apenas e tão somente da movimentação física, mas também no uso do capital intelectual a fim de encontrar as melhores alternativas estratégicas e possíveis remoções de barreiras. A principal razão para o uso do 4PL, de acordo com os entrevistados, continua sendo a redução de custos, uma vez que as organizações enxergam a cadeia de abastecimento como elemento fundamental na obtenção da vantagem competitiva e geração de lucro. Com o 4PL servindo como ponto focal e tendo a vocação requerida para a integração da cadeia, não há dúvidas de que os benefícios podem ser obtidos, já que a fonte de melhoria da cadeia advém essencialmente da sincronização das atividades, colaboração entre fornecedores, maior visibilidade das ações e maior 140 - Revista Tecnologística - Junho/2013
agilidade. Também é visão dos entrevistados que, pelo conhecimento e atuação holística da cadeia, o 4PL pode adicionar enorme valor e, consequentemente, eliminar possíveis problemas e barreiras.
Conclusão Do estudo, conclui-se que há uma oportunidade importante e viável no contexto da aplicação de modelos voltados ao Fourth Party Logistics (4PL) que, seguramente, pode trazer diferenciais competitivos e benefícios tangíveis e intangíveis tanto para as organizações clientes como para os 3PLs. Esses benefícios podem resultar em maior produtividade e melhoria nos níveis de serviços, satisfazendo o cliente do cliente e aqueles que se encontram no final da cadeia, que são os consumidores, que continuam pagando altos preços pelas ineficiências logísticas já mencionadas. Em adição, vê-se um papel preponderante do segmento acadêmico na conscientização sobre o tema, educando os profissionais e suscitando fóruns de discussão que tragam aos nossos profissionais – executivos e empreendedores – maior profundidade e mais conhecimento do tema para uma tomada de decisão que lhes seja de valia. Nessa conjuntura, espera-se que o Fourth Party Logistics tenha a capacidade de articular-se com os diferentes membros da cadeia, criando um ecossistema capaz, diferenciado e inovador no contexto de pessoas, processos e tecnologia, que possibilitem criar valor às diferentes organizações da cadeia, desde o fornecimento até o consumidor final. Outro elemento preponderante no papel do 4PL é que sua gestão não pode e não deve estar limitada aos processos logísticos como se fosse um silo independente e tratado como um processo isolado. A sua expertise deve estar conectada e integrada ao negócio. Portanto,
conhecimentos financeiros referentes à análise, planejamento e controle financeiro, bem como ao apoio nas tomadas de decisões de investimentos e financiamentos, são fundamentais para que o conceito se materialize de forma eficaz. É fundamental a conexão entre o operacional e o estratégico. A gestão isolada da logística pode não trazer os resultados esperados por investidores e executivos. Como se vê, 4PL não é 3PL, mas uma maneira criativa de reposicionar a cadeia de abastecimento para que esta possa, efetivamente, trazer os benefícios esperados por todas as organizações.
Referências BALLOU, Ronald H. Business logistics management. New Jersey: Prentice Hall, 1999. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009. GYOREY, Trish. The Challenges Ahead for Supply Chains, USA: McKinsey & Company, 2010. JUNG, Hosang. Trends in Supply Chain Design and Management: Technologies and Methodologies. USA: Springer, 2007. KUTLU, Erafettin. Fourth Party Logistics: The Future of Supply Chain Outsourcing?, UK: University of Salford, 2007. The 4th, Pesquisa sobre Tendências de Logística no Brasil com Foco em 3PL e 4PL, 2012.
Paulo R. Bertaglia Sócio diretor da The 4th Autor do livro Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento paulo.bertaglia@scss.com.br Antonio Grandini Diretor de Logística da Jequiti Membro do Conselho da The 4th antonio.grandini@csss.com.br Tel.: (19) 3327-8078
Fotos: Radamés Jr.
EVENTO
São Paulo sedia quarta edição de Fórum Internacional de Logística Reversa Evento promoveu visitas técnicas e contou com palestras de executivos e especialistas nacionais e internacionais
A
capital paulista recebeu, nos dias 15 e 16 de maio, no Mercure Grand Hotel, a quarta edição do Fórum Internacional de Logística Reversa CLRB, realizado pelo Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB) e pela Publicare Eventos. O fórum contou com a presença de mais de 150 participantes, que puderam conferir painéis, palestras e cases de sucesso apresentados por representantes das empresas Netshoes, GS1, HP, TGestiona, Estre-Oxil, Xerox, GM&C Logística, Umicore Brasil, Nextel, UPS e Correios. Além disso, o evento teve a presença do secretário Parlamentar da Câmara dos Deputados José Valverde Machado, que representou o deputado federal Arnaldo Jardim, falando sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e José Ramón Carbajosa, presidente do WEEE Forum (Waste Electrical and Electronic Equipment) e da Fundación Ecolec, que palestrou a respeito do cenário da gestão de resíduos sólidos de eletroeletrônicos na Europa. 142 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Na manhã do primeiro dia, os participantes puderam conhecer de perto processos de manufatura reversa e destinação de resíduos em visitas técnicas realizadas à Indústria e Comércio Fox de Reciclagem e Proteção ao Clima, localizada em Cabreúva (SP), e à GM&CLog Logística e Transportes, em São José dos Campos (SP). Quem esteve na visita à Fox, empresa de origem suíça, instalada há dois anos no Brasil, pôde conhecer todo o processo de desmontagem e reciclagem de refrigeradores domésticos, industriais e comerciais, com destaque para o processo de retirada do clorofluorcarbono (CFC) – responsável pela destruição da camada de ozônio quando lançado na atmosfera –, que utiliza tecnologia alemã de última geração. A visita foi acompanhada pelo diretor-geral da empresa, Philipp Bohr, e pelo seu diretor de Operações, Marcelo Souza. A companhia iniciou suas atividades atendendo ao programa do Ministério de Minas e Energia voltado a
famílias de baixa renda para troca de geladeiras antigas, trabalho que ainda realiza, recebendo periodicamente, das concessionárias de energia, a relação de endereços para a coleta de geladeiras velhas e a entrega das novas, nas Regiões Sul e Sudeste e nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Hoje, a Fox realiza também a operação de reciclagem de refrigeradores para marcas como Nestlé, Unilever e Red Bull. Nessa indústria reversa, que transforma um produto acabado em frações de alumínio, poliuretano, ferro e ácido clorídrico (resultado do tratamento do CFC) – que têm endereço certo como insumos para diferentes plantas produtivas –, as etapas são: retirada do CFC e óleo do sistema; retirada do compressor; entrada da geladeira na câmara de moagem; separação das frações dos diferentes materiais e produção da solução ácida. Com uma equipe formada por aproximadamente 95 profissionais, entre área industrial e logística, a Fox
opera com centros de distribuição nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e possui frota própria de 42 veículos, entre carretas e caminhões. Segundo Marcelo Souza, a atuação da logística reversa tem o mesmo grau de profissionalismo da logística convencional. Em São José dos Campos (SP), os participantes tiveram a oportunidade de visualizar o trabalho realizado pela GM&CLog. Fundada há 11 anos com foco na logística reversa para descarte final de produtos eletroeletrônicos, a companhia tem como meta oferecer uma solução completa de retorno. Para isso, investe em sua infraestrutura. Hoje, além da matriz no interior paulista, a empresa conta com cinco filiais – Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador. Segundo o diretor Comercial, Marcelo de Oliveira, a estrutura atual gera mais capilaridade e agiliza as coletas. “Gerenciamos 14 mil postos de coleta em todo o Brasil”, disse. Em 2012, a empresa recolheu cerca de mil toneladas de materiais e a expectativa este ano é crescer entre 20% e 30%. As chamadas para o transporte reverso são efetuadas via telefone, e-mail ou por meio de sistema desenvolvido pela própria empresa. Durante a visita, o destaque ficou para a observação prática da atividade. Divididos em módulos, os colaborados da GM&CLog realizam, por exemplo, a separação de pilhas, a desmontagem de itens das linhas branca (fogão e refrigeradores), verde (impressora e notebook), azul (batedeira e furadeira) e marrom (televisores, câmeras e filmadoras), além da trituração de cartões de memória e suas embalagens. Para todas essas operações, há um controle. Oliveira ressaltou que é realizado um balanço de massa. “Mensuramos tudo o que é coletado e destinado para o descarte final.” Além disso, os
clientes da empresa podem acompanhar, via web, todo o processo reverso. “Temos expertise, inteligência e sistemas que gerenciam toda a cadeia. Possuímos o controle e a rastreabilidade de todo produto coletado ponto a ponto e, com isto, temos a visibilidade do que foi recolhido, descaracterizado e para onde está sendo destinado cada tipo de resíduo”, salientou.
Casos de sucesso A primeira palestra da programação, do dia 15 de maio, foi a de José Carlos Santos, gerente de Operações da Netshoes, que segundo ele é atualmente a maior empresa de e-commerce da América Latina. O negócio, que começou há 13 anos com uma loja de rua, ao lado da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na capital paulista, hoje só existe como loja virtual e tem na base do seu sucesso a eficiente logística reversa oferecida aos clientes. De acordo com Santos, há inúmeros motivos para os clientes devolverem os produtos adquiridos por meio do portal como, por exemplo, o tamanho do calçado ou da roupa que não serviu, desagrado com a cor, defeito de fabricação ou, até mesmo, porque mudou de ideia, preferindo trocar por outro produto. “Considerando que temos um serviço inovador de e-commerce, que garante segurança, conforto, qualidade e confiabilidade, a logística reversa tem papel fundamental para que possamos disponibilizar para o cliente o que ele quer. Do mesmo modo que atendemos com agilidade a venda, temos de fazer a coleta dos itens devolvidos e entregar outro produto no seu lugar.” O cliente tem 30 dias para solicitar a troca e pode fazê-lo por meio de quatro canais: telefone, chat, e-mail ou no próprio site. Retirado o produto em devolução no cliente, ele segue para um dos três centros de distribuição da Netsho-
es – localizados no Recife e nos municípios de Itapevi e Barueri, na Grande São Paulo. Nos CDs, uma equipe realiza os processos internos de verificação e, conforme o motivo da devolução, é feito o contato com o fornecedor para a solução do problema. “Tudo feito com a mesma eficiência da logística de entrega, no momento da compra do cliente”, enfatizou Santos. Logo depois, a GS1 e a Hewlett-Packard Brasil (HP) apresentaram um case sobre a aplicação da tecnologia RFID (identificação por radiofrequência, na sigla em inglês) na logística reversa. De acordo com o gerente de Programa da HP, Eliseu Belculfine, o projeto piloto teve início em 2005, com o objetivo de coletar os dados para análise a fim de aprimorar os processos de manufatura da empresa. Dois anos depois, em 2007, 100% das impressoras laser e jato de tinta da marca possuíam etiquetas RFID. Em 2009, os cartuchos para equipamentos jato de tinta passaram a contar com a tecnologia e, em 2010, foi a vez das embalagens de toners. Segundo o executivo, além de agregar valor à cadeia produtiva, a utilização das etiquetas colabora também
Carbajosa, do WEEE Forum: 8 milhões de toneladas de resíduos recolhidas entre 2002 e 2010 Junho/2013 - Revista Tecnologística - 143
EVENTO
com a logística reversa dos produtos, por proporcionar uma maior rastreabilidade e facilitar o controle e a medição dos retornos. Todos os dados contidos na etiqueta podem ser acessados via internet e as informações estão conectadas com a base de dados da manufatura local. Em seguida, uma questão levantada pela plateia permeou as discussões do painel interativo promovido pelo evento: e se a etiqueta colada nos produtos for retirada? Patrícia Amaral, assessora de Solução de Negócios, e Wilson Cruz, assessor de Inovação e Alianças Estratégicas, ambos da GS1 Brasil, explicaram que há muitos estudos em busca do encapsulamento ideal da etiqueta para evitar esse tipo de problema. De acordo com Cruz, o Exército tem as etiquetas de RFID implantadas na entressola das bo-
tas. “Existem ainda casos em que a tag é colocada dentro de um parafuso, por exemplo”, completou. O primeiro dia do IV Fórum Internacional de Logística Reversa foi encerrado com um tutorial ministrado por João Salles Neto, professor do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB). O engenheiro falou a respeito da missão, contou a história e a evolução e explicou as atividades desenvolvidas pelo conselho, além de apresentar informações detalhadas a respeito de cada curso de capacitação ministrado.
Exemplo europeu O segundo dia do evento foi aberto com a palestra “Cenário da Gestão de Resíduos Sólidos de Eletroeletrônicos na
Europa”, proferida pelo espanhol José Ramón Carbajosa1, presidente do WEEE Forum, entidade que coordena programas de gestão de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos na Europa, e da Fundación Ecolec, uma das maiores empresas em atividade na Espanha, deste mesmo setor. Ele iniciou apresentando a WEEE Forum que, criada há cerca de 20 anos, reúne representantes de mais de 40 associações que tratam de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos em todo o continente europeu, calculando terem sido recolhidos, entre os anos de 2002 e 2010, 8 milhões de t desses resíduos, o equivalente a 800 Torres Eiffel. Carbajosa destacou o trabalho realizado para a formatação de normas técnicas e elaboração da legislação para apoiar os
Sistemas de Logística Reversa para a Gestão de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (SIGREEE) na Europa – são 153 sistemas de sociedades coletivas de responsabilidade estendida dos produtos colocados no mercado –, detalhando todas as fases desta cadeia, desde diferentes soluções para a coleta dos resíduos, passando pela preparação para reutilização, pela reciclagem ou, quando não há esta possibilidade, o descarte adequado (para aterro ou incineração), até a valoração do material resultante da reciclagem. O WEEE Forum também desenvolve estudos para compor o que chama de carta geográfica de reservas de matéria-prima, para melhor atuar na logística dos sistemas de gestão desses resíduos. As metas estabelecidas para obter essa matéria-prima, o resíduo de equipamentos eletroeletrônicos, segundo Carbajosa, são de que, em dois anos, 45% do total de produtos colocados no mercado entrem nesse sistema de logística reversa; até 2019, a taxa deve chegar a 65%. Outra questão abordada pelo presidente do WEEE Forum que despertou o interesse dos participantes foi o modelo de custo de cobertura para o sistema. Trata-se de uma responsabilidade compartilhada, de modo que o consumidor paga uma taxa quando adquire um produto novo, relativa à logística reversa no final de sua vida útil. O produtor financia a coleta e a reciclagem, os municípios fornecem pontos de coleta para os consumidores e os governos dos países fiscalizam. Para que os sistemas alcancem seus objetivos de coletar o maior volume possível de resíduos, completa Carbajosa, periodicamente são realizadas campanhas de comunicação para estimular os consumidores a levarem os produtos aos pontos de coleta, que são financiados pelos próprios consumidores (da taxa que pagou ao adquirir o produto novo) e por produtores. Em seguida, foi a vez da TGestiona apresentar seu case, ministrado pelo
gerente de Operações da companhia, Sinclair Ronaldo Mioto. Após uma introdução sobre as operações de logística reversa da TGestiona, o executivo apresentou trabalhos realizados pela empresa na Europa, mais precisamente em Barcelona, na Espanha. Detalhando a coleta de lixo via dutos, que se encontram enterrados entre três e cinco metros, as operações reversas de coleta de resíduos sólidos são feitas de maneira automatizada, eliminando a necessidade dos caminhões de lixo. Por se tratar de uma divisão de logística do Grupo Telefônica, segundo Mioto, a TGestiona foi desafiada pela companhia a apresentar um projeto de logística reversa no Brasil, onde o lucro girasse em torno dos eletroeletrônicos recuperados, que poderiam retornar à cadeia de consumo. Para isso, foi preciso que a empresa implementasse sistemas como ERP, WMS, TMS, entre outros, em busca de apresentar um processo de logística reversa mais eficiente, no qual a grande maioria dos equipamentos telefônicos que retornavam do pós-consumo fosse reparada, limpa, embalada e inserida novamente no mercado. De acordo com o executivo, este projeto consegue reaproveitar 80% dos equipamentos que retornam. No terceiro case apresentado na manhã do dia 16, os palestrantes Silvio de Souza Guimarães, coordenador de Meio Ambiente da Xerox Brasil, e Lucas Veloso, diretor da Estre-Oxil, apresentaram o estudo de caso para a manufatura reversa de equipamentos eletrônicos. Além de mostrar um panorama de suas empresas e comentar sobre suas operações, os palestrantes apresentaram a operação de manufatura reversa realizada pela Estre-Oxil dentro das dependências da Xerox em Itatiaia (RJ)2. Todos os equipamentos obsoletos que retornam da logística de pós-consumo são destinados a essa planta para ser desmontados e os materiais separados por categorias. Após isso, são destinados corretamente
ao mercado de reciclagem, retornando assim para a cadeia de suprimentos. A primeira palestra da tarde do dia 16 foi proferida pelo secretário Parlamentar da Câmara dos Deputados, José Valverde Machado, que falou sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para ele, a política veio para ficar e a logística reversa se consolida como seu principal instrumento. Machado divulgou alguns números para ilustrar a importância da PNRS. De acordo com ele, os dados mais recentes apontam que, em 2011, o Brasil gerou 61,9 milhões de t de resíduos urbanos. Desse total, 55,5 milhões de t foram coletadas, com 52% tendo uma destinação adequada. O secretário divulgou outro número. “Em 2010, o Brasil perdeu R$ 8 bilhões por não aproveitar seus resíduos.” O secretário aproveitou a oportunidade e fez um lembrete. De acordo com ele, as empresas que hoje desejam investir em logística reversa possuem uma segurança jurídica para realizar seus investimentos, por conta da lei. “Daqui a algum tempo, os resíduos sólidos serão commodities e o setor que não procurar ser proativo na logística reversa será afetado”, salienta. Na sequência da programação, os participantes do fórum acompanharam o trabalho realizado entre a GM&CLog junto a dois clientes, a Nextel Comunicações e a Umicore. Segundo a coordenadora de Responsabilidade Social da Nextel, Débora Della Nina, os resíduos sólidos na companhia são divididos em quatro tipos: aparelhos, baterias e acessórios; equipamentos das ERBs (Estações Rádio Base), como antenas, contêineres, ferragens, baterias, cabos, amplificadores e servidores; resíduos de escritório (papel, plástico, metal e vidro); e computadores e acessórios. Na empresa, são dois os modelos de negócio: locação ou venda de aparelhos. Na locação, a logística reversa é realizada desde 2005. Neste período, 2,11 milhões de aparelhos foram recon-
dicionados – 50% do total recolhido – e 606 mil baterias recuperadas, representando 71% do total coletado. Já os aparelhos vendidos contam, agora, com 211 pontos de descarte, localizados em lojas da Nextel ou de representantes autorizados. Nesses locais, a GM&CLog faz a coleta para descartar corretamente esses itens. A ação teve início no último mês de maio. Os demais tipos de resíduos também possuem ações estruturadas. Os equipamentos de ERBs são vendidos para empresas que fazem sua reciclagem. O papel, o plástico, o metal e o alumínio são descartados em lixeiras de coleta seletiva em todas as lojas. Já os computadores e seus acessórios, quando ainda em condições de uso, são doados a ONGs, instituições ou escolas da rede pública de ensino. Quando não podem mais ser utilizados, são enviados a empresas que fazem seu recondicionamento ou reciclagem. Já a multinacional belga Umicore recupera metais de materiais complexos para que possam voltar como matéria-prima ao processo produtivo. Atualmente, a empresa recupera 17 tipos de metais, provenientes dos itens recolhidos pela GM&CLog em todo o Brasil. A palestra seguinte, proferida pelo gerente Global Solutions & Implementations da UPS, Carlos Cezar Soares, tratou sobre “Logística Reversa e Serviços de Pós-Venda na América Latina”, com destaque para o Gerenciamento de Retornos. O executivo explicou que o trabalho consiste em realizar, por meio de processos internos, a gestão de volta do produto para o ciclo de operação, manutenção ou reposição de estoque, sendo possível, assim, realizar retornos dentro das metas e prazos e obter vantagem competitiva nos negócios. O outro serviço da UPS é a Recuperação de Ativos e Gerenciamento de Reciclagem. Nesse caso, a companhia efetua a assistência de disposição – denominada “eco-friendly” – de bens
usados e obsoletos por meio de processos de reparos ou reciclagem. Para finalizar, o analista sênior dos Correios, responsável por soluções logísticas no Estado de Santa Catarina, Marco Antônio Bendin, falou sobre a meta da empresa de focar na logística reversa de pós-consumo (LRPC) de pequenos itens, principalmente celulares. Para ele, é fundamental implementar o serviço a fim de que haja redistribuição dos produtos de forma otimizada e recuperação do valor dos ativos e dos resíduos sólidos gerados. Nos Correios, a LRPC consistirá na coleta em domicílio ou pontos comerciais e postagem em agência. Além disso, será um serviço de abrangência nacional, considerando peculiaridades com relação à embalagem, tipo de car-
ga e regras de transporte. O executivo não especificou uma data de quando as operações serão iniciadas. O IV Fórum Internacional de Logística Reversa contou com o patrocínio da TGestiona, GM&CLog e JSL, e o apoio da Revista Tecnologística, Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol), Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), Associação Técnica Brasileira da Indústria de Vidro (Abividro), GS1 Brasil, Associação Brasileira de Logística (Abralog), ANPTrilhos, Associação Na-
cional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e da XV Feira do Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (Fimai). Da Redação CLRB: (11) 2308-5292 Publicare Eventos: (11) 5505-0999 1
– Leia mais sobre a reciclagem de produtos eletroeletrônicos na Europa na entrevista com José Ramón Carbajosa, na edição de julho da Tecnologística (nº 212) 2 – Veja mais sobre o case da Oxil com a XeroxBrasil na edição nº 210 da Tecnologística (maio de 2013)
LIVRO
ILOS apresenta panorama dos portos brasileiros
O
Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) lança o Panorama Portos Brasileiros: Avaliação dos Usuários e Análise de Desempenho 2013. A publicação, que reúne avaliações feitas por profissionais de logística e análises de especialistas no assunto, traz as novas mudanças na gestão portuária nacional, informações a respeito da infraestrutura do segmento no país e dados de desempenho operacional dos portos. Com o objetivo de servir como fonte de consulta para usuários e prestadores de serviços do segmento, o relatório fornece a possibilidade de iden-
tificação dos melhores portos para que gestores das empresas exportadoras e importadoras possam movimentar suas cargas. Já os prestadores têm no panorama uma importante ferramenta para avaliar oportunidades e organizar planos eficientes de melhorias. O estudo, que traz análises e rankings referentes ao setor portuário, foi feito a partir de pesquisa realizada pelo ILOS com a participação de 339 profissionais de logística de 200 empresas, entre as maiores do Brasil em faturamento, de segmentos como agronegócio, automotivo, varejo, telecomunicações, energia, higiene, mi-
neração, papel e celulose, químico, petroquímico, siderurgia, metalurgia, tecnologia e têxtil. O panorama pode ser adquirido nos formatos eletrônico e impresso ou em um pacote que inclui ambas as versões. Panorama Portos Brasileiros: Avaliação dos Usuários e Análise de Desempenho 2013 Instituto de Logística e Supply Chain - ILOS Relatório eletrônico R$ 3.350,00 Relatório impresso R$ 3.950,00 Eletrônico + impresso R$ 4.350,00 (21) 3445-3000 panorama@ilos.com.br www.ilos.com.br
PRODUTOS
Fleet Service, da Ford
A Sascar, especializada em soluções tecnológicas para monitoramento de veículos e gestão de frotas, oferece ao mercado um novo serviço que permite ao cliente acessar todas as informações contratadas com maior velocidade e comodidade via internet. Utilizando a plataforma SasWeb, é possível monitorar toda a frota com o auxílio de ferramentas de visualização em tempo real. O usuário pode acessar relatórios gerenciais, mensagens trocadas entre o operador e o condutor, criar alertas de velocidade, pontos de interesse, cerca eletrônica e até mesmo enviar comandos aos equipamentos instalados nos veículos. O SasWeb foi criado em parceria com a multinacional norte-americana Oracle e faz parte de um plano de investimentos em tecnologia da Sascar orçado em mais de R$ 10 milhões. De acordo com a empresa, a partir deste mês de junho, a plataforma está disponível no sistema pay per use, em que o cliente só paga pelas funcionalidades que habilitar. (11) 4002-6004
Divulgação
Plataforma para consulta web, da Sascar
A Divisão de Caminhões da Ford lançou o Fleet Service, um contrato de manutenção que pode ser adquirido com a compra de caminhões ou vans das linhas Cargo e Transit. O serviço é oferecido em três diferentes tipos de planos e inclui desde as revisões de fábrica até serviços corretivos nos veículos. O Fleet Service apresenta como principais vantagens ao cliente economia, confiabilidade e praticidade de ter a frota vistoriada pela própria Ford. Para a montadora, o objetivo é tranquilizar o frotista que adquire veículos da marca, para que ele possa se concentrar no seu negócio. O novo serviço permite programar os custos de manutenção dos veículos e elimina a necessidade de investir em oficina própria, com técnicos, estoque de peças e equipamentos.
O Fleet Service está disponível para pessoas jurídicas e frotistas, que pagam um valor mensal, com base na quilometragem acumulada e no custo por quilômetro definido no contrato. Os serviços estão disponíveis nos 140 distribuidores da Rede Ford Caminhões no Brasil. A novidade apresenta três configurações diferentes de planos. O Class, de manutenção preventiva; o Plus, de manutenção preventiva mais peças de desgaste natural; e o Prime, que conta com manutenções preventiva e corretiva. O plano Class inclui mão de obra para a troca de filtros de ar, óleo, combustível e água, além de óleo do motor, da caixa de mudanças e do diferencial, do líquido de arrefecimento, graxas, fluidos de embreagem e de direção hidráulica. Já o plano Plus abrange tudo isso e mais a troca de embreagem, lonas e tambores de freio, e o reparo do motor de partida, da bateria, de lâmpadas e fusíveis. O plano Prime inclui todos os itens acima, mais a mão de obra para a troca de peças do motor, da caixa de mudanças, eixos, suspensão, freios, cabina, chassi e direção, além dos serviços de assistência S.O.S. Ford Caminhões. 0800 703 3673
Divulgação
Veículo com redutor nos cubos dos eixos traseiros, da Scania A Scania apresenta ao mercado seu novo modelo de caminhão off road. Trata-se do P 310 6x4 com redutor nos cubos dos eixos traseiros, o que possibilita tracionar até 100 toneladas, ampliando, assim, a oferta de capacidades dos veículos da companhia. Anteriormente, o modelo tinha como limite 50 t de carga tracionada. Além disso, conta com caixa de câmbio automa-
tizada Scania Opticruise e é equipado com motores Euro 5, além de possuir torque de 1.550 Nm, entre 1.100 e 1.300 rpm. Outras características do veículo são o escapamento vertical, a entrada de ar alta para o motor – opcional para operação sujeita a muita poeira – e o para-lama em peças únicas, para maior resistência. (11) 4344-9333 Junho/2013 - Revista Tecnologística - 149
Sprinter com novos sistemas, da Mercedes-Benz Divulgação
a pressão de alimentação, os motores aproveitam o estágio adicional de tratamento de exaustão. O resultado é uma redução no consumo de combustível e menor ruído na combustão. O trem de força e os sistemas auxiliares também foram ajustados a fim de melhorar a eficiência do consumo. Há mudanças ainda na transmissão e no eixo traseiro, assim como um sistema inteligente de gerenciamento do gerador de eletricidade. Como alternativa aos motores a diesel, o veículo é oferecido com um motor a gasolina superalimentado com injeção direta, também em respeito à norma do Euro 6, com 156 cv, e a versão para gás natural, com a mesma performance. O Sprinter ganhou, ainda, um novo visual. A grade do radiador, por exemplo, está mais verticalizada, com três lâminas perfuradas em formato afilado, o que proporciona melhor circulação de ar. Além disso, uma moldura cerca a grade do radiador, tornando-o mais evidente. Os faróis estão mais angulosos e as coberturas dos conjuntos de refletores se destacam, dividindo-os em partes separadas. Na traseira, destaque para as lanternas segmentadas. O capô está mais alto e os para-choques, com formas mais definidas, apresentam bordas inferiores mais refinadas. Na parte interna, há novas forrações e cobertura dos bancos. O volante possui aro mais espesso e as novas aberturas de ventilação trazem apliques cromados. (11) 4173-6611
A Mercedes-Benz lança mundialmente, inclusive no Brasil, cinco sistemas de segurança aplicados no modelo Sprinter, além do motor Euro 4, que atende à futura norma de emissão de poluentes. A montadora modificou, também, a aparência externa e o interior do veículo. Entre os novos sistemas, estão o Crosswind Assist (assistente de ventos laterais); o Collision Prevention Assist (assistente de prevenção de colisão); o Blind Spot Assit (assistente de ponto cego); o Highbeam Assist (assistente de farol alto) e o Lane Keeping Assist (assistente de manutenção de faixa de rolamento). Desses itens, apenas o primeiro é equipamento de série; os demais poderão ser escolhidos como opcionais individuais ou como parte de pacotes. O novo Sprinter tem motor Euro 6, com opções de 4 e 6 cilindros e potências de 95 cavalos ou de 190 cv, que diminui as emissões de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos totais (THC) e material particulado. Já o rebaixamento do chassi melhorou o índice de arrasto aerodinâmico, reduziu o consumo de combustível e aperfeiçoou a dirigibilidade do veículo. Para otimizar os processos de injeção e combustão, assim como
AGENDA
INTERNACIONAL International Summer School “Supply Chain and Logistics Management”. 22 de julho (duração de 12 dias), Hamburgo, Alemanha. Organização: Kühne Logistics University, Fisher College of Business e The Ohio State University. Informações: Tel.: 49 40 328707-0 info@the-klu.org www.the-klu.org
Tel.: (11) 5561-5353 innovation2013@belge.com.br www.belge.com.br XVII Conferência Nacional de Logística. De 17 a 19 de setembro. São Paulo (SP). Organização e informações: Associação Brasileira de Logística (Abralog). Tel.: (11) 3668-5513 juliana.carminati@abralog.com.br www.abralog.com.br Curta duração
Missão Técnica de Logística – Estados Unidos. De 4 a 9 de agosto. Califórnia – Estados Unidos. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br Gartner Supply Chain Executive Conference. 23 e 24 de setembro, Londres, Inglaterra. Organização: The Gartner Group. Informações: www.gartner.com Transport & Logistics Antwerp 2013. 16 e 17 de outubro, Antuérpia, Bélgica. Informações e inscrições: Easy Fairs. Tel.: 32 (0)3 280 53 17 joke.sebrechts@easyfairs.com http://www.easyfairs.com/events_
NACIONAL
Gerenciamento de Logística Reversa. 28 e 29 de junho; 13 e 20 de julho. Organize o Processo de Logística Reversa. 5 e 6 de julho. Ambos em São Paulo (SP). Organização e informações: Publicare Eventos. Tel.: (11) 5505-0999 cursos@publicare.com.br www.tecnologistica.com.br Planejamento das Necessidades de Materiais – MRP. 20 de junho. Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 2 de julho. Ambos em São Paulo (SP). Organização e informações: Minder. Tel.: (11) 5111-8220 www.mindergroup.com.br Executive and Corporate Coaching – Módulo II. De 20 a 23 de junho. Americana (SP). Organização e informações: Universidade do Transporte. Tel.: (19) 2108-9109 info@universidadedotransporte.com.br www.universidadedotransporte.com.br
Fóruns, feiras e seminários IV Encontro de Ferrovias ANTF. 7 e 8 de agosto. Vitória (ES). Organização e realização: ANTF. Tel.: (61) 3226-5434 imprensa@antf.org.br www.antf.org.br Innovation 2013. 5 e 6 de setembro. Campinas (SP). Organização e informações: Belge. 152 - Revista Tecnologística - Junho/2013
Gerenciamento de Projetos. 20 e 21 de junho. Viabilidade Econômica – Financeira de Projetos. 1º e 2 de julho. Negociação em Gerenciamento de Projetos. 22 e 23 de julho. Gerenciamento de Projetos para Pequenas Empresas. De 29 de julho a 1º de agosto. Comunicação Empresarial em Projetos. De 24 a 27 de junho. Todos em Belo Horizonte (MG). Organização e informações: Ietec. Tel.: (31) 3223-6251
cursos@ietec.com.br www.ietec.com.br Emissão de Regras de Documentos Fiscais para Transportadoras e a Incidência do ICMS. 22 de junho. Como Organizar e Operacionalizar seu Almoxarifado. 29 de junho. Como Elaborar e Negociar Tabelas de Fretes no TRC. 29 de junho. Medidores de Performance Aplicados à Logística e Transportes – KPIs. 3 de julho. Gestão de Compras e Suprimentos e Negociação com Fornecedores. 19 de julho. Conhecimento de Transporte de Cargas Eletrônico – O que Muda com sua Entrada em Vigor. 20 de julho. Rotinas Operacionais no TRC (Conferência, Movimentação, Manuseio, Arrumação de Cargas e Expedição). 3 de agosto. Todos em São Paulo (SP). Organização e informações: Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística (Ceteal). Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Controle de Estoque e Planejamento de Demanda. 21 e 22 de junho. Pedidos e Serviços ao Cliente. 25 e 26 de julho. Ambos em São Paulo (SP). Organização e informações: Associação Brasileira de Logística (Abralog). Tel.: (11) 3884-5930 contato@abralog.org.br www.abralog.org.br Indicadores-Chave de Performance no Supply Chain. 21 e 22 de junho. Operações de Armazenagem: Gestão de Performance e de Custos. 5 e 6 de julho. Ambos em São Paulo (SP). Organização e informações: Cebralog. Tel.: (11) 3170-4432 sac@cebralog.com www.cebralog.com Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística. 28 de junho. Campinas (SP). Organização e informações: Laboratório de Aprendizagem em
Logística e Transporte (Lalt). cursos.lalt@fec.unicamp.br www.lalt.fec.unicamp.br Gestão Estratégica de Armazenagem. 8 e 9 de julho. Gestão Estratégica dos Transportes. 15 e 16 de julho. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br www.ilos.com.br ProModel Básico. De 22 a 24 de julho. ProModel Avançado. De 10 a 12 de junho. Ambos em São Paulo (SP). Organização e informações: Belge. Tel.: (11) 5561-5353 secretaria@belge.com.br www.belge.com.br
cos, Aspectos Tributários e Fiscais. Duração: 18 horas. Logística Integrada. Duração: 24 horas. Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Gestão da Distribuição. Logística de Transportes. Logística em Comércio e Serviços. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Previsão da Demanda para o Planejamento de Vendas e Operações. Tecnologia Aplicada à Logística. Compras e Administração de Materiais. Todos com duração de 15 horas. Todos em São Paulo (SP). Organização e informações: Senac. Para saber as datas dos cursos, consulte o Senac. Tel.: 0800 883 2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br
Administração de Operações Logísticas. Gestão de Frotas. Ambos com duração de 30 horas. Custos Logísti-
Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO 10M Group .................................... 33 2 Alianças ...................................... 65 AMP Empreendimentos ................ 47 Advantech .................................... 37 Águia Sistemas ............................ 117 Alcis ............................................. 146 Assine Tecnologística .................. 151 Astek .............................................. 39 Auxter .......................................... 121 Capital Realty .............................. 101 Cargomax ...................................... 25 Cascade ......................................... 31 Ceva ............................................... 69 Cushman & Wakefield .................. 23 Columbia ..................................... 73 Consmetal ................................... 144 Crown ............................................ 48 Cursos CLRB ................................ 153 Ecoporto Santos ............................ 29 FedEx ............................................. 77 Fort Paletes .................................. 147 GLP - Global Logistic Properties . 105 HBZ .............................................. 150 Honeywell ..................................... 61 ILOS ............................................. 137 Jade Transportes .................... 2ª capa JSL ...................................................81 Jungheinrich ............................... 125
L.Amorim ...................................... 32 LogCP .......................................... 109 LogFashion .................................... 85 Matra ............................................. 15 McLane .......................................... 89 Mega Logística ............................. 129 Nautika .......................................... 11 Nova Pontocom ............................ 49 OL Logística .................................. 93 Ophos ............................................ 40 Otimis..................................... 3ª capa Patrus ..................................... 16 e 17 Planner .......................................... 28 Port of Houston ............................. 09 Quality Logística ........................... 55 Retrak ........................................... 145 Rodoborges ................................... 133 Sanca ........................................... 113 Saur Equipamentos ....................... 20 Smart Log ...................................... 59 Steelbro ........................................ 148 Sul Trade Summit ........................ 141 Tecnologística Online ................. 154 Tegma ............................................ 05 TNT ................................................ 97 UPS ................................................ 27 UTI ........................................ 42 e 43 Wilson Sons .......................... 4ª capa