Como a tecnologia integrada está revolucionando a logística
Toby Grey, da syncreon: “Continuaremos focados em tecnologia e no automotivo”
SUMÁRIO
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MERCADO Siga todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção
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Empresas de transporte sofrem para se adequar à obrigatoriedade da emissão do CT-e e do MDF-e. Maiores dificuldades são as mudanças constantes de regras, restrições que não respeitam as características da atividade e encontrar pessoal qualificado para operar os novos sistemas
CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor de logística
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ENTREVISTA Apesar do momento delicado pelo qual passa a economia brasileira, o diretor-presidente da syncreon, Toby Grey, aposta nos diferenciais da empresa para continuar crescendo nos dois setores em que atua, o automotivo e o de tecnologia. É o que ele conta em entrevista exclusiva para a Tecnologística
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TECNOLOGIA
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Saiba como o Big Data, a Internet das Coisas e o Cloud Computing vêm sendo incorporados cada vez mais à logística. Especialistas do setor acreditam que, longe de ser um modismo, a coleta e o uso de dados vindos de várias fontes irão revolucionar o setor
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AUTOMAÇÃO Transportadora Americana consegue automatizar processos de conferência e reduzir o índice de extravios de seus cerca de 4,5 milhões de volumes mensais com a adoção de soluções da Honeywell Scanning & Mobility, aumentando também a eficiência das operações internas
ILOS Artigo de Diego de Souza e Daniel Silveira fala da importância do planejamento colaborativo da demanda e propõe a adoção de métricas simples para detectar e solucionar problemas na sua condução
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EVENTO Veja algumas das principais novidades apresentadas na Movimat – 29ª Feira Internacional de Intralogística, realizada em setembro, em São Paulo
DISTRIBUIÇÃO Adoção da ferramenta Transportation Modeler, da JDA, reduziu em mais de 12% os custos de transporte rodoviário da SPDL – distribuidora de dois dos maiores jornais do país
GESTÃO ELETRÔNICA
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LIVROS Nesta edição, destaque para “Logística e Cadeia de Suprimentos: o Essencial”, de Paulo Sérgio Gonçalves, e para o ebook interativo “O Porto de Santos”, de Cristiane Limeira
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PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística
104 Capa: Michele Bianchi Fotos: Divulgação/Shutterstock/
AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, MBAs e demais eventos nacionais e internacionais do setor de logística em nossa agenda
Publicare Editora Ltda.
EDITORIAL
www.publicare.com.br
Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br
Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br
Admirável mundo novo
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que parecia coisa de ficção já é realidade. A chamada IoT – do inglês Internet of Things, ou Internet das Coisas – já está entre nós. E a revolução que os dados gerados por dispositivos conectados, vindos de incontáveis fontes e canais, estão causando na logística é enorme. Para se ter uma ideia, segundo relatório do McKinsey Global Institute, até 2010, havia cerca de 1 bilhão de dispositivos conectados, número que deverá saltar para 50 bilhões até 2020, e para 1 trilhão até 2035. Em termos de valores, o mesmo relatório aponta que a IoT deverá movimentar US$ 6,2 trilhões até 2025, quando 100% dos fabricantes de diferentes produtos usarão aplicativos baseados nessa tecnologia. Como sempre ocorre quando a humanidade dá um salto, junto com a oportunidade vem o desafio, ou vice-versa. O primeiro fruto desta nova realidade é o aumento da já imensa quantidade de informações de que as empresas – as de logística incluídas – dispõem para fazer suas análises, previsões e traçar suas estratégias. E a consequência é a dificuldade de filtrar essa massa de informações, pinçar o que é útil, analisar o que elas querem dizer e tirar disso proveito, ou valor, para o negócio. E como também costuma acontecer nestes casos, alguns sairão à frente e outros perecerão pelo caminho. Difícil fazer previsões, mas é quase certo dizer que neste último grupo estarão aqueles que ficarem assistindo à banda passar. A era da economia inteligente está aí, goste-se ou não. Ela é caracterizada pelo fluxo contínuo de informações que podem ser monitoradas e analisadas, permitindo às empresas tomar decisões e gerenciar atividades de forma mais eficiente. Claro que, para a maioria, este ainda é um processo embrionário ou inexistente, gerando um cenário de muitos dados e pouco controle. Mas é caminho sem volta, segundo especialistas ouvidos pela reportagem da Tecnologística. Voltando um pouco à Terra e ao nosso país, mas ainda dentro da concepção de ter o máximo de automação, acesso, rastreamento e controle dos dados, o setor de transportes brasileiro passa por um processo de adaptação aos documentos fiscais eletrônicos, que pretendem, na teoria, simplificar, automatizar, tornar rastreáveis, seguras e confiáveis as transações de transporte. Dizemos na teoria porque, apesar de concordarem com a adoção do CT-e e do MDF-e, os players do setor apontam dificuldades – as de sempre, como mudanças constantes das regras e falta de conformidade de algumas exigências à realidade do segmento – para seguir as normas estabelecidas. Sem contar que, em muitos casos, paralelamente à emissão eletrônica, ainda vigora a exigência da impressão dos documentos e livros fiscais. Como se vê, a mudança cultural aparece como um dos gargalos mais difíceis a serem superados. E por falar em nosso país e em mudança, estamos às vésperas das eleições presidenciais, estaduais e para o Legislativo, que terão grande influência nos destinos do Brasil. É hora de, mais do que nunca, ter serenidade e lucidez para analisar o histórico e as propostas – além de sua viabilidade, porque promessas vazias não resolvem nada – de cada candidato e tentar escolher o melhor. Porque a situação é tão grave que apenas o menos pior não resolve. Uma ótima leitura a todos e até a edição de novembro. Shirley Simão
Ano XX - N.º 227 - Outubro/2014 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP
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MERCADO
Modern entra para o mercado logístico brasileiro Nova empresa oferece a seus clientes as vantagens da integração entre os transportes rodoviário e aéreo
Lee: desafios da infraestrutura no Brasil são uma grande oportunidade
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Modern Logistics anunciou, dia 23 de setembro, sua entrada no mercado brasileiro. O novo operador logístico oferecerá serviços integrados que incluem armazenagem, picking, packing e transporte rodoviário e aéreo, com frota própria de aeronaves. O aporte para o início das atividades da empresa, que deve acontecer em aproximadamente dois meses, deve chegar a R$ 75 milhões, provindos de investidores locais e estrangeiros. A quantia é destinada à contratação de mão de obra, leasing de aeronaves e armazéns, aquisição de equipamentos e também ao capital de giro. Para começar a atuar, a Modern já conta com duas aeronaves cargueiras Boeing 737-400F, que ligarão centros logísticos localizados nos maiores polos industriais de todo o Brasil. A empresa possui ainda dois centros de distribuição próprios em fase de implantação, de 5 mil e 10 mil m², localizados em Manaus e em Jundiaí (SP), onde a empresa está sediada.
Tanto as estruturas quanto a frota devem aumentar de acordo com as demandas do mercado, e a previsão é de que a Modern passe a contar, em um prazo de cinco anos, com 15 armazéns e até 40 aeronaves, entre jatos Boeings e turboélices ATRs. Com estas aeronaves de menor porte, a empresa pretende atingir localidades menores, que hoje são atendidas apenas por caminhões. O foco da empresa é a criação de soluções logísticas completas para clientes industriais com necessidades de armazenagem e distribuição de produtos de alto valor, como eletroeletrônicos, farmacêuticos, cosméticos e autopeças. O objetivo é otimizar a operação de transporte a partir do planejamento de todas as etapas da cadeia para reduzir o tempo de trânsito e os custos. A Modern é liderada por Gerald Blake Lee, executivo com experiência no segmento aéreo que já atuou na companhia norte-americana JetBlue Airways e foi um dos fundadores da Azul Linhas Aéreas, de onde veio grande parte da equipe do novo operador, que conta também com executivos com experiência no ramo de logística.
“Vamos oferecer um serviço único no país”, afirma Lee, explicando que a Modern atuará na modalidade one stop shop, termo que sugere que o cliente precisa de apenas uma empresa para encontrar uma solução logística completa. “Conseguiremos reduzir significativamente os prazos de entregas por usarmos o modal aéreo. E também minimizaremos os riscos de segurança, evitando o extravio, a exposição dos produtos e custos atrelados ao seu manuseio”. Um dos investidores da Modern é a DXA Investments. “Enxergamos os desafios de infraestrutura de transporte no Brasil como uma oportunidade de mercado”, diz Oscar Decotelli, sócio da gestora de recursos. “Sabemos que, para a economia brasileira crescer, será preciso ultrapassar esse gargalo logístico. E vemos que a Modern poderá se destacar e crescer em seu segmento, uma vez que conta com uma proposta inovadora. A plataforma integrada permitirá a seus clientes minimizar as ineficiências existentes, com redução significativa dos custos”, completa. Modern Logistics: (11) 4191-0485
Vale e Cosco assinam acordo de cooperação Negócio está relacionado ao transporte marítimo de minério de ferro
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Vale e o armador e transportador de granéis sólidos China Ocean Shipping Company (Cosco) firmaram, dia 12 de setembro, em Pequim, na China, um acordo que contempla a cooperação entre as duas empresas no transporte marítimo de minério de ferro. Com o negócio, quatro navios Very 6 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Large Ore Carriers (Vlocs) com capacidade de 400 mil toneladas, que atualmente pertencem à Vale e são operados por ela, serão transferidos para a Cosco e afretados para a mineradora brasileira em um contrato de 25 anos. O valor da transação será informado após sua conclusão. As duas companhias devem assinar
um contrato de afretamento de longo prazo para transportar minério de ferro do Brasil. Para a operação, dez novos navios Valemax serão construídos pela Cosco. O valor do investimento não foi divulgado. Cosco: (11) 3177-2850 Vale: (21) 3814-4477
DB Schenker realiza transporte multimodal entre China e Brasil A combinação dos modais ferroviário, rodoviário e aéreo proporcionou redução no tempo de entrega
Divulgação
central da DB Schenker no aeroporto de Frankfurt, de onde foi embarcado para o seu destino final no Brasil. A empresa também se encarregou dos devidos processos de desembaraço aduaneiro. Essa foi uma solução desenvolvida com o objetivo de diminuir o tempo de trânsito, que inicialmente – utilizando os modais marítimo e rodoviário – seria entre 55 e 60 dias, e com o modal misto, incluindo o ferroviário e o aéreo, foi de 24 dias. O serviço personalizado é indicado para clientes que precisam de tempos de entrega menores que o apresentado pelo modal marítimo, mas não querem arcar com os custos mais altos do transporte aéreo puro. “Esta primeira movimentação de sucesso combinando os modais ferroviário, rodoviário e aéreo mostrou o potencial de crescimento da logística multimodal”, disse Daniel Wieland, diretor de Transportes Ferroviários na DB Schenker Logistics. Thomas Mack, diretor global de Transporte Aéreo, acrescentou: “Estamos muito orgulhosos de assumir o pioneirismo dessa opção de transporte para o mercado na América Latina”.
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provedora de serviços logísticos DB Schenker divulgou, em agosto, o uso – até então inédito para a empresa – do transporte de cargas pelos modais ferroviário, rodoviário e aéreo combinados para um único cliente (cujo nome a empresa não revela). O objetivo foi organizar a entrega para a América do Sul para um fabricante de eletrônicos da China. No total, 21 toneladas de itens para telefones celulares atravessaram os continentes por ferrovia a partir de Chongqing, na China central, para Duisburg, na Alemanha, passando pelo Cazaquistão, Rússia, Bielorrússia e Polônia. O passo seguinte foi uma viagem de caminhão para o aeroporto de Frankfurt, também na Alemanha, de onde a DB Schenker enviou a carga para o Brasil. O envio foi rotulado, radiografado e embalado de forma segura pelo hub
DB Schenker: (11) 3318-9200
MERCADO
Grupo Pão de Açúcar certifica transportadores Certificação Top Log reconhece as melhores performances na Cadeia de Abastecimento em 2013
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GPA, Grupo Pão de Açúcar, promoveu, no dia 28 de agosto, a entrega da certificação Top Log 2014. O programa, criado em 2004 pela empresa, identifica e certifica os transportadores que apresentaram as melhores performances na Cadeia de Abastecimento. O evento, que aconteceu no Espaço Apas, em São Paulo, reuniu mais de 60 transportadores. Os itens avaliados incluem o monitoramento do nível de serviço transportado, adequação e sustentabilidade, com atenção às necessidades das cargas e à redução no custo
total de distribuição por meio de projetos colaborativos. Edison Sales, gerente-geral de Transportes do GPA, fez a abertura do encontro que, além da premiação, contou com debates sobre transportes com a presença de Mauricio Losada, da CET; Francisco Furtado Junior, gerente nacional de Transportes da Danone; Marcelo Arantes, diretor executivo do GPA; e Claudio Barbieri da Cunha, professor e mediador da Poli-USP. As empresas certificadas foram Celso’s Transportes, Clarice Guillamon,
Bezerra, Fernandini, Francisco Pereira do Nascimento Tra, Jakmi, Jumbinho, Luiz Antonio Rocha Lima, Matiussi Logística, NML, PBS, Porto Frade, Priori Cargas e Encomendas, Santos Muniz Rodo Carga, Trans Sedan, Trans Star, Transbeani, Aroaldo Ismael Horta e Galvão Neves. Outras empresas reconhecidas foram as transportadoras Crepúsculo, Sertaneja, Log Vulcão, Uilian De Oliveira Junior, Wagner Luiz Luppo, Brauna, Dunes e Joaquim Carlos Lima Junior. GPA: (11) 3055-6767
TCP oferece novo serviço de transbordo para o Oeste da África Divulgação
Modalidade traz vantagens logísticas para exportadores no envio de cargas para o continente
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Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP-PR) passa a disponibilizar aos seus clientes o serviço de transbordo para o Oeste da África. A novidade, que permite a transferência direta de mercadorias entre navios, para depois seguir para outro destino, atende à demanda de exportadores do Paraná e de sua área
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de influência (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina). Com o serviço, o TCP ampliará o volume de contêineres movimentados no terminal. Os exportadores poderão enviar suas mercadorias para os países do Oeste africano sem precisar alterar a logística atual, utilizando o serviço e evitando a necessidade de outro operador portuário. Inicialmente em fase de testes, o transbordo acontece uma vez por semana, sem escala direta. “A flexibilidade, mesmo sendo via transbordo, era uma necessidade desses exportadores, uma vez que a operação facilita muito a logística, evitando que eles precisem trabalhar com dois portos diferentes”, diz Juarez Moraes e Silva, superintendente
Comercial do TCP. Agora, os exportadores do Paraná que enviam cargas para a África têm uma opção mais próxima e com maior flexibilidade em relação às linhas marítimas. A modernização do terminal, com a recente ampliação do cais de atracação para 879 metros e a instalação de novos e modernos equipamentos, permitiu a oferta do novo serviço. “Antes, não existia transbordo no Paraná e a carga era enviada para os portos de Santos ou de Santa Catarina, o que não é mais necessário com a escala em Paranaguá. Outra vantagem é os clientes serem atendidos com mais qualidade, rapidez e segurança”, afirma. TCP: (41) 3420-3300
MERCADO
Porto de Vitória recebe sistema inteligente de controle de tráfego
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Porto de Vitória recebeu, em agosto, um sistema inteligente de controle de tráfego de embarcações, conhecido como Vessel Traffic Management Information System (VTMIS). Dessa forma, o porto se transformou no primeiro do Brasil a contar com essa tecnologia, presente atualmente nos maiores terminais do mundo. O projeto, desenvolvido pela empresa de tecnologia da informação Indra, teve um investimento de R$ 22,9 milhões e terá duração de 38 meses para o serviço de implantação da solução tecnológica, manutenção e formação dos técnicos que atuam no centro de controle operacional. A solução contribui para melhorar a segurança marítima e aumentar a eficiência das atividades e operações portuárias, já que permite monitorar e gerenciar o tráfego das embarcações
Foto: Gabriel Lôrdello
Projeto permite monitorar e gerenciar a movimentação das embarcações em tempo real
em tempo real em um cenário operacional integrado, assim como saber a situação ambiental da região, podendo ofertar dados aos municípios circunvizinhos ao porto. Uma única plataforma tecnológica integra a informação procedente de diferentes sistemas que são encontrados tanto nas instalações portuárias como nas próprias embarcações, como sensores, mareógrafos, radares, câmeras de última geração, correntômetros, boias e estações meteorológicas. Deste modo, a solução oferece ao operador
visão clara e centralizada do cenário marítimo, facilitando a identificação e acompanhamento dos navios, a ajuda à navegação, a vigilância marítima e o gerenciamento de alarmes. Este projeto, que faz parte do Plano de Modernização do Sistema Portuário Nacional da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), tem o objetivo de aumentar o controle, a segurança e a produtividade dos portos brasileiros e, em consequência, sua capacidade. O sistema, além disso, será integrado ao Programa Porto Sem Papel, que procura aumentar a eficiência das operações portuárias ao reunir, em um único meio de gestão digital, as informações e documentação para a análise e liberação de mercadorias nos portos brasileiros, funcionando como guichê único. Codesa: (27) 3132-7341
Jamef transfere e aumenta filial Vitória Unidade precisou ser expandida por conta do aumento da demanda
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Jamef, especializada no transporte de cargas fracionadas, transferiu e ampliou o tamanho da sua filial Vitória, que ficava em Viana, na Região Metropolitana da capital do
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Espírito Santo. A unidade precisou ser expandida por conta do aumento da demanda, o que gerou a necessidade de maior área de armazenagem e instalações para os colaboradores. Agora no município de Serra, também na RMGV, a unidade possui quase 20 mil metros quadrados de área total, três vezes mais que a anterior, sendo que, desse espaço, 7 mil m² são destinados à movimentação de carga. O armazém possui pé-direito de 11 metros e 60 docas. Os principais itens transportados na região são dos segmentos de eletroeletrônicos,
confecções, informática e autopeças. Fábio Santos, gerente da filial, conta que, além do ganho de produtividade operacional, o aumento da estrutura poderá atender à crescente demanda dos atuais clientes, bem como permitir à empresa prospectar clientes em outras regiões do estado. Outro ganho é em relação à localização, pois o município de Serra concentra a maior parte dos clientes. “Precisamos sempre pensar na conquista de mercados”, finaliza Santos. Jamef: (31) 2102-8888
Sistema de movimentação automatiza operação em armazém da Souza Cruz Divulgação
Projeto da Cassioli aumentou eficiência e combateu desperdícios
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pós quase dois anos da implantação do sistema de movimentação na Souza Cruz pela Cassioli, empresa de sistemas de movimentação e armazenagem de origem italiana, a fabricante avalia os resultados do projeto, que automatizou toda a operação do seu armazém em Cachoeirinha (RS). O local possui aproximadamente 5 mil metros quadrados, com pé-direito de 8 m e capacidade para 250 toneladas de tabaco. De acordo com Marcus Simões da Cunha, engenheiro de Tecnologia de Processos da Souza Cruz, o foco do projeto foi eliminar a movimentação simultânea de funcionários e empilhadeiras e automatizar todo o sistema. “O principal motivo da implantação do sistema foi a segurança. Tínhamos o compartilhamento de ambiente entre empilhadeiras e pessoas, o que trazia riscos de acidentes”, explica. Antes do projeto, o fumo era transportado em bags (sacos) e todas as operações eram manuais – como a movimentação e identificação dos bags, a operação das máquinas de alimentação de fumo, o controle de
estoque e a conferência dos bags no momento da alimentação, para evitar troca de produtos. Todos esses procedimentos passaram a ser totalmente automatizados após o projeto. Em substituição aos bags, foi adotado um novo tipo de compartimento para armazenagem e transporte do fumo, chamado galera. Trata-se de uma caixa especial, baseada em paletes, que carrega a mesma quantidade de matéria-prima que o bag antigo, porém com mais segurança e praticidade. A madeira utilizada na confecção das galeras é certificada e controlada desde seu plantio, sem nenhum tipo de agrotóxico. Além das mudanças nas operações físicas do armazém, a Cassioli também desenvolveu o software para administrar todo o sistema. “A identificação, pesagem e armazenagem se tornaram automáticas, por meio de um software que faz toda a gestão do armazém”, explica Marcos Antonio Costa, gerente Comercial da Cassioli. Com o projeto, foi possível sobrepor as galeras e, assim, utilizar toda a altura do armazém, diminuindo a área utilizada anteriormente, onde os produtos ficavam ao nível do piso. Com a verticalização, o armazém possui atualmente quatro níveis. Todas as pessoas envolvidas na operação e manutenção do projeto foram treinadas e tiveram acompanhamento da Cassioli por 30 dias após o sistema ter entrado em funcionamento. Cassioli: (11) 4525-1001 Souza Cruz: 0800 723 2221
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MERCADO
Elog fecha novo contrato com a Unilever A solução oferecida envolve armazenamento no CD de Barueri
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Elog anunciou, no início de setembro, o fechamento de um contrato com a Unilever para prestação de serviços logísticos de uma nova linha de cosmé-
ticos para o segmento Premium. A solução oferecida envolve desde o armazenamento no centro de distribuição da Elog localizado em Barueri (SP), até a distribuição dos itens nos pontos estratégicos de venda, espalhados por todo o Brasil. Foi planejada uma operação dedicada à Unilever, com profissionais exclusivos para atender à empresa, e que está localizada no CD Multiclientes Alphaville, que tem área total de 79 mil metros quadrados, pé-direito de 10 metros, 64 docas e cinco níveis de estocagem.
Foram feitas uma segregação de área no setor farmacêutico e a instalação de novas câmeras, ambas para garantir maior proteção aos produtos. “Todos esses investimentos são resultados da soma de padrões de qualidade, tanto da Elog quanto da Unilever. Dessa forma, asseguramos qualidade, segurança e excelência operacional”, explica Fernanda Garcia, gerente de Negócios para o setor Químico e de Healthcare da Elog. Elog: (11) 3305-4100
Edison Chouest ampliará área operacional no Porto do Açu Empresa de offshore ocupará 284,2 mil m², com 490 metros de cais
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Prumo Logística Global e a Edison Chouest, que fornece soluções de transporte marítimo offshore, assinaram, no início de setembro, um aditivo ao contrato firmado em abril deste ano. O documento prevê a expansão da área alugada pela Edison Chouest no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), passando de 255,2 mil metros quadrados para 284,2 mil m². Com a expansão atual da área, o cais original de 440 metros passará a medir 490 m. As obras já começaram e a previsão é que as operações sejam iniciadas no primeiro semestre de 2015. Segundo Ricardo Chagas, diretor da Bram Offshore Transportes Marítimos, subsidiária da Edison Chouest no Brasil, este aumento de área reflete o compromisso da empresa e sua estratégia de cres-
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cimento no Brasil. “Com mais 50 m de cais prontos podemos acelerar a construção da nossa base e antecipar a nossa entrada em operação. Já estamos investindo para atender à demanda atual dos nossos clientes internacionais e às novas licitações do setor, e nossa unidade no Porto do Açu é essencial para isso”, diz. Além da nova ampliação, a empresa conta com uma opção de expansão de 440 m de cais – prevista no contrato assinado em abril – e outra de 60 m, que podem ser exercidas até outubro de 2015. Caso utilize as opções, a companhia poderá chegar a 574.200 m² de área total, com 990 m de cais no Porto do Açu. As empresas também acordaram em estudar em conjunto, em acordo não vinculante, a possibilidade de implementação de um estaleiro de repa-
ro naval a ser localizado ao longo do quebra-mar sul do Terminal 2. A Edison Chouest analisa a implantação de uma Base de Apoio Offshore para atender aos seus clientes atuais e um estaleiro de reparos navais para suas próprias embarcações. A base, que poderá receber 12 embarcações, oferecerá serviços de logística para empresas de exploração e produção de petróleo e seus fornecedores, atendendo aos requisitos de eficiência, segurança e proteção ambiental da indústria de óleo e gás. A previsão é de que, caso seja concretizado, sejam investidos R$ 950 milhões no desenvolvimento da unidade, que deve gerar cerca de 900 empregos. Bram Offshore: (21) 3747-5200 Prumo Logística: (21) 3725-8000
MERCADO
Coopercarga inicia operação com a Chep Brasil
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Coopercarga começou, em agosto, a atuar com a Chep Brasil, empresa de serviços de pooling de paletes e contentores. O novo contrato abrange operações de transferência dos paletes entre unidades da Chep, envios aos clientes e viagens de retorno aos centros de serviço da empresa localizados no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. “Estamos iniciando o primeiro contrato de serviço logístico com a Chep Brasil e já participando de um projeto maior, com grande expectati-
va de expandir a parceria”, afirma Flavio Schilling, gerente da regional Sul da Coopercarga. O contrato tem duração de um ano e, para todas as viagens, serão utilizados baús e siders. A Chep irá movimentar em torno de 15 mil paletes por mês com a Coopercarga. Já os baús e siders serão adicionados à operação conforme a demanda. No Brasil, a Chep tem matriz em São Paulo e as operações estão concentradas na cidade de Campo Bom (RS). Além disso, a companhia possui
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Contrato abrange operações de transferência e envios aos clientes
centros de serviço também em Itajaí (SC), Louveira e Mauá (SP) e São José dos Pinhais (PR). Chep: (11) 3371-0333 Coopercarga: (49) 3301-7000
Embraport assina contrato de adesão à Lei dos Portos Divulgação
Agora a empresa está autorizada a explorar a instalação em Santos na modalidade TUP
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Embraport assinou, no dia 9 de setembro, o contrato de adesão com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que adaptou o terminal à
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Lei Federal 12.815/13, conhecida como Lei dos Portos. Com a assinatura, a Embraport torna-se adaptada pelo órgão regulador, ratificando sua condição de Terminal de Uso Privado (TUP) autorizado. Anteriormente, a empresa operava amparada pelo Termo de Autorização nº 246/06 e, após a vigência da nova lei, foi submetida à assinatura do novo contrato de adaptação, assim como deverá ocorrer com os demais terminais privados do país.
Desta forma, a empresa está autorizada a explorar, na nova modalidade, a instalação portuária localizada na Ilha de Barnabé, em Santos (SP). A autorização compreende a movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral conteinerizada ou não. Os TUPs são empreendimentos não integrantes do patrimônio do porto público, cuja exploração das atividades portuárias ocorre sob o regime da iniciativa privada. A autorização do terminal terá vigência por 25 anos contados da data em que o novo contrato de adesão foi assinado, prorrogável por períodos sucessivos. Embraport: (13) 3229-0700
Sonda IT passa a atuar no mercado logístico Sonda Logistics fará a customização e a comercialização das soluções de WMS, TMS e YMS Divulgação
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Sonda IT, companhia latino-americana de Tecnologia da Informação, anunciou, no dia 22 de agosto, o aporte de R$ 3,4 milhões no lançamento do seu pacote de ofertas logísticas, que é composto pelas soluções WMS (Warehouse Management System), TMS (Transport Management System) e YMS (Yard Management System). Denominado Sonda Logistics, o pacote está sendo lançado a partir da aliança da Divisão de Aplicativos da Sonda IT com a Quantum, empresa europeia que atua na cadeia logística. “Trata-se de um plano de expansão de atuação, para ampliação e diferenciação no mercado”, comenta o vice-presidente da Divisão de Aplicativos da Sonda IT, Eduardo Borba. A estratégia visa integrar as forças das duas empresas e, desta forma, contribuir para que as organizações latino-americanas consigam atender aos desafios impostos por um mercado que ainda apresenta muitos entraves. Enquanto a Sonda IT entra com sua expertise em TI no mercado regional e sua atuação local, a solução da Quantum apoiará a estratégia a partir do seu reconhecimento no segmento logístico europeu, que apresenta uma matriz complexa por conta das operações multinacionais. O lançamento do pacote envolve a customização dos softwares para o atendimento das especificidades do mercado. Os módulos que integram a solução implementam funcionalidades que se propõem a gerar diferenciais tanto nos requisitos operacionais quanto gerenciais, viabilizadas a partir da integração com os demais sistemas utilizados pelas empresas, como os fiscais e de comércio exterior.
Borba: pacote é uma oferta completa para a indústria
Outro diferencial do pacote é a parametrização dos softwares, que visa atender às diversas características dos diferentes segmentos, como o farmacêutico, por exemplo, que exige padrões climatizados de estocagem. “É uma oferta completa, principalmente para a indústria, que é nosso maior foco, pois a solução incluirá a gestão dos negócios. Vamos agregar nossa expertise às ferramentas a partir de customizações e parametrizações, que serão os diferenciais dessas aplicações para o mercado local”, explica Borba. A estratégia também inclui a integração com outros módulos comercializados pela Sonda IT, funcionando como uma base para o fornecimento de informações estratégicas para a camada gerencial. A meta é atender o nível operacional e elevar o uso das ferramentas para uma melhor gestão da empresa, que, consumindo informações geradas pelos módulos logísticos e fiscais, terá visões gerenciais em diversos níveis, tais como operacional, tático e estratégico. Sonda: (11) 3126-6000
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Novo rebocador da Wilson Sons entra em operação Divulgação
WS Pegasus é a quarta embarcação da companhia a entrar em operação em 2014
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WS Pegasus, novo navio da frota da Wilson Sons Rebocadores, entrou em operação no dia 16 de setembro. Ele foi construído pela Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá (SP), e já é a quarta embarcação entregue para a companhia neste ano. Juntamente com as entregas mais recentes – WS Phoenix, WS Antares e WS Bellatrix –, o novo rebocador é parte de um montante de 12, com investi-
mento total de US$ 140,7 milhões. O WS Pegasus é da série 2411 e possui 73 toneladas de tração estática, está equipado com sistema de combate a incêndio, motor Caterpillar e propulsores Schottel. Até o final de 2014, mais uma embarcação com especificações semelhantes entrará em operação, e as demais têm previsão de entrega até 2016. Wilson Sons Rebocadores: (21) 2126-4222
Appa divulga desempenho acumulado dos portos paranaenses De janeiro a agosto, Paranaguá e Antonina movimentaram 32,2 milhões de toneladas
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Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou, em setembro, que os portos do Paraná fecharam o mês de agosto com 32,2 milhões de toneladas movimentadas no acumulado do ano até o mês de agosto. O volume é 5% superior ao do mesmo período de 2013. A exportação de granéis sólidos segue sendo um dos principais destaques. De janeiro a agosto deste ano foram 13,2 milhões de t de soja, farelo de soja e milho embarcados, crescimento de 6,5% frente aos oito primeiros meses de 2013. Considerando os produtos de forma isolada, o grão de soja continua sendo o principal item exportado, totalizando 7,2 milhões de t no período. O volume representa alta de 16% em relação à soja exportada no mesmo período do ano anterior. Já o milho, no acumulado, ainda aparece em queda em relação ao ano passado. Ao todo, foram 2,1 milhões de 16 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
t enviadas até agosto de 2014, contra 2,7 milhões de t em 2013. No entanto, considerando as exportações apenas do mês de agosto, foram 670 mil t exportadas, quase três vezes mais do que em agosto do ano passado. Segundo o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, houve um atraso no início da movimentação do milho, causado por diferentes fatores de mercado. “Agora que já estamos finalizando as exportações da soja, os embarques de milho devem ganhar mais força. Apesar dos sinais negativos da economia brasileira e das dificuldades do setor industrial nacional, mantendo este ritmo de movimentação, os portos do Paraná deverão, em 2014, romper a marca de 50 milhões de t movimentadas”, garante. Seguindo a alta na movimentação de grãos, o número de caminhões que chegaram ao Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá também cresceu. Foram
cerca de 275 mil caminhões de janeiro até agosto, alta de 2% em relação a 2013. Paralelamente ao escoamento da safra de grãos, já estão sendo montados em Paranaguá dois dos quatro novos carregadores de navios que irão modernizar o Corredor de Exportação. O primeiro equipamento tem previsão de estar montado ainda este ano, em dezembro. O segundo deve ficar pronto em fevereiro de 2015. Nesta data, o berço 213 passará a operar plenamente com dois novos shiploaders. Nesta etapa da montagem, o berço ainda opera normalmente, com os equipamentos atuais (que serão desmontados). O equipamento do berço 212 tem previsão de estar pronto em abril do próximo ano e o do berço 214, em junho. Desta forma, até meados de 2015, o projeto estará concluído e o Corredor de Exportação poderá operar com 30% a mais de velocidade. Appa: (41) 3420-1143
MERCADO
ID Logistics revela estratégias e investimentos Há 12 anos no Brasil, provedor logístico anuncia contratos e estratégias para manter as taxas de crescimento
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ID Logistics, comemorando os 12 anos de sua subsidiária brasileira – a segunda inaugurada pela companhia desde o início de sua atuação, em 2001 – e aproveitando a presença no Brasil de seu CEO, Eric Hemar, revela números, anuncia novos contratos e sua estratégia para o período compreendido entre os anos de 2015 e 2018. Segundo o diretor-geral da empresa no Brasil, Nicolas Derouin, a unidade no país cresce a uma taxa anual de 30% e responde por 11,5% das atividades da ID – que em 2013 alcançou um volume de negócios global de 735 milhões de euros –, sendo a segunda em faturamento, atrás apenas da matriz francesa. Para manter o desempenho obtido nos seis primeiros meses do ano, período em que alcançou faturamento de R$ 135 milhões, crescimento de 5,4% em comparação ao obtido de janeiro a junho do ano anterior, o executivo revela que, neste segundo semestre, novos contratos de prestação de serviço já foram iniciados e há outros previstos até o final do ano. No último mês de julho, a ID Logistics Brasil iniciou uma operação junto ao varejista de produtos para animais de estimação Pet Center. “Gerenciamos uma área de 6 mil metros quadrados em São Paulo e realizamos a descarga e o transporte dos produtos”, diz. Já em agosto, a empresa iniciou a entrega em domicílio – na capital e na Grande São Paulo – para uma rede de
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varejo de materiais para construção, enquanto em setembro passou a realizar, em Jundiaí (SP), a armazenagem dos itens comercializados pela Privalia, rede de lojas de moda masculina. Para este mês de outubro, foram anunciados outros dois contratos. Em Atibaia (SP), a operadora irá gerenciar o estoque de 4 mil m² da Sogefi, empresa italiana que fornece peças automotivas. Já 6.300 m² da área da ID, em Jundiaí, serão destinados à estocagem dos itens da fabricante de revestimentos de vidro e cerâmica Portobello. O provedor também realizará a gestão do transporte para a indústria. Para finalizar o ano, em dezembro, e também na planta do interior paulista, a ID utilizará 8 mil m² para a gestão do estoque de mais um cliente, cujo nome ainda não pode ser revelado.
Perspectivas Derouin é otimista quanto ao cenário para os próximos anos e revela algumas das estratégias para manter
o índice de crescimento da companhia no período compreendido entre os anos de 2015 e 2018. “Vamos acompanhar nossos clientes históricos e estratégicos com soluções integradas, inovadoras e sustentáveis”, afirma. Além disso, o executivo adianta que os planos são iniciar a atuação nas regiões Sul e Nordeste e diversificar serviços, agregando, por exemplo, valor à atividade de gerenciamento de transporte. “A ideia não é concorrer com as grandes transportadoras”, garante. Ainda de acordo com o diretor-geral, a companhia irá diversificar a utilização de tecnologias, treinar os colaboradores e aplicar recursos em infraestrutura quando for necessário adequá-la às demandas da operação. “Vamos investir de 3% a 5% do faturamento anual”, calcula. A ID Logistics Brasil faturou R$ 265 milhões em 2013. A operadora atua em cinco estados, gerenciando 30 operações, entre centros de distribuição e áreas industriais, administrando ao todo 500 mil m² no país. Além disso, ela gere 60 mil embarques por ano e emprega 3.700 pessoas. Entre os mercados nos quais atua, destaque para o varejo, cosmético, automotivo e bens de consumo. A unidade brasileira também atua como base técnica para a filial argentina, bem como ponto para o desenvolvimento de outras filiais na América Latina. ID Logistics: (11) 3809-3400
Concessão do Porto de São Francisco do Sul é renovada De múltiplo uso, o porto é o segundo do Brasil em movimentação de carga não conteinerizada mento do calado, as melhorias no pátio e no sistema de informática e, no fim do ano passado, inauguramos mais um berço. Seguimos inovando para atrair armadores e movimentar mais cargas”, diz.
Crescimento No dia 11 de setembro, o ministro-chefe da SEP também assinou o contrato de adesão de autorização para instalação do Terminal de Uso Privado (TUP) do Terminal de Granéis de Santa Catarina (TGSC), localizado em terreno contíguo ao Porto Organizado de São Francisco do Sul. O terminal será voltado à exportação de granéis vegetais, como soja, farelo de soja e milho. A expectativa de movimentação é de 6 milhões de toneladas por ano com investimento
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a última quinta-feira, dia 18 de setembro, foi assinada, em Santa Catarina, a prorrogação da delegação do Porto Público Federal de São Francisco do Sul por mais 25 anos ao Governo do Estado, pelo ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), César Borges. De múltiplo uso, o terminal é o segundo do Brasil em movimentação de carga não conteinerizada; cerca de 12% dos grãos exportados pelo Brasil passam por ele. No ano passado, o empreendimento recebeu investimentos de mais de R$ 40 milhões para ampliar e aperfeiçoar a sua capacidade operacional. Para o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi, a concessão marca o início de uma nova etapa. “O porto passa por um processo de modernização. Já concluímos o aprofunda-
de R$ 419 milhões, e a previsão para a construção do terminal é de 18 meses. O projeto prevê a implantação de um píer avançado ligado por uma ponte de acesso à retroárea do terminal, onde serão instalados os armazéns e a estrutura de recepção de grãos por esteiras ligadas ao Porto de São Francisco do Sul. Porto de São Francisco do Sul: (47) 3471-1200
MERCADO
Bysoft anuncia fusão com a GETT Empresa passa a oferecer sistemas na nuvem para indústrias importadoras e tradings
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Bysoft, especializada no desenvolvimento de soluções em sistemas para comércio exterior, anunciou, no início de setembro, a fusão com a catarinense GETT Tecnologia. Agora, a companhia passa a ter uma carteira de 1,8 mil clientes e reforça a atuação em empresas importadoras e trading companies. O valor da negociação não foi divulgado. “Com a fusão com a GETT, a Bysoft passa a oferecer sistemas na nuvem para indústrias importadoras e tradings, integrados aos seus principais produtos para comissárias de despachos e
agentes de cargas, proporcionando a mais completa plataforma de sistemas para comércio exterior”, garante a CEO da Bysoft, Edneia Moura Chebabi. A executiva lembra ainda que os atendimentos aos clientes das duas empresas continuarão os mesmos e que as companhias que já contam com os produtos GETT ou Bysoft terão mais vantagens no atendimento. “O objetivo é oferecer produtos com mais tecnologia e funcionalidades. Ainda há muitas empresas que não possuem processos automatizados. Temos um grande mercado a ser explorado e a aquisição é mais
uma ação agressiva para reforçarmos a nossa atuação no país”, afirma. Atualmente, a Bysoft detém 80% do mercado de prestadoras de serviços e já atua no segmento das indústrias importadora e exportadora. A GETT, fundada em 2008 em Blumenau (SC), iniciou a atuação com o CMX, ferramenta para emissão de notas fiscais eletrônicas, e em 2013 lançou a Smarter, uma plataforma de sistemas de gestão para comerciais importadoras e trading companies. Bysoft: (11) 3585-6000
TNT cresce na Região Sul com setor calçadista
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Empresa avançou 30% no último semestre e prevê expandir mais 10% até o final do ano
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empresa de transporte de carga expressa TNT Mercúrio divulgou, no início de setembro, resultados positivos referentes às operações na Região Sul do Brasil. A filial de Novo Hamburgo (RS), por exemplo, obteve resultados elevados no setor calçadista. No primeiro semestre, a unidade apresentou crescimento de 30% nos negócios em comparação ao mesmo período do ano passado.
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Para o segundo semestre, a perspectiva é de que esse percentual seja ampliado. “Projetamos um crescimento de 10% até o final do ano e de 20% para 2015”, comenta Cristiano Koga, diretor-executivo da TNT. “Os projetos nacionais da companhia também são bons: queremos crescer 25% no transporte deste nicho”, diz. A TNT Mercúrio transporta 12 milhões de pares de sapatos para todo o Brasil. Deste montante, 20% são transportados pela filial de Novo Hamburgo. Ao todo, são 12 veículos dedicados ao segmento. De acordo com o executivo, além de a filial estar localizada na cidade consolidada como polo produtor, o número crescente deve-se à conquista de clientes por meio de seus diferenciais de atendimento, área de cobertura e, especialmente, tecnologia. Somente neste ano, a TNT conquistou 30 contratos.
Tecnologia A disponibilização do aplicativo TNT Radar, que rastreia cargas rodoviárias domésticas em versão mobile, permite aos clientes monitorar o andamento de suas cargas, a qualquer momento, via celular. O sistema ainda identifica a localização atual, movimentações, status e dia do pedido. Além disso, a empresa investiu em automação e rastreabilidade interna com a instalação do MWW – Mobile Worker Warehouse (conferência eletrônica de cargas) e VOL – Veículo On-Line (registro on-line de coletas e entregas). Outras cidades gaúchas também merecem destaque no portfólio da TNT, como Caxias do Sul, Porto Alegre e Lajeado, no setor de confecções; Ijuí, no nicho metal-mecânico; e Erechim e Passo Fundo, no transporte de medicamentos. TNT: (11) 3573-7700
MERCADO
Porto de Santos registra retração no acumulado do ano Terminal movimentou, até agosto, 73,7 milhões de toneladas, queda de 2,5% frente ao mesmo período de 2013
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da média por hora para 104 movimentos. Além do ganho representado pela maior oferta e terminais descongestionados, os novos players conseguem operar navios maiores, trabalhando, simultaneamente, com mais portêineres. O diretor-presidente da Codesp, Angelino Caputo, faz outro lembrete. De acordo com ele, a crescente produtividade no complexo santista se verifica desde 2011, devido aos investimentos em equipamentos, softwares e ao aprofundamento do canal de navegação do porto, que vem permitindo a operação em Santos de navios de até 335 metros. Alguns números ilustram o que diz o executivo. Em 2013, a carga conteinerizada atingiu um crescimento de 8,8%. O índice é o maior do Brasil no ano e superior à média mundial (4,8%), conforme a consultoria marítima Drewry Maritime Research. Como comparação, o maior porto do mundo em operação de contêineres, o Porto de Xangai (China), obteve crescimento de 3,3% em relação a 2012. No Brasil, registraram crescimento os portos organizados de Salvador (8,7%), Itaguaí - RJ (6,9%), Itajaí - SC (4,4%), Rio Grande - RS (2,4%) e Suape - PE (0,6%). Paranaguá - PR, Rio de Janeiro e Vitória apresentaram uma redução em suas movimentações, em TEUs, de 1,8%, 18,3% e 30,6%, respectivamente. Santos respondeu por 47% da movimentação total do país, em TEUs, seguido pelos portos de Paranaguá (11%), Rio Grande (9%), Itajaí e Suape (6% cada um). Foto: Sérgio Furtado
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Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) divulgou em 22 de setembro que as cargas movimentadas pelo Porto de Santos apresentaram, até agosto, ligeiro declínio, da ordem de 2,5%, em relação ao acumulado do ano anterior, pressionadas, principalmente, pela queda dos produtos exportados. Ao todo, foram 73,7 milhões de toneladas nos oito primeiros meses de 2014. Os embarques representam cerca de 70% do total e caíram 4,1%, o suficiente para reduzir o movimento acumulado, mesmo com os desembarques alcançando crescimento de 1,4% no período. A redução nas exportações ocorre, principalmente, devido à diminuição nos envios de açúcar, que, após liderar por longo período o ranking das cargas de maior movimentação, ocupa hoje o segundo lugar, com 10,86 milhões de t. A redução foi de 15,5% em relação ao acumulado até agosto do ano passado. Somente no mês, o produto caiu 21,1% na comparação com 2013. Milho e óleo combustível, também produtos de grande movimentação, sofreram queda de cerca de 30%. A celulose, com cerca de 2,4 milhões de t movimentadas no período, foi destaque, com crescimento de 10,8%. Outro destaque positivo dentre os itens de exportação foi o aumento de 6,3% no complexo soja (grãos e farelo), com o farelo de soja ampliando em 49,8% os embarques realizados até agosto. Nas importações, apesar da diminuição das duas cargas de maior tráfego neste fluxo – adubo e enxofre –, o
descarregamento de mais de 1 milhão de t de trigo no período teve relevante impacto nos números finais, com crescimento de 13,7% no acumulado, contribuindo para o crescimento de 1,4% no fluxo geral de importações.
Contêineres As cargas conteinerizadas, contudo, aparecem como destaque. No último mês de julho o porto registrou o recorde mensal histórico na movimentação de contêineres. Ao todo, foram 338.978 TEUs, superando a maior marca até então, verificada em novembro do ano passado, com 327.359 TEUs. De acordo com informações da Codesp, o desempenho está relacionado ao início das operações da Embraport e do Brasil Terminal Portuário (BTP) e da movimentação de navios da classe “Cap San”, com capacidade para até 9,6 mil TEUs, os maiores porta-contêineres a operar em Santos. A entrada em atividade desses novos terminais ampliou a capacidade do complexo santista, agilizando o atendimento e promovendo a ampliação
Codesp: (13) 3202-6565
Porto de Santos recebe novo centro de tráfego Sistema de controle visa garantir mais agilidade e segurança nas movimentações
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Porto de Santos recebeu, dia 15 de setembro, o novo Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego. Com ele, a Praticagem de São Paulo, responsável pela operação do sistema, tem como meta garantir mais agilidade e segurança nas manobras dos navios no terminal. Câmeras situadas ao longo de todo o canal do porto, equipamentos para medição de ondas, profundidade e visibilidade e tecnologia capaz de fornecer informações em tempo real permitem, agora, o monitoramento com precisão de todo o canal navegável, que conta com 20 quilômetros e 67 terminais e berços de atracação. A necessidade de implantar o centro de operações surgiu da nova realidade do Porto de Santos. Segundo o presidente da Praticagem, Paulo Sérgio Barbosa, os navios estão cada vez maiores, com dimensões praticamente dobradas nos últimos 13 anos, mas as condições geográficas do porto não mudaram, o canal continua estreito e sinuoso. O sistema já existe em outros portos modernos do mundo, mas é implantado e mantido pela autoridade portuária. Em alguns casos, as praticagens comandam o serviço, mas a praticagem de Santos é a primeira a possuir esse equipamento, considerado o mais atualizado.
Ferramentas Para aumentar a segurança num canal que compartilha o tráfego de
balsas, iates, barcos de pesca e um intenso movimento de navios, foram posicionadas 12 câmeras que cobrem todo o canal. Com isso, pode-se agora monitorar o navio em todo o seu trajeto, com recursos de zoom com capacidade de detalhar eventuais ocorrências. As imagens são transmitidas em tempo real para o centro, que tem um vídeo-wall equipado com dez telas de LCD de 46 polegadas. Qualquer emergência será avisada imediatamente ao prático pelo rádio. Para avaliar as condições do mar e a meteorologia, há novos equipamentos oceanográficos. Uma onda mais forte ou uma ressaca, por exemplo, modifica as condições do mar, e os novos aparelhos vão mostrar a situação exata em tempo real. A altura das marés será avaliada também em tempo real, a partir de cinco estações instaladas na Ilha das Palmas, Praticagem, Capitania, Ilha Barnabé e Usiminas. A Praticagem conta também com visibilímetros capazes de prevenir situações de baixa visibilidade, como a formação repentina de nevoeiros, que podem comprometer a segurança da navegação. Além disso, todas as suas lanchas estão equipadas com AIS e câmeras e uma delas fará o monitoramento constante da área, informando o centro por rádio sobre qualquer anomalia, como navio atracado com cabos brandos, manchas de óleo ou obstáculos à navegação. Praticagem de São Paulo: (13) 3261-4950
MERCADO
Libra inicia operações do serviço ASIA 1 em Santos Primeiras operações movimentaram 3 mil contêineres
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Libra Terminais Santos iniciou, no fim de agosto, as operações do serviço ASIA 1, o maior em volume da Ásia, composto por um grupo de nove armadores. Os dois primeiros navios, Teno e Tucapel, foram responsáveis pela movimentação de 3 mil contêineres no cais santista. “Com esse novo contrato, a Libra
passa a ser a maior operadora de cargas da Ásia no Brasil”, afirma o diretor-geral da empresa, Roberto Teller. “Considerando os serviços ASIA 1 e CSW, o terminal é responsável por 49,5% de toda a carga do Extremo Oriente que passa por Santos e por 27% da carga no Brasil”, complementa o executivo. Fazem parte do grupo de armadores do serviço a Maersk Line, a Safmarine, a Hamburg Süd, a CSAV, a CMA-CGM, a China Shipping Container Lines, a Hanjin, a CCNI e a Hapag Lloyd. A Libra já atendia no terminal santista a uma linha da asiática MOL (Mitsui O.S.K. Lines), que liga a Ásia e a América do Sul. Nas primeiras operações do ASIA 1, foram 1.649 contêineres operados
no Teno, de bandeira da Libéria, com 105,5 movimentos por hora (MPH), e 1.321 contêineres operados no Tucapel, também de bandeira liberiana, com 82,1 MPH, todos da CSAV. “Com a evolução, pretendemos superar essas performances e operar alguns navios na casa dos 200 MPH”, diz Teller. A cada semana serão duas embarcações, sempre uma de importação (SB – Southbound) e outra de exportação (NB – Northbound). “Este é mais um grande desafio que estamos todos prontos para encarar”, afirma o diretor de Operações da Libra Terminais Santos, Marcos Medeiros. Libra: (13) 3797-3200
TAM Cargo aumenta oferta de voos cargueiros
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TAM Cargo anunciou um reforço da sua operação na rota São Paulo/Guarulhos-Manaus, que tem como objetivo ampliar o transporte aéreo de cargas entre um dos principais polos industriais e de tecnologia e o maior centro consumidor do país. Em agosto, a companhia iniciou operações cargueiras diárias partindo da capital amazonense para o Aeroporto Internacional de São Paulo. Neste mês de outubro, os horários serão ajustados e a empresa passa a oferecer dois voos cargueiros diários matinais de terça a sábado, saindo de Guarulhos para Manaus, com o intuito de melhorar o atendimento à demanda da região. Com as alterações, a empresa passará a oferecer 17 frequências (voos de ida e 24 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
volta) por semana na rota. O Aeroporto Internacional de São Paulo tem importância estratégica para a malha aérea da TAM Cargo, pois é o seu hub mais destacado no Brasil para distribuição de encomendas às principais regiões do país. Hoje, o mercado entre as capitais é atendido por aeronaves cargueiras modelo Boeing 767, que possui capacidade para 50 toneladas, e também por aeronaves comerciais mistas da frota da TAM Linhas Aéreas, que transportam passageiros e cargas. “Nossa expectativa é de um crescimento de 5% no volume mensal de cargas transportadas nessa rota no último trimestre do ano, com o aumento da frequência e as adaptações no horário”, afirma Diogo Elias, gerente Comercial de Cargas Doméstico - Brasil da empresa.
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Empresa passa a oferecer 17 voos semanais entre São Paulo e Manaus
Para o primeiro trimestre de 2015, a companhia espera entregar um novo terminal com 20 mil metros quadrados no Aeroporto Internacional de São Paulo. Esse investimento em infraestrutura, no valor de R$ 45 milhões, faz parte de um plano de expansão da TAM Cargo no país. TAM Cargo: (11) 5535-0895
Costeira lança transporte de cargas fracionadas de até 100 kg
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Costeira Transportes anunciou, na primeira quinzena de setembro, que iniciou as operações de cargas fracionadas de até 100 quilos para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. As rotas têm origem em São Paulo e destino na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Já na Região Norte, o destaque fica por conta das expedições realizadas em Manaus rumo a São Paulo e aos estados nordestinos. O diretor Comercial da empresa, Hugo Soares, explica que a companhia já executava transporte de cargas fracionadas com peso mínimo de 300 kg, para as duas regiões. “A Costeira continua dando seguimento à ampliação dos serviços e, agora, busca posicionamento no mercado de transporte de pequenos volumes, onde este tipo de serviço, muito específico, se torna um diferencial, uma vez que permite atender a qualquer cliente e tipo de carga”, diz. Para suportar o início das novas operações, o executivo conta que no Nordeste, além da ampliação da frota – até o final do ano serão 60 veículos –, foram inauguradas duas filiais – em Campina Grande (PB) e Fortaleza – e foi concebido um hub em Pernambuco, que centraliza o recebimento de cargas para distribuição regional. Além disso, ele já adianta que em meados de 2015 a empresa terá representações nos estados de Sergipe e Maranhão. Em Manaus, a estrutura da unidade foi reforçada e quatro caminhões foram adquiridos.
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Serviço está disponível para as regiões Norte e Nordeste
“Ao todo, o investimento esse ano será de R$ 7,5 milhões”, calcula. Além dos recursos destinados à ampliação da frota e expansão das estruturas, Soares revela que está em fase final de testes o sistema de baixas on-time. Com ele, os motoristas efetuam as entregas da mercadoria e, automaticamente, o cliente recebe a cópia do canhoto e qualquer outro registro que julgar necessário para seu controle. “Esse serviço se torna um diferencial, porque apresenta um ganho muito significativo no tempo de posicionamento e de resposta para atuação, pois hoje é comum o motorista posicionar sobre sua entrega via telefone ou via satélite, ambos os métodos sem nenhum tipo de envio de arquivo”, frisa. O diretor Comercial revela que as perspectivas são positivas. “Hoje, a carga fracionada representa 22% do volume total e, até meados do segundo semestre de 2015, estimamos que alcance 40% de nossa receita e fature R$ 80 milhões ao ano”, estima. Costeira Transportes: (11) 2402-3177
BBC Scandinavia tem capacidade para transportar 6.350 toneladas
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Log-In Logística Intermodal divulgou, na última semana de agosto, que celebrou um acordo junto à BBC Chartering para o afretamento do navio BBC Scandinavia. A embarcação tem capacidade para transportar 6.350 toneladas e conta com dois guindastes de 250 t, aptos a içar, em conjunto, até 500 t. O ativo, equipado para o transporte de
cargas de projeto, circulará nos anéis marítimos da Log-In sob demanda dos clientes, com trajetos que cobrem 14 portos no Brasil e Mercosul. A Log-In e a BBC Chartering operam em conjunto desde 2011 e, ao longo dos últimos 18 meses, já transportaram mais de 400 pás, geradores e torres para a indústria eólica, equipamentos para o setor de óleo e gás,
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Log-In afreta embarcação para cargas de projeto
além de transformadores pesando até 300 toneladas por unidade. Segundo o diretor-presidente da Log-In, Vital Jorge Lopes, o afretamento do BBC Scandinavia é a evolução deste trabalho e agrega à frota a oferta de um serviço regular, flexível e competitivo. Log-In: 0800 725 6446
MERCADO
SBTC habilitada junto ao Programa Inovar-Auto A detentora da marca Sinotruk pode, agora, iniciar as obras de sua unidade fabril
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SBTC Indústria de Veículos, detentora dos direitos de comercialização e uso de tecnologia da marca chinesa Sinotruk no Brasil, foi habilitada, no último dia 14 de agosto, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da portaria nº 210, junto ao Programa Inovar-Auto. A empresa habilitou-se na categoria “Projeto de Investimento”. Com isso, a montadora iniciará as obras de sua unidade fabril no município de Lages (SC), que ocupará uma área total de 1 milhão de metros quadrados e demandará R$ 300 milhões em investimentos. A prefeitura, responsável pela terraplenagem da área, iniciou o processo licitatório que deveria estar concluído até o final de setembro. O serviço será realizado em uma área de 180 mil m² com o objetivo de prepará-la para as obras civis que contemplam, entre
outros, a construção da estrutura de 34 mil m² que abrigará a linha de montagem. A terraplenagem tem início previsto para outubro e deve durar três meses. A partir de janeiro de 2015, será iniciada a construção civil da fábrica, com duração total estimada em 12 meses. Segundo o diretor-presidente da SBTC, Joel Anderson, a expectativa é de que as primeiras unidades sejam produzidas em julho de 2016. Com capacidade instalada de 8 mil unidades por ano, a linha de montagem começará produzindo caminhões Sinotruk da linha extrapesada em regime de Completely Knock-Down (CKD). De acordo com a companhia, o volume produzido no primeiro ano de operação deverá ser de 1.800 unidades. Até o final de 2017, adequando-se ao que dita o Programa Inovar-Auto, a empresa tem como meta atingir o índice de
60% de nacionalização de componentes de seus caminhões e ampliar a gama de produtos, ingressando na linha de veículos comerciais médios e semipesados. Até o início da operação da fábrica, os cavalos mecânicos da família Sinotruk A7 (4x2, 6x2 e 6x4) continuarão a ser importados da China, bem como as peças e componentes das famílias de caminhões A7 e Howo. A SBTC terá uma cota de importação anual de 1.250 caminhões isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), até o início das atividades de produção em solo nacional. De acordo com números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), desde o início das operações da Sinotruk no Brasil no ano de 2009, foram emplacados 2.200 caminhões. Sinotruk: (41) 3012-5700
Hamburg Süd batiza navio San Christobal Divulgação
Embarcação possui capacidade para 9.034 TEUs
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Hamburg Süd batizou, na primeira semana de setembro, o porta-contêineres San Christobal, segundo navio de uma série de três idênticos e denominados classe “San”. O evento foi realizado no estaleiro da Hyundai Heavy Industries, em Ulsan, na Coreia do Sul. A nova embarcação, já aplicada no
serviço entre Ásia e a Costa Leste da América do Sul, tem capacidade para 9.034 TEUs e 1.370 tomadas para contêineres reefer. Além disso, possui comprimento total de 300 metros, comprimento entre perpendiculares de 287 m, largura de 48,2 m e calado máximo de 14,5 m. Hamburg Süd: (11) 5185-3100
Veloce aumenta volume transportado e reduz emissão de poluentes Em quatro anos, empresa reduz emissões de GEE em 12,64%
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nuição de 5,69% no consumo de combustível e na emissão de CO2 equivalente. Esses números são resultado de ações como o Selo Verde, para caminhões com fumaça controlada, compras coletivas para renovação de frotas e o uso de roteirizador para diminuir a quilometragem percorrida. “A Veloce completou cinco anos de atividades em agosto de 2014 e traz, em seu DNA, a preocupação de crescer de forma sustentável, minimizando os impactos ao meio ambiente decorrentes de suas operações”, diz Paulo Guedes, presidente da empresa. Entre as principais medidas implantadas pelo Sistema de Gestão de Sustentabilidade da Veloce está a ampliação das carretas de transporte internacional de 14 metros para 15,4 m, o que possibilitou o aumento da capacidade de carga de 28 para 30 paletes e um incremento de 5% a 7% no volume transportado por quilômetro rodado. A empresa também conta com seu próprio posto de combustível, que fornece diesel com menos poluentes e 3% mais econômico, com preços diferenciados para os transportadores contratados – além de reduzir custos de manutenção.
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Veloce Logística divulgou, em setembro, que o volume transportado entre 2010 e 2013 aumentou 40,6%, enquanto a quilometragem percorrida pelos caminhões da empresa cresceu apenas 30,2%. As emissões de CO2, por sua vez, aumentaram somente 22,8% no mesmo período, de 52,5 toneladas para 64,5 t. Este resultado representou uma redução relativa de 12,64% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em quatro anos. Já o processo de racionalização implantado nas malhas de transporte diminuiu em 7,37% a quilometragem percorrida entre 2010 e 2013, gerando economias concretas de custo e de tempo no transporte. A utilização de equipamentos mais modernos e combustíveis menos poluentes, a conscientização de motoristas e transportadoras parceiras sobre o meio ambiente e o treinamento em direção defensiva e econômica, por sua vez, resultaram em dimi-
Veloce: (11) 3905-7000
Companhia apresentou crescimento de 16,2% frente ao mesmo período do ano anterior
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JadLog fechou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 16,2% frente ao mesmo período de 2013, apresentando faturamento de R$ 174 milhões, ante R$ 150 milhões registrados nos primeiros seis meses do ano passado. O desempenho, divulgado no início de setembro, foi também reflexo da elevação, em 14,1%, do número de encomendas transportadas no período. De acordo com a companhia, o
resultado positivo se deu em função de novos contratos e do aumento do volume de operações com clientes já pertencentes ao portfólio, principalmente dos setores de varejo, têxtil e automotivo. Entre as mercadorias transportadas no período, destacaram-se livros, material promocional, autopeças, produtos de informática e esportivos. Do total de movimentações de carga expressa, constatou-se também uma
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JadLog anuncia desempenho semestral parcela expressiva de operações de logística reversa, as quais representaram cerca de 10% do volume transportado pela empresa. O desempenho alcançado no primeiro semestre de 2014 reforça a projeção de crescimento anual da JadLog de 15% em relação a 2013, saltando de R$ 325 milhões para cerca de R$ 375 milhões até o final de dezembro. JadLog: (11) 3563-2000
MERCADO
Columbia inaugura três centros de distribuição Estruturas estão localizadas em Curitiba, Cajamar e Cotia e marcam o retorno da empresa às regiões Sul e Sudeste
32 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
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Grupo Columbia anunciou, na primeira quinzena deste mês, a retomada de suas atividades nas regiões Sul e Sudeste do país com a abertura de três Centros de Distribuição (CD). As unidades estão localizadas nas cidades de Curitiba, Cajamar (SP) e Cotia (SP). Ao todo, a companhia investiu R$ 14,1 milhões para as inaugurações. O CD da capital paranaense, aberto com um evento para os clientes no dia 18 de setembro, marcou o retorno da empresa à região. Com investimento de R$ 1,1 milhão, a nova unidade conta com área total de 36 mil m², sendo 11.200 m² destinados à armazenagem, e disponibiliza 8.500 posições-palete. A estrutura, que possui 11 docas, é dotada, ainda, de uma câmara de resfriamento com 500 posições-palete. No local são oferecidos os serviços de armazenagem, movimentação, picking, montagem de kits e etiquetagem. A meta é movimentar 130 mil caixas por mês de eletroeletrônicos, autopeças, alimentos e bebidas e itens dos setores médico-hospitalar e farmacêutico, além de outros segmentos industriais. Segundo o presidente da Columbia, Nivaldo Tuba, apesar de a companhia estar consciente da situação econômica global e, especialmente, do cenário recessivo da economia brasileira, era preciso otimizar os negócios, aproveitando toda a expertise do grupo. O diretor de Operações, Marcelo Brandão, completa: “O ambiente recessivo é entendido pela Columbia como uma grande oportunidade. Ao
oferecermos um serviço diferenciado, permitimos que o cliente mantenha o foco no seu negócio”.
São Paulo O mercado paulista é mais um dos focos da Columbia. Prova disso foi a inauguração, no último mês de julho, da unidade de Cajamar. O empreendimento, que demandou investimento de R$ 1 milhão, conta com uma área total de 10.500 m², sendo 9.600 m² de armazém, 14 docas e oferece 9.120 posições-palete. Os serviços oferecidos em Cajamar compreendem movimentação, armazenagem, atividades agregadas e distribuição. A estimativa é que sejam operados cerca de 1 milhão de itens,
especialmente calçados, artigos de vestuário e eletroeletrônicos. Já o CD de Cotia recebeu R$ 12 milhões em investimentos, destinados à estrutura de armazenagem e equipamentos de movimentação, como empilhadeiras, selecionadoras de pedidos, esteiras e estrutura de mezanino. A unidade conta com um armazém de 18 mil m², 12 metros de pé-direito e 22 docas. Com essa configuração, o local está apto para realizar serviços de armazenagem, distribuição, picking, etiquetagem e aplicação de tags. Os clientes são, principalmente, empresas calçadistas, de vestuário e de eletroeletrônicos. De acordo com Tuba, a companhia já é forte no Nordeste do país e a decisão de retomar e desenvolver negócios no Sul e no Sudeste ocorre em função da demanda por serviços nessas regiões, que têm importante poder econômico. “Além disso, já temos a expertise adquirida ao longo de nossa trajetória para atender a esses mercados. Outro fator relevante é aproveitar a sinergia dos serviços logísticos para os atuais clientes da Columbia Trading para desenvolver as atividades da Columbia Distribuidora”, diz. O executivo completa dizendo que, para desenvolver o serviço de distribuição no Brasil, a empresa atuará em três frentes: com caminhões próprios, de terceiros e contratação de transportadoras parceiras. “Já contamos com frota própria em Salvador e brevemente teremos em Vitória, São Paulo e Curitiba”, adianta. Grupo Columbia: (11) 3330-6700
MERCADO
VLI instala dormentes de plástico na FCA Trecho em Uberaba é o primeiro a receber peças feitas com material reciclado
34 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
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VLI, empresa especializada em operações que integram ferrovias, portos e terminais, concluiu, no fim de agosto, a troca de dormentes em um trecho da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que fica na zona rural de Uberaba (MG). As estruturas antigas, que eram dormentes de aço, foram substituídas por peças feitas com plástico reciclado. Além de representar uma alternativa mais sustentável, a nova matéria-prima tem maior durabilidade. O trecho em Uberaba é o primeiro da ferrovia a receber os chamados dormentes poliméricos. Pouco mais de 300 unidades, distribuídas em 200 metros de ferrovia, estão sendo testadas no corredor Centro-Sudeste. Fabricado no Brasil, o produto utiliza matéria-prima coletada por catadores de materiais recicláveis. “Inicialmente, faremos testes para acompanhar a aplicação e a adaptabilidade dessas peças. Trata-se de um material mais uniforme, devido à produção em série, e com características muito semelhantes às da madeira, existindo ainda o benefício de ser mais sustentável”, explica Alexandre Fontes, gerente de Engenharia de Via Permanente da VLI. Quase mil dormentes poliméricos também serão instalados no corredor Minas-Rio, na cidade de Lavras (MG), até o fim do ano, substituindo estruturas de eucalipto. Os primeiros locais a receberem as peças foram escolhidos levando em conta a produtividade das rotas e a presença de equipes técnicas maiores para acompanhamento do trabalho.
Novo recorde A VLI também anunciou que, em julho, bateu o recorde de carregamento no Terminal Integrador Palmeirante, localizado em Tocantins, com 152.100 toneladas de soja. O marco anterior foi registrado em março, quando o terminal foi responsável pelo carregamento de 143.200 t. Para que esse volume fosse transportado, foram necessários 1.614 vagões divididos em 20 trens com destino à exportação pela ferrovia até
Itaqui, em São Luís (MA). Foi recebido um total de 3.619 carretas para realização do transbordo. Até o mês de outubro, o carregamento será direcionado para a soja e, a partir de novembro, com a safra do milho, o terminal também receberá esse produto. Segundo o gerente do TI Palmeirante, Nilton Cordeiro, esse resultado só foi possível devido a uma série de ações que a VLI realizou no terminal, como padronização da operação e implantação de um sistema de gestão das filas de caminhões. Com esse sistema, é possível programar melhor o transbordo da carga, evitando filas e atrasos no descarregamento das carretas. “O corredor Centro-Norte, que engloba os estados do Maranhão e Tocantins, está na rota de crescimento da VLI. Por isso, estamos nos preparando cada vez mais para aumentar nossa capacidade de escoamento da produção agrícola. Estamos atentos ao desenvolvimento dessa região e queremos crescer junto com ela”, destaca o gerente. O Terminal Integrador Palmeirante recebe cargas que chegam de caminhão dos estados do Tocantins e Mato Grosso e realiza o transbordo para os vagões, que seguem de trem para o Porto do Itaqui. A estrutura, de 12 mil metros quadrados, conta com dois tombadores de carretas, dois silos com capacidade para armazenar 6 mil t cada e uma tulha com capacidade de carregamento de mil t por hora. VLI: (27) 3333-2555
Plimor opera em novas estruturas em Londrina e Joinville
Foto Agéssica Magro Ramos
Mudanças chegam para garantir segurança e qualidade operacional
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Transportadora Plimor anunciou, na primeira quinzena de setembro, o início das operações em suas novas estruturas das filiais instaladas em Londrina (PR) e Joinville (SC), responsáveis pelo atendimento, entre outros, dos setores calçadista, de e-commerce, eletroeletrônico, têxtil, cosmético e de higiene. A empresa não revela o valor dos investimentos. A unidade catarinense inicia as movimentações neste mês de outubro e conta com 2 mil metros quadrados de área operacional. A previsão é de que os 50 colaboradores realizem, por mês, 20 mil coletas e
entregas para 14 cidades. Já Londrina, que opera desde o último mês de agosto, conta com 3 mil m² e tem a previsão de realizar 25 mil coletas e entregas mensais para 69 municípios. Ao todo, 57 profissionais são responsáveis pelas movimentações. Segundo a gerente de Marketing, Sandra Santini, as novas estruturas fazem parte do planejamento estratégico da Plimor e são necessárias para garantir segurança e qualidade operacional aos clientes, além de suportar o crescimento da transportadora. Plimor: (11) 2131-8000
MERCADO
Kuehne + Nagel reestrutura armazém em Porto Alegre Unidade recebeu novo piso e áreas segregadas para cargas especiais
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pós três meses de um processo de renovação e da implantação de uma nova gestão, a Kuehne + Nagel inaugurou, no último mês de agosto, as instalações de seu armazém em Porto Alegre. A estrutura, que pertencia à Eichenberg – empresa adquirida pela KN em 2011 –, conta com uma área total de 30 mil metros quadrados, sendo 10.061 m² destinados à armazenagem, com capacidade para 10.300 posições-palete. Além disso, possui dez docas e 12 metros de pé-direito. A companhia não divulga a expectativa de movimentação da unidade.
Sem revelar o investimento, o gerente nacional de Contract Logistics e Solutions Engineering da Kuehne + Nagel Serviços Logísticos, Gabriel Bitencourt, diz que as reformas incluíram novo piso, com capacidade para 6 toneladas por m², e sistema de câmeras de melhor resolução. Além disso, o local disponibiliza áreas segregadas para cargas especiais. “Fármacos, produtos alimentícios e veterinários ocupam 2.800 m², enquanto químicos são armazenados em 4.639 m²”, informa. O restante da área é ocupado por carga geral. Além do espaço e da segurança, o executivo destaca que outro diferencial
do armazém de Porto Alegre é a localização, já que está próximo das principais rodovias do estado, bem como do Aeroporto Internacional Salgado Filho (1,5 quilômetro) e do Porto de Rio Grande (318 km). A estrutura atende basicamente a Região Sul do Brasil e países do Mercosul e realiza, entre outros serviços, recebimento, armazenagem, controle de inventário, etiquetagem, picking, expedição, distribuição e digitalização e armazenagem de documentos. Kuehne + Nagel: (11) 3468-8000
Crown fecha contrato de locação com a PepsiCo Montadora fornece uma ampla gama de equipamentos à fabricante
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Crown Equipment Corporation fechou, no último mês de agosto, um contrato de locação de equipamentos com a PepsiCo. O acordo estabelece o fornecimento de transpaleteiras, empilhadeiras retráteis e patoladas, paleteiras manuais, contrabalançadas elétricas e a combustão, e abrange operações em diferentes partes do mundo. No Brasil, os ativos já são aplicados na planta da Pepsi em Sorocaba (SP). Segundo o gerente nacional de Contas da Crown, Carlos Santos, um dos diferenciais da companhia em relação ao que é disponibilizado no mercado é o fornecimento de uma ferramenta wireless de gestão de frotas e contrato de manutenção baseado em
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Service Level Agreement (SLA). Vale lembrar que, mesmo com a fabricante utilizando as soluções da Crown em outras partes do mundo, no Brasil, como a companhia ainda não tinha experiência com os equipamentos da marca, foi realizada uma concorrência. Além disso, antes de fechar o contrato, foram realizadas visitas técnicas, tanto por parte da Crown nas operações da Pepsi para especificação das melhores soluções, quanto por parte da fabricante na filial da fornecedora, para análise técnica, de disponibilidade de peças e atendimento pós-venda. Crown: (11) 4585-4040 PepsiCo: 0800 725 0004
Segunda fase do Porto Sem Papel é iniciada em Santos
Foto: Sérgio Coelho/Codesp
Despacho de embarcações passa a tramitar eletronicamente
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Capitania dos Portos de São Paulo iniciou, em 26 de agosto, a segunda fase da implantação do Porto Sem Papel (PSP). Em função de sua relevância no cenário nacional, o Porto de Santos (SP), assim como na primeira etapa de implantação ocorrida há três anos, foi escolhido para sediar o lançamento dessa fase. A partir de agora, os despachos de embarcações, previstos nas Normas da Autoridade Marítima para Tráfego e Permanência de Embarcações em Águas Jurisdicionais Brasileiras (Normam-08/DPC), passam a tramitar eletronicamente, dispensando, assim, a utilização dos formulários em papel. Na primeira fase do projeto, foi realizada a implementação do módulo Cadastro, a fim de estruturar a base de dados inicial do sistema. Após isso, foi aplicado o módulo Concentrador,
responsável pela troca de mensagens entre os agentes marítimos e os órgãos anuentes. Após a revisão da Normam-08/ DPC, no último mês de março, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) passou a desenvolver as novas funcionalidades para o trâmite eletrônico de documentos com assinatura digital, visando atender aos requisitos da norma. Essa nova etapa é fundamental para o aprimoramento do processo portuário. Isso porque, além de proporcionar agilidade no processamento das informações pertinentes à Autoridade Marítima, a iniciativa contribuirá para a preservação do meio ambiente, uma vez que os formulários impressos não serão mais utilizados nos portos contemplados pelo PSP. Capitania dos Portos de São Paulo: (13) 3221-3454
Tat Log firma negócio com a Generale
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Tat Log, operador especializado no setor têxtil, fechou um contrato com a Generale, companhia que atua no setor de vestuário, a fim manipular e realizar a distribuição dos itens comercializados pela indústria para redes varejistas de todo o Brasil. O trabalho consiste em receber as peças e efetuar a manipulação – encabidamento, etiquetagem, montagem de grade e costura. A operação é realizada nos dois centros de distribuição do operador logístico, localizados em Itapevi e Barueri (SP). Ao todo, as estruturas con-
tam com 8 mil metros quadrados e 240 colaboradores. Para as movimentações da Generale foram destinados 800 m² e 32 funcionários. No total, são recebidas, manipuladas, expedidas e transportadas 150 mil peças mensalmente para a indústria têxtil. Vale lembrar que o volume operado por mês pela Tat Log em seus dois CDs chega a 2 milhões de unidades. Tat Log: (11) 4143-4323
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Operador logístico manipula 150 mil peças de vestuário por mês
MERCADO
BNDES amplia parcela financiável de implementos rodoviários
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Medida pode impulsionar o setor, que teve queda de 10,68% nas vendas entre janeiro e agosto
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Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou, dia 19 de agosto, a Circular nº 35, que amplia a parcela financiável de implementos rodoviários e demais bens de capital descritos no programa PSI/Finame. O percentual era de 80% para empresas com Receita Operacional Bruta (ROB) acima de R$ 90 milhões ao ano e de 90% para companhias com ROB igual ou inferior a esse valor. Com a publicação, os percentuais foram unificados em 100%, independentemente da ROB. Os juros anuais de 6% foram mantidos. Logo em seguida, no dia 2 de setembro, o BNDES publicou uma nova Circular, a nº 37, colocando à disposição do programa Procaminhoneiro a modalidade de crédito leasing para financiamento de implementos rodoviários, caminhões e demais produtos. O benefício é destinado a autônomos, micro e pequenos empresários e vai operar com taxa anual de 6%.
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Estas duas medidas vieram se somar a outras adotadas pelo governo federal num curto espaço de tempo para dar suporte à indústria de implementos rodoviários. As outras duas foram a inclusão do setor no programa de renovação de frota do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e na linha de financiamento para pequenos produtores rurais denominada Mais Alimentos, que integra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga, a medida poderá trazer reflexos positivos às vendas, mas sem capacidade para reverter a expectativa de balanço negativo em 2014. A estimativa da entidade é que em 2014 o mercado deverá ficar aproximadamente 10% abaixo do total registrado no ano passado.
Queda No início de setembro, a Anfir divulgou o desempenho do setor de janeiro a agosto de 2014, período em que as vendas registraram queda de 10,68% frente ao mesmo período do ano anterior. Em oito meses, as empresas produziram e distribuíram 103.925 unidades, ante as 116.354 de janeiro a agosto do ano passado. O segmento de reboques e se-
mirreboques (pesado) registrou, nos oito primeiros meses deste ano, vendas 16,44% abaixo das apuradas no mesmo período de 2013. Ao todo, foram 37.741 implementos até agosto de 2014, frente a 45.169 registrados no acumulado do período em 2013. No segmento de carroceria sobre chassis (leve) a queda registrada foi de 7,03%. As vendas de janeiro a agosto foram de 66.184 produtos, ante 71.185 unidades comercializadas nos mesmos meses de 2013. Segundo o presidente da Anfir, o setor segue atento aos diversos sinais macroeconômicos que indicam tanto recessão quanto recuperação lenta no segundo semestre. “A indústria sente diretamente os reflexos da queda na atividade econômica no primeiro semestre e da recessão técnica”, resume. “Com tantos sinais contrários, com recessão surgindo de um lado ao mesmo tempo em que a produção de um mês para o outro acena com resultado positivo, prever qualquer resultado fica cada vez mais difícil”, enfatiza Braga. De acordo com o diretor executivo da Anfir, Mario Rinaldi, o conjunto das medidas favoráveis ao setor poderá trazer resultados mais concretos no próximo ano se não acontecerem novos reveses na economia, como a recessão técnica. Mas ele faz uma ressalva. “O governo que tomará posse em 1º de janeiro precisa estar atento à importância da manutenção dessas medidas de incentivo à indústria”. Anfir: (11) 2972-5577
CROSS-DOCKING • A Gefco Brasil anunciou Bruno Vilar como diretor exclusivo de Supply Chain da Peugeot Citroën. Vilar é formado em Engenharia de Gestão Industrial pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e possui MBA em Logística, realizado em conjunto pelo Instituto Superior Técnico, Instituto Universitário de Lisboa e Escola de Negócios da Universidade do Porto. As instituições ficam em Portugal, país onde o executivo atuava e onde era responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento de Supply Chain da PSA, dona das marcas Peugeot e Citroën. (21) 2103-8100 • A Totvs tem um novo diretor para comandar suas operações no Hub Norte. A
partir do escritório no México, Martín Cayon conduzirá a atuação da companhia no país, além de Equador, Peru, Colômbia e países da América Central. Formado em Contabilidade Pública pela Universidade Iberoamericana da Cidade do México, Cayon atuou em empresas como CA Technologies, SAP, Oracle, Siebel Systems, Baan, Deloitte e Touche Consulting Group, sempre na área de TI e aplicações empresariais. O executivo assume a operação com o desafio de ampliar a presença da Totvs no norte da América Latina e o número de canais nos países da região. 4003-0015 • A Panalpina Brasil, empresa de soluções para a cadeia de suprimentos, anunciou, no início de setembro, que contratou Adriano Garcia para assumir a gerência de Vendas de São Paulo. Com
19 anos de experiência em empresas do segmento de logística e supply chain, como Geodis, TGestiona, DB Schenker e Kuehne+Nagel, Garcia é formado em Comércio Exterior e pós-graduado em Relações Internacionais pela Universidade de São Caetano do Sul (USCS). O executivo também cursou MBA Executivo pela Business School São Paulo. Antes de assumir a nova função atuava como gerente de Vendas na Geodis. (11) 2165-5500
Errata Na matéria sobre logística reversa do setor de lâmpadas, publicada na última edição da Tecnologística (nº 226, setembro de 2014, pg.74), há uma incorreção: a estimativa de coleta de 60 mil unidades de lâmpadas é o previsto para o quinto ano do projeto, e não o volume atual.
ENTREVISTA
Fotos: Luiz Machado / Agência Imagem
Compromisso de longo prazo
Tecnologística – O senhor vem de uma vasta experiência no mercado de logística. Como vem sendo trabalhar à frente da syncreon? Toby Grey – É interessante, porque temos um ambiente que é um pouco europeu e um pouco norte-americano, tem um pouco de sabor de private equity e sabor de família. Isto porque o Grupo syncreon é composto por duas 42 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Há apenas dez meses à frente das operações da syncreon no Brasil como diretor-presidente, Toby Grey já enfrenta o desafio do desaquecimento do mercado automotivo – um dos dois setores em que a empresa atua. Mas ele se mostra tranquilo, pois acredita que os diferenciais da companhia no mercado logístico e a confiança que desenvolveu junto aos clientes manterão o ritmo dos negócios. Há quase duas décadas no país, ele vê nesse mercado um grande potencial, apesar dos pesares
partes: uma é um grupo irlandês que se chama Walsh Western, criado pela família Enright, especializado na área de logística para o setor de tecnologia, atendendo a grandes clientes, como Dell e Apple. Em 2007, este grupo se juntou à TDS Logistics, baseada em Michigan, Estados Unidos, e especializada no segmento automotivo, criando a syncreon, voltada para a prestação de serviços lo-
gísticos nestes dois setores – tecnologia e automotivo. O negócio teve a participação de um grupo irlandês de private equity chamado GenNx360. Em 2013, para dar suporte ao crescimento expressivo da empresa nos últimos cinco anos, veio a participação de outro grupo de private equity, o Centerbridge, que é um dos dez maiores dos Estados Unidos. Então
hoje o capital da syncreon é dividido em cerca de 40% da Centerbridge, 40% da GenNx360, e os restantes 20% continuam com a família Enright. O pai, Michael, é o presidente e o filho, Brian, é o CEO da empresa. São ingredientes fora do normal e estou gostando bastante de trabalhar neste ambiente. Eu acho o gerenciamento do grupo extremamente profissional e o direcionamento é claro para os dois setores-foco, o automotivo e o de tecnologia. Tecnologística – E isto não vai mudar, ou seja, a empresa não procura ampliação para novos setores? Grey – A syncreon está focada nestas duas áreas e não quer mudar. Nossa atividade é dividida em 50% para o segmento de tecnologia e 50% para o automotivo. A companhia tem cerca de 12 mil funcionários em todo o mundo, espalhados em quase cem sites, em sua maior parte de grandes clientes. A receita da empresa chegou a US$ 1 bilhão no ano passado. É uma companhia de tamanho considerável, profissional e bem gerenciada. E, tendo a participação de empresas de private equity, a ideia é fazê-la crescer nos próximos anos e então vendê-la. Tecnologística – O fato de ser uma empresa que está sendo vitaminada para crescer e ser vendida não cria uma certa insegurança para o cliente? Grey – Quando você tem dentro da estrutura societária duas empresas de private equity, é natural que elas tenham esta intenção. Mas isso não é algo já definido, que vá acontecer agora ou mesmo que vá acontecer. Não é uma estratégia divulgada. Existem fundos de private equity que estão com companhias há mais de dez anos, porque o negócio continua rentável, ou porque entendem que o momento não é bom para vender. Quando falei em ser vendida, a saída mais provável seria um IPO, a
entrada na Bolsa de Valores. Quer dizer que os gestores vão ficar e o relacionamento com o cliente, que foi construído no decorrer do tempo, vai continuar. O fato de esses fundos terem entrado na composição acionária da companhia não alterou a relação de longos anos que nós temos com os clientes, o que é uma característica da syncreon, que tem empresas com mais de 50 anos de contrato. O que nos sustenta perante os clientes é justamente a qualidade dos serviços que prestamos. A composição acionária irá se adequar a esta filosofia de trabalho. Tecnologística – Porque o mercado brasileiro tem alguns traumas causados por empresas que foram embora e abandonaram os clientes. Grey – Sim, eu sei. Mas a syncreon é diferente. Os contratos são de longuíssimo prazo, tanto na área automotiva como na de tecnologia, e eles são customizados. Não vendemos soluções de prateleira, e isso às vezes até nos limita, pois se o cliente quer uma proposta para amanhã, não fazemos. Não é nossa filosofia. Temos de conhecer o cliente, saber suas necessidades para então criarmos uma solução sob medida para ele. Costumamos dizer que não fornecemos soluções “McDonald’s”, em que o cliente chega e pede a número um ou a número dois. Nossas soluções são mais sofisticadas. Tecnologística – Além do que, muitas empresas de logística no Brasil abriram ações da bolsa e é cada vez mais comum recorrerem a investidores para se capitalizar. Grey – Sim, existem vários casos no mercado e com a syncreon não será diferente. O cliente confia na pessoa que está diante dele. Ele lhe confia seus produtos, seus sistemas, seu futuro. Isto é importante, a confiança, a qualidade e a flexibilidade. E a parceria. Para dar um exemplo disso, temos
um cliente importantíssimo do setor de tecnologia para o qual prestamos uma ampla gama de serviços no Brasil na área de armazenagem. Recentemente, ele precisou de um projeto importante, mas que foi autorizado no último momento. E nós conseguimos entregar este projeto segundo o planejado e o orçamento. E o comentário do cliente a este respeito foi que nossa performance foi incrível (awesome) na execução e também na demonstração de parceria. Isto é mais que um parabéns, mais que uma nota dez.
“Nossa atividade é dividida em 50% para o setor de tecnologia e 50% para o automotivo. Este é o nosso foco e não pretendemos mudar” Contei isto para demonstrar que nós queremos entregar para os clientes projetos com alta qualidade, bem executados, sempre dentro de um ambiente de parceria. Nossa política aqui é de criar uma empresa brasileira, extremamente profissional na prestação de serviços logísticos para os setores de tecnologia e automotivo, e na qual os funcionários sejam parte de nossa cultura. Nós tentamos desenvolver as pessoas, treiná-las e aprimorar suas carreiras, para que elas possam crescer com a empresa. Tecnologística – Quantos colaboradores a syncreon emprega no Brasil? Grey – Aqui somos um pouco mais de mil pessoas. Nós não vamos falar muito de dados financeiros, porque não é a política da empresa, mas temos Outubro/2014 - Revista Tecnologística - 43
ENTREVISTA
no país uma receita total por volta de 150 milhões de reais/ano. É uma empresa que não tem dívidas ou pendências trabalhistas e é bastante rentável. No Brasil, nós trabalhamos em cinco sites no total (veja detalhes no Box). Como nós dizemos, somos uma empresa de armazenagem completa. Tudo o que existe dentro da área de armazenagem nós fazemos, e subcontratamos a distribuição para os clientes finais. Podemos cuidar do gerenciamento destas atividades, mas não fazemos a operação direta. Somos uma empresa asset light, com poucos ativos. Não é nosso objetivo ser donos de armazéns, de propriedades ou equipamentos; nossos investimentos são mais na área de TI, que é estratégica para nós.
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Tecnologística – O foco de vocês então é muito mais uma logística do armazém para a fábrica do que um freight forwarding ou uma logística internacional? Grey – Totalmente. Nós não fazemos o freight forwarding. Somos mais voltados a receber componentes para os produtos finais e fazer packing, repacking, distribuição dentro da fábrica, alimentação de linhas e depois a distribuição final dos produtos acabados.
Tecnologística – Vocês atuam num nicho complicado no Brasil, que é o automotivo. Ao mesmo tempo em que cresce muito, ele é impactado diretamente pelas mudanças no cenário econômico. Como vocês estão vendo este setor? Grey – Em primeiro lugar, é óbvio que os problemas econômicos da Argentina não nos ajudam em nada, pois há menos importação de produtos brasileiros e vice-versa. Isto está afetando bastante a atividade automotiva brasileira hoje. Além disso, a produção deverá diminuir cerca de 10% este ano, variando um pouco dependendo da empresa. Mas deve ser nesta faixa, e vamos ter provavelmente uma produção de 3,3 milhões de veículos em 2014, contra 3,7 milhões no ano passado. Vai cair também a produção de caminhões e ônibus, e claro que há redução do mercado de autopeças. Com tudo isso, o cliente fica cada vez mais sensível ao preço, demandando alta qualidade de serviços com preços mais baixos ou estáveis. Tecnologística – Este é um grande desafio, porque as montadoras são conhecidas por pressionar muito seus fornecedores em relação a preços, não é? Grey – Sim. Isto continua muito for-
te e eu não vejo que vá mudar no ano que vem. Vai continuar. Mas, ao mesmo tempo, temos mais concorrentes para as montadoras chegando ao país, seja para a fabricação de caminhões, de carros de luxo e também de carros mais populares. Há muitas plantas sendo concluídas. E é uma área de nosso interesse, porque podemos mostrar para as companhias que estão entrando a qualidade de nossos serviços e a abrangência da ajuda que podemos fornecer para elas. Somos capazes de dar uma ajuda total para o estabelecimento e o desenvolvimento das atividades dessas empresas no mercado local. Tecnologística – E como vocês analisam o setor de tecnologia? Grey – Com relação e este setor, os dados econômicos sobre o primeiro semestre esclarecem que o investidor está desanimado, já que houve menos 5% em investimentos, e a produção também está desanimada, caiu 1%. Quanto ao consumo, mostra-se ainda como uma atividade de pequeno crescimento, graças à ajuda do governo, e nós podemos perceber que esta é a situação de nossos clientes de tecnologia. Há uma redução da atividade nos últimos meses, mas não tão grave quanto no setor automotivo. O consumidor continua ativo, principalmente frente aos produtos de alta tecnologia. Tecnologística – Vocês não operam com o que se chama de linha marrom, que são televisores, por exemplo? Grey – Neste momento, não temos um cliente especializado neste setor, mas estamos conversando com vários. Está dentro do que enquadramos como tecnologia, produtos de consumo. Está em nosso radar, sim. É difícil dividir os mercados, porque hoje você tem o monitor do seu computador que não é diferente de uma televisão, e muitas TVs também
44 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
ENTREVISTA
são monitores de computador, têm acesso à internet; é uma linha divisória difícil de traçar. No passado, já foi mais fácil dividir, mas hoje são setores mais convergentes. É importante mencionar que temos uma unidade, dentro desta área de tecnologia, que é a de logística reversa. Três anos atrás, o Grupo syncreon comprou uma companhia que se chama Compuspar, especializada na logística reversa e reparos de produtos eletroeletrônicos. Então temos aqui neste site uma atividade de logística reversa, ainda relativamente pequena, envolvendo entre 30 e 40 pessoas. Ela também está presente em Bogotá, Colômbia, e em Buenos Aires, Argentina. Quando compramos esta empresa, a ideia foi justamente fazer uma sinergia, tendo o produto pronto entregue na mão do cliente e também, no mesmo fornecedor, a capacidade de fazer a logística reversa, inclusive com a parte de desmontagem, desmanche e descarte. Tecnologística – Esta empresa só opera para clientes da syncreon ou também para o mercado em geral? Grey – Para o mercado em geral. Temos clientes que não operam conosco com tecnologia, só com a reversa. Estas unidades consertam, por exemplo, os ATMs, os módulos de caixas eletrônicos. Temos contratos com as empresas que gerenciam as ATMs para os bancos, para fazer a manutenção da parte de software e de hardware. O objetivo é integrar estes dois negócios, o modelo que pretendemos adotar é este, mais verticalizado. Porque a logística reversa é um requerimento do mercado atual, com relação inclusive à legislação. E cada vez aumentam mais os resíduos de tecnologia. E, para o cliente, aquilo é só custo, então tem que ser uma operação milimetricamente pensada. Nós pretendemos entrar neste mercado com força e sempre trabalhando 46 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Especializada em soluções logísticas customizadas
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riada da fusão de duas empresas, a irlandesa Walsh Western e a norte-americana TDS Logistics, a syncreon é voltada ao fornecimento de soluções logísticas sob medida para clientes dos setores automotivo e de tecnologia, tendo em sua carteira indústrias gigantes em ambos os setores, como Chrysler, General Motors, Ford, Volkswagen, MAN, BMW, Samsung, Dell, Epson, Ericsson e Lexmark, entre muitas outras. A empresa presta serviços de logística inbound e outbound, fulfillment, gestão de fretes e logística reversa, que incluem consolidação de pedidos, entrega, medição e formação de itens, submontagem e sequenciamento para a produção, além de embalamento para a exportação e distribuição de peças e acessórios (aftermarketing). A companhia trabalha sob uma plataforma de sistemas robusta, com soluções voltadas aos dois setores específicos atendidos, que permitem visibilidade total do começo ao fim da cadeia. Os softwares são hospedados em sistema de alta dis-
com as empresas maiores, as do ramo de consumo ou outras da área de TI pura, como dizemos. Tecnologística – Vocês têm equipes diferentes para os setores de tecnologia e automotivo? Grey – Temos. Claro que a pessoa pode mudar de um para o outro, mas temos práticas e sistemas de TI diferentes para os dois setores. Então normalmente os funcionários ficam dedicados. Os processos de inbound e de after-
ponibilidade e segurança e possuem alta capacidade de adaptação às necessidades dos clientes. Em 2013, a empresa apresentou uma receita global de US$ 1 bilhão, operando mais de 85 plantas em mais de 20 países e empregando cerca de 12 mil funcionários. No Brasil, onde possui pouco mais de mil colaboradores, a syncreon apresenta faturamento anual por volta de R$ 150 milhões e possui filiais em Mauá, Jundiaí, Hortolândia e Cajamar (SP), além da matriz em Santo André (SP), que é um site multiclientes e abriga operações de logística reversa para o setor de tecnologia. O grupo tem participação acionária de duas empresas de private equity, a irlandesa GenNx360 e a americana Centerbridge, com 40% cada, sendo os 20% restantes pertencentes à família Enright, da Walsh Western. Pela excelência de seus serviços, a syncreon já ganhou inúmeros prêmios importantes de seus clientes, como o de fornecedor do ano da General Motors e da Chrysler.
market, por exemplo, existem nas duas operações, mas eles têm tanto características similares como outras que são completamente diferentes. O aftermarket da indústria automobilística é uma coisa e o da indústria de tecnologia é outra história. Uma envolve uma relação mais direta com o consumidor e outra é uma relação mais B2B, porque estamos lidando com os concessionários. Então, ainda que sejam processos semelhantes, eles têm especificidades e as pessoas envolvidas naquela ope-
ração já conhecem as necessidades e já sabem lidar com os sistemas específicos de cada setor. Este site, por exemplo, é multiclientes e temos os dois setores operando aqui, além da reversa, que é outro mundo. Podemos conviver, mas sabendo que há diferenças. Tecnologística – Vocês também fazem logística de aftermarketing? Grey – Sim, temos aqui um cliente para o qual fazemos esta atividade na parte de caminhões, então temos técnicos especializados para receber o material que vem em garantia, fazer a inspeção técnica, a análise, verificar se tem problema de qualidade ou de mau uso da peça e, se for o caso, chamar o fornecedor daquele item. Nós falamos em nome da montadora neste caso.
Tecnologística – E a distribuição de autopeças para o mercado pós-vendas? Grey – Ainda não fazemos esta operação, mas é uma oportunidade potencial que olhamos dentro de nosso negócio. É um mercado diferente dentro de um mesmo mercado. Da mesma maneira que um projeto milk run, só que do outro lado. Em um caso, se não trabalhar direito, você para a linha de montagem e no outro você para o carro do cliente, se não entregar a peça na concessionária. São atividades complexas, mas não são um mistério. Quando fui presidente da TNT Mercúrio, tivemos uns 40% do mercado de distribuição de autopeças. Já conheço bem este mercado e quais são as exigências.
O nosso grande desafio é replicar aqui as práticas que temos lá fora – dentro daquilo que é possível, porque a legislação trabalhista no Brasil não nos ajuda nem um pouco – como, por exemplo, submontagem, montagem, line feeding, sequenciamento; são várias operações que desenvolvemos em outros mercados com equipes altamente treinadas e com disponibilidade para vir ao Brasil, porque para cada contrato que ganhamos, temos um time de implantação, que vem para cá e fica conosco até o projeto estar rodando. E temos bastante expectativa de que, ao longo dos próximos meses, a legislação fique mais flexível para que possamos trazer para o Brasil estes avanços e projetos que desenvolvemos lá fora.
ENTREVISTA
Tecnologística – Deve ser difícil para a matriz entender as particularidades do mercado brasileiro, não? Grey – Uma coisa muito positiva na syncreon é a participação direta do board da empresa no negócio. Ainda que nosso tamanho aqui não seja tão significativo, o Brasil é um mercado estratégico para a empresa. Temos conferências semanais com o Brian Enright, dizemos o que está ocorrendo nos contratos, cliente a cliente, e ele mesmo senta ao telefone e quer entender tudo, a legislação, como as coisas funcionam por aqui. E vem frequentemente ao país. Isso facilita muito o entendimento de nossos problemas, pois ele conhece o lado positivo e o negativo de cada mercado. Como falei, estou gostando muito de trabalhar neste ambiente profissional. Então, quando sentamos com o cliente para desenvolver um projeto, sabemos o que ele necessita, temos a expertise, sabemos onde buscar os recursos necessários e a matriz entende as particularidades do país. Isso facilita tudo. Tecnologística – Quais são os maiores entraves para o negócio da syncreon no Brasil? 48 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Grey – Neste momento, a inflação está aparecendo como o maior entrave. O estrangeiro, seja americano ou europeu, que vem de mercados com inflação de 1% ao ano, não entende que, por lei, nós teremos no ano que vem um aumento do salário mínimo de mais de 8%. Eles simplesmente não entendem. E é um desafio negociar com clientes que têm suas matrizes lá fora, explicando que você terá um aumento de custo na mão de obra a cada ano e não tem como fugir disso. Então precisamos achar cada vez mais economias e produtividade para minimizar e contrabalançar estes custos. Tecnologística – Porque é difícil repassar este índice para o seu cliente, não é? Grey – Vamos dizer que sempre há uma conversa animada sobre isso com eles (risos). Seria mais fácil se a taxa de câmbio fosse mais estável, mas não é assim. Enfim, sabemos que este ano será difícil e o próximo será talvez ainda mais. Tecnologística – Será que não existe um viés político nisso, porque é ano de eleição? Grey – Talvez. Mas acho que tere-
mos um 2015 semelhante a 2014, um pouco melhor pela conjuntura, pelo cenário mais definido pós-eleições. Mas olhando nosso segmento, no médio e longo prazo, as eleições no Brasil, independentemente de quem ganhe, não têm muita importância. As indústrias com que trabalhamos aqui têm compromissos de longo prazo. O Brasil, apesar de tudo o que se fala, continua sendo o quinto país com maior volume de investimento no mundo hoje. E quem está investindo diretamente no país está olhando para o longo prazo. Podemos até passar por ciclos, como já vivemos antes. Mas, como estou atrelado a uma indústria de longo prazo, não estou vendo esta situação política, das eleições, como um desafio. É uma coisa pontual. Não acredito que uma montadora irá embora do país porque ganhou A ou B. Uma BMW, uma Fiat, que estão construindo grandes plantas industriais no país, estão pensando no cenário dentro de 15, 20 anos. Mas, por outro lado, se a Venezuela e a Argentina voltarem a ter uma saúde financeira e política melhor, será muito positivo para nossos negócios e para a economia brasileira. E eu acredito que eles vão acabar encontrando um caminho nesta direção. Tecnologística – E além da inflação, há outros gargalos? Grey – Outro problema no curto prazo é a estiagem que estamos enfrentando agora, que eu vejo como uma questão muito grave. Porque, se a situação continuar, terá uma influência gravíssima sobre o custo de energia e de produtos alimentícios, o que daria um impulso a mais para a inflação, e seria extremamente preocupante. Não sou especialista nesta área, mas vemos a Califórnia, por exemplo, enfrentando seu quarto ano de seca. Estou batendo na madeira para que isto não ocorra aqui, porque seria gravíssimo para a economia.
ENTREVISTA
Tecnologística – E há também as questões trabalhistas, que o senhor citou. Grey – Sim, e isto afeta todo o mercado, não só a syncreon. Nossa atividade requer muita terceirização. Isto nos ajuda a ficar mais produtivos e com custos menores. Se esta questão, estes entraves à terceirização de mão de obra, for resolvida positivamente, isto desenvolverá nosso mercado com maior força e velocidade. Mas se, por outro lado, a política sindical vencer, minimizando a terceirização, isso poderá deixar o Brasil fora da tendência da indústria mundial. Seria negativo para a syncreon, para o setor de logística e para o país como um todo. Eu vejo isso como uma grande oportunidade ou uma grande ameaça para o Brasil. Poderá haver muito mais investimentos estrangeiros se houver uma simplificação fiscal, tributária e alfandegária. Isso todo mundo concorda que é urgente, necessário. Facilitaria o entendimento dos estrangeiros sobre os negócios aqui e também aliviaria a área de litígios trabalhistas, que viraram um esporte nacional, o que é extremamente custoso e atrasa o desenvolvimento das empresas. Felizmente, as pendências trabalhistas não são um problema para a syncreon. Esta é uma preocupação que tivemos desde que chegamos aqui: limpar a casa. Hoje, ela está limpa e vamos fazer todo o possível para mantê-la assim. Tecnologística – A empresa tem investimentos à vista? Grey – Como eu falei, a syncreon é uma empresa asset light e os investimentos estão atrelados a novos contratos, e nós esperamos ganhar alguns dentro em breve. Nos últimos seis meses, estamos participando de uns 20 BIDs e temos muitos destes processos com grandes perspectivas de fechar contratos. Então, se nós ganharmos, 50 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
vamos fazer os investimentos necessários nestas operações, como a contratação de mais pessoas, por exemplo. Tecnologística – Este ano, vocês renovaram ou ganharam quantos contratos? Grey – Não posso abrir esta informação. Mas renovamos um contrato importante na área automotiva e ganhamos vários na área de tecnologia e reversa. Trabalhamos neste momento em dois de tecnologia para fechar antes do Natal. Se o cliente permitir, vamos divulgar. Nossos clientes são em sua maioria grandes empresas, muito exigentes com relação a seus contratados. É só olhar em nosso website para ver as marcas presentes lá, que estão conosco há muito tempo. Tecnologística – Assim como estão vindo muitas novas montadoras para o mercado, também estão entrando muitos operadores logísticos. Como o senhor vê o aumento da concorrência? Grey – Estes concorrentes que estão chegando agora não terão a experiência e o conhecimento do Brasil que nós já temos. Eles podem dizer o que fazem na Europa, ou nos Estados
Unidos, mas fazer aqui é diferente. Até que eles aprendam tudo, levará tempo. E às vezes aprendem da pior maneira: perdendo muito dinheiro e comprometendo o cliente, o que é mais grave. O cliente percebe isto. Ele sabe que não pode correr o risco de dar esse passo em falso porque não tem margem de erro. Isso pode custar sua permanência no mercado. Ele tem de olhar nos seus olhos e confiar. Saber que pode bater na porta, falar com o Toby e resolver. E que não terá problemas de falta de dinheiro para investir em seu projeto, de corrupção, nada disso, porque respeitamos as regras do negócio. Não temos medo de concorrência de bom nível. Porque o que ocorria antes – e esta talvez tenha sido a grande frustração de operadores logísticos que vieram para cá no passado – era você ser comparado com coisas diferentes. Eu não tenho medo e fico muito confortável quando estou participando de uma concorrência e estou em short list com duas empresas do mesmo porte que eu, porque sei que não são aventureiras. Sei que o cliente está sabendo escolher e que estou competindo com gente que joga da mesma maneira que eu. Destes competidores eu não tenho medo. Quando percebemos que o cliente está colocando no mesmo patamar coisas distintas, já começamos a perder o interesse, porque não vamos conseguir chegar ao mesmo patamar de preço. Porque aí o direcionamento é preço e não qualidade. Acabamos até declinando desses convites. Felizmente, os clientes que atendemos já passaram dessa fase e sabem avaliar um fornecedor. Acho que o mercado brasileiro amadureceu muito nos últimos anos. Silvia Marino syncreon: (11) 2191-8300
BIG DATA
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O poder da informação
Big Data Data, Internet das Coisas e Cloud Computing Computing. Mais do que ondas ou meras tendências, são tecnologias correlacionadas e que já começam a ser utilizadas pelas áreas de logística e supply chain, embora a maior parte das empresas ainda esteja engatinhando nesse sentido. Consultores, fornecedores de soluções e empresas ligadas a esses setores, no entanto, concordam que o caminho é sem volta 52 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
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mundo está cada vez mais conectado. Engana-se quem pensa que são apenas as pessoas que se ligam umas às outras por meio das redes sociais. Muitas companhias já monitoram esses e outros canais e obtêm informações preciosas que são utilizadas para aperfeiçoar ou mesmo desenvolver novos produtos e serviços, e também para otimizar processos de fabricação e de logística. Como se isso não bastasse, relógios, escovas de dente, geladeiras, veículos automotivos e máquinas industriais, entre vários outros produtos, estão sendo equipados com sensores e softwares embarcados que permitem sua conexão com a Web, com vários sistemas na nuvem (cloud computing) e até uns com os outros, formando o que se convencionou chamar de Internet das Coisas (tradução da definição em inglês Internet of Things, ou apenas IoT). Até 2010, havia cerca de 1 bilhão de dispositivos conectados, número que deverá saltar para 50 bilhões até 2020, e para 1 trilhão até 2035. Em termos de valores, o relatório recente do McKinsey Global Institute aponta que a IoT deverá movimentar US$ 6,2 trilhões até 2025, quando 100% dos fabricantes de diferentes produtos usarão aplicativos baseados nessa tecnologia. O principal impacto que isso tudo irá causar é um aumento exorbitante da já imensa quantidade de informações geradas diariamente, que chegam por vários canais e que, se bem filtradas, trabalhadas e gerenciadas, podem trazer ganhos substanciais para as empresas, para seus parceiros de negócios e para o consumidor final. Segundo o consultor Cezar Taurion, CEO da Litteris Consulting e autor de livros sobre Open Source, Inovação, Cloud Computing e Big Data, recentemente, nos Estados Unidos, mais de 60 startups que desenvolvem tecnologias relacionadas a Big Data
Taurion: no futuro, empresas de logística serão empresas de TI que entregam pacotes
e IoT voltadas especialmente para logística receberam investimentos superiores a US$ 360 milhões. “Isso comprova que, nos próximos anos, as empresas de logística serão, na verdade, empresas de tecnologia que entregam pacotes”, destaca. Por isso, as companhias que não querem perder competitividade precisam começar a investir agora nesse sentido. Mas, antes de tudo, Taurion alerta que é preciso entender o que é Big Data. “Em termos conceituais, não se trata apenas de grande volume de dados, porque isso é muito relativo. No início dos anos 2000, falar em terabyte era espantoso e apenas 20% dos dados estavam em formato digital. Hoje, mais de 98% de todos os dados do mundo já estão nesse formato e até 2020 deveremos gerar aproximadamente 44 zetabytes, que correspondem a 44 trilhões de gigabytes”, destaca. Mas, no conceito de Big Data, o Volume é apenas o primeiro “V”, que se junta aos demais quatro que o compõem, que são: Variedade (as informações chegam por diversas fontes, como smartphones, sistemas da empresa, redes sociais, sensores em produtos e veículos, entre outros meios); Veracidade (do turbilhão de dados, é preciso filtrar o que de
fato interessa para a empresa); Velocidade (dados obtidos on-line e em tempo real); e Valor (informações fundamentais que trazem benefícios para o negócio e para toda a cadeia). Big Data não é um produto de hardware ou software, mas sim um conjunto de tecnologias, processos e práticas que permitem às empresas analisar dados, tomar decisões e gerenciar atividades de forma mais eficiente, abrindo as portas para a era da economia inteligente, caracterizada pelo fluxo contínuo de informações que podem ser monitoradas e analisadas. “Embora este ainda seja um cenário imaturo e uma iniciativa inovadora para a maioria das empresas, ficar parado esperando a onda chegar será perigoso porque, até o final da década, o termo Big deixará de fazer sentido e dará lugar a Just Data – o modelo natural de se pensar análises de dados”, destaca Taurion. Para Arthur Hill, consultor e sócio-diretor da Movimenta Serviços Logísticos, a realidade atual da área de logística e supply chain mostra que há empresas com muitos dados, alguns indicadores e nenhum controle. “Já está havendo uma explosão de dados, mas poucas empresas, inclusive dentre as de grande porte, estão se preocupando com o Big Data. A demanda existe, assim como as oportunidades, mas a realidade é outra”, argumenta. Na sua avaliação, a prioridade do segmento ainda é investir nos sistemas transacionais. “Há muitas empresas que sequer usam o EDI (troca eletrônica de documentos) direito. E sem automatizar processos, não há como capturar dados nem analisá-los e gerenciá-los adequadamente”, pondera Hill. Vendo a questão por outro ângulo, Odair Koyama, gerente sênior de Consultoria de Vendas da Oracle Brasil, ressalta que especialmente as empresas de logística e de transportes já Outubro/2014 - Revista Tecnologística - 53
utilizam muito mais informações de Big Data do que imaginam. São dados estruturados (que chegam pelos sistemas – ERP, WMS, TMS – como pedidos de venda, estoques, transporte e outros) e não estruturados (provenientes de sensores, leitores de códigos de barras e RFID, GPS, etc.) que já fazem parte do dia a dia dessas empresas e que contribuem para a tomada de decisão. “O que noto é uma rejeição ao termo Big Data da parte dos gerentes de logística e supply chain. É um jargão que, segundo eles, está ficando cansativo”, justifica. Para Koyama, é importante ressaltar que o conceito e as tecnologias de Big Data permitem às empresas trabalhar com o que está acontecendo naquele momento, ou seja, com as informações que chegam em tempo real e, com isso, possibilitam corrigir distorções e tomar medidas emergenciais com maior rapidez. “Hoje, as companhias querem entender o comportamento dos caminhões dentro do pátio e por que ocorrem perdas nas operações de carga e descarga. No passado, essas operações eram desconsideradas porque não pesavam no faturamento. Mas isso mudou”, exemplifica. As empresas também querem saber onde existe risco, para reduzi-lo, assim como querem diminuir os custos de frete, garantir as entregas no tempo certo e evitar desperdícios. “Muitas estão usando o Big Data nesse sentido”, afirma Koyama, ressaltando que é preciso avançar para o emprego de ferramentas de análise que permitam prever cenários. “O benefício obtido com o uso das soluções de Big Data é possibilitar a tomada de decisão de forma preventiva, e ainda entender o cliente para melhorar processos para atendê-lo e, com isso, estar à frente dos concorrentes”, completa. Segundo o gerente da Oracle, são tecnologias que permitem fazer uma aná54 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
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BIG DATA
Koyama: companhias de logística e transporte já utilizam muito mais informações de Big Data do que imaginam
lise preditiva, e não apenas análise dos dados, como as que são realizadas com as soluções de Business Intelligence (BI), que ajudam os gestores a entender como a companhia funcionou no mês passado ou na semana anterior. Isso também tem seu valor, mas não é suficiente porque não possibilita tomar ações imediatas no momento em que o problema está acontecendo, ou mesmo prever cenários para evitar que venham a ocorrer.
Gargalos Na medida em que as empresas começam a querer tirar maior proveito do grande volume de informações, que tende a crescer ainda mais com a evolução da Internet das Coisas, uma vez que também os produtos vão gerar dados por meio dos sensores e softwares embarcados, outra questão vem à tona: a necessidade de utilizar as plataformas e soluções de cloud computing. Isso porque vai chegar um momento em que os recursos computacionais internos das companhias não conseguirão comportar o grande volume de dados ou mesmo abrigar ferramentas mais sofisticadas de análise. Na avaliação de Cezar Taurion, há grande desconhecimento sobre
as tecnologias existentes e predomina a ideia de que tudo é muito caro, e ainda de que o ambiente na nuvem é inseguro, o que não é verdade. “Muitas empresas investem em data centers próprios e acham que há maior segurança das suas informações, mas em geral não fazem as atualizações dos sistemas de proteção, não tomam cuidado com as senhas, permitindo que pessoas não autorizadas acessem dados estratégicos, e coisas do tipo, e estão correndo mais riscos do que supõem. A nuvem é mais segura e oferece a vantagem de se pagar apenas pelo que se usa efetivamente, livrando a empresa de ter de investir em aparato tecnológico próprio”, justifica. Oscar Gutierrez, vice-presidente da JDA Software, especializada em soluções para a cadeia de suprimentos, acredita que a resistência ao cloud já é bem menor do que no passado. “Oferecemos nossa suíte completa de soluções e também serviços em nuvem, e a aceitação dos clientes ainda é pequena, mas crescente”. O executivo ressalta que a JDA também possui forte atuação como consultora e, com relação ao Big Data, a percepção é de que algumas empresas são mais reativas, enquanto outras são inovadoras. “Especialmente na área de varejo, em que a JDA tem forte presença, as companhias estão investindo em tecnologias para otimizar o supply chain e atender melhor o cliente, especialmente porque muitas já atuam com multicanais, entrando ou aumentando sua participação no e-commerce, que é outra grande fonte de informações, sendo a maioria delas não estruturadas”, destaca Gutierrez. Isso, segundo ele, leva à necessidade de se rever os processos internos e saber claramente quais dados interessam ao negócio, ou seja, estabelecer critérios para filtrar essas in-
BIG DATA
Aposta na inovação uito antes de se falar em Big Data, Cloud Computing e Internet das Coisas, a UPS já utilizava o conceito de análise de dados. “Iniciamos essa prática em 1954”, destaca Nadir Moreno, presidente da UPS Brasil, acrescentando que essas tecnologias hoje se permeiam e permitem à empresa analisar e implementar continuamente a melhoria de processos internos para oferecer aos clientes os melhores serviços. Foi com o uso dessas ferramentas que a companhia conseguiu obter uma economia considerável de combustível e de tempo, e ainda disponibilizar um serviço mais personalizado ao cliente, com efeitos ambientais positivos. Desde o final de 2013, a UPS conta com uma frota mundial sustentável composta por 3.142 veículos que operam com combustível alternativo. Atualmente, a empresa entrega cerca de 16,9 milhões de pacotes a cada dia útil em mais de 220 países, manuseia mais de 700 mil embarques marítimos e avalia continuamente maneiras mais eficientes de gerir o negócio. No Brasil, o total da frota é de 65 veículos e a UPS emprega cerca de 3 mil colaboradores, incluindo funcionários e prestadores de serviço, distribuídos nas 12 filiais e na sede em São Paulo, que atendem 112 cidades. Segundo a executiva, o investimento em tecnologia é constante, com o objetivo de alcançar a eficiência na prestação de serviços para seus clientes (B2B) e para os usuários finais (B2C), e inclui desde soluções de gestão da informação – como o projeto implementado nos EUA de Big Data –, até a instalação, no Brasil, de um departamento qua-
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lificado, responsável pelo gerenciamento e otimização das rotas que os motoristas fazem. A empresa também consegue monitorar seus motoristas em mais de 200 pontos e otimizar rotas para que os veículos evitem aguardar em esquinas em que não há semáforos, sem ter de parar para poder passar. Para isso, desde 2013, emprega nos Estados Unidos o software analítico Orion (sigla de On-Road Integrated Optimization and Navigation), desenvolvido em 2003. O aplicativo reúne os endereços de pontos de dados necessários para a precisão dos dados de mapeamento. Para recolher esses dados necessários para desenvolver o programa, a UPS começou a utilizar soluções de telemática, com a instalação de equipamentos de rastreamento GPS e sensores em caminhões. A integração dessas tecnologias permitiu capturar os dados relacionados a rotas de veículos, desempenho e segurança do motorista. A ideia era expandir o uso do Orion para toda a frota de entrega nos EUA. Nesse sentido, a empresa impleDivulgação / UPS
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Nadir: investimento em tecnologia é constante
mentou protótipos dessa tecnologia em outras 11 localidades, entre 2008 e 2011, envolvendo motoristas experientes, desafiando-os a “bater o computador” através da identificação de eficiências adicionais que o programa poderia não ter levado em conta. Após vários testes, em 2013 o programa foi implantado em 10 mil rotas e, até o final de 2014, 45% das 55 mil rotas serão incluídas. A implantação completa nos EUA está programada para terminar no início de 2017 e, em seguida, serão iniciadas as implementações globais. Os dados de endereços e rotas são constantemente atualizados pela UPS. Conforme as mudanças ocorrem, o Orion otimiza as rotas dos motoristas durante a noite, com base nas instruções do cliente. De acordo com Nadir, com essa tecnologia a UPS está reduzindo a quilometragem percorrida e foi capaz de minimizar o tempo de inatividade. “Ao longo de um ano, a empresa registrou redução de um minuto de tempo ocioso por motorista, o que representa uma economia de US$ 400 mil. E, reduzindo uma milha por motorista todos os dias durante um ano, a UPS economizou até US$ 50 milhões. Além disso, a redução de quilometragem permite que nossos motoristas sejam mais eficientes, conseguindo recolher e entregar maior quantidade de pacotes”, explica a executiva. A solução ainda não é utilizada no Brasil, mas segundo Nadir estão sendo feitos estudos nesse sentido. No país, a UPS dispõe de um departamento qualificado e específico, responsável pelo gerenciamento e otimização das rotas. UPS: (11) 5694-6000
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formações para fazer bom uso delas e ter clareza em onde centrar o foco. Um exemplo de como um erro de informação pode causar distorções no atendimento ao cliente final e, consequentemente, arranhar a imagem da empresa, foi o da experiência pessoal de Virgínia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil. Ela comprou em São Paulo, pela internet, um ursinho de pelúcia para ser entregue como presente de aniversário para a sua netinha, que mora no Recife. No entanto, por um erro no código de identificação do produto, em vez do ursinho foi enviado um palhaço. “O problema é que minha neta tem verdadeiro horror a palhaços e o presente acabou causando um efeito contrário ao que eu pretendia. Esse
Gutierrez: é preciso estabelecer critérios para filtrar as informações
pequeno erro causou perdas para todos – para o lojista e para o fabricante, que tiveram de arcar com os custos logísticos de devolução do
produto errado e entrega do certo, e para o cliente, que não foi bem atendido”, explica. O que deu errado é que faltou alinhamento entre o dono do site e o fabricante. “Hoje, a fronteira entre o varejo físico e o on-line está desaparecendo, o que requer controles mais precisos”, destaca Virgínia, lembrando que há premissas a serem cumpridas. É fundamental que cada produto receba uma identificação única, atribuída pela indústria e mantida para o varejo e demais parceiros da cadeia, e todos devem falar a mesma língua. Deve-se garantir a integridade dessa identificação. Assegurar a veracidade da informação também é responsabilidade da indústria, assim como a classificação de cada produto. “Se
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duas dessas quatro premissas tivessem sido cumpridas, minha neta, o fabricante, o dono do site e eu estaríamos satisfeitos, porque o erro teria sido evitado”, conclui Virgínia. Na avaliação de Peter Hinssen, analista conceituado do mercado de TI, presidente da Across Technology e autor do livro The Network Always Wins, vivemos hoje o melhor e o pior dos tempos, em que é preciso entender o poder da informação. Para ele, muitas companhias não estão sabendo lidar com as pressões da atualidade. Estão transformando seus dados analógicos em digitais, o que é um erro, porque isso aumenta a dificuldade em lidar com as informações. “É preciso saber construir filtros melhores para utilizar a informação a favor de seu negócio. E como as empresas pretendem lidar com o Big Data, sendo que a maioria mal sabe tratar do Small Data?”, questiona. Ricardo Melchiori, diretor da Voticare Soluções e Consultoria, também acredita que saber filtrar e analisar os dados é o caminho para as empresas se diferenciarem no mercado. Há várias ferramentas disponíveis, dentre as quais o Tableau, um aplicativo disponibilizado como serviço (SaaS – Software as a Service) e que consegue trabalhar com as informações que chegam em vários formatos (planilhas, processadores de texto e banco de dados, por exemplo). “O problema é que software não faz nada sozinho. Há necessidade de profissionais com maior conhecimento para fazer a análise correta, o que está em falta, tanto na área de tecnologia da informação, como na de logística”, destaca. O argumento é reforçado por Sergio Loza, diretor de Big Data Analytics da IBM para a América Latina, que acredita que só não há maior uso de ferramentas analíticas devido à falta de pessoas habilitadas. “É preciso contar com uma equipe que possua conhecimentos de
Loza: uso de ferramentas analíticas esbarra na falta de pessoas habilitadas
matemática, estatística, ciência da computação, TI e negócios para entender e analisar os dados e saber fazer as perguntas certas”, explica. O executivo destaca que a IBM firmou parcerias com seis universidades no Brasil, dentre as quais se incluem a Fundação Getulio Vargas, a Universidade Mackenzie e a Escola Superior de Propaganda e Marketing, para formação de especialistas em Big Data. A ação faz parte de um programa mundial batizado de IBM Academic Initiative. “Mesmo assim, os prognósticos são de que, nos próximos cinco anos, haverá falta de mão de obra qualificada neste setor”, salienta Loza. Pesquisas recentes estimam que até 2015 o mercado demandará cerca de 4,4 milhões de profissionais em todo o mundo, mas apenas um terço desses cargos poderão ser preenchidos. Em termos de adoção das novas tecnologias pelas empresas, o executivo destaca que um estudo recente da IBM, realizado com mais de 4 mil executivos, mostrou que nos próximos três anos 73% das empresas que mais se destacam em seus segmentos de atuação pretendem fazer investimentos em soluções que dão maior visibilidade sobre a cadeia de suprimentos; 43% irão adotar tecnologias de colaboração para agilizar a toma-
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Tecnologia a serviço do cliente s informações sobre o pacote são tão importantes quanto o pacote em si.” A frase, dita por Fred Smith em 1978 ao fundar a FedEx, reflete a filosofia que até hoje tem norteado as operações da empresa e seus investimentos em TI. E quando o assunto é Big Data, Anthony Norris, vice-presidente sênior de TI da FedEx Services, explica que foi montada uma equipe multifuncional específica, composta por representantes das áreas de negócios e TI, encarregada de coletar requisitos de processos e casos para provas de conceito. Por meio dessa iniciativa, a empresa acumulou uma experiência valiosa que lhe permitiu reconhecer e moldar a demanda para seu serviço. Com o uso de ferramentas de Big Data são analisadas novas fontes de dados, como a atividade via celular e gráficos sociais, permitindo detectar tendências, prever demandas e identificar comportamentos que podem ajudar a melhorar a experiência do cliente. “O objetivo principal é unir os dados certos a fim de tornar a análise o mais relevante possível para nossos objetivos empresariais”, destaca Norris. Na avaliação do executivo, há fatores-chave que norteiam as análises de Big Data na FedEx. O primeiro deles é o valor que traz para o negócio. “Esse é o ponto inicial para o uso de dados. Você precisa saber para onde está indo e só então usar os dados para chegar lá. Sua organização deve ter uma estratégia empresarial clara. A partir daí, pode-se usar a análise de dados para munir os líderes de uma ótica empresarial, a fim de que eles atinjam suas metas e objetivos”, explica. Também é importante medir a qualidade dos dados e os que de fato têm importância. “Isso signi-
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fica coletar cada dado interno e ex- Desktop Infrastructure (VDI) permite terno que afete o negócio, em tempo que os usuários acessem seus desktops real, para poder monitorar e reagir de qualquer dispositivo ou lugar. “Isso rapidamente às mudanças. Informa- transformou o ambiente de computação em excesso dificulta a ‘minera- ção de desktops na FedEx, e nos perção’ dos dados”, mitirá reduzir os custos ensina. Segundo operacionais nos próximos Norris, não basta dez anos. Armazenamos toter dados; é precidos os conteúdos em data so transformá-los centers e aprimoramos a em informação segurança, garantindo o que seja útil para cumprimento de padrões e identificar e rede políticas sem o envolvisolver tendências mento individual dos fune questões emcionários. A virtualização presariais. “Mas o é um componente fundafator mais impormental para a redução do Norris: é preciso saber para onde se está indo e usar os dados para tante são as pesespaço físico da empresa”, chegar lá soas, porque as destaca Norris. empresas não fazem nada; as pessoas Especificamente sobre o Hosted Daé que fazem. As decisões não devem tabase Service (HDS), o executivo expliser baseadas apenas em dados. É pre- ca que se trata de um programa de mociso levar em conta o efeito que estas dernização de TI que moverá a maior causam em seu pessoal”. parte das bases de dados para uma plaA FedEx iniciou sua jornada de mo- taforma de tecnologia padronizada, de dernização de TI há vários anos, com o alto desempenho. Com essa mudança compromisso de adotar uma abordagem de bases de dados em cluster, a FedEx analítica, transparente e abrangente espera economizar espaço, energia e dipara tomar decisões em nome de clien- nheiro. “A modernização em nossa intes e com a meta de ter sucesso nos ne- fraestrutura de base de dados resultará gócios. Atualmente, a companhia con- em mais disponibilidade, menores custa com o Enterprise Data Center West tos e na melhoria de performance de (EDC-W), instalado no Colorado (EUA). toda a empresa”, acredita o executivo. Trata-se de uma infraestrutura moderA FedEx também desenvolveu o aplina, modular, expansível e eficiente que cativo SenseAware, uma solução podeabriga mais de 1.200 aplicativos migra- rosa, para que as organizações pudessem dos do Legacy Data Center, situado em ter total visibilidade de sua cadeia de suMemphis. “A modernização de nossos primentos em caso de envios de alto vasistemas permite que eles operem com lor ou produtos sensíveis a mudanças no as velocidades que precisamos e com a ambiente. O SenseAware fornece visibimoderna arquitetura de TI do EDC-W”. lidade em tempo quase real aos envios. Outros esforços, como a virtualiza- Ele combina um aplicativo on-line e um ção e o Hosted Database Service (HDS), dispositivo com múltiplos sensores para ajudam a dar forma à estratégia de mo- coletar e transmitir dados do interior de dernização da empresa. Aproveitando pacotes, paletes, trailers e armazéns por a infraestrutura na nuvem, o Virtual meio de um módulo de celular, via tecDivulgação
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nologia sem fio. Os dados são enviados para fins de monitoramento e análise. Com seu emprego, é possível saber a localização atual do pacote, medir a temperatura, a exposição à luz, a umidade do ambiente, níveis de impacto e pressão barométrica. “Uma vez que os dados são disponibilizados em tempo quase real, é possível intervir em caso de imprevistos”, salienta Norris. Os dados reportados pelo SenseAware permitem que os clientes testem hipóteses sobre métodos de embalagem, armazenamento e transporte para garantir que seu negócio opere da forma mais eficiente possível. Em conjunto com o SenseAware, também são utilizados o FedEx Priority Alert e os serviços de monitoramento e intervenção da FedEx Custom Critical, que oferecem capacidades adicionais, fornecendo uma camada extra de visibilidade e segurança. Lançado originalmente para o setor de ciências da vida, o SenseAware passou a ser empregado em outras áreas em 2009. “Hoje, usamos essa tecnologia para atender clientes de variados setores, como saúde e ciências da vida, aeroespacial, alta costura e eletrônicos, apenas para citar alguns. Todos enviam objetos críticos, de alto valor ou até mesmo insubstituíveis, como obras de arte, amostras médicas, instrumentos científicos, joias, peças de aeronaves, novos sistemas de jogos e até satélites. Essas empresas precisam estar sempre informadas das condições e da localização de seus pacotes. O SenseAware oferece todas essas informações e mais. Mas não vendemos esses dispositivos para o mercado. Eles são ferramentas que são fornecidas aos clientes enquanto utilizam o nosso serviço”, conclui. FedEx: 0800 703 3339
da de decisão; e 43% investirão em tecnologias analíticas. Para Albino Campos, executivo da área de Logística e Supply Chain da IBM, a maioria das empresas ainda está mais preocupada em automatizar seus processos e só numa segunda etapa irá adotar ferramentas de análise. “A IBM oferece uma série de soluções e serviços na nuvem que possibilitam o acesso a tecnologias mais complexas também a empresas de menor porte, que não teriam condições de implementá-las internamente, porque isto requer um aparato computacional mais complexo e pessoas habilitadas para fazer back up, segurança, etc.”, destaca Campos. Na sua avaliação, ainda é o embarcador quem mais investe em tecnologia. “É ele que empurra a cadeia logística. Num estágio mais atrás estão as operadoras logísticas e as transportadoras. Mas quem está totalmente defasado é o governo”, conclui. O consenso é de que a visibilidade da cadeia começa no cliente e, quanto mais se sabe sobre ele, mais se consegue melhorar a operação e oferecer o melhor serviço. Isso requer não somente tecnologia. Como bem ensina Cezar Taurion, o primeiro passo é identificar as oportunidades de valor, ter as expertises necessárias, saber quais são e onde estão os dados que importam e só então escolher a tecnologia. “É um processo contínuo e evolutivo. Sempre surgirão novos dados que levarão a instigantes perguntas. É assim que a sociedade evolui: sendo curiosa e explorando novos caminhos”, conclui. Silvia Giurlani Across Technology: 00 1 32 9 243 6000 GS1: (11) 3068-6229 IBM: 0800 7014 262 JDA: (11) 3549-9800 Litteris Consulting: (21) 2515-3669 Movimenta: (11) 9 9202-8104 Oracle: (11) 5189-1000 Voticare: (11) 9 9656-0633
DISTRIBUIÇÃO
Olha o jornal!
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Ferramenta da JDA adotada pela SPDL alterou desenho logístico da distribuição de jornais da Folha e do “Estadão” para o interior do país e permitiu à empresa reduzir em 12,7% os custos com transporte rodoviário
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a operação logística, tempo é uma das variáveis mais críticas a serem levadas em consideração. Custo e ativos empregados obviamente participam da equação, mas é o minuto a mais ou a menos que, muitas 62 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
vezes, determina o êxito da operação. É o caso da SPDL (S. Paulo Distribuição e Logística), operador logístico que gerencia a distribuição de produtos de empresas dos grupos Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo em todo o país.
Perecível, o jornal não dura mais que 24 horas; portanto, chegar ao destino a tempo é fundamental e, desde 2002, a SPDL vem aperfeiçoando os processos para aprimorar a operação e reduzir os custos na área de distribui-
ção. Atualmente, a companhia entrega mais de 700 mil jornais diariamente, operando todos os dias da semana, sendo responsável pela distribuição primária para todo o Brasil e também pela secundária, o last mile, na Grande São Paulo, que representa cerca de 400 mil do montante diário. A abrangência da operação é de mais de 900 municípios, que englobam 700 mil domicílios, num percurso de 50 mil quilômetros, mobilizando cerca de 3 mil pessoas e uma frota terceirizada de cerca de 1.250 veículos. A empresa faz a coleta unificada nas gráficas e a transferência integrada para o interior do estado e do país por rotas fixas, acessando os distribuidores regionais, ou franqueados, do grupo Folha e do Estado. São estes franqueados que assumem, a partir daí, a distribuição secundária para o restante do país. Na distribuição para a Grande São Paulo, a SPDL conta com quatro franquias, sendo três terceirizadas e uma própria. “A operação vinha sendo cuidadosa e exaustivamente estudada e foi aperfeiçoada ao longo de muitos anos. Mas não era o suficiente para conseguirmos reduzir os custos com transporte e elevar o nível de eficiência da distribuição”, diz o diretor-geral da SPDL, Mauricio Ajzenberg. Definiu-se como meta, então, encontrar novas maneiras de se racionalizar o transporte primário dentro de um conceito de quotas fixas dos grupos, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo.
Desafio As características da operação da SPDL – previsibilidade de volumes transportados, rotas e destinos definidos e rígidos horários de entrega – tornavam ainda maior o desafio de otimizar o desenho da logística. “Todos os dias saem as linhas-tronco de São Paulo, que se subdividem em ramais e em sub-ramais e, finalmente, em linhas de redespacho, para atingir a rede de franqueados. Apri-
morar uma operação já madura, com dados fechados, era a dificuldade que tínhamos”, conta Ajzenberg. O esquema da SPDL vinha sendo otimizado há décadas “na mão, na ponta do lápis”, por assim dizer, quando a necessidade de aumentar as possibilidades de simulação esbarrou no limite humano. “São tantos os pontos de chegada que era humanamente impossível considerar todas as combinações. Daí a necessidade de utilizar um software que permitisse fazer isso. E foi o que aconteceu”, detalha. A solução encontrada era conhecida do diretor da empresa: o TModeler (Transportation Modeler) da suíte JDA Software Distribution, um software robusto o suficiente para identificar qual ponto da operação de distribuição poderia ser aprimorado. Ajzenberg conta que há muito tempo ele intencionava comprar o software, mas faltava convencer os acionistas a investir em uma solução tecnológica para dar um salto em qualidade na análise das rotas. “Definimos como meta inicial diminuir o custo anual com o transporte em 5%, o que, em valores do ano passado, seriam R$ 600 mil”.
Mudança de paradigma Por meio de simulações de cenários, o TModeler indicou como alteração possível a criação de hubs intermediários para a transferência de carga. No desenho original, os caminhões são carregados na planta gráfica de um dos grupos e depois na do outro e, então, seguem viagem para a distribuição no interior. Baseado nas simulações, o software sugeriu a criação de pontos de cross-docking intermediários, economizando o tempo de trânsito entre as duas gráficas, estimado em 30 minutos. “Tínhamos 29 linhas-tronco que saíam de uma gráfica e passavam na outra e seguiam para o interior. O sistema sugeriu eliminar essas 29 linhas e fazer
Ajzenberg: dificuldade era aprimorar uma operação já madura
com que o caminhão fosse abastecido em apenas uma gráfica e se encontrasse com um segundo veículo num ponto de transferência de carga intermediário”, conta Ajzenberg, que explica: “Economizar os 30 minutos de deslocamento entre as gráficas nos permitiu unificar outras linhas, aumentando a eficiência do processo, consolidando a utilização dos caminhões ao invés de fracioná-la ainda mais”. Além da economia anual, a solução JDA Software conseguiu melhorar performances em outras métricas da SPDL. “Houve uma redução de quilometragem rodada da ordem de 20%, diminuição no consumo de combustível de 24% e as emissões para a atmosfera se reduziram em 40% nas rotas modificadas”, detalha Ajzenberg. Com o aperfeiçoamento em curso, a SPDL teve uma grata surpresa ao identificar que a meta de 5% de redução no custo geral com o transporte havia sido superada: o JDA Transportation Modeler descobriu novas potencialidades e a redução poderá chegar a 12,7%. “Continuamos a otimizar os nossos custos. Baseado neste cenário, o projeto se paga em nove meses, com uma taxa interna de retorno (TIR) na casa dos 18%. Após todas as implantações, pretendemos economizar anualmente US$ 1,2 milhão”, celebra Ajzenberg. Outubro/2014 - Revista Tecnologística - 63
Processo de implementação O consultor Alfredo Ferraz, proprietário da Consultoria ValueChain, responsável pela implementação e treinamento do TModeler na SPDL, explica que a demanda da distribuidora exigia que não se antecipasse o horário de carregamento dos jornais, muito menos o de entrega. “Essas restrições impunham um desafio importante, porque seria difícil reduzir custos sem mexer nessas variáveis. Era como uma camisa de força. Mas o software nos deu uma solução que ainda não havia sido pensada: a criação de hubs intermediários para o encontro dos veículos e a transferência de carga, otimizando a distribuição para o interior. É uma operação sincronizada, com um mínimo de espera para o transbordo”. Segundo o consultor, logrou-se uma economia importante porque foi possível consolidar linhas-tronco de distribuição. “Levamos quatro meses para fazer todas as simulações e apresentar os resultados para a diretoria da SPDL. Isto aconteceu em agosto do ano passado, quando definimos a solução, mas a implementação levou mais tempo porque existem contratos com as transportadoras que precisam ser revistos, ou seja, a implementação é mais lenta que a simulação propriamente dita”, explicou Ferraz. O diretor da SPDL detalha que “a configuração das novas linhas ainda vem sendo implementada. A das primeiras foi em março, a de outras em junho, e assim as novas linhas seguem sendo implementadas, testadas e corrigidas”. A implantação comandada pela consultoria passou pela montagem da base de dados, que exigiu a pesquisa da longitude e latitude de todos os pontos atendidos, e a definição do modelo inicial, que replicasse a operação original. A segunda etapa foi o treinamento dos usuários na operação com a ferramenta, com a execução das simulações feitas ainda pela consultoria. “Finalmente, a terceira etapa foi quando os operadores ganharam autonomia para fazer eles mesmos as simulações”, conta Ferraz. O investimento da SPDL com a licença de uso da ferramenta válida por dois anos, com opção de compra definitiva ao final do período, foi da ordem de US$ 100 mil, e com a consultoria foi consumido algo em torno de R$ 120 mil. Conforme explica o vice-presidente para América do Sul da JDA SofGutierrez: ferramenta permite modelagem de cenários complexos com rapidez tware, Oscar Gu-
tierrez, a ferramenta de planejamento de transporte tático facilita análises abrangentes da logística e do planejamento, com uma modelagem rápida de várias configurações para fornecer as informações de uso e gestão da rede de transporte. O caso da SPDL, diz Gutierrez, oferecia uma complexidade extra em função da quantidade de locais a serem considerados – 900 pontos de entrega – e das pequenas janelas de tempo disponíveis. A eficiência da solução oferecida baseou-se na escala de análise que o software permite. “Com as soluções de TMS (Transportation Management System) de que dispomos, conseguimos simular vários cenários, podendo observar as vantagens de contar com pontos de cross-docking,
da utilização de frota própria ou de terceiros, novas rotas, rastreamento da carga, ou seja, várias possibilidades. A ferramenta tem algoritmos bastante complexos para ajudar nisto”, comenta ele, acrescentando que a robustez da ferramenta é um dos seus grandes diferenciais. “Conseguimos processar um volume muito grande de dados em pouco tempo, o que é fundamental para que a decisão seja tomada dentro da janela de tempo disponível”, diz. A JDA fatura mundialmente mais de US$ 1 bilhão por ano. Na América do Sul, a empresa tem escritórios no Chile e no Brasil, com clientes em praticamente todos os países do conti-
nente. Gutierrez conta que, na carteira de clientes da empresa, das cem maiores empresas de varejo no mundo, 82 usam as soluções da JDA, e entre as cem maiores companhias de manufatura intensivas em distribuição, 87 são adeptas das soluções da companhia.
Conteúdo concorrente, logística colaborativa
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criação da SPDL representou uma quebra de paradigmas em dois dos maiores jornais do país: O Estado de S. Paulo e a Folha de S.Paulo, que além de concorrerem pelo mercado paulista, também têm leitores espalhados por todo o Brasil. Enfrentando altos custos de distribuição, as duas empresas perceberam que poderiam colaborar naquilo em que não eram concorrentes: a logística. Foi assim que criaram, em 2002, a S. Paulo Distribuição e Logística, que
Malha da empresa atinge 700 mil domicílios
“No segmento de supply chain, entre as 25 maiores empresas, 20 utilizam as nossas soluções”, conta.
Ganhos indiretos “Ao se ter uma ferramenta mais sofisticada à disposição da equipe, os profissionais ganham autonomia para pensar mais alto e aperfeiçoam o nível de percepção das possibilidades. Todo o processo fica mais proativo”, comenta o diretor-geral da SPDL. Ajzenberg acredita que, para operar o software, um conhecimento mais apurado da operação é demandado. “Por exemplo, acontecia de se unificarem linhas que atravessavam regiões distintas do país sem se considerar a segmentação de
é encarregada de gerenciar a distribuição dos jornais de ambas as companhias por intermédio de uma rede de franqueados 100% independentes espalhados em todo o país. A malha administrada pela SPDL entrega por volta de 700 mil exemplares, em 900 municípios, a 700 mil domicílios, em um percurso de 50 mil quilômetros, envolvendo cerca de 3 mil pessoas e uma frota terceirizada de 1.250 veículos. Apenas na Grande São Paulo, são atendidas 5 mil bancas diariamente.
jornais. Agora, como esse profissional tem de se preocupar com a expedição das docas nos hubs intermediários, ele passou a considerar esse tipo de detalhe. E isso vai exigindo outro tipo de soluções, como a separação de cargas dentro do caminhão. A adoção dos hubs transformou a forma de pensar dos profissionais da SPDL”, analisa. Decorrido pouco mais de um ano da adoção, o pessoal da SPDL conseguiu aplicar os recursos da ferramenta e simular alternativas para pouco mais de 50% das linhas. “Esperamos simular o restante das linhas, repassando a estruturação dos ramais e sub-ramais, até o fim do primeiro semestre do próximo ano”, diz Ajzenberg, revelando que a experiência pode render outros frutos: “Esta nova sistemática que a ferramenta nos permitiu pode nos dar substrato para ganhar maior competitividade na prestação de serviços para terceiros, participando de concorrências em outros negócios”. Valeria Bursztein JDA: (11) 3549-9800 SPDL: (11) 4166-9518 ValueChain: (11) 9 9136-6990
GESTÃO ELETRÔNICA
Quem paga a conta?
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Obrigatoriedade da emissão do Conhecimento de Transporte Eletrônico e, mais recentemente, do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais força as empresas de transporte a adotar sistemas e alterar processos. Mas exigências demasiadas do fisco e falta de infraestrutura dos estados ainda causam dificuldade operacional e obrigam setor a se organizar para solicitar revisões
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ão é das tarefas mais fáceis discorrer sobre os processos fiscais e tributários aplicados no Brasil. Sim, aplicados, no plural. São diversas as exigências e especificações impostas pelo fisco – palavra comumente utilizada quando nos referimos ao Estado enquanto gestor do Tesouro Público, no que diz respeito a questões relacionadas às atividades financeiras, tributárias, econômicas e patrimoniais – que devem ser seguidas por todos os contribuintes, sejam cidadãos ou empresas constituídas. Manter-se de acordo com a legislação no Brasil é complexo, pois o cenário tributário e fiscal difere nas unidades que compõem a Federação, os 26 estados e o Distrito 68 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Federal. Para facilitar a emissão de documentos, agilizar as operações e controlar de maneira eficaz a circulação de mercadorias no país, o Ministério da Fazenda, num trabalho em conjunto com a Receita Federal, começou a criar mecanismos a fim de alterar a sistemática de emissão de documentos. A meta era eliminar o preenchimento em papel e adotar tecnologias que permitissem a interface entre o fisco e as empresas. Isso foi feito. Primeiro, em 2008, com a adoção da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Para o setor de transporte, que conhece bem as complexas regras tributárias e fiscais do país, o cenário começou a mudar a partir de 2013, quando foi instituído o Conhecimento de Transporte
Eletrônico (CT-e) e, mais recentemente, em janeiro deste ano, com a adoção do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). Os players do segmento destacam que a intenção governamental é boa. Alguns pontos, contudo, ainda ficam à margem das reais necessidades e possibilidades dos fornecedores de transporte.
Na prática O advogado tributarista e diretor da Log Tributos – consultoria fiscal e tributária em logística, transporte, armazéns gerais e centrais de distribuição –, Francisco de Assis de Souza, explica que, além de gerar eletronicamente o CT-e e o MDF-e, as
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Santos: novas exigências obrigam empresas a ter mais rigor nos processos
vimentação, pois são de porte obrigatório. Na empresa, também é preciso imprimi-los e arquivá-los.
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empresas de transporte devem estar atentas ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Trata-se de um documento confeccionado pelas empresas mensalmente e formado por um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e das Secretarias da Receita Federal (Sefaz), bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações. Atualmente, todas estas informações são interligadas por um sistema que realiza a interface entre as secretarias da fazenda de cada um dos estados brasileiros e o software que as transportadoras foram obrigadas a aplicar. “Existe uma comunicação entre o que a transportadora produz na área de TI e as secretarias da fazenda. Quando se emite um manifesto, gera-se um documento eletrônico que fica na base de dados de cada secretaria. Isso serve para que o fisco tenha, agora, rastreabilidade da carga. Antes, ele tinha apenas o conhecimento de transporte e a nota fiscal, mas o que acontecia ao longo da cadeia não tinha visibilidade”, diz. Apesar da aplicação da tecnologia, o advogado lembra que os três documentos ainda devem ser impressos e levados junto à carga no ato da mo-
Divergências Na opinião de Souza, outro aspecto, além da adoção de tecnologia ou da obrigatoriedade de gerar os documentos eletronicamente, deve ser tratado com atenção. “Temos uma legislação arcaica e uma burocracia que não acompanhou a dinâmica do segmento logístico. E isso impacta diretamente no dia a dia das empresas”, afirma. Segundo ele, até dezembro do ano
Empresas organizadas e que aplicam tecnologia conseguem reduzir entre 25% e 30% de seu custo operacional
passado, quando o manifesto não era obrigatório, as empresas o emitiam apenas para facilitar a conferência das cargas em postos de fronteira e no destino e para ter controle interno. “Elas basicamente mencionavam no manifesto os dados do veículo e do motorista e relacionavam os conhecimentos de transporte e as notas fiscais daquela carga”, diz. A obrigatoriedade do manifesto eletrônico, porém, impactou fortemente no dia a dia das transportadoras. Isso porque, conta, agora é preciso citar uma série de detalhes operacionais. Informar os dados do veículo e do motorista continua
Souza: legislação brasileira não acompanha a dinâmica do setor logístico
como condição no documento. Mas, caso haja redespacho ou transbordo da carga, será necessário gerar outro manifesto. “Imagine este cenário em empresas de e-commerce, que possuem uma cadeia muito fracionada e utilizam diversas transportadoras ao longo da operação?”, questiona. Além disso, frisa o advogado, há as ocorrências normais do dia a dia da operação, que impossibilitam o atendimento desta exigência. “É impossível antever os acontecimentos e as sucessões de fatos que fazem parte da dinâmica do setor logístico para preencher, a cada evento, um novo manifesto e sanar as necessidades que o fisco impõe”, reforça. Souza cita outro cenário operacional para demonstrar as falhas no sistema. “Se determinada empresa gerar um manifesto e o conhecimento de transporte de uma carga que sairá no final do dia e, por algum motivo, a carga não for expedida, a empresa não consegue cancelar estes documentos, pois o sistema trabalha com a presunção de que a carga saiu, sendo necessário emitir outro documento”, descreve.
Soluções Para o presidente da fornecedora de tecnologias de gestão Addmark, Outubro/2014 - Revista Tecnologística - 69
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Eduardo Santos, as novas exigências obrigaram as transportadoras a terem mais rigor nos processos. Além disso, aponta o executivo, é preciso investir cada vez mais no departamento de tecnologia da informação (TI) e contratar mão de obra que saiba operar e entender a complexidade fiscal e tributária brasileira. “As empresas estão tendo de investir em
sistemas e pessoas, pois o setor de transporte cada vez mais se profissionaliza”, resume. Souza, da Log Tributos, salienta que há outras medidas que devem ser adotadas. Para o advogado, as transportadoras devem realizar um mapeamento de todos os seus fluxos e rotas. “Como há uma obrigação fiscal, muitas vezes as empresas terão de mudar
Entenda os documentos fiscais gerados eletronicamente relacionados ao transporte
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o caso das transportadoras, os principais documentos relacionados às operações são o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) e o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). - CT-e: criado pelo Ajuste Sinief (Sistema Nacional de Informações Econômicas e Fiscais) nº 09, de 25/10/2007, contém informações sobre a carga e a prestação de serviço. No início, as empresas podiam aderir de forma voluntária, tendo sido criada a obrigatoriedade a partir de agosto de 2013. A emissão e o armazenamento se dão de forma eletrônica, mas a norma estabelece que a carga seja acompanhada por um documento físico (impresso), chamado de Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte), que contém um resumo das informações que são disponibilizadas no arquivo eletrônico. - MDF-e: concebido pelo Ajuste Sinief nº 21/10. A exemplo do CT-e, também no início voluntário, foi tornado obrigatório a partir de janeiro de 2014. Concentra todas as informações da carga transportada (dados
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das notas fiscais emitidas pelos remetentes), sua rastreabilidade (informações dos locais de carregamento e de descarregamento), bem como identificação da real participação da transportadora na execução do transporte (veículo próprio) e do envolvimento de terceiros na operação (redespacho e subcontratação). - Sped: instituído pelo governo federal por meio do Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007. Além da geração dos documentos eletrônicos, no final do mês as empresas precisam escriturar todos os documentos emitidos e recebidos em livros fiscais específicos (Registro de Entradas e de Saídas) e, paralelamente, fazer a apuração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ou seja, verificar o quanto terão de recolher para o fisco com a escrituração de outro livro chamado de Registro da Apuração do ICMS. Essa escrituração hoje ocorre de forma eletrônica, por meio da geração de um arquivo que é transmitido ao fisco com o detalhamento de cada operação (geração da EFD). Fonte: Log Tributos
seus métodos e alterar a maneira de operar, ainda que isso implique alguma perda de negócio”, afirma. Há mudanças também na relação com os agregados, uma vez que o fisco os dispensa de alguns documentos fiscais. O advogado explica que, quando uma transportadora subcontrata um autônomo, a legislação não o obriga a emitir o CT-e e o MDF-e, uma vez que ele faz o transporte com os documentos do contratante, que traz apenas a informação da relação de prestação de serviços entre eles. Souza ressalta que isso pode gerar dificuldades durante o processo de movimentação. “Às vezes, é mais prudente iniciar o trabalho junto a empresas maiores, mais estruturadas para atender a todos os requisitos legais. É preciso otimizar e racionalizar as operações para atender às exigências legais”, pondera. Santos, da Addmark, sugere que haja inteligência na adoção dos processos e rigor nas informações no momento do embarque. “As empresas terão de investir em aplicativos para resolver as questões operacionais relacionadas às questões tributárias e fiscais, complexas no Brasil. Toda a tecnologia vai facilitar o dia a dia das empresas que estiverem bem organizadas”, garante. Ele aponta números para ilustrar. “A redução no custo operacional – retirada, embarque, transporte, armazenagem, expedição e entrega – que as empresas organizadas e que aplicam tecnologia têm varia entre 25% e 35%”, calcula. Os pequenos transportadores já começam a perceber as vantagens da informatização e contam com a ajuda dos embarcadores para se adequar. O gerente de Produtos Fiscais da Neogrid, Maicon Klug, revela que a companhia desenvolveu, por meio de sua solução Neogrid Fiscal, um processo no qual a indústria
auxilia no preenchimento do CT-e e do MDF-e. O executivo explica a dinâmica. “Assim que fechamos contrato com o embarcador, ele nos passa a lista de seus fornecedores de transporte. Entramos em contato com eles para que realizem a adesão ao projeto. Após isso, cada transportador é habilitado e cadastra seus dados em nosso site. Na sequência, essas informações são repassadas para as indústrias, para que sejam imputadas no Neogrid Fiscal e seja gerado um conhecimento e manifesto prévios”, descreve. Klug relata que, assim que os documentos prévios são gerados, eles ficam disponíveis no site da Neogrid. O passo seguinte é de responsabilidade do fornecedor de transporte. “A pequena transportadora é avisada, entra no site, confirma os dados, imputa informações complementares e envia o documento, automaticamente, para o sistema do fisco”, diz.
Grandes players Enquanto autônomos e pequenos fornecedores de transporte contam com o auxílio dos clientes para se adequar às novas exigências, as empresas estruturadas, adotando de maneira independente as soluções,
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Klug: solução da Neogrid auxilia pequenos transportadores
vislumbram mais claramente as dificuldades relacionadas à emissão dos documentos eletronicamente. É o caso da Braspress. O diretor Administrativo Financeiro, Giuseppe Coimbra, é enfático. “Qualquer passo que dermos para o desenvolvimento da relação eletrônica irá melhorar nossas operações. Mas nossa grande dificuldade para implantar os documentos eletrônicos está relacionada à mudança de regras. O problema é que o Brasil cria regras e depois as muda no meio do caminho. Esse foi um dos maiores problemas que enfrentamos tanto na adoção do CT-e quanto na do MDF-e”, salienta. De acordo com o executivo, a
Pela Neogrid Fiscal, a indústria auxilia no preenchimento do CT-e e do MDF-e 72 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
companhia investiu, desenvolveu processos e, quando os aplicou, as regras foram mudadas, porque houve, por parte dos estados, a alteração de condições. “Houve mudanças sistemáticas de regras depois da implantação”, lamenta. Coimbra ilustra um dos acontecimentos. “Temos de declarar a carga até o ponto de destino, mas, num determinado momento, um estado entendeu que se o caminhão passa por seu território, ele deve ser informado e isto deve constar no manifesto. Essa foi uma nova regra que surgiu depois de já termos implantado os processos”, demonstra. De acordo com ele, isso não é uma crítica. “Acho que é perfeito informar eletronicamente sobre a circulação da mercadoria, inclusive naqueles locais apenas de trânsito. Mas essa não tinha sido uma regra definida no início”, diz. Para o executivo, outra dificuldade está na falta de infraestrutura do poder público para atender às regras que foram criadas e à crescente demanda. “É preciso estar aparelhado em termos de tecnologia, mas ainda encontramos no Brasil diversos estados com dificuldades. Está melhorando, mas ainda é muito deficiente”, define.
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O diretor da Braspress faz outro lembrete. “Quando se trata de tecnologia, podemos ficar sem a ferramenta caso haja uma pane. Mas é preciso um plano B, que embora esteja previsto, não existe na prática”, afirma. De acordo com ele, além de não haver uma pronta resposta definida, cada estado institui um processo diferente caso o sistema de emissão eletrônica falhe. “Estes problemas não dependem de nós, por isso, não temos muito que fazer”, lamenta. Apesar das dificuldades, Coimbra já comemora os resultados e os benefícios dos documentos eletrônicos, como uma operação mais ágil, limpa e com baixos índices de erro. “Emitimos 1 milhão de conhecimentos de transporte por mês e, antes, nosso
Coimbra: problema é que as regras no Brasil mudam a todo momento
índice de erros era muito alto. Hoje, nossa acurácia operacional é de 95%. Os 5% restantes ainda nos preocupam, mas estamos passando por uma
fase de amadurecimento”, comemora. Na Golden Cargo, o gerente de Tecnologia da Informação, Jader Maia de Oliveira Júnior, informa que diferentes departamentos da companhia – TI, administrativo/ financeiro, jurídico e operacional – foram envolvidos nos trabalhos de desenvolvimento do sistema junto ao fornecedor da tecnologia. De acordo com o gerente, a maior dificuldade foi o sistemista entender as necessidades operacionais da Golden Cargo, que trabalha com carga fracionada. “A tecnologia que aplicamos não demandou desenvolvimento da equipe interna da Golden Cargo, mas tivemos de desenhar todo o processo junto ao fornecedor, colocar para testar in-
GESTÃO ELETRÔNICA
Divulgação
cisávamos entrar em contato com cada filial para saber se o veículo chegou”, lembra. Para resolver isso, a companhia imputou no sistema uma devolutiva que informa a chegada do veículo. Para o gerente, por conta de todos estes elementos, internamente, o trabalho mais importante foi o de capacitar os profissionais dos departamentos de TI e operacional para trabalhar com o sistema e preencher corretamente os documentos. Gildete: fisco tem ouvido as sugestões do setor
ternamente e validar se o sistema estava de acordo com a obrigatoriedade imposta”, conta. Ocorrências externas também fizeram parte da rotina durante o desenvolvimento. “As secretarias da fazenda carecem de informações. Elas poderiam ter dado mais informações técnicas e de processos para as transportadoras”, reclama. Além disso, mesmo após a obrigatoriedade de gerar o manifesto eletronicamente, por algum tempo muitos postos fiscais não reconheciam apenas aquele documento. “Levávamos na viagem o documento preenchido manualmente na transportadora e que não tinha validação da Sefaz”, revela. Agora, esse gargalo foi solucionado. Outro ponto na legislação também complicou a aplicação do processo na Golden Cargo. Oliveira Júnior diz que existem algumas regras na emissão do manifesto que dificultam a operação, como aquela que estipula que o documento deve ser encerrado no ponto onde foi gerado. “Se eu emitir um documento na minha matriz em São Paulo para uma entrega na filial de Luís Eduardo Magalhães (BA), o profissional que emitiu o documento deve encerrá-lo. A estrutura que recebeu a carga não pode finalizá-lo. Pre74 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Representação setorial Atenta às demandas do segmento e às exigências do fisco, a NTC&Logística se colocou à frente e fomenta as discussões quanto ao tema, em busca de soluções para as
NTC&Logística tem um grupo que troca experiências com o fisco buscando adequar as exigências à realidade do setor de transporte dificuldades que ainda surgem. A assessora jurídica da entidade, Gildete Menezes, divulga que há na associação um grupo de trabalho composto por 29 empresas atuantes nos mais diferentes modais que, além de se reunir periodicamente, uma vez por mês se encontra com representantes do fisco. “Quando as empresas recebem as modificações que o fisco pretende fazer, elas fazem a crítica, apontam os problemas e dão sugestões”, pontua. Segundo
ela, existe uma troca de experiências muito grande entre o fisco e as empresas. “Percebemos que o fisco tem sido bastante flexível em ouvir o que as empresas têm sugerido para adequar as exigências à operação. Há situações do ponto de vista tributário em que ele não pode abrir mão. Mas, no geral, as demandas têm sido atendidas”, garante. Do total de empresas participantes do grupo, 12 são transportadoras. Delas, o mais recente documento exigido eletronicamente, o MDF-e, já recebeu sugestões. “Na carga fracionada emitimos vários conhecimentos, mas o manifesto é único. Porém, quando acontece uma ocorrência na movimentação, como uma entrega não programada, a legislação exige que outro manifesto seja emitido e isso operacionalmente é inviável”, afirma. Para sanar o gargalo, Gildete anuncia que a NTC&Logística solicitou ao fisco que nas operações em que ocorram descargas não programadas haja a possibilidade de emitir os manifestos posteriormente. Há outro pedido de revisão, este vinculado aos pequenos transportadores, que não possuem estrutura de TI e operacional para emitir os documentos e acompanhar a operação. “Pedimos um regime especial para que essas empresas possam emitir tanto conhecimento quanto manifesto posterior às operações, quando terão todas as informações fechadas quanto à movimentação”, revela. O fisco estuda as solicitações e ainda não respondeu. Fábio Penteado Addmark: (11) 4096-0900 Braspress: (11) 2188-9000 Golden Cargo: (11) 2133-8800 Log Tributos: (11) 2345-4401 Neogrid: (11) 2135-8500 NTC&Logística: (11) 2632-1500
AUTOMAÇÃO
Controle total Fotos: Divulgação
Com soluções da Honeywell Scanning & Mobility, TA consegue automatizar processos de conferência, reduzir o índice de extravios e aumentar a eficiência das operações internas
C
omo se sabe, a automação é uma das estratégias clássicas para o ganho de eficiência em operações logísticas de média e grande complexidade. Quanto maior for o nível de padronização e menor o grau de intervenções aleatórias nos procedimentos, mais assertividade o processo terá, ofere-
76 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
cendo controle e precisão à operação. Esta foi a principal intenção da TA (Transportadora Americana) ao iniciar – há mais de cinco anos – a automatização de todas as etapas de conferência de volumes. Dalton Vecchini, gerente de Sistemas da TA e “pai” do projeto que reformulou as operações internas da
transportadora, conta que a empresa intencionava adotar a conferência eletrônica nos seus processos. “Até então, na TA não usávamos etiquetas. A operação era basicamente manual e queríamos ganhar em automatização. Foi quando passamos a rever os processos e aplicar a metodologia da conferência eletrônica.
Começamos a estudar tipos de etiquetas, adequá-las às caixas e reescrever todas as etapas operacionais pensando no uso das etiquetas e de coletores de dados”, conta. Em paralelo ao redesenho da operação, iniciou-se a pesquisa das possibilidades de adoção de equipamentos e sistemas. Um grupo foi composto formado por profissionais representantes de quatro áreas de atuação na transportadora: automação, infraestrutura, sistemas e operação. “Levantamos todos os fornecedores existentes na época no Brasil que poderiam nos ajudar. Explicamos o projeto, consultamos o mercado, testamos os equipamentos de cada empresa por 45 dias com o pessoal operacional da TA para entender como o equipamento reagia. Então, fizemos uma planilha com as informações provindas das quatro áreas envolvidas e ranqueamos os equipamentos com notas. Obviamente, o preço e a tradição da empresa no mercado também fizeram parte do ranking”, descreve o gerente de Sistemas da TA. Cada área de atuação avaliou os equipamentos de acordo com critérios próprios: a automação pontuou conforme a robustez, ergonomia e velocidade; já a área de sistemas considerou se o equipamento aceitava
protocolos e programações diversos; os profissionais de infraestrutura avaliaram o suporte remoto e a manutenção; e os operadores deram sua impressão pessoal sobre como era trabalhar com o equipamento. “Chamamos as duas empresas mais bem colocadas no ranking de avaliação e optamos pela solução da Intermec By Honeywell Scanning & Mobility. Já faz três anos que os coletores e impressoras estão em uso e é muito raro enfrentarmos algum problema”. O processo foi acompanhado por um integrador, a Quebeck, responsável pelo diagnóstico, sugestão de soluções e homologação de equipamentos. O gerente de Contas da empresa, Fernando José da Silva, explica o modelo de atuação: “Vamos até o cliente e vemos como é o projeto, o que demanda em termos de equipamentos e sistemas, e indicamos possíveis soluções. No caso da TA, ficamos cerca de dois meses para a aprovação e integração total, porque foram necessárias algumas customizações. A integração feita contemplou a fase de identificação dos equipamentos até a adoção propriamente dita”, descreve. Para a TA, a indicação adotada foi um software de gerenciamento a distância, coletores CK3 e impressoras PD41. “Esta foi a solução apro-
A implantação teve a participação de profissionais das áreas de automação, sistemas, operação e infraestrutura da TA
Vecchini: adoção de automação em processos totalmente manuais exige cuidados
priada para a TA que, associada às tecnologias agregadas, como equipamentos de leitura de códigos de barras, por exemplo, compuseram uma solução com a robustez necessária para dar conta das demandas”, avalia Silva. A opção da TA foi por coletores com capacidade para leitura de etiquetas em 2D. Na avaliação de Vecchini, a versão é melhor por ser menor, com redundâncias diferentes daquelas do modelo tradicional, o que faz com que a possibilidade de não leitura seja menor. “E pelo fato de o código 2D ser pequeno, é possível imprimi-lo duas vezes na etiqueta, o que diminui a necessidade de reimpressão. Conseguimos reduzir em mais de 25% a reimpressão de etiquetas apenas com a mudança do código de barras. Isto é importante porque, na nossa dinâmica operacional, os volumes muitas vezes se chocam uns contra os outros, correndo o risco de danificar a etiqueta”.
Milhões de volumes A necessidade de automação na TA pode ser entendida pelo volume operacional com o qual a empresa lida diariamente. Nos processos de Outubro/2014 - Revista Tecnologística - 77
coleta, transferência, distribuição e transbordo, a TA manuseia mensalmente por volta de 4,5 milhões de volumes, que passam por várias leituras ao longo do caminho. Daí a importância de controles precisos para evitar problemas. Em termos de resultados, a adoção do novo sistema teve forte impacto sobre a quantidade de extravios. “Não chega a zerar, mas estamos bem próximos disto. É preciso considerar que temos o elemento humano no processo, o que, por uma razão ou outra, acaba por interferir nos procedimentos. Mas se os processos forem integralmente respeitados, não há possibilidade de falha”, diz Vecchini. A adoção da automação por empresas de transporte de cargas e de logística é cada vez mais frequente. Entre as soluções comercializadas pela Honeywell Scanning & Mobility, de 30% a 40% são utilizadas em aplicações logísticas. A gerente de Negócios para canais da empresa, Bianca Nascimento, acredita que a tecnologia tem um impacto determinante na operação logística. “Com tecnologia, as empresas garantem uma série de benefícios, como assertividade no controle de estoque, agilidade nos processos logísticos, eliminação de erros de dis-
Nos processos de coleta, transferência, distribuição e transbordo, a TA manuseia cerca de 4,5 milhões de volumes por mês 78 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Silva: dois meses até a integração total dos sistemas
tribuição e otimização do tempo de trabalho dos operadores. Esses fatores são essenciais para uma operação logística adequada e de qualidade”.
Vencendo a resistência Além da tecnologia adotada, outro ponto crucial para o êxito da implantação da nova sistemática operacional na TA foi desenvolver um detalhado processo de treinamento com todos os envolvidos. “Nossa grande preocupação sempre foi com relação à resistência à mudança. É possível escolher e comprar o hardware; sistemas são definidos e adaptados; mas fazer o operador utilizar o novo equipamento é que é o desafio”, admite Vecchini. A gestão da TA optou por montar duas linhas de treinamento. Primeiramente havia o treinamento comportamental, com psicólogas contratadas, que foram treinadas nos processos operacionais da empresa e desenvolveram um conjunto de atividades interativas do qual os funcionários participaram antes da implementação do processo. “Esse treinamento teve um foco na mudança, em mostrar para as pessoas os benefícios da adoção da nova
tecnologia e da automação. No dia seguinte, entrava o treinamento chamado de prático, no qual explicávamos como funcionaria cada um dos processos da TA”, diz Vecchini. O treinamento prático cuidou de detalhar os pormenores da operação com os novos equipamentos. “Testávamos as ferramentas em ação, explicando o que era um coletor, seu funcionamento nos mínimos detalhes, inclusive, por exemplo, como se trocava sua bateria. Ao final deste processo, propúnhamos um exercício que simulava toda a operação, em cada uma das etapas. Fizemos questão também de esclarecer como o usuário seria responsabilizado pelo uso do equipamento”, conta Vecchini. Cada coletor utilizado na TA é liberado sob a posse de um funcionário e via sistema é possível identificar onde ele está e sob a guarda de quem. O operador deve preencher diariamente um check list sobre o estado do equipamento antes do início dos trabalhos. De acordo com Vecchini, a adaptação dos operadores à nova sistemática foi muito rápida. “Em menos de um dia de treinamento era pos-
sível adotar o sistema nas filiais e a explicação é que nos preocupamos em desenvolver uma solução de fácil entendimento para os usuários”, avalia o gerente.
Implementação A implementação do novo sistema de conferência começou a ser feita pela etapa da distribuição, uma vez que este processo já tinha alternativas de conferência desenvolvidas e efetuadas. “Começamos a implantar o sistema na distribuição das oito maiores filiais. Em paralelo, desenvolvemos o módulo de coleta, da entrada dos volumes, e o implantamos também nas oito maiores filiais. A partir daí, partimos para o processo de expandir a adesão ao sistema de coleta e distri-
mento, foram adquiridos 70 coletores, que estão em operação em todo o país; no caso das impressoras, 59 unidades foram incorporadas. “O volume de equipamentos dá conta da demanda até o dia de hoje. Com a implantação do módulo de transbordo, acredito que teremos de adquirir mais coletores para as filiais menores, em função das características dos processos desenhados. Até março de 2015, a TA prevê ter finalizada a implantação do módulo de transbordo na totalidade da rede de unidades. Passada esta etapa, Vecchini conta que começa a fase de definição de métricas para aumento de eficiência. “Já começamos a medir a produtividade em algumas fases, mas ainda é muito buição para as outras filiais da TA”, descreve Vecchini. Hoje, a empresa possui 44 filiais em todo o país. O terceiro módulo, de transferência, foi desenvolvido e implantado de início nas filiais maiores, simultaneamente, e depois em todas as outras unidades. Agora, a transportadora se dedica à incorporação do módulo de transbordo, que tem uma estratégia própria: começa pelas pequenas filiais para ir fechando o ciclo, chegando às maiores unidades da empresa. “É o processo mais complicado pela variedade de volumes e de destinos e, principalmente, porque é uma área que nunca contou com a automação como recurso. Até agora era um processo totalmente manual, por isso a implantação está sendo feita com todo o cuidado, porque se o transbordo não é bem realizado, o sistema gerará pendências que travarão todo o processo. Já o implantamos nas filiais pequenas e, até o final do ano, devemos concluir nas grandes”. A empresa investiu cerca de R$ 2 milhões no processo. Até o mo-
A transportadora iniciou o processo pelas filiais menores e espera, até o fim do ano, concluir a implantação nas grandes
Bianca: automação tem forte impacto na logística
experimental. Conseguimos, por exemplo, estabelecer alguns parâmetros com a medição do período
de tempo entre a leitura do último volume embarcado e a assinatura do motorista do veículo no coletor.
Grupo reúne quatro empresas
A
Holding TA tem sede em Americana (SP) e atende todas as regiões do país. Já a TA, Transportadora Americana, fundada em 1941, empresa do grupo dedicada ao transporte rodoviário, tem sua atuação mais focada nas regiões Sul e Sudeste e foi a primeira empresa do setor, na América Latina, a obter a certificação ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão de Qualidade, em 1994.
Além da TA, integram a holding a TALOG, uma das mais modernas operadoras de logística do mercado nacional, a TAExpress, especializada em encomendas expressas e urgentes e que associa os modais aéreo, rodoviário e marítimo, oferecendo embalagens e condições específicas de coleta, distribuição e acondicionamento, e a Universidade do Transporte, a primeira universidade corporativa do setor.
Hoje, definimos como tempo máximo cinco minutos para a obtenção da assinatura do motorista, mas ainda é muito tempo. Medimos também quanto tempo demora entre a assinatura no coletor e a saída do veículo pela portaria. E temos como medir quanto tempo demora a conferência de um manifesto. A partir disso, estamos começando a criar padrões”, conclui. Valeria Bursztein
Transportadora Americana: (19) 2108-9000 Honeywell Scanning & Mobility: (11) 3711-6770 Quebeck: (11) 5585-2766
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
Como detectar problemas no planejamento colaborativo de demanda com métricas simples Diego de Souza e Daniel Silveira
82 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
so de planejamento da demanda (vamos deixar de fora métricas de nível de serviço e planejamento operacional), associando-as a problemas comuns enfrentados pela equipe de planejamento.
O processo No contexto do processo de planejamento integrado de operações e vendas (S&OP, da sigla em inglês para sales and operations planning), o planejamento da demanda é o primeiro e mais importante input. A divisão das diversas etapas do processo e seus nomes variam de autor para autor. Utilizaremos os nomes da Figura 2 ao longo deste artigo.
Fonte: Autores
P
or que planejar? Para que tentar antever o futuro, se o mercado é tão volúvel e imprevisível? Por que não apenas atender aos pedidos à medida que aparecem em nosso sistema? Se nem os clientes sabem o que vão pedir, como nós vamos saber? Deparamo-nos constantemente com perguntas como estas ao implantar processos de planejamento, principalmente das áreas comerciais. E não poderia ser diferente. Tempo é um recurso escasso, e são de se esperar questionamentos quando pedimos algumas horas por mês para ajudar a equipe de planejamento integrado (ou S&OP, IBP, POVE, etc.) a montar um plano de demanda. A resposta curta é: planejar é importante porque reduz a incerteza. Incerteza gera tempo de espera na cadeia de suprimentos, e tempo de espera gera custos. Para citar apenas alguns exemplos: um produto esperando para ser vendido (estoque) tem custo de oportunidade do capital investido e risco de obsolescência/perecibilidade; uma máquina aguardando uma ordem de produção tem custo de ociosidade; um cliente desistindo de esperar por um produto e comprando o da concorrência tem o custo da margem perdida. Um bom processo de planejamento integrado tenta, entre outras coisas, reduzir a incerteza e balancear os custos associados, equilibrando serviço ao cliente, nível de estoque e produtividade da cadeia de suprimentos. E, como todo processo precisa de boas métricas para guiá-lo na direção da melhoria contínua, vamos explorar neste artigo algumas formas de medir o proces-
Figura 1 - Pizza da incerteza
e sugere este plano aos colaboradores, que podem acatá-lo ou fazer ajustes de acordo com suas impressões do mercado.
Fonte: Autores
Demanda irrestrita Com todas as colaborações em mãos, é necessário chegar a um consenso, um único número que será usado para o planejamento de todas as funções da operação e do financeiro. Este consenso é frequentemente alcançado em uma reunião, na qual as principais divergências entre os planos são discutidas e um número final é decidido. Cada uma destas etapas traz um valor distinto ao processo, e enfrenta problemas distintos de implantação e manutenção, que podem ser detectados e prevenidos com as métricas certas. Figura 2 - Etapas do planejamento integrado
Métricas básicas
Estatística Nesta etapa, modelos matemáticos são aplicados para tentar detectar padrões do passado e extrapolá-los para o futuro. Existem diversos modelos possíveis para diferentes casos, e esta etapa é facilmente agilizada através de mecanismos de seleção automática de modelos. Este primeiro número gera a base sobre a qual as próximas etapas serão discutidas. Plano do Analista Nem tudo é explicável por um modelo matemático. O papel do analista de demanda1 é fundamental para enriquecer o plano com informações externas à série histórica de demanda – como o lançamento de um novo produto ou a falta do produto concorrente no mercado – e para fazer ajustes na própria série, como é o caso com vendas fora do normal. Ele deve investir seu tempo com parcimônia, analisando os principais produtos e regiões e deixando a cargo da Estatística as demandas mais estáveis e menos importantes. Colaborações Coletar todas as informações relevantes ao plano de demanda dos próximos meses não é um trabalho simples, e dificilmente o analista conseguirá tê-las todas à mão para incluir no seu plano. A colaboração das áreas mais próximas ao mercado é fundamental para garantir a inclusão de todas as premissas de planejamento e para gerar comprometimento com o número. O analista monta o melhor plano que consegue com as informações que tem à mão,
Existem diversas métricas para medir a aderência de planos à realidade. Escolhemos três métricas básicas que, em nossa experiência, atendem perfeitamente às necessidades da esmagadora maioria das empresas. São relativamente fáceis de entender e implantar, livres de escala (o que quer dizer que podemos comparar um produto que vende mil unidades por mês com outro que vende 100 mil) e facilmente agregáveis para níveis gerenciais. A primeira é o MAPE – Mean Absolute Percentage Error, ou Erro Percentual Absoluto Médio. Ele nos diz quanto, em média, estamos errando no nível de agregação de cálculo2, sem compensar erros negativos com erros positivos. Ou seja, se vendermos mil unidades acima do plano do produto A no Rio de Janeiro, e mil unidades abaixo do mesmo produto em Manaus, por exemplo, estes erros não são compensados. Afinal, uma falta de produtos no centro de distribuição do Rio de Janeiro dificilmente seria compensada por um excesso de estoque em Manaus. Como erramos duas vezes (pelo excesso de estoque em um caso, e pela possível ruptura de estoque no outro), temos de contabilizar os dois erros. A segunda é o WAPE, ou WMAPE – Weighted Mean Absolute Percentage Error, ou Erro Percentual Absoluto Médio Ponderado. Este nos diz algo parecido com o MAPE, porém leva em consideração a importância relativa de cada produto/local no cálculo.
Fonte: Autores
Adotamos um processo que divide a etapa da Demanda em quatro fases: Estatística, Plano do Analista, Colaborações e Demanda Irrestrita. Existem outras formas igualmente válidas de organizar o processo, como a previsão base zero e bottom-up dos vendedores até os gerentes regionais; mas, em nossa experiência, estas quatro etapas trazem um bom balanço entre precisão, esforço investido e utilidade do plano.
Figura 3 - Exemplo de cálculo do MAPE Outubro/2014 - Revista Tecnologística - 83
Esta importância (ou “peso”) pode ser o volume de vendas, a receita, a margem total de contribuição, ou até mesmo notas de 1 a 10. Isto ajuda a evitar, por exemplo, que produtos de baixo volume distorçam o indicador para cima ou para baixo. Um produto que tenha a venda planejada de cinco unidades e venda dez unidades tem erro de 100%, mas o impacto operacional e financeiro deste erro é muito menor do que um erro de 20% em um produto que venda 5 mil unidades. A terceira e última métrica deste artigo é o MPE – Mean Percentage Error, ou Erro Percentual Médio. Diferentemente dos dois anteriores, o MPE considera erros negativos e positivos, indicando se o plano tem um viés mais pessimista ou otimista. No exemplo da Figura 5, o MPE negativo indica que, em média, estamos sendo otimistas com nosso plano. Todas as análises que vamos mostrar se utilizam destes três indicadores simples, com pequenas variações de cálculo.
Problemas de processo Com estas três métricas simples implantadas, a empresa pode então medir a precisão de seu plano de demanda e saber se está acertando no mix de produtos, no balanceamento entre as regionais, se o erro está concentrado em produtos de grande importância, e se existe um viés geral de otimismo ou pessimismo. Mas o que fazer se o erro estiver muito alto, ou em tendência de crescimento? Obviamente, existe uma componente de aleatoriedade no erro que é impossível de controlar e inerente ao mercado em que a empresa opera, mas pode haver componentes do erro trazidas por falhas no próprio processo de planejamento. Compilamos a seguir alguns dos principais problemas que já encontramos em processos que implantamos e acompanhamos. Estes exemplos podem ser encontrados em processos de planejamento com níveis de maturidade diversos, e em empresas de todos os portes.
Fonte: Autores
Tempo de análise mal investido Frequentemente, é inviável percorrer e analisar o plano para cada produto, local e mês do horizonte de planejamento. Por isso, é fundamental que o analista de demanda saiba prio-
Fonte: Autores
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
Figura 5 - Exemplo de cálculo do MPE
rizar seu caminho de análise e alocar seu tempo nos pontos mais frágeis do plano. Este problema normalmente tem duas facetas: ou o analista não prioriza e tenta abarcar todo o plano, o que o leva a análises rasas, ou prioriza pelos vetores errados, e acaba deixando de lado pontos críticos. A primeira pergunta a se fazer é se o tempo do analista está sendo de fato investido para melhorar a Estatística, ou se estamos gerando um Plano do Analista de precisão menor que os números gerados automaticamente pelos modelos. A resposta vem da simples comparação dos MAPEs e WAPEs destes dois planos com a demanda nos últimos meses. A segunda pergunta é se este problema é localizado ou generalizado. A análise do MAPE por família e por regionais ajuda na busca da raiz do problema. Outra análise útil para este propósito é o Gráfico de Pareto do erro absoluto do Plano do Analista comparado à demanda real, o que pode indicar uma concentração do erro em um produto ou local. Podemos encontrar grande concentração de erros em previsões baseadas em premissas de ações de marketing que não se realizaram, ou não tiveram a performance esperada. Finalmente, podemos comparar o WAPE com o MAPE para avaliar se o analista está acertando mais (e logo, provavelmente, investindo mais tempo de análise) nos produtos e regionais mais importantes para a empresa.
Falta de comprometimento com o plano Como dissemos na introdução, conseguir o comprometimento das áreas comerciais com o processo de planejamento não costuma ser uma tarefa fácil. Raramente o erro de previsão figura entre as metas destas áreas, e quando está lá, é com um percentual pouco significativo. Os colaboradores normalmente investem pouco tempo na análise do plano, o que reflete diretamente na qualidade do mesmo. Guardar os planos de cada colaborador separadamente e comparar seus MAPEs de alguns meses com os do Plano do Analista é uma excelente maneira de encontrar sintomas de baixo comprometimento. Com a análise em mãos, o anaFigura 4 - Exemplo de cálculo do WMAPE, usando a demanda real como peso lista de demanda pode conversar com os colaboradores in-
84 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
MAPE WůĂŶŽ ĚŽ ŶĂůŝƐƚĂ Ğ ƐƚĂơƐƟĐĂ ĐŽŶƚƌĂ ĞŵĂŶĚĂ ZĞĂů 25%
23%
20% 16%
23%
21%
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22%
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13%
Fonte: Autores
10%
:ĂŶĞŝƌŽ
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DĂƌĕŽ ƐƚĂơƐƟĐĂ
ďƌŝů
Maio
Junho
Plano do Analista
Figura 6 - Análise comparativa entre Estatística e Plano do Analista
dividualmente e tentar sensibilizá-los quanto à importância de um bom plano. Conectar o erro de planejamento com casos de baixo nível de serviço ao cliente é sempre um ótimo argumento! Em último caso, as análises podem também ser levadas para a reunião executiva a fim de ganhar apoio político junto à diretoria. Colaboradores otimistas ou pessimistas Metas agressivas existem para desafiar e motivar a equipe comercial, e são uma ferramenta válida e eficaz para aumentar o volume de vendas. Entretanto, geralmente trazem um efeito colateral negativo no planejamento: é difícil separar o número que gostaríamos de vender do número que achamos que provavelmente vamos vender. Nenhum vendedor quer apresentar um plano abaixo do orçamento para sua diretoria, e a tendência geral é que estes números venham praticamente iguais. Existe ainda o efeito contrário, quando as metas de vendas são derivadas do próprio plano, o que cria um incentivo para subestimá-lo. A análise do MPE dos últimos meses dos planos dos colaboradores pode mostrar estes vieses. Obviamente, não estamos dizendo que o orçamento e as metas não devem ser perseguidos. Mas, quando sabemos que MPE Colaborador de Vendas 10%
8%
-3%
-5%
-4%
-3%
-5%
-6%
-9% -20%
Ag os t Se o te m br o Ou tu br o No ve m br De o ze m br o
Ju nh o Ju lh o
M ai o
-28%
Ab ril
Ja ne iro Fe ve re iro M ar ço
Fonte: Autores
-14%
Figura 7 - Viés da colaboração de vendas que utiliza sua meta como plano
ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN
o cenário mais provável é o não atingimento de metas e aumentamos o plano mesmo assim, só estamos inflando os estoques e piorando o ciclo financeiro da companhia.
D W ŽŵƉĂƌĂƟǀŽ Diferença entre MAPEs dos Planos em relação ao MAPE da Demanda Irrestrita
46%
42%
41%
46%
42%
9% 2%
0% -4%
-1%
-4% 0%
Agosto
-4% -5%
-10% Outubro
Setembro
Plano do Analista
Vendas
2% -6%
1%
-10%
EŽǀĞŵďƌŽ
Demanda Irrestrita
0%
0% Dezembro
D W ƐƚĂơƐƟĐĂ
Figura 9 - MAPE Comparativo para análise de influência hierárquica no planejamento colaborativo de demanda
muito frágeis e suscetíveis ao fracasso. São muitas vezes vistos como apenas mais um conjunto de reuniões improdutivas e um desperdício de tempo. Saber quais são os problemas mais comuns e como detectá-los rapidamente é fundamental para reagir antes que o processo perca credibilidade e caia por terra. Como a aleatoriedade do erro é, na média, igual para todos os planejadores, podemos descobrir muitas falhas de processo comparando os planos entre si. Para isto, manter as etapas de planejamento bem definidas e separadas é fundamental. Finalmente, na busca pela melhoria do processo, é importante evitar criar um clima de acusações. A mensagem principal deve ser sempre a da colaboração por um objetivo maior. Diego de Souza Sócio-diretor da Plannera diego.souza@plannera.com.br Daniel Silveira Especialista em Planejamento da Plannera daniel.silveira@plannera.com.br Plannera: (21) 2025-7373
Conclusão Processos de planejamento integrado geralmente representam mudanças culturais significativas e são consequentemente
D W ŽŵƉĂƌĂƟǀŽ ŝĨĞƌĞŶĕĂ ĞŶƚƌĞ D W Ɛ ĚŽƐ WůĂŶŽƐ Ğŵ ƌĞůĂĕĆŽ ĂŽ D W ĚĂ ƐƚĂơƐƟĐĂ
37%
38%
36%
Fonte: Autores
13% 4% 4% 4% Agosto
4%
6% 6%
4%
Setembro Plano do Analista
10%
8%
Outubro Vendas
37%
36%
Demanda Irrestrita
6% 6%
EŽǀĞŵďƌŽ
11% 10% 10%
Dezembro
D W ƐƚĂơƐƟĐĂ
Figura 8 - Análise de influência e comprometimento com o processo 86 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
1
- Estamos usando o termo “analista de demanda” para designar a função de planejamento de demanda. Esta função pode ser exercida por mais pessoas, de diferentes níveis hierárquicos, dependendo da escala da empresa. 2 - O nível de agregação do cálculo é função do nível de detalhe que a operação precisa. Em nossas tabelas de exemplo, caso não fizesse diferença estocar/vender/produzir em SP ou no RJ, deveríamos ter calculado os erros de previsão para os produtos como se houvessem sido planejados para o mesmo local. Deve-se medir apenas no nível que impacta de forma significativa a operação da empresa. Lembre-se do trade-off utilidade x esforço x recursos.
Fonte: Autores
Influência hierárquica no processo A equipe de planejamento integrado, incluindo o analista de demanda, frequentemente tem de cobrar prazos e planos de ação de pessoas com nível hierárquico acima do seu próprio. Isto é mais evidente em empresas de médio porte, que raramente investem em uma vaga de gerente sênior ou diretor para a função de planejamento, mas acontece igualmente em empresas maiores. Muitas vezes, vemos bons analistas de demanda simplesmente acatarem, sem questionamento, os planos de colaboradores na etapa de consenso (demanda irrestrita), por sentirem-se constrangidos em questionar os números de gerentes regionais de vendas e gerentes de canal, mesmo sabendo que a precisão destes planos não é boa. O principal sintoma de que isto pode estar acontecendo é um WAPE da demanda irrestrita constantemente maior que o do plano do analista. Caso isto esteja ocorrendo, recomendamos duas análises. A primeira é a análise do MAPE comparativo entre todos os planos, que pode mostrar se o plano dos colaboradores de fato é menos preciso que o do analista. Podemos usar o MAPE da Estatística como baliza de referência, e mostrar o MAPE relativo dos outros planos mês a mês no período de análise. A segunda análise é a de influência da colaboração sobre a demanda irrestrita, ou seja, sobre o consenso final do processo. Para usar as mesmas métricas, podemos calcular o MAPE entre o plano dos colaboradores e a demanda irrestrita no lugar da demanda real. Um MAPE baixo indica que os dois planos estão bem próximos. Podemos ainda comparar este com o MAPE entre o plano do analista e a demanda irrestrita, confrontando as influências.
Negócios em movimento
Fotos: Divulgação
EVENTOS
Em sua 29ª edição, a Movimat – feira internacional de intralogística – firma-se como o mais importante evento voltado ao setor de movimentação de cargas e materiais, além de uma oportunidade para encontros de negócios. Este ano, a feira levou ao Expo Center Norte, em São Paulo, entre os dias 16 e 18 de setembro, cerca de 200 marcas, numa área de exposição de 15 mil metros quadrados. Paralelamente à exibição, o evento abrigou a XVIII Conferência Nacional de Logística, promovida pela Associação Brasileira de Movimentação e Logística (Abralog). A Movimat 2014 foi promovida e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, com o apoio da NTC&Logística, do Setcesp, da Abiaf e da Abralog. Veja a seguir algumas das novidades apresentadas na feira 88 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Empilhadeiras 25 FG e 30 FG, da All Work Equipamentos apresentam facilidade de manutenção e bom custo-benefício A Maxter Máquinas apresentou dois modelos de empilhadeiras da marca All Work: 25 FG e 30 FG, com capacidade de carga nominal de 2,5 e 3 toneladas, respectivamente. Os dois modelos são flex, podendo ser movidos a GLP e gasolina. As empilhadeiras têm como itens padrão torres triplex com deslocamento lateral, freio estacionário, sistema de v álvula de retenção nos cilindros hidráulicos, sistema de segurança para partida do motor, transmissão automática e sistema hidráulico de alta performance. Os equipamentos possuem baixo custo de manutenção e aquisição e são indicados para todas as atividades que envolvam movimentação de cargas, como nos setores de alimentos, remédios, materiais de construção e madeiras. Também podem ser aplicados no mercado de
locação de máquinas. Os focos de atuação são o médio e o pequeno usuário devido ao custo-benefício. Em breve, a empresa lançará mais quatro modelos a combustão, seis modelos elétricos e semielétricos e um manual. (11) 3173-1010
Empilhadeiras elétricas ME Pop, da Manitou Modelos ME 425C e ME 430 têm capacidade para 2,5 t e 3 t, respectivamente A Manitou, empresa de origem francesa que monta e distribui soluções de manuseio de materiais, apresentou na feira as empilhadeiras elétricas ME 425C e ME 430. Os dois modelos fazem parte da gama ME Pop, que inclui equipamentos com capacidades de 1,5 t até 3 toneladas. O ME 425C é um modelo compacto com capacidade de 2,5 t e peso operacional de 4,24 t. A altura do mastro elevado é de 3,65 m e seu
raio de giro é de 2,09 m. A velocidade de deslocamento com carga é de 12,5 km/h e a velocidade de elevação com carga é de 0,28 m/s. O modelo ME 430 tem capacidade para 3 t e peso operacional de 5 t. A altura do mastro elevado é de 3,71 m e seu raio de giro é de 2,23 m. A velocidade de deslocamento com carga é de 13 km/h e a de elevação com carga é de 0,26 m/s. A Manitou divulgou recentemente que possui um novo distribuidor, a Coparts, para a região de São Paulo. A distribuição é feita pela empresa desde agosto deste ano. (19) 3113- 3600
Botoeira MKS, da Marksell Equipamento tem membrana de toque, sistema inteligente de aviso de falhas e temporizador de manutenção preventiva A Marksell apresentou ao mercado a nova botoeira para plataformas niveladoras de docas MKS, que pode ser utilizada em todos os equipamentos da marca. Desenvolvido com tecnologia exclusiva, o aparelho tem baixa tensão, visor de alerta com diagnóstico e atende a todas as exigências da Norma Regulamentadora 10 - Segurança em Instalações e Serviços em EletriciOutubro/2014 - Revista Tecnologística - 89
EVENTOS
dade (NR 10) e do selo de Conformidade Europeia (CE). A botoeira apresenta nível menor de risco de acidente de trabalho, uma vez que o operador não tem contato com a fiação e nem com o sistema elétrico do equipamento. Ela apresenta ainda membrana de toque, sistema inteligente de aviso de falhas e temporizador de manutenção preventiva. A empresa tem intenção de transformar o aparelho em item de série de seus produtos. (11) 4772-1100
Garra Multiúso Usomax, da Saur Equipamento permite mover diversos tipos de carga com apenas uma empilhadeira A Saur, especializada no fornecimento de soluções para movimentação de materiais, levou para a Movimat a nova Garra Multiúso Usomax, desenvolvida para usuários que necessitam mover diversos tipos de carga com o uso de somente uma empilhadeira. A Usomax otimiza o uso da má90 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
quina e traz economia e agilidade às operações, dispensando a aquisição de equipamentos específicos para cada tipo de carga. O corpo do equipamento, que pode ser fixo ou com giro, permite que diversos tipos de braços ou garfos sejam instalados sem mexer na parte hidráulica da máquina. Sua capacidade é de 1 a 3 toneladas e ele é adaptável a todos os tipos de empilhadeira. No equipamento podem ser instaladas garras para bobinas, fardos, caixas e tambores, além de garfos. Com estes últimos, o aparelho adquire a função do posicionador de garfos, podendo pegar cargas grandes ou pequenas com rapidez. Quando os garfos são colocados no modo com giro, obtém-se um aparelho giratório para despejar contentores. Outra novidade da empresa é o DStacker, um armazenador e dispensador de paletes que proporciona, pelo seu sistema verticalizado, redução de espaço para estocagem. O equipamento não exige energia elétrica e aumenta a segurança para o operador, já que elimina a movimentação manual dos paletes. O produto, comercializado no Brasil pela Saur, é fabricado pela canadense QTek. (55) 3376-9300
Novas empilhadeiras e transpaleteira, da Mitsubishi Modelos são aplicados a diferentes necessidades operacionais
A Mitsubishi e a Auxter – representante exclusiva da montadora para o estado de São Paulo – apresentaram as empilhadeiras elétricas modelo FB, nas versões para 1,6, 1,8 e 2 toneladas. Além disso, mostraram a transpaleteira SBV 16 N2, que opera a uma altura de até 4,5 metros, com capacidade de carga de 1,6 t. A empilhadeira elétrica modelo FB é contrabalançada, com três pontos de apoio e raio de pequeno giro para trabalho em ambientes exíguos. Já a transpaleteira é aplicada em operações internas com elevação e operador embarcado. Braços laterais garantem a segurança e proteção do condutor. Entre os produtos do portfólio, a companhia destaca alguns outros modelos. A FB16-20 PNT tem capacidades entre 1,6 e 2 t e corredor operacional de 3.300 milímetros. A RB 14-25 NH, retrátil, conta com elevação de 11,5 m, enquanto o modelo PWR 30 possui capacidade para 3 t e trabalha com operador a bordo. Os outros destaques ficam por conta da transpaleteira SBV 12-16
EVENTOS
N, com capacidades entre 1,2 t e 1,6 t, operador a bordo e plataforma escamoteável e, na linha de empilhadeiras, dos modelos FG 18-35 NM, movido a GLP ou diesel e com capacidades variando entre 1,7 t e 3,5 t; do FG 40-55 N, também movido a GLP ou diesel e com capacidades de 4 t a 5,5 t; do FD 70 NM, a diesel, que movimenta 7 t; e do FD 80-160 N, que suporta de 10 t a 15 t. (11) 3602-6000
Linha de empilhadeiras e paleteira, da Toyota
empilhadeiras com capacidades de carga acima de 4 t. Já a paleteira elétrica modelo LPE, que chega agora ao Brasil, possui design compacto, capacidade de carga variando de 2 a 2,5 t e pode atingir a velocidade de 12,5 km por hora. Com o recurso Optimised Truck Performance (OTP), o manuseio do equipamento fica mais fácil, uma vez que o condutor tem uma direção suave no modo pedestre e também o controle de velocidade na curva. Toyota: (11) 3511-0400/ Bauko: (11) 3693-9333
Montadora e posto autorizado de serviço disponibilizam a Série 8 e o modelo LPE
Acessórios para baterias de empilhadeiras, da Retrak
A Toyota Empilhadeiras e a Bauko, posto de serviço autorizado da montadora, levaram à Movimat sua linha de produtos, com itens que são lançamento no mercado nacional. As empresas apresentaram, por exemplo, as empilhadeiras a combustão da Série 8, com capacidade de carga de 2,5 toneladas. Os produtos vêm equipados com Sistema de Estabilidade Ativa, que tem como função garantir uma operação mais segura. Também da Série 8, a combustão e com o sistema de estabilidade, a montadora disponibiliza
Equipamentos refletem a preocupação da empresa com o uso eficiente das máquinas
92 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
A Retrak apresentou, durante a Movimat, seus Trocadores Automáticos de Baterias (TAB) e suas Unidades Autônomas de Abastecimento (UAA). Os TABs estão disponíveis em diferentes modelos, que variam de acordo com o peso e as dimensões das baterias utilizadas. Para baterias leves, por exemplo, o trocador é instalado sobre uma transpaleteira manual. Neste caso, o movimento horizontal é feito por motor elétrico e a translação é realizada por um operador. Já o modelo destinado às baterias mais
pesadas apresenta tração, elevação e movimentação horizontal elétricas. Com a utilização do acessório, é possível reduzir o risco de lesões ocupacionais ocorridas durante o manuseio das baterias, que podem chegar a pesar mais de uma tonelada. A empresa disponibiliza ainda um modelo mais completo, com sistema de abastecimento automático incorporado. As UAAs, por sua vez, permitem o abastecimento de todos os elementos da bateria por meio de válvulas automáticas em uma só operação, que dura apenas 15 segundos. Dessa maneira, o operador não entra em contato com fluidos nocivos que contenham partículas de ácido sulfúrico, por exemplo. A Retrak anunciou também testes com novos sistemas que devem realizar o abastecimento em apenas cinco segundos.
Com o acessório, o usuário não precisa comprar água deionizada (sem íons), pois ele opera a partir de água de torneira. Outro aspecto importante é a redução da ocorrência de vazamentos e transbordamento do eletrólito, que pode corroer as caixas das baterias e contaminar o piso e o meio ambiente. (11) 2431-6464
Computador tátil TC55, da Motorola O equipamento traz capacidades integradas de captura de dados A Quebeck, empresa de soluções em automação de processos e controle de dados, oferece ao mercado o computador tátil TC55, produzido pela Motorola. O equipamento para acesso remoto traz capacidades integradas de captura de dados e foi feito para suportar o desgaste provocado pelo uso em ambientes industriais, o que diminui a possibilidade de falhas no campo. Desenvolvido em código aberto Android, as configurações padrão contam com Serviços Móveis do Google (GMS) e um conjunto de aplicativos padrão do Google integrados na maioria dos smartphones, ideal para profissionais que dependem de aplicativos como Gmail ou Google Maps. Pensado também para empresas com políticas de segurança restritas, as configurações profissionais não contam com GSM, proporcionando maior privacidade e segurança às informações, prevenindo o rastreamento da localização e da coleta de dados. A tela é sensível ao toque e o visor de alta resolução tem 3 polegadas. Baseada em tecnologia de ponta Hast LCD, a tela é brilhante tanto nos ambientes interiores como exteriores, enquanto consome substancialmente menos energia. Além disso, o painel de toque capacitivo se ajusta dinamicamente ao ambiente, permitindo a operação com ou sem luvas, molhado ou seco e com dedo ou caneta. O TC55 tem saída de voz com base na dupla de alto-falantes fron-
tal que aumenta quatro vezes o volume em relação aos smartphones populares. Combinado com dois microfones com tecnologia de cancelamento de ruído, o TC55 oferece significativa clareza em ambas as extremidades da chamada, mesmo em ambientes ruidosos. Possui leitor 1D integrado, um leitor bluetooth com anel 1D/2D opcional, uma câmera de 8 MP e NFC, para que o operador possa capturar de forma rápida e fácil praticamente qualquer tipo de dado com o pressionar de um botão. (11) 5585-2766
Linha de balanças cubadoras, da StarTrade Produtos podem ser aplicados em cadastro de volumetria e aferição de peso das cargas A StarTrade apresentou a linha de balanças cubadoras CubiScan, que medem o peso e a cubagem de cargas. As novidades podem ser aplicadas para o cadastro de volumetria na entrada e saída do armazém e de peso nas saídas das mercadorias. Além disso, podem ser integradas com o ERP, e a aferição TMS e WMS das empresas e realizam a auditoria volumétrica para o pagamento do frete. A linha é composta pela CubiScan 100 L, para medir caixas e objetos cuboides com capacidade para 50 quilos; CubiScan 110, que opera tanto sobre mesas com rodas quanto entre esteiras, que suporta até 50 kg; CubiScan 125, para cargas regulares (caixas) e irregulares (roupas, calçados e peças), com capacidade para 25 kg; e CubiScan 150, empregada para operações de cargas fracionadas até 150 kg. A empresa mostrou, ainda, o First Choice Apache. Trata-se de um portal de escaneamento para cargas paletizadas ou peças de grandes dimensões que permite incorporar balança para até 2 mil quilos e pode ser concebido de acordo com as necessidades do cliente. (41) 3285-8825
LIVROS
Os principais aspectos da logística empresarial
A
Editora Manole lança o livro Logística e Cadeia de Suprimentos: o Essencial, de autoria de Paulo Sérgio Gonçalves. A obra apresenta a logística dentro de uma visão empresarial, dando ênfase aos aspectos gerenciais dos processos logísticos e abordando temas como estratégia, serviço ao cliente, transporte e indicadores de desempenho. Escrito com base no cenário nacional, a publicação traz exemplos de empresas que atuam no Brasil. Indicado para estudantes, professores e profissionais da área de logística, o livro possui exercícios em todos os capítulos, além de contar com site com conteúdo complementar que tem como objetivo reforçar a aprendiza-
gem adquirida durante a leitura. Engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o autor é mestre em Engenharia de Produção pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e possui MBA em Estratégia Empresarial pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-RJ). Autor dos livros Gestão de Estoques: Teoria e Prática e Administração de Materiais, Gonçalves possui vasta experiência profissional nos segmentos de logística e operações (manufatura e serviços), tendo trabalhado em diversas funções executivas de cunho gerencial. Também atua como
professor de graduação e pós-graduação e como consultor para diversas empresas nas áreas de logística e operações. Logística e Cadeia de Suprimentos: o Essencial Paulo Sérgio Gonçalves 346 páginas R$ 72,90 Editora Manole www.manole.com.br (11) 4196-6000
ebook interativo sobre o Porto de Santos
A
Santos Brasil lança, em parceria com a Neotropical Multimedia, o ebook O Porto de Santos, Navegando pela História, de autoria de Cristiane Limeira. O aplicativo é gratuito e o conteúdo inclui vídeos, fotos e documentos a respeito do porto paulista. O objetivo é permitir que o usuário conheça, de forma interativa, detalhes inusitados e curiosidades sobre este que é um dos principais protagonistas da história do desenvolvimento do país. O ebook apresenta as mais diversas passagens sobre o porto e a cidade de Santos, desde os tempos da colonização até a globalização. No guia de referências históricas e turísticas, pode-se navegar por links interativos e conhecer melhor, por exemplo, o Mosteiro de São Bento, a Igreja do Rosário e a Fonte do Itororó. O usuário pode acessar ainda fotos do Monte Serrat, do Palácio da Bolsa Oficial 96 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
de Café e da Ponta da Praia. Por meio do recurso de realidade aumentada em arquivos HTML, é possível visualizar imagens em 360 graus, que reproduzem a sensação de se estar presente nestes locais. Aberto para o público em geral, o material foi desenvolvido pensando também em seu uso educativo. Por isso, o ebook inclui um manual para professores com dicas para aplicação em sala de aula, além de um guia de referências históricas e turísticas. Historiadora, Cristiane atuou com patrimônio histórico na Companhia Elétrica de São Paulo (Cesp), junto a uma das primeiras equipes corporativas de meio ambiente no Brasil. No início da década de 1990, assessorou o Ministério Público de São Paulo, quando a instituição ainda se estruturava para trabalhar na defesa do meio ambiente. Como especialista em políticas energéticas, atuou em consultoria
até 2003, quando ingressou no Instituto Pharos como diretora técnica. Disponível para os sistemas Android e iOS, o aplicativo pode ser baixado nas lojas Google Play e Apple Store. Para visualizar diretamente no navegador, acesse http://bc.pressmatrix. com/en/profiles/906667a455a6/ editions/0AZj0cZye8SzzqPbKLPB.
O Porto de Santos, Navegando pela História Cristiane Limeira 128 páginas Santos Brasil e Neotropical Multimedia
PRODUTOS
Mão de obra terceirizada para logística, da Produslog englobam vestuário, alimentos, brindes promocionais e revistas, entre outras. Um dos pontos fortes desse tipo de serviço é o menor impacto da sazonalidade e rotatividade do mercado, já que os profissionais são oferecidos Divulgação
A Produslog, cooperativa de trabalhadores prestadores de serviços na área de logística, oferece mão de obra avulsa para demandas diversas, disponibilizando profissionais para os clientes por períodos curtos ou longos, conforme a chegada de mercadorias ou solicitações. Os colaboradores podem prestar serviços de carga e descarga para as demandas de transporte, auxílio de produção ou manuseio para a montagem de kits, nacionalização, embalagem, preparação, picking e tudo o que envolve o manuseio de determinadas mercadorias, que
para serviços pontuais, podendo suprir substituições, férias ou diminuição no quadro de funcionários dos clientes. A Produslog conta com 250 colaboradores que são treinados pela própria empresa. O atendimento é focado nos operadores logísticos, correios e transportadoras. A Produslog tem escritório em Cotia (SP) e atende as regiões de Barueri, Jandira, Carapicuíba, Osasco, Cajamar, Embu das Artes e Itapevi, na Grande São Paulo. A empresa planeja abrir uma unidade em Buenos Aires ainda em 2014. (11) 4702-2242
Coberturas de alumínio, da Cobertex
Divulgação
A Cobertex, empresa que oferece coberturas para armazéns, traz para o mercado a cobertura de alumínio, em um serviço que inclui montagem, adaptação e possíveis reparos na estrutura, desenvolvida de acordo com o perfil do cliente. É possível fazer estruturas treliçadas de alumínio apenas para armazéns, com largura a partir de 20 metros e pé-direito de 6 m. Os armazéns são padronizados de forma que 70% de sua estrutura seja composta em alumínio de alta resistência. Composições com 100% de alumínio são feitas somente sob encomenda. O cliente especifica as dimensões, utilização de acessórios (iluminação, quantidade de portas ou acessos, etc.) e a aplicação, para que a empresa providencie a melhor proposta dentro do prazo estabelecido. A Cobertex oferece venda ou locação dessas estruturas, que podem ser apenas a cobertura ou o armazém completo. O produto é indicado para armazenagem de materiais secos e que não necessitem de refrigeração. O alumínio é uma opção de material sustentável e de alta resistência, qualificando-se como alternativa às estruturas convencionais de aço. Também oferece redução de peso e maior estabilidade de forma, além de não ser inflamável e ser mais resistente ao desgaste e à corrosão. (11) 4546-8200
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PRODUTOS
Tecnologia X Core, da Michelin
A Michelin deu início a uma nova geração de pneus para caminhões com o lançamento da tecnologia Michelin X Core. Desenvolvida no Brasil, a nova tecnologia oferece maior resistência e durabilidade à carcaça do pneu sem câmara, com ganhos de até 10% de rendimento quilométrico (em comparação aos pneus antecessores, na vida total – pneu novo mais recapagens) por meio de reforços em três partes do ativo: no talão, área em contato com a roda; no topo, única área em contato com o solo; e nas laterais. As atribuições da tecnologia X Core incluem novo composto interno de borracha que oferece mais resistência a choques, perfurações e infiltrações; nova proteção em nylon em volta do aro, que traz mais resistência ao aquecimento excessivo no talão do pneu, proporcionando maior recapabilidade e quilometragem total; e redução da distância entre os cabos no topo do pneu, que provê maior resistência a choques, perfurações e agressões na banda de rodagem, reduzindo a morte prematura dos pneus. A qualidade da nova carcaça foi garantida com a realização de testes de durabilidade e de resistência nas mesmas condições de uso dos clientes, com aproximadamente 80 mil pneus ao longo de quatro anos. 0800 970 9400
Aplicativo para caminhoneiros, da DBTrans A DBTrans, empresa do grupo FleetCor, divulgou no início de setembro o lançamento do aplicativo Rodocred para smartphones, desenvolvido para facilitar ainda mais a rotina dos caminhoneiros nas estradas. Com a ferramenta, o transportador que tiver o cartão Rodocred Frete MasterCard poderá acessar sua conta e realizar diversas ope98 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
rações diretamente pelo celular, como consulta de saldo e extratos, transferência entre contas quaisquer bancos, recarga de celular, pagamento de boletos, e ainda receber avisos e notícias. O aplicativo está disponível para aparelhos com sistema Android e pode ser baixado gratuitamente na Google Play Store. Até então, essas operações rotineiras podiam ser realizadas apenas
via call center e site da Rodocred. O Rodocred Frete é um cartão de débito com bandeira MasterCard que permite ao caminhoneiro receber o pagamento do frete. O produto funciona como um cartão de benefícios, onde o contratante do frete (transporte rodoviário de cargas) realiza o pagamento ao caminhoneiro através de créditos na conta Rodocred. (21) 3212-4700
Divulgação
Apax e WebAccess, da Advantech A Advantech, compa panhia que fornece soluç luções em computação mó móvel, lança os produtos Apax e WebAccess, fer ferramentas para contr trole e monitoramento que possibilitam o acesso móvel. Esses recursos têm o objetivo de facilitar o acesso às informações referentes a processos. A solução pode ser adequada ao escopo do cliente, adaptando-se a diferentes segmentos e procedimentos. O WebAccess é um software de supervisão e controle que permite o monitoramento das variáveis de campo
por meio de um servidor executado em sistemas operacionais – para PC ou Mac, ou para smartphones, como Android ou IOs, comunicando-se com equipamentos através da utilização de diferentes protocolos de comunicação. Esse acesso é disponibilizado via browser, permitindo a visualização por smartphones, tablets e equipamentos em geral. Para executar esse software e realizar as operações de controle, é necessário o Apax, aparelho que traz a junção do CLP (controlador lógico programável) com o PC industrial de alta performance, unindo toda a parte de supervisão, servidor e controle em um único equipamento (chamado de PAC). Em conjunto, essas ferramentas
permitem ao usuário acessar e controlar equipamentos específicos, verificar quais possuem alarmes ativos ou falhas registradas, consultar os dados presentes no banco de dados, gerar relatórios, criar uma interface gráfica mais desenvolvida, bem como utilizar outros recursos que podem ser explorados de acordo com a necessidade de cada aplicação. Dessa forma, o usuário tem a possibilidade de automatizar máquinas com um único equipamento incorporado ao software, que disponibiliza uma interface simples para realizar comandos em qualquer mecanismo industrial. O produto pode ser aplicado em diversos segmentos, como logística, indústria e varejo. 0800 770 5355
PRODUTOS PRODUTOS
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Caminhão de 10 toneladas 10-16 DT, da Foton
A Foton Caminhões lançou o Foton 10-16 DT, veículo do segmento de leves que chega na versão de 10 toneladas, com capacidade para receber terceiro eixo e se transformar em um caminhão de 13 toneladas. O lançamento possui entre-eixos de 3.360 mm, 3.800 mm e 4.500 mm. Com a primeira medida, o caminhão atende à aplicação VUC (veículo urbano de carga) exigida na cidade de São Paulo e demais grandes metrópoles do Brasil para acessar zonas com restrições de circulação de veículos de carga. O modelo é ideal para aplicações em grandes centros urbanos, pois alia agilidade no trânsito com a alta capacidade de carga, tanto para entregas urbanas quanto intermunici-
pais. Usualmente, são providos de baús ou carrocerias de carga seca (abertas). Também podem receber implementos como tanques de água, coletor de resíduos, bebidas e gás, entre outros. O 10-16 DT é equipado com motor Cummins de 3.8 I, com 160 cv, torque de 600 Nm e elevada capacidade de carga, com PBT de 9.500 quilos, podendo ser trucado, o que eleva sua capacidade para 13 mil kg de PBT. Outro diferencial do modelo é sua caixa de transmissão ZF-6-S-500 de seis marchas, com over drive que faz com que o motor trabalhe em menor rotação, aumentando sua vida útil, oferecendo inclusive entrada para tomada de força. O veículo possui harmonização no conteúdo da cabine e facilidade de basculamento, que ocorre por meio de alavancas de alta resistência, leves no seu acionamento, sendo este outro destaque na ergonomia do produto. Ele apresenta ainda tanque de combustível com capacidade para 120 litros, suspensão reforçada e quadro do chassis diferenciado.
Itens de série Além de todos os componentes mecânicos e demais diferenciais estruturais, o Foton 10-16 DT conta com um grande número de itens de série. A lista inclui: defletor aerodinâmico no teto, que contribui para redução de consumo nos veículos equipados com baú; ar-condicionado; vidros com acionamento elétrico; cobertura do degrau de acesso à cabine também de série, a fim de evitar abordagens externas indesejáveis e garantir maior segurança; coluna de direção ajustável em inclinação e altura. Importante destacar o baixo peso próprio do veículo (tara) de 3.200 kg, privilegiando a capacidade de carga; além disso, cilindro atuador da embreagem, que minimiza o esforço de acionamento e oferece conforto e comodidade ao motorista, e acelerador manual são outros itens de série. A série também inclui freios de serviço a ar dotados de ABS e freios de estacionamento com molas acumuladoras (spring brake), longarinas do chassis com módulo seccional de alta resistência, que garantem a durabilidade do produto. (11) 4595-7160
Sistema de rastreamento baseado em RF, da Sascar A Sascar, especializada em gestão de frotas e rastreamento de veículos, divulgou, no mês de julho, o início da comercialização do RF Nacional, sistema de rastreamento de veículos baseado em RF (radiofrequência) e GSM (Global System for Mobile, ou Sistema Global para Comunicações Móveis). A novidade é o uso dessas duas tecnologias para o rastreamento e recuperação de veículos em caso de roubo ou furto em áreas de risco. Em condições normais, o dispositi100 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
vo transmite os dados via GSM e, caso necessário, é acionado o sinal em RF para recuperação. Ele também é mais resistente à interferência de jammers, aparelhos utilizados para cortar o sinal de rastreadores e de celulares, e possui bateria backup com autonomia de cinco dias. O seu índice de recuperação de cargas é de cerca de 80%. O produto pode ser utilizado não apenas nos veículos que ainda carecem de um serviço de monitoramento e recuperação, mas também em toda
frota que já tenha um rastreador, mas que precise de uma segurança adicional contra roubos. O RF Nacional é um produto complementar às tecnologias convencionais de rastreamento com GPS. A instalação pode ser feita tanto em veículos leves como pesados. Em caso de roubo, a equipe Sascar atua imediatamente em conjunto com a polícia para a localização do ativo. O aparelho possui cobertura em todo o país, inclusive em lugares fechados. 4002-6004
Série F de caminhões, da Ford
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A Ford apresenta ao mercado os novos caminhões da Série F, composta por três modelos – o semileve F-350 e os leves F-4000 e F-4000 4x4. Os veículos, voltados tanto para operações urbanas quanto rurais, são equipados com motor 2.8 da Cummins de 150 cavalos e transmissão de cinco velocidades da Eaton. Freios ABS com distribuição eletrônica (EBD) e ar-condicionado são equipamentos de série. Para o lançamento, a companhia investiu US$ 70 milhões e rodou 700 mil quilômetros em testes, realizados no seu campo de provas em Tatuí (SP). O F-350 tem rodado simples, peso bruto total (PBT) de 4.500 quilos e capacidade de carga útil de 2.128 kg, podendo ser aplicado para transporte de hortifrútis, entregas fracionadas, serviços de manutenção e distribuição comercial. O F-4000 tem rodado duplo, PBT de 6.800 kg e capacidade de carga útil de 3.949 kg. É indicado para o transporte de hortifrútis, insumos agrícolas, material de construção e animais vivos, além de entregas fracionadas, manutenção de serviços públicos e aplicações fora de estrada. Já o F-4000 4x4 tem PBT de 6.800 kg e capacidade de carga útil de 3.810 kg. Seus ângulos de entrada de 26 graus e de saída de 27 graus facilitam a rodagem em terrenos de difícil acesso. Com tração 4x4, pode ser utilizado em serviços especiais como manutenção de redes elétricas, telefonia, água e esgoto, além de aplicações rurais diversas, suporte na mineração, construção
civil e atividade militar. A Nova Série F conta com garantia de 12 meses para os veículos e 24 meses para motor, câmbio e diferencial, sem limite de quilometragem. O contrato Fleet Service disponibiliza três tipos de plano: manutenção preventiva (Class), manutenção preventiva mais peças de desgaste natural (Plus) e manutenção preventiva mais corretiva (Prime). Outro serviço que já está sendo oferecido para a Nova Série F é o Ford Trac, um sistema de monitoramento e gerenciamento de frota. Os caminhões saem da fábrica com o equipamento instalado e a comercialização e ativação do serviço são feitas nos distribuidores Ford. O Ford Trac utiliza canal de comunicação de celular GPRS e realiza o bloqueio eletrônico do caminhão por meio do barramento de CAN (blindagem eletrônica). Entre suas principais funcionalidades estão a localização do caminhão com histórico de posições, extração dos dados de condução (velocidade, rpm, consumo de combustível e nível de emissão de NOx), definição de rotas e áreas de risco e serviço de pronta resposta nacional. 0800 703 3673
PRODUTOS PRODUTOS
Shuttle Viaflex, da Viastore
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A Continental lançou no Brasil o ContiHybrid LA3, pneu aplicado em caminhões leves. Disponível na medida 215/75 R17.5, é um radial sem câmara que tem entre seus destaques alta quilometragem aliada a elevado índice de recapagem, podendo ser aplicado em todos os eixos. Entre as melhorias tecnológicas presentes no novo modelo estão o emprego de ranhuras em três dimensões e maior quantidade de borracha na banda de rodagem, que passou a contar com quatro sulcos, garantindo desgaste mais uniforme. Já o desenho tridimensional é responsável por melhorar a tração e as ranhuras entregam mais desempenho em pisos molhados. As cintas reforçadas absorvem melhor as forças laterais e longitudinais, contribuindo para elevar o seu índice de recapabilidade. No talão, o novo composto empregado na área de contato do aro do pneu protege melhor o conjunto da ação do calor. Outra tecnologia presente no ContiHybrid LA3 é o Air Keep Inner Liner. Ele alia o emprego do novo composto na parte interna do pneu a um novo sistema de vulcanização, possibilitando uma retenção até 50% mais eficiente da pressão de ar interna, trazendo maior durabilidade e ampliando a recapabilidade da carcaça. A redução na deformação da carcaça também colabora para diminuir a resistência do pneu ao rolamento, proporcionando economia de combustível e menor emissão de CO2 na atmosfera, além de ampliar o ciclo de vida do pneu. (11) 4583-6190
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A Viastore Systems, fornecedor internacional de sistemas e equipamentos de intralogística, anuncia o lançamento do Viaflex. Trata-se de um sistema que faz a separação e o armazenamento semiautomatizado em um armazém. Entre as diversas características, o Viaflex permite o armazenamento com economia de espaço, suporta várias unidades de carga auxiliares de até 50 quilos, pode ser escalonado e expandido com facilidade e se movimentar em três eixos, além de apresentar a possibilidade de ser usado com shuttles ou mini-loads. A utilização do modelo composto por mini-loads e shuttles surgiu da necessidade do mercado atual de aliar desempenho dinâmico com alta capacidade de armazenagem. O resultado dessa combinação é a obtenção de um sistema automatizado com altos índices de movimentação de materiais e de um baixo volume de armazenagem, com custo muito mais atraente e competitivo se comparado a soluções únicas de mini-load ou shuttle. (19) 3305-4100
Pneu para caminhões leves, da Continental
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Monitoramento remoto de estoques, da NetVMI
A NetVMI do Brasil, que fornece soluções para gerenciamento de estoques a distância, apresenta uma novidade desenvolvida para monitoramento remoto de estoques e desenhada para grandes volumes de dados e acessos simultâneos, utilizando o sistema conhecido como VMI (ou Gestão do Estoque pelo Fornecedor). Por meio de sensores instalados em tanques ou silos de produtos químicos, um equipamento de telemetria realiza a coleta dos dados, e a união do hardware de medição e comunicação de dados com o software de gerenciamento disponibiliza, via internet, consultas on-line de todos os dados necessários para o gerenciamento dos estoques no cliente. Assim, o ciclo de reabastecimento da matéria-prima se torna mais
rápido e programado, reduzindo o risco de ruptura da cadeia de produção. Pelo VMI, o fornecedor passa a ter acesso aos dados de inventário do cliente e fica responsável por efetuar o ressuprimento automático do produto conforme a demanda. A vantagem dos serviços de gerenciamento de estoques a distância é que o cliente tem um baixo investimento inicial, pois não compra infraestrutura ou sistemas. Com a solução são possíveis o planejamento da cadeia de suprimentos, o controle da demanda, o ganho de eficiência, a gestão de estoques automatizada e a precisão de informações e dados dos estoques, eliminando falhas de comunicação. Ela traz ainda maior fidelização entre fornecedor e cliente, alertas frequentes para reabastecimento no caso de alto consumo de produtos e redução do número de carretas no pátio de espera. A NetVMI possui mais de 2 mil tanques monitorados. (11) 2626-9116
Luz de segurança para empilhadeiras, da TVH-Dinamica Divulgação
A TVH-Dinamica traz para o mercado brasileiro a Red Safety Light, luz de segurança vermelha em LED que sinaliza o percurso das empilhadeiras, da TotalSource, marca própria da empresa. O componente de segurança visual é essencial para garantir áreas de transição mais claras, já que projeta no chão a luz poucos metros à frente da empilhadeira, funcionando como um alerta aos funcionários próximos. Outro item oferecido é o Red Spot, uma opção para eliminar os ruídos estridentes dos avisos sonoros. Composta por duas fontes luminosas de 12-48 volts, geralmente instaladas no topo da estrutura da parte de proteção da empilhadeira, a lâmpada de segurança possui foco direcionado e elevada luminosidade. A TVH-Dinamica também conta em seu portfólio com o Blue Safety Light (luz de segurança azul), das marcas TotalSource e Speaker. (19) 3045-4250
AGENDA
INTERNACIONAL Expo Logística Panamá 2014. 22 a 24 de outubro. Atlapa Convention Center, Cidade do Panamá, Panamá. Organização e informações: Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Panamá – Senacyt. www.expologistica.org/ Logistics Madrid 2014. 5 e 6 de novembro. Madrid, Espanha. Organização e informações: Ifema – Feria de Madrid. www.ifema.es NACIONAL
IV Novas Fronteiras e Desafios da Logística – 2014. 23 de outubro. São Paulo, SP. Organização e realização: CISLog – Centro de Inovação em Sistemas Logísticos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Tel.: (11) 3091-5363 cislog@usp.br www.cislog.poli.usp.br/form2014 IX Seminário Internacional de Logística. 6 e 7 de novembro. Fortaleza, CE. Organização e realização: Prática Eventos. Tel.: (85) 3433-7684 coordenacaopratica@secrel.com.br www.seminariosep.com.br
Fóruns, feiras e seminários
Cursos de curta duração
Logistique 2014 - Feira Internacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior. 21 a 24 de outubro. Chapecó, SC. Organização e informações: Zoom Feiras & Eventos. Tel.: (49) 3361-9200 atendimento@zoomfeiras.com.br www.logistique.com.br
Gestão da Atividade de Prevenção e Perdas no Transporte de Cargas. 20 e 21 de outubro. Fortaleza, CE. Projetos Logísticos. 20 e 21 de outubro. Fortaleza, CE. Formação de Engenheiros Logísticos. 20 a 23 de outubro. São Paulo, SP. Geração de Lucros nas Transportadoras: como aumentar receita e reduzir custos e despesas operacionais. 25 de
Brasil LOG 2014 - Feira Internacional de Logística. 22 a 24 de outubro. Jundiaí, SP. Organização e informações: Ciesp SP. Tel.: (11) 4526-2637 comercial@feiradelogistica.com www.feiradelogistica.com Transpoquip Latin America 2014 – Encontro de empresas de infraestrutura para o transporte. 28 a 30 de outubro. São Paulo, SP. Organização e informações: Real Alliance. Tel.: (11) 5095-0096 info@real-alliance.com www.transpoquip.com.br Negócios nos Trilhos 2014. 11 a 13 de novembro. São Paulo, SP. Organização e informações: UBM Brazil. Tel.: (11) 4878-5990 contato@ntexpo.com.br www.ntexpo.com.br 104 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
outubro. Guarulhos, SP. Formação de Analista Fiscal para Operações Logísticas. 8 de novembro. São Paulo, SP. Custeio e Formação de Preços para o Transporte de Carga Lotação e Fracionada. 8 de novembro. São Paulo, SP. Melhores Práticas na Acuracidade de Estoques e Técnicas para Inventário Rotativo e Geral. 11 de novembro. São Paulo, SP. Organização e informações: TigerLog. Tel.: (11) 2694-1391 contato@tigerlog.com.br www.tigerlog.com.br Gestão e Manutenção de Frota de Veículos. 20 e 21 de outubro. Gestão Estratégica de Estoques de Materiais. 23 e 24 de outubro. Arrumação de Carga. 25 de outubro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Ceteal – Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com ATP - Análise Técnica de Perdas de Pneus e Combustível na Frota e suas Consequências em Valores Monetários. 25 de ou-
Cursos da Publicare Educação DSP (Detailed Scheduling and Planning). 1º, 8, 22 e 29 de novembro. BSCM (Basics of Supply Chain Management). 4 a 7 de novembro e 1º, 8, 22 e 29 de novembro. MPR (Master Planning of Resources). 1º, 8, 22 e 29 de novembro e de 11 a 14 de novembro. SMR (Strategic Management of Resources). 25 a 28 de novembro. ECO (Execution and Control of Operations). 11 a 14 de novembro. Todos com carga horária de 32h. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Publicare Educação e Associação para Educação em Administração Empresarial (Abai). Tel.: (11) 5505-0999 - atendimento@cursosdelogistica.com.br www.cursosdelogistica.com.br Implantando a Logística Reversa. 21 de outubro. Carga horária: 8h. Oportunidades de Negócios em Logística Reversa. 28 de outubro. Carga horária: 8h. Plano de Negócios em Logística Reversa. 18 de novembro. Carga horária: 8h. Gerenciamento do Processo de Logística Reversa. 18 e 25 de outubro e 26 e 27 de outubro. Carga horária: 16h. Organize o Processo de Logística Reversa. 1º e 8 de novembro. Carga horária: 16h. Organização e informações: Publicare Educação e Associação para Educação em Administração Empresarial (Abai). Tel.: (11) 5505-0999 - atendimento@cursosdelogistica.com.br www.cursosdelogistica.com.br
AGENDA
tubro. São Paulo, SP. Organização e informações: Maxxima Educação Corporativa. Tel.: (11) 2243-7927 maxximaeduc@gmail.com www.maxximaeducacao.com.br Logística de Distribuição: Armazenagem, Movimentação de Materiais e Transporte. 22 de outubro. Controle de Almoxarifado e Inventário Físico. 28 de outubro. Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 6 de novembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Minder Group. Tel.: (11) 5111-8220 www.mindergroup.com.br Pacote de Iniciação com o ProModel. 3 a 5 de novembro. ProModel Avançado. 10 a 12 de novembro. VBA. 13 de novembro. 3D Animação. 14 de novembro. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Belge Consultoria. Tel.: (11) 5561-5353 info@belge.com.br www.belge.com.br Previsão de Demanda com Práticas de MS Excel. 23 e 24 de outubro. Operação de Transportes: Gestão de Performance e Custos com Práticas com MS Excel. 6 e 7 de novembro. Ambos em Campinas, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (11) 3170-4432 sac@cebralog.com www.cebralog.com.br
Planejamento Colaborativo da Demanda. 3 e 4 de novembro. Gerência de Custos Logísticos. 10 e 11 de novembro. Planejamento Logístico e Supply Chain Management. 12 e 13 de novembro. Gestão Estratégica de Suprimentos. 17 e 18 de novembro. Todos no Rio de Janeiro, RJ. Organização e informações: Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Tel.: (21) 3445-3000 ilos@ilos.com.br - www.ilos.com.br Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Compras e Administração de Materiais. Gestão da Distribuição. Logística em Comércio e Serviço. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Tecnologia Aplicada à Logística. Todos com carga horária de 15 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Carga horária: 18 horas. Logística Integrada. Logística Reversa. Logística de Transportes. Todos com carga horária de 24 horas. Administração de Operações Logísticas. Carga horária: 30 horas. Gestão de Frotas. Carga horária: 30 horas. Operações de Logística Internacional. Carga horária: 30 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883 2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br
Curso Prático para Operador de Guindaste e RTGs. Duas turmas mensais até fevereiro de 2015. Carga horária: 60 horas. Manaus (AM). Organização e informações: Porto Chibatão e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). Tel.: (92) 2123-4163 www.sestsenat.org.br
Cursos de longa duração Tecnologia em Logística. Duração: 2 anos. Curso de Extensão em Supply Chain Management. Carga horária: 40 horas. Curso a distância. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Carga horária: 366 horas. São Paulo e Águas de São Pedro (SP). Curso Técnico para Assistente em Logística Empresarial. Carga horária: 200 horas. Bertioga (SP). Curso Técnico em Logística. Carga horária: 800 horas. Curso Livre em Almoxarife. Carga horária: 160 horas. Auxiliar de Operações em Logística. Carga horária: 160 horas. Curso Livre de Comprador. Carga horária: 160 horas. Assistente em Transporte e Distribuição. Carga horária: 240 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883 2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Advantech ......................................................... 47 Advocacia Fiorin Longhi ................................... 30 Allink ................................................................. 39 Almi ................................................................... 33 Assine Tecnologística ...................................... 103 Bertolini ............................................................ 11 BGM Rodotec .................................................... 71 Cargosoft ........................................................... 94 Cascade ............................................................. 27 Cassioli .......................................................2ª capa Celere ................................................................ 41 Celistics ............................................................. 37 Ceva................................................................... 93 CFI Logística .............................................. Encarte Columbia....................................................3ª capa Consmetal ......................................................... 31 Cursos Apics .................................................... 105 Datalog .............................................................. 58 Diagma .............................................................. 51 Emplaca ........................................................... 102
106 - Revista Tecnologística - Outubro/2014
Fort Paletes ........................................................ 81 GEE .................................................................... 85 GKO................................................................... 73 GLP - Global Logistic Properties ...................... 45 Gocil .................................................................. 99 Gollog - VRG Linhas ......................................... 21 GreenMile ......................................................... 65 Grupo Libra ....................................................... 59 Grupo TPC ........................................................ 29 HBZ.................................................................... 15 ILOS ................................................................... 87 Inovatech .......................................................... 57 JDA .................................................................... 75 JSL...............................................................4ª capa Jungheinrich ..................................................... 91 Karga Rio ........................................................... 78 L.Amorim .......................................................... 26 LogFashion ........................................................ 80 Login ................................................................. 13 LP Brasil ............................................................. 23 Maxter ............................................................ 101
MZO Log ........................................................... 67 Nacco Hyster ..................................................... 09 Nacco Yale ......................................................... 95 Opentech........................................................... 61 Pajuçara ............................................................. 97 Polo 40 .............................................................. 07 Sancargo ............................................................ 38 Sascar ................................................................. 55 Still .................................................................... 49 Sythex................................................................ 79 T.A.T Log ........................................................... 35 Tegma ................................................................ 05 Testo do Brasil ................................................... 66 TNT Mercurio .................................................... 25 Tradimaq ........................................................... 64 UPS .................................................................... 19 Wilson Sons ..........................................Sobrecapa WT Goodman ................................................... 17