Revista Tecnologística - Ed. 231 fevereiro 2015

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ESPECIAL

PORTOS SECOS E CLIAS

Segmento ainda sofre com indefinição jurídica Tabela mostra quem são e o que oferecem os principais players do setor

Entrevista: Ignacio Garat conta como a TNT se reinventou e voltou a crescer



SUMÁRIO

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MERCADO Siga todas as novidades do mercado brasileiro de logística nesta seção

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ESTOCAGEM

ESPECIAL PORTOS SECOS E CLIAS

Tabela traz os principais players do segmento e mostra a estrutura e os serviços oferecidos

Fabricante de autopeças BorgWarner aplica conceitos lean em sua fábrica e obtém redução significativa de estoque de três de seus componentes de maior volume, projeto que lhe valeu um prêmio concedido pela Fiat

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ILOS Artigo de Monica Barros aborda os problemas de infraestrutura na América Latina, como congestionamento de portos, falta de capacidade ferroviária e estradas ruins, além da dificuldade de trânsito de mercadorias entre os países da região que, com isso, tem custos elevados e perde produtividade

AUTOMAÇÃO Com a automação implantada em suas operações, a distribuidora de videogames NC Games eliminou erros de separação e melhorou seus controles, com um aumento de 200% da produtividade

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ENTREVISTA O diretor-presidente da TNT Brasil conta como foi a reviravolta da empresa, que estava prestes a ser vendida ou fechada e recuperou seu prestígio e seus bons resultados

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ESPECIAL PORTOS SECOS E CLIAS

CROSS-DOCKING Acompanhe o vai e vem dos profissionais no nosso movimentado setor de logística

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LIVROS Nesta edição, destaque para a quinta edição do livro “Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial”, de Ronald H. Ballou – um dos principais nomes da logística mundial –, e “Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior”, de autoria de Pablo Rojas

Setor de recintos alfandegados de zona secundária ainda sofre com as indefinições jurídicas e de legislação, e continua dividido sobre a melhor forma de concessão das unidades. Mesmo assim, segue investindo em tecnologia e ampliação de serviços

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PRODUTOS Conheça os principais lançamentos de produtos, sistemas e serviços voltados à logística

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AGENDA Confira os mais importantes cursos, seminários, MBAs e demais eventos nacionais e internacionais do setor de logística em nossa agenda

Capa: Michele Bianchi Foto: Shutterstock


Publicare Editora Ltda.

EDITORIAL

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Diretores Shirley Simão shirley@publicare.com.br

Jorge Roberto Simão jorge@publicare.com.br

Simplesmente brasileiros

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ou brasileiro e não desisto nunca. Era o que dizia um comercial recente, de algum governo ou entidade. Apesar do ufanismo barato, a frase não é de todo vazia, se considerarmos o que os empresários brasileiros têm de enfrentar para que seus negócios subsistam. Mesmo assim, eles persistem. É o caso do setor de recintos alfandegados de zona secundária, os chamados Portos Secos – que trazemos em destaque nesta edição. Portos Secos, ou Clias (Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros), ou ainda EADIS (Estações Aduaneiras de Interior). A profusão de nomenclaturas para uma mesma atividade por si só já demonstra a complexidade da coisa. Não falamos do negócio em si, que é útil para o país, facilitando as transações para importadores e exportadores, mas da legislação que o guia. Criados há pouco mais de 20 anos para serem facilitadores do comércio exterior e desafogar as zonas primárias – portos e aeroportos –, os Portos Secos sofrem com a indefinição legal. A princípio funcionando sob permissão, depois por licitação e, posteriormente, sob licença, os recintos compõem hoje duas categorias distintas: os que possuem tempo determinado de contrato – os Portos Secos – e os que operam sem prazo contratual, que são os Clias. O imbróglio é tanto que muitas empresas operam sob liminar. Mesmo diante desta indefinição, o setor continua confiante de que há espaço para crescimento e segue fazendo os pesados investimentos que a atividade exige. Embora divididos sobre o melhor modelo de concessão, os empresários são unânimes ao pedir do governo um pouco mais de rumo e de critério na hora de abrir novas licitações de área, uma vez que há regiões com potencial e outras já saturadas. Não é pedir muito, é? Outro exemplo de persistência e virada de jogo que vemos nesta edição é o da TNT Brasil. Há poucos anos, a empresa esteve na iminência de ter suas operações globais adquiridas por outro grande player do setor, transação barrada pela União Europeia, que considerou a consolidação como prejudicial ao mercado. Diante disso, a empresa cogitou fechar suas operações no Brasil. Neste cenário nebuloso, em vez de esmorecer, a unidade brasileira foi à luta, reverteu resultados e não só não foi fechada como ainda foi convertida em uma unidade independente de negócios. Em 2014, completou seu segundo ano de resultados positivos e segue crescendo. Entregar os pontos, jamais. E parece que vamos precisar de uma dose extra dessa persistência em 2015. Além das dificuldades já previstas – baixo crescimento econômico, crescimento da inflação e cenário externo instável – temos uma nova ameaça pairando, que é a crise energética. Com praticamente todo o Sudeste atingido por uma seca histórica, as autoridades competentes se mostraram totalmente incompetentes para prevenir ou amenizar a crise, e, sob ameaça de uma crise elétrica decorrente em parte da mesma falta de chuvas e em parte da falta de planejamento, vamos ter de pôr à prova toda a nossa resiliência para enfrentar este ano. Mas somos brasileiros, não desistimos nunca e, como sempre, vamos encontrar uma forma de tocar nossos negócios da melhor forma possível e ainda fazê-los crescer. Persistentes? Teimosos? Simplesmente, brasileiros. Até a edição de março. Shirley Simão

Ano XX - N.º 231 - Fevereiro/2015 www.tecnologistica.com.br Redação, Administração e Publicidade Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 801 - 2º Andar CEP: 04571-010 - São Paulo - SP

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MERCADO

Nacco adquire empresa que atua com combustível de hidrogênio NMHG passará a fornecer empilhadeiras com opção de abastecimento por hidrogênio ou híbridas

Divulgação

Sediada nos Estados Unidos, a Nuvera desenvolve e fabrica células e sistemas de transformação de combustível. Em seu portfólio estão produtos como as células Orion, que funcionam como motores para veículos, e os módulos PowerEdge, utilizados na conversão de energia de bateria em energia de células de hidrogênio. Já a linha de produtos PowerTap permite a geração de hidrogênio por meio de conversão on-site, ou seja, diretamente no local em que o combustível será utilizado. Com a aquisição, os distribuidores de empilhadeiras Hyster e Yale passam a oferecer também as linhas de produtos da Nuvera. Além disso, a NMHG passará a fornecer ao mercado empi-

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Nacco Materials Handling Group (NMHG), subsidiária operacional da Hyster-Yale Materials Handling, adquiriu, no final do último mês de dezembro, a empresa Nuvera Fuel Cells, que atua no segmento de combustíveis de hidrogênio para aplicações estacionárias e de transporte.

lhadeiras com opção de abastecimento por hidrogênio ou mesmo híbridas de fábrica, mas ainda não há uma data definida para que tais produtos entrem em circulação. De acordo com a própria NMHG, o negócio foi realizado visando atender às demandas do mercado, que procura cada vez mais opções de empilhadeiras mais eficientes e sustentáveis em termos energéticos, como equipamentos híbridos, por exemplo. A companhia salienta, porém, que permanece focada na produção de sua linha de empilhadeiras elétricas e a combustão. A Nuvera, que possui fábricas em Massachussets, nos EUA, e em Milão, na Itália, continuará operando como uma empresa separada. Os valores envolvidos na compra não foram divulgados. NMHG Brasil: (11) 5683-8500

Gollog tem nova unidade no interior de São Paulo Empresa passa a atuar no município de Araraquara

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Gollog, unidade de transporte de cargas da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, inaugurou, no mês de dezembro, uma nova unidade no interior do estado de São Paulo. A estrutura, localizada no município de Araraquara, passou a integrar o portfólio de mais de cem franquias que a empresa possui em todo o Brasil. Na nova unidade são oferecidos todos os serviços prestados pela

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Gollog, que abrangem desde o envio de documentos até volumes pesando 200 kg. A empresa oferece ainda o serviço Gollog Express, desenvolvido para atender à crescente demanda do mercado por entregas expressas, e o Gollog Internacional. De acordo com a própria empresa, Araraquara foi escolhida por abrigar unidades de grandes varejistas presentes em todo o país. A Gollog já pos-

suía estruturas nas cidades vizinhas de Ribeirão Preto, São Carlos e Bauru. Ao todo, a empresa atende mais de 3.500 municípios brasileiros. Utilizando os porões da frota de aeronaves da Gol, a Gollog transportou, nos últimos três anos, mais de 200 mil toneladas de cargas para 62 destinos, sendo 54 nacionais e oito internacionais. Gollog: (11) 2636-1166



MERCADO

São Paulo deve receber 1,1 milhão de m² em condomínios em 2015 Dados divulgados pela Herzog mostram perspectivas de um ano positivo para o segmento

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Herzog, empresa especializada na administração, venda e locação de imóveis industriais e comerciais, realizou um levantamento a respeito do mercado de condomínios industriais e logísticos e divulgou uma previsão de crescimento de 15,5% na entrega de novos empreendimentos no estado de São Paulo para o ano de 2015. De acordo com a pesquisa, que contempla a cidade de São Paulo e as regiões do interior localizadas em um raio de até 150 quilômetros da capital, o segmento deve contar com o

lançamento de 1,1 milhão de metros quadrados neste ano. Para efeito de comparação, até o terceiro trimestre de 2014, a entrega de novos empreendimentos havia chegado a apenas 550 mil m². Durante o período, a taxa de vacância nos condomínios industriais e logísticos do estado de São Paulo apresentou queda de 2,1% na comparação com 2013. “Os cronogramas de muitas empresas sofreram alterações em razão do desempenho da economia; porém, há a expectativa de retomada em

2015, ainda que em um ritmo inferior ao verificado em anos anteriores”, explica Simone Santos, diretora de Serviços Corporativos da Herzog. Atualmente, o estado de São Paulo conta com um estoque total de 6,973 milhões de m² de galpões em condomínios industriais e logísticos. O interior representa 63,2%, com 4,406 milhões de m², a Grande São Paulo detém 27,4%, com 1,915 milhão de m², e a capital é responsável por apenas 9,3%, com 651 mil m². Herzog: (11) 3089-7444

Dematic adquire o SDI Group Europe Empresa fornece sorters que flexibilizam a classificação de peças de vestuário

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senciais”, analisa o CEO da Dematic, Ulf Henriksson. O grupo manifestou ainda interesse em fazer uma oferta pelo restante do capital social do SDI. Sediado no Reino Unido, o SDI Group Europe terá agora como CEO Andrea di Bella, que até então atuava como diretor-geral para a SDI Itália, Espanha e Suíça. Ele substitui Gordon Smith, fundador da empresa, que assume uma função de apoio a di Bella durante a fase inicial de transição. “Andrea tem muita experiência, uma vez que está no SDI Group há 17 anos e tem sido fundamental na administração e parceria de vários projetos ao longo dos anos,” afirmou Henriksson. “A Dematic está na vanguarda no Divulgação

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Dematic, empresa mundial que atua no segmento de soluções automatizadas para movimentação de materiais, anunciou, dia 19 de janeiro, a aquisição da FSU Investments Limited, companhia que detém cota majoritária do SDI Group Europe, fornecedor de sorters para produtos encabidados e em esteiras. O objetivo da Dematic é aprimorar a oferta de soluções para os mercados de vestuário, varejo e e-commerce. As soluções patenteadas pelo SDI permitem que a classificação de artigos de vestuário pendurados e em esteiras seja realizada por um mesmo sistema. Os equipamentos da empresa europeia estarão disponíveis para os clientes da Dematic de todo o mundo. “A combinação da Dematic e do SDI melhora nosso foco para oferecer aos clientes soluções industriais es-

que diz respeito a tecnologias automatizadas e softwares para os mercados de vestuário, varejo e e-commerce. Esperamos integrar o nosso negócio na posição global já forte da Dematic e nas ofertas de produtos e serviços”, diz di Bella. Dematic: (11) 3627-3100


Porto Seco da Usifast passa a operar em regime de Clia Unidade de 75 mil m² conta com ramal rodoferroviário

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Porto Seco Industrial Granbel, pertencente à Usifast e localizado na cidade de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, passou a operar em regime de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia) no último quadrimestre de 2014. Situado às margens da BR-381, com ramal rodoferroviário e acesso facilitado aos principais portos e aeroportos da Região Sudeste, a unidade, em operação desde 1994, apresenta 75 mil metros quadrados de área para armazenagem e movimentação de cargas. O regime de Clia permite que a Usifast atenda seus clientes em todas as suas necessidades logísticas, desde a chegada da carga no Brasil, passando pelo transporte, armazenagem e desembaraço até a entrega na indústria ou para o cliente final. A empresa atua em todos os segmentos, com especialidade nos setores farmacêutico, médico-hospitalar, eletroeletrônico, automotivo e industrial. No local, são realizados serviços como ova e desova de contêineres, embalagem e reembalagem, etiquetagem, unitização e desunitização, paletização e montagem de kits. Além disso, o centro logístico possui uma área dedicada a produtos controlados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com monitoramento farmacêu-

tico e estrutura para recebimento de carga refrigerada, com tomadas e câmara fria. A Usifast possui ainda uma filial no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Belo Horizonte, onde realiza o serviço Porto Seco Express. Trata-se da remoção gratuita da carga em Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) para produtos que serão desembaraçados no Clia de Betim, localizado a 48 km do aeroporto. Há mais de 20 anos prestando serviços logísticos, a Usifast possui unidades em todo o Brasil e no Mercosul e uma frota de mais de 700 veículos. Dentre os serviços prestados pela empresa está o desembaraço em domicílio. A carga a ser nacionalizada é transportada diretamente para o estabelecimento do importador, onde é realizado o desembaraço monitorado por uma equipe especializada, gerando ganhos logísticos e tributários. Usifast: (31) 3399-8700


MERCADO

Tecon Salvador realiza operação especial para receber carga eólica Foram movimentadas 330 toneladas de equipamentos para a Wobben Windpower

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Tecon Salvador, terminal de contêineres operado pelo Grupo Wilson Sons, realizou, no início de janeiro, uma operação especial de movimentação. Com a chegada do navio alemão E-Ship1, foram desembarcadas 330 toneladas de equipamentos eólicos para a instalação da fábrica Wobben Windpower em Juazeiro (BA). A indústria é uma subsidiária da Enercon GmbH. Entre os equipamentos estavam maquinários para a fábrica, ainda em construção; 12 pás eólicas com mais de 44 metros de comprimento e 11 t cada uma; três seções de torres eólicas, cada uma com quase 23 t; além de motores e peças transportadas em contêineres. De acordo com Patrícia Iglesias, diretora Comercial do Tecon Salvador, por serem equipamentos sensíveis e de alto valor, foi necessário o mínimo

de movimentação durante a operação de descarga. Essas cargas especiais são transportadas por navios breakbulk (de cargas avulsas e fora de contêineres) e exigem uma operação complexa por meio do auxílio de equipamentos modernos e de uma equipe especializada. “Trata-se de uma operação bastante complexa e o Tecon Salvador oferece infraestrutura adequada, com equipa-

mentos de alta tecnologia e expertise logística”, ressalta Patrícia. Do Porto de Salvador, a carga seguiu para Juazeiro por rodovia, levando cerca de três dias para chegar ao seu destino. Essa é a primeira vez que o E-Ship1 atraca no terminal. Trata-se de um navio sustentável, que gera 30% da energia consumida por meio do efeito Magnus para propulsão. Quatro rotores ficam instalados no convés principal e estão ligados às hélices do navio, o que faz com que elas girem e contribuam para a movimentação da embarcação. Depois de Salvador, o navio partiu para outras rotas na América do Sul com equipamentos de outras fábricas e parques eólicos da Wobben/Enercon, antes de retornar à Alemanha. Tecon Salvador: (71) 2106-1522

Anfavea divulga desempenho da indústria em 2014 Licenciamento de caminhões caiu 11,3%; produção apresentou queda de 25,2%

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produção e a comercialização de veículos comerciais apresentaram queda no ano passado, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que no início de janeiro divulgou o desempenho das indústrias do setor em 2014. Ao todo, foram licenciados 137.073 caminhões de janeiro a dezembro de 2014, queda de 11,3% frente a 2013 (com 154.549). A produção de caminhões montados caiu 25,2% – 139.965 até dezembro

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do ano passado, contra 187.089 no acumulado de 2013. As exportações de veículos montados também sofreram retração. De janeiro a dezembro de 2014, a queda foi de 29,1% – 17.737 unidades no acumulado do ano passado frente a 25.019 caminhões no mesmo período de 2013. Já as exportações de caminhões desmontados (CKD) aumentaram de 2.882 unidades em 2013 para 3.776 em 2014. Segundo o presidente da entida-

de, Luiz Moan, em 2014 o setor enfrentou uma série de desafios, como a forte seletividade na concessão de crédito, feriados em razão de grandes eventos e cenário complexo no comércio exterior. “Para 2015, esperamos um primeiro semestre difícil, mas os ajustes promovidos nos levarão a um resultado equilibrado, no mínimo com desempenho igual a 2014”, acredita. Anfavea: (11) 2193-7800



MERCADO

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Porto do Açu, localizado em São João da Barra (RJ), recebeu, no final do último mês de novembro, a carta náutica emitida pela Marinha do Brasil para a operação de seus dois terminais. O documento apresenta informações hidrográficas do porto pertencente à Prumo Logística, como profundidade, boias de sinalização determinando o canal de acesso, fundeadouros e rosa dos ventos. São dados essenciais para a orientação dos comandantes nas operações com embarcações. “A publicação da carta náutica estabelece um padrão de desempenho para o Porto do Açu e chancela, mundialmente, suas operações. Isso traz maior controle e segurança ao tráfego marítimo e aos co-

mandantes das embarcações que chegam aos terminais, além da confiabilidade da autoridade marítima”, analisa o gerente de Operações da Prumo, Joffre Villote, que também é Capitão de Longo Curso da Marinha do Brasil. Com a homologação da carta náutica, o porto norte fluminense passa a receber navios com calado de até 7 metros. Como a dragagem para 10 metros já foi concluída, uma nova batimetria está em curso para que o porto possa receber embarcações maiores, podendo atingir mais de 9 metros de calado. As primeiras operações nos terminais do Açu, como a atracação do graneleiro

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Porto do Açu recebe carta náutica

Key Light, que aconteceu em outubro, foram realizadas em fase de comissionamento e contaram com o apoio dos instrumentos do Centro de Controle e Operação do Tráfego Marítimo (CCOTM), além da sinalização náutica. Prumo Logística: (21) 3725-8000

FM Logistic firma contrato com companhia italiana

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FM Logistic inaugurou, no último mês de dezembro, uma nova área operacional destinada à armazenagem e gerenciamento de distribuição dos aparelhos para cuidados pessoais da GA.MA Italy no Centro de Distribuição Anhanguera, localizado em São Paulo. O espaço, que conta com 2.524 posições-palete, foi concebido para atender ao mais novo cliente da FM. A compa-

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nhia italiana é especializada na fabricação de equipamentos para cabelo de qualidade profissional e atua também com inovações tecnológicas em prol da beleza e da saúde dos cabelos. No local, serão armazenados mais de 200 tipos de produtos como pranchas, secadores, modeladores de cachos, máquinas de corte e barbeadores, além de peças e acessórios. A FM oferece soluções desenhadas exclusivamente para o cliente. No serviço de co-paking, por exemplo, o operador é responsável por retrabalhos específicos e customizações nos produtos. De acordo com o contrato firmado entre as duas empresas, a FM passa a ser responsável também pelo procedimento de nacionalização e inspeção qualitativa de todo o volume importado. “Estamos muito felizes em anunciar essa parceria, que é estratégica

para a FM Logistic. A GA.MA Italy é referência nos segmentos em que atua e apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos no mercado brasileiro”, analisa Michèle Cohonner, diretora-geral da FM no Brasil. A executiva afirma que a empresa tem como compromisso oferecer serviços ágeis, inovadores e de qualidade para que o novo cliente possa crescer ainda mais. “Nossos planos incluem a otimização de toda a cadeia de distribuição para elevar ainda mais a qualidade de nossos serviços para os clientes. Nesse aspecto, avaliamos o mercado e identificamos na FM o parceiro logístico ideal dentro da nossa estratégia”, justifica Greice Cury, gerente de Marketing da GA.MA Italy no Brasil. FM Logistic: (11) 2109-9400


Portos do Paraná registram retração em 2014 Paranaguá e Antonina tiveram queda de 1,3% na movimentação frente a 2013

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s Portos de Paranaguá e Antonina (PR) fecharam o ano de 2014 com um total de 45,5 milhões de toneladas de cargas movimentadas. O resultado foi 1,3% abaixo do que o registrado em 2013, quando foram movimentadas 46,1 milhões de t. Ao longo do ano, os terminais paranaenses exportaram 27,9 milhões de t e importaram 17,1 milhões de t. Na divisão dos segmentos, a movimentação de carga geral é o principal destaque positivo. O grupo fechou o ano com aumento de 3,9%, passando das 9,043 milhões de t em 2013 para 9,396 milhões de t movimentadas em 2014. Já no segmento de granéis sólidos, foram movimentadas 31,230 milhões de t ao longo dos 12 meses de 2014, número 2% menor do que o registrado em 2013, quando a movimentação foi de 31,909 milhões de t. Entre os granéis líquidos, a movimentação no ano passado foi de 4,471 milhões de t, resultado que ficou 7% abaixo das 4,803 milhões de t do ano anterior. Na separação por produtos, a soja foi a carga mais exportada, com um total de 7,5 milhões de t. Farelo (5,179 milhões de t), açúcar (4,399 milhões de t) e milho (4,204 milhões de t) completam a lista de principais produtos exportados. No movimento contrário, os fertilizantes representaram mais da metade da carga importada pelos portos paranaenses, com 9,698 milhões de t. Em relação à entrada e saída de veículos pelos dois terminais, o ano fechou com um total de 37 mil unidades exportadas e 82 mil unidades importadas. Segundo o diretor-presidente da

Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, o resultado ficou aquém do programado por conta de diversos eventos da economia global. “Nos granéis agrícolas, por exemplo, a pequena queda percebida se deu pela baixa dos preços das commodities na bolsa de Chicago (EUA), que desestimulou a venda para o mercado externo. No segmento de veículos, a queda se deu em função da conturbada relação comercial com a Argentina e da queda na venda de veículos no mercado interno. Esta situação se desdobrou também na redução de parcela da movimentação de contêineres que trazem peças e componentes automotivos”, diz o executivo. Quanto aos contêineres, foram movimentados 757 mil TEUs no total. Em relação a 2013, a movimentação foi 2,4% maior, já que no ano anterior a marca foi de 739 mil TEUs. Na exportação, a alta foi de 7,1%, com 380 mil TEUs movimentados ao longo do ano. No sentido contrário, foram 377 mil TEUs, queda de 1,9% nas importações via contêiner. Appa: (41) 3420-1143


MERCADO

Exata inicia operações no Mega Intermodal Esteio Divulgação

Trata-se do primeiro CD da empresa na Região Sul do país

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Exata Cargo iniciou, em janeiro, as operações de seu novo centro de distribuição, situado na Região Metropolitana de Porto Alegre. Localizada no condomínio logístico Mega Intermodal Esteio, a unidade é a primeira da empresa manauara na Região Sul do país.

No CD, de 1.900 metros quadrados, serão armazenados produtos diversos de fabricantes locais, destinados aos estados de São Paulo, Maranhão, Ceará, Piauí, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Segundo Manoel de Jesus de Paiva Rocha, diretor Comercial da Exata Cargo, o empreendimento da Capital Realty foi escolhido devido à sua localização, próxima dos grandes centros produtivos da região. “Nossa expectativa com essa nova operação é conquistar uma melhor colocação no mercado em que atuamos e ainda ampliar nossa área de atuação”,

explica o executivo. “Ficamos felizes com a escolha pelo Mega Intermodal Esteio, que demonstra a qualidade da infraestrutura oferecida aos nossos clientes”, destaca Rodrigo Demeterco, presidente da Capital Realty. Com 60 mil m² de área construída, armazéns com pé-direito de 12,5 metros livres e capacidade de piso de seis toneladas por m², o empreendimento dispõe de um terminal ferroviário integrado por onde passa a malha da América Latina Logística (ALL). Exata Cargo: (92) 4009-0000 Capital Realty: (41) 2169-6850

Time Express amplia estrutura no Rio de Janeiro

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Time Express anunciou, em janeiro, uma ampliação em sua unidade localizada na cidade do Rio de Janeiro e também a inauguração de uma nova estrutura no município fluminense de Itaperuna. Situada dentro do condomínio Cargo Center Via Dutra III, no bairro da Pavuna, às margens da Rodovia Presidente Dutra, a unidade do Rio de Janeiro passou a contar com 2 mil metros quadrados de terminal e 18 docas, frente aos 1.100 m² e às 12 docas disponíveis anteriormente. No local, a empresa realiza operações de cross-docking de produtos das indústrias metal-mecânica, têxtil, de ferramentas, itens descartáveis, brinquedos e eletroportáteis. Já a inauguração da filial de Itaperuna, que aconteceu em novembro de 2014, visa suprir as demandas crescen-

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Divulgação

Empresa investe em expansão e inauguração para atender às demandas no estado

tes da região noroeste do estado. A unidade, que possui 800 m² e quatro docas, recebeu investimentos de R$ 120 mil. De acordo com o gerente-geral Comercial da Time Express, Ronald Vieira, as novas estruturas foram motivadas pelo crescimento de 84,6% atingido pela empresa no acumulado de 2014, com faturamento de R$ 31,2 milhões e 54.912 toneladas transportadas. “O forte crescimento é resultado da alta qualidade na prestação dos serviços realizados pela Time Express,

com treinamentos constantes, aplicação de melhorias contínuas nos processos, aprimoramento do sistema operacional e investimento em veículos e equipamentos”, destaca Vieira. Ao todo, a empresa conta com uma frota composta por mais de 200 ativos, como carretas, caminhões toco e veículos urbanos de carga (VUCs). Segundo Vieira, as iniciativas ampliam a capacidade de atuação da Time Express no Rio de Janeiro em 100%. A empresa também atua com transporte fracionado nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pernambuco e no Distrito Federal, e com carga lotação nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Time Express: (21) 2584-1003


Joyce Cury

Iveco vende 22 caminhões para transportadora paulista O novo lote é composto por modelos Stralis e Tector

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Encaixe Transportes, especializada no transporte de contêineres, peças e máquinas pesadas, acaba de ampliar sua frota com a compra de 22 caminhões Iveco. A entrega simbólica dos veículos – 16 modelos da linha Stralis e seis da linha Tector – foi em Mococa, interior de São Paulo, onde fica a matriz da empresa, em janeiro. Há 15 anos no mercado, a Encaixe atua principalmente na Região Sudeste. Com cinco filiais, a empresa tem entre seus principais clientes montadoras de máquinas e veículos. Emílio Pisani Neto,

diretor-proprietário da Encaixe, lembra que se tornou cliente da Iveco há três anos e, na época, comprou apenas um caminhão para testar a marca. “Atualmente, nossa frota tem 150 caminhões e 70% deles são da Iveco”, afirma. O novo lote de veículos adquirido pela transportadora é composto de 15 Stralis 530S36, um Stralis 600S40 e seis semipesados Tector 240E22. “São caminhões que oferecem robustez e conforto, uma combinação perfeita para empresas que buscam economia sem descuidar da qualidade de vida dos mo-

toristas”, diz o diretor de Vendas Corporativas da Iveco, Osmar Hirashiki. “A CNH Industrial, empresa que controla a marca Iveco, é uma força global, presente em 190 países, mas nosso dia a dia é feito dessa proximidade com os clientes de cada região, por isso estamos aqui para celebrar mais essa parceria”, disse o presidente da CNH Industrial para a América Latina, Vilmar Fistarol, durante a entrega dos caminhões. Encaixe: (11) 2412-3552 Iveco: (31) 3888-7469


MERCADO

Pastre implanta novos procedimentos na linha de produção

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urante os meses de novembro e dezembro de 2014, a Pastre desenvolveu e implantou, por meio de seu departamento de Engenharia de Processos, um projeto de melhoria na linha de produção do Semirreboque Transporte de Pás Eólicas. Segundo a empresa, houve redução de 40% no tempo de produção de cada implemento. Produzido com tecnologia 100% brasileira, o semirreboque oferece uma solução inteligente para o transporte das gigantescas pás, que podem ultrapassar os 60 metros de comprimento. O implemento rodoviário foi desenvolvido exclusivamente para este tipo de operação e é confeccionado com chapas de aço de alta resistência. Trata-se de uma carreta telescópica com 23,5 metros fechada e 50 metros aberta em sua totalidade. Possui três eixos distanciados e direcionais, dispostos de maneira ainda não utilizada no Brasil, que permitem manobras mais precisas em pátios onde anteriormente

estes implementos nem entrariam. Um grupo formado por cerca de dez colaboradores dos setores de Engenharia de Processos, Controle da Qualidade, Segurança do Trabalho, Logística, Manutenção Industrial e Produção foi o responsável pelo projeto. Os desafios eram melhorar a produtividade, reduzir desperdícios, baixar custos e melhorar o ambiente de trabalho, tudo isso em um curto prazo e com baixo investimento. “Não inventamos nada, apenas ajustamos uma metodologia já existente para os padrões da Pastre”, relata o analista de processos Moisés Santos. “Mostramos que a melhoria contínua é necessária e que pode funcionar em qualquer departamento da empresa. Desenvolvemos algo com base nas ferramentas utilizadas em multinacionais, testamos na linha de produção do Semirreboque Transporte de Pás Eólicas e o desafio agora é expandir para os demais setores”, diz Santos.

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Projeto foi executado na fabricação do Semirreboque Transporte de Pás Eólicas

Ao todo, foram 38 dias de trabalho, com readequações de processos e layout, construção de mais de vinte dispositivos e gabaritos para chegar a um resultado satisfatório. Foram registrados diversos ganhos em padronização, qualidade, segurança e produtividade. O número que mais chama a atenção é a redução em 40% do tempo de produção de cada semirreboque, o que possibilita à Pastre aumentar ainda mais sua participação no mercado. Pastre: (41) 3167-2000

Yusen fará transporte de peças da GM do Brasil para a Rússia A empresa vai cuidar da operação de envio de Sorocaba e Guarulhos para Moscou

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Yusen Logistics foi escolhida pela General Motors para gerenciar o envio de partes e peças do Brasil para a planta na fábrica em Moscou, na Rússia. A Yusen vai cuidar da operação de envio dos CDs paulistas da montadora de Sorocaba e Mogi das Cruzes para Moscou, com embarques pelos aeroportos de Guarulhos (SP) e Viracopos, em Campinas (SP). O operador logístico ficará encar-

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regado do transporte porta a porta, incluindo coleta, desembaraço aduaneiro, frete aéreo e entrega. Para Alexandre Chami, diretor de IFF (International Freight Forwarding), a nova operação representa uma boa oportunidade para expandir o portfólio de serviços oferecidos, podendo incluir o marítimo. A Yusen Logistics projeta um crescimento de 20% para este ano e quer

triplicar o faturamento até 2019. A empresa, que é um braço do Grupo NYK, atua como parceira de empresas de diversos segmentos na logística global e doméstica, oferecendo soluções integradas de forma customizada, podendo envolver transporte aéreo, marítimo e rodoviário, além de atuar como despachante aduaneiro. Yusen Logistics: (11) 3908-9740



MERCADO

Cargill investe em frota própria para operações da BRF Companhia, por meio da Cargill Transportes, adquiriu quatro veículos da Scania

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Cargill, por meio da Cargill Transportes, divulgou, na segunda quinzena de dezembro, que investiu em frota própria para a entrega de farelo de soja na unidade de rações da BRF, em Uberlândia (MG). Segundo o responsável pelo projeto na Cargill Transportes, Michel Roulet, para a operação com a BRF, a companhia adquiriu quatro cavalos Scania R 440 6X4 acoplados em rodotrens basculantes da Noma. “Os conjuntos foram equipados com cobertura automática, desenvolvida pela Cramaro, e com tecnologia de rastreamento e monitoramento da Autotrac”, diz. Já o gerente da Cargill Transportes, Rodrigo Koelle, destaca que, com esse investimento, a empresa pretende oferecer ao seu cliente uma alternati-

va mais segura e sustentável de transporte. “Os equipamentos maiores e do tipo basculante oferecem melhor controle em relação à segurança alimentar e, aliados à cobertura automática, os riscos operacionais se reduzem consideravelmente. Já a substituição das carretas simples mais antigas por rodotrens novos permite um número menor de deslocamentos, contribuindo para a redução na emissão de poluentes”, afirma. Os caminhões da frota Cargill contam, ainda, com rastreamento por telemetria, o que também possibilita um acompanhamento eficaz do tempo de duração de cada etapa da operação (carga, viagem, descarga), garantindo um incremento na produtividade operacional.

Ação A Cargill Transportes foi criada para aperfeiçoar as operações logísticas da empresa. Trata-se do aprimoramento do conhecimento sobre a operação de transporte, identificação de gargalos e oportunidades, principalmente ao focar no fortalecimento do relacionamento direto com caminhoneiros e prestadores de serviço. De acordo com Koelle, a companhia analisa a operação com ativos próprios há algum tempo e pretende estender a utilização destes veículos a outros clientes. “Acreditamos que esse tipo de transporte traz aumento de eficiência à operação e melhoria na qualidade, sem acréscimo de custos aos nossos clientes”, salienta. Cargill: (11) 5099-3311

Itatiaia terá novo empreendimento logístico Com 89 mil m², LogSpace segue conceito de condomínio logístico

18 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

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fundo de investimentos em participações imobiliárias FIP Properties lançou, no último mês de dezembro, o projeto de seu novo empreendimento localizado no município de Itatiaia (RJ), às margens da Rodovia Presidente Dutra. O LogSpace está situado em um terreno de 193 mil metros quadrados e contará com 89 mil m² de área construída. O início das obras estava previsto ainda para o último mês de janeiro. Concebido sob o modelo de condomínio logístico, o empreendimento será composto por galpões para atender a seus locatários de forma customizada, de acordo com a necessidade de cada empresa. O projeto conta com a participação

da Transpax, operador logístico exclusivo do condomínio. “Os galpões podem ser vendidos ou locados e a Transpax oferecerá os serviços de logística”, explica a gerente de Projeto do LogSpace, Daniela Porto. Os valores envolvidos no empreendimento não foram divulgados. De acordo com Daniela, existe uma alta demanda por armazéns na região, especialmente para atender ao

polo automobilístico de Itatiaia. Sem revelar mais detalhes, a executiva conta que alguns galpões já se encontram em negociação. O espaço contará com estrutura para receber caminhões bitrens e rodotrens, além de itens para a comodidade do motorista, como área de descanso, vestiários e restaurante. A expectativa é que o LogSpace gere cerca de 315 vagas de trabalho durante as obras, entre colaboradores diretos e indiretos, todos locais. Quando o empreendimento estiver pronto, o número de vagas efetivas deve chegar a 1.300. FIP: (21) 2125-8300 Transpax: (11) 5041-7536


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á está em funcionamento o novo posto de manutenção de locomotivas da VLI no corredor Minas-Bahia. A unidade, localizada em Pedro Leopoldo (MG), foi inaugurada no começo de janeiro e atende ao aumento de demanda por inspeções periódicas e manutenção decorrentes do crescimento da frota que opera na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O novo posto de manutenção recebe locomotivas destinadas à formação de trens que transportam grãos e minério carregados nos terminais integradores localizados em Pirapora e Santa Luzia (MG), respec-

tivamente. Por mês, cerca de 40 máquinas devem passar pela unidade recém-inaugurada. Antes da construção do novo posto, a cidade de Pedro Leopoldo possuía uma estrutura que possibilitava apenas a realização de inspeções e pequenos reparos nas locomotivas. Agora, o corredor Minas-Bahia passa a contar com mais uma unidade equipada para atender às demandas de manutenções preventivas e corretivas. Assim, será possível diminuir o índice de máquinas deslocadas da região para a oficina de Montes Claros (MG), que

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VLI abre posto de manutenção de locomotivas em Minas Gerais

fica a aproximadamente 460 quilômetros de distância, possibilitando ganhos em produtividade. A nova estrutura possui uma área total de cerca de 500 metros quadrados. A unidade conta com uma vala estruturada com plataforma, além de vestiários femininos e masculinos, iluminação adequada para as atividades, escritório, almoxarifado, área de convivência e sala de máquinas. Foram investidos cerca de R$ 2,1 milhões no projeto. VLI: (31) 3279-4900


MERCADO

Porto de Santos registra queda nas movimentações em 2014 Complexo portuário operou 111,1 milhões de toneladas, retração de 2,6% frente a 2013

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Acumulado

Sérgio Coelho

Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) divulgou que o Porto de Santos (SP) encerrou o ano de 2014 com movimentação de 111,1 milhões de toneladas de carga, ficando 2,6% abaixo do apurado em 2013. Apesar da queda, esse volume é o segundo maior da história do porto, atrás de 2013, com 114 milhões de t, o recorde histórico do terminal. De acordo com a entidade, esse resultado foi determinado pelo recorde obtido nas movimentações do mês de dezembro (9 milhões de t), que ficaram 6,2% acima em relação ao mesmo período do ano anterior (com 8,4 milhões de t). As exportações tiveram um crescimento, no mês, de 5,9%, totalizando 6 milhões de t, enquanto as importações aumentaram 6,9%, somando 2,9 milhões de t. Os produtos que contribuíram para o bom desempenho em dezembro foram, na exportação, o açúcar, com 1,4 milhão de t (17,2% a mais que o registrado em 2013), o café em grãos, com 144 mil t (+49,2%), e o complexo soja, com 247,2 mil t (+30,3%); e, na importação, o adubo, com 310,6 mil t (+8,7%), o carvão, com 130,6 mil t (+47,7%), o gás liquefeito de petróleo, com 79,7 mil t (+41,5%), e o minério de ferro, com 75,7 mil t (+129,3%).

20 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

A carga conteinerizada manteve a performance apresentada durante todo o ano, atingindo um crescimento de 9,5% no mês de dezembro (315,3 mil TEUs) e de 6,8% no acumulado do ano (3,6 milhões de TEUs). Segundo o presidente da Codesp, Angelino Caputo, a movimentação de cargas em 2014 foi afetada por uma combinação de fatores decorrentes de aspectos climáticos, preços das commodities agrícolas e conjuntura econômica internacional desfavorável. Para o executivo, 2013 foi um ano totalmente atípico na curva de crescimento da movimentação do Porto de Santos. “Apesar do movimento no ano passado ter sido menor do que em 2013, ainda assim permaneceu dentro da curva estabelecida pela consultoria Louis Berger, para o Plano de Expansão do porto”, diz.

No acumulado do ano, as exportações chegaram a 76,5 milhões de t, queda de 33,7% em comparação com o apurado no ano anterior. Já as importações em 2014 (34,58 milhões de t) se mantiveram no mesmo patamar de 2013 (34,59 milhões de t). Os principais destaques foram o farelo de soja, com 3,8 milhões de t (+41,4%), e o café em grãos, com 1,5 milhão de t (+37,6%). Os produtos que mais contribuíram para a queda na movimentação foram o açúcar (com redução de 10,5% em relação a 2013), o álcool (-42,7%), a soja em grãos (-4,8%), o milho (-19,3%) e o minério de ferro (-56,4%). A crise internacional que afetou os principais países da Europa, Ásia e Américas acabou se refletindo com força nos mercados internacionais de commodities agrícolas e minerais. No caso dos produtos agrícolas, somou-se a um cenário de demanda retraída a confirmação de uma supersafra norte-americana de soja e milho em 2014, o que elevou a oferta global destes grãos a um patamar recorde. Como consequência, houve a intensificação da trajetória declinante dos preços das commodities nas principais bolsas internacionais. O preço do milho foi o que mais sentiu o efeito do aumento da oferta


global, com queda de aproximadamente 37% ante o já retraído preço de 2013, fazendo com que sua cotação voltasse ao patamar praticado em 2009. Da mesma forma, os preços da soja em grãos e farelo de soja também sofreram quedas significativas ao longo de 2014. Enquanto isso, a cotação do açúcar permaneceu estável, mas em patamar deprimido historicamente, com os mercados bem abastecidos com os maiores volumes exportados por outros importantes produtores, como a Índia. Os produtores brasileiros, além de terem suas receitas comprimidas pelas quedas dos preços internacionais (parcialmente compensadas pela desvalorização do real), tiveram a produtividade de suas lavouras afetada pela forte estiagem que caracterizou o ano de 2014. A seca intensa, que em São Paulo foi a pior em 80 anos e levou à paralisação da hidrovia Tietê-Paraná (importante via de escoamento da safra direcionada ao porto), reduziu a produtividade das safras de açúcar, milho e soja, fazendo com que a produção ficasse abaixo das estimativas divulgadas no início do ano. No caso do setor sucroalcooleiro, os baixos preços internacionais do açúcar motivaram os produtores a privilegiarem a produção de etanol para o abastecimento do mercado interno. Além disso, o porto sofreu dois grandes incêndios em 2014, que afetaram os embarques do produto. Devido à histórica relação do Porto de Santos com o agronegócio brasileiro, foi inevitável que este cenário ad-

verso para o setor tivesse reflexo sobre a movimentação de cargas. Apesar disso, o Complexo Portuário Santista obteve quatro recordes mensais no ano passado, que incluem, além de dezembro, os meses de fevereiro (7,7 milhões de t), março (10,4 milhões de t) e junho (9,8 milhões de t). O fluxo de navios, mantendo a tendência do porto de receber embarcações maiores e em menor quantidade, graças aos efeitos do aprofundamento do canal de navegação, apresentou queda de 1,1%, totalizando 5.193 embarcações.

Balança comercial O Porto de Santos foi responsável pela movimentação de 25,3% da corrente de comércio brasileira (US$ 229,1 bilhões), atingindo US$ 116,1 bilhões. As importações totalizaram US$ 58,4 bilhões e as exportações, US$ 57,7 bilhões. Os principais parceiros comerciais foram, na importação, a China, com 22,2%, seguida pelos Estados Unidos (17,1%) e Alemanha (10,4%) e, na exportação, novamente a China (14,7%), os Estados Unidos (13,3%) e a Holanda (6,9%). Entre as cargas mais importadas aparecem inseticidas (1,5%), caixas de marchas (1,27%) e outras partes e acessórios de carroçarias para veículos automotores (1,12%). Na exportação, aparecem a soja (1,2%), açúcar de cana (9,0%) e café não torrado, não descafeinado, em grãos (8,6%). Codesp: (13) 3202-6565


MERCADO

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Elog implementa soluções tecnológicas em seus Clias

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operadora logística Elog, pertencente ao Grupo EcoRodovias e à BRZ Investimentos, anunciou a implementação de dois novos processos que visam otimizar a prestação de serviços em seus Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (Clias) de Curitiba e Santos (SP). A ferramenta e-tracking, sistema de rastreamento on-line que permite a qualquer cliente da Elog seguir sua carga por todo o trajeto percorrido,

desde a liberação do pedido até o destino final, passou por uma importante renovação. Agora, despachantes e comissárias conseguem emitir a averbação eletrônica imediata, além do agendamento de contêineres via web para carga ou descarga de mercadorias no Clia Santos. O e-tracking envia e recebe dados conforme a necessidade dos clientes cadastrados, que podem até mesmo programar antecipadamente o pagamento de fornecedores e impostos, assim como aprimorar sua logística e linhas de produção de acordo com informações atualizadas em sistema. Já o Clia Curitiba passou a utilizar mensagens SMS para avisar aos motoristas o momento de carga, descarga, retirada de amostra ou qualquer outra

situação que os envolva. Antes, os caminhoneiros apenas recebiam uma senha e aguardavam o chamado no painel eletrônico, reforçado pelo sistema de som. Agora, além dos painéis, ao entrar na unidade o motorista tem seu celular cadastrado para receber o SMS com aviso de chamada. A novidade, além de permitir que o motorista aguarde em qualquer lugar, evita que o mesmo perca o atendimento por não ouvir o chamado. “Com a implantação dessa ferramenta, conseguimos reduzir em 60% o tempo médio de entrada dos veículos, com ganho de produtividade nas operações de carga e descarga”, explica o gerente de Operações do Clia Curitiba, Robson Bissani. Elog: (11) 3305-4100

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presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou, no último dia 7 de janeiro, a Lei Nº 13.081/2015, que permite a concessão dos serviços de exploração das eclusas a empresas privadas, por meio de licitação. A legislação caracteriza como serviço público a operação e a manutenção de eclusas ou qualquer dispositivo de transposição de nível por embarcações em hidrovias. O texto torna obrigatória, ainda, a construção total ou parcial de eclusas quando da construção de barragens para a geração de energia elétrica em via navegável ou potencialmente navegável. A norma, no entanto, não se aplica às barragens já em construção ou cujos projetos já foram licitados, mas somente àquelas que ainda não foram

22 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

objeto de licitação. A nova exigência, que visa evitar problemas de transposição das embarcações depois que a barragem estiver pronta, já deverá estar prevista nos editais. Segundo o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, a nova legislação atende a anseios do setor por facilitar o desenvolvimento do transporte hidroviário. O custo do licenciamento ambiental e da construção nas obras situadas em águas da União será arcado pelo Ministério dos Transportes. Embora as construções tenham de ser concomitantes, o aproveitamento de água para geração de energia será independente do aproveitamento para a navegação no que se refere ao levantamento de custos e definição de tarifas. Em princípio, as

Edsom Leite

Governo Federal sanciona lei para concessão de eclusas

licitações serão separadas. A licitação e a empresa operadora até poderão ser as mesmas, se os cronogramas de cada projeto de aproveitamento forem compatíveis. Mas, mesmo nesses casos, as tarifas de energia não poderão subsidiar tarifas cobradas para bancar operação e manutenção de eclusas. Ministério dos Transportes: (61) 2029-7000



MERCADO

Indústria de implementos apresenta queda em 2014 Anfir divulga retração de 10,22% nas vendas no ano passado

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Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulgou, em 8 de janeiro, que a indústria de implementos rodoviários apresentou queda de 10,22% no resultado geral de 2014 frente ao registrado em 2013. Ao todo, as empresas do setor comercializaram, no ano passado, 159.618 unidades, ante 177.795 produtos computados no acumulado de 2013. A linha pesada apresentou recuo de

19,37% – 56.529 unidades em 2014, contra 70.105 em 2013. Já no setor leve a queda foi de 4,27% – 103.089 implementos de janeiro a dezembro de 2014 frente a 107.690 unidades no acumulado do ano anterior. De acordo com a entidade, a definição das condições para 2015 do PSI/Finame, linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que no Brasil é responsável por financiar a maior parte dos

implementos rodoviários da linha pesada, deve trazer impacto negativo nas vendas do setor no primeiro trimestre do ano. A taxa anual de juros praticada nos financiamentos no âmbito do programa passou dos 6% anteriores para 10% para as grandes empresas, 9,5% para as pequenas e médias empresas e 9% na modalidade Procaminhoneiro, destinada a autônomos. Segundo o presidente da Anfir, Alcides Braga, a indústria e seus clientes

Porto de São Francisco do Sul bate recorde operacional

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Foram mais de 13 milhões de toneladas movimentadas em 2014, volume 2% superior ao recorde anterior

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Porto de São Francisco do Sul (SC) divulgou seu balanço de 2014, que registrou novo recorde, com 13.301.540 toneladas movimentadas, volume 2% superior ao recorde anterior, registrado em 2013. A alta foi impulsionada pela exportação de soja, que ultrapassou a marca 24 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

de 4,7 milhões de toneladas, e pela importação de fertilizantes, que movimentou 1,8 milhão de t entre janeiro e dezembro de 2014. Historicamente, o Porto de São Francisco do Sul destaca-se pela movimentação de granéis sólidos, movimentando uma quantidade importante dessas commodities. Nos últimos anos, assim como nos demais portos de todo o mundo, tem crescido a participação de cargas gerais, como a exportação de estruturas de aço e madeira e a importação de fios de aço. Para o presidente do porto, Paulo Corsi, o contínuo crescimento da movimentação reforça a condição de segundo principal movimentador de carga não conteinerizada do país e é reflexo dos investimentos na moder-

nização do terminal. “Batemos recorde histórico em 2013 e em 2014. Continuamos investindo no porto e, em 2014, inauguramos um novo berço. Hoje, 10% da soja exportada pelo Brasil passa por aqui”, destaca. Em 2014, as cargas destinadas a outros países somaram 7.852.277 toneladas e, no fluxo contrário, desembarcaram 5.449.263 toneladas. Além de fertilizante, também figuram entre os principais itens de importações soda e chapas de aço. Nas cargas de exportação o destaque são os embarques de soja, milho, madeira, motores, ferro e aço. Entre os principais destinos estão a Ásia, Estados Unidos, África, Europa, Oriente Médio e Mercosul. Porto de São Francisco do Sul: (47) 3471-1200


no mercado têm como perspectiva a redução da participação do BNDES. “Se isso acontecer, a indústria espera que os bancos comerciais entrem firmes no complemento do valor dos bens, com taxas competitivas”, diz. O executivo completa dizendo que a iniciativa é importante para atrair clientes a fazer aquisições sem desembolso de capital de giro. Na linha leve, onde o impacto das regras do PSI/Finame é menor porque uma boa parte das empre-

sas compradoras não consegue se enquadrar nas regras do BNDES, as vendas deverão seguir em baixa, influenciadas pelo desempenho da economia no ano anterior. A avaliação da entidade é de que, como 2014 não foi um ano bom para a maioria dos negócios, esse desempenho influenciará o comportamento dos empresários em 2015. Para o diretor-executivo da Anfir, os planos de aquisições e renovações serão revistos e é natural que haja um com-

portamento mais conservador para a compra de implementos rodoviários. Braga ressalta, porém, que a adoção de medidas que reaqueçam a economia ainda no princípio do ano poderá trazer reflexos positivos após os primeiros três meses. “Uma possível recuperação das vendas da indústria de implementos rodoviários dependerá da reação dos demais setores da economia”, pontua. Anfir: (11) 2972-5577


MERCADO

Grupo Libra inaugura terminal retroportuário em Cubatão

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ocalizado próximo ao Porto de Santos (SP), com ramal ferroviário e uma estrutura que contempla a segurança e o conforto dos colaboradores e usuários, o novo terminal retroportuário da Libra Logística foi inaugurado em Cubatão (SP), no dia 29 de dezembro. Com foco em operações de exportação, importação e logística integrada, o espaço tem 70 mil metros quadrados e já está prevista a ampliação para 100 mil m² em 2016. O centro multimodal opera em regime de Redex (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação) e armazém geral, com capacidade para 1.560 TEUs no pátio e 15 mil toneladas no armazém.

O diretor geral da Libra Logística, Daniel Brugioni, destaca que a localização do terminal, equidistante às duas margens do porto, proporciona maior agilidade na transferência de contêineres para os terminais portuários. “Contamos com ramal ferroviário com capacidade de carga e descarga de composições de até 70 vagões, sem necessidade de manobras. O parque é dimensionado para atender a um giro médio de 130 carretas por dia e tem balanças rodoviárias para 100 toneladas”, destaca Brugioni. “O terminal dispõe de caminho seguro e layout de cargas devidamente demarcados, assim como alertas de comunicação visual sobre segurança e equipamentos de

incêndio”, explica o executivo. O Grupo Libra já atuava em Cubatão, e o antigo espaço na cidade será desativado em 60 dias. “Com esse novo terminal, fica evidente a nossa atenção com a região, onde já contamos com a Libra Terminais Santos e a Libra Logística Valongo (Teval)”, afirma o presidente executivo do Grupo Libra, Marcelo Araújo. “Com a Libra Logística Cubatão, consolidamos a nossa posição como único provedor completo de serviços logísticos rodoviários e ferroviários para as duas margens do Porto de Santos”, completa Araújo. Grupo Libra: (11) 3563-3606


TCP faz primeira operação ferroviária em novos ramais

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Atividade marca o início da importação pelo modal, antes feita somente por rodovia

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Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) realizou, no dia 19 de dezembro, a primeira operação com cargas de importação transportadas por meio de seus novos ramais ferroviários. A operação-piloto foi feita com dois contêineres com cargas importadas destinadas a um cliente do norte do estado do Paraná. Construídos em uma área paralela aos antigos ramais, os dois novos trechos têm o dobro do comprimento dos trilhos antigos e contam com 40 plataformas, 15 a mais que os anteriores. A nova malha passou a operar com capacidade ampliada em janeiro, juntamente com a desativação completa da linha anterior. De acordo com Luiz Antonio Alves, CEO do TCP, a ampliação permite a otimização do fluxo de contêineres que passam pelo terminal via modal ferroviário e o início da importação por este modal, que antes era feita somente por rodovia.

“Substituiremos os contêineres vazios que abastecem a indústria exportadora por contêineres cheios no sentido importação. As cargas importadas serão nacionalizadas dentro do TCP e, posteriormente, transportadas por ferrovia para os postos avançados que o terminal mantém em sua área de influência. Na sequência, entregaremos na casa do importador, permitindo reduções de custos para nossos clientes e economias de escala”, explica Alves. Em novembro, o TCP bateu o recorde sul-americano em volume de contêineres movimentados por ferrovia. Foram 5.950 unidades transportadas pelo modal, o que já representa aproximadamente 15% de todo o volume movimentado no terminal. A ferrovia é um importante diferencial do TCP, pois se trata do único terminal de contêineres no Sul do Brasil com acesso ferroviário dentro do pátio. Já a partir do mês de janeiro, a capacidade média de contêineres por mês transportados por ferrovia pelo terminal deveria saltar dos 6 mil alcançados em 2014 para 9 mil contêineres por mês.

TCP: (41) 3420-3300


MERCADO

DAF entrega caminhões à Translíquidos Operador logístico adquire 37 unidades do modelo XF105

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DAF, fabricante de caminhões e subsidiária da Paccar Inc., firmou, no último mês de novembro, um negócio para a comercialização de 37 veículos do modelo XF105 à Translíquidos, companhia de transporte e logística de produtos químicos e granéis líquidos, como gasolina, diesel, álcool e biodiesel. Segundo o diretor Operacional da Translíquidos, Giovani Pasini, todas as unidades, adquiridas nas versões 6x2 e 6x4, ambas de 460 cavalos de potência, já foram entregues. “A DAF

disponibilizou unidades do XF105 para testes por cerca de 20 dias. A operação foi feita com caminhão tanque bitrem. Neste período, identificamos alguns itens que foram decisivos para a compra: o torque, a potência e a economia. No entanto, a facilidade na troca de marcha, robustez na subida, segurança na descida, conforto e espaço interno também foram critérios cruciais”, diz. Os veículos entregues à Translíquidos são fabricados na planta da montadora em Ponta Grossa (PR) e equipa-

dos com motor Paccar MX 12,9 litros. De acordo com o diretor Comercial da DAF Caminhões, Michael Kuester, os veículos da companhia são compatíveis com diversos tipos de operação. “Esta flexibilidade de configuração nos possibilita atuar em variados mercados. Somos reconhecidos na Europa pela qualidade de nossos produtos e queremos proporcionar esta experiência ao mercado nacional”, afirma. DAF: (41) 3122-8400 Translíquidos: (51) 3051-9210

Martin Brower inaugura CD em Pernambuco

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o dia 15 de janeiro, a Martin Brower, operadora logística de food service pertencente ao Grupo Reyes Holdings, inaugurou um centro de distribuição em Pernambuco, no condomínio de negócios Cone Suape, em Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana de Recife. O novo CD faz parte da estratégia da Martin Brower de otimizar suas atividades e abastecer os clientes de maneira mais eficaz. Para isto, a aposta está nas modernas instalações encontradas no condomínio, além da expertise da companhia em oferecer produtos e soluções logísticas para o mercado de food service em todo o território nacional. A empresa contará, dentro do complexo, com um espaço de aproximadamente 8.300 metros quadrados com 5.998 posições-palete. Em comparação ao antigo endereço, lo28 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

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Unidade será responsável pelo atendimento de 480 restaurantes

calizado em Recife, a empresa ganha cerca de 2.600 posições-palete, ponto essencial para atender à crescente demanda da região. O CD será o responsável pelo atendimento a 480 restaurantes das redes McDonald’s, Bob’s, Subway e Giraffas em todos os estados da Região Nordeste, além de Amapá e Pará. Dentre os serviços oferecidos estão compra, armazenagem e distribuição de produ-

tos que são armazenados nas três temperaturas (congelado, resfriado e seco). Em termos nacionais, a Martin Brower conta com mais seis centros de distribuição, localizados em Jacareí, Mogi Guaçu, Osasco, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo (SP) e Curitiba, e mais dois centros de apoio, no Rio de Janeiro e em Itajaí (SC). Martin Brower: (11) 3659-2800


CROSS-DOCKING • A administradora de meios de pagamento eletrônicos Roadcard conta com um novo diretor de Planejamento. Trata-se de André Liess, executivo com mais de 20 anos de experiência profissional em planejamento e desenvolvimento de novas oportunidades, tendo atuado em empresas como Gerdau, IBM, VR, Cielo e Banco Votorantim nas áreas de planejamento estratégico e mercadológico e desenvolvimento de negócios. Liess é bacharel em Informática pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e possui pós-graduação em Administração pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP) e MBA pela Universidade de São Paulo (USP). 0800 726-2279 • O Grupo Chibatão encerrou o ano de 2014 com uma nova estrutura corporativa. O empresário José Ferreira de Oliveira Passarão ocupa agora a presidência do conselho do grupo e, com isso, o até então vice-presidente Jean Bergson de Oliveira assumiu o cargo de diretor-presidente. Já Jhony Fidelis, gestor do Porto Chibatão, complexo portuário privado localizado em Manaus, passou a ocupar a posição de diretor-executivo geral do grupo. Além disso, Dicléa Correa assumiu a diretoria de Relações Públicas. (92) 2129-1900 • O argentino Néstor Diéguez atua, desde o último mês de dezembro, como diretor da Movnod, representante comercial das empresas SEE Sistemas, Longa e Equus, todas do segmento de equipamentos de movimentação e armazenagem. Técnico em Mecânica Industrial pela Escuela Nacional de Educación Técnica nº 4 (Enet nº 4), na Argentina, Diéguez possui vasta experiência no setor, tendo atuado por mais de 30 anos em empresas como Dematic, Cassioli e SEE Sistemas, nos cargos de projetista de equipamentos de movimentação e gerente Comercial no Brasil e na América Latina. (11) 99337-9019

• A Dematic contratou, em dezembro passado, Ives Uliana para ocupar o cargo de diretor de Vendas e Marketing. Formado no Executive Development Program da Booth School of Business da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Uliana é pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep-SP) e em Administração de Empresas e Comércio Exterior pela Universidade Metodista de São Paulo. O executivo possui larga experiência profissional, tendo atuado em empresas de diversos segmentos, como General Motors, Pepsico, Parmalat, Diageo, Keystone Foods, Martin Brower e Total Express, em cargos de supervisão, gerência e diretoria de áreas como Comercial, Compras, Distribuição, Logística, Supply Chain e Operações. (11) 3627-3100 • A Time Express contratou, em janeiro, Gilmar Batista Pinto para atuar como gerente da filial da empresa na cidade do Rio de Janeiro, localizada no bairro da Pavuna. Formado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), o executivo possui amplo conhecimento dos segmentos de transporte e logística, especialmente no estado do Rio de Janeiro, adquirido em mais de 25 anos de experiência profissional, com passagens por empresas como Trans Rodrigues e SPlog. (21) 2584-1003 • O presidente das Empresas Randon, David Abramo Randon, anunciou, em 19 de janeiro, mudanças na estrutura organizacional da companhia, que passam a valer a partir do próximo mês de março. No segmento de implementos e veículos, a Randon S.A. Implementos e Participações passa integralmente à responsabilidade do novo diretor Corporativo Alexandre Gazzi, uma vez que Norberto Fabris assume como gestor da área de Compras das Empresas Randon. Fabris também

continua à frente da Randon Veículos e atuando na função de Relações Institucionais do grupo perante as entidades de classe e governos. (54) 3239-2000 • Flávio Donato assumiu, em janeiro, a posição de gerente Comercial da Transportadora Sulista. Formado em Administração pela Faculdade Cenecista de Varginha (Faceca-MG) e com MBA em Gestão Estratégica de Negócios pelo Centro Universitário Salesiano (Unisal-SP), o executivo atua na empresa desde 2007, tendo iniciado como coordenador Operacional na unidade da Bahia. Donato passou então pela coordenação da equipe de atendimento ao cliente na matriz em Curitiba e pela supervisão da região do Vale do Paraíba (SP), com o atendimento de importantes clientes. Mais recentemente, atuou novamente em Curitiba, como supervisor de Vendas. No novo cargo, ele seguirá responsável pela área de Atendimento ao Cliente, além de assumir a gestão Comercial da empresa. (41) 3371-8200 • A fabricante alemã de empilhadeiras Jungheinrich anunciou mudanças na direção de sua filial brasileira. A partir de janeiro, a operação nacional passa a ser comandada por Vigold Georg. Formado em Contabilidade pela Universidade Regional de Blumenau (Furb-SC), o executivo é mestre em Finanças pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e possui MBA em Controladoria, Finanças e Contabilidade e em Gestão de Riscos Financeiros, ambos pela Universidade de São Paulo (USP). Até então, Georg ocupava o cargo de diretor-geral da Demag. No cargo há 11 anos, ele foi responsável pelo crescimento da área de Serviços e por ampliar a abrangência da Demag em todo o território nacional. Christian Hocke, ex-diretor da Jungheinrich no Brasil, deve assumir novos desafios em outra unidade da empresa na Europa. (11) 3511-6295 Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 29


ENTREVISTA

Fotos: Luiz Machado / Agência Imagem

A retomada continua

Tecnologística – A TNT passou rapidamente da condição de uma empresa prestes a ser vendida ou fechada para a de uma companhia em plena recuperação. Esta retomada continua? Ignacio Garat – É verdade que a empresa passou por uma situação difícil, depois de muitos anos sob a falta de liderança e clareza na direção da sua estratégia. Mas agora felizmente temos um time muito forte – cerca de 7.500 funcionários no Brasil – bem empolgado e olhando na mesma direção. Eu acho que isso foi o que de fato fez a diferença. Nosso negócio é feito de pessoas, então foi importantíssimo engajar os colaboradores neste plano de reestruturação, nessa reviravolta. Tecnologística – No ano passado vocês divulgaram uma expectativa de faturamento de R$ 1 bilhão em 2014 no Brasil. O resultado ficou dentro do esperado? Garat – Lamentavelmente, neste momento não posso falar de números, porque somos uma empresa de capital aberto que vai comunicar os resultados 30 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Após um período difícil, em que quase foi comprada e a unidade brasileira esteve sob o risco de ser fechada, a TNT conseguiu virar o jogo, retomar o crescimento e resgatar sua imagem. Agora elevada à condição de unidade de negócios e respondendo diretamente à matriz na Holanda, a TNT Brasil comemora o momento positivo. É o que conta nesta entrevista exclusiva o diretor-presidente da companhia, o espanhol Ignacio Garat globais dos negócios no próximo dia 28 de fevereiro. Dessa forma, não posso adiantar o montante, nem os investimentos, mas foi em linha com o projetado e até um pouco acima. Tecnologística – A que o senhor atribui esta recuperação? Garat – Seguimos um plano com fundamentos muito claros. Temos duas áreas de foco, que são o crescimento rentável da receita e a otimização dos custos, com quatro pilares-chave: pessoas comprometidas; excelência nos serviços; crescimento rentável e, logicamente, fluxo de caixa. Analisamos aqueles clientes que não aportavam rentabilidade, mas, sobretudo, reestruturamos nossa força de vendas para crescer em todos os segmentos, e crescemos de forma extraordinária em pequenas e médias empresas, que realmente suportam a economia dos países, e não só no Brasil. Por isso nos últimos dois anos nós mantivemos um foco muito forte nestes pilares e nos concentramos neste segmento de pequenos e médios.

Tecnologística – Os grandes operadores logísticos globais não costumam dar tanta importância a esse segmento. Garat – É verdade. E também fizemos uma avaliação para definir exatamente em quais mercados-alvo iríamos nos focar, elegendo setores que agregam eficiência e sinergia às operações. Isso acarreta também maior produtividade nas operações. E, claro, demos muita atenção à gestão da receita e à otimização das estruturas. A companhia vem da aquisição de duas grandes empresas – Expresso Mercúrio e Expresso Araçatuba – e normalmente nesses casos a estrutura fica sobrecarregada. Então fizemos uma reestruturação e uma revisão e otimização da malha, da rede de transferência, e tivemos um ganho importantíssimo na eficiência da frota de distribuição. Como fizemos isso? Através de projetos de engenharia e do desenvolvimento de ferramentas para planejar muito bem a volumetria. O Brasil sofre um efeito grande da sazonalidade. Não só por períodos do ano, mas também ao longo


do mês, com altíssima concentração nos últimos dias. De modo que o planejamento dos recursos é fundamental para entregar um serviço eficiente. Estamos trabalhando muito neste sentindo. E, como falei, demos muita atenção ao engajamento das pessoas, porque só com um time motivado podemos entregar um bom serviço. Para isso, demos muita ênfase na comunicação. Tecnologística – Para os funcionários, deve ter sido muito difícil aquele momento de indefinição pelo qual a empresa passou, não? Garat – Certamente, não há nada pior do que a incerteza. Mas nós contra-atacamos com muita honestidade, sempre falando a verdade e, sobretudo, contatando pessoalmente todos os funcionários, expondo a situação, os planos e mostrando que só dependíamos de nós para mudar o jogo. Investimos muito em treinamento sobre processos e disciplinas, conhecimento de produtos, bem como em plano de carreira e desenvolvimento de pessoas. E também nos concentramos no segundo pilar-chave, a excelência nos serviços. Claramente, não estávamos entregando um serviço ótimo nos anos anteriores. Assim, fizemos um roteiro para a excelência, onde detalhamos o que teríamos de fazer, quais eram as causas-raízes dos problemas e começamos a trabalhar com uma metodologia muito clara. Com isso, a qualidade dos serviços deu um salto incrível. Tecnologística – Para isso, houve a ajuda de alguma consultoria? Garat – Foi um trabalho interno mesmo. Desenvolvemos tudo, até os indicadores de desempenho. Mesmo quando estávamos numa situação ainda incerta, investimos em duas coisas: recursos humanos e tecnologia, em nossos sistemas próprios; compramos sorters e scanners para localizar os conhecimentos a cada passo. Nosso cliente hoje pode, através de um aplicativo

móvel, rastrear onde está o pedido dele pelo celular a qualquer momento. Tecnologística – E a empresa já atingiu a meta de nível de serviço esperada? Garat – Ainda queremos muito mais. Hoje nós já estamos entregando um nível de serviço que ninguém tem, mas nossa meta é a excelência, e para isso temos de entregar de forma consistente 98% dos pacotes todos os dias. Isto é um desafio. E continuamos a seguir com nossa estratégia. No pilar da melhoria de produtividade, queremos ter realmente a especialização nestes mercados verticais que atendemos: automotivo, high tech, health care e life style, este último englobando calçados, confecções e acessórios. Estamos vendo que não apenas as multinacionais, mas também as grandes empresas brasileiras estão muito mais profissionalizadas e precisam saber medir os indicadores. Por isso temos uma metodologia de trabalho que usa a melhoria contínua, que visa a analisar e monitorar os KPIs para, em parceria com o cliente, definir planos de melhoria contínua. Temos também pessoal treinado em metodologia lean (enxuta) e engenharia, montamos times de business solutions e temos desenvolvido muitas soluções para distintos segmentos verticais. O segundo ponto é investir em performance para assegurar os ganhos de produtividade. Acabamos de investir 39 milhões de reais em renovação de frota. Com isso conseguimos muito mais eficiência, economia de combustível e, logicamente, também nas emissões. Só com a renovação da frota vamos reduzir enormemente as emissões de CO2. Tecnologística – Esta é uma preocupação crescente das empresas, não? Garat – Sim, e nós somos uma companhia realmente preocupada com o meio ambiente. Neste sentido, tivemos duas estratégias: uma foi a realocação de frotas de acordo com o perfil da carga, e aí tivemos uma redução de 710 mil toneladas de CO2

em um ano. E, com a renovação da frota, este número vai subir para 1,4 milhão de toneladas a menos emitidas por ano. Para ser mais sustentável, é preciso um approach responsável como companhia, e é isso que estamos fazendo com os programas de otimização contínua da malha, de otimização da roteirização dos veículos, para conseguir atingir os tempos de trânsito com o mínimo de quilômetros percorridos. Temos desenvolvido uma cultura de performance que está bem alinhada com outro de nossos pilares, que é o fluxo de caixa. Claro que com esse entorno atual precisamos ser muito mais enxutos. Temos de investir em nosso core business, no que os clientes valorizam. Continuamos reduzindo a estrutura da companhia e tornando-a muito mais enxuta, mais focada, mais próxima dos clientes, e temos definidos planos de treinamento bem agressivos, para desenvolver um pipeline de talentos nas pontas de modo a fazer nosso negócio acontecer de forma confiável e contínua. Também já definimos o que fazer nos próximos três anos para continuar melhorando dia a dia. A estratégia é muito simples: primeiro, continuar fazendo crescer a receita, determinando muito bem como vamos crescer e ser um líder reconhecido pelas pequenas e médias empresas. Estamos trabalhando em simplificar nossa interação com os clientes. Investimos em um novo CRM e também, como falei, estamos definindo muito melhor a atuação em cada segmento vertical. Nosso foco é ouvir os clientes, conhecer muito bem suas necessidades e desenvolver serviços e produtos que as atendam. Tecnologística – Nesta análise da rentabilidade dos contratos que o senhor mencionou, vocês deixaram de atender algum setor? Garat – Nós apresentamos com muita clareza reajustes para clientes nos quais não conseguíamos ter uma boa lucratividade, e claro que precisamos deixar alguns negócios, mas não abanFevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 31


ENTREVISTA

donamos segmentos totais. Foram casos mais pontuais. Trabalhamos muito forte sobre o perfil de carga e de clientes, porque temos capacidade para fazer as coisas dentro de um perfil adequado, ou teríamos um impacto expressivo nas operações. Então temos de ser humildes para reconhecer aonde não vamos bem e onde somos muito bons e competitivos quando nos comparamos com outras transportadoras. Tecnologística – Vocês têm a vantagem de ter herdado a malha de duas grandes companhias, não é? Garat – Isso mesmo. A TNT tem uma abrangência que ninguém tem, exceto os Correios. É a única que, com efeito, tem uma abrangência nacional total. Oferecemos tempos de trânsito nas longas distâncias muito competitivos e temos um portfólio único: um serviço rodoviário nacional atendendo a 5.400 municípios e localidades; um serviço aéreo com os mesmos procedimentos e padrões que temos para o rodoviário, que está tendo um crescimento espetacular, pois com todo este desenvolvimento que o Brasil vem apresentando o mercado realmente precisa de um serviço emergencial. Temos uma malha rodoviária internacional na América do Sul, que engloba Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru, totalmente integrada à malha rodoviária nacional; e temos nosso servi-

ço internacional, que atende a mais de 200 países no mundo. No ano passado, introduzimos uma nova linha com conexão através do Aeroporto JFK, em Nova Iorque, e conseguimos fazer da Europa para o Brasil em três dias, inclusive com liberação alfandegária. Tecnologística – As aeronaves próprias da TNT atendem o Brasil? Garat – Não, elas estão concentradas na Europa e fazem algumas rotas longas para a Ásia e os Estados Unidos, mas não atendem o Brasil, pois acreditamos que ainda não haja demanda. O que oferecemos aos clientes é a confiabilidade de um serviço regular. Nossos serviços têm saídas com horários e tempo de trânsito definidos. Nossos caminhões saem tanto para as rotas nacionais como para as internacionais, independentemente de estarem cheios ou vazios. Essa é uma vantagem competitiva nossa. Temos uma capacidade única de movimentar tanto pacotes como carga paletizada e isso é uma facilidade para nossos clientes. Tecnologística – Qual é a composição atual entre frota própria e terceirizada? Garat – Dentro de nossos projetos de otimização, decidimos começar uma mudança e definimos que o ótimo seria ter 70% da frota subcontratada e 30% própria, o que já foi atingido. E a estratégia é ter esta frota própria renovada a cada cinco anos. Mas mesmo na frota terceirizada, todas as informações ficam disponíveis para o cliente. Toda a gestão é da TNT. Logo, para os clientes, nada muda, pois quem presta o serviço para eles é a TNT. Tecnologística – O senhor acredita que este mercado de pequenas e médias ainda tem muito potencial para os prestadores de serviços logísticos?

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Garat – Sem dúvida, há ainda muita oportunidade. Falando de logística pura, na minha experiência, eles quase não terceirizam nada. Já no transporte é muito mais, e é aí que podemos oferecer nosso diferencial. Porque é complicado para eles gerenciar muitas transportadoras. Como são empresas menores, sua estrutura também é menor. Então, se fizermos este trabalho para elas, elas podem ter menos pessoas envolvidas no processo e podem se concentrar em seu negócio, o que traz redução de custo de gerenciamento. Tecnologística – Este movimento é bastante facilitado pelo crescimento do reconhecimento da importância da logística pelas pequenas e médias empresas, não? Garat – Exatamente. Agora isto é ainda mais importante, porque num momento de crescimento limitado do PIB e com inflação alta, as empresas buscam ser ainda mais competitivas. Além disso, fizemos uma pesquisa que detectou que muitas companhias estão crescendo fora de seus estados natais. E o que estão enxergando é que não é sustentável manter 12 transportadoras. Percebem o custo interno para gerenciar, administrar essa estrutura. A partir do momento em que precisam de uma abrangência nacional com o mesmo nível de serviço, necessitam de um prestador de serviços mais consistente. E é aí que podemos ajudá-las. Tecnologística – O senhor acha que parte dos problemas que a TNT teve foi por causa das aquisições? Garat – Foram decorrentes não das aquisições, mas da má gestão da integração. É por isso também que realmente vivemos uma reviravolta. A TNT comprou essas duas empresas líderes no Brasil, a Mercúrio e a Araçatuba, porque os fundamentos eram compatíveis. Tinham boa estrutura, abrangência, nomes reconhecidos. Mas deixamos de entregar um bom serviço, ou seja, esquecemos a parte principal. A partir do momento em que



ENTREVISTA

Abrangência nacional, regional e mundial TNT Express é uma das maiores empresas de entrega e logística do mundo, realizando aproximadamente 1 milhão de entregas diárias, que variam de documentos e encomendas até cargas paletizadas. A empresa opera em redes de transporte rodoviário e aéreo ao longo de toda a Europa, Oriente Médio e África, Ásia e Américas. A TNT Express registrou uma receita de 6,7 bilhões de euros em 2013. A companhia opera em mais de 200 países, utilizando uma rede de 2.653 terminais e hubs. Com mais de mil veículos e 51 aeronaves, a TNT possui a maior infraestrutura rodoviária e aérea para entregas expressas porta a porta na Europa. No Brasil, a TNT é a maior transportadora de carga expressa, com 7 mil funcionários, 2.500 veículos próprios e

focamos novamente no que é de fato importante para nossos clientes, a situação mudou rapidamente. Mas o passado passou, e temos de nos concentrar no presente e no futuro. A verdade é que temos condições de construir os pilares de uma companhia de referência no Brasil no segmento de transporte. É isso que estamos tentando fazer a cada dia. Tecnologística – Como vocês estão vendo 2015? Garat – Achamos que, muitas vezes, as empresas têm muito mais oportunidades de melhorias internas do que pensam, mas acabam perdendo muito tempo olhando para fora e tentando analisar a conjuntura. É verdade que 2015 não será fácil, principalmente o primeiro semestre. O próprio ministro da economia diz que as expectativas sobre o PIB não são elevadas. Mas as oportunidades variam de acordo com o segmento e o 34 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Divulgação

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126 filiais (incluindo o Mercosul), oferecendo uma gama de serviços que inclui transporte rodoviário e aéreo, doméstico e internacional. Pela divisão operacional TNT Mercúrio, atinge mais de 5 mil municípios em todo o país. E por meio da TNT Express é a única que cobre seis países da América Latina pelo modal rodoviário – Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai – além dos 200 destinos atendidos pela rede internacional. Brasil é um país que tem muitos recursos, uma população grande, e está em nossas mãos fazer a economia crescer. Então, mesmo sabendo das dificuldades, somos otimistas de que este pode ser um ano, se não excepcional, pelo menos bom. Tecnologística – Quais os principais gargalos para os negócios da TNT no Brasil? Garat – Tem um óbvio, que é a infraestrutura. O Brasil é um país com território muito grande e tem ainda uma carência de infraestrutura. E o rodoviário ainda representa uma grande parte da matriz de transportes. Se somarmos a infraestrutura e a alta idade da frota com a falta de capacitação e a informalidade que ainda impera no setor, realmente o cenário de risco nas estradas é grande em comparação a outros países. Sem contar que nós sofremos um aumento na criminalidade, é uma preocupação do setor e do país como um todo.

Temos investido muito em rastreadores e em segurança nos terminais. Obtivemos recentemente a certificação TAPA (Transported Asset Protection Association), um dos mais rigorosos em termos mundiais, que certifica a segurança física das instalações, pessoas e bens. Como parceiros, temos de assumir este custo, sobretudo em determinados segmentos que são mais visados pelo crime organizado. Esse é um gargalo importante. Há também a legislação trabalhista e, lógico, a carga tributária. O custo Brasil realmente é alto quando comparado a outros mercados. Tecnologística – Vocês têm problema de retenção de mão de obra? Garat – Não. Temos trabalhado muito na retenção, dando incentivos pela produtividade, para fazer o colaborador sentir que o esforço dele é recompensado. Quando você está feliz, engajado e se sente parte de uma história, isso realmente aumenta o comprometimento. O que fez muito a diferença foi o contato da diretoria com as bases. Em 2014, levamos toda a diretoria executiva para ouvir diretamente os colaboradores, para acelerar oportunidades e conhecer as dificuldades. Em duas semanas, viajamos 18 mil quilômetros de Norte a Sul do país e visitamos cada uma das filiais da TNT; apresentamos nossa estratégia aos colaboradores e explicamos como eles podem ajudar a cumpri-la. Como em qualquer projeto, a comunicação é muito importante. Tecnologística – O senhor citou a concentração no modal rodoviário no país. Qual a oferta de serviços da TNT nos demais modais? Garat – Já temos um produto de cabotagem que fazemos unindo os modais fluvial e marítimo, que depois se liga à nossa rede rodoviária, e temos o rodoaéreo. Aí é onde realmente podemos oferecer valor ao cliente, porque temos uma rede totalmente integrada com os diferentes produtos: tanto internacional rodoviário, como aéreo expresso e ex-


Divulgação

presso internacional, utilizando todo o diferencial de nossa malha e nosso tempo de trânsito otimizado para médias e longas distâncias, entregando uma solução muito eficiente. Estamos ligados num único sistema, cuja integração foi concluída em 2012. Hoje, de Boa Vista a Uruguaiana, enxergamos um único sistema de informação que emite o conhecimento. É fundamental ter uma plataforma comum única interligando o Brasil todo e também os outros países da região, integrada com o sistema gerencial da empresa. Tecnologística – Como é a atuação da empresa no Mercosul? Garat – Temos uma estrutura internacional, formada pela TNT Chile e TNT Argentina. E temos nossa estrutura de transporte rodoviário internacional que abrange todos estes países: Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru. Com relação ao transporte rodoviário internacional, todos eles se reportam ao Brasil, que também é uma unidade de negócios independente. Temos planos de abrir novos escritórios na Argentina e no Paraguai. No Brasil já temos uma abrangência enorme e estamos investindo mais em ampliação e modernização de estruturas, expandindo

nossa capacidade e presença. Só no ano passado investimos em sete delas. E vamos abrir mês que vem outra filial na capital paulista, no bairro do Canindé. Tecnologística – Como o senhor vê hoje a oferta de serviços de logística no Brasil? Garat – Vemos claramente uma profissionalização do setor, o que é muito bom, pois cada vez mais as companhias têm de olhar para as oportunidades na cadeia de suprimentos. Isto leva naturalmente a uma maior concentração do setor. O transporte não é um segmento com margens muito grandes e as empresas vão sofrer uma pressão fortíssima durante este ano, com inflação, baixo crescimento e reajustes de combustível, além de enfrentar ainda uma defasagem no frete. Aquelas que não forem capazes de repassar este custo e ao mesmo tempo ser muito competitivas, terão dificuldades de subsistir. Além disso, todo este movimento por maior controle e formalização do setor, como a própria Lei dos Motoristas e a implantação do Sped Fiscal e Social, traz mais impacto nos custos. Acredito que tudo isso irá causar uma concentração ainda maior do setor. A TNT vê com bons olhos estas iniciativas de formalização, pois resul-

tam numa concorrência muito mais justa e ética. E já estamos preparados para este novo ambiente. Tecnologística – A matriz está contente com o desempenho do país? Garat – Sim, respondemos diretamente à matriz, somos uma business unit. O time brasileiro tem agregado muito para a empresa, inclusive com projetos sendo replicados em outros países. Então nosso time aqui tem muito mérito. Está sendo um projeto muito legal e tenho certeza de que todo o time da TNT vai escrever uma história incrível. Tem sido realmente extraordinário o reconhecimento do mercado. No ano passado, a TNT foi reconhecida pelo segundo ano consecutivo como a melhor empresa de transporte fracionado no Brasil, com o Prêmio Top de Transporte. Isto significa que retomamos a reputação da empresa, da marca TNT, obtendo a recuperação de nossa imagem. Tudo isso dá muito orgulho e anima nosso time a continuar prestando um excelente serviço. Silvia Marino TNT: (11) 2108-2800


AUTOMAÇÃO

Efi Eficiência ciência em em jogo jogo Ao introduzir novas tecnologias, como o sorter da empresa holandesa Optimus, representada no Brasil com exclusividade pela RN Logistik, e os sistemas WMS e de gestão de fretes da Inovatech, a NC Games – líder no mercado brasileiro e uma das maiores distribuidoras de videogames da América Latina – conseguiu eliminar erros de separação de pedidos e melhorar o controle operacional e gerencial. Um dos principais ganhos foi o aumento de 200% da produtividade

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e um lado, havia a necessidade de corrigir uma série de problemas na área de logística, como a vulnerabilidade da expedição, que não era automatizada, o que gerava lentidão no atendimento dos pedidos e dificuldades para a gestão do estoque e dos fretes. De outro, havia o desafio de suportar o crescimento da empresa, que entre 2011 e 2012 praticamente dobrou, e ainda o de preparar a estrutura logística para o canal de e-commerce, que estava começando e apresentava particularidades diversas em relação aos canais habituais de venda. Para solucionar essas e outras questões, a NC Games & Entertainment, que lidera o mercado brasileiro de distribuição de videogames e é uma das maiores da América Latina, apostou na introdução, a partir de 2012, de novas tecnologias e hoje colhe, dentre os frutos dessa decisão, um aumento de 200% da produtividade, a obtenção de 99,8% de eficácia no nível de serviço e 100% de assertividade em toda a operação. A ideia inicial era apenas implementar um sorter para automatizar a separação dos pedidos. Para a escolha da solução, foi realizado um processo de concorrência do qual participaram três empresas. “Optamos pela solução da holandesa Optimus Sorter Technology, representada no Brasil com exclusividade pela RN Logistik, empresa que teve um papel fundamental para o sucesso do projeto”, explica Nelson Hirano, diretor Comercial da NC Games. Foi a primeira instalação no Brasil desse equipamento, desenvolvido pela Optimus, que atua no mercado há oito anos e contabiliza mais de 40 sistemas implantados no mundo todo. “Fizemos um estudo que durou aproximadamente um mês para mapear as operações e as necessidades da NC Games

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Fotos: Luiz Machado / Agência Imagem

e, com base nisso, introduzimos o sorter com 102 saídas e um sistema put-to-light com 50 estações”, detalha Ignácio Flotats, diretor-executivo da RN Logistik. A aquisição do novo equipamento motivou a NC Games a investir também em outras soluções. “Já contávamos com um sistema WMS para gerenciamento das operações do nosso CD, em Barueri (SP), que possui área de armazenagem de 8.900 metros quadrados, mas que não era aderente ao nosso novo modelo de negócio”, destaca Hirano. Segundo o executivo, diante da dificuldade de customizar a ferramenta e de realizar as melhorias que seriam necessárias, a empresa decidiu substituí-la pelo WMS da Inovatech e acabou adquirindo também um sistema de gestão de fretes da mesma empresa. Para atingir os objetivos pretendidos, foi feito um trabalho que envolveu profissionais das três empresas para implantar as novas tecnologias e também para integrá-las entre si e ao sistema de gestão (ERP) da Totvs já existente. Ricardo Montagna, diretor-geral da Inovatech, lembra que foi feito um piloto de três semanas para testar os sistemas e prever eventuais problemas. “O tempo médio entre a instalação e integração dos sistemas e a entrada em operação foi de aproximadamente cinco meses, e tudo ocorreu de forma tranquila, conforme o previsto e sem nenhuma dificuldade”, destaca o executivo. De acordo com Hirano, o sucesso se deveu ao excelente time de profissionais das duas fornecedoras e da NC Games, especialmente das áreas de Logística, que atuaram na parte de processos e negócios, e de TI, na parte técnica. “A principal preocupação era como integrar nosso ERP ao sistema de gestão de fretes, ao WMS e ao sorter, mas todo o trabalho transcorreu sem problemas e o projeto foi bem-sucedido”, destaca. E completa: “Não houve ruptura significativa com a entrada em operação dessas soluções, nem impacto no atendi-

Hirano: resistência inicial ao projeto foi logo equacionada

mento aos pedidos. A melhoria foi percebida já na primeira semana de funcionamento das ferramentas, que no conjunto elevaram em 40% nosso nível de serviço”.

Retenção de talentos Com a automatização dos processos, foi possível reduzir o tempo de processamento dos pedidos em até um dia, aumentar em 3,7 vezes a velocidade de atendimento em comparação ao processo anterior e passar de dois turnos de trabalho para apenas um. “Fizemos alguns ajustes para realocar funcionários em outras tarefas da área de Logística e também promovemos alguns profissionais para atuar em outros setores da companhia. Nosso objetivo foi reter os melhores ta-

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AUTOMAÇÃO

A NC Games conseguiu obter vários ganhos com a introdução de soluções inovadoras e capazes de suportar o crescimento da empresa. Entre eles se incluem:

- Eliminação de gaps; - Eliminação de um turno de trabalho; - Aumento de 200% ĚĂ ƉƌŽĚƵƟǀŝĚĂĚĞ͖ Ͳ ϵϵ͕ϴй ĚĞ ĞĮĐĄĐŝĂ ŶŽ ŶşǀĞů ĚĞ ƐĞƌǀŝĕŽ͖ Ͳ ϭϬϬй ĚĞ ĂƐƐĞƌƟǀŝĚĂĚĞ Ğŵ toda a operação; Ͳ DĞůŚŽƌ ŐĞƐƚĆŽ ĚŽƐ ƌĞĐƵƌƐŽƐ internos e das despesas ŶĂ ĄƌĞĂ ĚĞ >ŽŐşƐƟĐĂ͖ Ͳ DĂŝŽƌ ĐŽŶƚƌŽůĞ ĚĂ ƉƌŽĚƵƟǀŝĚĂĚĞ ĚĞ ĐĂĚĂ ƵƐƵĄƌŝŽ da operação por tarefa; Ͳ DĞůŚŽƌ ĐŽŶƚƌŽůĞ Ğ planejamento dos estoques e ŐĞƌĞŶĐŝĂŵĞŶƚŽ ĚŽ ŝŶǀĞŶƚĄƌŝŽ͖ Ͳ DĂŝŽƌ ƐĞŐƵƌĂŶĕĂ ĚŽƐ ƉƌŽĐĞƐƐŽƐ ƐŝƐƚġŵŝĐŽƐ dž ĂĚĞƌġŶĐŝĂ ŽƉĞƌĂĐŝŽŶĂů͖

Qualidade é o diferencial

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NC Games Entertainment se diferencia no mercado pela qualidade dos produtos que distribui e por sua solidez, mas foi apenas há cerca de dois anos que conseguiu também atingir um patamar de excelência em relação à organização interna, gestão dos processos e valorização das pessoas, o que foi conquistado com o apoio de consultorias externas especializadas. A empresa foi idealizada em 1994 por Claudio Macedo, que em apenas dois anos conseguiu transformá-la na maior distribuidora de softwares e acessórios para videogames do Brasil e fazê-la figurar entre as principais companhias desse segmento na América Latina. Em 2004, com liderança consolidada, a empresa modernizou sua marca e participou pela primeira vez de uma grande feira de games, a EGS Brasil. Ao completar dez anos de atuação, a NC Games conquistou o troféu GameWorld como a me-

lentos, além de reduzir o alto turnover e absenteísmo que havia anteriormente”, explica Hirano. Na avaliação de Flotats, da RN Logistik, antes havia uma quantidade grande de pessoas envolvidas na operação, mas também muita desorganização. “Agora, o sorter pode fazer a separação dos peDivulgação

BENEFÍCIOS > E K^

- Eliminação dos erros de separação de pedidos Ğ ĞdžƉĞĚŝĕĆŽ͖ Ͳ DĂŝŽƌ ĐŽŶƚƌŽůĞ ĚĞ ŐĂƐƚŽƐ ĐŽŵ ĨƌĞƚĞ͖ Ͳ DĂŝŽƌ ǀĞůŽĐŝĚĂĚĞ ŶĂ ƌĞƐƉŽƐƚĂ da posição dos pedidos; Ͳ DĂŝŽƌ ĐŽŶƚƌŽůĞ ĚĂƐ ĞŶƚƌĞŐĂƐ Ğ ĚĞ ƉŽƐƐşǀĞŝƐ ŽĐŽƌƌġŶĐŝĂƐ͕ ĚĞ ĨŽƌŵĂ ĂƵƚŽŵĄƟĐĂ Ğ ŝŶƚĞŐƌĂĚĂ ĐŽŵ ŽƐ sistemas das transportadoras. 38 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Flotats: operação do sorter é simples e exige pouco treinamento

lhor distribuidora especializada do país, repetindo o feito em 2009 e 2010. A reunião dos escritórios e do centro de distribuição na nova sede em Barueri (SP) foi concluída em 2011. Com área de armazenamento de 8.900 m², o CD da empresa teve seu potencial logístico quadruplicado com o emprego da automação, o que garante aos clientes entregas com grande eficiência. Atualmente, a NC Games representa no Brasil importantes produtoras internacionais de games, dentre as quais se incluem a Ubisoft, Konami, Bandai Namco, Bethesda, Tecmo-Koei, Disney Take2, 505, Majesco, Maximum, TellTale, Konami e Philips, entre outras, reunindo uma carteira de 3 mil clientes varejistas e 4.500 pontos de venda em toda a América Latina, além dos mais de 3.500 clientes B2B que adquirem os produtos pelo canal de e-commerce. didos com alimentação automatizada e também manual”, destaca o executivo. A capacidade é de 8 mil bandejas/hora. Para os pedidos menores (de uma a três unidades), é utilizado o sistema put-to-light. Depois que estes são separados no CD, seguem para a área de distribuição. Então, o operador faz a leitura de cada item com um coletor e o deposita na saída, que é indicada por um sinal luminoso (led), e em seguida aperta o botão de confirmação. Segundo Flotats, a operação do sorter é muito simples e bastaram dois dias de treinamento dos usuários. “A única dificuldade que houve foi a resistência da parte de alguns funcionários, o que é natural quando se automatizam processos que antes eram feitos manualmente e, portanto, requer uma mudança de cultura interna. Mas tudo foi bem equacionado pela NC Games”, completa. Segundo Hirano, as resistências foram sanadas ao longo do tempo, uma vez que as pessoas perceberam o aumento da qualidade e da praticidade no


dia a dia da operação, o que só foi possível graças às novas tecnologias implantadas.

Manutenção preventiva Para assegurar o bom funcionamento do sorter, foi firmado um acordo de manutenção preventiva entre a NC Games e a RN Logistik. “Estão previstas duas manutenções por ano, ou seja, uma a cada seis meses. Mas também oferecemos um monitoramento on-line que nos permite corrigir 99% dos erros em tempo real”, explica Flotats. Essa era uma das exigên-

Tecnologias para logística

A

Inovatech fechou 2014 com crescimento estimado de 20% do faturamento e a perspectiva é repetir esse resultado também em 2015. Na avaliação do diretor-geral, Ricardo Montagna, é nas épocas de oscilação na economia que as empresas e as indústrias mais investem em sistemas de gestão e na automação dos processos, justamente porque precisam aumentar a produtividade para garantir seu poder de competição. Por isso, o executivo acredita que este ano, classificado por muitos consultores e economistas como difícil, ao contrário, deverá ser muito positivo para a companhia. “Basicamente, oferecemos três linhas de produtos para a área de logística, que são: WMS, sistema de gestão de fretes, e software para planejamento de demanda, todos desenvolvidos pela nossa equipe interna. Neste ano, vamos avançar nessas três frentes e inclusive já temos projetos novos em andamento”, adianta Montagna, sem dar mais detalhes. Criada em 1994, a empresa apresenta uma proposta diferenciada para o desenvolvimento de sistemas de in-

formação, tendo como principal meta a satisfação do cliente. Neste sentido, conta com um time de profissionais que aliam conhecimentos técnicos avançados à vivência gerencial no segmento de logística, de forma a compreender as necessidades específicas de cada cliente. Para isso, procura manter um diálogo intensivo com o usuário. Atualmente, a Inovatech contabiliza mais de 180 CDs que utilizam sua solução WMS. São empresas de variados portes e ramos de atividade, dentre as quais se incluem indústrias, operadores logísticos, centros de distribuição, armazéns gerais e transportadores, entre outros. As soluções desenvolvidas pela Inovatech são modulares e permitem total integração com os diversos sistemas corporativos (ERP), imprimindo agilidade e confiabilidade ao tráfego de informações. Isso é possível graças a uma metodologia própria no desenvolvimento e implantação de sistemas, arquitetura cliente/servidor ou “n” camadas e gerenciadores de bancos de dados relacionais com linguagens de programação de última geração.


cias da NC Games, segundo Hirano. “No caso específico do sorter, queríamos contar com um serviço de pós-venda que garantisse o devido suporte para os casos de manutenção corretiva e preventiva, uma vez que se trata de um equipamento estrangeiro. E nossa experiência com a RN Logistik, até o momento, tem sido ótima. Quando precisamos de qualquer intervenção ou apoio, eles nos atendem com a mais rápida prontidão, e não chegou a ocorrer nenhum impacto operacional relevante”, reitera Hirano. O mesmo grau de satisfação se dá com a Inovatech. “A ideia era assegurar o cumprimento do que havíamos negociado com base no conceito de trade-off. Estamos uti-

lizando o WMS e o sistema de gestão de fretes há cerca de dois anos e tudo está funcionando conforme o previsto. Estes são fatores extremamente relevantes para o sucesso do negócio”, destaca o diretor da NC Games. Na avaliação de Ricardo Montagna, a empresa de fato precisava de uma ferramenta mais flexível para possibilitar a integração com o sorter e com o ERP, e ainda para imprimir maior agilidade às operações. “Antes, a capacidade de atendimento era de 70 pedidos/dia e, com o uso do WMS da Inovatech, subiu para 300 pedidos/dia. Também se gastava muito tempo para a realização do inventário, já que os produtos são fracionados. Com a nova tecnologia, houve um ganho considerável também nesse aspecto”, explica o executivo. Atualmente, o sistema faz toda a conferência de recebimento, armazenagem e separação de itens. A integração do WMS com o sistema de gestão de frete possibilita selecionar a melhor transportadora, ou seja, a que oferece o melhor custo e prazo de entrega. Segundo Hirano, a NC Games distribui jogos para videogames que são

Na medida certa

“N

osso maior vendedor são os clientes”. A frase define a filosofia de trabalho da RN Logistik, que, segundo seu diretor-executivo Ignácio Flotats, baseia-se na qualidade das soluções que a empresa oferece ao mercado e na experiência e know-how de sua equipe para implantação de sistemas de classificação automática e de preparação de pedidos. Como representante exclusiva da holandesa Optimus Sorter Technology – entre outros fornecedores de tecnologia para automação –, a empresa respondeu pela primeira implementação do sorter dessa companhia no Brasil, que foi justamente na NC Games. “A experiência foi positiva

40 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

para todos os envolvidos porque propusemos metas factíveis. O equipamento foi entregue exatamente na data acertada e entrou em operação uma semana antes do previsto”, destaca o executivo. Atualmente, a RN Logistik está finalizando a implementação do sorter Optimus em outra empresa e deverá iniciar mais um projeto até o final de 2015. Com cinco anos de atuação, a companhia atende a mais de 20 clientes no país e também na Colômbia e Peru. Segundo Flotats, a empresa registrou crescimento de 12% no faturamento em 2014 em comparação ao ano anterior, e espera fechar 2015 com aumento da ordem de 15%.

Divulgação

AUTOMAÇÃO

Montagna: tecnologia trouxe ganhos de produtividade e velocidade no inventário

desenvolvidos por empresas brasileiras e também do Canadá e Estados Unidos. “Nosso principal parceiro, o Publisher Ubisoft, é líder de mercado em vendas no país. Mas também trabalhamos com outros grandes parceiros”, conta Hirano. Os produtos chegam ao CD da empresa pelos modais aéreo, marítimo e rodoviário. Atualmente, são utilizados 78% da capacidade de armazenagem do centro de distribuição, totalizando mais de 2 mil SKUs em linha. A previsão para 2015 é movimentar cerca de 5 milhões de unidades. “Este ano, vamos expandir ainda mais nosso portfólio de produtos, incluindo acessórios, power banks, miniprojetores, tablets e celulares, entre outros. Há ainda o projeto de aumentar nossa capilaridade através da força de vendas e do nosso canal de e-commerce”, adianta Hirano. Atualmente, os produtos distribuídos pela NC Games chegam até o varejo, canais especializados e clientes B2B (que compram por meio do e-commerce) através de transportadoras parceiras pelos modais aéreo, terrestre e marítimo. Ainda não há planos de a empresa atender ao consumidor final. Silvia Giurlani NC Games: (11) 4095-3101 Inovatech: (11) 3061-2443 RN Logistik: (47) 3360-6319



Divulgação - Multiterminais

PORTOS SECOS E CLIAS

Aqui se faz a movimentação legal Recintos alfandegados de zona secundária superam indefinições jurídicas e de legislação e atuam como facilitadores do comércio exterior brasileiro. Investimentos em tecnologia e ampliação do portfólio de serviços transformam o perfil das unidades de meros depósitos para plataformas logísticas

H

á pouco mais de 20 anos começou, no Brasil, um movimento para adotar um modelo de estruturas que se tornassem facilitadoras do comércio exterior. A ideia era desenvolver ativos alfandegados que pudessem contribuir para a agilidade e flexibilidade operacional, com atividades realizadas anteriormente nas zonas primárias dos portos organizados ou aeroportos. Ao longo do tempo, diferentes nomenclaturas surgiram. Porto Seco, Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia) e Estação Aduaneira Interior (EADI) são as nomenclaturas ainda hoje utilizadas para definir as unidades. Apesar da diferença no nome mercadológico, todos seguem as mesmas regras operacionais, estabelecidas pela Receita Federal do Brasil (RFB), e são definidos como recintos alfandegados de zona secundária.

42 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Mas não foi apenas a nomenclatura que sofreu modificações ao longo dos anos. A legislação passou por inúmeras alterações (veja box) e a gama de prestadores de serviços, pelos mais diversos motivos, também. Hoje, a indefinição legal persiste e a oferta de fornecedores, oscilante nestes pouco mais de 20 anos, se estabilizou. De acordo com números da Associação Brasileira de Portos Secos e Clias (Abepra), o Brasil conta, atualmente, com 35 empresas privadas que atuam no segmento e operam 59 unidades. Destas, 29, que gerem 40 recintos, são associadas da entidade.

Análise institucional Para o presidente do Conselho Diretor da Abepra, Paulo Gordilho, do ponto de vista econômico, o setor sofre atualmente as consequências da crise do movimento do comércio

exterior brasileiro. “A diminuição das exportações leva, por consequência, a uma enorme contenção no fluxo de importações, que também está ligada ao valor do dólar, que está alto. Em consequência, os Portos Secos e Clias estão funcionando com uma taxa de ociosidade alta, o que os desequilibra economicamente”, diz. Ele ressalta, porém, que mesmo assim todos os recintos estão atualmente tangidos a fazer pesados investimentos exigidos pela legislação aduaneira, em vigilância e tecnologia de informação, que são necessários para manter a segurança do sistema e agilizar a fiscalização.


Divulgação - Abepra

De acordo com o executivo, as demandas atuais do segmento são, na verdade, preocupações. A principal delas é ter segurança quanto ao retorno dos investimentos, que são obrigatórios. Outra, continua, é assegurar que eventuais ampliações sejam feitas em locais onde exista vocação de comércio externo, com base em estudos de viabilidade técnica e econômica consistentes e por meio de licitações públicas. “Portos Secos e Clias são prestadores de serviço. Isso significa que é preciso haver mercado de comércio externo na região antes de se implantar um recinto alfandegado”, salienta. Na opinião de Gordilho, não há

Gordilho: setor vem trabalhando com ociosidade alta

gargalos para a operação hoje no Brasil, mas dificuldades. “Há carência de pessoal na fiscalização dos diversos órgãos intervenientes, não da Receita Federal, mas especialmente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que, apesar disso, lutam contra sua própria falta de estrutura fiscalizadora para atender prontamente ao requisitado pelas empresas”, revela. O presidente completa dizendo que o setor faz ponderações e as leva às autoridades. “Somos permissionários e, consequentemente, parceiros do Poder Púbico”, ressalta. Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 43


Modelo de exploração O debate que ainda persiste no segmento é qual o melhor modelo de autorização para explorar a atividade, concessão ou licitação. O presidente da Abepra defende a licitação. “É um sistema transparente que garante isonomia entre os interessados em participar e, principalmente, que defende o interesse público e dá segurança jurídica às empresas permissionárias”, afirma. Já o diretor de Operações da Elog – companhia que atua na operação de Recintos Alfandegados, Portos Secos e Clias desde 2010 e hoje conta com estruturas em ambos os regimes –, Marcos Tinti, acredita que, como em toda norma jurídica, revisões periódicas são positivas em qualquer setor. “É natural que existam indefinições. Independentemente da forma, é importante levar em consideração alguns critérios, como estudos de viabilidade, aspectos regionais, tamanho de área e tipos de cargas”, define. Na Multiterminais Logística Integrada, que também opera em ambos 44 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Divulgação - Elog

Divulgação - Elog

PORTOS SECOS E CLIAS

Para o diretor, é preciso manter o que já foi debatido e construído, uma vez que a eventual insegurança jurídica é péssima para todos – operadores, clientes e órgãos anuentes. “Ninguém ganha com um cenário sem rumo”, resume. O diretor executivo da Wilson Sons Logística, Thomas Rittscher III, segue a linha de Vega e diz que os diferentes regimes operacionais geram incertezas e desconforto no setor. “Não sabemos qual o perfil do operador que tem o direito de explorar a atividade. Não há uma uniformidade, o que cria distorções e impede algumas vantagens de ser obtidas pelo desenvolvimento operacional”, relata. O executivo exemplifica. “Os Clias não têm limite de tarifação e possuem prazo de validade indeterminado para a exploração das estruturas, ao contrário dos Portos Secos”. Por estes motivos, Rittscher é enfático. “Nós, da Wilson Sons, defendemos o modelo licitatório, pois é mais transparente”, conclui.

Oferta

Tinti: Brasil já está bem servido de estruturas alfandegadas

os regimes em suas diferentes unidades, o diretor de Logística, Ricardo Vega, tem a mesma opinião de Gordilho, da Abepra. “Não temos dúvida da necessidade de sermos licitados. É mais transparente e todos têm a mesma oportunidade; não vejo nada mais democrático do que isso”, frisa. Segundo ele, a legislação ou marco regulatório já está definido, o que incomoda e traz inconveniências é o recorrente debate na troca das leis.

À parte do debate sobre legislação, os players do segmento avaliam que o Brasil atualmente conta com um parque de recintos alfandegados de zona secundária condizente com as suas necessidades. O representante da Abepra diz que o país tem uma estrutura robusta de Portos Secos e Clias, implantados em todas as regiões fiscais do país, à exceção da 3ª região, que agrega os estados do Ceará, Maranhão e Piauí. “Atualmente, as unidades existentes atendem plenamente ao mercado que demanda seus serviços, especialmente o automobilístico, de informática, energia eólica, fármacos, transportes, eletroeletrônico e elétrico e projetos”, relata Gordilho. Tinti, da Elog, também considera


Divulgação - Multiterminais

que o Brasil já possui estruturas al- de novas unidades. “Os Portos Secos fandegadas suficientes para atender têm de atender ao mercado e não o ao mercado. “Nas regiões Sul e Sudes- contrário. Portanto, as mudanças te, onde atuamos com dez recintos, devem atender às expectativas dos num total de 782.500 metros quadra- clientes. Existem aqueles que sempre dos, o cenário atual é de alta com- demandarão armazenagem e outros petitividade. As expectativas para que estão mais preocupados em agreo longo prazo são boas e alinhadas gar serviços. Na minha opinião, os ao crescimento do comércio exterior Portos Secos são uma excelente ferrabrasileiro”, diz. menta para ambos os casos”, define. Para reforçar a presença no mercaO diretor de Logística ressalta, aindo, o executivo revela que a compa- da, que o cenário atual recomenda nhia investiu aproximadamente R$ 40 muita cautela e novos investimentos milhões na implantação de scanners e têm de ser muito bem estudados, já que OCR (do inglês Optical Character Re- aqueles feitos durante os últimos anos cognition – tecnologia empregada no ainda precisam ser amortizados. “Não reconhecimento de caracteres a partir acredito que o Brasil irá parar, mas de um arquivo de imagem que serve precisamos estar atentos aos sinais que para identificar placas de veículos e chegam. Temos de entender melhor o numeração de contêineres), além de que está por vir, e, ao mesmo tempo, aplicar os recursos em sistemas como saber aproveitar todas as oportuniWMS e TMS. A dades que apareempresa também cem”, enfatiza. construiu armaNo mercazéns, pavimendo há 15 anos, a tou as unidades e Multiterminais adquiriu equipaopera atualmenmentos, como rete um porto seco ach stackers. em Resende (RJ), Para os próxioutro em Juiz de mos anos, o direFora (MG) e um tor de Operações Clia no Rio de adianta que o plaJaneiro. Nos últino estratégico da mos cinco anos, Elog consiste em a companhia inimplantar armavestiu cerca de Vega: licitação é o processo mais zéns e modernizar US$ 6 milhões em transparente e democrático os atuais recinequipamentos de tos alfandegados a fim de oferecer movimentação e sistemas como OCR a integração com outros serviços e e balanças. alinhá-los ao conceito de plataforma Rittscher, da Wilson Sons Logíslogística, em áreas estratégicas como tica, segue a mesma linha dos deCampinas (SP), São Paulo, Curitiba e mais executivos e faz uma ressalva. Foz do Iguaçu (PR). “Havia uma deficiência na Região Já Vega, da Multiterminais, consi- Nordeste, que vem apresentando dera a estrutura física atual adequa- índices de crescimento acima da da, mas lembra que a Receita Federal média do restante do país, agora tem que avaliar constantemente o suprida. Já nas demais regiões, obmercado e estudos devem ser feitos servo que há um excesso de capacipara que se avalie a real necessidade dade”, opina.


Serviços e vocação operacional Quanto aos serviços, independentemente da disposição geográfica, o movimento não para. Gordilho considera que os recintos alfandegados de zona secundária estão cada vez mais voltados para a operação dos diversos regimes aduaneiros e, 46 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Rittscher: em algumas regiões há excesso de capacidade

em consequência, para a prestação de serviços conexos às importações para os usuários. “Eles podem funcionar como uma espécie de gestores de estoques de linhas de montagem, como CDs alfandegados ou associados a CDs de mercadorias não alfandegadas. O despacho aduaneiro, embora ainda seja parcela importante da atividade, vai se associando cada vez mais a outros serviços que podem ser agregados, deixando assim de ser uma atividade isolada”, afirDivulgação - Wilson Sons Divulgação

Para o diretor executivo, no estado de São Paulo, o mais representativo para o comércio internacional brasileiro, há um aumento de área alfandegada por conta da abertura de dois novos terminais portuários em Santos e pelos investimentos realizados nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos (SP), após as privatizações. “Nessas regiões, a concorrência é forte e há ociosidade, por isso não faz sentido a inauguração de áreas alfandegadas nestes locais”, acredita. A Wilson Sons Logística atua no segmento desde 2003. A mais recente iniciativa foi o início das operações, em setembro de 2014, do EADI Suape (PE). A unidade, que demandou R$ 11 milhões em investimentos, compõe, junto com o Centro Logístico (CL) Suape, um complexo que integra as operações de comércio exterior e logística doméstica. O local conta com uma área total de 53 mil m², sendo 23 mil m² de área coberta e 30 mil m² de pátio. “A EADI e o CL Suape se encaixam na nossa estratégia de plataformas regionais. Essas duas unidades, juntamente com serviços complementares de transporte, nos dão a oportunidade de oferecer aos nossos clientes soluções completas e customizadas”, diz Rittscher. A outra unidade alfandegada da Wilson Sons está localizada em Santo André (SP), na região conhecida como ABCD, e disponibiliza uma área total de 91.800 m², com 33.800 m² de área coberta e 58 mil m² de pátio.

Divulgação - Wilson Sons

PORTOS SECOS E CLIAS

ma o representante da Abepra. Tinti conta que, na Elog, isso já é realizado. “Oferecemos diversos serviços agregados nas áreas alfandegadas, tais como etiquetagem, selagem, picking, paletização, coleta de amostras, inspeção e registro fotográfico”, enumera. Além disso, o gestor destaca que são realizados alguns serviços mais complexos, como gerenciamento de estoque de produtos alfandegados, com ferramenta informatizada, o VMI Alfandegado; a industrialização, a partir da autorização obtida pelo cliente junto aos órgãos anuentes; e o serviço de Depot, que consiste na armazenagem, manutenção e reparo de contêineres vazios. “Embora hoje a estocagem tenha uma maior participação no negócio, a tendência é que os serviços agregados cresçam anualmente, principalmente se considerarmos os clientes que utilizam a logística integrada”, define. Quanto ao fluxo, a importação dentro dos Portos Secos e Clias é fundamental e crescente. No entanto, a exportação de cargas conteinerizadas tende a ganhar espaço nos


O imbróglio no setor continua

O

s portos secos começaram suas atividades no Brasil em 1993. À época, 13 companhias iniciaram as operações sob permissão e contratos estabelecidos. A partir de 1994, quando se instituiu a Lei nº 8.666, a permissão para portos secos passou a ser realizada por licitação. Dez anos depois, em 2003, mais 50 unidades faziam parte do segmento. Em 2005, surge a Medida Provisória (MP) 320, que acabava com o sistema de licitação e instituía o sistema de licença. A MP dispunha sobre a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação, o alfandegamento de locais e recintos e a licença para explorar serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias em Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia). O setor era contra, mas as 13 companhias responsáveis pelos portos secos remanescentes de 1993, que não eram licitados, eram a favor, uma vez que a MP permitia que eles se tornassem Clias. Após um período de validade, em dezembro de 2006 a MP 320 foi rejeitada pelo Congresso Nacional. Porém, em seu período de vigência cinco portos secos, dos treze, con-

complexos logísticos integrados que se formam. “Isso favorece o aproveitamento de fretes de retorno para a zona portuária, reduzindo o transporte de contêineres vazios, o que gera eficiência operacional. Na Elog, o maior fluxo é o de importação, acima de 90%. Porém, a tendência de exportação em um cenário de curto e médio prazos é importante”, destaca Tinti.

seguiram a passagem para o sistema de Clia, sem contrato e por tempo indeterminado. Os outros oito que não conseguiram a migração passaram a operar sob liminar, enquanto o governo federal discutia se retomaria ou não os certames licitatórios. Vale lembrar que os processos das oito companhias sob liminar não foram julgados até hoje, estando ainda sob apreciação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já em 2013, surge a MP 612, que reestruturava o modelo jurídico de organização dos recintos aduaneiros de zona secundária. Ela entrou em vigor e diversos portos secos, que eram licitados e cujos contratos acabavam entre 2013 e 2018, pediram e obtiveram a migração para o sistema de Clia. O Brasil tem hoje 35 empresas privadas que atuam no segmento e operam 58 unidades, entre Portos Secos e Clias, todos denominados recintos alfandegados de zona secundária e submissos ao mesmo regulamento operacional. Vale lembrar que, da gama total de companhias atuante no setor, algumas funcionam sob licitação, que são os portos secos, e outras receberam autorizações e funcionam como Clias, por prazo indeterminado.

Na Multiterminais, os serviços variam desde a desembalagem de caixas até a montagem de kits para as grandes indústrias. Vega reconhece que a maior parte da receita de um porto seco ainda hoje é proveniente da armazenagem, mas isso vem mudando aos poucos. Ele, contudo, faz uma ressalva. “O perfil da mercadoria importada ou exportada define muito a vocação”, diz.


PORTOS SECOS E CLIAS

Para o diretor, o maior desafio dos recintos alfandegados hoje é a exportação. Isso porque as indústrias ainda preferem transportar para os portos marítimos ou aeroportos e realizar lá os trâmites fiscais. “Creio que a logística funcionaria de forma

mais eficiente se convencêssemos os exportadores a operar a partir do porto seco em vez de enviar os produtos quase que diretamente aos navios”, relata. Já Rittscher, da Wilson Sons Logística, avalia que os serviços dis-

CONHEÇA AS MODALIDADES EXISTENTES DE ARMAZENAGEM DE MERCADORIAS ͻ ĞƉſƐŝƚŽ ůĨĂŶĚĞŐĂĚŽ WƷďůŝĐŽ ; WͿ Ͳ EĂ ŝŵƉŽƌƚĂĕĆŽ ʹ ŵĞƌĐĂĚŽƌŝĂ ŝŵƉŽƌƚĂĚĂ Ğŵ ƋƵĂůƋƵĞƌ ƌĞŐŝŵĞ ĐĂŵďŝĂů Ğ ĮƐĐĂů͘ ŽŶĨĞƌġŶĐŝĂ͕ ĚĞƐĞŵďĂƌĂĕŽ Ğ ĚĞƐƉĂĐŚŽ ĂĚƵĂŶĞŝƌŽ͘ Ͳ EĂ ĞdžƉŽƌƚĂĕĆŽ ʹ ŵĞƌĐĂĚŽƌŝĂ ĚĞƐƟŶĂĚĂ ă ĞdžƉŽƌƚĂĕĆŽ͘

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ͻ ŶƚƌĞƉŽƐƚŽ ĚƵĂŶĞŝƌŽ ĚĞ džƉŽƌƚĂĕĆŽ a) Na exportação comum Ͳ DĞƌĐĂĚŽƌŝĂ ĚĞƐƟŶĂĚĂ ă ĞdžƉŽƌƚĂĕĆŽ ƉŽƌ ƉƌŽĚƵƚŽƌ͕ ǀĞŶĚĞĚŽƌ͕ ĐŽŶƐſƌĐŝŽ͕ ĐŽŽƉĞƌĂƟǀĂ͕ ĞƚĐ͘ b) džƚƌĂŽƌĚŝŶĄƌŝŽ Ͳ DĞƌĐĂĚŽƌŝĂ ĂĚƋƵŝƌŝĚĂ ƉŽƌ dƌĂĚŝŶŐ ŽŵƉĂŶLJ ƉĂƌĂ ĞdžƉŽƌƚĂĕĆŽ͘

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Fábio Penteado

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ponibilizados estão relacionados à estratégia de cada empresa. “Nós oferecemos em nossas estruturas alfandegadas uma plataforma logística para atender ao comércio exterior, com operações vinculadas às portuárias e ao transporte. Já no fluxo doméstico, atuamos como centros de distribuição”, conta. Na opinião do executivo, os Portos Secos têm uma posição estratégica como facilitadores e trazem flexibilidade a diferentes operações. A unidade da companhia em Suape segue a máxima do gestor. Prova disso foi a obtenção junto à RFB, no último dia 12 de janeiro, da autorização para atuar sob o regime especial de entreposto aduaneiro. Assim, a unidade pode atender a um número ainda maior de clientes que buscam vantagens tributárias e logísticas na armazenagem de produtos importados ou destinados à exportação. Dentre as principais vantagens oferecidas pela estrutura pernambucana agora está a possibilidade de nacionalização da mercadoria de forma fracionada. Ou seja, o pagamento dos impostos incide à medida que a carga é nacionalizada e posteriormente retirada do recinto, permitindo, assim, um melhor fluxo de caixa e de logística para as empresas. Quanto ao fluxo, Rittscher analisa que a importação, um pouco mais complexa do que a exportação, deve se manter como a mais representativa. Nas estruturas alfandegadas da Wilson Sons os embarques representam entre 15% e 20% dos negócios, com os desembarques respondendo pela restante e maior parcela da fatia.

Abepra: (11) 3253-4316 Elog: (11) 3305-4100 Multiterminais: (21) 3095-6600 Wilson Sons: (11) 3939-0517



MERCADO BRASILEIRO DE PORTOS SECOS E CLIAS

Tempo de mercado

Nº de funcionários

Certificações

Nº de clientes

Receita bruta anual (em milhões de R$)

Clia

N° de unidades

Coberta

Resfriada

Pátio

Total

Empresa Telefone E-mail Site

Localização das unidades

Área de armazenagem (em m2)

Agesa - Armazéns Gerais Alfandegados de Mato Grosso do Sul (67) 3234-7300 diretoria@agesa.com.br www.agesa.com.br

27 anos

135

N

350

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N

1

Corumbá (MS)

6.500

0

60.000

66.500

Amazon Dry Port (91) 3202-7074 tome@amazondryport.com.br www.amazondryport.com.br

12 anos

70

S

70

7

N

1

Belém (PA)

3.000

1.000

16.000

20.000

Aurora Terminais e Serviços (15) 3235-4800 comercial@eadiaurora.com.br www.eadiaurora.com.br

16 anos

155

S

NF

NF

N

1

Sorocaba (SP)

15.900

175

34.000

50.075

Automotive Distribuição e Logística (17) 3016-2100 antonio.soares@eadiriopreto.com.br www.eadiriopreto.com.br

15 anos

12

S

63

NF

N

1

São José do Rio Preto (SP)

6.000

500

37.260

43.260

Brado Logística (41) 2118-2800 thiago.dias@brado.com.br www.brado.com.br

16 anos

1.500

S

50

NF

S

8

Araucária (PR), Bauru (SP), Cubatão (SP), Colombo (PR), Cambé (PR), Itajaí (SC), Esteio (RS) e Porto Alegre (RS)

NF

NF

NF

NF

Brasfrigo (47) 3341-2300 jose.humberto@brasfrigo.com.br www.brasfrigo.com.br

35 anos

298

N

120

NF

N

2

Itajaí (SC) e Uberlândia (MG)

27.000 3.000

49.000

79.000

Clia Empório (71) 3183-5162 comercial@cliaemporio.com.br www.cliaemporio.com.br

40 anos

160

S

NF

NF

S

1

Salvador (BA)

10.000

0

10.000

20.000

Columbia do Nordeste (71) 2106-7200 atendimento@columbia.com.br www.columbia.com.br

15 anos

291

S

500

NF

N

1

Simões Filho (BA)

20.000

0

123.000 143.000

Cotia Armazéns Gerais (27) 3331-5000 comercial@terca.com.br www.terca.com.br

20 anos

193

S

NF

53

S

1

Cariacica (ES)

40.000

400

290.000 330.000

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) - Sim; (N) - Não

50 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015


Transpaleteiras

Outros

WMS

Consulta de serviços pela internet

Código de barras

Radiofrequência

N° de coletores

Tecnologias empregadas

Empilhadeiras manuais

Frota

0

11

0

20

6

NF

S

N

S

N

NF

0

5

NF

1

2

Depot com pórtico, transporte e armazém

S

S

S

S

7

12

3

39

7

2

Armazenagem alfandegada com anuência da Anvisa, armazém geral, soluções em transporte e projetos especiais, gestão de estoque, picking e packing

S

S

S

S

30

1

2

0

3

0

Armazém geral

S

S

N

N

NF

5

10

10

40

NF

NF

S

S

S

S

NF

30

2

20

20

1

Terminal de contêineres

S

S

S

N

10

0

8

0

0

10

Transporte rodoviário, depot e armazém geral

N

S

S

N

4

4

7

3

3

3

Transporte e centro de distribuição seco e frio

S

S

S

S

8

20

25

0

40

4

S

S

S

S

60

Empilhadeiras a combustão

Empilhadeiras elétricas

Serviços agregados

PDI para máquinas e veículos, etiquetagem, selagem, transbordo de produtos líquidos, armazém para químicos, salas comerciais para clientes e posto de combustível

Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 51


MERCADO BRASILEIRO DE PORTOS SECOS E CLIAS

N° de unidades

48

S

1

Suzano (SP)

Dry Port São Paulo (11) 2413-4832 comercial@dryport.com.br www.dryport.com.br

25 anos

140

S

400

NF

N

1

Guarulhos (SP)

73 anos

1.600

S

6.453

359,9

S

10

Grupo Libra (19) 3322-0100 bruno.barbosa@grupolibra.com.br www.grupolibra.com.br

16 anos

137

S

500

76

S

2

Integral Transporte e Agenciamento Marítimo (11) 4346-7000 contato@lachmann.com.br www.integralterminais.com.br

15 anos

82

S

650

26,8

N

2

Logserve - Logística, Serviços e Armazenamento (61) 2102-9777 edward@logserve.com.br www.portosecodf.com.br

10 anos

74

S

100

NF

N

1

Brasília (DF)

Maringá Armazéns Gerais (44) 2101-4646 aissar@portosecoparana.com.br www.portosecoparana.com.br

19 anos

49

S

360

NF

N

1

Maringá (PR)

Martini Meat Armazéns Gerais 41 (41) 3420-3200 anos martini.comercial@martinimeat.com.br www.martinimeat.com.br

800

S

150

105

S

5

70

S

400

NF

N

1

Elog (11) 3305-9999 marketing@eloglogistica.com.br www.eloglogistica.com.br

Multi Armazéns (51) 2126-4900 comercial@multiarmazens.com.br www.multiarmazens.com.br

16 anos

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) - Sim; (N) - Não

52 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Total

Clia

1.032

Pátio

Receita bruta anual (em milhões de R$)

N

Resfriada

Nº de clientes

345

Coberta

Certificações

Cragea - Companhia Regional de 42 Armazéns Gerais e Entrepostos Aduaneiros anos (11) 4746-7500 mauro.yoshita@cragea.com www.cragea.com

Tempo de mercado

Nº de funcionários

Empresa Telefone E-mail Site

Localização das unidades

Área de armazenagem (em m2)

22.233

NF

31.000

53.233

15.450 2.400

22.150

40.000

São Paulo (SP), Santos (SP), 107.400 95.902 Barueri (SP), Campinas (SP), Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Uruguaiana (RS), Jaguarão (RS) e Santana do Livramento (RS)

21.014

224.316

17.700

64.040

NF

29.000

52.000

6.000

1.200

12.000

19.200

5.540

920

65.150

70.690

Campinas (SP) e Uberlândia (MG)

43.380 2.960

São Bernardo do Campo 23.000 (SP) e Taubaté (SP)

Paranaguá (PR), Ponta 33.000 57.000 430.000 Grossa (PR), Itajaí (SC) e Rio Grande (RS)

Novo Hamburgo (RS)

32.000

0

75.000

NF

107.000


Outros

WMS

Consulta de serviços pela internet

Código de barras

Radiofrequência

2

26

NF

20

NF

NF

S

N

S

S

NF

5

10

18

0

3

3PL para projetos

S

S

N

N

NF

58

NF

NF

9

NF

Montagem de kits, embalamento, industrialização, costura, área climatizada e refrigerada

S

S

S

S

85

16

13

0

2

NF

Paletização, desunitização e estufagem de contêineres, plastificação e filmagem de paletes, registros fotográficos e tratamento de madeira

N

S

S

S

20

4

9

0

5

3

Transporte em regime de DTA e de cargas fracionadas na Grande São Paulo

S

S

S

N

10

2

4

0

30

1

Transporte, consultoria e DTA

N

S

N

N

NF

0

8

0

6

NF

Handling

S

S

N

S

0

NF

NF

NF

NF

NF

NF

S

S

S

S

102

0

14

0

2

1

S

S

S

N

NF

Empilhadeiras a combustão

Empilhadeiras elétricas

Serviços agregados

Etiquetagem, tomada reefer, armazenagem de produtos especiais, transporte rodoviário e armazém geral

N° de coletores

Transpaleteiras

Tecnologias empregadas

Empilhadeiras manuais

Frota

Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 53


MERCADO BRASILEIRO DE PORTOS SECOS E CLIAS

Receita bruta anual (em milhões de R$)

Clia

N° de unidades

S

NF

NF

S

3

Multiterminais (21) 3095-6600 contato@multiterminais.com.br www.multiterminais.com.br

25 anos

1.700

S

NF

NF

S

3

Rio de Janeiro (RJ), Resende (RJ) e Juiz de Fora (MG)

55.000

3.500 285.000 343.500

15 anos

182

S

NF

NF

N

1

Anápolis (GO)

27.000

2.100 550.000 579.100

Porto Seco Sul de Minas (35) 3219-1201 juliana.brito@portosecosuldeminas.com.br www.portosecosuldeminas.com.br

22 anos

97

S

267

16

N

1

Varginha (MG)

14.600

400

30.000

45.000

Porto Seco Transportes (54) 3535-3700 comercial@eadisimas.com.br www.eadisimas.com.br

15 anos

50

N

1.000

NF

N

1

Caxias do Sul (RS)

9.500

0

17.000

26.500

Silotec - Companhia de Transportes e Armazéns Gerais (27) 2121-2400 comercial@silotec.com.br www.silotec.com.br

22 anos

170

N

500

25

S

1

Cariacica (ES)

38.000 2.000 179.000 219.000

Transportes Marítimos e Multimodais São Geraldo (21) 2768-5600 comercial@tmm.com.br www.tmm.com.br

15 anos

65

N

150

22

N

1

Mesquita (RJ)

18.000 1.400

40.700

60.100

19 anos

95

N

45

NF

S

1

Jacareí (SP)

33.000 2.500

54.700

90.200

Usifast Logística Industrial (31) 2191-2561 janaina@usifast.com.br www.usifast.com.br

20 anos

140

S

967

38

S

1

Betim (MG)

24.000 1.000

50.000

75.000

Wilson Sons Logística (81) 4040-4480 alielton.villasboas@wilsonsons.com.br www.wilsonsonslogistica.com.br

12 anos

1.200

S

400

NF

S

2

Suape (PE) e Santo André (SP)

56.800 2.500

88.000

147.300

Porto Seco Centro-Oeste (62) 3310-6100 comercial@portocentrooeste.com.br www.portocentrooeste.com.br

Universal Armazéns Gerais e Alfandegados (12) 3955-4617 cbce@cbce.com.br www.uaga.com.br

(NF) - Dados não fornecidos pela empresa; (S) - Sim; (N) - Não

54 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Itajaí (SC), Joinville (SC) e 100.000 Araquari (SC)

Total

Nº de clientes

500

Pátio

Certificações

30 anos

Resfriada

Nº de funcionários

Multilog (47) 3341-5000 atendimento@multilog.com.br www.multilog.com.br

Coberta

Tempo de mercado

Empresa Telefone E-mail Site

Localização das unidades

Área de armazenagem (em m2)

NF

NF

140.000


Outros

WMS

Consulta de serviços pela internet

Código de barras

Radiofrequência

13

2

9

16

27

Transporte, armazém geral, montagem de kits, centro de distribuição

S

S

S

S

35

3

19

8

5

2

JIS, JIT, PDI, sequenciamento, picking e comissionamento

S

S

S

S

NF

3

19

7

3

9

Área para produtos químicos perigosos, terminal de algodão, terminal de minérios, silos graneleiros, depot de contêineres, ramais ferroviários e armazéns para locação

S

S

S

S

10

NF

8

NF

4

NF

Condomínio industrial, armazém geral, galpões industriais e logísticos para locação

S

S

S

S

4

0

15

0

4

3

NF

S

S

S

N

6

3

15

15

NF

4

Paletização, etiquetagem, customização e PDI para máquinas de grande e médio portes

S

S

S

N

25

Empilhadeiras a combustão

Empilhadeiras elétricas

Serviços agregados

N° de coletores

Transpaleteiras

Tecnologias empregadas

Empilhadeiras manuais

Frota

3

6

0

4

6

DAC, etiquetagem e entreposto

N

S

N

N

NF

NF

12

NF

6

1

NF

S

S

N

N

NF

5

19

15

0

1

NF

N

S

N

N

NF

6

11

18

10

NF

NF

S

S

S

S

35

Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 55


Fotos: Luciano Amarante / Agência Imagem

ESTOCAGEM

Projeto vencedor A participação no Programa Academia Lean, da Fiat, possibilitou à BorgWarner, fornecedora de componentes para o setor automotivo, realizar uma série de mudanças na sua planta fabril situada no interior de São Paulo, que resultaram em benefícios significativos. O esforço da equipe multifuncional envolvida nessa tarefa foi recompensado com um prêmio instituído pela montadora

C

om a implantação de metodologias de melhoria contínua, como just-in-time (produção por demanda), kanban e kaizen, a planta da Divisão Emissions Systems da BorgWarner, instalada em Piracicaba (SP) e especia-

56 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

lizada na fabricação de termostatos (peças que têm a função de controlar a temperatura do motor) para veículos leves, conseguiu otimizar suas operações na área de fundição e obter uma série de ganhos, sendo um dos mais significativos a redu-

ção de 84% do estoque de três itens de maior volume, o que, em valores, correspondeu a uma economia de R$ 1,1 milhão no ano passado. “Na prática, isso representou um retorno de R$ 329,00 em benefícios a cada R$ 1,00 investido”, comemora


Douglas Stefaneli, supervisor de Logística dessa planta da BorgWarner. Ele lembra que, antes, havia grande oscilação no estoque de peças e, em particular, desses três itens – tampas, que são um componente do termostato, para os motores Fire BR e Fire Evo, da Fiat, e para os motores do Corsa, da General Motors. “Utilizávamos uma empilhadeira para retirar do estoque e entregar matérias-primas para as estações da área de fundição e, depois, para

Um dos maiores ganhos foi a redução de 84% do estoque de três itens, o que correspondeu a uma economia de R$ 1,1 milhão em um ano

levar as peças até a linha de montagem, e finalmente até a área de armazenagem de produtos acabados, o que dava uma média de 120 quilômetros rodados por ano. Agora, essa quilometragem baixou para 11,9 km/ano com o abastecimento feito a cada três horas por meio de um carrinho tipo porta-paletes, que foi adquirido especialmente para essa operação, o que permitiu melhorar o planejamento das reais necessidades da planta e reduzir o volume de peças estocadas em cada estação e no almoxarifado, que antes era muito alto e ocupava grande espaço”, detalha Stefaneli. O projeto foi iniciado em junho de 2013, como parte do programa de desenvolvimento dos fornecedores da Fiat denominado “Academia Lean”, cujo foco é estimular as empresas a otimizar seus processos e reduzir custos. Nessa época, a planta ainda pertencia à fabricante alemã Gustav Wahler, que viria a ser adquirida pela BorgWarner em 2014 (veja box).

Stefanelli: projeto trouxe redução de quilometragem e aumento de área disponível

O primeiro dos sete passos que compõem o programa foi mapear a planta de Piracicaba e verificar oportunidades de melhorias. Segundo Thiago Cintra Leal, analista do departamento de Melhoria Contínua da Divisão Emissions Systems da BorgWarner, o trabalho mostrou que havia um estoque grande da Tampa 003933K para motores Fire BR da Fiat. “Eram aproximadamente 15 mil peças estocadas em três áreas (fundição, montagem e almoxarifado), ou seja, o equivalente a 11,5 dias em média, o que significava que a empresa estava produzindo mais do que o necessário e, consequentemente, tinha maiores custos e muito capital imobilizado”, destaca Leal. Com base nesse levantamento, foi montado um time dentro da empresa, composto por profissionais (analistas, técnicos e operadores) das áreas de logística, processos, melhoria contínua, qualidade, almoxarifado e chão de fábrica. “Todas as pessoas puderam opinar sobre o que deveria ser melhorado e, assim, fizemos um plano para apresentar à Fiat”, explica Stefaneli. Seguindo a metodologia da Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 57


ESTOCAGEM

Aquisição acertada

A

fábrica instalada em Piracicaba é a segunda unidade fabril da BorgWarner no Brasil e pertencia à Gustav Wahler, fabricante alemã de termostatos, válvulas EGR e tubos EGR que somava mais de 42 anos de atuação e possuía sete plantas em países como Alemanha, Estados Unidos, China e Eslováquia. “Foi uma aquisição global e estratégica, concluída no início de 2014”, explica Vitor Maiellaro, gerente-geral para a América do Sul da BorgWarner Emissions Systems. Até então, a empresa americana não fabricava esses produtos e o interesse surgiu porque esses componentes viriam a complementar o portfólio da companhia. “Nosso foco foi a aquisição da tecnologia. Absorvemos todos os funcionários da Wahler e hoje fabricamos nesta unidade termostatos (para controle da temperatura do motor), termointerruptores e iremos iniciar o fornecimento de componentes injetados de alumínio para duas outras divisões da BorgWarner que ficam na planta de Itatiba (SP) – a Divisão Turbo

58 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Systems e a Divisão Morse Tec Systems” _ , revela Maiellaro. Segundo o gerente, há também intenção de iniciar a fabricação local das válvulas e sistemas EGR que ajudam a reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) pelo escapamento, e a melhorar o consumo de diesel e da injeção de gasolina (GDI). “Por enquanto, esses produtos são fabricados no exterior, mas deveremos iniciar sua nacionalização em breve, assim como também do EGR Cooler, pois agora já temos tecnologia para isso”, explica Maiellaro. Atualmente, a planta da BorgWarner Emissions Systems, instalada em Piracicaba em um terreno de 21 mil metros quadrados, sendo 7 mil m² de área construída, conta com 360 funcionários e fabricou cerca de 320 mil termostatos/mês no ano passado, produção que deverá se manter nesse patamar também em 2015. “Prevemos fechar o ano com faturamento da ordem de R$ 85 milhões, correspondendo a um crescimento de 10% sobre 2014, mesmo diante de um cenário econômico difícil como o atual”, destaca o gerente. O resultado positivo, segundo ele, virá dos novos projetos que a empresa pretende iniciar, dentre os quais se incluem as exportações de injetados de alumínio para os Estados Unidos e México. A empresa fornece 90% da sua produção para 85% das montadoras de veículos leves instaladas no país e no exterior, sendo suas principais clientes em

Maiellaro: previsão de crescer 10% em 2015, mesmo com cenário difícil

volume a Fiat, a Volkswagen e a GM, além de abastecer também o mercado de reposição. O restante é destinado para veículos a diesel e fora de estrada. Nessa unidade, a área de Supply Chain reúne os departamentos de Logística, Atendimento ao Cliente, Comércio Exterior, Melhoria Contínua e Compras. Segundo Maiellaro, tudo começa com a demanda dos clientes, cujos pedidos chegam via EDI, e os dados são carregados no ERP (sistema de gestão empresarial) MFG Pro, da Qad, herdado da Wahler (mas que deverá ser migrado para o SAP em 2017), que dispara os schedules para os fornecedores de matérias-primas e componentes. A empresa mantém um estoque de produtos acabados de três a cinco dias e a entrega para os clientes é feita pelo sistema Milk Run, ou seja, 90% das montadoras clientes coletam os produtos na fábrica, seguindo uma escala determinada de dias e horários. Todas as peças são identificadas com código de barras.


Divulgação

Leal: empresa produzia mais que o necessário e havia muito capital imobilizado

montadora, a equipe definiu os objetivos do trabalho. O primeiro deles visava reduzir em 50% o estoque da tampa do motor Fire BR. Para isso, em janeiro de 2014 foi introduzido o sistema kanban, que pressupõe a utilização de cartões (verde, amarelo e vermelho) para indicar o andamento dos fluxos de produção. “Por meio dele conseguimos dimensionar a produção de acordo com a deman-

da do cliente e também determinar o estoque mínimo que oferece flexibilidade para a produção”, detalha Leal. O sistema de cartões também possibilitou à empresa contar com um inventário cíclico e rota de abastecimento dessa peça, reduzir em 90% a movimentação interna, eliminar o uso da empilhadeira e diminuir em 85% a estocagem desse item, considerando as áreas de fundição, montagem e almoxarifado. Stefaneli lembra que os resultados positivos alcançados influíram para que o kanban passasse a ser utilizado também na produção de outras duas peças: as tampas para os motores Fire Evo, da Fiat, e do Corsa, da GM. “Com isso, conseguimos reduzir substancialmente os custos de estoque desses três itens e agora estamos estudando expandir essa metodologia para outra tampa”, destaca o supervisor, acrescentando que o kanban se aplica apenas para produtos da curva A, ou seja, os que são produzidos em grande quantidade.


ESTOCAGEM

O Kanban possibilitou o dimensionamento da produção de acordo com a demanda e a determinação do estoque mínimo para a produção

Esforço premiado O projeto de melhoria e redução do estoque executado pela BorgWarner recebeu o Prêmio da Academia Lean do Grupo Fiat/Chrysler 2014. “Na verdade, foi a terceira vez que a BorgWarner venceu esse prêmio, mas a primeira na área de logística, e conseguimos essa vitória porque trabalhamos em equipe e seguimos à risca as sete etapas do

programa”, comemora Leal. O Programa Academia Lean foi criado pela Universidade de Fornecedores Fiat com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do setor automotivo e aumentar a competiti-

Como tudo começou

A

BorgWarner foi criada em 1928 nos Estados Unidos e é hoje uma das principais companhias mundiais do segmento de tecnologia e aplicações para powertrain (tudo o que faz mover o veículo, incluindo desde o motor até a transmissão de todas as peças que permitem que a potência do motor chegue às rodas) e drivetrain (grupo de componentes que fornecem energia para as rodas) para veículos de passeio, utilitários leves e pesados. Com sede em Alburn Hills, Michigan (EUA), a empresa conta com mais de 60 plantas e centros de desenvolvimento localizados

em 19 países, empregando no total 19.100 colaboradores. Sua operação no Brasil começou em 1975, na cidade de Campinas (SP). Em 2012, a companhia investiu R$ 70 milhões para transferir a fábrica e a sede administrativa para Itatiba (SP), numa área construída de 17.800 m², que abriga as divisões: Morse Tec Systems (sistemas de correntes), Thermal Systems (arrefecimento de motor), Turbo Systems (turbocompressores), Torq Transfer Systems e Transmissions Systems (embreagens de transmissão), e emprega cerca de 460 funcionários.

vidade e as competências dos fornecedores da montadora. A metodologia inclui três dias de curso e cerca de um semestre para implantação dos projetos nas empresas participantes, cujas equipes recebem orientação dos especialistas da Fiat. São aplicadas as metodologias e ferramentas do lean manufacturing (manufatura enxuta) – filosofia de gestão criada pela japonesa Toyota e disseminada para o setor industrial no mundo todo, tendo como foco a redução de desperdícios e a otimização da produção. O sucesso obtido pela BorgWarner levou a empresa a apresentar o projeto na 5ª Convenção Brasileira de Lean, em Minas Gerais, a convite da União Brasileira para a Qualidade (UBQ), promotora do evento. “Foi o único trabalho selecionado dentre os demais 23 fornecedores que participaram do programa da Fiat”, acrescenta Leal. Silvia Giurlani

BorgWarner: (19) 3429-9002 60 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015



ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Desafios da logística na América Latina Monica Barros

Introdução

E

ntre 2003 e 2012, a América Latina apresentou crescimento médio de cerca de 4% ao ano. Ao longo desse período, a representatividade das exportações aumentou. Tradicional produtora de matéria-prima, a região viu a participação desse grupo de produtos crescer significativamente. Para se ter uma ideia, em 2011, as exportações de matéria-prima representavam 60% das exportações totais da América Latina, em comparação com 40% em 2000. Esse maior volume movimentado expôs as deficiências e os gargalos logísticos do continente. Portos congestionados, falta de capacidade ferroviária e estradas ruins são problemas comuns a muitos países da região. Outro ponto não menos importante são as dificuldades de transportar mercadorias entre os países latino-americanos. A falta de uma documentação única e as diferentes legislações fazem com que muitas empresas tenham custos de transporte elevados e, assim, percam competitividade. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas das dificuldades da logística na América Latina e como isso pode contribuir de forma negativa para as empresas.

A importância da infraestrutura Uma boa infraestrutura é essencial para o crescimento econômico. Quando a infraestrutura não é adequada 62 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

às necessidades econômicas da região, ela pode influir de forma negativa nos custos das empresas. Apenas para citar um exemplo, uma viagem rodoviária de 500 quilômetros pode ser feita em um dia se estivermos trafegando na Rodovia Presidente Dutra (BR-116) entre o Rio de Janeiro e São Paulo, mas também pode durar dias se estivermos falando da mesma distância percorrida em estradas no interior do Pará ou do Amazonas. Além de afetar a distribuição no mercado interno, uma infraestrutura inadequada prejudica também a competitividade dos produtos a serem exportados. A falta de investimento em outros modais tem feito com que o transporte rodoviário seja o mais utilizado na América Latina, o que contribui para que os custos de transporte na região fiquem acima da média mundial. Um exemplo do uso inadequado deste modal é a exportação da soja brasileira do estado do Mato Grosso. Essa commodity chega a ter um custo de transporte interno até o porto entre cinco e seis vezes superior à soja norte-americana. Isso acontece porque o produto brasileiro percorre até 2 mil km em rodovias, enquanto grande parte da soja produzida nos Estados Unidos faz praticamente todo o percurso até o porto por hidrovia 1. A baixa qualidade e disponibilidade da infraestrutura, todavia, não é característica exclusiva do Brasil. Em um estudo divulgado de dois em dois anos, o Banco Mundial mostra que a média dos países da América Latina e do Caribe está bem abaixo das registradas nas regiões do Leste da Ásia e Pacífico e da Europa e Ásia Central. Apontado pelo Banco Mundial como o país de melhor


A interligação rodoviária, apesar de mais simples, também enfrenta Bahamas 94% Guatemala 44% Costa Rica 26% Equador 19% problemas, tanto pela geografia Uruguai 90% Panamá Chile Paraguai 42% 24% 16% Suriname 40% Honduras 23% Peru 13% da região – que tem a Cordilheira Jamaica 73% Belize 20% Brasil 12% dos Andes e a Floresta Amazônica Guiana 39% Nicarágua 10% Barbados 72% México 38% como barreiras naturais – como ƌŐĞŶƟŶĂ 34% El Salvador 63% Bolívia 8% pela falta de uma política unificada Colômbia 7% que permita, de forma simples, % KM Estradas a movimentação dos caminhões Bahamas 2.717 18.830 44.950 Guatemala Costa Rica Equador 43.762 8.783 Uruguai entre as nações. Panamá 15.556 77.442 Chile Paraguai 32.059 4.635 Suriname 14.296 Honduras Peru 149.660 Os países da América Jamaica 22.066 3.281 Belize Brasil 1.691.164 Barbados 1.570 Latina dependem fortemente 5.206 Guiana Nicarágua 23.897 374.262 México do transporte rodoviário. No 9.297 El Salvador Bolívia 81.022 628.693 ƌŐĞŶƟŶĂ Brasil, cerca de 60% do total Colômbia 214.946 de TKUs são movimentados Tabela 1 - Percentual de estradas pavimentadas versus percentual de quilômetros de estradas por rodovias; na Colômbia, esse número chega a 77% e, no México, a 90%. Ou seja, utiliza-se muito o modal infraestrutura de transportes na região, o Chile desponta rodoviário, que, em geral, não é o mais barato e, em no ranking de 160 países apenas na 41ª colocação em alguns casos, nem o mais adequado. Para efeito de termos de infraestrutura, à frente do México (50ª), comparação, na China apenas 21% do TKU passa pelas Panamá (52ª), Brasil (54ª) e Argentina (63ª) 2. Em geral, estradas e, nos Estados Unidos, 31%. esses países são extremamente dependentes do modal O transporte rodoviário também tende a ser mais rodoviário, com poucos quilômetros de ferrovias lento, principalmente quando a qualidade das vias e portos congestionados. Como consequência, o não é boa. O baixo investimento na infraestrutura crescimento econômico pode encontrar dificuldades, rodoviária ao longo do tempo resulta no baixo ser limitado e ameaçado. percentual de estradas pavimentadas na América Latina, Parte da dificuldade encontrada hoje é explicada que gira em torno de 20%. Além de não pavimentadas, por fatores históricos. A América Latina foi explorada muitas estradas têm restrições de circulação em pontes durante anos pelos colonizadores, e boa parte da sua e viadutos. Outro problema é o acesso às principais infraestrutura logística foi projetada, inicialmente, cidades e aos principais portos. A falta de anéis viários para exportar a produção. Não se pensava em circular compromete o tráfego e acaba por congestionar ainda a mercadoria no continente e, sim, enviá-la à Europa. mais as vias, deixando o trânsito mais pesado e lento. Como exemplo desta distorção, é possível citar a Além de dificultar a interligação da região, as própria construção das ferrovias. Diferentemente da barreiras naturais como a Cordilheira dos Andes e Europa, onde as vias férreas foram projetadas para a Bacia do Rio Amazonas levam a traçados sinuosos, interligar o continente, na América Latina as ferrovias não que acabam afetando a velocidade média nas estradas se conectam, tendo sido planejadas apenas para escoar a latino-americanas. A região também é prejudicada pela produção do centro produtor para os portos. Além disso, falta de conservação de suas vias, o que leva a uma cada país tem uma bitola diferente (ao todo, são sete tipos velocidade média entre 10 e 60 km/h. Estima-se que diferentes de bitolas, sendo três na América Central), o na estrada que liga o Brasil ao Chile, passando pela que não permite fluidez no transporte intercontinental.

WĂƌƟĐŝƉĂĕĆŽ ĚŽ dƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ŶŽ W/ Panamá Equador

18%

Paraguai

8% 8%

Peru Brasil Nicarágua

8% 8% 8%

ƌŐĞŶƟŶĂ Peru Bolívia Costa Rica Barbados

7% 7% 7% 7% 7%

Brasil

7%

Guiana Suriname México El Salvador

6% 6% 6% 6%

Trinidad e Tobago Equador Nicarágua

5% 5% 5%

Uruguai Chile

4% 4%

Bahamas Belize Venezuela

4% 4% 4%

Paraguai

2%

Tabela 2 - Participação do transporte no PIB Fevereiro/2015 - Revista Tecnologística - 63

Fonte: ILOS, IDB

Fonte: ILOS, IDB

% Estradas Pavimentadas


não são os únicos presentes na infraestrutura de transportes Ɛ ƉƌĄƟĐĂƐ ĚĞ ĐŽƌƌƵƉĕĆŽ͕ ƉŽƌ ĞdžĞŵƉůŽ͕ ŽƐ ƉĂŐĂŵĞŶƚŽƐ ŝŶĨŽƌŵĂŝƐ da América Latina. Como dito anteriormente, é possível ĂƌƌĞŝƌĂƐ ă ĞŶƚƌĂĚĂ ĚĞ ĨŽƌŶĞĐĞĚŽƌĞƐ ŝŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂŝƐ também identificar gargalos em outros modais. 'ĞƐƚĆŽ ĚĞ ƌŝƐĐŽƐ ĐŽŵ ĐĂƌĂĐƚĞƌşƐƟĐĂƐ ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ ŶŽƐ ƉĂşƐĞƐ Embora a década de 1990 tenha sido o período da privatização WƌŽďůĞŵĂƐ ĐŽŵ Ă ŽƌŐĂŶŝnjĂĕĆŽ Ğ ĚŝƐƉŽŶŝďŝůŝĚĂĚĞ ĚŽƐ ſƌŐĆŽƐ ƉƷďůŝĐŽƐ das ferrovias na região, com KďƐƚĄĐƵůŽƐ ďƵƌŽĐƌĄƟĐŽƐ͕ ŶŽƌŵĂƐ Ğ ƉƌŽĐĞĚŝŵĞŶƚŽƐ ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ ĞŶƚƌĞ ƉĂşƐĞƐ͕ ĐĂƵƐĂŶĚŽ ĂƚƌĂƐŽƐ Ğ ŝŶĐĞƌƚĞnjĂƐ grandes investimentos nos anos Ğŵ ĂƵƚŽƌŝnjĂĕƁĞƐ ĚĞ ƚƌĂŶƐƉŽƌƚĞ ŝŶƚĞƌŶĂĐŝŽŶĂů subsequentes, a situação do modal ainda é preocupante. Atrasos na dƌĂŶƐďŽƌĚŽƐ Ğ ĐƵƐƚŽƐ ĞdžƚƌĂƐ ŶĂƐ ŽƉĞƌĂĕƁĞƐ ŶĂƐ ĨƌŽŶƚĞŝƌĂƐ ampliação da malha e na renovação ƐƐŝŵĞƚƌŝĂƐ ŶŽ ƚƌĂƚĂŵĞŶƚŽ ĮƐĐĂů ĞŶƚƌĞ ƉĂşƐĞƐ da frota de vagões e locomotivas em vários países dificultam a expansão das ferrovias latinoFigura 1 - Exemplos de aspectos institucionais e regulatórios -americanas. Até hoje, são pouquíssimas as conexões ferroviárias existentes entre os países e, quando Argentina, no trecho conhecido como “Los Caracoles” existem, muitas vezes apresentam diferentes bitolas, o – um percurso de 15 km com 28 curvas em forma de que complica e encarece a operação. Outro problema cotovelo –, a velocidade das carretas fique entre 5 e 20 existente é que em alguns trechos não há capacidade km/h. Já no trecho da BR-319, no estado do Amazonas, para que os trilhos suportem o peso dos trens quando a velocidade média fica abaixo dos 10 km/h devido estão com ocupação máxima. ao mau estado de conservação da via. Lama e buracos Diferentemente da Europa, na América Latina, as fazem parte do dia a dia de quem precisa passar por esta ferrovias estão focadas majoritariamente em cadeias rodovia federal brasileira. que envolvem a movimentação de granéis. Algumas É claro que o fato de andar mais devagar contribui linhas são dedicadas exclusivamente ao atendimento para o aumento do custo do transporte. Não à toa, a de grandes clientes com instalações de carga própria e representatividade média do custo de transporte em operam em portos privados, como ocorre com o minério relação ao PIB na América Latina é de 6,4%, enquanto de ferro no Peru, Brasil e Chile, a celulose no Chile e nos EUA é de 4,8%. Para as empresas, não só o custo o carvão na Colômbia. No caso dos grãos, existe uma de transporte aumenta, mas também o de estoque, maior diversidade de terminais e operadores tanto na pois, para minimizar as incertezas no deslocamento e Argentina quanto no Brasil. garantir o abastecimento, muitas aumentam o nível do Assim como as ferrovias, diversos portos também estoque de segurança. foram privatizados na América Latina na década de 1990. Os problemas que afetam a infraestrutura rodoviária

ZĞƉƌĞƐĞŶƚĂƟǀŝĚĂĚĞ ĚŽ ƵƐƚŽ >ŽŐşƐƟĐŽ Ğŵ ZĞůĂĕĆŽ ĂŽ W/ América do Norte

América do Sul

Canadá

9,9%

México

12,0%

Austrália

10,5%

França

9,5%

China

18,0%

Alemanha

8,8%

Estados Unidos

8,5%

Hong Kong

Região

8,9%

Índia Ásia

8,5% 13,0%

Europa

Itália

9,7%

Holanda

8,3%

Japão

8,5%

Espanha

9,7%

Cingapura

8,5%

Reino Unido

8,8%

ƌŐĞŶƟŶĂ

12,6%

Brasil

11,6%

Coreia do Sul

9,0%

Outros

9,3%

Venezuela

11,9%

Taiwan

9,0%

Região

9,2%

Outros

14,2%

Outros

10,7%

Região

12,4%

Região

13,0%

Tabela 3 - Representatividade do custo logístico em relação ao PIB 64 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

dŽƚĂů

11,5%

Fonte: ILOS e Armstrong

Fonte: CEPAL

ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN


A privatização trouxe um aumento de produtividade em vários terminais, embora alguns ainda não tenham profundidade adequada no canal de acesso ou nos berços. Outro ponto comum entre os portos do continente é a dificuldade nos acessos terrestres. Muitas cidades cresceram ao redor dos portos, dificultando a expansão e contribuindo para um maior congestionamento dos acessos por terra.

A falta que faz uma regulação única de transporte Aspectos institucionais e regulatórios também atrapalham a fluidez e o desenvolvimento do transporte e do comércio na América Latina. Com características bem particulares, cada país opera de forma única. Como exemplo, é possível citar os diferentes documentos que precisam ser preenchidos e entregues cada vez que um produto cruza a fronteira de um país. Em alguns deles, os próprios sistemas da fronteira não são confiáveis. Na Bolívia, essa falta de confiança faz com que o tempo

gasto pelas empresas seja maior. Outro exemplo que pode ser mencionado é a organização dos agentes públicos envolvidos, que varia de país para país, com algumas aduanas operando 24 horas por dia e outras apenas em horário comercial. Em geral, na América Latina, o deslocamento de uma carga é mais lento e complexo. As normas em vigor impedem que um caminhão trafegue em vários países. Assim, é mais rápido dirigir um caminhão no Brasil até a fronteira com a Argentina, mudar a carga para um veículo argentino, cruzar a fronteira e levar a carga até o destino final. Vale lembrar que as políticas aduaneiras no continente são muito voláteis, mudam com frequência, com base nas relações entre os países. Ou seja, o que vale hoje pode não valer mais amanhã e essa instabilidade acaba por afugentar possíveis investidores. Não à toa, algumas indústrias mantêm capacidade ociosa de produção no Brasil ou na Argentina, permitindo uma adaptação mais rápida quando ocorrem mudanças nas taxas de câmbio, políticas fiscais, ou quando há questões de fronteira.


ILOS - INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN

Latina seja maior do que em mercados mais desenvolvidos. Vários estudos indicam que os custos de logística da região variam entre 10% e 15%.

Conclusão São muitos os desafios logísticos para as empresas que operam na América Latina. Atualmente, a infraestrutura ruim vem contribuindo para maiores custos logísticos e consequentes quedas de competitividade dos produtos da região. Os governos de cada país têm papel fundamental no desenvolvimento da logística latino-americana, já que eles são os responsáveis pelo investimento em infraestrutura. Também é preciso que ocorra um trabalho conjunto entre os países do continente para eliminar ou minimizar as questões burocráticas, que dificultam a circulação de mercadorias. Transitar entre os países de forma mais fácil não só contribuirá para alavancar o comércio interno, como pode facilitar o escoamento das exportações. É interessante para o Brasil ter uma saída pelo Oceano Pacífico, assim como é para o Peru uma saída pelo Atlântico.

Bibliografia

Figura 2 - Resumo dos principais desafios por país

Fora esses aspectos institucionais e regulatórios, há ainda problemas com relação à segurança, como roubos de equipamentos, carga e acidentes. Esse problema é maior no Brasil e no México, não por acaso os países que registram as maiores taxas de utilização de GPS. A falta de segurança prejudica a operação e contribui para a perda de competitividade das empresas, devido ao aumento no valor do seguro e, consequentemente, nos custos da operação. A estimativa é de que as empresas no México gastem entre 15% e 20% do seu investimento em logística apenas com segurança. Já na Argentina, as perdas originadas de assaltos a caminhões correspondem a entre 4% e 9% do volume movimentado. O fato é que uma infraestrutura inadequada, associada a deficiências institucionais e regulatórias, faz com que o custo logístico dos países na América 66 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Banco Mundial – LPI – Connecting to Compete – Trade Logistics in the Global Economy - 2014. Banco Interamericano de Desenvolvimento – “The Impact of Transport Costs on Latin American and Caribbean Trade”. CEPAL – “Infraestructura para la integración regional” e “Perspectivas económicas de América Latina”. MIT – “Infraestructura para la integración regional”.

Monica Barros Gerente de Inteligência de Mercado Instituto de Logística e Supply Chain – ILOS mbarros@ilos.com.br Tel.: (21) 3445-3000

1

– Fonte: United Soybean Board – Fonte: Banco Mundial – Connecting to Compete – Trade Logistics in the Global Economy - 2014 2



LIVROS

Obra detalha a gestão do supply chain e a logística empresarial

O

livro “Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial”, escrito pelo norte-americano Ronald H. Ballou, busca apresentar com clareza os aspectos operacionais, táticos e estratégicos de ambas as atividades, abordando o planejamento, a organização e o controle das operações. O profissional de logística encontra na publicação aplicações práticas de importantes questões da cadeia de suprimentos e da logística empresarial por meio de exemplos, exercícios e estudos de caso. Agora em sua quinta edição, a obra acompanhou ao longo dos anos a crescente importância da logística, que deixou de ser um jargão empresarial para tornar-se de uso popular. Dentre os assuntos acrescen-

tados, o leitor encontra o estudo de tendências como estoques e armazéns virtuais e previsão colaborativa de vendas. De acordo com o próprio autor, muitas pessoas e empresas contribuíram para com as ideias incorporadas no livro ao longo dos anos. Nascido em Ohio, nos Estados Unidos, Ballou é professor de Operações na Weatherhead School of Management, em Cleveland, Ohio (EUA). O autor é bacharel em Engenharia Mecânica, além de possuir MBA e PHD em Administração de Empresas com especialização em Logística, todos pela Universidade do Estado de Ohio. Disponível nas versões impressa e digital, o livro visa apresentar conceitos que, se colocados em prática, tornam possível que se alcance o objetivo principal das ati-

vidades logísticas: tornar disponíveis produtos e serviços no tempo, no lugar, na forma e nas condições desejadas, do modo mais lucrativo ou menos dispendioso possível para a cadeia de suprimentos. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/ Logística Empresarial Ronald H. Ballou 616 páginas Impresso: R$ 179,00 eBook: R$ 143,20 Bookman Editora (Grupo A) www.grupoa.com.br 0800 703-3444

Publicação apresenta os fundamentos da logística portuária

A

Bookman Editora lançou, em 2014, o livro “Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior”, de autoria de Pablo Rojas, que aborda temas como gestão de estoques, comércio internacional, sistemas de informação e segurança nas atividades logísticas desenvolvidas nos portos. Com uma linguagem dinâmica e objetiva, a publicação visa a apresentar os fundamentos da logística portuária e transmitir noções comerciais e tecnológicas pertinentes à área, introduzindo o leitor no universo aduaneiro. A importância do tema é justificada a partir da observação de que, com a globalização da economia, os portos deixaram de ser meros locais de movimentação, armazenamento e transbordo de cargas, tornando-se componentes determinantes ao funcionamento da cadeia de suprimentos mundial. 68 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Pablo Rojas é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade do Vale do Paraíba (Univap-SP) e especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade Anhanguera de Jacareí (SP) e em Educação a Distância: Tutoria, Metodologia e Aprendizagem pela Faculdade Educacional da Lapa (Fael-SP). O autor conta com vasta experiência nas áreas de Economia e Educação, tendo atuado como professor nas Faculdades Anhanguera, no Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa de Jacareí (Inesp-SP), no Serviço Social do Transporte e no Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat-SP) e no ramo de desenvolvimento e elaboração de materiais didáticos e instrucionais para diversas instituições nacionais. Disponível nas versões impressa e digital, o livro conta com um ambiente virtual de aprendizagem onde o leitor pode

complementar os estudos com materiais como aulas em PowerPoint, quizzes, vídeos e indicações de sites. Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior Pablo Rojas 191 páginas Impresso: R$ 98,00 eBook: R$ 78,40 Bookman Editora (Grupo A) www.grupoa.com.br 0800 703-3444



PRODUTOS

Divulgação

Pneus para veículos portuários, da Continental

A Continental lançou cinco novos produtos que fazem parte de sua linha de pneus comerciais especiais para aplicação em terminais portuários. São eles o StraddleMaster, o ContainerMaster, o DockMaster, o CraneMaster e o ContiTrailer. Do aro 20 ao 35, os novos mo-

delos chegam para complementar o portfólio da empresa para o segmento, que já contava com os pneus TerminalTransport, ContiRV20 e ContiRT20. Os pneus portuários são altamente exigidos em razão do peso, da altura e da velocidade dos veículos em que são utilizados. Para atender a essas necessidades, os engenheiros da Continental desenvolveram a tecnologia V-Ply, inspirada nos pneus de corrida e pautada em duas premissas principais: o aprimoramento da lona de corpo da carcaça e a otimização do processo de cura do pneu. Os produtos apresentam maior resistência de carcaça na lateral, resistência à manutenção deficiente, estabilidade e conforto. A tecnologia possui ainda as características dos pneus radiais, como alta durabilidade, baixa resistência ao rolamento e maiores índices de velocidade.

No V-Ply, as propriedades de conforto e estabilidade são otimizadas por uma carcaça mais resistente e com laterais mais reforçadas. Além de conferir mais segurança, ela amplia a resistência a furos e cortes, bem como assegura uma melhor performance, economia de combustível e maior vida útil. A linha de pneus comerciais especiais cobre as mais diversas aplicações e necessidades a partir de quatro diferentes tipos de construção: pneumáticos radiais, pneumáticos diagonais, superelásticos (maciços) e superelásticos sólidos (bandagens e press-on bands). O emprego desses modelos leva em consideração o tipo de carga a ser transportada e as condições do ambiente e do pavimento, além de dados relativos ao veículo, como velocidade, distância percorrida, carga, peso e elevação. (11) 4583-6190

Divulgação

Plataforma Infor Xi, da Infor

A Infor, desenvolvedora de softwares empresariais, anunciou o lançamento de uma plataforma de tecnologia corporativa para aplicativos de última geração. Baseada na plataforma Infor 10x, a Infor Xi conta com aplicativos na nuvem que atendem às necessidades específicas da indústria, com um desenho adaptável que oferece processos de aprendizagem rápida e com análise de grandes volumes de dados. 70 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

Um dos diferenciais da plataforma é o uso de aplicativos otimizados da nuvem: a estrutura dos aplicativos admite usuários múltiplos e dá suporte para softwares de código aberto, conseguindo um rendimento de alta velocidade, aumentando a escalabilidade e reduzindo os custos. O produto utiliza a infraestrutura de nuvem da Amazon Web Services para permitir aos clientes tirar partido da experiência da Amazon, como a segurança garantida dos servidores e as principais soluções de código aberto. Os aplicativos se baseiam no design mobile-first (desenvolvidos com foco em aparelhos móveis), com desenhos que possuem interfaces de programação para aplicativos que permitirão à Infor diferenciar-se pela experiência do usuário, oferecendo dados e análises em tempo real e otimizado para seu uso em dispositivos móveis. Potenciados pelo Infor Dynamic Science Labs, os aplicativos são capazes

de ajudar as empresas nas tomadas de decisões, ao antecipar problemas e reagir com soluções, descobrir oportunidades e recomendar passos a seguir e, assim, ajudar a responder as questões mais urgentes de uma organização. A Infor Xi foi baseada na última novidade da companhia, a Infor 10x, que foi lançada em 2013 e ofereceu uma grande experiência ao usuário com o HTML5 (SoHo), a plataforma de colaboração social Infor Ming.le, e com a análise em contexto presente nos fluxos de trabalho inclusos no marco de integração Infor ION. A Infor lançará a plataforma para todos os seus produtos, incluídos os aplicativos industriais da Infor CloudSuiteTM, ERP (planejamento dos recursos empresariais), EAM (gestão de ativos físicos), HCM (gestão do capital humano), CRM (gestão de relacionamento com os clientes), e SCM (gestão da cadeia de suprimentos). (11) 3331-9752


Divulgação

MapLink Trânsito 5.0, da MapLink A MapLink, companhia que atua no mercado de geolocalização e fornece serviços de localização e roteirização em rodovias e cidades, atualizou seu aplicativo de navegação para a versão 5.0, disponível para os sistemas iOS e Android. O aplicativo MapLink Trânsito, que traz a situação do tráfego por meio de mapas interativos e imagens capturadas de câmeras, além de notícias minuto a minuto sobre a movimentação nas principais vias, ganhou uma série de funcionalidades que ajudam o usuário a encontrar de maneira rápida a melhor rota para sua viagem, com o diferencial de não precisar estar com acesso à internet. Agora, as rotas se apresentam de forma ainda mais precisa e eficiente e é possível escolher o percurso entre várias alternativas

antes de iniciá-lo, já que a atualização é feita em tempo real. A ferramenta pode também indicar as opções para fugir dos pedágios. Outra novidade é que os mapas se tornaram mais interativos, trazendo os prédios em 3D, e integrados com mais de 8 milhões de locais cadastrados no site Apontador. Com isso, o serviço permite encontrar estabelecimentos, estacionamentos e postos de gasolina mais próximos e descobrir o melhor caminho para chegar até eles. Além disso, sua interface intuitiva possibilita explorar o mapa, pesquisar e calcular rotas evitando o trânsito, registrar um histórico de buscas, navegar até qualquer endereço armazenado nos contatos e transformar um local em favorito. (11) 3047-8447


PRODUTOS

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Manta para paletes, distribuída pela Polar Técnica

A fabricante de soluções para movimentação de produtos com temperatura controlada Polar Técnica estabeleceu um acordo com a DuPont para a distribuição da capa para transporte Tyvek Air Cargo Cover em todo o território nacional. Conhecido também como Manta Palete, o produto foi desenvolvido para atender às necessidades do mercado farmacêutico e de perecíveis, prevenindo a perda de produtos ao manter a temperatura da carga e reduzir o im-

pacto de mudanças bruscas, tanto de temperaturas altas quanto baixas, durante a atividade de transporte. Além disso, a manta fornece proteção contra chuva, contaminação, poeira e radiação solar, refletindo 90% dos raios ultravioleta. Leve, flexível e reciclável, a Tyvek Air Cargo Cover é fácil de aplicar, apresenta alta durabilidade e é resistente a rasgos, rupturas e componentes químicos, como a maioria dos ácidos, sais e solventes. (11) 4341-8600

Ferramenta para controle do Arla 32, da Guberman A Guberman Informática coloca à disposição do mercado uma nova ferramenta que auxilia o frotista no monitoramento do Arla 32, reagente de utilização obrigatória em veículos movidos a diesel que reduz as emissões de gases nocivos na atmosfera. Trata-se de um módulo disponível para as plataformas de gestão FrotaWeb e FrotaSaaS oferecidas pela empresa. A novidade permite o acompanhamento do consumo médio da frota e de cada veículo. Para isso, o software utiliza os dados disponibilizados pelo sistema On-Board Diagnostics (OBD) dos veículos. Os sistemas de gestão de frotas oferecidos pela Guberman são totalmente customizáveis e apresentam mais de 20 módulos disponíveis, como controle de ocorrências e manutenção ou estoque de peças, por exemplo. (27) 3211-2662

Divulgação

Freio a tambor nos modelos Axor e Actros, da Mercedes-Benz

Desde o mês de janeiro, a Mercedes-Benz disponibiliza como item de série o freio a tambor para seus caminhões extrapesados Axor e Actros 6x2 e 6x4 versão es72 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

tradeira (com eixos sem redução nos cubos). A maior abrangência de aplicação desse item é mais um resultado do conceito Econfort (economia + conforto + força/desempenho) da companhia. O freio a tambor é indicado para operações mistas, nas quais o caminhão roda tanto em rodovias asfaltadas quanto em estradas de terra, bem como nas condições de intensa presença de poeira ou cascalho. Nessa situação, o usuário conta com uma solução mais robusta e durável, que proporciona menor custo operacional. A disponibilização do freio a tam-

bor para as versões estradeiras do Axor e do Actros amplia ainda mais o leque de opções da Mercedes-Benz, que continua contando com a versão de freio a disco. O item já estava disponível na versão multiúso (eixos com redução nos cubos) desses veículos. Os modelos Axor 2536, 2541 e 2544 LS 6x2 (de suspensão pneumática) com configuração de entre-eixos de 3.600 mm receberão o freio a tambor a partir deste mês. Isso permite que os clientes escolham a configuração que melhor atenda a suas demandas de transporte, levando em conta também as características dos locais de operação do caminhão. 0800 970 9090


AGENDA

INTERNACIONAL Transport Logistic 2015. 5 a 8 de março. Munich Trade Fair Centre, Munique, Alemanha. Organização e informações: Messe München GmbH. www.transportlogistic.de ProMat Show 2015. 23 a 26 de março. McCormick Place, Chicago, Estados Unidos. Organização e informações: MHI. www.promatshow.com

NACIONAL

Cursos de curta duração BSCM (Basics of Supply Chain Management). 9 a 12 de março. MPR (Master Planning of Resources). 16 a 19 de março. SMR (Strategic Management of Resources). 9 a 12 de março. ECO (Execution and Control of Operations). 16 a 19 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Publicare Educação e Associação para Educação em Administração Empresarial (Abai). Tel.: (11) 5505-0999 atendimento@cursosdelogistica.com.br www.cursosdelogistica.com.br Gestão de Estoques como Ferramenta Estratégica na Redução de Custos. 27 de fevereiro. Gestão de Compras e Negociação com Fornecedores. 19 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Minder Group. Tel.: (11) 5111-8220 www.mindergroup.com.br Intensivo para Gestores de Logística e Supply Chain. 9 e 10 de março. Rotinas Operacionais no Transporte Rodoviário: 7 de março. Planejamento Tributário e Fiscal para Transportadoras e Operadores Logísticos. 14 de março. Como Ela-

borar e Negociar Tabelas de Fretes no TRC. 21 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Ceteal – Centro de Estudos Técnicos e Avançados em Logística. Tel.: (11) 5581-7326 secretaria@ceteal.com www.ceteal.com Implantação de Projetos em Gestão de Pessoas com Foco em Transportes e Logística. 7 de março. Gestão Financeira de Contas a Pagar x Receber. 7 de março. Principais Alterações Tributárias, Previdenciárias e Trabalhistas no Transporte Rodoviário de Cargas. 10 de março. Como Vender Frete no TRC. 14 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Maxxima Educação Corporativa. Tel.: (11) 2243-7927 maxximaeduc@gmail.com www.maxximaeducacao.com.br Introdução à Simulação com Arena. 23 a 25 de fevereiro. Arena Tools. 26 de fevereiro. Técnicas Avançadas de Simulação com Arena. 26 e 27 de fevereiro. Workshop com Arena. 26 e 27 de fevereiro. Simulação de Processos em Portos e Siderurgia. 26 de fevereiro. Simulação Avançada para Portos e Ferrovias. 26 a 27 de fevereiro. Decisão com Simulação em Logística. 26 de fevereiro. Introdução à Simulação com Simio. 16 a 18 de março. Introdução à Simulação com Simio Express. 16 a 17 de março. Simulação Intermediária com Simio. 19 de março. Simulação com Simio para Portos. 19 de março. Todos em São Paulo, SP. Organização e informações: Paragon. Tel.: (11) 4058-8888 www.paragon.com.br Operações de Transportes: Gestão de Performance e Custos com Práticas de MS Excel. 26 de feve-


AGENDA

reiro. Práticas de Nivelamento de Estoques para Equilibrar Nível de Serviço e Impacto Financeiro com Práticas de MS Excel. 5 e 6 de março. Customer Services: como balancear custos e satisfação de clientes. 19 e 20 de março. Todos em Campinas, SP. Organização e informações: Cebralog. Tel.: (19) 3289-0903 sac@cebralog.com www.cebralog.com.br Pacote de Iniciação com ProModel. 2 a 4 de março. Previsão de Demanda. 4 e 5 de março. Ambos em São Paulo, SP. Organização e informações: Belge Consultoria. Tel.: (11) 5561-5353 info@belge.com.br www.belge.com.br Administração de Armazenagem. Administração e Planejamento da Produção. Compras e Administração de Materiais. Gestão da Distribuição. Logística em Comércio e Serviço. Logística, Marketing e Vendas. Negociação em Compras. Tecnologia Aplicada à Logística. Todos com carga horária de 15 horas. Custos Logísticos, Aspectos Tributários e Fiscais. Carga horária: 18 horas. Logística Integrada. Logística Reversa. Logística de Transportes. Todos com carga horária de 24 horas. Administração de Operações Logísticas. Carga horária: 30 horas. Gestão de Frotas. Carga horária: 30 horas. Operações da Logística Internacional. Carga horária: 30 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883 2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br

Cursos de longa duração Operador de Guindaste LBS 600. Turmas bimestrais até julho de 2015. Car74 - Revista Tecnologística - Fevereiro/2015

ga horária: 120 horas. Organização e informações: Porto Chibatão e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). Manaus, AM. Tel.: (92) 2123-4163 www.sestsenat.org.br Tecnologia em Logística. Duração: 2 anos. Curso de Extensão em Supply Chain Management. Carga horária: 40 horas. Curso a distância. Pós-Graduação em Logística Empresarial. Carga horária: 366 horas. São Paulo, Águas de São Pedro (SP) e a distância. Curso Técnico para Assistente em Logística Empresarial. Carga horária: 200 horas. Bertioga (SP). Curso Técnico em Logística. Carga horária: 800 horas. Curso Livre em Almoxarife. Carga horária: 160 horas. Auxiliar de Operações em Logística. Carga horária: 160 horas. Curso Livre de Comprador. Carga horária: 160 horas. Assistente em Transporte e Distribuição. Carga horária: 240 horas. Para datas e locais, consulte o Senac. Organização e informações: Senac. Tel.: 0800 883 2000 naiana.gsouza@sp.senac.br www.sp.senac.br Master em Logística e Supply Chain. Inscrições até 14 de março. Duração: 516 horas. Em São Paulo, SP. Organização e informações: Fun-

dação Getulio Vargas. Tel.: (11) 0800 772 2778 mbapaulista@fgv.br www.fgv.br/MBA-Sao-Paulo Comércio Exterior e Logística Internacional. 13 de maio a 15 de julho. Inscrições: 13 de janeiro a 13 de abril. Campinas, SP. Organização e informações: Unicamp. Tel.: (19) 3521-2337 cursos.lalt@fec.unicamp.br www.fec.unicamp.br/lalt Especialização em Engenharia de Embalagem. Início em março de 2015. Duração: 360 horas. São Paulo, SP. Organização e informações: Instituto Mauá de Tecnologia. Tel.: (11) 4239-3401 posgraduacao@maua.br www.maua.br/posgraduacao/especializacao-engenharia-embalagem Pós-Graduação em Logística Empresarial. 416 horas-aula, sendo 384 presenciais em 3 semestres, e 32 horas a distância. Início em fevereiro de 2015. São Paulo, SP. Organização e informações: Mackenzie. Tel.: (11) 2114-8000 www.mundomackenzie.com.br Veja a agenda completa de cursos, seminários, MBAs e demais eventos em www. tecnologistica.com.br/agenda

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO Assine Tecnologística .............................69 Aurora Terminais ...................................45 Brado Logística .......................................26 Cargosoft ................................................59 Célere .....................................................15 Combilift ................................................35 Consmetal ..............................................25 Cursos Apics ...........................................71 Cursos CLRB ...........................................73 Fort Paletes .............................................21 Fórum Logística Reversa................. 3ª capa GLP - Global Logistic Properties ............11 Golgi Seropédica ............................Encarte HBZ.........................................................47 ILOS ........................................................67 Inovatech ...............................................19

Intermodal .............................................61 L.Amorim ...............................................09 Logserve .................................................65 Multifrio .................................................13 Paletrans .................................................23 Polo 40 ...................................................27 Porto Seco Sul de Minas .........................49 Salvador Logística .......................... 2ª capa Smartlog ......................................... 4ª capa Still .........................................................17 Tegma .....................................................05 Terca .......................................................07 TruckPad ................................................33 UPS .........................................................39 Usifast.....................................................41




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